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    AVM - FACULDADE INTEGRADA

    PROGRAMA DE PS-GRADUAO

    EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS - PMI

    CLUDIO DA SILVA MAGALHES

    DOMTICA NO BRASIL

    AUTOMAO PREDIAL E RESIDENCIAL

    Fortaleza - Cear

    2014

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    CLUDIO DA SILVA MAGALHES

    DOMTICA NO BRASIL

    AUTOMAO PREDIAL E RESIDENCIAL

    Projeto de pesquisa apresentado

    na disciplina de Metodologia do Estudo

    Cientfico - Programa de Ps-

    graduao em Gerenciamento de

    Projetos - PMI da AVM - Faculdade

    Integrada, sob a orientao da

    Professora Ludmilla Flres Meneses

    Lima.

    Fortaleza - Cear

    2014

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    RESUMO

    Mesmo com o avano das tecnologias da informao a domtica est sendo

    integrada aos projetos de arquitetura de reforma e construo civil em pequena

    escala no Brasil.

    Hoje se observa um grande interesse e curiosidade pela automao predial e

    residencial, porem claramente uma exceo e no regra a aplicao dessa

    tecnologia em boa parte dos projetos de arquitetura em execuo e sobre a planta

    instalada habitacional do Brasil.

    O objetivo desse trabalho apresentar, atravs de pesquisa bibliogrfica, as

    vantagens da automao predial e residencial integrada aos projetos de arquitetura

    de reforma e construo civil, como ramo emergente no cenrio brasileiro com o

    intuito de simplificar a vida diria das pessoas, satisfazendo as suas necessidades

    de comunicao, conforto, segurana e eficincia energtica.

    Palavras-chaves:Automao predial e residencial; domtica; integrao detecnologias; segurana; economia; praticidade; conforto.

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    ABSTRACT

    Even with the advancement of information technology is being integrateddomotic the architecture projects of renovation and civil construction on a small scale

    in Brazil.

    Today there is a great interest and curiosity for building and home automation,

    however is clearly an exception and not the rule applying this technology in many of

    the architecture projects in implementation and on plant installed housing in Brazil.

    The objective of this work is to present, through a literature review, the

    advantages of building and home automation integrated into architecture projects of

    reform and civil construction, as an emerging industry in the Brazilian scenario in

    order to simplify the daily lives of people, meeting their communication needs,

    comfort, safety and energy efficiency.

    Keywords: building and home automation, domotic, integration of

    technologies, security, economy, practicality, comfort.

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    2.5.1.2.4. TRANSMISSO POR INFRA-VERMELHO.................... 27

    2.5.1.2.5. TRANSMISSO POR RADIOFREQUNCIA................. 27

    2.5.1.3.

    PROTOCOLO DE COMUNICAO..................................... 27

    2.5.1.3.1. PROTOCOLOS NORMALIZADOS OU ABERTOS........ 27

    2.5.1.3.2. PROTOCOLOS PROPRIETRIOS OU ESPECFICOS. 28

    2.6. APLICAO DA DOMTICA........................................................... 28

    2.6.1. SISTEMAS DE SEGURANA..................................................... 29

    2.6.2. ENTRETENIMENTO.................................................................... 29

    2.6.3. ILUMINAO............................................................................... 30

    2.6.4. HOME-OFFICE............................................................................. 30

    2.6.5. CLIMATIZAO.......................................................................... 31

    2.6.6. PORTAS E CORTINAS................................................................ 31

    2.6.7. UTILIDADES................................................................................ 32

    2.7. BENEFCIOS DA DOMTICA........................................................... 32

    2.7.1. ECONOMIA DE ENERGIA........................................................... 33

    2.7.2. CONVENINCIA.......................................................................... 34

    2.7.3. SEGURANA............................................................................... 34

    2.7.4. ECONOMIA DE TEMPO E ESFORO........................................ 35

    2.7.5. CONFORTO................................................................................. 35

    2.7.6.

    ACESSIBILIDADE....................................................................... 35

    2.7.7. FACILIDADE DE COMUNICAO............................................. 36

    2.7.8. MONITORAMENTO DE VAZAMENTOS..................................... 37

    2.7.9. FACILIDADES E COMPENSAES DE USO............................ 37

    2.8. INFRAESTRUTURA.......................................................................... 37

    2.9. RELAO CUSTO X BENEFCIO.................................................... 39

    2.10. TENDNCIAS................................................................................. 40

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    3. METODOLOGIA....................................................................................... 42

    4. ANLISE DOS RESULTADOS................................................................ 43

    5.

    CONCLUSO........................................................................................... 44

    6. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS........................................................ 45

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    1. INTRODUO

    Observa-se nos dias de hoje que diversos fatores afetam os projetos de

    arquitetura de reforma e construo civil, tais como, novos materiais, novas

    tcnicas construtivas, competitividade gerada pela globalizao, popularizao

    das tecnologias de comunicao e informatizao, assim como as mudanas no

    estilo de vida das pessoas. Nesse setor percebe-se a disseminao da

    automao predial e residencial ou domtica.

    Com a transformao dos hbitos populacionais, observam-se mudanas

    no estilo de vida e consequentemente alteraes em relao s prioridades na

    concepo da residncia ideal. evidente a necessidade das residncias serem

    adaptadas s estas novas necessidades dos usurios finais e estar preparada

    para receber as inovaes tecnolgicas futuras. As residncias vm incorporando

    novas tecnologias que visam aumentar o conforto, a segurana, a economia de

    energia, facilitando a manuteno e ao mesmo tempo valorizar o imvel.

    A automao predial e residencial ou domtica no muito difundida no

    Brasil, devido ao alto custo para maioria da populao, contudo as perspectivas

    so que o desenvolvimento do ramo permita nos prximos anos, adaptar osprojetos e as tecnologias de acordo com as necessidades e o poder aquisitivo

    das pessoas.

    O mercado de automao predial e residencial um dos que mais cresce

    atualmente no mundo, entretanto, pelo fato de ser algo muito recente, ainda

    teremos muitas descobertas e solues.

    Os sistemas de automao predial e residencial desenvolvidos atualmente

    priorizam o conforto e a segurana de uma maneira simples e amigvel para o

    usurio final, porm com as exigncias do mercado emergente, esto sendo

    capazes de interagir com outras tecnologias.

    O objetivo da automao predial e residencial a integrao de tecnologias

    atravs de um projeto nico que envolva infraestrutura, dispositivos

    eletroeletrnicos e software de controle, bem como a verificao remota do

    estado destes elementos.

    A meta de um projeto de automao predial e residencial garantir ao usurio

    final a possibilidade de controle e de acesso aos equipamentos instalados em

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    sua residncia, de dentro ou de fora da mesma, sendo uma das principais

    preocupaes dos projetistas e instaladores de sistemas de automao predial e

    residencial a integrao destes elementos.

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    1.1. OBJETIVO GERAL

    Orientar sobre as tecnologias existentes no mercado, para a

    implantao de sistemas de automao predial e residencial nos projetos de

    arquitetura de reforma e construo civil.

    1.2. OBJETIVOS ESPECFICOS

    Mostrar a importncia de um bom projeto de sistema de automao

    predial e residencial integrado ao projeto de arquitetura de reforma e

    construo civil;

    Mostrar as vantagens de utilizao da automao predial e residencial

    para alavancar principalmente comodidade e segurana, bem como agregar

    valor ao imvel;

    Levantar os diversos segmentos e aplicaes passveis de automao,

    bem como seu custo/benefcio;

    Apontar atravs de citaes alguns dos diversos equipamentos j

    disponveis para utilizao na automao predial e residencial.

