tcc análise técnica

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  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    1/97

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CENTRO

    SCIO ECONMICO

    DEPARTAMENTO DE

    CINCIAS

    DA

    ADMINISTRAO

    CURSO DE

    GRADUAO

    EM ADMINISTRAO

    ANALISE

    TCNICA:

    UM ESTUDO DA ANALISE

    GRFICA

    UTILIZANDO

    GRAFICO

    DE BARRAS NO

    NDICE BOVESPA

    JUAN FERNANDO

    TORRICO

    lorianpolis

    SC

    2 4

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    2/97

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CENTRO SCIO ECONMICO

    DEPARTAMENTO DE CINCIAS DA ADMINISTRAO

    CURSO DE GRADUAO EM ADMINISTRAO

    ANALISE TCNICA: UM ESTUDO DA ANALISE GRFICA

    UTILIZANDO 0

    GRAFICO DE BARRAS NO

    NDICE BOVESPA

    Monografia

    submetida ao Departamento de

    Cincias da Administrao na Area de

    Mercado de Capitals para obteno de

    aprovao

    na disciplina Estgio

    Supervisionado CAD 5236 pela

    Universidade Federal de Santa Catarina

    Por: Juan Fernando Torrico

    Orientador: Gilberto de Oliveira Moritz

    Co-Orientador: Newton C. A. da Costa Jr.

    Florianpolis

    S

    2004

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    3/97

    UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

    CENTRO

    SCIO ECONMICO

    DEPARTAMENTO DE

    CINCIAS

    DA

    ADMINISTRAO

    CURSO DE

    GRADUAO

    M

    ADMINISTRAO

    ANALISE

    TCNICA:

    UM ESTUDO DA ANALISE

    GRFICA

    UTILIZANDO

    GRAFICO

    DE BARRAS NO

    NDICE

    BOVESPA

    A Banca Examinadora Resolveu atribuir a nota

    o acadmico Juan

    Fernando

    Torrico

    na disciplina

    Estgio

    Supervisionado

    CAD

    5236

    pela

    apresentao

    deste trabalho

    Banca Examinadora:

    Gilberto de Oliveira Moritz

    Presidente

    Sinsto Sttfano Dubiela Ostroski

    Membro

    Hans Michael Van

    ellen

    Membro

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    4/97

    V

    AGRADECIMENTOS

    Aos meus amados pais por sempre m e incentivarem ao caminho do estudo

    e do

    conhecimento.

    A minha am ada irm por ser exemplo de dedicao e inspirao.

    A minha nam orada Mel ina por estar com igo em todos os mom entos seja em

    pensam entos ou presencialmente. Sua energia ilumina

    o

    meu cam inho assim

    como seu so rriso.

    Binho Marquinho MoDigo Pedrinho Alemo Dudu Peto Andrezdo Lucas Z

    Cssio Zoca Anel Cabelo Siquera Carioca Petry Rafael Vitor Clen Coruja

    Coxa Cuzido

    Ratinha Ricardo Danete Thiago Diguinho Heron

    Feto

    Klein

    Herm es D na. Marlete San tiago Isack John ny Jorge K arol

    e Marcos Lola

    Lukinha Ed son M ateus Dna . Santilha Moritz Morris Muquirana M oacyr

    e

    aos

    muitos que ajudam a escrever a histria da m inha vida.

    Aos p rofessores

    e

    servidores da Universidade Federal de Santa Catarina por

    ma nterem a universidade em plena ordem

    e possibilitarem me us estudos e a

    sociedade brasileira por manter a universidade pblica.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    5/97

    Tempo presents &tempo

    passado.

    lm

    estejam

    mhos

    presentes no tempo Mum , e

    o tempo

    ar

    contido

    no tempo

    passado'

    r s

    Eliot,

    Poemas

    Selecionados

    (1936).

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    6/97

    V

    TORRICO J.F.

    Anlise Tcnica: um estudo da

    anlise grfica utilizando o

    grfico de barras no

    ndice bovespa. 2004. 97 f.

    Monografia Departamento de

    Cincias da Administrao UFSC. Florianpolis 2004.

    RESUMO

    Este trabalho realizou uma investigao terica emprica

    sobre a utilizao da

    Analise Tcnica mais especificamente da

    Anlise Grfica

    utilizando

    o Grfico de

    Barras no

    ndice

    da Bolsa de Valores de Sao Paulo a fim de demonstrar que

    possvel obter com base na

    anlise

    de pregos passados

    e projees

    de padres

    retornos positivos com uma estratgia clara. Foram discutidos primeiramente os

    fundamentos tericos

    sobre Anlise Fundamentalista e

    Anlise Tcnica

    revisando-se os principais estudos realizados

    e metodologias

    utilizadas.

