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1 INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um processo normal, individual e gradativo, que caracteriza
uma etapa da vida onde ocorrem modificações fisiológicas, bioquímicas e psicológicas em
conseqüência da ação do tempo. É uma fase onde ocorrem manifestações somáticas no ciclo
natural da vida, pois se caracteriza pela perda progressiva da capacidade de adaptação e de
reserva do organismo diante das mudanças que irão influenciar de maneira decisiva na vida do
idoso.
O cuidado com a saúde, o conhecimento do processo de envelhecimento e a prática
de atividades físicas, farão com que a pessoa chegue com tranqüilidade à terceira idade. O
controle das doenças representa um resultado bastante favorável, principalmente no que se
refere às doenças degenerativas com perda de massa óssea.
As quedas podem ocorrer em função de fatores intrínsecos e/ou extrínsecos. Dentre
os fatores intrínsecos, consideram-se as alterações fisiológicas próprias do envelhecimento, tais
como danos visual e auditivo, obesidade, arritmia, modificações na função neuromuscular, na
marcha, no equilíbrio e, conseqüentemente dos reflexos posturais, Em relação aos fatores
extrínsecos, o ambiente é considerado o principal fator, porém a utilização de medicamentos
indevidamente e o uso incorreto de instrumentos auxiliares para deambulação também são
considerados agentes causadores de quedas, entre outros. Em função das alterações citadas, a
ocorrência é mais freqüente em pessoas idosas, podendo levar a uma série de prejuízos que
resultam em graves complicações que irão afetar a qualidade de vida do idoso.
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Segundo Rebelatto e Morelli (2004), uma boa qualidade de vida na velhice tem
relação direta com a existência de condições ambientais que permitam aos idosos desempenhar
comportamentos biológicos, sociais, e psicológicos adaptativos. Para os autores, as condições
ambientais relacionam-se com a qualidade de vida percebida e também com o senso de auto-
eficácia, sendo um importante percursor do comportamento em todas as idades.
Devido ao processo natural do envelhecimento estar associado a importantes
alterações estruturais e funcionais, é importante uma maior atenção nos cuidados primários
relacionados à saúde, especialmente em relação às quedas. A prática de exercício físico regular
é uma forma de prevenir tais acidentes, uma vez que garante uma melhor condição psicofísica
do indivíduo e, conseqüentemente, redução das quedas e suas complicações tardias.
A caminhada é uma das atividades que mais reúne qualidades em benefício dos
indivíduos, pois há o aumento da socialização entre o grupo e uma visível melhora da
capacidade funcional, decorrente da melhora do sistema músculo-esquelético. Com isso, ocorre
uma maior independência e um aumento da auto-estima do idoso. Esta prática realizada de
forma regular também está associada a uma maior longevidade, onde os efeitos dos exercícios
auxiliam os indivíduos idosos na busca de uma melhor qualidade de vida.
Com base nas informações acima, tem-se como meta geral do presente estudo
analisar a prevalência de quedas em indivíduos com idade igual ou acima de 60 anos que
participam do projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, da Universidade do Sul de
Santa Catarina em Tubarão. Para alcançar tal meta, foram traçados diversos objetivos
específicos, tais como: descrever o processo de envelhecimento, identificar os fatores de risco
intrínsecos e extrínsecos que podem levar às quedas e especificar os efeitos do exercício físico
no idoso.
Esta pesquisa foi dividida em cinco capítulos, sendo que o primeiro refere-se a
introdução, relatando um breve comentário sobre o assunto a ser pesquisado neste estudo. O
segundo capítulo está direcionado ao referencial teórico descrevendo detalhadamente sobre o
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assunto pesquisado. O terceiro capítulo cita a caracterização desta pesquisa, o tipo de pesquisa,
a população/amostra utilizada, e o procedimento de coleta de dados. O quarto capítulo expõe a
apresentação e discussões dos possíveis resultados. O quinto capítulo refere-se às
considerações finais e sugestões feitas pela autora do estudo.
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2 IDOSO
2.1 Processo do envelhecimento
Segundo Vandervoort (2000, p. 67) “[...] o aspecto biológico normal leva à
diminuição das reservas funcionais do organismo. Essas alterações podem ser observadas no
organismo do ser humano idoso: muscular, ósseo, nervoso, circulatório, pulmonar, endócrino e
imunológico.”
De acordo com autor supracitado, essas possíveis alterações levam a um declínio
que variam entre os diversos tecidos e funções, como ainda variam também de um indivíduo
para outro.
Segundo Guccione (1993), quando alguém é solicitado a imaginar a postura de um
idoso, com muita freqüência a imagem que surge é a de uma pessoa curvada ou inclinada para
frente, que na maioria das vezes, é do sexo feminino e apresenta um alto risco de queda.
Para Amâncio (1975), o envelhecimento representa uma etapa do desenvolvimento
individual, sendo que a característica principal é acentuada pela perda da capacidade de
adaptação, e menor expectativa de vida, isto significa excessiva vulnerabilidade e reduzida
viabilidade diante das forças normais de mortalidade.
Pickles et al (1998), considera a população da terceira idade para homens acima de
65 anos e mulheres acima de 60 anos, de acordo com as idades a partir das quais homens e
mulheres começam a fazer jus a aposentadoria oficial.
Segundo a Lei n° 8.842/94 art. 1 e 2, a política nacional do idoso tem por objetivo
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assegurar os direitos sociais do idoso, criando condições para promover sua autonomia,
integração e participação efetiva na sociedade; ainda considera-se idoso, para os efeitos desta
lei, a pessoa maior de sessenta anos de idade.
Segundo Pickles et al (1998), biologicamente somos seres que percorrem o ciclo da
vida, interrompido ou não, mas inevitável, que vai do nascimento até a morte; passando pelas
seguintes etapas: concepção, desenvolvimento intra-uterino, nascimento, infância,
adolescência, maturidade, velhice e morte.
De acordo Petroianu e Pimenta (1999), a velhice não é apenas a deteriorização
orgânica mas o que ocorre são perdas físicas, anunciando ou atestando o surgimento de
doenças degenerativas, diminuição de força e vitalidades orgânicas. Perdas psíquicas,
representadas pelo declínio da memória, diminuição ou anulação da vida afetiva, desinteresse
em adquirir novos conhecimentos.
O envelhecimento é um processo universal, é um termo geral que segundo a forma em que aparece, pode se referir a um fenômeno fisiológico, de um comportamento social, ou ainda cronológico isto é, de idade. É um processo em que ocorre mudança nas células, nos tecidos e no funcionamento de diversos órgãos. (RODRIGUES; DIOGO, 2000, p. 12).
Segundo Petroianu e Pimenta (1999), o crescimento da população idosa deve-se
ainda a evolução da medicina.
Para Leme (2000), a população vem aumentando rapidamente e por conseqüência o
progressivo aumento da população idosa, este aumento deve-se as melhores condições de vida,
a maior expectativa de vida.
O aumento acentuado do número de idosos trouxe conseqüências para a sociedade e, obviamente para indivíduos que compõem esse segmento etário. Era necessário buscar os determinantes das condições de saúde e de vida dos idosos e conhecer as múltiplas facetas da velhice e do processo de envelhecimento. Ver esses fenômenos simplesmente pelo prisma biofisiológico é desconhecer a importância dos problemas ambientais, psicológicos, sociais, culturais e econômicos que pesam sobre eles. Ao contrário, é relevante ter uma visão global do envelhecimento como processo e do idoso como ser humano. Hoje felizmente, todas as áreas do saber sobre a velhice encontram-se em grande evolução. (PICKLES et al, 1998, p. 78).
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A perda de algumas funções fisiológicas é inevitável na pessoa que envelhece, por
melhores que sejam seus hábitos de vida.
2.2 Aspectos psicossociais do envelhecimento
Segundo Guccione (1993), múltiplos problemas poderiam afetar a postura. Três dos
fenômenos mais comumente observados na prática da fisioterapia são a depressão, o delirium
(estado confusional agudo) e a demência.
De acordo com o autor supracitado (1993), a depressão é o único problema mais
comum de saúde mental que acontece no idoso. A depressão altera tanto a postura quanto o
afeto geral.
Pickles et al (1998), relata que no envelhecimento ocorrem diversas alterações,
trazendo ao ser humano, mudanças psicológicas. O estado emocional de um idoso implica
contextualização de sua história de vida, suas reações emocionais provavelmente estão
diretamente relacionadas com a vivencia que acumulou no transcorrer de sua existência.
De acordo com Zimermann (2000), essas mudanças psicológicas podem resultar em
dificuldades de se adaptar a novos papéis, falta de motivação e dificuldades de planejar o
futuro, depressão, hipocondria, somatização, paranóia, suicídio, baixa alta imagem e auto -
estima, necessidade de trabalhar as perdas orgânicas afetivas e sociais .
Zimermann (2000, p. 57), ainda afirma que: Assim como as características físicas do envelhecimento, o caráter psicológico também está relacionado com hereditariedade, a história e com atitude de cada indivíduo. Sendo assim indivíduos mais saudáveis e otimistas tem mais condições de adaptarem-se as transformações trazidas pelo envelhecimento. São mais propensas a verem a velhice como um tempo de experiência acumulada, liberdade para assumir novas ocupações.
Segundo Gonong (2000), o envelhecimento é uma etapa normal do
desenvolvimento e continuidade da vida de um indivíduo, fazendo com que o ser humano
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aceite com tranqüilidade a sua velhice, e procurar alguma maneira para continuar ser útil à
sociedade, aos familiares e amigos.
De acordo com Brouwer (1981), a medida em que as pessoas vivem mais,
mudanças acontecem, as distâncias aumentam, a vida fica mais agitada, o tempo sempre mais
curto e as condições econômicas mais difíceis, a sociedade se modifica. Isso exige maneiras
diferentes de viver uma grande flexibilidade e capacidade de adaptação que nem sempre os
velhos têm.
“A velhice é um processo contínuo de perdas, em que os indivíduos ficariam
relegados a uma situação de abandono, desprezo, de ausência de papeis sociais, e estes fatores
levam a construção de uma série de estereótipos negativos em relação aos velhos.” (SILVA,
1999, p. 68).
2.3 Aspectos fisiológicos do envelhecimento
Todo o organismo multicelular possui um tempo limitado de vida e sofre mudanças fisiológicas com o passar do tempo. A vida de um organismo multi-celular costuma ser divida em três fases: a fase de crescimento e desenvolvimento, a fase reprodutiva e a senescência, ou envelhecimento. Durante a primeira fase, ocorre o desenvolvimento e crescimento dos órgãos especializados, o organismo cresce e adquire habilidades funcionais que o tornam aptos a se reproduzir. A fase seguinte é caracterizada pela capacidade de reprodução do indivíduo, que garante a sobrevivência, perpetuação e evolução da própria espécie. A terceira fase, a senescência, é caracterizada pelo declínio da capacidade funcional do organismo. (IDADE ATIVA, 2004).
De acordo com Idade ativa (2004), “o envelhecimento é causado por alterações
moleculares e celulares, que resultam em perdas funcionais progressivas dos órgãos e do
organismo como um todo.”
O envelhecimento é um processo comum a todos os seres vivos, sendo assim, o
conhecimento de seus aspectos anatômicos e sua fisiologia. Rebelatto e Morelli, (2004, p. 59),
explicam que:
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Uma vez que envelhecemos, apresentamos perda em estrutura. Essa perda de ordem de 1cm por década aproximadamente começa acontecer por volta dos 40 anos de idade. Essa perda se deve, principalmente, à diminuição dos arcos do pé, ao aumento das curvaturas da coluna e também a uma diminuição no tamanho da coluna vertebral, devido à perda de água dos discos intervertebrais decorrentes dos esforços de compressão a que eles são submetidos.
De acordo com Rebelatto e Morelli (2004), o idoso também apresenta algumas
alterações características e que podem dar a idéia de sua formação típica. São o aumento dos
diâmetros da caixa torácica e do crânio, a continuidade do crescimento do nariz e do pavilhão
auditivo. Ocorre também aumento do tecido adiposo, principalmente em regiões características
como a região abdominal. O teor de água corporal diminui, pela perda hídrica intracelular, há
perda de potássio. Esses fatos levam o idoso a perder massa corporal, afetando vários órgãos,
como os rins e o fígado, mas os músculos são os que mais sofrem com essa perda de massa
com o passar do tempo. A pele fica menos elástica por causa da alteração da elastina e ocorre
diminuição da espessura de pele e do tecido subcutâneo, levando ao aparecimento das rugas,
ocorrendo também alterações nos melanócitos, que são células que dão a cor à pele, que levam
a formação de manchas, hiperpigmentadas, marrons e lisa, principalmente na face e dorso da
mão.
Figura1: Observação das alterações fisiológicas dos idosos Fonte: BURNSIDE, L.M. Enfermagem e os idosos, 1997.
2.3.1 Sistema locomotor
Segundo Freitas et al (2002), a dinâmica do aparelho locomotor sofre importante
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modificação, reduzindo amplitude dos movimentos, modificando a marcha caracterizada,
então, por passos curtos e mais lentos e, não raro, pelo arrastar dos pés. Os movimentos dos
braços perdem em amplitude e tendem a se manter mais próximos do corpo. O centro de
gravidade corporal se adianta, e a base de sustentação se amplia, buscando maior segurança e
equilíbrio.
