tcc - rennan reis silva
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁSUNIDADE UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E
TECNOLÓGICASCURSO DE ENGENHARIA CIVIL
RENNAN REIS SILVA
LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE
PUBLICAÇÃO Nº: 001-2012
ANÁPOLIS / GODEZEMBRO / 2012
LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE
PUBLICAÇÃO Nº: 001-2012
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS.
ORIENTADOR: BENJAMIM JORGE R. DOS SANTOS
ANÁPOLIS / GO: 2012RENNAN REIS SILVA
LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA ESTUDO DO EMPREENDIMENTO VISAGE ACTUELLE
PROJETO FINAL SUBMETIDO AO CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS COMO PARTE DOS REQUISITOS NECESSÁRIOS PARA A OBTENÇÃO DO GRAU DE BACHAREL.
APROVADO POR:
____________________________________________________Eng. Civil DR. BENJAMIM JORGE RODRIGUES DOS SANTOS(ORIENTADOR)
_______________________________________________________Eng. Civil DR. (EXAMINADOR INTERNO)
_________________________________________________________Eng. Civil. De Segurança LEONARDO TOMMEM DIAS CAMPOS.(EXAMINADOR EXTERNO)
ANÁPOLIS / GO, Dezembro de 2012.
FICHA CATALOGRÁFICASILVA, RENNAN REIS
LOGISTICA DO CANTEIRO DE OBRA TCI VIVER VISAGE ACTUELLE
--, --P. ---MM (ENC/UEG, BACHAREL, ENGENHARIA CIVIL, 2013).
PROJETO FINAL – UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS. UNIDADE
UNIVERSITÁRIA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS.
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL.
-Planejamento -Logística
-Layout de Canteiro de obra -Segurança
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Silva, R. R. Logística do Canteiro de Obra TCI Viver Visage Actualle. Projeto Final,
Publicação ENC. 001-2012, Curso de Engenharia Civil, Universidade Estadual de Goiás,
Anápolis, GO, 45p. 2012.
CESSÃO DE DIREITOS
NOME DO AUTOR: Rennan Reis Silva
TÍTULO DA DISSERTAÇÃO DE PROJETO FINAL: Logística do Canteiro de Obra Estudo
do Empreendimento Visage Actualle
GRAU: Bacharel em Engenharia Civil ANO: 2012
É concedida à Universidade Estadual de Goiás a permissão para reproduzir cópias deste
projeto final e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva outros direitos de publicação e nenhuma parte deste projeto final
pode ser reproduzida sem a autorização por escrito do autor.
____________________________Rennan Reis SilvaRua 1046 Q 95 L 03 – Pedro Ludovico.Goiânia/Go – [email protected]
LISTA DE FIGURAS
Figura 2.1 - Soldados na Segunda Guerra Mundial (BRASIL ESCOLA, 2012).......................4
Figura 2.2 – Refeitório................................................................................................................7
Figura 2.3 - Lavatório tipo calha.................................................................................................9
Figura 2.4 - Bacia turca.............................................................................................................10
Figura 2.5 - Mictório tipo calha................................................................................................11
Figura 2.6 – Chuveiro...............................................................................................................11
Figura 2.7 – Vestiário...............................................................................................................12
Figura 2.8 - Escritório de Engenharia.......................................................................................14
Figura 2.9 - Mesa da serra circular...........................................................................................14
Figura 2.10 - Armazenamento de barras de aço (ARTE DE EDIFICAR, 2012)......................19
Figura 2.11 - Etiqueta de identificação (ARTE DE EDIFICAR, 2012)...................................19
Figura 2.12 - Empilhamento de portas (PINI, 2012)................................................................20
Figura 2.13 - Armazenamento de blocos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)..............................20
Figura 2.14 - Armazenamento de cimento (REFORMANDO A CASA, 2012)......................21
Figura 2.15 - Lona para proteção do cimento...........................................................................21
Figura 2.16 - Empilhamento de esquadrias (EBAH, 2012)......................................................22
Figura 2.17 - Armazenagem do gesso acartonado (LÚCIO ENGENHARIA,2012)................23
Figura 2.18 - Armazenagem do gesso em placa (APRENDA A CONSTRUIR E
REFORMAR, 2010).................................................................................................................23
Figura 2.19 – Baias (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)...............................................................24
Figura 2.20 - Empilhamento de chapas compensada (MADECAUS, 2012)............................25
Figura 2.21 - Empilhamento de cerâmicas (UEPG, 2012).......................................................26
Figura 2.22 - Armazenagem de telhas onduladas (EBAH, 2012).............................................26
Figura 2.23 – Armazenagem tintas (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012).......................................26
Figura 2.24 - Armazenagem de tubos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)...................................27
Figura 2.25 - Visage Actuelle...................................................................................................36
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1.1 OBJETIVOS....................................................................................................................2
1.1.1 Objetivo Geral..........................................................................................................2
1.1.2 Objetivo Especifico..................................................................................................2
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.........................................................................................3
2.1 HISTÓRIA DA LOGÍSTICA..........................................................................................3
2.2 DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA........................................................................................5
2.3 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO DE CANTEIROS...............................................6
2.3.1 Objetivos do Planejamento de Canteiros..................................................................6
2.4 COMPONENTES DO CANTEIRO DE OBRA..............................................................6
2.4.1 Refeitório..................................................................................................................6
2.4.2 Instalações Sanitárias................................................................................................8
2.4.3 Vestiário..................................................................................................................12
2.4.4 Ambulatório e Sala de Segurança do Trabalho......................................................13
2.4.5 Escritório................................................................................................................13
2.4.6 Central de Carpintaria.............................................................................................14
2.4.7 Central de Armação................................................................................................16
2.4.8 Almoxarifado..........................................................................................................18
2.5 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS.....................28
2.5.1 Guincho de Coluna.................................................................................................31
2.5.2 Torre do Elevador...................................................................................................32
2.5.3 Elevadores de Transporte de Materiais..................................................................34
2.5.4 Elevadores de Transporte de Passageiros...............................................................35
2.5.5 Gruas.......................................................................................................................35
3 APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO PROPOSTO........................................................37
3.1 INFORMAÇÕES GERAIS DA EMPRESA.................................................................37
3.2 CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO..........................................................................37
4 IMPLANTAÇÃO DO ESTUDO....................................................................................38
4.1 ELABORAÇÃO DO LAYOUT DO CANTEIRO........................................................38
5 CONCLUSÃO E ANALISE DOS RESULTADOS......................................................39
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................................40
1 INTRODUÇÃO
Por muitos anos a logística era utilizada nas práticas militares, as guerras longas e
distantes e eram necessários grandes e contínuos os deslocamentos de recursos. Para o
deslocamento das tropas, carros de guerras, armamentos pesados e suprimentos que vinham a
atender a necessidades dos soldados existiam a necessidade de uma organização logística. E
por sua vez a preparação dos soldados a distribuição de alimentos, transporte de munições e
armas, traçar o caminho mais adequado não necessariamente o mais curto, na antiga Grécia,
Roma e no Império Bizantino, os militares responsáveis por essas operações tinham o título
de Logísticas.
Atualmente a logística focaliza nas complexidades encontradas nos negócios de
aquisição, movimentação, armazenagem e entrega de produtos, onde requer profissionais cada
vez mais especializados. Então é inegável a importância do planejamento do processo
logístico como um elemento associado no processo executivo, produtividade e lucratividade
em qualquer segmento de atuação empresarial.
Após a percepção empírica da necessidade dos empreendedores, definirem
procedimentos que facilitem a gestão das operações dentro do canteiro de obra, de tal forma
que esse estudo venha a facilitar no processo executivo. Para concretização desta gestão,
deverá existir a elaboração de um projeto de canteiro juntamente com um planejamento das
ações a serem executadas visando sua eficiência, assim como o atendimento à norma, NR-18.
A metodologia aplicada neste artigo, no que se refere a procedimentos técnicos, consiste
basicamente em pesquisas bibliográficas, que por sua vez demonstram a real contribuição
deste assunto para construção civil. Os projetos específicos para cada canteiro de obra
representam os benefícios característicos do desempenho da atividade logística aplicado na
obra. E nele deverá ser aplicada a teoria do estudo realizado.
Foi escolhido o canteiro de obra no empreendimento da TCI VIVER (Visage Actuelle),
por permitir um fácil acompanhamento do canteiro e dos projetos do mesmo. É recomendável
fazer um estudo do canteiro de obra, onde deverá ser definida a estratégia logística,
determinando a localização de cada elemento, aproveitando o espaço e otimizando os
deslocamentos no canteiro de forma a possibilitar que homens e máquinas trabalhem com
segurança e eficiência.
1.1 OBJETIVOS
1.1.1 Objetivo Geral
Desenvolver um estudo sobre aspectos da construção civil e, posteriormente, aspectos
relacionados à tecnologia logística, como sua evolução, definição, funções, características,
objetivos e benefícios que um processo logístico pode oferecer de uma maneira geral.
1.1.2 Objetivo Especifico
Minimizar distância de transporte, minimizar tempo de deslocamento de pessoal e
materiais, minimizar o manuseio de materiais e evitar a obstrução da circulação de
equipamentos e transporte de materiais.