    1.3. JUSTIFICATIVA

    Esse trabalho visa mostrar a importncia da implementao de todo o

    suporte, estrutura e know-hownecessrios na concepo para a elaborao

    do projeto de um sistema de automao predial e residencial at a

    construo do imvel ou sua reforma, buscando reduzir as possibilidades de

    consertos, quebras de paredes, remoo e recolocao de partes do imvel

    e dos mveis envolvidos.

    Em busca por conforto, segurana e agilidade auxiliados pela

    automao e informatizao, precisamos conhecer todas as possveis

    potencialidades de utilizao nas residncias bem como elencar as

    tecnologias disponveis para que possamos aplic-la bem. Portanto, o intuito

    deste trabalho justamente o de mostrar o que podemos fazer para melhorar

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    a nossa vida no dia-a-dia e o que temos disponvel tecnologicamente para

    assegurar estas proposies.

    1.4. REVISO DA LITERATURA

    O mercado de automao predial e residencial no mundo vem

    atravessando um momento de agitao devido ao crescimento fsico do

    mercado, a maior divulgao do tema e o aumento da concorrncia.

    No Brasil a situao menos eufrica, pois ainda a automao predial

    e residencial est defasada, se comparada aos pases europeus, que esto

    bastante focados no uso desta tecnologia, e um dos maiores problemas disto

    deve-se tambm ao alto custo de um sistema para domtica, pois no Brasil, a

    renda baixa da maior parte da populao no permite adquirir este tipo de

    sistema, restringindo sua utilizao a uma minoria de maior poder aquisitivo.

    No Brasil, segundo a AURESIDE (2011), estima-se um potencial de 2

    milhes de residncias apenas para o estado de So Paulo e faturamento de

    US$ 100 milhes em 2008. Mesmo assim, a maior importncia dada pelosprofissionais da rea existente no pas atualmente, refere-se apenas

    divulgao e a comercializao de produtos importados prontos, que

    apresentam uma tecnologia fechada e so de pouca flexibilidade. Tambm

    se destaca nesta rea a quase inexistncia de qualquer preocupao, apoio,

    suporte, estudo ou mesmo desenvolvimento de protocolos desta natureza

    aqui no Brasil.

    Segundo Muratori (2009) muitos dos profissionais envolvidos com aatividade de divulgar, implantar e integrar as novas tecnologias ainda esto

    despreparados, pois julgam que os consumidores finais no esto prontos

    para receber as novidades, e acabam por muitas vezes tendo seus projetos

    inutilizados, esquecem que as pessoas tem dificuldades em aceitar o que

    seja desconhecido, que natural.

    De acordo com Bolzani (2004) o grande obstculo o custo dos

    sistemas de automao, que est diretamente ligado ao pequeno volume devendas, e que com o apoio dos profissionais da rea de arquitetura,

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    engenharia e decorao de interiores a grandes possibilidades de darem um

    impulso significativo na Domtica.

    1.5. METODOLOGIA

    Para o desenvolvimento desse trabalho foram realizados os seguintes

    passos:

    Levantamento Bibliogrfico: Pesquisa do que j foi publicado sobre o

    assunto em livros e internet.

    Seleo do Material Bibliogrfico: Aps leitura do material

    bibliogrfico, foi feita uma seleo do que seria utilizado para realizao do

    trabalho.

    1.6. DESCRIO DOS CAPTULOS

    O captulo 1 apresenta a introduo, os objetivo geral e especfico,

    justificativa, reviso literria e metodologia.

    O captulo 2 apresenta o histrico, conceitos bsicos, aplicaes

    caractersticas, benefcios e tendncias da automao predial e residncia.

    O captulo 3 apresenta a metodologia utilizada para obter os dados

    para pesquisa.

    O captulo 4 apresenta a anlise dos resultados considerando a

    metodologia utilizada, seguindo uma linha cronolgica.

    O captulo 5 apresenta as concluses baseadas na pesquisa realizada

    a trabalhos acadmicos, textos livres e a literria da rea de automao.

    O captulo 6 apresenta as referncias bibliogrficas utilizadas para

    darem suporte pesquisa.

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    2. REFERENCIAL TERICO

    2.1. HISTRICO DA AUTOMAO NO BRASIL

    No Brasil, a automao predial e residencial ainda muito nova,traduzindo-se em um processo ainda emergente, apesar de envolver

    incorporadores, construtores, arquitetos e projetistas que oferecem vrias

    opes para sistemas integrados em residncias.

    No final da dcada de 70 houve as primeiras incurses nestas

    tecnologias, onde foi mais forte nos Estados Unidos, quando surgiram os

    primeiro mdulos inteligentes que usavam a rede eltrica como meio fsico

    para a transmisso de dados. Esse sistema era chamado de PLC (PowerLine Carrier) e sua tecnologia no permitia o comando integrado de vrios

    sistemas e sim de sistemas independentes.

    Na dcada de 80, com o desenvolvimento da informtica com

    interfaces amigveis e operaes extremamente fceis, novas possibilidades

    de automao surgiram no mercado. Outro agente incentivador de mudanas

    tambm passou a vigorar com a introduo de um novo conceito relacionado

    forma de se projetar e construir atravs dos edifcios de alta tecnologia(MONTEIRO, 2002).

    No final da dcada de 90 houve uma vasta gama de novidades para o

    mercado de automao predial e residencial. Algumas conquistas

    tecnolgicas incorporadas ao dia-a-dia, como telefone celular, a

    disseminao dos computadores e o surgimento da internet e outras

    tecnologias, despertou no consumidor o gosto pelas facilidades que

    representam, havendo a necessidade de criar novos sistemas para uso

    integrado e que iniciariam o caminho para a tecnologia de uso residencial em

    grande escala (MATTAR, 2007).

    A abrangncia do conceito de automao predial e residencial vem

    ganhando novas aplicaes desde quando comearam a entrar em operao

    os primeiros edifcios dotados de recursos tecnolgicos que exerciam

    funes de gerenciamento de determinados setores como: iluminao,

    controle de acesso, recursos de veiculao de imagens e outros (MATTAR

    FILLHO e SODERI, 1994).

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    Nas economias mais desenvolvidas, a automao predial e residencial

    evoluiu de maneira positiva, fazendo com que crescesse sua demanda,

    formando novos tcnicos especializados e reduzindo custo de instalao.

    2.2. PANORAMA DA CONSTRUO CIVIL

    Os consumidores que esto em busca da primeira casa j pensam em

    automatizar suas residncias, levando em conta o uso de equipamentos

    sustentveis, onde os recursos naturais esto cada vez mais presentes e o

    monitoramento distncia j no mais um fator desprezvel nos projetos.

    A indstria de construo civil est comeando a adequar seus projetos

    residenciais visando criar uma infraestrutura para automao residencial.

    So constatadas consultas cada vez mais frequentes de incorporadores

    imobilirios que desejam adotar solues de tecnologia e sistemas em seus

    novos empreendimentos como: cabeamento estruturado para dados, voz e

    imagem, sistemas de segurana, udio e vdeo, controle de iluminao,

    cortinas e venezianas automticas, utilidades como aspirao central,

    irrigao, piso aquecido e outras, o que aponta para um crescimentoexponencial da oferta de novos imveis preparados para receber automao.

    Pois, mais do que tecnologia por si s, a automao residencial, procura

    atender os aspectos tecnolgicos que possam trazer mais conforto,

    economia e segurana ao usurio.