Segundo Guccione (1993), a postura ereta de um indivíduo reflete-se drasticamente
sobre a coluna vertebral. O foco se limita os discos intervertebrais, aos ligamentos espinhais, às
vértebras, às costelas, à cartilagem articular, aos músculos e a biomecânica correlata. em
conjunto com as articulações das facetas, ele é responsável por responder às cargas
compressivas colocadas sobre o tronco. As forças sobre um disco são maiores durante a
posição anatômica em pé do que o peso da parte do corpo situado acima dele.
Para Vandervoort (2000, p. 69):
A redução das capacidades de reserva do aparelho locomotor que acompanha o envelhecimento é devido à perda de células capazes de funcionar normalmente, à medida que passa o tempo. Tanto o sistema nervoso como a musculatura por ele controlada, o tecido conjuntivo e os ossos que servem de alavancas para os movimentos, são tecidos formados por células especializadas. No decorrer do tempo, essas células ou degeneram completamente ou mudam de estrutura.
Existem evidências de que o processo do envelhecimento seja, em sua essência, de
natureza multifatorial, dependente da programação genética e das alterações que vão ocorrendo
em nível celular e molecular, que resultarão em sua aceleração ou desaceleração, com redução
de massa celular, diminuição da capacidade funcional das áreas afetadas e sobrecarga, em
menor ou maior grau, dos mecanismos de controle homeostático.
Guccione (1993) diz que, a cartilagem articular, com componentes semelhantes aos
encontrados em outros tecidos conjuntivos, também sofre alterações. Uma redução da
espessura da cartilagem dos membros inferiores em particular contribuirá para a diminuição da
altura ereta.
Segundo Guccione (1993), as alterações ligadas à idade modificam não apenas o
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tendão, mas também as enteses. Essas alterações tornam o idoso mais vulnerável à lesão dos
tendões por reduzirem a distensibilidade do colágeno e das fibras elásticas quando pressionadas
até a atividade vigorosa completa
Figura 2: Deformidade gradativa da coluna vertebral, em pós-menopausa, com perda de estatura. Fonte: FREITAS, E.V. et al. Tratado de geriatria e gerontologia, 2002.
Essas alterações começam em torno dos 40 anos de idade e são mais perceptíveis nas mulheres que nos homens. Nas mulheres no processo de envelhecimento, a perda óssea começa em uma taxa de 0,75% a 1% por ano, iniciando entre os 30 e 35 anos de idade. Uma taxa mais elevada (2% a 3%) de perda mineral óssea acontece depois da menopausa. Uma perda maior tem lugar na coluna vertebral nos 5 primeiros anos depois da menopausa. (GUCCIONE, 1993, p. 252)
2.3.2 Sistema cardiovascular
De acordo com Pickles et al (1998), os batimentos cardíacos são um dos sinais mais
poderosos de que estamos vivos. Muita atenção tem sido dedicada aos diversos aspectos da
função circulatória que se modificam com a idade. Essas alterações resultam em diminuição da
capacidade de reserva funcional do aparelho cardiovascular, afetando, portanto, a tolerância
aos esforços.
Para Sherphard (apud AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 1994, p.
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291-292): As alterações fisiológicas, através dos anos são consideradas normais fisiológicas da freqüência cardíaca, consumo Máximo de oxigênio, músculo esquelético osso flexibilidade e a composição total do corpo. Com o passar dos anos ocorre alguma perda de condicionamento com a idade e a freqüência cardíaca pode, assim aumentar um pouco além da faixa do adulto, em muitas pessoas mais velhas, essa tendência é exacerbada por um decréscimo no volume sistólico, o qual aparece associado com estreitamento vascular coronariano e torna-se particularmente evidente nas freqüências de trabalho aumentadas, quando o suprimento de oxigênio não atinge mais as demandas cardíacas. A razão principal para a diminuição na freqüência máxima com o envelhecimento é a rigidez aumentada das paredes ventriculares e lentidão do enchimento ventricular.
Rebelatto e Morelli (2004, p. 330), explicam que:
Para avaliar as alterações do sistema cardiovascular do idoso, é preciso considerar a dificuldade em se distinguir as alterações determinadas pelo processo de envelhecimento das alterações decorrentes da alta prevalência de morbidade cardíaca e não cardíaca nessa faixa etária. Importante considerar também o estilo de vida e os fatores de risco desse grupo, especialmente o sedentarismo.
No idoso as arritmias são comuns devido a hipertensão e doença coronariana. Para
Rebelatto e Morelli (2004), a arritmia anormal do coração que diminui a eficiência do trabalho
de bombear sangue para o organismo. As arritmias cardíacas são classificadas pelo seu
mecanismo e por sua sede de origem. As arritmias supraventriculares e ventriculares são os
dois mecanismos mais comuns entre os idosos. Entre as arritmias, as bradiarritmias são
particularmente freqüênte em idosos.
Segundo American College of Sports Medicine (1994), as alterações relacionadas à
idade nas freqüências cardíaca de repouso e máxima são importantes quando se prescreve
exercícios, quando se conduz um teste de esforço máximo e quando se tenta uma previsão do
consumo máximo de oxigênio a partir de dados submáximos. Numa criança, uma freqüência
cardíaca de 170 bat./min, corresponde à cerca de 80% da força aeróbica máxima. Por volta dos
65 anos, entretanto, esse valor é a freqüência cardíaca máxima.
Para Rebelatto e Morelli (2004), com o envelhecimento, o ventrículo tende a se
hipertrofiar, provavelmente devido ao aumento da pós-carga. A hipertrofia, a diminuição da
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complacência ventricular, o prolongamento do relaxamento ventricular e o aumento pós-carga
contribuem para a diminuição da fase de enchimento rápido do ventrículo no início da diástole.
De acordo com American college of sports medicine (1994), a razão principal para
a diminuição na freqüência máxima com o envelhecimento é a “rigidez” aumentada das
paredes ventriculares e lentidão do enchimento ventricular.
De acordo com Heath (apud AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE,
1994), ao envelhecimento associa-se alterações no sistema cardiovascular. A freqüência
cardíaca de repouso demonstra pouca ou nenhuma alteração com o aumento da idade;
entretanto, a freqüência cardíaca máxima do exercício demonstra um declínio. Surgem
alterações funcionais e estruturais que afetam o miocárdio, é a redução do débito de repouso,
ocorrendo com a hipertrofia miocárdica.
Segundo o autor supracitado, a elasticidade dos principais vasos sanguíneos declina
com o envelhecimento; resultam, então, pressões sanguíneas mais elevadas ao repouso e
durante o esforço.
O aumento na pressão sanguínea de repouso e de exercício freqüentemente atinge
um nível máximo dos 65 aos 70 anos.
2.3.3 Sistema sensorial
Katzman e Terry (apud PICKLES et al 1998), o processo de envelhecimento
acompanha-se de diminuição funcional dos diversos sistemas sensoriais do organismo. Uma
das alterações mais freqüentes é a diminuição da acuidade visual, depois vem à diminuição da
discriminação espacial, a limitação do olhar para cima e a redução da capacidade para seguir os
objetos com o olhar. Outro sinal bastante conhecido da velhice é a diminuição da audição,
aparecem também mudanças morfológicas nos órgãos vestibulares, contribuindo para diminuir
a capacidade de orientar-se no espaço. O aparelho olfativo e os receptores gustativos, também
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são afetados; o comprometimento desses órgãos dos sentidos pode resultar em diminuição do
apetite e em nutrição inadequada.
Segundo Guccione (1993), os idosos com perdas sensoriais significativas da visão e
da propriocepção podem ter dificuldade em manter uma postura estável.
Com relação aos órgãos dos sentidos, ou seja, a visão, a audição, o tato, o paladar, o olfato, ocorre redução principalmente da audição e da visão. A perda do olfato e do paladar, quando o idoso passa a não distinguir o sabor dos alimentos, pode levar à falta de apetite e ao risco de envenenamento acidental. Alguns idosos podem apresentar diminuição do tato, isto é, não distinguem como facilitar o calor, o frio e a dor. (RODRIGUES; DIOGO, 2000, p. 13).
Para Carvalho Filho; Papaléo Neto (1994) e Rebelatto e Morelli (2004), a perda da
audição resulta da disfunção de qualquer um dos componentes do sistema auditivo. A
presbiacusia é um fenômeno freqüente no envelhecimento, em geral bilateral, que pode evoluir
para perda da discriminação dos sons mais baixos. O acúmulo de cera no ouvido é também
causa comum de redução reversível na acuidade auditiva.
O aparelho olfativo e os receptadores gustativos também são afetados, o
comprometimento desses órgãos dos sentidos pode resultar em diminuição do apetite e em
nutrição inadequada.
Para Katzman e Terry (1983, p. 70), “[...] ficou demonstrado que as pessoas idosas
são menos sensíveis à vibração, à pressão tátil, a dor e temperaturas, sobretudo quando as
pesquisas são realizadas em laboratórios, mediante aplicação de métodos quantitativamente
exatos.”
2.3..3.1 Órgãos auditivos
Pretoianu e Pimenta (1999) explicam que os pavilhões das orelhas externas
continuam a crescer, no idoso de 70 anos são 0,5 cm maiores do que no adulto, principalmente
o lóbulo que acumula gordura e fica mais longo. A cera do meato acústico externo aumenta e
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perturba a audição dos idosos. Na orelha interna a células do órgão espiral e as fibras do nervo
vestíbulo coclear degeneram ou se perdem, causando disfunções na audição e no equilíbrio.
2.3.3.2 Órgãos visuais
Podem ter a pálpebra inferior escura por hiperpigmentação e empapuçada, devido a
edema pela herniação de gordura associada à retenção de líquido. O idoso tem dificuldade de
focalizar devido a modificação da lente do cristalino, que se espessa e adquire cor amarelada.
O diâmetro da pupila diminui, a curvatura da córnea se modifica, e o anel cinzento aparece ao
redor da córnea. A quantidade de luz que chega a retina é menor; o idoso não enxerga bem no
escuro e precisa de luz brilhante para ler (PRETROIANU; PIMENTA, 1999).
Segundo Duarte e Diogo (2000), a catarata senil, é uma das formas desta afecção, é
a doença ocular mais comum que ocorre com o processo de envelhecimento, sendo responsável
por, aproximadamente, 40% a 70% dos casos de cegueira. A catarata corresponde à opacidade
do cristalino, o qual determina progressivamente em ambos os olhos, causando uma visão
embaçada e distorcida.
2.3.3.3 Gustativo
Pretoianu e Pimenta (1999), a percepção do gosto diminui, talvez devido à redução
do número de células receptoras, pela atrofia dos calículos gustatórios pela redução da secreção
da saliva.
2.3.4 Sistema respiratório
Para Freitas et al (2002), a alteração da elasticidade, da complacência e dos
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volumes pulmonares, são decorrentes das mudanças do tecidos conectivo pulmonar, da redução
de massa muscular e da acentuação da cifose fisiológica, são descritas como fatores limitantes
na terceira idade que, freqüentemente, podem comprometer a reserva funcional dos idosos,
tornando-os sintomáticos. As propriedades mecânicas do pulmão do idoso estão
fisiologicamente alteradas quando comparadas com as do adulto jovem.
Conforme Rebelatto e Morelli (2004), as propriedades elásticas dos tecidos do
pulmão e da parede torácica mudam de forma gradual com o envelhecimento. O parênquima
pulmonar perde a propriedade de recuo elástico e se torna mais complacente, enquanto a
parede do tórax fica mais rígida (calcificação das costelas e das articulações vertebrais).
A função do músculo respiratório e o recuo elástico do pulmão contribuem na execução da manobra de expiração forçada, que é comumente usada no teste de espirometria clínica. Durante a manobra de fluxo forçado, o esforço expiratório máximo e as taxas de fluxo são determinados principalmente pelo recuo elástico do pulmão. Esse recuo diminui com a idade, fazendo com que ocorra um fechamento precoce das vias aéreas durante a manobra expiratória em pessoas idosas. (REBELATTO; MORELLI, 2004, p. 367).
De acordo com Heath (apud AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE,
1994), com o envelhecimento ocorrem mudanças nos pulmões e no sistema respiratório. O
volume aumenta em 30 a 50% e a capacidade vital diminui 40 a 50% à idade de 70 anos. A
função respiratória não limita a capacidade de exercícios, a menos que esta função esteja
significativamente prejudicada, tal como na doença pulmonar obstrutiva crônica (em geral,
enfisema, bronquite crônica).
2.3.5 Sistema urinário
O rim do indivíduo idoso perde massa e tende a se depositar na região perirrenal. O
rim apresenta muitas vezes, arteriolas aferentes obliteradas, portanto, sem conexão com o
glomérulo correspondente. O número de néfrons diminui e notam-se glomérulos hialinizados
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ou fibrosados. Apesar desta perda, o rim pode funcionar normalmente com 25% do seu
parênquima (PETROIANU; PIMENTA, 1999).