Sempre objetivando atingir a Atender e cumprir a política de qualidade do
empreendimento: O compromisso TCI Viver é a satisfação do cliente através da melhoria dos
processos construtivos, da pontualidade na entrega das obras, do desenvolvimento do
profissional dos colaboradores e da qualificação dos fornecedores.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 HISTÓRIA DA LOGÍSTICA
Desde a antiguidade, os líderes militares já se empregavam da logística, para travar
guerras e prostituições. As guerras eram longas e geralmente distantes e eram necessários
grandes e constantes deslocamentos de recursos. Para transportar as tropas, armamentos e
carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários o planejamento, organização
e execução de tarefas logísticas, que envolviam a definição de uma rota, nem sempre a mais
curta, pois era necessário ter uma fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e
distribuição de equipamentos e suprimentos. Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino,
os militares com o título de Logísticas eram os responsáveis por garantir recursos e
suprimentos para a guerra.
Carl Von Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e a estratégia.
Não falava especificamente da logística, porém reconheceu que “em nossos dias, existe na
guerra um grande número de atividades que a sustentam (…), que devem ser consideradas
como uma preparação para esta”.
É a Antoine-Henri Jomini, ou Jomini, contemporâneo de Clausewitz, que se deve, pela
primeira vez, o uso da palavra “logística”, definindo-a como “a ação que conduz à preparação
e sustentação das campanhas”, enquadrando-a como “a ciência dos detalhes dentro dos
Estados-Maiores”.
Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na Escola de Guerra
Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para que estes
conceitos se desenvolvessem na literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial,
raramente aparecia a palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais como
Administração, Organização e Economia de Guerra.
A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas
teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais
dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro “Logística Pura: a
ciência da preparação para a guerra”. Segundo Thorpe, “a estratégia e a tática proporcionam o
esquema da condução das operações militares, enquanto a logística proporciona os meios”.
Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro
da Arte da Guerra.
Durante a Segunda Guerra, os aliados liderados pelos Estados Unidos, perceberam que a
eficácia nos deslocamentos das tropas e de todo o aparato necessário para a guerra poderia
significar a vitória, uma vez que um exército mal suprido dificilmente conseguiria ser
eficiente. Este desenvolvimento de ideias levou à maior operação logística que se conhece até
hoje, o Dia “D”, ou o Dia da Vitória.
Figura 2.1 - Soldados na Segunda Guerra Mundial (BRASIL ESCOLA, 2012)
Eccles, Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do
Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logística Militar, sendo considerado como o “pai
da logística moderna” Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada
apenas às atividades militares. Após este período, com o avanço tecnológico e a necessidade
de suprir os locais destruídos pela guerra, a logística passou também a ser adotada pelas
organizações e empresas civis.
Durante os anos 60, as indústrias perceberam que os conceitos logísticos poderiam ser
aplicados à própria indústria, ainda não ligados à produção, mas ligados à armazenagem e a
distribuição física. Foi neste período que se iniciaram os estudos de aproveitamento e
racionalização de espaços, bem como os de distribuição física dos produtos como forma de
obter ganhos e eficiência.
Nos anos 70, nos Estados Unidos, iniciam-se os estudos para apuração dos custos de
manutenção dos estoques e define-se qual a metodologia para seu cálculo.
Os anos 80 trouxeram o grande desenvolvimento da Logística nos Estados Unidos e
Europa, os computadores permitiram que os cálculos matemáticos fossem realizados em
tempos infinitamente mais rápidos. A eficácia de práticas logísticas começa a integrar
Logística, Marketing, Vendas e Produção. Esta década foi marcada por uma alta inflação no
Brasil e uma forte aposta nos estoques. As empresas ganhavam na valorização dos produtos
no estoque e com a aplicação financeira dos recursos em caixa, foi a época do “varejo fácil”.
Os anos 90 foram marcados mundialmente pela formação dos mercados globais,
Mercado Comum Europeu, Nafta e Mercosul. Nos Estados Unidos, Europa e Ásia, as
empresas passam a reconhecer a importância da Logística, tanto no que diz respeito a
Armazenagem e Distribuição, agora integrando também a Produção.
No Brasil vivemos um crescimento muito rápido das técnicas de logística. As
universidades iniciam cursos de graduação, pós-graduação, mestrado e até doutorados nesta
área.
As pequenas empresas sentem necessidade de acompanhar a evolução, pois o mercado
passa a ser muito competitivo, os ganhos são reduzidos, e ter o produto certo, na hora certa, na
quantidade certa, no lugar certo com o menor custo possível passa a ser um diferencial.
E por fim, após entendermos como começou e como evoluiu a Logística podemos tentar
entender para onde ela está indo. A total integração entre todos os departamentos, resultando
em um maior controle e melhora no fluxo de informações, que passa a ser o maior patrimônio
de uma empresa, superior até ao capital.
2.2 DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA
Existem várias definições para a palavra de logística, entre vários conceitos algumas
como “Ter o produto certo, na quantidade certa, em condições certas, no local certo, no
momento certo, com o preço certo e para o cliente certo”; "A ciência de prever necessidades e
prover soluções" (Marinha do Brasil); “A logística empresarial trata de todas as atividades de
movimentação e armazenagem que facilitam o escoamento de produtos desde o ponto de
aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de
informação que colocam os produtos em movimento, com o propósito de providenciar níveis
de serviço adequados aos clientes a um custo razoável” (BALLOU, 1993); “Logística é o
processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem
de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de
origem até o ponto de consumo com o objetivo de atender os requisitos do consumidor”
(Council of Logistics Management - CLM). Todas definições escritas de forma diferente,
porem o objetivo é o mesmo, em linhas gerais, podemos dizer que a logística está presente em
todas as atividades de uma empresa.
E em poucas palavras conceituaremos em 5 atividades, produção (artesanal, empurrada,
just in case, puxada, just in time) gestão de estoques (previsão da demanda, localização dos
estoques), armazenagem (recebimentos, estocagem, administração de pedidos, expedição)
distribuição (rotas, estratégias e modais de transporte). A logística começa pela necessidade
do cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de produção e entrega.
2.3 DEFINIÇÃO DE PLANEJAMENTO DE CANTEIROS DE OBRAS
O planejamento de um canteiro de obras pode ser definido como o planejamento do
layout e da logística das suas instalações provisórias, instalações de segurança e sistema de
movimentação e armazenamento de materiais. O planejamento do layout envolve a definição
do arranjo físico de trabalhadores, materiais, equipamentos, áreas de trabalho e de estocagem.
De outra parte, o planejamento logístico estabelece as condições de infraestrutura para o
desenvolvimento do processo produtivo, estabelecendo, por exemplo, as condições de
armazenamento e transporte de cada material, a tipologia das instalações provisórias, o
mobiliário dos escritórios ou as instalações de segurança de uma serra circular. De acordo
com a definição adotada, considera-se que o planejamento de assuntos de segurança no
trabalho não relacionados às proteções físicas, tais como o treinamento da mão de obra ou
análises de riscos, não fazem parte da atividade planejamento de canteiro. Tal definição deve-
se a complexidade e as particularidades do planejamento da segurança.
2.3.1 Objetivos do Planejamento de Canteiros
O processo de planejamento do canteiro visa à obtenção da melhor utilização do espaço
físico disponível, de forma a possibilitar que homens e máquinas trabalhem com segurança e
eficiência, principalmente através da minimização das movimentações de materiais,
componentes e mão de obra.
2.4 COMPONENTES DO CANTEIRO DE OBRA
2.4.1 Refeitório
Um dos requisitos mais importantes do refeitório de canteiro de obras é que tenha
capacidade para atender a todos os trabalhadores no horário das refeições. Vale lembrar que
os refeitórios devem ser bem iluminados e ventilados. Precisam dispor de lavatórios para que
os funcionários lavem as mãos antes e depois de comer. Além disso, é necessário que os
empregados sejam treinados quanto a noções de higiene e limpeza.
Figura 2.2 – Refeitório
Existem duas exigências básicas para definir a localização do refeitório. A primeira,
comum às demais áreas de vivencia, é a proibição de sua localização em subsolos ou porões.
A segunda exigência é a inexistência de ligação direta com as instalações sanitárias, ou seja,
não possuir portas ou janelas em comum com tais instalações. A segunda exigência não
implica necessariamente em posicionar o refeitório afastado dos banheiros, visto que a
proximidade é desejável para facilitar a utilização dos lavatórios destes.
O refeitório é uma instalação que abriga muitas pessoas simultaneamente, é
indispensável que o mesmo possua uma boa ventilação. Dentre os vários modos de ventilar
naturalmente a instalação, alguns dos mais utilizados têm sido a execução de uma das paredes
somente até meia-altura. Contudo, seja qual for o tipo de fechamento, é importante que o
mesmo isole a instalação das áreas de produção e circulação, evitando a penetração de sujeira
e contribuindo para a manutenção da limpeza do local.
A estrutura do refeitório deve ser de piso e paredes laváveis e uma cobertura que proteja
de intempéries. E é extremamente proibido tomar refeições fora dos locais estabelecidos pela
NR 18 (Norma Regulamentadora Número 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção). E por fim é obrigatório o fornecimento de água potável, filtrada e
fresca, para os trabalhadores, por meio de bebedouro de jato inclinado ou outro dispositivo
equivalente, sendo proibido o uso de copos coletivos.
2.4.2 Instalações Sanitárias
De acordo com a Norma NR18, entende-se como instalação sanitária provisória o local
destinado a higiene corporal e/ou ao atendimento das necessidades fisiológicas de excreção, e
é proibida a utilização do mesmo para outros fins, tem que manter em perfeito estado de
conservação e higiene, devem ter portas de acesso que impeçam o devassamento e ser
construídas de modo a manter a privacidade. Suas paredes tem que ter material resistente
podendo ser de madeira, pisos impermeáveis e acabamento antiderrapante, ambos laváveis.