    Posteriormente foi realizada uma simulao com base no

    ndice Bovespa

    de 1 de

    Janeiro de 2002 a 31 de Dezembro de 2003 onde se obteve um ganho

    significante de acordo com a estratgia tragada.

    Palavras-chave: Analise Tcnica Grfico de Barras

    ndice Bovespa.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    7/97

    VI I

    SUMARIO

    RESUMO

    I

    LIST DE T BEL S

    X

    LIST D E F IGU R S

    LIST DE

    EQUAES

    I

    LIST DE NEXOS II

    LIST D E TEM OS TCNICOS

    III

    1 INTRODUO 14

    1 1 Formulao

    do Problema

    7

    1 2 Objetivos

    8

    1 2 1

    Geral

    8

    1 2 2

    Especficos

    18

    1 3

    Justificativa

    8

    2

    INTRODUO

    ANALISE FUNDAMENTALISTA

    E ANALISE

    TCNICA

    2

    2 1

    Teorias e

    Ferramentas da

    nlise Fundamentalista 21

    2 2

    Teorias e

    Ferramentas da

    nlise

    Tcnica

    4

    2 2 1

    Teoria Dow

    5

    2 2 2

    Teoria Elliot

    3

    2 2 3

    construo

    do

    Grfico

    de Barras

    6

    2 2 4

    Linhas de

    Tendncia

    51

    2 2 4 1

    Canais de lta

    e de Baixa

    4

    2 2 5 Figuras

    Grficas

    55

    2 2 5 1

    Topos e

    Fundos

    6

    2 2 5 2

    Ombro

    Cabea

    Ombro OCO

    8

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    8/97

    VIII

    2.2.5.3

    Tringulos

    59

    2.2.5.4 Retngulos

    6

    2.2.5.5

    Outros

    Padres

    61

    2.2.6 Projees

    Grficas

    62

    3.

    METODOLOGIA

    65

    4.

    0 NDICE BOVESPA

    66

    4.1 A or igem do

    ndice Bovespa IBOVESPA )

    66

    4.2

    Metodo logia de

    Construo do

    IBOVESPA

    67

    4 3

    Ou tros indices do Mercado

    Acionrio

    71

    5.

    CONFRONTAMENTO ANALISE

    E

    QUANTIFICAO

    DE PADRES

    DA ANALISE TCNICA NO IBOVESPA

    74

    5.1

    Seleo

    dos Dados

    4

    5.2 Estratgia U ti lizada 6

    5.3 Identificao

    dos Padres

    de

    Anlise

    Tcnica

    Encontrados

    7

    5.4

    An lise e Projeo

    das Figuras Encontradas

    9

    5.5 Con frontamen to

    dos Resultados

    5

    6.