Com a idade, a cápsula renal se espessa, enquanto o córtex renal se reduz e as células se atrofiam. Há espessamento das paredes dos túbulos renais devido à deposição de tecido adiposo. As musculaturas vesical e uretral se atrofiam, enfraquecem e perdem elasticidade no idoso, favorecendo a retenção de 100 ml (urina residual) após a micção. A bexiga do idoso possui, em média, capacidade de 260 ml, ou seja, menos da metade daquela de um adulto (600 ml). Nas mulheres idosas, atrofia dos músculos pélvicos, podem contribuir para diminuir a eficiência do músculo esfíncter externo da uretra, permitindo o vazamento da urina (incontinência de estress), por exemplo, na tosse ou no espirro. (PETROIANU; PIMENTA,1999, p. 51).
2.3.6 Sistema digestório
Conforme Pretoianu e Pimenta (1999) explicam que, praticamente todos os órgãos
do sistema digestório, há modificações estruturais com a idade. As secreções das glândulas
digestivas diminuem com a idade e a túnica muscular da parede do tubo digestório sofre
atrofia, causando dificuldade na digestão e decréscimo da motilidade.
Segundo o autor supracitado, na transição faringo esofágico, os coxins que
contribuem para o fechamento do lúmen e facilitam a passagem de alimentos, podem aumentar
de volume perturbar a deglutição. A atrofia ou o incompleto relaxamento que, com a idade, se
verifica na musculatura esofagogástrica, controladora da passagem de alimento do esôfago para
o estômago, provoca regurgitação do conteúdo gástrico para o esôfago. Além disso aumentam
com a idade as azias e eructações.
O enfraquecimento geral da parede intestinal facilita a formação de bolsas
(pequenas invaginações), conhecidas como diverticulose, e nota-se tendência de constipação no
idoso.
2.4 Postura no idoso
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Segundo Guccione (1993), a imagem que surge quando alguém é solicitado a
imaginar a postura de um idoso, com muita freqüência a imagem que surge é a de uma pessoa
curvada ou inclinada para frente, que na maioria das vezes, é do sexo feminino e apresenta um
alto risco de queda.
A postura pode ser uma afirmação acerca de um indivíduo. Ela pode ser a exteriorização do bem-estar, da doença, da auto-estima (ou sua ausência) ou simplesmente de processos do desenvolvimento ou do envelhecimento. Como fisioterapeuta, é importante decifrar entre as circunstâncias que devem ser esperadas como conseqüência do envelhecimento e aquelas condições estranhas a esse processo e que, portanto, alteram a postura ereta. (GUCCIONE, 1993, p. 251).
Figura 3: A percepção tradicional da postura do idoso Fonte: GUCCIONE, A . A. Fisioterapia geriátrica, 1993.
2.4.1 Desenvolvimento da postura ereta
Kisner e Colby (1996, p. 521), definem postura como “uma posição ou atitude do
corpo, o arranjo relativo das partes do corpo para uma atividade específica, ou uma maneira
característica de alguém sustentar seu corpo.”
De acordo com Guccione (1993), durante a vida fetal, a infância e a adolescência, o
aumento no número de células é de importância primordial para o crescimento dos sistemas
orgânicos responsáveis pelo desenvolvimento da postura. O sistema nervoso central amadurece
durante o mesmo tempo em que ocorrem alterações contínuas no sistema musculo-esquelético.
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Segundo Pickles et al (1998), a postura estática a disposição entre os segmentos
que compõem o corpo. O alinhamento postural ideal é aquele que a manutenção exige um
mínimo de esforço e que provoca um mínimo de tensão no nível das articulações.
Para Gonong (2000, p. 150):
Os mecanismos de regulação da postura são múltiplos, envolve uma série completa de núcleos e muitas estruturas, incluindo a medula espinhal, o tronco cerebral, e o córtex cerebral.Esses mecanismos estão relacionados, não apenas com a postura estática, como também, em associação aos sistemas, córtico espinhal e córtico bulbar, como o início e o controle do movimento.
De acordo com Pickles et al (1998), as modificações da postura eretas em pé são
uma das mudanças que ocorrem no sistema ostearticular em conseqüência da idade. As
anomalias da coluna podem ser divididas em dois tipos básicos: postura de cifose torácica e
postura de cifose tóraco-lombar.
Segundo o autor supracitado, a cifose torácica, a mais comum, é definida pelo
aumento da curvatura cifótica da coluna torácica; o ápice desta curvatura localiza-se no terço
médio da coluna torácica. Este aumento pode ser acompanhado por um aumento da lordose
lombar, aumento do diâmetro antero-posterior, projeção da cabeça para diante devido à
inclinação do terço superior da coluna. Na cifose tóraco lombar o ápice da curvatura cifótica
está localizada no terço inferior da coluna torácica, na região lombar.
Segundo Guccione (1993), os sistemas somatossensoriais continuam a se constituir
nas principais fontes utilizadas por crianças e adultos para conseguir a estabilidade postural.
Isso exige a integração adequada dos sistemas cardiovascular, respiratório, muscolesquelético e
neuromuscular. Em essência, a postura é derivada da relação das partes do corpo entre si, bem
como da maturação e da interação de inúmeros sistemas orgânicos.
A postura pode ser uma afirmação acerca de um indivíduo. Ela pode ser a exteriorização do bem-estar, da doença, da auto-estima (ou sua ausência) ou simplesmente de processos do desenvolvimento ou do envelhecimento. Como fisioterapeuta, é importante decifrar entre as circunstâncias que devem ser esperadas como conseqüência do envelhecimento e aquelas condições estranhas a esse processo e que, portanto, alteram a postura ereta. (GUCCIONE, 1993, p. 251).
29
2.4.2 Fatores que influenciam as alterações posturais
a) Alterações musculoesqueléticas
Rebelatto e Morelli (2004, p. 69), relatam que:
Os músculos esqueléticos são organizados em fibras que são formadas por subunidades sucessivamente menores. Os músculos esqueléticos são formados por feixes e cada feixe recebe a denominação de fascículo. Os fascículos são constituídos por miofilamentos e estes por sua vez compreendem as miofibrinas que quando agrupadas formam as fibras musculares.
Ainda segundo Rebelatto e Morelli (2004), as alterações anatofisiológicas
características do processo de envelhecimento, são muito importantes do ponto de vista
funcional do sistema muscular. Uma das alterações mais evidentes é a perda de massa
muscular ou sarcopenia. A perda de massa muscular ocorre principalmente pela diminuição no
peso muscular e também em sua área de secção transversal. Conseqüentemente, o idoso terá
menor qualidade em sua contração muscular, menor força, menor coordenação dos
movimentos e, provavelmente, maior probabilidade de sofrer acidente (por exemplo, quedas).
De acordo com Pickles et al (1998), o sistema nervoso central coloca os planos de
movimento em ação, através da ativação das unidades motoras. Cada uma dessas unidades é
formada por um único neurônio motor e pelo conjunto de células musculares que ele inerva.
Ocorrendo perda de massa muscular possui importantes implicações funcionais.
Ainda segundo Pickles et al (1998), os músculos possuem certa consciência e certo
tônus, dotados de elasticidade que permite o livre movimento articular. O envelhecimento traz
transtornos como a diminuição do tônus, que revela uma redução sensível na atividade das
fibras musculares, com passar dos anos, e a perda da força muscular que terá como
conseqüência à atrofia muscular que predominará nas grandes massas musculares.
Para Rebelatto e Morelli (2004, p. 72).
30
O idoso também apresenta alterações em seus tipos de fibras musculares. Com o passar dos anos, as fibras de contração rápida ou do tipo II vão diminuindo em número e volume e as fibras de contração lenta ou do tipo I também diminuem, mas em menor proporção que as primeiras. Esse fato talvez explique a menor velocidade que se observa nos movimentos do idoso.
Segundo Papaléo e Petroainu (2000, p. 72), “As fibras musculares que se perdem
são substituídas por tecido conjuntivo, ocorrendo aumento do colágeno intersticial no músculo
do idoso.”
As alterações da densidade óssea ligada a idade diferem de um local para outro. A densidade mineral óssea nos sítios periféricos (como o rádio) permanece relativamente estável até a menopausa, mas a perda óssea da coluna vertebral e do colo do fêmur acontece 5 a 10 anos antes, respectivamente. As alterações ósseas durante o envelhecimento acontecem em um período mais precoce na coluna vertebral do que nos membros. A perda óssea em homens acontece em uma taxa de cerca de 0,4 % por ano, começando aos 50 anos de idade. Em homens e mulheres entre 60 e 80 anos, a taxa média de diminuição da altura é de cerca de 2cm por década, podendo atingir até 12cm nos casos extremos de perda óssea. (GUCCIONE, 1993, p. 252).
De acordo com American College of Sports Medicine (1994, p. 311), “[...] uma
perda progressiva na massa óssea ocorre com o envelhecimento. Mulheres com idade superior
a 35 anos perdem massa óssea numa taxa de 1% ao ano. Os homens passam a perder massa
óssea a partir dos 55 anos de idade e usualmente perdem 10 a 15% até os 70.”
De acordo com Gonong (1995), nas pessoas da terceira idade, os músculos
contraem-se e relaxam mais lentamente do que no adulto jovem. Essa diminuição da
velocidade pode ser devida a menor contribuição proporcional das fibras musculares do tipo II
à contração em abalo, ao lado da modificação dos mecanismos que regulam o metabolismo do
cálcio, nas pessoas de idade avançada.
Segundo Guccione (1993), o envelhecimento altera as propriedades e a proporção
relativa dos elementos do tecido conjuntivo do disco. Especificamente, existe um aumento da
estabilidade e da densidade do colágeno. Com o envelhecimento, e elastina torna-se menos
distensível e pode sofrer fragmentação.
Para Guccione (1993), a rigidez aumentada nos tecidos conjuntivos, contribui para
as perdas da amplitude de movimento e da flexibilidade, ligada à idade.
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Segundo Pickles et al (1998), o tecido conjuntivo está distribuído pelo corpo
inteiro, são efeitos da velhice se manifestam precocemente. A perda da elasticidade do tecido
conjuntivo é responsável pelo aspecto rugoso da pele das pessoas de idade. O tecido conjuntivo
de outras estruturas também é afetado, desde os pulmões aos músculos e as articulações. A
compressibilidade está diminuída na pele idosa, isto é, causado pelo menor conteúdo de água.
De acordo com Guccione (1993), a variabilidade é a palavra importante a ser
lembrada quando são discutidas as alterações próprias do envelhecimento. A postura do
indivíduo pode ser alterada ou mudada por doença, medicamentos, trauma, estado de espírito
ou pelo ambiente e pela hora do dia em que ele é avaliado
Segundo Vandervoort (2000), a redução das capacidades de reserva do aparelho
locomotor que acompanha o envelhecimento é devido à perda de células capazes de funcionar
normalmente, à medida que passa o tempo. Tanto o sistema nervoso como a musculatura por
ele controlada, o tecido conjuntivo e os ossos que servem de alavancas para os movimentos,
são tecidos formados por células especializadas. No decorrer do tempo, essas células ou
degeneram completamente ou mudam de estrutura.
Os níveis máximos tanto da quantidade de tecido muscular como da força são atingidos por volta dos 20 anos. Um platô de força é mantido aproximadamente até os 40 ou 45 anos de idade, para partir de então ser seguido por uma perda progressiva do tecido magro e um decréssimo associado da força. Por volta dos 65 anos, a maioria dos grupos musculares mostra uma perda de 18 a 20% da sua força máxima. (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 1994, p. 293).
b) Alterações neurológicas
De acordo com American College of Sports Medicine (1994), ocorrem alterações
no sistema nervoso central e periférico com o avanço da idade. A reação torna-se mais lenta e a
velocidade de condução nervosa se lentifica em 10 a 15% à idade de 70 anos. Os déficits
sensoriais aumentam em incidência com o envelhecimento. Alterações mecânicas e
32
neurológicas que ocorrem nos indivíduos idosos. Estas modificações são responsáveis pela
atividade auditiva prejudicada e a diminuída discriminação sonora.
Segundo Guccione (1993), o envelhecimento do sistema nervoso não afeta todas as
estruturas neurais do mesmo modo. É a contribuição que a degeneração das vias nigoestriadas
faz para a diminuição do desempenho motor e a postura do idoso.
O idoso está flexionando para frente, apresenta um tremor discreto, voz enfraquecida e marcha arrastada, isso poderia ser relacionado ao processo de envelhecimento que ocorre nos núcleos da base e nos núcleos associados. O tremor postural que acontece nos idosos e comprometimento do equilíbrio podem ser causados por degeneração cerebelar. (GUCCIONE, 1993, p. 256).
De acordo com o autor supracitado, as diminuições do controle do movimento
voluntário e do tempo de reação acontecem nos idosos. Foi relatado que os efeitos da idade são
mais acentuados quando o indivíduo é solicitado a realizar tarefas com tempo de reação
complexo, respostas motoras complicadas ou ajustes posturais súbitos.
Segundo Guccione (1993, p. 256):
Os indivíduos que são tipicamente ativos e continuam a manter a captação máxima de oxigênio durante a senescência apreciam benefícios derivados de uma melhoria da freqüência cardíaca, do débito cardíaco, da pressão arterial, da mobilidade articular e da flexibilidade aumentada.
c) Fatores psicossociais
Segundo Guccione (1993), múltiplos problemas poderiam afetar a postura. Três dos
fenômenos mais comumente observados na prática da fisioterapia são a depressão, o delírio
(estado confusional agudo) e a demência. Ainda a depressão é o único problema mais comum
de saúde mental que acontece no idoso. A depressão altera tanto a postura quanto o afeto geral.