Não podem ser diretamente ligados a locais destinados a refeições e precisam ser separados
por sexo. Necessitam de ventilação e iluminação adequadas.
A NR-18 apresenta critérios para o dimensionamento das instalações hidrosanitárias,
estabelecendo as seguintes proporções e dimensões mínimas ter pé direito mínimo de 2,50m,
estar situadas em locais de fácil e seguro acesso, não sendo permitido um deslocamento
superior a 150 metros do posto de trabalho aos gabinetes sanitários, mictórios e lavatórios. A
instalação sanitária deve ser composta de lavatório, vaso sanitário e mictório de dimensão 1
conjunto para cada grupo de 20 trabalhadores, bem como de chuveiro, com dimensão de 1
unidade para cada grupo de 10 trabalhadores. O local destinado ao vaso sanitário deve ter área
de no mínimo 1,0 m², e as do chuveiro no mínimo 0,8 m². Nos mictórios tipo calha, cada
segmento de 0,60 m deve corresponder a um mictório tipo cuba.
As instalações sanitárias provisórias devem atender adequadamente ao número de
trabalhadores instalados no canteiro de obras. Ou seja, seu dimensionamento depende
excepcionalmente da quantidade de pessoas que as utilizam. Estes critérios devem ser
interpretados como requisitos mínimos, recomendando-se adotar, especialmente para os
chuveiros, um menor número de trabalhadores por aparelho. Tal recomendação decorre do
fato de que os chuveiros geralmente representam um ponto crítico dos banheiros no horário de
fim do expediente, isto é, são as instalações mais procuradas e, ao mesmo tempo, aquela em
que os usuários consomem mais tempo, o que origina a formação de filas caso não existam
aparelhos em número suficiente.
a) 2.4.2.1 Lavatórios
Os lavatórios de obra podem ser feitos de diversos materiais (louça, aço inoxidável,
zinco, cimento, plástico etc.). Podem ser individuais (com ou sem coluna) ou coletivos
(calha). SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA Ex.: A Figura 2.3 nos mostra um
lavatório tipo calha de um empreendimento em Goiânia.Figura 2.3 - Lavatório tipo calha
Segundo o item 18.4.2.5 da NR18, os lavatórios devem ser instalados a uma altura de 90
cm (distância da borda do piso). Os lavatórios coletivos, quando construídos de alvenaria ou
concreto na própria obra, também devem atender aos requisitos exigidos pela NR 18. Suas
torneiras podem ser de metal ou de plástico, seu revestimento interno de material liso,
impermeável e lavável, além de dispor de recipiente para coleta de papéis usados.
b) Vasos Sanitários
As bacias sanitárias utilizadas nos banheiros de obra podem ser do tipo sifonada
(convencional) ou turca, conforme o item 18.4.2.6 da NR 18. A escolha do tipo ideal de bacia
está diretamente ligada à manutenção dispensada aos banheiros durante seu uso. É comum os
vasos sanitários estarem sujos ou sem assentos, sendo assim, os trabalhadores preferem
agachar-se sobre a bacia a sentar-se nela. Além de comprometer o asseio das instalações, essa
prática traz sérios riscos de acidente por quebra da bacia. Ainda mais considerando-se que as
instalações provisórias de canteiros de obra são em geral equipadas com peças de qualidade
inferior ou com defeitos. Logo, a bacia turca é mais aconselhável, pois evita este tipo de
problema que ocorre nas bacias convencionais, e também traz mais conforto ao uso para o
funcionário. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.4 - Bacia turca
Também deve-se atentar com outros itens da norma NR18, no qual diz que o local
destinado aos vasos sanitários precisam ser provido de portas com trinco interno e borda
inferior de, no máximo 0,15 m de altura e suas divisórias com altura mínima de 1,80 m, ter
recipiente com tampa, para depósito de papéis usados, sendo obrigatório o fornecimento de
papel higiênico.
c) Mictórios
Como os lavatórios, os mictórios (item 18.4.2.7 na NR 18) podem ser do tipo individual
(sifonado) ou coletivo (em formato de calha). Podem ser de louça, de metal ou construídos de
alvenaria ou concreto.
Quando construídos na própria obra, é importante assegurar que sejam impermeáveis,
tenham superfície lisa e sejam fáceis de lavar e conservar. O caimento do fundo dos mictórios
coletivos deve garantir facilidade de escoamento dos líquidos.
A norma exige que suas bordas fiquem no máximo, a uma altura de 0,50 m em relação
ao piso. Uma altura média que permite as pessoas utilizarem os mictórios com mais conforto.
SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.5 - Mictório tipo calha
d) Chuveiros
No item 18.4.2.8 da NR 18, obriga a colocação de estrados de madeira nos pisos sobre
os quais forem instalados os chuveiros. Esses tem grande importância não apenas para
garantir estabilidade das pessoas, servem também, caso ocorra, que os trabalhadores não
pisem diretamente na água empoçada no chão, mas esse empoçamento não deve acontecer,
pois o piso deve ter necessariamente caimento para o ralo. Além disso, caso não se coloque
pisos das instalações revestimento cerâmico antiderrapante (o que é muito mais adequado e
aconselhável), esse tipo de piso fica sempre em contato com a umidade, tem durabilidade
limitada e facilita a proliferação de fungos e bactérias em sua superfície.
A altura do chuveiro deve estar a 2,10m (dois metros e dez centímetros) do piso e pode
ser de metal ou de plástico, individuais ou coletivos, dispondo de água quente. Deve haver um
suporte para sabonete e cabide para toalha, correspondente a cada chuveiro. O aterramento é
indispensável para a instalação do mesmo. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.6 – Chuveiro
2.4.3 Vestiário
O vestiário deve estar localizado ao lado dos banheiros e o mais próximo possível do
portão de entrada e saída dos trabalhadores no canteiro. Esse requisito de proximidade com o
portão de acesso de pessoal parte do pressuposto de que os EPI básicos, comuns a todos os
trabalhadores (capacetes e botinas), sejam guardados no vestiário. Visto que esta instalação é
o primeiro local no qual os operários dirigem-se ao chegar à obra e o último local ocupado
antes que os mesmos deixem a obra no final do expediente, desta forma assegura-se que
apenas o percurso vestiário-portão seja realizado sem o uso de capacete e botina. Tendo em
vista a segurança, é também recomendável criar-se uma ligação coberta entre o vestiário e o
portão.
Uma prática comum, orientada por problemas de furto, é a colocação de acessos
independentes para vestiários e banheiros. Com o objetivo de evitar que funcionários, a irem
ao banheiro em horário de expediente violem armários de colegas. No entanto, esse arranjo
exige que, os funcionários se desloquem de uma instalação a outra ao ar livre,
comprometendo a privacidade e expondo-se às intempéries. Neste sentido, a maioria das
empresas optam pela colocação somente de chuveiros no mesmo ambiente dos vestiários.
Complementando os requisitos já discutidos no item 18.4.2.9 da NR 18 normatiza que
os vestiários devem ter paredes de alvenaria, madeira, além dos cimentado, madeira ou
material equivalente, uma cobertura que proteja contra intempéries e ter pé direito mínimo de
2,50m. A área de ventilação deve respeitar a proporção de 1/10 (um décimo) da área do piso,
deve ter iluminação natural e/ou artificial, armários individuais com trancas, bancos em
número suficiente para atender os funcionários, com largura mínima de 0,30m e o local deve
ser mantidos em perfeito estado de conservação, higiene e limpeza. SEMPRE FAZER A
CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.7 – Vestiário
2.4.4 Ambulatório e Sala de Segurança do Trabalho
Em toda obra devera existir um ambulatório ou frente de trabalho com cinquenta ou
mais trabalhadores (conforme item 18.4.1,h). É necessário que haja uma pessoa responsável,
treinada em técnicas de primeiros socorros. Além disso, é importante dispor de medicamentos
básicos.
Todas as atividades dos ambulatórios das obras devem estar integradas ao Programa de
Controle Médico e Saúde Ocupacional (PCMSO) da empresa. Quando a obra contratar
técnicos ou engenheiros de segurança, é preciso que tenham todo o apoio da alta
administração na difícil tarefa de orientação, normalização e auditoria das obras, dispondo, até
de mesmo, de um local para desenvolver suas atividades.
2.4.5 Escritório
O escritório tem a função de proporcionar um espaço de trabalho isolado para que o
engenheiro, mestre de obras, encarregados entre outros desempenhem parte de suas
atividades, podendo ter salas separadas para estes profissionais. Além de servir como um
espaço de arquivo da documentação técnica da obra, que deve estar disponível no canteiro,
incluindo, projetos, cronograma, licenças da prefeitura, etc. Sua dimensão pode variar
dependendo da quantidade de pessoas que trabalham no local e das dimensões de
equipamentos utilizados (armários, mesas, cadeiras, computadores, etc.) variáveis estas que
são dependentes dos padrões de cada empresa ou de cada obra.
Em relação à sua localização, solicita-se, além da proximidade com o almoxarifado,
uma posição nas imediações do portão de entrada de pessoas, a qual torne o escritório ponto
de passagem obrigatória no caminho percorrido por clientes e visitantes ao entrar no canteiro.
