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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL RENNAN REIS SILVA LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE PUBLICAÇÃO Nº: 001-2012 ANÁPOLIS / GO DEZEMBRO / 2012 LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE PUBLICAÇÃO Nº: 001-2012

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Page 1: TCC - Rennan Reis Silva

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁSUNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E

TECNOLÓGICASCURSO DE ENGENHARIA CIVIL

RENNAN REIS SILVA

LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE

PUBLICAÇÃO Nº: 001-2012

ANÁPOLIS / GODEZEMBRO / 2012

LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE

PUBLICAÇÃO Nº: 001-2012

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS.

Page 2: TCC - Rennan Reis Silva

ORIENTADOR: BENJAMIM JORGE R. DOS SANTOS

ANÁPOLIS / GO: 2012RENNAN REIS SILVA

LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE

PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL.

APROVADO POR:

____________________________________________________Eng. Civil DR. BENJAMIM JORGE RODRIGUES DOS SANTOS(ORIENTADOR)

_______________________________________________________Eng. Civil DR. (EXAMINADOR INTERNO)

_________________________________________________________Eng. Civil. De Segurança LEONARDO TOMMEM DIAS CAMPOS.(EXAMINADOR EXTERNO)

Page 3: TCC - Rennan Reis Silva

ANÁPOLIS / GO, Dezembro de 2012.

FICHA CATALOGRÁFICASILVA, RENNAN REIS

LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA TCI VIVER VISAGE ACTUELLE

--, --P. ---MM (ENC/UEG, BACHAREL, ENGENHARIA CIVIL, 2013).

PROJETO FINAL – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS. UNIDADE

UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS.

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL.

-Planejamento -Logística

-Layout de Canteiro de obra -Segurança

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

Silva, R. R. Logística do Canteiro de Obra TCI Viver Visage Actualle. Projeto Final,

Publicação ENC. 001-2012, Curso de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Goiás,

Anápolis, GO, 45p. 2012.

CESSÃO DE DIREITOS

NOME DO AUTOR: Rennan Reis Silva

TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE PROJETO FINAL: Logística do Canteiro de Obra Estudo

do Empreendimento Visage Actualle

GRAU: Bacharel em Engenharia Civil ANO: 2012

É concedida à Universidade Estadual de Goiás a permissão para reproduzir cópias deste

projeto final e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e

científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte deste projeto final

pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor.

____________________________Rennan Reis SilvaRua 1046 Q 95 L 03 – Pedro Ludovico.Goiânia/Go – [email protected]

LISTA DE FIGURAS

Page 4: TCC - Rennan Reis Silva

Figura 2.1 - Soldados na Segunda Guerra Mundial (BRASIL ESCOLA, 2012).......................4

Figura 2.2 – Refeitório................................................................................................................7

Figura 2.3 - Lavatório tipo calha.................................................................................................9

Figura 2.4 - Bacia turca.............................................................................................................10

Figura 2.5 - Mictório tipo calha................................................................................................11

Figura 2.6 – Chuveiro...............................................................................................................11

Figura 2.7 – Vestiário...............................................................................................................12

Figura 2.8 - Escritório de Engenharia.......................................................................................14

Figura 2.9 - Mesa da serra circular...........................................................................................14

Figura 2.10 - Armazenamento de barras de aço (ARTE DE EDIFICAR, 2012)......................19

Figura 2.11 - Etiqueta de identificação (ARTE DE EDIFICAR, 2012)...................................19

Figura 2.12 - Empilhamento de portas (PINI, 2012)................................................................20

Figura 2.13 - Armazenamento de blocos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)..............................20

Figura 2.14 - Armazenamento de cimento (REFORMANDO A CASA, 2012)......................21

Figura 2.15 - Lona para proteção do cimento...........................................................................21

Figura 2.16 - Empilhamento de esquadrias (EBAH, 2012)......................................................22

Figura 2.17 - Armazenagem do gesso acartonado (LÚCIO ENGENHARIA,2012)................23

Figura 2.18 - Armazenagem do gesso em placa (APRENDA A CONSTRUIR E

REFORMAR, 2010).................................................................................................................23

Figura 2.19 – Baias (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)...............................................................24

Figura 2.20 - Empilhamento de chapas compensada (MADECAUS, 2012)............................25

Figura 2.21 - Empilhamento de cerâmicas (UEPG, 2012).......................................................26

Figura 2.22 - Armazenagem de telhas onduladas (EBAH, 2012).............................................26

Figura 2.23 – Armazenagem tintas (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012).......................................26

Figura 2.24 - Armazenagem de tubos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)...................................27

Figura 2.25 - Visage Actuelle...................................................................................................36

Page 5: TCC - Rennan Reis Silva

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................1

1.1 OBJETIVOS....................................................................................................................2

1.1.1 Objetivo Geral..........................................................................................................2

1.1.2 Objetivo Especifico..................................................................................................2

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................3

2.1 HISTÓRIA DA LOGÍSTICA..........................................................................................3

2.2 DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA........................................................................................5

2.3 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO DE CANTEIROS...............................................6

2.3.1 Objetivos do Planejamento de Canteiros..................................................................6

2.4 COMPONENTES DO CANTEIRO DE OBRA..............................................................6

2.4.1 Refeitório..................................................................................................................6

2.4.2 Instalações Sanitárias................................................................................................8

2.4.3 Vestiário..................................................................................................................12

2.4.4 Ambulatório e Sala de Segurança do Trabalho......................................................13

2.4.5 Escritório................................................................................................................13

2.4.6 Central de Carpintaria.............................................................................................14

2.4.7 Central de Armação................................................................................................16

2.4.8 Almoxarifado..........................................................................................................18

2.5 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS.....................28

2.5.1 Guincho de Coluna.................................................................................................31

2.5.2 Torre do Elevador...................................................................................................32

2.5.3 Elevadores de Transporte de Materiais..................................................................34

2.5.4 Elevadores de Transporte de Passageiros...............................................................35

2.5.5 Gruas.......................................................................................................................35

3 APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO PROPOSTO........................................................37

3.1 INFORMAÇÕES GERAIS DA EMPRESA.................................................................37

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO..........................................................................37

4 IMPLANTAÇÃO DO ESTUDO....................................................................................38

4.1 ELABORAÇÃO DO LAYOUT DO CANTEIRO........................................................38

5 CONCLUSÃO E ANALISE DOS RESULTADOS......................................................39

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................40

Page 6: TCC - Rennan Reis Silva

1 INTRODUÇÃO

Por muitos anos a logística era utilizada nas práticas militares, as guerras longas e

distantes e eram necessários grandes e contínuos os deslocamentos de recursos. Para o

deslocamento das tropas, carros de guerras, armamentos pesados e suprimentos que vinham a

atender a necessidades dos soldados existiam a necessidade de uma organização logística. E

por sua vez a preparação dos soldados a distribuição de alimentos, transporte de munições e

armas, traçar o caminho mais adequado não necessariamente o mais curto, na antiga Grécia,

Roma e no Império Bizantino, os militares responsáveis por essas operações tinham o título

de Logísticas.

Atualmente a logística focaliza nas complexidades encontradas nos negócios de

aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos, onde requer profissionais cada

vez mais especializados. Então é inegável a importância do planejamento do processo

logístico como um elemento associado no processo executivo, produtividade e lucratividade

em qualquer segmento de atuação empresarial.

Após a percepção empírica da necessidade dos empreendedores, definirem

procedimentos que facilitem a gestão das operações dentro do canteiro de obra, de tal forma

que esse estudo venha a facilitar no processo executivo. Para concretização desta gestão,

deverá existir a elaboração de um projeto de canteiro juntamente com um planejamento das

ações a serem executadas visando sua eficiência, assim como o atendimento à norma, NR-18.

A metodologia aplicada neste artigo, no que se refere a procedimentos técnicos, consiste

basicamente em pesquisas bibliográficas, que por sua vez demonstram a real contribuição

deste assunto para construção civil. Os projetos específicos para cada canteiro de obra

representam os benefícios característicos do desempenho da atividade logística aplicado na

obra. E nele deverá ser aplicada a teoria do estudo realizado.

Foi escolhido o canteiro de obra no empreendimento da TCI VIVER (Visage Actuelle),

por permitir um fácil acompanhamento do canteiro e dos projetos do mesmo. É recomendável

fazer um estudo do canteiro de obra, onde deverá ser definida a estratégia logística,

determinando a localização de cada elemento, aproveitando o espaço e otimizando os

deslocamentos no canteiro de forma a possibilitar que homens e máquinas trabalhem com

segurança e eficiência.

Page 7: TCC - Rennan Reis Silva

1.1 OBJETIVOS

1.1.1 Objetivo Geral

Desenvolver um estudo sobre aspectos da construção civil e, posteriormente, aspectos

relacionados à tecnologia logística, como sua evolução, definição, funções, características,

objetivos e benefícios que um processo logístico pode oferecer de uma maneira geral.

1.1.2 Objetivo Especifico

Minimizar distância de transporte, minimizar tempo de deslocamento de pessoal e

materiais, minimizar o manuseio de materiais e evitar a obstrução da circulação de

equipamentos e transporte de materiais.

Sempre objetivando atingir a Atender e cumprir a política de qualidade do

empreendimento: O compromisso TCI Viver é a satisfação do cliente através da melhoria dos

processos construtivos, da pontualidade na entrega das obras, do desenvolvimento do

profissional dos colaboradores e da qualificação dos fornecedores.