De acordo com American College of Sports Medicine (1994, p. 312).
Na sociedade americana a aposentadoria freqüentemente determina o final do período produtivo da vida. Certas atitudes têm levado a sociedade a relegar os idosos a um estilo de vida sedentário. A atividade física regular pode ser um meio efetivo de
33
manutenção da capacidade funcional, promovendo e ampliando a sensação de bem estar do indivíduo idoso.
d) Fatores farmacológicos
Segundo Guccione (1993, p. 256):
Muitos grupos medicamentosos podem modificar a postura. Os principais mecanismos pelos quais os medicamentos comprometem a mobilidade e alteram a postura são: a sedação (motivação diminuída); a instabilidade postural (desequilíbrio que contribui para as quedas e o medo de cair que faz com que os idosos limitem as atividades); o comprometimento sensorial ou psicomotor (mecanismos compensatórios visuais, proprioceptivos ou vestibulares necessários para o equilíbrio); e a hipotensão postural (síncope, tonteira, fraqueza).
Segundo Guccione (1993), a manutenção do controle postural em uma posição
estática diminui com a idade e é potencialmente problemática para o idoso, já que a perda do
controle postural aumenta o risco de queda. Os idosos com perdas sensoriais significativas da
visão e da propriocepção podem ter dificuldade em manter uma postura estável.
e) Alteração nos reflexos de proteção e a fisiologia no controle do equilíbrio
O controle postural adequado requer a manutenção do centro de gravidade sobre a base de sustentação durante as situações estáticas e dinâmicas. O corpo deve ser capaz de responder as translações do centro de gravidade voluntariamente, como exemplo movimento proposital. E aquela imposta de forma involuntária ou inesperada, como um escorregão ou um tropeção. A maneira fisiológica, como o organismo mantém o equilíbrio, em primeiro lugar uma pessoa deve adquirir continuamente informações sobre a posição do corpo e sobre a trajetória no espaço. Isto é feito por meio de sistema sensorial. Em segundo lugar, o corpo deve determinar, antecipadamente uma resposta efetiva e regulada no tempo (processamento central), e por último, o corpo deve executar a resposta através do sistema efetor (força, amplitude de movimento, flexibilidade, resistência). (GUCCIONE, 1993, p. 246).
Guccione (1993), ainda cita que os dados sensoriais primordiais para o equilíbrio
são fornecidos principalmente pelos sistemas visual, vestibular e somatossensorial. A visão
ajuda a orientar o corpo no espaço referenciar os eixos verticais e horizontais dos objetos ao
seu redor, na posição em pé, a visão ajuda a detectar discreto deslocamentos posturais ao
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fornecer as informações para o SNC, sobre a posição e os movimentos de partes do corpo em
relação às outras partes e ao ambiente externo.
Guccione (1993, p. 267) explica que: Os componentes da visão que são importantes para manter o equilíbrio compreende: Acuidade, sensibilidade de contraste, visão periférica e a percepção de profundidade. A acuidade refere-se à capacidade de detectar as diferenças sutis nas formas e letras, enquanto a sensibilidade de contraste consiste na capacidade de detectar as diferenças no sombreamento e nos padrões, como capacidade de discriminar os degraus cobertos com um carpete. A visão periférica consiste na capacidade de ver a partir de uma posição lateral, enquanto se olha para frente. E a percepção de profundidade é a capacidade de diferenciar as distâncias. As informações dos receptores sensoriais no aparelho vestibular interagem com as informações visuais, e somatossensoriais para produzir alinhamento corporal e o controle do equilíbrio.
Segundo Lundy-Ekman e Burleieh-Jacobs (2000), O controle postural orientação e
equilíbrio. A orientação é o ajuste do corpo e da cabeça para a vertical, e o equilíbrio é a
capacidade de manter o centro de massa em relação à base de sustentação. O controle postural
é realizado pelos comandos centrais para os motos neurônios inferior; a efêrencia central é
ajustada ao contexto do ambiente por meio de afêrencias sensoriais. Os comandos centrais são
mediados pelas vias tecto-espinhais, retículo-espinhais mediais, vestíbulo-espinhais e cortico
espinhais mediais.
Os mesmo autores, para nos orientarmos no mundo, usam três sentidos, que são: o
sentido somato sensorial que são informação sobre as cargas e as posições relativas das partes
do corpo. A visão fornece informação sobre o movimento e indícios para o julgamento da
verticalidade. A afêrencia vestibular originada nos receptores do ouvido interno nos informa
sobre a posição da cabeça em relação e sobre o movimento da própria cabeça .
35
Figura 4: Influência sensorial sobre o controle postural Fonte: LUNDY-EKMAN, L.; BURLEIEH – JACOBS. A; Neurociência: fundamentos para a reabilitação, 2000.
Segundo Petroianu e Pimenta (1999), o envelhecimento normal não se acompanha
de hiper-reflexia e de sinal de Babinski, pelo contrário, é freqüente a hipoatividade ou abolição
dos reflexos aquilinos, que dependem de lesões do sistema nervoso periférico. Ocorre
diminuição de 10% na velocidade de condução sensitiva e motora no idoso, alterações
degenerativa, fibrose, desmielinização segmentar e degeneração axonal. Os reflexos cutâneo-
abdominais são dificilmente obtidos, principalmente por alterações tróficas da musculatura
abdominal. Os reflexos axiais da face tornam-se mais proeminentes no idoso.
Petroianu e Pimenta (1999), ainda citam que as pessoas idosas freqüentemente se
queixam de dificuldade na marcha, que se apresenta difícil para ser iniciada, mais lenta, com
diminuição dos movimentos associados. O equilíbrio é também afetado, havendo dificuldades
nas correções posturais, erradamente atribuídas à insegurança e medo.
Kisner e Colby (1996, p. 21), explicam que: O equilíbrio e aquisição de habilidades funcionais são aspectos do controle motor inter-relacionados e complexos. Coordenação refere-se à habilidade para usar os músculos certos na hora certa e com sequenciamento e intensidade apropriados. A coordenação é a base do movimento harmonioso e eficiente que pode ocorrer em nível voluntário ou involuntário (automático). Equilíbrio refere-se à habilidade para manter o centro de gravidade sobre a base de suporte, geralmente quando se está em pé. Equilíbrio é um fenômeno dinâmico que envolve uma combinação de estabilidade e mobilidade. O equilíbrio é necessário para manter uma posição no
36
espaço ou mover-se de modo controlado e coordenado.
2.5 Queda no idoso
Para Duarte e Diogo (2000), a etiologia das quedas entre os idosos é multifatorial.
De forma simplificada, um episódio de queda é resultado de uma interação entre fatores
intrínsecos, decorrente das alterações fisiológicas do próprio processo de envelhecimento e das
patologias múltiplas associadas, de fatores comportamentais relacionados com o uso e
percepção do ambiente por parte do idoso frente às demandas impostas pelo ambiente e sua
capacidade funcional real.
Aproximadamente 30 das pessoas com 65 anos e mais que moram na comunidade tem um evento de queda a cada ano. Metade dos idosos que caem repete o evento novamente. As lesões decorrentes dessas quedas são responsáveis pela sexta causa de morte entre idosos nesta faixa etária. (DUARTE; DIOGO, 2000, p. 191).
Tipos diferentes de quedas possuem fatores de risco diferentes, e uma determinação
cuidadosa de suas circunstâncias é necessária, tanto para avaliação clínica quanto para a
pesquisa epidemiológica. Fatores de risco e medidas preventivas associadas a quedas em
pessoas mais velhas porém ativas e saudáveis que caem por que participam de atividades
vigorosas e arriscadas diferem dos indivíduos mais frágeis que caem por instabilidade.
Para Campbell, et al (1996), a maior parte das quedas ocorre em horas de atividade
máxima no dia, e somente 20% ocorrem à noite. Nos meses de inverno e dias mais frios há um
aumento da incidência de quedas e fraturas em mulheres. Aproximadamente 65% das mulheres
e 44% dos homens caem dentro de casa, e cerca de 25% dos homens e 11% das mulheres, no
jardim de suas residências.
De acordo com Duarte e Diogo (2000), tipos diferentes de quedas possuem fatores
de risco diferentes, e uma determinação cuidadosa de suas circunstâncias é necessária, tanto
para avaliação clínica quanto para a pesquisa epidemiológica.
37
Dentre os riscos de queda está a obesidade. Que segundo Pretroianu e Pimenta
(1999), o desenvolvimento da obesidade no indivíduo idoso não é comum e, normalmente está
relacionada com algum distúrbio do balanço energético. A obesidade desenvolve-se
especialmente após a puberdade. Os primeiros anos da vida adulta são importantes para o
desenvolvimento da obesidade, tanto em homens como em mulheres, sendo a maior parte dos
casos de obesidade do tipo hipertrófica.
Segundo o autor supracitado, o aumento no percentual de gordura relacionada com
o envelhecimento associado a modificações no estilo de vida e componentes genéticos,
facilitam o surgimento de obesidade, aumentando, assim, a probabilidade do desenvolvimento
de doenças cardiovasculares.
De acordo com Leme (2000), diversos fatores fazem as quedas serem mais comuns,
entre a população idosa relacionada a fatores extrínsecos ou perigos ambientais. São eles:
• Problemas ambientais, como a iluminação inadequada, ausência de lâmpadas noturnas;
• Superfície de terra, presença de obstáculos na passagem, como pontas de tapetes, soltos
ou com dobra, móveis baixos e irregulares com pontas lascadas e pequenos objetos.
• Uso de calçado inadequado, ou patologias dos pés, roupas excessivamente compridas.
• Falta de equipamento de segurança em casa, como: corrimão na escada, corredores,
banheiros.
• Marcação com fita colorida nas pontas dos degraus, ou degraus altos ou
estreitos.
• Analisar o uso de medicamentos; que pode alterar o sono ou o equilíbrio.
• Pisos e locais de banho escorregadios
• Camas e vaso sanitário em altura inadequada
• Irregularidade no pavimento, onde o idoso caminha, local mal conservado e com buraco
• Objetos colocados em lugares altos e difícil acesso.
• Móveis irregulares como pontas ou lasgada.
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De acordo com Rodrigues (1996), fatores extrínsecos criam desafios ao equilíbrio,
desafios estes que devem ser superados, para não ocorrer uma queda. O grau de perigo que
possuem depende da vulnerabilidade da pessoa idosa e da freqüência da exposição à situação
potencialmente desestabilizadora.
• Alterações fisiológicas do processo de envelhecimento.
• Diminuição da visão, redução da percepção de distância e visão periférica e adaptação
ao escuro.
• Diminuição da audição, não ouve sinais de alarme.
• Distúrbios vestibulares, infecção ou cirurgia de ouvido
• Distúrbios proprioceptivos, há diminuição das informações sobre a base de
sustentação, as mais comuns são as neuropatias periféricas e as patologias
degenerativas da coluna cervical.
• Distúrbios músculos esqueléticos, degenerações articulares, com limitação da
amplitude de movimentos, fraqueza muscular e diminuição de massa muscular.
De acordo com Guccione (1993), as próprias quedas constitui um fenômeno
heterogêneo, representam uma possibilidade do corpo em permanecer ereto. Uma pessoa com
comprometimento grave pode cair enquanto caminha em sua casa. As doenças agudas ou
crônica que resultam em incapacidade. Por exemplo as anormalidades eletrolíticas, as
infecções, os efeitos colaterais de medicamentos, a desidratação, a hipotensão ortostática, a
perda sanguínea e a hipoxemia, podem sem exceção, podem provocar fraqueza, tonturas e
possíveis quedas. As doenças que podem levar a quedas são cardiovasculares, englobando as
arritmias, a estenose aórtica, doenças neuromusculares, AVE, convulsões e doença de
Parkison, as mielopatias
Segundo Azevedo (2002), o idoso tende a ter maior instabilidade na postura e uma
marcha mais lenta do que o jovem, o que favorece a queda. A diminuição da acuidade visual
com a idade e a maior susceptibilidade a síncopes são fatores que favorecem as quedas no
39
idoso sadio. O sedentarismo também é um fator que deve ser destacado, pois deixa a pessoa
mais fragilizada e insegura, favorecendo as quedas.
Para Burnside (1979), os acidentes constituem a maior causa de morte, e importante
causa de lesão, de pessoas idosas. É importante reter que os acidentes debilitantes mais comuns
entre os idosos são as quedas. Levando ao comprometimento da capacidade funcional, a
maioria dos acidentes e das quedas ocorre no lar e no dormitório.
A maior conseqüência das quedas para o idoso é o risco de fraturas, que pode levar à imobilidade, com conseqüente perda da autonomia e independência. A queda ocorre pela perda do equilíbrio postural, o qual está relacionado à insuficiência súbita dos mecanismos neurais e ósteo-articulares envolvidos na manutenção da postura. É sempre resultante do somatório de fatores, tais como efeitos adversos de medicamentos, perigos ambientais e/ou modificações nos sistemas envolvidos com o equilíbrio, a postura e a marcha – ou seja, sistema muscular, ósseo, nervoso, labiríntico e outros. (UMPHED, apud ANDERSON, 1998).