Também é interessante que esta instalação esteja posicionada em local que permita do seu
interior tenha-se uma visão global do canteiro, de modo que o mestre e/ou engenheiro possam
realizar, ao mesmo tempo, atividades no escritório e acompanhar visualmente os principais
serviços em execução.
Neste ambiente é essencial uma boa iluminação devido à natureza das atividades
desenvolvidas, as quais exigem boas condições visuais para a elaboração de desenhos,
trabalhos em computador e leitura de plantas e documentos diversos. Deve existir um mural
dispondo de informações eficazes para as atividades diárias, semanais, mensais, cronogramas
e avisos. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURAFigura 2.8 - Escritório de Engenharia
2.4.6 Central de Carpintaria
Dentre as diversas ferramentas utilizadas nos serviços de carpintaria, desde as manuais,
como serras, serrotes, torqueses, furadeiras elétricas, pés de cabra e martelos, até alguns tipos
de máquinas, a serra circular é a que mais oferece risco de acidentes.
a) Serra Circular
A serra circular utilizada em geral na construção civil é uma máquina simples e de alta
velocidade. Nos canteiros de obras, a instalação de serras circulares não pode ser precária e
desprovida dos dispositivos de segurança essenciais. Os acidentes com operários, no trabalho
de corte da madeira para fôrmas, por exemplo, costumam acarretar incapacidade permanente
e total ou, até mesmo, a morte. Quando a serra circular não está muito bem instalado pode
transformar-se numa arma de alta periculosidade. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA
FIGURA
Figura 2.9 - Mesa da serra circular
Recomendações gerais para a central de carpintaria é que o local utilizado para o mesmo
deverá ter cobertura, se estiver em área de risco de queda de objetos nos trabalhadores. Deve
haver sinalização e cartazes sobre a utilização de equipamentos de proteção individual (EPI),
proibição de fumar, localização de extintor de incêndio, energia elétrica etc. O item 18.7.4 da
Norma Regulamentadora nº 18 recomenda que, quando estiverem localizadas próximas à
mesa e sujeitas a impactos provocados pela projeção de partículas, as lâmpadas de iluminação
sejam protegidas.
As sugestões para as máquinas é que a bancada, seja de construção sólida, deverá ser
lisa, de tamanho adequado e assentado em base de piso firme, nivelado, antiderrapante, de
modo a não apresentar vibrações. Sua mesa deverá ser construída de madeira com espessura
mínima de 25 mm e terá dimensões suficientes para o corte de peças de comprimento médio.
Deve possuir coletor de serragem e suas faces inferiores devem ter fechamento lateral.
O motor deve ter potência adequada ao disco utilizado e deve ser protegido contra a
poeira e as intempéries, além de ter uma chave interceptora próxima as mãos do operador na
sua posição de trabalho para acionamento e parada do motor. O interruptor deve ser do tipo
embutido e afastado das correias de transmissão.
Quando a carcaça do motor e a mesa forem feitos de material metálicos, o mesmo deve
ser aterrado.
O disco da serra deve estar em bom estado afiado, travado e com dentes apropriados. O
diâmetro do disco pode variar entre 25 cm e 50 cm (normalmente são usados discos com 43
cm, ou 17 polegadas) e sua parte inferior deve ser protegida por dispositivo fixo.
A coifa e o cutelo devem ter identificação do fabricante, próximo à mesa da serra, é
necessário instalar extintor de incêndio do tipo CO2.
As indicações na realização de trabalho pelo item 18.7.1 da NR 18 estabelece que a
operação da serra circular deve ser realiza por pessoa qualificada. O operador deverá ser
instruído para permanecer, sempre que possível afastado da “zona de rejeição” (há risco de
grave ferimento no ventre, que pode levar à morte).
O operador nunca deve empurrar a peça com os dedos polegares abertos. Deve utilizar
empurradores adequados à peça que será serrada, como pede o item 18.7.3 da NR 18. Este
funcionário sempre deverá utilizar os equipamentos de proteção individual (EPI) necessários a
essa atividade: capacete, protetor facial, protetor auricular tipo “concha”, máscara descartável,
avental e calçado de segurança.
O operador é responsável em cuidar da limpeza e organização do ambiente, retirando
diariamente a serragem acumulada no local.
Não se deve ajustar o disco e as guias enquanto a serra estiver em funcionamento e
quando desligada a serra, não se deve freá-la fazendo pressão sobre o disco. E por fim é
necessário comprovar a ausência na área de trabalho de corpos estranhos, como concreto,
pregos, fitas metálicas, nós duros, defeitos na madeira e assim por diante.
2.4.7 Central de Armação
a) Treinamento do Pessoal
Especial atenção deverá ser dada ao treinamento das pessoas envolvidas em todas as
etapas da confecção da armadura, desde a descarga dos vergalhões até a colocação das
armações na fôrma ou na construção in loco.
b) Estocagem de Vergalhões
No canteiro de obras, a primeira providência é estudar um local de estocagem para os
vergalhões, o mais próximo possível da central de armação. Nesse local os vergalhões serão
estocados por diâmetro e comprimento, organizados e limpos, livres de lama, óleo, graxa etc.
De preferência, devem permanecer apoiados sobre travessas de madeira, ferro ou concreto, de
modo a não atrapalhar o trânsito de pessoas, máquinas e equipamentos.
c) Transporte dos Vergalhões
É conveniente evitar o trabalho manual no transporte dos vergalhões. Sempre que
possível, transportá-los por meio de gruas ou equipamentos de guindar. A área de
movimentação dos vergalhões deverá ser sinalizada e isolada, inclusive na descarga dos
caminhões de transporte, como exige o item 18.8.6 da NR 18.
d) Corte dos Vergalhões
O item 18.8.1 da NR 18, por sua vez, manda que as bancadas ou plataformas tenham a
resistência necessária para a execução dos serviços com segurança, além de estar apoiadas
sobre piso firme, nivelado e antiderrapante.
Para dividir os vergalhões em tamanhos predeterminados, usar sempre guilhotina
especial para cortar aço. As máquinas e tesouras de corte devem ser inspecionadas
periodicamente, em particular quanto ao estado dos gumes.
e) Dobramento de Vergalhões
O dobramento de vergalhões pode ser executado manual ou mecanicamente. No
dobramento manual, o esforço físico intenso pode provocar danos aos músculos, coluna e
mãos dos trabalhadores. Deve-se realizar o trabalho em bancadas adequadas, limpas e
desimpedidas.
f) Equipamentos de Proteção Individual
Em todos os serviços com vergalhões de aço seja na descarga dos caminhões, seja no
corte e dobra ou ainda na confecção das armações, o trabalhador deverá utilizar os
equipamentos de proteção individual necessários para a sua proteção, tais como luvas de raspa
de couro e óculos de segurança. A ombreira de couro deve ser usada quando o operário
transportar manualmente os vergalhões.
g) Montagem das Armações
Na montagem da armação de aço, são utilizadas amarras ou colares de arame, que
devem ser dobrados e encostados aos estribos, para evitar cortes, perfurações e arranhões. O
item 18.8.5 da NR 18 proíbe pontas verticais desprotegidas. Pode-se colocar em cada ponta
um protetor de plástico ou amarrá-las e protege-las com madeira, metal ou plástico.
Na execução ou colocação de armações de aço de pilares na posição vertical, devem-se
adotar medidas de proteção contra a queda dessas peças, mediante estaiamento ou amarração.
Se o processo de colocação do estribo for in loco, será feito com a utilização de andaimes,
evitando-se, assim, que o trabalhador suba na própria armação.
Em trabalhos deste tipo, em beirada de lajes e em altura superior a 2,0 m, é necessária a
utilização, pelo trabalhador, de cinturão de segurança do tipo paraquedista.
2.4.8 Almoxarifado
Para o dimensionamento do almoxarifado deve-se considerar o porte da obra e a
condição de estoques da mesma, o qual determina o volume de materiais e equipamentos que
necessitam ser estocados. O tipo de material estocado também é uma consideração
importante. No caso da estocagem de tubos de PVC, por exemplo, é necessário que ao menos
uma das dimensões da instalação tenha o mínimo, 6,0 m de comprimento.
Deve-se observar que o volume estocado é variável ao longo da execução da obra, de
modo que, em relação à fase inicial da obra, pode haver necessidade de ampliar a área
disponível nas fases seguintes em duas ou mais vezes.
O almoxarifado abriga as funções de armazenamento e controle de materiais e
ferramentas, devendo situar-se idealmente, próximo a três outros locais do canteiro, de acordo
com a seguinte ordem de prioridade: ponto de descarga de caminhões, elevador de carga e
escritório.
É evidente a necessidade de proximidade de caminhões e com o elevador de carga. No
primeiro caso, a justificativa é o fato de que muitos materiais são descarregados diretamente
no almoxarifado. No segundo caso, considera-se que vários destes materiais devem ser, no
momento oportuno, transportados até o seu local de uso nos pavimentos superiores,
rotineiramente através do elevador. Já a proximidade com o escritório é desejável devido aos
frequentes contatos entre o mestre de obras e/ou engenheiro, facilitando-se, assim, a
comunicação entre ambos. Ainda é importante lembrar que no almoxarifado (ou no escritório)
deve ser colocado um estojo com materiais para primeiros socorros.
Para o controle de entrada e saída de materiais, a técnica mais simples é a utilização de
planilhas de controle de estoque, as quais devem conter campos tais como fornecedor,
especificação do material, local de uso, saldo, datas de entrega e retirada e responsável pela
retirada, além de que grandes empresas também contam com um programa de controle de
estoque digital.