Page 8: TCC - Rennan Reis Silva

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 HISTÓRIA DA LOGÍSTICA

Desde a antiguidade, os líderes militares já se empregavam da logística, para travar

guerras e prostituições. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários

grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e

carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários o planejamento, organização

e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota, nem sempre a mais

curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e

distribuição de equipamentos e suprimentos. Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino,

os militares com o título de Logísticas eram os responsáveis por garantir recursos e

suprimentos para a guerra.

Carl Von Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e a estratégia.

Não falava especificamente da logística, porém reconheceu que “em nossos dias, existe na

guerra um grande número de atividades que a sustentam (…), que devem ser consideradas

como uma preparação para esta”.

É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini, contemporâneo de Clausewitz, que se deve, pela

primeira vez, o uso da palavra “logística”, definindo-a como “a ação que conduz à preparação

e sustentação das campanhas”, enquadrando-a como “a ciência dos detalhes dentro dos

Estados-Maiores”.

Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na Escola de Guerra

Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para que estes

conceitos se desenvolvessem na literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial,

raramente aparecia a palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais como

Administração, Organização e Economia de Guerra.

A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas

teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais

dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro “Logística Pura: a

ciência da preparação para a guerra”. Segundo Thorpe, “a estratégia e a tática proporcionam o

esquema da condução das operações militares, enquanto a logística proporciona os meios”.

Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro

da Arte da Guerra.

Page 9: TCC - Rennan Reis Silva

Durante a Segunda Guerra, os aliados liderados pelos Estados Unidos, perceberam que a

eficácia nos deslocamentos das tropas e de todo o aparato necessário para a guerra poderia

significar a vitória, uma vez que um exército mal suprido dificilmente conseguiria ser

eficiente. Este desenvolvimento de ideias levou à maior operação logística que se conhece até

hoje, o Dia “D”, ou o Dia da Vitória.

Figura 2.1 - Soldados na Segunda Guerra Mundial (BRASIL ESCOLA, 2012)

Eccles, Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do

Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logística Militar, sendo considerado como o “pai

da logística moderna” Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada

apenas às atividades militares. Após este período, com o avanço tecnológico e a necessidade

de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas

organizações e empresas civis.

Durante os anos 60, as indústrias perceberam que os conceitos logísticos poderiam ser

aplicados à própria indústria, ainda não ligados à produção, mas ligados à armazenagem e a

distribuição física. Foi neste período que se iniciaram os estudos de aproveitamento e

racionalização de espaços, bem como os de distribuição física dos produtos como forma de

obter ganhos e eficiência.

Nos anos 70, nos Estados Unidos, iniciam-se os estudos para apuração dos custos de

manutenção dos estoques e define-se qual a metodologia para seu cálculo.

Os anos 80 trouxeram o grande desenvolvimento da Logística nos Estados Unidos e

Europa, os computadores permitiram que os cálculos matemáticos fossem realizados em

tempos infinitamente mais rápidos. A eficácia de práticas logísticas começa a integrar

Logística, Marketing, Vendas e Produção. Esta década foi marcada por uma alta inflação no

Page 10: TCC - Rennan Reis Silva

Brasil e uma forte aposta nos estoques. As empresas ganhavam na valorização dos produtos

no estoque e com a aplicação financeira dos recursos em caixa, foi a época do “varejo fácil”.

Os anos 90 foram marcados mundialmente pela formação dos mercados globais,

Mercado Comum Europeu, Nafta e Mercosul. Nos Estados Unidos, Europa e Ásia, as

empresas passam a reconhecer a importância da Logística, tanto no que diz respeito a

Armazenagem e Distribuição, agora integrando também a Produção.

No Brasil vivemos um crescimento muito rápido das técnicas de logística. As

universidades iniciam cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e até doutorados nesta

área.

As pequenas empresas sentem necessidade de acompanhar a evolução, pois o mercado

passa a ser muito competitivo, os ganhos são reduzidos, e ter o produto certo, na hora certa, na

quantidade certa, no lugar certo com o menor custo possível passa a ser um diferencial.

E por fim, após entendermos como começou e como evoluiu a Logística podemos tentar

entender para onde ela está indo. A total integração entre todos os departamentos, resultando

em um maior controle e melhora no fluxo de informações, que passa a ser o maior patrimônio

de uma empresa, superior até ao capital.

2.2 DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA

Existem várias definições para a palavra de logística, entre vários conceitos algumas

como “Ter o produto certo, na quantidade certa, em condições certas, no local certo, no

momento certo, com o preço certo e para o cliente certo”; "A ciência de prever necessidades e

prover soluções" (Marinha do Brasil); “A logística empresarial trata de todas as atividades de

movimentação e armazenagem que facilitam o escoamento de produtos desde o ponto de

aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de

informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis

de serviço adequados aos clientes a um custo razoável” (BALLOU, 1993); “Logística é o

processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem

de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de

origem até o ponto de consumo com o objetivo de atender os requisitos do consumidor”

(Council of Logistics Management - CLM). Todas definições escritas de forma diferente,

porem o objetivo é o mesmo, em linhas gerais, podemos dizer que a logística está presente em

todas as atividades de uma empresa.

Page 11: TCC - Rennan Reis Silva

E em poucas palavras conceituaremos em 5 atividades, produção (artesanal, empurrada,

just in case, puxada, just in time) gestão de estoques (previsão da demanda, localização dos

estoques), armazenagem (recebimentos, estocagem, administração de pedidos, expedição)

distribuição (rotas, estratégias e modais de transporte). A logística começa pela necessidade

do cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de produção e entrega.

2.3 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO DE CANTEIROS DE OBRAS

O planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento do

layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistema de

movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do layout envolve a definição

do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem.

De outra parte, o planejamento logístico estabelece as condições de infraestrutura para o

desenvolvimento do processo produtivo, estabelecendo, por exemplo, as condições de

armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalações provisórias, o

mobiliário dos escritórios ou as instalações de segurança de uma serra circular. De acordo

com a definição adotada, considera-se que o planejamento de assuntos de segurança no

trabalho não relacionados às proteções físicas, tais como o treinamento da mão de obra ou

análises de riscos, não fazem parte da atividade planejamento de canteiro. Tal definição deve-

se a complexidade e as particularidades do planejamento da segurança.

2.3.1 Objetivos do Planejamento de Canteiros

O processo de planejamento do canteiro visa à obtenção da melhor utilização do espaço

físico disponível, de forma a possibilitar que homens e máquinas trabalhem com segurança e

eficiência, principalmente através da minimização das movimentações de materiais,

componentes e mão de obra.

2.4 COMPONENTES DO CANTEIRO DE OBRA

2.4.1 Refeitório

Um dos requisitos mais importantes do refeitório de canteiro de obras é que tenha

capacidade para atender a todos os trabalhadores no horário das refeições. Vale lembrar que

Page 12: TCC - Rennan Reis Silva

os refeitórios devem ser bem iluminados e ventilados. Precisam dispor de lavatórios para que

os funcionários lavem as mãos antes e depois de comer. Além disso, é necessário que os

empregados sejam treinados quanto a noções de higiene e limpeza.

Figura 2.2 – Refeitório

Existem duas exigências básicas para definir a localização do refeitório. A primeira,

comum às demais áreas de vivencia, é a proibição de sua localização em subsolos ou porões.

A segunda exigência é a inexistência de ligação direta com as instalações sanitárias, ou seja,

não possuir portas ou janelas em comum com tais instalações. A segunda exigência não

implica necessariamente em posicionar o refeitório afastado dos banheiros, visto que a

proximidade é desejável para facilitar a utilização dos lavatórios destes.

O refeitório é uma instalação que abriga muitas pessoas simultaneamente, é

indispensável que o mesmo possua uma boa ventilação. Dentre os vários modos de ventilar

naturalmente a instalação, alguns dos mais utilizados têm sido a execução de uma das paredes

somente até meia-altura. Contudo, seja qual for o tipo de fechamento, é importante que o

mesmo isole a instalação das áreas de produção e circulação, evitando a penetração de sujeira

e contribuindo para a manutenção da limpeza do local.

A estrutura do refeitório deve ser de piso e paredes laváveis e uma cobertura que proteja

de intempéries. E é extremamente proibido tomar refeições fora dos locais estabelecidos pela

NR 18 (Norma Regulamentadora Número 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na

Indústria da Construção). E por fim é obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e

fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo

equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.

Page 13: TCC - Rennan Reis Silva

2.4.2 Instalações Sanitárias

De acordo com a Norma NR18, entende-se como instalação sanitária provisória o local

destinado a higiene corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção, e

é proibida a utilização do mesmo para outros fins, tem que manter em perfeito estado de

conservação e higiene, devem ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser

construídas de modo a manter a privacidade. Suas paredes tem que ter material resistente

podendo ser de madeira, pisos impermeáveis e acabamento antiderrapante, ambos laváveis.

Não podem ser diretamente ligados a locais destinados a refeições e precisam ser separados

por sexo. Necessitam de ventilação e iluminação adequadas.