Azevedo (2002, p. 1), diz que “[...] a osteoporose é o principal fator que favorece a
fratura no idoso. Este fator associado ao aumento da freqüência nas quedas torna o problema de
grande relevância na terceira idade.”
Jacob Filho e Paschoal (2001) relatam que a queda é um evento bastante comum e
devastador em idosos. Embora não seja uma conseqüência inevitável do envelhecimento, pode
sinalizar o início de fragilidade ou indicar doença aguda. Além dos problemas médicos, as
quedas apresentam custo social, econômico e psicológico enormes, aumentando a dependência
e a institucionalização.
De acordo com autor supracitado, a distribuição das causas difere entre idosos
institucionalizados e os não-institucionalizados. As quedas entre os moradores de asilos e casas
de repouso são em decorrência de distúrbios de marcha, equilíbrio, vertigem e confusão
mental, enquanto que pessoas não institucionalizadas tendem a cair por problemas ambientais,
seguidos de fraqueza/distúrbios do equilíbrio e marcha, “síncope de pernas”, tontura/vertigem,
alteração postural/hipotensão ortostática, lesão do Sistema Nervoso central.
40
Azevedo (2002), ainda relata que nos membros superiores é a fratura de punho a
mais freqüente, sendo seguida pelo de úmero. Nos membros inferiores é a fratura de fêmur a
mais comum e em geral se deve a quedas. São fraturas que em geral são acompanhadas de
sangramento e com freqüência há necessidade de internação e tratamento cirúrgico.
A síncope é uma sensação de forte tontura seguida de rápida perda de consciência. O idoso sadio pode ter uma propensão à baixa súbita de pressão arterial ao mudar rapidamente de posição (hipotensão ortostática), como por exemplo, erguer-se de uma cadeira. Esta situação pode ser influenciada pela temperatura ambiente, por um estado febril ou gripal ou pelo uso de remédios. A síncope pode ser devido também a doenças como: problemas de pressão arterial, arritmias cardíacas, insuficiência vascular cerebral, etc. a utilização de drogas antihipertensivas pode levar a síncope como também o uso continuado de determinados remédios, como tranqüilizantes e soníferos, muito freqüentes na terceira idade. Estes últimos são considerados entre os mais importantes fatores que facilitam as quedas. O alcoolismo também é causador de quedas. (AZEVEDO, 2002, p. 2).
As principais causas de quedas em idosos estão na dificuldade de movimentação
que surgem com a idade, o uso de medicamentos e a coexistência de doenças. As lesões mais
freqüentes são as fraturas de membros, e as lesões de pele e dos músculos. Além da fratura o
idoso que sofre queda em geral se torna ansioso e amedrontado quanto a outras quedas, a
situação gera um estado de espírito negativo. (AZEVEDO, 2002).
Os fatores de risco que mais se associam às quedas são: idade avançada (80 anos e mais); sexo feminino; história prévia de quedas; imobilidade; baixa aptidão física; fraqueza muscular de membros inferiores; fraqueza do aperto de mão; equilíbrio diminuído; marcha lenta com passos curtos; dano cognitivo; doença de Parkinson; sedativos, hipnóticos, ansiolíticos e polifarmácia. Atividades e comportamentos de risco e ambientes inseguros aumentam a probabilidade de cair, pois levam as pessoas a escorregar, tropeçar, errar o passo, pisar em falso, trombar, criando, assim, desafios ao equilíbrio. Os riscos dependem da freqüência de exposição ao ambiente inseguro e do estado funcional do idoso. Idosos que usam escada regularmente têm menor risco de cair que idosos que a usam esporadicamente. Por outro lado, quanto mais vulnerável e mais frágil o idoso, mais suscetível aos riscos ambientais, mesmo mínimos. O grau de risco, aqui, depende muito da capacidade funcional. (JACOBE FILHO; PASCHOAL, 2001, p. 2).
2.5.1 Prevenção de quedas
Para Jacobe Filho e Paschoal (2001), os idosos podem ser aconselhados sobre
medidas preventivas, como a de não se levantar depressa demais de uma posição horizontal
41
após o repouso, especialmente no escuro. As mudanças de pressão sangüínea levam minutos.
Devem também, ser advertido contra movimentos bruscos da cabeça, devido a alterações dos
mecanismos de balanço do ouvido interno.
Azevedo (2002), explica que a redução no número de quedas entre idosos deve ser
conseguida com medidas preventivas energéticas. Estas medidas envolvem programas
preventivos multifatoriais, que incluem exercícios físicos e cuidados com relação ao meio
ambiente, no sentido de se diminuir os riscos para quedas. Muitas quedas ocorrem em casa e a
orientação para medidas contra quedas em casa é muito importante.
Azevedo (2002), ainda explica que o primeiro passo na prevenção é a identificação
médica dos fatores de risco para as quedas, a presença de hipotensão postural, avaliação da
acuidade visual, avaliação da marcha, da cognição e do estado emocional, a identificação dos
medicamentos utilizados. A avaliação do estado cardiovascular (arritmias, sopro de carótidas) é
fundamental.
A prevenção de quedas torna-se um assunto de importância vital na saúde pública pelos prejuízos e morbidade relacionadas a esses eventos. A prevenção primária em algumas situações, como em instituições. Medidas como exercício físico, nutrição, avaliação de riscos domésticos e revisão periódica de medicamentos possuem implicações para aspectos importantes da saúde geral da comunidade. A prevenção secundária é provavelmente uma estratégia mais útil. Lembrando que a pessoa que sofreu uma primeira queda possui mais riscos para uma segunda queda, é geralmente possível identificar um ou mais fatores que aumentam risco. A identificação desses pacientes pode ser realizada no consultório médico generalista, bem como em ambientes de emergência, onde são avaliado algumas características como: mulheres idosas, história de fratura osteoporótica, mobilidade prejudicada evidenciada pelo uso de andador ou bengala, incapacidade de se levantar da cadeira sem auxílio dos braços, marcha instável, distúrbios cognitivos. (FREITAS, et al, 2002, p. 633).
A prevenção deve ser ampla e contínua, integrada nas atividades da vida diária,
requerendo capacidades aperfeiçoadas de diagnóstico. Por exemplo, tais capacidades, utilizadas
quando um paciente idoso caminha, observar a conveniência dos seus calçados (sapatos e
roupas desajustados e presos, e dispositivos mecânicos produzem dor e possível
quedas).Verificar a capacidade funcional dos membros e do trato respiratório.
42
Azevedo (2002), explica que na terceira idade os acidentes são freqüentes e tendem
a ter conseqüências sérias, constituindo a quinta causa de morte na velhice. A principal causa
de acidentes desta faixa etária são as quedas, destacando-se a fratura de fêmur como sua
principal conseqüência.
Figura 5: Modelos de prevenção de quedas. Fonte: JACOBE FILHO, W.; Pascal, S.M P. Alterações de equilíbrio e prevenção de quedas no idoso, 2001.
43
Figura 7: Modelos de prevenção de quedas. Fonte: JACOBE FILHO, W.; Pascal, S.M P. Alterações de equilíbrio e prevenção de quedas no idoso, 2001.
2.6 O exercício físico e o idoso
O exercício físico regular traz benefícios diversos à saúde, tais como: aumento do
tônus e trofismo musculares, estabilizando a perda de massa óssea, dependendo da idade,
diminuição dos níveis de pressão arterial, glicose e colesterol, normalização do peso corporal e
diminuição do stress. (ANDERSON, 1998).
44
Para Matsudo (1999), o exercício físico melhora o equilíbrio, melhora a auto-
eficácia, contribuição na manutenção e/ ou aumento da densidade óssea, ajuda no controle da
diabetes, artrite, doença cardíaca, melhora da ingestão alimentar, diminuição da depressão.
Figura7: Pratica de exercícios Fonte: JACOBE FILHO, W.; Pascal, S.M P. Alterações de equilíbrio e prevenção de quedas no idoso, 2001.
2.6.1 Característica do exercício físico 2.6.1.1 Intensidade e duração
De acordo com American College of Sports Medicine (1994), a programação de
exercícios para os idosos pode ser oferecida em três diferentes níveis: um programa baseado
primariamente no treinamento supervisionado; aconselhamento e prescrição, seguidos por um
programa de exercícios automonitorizados e programação de exercícios baseada na
comunidade.
Com base na explicação de Gould e Weimberg (2001, p. 407):
O exercício de alta intensidade é mais estressante, sobretudo para pessoas que foram sedentárias. As pessoas em programas de caminhada, continuam seus regimes por mais tempo do que pessoas em programas de corrida. Uma atividade de nível moderada é apenas aproximadamente metade da que é encontrada (50%) em relação a exercícios vigorosos. Diminuindo o nível de intensidade e estendendo a duração do exercício, uma pessoa pode alcançar quase os mesmos benefícios de um exercício de alta intensidade. Os melhores resultados parecem vir de um programa de exercício com sessões entre 20 e 30 minutos de duração. Entretanto, para pessoas que não podem dispor desse tempo para exercitar-se, recomenda-se à acumulação de períodos de atividades mais curtos.
45
Segundo Gould e Weimberg (2001, p. 407):
A atividade física mais vigorosa carrega um grande risco de lesões. Ao iniciar um programa, muitas pessoas tentam fazer demais nas primeiras vezes e acabam com dores musculares, lesões de tecidos moles ou problemas ortopédicos. Naturalmente, elas encontram nesse tipo de lesão a desculpa que precisam abandonar o exercício. A mensagem para essas pessoas é que é melhor fazer exercícios moderados, como caminhadas ou exercícios aeróbios leves do que entrar em forma em poucas semanas fazendo demais, muito cedo.
De acordo com autor supracitado, a intensidade do exercício deve ser mantida em
níveis moderados para aumentar a probabilidade de adesão duradoura aos programas.
De acordo com American Caleje of Sports Medicine (1994, p. 313), “[...] o
objetivo apropriado para muitos idosos é um período de 20 a 40 minutos de exercícios por
sessão.”
2.6.1.2 Freqüência
American caleje of Sports Medicine (1994), explica que a ênfase sobre atividades
mais freqüentes (5 a 7 dias por semanas) é importante. Este aumento na freqüência tem
relevância fisiológica para a manutenção da capacidade, assim como da flexibilidade.
2.6.1.3 Progressão
Para American College of Sports Medicine (1994), o mais apropriado é progressão
gradual dos níveis de atividade. Com o início do exercício, um período de 4 a 6 semanas é
geralmente necessário para que indivíduos idosos progridam de um nível de condicionamento
moderado para um nível vigoroso. Outras 4 a 6 semanas são freqüentemente necessárias para
que se atinja um nível apropriado de manutenção.
2.6.2 Efeitos psicológicos do exercício físico
46
Para Rebelatto e Morelli (2004), o programa de exercício físico tem como objetivo
de levar o paciente a alcançar um condicionamento físico satisfatório, melhorar a eficiência dos
batimentos cardíacos, comportamentos em atividades esportivas e atividades físicas e a
aplicação, proporcionar a vascularização colateral, além de fazer com que o paciente incorpore
a atividade física nas suas atividades diárias.
Segundo Gould e Weimberg (2001), psicólogos do esporte e do exercício procuram
entender e ajudar atletas, física e mentalmente incapacitados, idosos e praticantes em geral a
alcançarem um desempenho máximo, satisfação pessoal e desenvolvimento por meio de
participações.
2.6.2.1 Exercício físico e alteração do humor
Segundo Gould e Weimberg (2001), o humor pode ser definido como um estado
emocional ou afetivo de duração variável e impermanente.
Para Gould e Weimberg (2001), além da ansiedade e depressão, a relação entre
várias formas de exercício e as alterações em estado de humor, tais como diminuição da fadiga,
bem como aumentos no vigor, pensamento claro, energia, alerta e uma maior sensação de bem-
estar.
Segundo o autor supracitado, várias hipóteses, tanto psicológicas como fisiológicas,
foram propostas para explicar como o exercício funciona para aumentar o bem-estar. Os
mecanismos psicológicos e fisiológicos potenciais propostos são os responsáveis pelos efeitos
positivos do exercício sobre o bem-estar psicológico.
Para Gould e Weimberg (2001), as explicações fisiológicas são:
• Aumento no fluxo sanguíneo cerebral;
• Mudanças nos neurotransmissores cerebrais (p. ex., norepinefrina, endorfinas,
serotonina);
47
• Aumento no consumo máximo de oxigênio e liberação de oxigênio para os tecidos
cerebrais;
• Reduções na tensão muscular.
Segundo Gould (2001), as explicações psicológicas são:
• “Dar um tempo” ou esquecer de problemas cotidianos;
• Sensação aumentada de controle;
• Sentimento de competência e de auto-eficácia;
• Interações sociais positivas;
• Melhora no autoconceito e na auto-estima.
2.6.3 Qualidade de vida e exercício físico
Para Birren e Dieckman (apud REBELATTO e MORELLI, 2004, p. 5):
A qualidade de vida é um termo que se refere à avaliação das circunstâncias da vida de um indivíduo, grupo ou população. O conceito de qualidade de vida é complexo e abrange muitas características dos ambientes social e físico, assim como da saúde e do estado interno dos indivíduos. Há dois enfoques de qualidade de vida: um é baseado em autopercepção subjetivas ou internas e outro em medidas objetivas, baseadas em julgamentos externos.