Os materiais devem ser estocados e manuseados de forma correta para a melhor
organização e segurança de um canteiro, de tal forma que não comprometa o cronograma da
obra. No caso de armazenamento em lajes, verificar sua capacidade de resistência para evitar
sobrecarga e por fim verificar as orientações de cada fornecedor para cada produto.
a) Barras e Fios de Aço
Armazenado com a etiqueta de identificação visível não podendo estar em contato
direto com o solo. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURAFigura 2.10 - Armazenamento de barras de aço (ARTE DE EDIFICAR, 2012)
Figura 2.11 - Etiqueta de identificação (ARTE DE EDIFICAR, 2012)
b) Batentes, Portas e Alisares
Sua estocagem deve ser tabicado e por tipo de peça, devem estar em locais bem
ventilados e protegidos em um local seguro. Durante o seu manuseio, deve-se ter cuidado para
que os mesmos não sofram batidas ou riscos que os danifiquem. Seu empilhamento deve ser
na horizontal sobre sarrafos ou caibros de madeira. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA
FIGURA
Figura 2.12 - Empilhamento de portas (PINI, 2012)
c) Blocos e Tijolos
Devem estar sobre terreno plano, recomenda-se para que eles não fiquem expostos a
umidade excessiva, inclusive provocadas por chuvas. Para tijolos furado ou maciço suas
pilhas não devem ser superior a 2 metros de altura por tipo e para blocos de concreto devem
ser empilhados no máximo a 1,5 metro de altura por tipo. SEMPRE FAZER A CHAMADA
DA FIGURA
Figura 2.13 - Armazenamento de blocos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)
d) Bombas
Devem estar em local seguro, sobre sarrafos ou caibros de madeira, evitando contato
com a água e calor excessivo.
e) Ensacados
Devem dispor em local fechado, apropriado para evitar ação da água ou umidade,
extravio ou roubo e com o piso revestido com estrado de madeira. Jamais ficar em contato
com a parede. Atentar com a data de validade, para que os sacos mais velhos sejam utilizados
antes dos sacos recém entregues. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.14 - Armazenamento de cimento (REFORMANDO A CASA, 2012)
Figura 2.15 - Lona para proteção do cimento Fonte??
Esses ensacados não devem ultrapassar um empilhamento máximo de:
Argamassa colante: pilhas de no máximo 20 sacos
Argamassa industrializada para revestimento: pilhas de no máximo 15 sacos
Cal hidratada: Pilhas de no máximo 10 sacos
Cimento Portland: Pilhas de no máximo 10 sacos
Gesso em pó: Pilhas de no máximo 10 sacos
Rejunte: Empilhamento conforme orientação do fabricante
f) Esquadria de Alumínio
Devem ficar dispostos sobre sarrafos ou caibros de madeira e em locais fechados,
apropriados para evitar ação da água ou umidade e extravio. Seu posicionamento tem que ser
horizontal com pilhas de até 1,5 m. Não empilhar o material e nem estocar outro tipo de
material sobre as esquadrias e não permitir que o contato entre duas peças provoque danos no
acabamento. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.16 - Empilhamento de esquadrias (EBAH, 2012)
g) Fechaduras e Ferragens em Geral
Não pode estar em contato com o solo, armazenado com as embalagens originais e
separados por tipo.
h) Fios, Cabos Elétricos, Disjuntores, Tomadas e Interruptores
Sua armazenagem tem que ser em locais fechados, apropriados para evitar a ação da
água ou umidade e seu extravio, com etiqueta de identificação visível.
i) Gesso Cartonado
As chapas de gesso devem ser armazenadas em locais planos, sobre ripas de madeira ou
em palhetes e protegidas contra a ação do sol, chuva e umidade. Se necessário, proteger da
umidade com uma manta plástica. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.17 - Armazenagem do gesso acartonado (LÚCIO ENGENHARIA,2012)
j) Gesso em Placa
As chapas são armazenadas justapostas, na posição vertical e com o encaixe tipo fêmea
voltado para baixo. Local fechado e apropriado para evitar a ação da água, extravio ou roubo.
Atentar com o manuseio para que as placas de gesso não sofram impactos que danifiquem a
peça. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.18 - Armazenagem do gesso em placa (APRENDA A CONSTRUIR E REFORMAR, 2010)
k) Granéis
O material é depositado diretamente no terreno em local preestabelecido no layout do
canteiro. Seu transporte é realizado com carrinhos de mão ou caixotes. Areias e britas devem
ter baias cercadas nas laterais, evitando-se, assim, espalhamento e desperdício de material.
Todos devem ser identificados e separados por dimensão o granulometria. Deve-se ter um
cuidado especial com a areia em épocas de chuvas torrenciais, recomenda-se a cobertura do
material com lonas plásticas, a fim de impedir o seu carreamento. SEMPRE FAZER A
CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.19 – Baias (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)
l) Isopor / EPS
Deve-se separar por tipo de peça e evitar o seu contato com o solo e com a água.
m) Louças e Cubas em Aço Inox
Empilhar conforme a orientação do fabricante e sobre sarrafos ou caibros de madeira
horizontalmente. Durante o seu manuseio, deve-se tomar cuidado com as peças para não
haver impactos que provoquem quebras ou trincas do material.
n) Metais
Deve-se manter nas embalagens originais, separados por tipo e evitar o contato com o
solo.
o) Madeira Bruta e Componentes de Madeira
Seu estoque tem que ser tabicado por bitola e tipo de madeira ou peça, manter em locais
apropriados para evitar a ação da água, extravio ou roubo.
O lambril precisam estar na posição horizontal sobre pontaletes de madeira,
posicionados de acordo com tamanho das peças, evitando contato com o solo, já as chapas de
compensado além de estar na posição horizontal, devem dispor sobre 3 pontaletes de madeira,
posicionado no centro da chapa e nas extremidades, evitando-se contato com o piso e sua
pilha não deve exceder a 40 cm de altura quando estocada sobre lajes e 1,5 m de altura
quando estocada sobre solo. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURAFigura 2.20 - Empilhamento de chapas compensada (MADECAUS, 2012)
p) Granito
Fiadas apoiadas sobre dois pontaletes, evitando o contato com o solo e nunca se
sobrepondo duas fiadas, estocado em piso nivelado e separado por dimensões. O piso de
granito deve ter as faces acabadas em contato uma com as outras e a bancada seu
posicionamento vertical.
q) Pré-moldados
Estoque tabicado por tipo de peça, piso nivelado, deitando-se as peças sobre caibros,
armazenadas em pilhas de no máximo 15 peças. Dispor em locais seguros e sem o contato
com o solo e durante o seu manuseio, deve-se tomar cuidado para não haver impactos que
danifiquem as peças.
r) Revestimento Cerâmico
Suas caixas devem ser empilhadas cuidadosamente na posição vertical até uma altura
máxima de 1,5 m para garantir sua estabilidade, separado por tipo de peça, calibre e
tonalidade, em local fechado e apropriado, de forma a evitar ações indesejáveis, extravio ou
roubo. Cuidado com o manuseio para não haver impactos que provoquem quebras. SEMPRE
FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.21 - Empilhamento de cerâmicas (UEPG, 2012)
s) Telhas Onduladas de Fibrocimento
Dispor em local seguro com pilhas de até 35 peças, apoiadas em pontaletes de
madeira, conforme a dimensões das peças. Dependendo do tipo e tamanho da telha deve-se
manusear conforme orientações do fabricante das peças. SEMPRE FAZER A CHAMADA
DA FIGURA
Figura 2.22 - Armazenagem de telhas onduladas (EBAH, 2012)
t) Tintas, Massa PVA, Solventes e Óleos
Armazenar em locais coberto, seco e ventilado, longe de fontes de calor, sobre estrado
de madeira. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.23 – Armazenagem tintas (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)
u) Tubos e Conexões em PVC e Aço Galvanizado
Estocar tabicado por tipo de peça, bitola, tipos de juntas, local seguro e sem contato
com o solo. Quando os tubos ficarem estocados por longos períodos, devem permanecer ao
abrigo do sol. Os plásticos rígidos devem dispor em posição horizontal sobre estaleiro com
pilha não ultrapassando 1,80 m. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA
Figura 2.24 - Armazenagem de tubos (CONSTRUÇÃO CIVIL, 2012)
v) Vidros e Espelho
Armazenamento sobre pontaletes, apoiadas com inclinação segura em relação à
vertical. Sempre manipuladas e estocadas de maneira a não entrar em contato com materiais
que venham a produzir defeitos em suas superfícies e/ou bordas. Local adequado, sem
excesso de umidade que possa provocar condensações e de contatos que possam deteriorar as
superfícies das chapas.
Cada unidade de acondicionamento deve ser acompanhada dos dados necessários para
a perfeita identificação das chapas de vidro, bem como conter manuseio, quando necessários,
os símbolos convencionais de manuseio, proteção contra umidade e choques mecânicos
conforme a orientação do fabricante.
Não é indicada a marcação dos vidros com tinta à base de cal, que se constitui um
elemento agressivo, produzindo marcas permanentes no vidro. Recomenda-se, portanto, a
utilização de tinta látex PVA, de fácil limpeza e não agressiva.
Para pilhas de vidros laminados, o número máximo de chapas não deve ultrapassar 20
unidades.