    CONCLUSES

    E

    RECOMENDAES

    88

    REFERENCIAS

    BIBLIOGRFICAS

    9

    ANEXOS

    92

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    9/97

    IX

    LIST DE T BEL S

    Tabela

    r-Indicadores Incricadores

    Coincidentes

    e

    Ps

    Indicadores

    7

    Tabela 2

    ovimentos

    d e

    prego

    2

    Tabela 3

    xemplo

    d a

    Metodologia

    d e

    Clcu lo lbovespa

    1

    Tabela 4

    arteira

    Terica

    d o

    lbovespa

    ______ 75

    Tabela 5

    ar iao e

    Ganhos

    d o

    lbovespa

    86

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    10/97

    X

    LIST DE FIGUR S

    Figura

    iagrama da Analise Tcnica

    6

    Figura

    2

    lavancagem

    operacional

    9

    Figura

    3

    iclo econmico dos setores

    3

    Figura

    4 ndas de Elliot

    4

    Figura

    5

    iclo Completo de Elliot

    5

    Figura

    6

    arra grfica

    7

    Figura

    7

    rfico de barras

    dirio

    da Vale do Rio Doce

    9

    Figura 8

    iferenas entre as escalas

    Figura

    9

    M O S A

    e seu volume

    1

    Figura 1 inha de

    Tendncia de Alta

    3

    Figura

    inha de

    tendncia

    de Baixa

    3

    Figura 12

    Canal de Alta e

    de Baixa

    EMBRAER O N

    5

    Figura 13

    Topos e

    Fundos duplos

    7

    Figura

    14

    Ombro

    Cabea

    Ombro

    8

    Figura 15

    ringulos

    Figura

    16 etngulo

    1

    Figura 17

    rojees

    Grficas

    4

    Figura

    18

    ndice Boves pa e

    iguras

    8

    Figura 19

    riangulo

    de baixa

    9

    Figura

    2 lbovespa e

    Fundos Duplos

    1

    Figura 21

    bovespa

    e Tringulos 2

    Figura

    22

    bovespa

    e

    Bandeira de Alta

    4

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    11/97

    X

    LISTA

    DE

    EQUA9

    ES

    Equao 1

    rau de

    l v nc gem oper cion l

    Equao 2 Grau

    de

    atavancagem financeIra

    1

    Eq

    uaa

    o 3 Grau .cika alavaricagerr)

    to ta l fmt 0,.0.1.4.A0,..,*1.0.fAlus.,

    31

    I E qua orto 4

    Negodiabilklade

    1170 416

    AA

    lf 04

    NA

    .A.. 0 0 pp*

    68

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    12/97

    XII

    LISTA DE

    A N E X O S

    Anexo A TURN IN THE TIDE By CHARLES HENRY

    Dpw

    2

    Anexo 2

    UMA MUDANA DA MAR Por CHARLES HENRY DOW ... . 93

    Anexo 3 EDWARD JONES PAI ESQUECIDO DO DOW JONES

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    13/97

    VIII

    LIST DE TERMOS TCNICOS

    FTER M RKET

    Sistema de negociao via Internet que possibilita a

    realizao de operaes aps o horrio

    normal de

    prego

    JUSTE DIRIO

    Sistema de ajuste de posies ut il izado no m ercado futuro na

    qual o

    investidor deve diariam ente creditar/debitar de sua conta junto a corretora

    seus ganhos/perdas.

    C NDLESTICK

    Grfico

    de velas criado no Jap o

    e trazido p ara

    o

    ocidente por

    Steve Nison possu i algum as vantagens que facil itam a visual izao em relao

    ao grfico de barras.

    DJI

    - Cdigo

    uti lizado po r diversos so ftwares para iden tif icar

    o

    Dow Jones

    Industrial Average mais conhecido como

    ndice Dow Jones.

    HOME BROKER

    Sistema de negociao em bolsa v ia Internet sem elhante ao

    sistema de H om e Banking.

    IBOV

    Cdigo

    utilizado por diversos softwares para identificar

    o ndice Bovespa.

    LAJIR -

    Lucro Antes dos Juros

    e

    Imposto

    de Renda frmula uti lizada pela

    anlise

    fundamentalista

    para aval iar a parte operacional de uma em presa.

    MET STOCK

    Software de

    anlise

    tcnica.

    PERIODICID DES

    Escala temporal na qual um grfico

    gerado quando uma

    barra grfica representa um d ia diz-se q ue a periodicidade do g rfico

    diria

    TR DE SYSTEM

    Sis tem a de negc ios que gera pon tos de com pra

    e

    venda

    baseado em dados passados de preo

    e

    volume do mercado burstil.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    14/97

    14

    INTRODUO

    A

    anlise

    de investimentos em

    es

    de empresas negociadas em

    Bolsas de Valores inicialmente podia ser feita com base nos estudos

    desenvolvidos em duas escolas: a

    nlise

    Fundamentalista

    e a

    nlise

    Tcnica.

    Atualmente consideram se outras abordagens que complementam essas duas

    linhas, tais como: R edes N eurais,

    nlise

    de Fractais, etc.

    A

    anlise

    fundamentalista

    avalia o

    preo

    de uma ao orientando-se

    pelo conjunto de dados econm icos

    e

    financeiros da em presa, divulgados atravs

    de

    balanos e relatrios,

    e

    por outras informaes

    relevantes, comp lementadas

    por uma

    anlise

    gerencial

    e mercadolgica da emp resa, que a relacionando com

    o

    seu setor de atividade a insere no contexto global da economia. Segundo

    Sanvicente e Mellagi (1996, p.129)

    as informaes utilizadas na

    nlise

    fundamentalista

    geralmente envolvem os nveis futuros e previstos de atividade

    econmica nacional, setorial e

    da emp resa, alm de co nsideraes polticas que

    possam influenciar o comp ortamento de

    variveis econm icas, tanto em

    nvel

    macro quanto em

    nvel

    micro, afetando as taxas de retorno esperadas

    e o

    grau de

    incerteza a elas associado . Normalmente a partir de sries histricas desses

    dados, complem entadas com hipteses formuladas para

    o futuro, procede-se a

    projeo de resultados, que

    determinaro

    a

    deciso de compra ou de venda das

    aes

    da emp resa.