Segundo Barbanti (2002), um programa de exercício deve estar dirigido para a
melhoria da capacidade física do indivíduo, induzindo, eventualmente, em uma diminuição dos
efeitos deletérios resultantes do processo de envelhecimento; conseguindo maximizar o contato
social, procurando reduzir os problemas psicológicos, como ansiedade e depressão
características deste grupo. A sua independência no plano da autonomia e da independência
funcional tão necessárias à manutenção integral, por parte do sujeito, da sua plena cidadania e
condição humana.
Anderson (1998), explica que a saúde e a qualidade de vida dos idosos, mais que
em outros grupos etários, sofrem a influência de múltiplos fatores físicos, psicológicos, sociais
48
e culturais. Assim, avaliar e promover a saúde do idoso significa considerar variáveis de
distintos campos do saber, numa atuação interdisciplinar e multidimensional.
Segundo Barbanti (2002), as pessoas idosas fisicamente ativas, tendem a revelar
atitudes positivas perante o trabalho, têm melhor saúde, revelam maior capacidade em
enfrentar o estresse e a tensão.
De acordo com Berger (apud BARBANTI, 2002), o exercício está também
associado ao aumento da alegria, da auto-eficácia, do auto-conceito, da auto-estima, da imagem
corporal e da qualidade de vida.
Segundo Barbanti (2002, p. 186).
A atividade física surge, deste modo, como um elemento importante para o desenvolvimento da auto-valorização, uma vez que os idosos ao perceberem que estão fisicamente capazes, vivem um sentimento de competência que os leva a acreditar na própria capacidade de realizar tarefas, a serem mais persistentes frente a possíveis insucessos ou situações potencialmente desvantajosas.
2.6.4 A Caminhada e o idoso
A atividade física é capaz de beneficiar pessoas de todos os grupos etários, mas ela
é especialmente importante para a saúde das pessoas da terceira idade. Para que o resultado
seja favorável deve-se enfocar exercícios que atendam as necessidades físicas, sociais, e
psíquicas do participante. O exercício físico na terceira idade proporciona o bem estar físico e
mental e a auto confiança, por meio do domínio do corpo aumentando a disposição e maior
mobilidade articular.
Conforme Mazo, Lopes e Benedetti (2001, p. 153):
A caminhada é uma atividade física natural, pois os movimentos fazem parte das atividades da vida diária das pessoas. Ela pode ser praticada com objetivo de promoção de saúde, condicionamento físico, lazer, promovendo benefícios á saúde, sensação de bem estar, melhoria da auto estima, auto imagem, e outros. Pode ser praticada por pessoas de faixas etárias diversas e em meio ambiente variado.
49
Segundo os autores acima, a caminhada é uma atividade física aeróbia, que deve
ser praticada regularmente, três a cinco vezes por semana, com duração de 30 minutos ou
mais, conforme a condição física inicial e o tipo de atividade. Para se atingir o ganho com a
caminhada deve-se caminhar sempre, mas não em excesso.
Para Lima (1998), a caminhada é uma atividade física que utiliza o movimento
básico automatizado pelo homem, a marcha, ela se distingui da corrida por manter sempre um
dos pés em contato com o solo e não ocasionar grande impacto. A caminhada gera impacto dos
membros inferiores iguais ao peso corporal do indivíduo.
Ainda Mazo, Lopes e Benedetti (2001), concluem que em relação aos idosos, a
caminhada deve ser recomendada como parte dos programas de atividade física por ser um
movimento natural, de fácil realização e de ótimos resultados na prevenção de doenças
crônicas degenerativas e para um envelhecimento com autonomia e capacidade funcional.
Segundo Nahas (2001), para melhorar e manter a aptidão física e a saúde, uma
pessoa precisa desenvolver o músculo cardíaco e os de mais componentes de sistema
cardiorrespiratório. Os exercícios que se prestam a este desenvolvimento orgânico são
chamados aeróbios, e incluem atividades de média e longa duração, e intensidade moderada a
vigorosa, de caráter dinâmico e rítmico, como a caminhada, a corrida, o ciclismo, o remo , a
natação, as danças, e a ginástica aeróbia
Segundo Rodrigues e Diogo (2000, p. 43):
A atividade física e a movimentação são funções vitais e essenciais do homem, que podem vir a ser comprometidas diante de situações acidentais de quedas ou traumas, bem como decorrentes de doenças agudas ou crônicas que afetam as funções de movimentação muscular. A independência do idoso para atividade física e a movimentação implica que a pessoa adote conduta de cuidado pessoal e de atenção ao meio ambiente. Esta atenção envolve também outras pessoas da família ou amigos.
Sociológicos, psicológicos, e funcional. O sociológico está relacionado ao tempo livre que a pessoa dispõe para ter as suas relações sociais, econômicas, familiares A atividade física pode ser conceituada sob três aspectos. O psicológico diz respeito à importância da atividade física para a própria pessoa, por exemplo caminhar. O funcional refere-se à capacidade da pessoa para o desenvolvimento da atividade física. (RODRIGUES, 2000, p. 253).
50
Rebelatto e Morelli (2004, p. 357), explicam que “As indicações do
condicionamento físico incluem: indivíduos aparentemente sadios; portadores de fatores de
risco de doença coronária aterosclerótica (tabagismo, HA, dislipemia, diabetes mellitus,
obesidade, sedentarismo e outros).”
51
3 DELINEAMENTO DA PESQUISA
Gil (2002) diz que, delineamento refere-se ao planejamento da pesquisa em sua
dimensão mais ampla envolvendo tanto a sua diagramação quanto a sua previsão de análise e
previsão dos dados.
3.1 Caracterização da pesquisa
Esta pesquisa teve como objetivo de avaliar a prevalência de quedas em indivíduo
com idade igual ou superior a 60 anos de idade, relacionados com fatores extrínsecos e
intrínsecos, que estão associados com a qualidade de vida, de cada indivíduo.
De acordo com Cervo e Bervian (1996), a pesquisa descritiva observa, registra,
analisa e correlaciona fatos ou fenômenos (variáveis sem manipulá-los). Procura descobrir com
a precisão possível, a freqüência com que um fenômeno ocorre, sua relação e conexão com
outros, sua natureza e características. Busca conhecer diversas situações e relações que
ocorrem na vida social, política, econômica e demais aspectos do comportamento humano,
tanto do indivíduo tomando isoladamente como de grupos e comunidades mais complexas.
3.2 População/ Amostra
A população desta pesquisa foi composta por 25 indivíduos de ambos os gêneros.
52
Na amostra fizeram parte deste estudo 25 indivíduos, sendo que 19 são do gênero
feminino e 6 são do gênero masculino, a faixa etária entre eles varia de 60 a 79 anos de idade,
que praticam exercícios físicos regular sem restrição de gênero e que participam do projeto de
extensão “Caminhar com a UNISUL” do curso de Fisioterapia da Universidade do Sul de Santa
Catarina – UNISUL.
A caminhada é realizada no período vespertino de segunda à sexta-feira, na pista de
caminhada da UNISUL, Campus Tubarão, sendo monitorada por 8 acadêmicos de fisioterapia.
O Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, tem como objetivo de prevenir
e tratar problemas como obesidade, sedentarismo, hipertensão, diabetes, cardiopatias, melhorar
a qualidade de vida dos participantes através da prática de exercícios físicos. O projeto de
extensão tem como recurso, além da caminha, a hidroterapia, os participantes poderão praticar
a hidroterapia duas vezes por semana.
3.3 Instrumento utilizado para a coleta de dados
Com a finalidade de fazer cumprir os objetivos geral e específicos deste estudo, foi
utilizado uma entrevista individual contendo perguntas abertas e fechadas, conforme Apêndice
C.
Para a utilização da entrevista, foi realizado um processo de validação de conteúdo
10 (dez) profissionais relacionados a área a ser pesquisada, entre eles estão: seis
fisioterapeutas; dois médicos geriatras; um psicólogo; uma professora de educação física.
A validação teve como objetivo avaliar o conteúdo proposto na entrevista. Bem
como questionar profissionais de diferentes áreas para melhor aplicação desta pesquisa, através
da coleta de dados.
O índice de validação de conteúdo do referido instrumento foi de 9,1.
53
3 .4 Procedimentos utilizados na coleta de dados
Foram utilizados os seguintes procedimentos:
1) apresentação da autora da pesquisa, para os participantes da mesma, bem como a permissão
da representante do grupo ou coordenador do projeto.
2) Apresentação do termo de consentimento (Apêndice A), para cada entrevistado e
voluntariamente a assinatura do mesmo.
3) Realização da entrevista individualmente com cada participante do estudo, antes ou após o
exercício físico: caminhada (segunda-feira a sexta-feira, das 18:00 as 19:00 hs) e/ou piscina
(quarta e sexta-feira, das 17:00 as 18:00 hs).
4) Em seguida entregar as orientações ambientais (Anexo A) para cada entrevistado.
5) Agradecimento pela participação.
54
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Neste capítulo serão apresentados os resultados obtidos através das entrevistas
realizadas no Projeto de Extensão “Caminhar com a UNISUL,” no período de abril a maio de
2005. Tendo como critério de inclusão, participantes do projeto com idade igual ou superior a
60 anos de idade, ambos os gêneros.
As entrevistas foram realizadas com o objetivo de analisar a prevalência de quedas
em idosos que praticam exercício físico regular no projeto de extensão “Caminhar com a
Unisul”.
Segundo S antiago et al (2004), a queda é um evento não intencional que tem como
resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais baixo em relação à sua
posição inicial, sendo um problema crescente em uma população que envelhece.
Ainda Carvalhes (apud SANTIAGO, 2004), comenta que as quedas ocorrem com
maior freqüência em casa, durante atividades habituais como caminhar ou mudar de posição.
4.1 Caracterização da população
Os dados a seguir foram coletados a partir da entrevista elaborada pela
pesquisadora. Os sujeitos de pesquisa foram entrevistados quanto à escolaridade, moradia,
patologias, sistema musculoesquético, medicamentos, prática de exercícios físicos, quedas e
seus mecanismos. Os itens referentes às patologias, sistema musculoesquético, medicamentos,
55
prática de exercícios físicos, quedas e seus mecanismos serão analisados mais adiante no
presente capítulo.
Em relação à escolaridade, entre os 25 entrevistados, 1 não é alfabetizado. No item
moradia, 22 entrevistados moram em casa, dentre eles 8 possuem escadas sem corrimão e 3
entrevistados moram em apartamento e fazem uso de escadas sem corrimão. Todos os
entrevistados possuem uma estrutura firme para alcançar lugares altos (banco e escada).
4.1.1 Gênero
24%
76%
01020304050607080
Per
cent
ual d
a P
opul
ação
Masculino
Feminino
Sexo Gráfico –1: Perfil do sexo da população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Conforme observa-se no gráfico acima referente ao gênero, dos entrevistados que
participam do projeto de extensão, a grande maioria foi do sexo feminino com um total de
dezenove (76%). Seis eram do sexo masculino, o que corresponde a um percentual de 24%.
Como o maior percentual dos entrevistados foi do gênero feminino, percebe-se uma
realidade de que ainda a população feminina, pratica em maior número exercícios físicos. As
mulheres procuram melhorar sua qualidade de vida, enquanto os homens preferem ficar mais
acomodados. Para tal, elas procuram realizar mais atividades de lazer, como exercícios físicos,
danças, cursos de pinturas, aumentando assim sua auto-estima.
56
4.1.2 Faixa etária
4032
20
8
0
5
10
15
20
25
30
35
40
Per
cent
ual d
a P
opul
ação
60-65
65-70
70-75
75-80
Perfil de idade Gráfico –2: Perfil de Idade da população entrevistada no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Dos indivíduos entrevistados, doze tinham entre sessenta a sessenta e cinco anos de
idade (40%). Com idade entre sessenta e cincos e setenta anos, o número de participantes
corresponde a seis (32%). Já entre setenta e setenta e cinco anos de idade, foram cinco
indivíduos (20%). E dois (8%) tinham entre setenta e cinco a oitenta e nove anos de idade.
Para Pickles et al (1998), a população da terceira idade para homens está numa
faixa etária acima de 65 anos e mulheres acima de 60 anos, onde começa a fazer jus a
aposentadoria oficial. Em contrapartida, a Lei 8.842/94, descritos no capítulo 2º, caracteriza a
faixa etária dos idosos a partir de 60 anos de idade para ambos os gêneros. O Estatuto do idoso,
criado em outubro de 2003, também determina a mesma faixa etária prevista na referida Lei.
Cerqueira e Oliveira (2002) explicam que proporcionalmente, a faixa etária de 60
anos ou mais é a que mais cresce. Projeções estatísticas da Organização Mundial de Saúde
(apud CERQUEIRA E OLIVEURA, 2002) evidenciam que os idosos no Brasil, no período de
1950 a 2025 deverão ter aumentado em 15 vezes, enquanto o restante da população em cinco.
Assim, o Brasil será o 6.o país quanto ao contingente de idosos em 2025 devendo ter cerca de
32 milhões de pessoas com mais de 60 anos.