2.5 MOVIMENTAÇÃO E TRANSPORTE DE MATERIAIS E PESSOAS
A necessidade de maior rapidez e precisão na execução de serviços em canteiro de obras
sempre induz o desenvolvimento de inovações tecnológicas. Entre os equipamentos que vêm
sofrendo modernização são aqueles empregados na elevação e nos que se movem por tração
mecânica: elevadores de pessoas, de materiais, gruas, guindastes, etc. Tais equipamentos
trabalham sob condições severas e devem ter durabilidade, alta produtividade e custo baixo de
manutenção.
Junto com o avanço da tecnologia também traz consigo risco de operações, o que antes
não se encontravam presentes, hoje devem ser analisados com maior atenção e cuidado. E
toda operação de transporte é potencialmente perigosa, trazendo alto risco para a saúde e a
vida dos funcionários da obra. Com o desenvolvimento de novas tecnologias, também existe a
necessidade de um estudo das medidas preventivas que devem ser aplicadas pelas pessoas
envolvidas na utilização dos equipamentos.
No planejamento devem-se levar em conta as particularidades de cada máquina, assim
como as operações de carga e descarga, para que não venha a comprometer os cronogramas
de execução. O transporte e a situação das diferentes máquinas e equipamentos que intervêm
no processo construtivo de uma obra são complexos e as interrupções que provocam nas
atividades da obra em função da necessidade de isolamento das áreas de risco, devem ser
levadas em conta.
O uso desses equipamentos deve ser bem utilizado e sua manutenção controlada
periodicamente para que não ocorram interrupções imprevistas do processo produtivo. Essa é
uma consideração a favor da adoção de medidas de segurança, principalmente relacionadas
com o local, propriedades do terreno, acessos e vias, operações de carga e descarga e
montagem e desmontagem e sua necessidade em agilidade, eficiência do transporte à garantia
de segurança, não só para os que trabalham na obra, mas para as pessoas que transitam por
suas proximidades. O planejamento de segurança e as ações decorrentes precisam ser feita por
profissionais dotados da devida capacitação. É também muito importante que a operação de
equipamentos de transporte só seja feita por trabalhadores devidamente treinados como
determina a NR 18.
Os serviços de manutenção também devem ser conduzidos por trabalhadores
qualificados, sob a supervisão de profissionais legalmente habilitados (18.14.1.2). A
observância dessas exigências é muito importante para evitar a ocorrência de acidentes.
A circulação e permanência de pessoas sob a área de movimentação da carga deve ser
proibida em todo e qualquer tipo de transporte, vertical ou horizontal, envolvendo seja qual
for o material. Essa área precisa ser isolada e sinalizada (18.14.3). Tal medida é necessária
para evitar os riscos decorrentes da queda do material, devido a qualquer problema de
transporte, causado por ruptura do cabo de aço, falta de trava de segurança no gancho e assim
por diante.
No transporte e descarga de perfis, vigas e elementos estruturais, toda a área entre a
origem e o destino deve ser sinalizada e permanecer isolada (18.14.5). De modo a não
prejudicar a movimentação e operação de equipamentos móveis de guindar e transportar, os
acessos e vias internas da obra devem estar desimpedidos (18.14.6).
O bombeamento do concreto configura uma situação de movimentação e transporte de
material. Assim, as condições em que é feito se enquadra no item 18.14 da Norma.
A atividade envolve várias pessoas: o motorista da betoneira, o operador da bomba e os
operários da concretagem. Deve existir um sistema adequado de comunicação de instruções
entre eles, torna-se necessário empregar sistemas de sinalização sonora (campainha, alarme
etc.).
Podem ainda ocorrer situações em que mesmo esse tipo de comunicação seja
insuficiente; nesses casos é necessário empregar rádio (walkie-talkie) para transmitir
instruções entre os diversos operadores (18.14.4).
Os cabos utilizados para o içamento devem ter resistência adequada para o trabalho a
que se destinam. De qualquer forma, nenhum cabo deve ter diâmetro inferior a 12,5 mm Para
melhor conservação e uso deve ser levada em consideração a relação entre o diâmetro do cabo
e as polias associadas. Quando estiverem em uso, os cabos de guindar devem ser
inspecionados pelo menos uma vez por semana.
Todos os equipamentos de transporte de materiais, tais como gruas, guindastes,
guinchos etc. devem possuir dispositivos que impeçam a descarga acidental do material
transportado (18.14.20).
Antes que sejam iniciados os serviços é necessário que os equipamentos de guindar e
transportar passem por manutenção operativa. Devem ser vistoriada por trabalhador
qualificado, verificando-se sua capacidade de carga, altura de elevação e estado geral do
equipamento (18.14.7).
Quando houver necessidade de içar peças de grande superfície é preciso tomar todas as
medidas preventivas possíveis para se evitar a queda do material ou do equipamento,
provocada por rajadas de vento (18.14.8). Recomenda-se não trabalhar em dias de muito
vento ou fortes chuvas.
É preciso redobrar a atenção na movimentação de máquinas e equipamentos nas
proximidades de redes elétricas (18.14.10). Para evita-los, as instalações devem ser protegidas
do contato direto com máquinas e equipamentos por meio de barreiras. Todos os acessos e
vias pelas quais transmitam veículos e equipamentos pesados devem manter um afastamento
de, no mínimo, 5m das redes elétricas.
Todo trabalho que envolve içamento precisa levar em conta a correta disposição das
cargas, para evitar riscos derivados de desequilíbrio e queda de materiais. Não se devem içar
materiais dispostos desorganizadamente, tijolos e blocos devem ser empilhados de forma
simétrica. Especial atenção deve ser dedicada aos cabos que prendem a carga: eles devem ser
fixados com clipes, tanto para evitar que se desprendam como para assegurar o equilíbrio de
peça transportada, cabos que prendem estrados devem manter entre si ângulo menor ou igual
a 90o.
Apesar do uso cada vez maior de máquinas e equipamentos nas obras de construção, a
maioria dos materiais utilizados em certas fases da obra é carregada manualmente por
operários: é comum, em obras, o transporte manual de sacos de cimento, cilindros, tambores,
tijolos, blocos, tábuas, vigotas, chapas de compensado etc.
Caso não sejam tomadas medidas preventivas no manuseio desses materiais, o operário
pode vir a sofrer lesões dorsais graves e hérnias. Além disso, o trabalhador pode vir a ser
afetado por dores lombares, entorses, deslocamentos de disco etc.
O encarregado ou mestre de obras deve ensinar a cada um dos seus operários o método
apropriado para levantar objetos pesados. Devem-se ainda considerar o peso da carga, o
trajeto e distância que se irá percorrer, as dificuldades de movimentação, o tempo requerido, o
tamanho, forma e volume da carga, a existência de arestas cortantes etc. Deve-se ainda cuidar
do correto dimensionamento do número de operários designados para efetuar o transporte,
para evitar sobrecargas individuais.
Todo operário designado para o transporte manual regular de cargas pesadas deve
receber treinamento ou instruções satisfatórias quanto aos métodos de trabalho que deverá
utilizar, com vistas a salvaguardar sua saúde e prevenir acidentes (18.14.11).
2.5.1 Guincho de Coluna
Para o transporte vertical mecânico de cargas de até 600 kg (cabo duplo) podem ser
utilizados os guinchos de coluna ou similares. Muitas empresas estrangeiras fornecem
guinchos desse tipo; sua capacidade, no entanto, não costuma ultrapassar 300 kg (cabo
simples).
Os guinchos de coluna se caracterizam pela versatilidade. Eles devem dispor de
dispositivos próprios para fixação (18.14.12). Se o guincho não estiver nivelado, não enrolará
adequadamente o cabo de aço no tambor ou carretel, provocando a sua superposição; isso
certamente ocasiona trancos, que podem comprometer a estabilidade da carga (18.14.13).
O guincho de coluna permite elevar cargas em qualquer posição (pois possibilita giro de
até 180o), tem freio automático e sistema de eixo e correntes especiais.
Em nenhuma hipótese pode haver improvisação. Todas as partes móveis devem ser
protegidas contra o contato com pessoas e suas partes mecânicas protegidas contra a queda de
materiais. Deve possuir limitador do movimento do cabo, gancho com travamento de
segurança e fixação dos cabos com três clipes. A Norma exige ainda que o guincho traga
indicação de carga máxima. O uso fora da especificação pode causar danos ao equipamento e
riscos. Em nenhuma hipótese pessoas podem ser transportadas em equipamento de guindar
(18.14.19)
2.5.2 Torre do Elevador
Torres são estruturas verticais que sustentam a cabina e o cabo de tração dos elevadores
de obra, servindo de guia para o seu deslocamento vertical. As torres devem ser
dimensionadas em função das cargas que irão suportar (18.14.21.1).
Quanto mais próxima da edificação a torre é montada, melhor resulta o travamento e
estaiamento (18.14.21.4). A torre e o guincho do elevador devem ser instalados numa base
única de concreto, nivelados com chumbadores bem fixados (18.14.21.5). Dessa base
dependem a sustentação e o prumo da torre. Cada firma locadora de elevadores exige bases
com dimensionamentos diferentes. A NR 18 permite que essa distância esteja entre 2,5 m e 3
m a distância da roldana livre, ou “louca”, até o carretel do guincho do elevador de eixo a eixo
(18.14.14).
O centro do tambor deve estar alinhado com a roldana livre no centro do eixo e com o
tubo central do painel lateral. Na posição que usa maior extensão de cabo, o tambor do
guincho deve manter pelo menos seis voltas enroladas (18.14.17).