    Em se tratando de

    nlise

    Tcnica, ela utiliza somente dados

    produzidos no mercado de aes, no se fazendo necessrio

    o

    conhecimento dos

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    15/97

    15

    motivos pelos quais um a ao

    sobe ou desce.

    que importa

    detectar, o

    mais

    rpido

    possvel, o comeo

    destes mo vimentos a f im de posicionar-se na ponta

    compradora ou vendedora, de acordo com a

    indicao

    do mom ento dada pelo

    mercado.

    primeiro e mais antigo ram o

    6

    a Anlise

    Grfica onde

    o

    Grfico de

    Barras

    e Grfico

    Ponto-Figura so as principais ferrame ntas ocidentais em

    contraponto as tcnicas o rientais sem elhantes

    o Grfico

    de Velas Japonesas

    -

    conhecido como Candlestick- e os Grficos Kagi Renko e Three Line B reak

    NOBRE,

    2001).

    Candlestick

    6 na sua forma

    e

    construo

    sem elhante ao

    Grfico

    de Bar ras e os ou tros trs grficos japoneses

    so sem elhantes na sua

    forma e

    construo

    ao

    Grfico Ponto-Figura. E interessante observar

    o fato de que

    duas culturas que

    no

    se relacionavam neste aspecto acabaram criando

    instrumentos extremamente semelhantes para analisar

    o

    mercado.

    Atrs

    dessa aparente coincidncia h

    algo de substancial. Sugere que

    se deve observar atentamente a com plementaridade dessas

    tcnicas em beneficio

    do melhor entendime nto do mercado. Dizem qu e

    o mercado 6

    imprevisvel,

    pois 6

    a resultante das

    decises

    de um conjunto de homens. Na real idade os homens

    continuam e studando, com todas as

    informaes

    disponveis e

    dedicao integral

    a dura misso

    de entender o

    comportamento do m ercado na

    crena

    de que um dia

    possa desvendar seus segredos.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    16/97

    6

    A Anlise Tcnica como se conhece hoje pode ser apresentada segundo

    o

    diagrama a seguir:

    Anlise

    Tcnica

    Anlise Grfica

    Indicadores

    Tcnicos

    Teoria do Caos

    Grfico

    de Barras

    Tendncia

    Anlise

    de Fractais

    Grfico Ponto-Fisura

    Reverso

    Grficos Jasoneses

    Volume

    Grfico Preo-

    Volume

    Figural: Diagrama da Analise Tcnica, Nobre 2001)

    Os indicadores Tcnicos constituem hoje uma

    famlia

    muito grande

    e

    com

    um crescimento continuo pela facilidade oferecida pelo microcomputador

    instrumento

    bsico

    de pesquisa. As subdivises apresentadas servem somente

    para efeitos

    didticos no

    representando nenhum limitante ao uso combinado dos

    mesmos.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    17/97

    17

    1.1 FORMULAO

    DO PROBLEMA

    Uma das principais teorias da

    Anlise

    Tcnica e tambm a precursora

    desta Escola

    a Teoria de Dow assim conhecida por ter sido desenvolvida por

    Charles Henry Dow.

    Embora Ch arles Dow no tenha escrito

    e muito menos sistematizado a sua

    teoria da forma pela qual se conhece hoje outros estudiosos que lhe sucederam e

    acompanharam

    o

    seu trabalho deixaram escritas em livros as principals

    idias

    publicadas por Dow em sua coluna

    diria no Wall Street Journal.

    C omo principals expoentes autores norte-americanos como S teve Nison

    Bob Prechter Joseph G ranville Peter Ham ilton etc. que realizaram seus estudos

    baseados nas

    movimentaes de bolsas como as de Nov a Iorque Ch icago entre

    outras. Este

    predomnio

    parece ser

    conseqncia da importncia

    financeira que os

    Estados Unidos possuem fazendo deste

    pais e

    de su s bols s s m is

    importantes do mu ndo. Porm este

    predomnio

    o deve impedir

    o

    investidor

    brasileiro de desenv olver suas teorias

    e

    comprovar a eficincia das qu e

    existem

    baseado em sua realidade.