A NR-18 apresenta critérios para o dimensionamento das instalações hidrosanitárias,

estabelecendo as seguintes proporções e dimensões mínimas ter pé direito mínimo de 2,50m,

estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento

superior a 150 metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. A

instalação sanitária deve ser composta de lavatório, vaso sanitário e mictório de dimensão 1

conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores, bem como de chuveiro, com dimensão de 1

unidade para cada grupo de 10 trabalhadores. O local destinado ao vaso sanitário deve ter área

de no mínimo 1,0 m², e as do chuveiro no mínimo 0,8 m². Nos mictórios tipo calha, cada

segmento de 0,60 m deve corresponder a um mictório tipo cuba.

As instalações sanitárias provisórias devem atender adequadamente ao número de

trabalhadores instalados no canteiro de obras. Ou seja, seu dimensionamento depende

excepcionalmente da quantidade de pessoas que as utilizam. Estes critérios devem ser

interpretados como requisitos mínimos, recomendando-se adotar, especialmente para os

chuveiros, um menor número de trabalhadores por aparelho. Tal recomendação decorre do

fato de que os chuveiros geralmente representam um ponto crítico dos banheiros no horário de

fim do expediente, isto é, são as instalações mais procuradas e, ao mesmo tempo, aquela em

que os usuários consomem mais tempo, o que origina a formação de filas caso não existam

aparelhos em número suficiente.

Page 14: TCC - Rennan Reis Silva

a) 2.4.2.1 Lavatórios

Os lavatórios de obra podem ser feitos de diversos materiais (louça, aço inoxidável,

zinco, cimento, plástico etc.). Podem ser individuais (com ou sem coluna) ou coletivos

(calha). SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA Ex.: A Figura 2.3 nos mostra um

lavatório tipo calha de um empreendimento em Goiânia.Figura 2.3 - Lavatório tipo calha

Segundo o item 18.4.2.5 da NR18, os lavatórios devem ser instalados a uma altura de 90

cm (distância da borda do piso). Os lavatórios coletivos, quando construídos de alvenaria ou

concreto na própria obra, também devem atender aos requisitos exigidos pela NR 18. Suas

torneiras podem ser de metal ou de plástico, seu revestimento interno de material liso,

impermeável e lavável, além de dispor de recipiente para coleta de papéis usados.

b) Vasos Sanitários

As bacias sanitárias utilizadas nos banheiros de obra podem ser do tipo sifonada

(convencional) ou turca, conforme o item 18.4.2.6 da NR 18. A escolha do tipo ideal de bacia

está diretamente ligada à manutenção dispensada aos banheiros durante seu uso. É comum os

vasos sanitários estarem sujos ou sem assentos, sendo assim, os trabalhadores preferem

agachar-se sobre a bacia a sentar-se nela. Além de comprometer o asseio das instalações, essa

prática traz sérios riscos de acidente por quebra da bacia. Ainda mais considerando-se que as

instalações provisórias de canteiros de obra são em geral equipadas com peças de qualidade

Page 15: TCC - Rennan Reis Silva

inferior ou com defeitos. Logo, a bacia turca é mais aconselhável, pois evita este tipo de

problema que ocorre nas bacias convencionais, e também traz mais conforto ao uso para o

funcionário. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.4 - Bacia turca

Também deve-se atentar com outros itens da norma NR18, no qual diz que o local

destinado aos vasos sanitários precisam ser provido de portas com trinco interno e borda

inferior de, no máximo 0,15 m de altura e suas divisórias com altura mínima de 1,80 m, ter

recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de

papel higiênico.

c) Mictórios

Como os lavatórios, os mictórios (item 18.4.2.7 na NR 18) podem ser do tipo individual

(sifonado) ou coletivo (em formato de calha). Podem ser de louça, de metal ou construídos de

alvenaria ou concreto.

Page 16: TCC - Rennan Reis Silva

Quando construídos na própria obra, é importante assegurar que sejam impermeáveis,

tenham superfície lisa e sejam fáceis de lavar e conservar. O caimento do fundo dos mictórios

coletivos deve garantir facilidade de escoamento dos líquidos.

A norma exige que suas bordas fiquem no máximo, a uma altura de 0,50 m em relação

ao piso. Uma altura média que permite as pessoas utilizarem os mictórios com mais conforto.

SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.5 - Mictório tipo calha

d) Chuveiros

No item 18.4.2.8 da NR 18, obriga a colocação de estrados de madeira nos pisos sobre

os quais forem instalados os chuveiros. Esses tem grande importância não apenas para

garantir estabilidade das pessoas, servem também, caso ocorra, que os trabalhadores não

pisem diretamente na água empoçada no chão, mas esse empoçamento não deve acontecer,

pois o piso deve ter necessariamente caimento para o ralo. Além disso, caso não se coloque

pisos das instalações revestimento cerâmico antiderrapante (o que é muito mais adequado e

aconselhável), esse tipo de piso fica sempre em contato com a umidade, tem durabilidade

limitada e facilita a proliferação de fungos e bactérias em sua superfície.

A altura do chuveiro deve estar a 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso e pode

ser de metal ou de plástico, individuais ou coletivos, dispondo de água quente. Deve haver um

suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro. O aterramento é

indispensável para a instalação do mesmo. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Page 17: TCC - Rennan Reis Silva

Figura 2.6 – Chuveiro

2.4.3 Vestiário

O vestiário deve estar localizado ao lado dos banheiros e o mais próximo possível do

portão de entrada e saída dos trabalhadores no canteiro. Esse requisito de proximidade com o

portão de acesso de pessoal parte do pressuposto de que os EPI básicos, comuns a todos os

trabalhadores (capacetes e botinas), sejam guardados no vestiário. Visto que esta instalação é

o primeiro local no qual os operários dirigem-se ao chegar à obra e o último local ocupado

antes que os mesmos deixem a obra no final do expediente, desta forma assegura-se que

apenas o percurso vestiário-portão seja realizado sem o uso de capacete e botina. Tendo em

vista a segurança, é também recomendável criar-se uma ligação coberta entre o vestiário e o

portão.

Uma prática comum, orientada por problemas de furto, é a colocação de acessos

independentes para vestiários e banheiros. Com o objetivo de evitar que funcionários, a irem

ao banheiro em horário de expediente violem armários de colegas. No entanto, esse arranjo

exige que, os funcionários se desloquem de uma instalação a outra ao ar livre,

comprometendo a privacidade e expondo-se às intempéries. Neste sentido, a maioria das

empresas optam pela colocação somente de chuveiros no mesmo ambiente dos vestiários.

Complementando os requisitos já discutidos no item 18.4.2.9 da NR 18 normatiza que

os vestiários devem ter paredes de alvenaria, madeira, além dos cimentado, madeira ou

material equivalente, uma cobertura que proteja contra intempéries e ter pé direito mínimo de

2,50m. A área de ventilação deve respeitar a proporção de 1/10 (um décimo) da área do piso,

deve ter iluminação natural e/ou artificial, armários individuais com trancas, bancos em

Page 18: TCC - Rennan Reis Silva

número suficiente para atender os funcionários, com largura mínima de 0,30m e o local deve

ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. SEMPRE FAZER A

CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.7 – Vestiário

2.4.4 Ambulatório e Sala de Segurança do Trabalho

Em toda obra devera existir um ambulatório ou frente de trabalho com cinquenta ou

mais trabalhadores (conforme item 18.4.1,h). É necessário que haja uma pessoa responsável,

treinada em técnicas de primeiros socorros. Além disso, é importante dispor de medicamentos

básicos.

Todas as atividades dos ambulatórios das obras devem estar integradas ao Programa de

Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) da empresa. Quando a obra contratar

técnicos ou engenheiros de segurança, é preciso que tenham todo o apoio da alta

administração na difícil tarefa de orientação, normalização e auditoria das obras, dispondo, até

de mesmo, de um local para desenvolver suas atividades.

2.4.5 Escritório

O escritório tem a função de proporcionar um espaço de trabalho isolado para que o

engenheiro, mestre de obras, encarregados entre outros desempenhem parte de suas

atividades, podendo ter salas separadas para estes profissionais. Além de servir como um

espaço de arquivo da documentação técnica da obra, que deve estar disponível no canteiro,

incluindo, projetos, cronograma, licenças da prefeitura, etc. Sua dimensão pode variar

dependendo da quantidade de pessoas que trabalham no local e das dimensões de

Page 19: TCC - Rennan Reis Silva

equipamentos utilizados (armários, mesas, cadeiras, computadores, etc.) variáveis estas que

são dependentes dos padrões de cada empresa ou de cada obra.

Em relação à sua localização, solicita-se, além da proximidade com o almoxarifado,

uma posição nas imediações do portão de entrada de pessoas, a qual torne o escritório ponto

de passagem obrigatória no caminho percorrido por clientes e visitantes ao entrar no canteiro.

Também é interessante que esta instalação esteja posicionada em local que permita do seu

interior tenha-se uma visão global do canteiro, de modo que o mestre e/ou engenheiro possam

realizar, ao mesmo tempo, atividades no escritório e acompanhar visualmente os principais

serviços em execução.