    Embora este seja um panorama otimista para o Brasil, preciso atentar

    para algumas condies que podem dificultar o ritmo deste esperado

    crescimento. Entre as principais condies, esto:

    Falta de conhecimento especfico dos projetistas: percebe-se um

    crescente interesse de arquitetos e projetistas pelo tema, no entanto

    muitos ainda se mostram inaccessvel s novidades e nem sempre

    contribuem positivamente no processo de melhoria dos projetos de

    infraestrutura;

    Ausncia da cultura da automao residencial entre os usurios finais,

    o que prejudica a percepo dos seus reais benefcios.

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    Para afastar estas incertezas e reforar os aspectos positivos da

    automao residencial, empresas brasileiras e profissionais tm se

    empenhado num trabalho de esclarecimento, divulgao e inovao,

    trazendo benefcios para este emergente mercado.

    A seguir, a tabela 1 mostra a evoluo na adoo de algumas

    tecnologias mais consolidadas para casas inteligentes (em porcentagem nos

    imveis residenciais novos):

    Tabela 1 - Evoluo na Adoo de Algumas Tecnologias

    Tecnologia 2003 2004 2005 2006 2015 (*)

    Cabeamento estruturado 42% 61% 49% 53% 80%

    Monitoramento de Segurana 18% 28% 29% 32% 81%

    Multiroom Audio 9% 12% 15% 16% 86%

    Home Theater 9% 8% 11% 12% 86%

    Contole de iluminao 1% 2% 6% 8% 75%

    Automao Integrada 0% 2% 6% 6% 70%

    Gerenciamento de energia 1% 5% 11% 11% 62%Fonte: MURATORI, DAL B, 2011. (*) Previso

    A previso que o uso de sistemas de automao residencial triplique

    nos prximos dois anos. Essa estatstica foi embasada considerando o

    crescimento na utilizao de solues em segurana residencial,

    gerenciamento de energia, cuidados domsticos com a sade e aumento do

    uso de mdia centers.

    Apesar do usurio final, sentir a necessidade de automatizar sua

    residncia, a construo civil no acompanhou a ponto de absorver a

    demanda. Hoje um automvel possui muito mais tecnologia embarcada que

    uma residncia, embora estas ltimas tenham preos muito maiores.

    Atravs desse comparativo, observa-se a diferena entre as empresas

    automobilsticas que investem em tecnologias e as empresas do segmento

    da construo civil que ainda caminham lentamente em relao adeso de

    novas tecnologias.

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    Os indicadores industriais mostram que a indstria da construo civil

    tem sido uma das mais lentas no ato de incorporar novas tecnologias, seja

    pelo seu tempo prprio de operao (empreendimentos podem levar anos

    para serem projetados, construdos e entregues aos seus usurios), seja

    pela viso conservadora de seus lideres e consequente dificuldade em

    vencer paradigmas (comerciais, tcnicos e mercadolgicos).

    2.3. CONCEITOS BSICOS DE AUTMAO

    Conforme Nunes (2006, p.12), o conceito de edifcio inteligente

    apareceu na dcada de 80, associado ao setor de servios. A principalmotivao era de realizar economias na gesto de energia e de fornecer

    novas facilidades aos seus utilizadores, principalmente nas reas de conforto,

    segurana e comunicao. Logo se constatou que havia lugar para aplicao

    dessas mesmas ideias habitao, ento surgiu o conceito de domtica que

    no se aplica apenas s habitaes individuais, estendendo-se naturalmente

    aos edifcios e condomnios residenciais.

    2.3.1. AUTOMAO PREDIAL BUILDING AUTOMATION

    Num conceito amplo para automao predial tem-se a

    integrao de sistemas e servios com o objetivo de extrair novas

    potencialidades resultantes das suas interaes e que desempenham

    um papel primordial na evoluo tecnolgica. Em 1986 foi criado no

    Estados Unidos o Intelligent Building Institute (IBI), com o objetivo de

    promover e apoiar todos os aspectos relacionados com os edifcios

    inteligentes. Surgiu ento a designao de Edifcio Inteligente e que

    possui hoje uma aceitao generalizada a nvel internacional (NUNES

    e SERRO, 2006).

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    De acordo com IBI apud Nunes e Serro (2006, p.3),

    Um edifcio inteligente aquele que oferece um ambiente produtivo eque economicamente racional, atravs da optimizao de quatro

    elementos bsicos: estrutura, sistemas, servios e gesto e das inter-

    relaes entre eles. Os edifcios inteligentes ajudam seus

    proprietrios, gestores e ocupantes a atingir seus objetivos sob as

    perspectivas do custo, conforto, adequao, segurana, flexibilidade

    ao longo prazo e valor comercial.

    Observam-se alguns aspectos importantes que caracterizam os

    edifcios inteligentes como (MONTEIRO, 2002; NUNES, 2006):

    Realizao de controle e gerenciamento por meio de um ou vrios

    computadores interligados;

    Interao dos vrios servios oferecidos atravs de redes de

    comunicao;

    Disponibilidade de servios oferecidos pelas novas tecnologias de

    informao;

    Incorporao de recursos com o objetivo de proporcionar segurana

    em todos os nveis, eficcia, economia de energia e comodidade aos

    seus moradores.

    Tem-se ento a introduo de um novo conceito relacionado

    forma de se projetar e construir edifcios de alta tecnologia, conferindo

    tambm ao empreendimento maior vida til.

    [...] pode-se afirmar que um edifcio inteligente aquele que foi concebido e

    construdo de forma a oferecer uma grande flexibilidade de utilizao,

    dispondo da capacidade de evoluir, de se adaptar as necessidades das

    organizaes e de oferecer, em cada momento, o suporte mais adequado a

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    sua atividade. Por outro lado, deve possuir sistemas de automao, de

    computao e de comunicao que possibilitem, de modo integrado e

    coerente, gerir de forma eficaz os recursos disponveis no edifcio,

    potenciando aumentos de produtividade, permitindo poupanas energticas

    e oferecendo elevados graus de conforto e de segurana aos indivduos que

    neles trabalham (NUNES e SERRO, 2006, p.3).

    Para Neves (2002, p.36),

    Os edifcios inteligentes [...], so observados como suporte de servios

    altamente tecnolgicos, que estabelecem contato entre o mundo virtual doscontroles automatizados e os cidados, e tambm indutores de

    modificaes da vida cotidiana, o que produz reflexos no espao fsico da

    cidade.

    A automao predial est baseada no conceito de integrao de

    sistemas eletroeletrnicos e eletromecnicos aumentando consideravelmente

    os benefcios se comparados com os isolados de eficincia limitada. A

    automao de hotis, shopping centersou escritrios adota como premissa a

    existncia do usurio padro. Isso facilita e direciona o planejamento das

    instalaes e equipamentos a fim de acomodar a maioria dos usurios.

    Servios especializados podem ser previstos, mas poder haver acrscimo

    no oramento total. Outro fator que, em edifcios comerciais de grande

    porte torna-se difcil perceber o sistema adotado, isto , a automao no

    transparente ao usurio justamente por ser orientada ao publico mediano

    (BOLZANI, 2004).

    Automao predial descreve a funcionalidade fornecida pelo sistema

    de um edifcio de controle. Um sistema de automatizao de edifcios (BAS -

    building automation system) um exemplo de um sistema de controle

    distribudo. O sistema de controle uma rede informatizada, inteligente de

    dispositivos eletrnicos, projetado para monitorar e controlar os sistemas

    mecnicos e de iluminao em um edifcio.