    Com isso encontrou-se

    o

    seguinte problema:

    Os padres

    da

    anlise grfica mtodo de

    anlise

    tcnica fundamentado

    n s

    bolsas n orte-americanas

    utilizando

    o

    grfico

    de barras se aplicam ao

    ndice

    bovespa

    proporcionando rentabilidade ao

    investidor?

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    18/97

    18

    1.2 OBJETIVOS

    1.2.1 OBJETIVO GERAL

    Analisar a aplicabil idade

    de uma ferramenta da

    anl ise tcnica

    a

    anl ise

    grf ica no nd ice bovespa

    subsidiando a deciso de investimento em renda

    varivel.

    1.2 .2

    OBJETIVOS

    ESPECFICOS

    Revisar a bibliografia existente sobre a

    anl ise

    tcnica

    e fund am ental ista .

    Descrever

    o grfico de barras.

    Realizar levantamento dos

    padres

    encontrados no

    grfico

    de barras no

    ndice bovespa no

    per odo

    de 1 de janeiro de

    2002

    a 31 de dezembro de

    2003 .

    Quantificar a

    ocorrncia

    dos principais padre s da

    a n l is e g r f ic a e suas

    conseqnc ias

    no desenvolvimento do

    ndice.

    1.3

    JUSTIFICATIVA

    s teorias mais conhecidas da

    nlise tcnica

    s o f re q e n te me n te

    utilizadas por

    investidores

    brasileiros sem que antes seja feita uma

    comprovao

    de sua eficincia no mercado nacional ou seja as teorias

    so

    adotadas sem

    maiores

    preocupaes de

    com provao c ient if ica .

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    19/97

    19

    Ondas de Elliot, Candelabro Japons

    e

    Teoria de Dow so exemplos de

    teorias que tem g rande parte de sua fundamentao baseada em estudos sobre

    os mercados americanos, principalmente a bolsa de Nova Iorque. Segundo Bodie

    t a

    2000) a Teoria de Dow foi realizada atravs de dois indicadores, a Mdia

    Industrial Dow Jones (D JIA)

    e

    a Mdia de Transportes Dow Jones (DJTA).

    Sao pou cas as obras nacionais que aproximam a anlise tcnica do meio

    acadm ico, deixando

    o

    investidor com poucas opes na hora de formar sua

    estratgia de investimento ou especulao. Para Assaf Neto (2000, p.224) undo ha

    preocupao formal na

    anlise

    tcnica

    com as causas que determinam certos

    movimentos nos p reos do m ercado de aes, sendo a ateno direcionada as

    oscilaes apresentadas com o forma de predizer

    o

    futuro .

    Apesar de a anlise

    tcnica

    ser considerada por alguns com o um a arte, j

    que muitas vezes a deciso depende de fatores subjetivos, h muito que se provar

    sobre a mesma em termos matemticos. E para que isso ocorra uma

    aproximao da mesm a com

    o

    meio acadm ico deve existir, estimulando estudos

    nesta Area.

    A pesquisa sobre a

    anlise

    tcnica pode trazer enormes

    benefcios

    ao

    mercado de capitais. Novas teorias podem surgir estas fundamentadas no

    mercado nacional, como por exemplo,

    o ndice

    bovespa.

    Os p rofissionais da area

    podero se sentir mais seguros ao aplicar determinado mtodo,

    e acima de tudo,

    tal iniciativa p ode desp ertar os investidores a impo rtncia de se realizar vastos

    estudos antes de iniciar suas operaes.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    20/97

    20

    2 Introduo

    a

    Anlise Fundamentalista e

    Anlise Tcnica

    As decises de investimen to em renda varivel sempre devem envolver

    o

    risco

    e

    a pos sibil idade de retorno da operao, para auxi liar na m ensurao do

    risco

    e

    d oportunid de de retorno

    o

    investidor deve utiliz r s divers s

    ferram entas e xistentes pa ra

    nlise

    de produtos de renda

    varivel.

    Segundo

    Nobre (2001) estas ferramentas so dividas basicamente em :

    Anlise fundam entalista, atravs

    d qu l se obtm um expect tiv de

    preo futuro da a o, gerada po r informaes ma cro

    e microeconmicas

    (balanos, informa es

    setoriais) relacionadas em presa objeto de

    anlise.

    Anlise

    tcnica, que se uti liza informa es de variao de preo

    e

    volume

    de negociao para prever

    o

    preo de um ativo financeiro.