Neste ambiente é essencial uma boa iluminação devido à natureza das atividades

desenvolvidas, as quais exigem boas condições visuais para a elaboração de desenhos,

trabalhos em computador e leitura de plantas e documentos diversos. Deve existir um mural

dispondo de informações eficazes para as atividades diárias, semanais, mensais, cronogramas

e avisos. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURAFigura 2.8 - Escritório de Engenharia

2.4.6 Central de Carpintaria

Dentre as diversas ferramentas utilizadas nos serviços de carpintaria, desde as manuais,

como serras, serrotes, torqueses, furadeiras elétricas, pés de cabra e martelos, até alguns tipos

de máquinas, a serra circular é a que mais oferece risco de acidentes.

a) Serra Circular

A serra circular utilizada em geral na construção civil é uma máquina simples e de alta

velocidade. Nos canteiros de obras, a instalação de serras circulares não pode ser precária e

Page 20: TCC - Rennan Reis Silva

desprovida dos dispositivos de segurança essenciais. Os acidentes com operários, no trabalho

de corte da madeira para fôrmas, por exemplo, costumam acarretar incapacidade permanente

e total ou, até mesmo, a morte. Quando a serra circular não está muito bem instalado pode

transformar-se numa arma de alta periculosidade. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA

FIGURA

Figura 2.9 - Mesa da serra circular

Recomendações gerais para a central de carpintaria é que o local utilizado para o mesmo

deverá ter cobertura, se estiver em área de risco de queda de objetos nos trabalhadores. Deve

haver sinalização e cartazes sobre a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI),

proibição de fumar, localização de extintor de incêndio, energia elétrica etc. O item 18.7.4 da

Norma Regulamentadora nº 18 recomenda que, quando estiverem localizadas próximas à

mesa e sujeitas a impactos provocados pela projeção de partículas, as lâmpadas de iluminação

sejam protegidas.

As sugestões para as máquinas é que a bancada, seja de construção sólida, deverá ser

lisa, de tamanho adequado e assentado em base de piso firme, nivelado, antiderrapante, de

modo a não apresentar vibrações. Sua mesa deverá ser construída de madeira com espessura

mínima de 25 mm e terá dimensões suficientes para o corte de peças de comprimento médio.

Deve possuir coletor de serragem e suas faces inferiores devem ter fechamento lateral.

O motor deve ter potência adequada ao disco utilizado e deve ser protegido contra a

poeira e as intempéries, além de ter uma chave interceptora próxima as mãos do operador na

sua posição de trabalho para acionamento e parada do motor. O interruptor deve ser do tipo

embutido e afastado das correias de transmissão.

Quando a carcaça do motor e a mesa forem feitos de material metálicos, o mesmo deve

ser aterrado.

Page 21: TCC - Rennan Reis Silva

O disco da serra deve estar em bom estado afiado, travado e com dentes apropriados. O

diâmetro do disco pode variar entre 25 cm e 50 cm (normalmente são usados discos com 43

cm, ou 17 polegadas) e sua parte inferior deve ser protegida por dispositivo fixo.

A coifa e o cutelo devem ter identificação do fabricante, próximo à mesa da serra, é

necessário instalar extintor de incêndio do tipo CO2.

As indicações na realização de trabalho pelo item 18.7.1 da NR 18 estabelece que a

operação da serra circular deve ser realiza por pessoa qualificada. O operador deverá ser

instruído para permanecer, sempre que possível afastado da “zona de rejeição” (há risco de

grave ferimento no ventre, que pode levar à morte).

O operador nunca deve empurrar a peça com os dedos polegares abertos. Deve utilizar

empurradores adequados à peça que será serrada, como pede o item 18.7.3 da NR 18. Este

funcionário sempre deverá utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários a

essa atividade: capacete, protetor facial, protetor auricular tipo “concha”, máscara descartável,

avental e calçado de segurança.

O operador é responsável em cuidar da limpeza e organização do ambiente, retirando

diariamente a serragem acumulada no local.

Não se deve ajustar o disco e as guias enquanto a serra estiver em funcionamento e

quando desligada a serra, não se deve freá-la fazendo pressão sobre o disco. E por fim é

necessário comprovar a ausência na área de trabalho de corpos estranhos, como concreto,

pregos, fitas metálicas, nós duros, defeitos na madeira e assim por diante.

2.4.7 Central de Armação

a) Treinamento do Pessoal

Especial atenção deverá ser dada ao treinamento das pessoas envolvidas em todas as

etapas da confecção da armadura, desde a descarga dos vergalhões até a colocação das

armações na fôrma ou na construção in loco.

b) Estocagem de Vergalhões

No canteiro de obras, a primeira providência é estudar um local de estocagem para os

vergalhões, o mais próximo possível da central de armação. Nesse local os vergalhões serão

estocados por diâmetro e comprimento, organizados e limpos, livres de lama, óleo, graxa etc.

Page 22: TCC - Rennan Reis Silva

De preferência, devem permanecer apoiados sobre travessas de madeira, ferro ou concreto, de

modo a não atrapalhar o trânsito de pessoas, máquinas e equipamentos.

c) Transporte dos Vergalhões

É conveniente evitar o trabalho manual no transporte dos vergalhões. Sempre que

possível, transportá-los por meio de gruas ou equipamentos de guindar. A área de

movimentação dos vergalhões deverá ser sinalizada e isolada, inclusive na descarga dos

caminhões de transporte, como exige o item 18.8.6 da NR 18.

d) Corte dos Vergalhões

O item 18.8.1 da NR 18, por sua vez, manda que as bancadas ou plataformas tenham a

resistência necessária para a execução dos serviços com segurança, além de estar apoiadas

sobre piso firme, nivelado e antiderrapante.

Para dividir os vergalhões em tamanhos predeterminados, usar sempre guilhotina

especial para cortar aço. As máquinas e tesouras de corte devem ser inspecionadas

periodicamente, em particular quanto ao estado dos gumes.

e) Dobramento de Vergalhões

O dobramento de vergalhões pode ser executado manual ou mecanicamente. No

dobramento manual, o esforço físico intenso pode provocar danos aos músculos, coluna e

mãos dos trabalhadores. Deve-se realizar o trabalho em bancadas adequadas, limpas e

desimpedidas.

f) Equipamentos de Proteção Individual

Em todos os serviços com vergalhões de aço seja na descarga dos caminhões, seja no

corte e dobra ou ainda na confecção das armações, o trabalhador deverá utilizar os

equipamentos de proteção individual necessários para a sua proteção, tais como luvas de raspa

de couro e óculos de segurança. A ombreira de couro deve ser usada quando o operário

transportar manualmente os vergalhões.

Page 23: TCC - Rennan Reis Silva

g) Montagem das Armações

Na montagem da armação de aço, são utilizadas amarras ou colares de arame, que

devem ser dobrados e encostados aos estribos, para evitar cortes, perfurações e arranhões. O

item 18.8.5 da NR 18 proíbe pontas verticais desprotegidas. Pode-se colocar em cada ponta

um protetor de plástico ou amarrá-las e protege-las com madeira, metal ou plástico.

Na execução ou colocação de armações de aço de pilares na posição vertical, devem-se

adotar medidas de proteção contra a queda dessas peças, mediante estaiamento ou amarração.

Se o processo de colocação do estribo for in loco, será feito com a utilização de andaimes,

evitando-se, assim, que o trabalhador suba na própria armação.

Em trabalhos deste tipo, em beirada de lajes e em altura superior a 2,0 m, é necessária a

utilização, pelo trabalhador, de cinturão de segurança do tipo paraquedista.

2.4.8 Almoxarifado

Para o dimensionamento do almoxarifado deve-se considerar o porte da obra e a

condição de estoques da mesma, o qual determina o volume de materiais e equipamentos que

necessitam ser estocados. O tipo de material estocado também é uma consideração

importante. No caso da estocagem de tubos de PVC, por exemplo, é necessário que ao menos

uma das dimensões da instalação tenha o mínimo, 6,0 m de comprimento.

Deve-se observar que o volume estocado é variável ao longo da execução da obra, de

modo que, em relação à fase inicial da obra, pode haver necessidade de ampliar a área

disponível nas fases seguintes em duas ou mais vezes.

O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de materiais e

ferramentas, devendo situar-se idealmente, próximo a três outros locais do canteiro, de acordo

com a seguinte ordem de prioridade: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e

escritório.

É evidente a necessidade de proximidade de caminhões e com o elevador de carga. No

primeiro caso, a justificativa é o fato de que muitos materiais são descarregados diretamente

no almoxarifado. No segundo caso, considera-se que vários destes materiais devem ser, no

momento oportuno, transportados até o seu local de uso nos pavimentos superiores,

Page 24: TCC - Rennan Reis Silva

rotineiramente através do elevador. Já a proximidade com o escritório é desejável devido aos

frequentes contatos entre o mestre de obras e/ou engenheiro, facilitando-se, assim, a

comunicação entre ambos. Ainda é importante lembrar que no almoxarifado (ou no escritório)

deve ser colocado um estojo com materiais para primeiros socorros.

Para o controle de entrada e saída de materiais, a técnica mais simples é a utilização de

planilhas de controle de estoque, as quais devem conter campos tais como fornecedor,

especificação do material, local de uso, saldo, datas de entrega e retirada e responsável pela

retirada, além de que grandes empresas também contam com um programa de controle de

estoque digital.