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    Tecnologia da informao e as telecomunicaes so o principal

    veculo para atingir este objetivo, permitindo a integrao de recursos em um

    edifcio. As reas a serem consideradas na elaborao de um edifcio

    inteligente so:

    Automao de equipamentos;

    Processamento de informaes;

    Comunicaes.

    Graas automao predial pode ser alcanado:

    Controle da iluminao otimizado;

    Controle do consumo de energia otimizado;

    Controle de HVAC (heating, ventilating and air conditioning -

    aquecimento, ventilao e ar condicionado) otimizado;

    Segurana do edifcio.

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    2.3.2. AUTOMAO RESDENCIAL HOME AUTOMATION

    o conjunto de servios proporcionados por sistemas tecnolgicos

    integrados onde podemos satisfazer as necessidades bsicas de segurana,

    comunicao, gesto energtica e conforto de uma habitao.

    O termo domtica largamente empregado na Europa, pois mais

    abrangente, resulta da juno da palavra Domus (casa) e Telemtica

    (eletrnica + informtica). So estes dois ltimos elementos que quando

    utilizados em conjunto, rentabilizam o sistema, simplificando a vida diria das

    pessoas. No Brasil, optou-se pela traduo literal de home automation,

    denominao americana mais restrita, uma vez que o termo automao no

    engloba, por exemplo, sistemas de comunicao ou sonorizao.

    Domtica a automatizao e o controle aplicados residncia.

    Esta automatizao e controle se realizam mediante o uso de

    equipamentos que dispem de capacidade para se comunicar

    interativamente entre eles e com capacidade de seguir as instrues

    de um programa previamente estabelecido pelo usurio da

    residncia e com possibilidades de alteraes conforme seus

    interesses. Em consequncia, a domtica permite maior qualidade de

    vida, reduz o trabalho domstico, aumenta o bem-estar e a

    segurana, racionaliza o consumo de energia e, alm disso, sua

    evoluo permite oferecer continuamente novas aplicaes.

    (MURATORI e DAL B, p. 70).

    O principal fator que define uma automao residencial a integrao

    entre os sistemas aliada capacidade de executar funes e comandos

    atravs de instrues programveis. A integrao dever abranger todos os

    sistemas tecnolgicos da residncia, tais como:

    Instalao eltrica, que compreende: iluminao, persianas e cortinas,

    gesto de energia e outros;

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    Sistema de segurana: alarmes de intruso, alarmes tcnicos (fumaa,

    vazamento de gs, inundao), circuito fechado de TV, monitoramento,

    controle de acesso;

    Sistemas multimdia: udio e vdeo, som ambiente, jogos eletrnicos,

    alm de vdeos, imagens e sons sob demanda;

    Sistemas de comunicaes: telefonia e interfonia, redes domsticas,

    TV por assinatura;

    Utilidades: irrigao, aspirao central, HVAC (heating, ventilating and

    air conditioning- aquecimento, ventilao e ar condicionado), bombas,

    eletrodomsticos e outros.

    O conceito de automao predial e residencial so os mesmos, o que

    diverge que os sistemas prediais oferecem robustez maior.

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    2.3.3. DIFERENAS IMPORTANTES ENTRE OS CONCEITOS

    Nunes (2006, p.12) mencionou que existem algumas diferenas

    importantes entre os conceitos:

    Na automao predial no nota-se o processo de automao por

    trs do funcionamento dos diversos sistemas automatizados por serem

    feitos para usurios padro. J na automao residencial muito

    diferente, o usurio interfere no sistema todo o tempo, deste modo tudo

    deve ser orientado a ele, dando nfase ao utilizador individual e no seu

    conforto. conveniente recordar que na habitao o gestor do sistema

    o prprio utilizador;

    Na automao residencial as funcionalidades so mais simples e

    com um mbito mais restrito e especifico de acordo com as

    necessidades do morador, por exemplo, em termos de iluminao

    poder fazer sentido prever cenrios de utilizao (combinao de

    luzes para uma situao) como para repouso, leitura e outros.

    Enquanto que na automao predial essas questes so generalizadas

    com intuito de atender a maioria dos usurios padro;Na habitao existe a necessidade e convenincia de algumas

    funes que no fazem grande sentido num edifcio do setor de

    servios e vice-versa.

    De acordo com a AURESIDE (2011), verifica-se que existem

    caractersticas em comum a ambas as reas de automao e que

    podem ser consideradas em qualquer avaliao como:

    Relao custo/beneficio;

    Confiabilidade;

    Interatividade;

    Atualizao tecnolgica

    Conforto e convenincia.

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    Podem-se destacar algumas particularidades dos sistemas de

    automao predial e residencial e assim evidenciar s diferentes

    caractersticas das reas de automao.

    A seguir, a tabela 2 apresenta algumas dessas particularidades

    entre automao predial e residencial:

    Tabela 2 Particularidades Entre Automao Predial e Residencial

    Caracterstica Automao Predial Automao Residencial

    Projeto

    Padronizado,desenvolvido a partir deestimativas de utilizaopadro dos recursos,deve valer para todos osusurios.

    Depende do estilo devida e preferncias dequem vai residir no local;

    solues pessoais edirigidas.

    Infraestrutura

    Criada desde o projeto,prevista no oramentoinicial da obra eincorporada durante aconstruo.

    Projeto deixa a desejar;as solues sodesenvolvidas nodecorrer da obra, quandono seu final;compromete o oramentofinal e prejudica oaproveitamento dosrecursos.

    Usabilidade / Operao Complexa Simples

    Superviso / Gerenciamento Building manager Habitante

    Concorrncia Alta Baixa

    Margens Menores Maiores

    Tecnologia Disponvel e testada Novidades

    Marketing Padronizado Personalizado

    Fornecedores Grande porte Todos os portes

    Integradores Grande porte Pequeno porteInvestimento Alto Baixo

    Venda Corporativa Pessoal

    Comitente Empresa Habitante

    Usurio Usurios/visitantes Habitante

    Porte Edifcio Habitao

    Gesto Espao Dinmica Esttica

    Motivao

    Segurana Conforto

    Economia energtica SeguranaAutomao Status symbol

    Controle de acesso Entretenimento

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    2.4. INTEGRADOR DE SISTEMAS RESIDENCIAIS

    Hoje no Brasil temos uma alta demanda pelo integrador de

    residncias, poisessas tecnologias ainda no possuem o conceito plug-and-

    play. Necessitamos de pessoas qualificadas e treinadas para projetar,

    construir, instalar e programar tais equipamentos. Em outros pases, essa

    situao diferente, pois existem profissionais com equipes especializadas

    em cada parte do projeto, fazendo com que os resultados apaream de forma

    mais rpida.

    O integrador tem como objetivos as seguintes responsabilidades:

    Elaborar o projeto conforme a necessidade do cliente;

    Acompanhar a obra, certificando-se que no h desvios do projeto;

    Especificar os materiais;

    Fornecer os equipamentos ou contratar terceiros responsveis por

    tal;

    Programar e realizar os testes;

    Garantir o perfeito funcionamento do sistema integrado.

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    2.5. CARACTERSTICAS DE UM SISTEMA DE DOMTICA

    2.5.1. TRS CONCEITOS TCNICOS

    Tipo de arquitetura;

    Meios de transmisso;

    Protocolo de comunicao.

    2.5.1.1. TIPO DE ARQUITETURA

    Especifica o modo como os diferentes elementos de

    controle do sistema se interligam.

    2.5.1.1.1. ARQUITETURA CENTRALIZADA

    caracterizada por possuir um elemento central,

    pelo qual passa toda a informao.