    As pessoas que comeam a investir sem qualquer estratgia so

    conhecidas no mercado como jogadores pois no possuem qualquer regra para

    suas operaes, o

    que acaba di ficultando na hora de toma r uma de ciso de

    comprar ou ve nder determinado produto. A utilizao de alguma tcnica de anlise

    fundamental para trazer maior segurana

    e

    retorno ao investidor. Neste sentido

    se faz necessria a com provao cientifica de que as tcnicas desenv olvidas

    pelos norte-americanos se aplicam tambm aos mercados brasileiros.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    21/97

    21

    2 1 Teorias

    e

    ferramentas da anlise fundamentalista

    Sao

    vrias

    as teorias e

    ferramentas da

    anlise funda mentalista. A sua

    utilizao depender

    dos ob jetivos do investidor, que podem s er de curto, mdio

    ou longo prazo. Pode-se dizer que na

    anlise fundamentalista, quanto maior

    o

    prazo mais complexa

    ser a

    anlise, pois

    dever envolver uma m aior quantidade

    de informaes.

    A

    anlise fundam entalista

    envolve informaes m acro

    e microeconmicas.

    As informa es macroeconm icas so as que dizem respeito economia do pais

    ou regido na qual a empresa esta inserida na maioria das vezes so mais

    subjetivas, as m icroeconmicas dizem respeito s questes internas da empresa,

    divulgadas principalmente no Balano Patrimonial

    e

    no Demonstrativo de

    Resultados so informaes mais objetivas pois envolvem diversos indices

    criados para facilitar a deciso de investimento.

    A

    anlise fundamentalista

    consiste basicam ente na hiptese da existncia

    de um v lor

    intrnseco

    para cada a o, com b ase nos resultados apurados pela

    empresa emitente. 0 estudo dessa

    anlise est

    baseado no desempenho

    econmico e

    financeiro da em presa

    e

    processa, ainda, sofisticadas avaliaes e

    comparaes

    setoriais, bursteis

    e

    conjunturais (ASSA F NETO, 2 000, p.2 2 4).

    Uma boa

    anlise

    deve conter aspectos macro

    e m icroeconmicos

    relacionados empresa objeto de estudo. A taxa de crescimento do produto

    interno b ruto, por exemplo,

    um bo m indicador macro-econmico para se avaliar

    em qual pais as possibilidades de retorno so maiores. 0 baixo crescimento

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    22/97

    22

    econmico 6

    reflexo da incapacidade da maioria das empresas do pais em gerar

    bons retornos

    Outras questes como

    o

    estudo da estabilidade

    poltica e

    da moeda

    so

    importantes para uma boa

    anlise.

    Daises em que no se tem uma grande

    confiabilidade mercantil

    esto

    sujeitos a oscilaes maiores em seus mercados

    acionrios. Isso porque

    o

    risco de que sejam tomadas decises polticas que

    vo

    de encontro aos interesses dos acionistas

    e

    credores so considerados altos

    A estabilidade da moeda, ou taxa cambial, retrata

    o

    poder de compra da

    moeda nacional em relao a uma moeda estrangeira. Uma grande valorizao do

    real frente a dlar, por exemplo, pode trazer conseqncias negativas a empresas

    tradicionalmente exportadoras j que os produtos brasileiros ficariam mais caros

    para

    o

    consumidor norte-americano.

    Bodie

    et al

    (2000) trazem algumas das principais estatsticas econmicas

    usadas para descrever

    o

    estado da macroeconomia, so eles:

    Produto Interno Bruto

    ou PIB, que

    a medida da produo total de bens

    e servios

    da economia. Um PIB em crescimento acelerado reflete uma

    economia em

    expanso e o

    conseqente aumento das oportunidades de

    lucro para as empresas

    Taxa de desemprego

    a porcentagem de pessoas, em condies de

    exercer alguma profisso, que no encontraram colocao no mercado.

    Esta taxa mede at que ponto de sua capacidade a economia est

    operando

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    23

    Taxa de

    utilizao

    da capacidade.

    Utilizada pelos analistas para medir

    o

    coeficiente real das fbricas

    para a produo

    potencial.

    Taxas de juros. As altas taxas de juros reduzem

    o

    valor presente dos

    futuros fluxos de caixa, diminuindo, assim, a

    atratividade

    das oportunidades

    de investimento

    BODIE et al.

    2000, p.353).

    Em uma

    economia que poss ui

    um a taxa de juros elevada o

    con sum o por bens de alto custo (Ex: carro,

    habitao)

    tende a dim inuir, isto porq ue tais produto s

    so geralmente

    consum idos atravs de financiamentos.