Os materiais devem ser estocados e manuseados de forma correta para a melhor

organização e segurança de um canteiro, de tal forma que não comprometa o cronograma da

obra. No caso de armazenamento em lajes, verificar sua capacidade de resistência para evitar

sobrecarga e por fim verificar as orientações de cada fornecedor para cada produto.

a) Barras e Fios de Aço

Armazenado com a etiqueta de identificação visível não podendo estar em contato

direto com o solo. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURAFigura 2.10 - Armazenamento de barras de aço (ARTE DE EDIFICAR, 2012)

Page 25: TCC - Rennan Reis Silva

Figura 2.11 - Etiqueta de identificação (ARTE DE EDIFICAR, 2012)

b) Batentes, Portas e Alisares

Sua estocagem deve ser tabicado e por tipo de peça, devem estar em locais bem

ventilados e protegidos em um local seguro. Durante o seu manuseio, deve-se ter cuidado para

que os mesmos não sofram batidas ou riscos que os danifiquem. Seu empilhamento deve ser

na horizontal sobre sarrafos ou caibros de madeira. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA

FIGURA

Figura 2.12 - Empilhamento de portas (PINI, 2012)

c) Blocos e Tijolos

Devem estar sobre terreno plano, recomenda-se para que eles não fiquem expostos a

umidade excessiva, inclusive provocadas por chuvas. Para tijolos furado ou maciço suas

pilhas não devem ser superior a 2 metros de altura por tipo e para blocos de concreto devem

ser empilhados no máximo a 1,5 metro de altura por tipo. SEMPRE FAZER A CHAMADA

DA FIGURA

Page 26: TCC - Rennan Reis Silva

Figura 2.13 - Armazenamento de blocos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)

d) Bombas

Devem estar em local seguro, sobre sarrafos ou caibros de madeira, evitando contato

com a água e calor excessivo.

e) Ensacados

Devem dispor em local fechado, apropriado para evitar ação da água ou umidade,

extravio ou roubo e com o piso revestido com estrado de madeira. Jamais ficar em contato

com a parede. Atentar com a data de validade, para que os sacos mais velhos sejam utilizados

antes dos sacos recém entregues. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.14 - Armazenamento de cimento (REFORMANDO A CASA, 2012)

Page 27: TCC - Rennan Reis Silva

Figura 2.15 - Lona para proteção do cimento Fonte??

Esses ensacados não devem ultrapassar um empilhamento máximo de:

Argamassa colante: pilhas de no máximo 20 sacos

Argamassa industrializada para revestimento: pilhas de no máximo 15 sacos

Cal hidratada: Pilhas de no máximo 10 sacos

Cimento Portland: Pilhas de no máximo 10 sacos

Gesso em pó: Pilhas de no máximo 10 sacos

Rejunte: Empilhamento conforme orientação do fabricante

f) Esquadria de Alumínio

Devem ficar dispostos sobre sarrafos ou caibros de madeira e em locais fechados,

apropriados para evitar ação da água ou umidade e extravio. Seu posicionamento tem que ser

horizontal com pilhas de até 1,5 m. Não empilhar o material e nem estocar outro tipo de

material sobre as esquadrias e não permitir que o contato entre duas peças provoque danos no

acabamento. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.16 - Empilhamento de esquadrias (EBAH, 2012)

Page 28: TCC - Rennan Reis Silva

g) Fechaduras e Ferragens em Geral

Não pode estar em contato com o solo, armazenado com as embalagens originais e

separados por tipo.

h) Fios, Cabos Elétricos, Disjuntores, Tomadas e Interruptores

Sua armazenagem tem que ser em locais fechados, apropriados para evitar a ação da

água ou umidade e seu extravio, com etiqueta de identificação visível.

i) Gesso Cartonado

As chapas de gesso devem ser armazenadas em locais planos, sobre ripas de madeira ou

em palhetes e protegidas contra a ação do sol, chuva e umidade. Se necessário, proteger da

umidade com uma manta plástica. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.17 - Armazenagem do gesso acartonado (LÚCIO ENGENHARIA,2012)

j) Gesso em Placa

Page 29: TCC - Rennan Reis Silva

As chapas são armazenadas justapostas, na posição vertical e com o encaixe tipo fêmea

voltado para baixo. Local fechado e apropriado para evitar a ação da água, extravio ou roubo.

Atentar com o manuseio para que as placas de gesso não sofram impactos que danifiquem a

peça. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.18 - Armazenagem do gesso em placa (APRENDA A CONSTRUIR E REFORMAR, 2010)

k) Granéis

O material é depositado diretamente no terreno em local preestabelecido no layout do

canteiro. Seu transporte é realizado com carrinhos de mão ou caixotes. Areias e britas devem

ter baias cercadas nas laterais, evitando-se, assim, espalhamento e desperdício de material.

Todos devem ser identificados e separados por dimensão o granulometria. Deve-se ter um

cuidado especial com a areia em épocas de chuvas torrenciais, recomenda-se a cobertura do

material com lonas plásticas, a fim de impedir o seu carreamento. SEMPRE FAZER A

CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.19 – Baias (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)

l) Isopor / EPS

Page 30: TCC - Rennan Reis Silva

Deve-se separar por tipo de peça e evitar o seu contato com o solo e com a água.

m) Louças e Cubas em Aço Inox

Empilhar conforme a orientação do fabricante e sobre sarrafos ou caibros de madeira

horizontalmente. Durante o seu manuseio, deve-se tomar cuidado com as peças para não

haver impactos que provoquem quebras ou trincas do material.

n) Metais

Deve-se manter nas embalagens originais, separados por tipo e evitar o contato com o

solo.

o) Madeira Bruta e Componentes de Madeira

Seu estoque tem que ser tabicado por bitola e tipo de madeira ou peça, manter em locais

apropriados para evitar a ação da água, extravio ou roubo.

O lambril precisam estar na posição horizontal sobre pontaletes de madeira,

posicionados de acordo com tamanho das peças, evitando contato com o solo, já as chapas de

compensado além de estar na posição horizontal, devem dispor sobre 3 pontaletes de madeira,

posicionado no centro da chapa e nas extremidades, evitando-se contato com o piso e sua

pilha não deve exceder a 40 cm de altura quando estocada sobre lajes e 1,5 m de altura

quando estocada sobre solo. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURAFigura 2.20 - Empilhamento de chapas compensada (MADECAUS, 2012)

Page 31: TCC - Rennan Reis Silva

p) Granito

Fiadas apoiadas sobre dois pontaletes, evitando o contato com o solo e nunca se

sobrepondo duas fiadas, estocado em piso nivelado e separado por dimensões. O piso de

granito deve ter as faces acabadas em contato uma com as outras e a bancada seu

posicionamento vertical.

q) Pré-moldados

Estoque tabicado por tipo de peça, piso nivelado, deitando-se as peças sobre caibros,

armazenadas em pilhas de no máximo 15 peças. Dispor em locais seguros e sem o contato

com o solo e durante o seu manuseio, deve-se tomar cuidado para não haver impactos que

danifiquem as peças.

r) Revestimento Cerâmico

Suas caixas devem ser empilhadas cuidadosamente na posição vertical até uma altura

máxima de 1,5 m para garantir sua estabilidade, separado por tipo de peça, calibre e

tonalidade, em local fechado e apropriado, de forma a evitar ações indesejáveis, extravio ou

roubo. Cuidado com o manuseio para não haver impactos que provoquem quebras. SEMPRE

FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Page 32: TCC - Rennan Reis Silva

Figura 2.21 - Empilhamento de cerâmicas (UEPG, 2012)

s) Telhas Onduladas de Fibrocimento

Dispor em local seguro com pilhas de até 35 peças, apoiadas em pontaletes de

madeira, conforme a dimensões das peças. Dependendo do tipo e tamanho da telha deve-se

manusear conforme orientações do fabricante das peças. SEMPRE FAZER A CHAMADA

DA FIGURA

Figura 2.22 - Armazenagem de telhas onduladas (EBAH, 2012)

t) Tintas, Massa PVA, Solventes e Óleos

Armazenar em locais coberto, seco e ventilado, longe de fontes de calor, sobre estrado

de madeira. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.23 – Armazenagem tintas (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)

Page 33: TCC - Rennan Reis Silva

u) Tubos e Conexões em PVC e Aço Galvanizado

Estocar tabicado por tipo de peça, bitola, tipos de juntas, local seguro e sem contato

com o solo. Quando os tubos ficarem estocados por longos períodos, devem permanecer ao

abrigo do sol. Os plásticos rígidos devem dispor em posição horizontal sobre estaleiro com

pilha não ultrapassando 1,80 m. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA

Figura 2.24 - Armazenagem de tubos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)

v) Vidros e Espelho

Armazenamento sobre pontaletes, apoiadas com inclinação segura em relação à

vertical. Sempre manipuladas e estocadas de maneira a não entrar em contato com materiais

que venham a produzir defeitos em suas superfícies e/ou bordas. Local adequado, sem

excesso de umidade que possa provocar condensações e de contatos que possam deteriorar as

superfícies das chapas.

Page 34: TCC - Rennan Reis Silva

Cada unidade de acondicionamento deve ser acompanhada dos dados necessários para

a perfeita identificação das chapas de vidro, bem como conter manuseio, quando necessários,

os símbolos convencionais de manuseio, proteção contra umidade e choques mecânicos

conforme a orientação do fabricante.

Não é indicada a marcação dos vidros com tinta à base de cal, que se constitui um

elemento agressivo, produzindo marcas permanentes no vidro. Recomenda-se, portanto, a

utilização de tinta látex PVA, de fácil limpeza e não agressiva.

Para pilhas de vidros laminados, o número máximo de chapas não deve ultrapassar 20

unidades.