    Este tipo de arquitetura normalmente mais

    econmico, pois retira a capacidade de processamento

    dos diversos dispositivos e centraliza tudo num nico

    dispositivo.

    2.5.1.1.2. ARQUITETURA DESCENTRALIZADA

    No necessita de nenhum elemento central, sendo

    desta forma muito mais flexvel e imune a falhas, j que afalha de um dos elementos apenas compromete o

    funcionamento desse mesmo elemento.

    esta arquitetura adoptada pelos principais

    protocolos de domtica disponveis, nomeadamente o X-

    10 e KNX.

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    2.5.1.1.3. ARQUITETURA HBRIDA

    A arquitetura hbrida combina as topologias

    centralizada e descentralizada. A inteligncia do sistema

    est localizada em cada um dos ns da rede de controle e

    cada um dos ns tem acesso fisico direto a uma srie

    limitada de elementos da rede.

    2.5.1.2. MEIOS DE TRANSMISSO

    2.5.1.2.1. TRANSMISSO POR CABLAGEM

    o clssico cabeamento com cabo telefnico,

    chamado geralmente de par tranado; (mais flexvel e

    mais utilizado).

    Desvantagens: requer um eletroduto especial

    somente para a linha de sinal.

    2.5.1.2.2. TRANSMISSO POR REDE ELTRICA

    Consiste na sobreposio da tenso eltrica de

    alimentao e frequncia com um sinal de alta frequncia.

    Desvantagens: baixa velocidade de transmisso,

    alta interferncia eletromagntica.

    2.5.1.2.3. TRANSMISSO POR FIBRA PTICA

    o meio de transmisso mais recente e permite a

    comunicao por meio de sinais luminosos. Propicia

    elevadas velocidades dos dados e elevada imunidade a

    distrbios eletromagnticos.

    Desvantagens: elevado custo da instalao.

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    2.5.1.2.4. TRANSMISSO POR INFRA-VERMELHO

    efetuada sem fio, o clssico controle remoto.

    Desvantagens: vnculos de direcionalidade dosinal e forte queda do sinal em presena de obstculos.

    2.5.1.2.5. TRANSMISSO POR RADIOFREQUNCIA

    efetuada sem fio. A comunicao efetuada em

    modulao de frequncia ou de amplitude, e a frequncia

    determinada pelo protocolo utilizado.

    Desvantagens: possveis interferncias

    eletromagnticas de outras fontes de sinais prximas.

    2.5.1.3. PROTOCOLO DE COMUNICAO

    Protocolo de comunicao o conjunto de regras sobre o

    modo como se dar a comunicao entre as partes envolvidas,

    a linguagem que permite que os diversos elementos de um

    sistema domtico (sensores e atuadores) comuniquem entre si e

    que se entendam. Conjunto de regras de codificao digital e

    vnculos de software para a comunicao e transmisso de

    dados entre o comando e um atuador.

    2.5.1.3.1. PROTOCOLOS NORMALIZADOS OU ABERTOS

    So os protocolos padres da internet. Estes

    podem comunicar com outros protocolos que utilizam o

    mesmo padro de protocolo. Um exemplo seria o TCP/IP,

    pois ele pode comunicar com vrias plataformas como

    Windows, Linux, Mac e outros.

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    2.5.1.3.2. PROTOCOLOS PROPRIETRIOS OU ESPECFICOS

    So feitos para ambiente especficos, pois ele

    apenas pode comunicar com uma plataforma padro.

    Exemplos desse tipo de protocolo: IPX/SPX, NETBIOS e

    outros.

    2.6. APLICAO DA DOMTICA

    Considerando os recursos tecnolgicos disponveis atualmente,

    possvel afirmar que praticamente qualquer tarefa pode ser automatizada pela

    domtica. Os diversos sistemas apresentados podem ser integrados e possuir

    um controle nico, proporcionado devido rpida evoluo de produtos e

    equipamentos e da informtica, concretizada no desenvolvimento de sistemas

    residenciais integrados, que podem controlar cortinas e persianas, udio,

    vdeo, som ambiente, TV por assinatura, segurana (alarmes, monitoramento,

    CFTV), iluminao, climatizao e telefonia, dentre outras utilizadas. Na figura

    a seguir, podemos ter uma ideia da variedade de sistemas que podem

    coexistir nesse ambiente integrado.

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    Nas sesses a seguir, so descritos alguns dos principais sistemas que

    esto dentre os mais empregados atualmente no mbito da automao

    predial e residencial.

    2.6.1. SISTEMAS DE SEGURANA

    A concepo dos sistemas de segurana no mbito da

    automao predial e residencial se configura na implementao de um

    monitoramento e vigilncia eletrnica. Com isso, objetiva-se

    proporcionar segurana e convenincia aos edifcios, residncias e a

    seus usurios e moradores.

    Os sistemas de segurana e alarme tambm integram-se ao

    sistema de controle, incluindo o CFTV (circuito fechado de TV) com

    cmeras monitoradas remotamente, sensores de presena, alarmes,

    controle de acesso, acionamento de portas e portes e a ativao de

    funes da casa por meio da internet ou do celular.

    Alm disso, o sistema de segurana pode estar integrado com

    um sistema de deteco de incndio ou de vazamentos de gs, por

    exemplo.

    2.6.2. ENTRETENIMENTO

    O sistema de entretenimento engloba o controle das funes e

    equipamentos de udio e vdeo distribudos. Assim, existem aplicaes

    voltadas ao controle de home-theater, integrando todos os comandosde udio e vdeo (DVD, TV, CD player, videok, iPOD, dentre outros),

    permitindo que tais equipamentos sejam controlados atravs de

    interfaces integradas com apenas um nico toque na tela de um iPAD

    que funciona como controle universal da casa, por exemplo.

    Alm disso, possvel tambm a automatizao de zonas de

    som ambiente em diferentes regies da casa, reproduzindo fontes de

    udio a partir de servidores de msica ou aparelhos de som.

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    2.6.3. ILUMINAO

    So sistemas que podem prover diversas funes e controles

    para a iluminao da residncia, podendo acentuar os detalhes

    arquitetnicos de uma sala ou criar um cenrio especfico (jantar, filme,

    leitura, festas e outros). Alm disso, a iluminao da casa pode ser

    programada para ligar e desligar automaticamente, fazendo com que a

    casa parece ocupada mesmo na ausncia de seus proprietrios,

    protegendo assim contra a invaso de intrusos.

    Outro fator relevante no controle de iluminao a possibilidade

    de economia de energia proporcionada pela regulao da intensidade

    da luz conforme a necessidade (dimerizao). Esses sistemas podem

    ainda estar integrados ao sistema de entretenimento, proporcionando a

    iluminao correta para cada caso, como: assistir a um filme no telo,

    ouvir msica, dentre outros.

    Existem vrios tipos de sistemas de iluminao, sendo o mais

    simples chamado de sistema Power Line Communication ou X-10, o

    qual utiliza a prpria rede eltrica para acionar pontos de iluminao etomadas. Para tanto, utiliza uma tomada especial, que substitui as

    tomadas convencionais, ou um mdulo externo que plugado s

    tomadas.

    Nesse sistema, cada mdulo recebe um endereo digital que

    ser utilizado pelos controladores para identificar e emitir para eles os

    sinais de controle necessrios.

    Sistemas de iluminao mais sofisticados podem incluir ainda

    timers ou sensores de luz solar, permitindo que as lmpadas sejam

    acesas conforme um horrio programado ou quando a luz solar for

    insuficiente.