    Dficit oramentrio. diferena

    entre os g astos e

    as receitas do

    governo. Um

    pais

    com elevado dficit

    oramentrio

    acaba po r elevar a sua

    taxa bsica

    de juros para atrair recursos s uficientes para saldar suas

    dividas.

    A

    elevao

    d t x de juros inibi o

    investimento p ara novos

    emp reendimentos, po is passa a ser m ais vantajoso emp restar dinheiro ao

    go verno, atravs da com pra de seus ttulos de

    divida, do q ue utilizar os

    recursos na

    construo de novas unidades de produo.

    Sentimento. Diz respeito relao de otimism o ou pessimismo que existe

    entre consumidores de um pais.

    Um cons umidor otimista acredita que Wit

    garan tida a

    gerao

    de receitas futuras,

    e

    por isso

    no

    se preocupa em

    gastar no presente, o mesm o acontece com as empresas, que aumentam

    sua

    produo

    esperando um a deman da futura elevada.

    Existem outros fatores im portantes a serem aval iados em um a

    anlise

    fundamentalista. Bodie et

    aL 2000)

    nos apresentam os seg uintes:

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    4

    Choque de demanda

    e de oferta.

    t uma maneira de organizar os

    impactos sofridos pela econom ia em choque de dem anda ou de oferta. 0

    choque de demanda

    um evento que influencia a demanda por

    determinado produto,

    o aumento na taxa de juros, por exemplo, pode

    diminuir a dem anda por recursos de longo prazo. 0 choque de oferta

    o

    evento que se relaciona com a oferta de um produto, uma seca prolongada

    pode causar uma queda na oferta de produtos agrcolas. Atrav s

    desta

    anlise possvel separar os diversos eventos econmicos

    e avaliar seus

    impactos nos setores econmicos, se a taxa de juros aumentasse, por

    exemplo,

    o setor de autom veis sofreria um choque de d emanda, j que

    o

    num ero de pessoas d ispostas a financiar a comp ra do veiculo diminuiria.

    Porm

    necessrio cautela, pois como relatam B odie

    et al

    2000, p.355):

    essas previses no so nenhum a tarefa fcil. As previses

    macroeconmicas so notoriamente inconstantes. Mais uma vez,

    voc deve ficar atento para

    o fato de que

    provvel

    que a sua

    previso

    estar sendo feita apenas com o uso de informao

    publicamente

    disponvel. Qualquer vantagem em investimento que

    voc tiver ser apenas um resultado de uma

    anlise

    melhor no

    de uma

    informao melhor.

    Politica

    do Governo Federal.

    Sao duas as formas de atuar do overno

    Federal no que se refere a

    poltica econmica.

    Existe a

    poltica

    voltada para

    a oferta, que focaliza a adequao dos incentivos para trabalhar, inovar

    e

    arriscar, resultantes do sistema de impostos,

    e a

    poltica

    voltada para a

    demanda, que trata de assuntos como as

    polticas

    nacionais em educa o,

    infra-estrutura comunicao, transportes)

    e em pesquisa e

    desenvolvimento. A

    poltica do G overno Federal engloba a

    Polftica Fiscal

    e

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    25

    Monetria. A

    poltica fiscal

    a maneira mais pratica de estimular ou

    desacelerar a economia. As quedas nos gastos do governo reduzem

    diretamente a dem anda por produtos e por

    servios.

    Da mesma forma

    o

    aumento nas taxas de imposto imediatamente escoa as receitas dos

    consumidores resultando em quedas rpidas no consumo. A

    poltica

    monetria

    se refere

    determinao

    da oferta de dinheiro na economia seu

    principal mecanismo

    e ao

    a taxa de juros. 0 aumento na oferta de

    moed a rebaixa as taxas de juros pois como h mais dinheiro circulando na

    econom ia este fica mais barato. A reduo d as taxas de juros incentiva o

    investimento e a demanda pelo consumo porm a m aioria dos economistas

    acreditas que manter uma taxa de juros baixa por um longo perodo tende a

    elevar a

    inflao.

    Para implementar a

    poltica m onetria o

    Banco Central

    pode emitir ttulos aumentar ou diminuir a taxa de redesconto

    e

    compulsrio.