2.5 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS

A necessidade de maior rapidez e precisão na execução de serviços em canteiro de obras

sempre induz o desenvolvimento de inovações tecnológicas. Entre os equipamentos que vêm

sofrendo modernização são aqueles empregados na elevação e nos que se movem por tração

mecânica: elevadores de pessoas, de materiais, gruas, guindastes, etc. Tais equipamentos

trabalham sob condições severas e devem ter durabilidade, alta produtividade e custo baixo de

manutenção.

Junto com o avanço da tecnologia também traz consigo risco de operações, o que antes

não se encontravam presentes, hoje devem ser analisados com maior atenção e cuidado. E

toda operação de transporte é potencialmente perigosa, trazendo alto risco para a saúde e a

vida dos funcionários da obra. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, também existe a

necessidade de um estudo das medidas preventivas que devem ser aplicadas pelas pessoas

envolvidas na utilização dos equipamentos.

No planejamento devem-se levar em conta as particularidades de cada máquina, assim

como as operações de carga e descarga, para que não venha a comprometer os cronogramas

de execução. O transporte e a situação das diferentes máquinas e equipamentos que intervêm

no processo construtivo de uma obra são complexos e as interrupções que provocam nas

atividades da obra em função da necessidade de isolamento das áreas de risco, devem ser

levadas em conta.

O uso desses equipamentos deve ser bem utilizado e sua manutenção controlada

periodicamente para que não ocorram interrupções imprevistas do processo produtivo. Essa é

uma consideração a favor da adoção de medidas de segurança, principalmente relacionadas

com o local, propriedades do terreno, acessos e vias, operações de carga e descarga e

Page 35: TCC - Rennan Reis Silva

montagem e desmontagem e sua necessidade em agilidade, eficiência do transporte à garantia

de segurança, não só para os que trabalham na obra, mas para as pessoas que transitam por

suas proximidades. O planejamento de segurança e as ações decorrentes precisam ser feita por

profissionais dotados da devida capacitação. É também muito importante que a operação de

equipamentos de transporte só seja feita por trabalhadores devidamente treinados como

determina a NR 18.

Os serviços de manutenção também devem ser conduzidos por trabalhadores

qualificados, sob a supervisão de profissionais legalmente habilitados (18.14.1.2). A

observância dessas exigências é muito importante para evitar a ocorrência de acidentes.

A circulação e permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga deve ser

proibida em todo e qualquer tipo de transporte, vertical ou horizontal, envolvendo seja qual

for o material. Essa área precisa ser isolada e sinalizada (18.14.3). Tal medida é necessária

para evitar os riscos decorrentes da queda do material, devido a qualquer problema de

transporte, causado por ruptura do cabo de aço, falta de trava de segurança no gancho e assim

por diante.

No transporte e descarga de perfis, vigas e elementos estruturais, toda a área entre a

origem e o destino deve ser sinalizada e permanecer isolada (18.14.5). De modo a não

prejudicar a movimentação e operação de equipamentos móveis de guindar e transportar, os

acessos e vias internas da obra devem estar desimpedidos (18.14.6).

O bombeamento do concreto configura uma situação de movimentação e transporte de

material. Assim, as condições em que é feito se enquadra no item 18.14 da Norma.

A atividade envolve várias pessoas: o motorista da betoneira, o operador da bomba e os

operários da concretagem. Deve existir um sistema adequado de comunicação de instruções

entre eles, torna-se necessário empregar sistemas de sinalização sonora (campainha, alarme

etc.).

Podem ainda ocorrer situações em que mesmo esse tipo de comunicação seja

insuficiente; nesses casos é necessário empregar rádio (walkie-talkie) para transmitir

instruções entre os diversos operadores (18.14.4).

Os cabos utilizados para o içamento devem ter resistência adequada para o trabalho a

que se destinam. De qualquer forma, nenhum cabo deve ter diâmetro inferior a 12,5 mm Para

melhor conservação e uso deve ser levada em consideração a relação entre o diâmetro do cabo

e as polias associadas. Quando estiverem em uso, os cabos de guindar devem ser

inspecionados pelo menos uma vez por semana.

Page 36: TCC - Rennan Reis Silva

Todos os equipamentos de transporte de materiais, tais como gruas, guindastes,

guinchos etc. devem possuir dispositivos que impeçam a descarga acidental do material

transportado (18.14.20).

Antes que sejam iniciados os serviços é necessário que os equipamentos de guindar e

transportar passem por manutenção operativa. Devem ser vistoriada por trabalhador

qualificado, verificando-se sua capacidade de carga, altura de elevação e estado geral do

equipamento (18.14.7).

Quando houver necessidade de içar peças de grande superfície é preciso tomar todas as

medidas preventivas possíveis para se evitar a queda do material ou do equipamento,

provocada por rajadas de vento (18.14.8). Recomenda-se não trabalhar em dias de muito

vento ou fortes chuvas.

É preciso redobrar a atenção na movimentação de máquinas e equipamentos nas

proximidades de redes elétricas (18.14.10). Para evita-los, as instalações devem ser protegidas

do contato direto com máquinas e equipamentos por meio de barreiras. Todos os acessos e

vias pelas quais transmitam veículos e equipamentos pesados devem manter um afastamento

de, no mínimo, 5m das redes elétricas.

Todo trabalho que envolve içamento precisa levar em conta a correta disposição das

cargas, para evitar riscos derivados de desequilíbrio e queda de materiais. Não se devem içar

materiais dispostos desorganizadamente, tijolos e blocos devem ser empilhados de forma

simétrica. Especial atenção deve ser dedicada aos cabos que prendem a carga: eles devem ser

fixados com clipes, tanto para evitar que se desprendam como para assegurar o equilíbrio de

peça transportada, cabos que prendem estrados devem manter entre si ângulo menor ou igual

a 90o.

Apesar do uso cada vez maior de máquinas e equipamentos nas obras de construção, a

maioria dos materiais utilizados em certas fases da obra é carregada manualmente por

operários: é comum, em obras, o transporte manual de sacos de cimento, cilindros, tambores,

tijolos, blocos, tábuas, vigotas, chapas de compensado etc.

Caso não sejam tomadas medidas preventivas no manuseio desses materiais, o operário

pode vir a sofrer lesões dorsais graves e hérnias. Além disso, o trabalhador pode vir a ser

afetado por dores lombares, entorses, deslocamentos de disco etc.

O encarregado ou mestre de obras deve ensinar a cada um dos seus operários o método

apropriado para levantar objetos pesados. Devem-se ainda considerar o peso da carga, o

trajeto e distância que se irá percorrer, as dificuldades de movimentação, o tempo requerido, o

tamanho, forma e volume da carga, a existência de arestas cortantes etc. Deve-se ainda cuidar

Page 37: TCC - Rennan Reis Silva

do correto dimensionamento do número de operários designados para efetuar o transporte,

para evitar sobrecargas individuais.

Todo operário designado para o transporte manual regular de cargas pesadas deve

receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá

utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes (18.14.11).

2.5.1 Guincho de Coluna

Para o transporte vertical mecânico de cargas de até 600 kg (cabo duplo) podem ser

utilizados os guinchos de coluna ou similares. Muitas empresas estrangeiras fornecem

guinchos desse tipo; sua capacidade, no entanto, não costuma ultrapassar 300 kg (cabo

simples).

Os guinchos de coluna se caracterizam pela versatilidade. Eles devem dispor de

dispositivos próprios para fixação (18.14.12). Se o guincho não estiver nivelado, não enrolará

adequadamente o cabo de aço no tambor ou carretel, provocando a sua superposição; isso

certamente ocasiona trancos, que podem comprometer a estabilidade da carga (18.14.13).

O guincho de coluna permite elevar cargas em qualquer posição (pois possibilita giro de

até 180o), tem freio automático e sistema de eixo e correntes especiais.

Em nenhuma hipótese pode haver improvisação. Todas as partes móveis devem ser

protegidas contra o contato com pessoas e suas partes mecânicas protegidas contra a queda de

materiais. Deve possuir limitador do movimento do cabo, gancho com travamento de

segurança e fixação dos cabos com três clipes. A Norma exige ainda que o guincho traga

indicação de carga máxima. O uso fora da especificação pode causar danos ao equipamento e

riscos. Em nenhuma hipótese pessoas podem ser transportadas em equipamento de guindar

(18.14.19)

2.5.2 Torre do Elevador

Torres são estruturas verticais que sustentam a cabina e o cabo de tração dos elevadores

de obra, servindo de guia para o seu deslocamento vertical. As torres devem ser

dimensionadas em função das cargas que irão suportar (18.14.21.1).

Quanto mais próxima da edificação a torre é montada, melhor resulta o travamento e

estaiamento (18.14.21.4). A torre e o guincho do elevador devem ser instalados numa base

única de concreto, nivelados com chumbadores bem fixados (18.14.21.5). Dessa base

Page 38: TCC - Rennan Reis Silva

dependem a sustentação e o prumo da torre. Cada firma locadora de elevadores exige bases

com dimensionamentos diferentes. A NR 18 permite que essa distância esteja entre 2,5 m e 3

m a distância da roldana livre, ou “louca”, até o carretel do guincho do elevador de eixo a eixo

(18.14.14).

O centro do tambor deve estar alinhado com a roldana livre no centro do eixo e com o

tubo central do painel lateral. Na posição que usa maior extensão de cabo, o tambor do

guincho deve manter pelo menos seis voltas enroladas (18.14.17).

O guincho deve ser dotado de chave de partida e bloqueio que impeça o seu

acionamento por pessoa não autorizada (18.14.16).