57
4.1.3 Patologia
52%
36%
12%
0
10
20
30
40
50
60
Per
cent
ual d
a P
opul
ação
2 patologias
1 patologias
Não tem
Ocorrência de Patologias Gráfico – 9: Perfil de ocorrência de patologias encontradas na população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Em relação às patologias analisadas neste estudo com os vinte e cinco participantes,
52% (13 entrevistados) apresentam duas patologias distintas (hipertensão e osteoporose). 36%
(9 entrevistados) apresentam uma patologia (hipertensão). E 12% (3 entrevistados) não
apresentam nenhuma patologia.
Muitas das enfermidades presentes na velhice podem influenciar a função motora.
Entre elas destacam-se as afecções neuromusculares e articulares, que devido à dor e outros
sintomas produzem diretamente alterações na locomoção.
De acordo Duarte e Diogo (2000), na velhice podem ocorrer aumento da
instabilidade postural, transtornos do vestíbulo (órgão do sentido do equilíbrio situado no
ouvido interno que recolhe a informação relacionada com a posição do corpo no espaço e
movimentos que realiza), levando a perda da noção da posição no espaço, podendo provocar
medo e sensação de desconforto no idoso a cada vez que se movimenta.
Fabrício et al (2004), relatam a relação entre queda e doenças já diagnosticadas.
Esses autores referem a queda como um fator preditório de algo errado com a saúde do idoso,
podendo indicar a eminência de uma doença ainda não diagnosticada. Muitas doenças
58
infecciosas em idosos apresentam-se clinicamente atípicas, podendo ser a queda primeiro
indício.
4.1.4 Medicamentos
16%
44%
24%
4%
12%
0
2
4
6
8
10
12
Per
cent
ual d
a P
opul
ação
Tomam 1 tipo de medicamento
Tomam 2 tipo de medicamento
Tomam 3 tipo de medicamento
Tomam 4 tipo de medicamento
Não Tomam
Ocorrência no uso de medicamentos Gráfico – 6: Perfil de utilização de medicamentos pela população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Dos vinte e cinco participantes entrevistados 12% (03 entrevistados) não fazem uso
de medicamentos. Cerca de 88% (22 entrevistados) referiram estar usando regularmente pelo
menos um tipo de medicação. Sendo que 16% (04 entrevistados) usavam um medicamento,
44% (11 participantes) usavam dois medicamentos e 24% (06 entrevistados) usavam três,
sendo 4% (01 entrevistado) usavam quatro concomitantemente.
De acordo com a literatura, verificou-se que os medicamentos podem interferir na
qualidade de vida dos idosos, aumentando os riscos de quedas e acidentes domiciliares.
Para Duarte e Diogo (2000, p. 161), “o uso de medicamentos, sedativos,
ansiolíticos, antipsicóticos, diuréticos e hipotensores podem alterar a mobilidade, diminuir a
motivação para esta atividade e causar sensação de fraqueza e hipotensão ortostática.”
De acordo Jacobe Filho e Paschoal (2001), “os remédios são causa muito comuns
de quedas nas pessoas com mais de 60 anos. Os idosos tendem a apresentar várias doenças
59
crônicas concomitantes e por isso usam várias medicações ao mesmo tempo em que podem
aumentar o risco de quedas”.
4.1.5 Visão
8%
92%
0
5
10
15
20
25
Per
cent
ual d
a po
pula
ção
Não temdificuldade
Temdificuldade
Ocorrência de problemas de visão Gráfico – 7: Perfil de ocorrência de problemas de Visão encontrados na população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Dos vinte e cinco participantes. 2 entrevistados (8%) não apresentaram deficiência
visual, enquanto o restante (23 entrevistados) relatou ter uma alteração, e os mesmos fazem uso
de óculos contínuo. Dentre os problemas identificados, dezenove entrevistados apresentam
miopia, dois apresentam hipermetropia e dois glaucoma.
A visão é um dos fatores que podem interferir na qualidade de vida do idoso. Se o
idoso apresentar deficiência visual significativa, pode estar mais propenso a quedas, por
exemplo, através de meios de locomoção, a pé, ou por meio de transportes públicos.
Segundo Duarte e Diogo (2000), o processo de envelhecimento está associado a
várias manifestações no globo ocular, algumas das quais são responsáveis por alteração na
visão. A queda na função visual, conforme a sua intensidade interfere para as atividades da
vida diária, para a inter-relação no meio social e até mesmo, para o cuidado da saúde.
60
4.1.6 Audição
80%
20%
0
5
10
15
20
perc
netu
al d
a po
pula
ção
Não tem dif iculdade
Tem dif iculdade
Ocorrência de Problemas de Audição Gráfico – 8: Perfil de ocorrência de problemas de Audição encontrados na população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Em relação aos problemas auditivos, dos vinte e cinco entrevistados, 80% (20
entrevistados) não apresentam deficiência e 20% (05 entrevistados) possuem déficit auditivo,
sendo que desses, um utiliza aparelho auditivo.
O déficit auditivo apresenta-se de forma lenta e progressiva e pode ser compensado
pelos seus portadores, sem que percebam, até que os sintomas interfiram na capacidade de
comunicação, na vida familiar e nas atividades sociais.
A presbiacusia é a perda auditiva associada ao envelhecimento, que segundo Duarte
e Diogo (2000, p. 218), “[...] é um termo global que inclui a diminuição da sensibilidade
causada por alterações periféricas da cóclea e a dificuldade na compreensão de informações
por prejuízo do processo auditivo central”.
4.1.7 Exercícios físicos
61
92%
8%
0
20
40
60
80
100
Per
cent
ual d
a po
pula
ção 2 atividade
3 atividade
Diferenciação dos exercícios físicos
Gráfico – 5: Perfil de diferenciação dos exercícios físicos realizados pela população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Dentre os tipos de exercícios físicos 92 % (23 entrevistados) praticam dois tipos de
exercícios (caminhada e hidroterapia) e 8% (02 entrevistados) praticam três exercícios físicos
(caminha, hidroterapia e academia).
Os vinte e cinco entrevistados realizavam exercícios físicos num período de 40
minutos, com intensidade leve.
O exercício físico atua como prevenção de possíveis quedas proporcionando uma
melhor qualidade de vida, levando o idoso a ter maior base de equilíbrio e mais segurança em
determinados obstáculos.
A prática de exercício físico regular é uma forma de prevenir quedas em pessoas
idosas. Idosos sedentários possuem menor mobilidade e maior propensão a quedas, quando
comparado com idosos que praticam exercícios físicos regular.
Os indivíduos com idade avançada ao praticarem algum tipo de exercício físico com
regularidade, apresentam uma melhor adaptação nas atividades diárias, além de maior
resistência ao estresse emocional, auxiliando na saúde e também tendo uma vida ativa.
Conforme Guimarães (2004), o risco de quedas pode ser minimizado com a prática de
exercícios físicos. O exercício físico tem sido como fator de melhora da saúde global do idoso,
62
sendo seu incentivo, uma importante medida de prevenção das quedas, oferecendo aos idosos
maior segurança na realização de suas atividades de vida diária, além disso, o exercício
proporciona aumento do contato social, diminui os riscos de doenças crônicas, melhora a saúde
física e mental, garante a melhora da performance funcional e conseqüentemente, leva a uma
maior independência, autonomia e qualidade de vida do idoso.
4.1.8 Episódios de quedas
60
40
0
10
20
30
40
50
60
Per
cent
ual d
a P
opul
ação
SimNão
Episódio de quedas
Gráfico – 3: Perfil de episódio de quedas na população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Dos vinte e cinco participantes entrevistados, 60% (13 entrevistados) apresentaram
algum episódio de queda, sendo dois (02) entrevistados do gênero masculino e onze do gênero
feminino. Destes, dois tiveram episódios de queda antes de iniciar os exercícios físicos e onze
entrevistados, após iniciar os exercícios físicos. 40% (12 entrevistados) não apresentaram
nenhuma ocorrência de queda.
Segundo Guimarães (2004), a queda é definida como uma falta de capacidade para
corrigir o deslocamento do corpo, durante seu movimento no espaço. As quedas entre pessoas
63
idosas constituem um dos principais problemas clínicos e de saúde pública devido a sua alta
incidência, às conseqüentes complicações para a saúde e aos custos assistenciais.
De acordo com Fabrício (2004), queda pode ser definida com um evento não
intencional que tem como resultado a mudança de posição do indivíduo para um nível mais
baixo, em relação a sua posição inicial.
4.1.9 Mecanismos de quedas
53,84%
46,15%
42
44
46
48
50
52
54
perc
entu
al d
a po
pula
ção
EscorregouTropeçou
Mecanismos de quedas
Gráfico – 9: Perfil dos mecanismos que contribuíram para as quedas na população entrevista no Projeto de extensão “Caminhar com a UNISUL”, no período de abril a maio de 2005. Fonte: Dados coletados pela pesquisadora (2005).
Em relação ao mecanismo de queda, dentre os participantes entrevistados, 53, 84%
sete (07) escorregaram, 46, 15% seis (06) tropeçaram.
Segundo Cunha (2004), alguns cuidados em casa devem ser tomados para evitar
uma queda: evitar tapetes e pisos escorregadios, não usar chaves na porta do banheiro, usar
telefones próximo à cama e luzes de cabeceira fixas, não andar de meias, manterem a casa
iluminada, instalar corrimão nas escadas e banheiros, para o apoio.
64
O mecanismo de queda analisado neste estudo, foi o fator extrínseco, que está
relacionado com ambientes como: tapetes soltos, degraus, escada sem corrimão, dentre outros.
As causas de quedas em idosos podem ser variadas e estar associadas. Os fatores
responsáveis por elas têm sido classificados na literatura como: intrínsecos, ou seja,
decorrentes de alterações fisiológicas relacionadas ao envelhecimento, a doenças e efeitos
causados por uso de fármacos, e como extrínsecos, fatores que dependem, de circunstancias
sociais e ambientais que criam desafios ao idoso. Geralmente, problemas com ambiente são
causados por eventos ocasionais que trazem risco ao idoso, principalmente aqueles que já
apresentam alguma deficiência de equilíbrio e marcha. Devem ser consideradas situações que
propiciem escorregar, tropeçar, pisar em falso, trombar (em objetos ou pessoas e animais). Os
problemas com ambiente serão mais perigosos quanto maior for o grau de vulnerabilidade do
idoso e a estabilidade que este problema poderá causar. Geralmente os idosos não caem por
realizar atividades perigosas (subir em escadas ou cadeiras), e sim em atividades rotineiras.
Causas ambientais são as mais freqüentes. (FABRÍCIO et al, 2004, p.6).
De acordo com Cunha (2004), as causas extrínsecas de quedas são condições
relacionadas às circunstâncias ambientais vivenciadas pelo idoso. A maioria das quedas que
ocorrem no ambiente doméstico se deve a fatores como pisos úmidos, encerados ou irregulares,
tapetes soltos ou desfiados, obstáculos no chão, iluminação deficiente, ambientes mono-
cromáticos, cama de altura inadequada, móveis frágeis, cadeiras e vasos sanitários baixos e
sem apoio lateral, escadas sem corrimão e/ou com degraus não apropriados, falta de apoio nos
boxes de banheiro e calçados inadequados. Quedas sofridas no ambiente externo costumam
ocorrer em função de calçadas em mau estado de conservação, tráfego excessivo, sinalização
deficiente e falta de adaptação dos meios de transporte e de acessos para pessoas com
deficiência.
Dos vinte e cinco entrevistados, doze responderam que não tem medo de cair, já os
outros trezes entrevistados tem medo de cair, independente de realizar exercício físico ou não.
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Todos os vinte e cinco relataram que a caminhada e outros exercícios físicos que
sejam praticados auxilia melhorando em suas atividades cotidianas.
Dos vinte e cinco entrevistados, doze responderam que tinham conhecimento e
informação de como evitar uma queda, já treze dos participantes receberam informação através
de palestra educativa oferecida pelo projeto que participam.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O envelhecimento é um aspecto biológico natural que ocorre com cada indivíduo,
podendo estar associado a importantes alterações estruturais e funcionais. É importante uma
maior atenção nos cuidados primários relacionados à saúde, especialmente em relação às
quedas. A prática de exercício físico regular é uma forma de prevenir tais acidentes, uma vez
que garante uma melhor condição psicofísica do individuo.
Com a realização deste estudo foi possível evidenciar a importância da prática do
exercício físico como garantia de melhora da qualidade de vida do idoso, uma vez que os
mecanismos de queda foram por fatores extrínsecos. O exercício físico também influencia no
estilo de vida dos idosos, pois proporciona uma maior interação social, aumento da auto-
estima, além da prevenção de quedas por fatores intrínsecos.
O exercício fisco melhora o equilíbrio, melhora a auto-eficácia, contribuição na
manutenção e/ ou aumento da densidade óssea, dependendo da idade do idoso, ajuda no
controle da diabetes, artrite, doença cardíaca, melhora da ingestão alimentar, diminuição da
depressão.
É relevante ressaltar a importância de medidas preventivas que contribuem para a
redução das quedas em idosos. Uma das formas de prevenir é através de orientações sobre a
importância do exercício físico e dos principais fatores de risco que levam à queda.