O guincho deve ser dotado de chave de partida e bloqueio que impeça o seu
acionamento por pessoa não autorizada (18.14.16).
Além da torre do elevador, todos os elementos estruturais devem estar em perfeito
estado, sem deformações ou de corrosão que possam comprometer sua estabilidade
(18.14.21.6). Isso inclui laterais, contraventos, arames de contrapinagem (4,75 mm) e
parafusos. Os montantes não podem ficar simplesmente apoiados uns sobre os outros, pois
isso pode gerar acidentes sérios; a união dos painéis das torres de elevadores deve ser feita
com contra pinos e parafusos de pressão (18.14.21.8).
A torre deve ter seus montantes estaiados ou fixados à estrutura de edificação conforme
especificada pelo fabricante ou pelo profissional legalmente habilitado responsável pelo
equipamento (NR 18 item 18.14.21.9). O cabo de aço usualmente utilizado é de 5/16”,
munido de esticador. Deve-se colocar um calço de madeira entre a torre e a laje. Os montantes
posteriores à torre devem ser estaiados à estrutura a cada 6m com cabos de aço a 45o
(18.14.21.11), para assegurar o esquadramento. A norma diz que quando a estrutura for
tubular ou rígida, a fixação por meio de cabo de aço é dispensável.
A distância entre a viga superior da cabina e o topo da torre, após a última parada, deve
ser de 4m (18.14.21.10), a fim de permitir espaço suficiente para a montagem do dispositivo
de segurança. O trecho acima da última laje deve ser mantido estaiado pelos montantes
posteriores, para evitar o tombamento da torre no sentido contrário à edificação (18.14.21.11).
O mesmo procedimento deve ser observado para as torres montadas externamente às
construções.
As torres de carga de material a granel (concreto, argamassa etc.) com caçambas
basculantes devem ser dotadas de dispositivos que as mantenham em equilíbrio. Devem ser
construídas em chapas de aço e providas de corrente de segurança ou outro dispositivo que
limite sua inclinação por ocasião da descarga (18.14.21.7).
Após a montagem da torre e colocação da cabina, é necessário revestir as faces com tela
de arame galvanizado ou material de resistência e durabilidade equivalentes (18.14.21.15).
Tal procedimento visa a garantir que a eventual queda de material não ultrapasse os limites da
torre.
O entelamento da torre fica dispensável quando a cabina for fechada por painéis fixos
de, no mínimo, 2,00 m (dois metros) de altura e dotada de um único acesso. (18.14.21.15.1).
A parte inferior da torre deve ser dotada de proteção e sinalização (18.14.21.14), de
modo a impedir a circulação de pessoas por ali. Recomenda-se que o local onde está o
guincheiro seja fechado lateralmente e coberto, para protege-lo e impedir o acesso de pessoas
não autorizadas.
Em todos os pavimentos, no acesso de entrada à torre do elevador, deve ser instalada
uma barreira que tenha, no mínimo, 1,80 m (um metro e oitenta centímetros) de altura para
impedir que pessoas exponham partes de seu corpo no interior da mesma (18.14.21.13). A
norma exige também (18.14.21.16) a instalação de cancelas de segurança em cada pavimento.
Algumas empresas de locação e venda de elevadores instalam em cada pavimento uma
porta automática de tela metálica, controlada eletronicamente, e que só se abre quando o
elevador se encontra no nível do pavimento; do contrário, a abertura é bloqueada.
2.5.3 Elevadores de Transporte de Materiais
A norma não permite que pessoas sejam transportadas em elevadores de materiais
(18.14.22.1), pois estes não oferecem condições de segurança suficientes para isso.
É necessária a colocação de uma placa no interior do elevador de material, com a
indicação da carga máxima permitida e a proibição de transporte de pessoas (18.14.22.2).
Deve ser bem visível, de modo a alertar as pessoas que colocam a carga no elevador. A carga
máxima permitida varia de acordo com o projeto do elevador, ou seja, em função da altura da
torre, do diâmetro do cabo de aço e da potência do motor.
O posto de trabalho do guincheiro deve oferecer proteção contra a queda de materiais. O
local deve ser protegido com cobertura resistente e proteções laterais, para evitar a circulação
de pessoas pelo posto de trabalho e impedir o acesso ao cabo de aço.
O elevador de materiais necessita de inspeções e manutenção constantes. Qualquer
irregularidade quando ao funcionamento deve ser registrada pelo operador em livro próprio e
comunicada, por escrito, ao responsável da obra. O mesmo quanto às manutenções efetuadas
(18.14.22.5).
A cabina dos elevadores de materiais deve ser semi-fechada. Deve possuir painéis fixos
de contenção nas laterais com altura em tono de 1m; as outras faces devem ser dotadas de
portas ou painéis removíveis (18.14.22.8). A cabina deve ter cobertura fixa, basculável ou
removível (18.14.22.9), para permitir que peças com mais de 2m sejam transportadas com
segurança, amarradas à estrutura do elevador.
Se o material for transportado em elevador, este deve contar com dispositivo de tração
na subida e na descida para impedir a descida da cabina em queda livre (banguela)
(18.14.22.6).
Os elevadores de cremalheira podem transportar pessoas e materiais. Para tanto, deve
obedecer às especificações do fabricante para montagem, operação, manutenção e
desmontagem e estar sob a responsabilidade de profissional legalmente habilitado
(18.14.25.1). É importante que os manuais de orientação estejam disponíveis na obra
(18.14.25.2).
2.5.4 Elevadores de Transporte de Passageiros
A NR 18 não permite o transporte simultâneo de materiais e passageiros. Nos edifícios
em construção com doze ou mais pavimentos (ou altura equivalente) é obrigatória à instalação
de pelo menos um elevador de passageiros. O elevador de passageiros deve ser instalado,
ainda, a partir da conclusão da 5° laje dos edifícios em construção com 08 ou mais
pavimentos, ou altura equivalente (18.14.23.1.1).
O guincho do elevador de passageiros é necessariamente do tipo automático. O
operador o controla por meio de botoeira. Esse profissional deve ser instruído para:
Não transportar pessoas sem calçado de segurança e capacete;
Impedir que se ultrapasse o limite de passageiros especificado pelo fabricante;
Permanecer com uma das mãos no freio manual durante as viagens;
Não permitir que pessoas transportem materiais simultaneamente.
O operador deve registrar diariamente em livro próprio as condições de funcionamento
do elevador e os procedimentos de manutenção efetuados. Tais informações devem ser
verificadas semanalmente pelo engenheiro responsável pela obra (18.14.23.4). Trata-se de
medida de segurança fundamental. Acidentes graves e mesmo mortes de pessoas podem
ocorrer devido a defeitos de funcionamento do elevador de passageiros.
É importante que a cabina esteja bem iluminada durante o uso e que apresente indicação
do número máximo de passageiros e limite de peso (18.14.23.5).
2.5.5 Gruas
As gruas, assim como outros equipamentos de içamento de materiais na obra,
constituem fontes potenciais de acidentes. A Torre da grua tanto pode permanecer fixa numa
posição como correr sobre trilhos. É fundamental selecionar de forma criteriosa os
trabalhadores encarregados de operar esses equipamentos. Eles devem ser instruídos para
seguir rigorosamente as instruções dos fabricantes (18.14.24.5) e ter condições de conduzir
inspeções completas pelo menos uma vez por semana.
A norma não permite que se executam operações com grua sob intempéries ou outras
condições desfavoráveis, que possam colocar em risco a saúde e a vida do trabalhador
(18.14.24.6). De todo modo, a grua deve ser aterrada e, dependendo de sua localização, dispor
de para-raios, situado 2 m acima da parte mais elevada da torre (18.14.24.7).
A torre da grua deve ser estroncada e estaiada com cabos de aço e fixada ao solo,
assegurando-se seu prumo. O seu estaiamento bem como o intervalo entre ancoragens
posteriores deve seguir as especificações do fabricante, fornecedor ou empresa responsável
pela montagem do equipamento (18.14.24.3).
Conforme a NR 18 (18.14.24.1), a lança deve estar distante pelo menos 3 m de qualquer
obstáculo.
Também é necessária a instalação, ao longo de toda a lança, de dispositivos de
segurança ou fins de curso automáticos, como limitadores de carga ou movimento
(18.14.24.11). Estes impedem que a carga se desloque até as extremidades da lança.
Para que o transporte com grua seja realizado com a máxima segurança, é preciso que as
áreas de carga e descarga sejam delimitadas e muito bem sinalizadas, permitindo-se acesso
somente das pessoas envolvidas na operação (18.14.24.12). A NR 18 recomenda ainda que,
sempre que se for iniciar a movimentação de carga, o operador da grua acione um alarme
sonoro para alertar as pessoas (18.14.24.11).
Devem-se evitar falsas manobras com gruas. Entende-se por falsas manobras todas
aquelas que são executadas por uma grua quando há falha de entendimento entre o operador
do equipamento e o encarregado de sinalizar as operações (18.14.9). Facilmente, isso é mais
provável de ocorrer quando o operador da grua não é qualificado e quando não há
conhecimento perfeito do sinalizador quanto aos sinais apropriados, por falta de experiência e
qualificação. Falsas manobras causam acidentes quando o gancho, livre ou com carga, é
transportado proximamente à cabeça ou corpo dos operários.
É necessário que o gancho do moitão tenha trava de segurança, para garantir que as
cargas não se soltem e caiam durante o transporte (18.14.24.11).