Além da torre do elevador, todos os elementos estruturais devem estar em perfeito

estado, sem deformações ou de corrosão que possam comprometer sua estabilidade

(18.14.21.6). Isso inclui laterais, contraventos, arames de contrapinagem (4,75 mm) e

parafusos. Os montantes não podem ficar simplesmente apoiados uns sobre os outros, pois

isso pode gerar acidentes sérios; a união dos painéis das torres de elevadores deve ser feita

com contra pinos e parafusos de pressão (18.14.21.8).

A torre deve ter seus montantes estaiados ou fixados à estrutura de edificação conforme

especificada pelo fabricante ou pelo profissional legalmente habilitado responsável pelo

equipamento (NR 18 item 18.14.21.9). O cabo de aço usualmente utilizado é de 5/16”,

munido de esticador. Deve-se colocar um calço de madeira entre a torre e a laje. Os montantes

posteriores à torre devem ser estaiados à estrutura a cada 6m com cabos de aço a 45o

(18.14.21.11), para assegurar o esquadramento. A norma diz que quando a estrutura for

tubular ou rígida, a fixação por meio de cabo de aço é dispensável.

A distância entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a última parada, deve

ser de 4m (18.14.21.10), a fim de permitir espaço suficiente para a montagem do dispositivo

de segurança. O trecho acima da última laje deve ser mantido estaiado pelos montantes

posteriores, para evitar o tombamento da torre no sentido contrário à edificação (18.14.21.11).

O mesmo procedimento deve ser observado para as torres montadas externamente às

construções.

As torres de carga de material a granel (concreto, argamassa etc.) com caçambas

basculantes devem ser dotadas de dispositivos que as mantenham em equilíbrio. Devem ser

construídas em chapas de aço e providas de corrente de segurança ou outro dispositivo que

limite sua inclinação por ocasião da descarga (18.14.21.7).

Após a montagem da torre e colocação da cabina, é necessário revestir as faces com tela

de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes (18.14.21.15).

Page 39: TCC - Rennan Reis Silva

Tal procedimento visa a garantir que a eventual queda de material não ultrapasse os limites da

torre.

O entelamento da torre fica dispensável quando a cabina for fechada por painéis fixos

de, no mínimo, 2,00 m (dois metros) de altura e dotada de um único acesso. (18.14.21.15.1).

A parte inferior da torre deve ser dotada de proteção e sinalização (18.14.21.14), de

modo a impedir a circulação de pessoas por ali. Recomenda-se que o local onde está o

guincheiro seja fechado lateralmente e coberto, para protege-lo e impedir o acesso de pessoas

não autorizadas.

Em todos os pavimentos, no acesso de entrada à torre do elevador, deve ser instalada

uma barreira que tenha, no mínimo, 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) de altura para

impedir que pessoas exponham partes de seu corpo no interior da mesma (18.14.21.13). A

norma exige também (18.14.21.16) a instalação de cancelas de segurança em cada pavimento.

Algumas empresas de locação e venda de elevadores instalam em cada pavimento uma

porta automática de tela metálica, controlada eletronicamente, e que só se abre quando o

elevador se encontra no nível do pavimento; do contrário, a abertura é bloqueada.

2.5.3 Elevadores de Transporte de Materiais

A norma não permite que pessoas sejam transportadas em elevadores de materiais

(18.14.22.1), pois estes não oferecem condições de segurança suficientes para isso.

É necessária a colocação de uma placa no interior do elevador de material, com a

indicação da carga máxima permitida e a proibição de transporte de pessoas (18.14.22.2).

Deve ser bem visível, de modo a alertar as pessoas que colocam a carga no elevador. A carga

máxima permitida varia de acordo com o projeto do elevador, ou seja, em função da altura da

torre, do diâmetro do cabo de aço e da potência do motor.

O posto de trabalho do guincheiro deve oferecer proteção contra a queda de materiais. O

local deve ser protegido com cobertura resistente e proteções laterais, para evitar a circulação

de pessoas pelo posto de trabalho e impedir o acesso ao cabo de aço.

O elevador de materiais necessita de inspeções e manutenção constantes. Qualquer

irregularidade quando ao funcionamento deve ser registrada pelo operador em livro próprio e

comunicada, por escrito, ao responsável da obra. O mesmo quanto às manutenções efetuadas

(18.14.22.5).

A cabina dos elevadores de materiais deve ser semi-fechada. Deve possuir painéis fixos

de contenção nas laterais com altura em tono de 1m; as outras faces devem ser dotadas de

portas ou painéis removíveis (18.14.22.8). A cabina deve ter cobertura fixa, basculável ou

Page 40: TCC - Rennan Reis Silva

removível (18.14.22.9), para permitir que peças com mais de 2m sejam transportadas com

segurança, amarradas à estrutura do elevador.

Se o material for transportado em elevador, este deve contar com dispositivo de tração

na subida e na descida para impedir a descida da cabina em queda livre (banguela)

(18.14.22.6).

Os elevadores de cremalheira podem transportar pessoas e materiais. Para tanto, deve

obedecer às especificações do fabricante para montagem, operação, manutenção e

desmontagem e estar sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado

(18.14.25.1). É importante que os manuais de orientação estejam disponíveis na obra

(18.14.25.2).

2.5.4 Elevadores de Transporte de Passageiros

A NR 18 não permite o transporte simultâneo de materiais e passageiros. Nos edifícios

em construção com doze ou mais pavimentos (ou altura equivalente) é obrigatória à instalação

de pelo menos um elevador de passageiros. O elevador de passageiros deve ser instalado,

ainda, a partir da conclusão da 5° laje dos edifícios em construção com 08 ou mais

pavimentos, ou altura equivalente (18.14.23.1.1).

O guincho do elevador de passageiros é necessariamente do tipo automático. O

operador o controla por meio de botoeira. Esse profissional deve ser instruído para:

Não transportar pessoas sem calçado de segurança e capacete;

Impedir que se ultrapasse o limite de passageiros especificado pelo fabricante;

Permanecer com uma das mãos no freio manual durante as viagens;

Não permitir que pessoas transportem materiais simultaneamente.

O operador deve registrar diariamente em livro próprio as condições de funcionamento

do elevador e os procedimentos de manutenção efetuados. Tais informações devem ser

verificadas semanalmente pelo engenheiro responsável pela obra (18.14.23.4). Trata-se de

medida de segurança fundamental. Acidentes graves e mesmo mortes de pessoas podem

ocorrer devido a defeitos de funcionamento do elevador de passageiros.

É importante que a cabina esteja bem iluminada durante o uso e que apresente indicação

do número máximo de passageiros e limite de peso (18.14.23.5).

2.5.5 Gruas

Page 41: TCC - Rennan Reis Silva

As gruas, assim como outros equipamentos de içamento de materiais na obra,

constituem fontes potenciais de acidentes. A Torre da grua tanto pode permanecer fixa numa

posição como correr sobre trilhos. É fundamental selecionar de forma criteriosa os

trabalhadores encarregados de operar esses equipamentos. Eles devem ser instruídos para

seguir rigorosamente as instruções dos fabricantes (18.14.24.5) e ter condições de conduzir

inspeções completas pelo menos uma vez por semana.

A norma não permite que se executam operações com grua sob intempéries ou outras

condições desfavoráveis, que possam colocar em risco a saúde e a vida do trabalhador

(18.14.24.6). De todo modo, a grua deve ser aterrada e, dependendo de sua localização, dispor

de para-raios, situado 2 m acima da parte mais elevada da torre (18.14.24.7).

A torre da grua deve ser estroncada e estaiada com cabos de aço e fixada ao solo,

assegurando-se seu prumo. O seu estaiamento bem como o intervalo entre ancoragens

posteriores deve seguir as especificações do fabricante, fornecedor ou empresa responsável

pela montagem do equipamento (18.14.24.3).

Conforme a NR 18 (18.14.24.1), a lança deve estar distante pelo menos 3 m de qualquer

obstáculo.

Também é necessária a instalação, ao longo de toda a lança, de dispositivos de

segurança ou fins de curso automáticos, como limitadores de carga ou movimento

(18.14.24.11). Estes impedem que a carga se desloque até as extremidades da lança.

Para que o transporte com grua seja realizado com a máxima segurança, é preciso que as

áreas de carga e descarga sejam delimitadas e muito bem sinalizadas, permitindo-se acesso

somente das pessoas envolvidas na operação (18.14.24.12). A NR 18 recomenda ainda que,

sempre que se for iniciar a movimentação de carga, o operador da grua acione um alarme

sonoro para alertar as pessoas (18.14.24.11).

Devem-se evitar falsas manobras com gruas. Entende-se por falsas manobras todas

aquelas que são executadas por uma grua quando há falha de entendimento entre o operador

do equipamento e o encarregado de sinalizar as operações (18.14.9). Facilmente, isso é mais

provável de ocorrer quando o operador da grua não é qualificado e quando não há

conhecimento perfeito do sinalizador quanto aos sinais apropriados, por falta de experiência e

qualificação. Falsas manobras causam acidentes quando o gancho, livre ou com carga, é

transportado proximamente à cabeça ou corpo dos operários.

É necessário que o gancho do moitão tenha trava de segurança, para garantir que as

cargas não se soltem e caiam durante o transporte (18.14.24.11).