    2.6.4. HOME-OFFICE

    O home-office se configura na prtica de trabalhar em casa,tendo como suporte um potencial escritrio na residncia a fim de

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    realizar, no todo ou em parte, as tarefas do trabalho sem a

    necessidade de deslocar-se at o escritrio da empresa. Atualmente,

    utiliza-se o termo teletrabalho (teleworking) para denominar esse tipo

    de atividade.

    Nesse sentido, se insere a criao de uma rede domstica,

    integrando servios de telefonia e redes, interconectadas com redes

    externas para o recebimento de servios como Internet, TV a cabo e

    telefone, bem como proporcionando uma infraestrutura adequada,

    interligando computadores, impressoras, telefone, dentre outros. Para

    isso, existem novas tecnologias em desenvolvimento e sendo

    aperfeioadas, como a PLC (Power Line Communication), VoIP (Voz

    sobre IP), dentre outras.

    2.6.5. CLIMATIZAO

    Esse sistema deve proporcionar o controle da climatizao do

    ambiente (aquecedores e condicionadores de ar) atravs de comandos

    integrados aos sistemas de controle, especificados de acordo com otamanho do ambiente. Dessa forma, deve possibilitar o acionamento ou

    desligamento automtico desses equipamentos tambm de maneira

    programada em horrios definidos, ou depois que o ambiente atingir

    certa temperatura, e at mesmo, permitir seu controle remotamente

    atravs da prpria Internet ou do celular.

    2.6.6. PORTAS E CORTINAS

    O objetivo desse sistema proporcionar conforto e comodidade

    ao usurio, permitindo a utilizao de funes como o acionamento

    remoto para abertura e fechamento de cortinas, persianas e portas.

    Alm disso, a integrao desse sistema ao controle central pode

    ainda possibilitar a deteco de janelas ou portas abertas durante a

    ausncia do proprietrio na residncia, informando-o o acontecido por

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    meio do celular com o envio de imagens do local garantindo tambm

    questes de segurana.

    2.6.7. UTILIDADES

    Aqui podemos citar a automatizao de diversas atividades

    rotineiras de uma residncia, como: acionamento de bombas e limpeza

    da piscina e caixa d'gua, controle de sauna, irrigao automtica do

    jardim, sistemas de aspirao central vcuo, monitoramento de

    medies (gua e gs), dentre outras aplicaes.

    2.7. BENEFCIOS DA DOMTICA

    A domtica apresenta uma srie de solues para criar ambientes mais

    confortveis, seguros e que colaborem com a qualidade de vida dos

    usurios. Ainda deixam as residncias mais eficientes, tornando automticas

    algumas tarefas bsicas e evitando desperdcios de recursos e de energia.

    Estes benefcios geram demanda enquanto suprem razes para que os

    arquitetos e construtores incluam a automao residencial em seus novos

    projetos e construes respectivamente, ao mesmo tempo ofeream servios

    da readequao (retrofitting) para residncias j existentes. O ideal que o

    sistema de automao seja planejado junto com o projeto arquitetnico e

    eltrico (AURESIDE, 2011).

    Aspectos como conforto, segurana e entretenimento sempre foram

    destacados na automao residencial. As questes ligadas sustentabilidade e eficincia energtica tambm esto sendo fortemente

    consideradas. Alm dos benefcios funcionais, tudo se traduz em economia

    para o consumidor e melhor aproveitamento dos recursos naturais pelas

    edificaes de forma geral.

    A seguir alguns dos benefcios que so gerados com a implementao

    do sistema de automao residencial:

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    2.7.1. ECONOMIA DE ENERGIA

    O setor de construo civil o terceiro maior consumidor de

    energia nos pases integrantes do chamado primeiro mundo. No Brasil,

    tem sido enorme o desperdcio de energia nas edificaes tradicionais

    principalmente no que se refere questo de climatizao

    (MONTEIRO, 2002).

    Sistemas divididos por zonas e controles para ar condicionado e

    aquecimento central permitem aos usurios sentirem-se confortveis

    dentro das zonas onde esto naquele momento e ao mesmo tempo

    evitar desperdcio de dinheiro para aquecer ou esfriar espaos que no

    estejam em uso. Ajustar o aquecedor central de gua para desligar

    durante horas quando no h ningum em casa ou enquanto as

    pessoas dormem reduzir custos consideravelmente, por exemplo.

    De acordo com Bolzani (2004, p.306), Durante as ltimas,

    dcadas, os custos com energia cresceram mais do que os com

    pessoal. Este fato levou os construtores, usurios e tcnicos a serem

    mais sensveis s vantagens que proporcionam a organizaointeligente das edificaes.

    A automao pode ser uma ferramenta poderosa para deixar as

    residncias eficientes do ponto de vista energtico. Medidores de

    consumo em tempo real podem ser adotados, informando desvios e

    consumos fora do padro. Consegue-se tambm estabelecer

    programaes que impeam o acionamento da iluminao artificial

    enquanto a luz natural for suficiente ou interrompam o uso daclimatizao quando portas ou janelas estiverem abertas.

    Segundo Almeida e Alves (1998), A iluminao responsvel,

    normalmente, por 30 a 50% da carga eltrica total da edificao. Com

    controle de intensidade da iluminao de lmpadas incandescentes e

    dicroicas (dimerizao), bem como a utilizao de sensores de

    presena, permitem economia considervel de energia em at 40%,

    sem deixar de produzir ambientes aconchegantes aos usurios. Com o

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    uso de uma menor intensidade de luz, o desgaste das lmpadas

    menor, elevando a sua vida til.

    Reduzindo em 25% o nvel das luzes, podemos esperar uma

    economia de at 20%. Dimerizando pela metade, a economia cresce

    para 40%. Dimerizar no apenas reduz o consumo de energia, mas

    aumenta significativamente a vida til das lmpadas. Abaixando a

    intensidade da luz em 50%economiza-se tanto energia como as

    lmpadas tm menos desgaste, aumentando sua vida til em 20

    vezes (AURESIDE, 2011).

    2.7.2. CONVENINCIA

    O udio e vdeo podem ser controlados de qualquer rea da

    residncia ou escritrio a partir de um nico local remoto. As luzes

    podem ser ligadas ou apagadas por toda a residncia a partir de um

    nico local. As temperaturas dentro de um imvel podem ser ajustadas

    antes das pessoas chegarem a partir de um controle remoto no veculo.Podem-se controlar todas as portas de garagem e portes da

    propriedade bem como as luzes interiores e exteriores sem se deslocar

    de um determinado ambiente.

    2.7.3. SEGURANA

    Uma cmera pequena discretamente colocada e apontada para

    a porta pode ser conectada ao sistema de automao residencial. Este

    arranjo permite que visitantes sejam vistos em qualquer aparelho

    televisor dentro da residncia.

    Utilizando a mesma ideia, cmeras podem ser dispostas para

    monitorar aposentos especficos na residncia, tais como o quarto das

    crianas. O modo de segurana pode ser usado para manipular as

    luzes, o aquecimento, a ventilao e ar condicionado (HVAC),

    televisores e rdios para fazer com que a residncia parea e soe estar

    ocupada enquanto o usurio estiver ausente.

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    A porta da garagem e as portas de entrada principal podem ser

    automaticamente verificadas a fim de certificar que estejam fechadas e

    trancadas. O sistema inteiro de alarme ou apenas zonas selecionadas

    dentro ou ao redor da residncia, podem ser armadas e desarmadas.

    2.7.4. ECONOMIA DE TEMPO E ESFORO

    Controle de toda iluminao (interna e externa) a partir de

    qualquer local e horrio. Programao do sistema de udio e vdeo

    para automaticamente baixarem o volume quando o telefone ou a

    campainha tocarem. Programao das luzes para vrias funes, taiscomo festas, horrio diurno, trabalho da casa, horrio de dormir,

    horrio noturno, ou exibio de home-theater.