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REFERÊNCIAS
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA - UNISUL
CURSO DE FISIOTERAPIA ALGUMAS SUGESTÕES PARA MODIFICAÇÕES AMBIENTAIS
QUANDO NECESSÀRIO
1) Não encerar o chão para evitar que fique escorregadio. 2) Pisos escorregadios podem ser melhorados colocando-se pequenas faixas de lixa de parede, com as partes ásperas voltadas para cima, nos locais de passagem ou usando tintas antiderrapantes especiais para pisos. 3) Evitar o uso de tapetes, principalmente com bordas, pois podem deslizar sobre pisos lisos e enroscar os pés ao mudar o passo, provocando quedas. 4) Em banheiros, utilizar somente tapetes de borracha, de preferência sem franjas. 5) Verificar se a iluminação é suficiente em todos os cômodos, evitar caminhar em ambientes escuros. 6) No quarto, ou próximo a este, o uso de um abajur, auxilia principalmente, aqueles idosos que necessitam levantar várias vezes durante á noite para ir ao banheiro. 7) Utilizar corrimão em escadas, de preferência ambos os lados. 8) Evitar o uso de chinelos soltos e com solas lisas, mesmo dentro de casa, pois além de facilitar quedas, o uso contínuo desse tipo de calçado pode trazer deformidade aos pés. 9) Verificar se não há móveis estragados, como: pés, bancos, encostos soltos ou em locais que possam estar dificultando a passagem. 10) Procurar eliminar buracos ou saliências no acesso a casa ou quintal. 11) Manter o ambiente ventilado com as janelas abertas. 12) Evitar a presença de pequenos animais dentro de casa, como (cães, gatos) eles poderão favorecer quedas ao passar diante do idoso. 13) A colocação de barras de apoio nas paredes próximas ao vaso sanitário e ao chuveiro pode melhorar a independência do idoso e dar mais segurança, facilitando o trabalho de quem o auxilia. Caso possua banheira, e mais seguro utilizar um chuveirinho e banhar-se do lado de fora da banheira.
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UNIVERSIDADE DO SUL DE SANTA CATARINA CURSO DE FISIOTERAPIA
TERMO DE CONSENTIMENTO
Eu________________________________________________________ permito que o grupo de pesquisadores relacionados abaixo obtenha fotografia, filmagem ou gravação de minha pessoa para fins de pesquisa científica ou educacional. Eu concordo que o material e informações obtidas relacionadas à minha pessoa possam ser publicados em aulas eventos ou periódicos científicos. Porém à minha pessoa não deve ser identificada, tanto quanto possível, por nome ou qualquer outra forma. Os dados ficarão sob a propriedade do grupo de pesquisadores pertinentes ao estudo e sob sua guarda. Sendo assim concordo plenamente e para tornar válido o presente estudo assino-o conscientemente. Nome do participante da pesquisa:_____________________________________________ RG:_____________________________________________ Assinatura:_____________________________________________ Equipe de pesquisadores:
________________________________________________________ Profª Rita de Cássia Clark Teodoroski
_________________________________________________________
Acadêmica: Ivonete da Silva Data e local: ______/____/____.
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Validação do conteúdo da entrevista 1) Dados de identificação Nome:___________________________________________________________________ Idade: _________ Data de nascimento: _____/_____/_____ Sexo: M ( ) F ( ) Estado Civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( ) Viuvo ( ) Divorciado ( ) Outros
Profissão anterior:_________________________________________________________ Ocupação atual:__________________________________________________________ inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
2 ) Escolaridade Alfabetizado: Sim ( ) Não ( ) Ensino fundamental: ( 1º a 4º Série) completo ( ) incompleto ( ) Ensino fundamental: (5ºa 8° Série) completo ( ) incompleto ( ) Ensino médio : (1° a 3° Série) completo ( ) incompleto ( ) Ensino superior: completo ( ) incompleto ( ) inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3) Moradia Casa ( ) Apartamento ( ) Tem escadas: ( ) Sim ( ) Não Escadas tem corrimão: ( ) Sim ( ) Não Corrimão em ambos os lados: ( ) Sim ( ) Não Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
3.1) Dispõe de um banco firme para alcançar lugares altos: ( ) Sim ( ) Não Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
4 ) Patologias 4.1 ) Possui algum tipo de patologia ? ( ) Sim ( ) Não ( ) Hipertensão arterial sistêmica ( ) Diabetes ( ) Cardiopatias, __________________________________________________________ ( )Pneumopatias ( )Asma ( ) Bronquite ( ) Enfisema ( ) Ortopédicas ( )Artrose ( ) Artrite ( ) Osteoporose ( )Reumatológica ( ) Fibromialgia
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( ) Neurológicas ( ) AVC_______________________________________________ ( ) Outra (s)______________________________________________________________ Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
5 ) Possui problema de audição: ( ) Sim ( ) Não Qual:_____________________________________________________________________ ( ) Surdez ( ) zumbidos ( ) Outros Usa aparelho: ( ) Sim ( ) Não Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
6) Possui problema de visão: ( ) Sim ( ) Não ( ) Miopia ( ) Estrabismo ( ) Astigmatismo ( ) Outro(s):________________ Usa óculos: ( ) Sim ( ) Não Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
7) Sistema musculoesquelético Utiliza algum acessório para auxiliar na marcha: ( ) Sim ( ) Não Qual: ( ) Andador ( ) Muletas ( ) Bengalas ( ) Próteses de MMII ( ) Caminha com ajuda de outra pessoa ( ) Ausência de um membro ( ) Outro (s):_____________________________________________________________ Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
8) Medicamentos 8.1 ) Faz uso de medicamentos: ( ) Sim ( ) Não Qual (is):__________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
9 ) Prática de exercícios Realiza algum tipo de exercício físico? ( ) sim ( ) não Qual:_____________________________________________________________________
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Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
9.1 ) Com que freqüência: ( ) 1 vez por semana ( ) 4 vezes por semana ( ) 6 vezes por semana ( ) 2 vezes por semana ( ) 5 vezes por semana ( ) 7 vezes por semana ( ) 3 vezes por semana Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
9.2 ) Durante quanto tempo: ( ) 30 minutos ( ) menos de 30 minutos ( ) mais de 30 minutos ( ) acima de 60 minutos Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
9.3 ) Intensidade: ( ) Leve ( )Moderada ( ) Intenso Leve: consegue falar após o exercício ( ) Sim ( ) Não Moderado: fala mas sente-se cansado ( ) Sim ( )Não Intenso: não consegue falar ( )Sim ( ) Não Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10) Quedas Teve algum episódio de quedas ? ( ) Sim ( ) Não Como:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________
QUANDO:________________________________________________________________
Local da queda:____________________________________________________________ Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10.1 ) Quais os sintomas identificados antes da queda: ( ) tonturas ( ) náuseas ( ) taquicardia ( ) debilidade de um lado do corpo ( ) dificuldade na fala / ou fala atrapalhada ( ) debilidade repentina de ambas as pernas ( ) Outro (s):_____________________________________________________________
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Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10.2) Tem medo de cair? ( ) sim ( ) não Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
10.3 ) Você já recebeu alguma informação de como evitar a queda? ( ) sim ( ) não Inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
11) Mecanismo de queda: ( ) Tropeçou ( ) Escorregou ( ) Parada rápida ( ) giro da cabeça ( ) levantou da cadeira rapidamente ( ) outro (s):______________________________________________________________ Na sua opinião, a prática de exercício físico regular contribui para a diminuição das quedas?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ inválido pouco válido válido 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
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Entrevista 1) Dados de identificação Nome:____________________________________________________________________ Idade: __________ Data de nascimento: ______/_____/_____ Sexo M ( ) F ( ) Estado Civil: ( ) Solteiro ( ) Casado ( )Viuvo ( )Divorciado ( ) outros Aposentado: Sim ( ) Não ( ) Há quanto tempo:____________________ Profissão anterior:_________________________________________________________ Ocupação atual:___________________________________________________________ 2) Escolaridade Alfabetizado: Sim ( ) Não ( ) Ensino fundamental: ( 1º a 4º Série) completo ( ) incompleto ( ) Ensino fundamental: (5ºa 8° Série) completo ( ) incompleto ( ) Ensino médio : (1° a 3° Série) completo ( ) incompleto ( ) Ensino superior: completo ( ) incompleto ( ) Pós-graduado ( ) Especialista ( ) ( )Mestre Doutor ( ) 3) Moradia Casa ( ) Apartamento ( ) Tem escadas: ( ) Sim ( ) Não Dentro e fora de casa: Escadas tem corrimão: ( ) Sim ( ) Não Corrimão em ambos os lados: ( ) Sim ( ) Não 3.1) Dispõe de uma estrutura firme para alcançar lugares altos: ( ) Sim ( ) Não Necessita flexionar os joelhos para alcançar lugares baixos: ( ) sim ( )Não 4 ) Patologias 4.1 ) Possui algum tipo de doença: ( ) Sim ( ) Não ( ) Hipertensão arterial sistêmica ( ) Diabetes ( ) Cardiopatias,__________________________________________________________ ( )Pneumopatias ( ) Asma ( ) Bronquite ( )Enfisema ( ) Ortopédicas ( ) Artrose ( ) Artrite Reumatoide ( ) Osteoporose ( )Reumatológica ( ) Fibromialgia ( ) Neurológica ( ) AVC ( ) Parkinson ( ) Vasculares ( ) Ùlceras ( ) Flebite ( ) Varizes ( ) Outra (s)_____________________________________________________________ 5)Possui problema de audição: ( ) Sim ( ) Não Qual:_____________________________________________________________________ ( ) Surdez ( ) zumbidos ( ) Outros Usa aparelho: ( ) Sim ( ) Não 6) Possui problema de visão: ( ) Sim ( ) Não ( ) Miopia ( ) Estrabismo ( )Astigmatismo Usa lentes corretivas ( óculos): ( ) Sim ( ) Não
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7) Sistema musculoesquelético Utiliza algum acessório auxiliar para caminhar : ( ) Sim ( ) Não Qual: ( ) Andador ( ) Muletas ( ) Bengalas ( ) Caminha com ajuda de outra pessoa ( ) Outro(s):______________________________________________________________ 8) Medicamentos 8.1 ) Faz uso de medicamentos: ( ) Sim ( ) Não Qual(is):___________________________________________________________________________________________________________________________________________ ( ) Alopáticos ( ) Homeopáticos ( )Fitoterápicos Toma o(s ) medicamento(s) no horário previsto: ( ) sim ( ) Não Se a resposta for negativa, por que não?_________________________________________ 9) Prática de exercícios Realiza algum tipo de exercício físico ? ( ) Sim ( ) Não Qual:_____________________________________________________________________ 9.1 ) Com que freqüência: ( ) 1 vez por semana ( ) 4 vezes por semana ( ) 6 vezes por semana ( ) 2 vezes por semana ( ) 5 vezes por semana ( ) 7 vezes por semana ( ) 3 vezes por semana 9.2 ) Durante quanto tempo: ( ) 30 minutos ( ) menos de 30 minutos ( ) mais de 30 minutos ( ) acima de 60 minutos 9.3 ) Intensidade: ( ) Leve ( ) Moderada ( ) Intenso Leve: Consegue falar após o exercício ( ) Sim ( ) Não Moderada: fala, mas sente-se cansado ( ) Sim ( ) Não Intenso: Não consegue falar após o exercício ( ) Sim ( ) Não 10) Quedas Teve algum episódio de quedas ? ( ) Sim ( ) Não Como:_____________________________________________________________________________________________________________________________________________ Quando:__________________________________________________________________ Local da queda:____________________________________________________________ 10.1 ) Quais os sintoma identificados antes da queda: ( ) tonturas ( ) náuseas ( ) taquicardia ( ) debilidade de um lado do corpo ( ) dificuldade na fala / ou fala atrapalhada ( ) debilidade repentina de andas as pernas ( ) Outro (s):_____________________________________________________________ 10.2) Tem medo de cair? ( ) sim ( ) não 10.3 ) Você já recebeu alguma informação de como evitar a queda? ( ) sim ( ) não
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11) Mecanismo de queda: ( ) Tropeçou ( ) Escorregou ( ) Parada rápida ( ) giro da cabeça ( ) levantou da cadeira rapidamente ( ) outro (s)______________________________________________________________ Na sua opinião, a prática de exercício físico regular contribui para a diminuição das quedas?_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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Tubarão _____/____/____.
Ao Ilmo Sr(a).________________________________________________________
Eu, Ivonete da Silva, acadêmica do 8° semestre do curso de fisioterapia, da
Universidade do Sul de Santa Catarina- UNISUL, estou desenvolvendo o “trabalho de
conclusão de curso” (TCC), orientado pela professora Rita de Cassia Clark Teodoroski, venho
por meio desta solicitar a análise para a validação do conteúdo deste instrumento, utilizado
para coleta de dados desta pesquisa.
O estudo referente ao tema é “Prevalência de quedas em indivíduos com idade
superior a 60 anos”, tem como objetivo geral: avaliar a prevalência de quedas relacionados
com fatores extrínsecos e intrínsecos em indivíduos com idade superior a 60 anos através de
uma entrevista.
Desde já agradeço sua colaboração. Atenciosamente.
________________________________________________ Acadêmica: Ivonete Da Silva
_________________________________________________ Profº Rita de Cássia Clark Teodoroski