Page 42: TCC - Rennan Reis Silva

A grua foi projetada para realizar o içamento de cargas e materiais, e não para arrastar

peças ou cargas. O arraste de peças deve ser evitado, para não comprometer a estabilidade da

torre (18.14.24.9)

Deve-se evitar a utilização de travas de segurança para bloqueio de movimentação da

lança quando a grua não estiver em funcionamento (18.14.24.10), pois isso provoca situações

de risco.

3 APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO PROPOSTO

3.1 INFORMAÇÕES GERAIS DA EMPRESA

Construtora, ao longo dos seus mais de 20 anos de existência, vem consolidando uma

marca de bom gosto, modernidade, tecnologia e compromisso com a qualidade de vida de

seus clientes. A TCI Construtora, a mais de 20 anos no mercado, têm focado a qualidade e

excelência nos seus empreendimentos entrando no oitavo ano de certificação ISO 9001 e

PBQPH. No final do ano de 2007 a empresa realizou uma Join Venture com uma empresa

líder no segmento de incorporação em São Paulo, a InPar. Assim nasce a TCI, uma empresa

com conceitos novos e tradicional experiência assinando os céus de Goiânia.

3.2 CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO

A obra em estudo, o Visage Actualle, um empreendimento de classe média, composta

por duas torres com 25 pavimentos tipos com 3 apartamentos por andar, 2 subsolos, 1 térreo e

1 mezanino totalizando 20856,44 m² de área construída. Considerando um dimensionamento

para 150 funcionários previsto no PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de

Trabalho na Industria da Construção Civil). A obra foi iniciada em Novembro/2011 e será

finalizada em Dezembro/2014. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA. COLOQUE

MAIS COISAS, AO MENOS UMA PÁGINA. Área de cada apartamento, tempo de obra

Page 43: TCC - Rennan Reis Silva

destinado à instalação do canteiro, principais peculiaridades, dados técnicos como fck e tipo

de fundação. Tudo Vale!

Figura 2.25 - Visage Actuelle (OLX, 2012)

Page 44: TCC - Rennan Reis Silva

4 IMPLANTAÇÃO DO ESTUDO

4.1 ELABORAÇÃO DO LAYOUT DO CANTEIRO

A análise da planta de layout é útil para a identificação de problemas relacionados ao

arranjo físico propriamente dito, permitindo observar, por exemplo, a localização equivocada

de alguma instalação ou o excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área. Além da

experiência, outros dois aspectos deverão ser também considerados, tais como segurança e

custos. São apresentadas a seguir algumas diretrizes para a elaboração do layout do canteiro.

Inicialmente, recomenda-se analisar onde serão dispostos cremalheiras, elevadores de

cabo e a mini gruas, pois serão eles que servirão para o transporte vertical de materiais. Eles

devem estar situados em posições que não atrapalhem na circulação dos funcionários ou de

materiais dos pavimentos de áreas comuns e devem ser posicionados em um local seguro.

Na plrancha arquitetônica pode-se determinar o posicionamento da área de vivência

mais segura e de tal forma a otimizar o espaço e aproveitar o máximo das alvenarias que serão

definitivas no projeto, para a criação de salas de engenharia de banheiros, refeitórios, entre

outros, evitando a quebra dessas alvenarias e reduzindo o desperdiço.

É na prancha arquitetônica que visualizaremos os pilares e outras estruturas que

interfiram na circulação de materiais ou pessoas, e podemos definir o melhor posicionamento

de portões de entrada no canteiro (pessoas e veículos) e acesso coberto para o cliente.

No Llayout deve constar além do posicionamento das cremalheiras, elevadores de cabo

e mini gruas já citado anteriormente, também a localização das instalações provisórias

(banheiros, escritório, refeitório, etc.), todos os locais de armazenamento de materiais,

inclusive depósito de entulho (baias), localização do tubo para remoção de entulho,

localização da betoneira, centrais de carpintarias e aço, pontos de içamento de fôrmas e

armaduras e por fim linhas de fluxo principais.

4.2 IMPLANTAÇÃO DO ESTUDO JUSTIFICAR!

Nos anexos 1 e anexo 2 observar-se como foi posicionado o posicionamento de cada

elemento e instalações provisórias aplicado no Estudo do Visage Actuelle e sua respectiva

tabela resumo do de dimensionamento. Pode-se observar que foram utilizados apenas o

pavimento térreo e o pavimento mezanino para essa distribuição, pois a norma NR 18 não

Page 45: TCC - Rennan Reis Silva

permite a instalação da maioria dos componentes no nível do subsolo, além de terem sido

posicionados para dar agilidade, rapidez e segurança no processo de armazenamento,

abastecimento e logística do canteiro. Nesses dois anexos tem-se uma visualização geral da

disposição do canteiro de obra.

No pavimento térreo (anexo 1) estão dispostos o almoxarife, refeitório, central de

carpintaria, betoneiras e suas respectivas baias, ou seja é o pavimento que tem-se uma

movimentação continua de materiais, veículos e pessoas, por isso deve-se ter o devido

cuidado com cada elemento minimizando acidentes, movimentação de pessoas/veículo e

distância para a distribuição de materiais.

Logo Em seguida as disposições das betoneiras foram direcionada nas extremidades do

canteiro, pois ela deve se situar o mais próximo possível das baias (matéria prima) para a

fabricação das massas. Como são duas torres devemos sempre pensar dobrado, ou seja, uma

betoneira com sua respectiva baias, assim como um elevador cremalheira e um elevador de

cabo para cada torre. E por seguinte, suas betoneiras foram posicionadas de tal forma que

ficassem bem próxima aos elevadores, para o transporte vertical do abastecimento dos

pavimentos como podem observar no anexo 1.

Importante observar o caminho da tubulação da concretagem, pois ele é um fator

influenciador no abastecimento e deslocamento de materiais e pessoas para uma boa logística.

Uma tubulação mal locada, pode interferir no planejamento e cronograma da obra. Como são

duas torres, existem uma tubulação para a concretagem por torre, o posicionamento no qual

elas foram locadas, permite o deslocamento de materiais e pessoas sem nenhum obstáculos ou

interferência conforme visto no anexo 1.

No anexo 1, verifica-se o posicionamento da central de carpintaria. Ela está posicionado

de tal forma que não impede a circulação de veículos, como a bobcat para o acesso dos

subsolos, através da rampa. Está em um local isolado de pessoas não qualificadas para o uso

do equipamento.

No pavimento térreo (Anexo 2) estão dispostos os escritórios de engenharia, do técnico de

segurança, mestre de obras e encarregados, central de armação, banheiros e vestiários

masculino e feminino. O local da central de armação foi definido pelo simples fato de que é o

único local que dá acesso as mini gruas nas duas torres, ou seja, existe uma parte do mezanino

descoberta a qual permite o içamento das armaduras para o pavimento o qual é destinado a

Page 46: TCC - Rennan Reis Silva

armação. Além do mais, é um local onde temos pouco deslocamento de pessoas, materiais e

nenhuma movimentação de veículos, permitindo uma segurança a mais para os profissionais

da área.

Nos Os anexos 3 ao 14, são referem-se aos desenhos de plantas baixas, corte, planta chave

e tabelas resumos, informações importante para um bom dimensionamento e logística do

canteiro de obra. Essa planta chave é uma miniatura do projeto original, no qual é hachurado

o local exato de cada instalação. Os escritórios estão posicionados em um local estratégico

como demonstrado na planta chave do anexo 3, 5 e 6, pois está próximo a entrada ponto de

passagem obrigatório no caminho percorrido por clientes e visitantes, além da proximidade

com o almoxarife, importância se baseia na comunicação constante dos profissionais com o

almoxarifado. Seu local permite uma visão global do canteiro, de modo que permitam ao

engenheiro e mestre, realizarem, ao mesmo tempo, atividades no escritório e acompanhar

visualmente os principais serviços em execução.

Os anexos 7, 8 e 9, são pranchas do vestiário e banheiro, masculino e feminino. Foram

dimensionados para 150 funcionários previsto, sendo considerados para até 130 homens e 20

mulheres. No estudo proposto, optou-se numa localização mais tranquila em relação da

movimentação de maquinas, pessoas e materiais, como pode-se observar na pranta chave do

mesmo, além de que as outras instalações ocuparam grandes espaços no pavimento térreo não

permitindo um dimensionamento adequado para os vestiários e banheiros, não sobrando um

espaço adequado para o dimensionamento dessas áreas. Devido a quantidade de pessoas

foram dispostos para o banheiro e vestiário masculino 14 unidades de chuveiros, 7 unidades

de bacia sanitária do tipo turco, um mictório de 4,20 m de comprimento que tem capacidade

para atender até 140 pessoas, 9 armários que dispõem de 16 compartimento cada um, 8

torneiras no lavatório e por fim bancos, saboneteiras e papeleiras suficiente para atender a

demanda. Para o banheiro e vestiário feminino, disponibiliza de 2 unidades de chuveiros, 2

unidades de bacias sanitárias do tipo sifonado, 2 armários, 1 lavatório e por fim banco,

papeleira e saboneteira suficiente para a demanda.

O refeitório foi dimensionamento pensando conforme o item X.XX.XXX da NR XX no requisito mais importante, com uma capacidade para atender a todos os trabalhadores no horário das

refeições, como observado nos anexos 10, 11 e 12. Nele foi disposto de uma área de 214,15 m

(informação já deve estar no anexo).

Page 47: TCC - Rennan Reis Silva

5 CONCLUSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Page 48: TCC - Rennan Reis Silva

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