    Sistemas de irrigao podem funcionar apenas em horrios

    determinados ou na falta prolongada de chuvas.

    2.7.5. CONFORTO

    O conforto um conceito amplo e ainda muito passvel de

    discusses, pois depende de pessoa para pessoa e seu alcance pode

    ser notado quando analisarmos a diversas necessidades dos usurios.

    Num conceito amplo, o conforto pode-se resumir nas funes que

    proporcionam melhores condies de integrao do morador com a

    moradia (ALMEIDA e ALVES, 1998).

    Ajuste das piscinas, banheiras, aquecedores de gua centrais ede banheiro, filtros de ar, umidificadores, aquecedores e

    condicionadores de ar com uma interface nica e inteligente.

    2.7.6. ACESSIBILIDADE

    Computadores multimdia ativados por chaveamento ou por voz

    esto sendo projetados especificamente para assistir pessoas comnecessidades especiais.

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    Para este segmento da populao, estes sistemas no so

    apenas uma questo de convenincia, so ferramentas necessrias s

    quais devolvem ao indivduo sua independncia (AURESIDE, 2011).

    Conforme Bolzani (2004, p. 303), a moderna tecnologia veio

    melhorar a qualidade de vida daqueles que tm problemas de

    mobilidade ou deficincias fsicas. Para um portador de deficincia, faz

    muita diferena ser capaz de ligar ou desligar luzes e equipamentos a

    partir de uma cadeira de rodas ou da cama.

    Estes sistemas so muito bem-vindos na vida das pessoas que

    estejam largamente dependentes de outras para realizar at as mais

    simples das atividades. Sistemas personalizveis efetuam o controle

    ambiental. De comando de voz simples ou chaves de toque (touchpad),

    estes sistemas controlam dispositivos eltricos, tais como luminrias,

    televisores e portas internas e externas adaptadas. Dispositivos

    hidrulicos como vlvulas de descarga e de banheiras podem ser

    operadas com ajustes de gua.

    Estes sistemas podem ser usados para operar funes normaisde computador tais como o processador de palavras, passar fax, e

    navegar na Internet, podem at mesmo atender ou discar telefones, o

    que permite ao usurio comunicar-se de casa ao seu trabalho, o que

    de outra maneira seria invivel.

    2.7.7. FACILIDADE DE COMUNICAO

    Integrar redes de voz e dados no mais algo limitado s

    solues inovadoras. As companhias de networking juntamente com

    fabricantes de equipamentos de telefonia esto desenvolvendo muitas

    solues para facilitar as comunicaes e adaptar-se convergncia

    de mdias. Telefonia e acesso simultneo Internet j so realidade.

    As consequncias so comunicaes mais velozes, tanto para

    voz, dados e imagens.

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    2.7.8. MONITORAMENTO DE VAZAMENTOS

    A automao pode estar atrelada a sensores de deteco de

    vazamentos de gs e de gua, que so simples de instalar e conectam-

    se a vlvulas que fecham o fluxo de entrada. Se forem ligados a um

    sistema de automao, este poder, entre outras aes, comunicar-se

    com equipes de manuteno ou monitoramento, desligar equipamentos

    e desencadear aes que contribuam para a segurana geral.

    2.7.9. FACILIDADES E COMPENSAES DE USO

    Os controles e monitoramentos demandam certo consumo de

    energia para funcionarem, porm a economia que geram

    consideravelmente maior que esse gasto. J a personalizao feita

    de acordo com as necessidades de cada usurio e os comandos

    costumam ser bastante amigveis, podem ser controlados por meio de

    um tabletou smartphone, tornando seu uso bastante intuitivo.

    Parece contraditrio reduzir o consumo instalando novos dispositivos

    eletrnicos e softwares, mas no . Um programa gerenciador aliado

    a sensores e atuadores pode otimizar a utilizao de todos os

    equipamentos, inclusive os de alta potncia, permitindo um uso mais

    racional e inteligente de energia (BOLZANI, 2004, p.76).

    2.8. INFRAESTRUTURA

    As tecnologias que permitem ver de qualquer ponto da casa, por

    televisores, quem est diante da porta, ou ligar via Internet o micro-ondas

    para esquentar o jantar, so geralmente baseadas em conexes de alta

    confiabilidade, que interligam computadores pessoais, sistemas de

    segurana, telefones, iluminao, aparelhos eltricos em conjunto e outras

    aplicaes.

    O ideal que a infraestrutura necessria para a automao seja criada

    desde o projeto, prevista nos oramentos iniciais das obras e incorporada

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    durante a construo. necessria a implantao dos meios fsicos como

    cabeamento estruturado, disponibilizar uma central de distribuio e os

    pontos de acesso multimdia, assim como sensores, unidades de controle,

    cmeras de vdeo para CFTV (Circuito Fechado de TV), dispositivos de

    comunicao via Internet e de gerenciamento do sistema propriamente dito,

    alm de softwaresde controle.

    H tambm a possibilidade de aplicao de tecnologia wireless

    (sistema de comunicao sem fios), que elimina a necessidade do

    cabeamento. A questo do mtodo wireless um tanto complexa, entretanto

    algumas das principais causas da opo pelo no uso dessa tecnologia so o

    alto custo e a vulnerabilidade dos dados, j que as informaes so passadas

    por frequncia de rdio, ou seja, ainda podem facilmente sofrer interferncias.

    Caso o construtor no fornea em seu projeto um sistema de

    automao residencial, ainda assim existe a possibilidade de preparao da

    obra para receber um projeto posterior de automao. Para isso, necessria

    a realizao do cabeamento da casa para telefones, televiso, PC (Personal

    Computer) e intercomunicadores, o que reduzir a necessidade de obras

    posteriores, alm de tornar a casa apta a receber em qualquer momento os

    diversos tipos de equipamentos. Os fabricantes disponibilizam sistemas que

    atendem a estas demandas. Fornecem, inclusive, quadros de comando para

    a interconexo dos cabos e para conexes externas, como cabos de TV e

    telefones, utilizando uma pequena variedade de cabos diferentes. Este tipo de

    produto conhecido como quadro de cabeamento estruturado (patch panel).

    Quando o cabeamento no previsto no projeto da casa, temos a

    improvisao e o desperdcio, que sempre resultam em prejuzo financeiro e

    dificuldades operacionais.

    A infraestrutura um ponto necessrio em qualquer projeto de

    automao, pois ela que permitir a expanso, a atualizao e garantir que

    as metas previstas sejam alcanadas. Desse modo, de nada adianta termos

    na interface com o usurio equipamentos de ltima gerao, se a

    infraestrutura antiquada. Os equipamentos no funcionaro a contento e as

    metas no sero atingidas (AURESIDE, 2011; BOLZANI, 2004).

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    2.9. RELAO CUSTO X BENEFCIO

    Conforme AURESIDE (2011): A esperada casa do futuro j algo

    prximo da realidade. E principalmente, acessvel a brasileiros de diferentes

    faixas de renda. Isso porque um sistema de automao custa, em mdia,

    entre 1% e 10% do valor da obra e traz muitos benefcios aos usurios.

    A integrao de sistemas e a reduo de custos dos equipamentos

    tornam a automao residencial um bom negcio. O que poderia parecer um

    mercado voltado apenas para o conforto do usurio torna-se mais srio em

    relao economia de recursos naturais e reduo de custos de operao e

    manuteno residenciais.