A grua foi projetada para realizar o içamento de cargas e materiais, e não para arrastar
peças ou cargas. O arraste de peças deve ser evitado, para não comprometer a estabilidade da
torre (18.14.24.9)
Deve-se evitar a utilização de travas de segurança para bloqueio de movimentação da
lança quando a grua não estiver em funcionamento (18.14.24.10), pois isso provoca situações
de risco.
3 APRESENTAÇÃO DO EDIFÍCIO PROPOSTO
3.1 INFORMAÇÕES GERAIS DA EMPRESA
Construtora, ao longo dos seus mais de 20 anos de existência, vem consolidando uma
marca de bom gosto, modernidade, tecnologia e compromisso com a qualidade de vida de
seus clientes. A TCI Construtora, a mais de 20 anos no mercado, têm focado a qualidade e
excelência nos seus empreendimentos entrando no oitavo ano de certificação ISO 9001 e
PBQPH. No final do ano de 2007 a empresa realizou uma Join Venture com uma empresa
líder no segmento de incorporação em São Paulo, a InPar. Assim nasce a TCI, uma empresa
com conceitos novos e tradicional experiência assinando os céus de Goiânia.
3.2 CARACTERIZAÇÃO DO EDIFÍCIO
A obra em estudo, o Visage Actualle, um empreendimento de classe média, composta
por duas torres com 25 pavimentos tipos com 3 apartamentos por andar, 2 subsolos, 1 térreo e
1 mezanino totalizando 20856,44 m² de área construída. Considerando um dimensionamento
para 150 funcionários previsto no PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de
Trabalho na Industria da Construção Civil). A obra foi iniciada em Novembro/2011 e será
finalizada em Dezembro/2014. SEMPRE FAZER A CHAMADA DA FIGURA. COLOQUE
MAIS COISAS, AO MENOS UMA PÁGINA. Área de cada apartamento, tempo de obra
destinado à instalação do canteiro, principais peculiaridades, dados técnicos como fck e tipo
de fundação. Tudo Vale!
Figura 2.25 - Visage Actuelle (OLX, 2012)
4 IMPLANTAÇÃO DO ESTUDO
4.1 ELABORAÇÃO DO LAYOUT DO CANTEIRO
A análise da planta de layout é útil para a identificação de problemas relacionados ao
arranjo físico propriamente dito, permitindo observar, por exemplo, a localização equivocada
de alguma instalação ou o excesso de cruzamentos de fluxo em determinada área. Além da
experiência, outros dois aspectos deverão ser também considerados, tais como segurança e
custos. São apresentadas a seguir algumas diretrizes para a elaboração do layout do canteiro.
Inicialmente, recomenda-se analisar onde serão dispostos cremalheiras, elevadores de
cabo e a mini gruas, pois serão eles que servirão para o transporte vertical de materiais. Eles
devem estar situados em posições que não atrapalhem na circulação dos funcionários ou de
materiais dos pavimentos de áreas comuns e devem ser posicionados em um local seguro.
Na plrancha arquitetônica pode-se determinar o posicionamento da área de vivência
mais segura e de tal forma a otimizar o espaço e aproveitar o máximo das alvenarias que serão
definitivas no projeto, para a criação de salas de engenharia de banheiros, refeitórios, entre
outros, evitando a quebra dessas alvenarias e reduzindo o desperdiço.
É na prancha arquitetônica que visualizaremos os pilares e outras estruturas que
interfiram na circulação de materiais ou pessoas, e podemos definir o melhor posicionamento
de portões de entrada no canteiro (pessoas e veículos) e acesso coberto para o cliente.
No Llayout deve constar além do posicionamento das cremalheiras, elevadores de cabo
e mini gruas já citado anteriormente, também a localização das instalações provisórias
(banheiros, escritório, refeitório, etc.), todos os locais de armazenamento de materiais,
inclusive depósito de entulho (baias), localização do tubo para remoção de entulho,
localização da betoneira, centrais de carpintarias e aço, pontos de içamento de fôrmas e
armaduras e por fim linhas de fluxo principais.
4.2 IMPLANTAÇÃO DO ESTUDO JUSTIFICAR!
Nos anexos 1 e anexo 2 observar-se como foi posicionado o posicionamento de cada
elemento e instalações provisórias aplicado no Estudo do Visage Actuelle e sua respectiva
tabela resumo do de dimensionamento. Pode-se observar que foram utilizados apenas o
pavimento térreo e o pavimento mezanino para essa distribuição, pois a norma NR 18 não
permite a instalação da maioria dos componentes no nível do subsolo, além de terem sido
posicionados para dar agilidade, rapidez e segurança no processo de armazenamento,
abastecimento e logística do canteiro. Nesses dois anexos tem-se uma visualização geral da
disposição do canteiro de obra.
No pavimento térreo (anexo 1) estão dispostos o almoxarife, refeitório, central de
carpintaria, betoneiras e suas respectivas baias, ou seja é o pavimento que tem-se uma
movimentação continua de materiais, veículos e pessoas, por isso deve-se ter o devido
cuidado com cada elemento minimizando acidentes, movimentação de pessoas/veículo e
distância para a distribuição de materiais.
Logo Em seguida as disposições das betoneiras foram direcionada nas extremidades do
canteiro, pois ela deve se situar o mais próximo possível das baias (matéria prima) para a
fabricação das massas. Como são duas torres devemos sempre pensar dobrado, ou seja, uma
betoneira com sua respectiva baias, assim como um elevador cremalheira e um elevador de
cabo para cada torre. E por seguinte, suas betoneiras foram posicionadas de tal forma que
ficassem bem próxima aos elevadores, para o transporte vertical do abastecimento dos
pavimentos como podem observar no anexo 1.
Importante observar o caminho da tubulação da concretagem, pois ele é um fator
influenciador no abastecimento e deslocamento de materiais e pessoas para uma boa logística.
Uma tubulação mal locada, pode interferir no planejamento e cronograma da obra. Como são
duas torres, existem uma tubulação para a concretagem por torre, o posicionamento no qual
elas foram locadas, permite o deslocamento de materiais e pessoas sem nenhum obstáculos ou
interferência conforme visto no anexo 1.
No anexo 1, verifica-se o posicionamento da central de carpintaria. Ela está posicionado
de tal forma que não impede a circulação de veículos, como a bobcat para o acesso dos
subsolos, através da rampa. Está em um local isolado de pessoas não qualificadas para o uso
do equipamento.
No pavimento térreo (Anexo 2) estão dispostos os escritórios de engenharia, do técnico de
segurança, mestre de obras e encarregados, central de armação, banheiros e vestiários
masculino e feminino. O local da central de armação foi definido pelo simples fato de que é o
único local que dá acesso as mini gruas nas duas torres, ou seja, existe uma parte do mezanino
descoberta a qual permite o içamento das armaduras para o pavimento o qual é destinado a
armação. Além do mais, é um local onde temos pouco deslocamento de pessoas, materiais e
nenhuma movimentação de veículos, permitindo uma segurança a mais para os profissionais
da área.
Nos Os anexos 3 ao 14, são referem-se aos desenhos de plantas baixas, corte, planta chave
e tabelas resumos, informações importante para um bom dimensionamento e logística do
canteiro de obra. Essa planta chave é uma miniatura do projeto original, no qual é hachurado
o local exato de cada instalação. Os escritórios estão posicionados em um local estratégico
como demonstrado na planta chave do anexo 3, 5 e 6, pois está próximo a entrada ponto de
passagem obrigatório no caminho percorrido por clientes e visitantes, além da proximidade
com o almoxarife, importância se baseia na comunicação constante dos profissionais com o
almoxarifado. Seu local permite uma visão global do canteiro, de modo que permitam ao
engenheiro e mestre, realizarem, ao mesmo tempo, atividades no escritório e acompanhar
visualmente os principais serviços em execução.
Os anexos 7, 8 e 9, são pranchas do vestiário e banheiro, masculino e feminino. Foram
dimensionados para 150 funcionários previsto, sendo considerados para até 130 homens e 20
mulheres. No estudo proposto, optou-se numa localização mais tranquila em relação da
movimentação de maquinas, pessoas e materiais, como pode-se observar na pranta chave do
mesmo, além de que as outras instalações ocuparam grandes espaços no pavimento térreo não
permitindo um dimensionamento adequado para os vestiários e banheiros, não sobrando um
espaço adequado para o dimensionamento dessas áreas. Devido a quantidade de pessoas
foram dispostos para o banheiro e vestiário masculino 14 unidades de chuveiros, 7 unidades
de bacia sanitária do tipo turco, um mictório de 4,20 m de comprimento que tem capacidade
para atender até 140 pessoas, 9 armários que dispõem de 16 compartimento cada um, 8
torneiras no lavatório e por fim bancos, saboneteiras e papeleiras suficiente para atender a
demanda. Para o banheiro e vestiário feminino, disponibiliza de 2 unidades de chuveiros, 2
unidades de bacias sanitárias do tipo sifonado, 2 armários, 1 lavatório e por fim banco,
papeleira e saboneteira suficiente para a demanda.
O refeitório foi dimensionamento pensando conforme o item X.XX.XXX da NR XX no requisito mais importante, com uma capacidade para atender a todos os trabalhadores no horário das
refeições, como observado nos anexos 10, 11 e 12. Nele foi disposto de uma área de 214,15 m
(informação já deve estar no anexo).
5 CONCLUSÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS
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