    A automao residencial comea a disseminar-se no mercado

    imobilirio do Brasil e isso por vrias razes. A principal delas a reduo de

    custos dos equipamentos que nos ltimos cinco anos caram cerca de 50%,

    devido ao desenvolvimento de tecnologias nacionais. O acionamento

    eletrnico de luzes, de udio e vdeo e ar-condicionado, entre outros, esto

    at 60% mais baratos no pas. Algumas construtoras j oferecem sistemas

    pr-instalados aos consumidores.O mercado de automao residencial vem registrando crescimento

    com a maior divulgao do tema. Alm disso, produtos e equipamentos so

    lanados com grande velocidade. Entre os fatores que impulsionam a

    automao residencial esto a maior oferta de infraestrutura nos

    empreendimentos recentes, a descoberta de seus benefcios pelo consumidor

    e a reduo constante do custo de novas tecnologias, cujos preos tendem a

    baixar com o aumento da concorrncia.

    A automao gera uma srie de economias ao logo do tempo, o que

    compensa o investimento inicial do projeto, tanto que os prdios e residncias

    que so preparados para receber novas tecnologias tero uma vida til maior

    (AURESIDE, 2011).

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    2.10. TENDNCIAS

    Cada vez mais, est frequente a construo de casas e edifcios

    equipados com algum tipo de equipamento inteligente empregando

    largamente o conceito de automao. O avano tecnolgico, o

    aumento da familiaridade dos consumidores com o termo digital e

    investimentos de empresas de tecnologia, ajudam na queda do custo

    de equipamentos e produtos da rea predial e residencial aumentando

    assim a demanda por esses servios. A aliana de grandes indstrias

    surge como uma tendncia, pois juntas desenvolvem sistemas de fcil

    uso, facilitando assim a vida do consumidor final.

    A competio em servios de entrega (voz, dados e imagem),

    guiar os provedores a inovar, misturando os servios oferecidos

    fazendo com que a comunicao se converta em uma s.

    A tendncia de crescimento da transmisso de sinais em

    formato digital, bem como sua integrao por meio de infraestrutura

    nica de cabeamento, com o processamento destes sinais sendo

    realizado por unidades de controle capazes de cruzar as informaesdos diversos subsistemas e de tomar as devidas aes de forma

    automtica e inteligente mediante parmetros pr-determinados e

    armazenados no sistema, com a universalizao dos protocolos de

    comunicao dos diversos subsistemas de um edifcio.

    Na atualidade tambm registra-se a rpida evoluo das

    tecnologias em sistemas abertos, fazendo com que os sistemas

    proprietrios sejam a principio esquecidos.

    Outro ponto interessante a ideia de como a casa automatizada

    influenciar no controle da sade das pessoas. A casa segura

    apresentar recursos de monitoramento de lugares (por exemplo,

    piscinas), e monitoramento de ambientes (por exemplo; gs, gua,

    monxido de carbono), no qual trar cmeras e outros equipamentos.

    O estilo de vida digital tambm apresentar solues para doenas

    crnicas de corao e diabetes, trazendo um melhor bem estar para osclientes.

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    De forma geral, esses sistemas eletrnicos esto sempre

    evoluindo objetivando suprir as necessidades atuais e futuras de seus

    usurios.

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    3. METODOLOGIA

    Com a facilidade de acesso s informaes que disponibilizada pela

    internet, a metodologia utilizada para obter os dados foi o de pesquisa de

    trabalhos acadmicos na rea de automao predial e residencial e textos livres,

    bem como consulta literria a autores da rea.

    O foco principal da pesquisa foi o de mostrar as vantagens da concepo

    de um projeto de automao predial e residencial integrado ao projeto de

    arquitetura de reforma e construo civil, os benefcios que podem ser oferecidos

    aos usurios como conforto, segurana, praticidade e economia de recursos

    naturais, bem como o valor que agregado ao edifcio e residncia.

    Aps a leitura do material bibliogrfico, o passo seguinte foi o de

    selecionar as que tivessem relevncia com o foco principal para realizao da

    pesquisa, levando em considerao os objetivos apresentados.

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    4. ANLISE DOS RESULTADOS

    Os resultados foram considerados de acordo com os mtodos, seguindo uma

    linha cronolgica.

    As pesquisas atravs da internet foram catalogadas e foi realizado o fichamento

    destas, sendo estas posteriormente aproveitadas ou no. Aps este passo foram

    consideradas as que teriam relevncia para a pesquisa.

    Atravs da pesquisa identificou-se a tendncia do consumidor de priorizar o

    sistema de segurana e os equipamentos mais considerados foram os ligados a

    iluminao e segurana.

    Que o momento ideal para se optar por uma soluo de automao residencial

    na fase de especificao do projeto, onde dever ser levada em considerao a

    viabilidade da integrao da automao de diferentes tipos de equipamentos. Nessa

    etapa, importante incluir a infraestrutura necessria, mesmo que no tenha a

    inteno imediata de instalar o sistema de automao. O ideal nessa fase a

    comunicao entre o engenheiro civil o engenheiro eletricista, o arquiteto e o

    profissional certificado em automao residencial. Este ltimo o especialista em

    automao residencial, por meio do qual as solues so comercializadas. So rarasas empresas que comercializam solues de automao residencial sem o

    intermdio de um integrador de sistemas de automao residencial certificado. Hoje,

    muitos arquitetos e engenheiros esto obtendo certificao em integrao de

    sistemas de automao residencial como um diferencial na oferta de seus servios,

    eliminando assim a figura do especialista em integrao de sistemas. Um integrador

    de sistemas de automao residencial cobra em mdia 3% a 4% do valor da obra

    pelo projeto e instalao.

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    5. CONCLUSO

    Hoje, na automao predial e residencial comeamos a perceber algo

    semelhante ao que aconteceu com a rea de informtica nas ltimas dcadas.

    Os equipamentos de diferentes fabricantes comeam a ter uma integrao mais

    fcil, tendendo no futuro a se tornarem plug-and-playe se comunicarem com o

    uso de um nmero reduzido de protocolos de comunicao. Portanto, o prprio

    usurio poder instalar seu prprio sistema de automao facilmente.

    A automao predial e residencial est desenvolvendo-se e ocupando cada

    vez mais espao, o que nos permite afirmar que em pouco tempo nossas casas

    se tornaro casas inteligentes. O prdio ou residncia automatizada est

    deixando de ser um luxo, pois alm de conforto, representa segurana, economia

    e qualidade de vida.

    Um aspecto bastante importante quando falamos em automao predial e

    residencial o fato de que as leis para construo no Brasil esto mudando, de

    modo que qualquer prdio ou residncia que for projetado dever ter a

    possibilidade de futuras integraes de sistemas de informao e tecnologia.

    A indstria da construo civil j sabe que esse um importante diferencialde venda, at mesmo nos imveis para a classe mdia. Portanto, a tecnologia

    real e est presente cada vez mais no cotidiano das pessoas.

    A expectativa que num futuro prximo todas as residncias sejam

    projetadas e construdas com a infraestrutura necessria para suportar

    equipamentos de automao predial e residencial e que as solues existentes

    estejam ao alcance de uma maior parcela da populao. Para isso

    imprescindvel o desenvolvimento de solues de baixo custo, que possam ser

    produzidas e disponibilizadas em grande escala.

    Enfim, aquilo que era considerado fico cientfica h alguns anos est

    tornando-se realidade e com o mercado de automao no diferente, novas

    tecnologias no param de surgir e acaba por se tornar necessidade aos usurios.

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