    A anlise fundam entalista envolve ainda

    o

    estudo dos ciclos econmicos

    que so as variaes entre

    perodos

    de recesso

    e recuperao

    e uma

    econom ia. A identificao do ciclo econm ico permite ao investidor proteger seus

    recursos de grandes oscilaes As empresas de bens

    durveis

    por exemplo

    tendem a sofrer uma queda m aior do que empresas do setor alimentcio em um a

    recesso 0 oposto tambm

    verdade em urna economia em recuperao as

    emp resas de bens durveis oferecem um retorno maior ao acionista.

    As empresas que caminham conforme a economia

    e um pais so

    chamadas empresas

    cclicas e

    geralmente possuem um beta elevado ou seja

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    26

    osci lam

    de forma mais acentuada do que a maioria das empresas. JA as

    em presas que no s of rem um a grande osc i lao em

    perodos recessivos so

    chamadas empresas defensivas.

    As em presas deste setor incluem o s produtores

    e processadores de alimentos companhias farmacuticas e os servidores

    pblicos. Eles tero

    um desem penho m elhor do que os o utros quando a econom ia

    entrar em recess o.

    Para identifica r os c iclos econm icos o s analistas norte-am ericanos uti l izam

    um conjunto de indicadores desenvolvido pelo NBER

    National Bureau of

    Econom ic Research .

    Segundo Bo die

    et

    h

    (2000, p.361) estes indicado res

    ajudam na previso , na m edida e na interpretao da s flutuaes

    a c urto prazo

    na atividade econmica .

    Os indicadores esto separados de acordo com sua capacidade de

    prev iso . Os pr -ind ica dores so os ind icado res que co s tum am antec ipar o

    andamento geral da economia dando um sinal de alerta ao investidor. Os

    indicadores c oincidentes do o s inal af irm ativo s ob re determ inada tendncia e

    os ps- indicadores m os tram o f inal da

    tendncia.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    27

    Abaixo segue a tabela extrada do livro de Bodie

    et a (2000, p.361):

    A.

    r-Indicadores

    1

    Mdia

    de horas semanais dos empregados na produo (fabricao).

    2

    Mdia semanal

    de reivindicaes iniciais de seguro-desemprego.

    3 Novos pedidos para os fabricantes (setores de bens de consumo e

    materiais).

    4

    Desempenho do vendedor

    ndice

    de difuso de entregas mais lentas

    5

    Contratos e pedidos para a fbrica e equipamentos.

    6

    Novas unidades habitacionais particulares autorizadas por

    alvar

    para construo

    local.

    7

    Mudana nos pedidos dos fabricantes (Setores de bens durveis) que no foram

    atendidos.

    8

    Mudana

    nos pregos de materiais

    sensveis.

    9

    Pregos das aes, aes ordinrias do S P500.

    10 Oferta de moeda.

    11

    lindice

    das expectativas do consumidor.

    B.

    ndicadores Coincidentes

    1 Empregados em folhas de pagamento

    no-agrcolas

    2

    Renda pessoal menos pagamento de transferncias.

    3 Produo industrial.

    4

    Vendas de fbricas e

    de comrcio.

    C.

    s

    Indicadores

    1 Durao mdia do desemprego.

    2

    Coeficiente dos estoques comerciais para as vendas.

    3

    Mudana

    no

    ndice do custo de mo-de-obra por unidade de

    produo.

    4 Taxa diferencial mdia cobrada pelos bancos.

    5 Emprstimos comerciais

    e industriais no-liquidados.

    6 Quociente

    do crdito a prestaes-no-liquidadas do consumidor para a renda

    pessoal.

    7.

    Mudana no

    ndice de preos

    do consumidor para os

    servios.

    Tabela 1. Pr-Indicadores indicadores Coincidentes

    e Ps indicadores. Bodie 2000.

    Para

    Bodie et a (2000, p.363)

    a

    anlise

    setori l

    importante pelo mesmo motivo que a anlise

    macroeconmica:

    assim como

    difcil para um setor ter bom desem penho

    quando a

    macroeconomia

    est adoentada,

    r ro p r um empres ter

    desempenho idntico em um setor atormentado. [...] assim como

    o

    desem penho pode variar intensamente de

    pais para pais, pode

    variar tambm d e setor para setor.

    A realizao da

    anlise

    setorial depende de um bom agrupamento das

    empresas listadas em bolsa em seus respectivos ramos de

    atuao. Pode-se

    comear

    por um setor amplo como

    o

    de

    minerao,

    por exem plo,

    e dentro deste

    criar sub-grupos de ac ordo com a at iv idade principal da emp resa

    (carvo, ouro,

    etc. .

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    28

    Aps a elaborao da anl ise m acroeconmica o

    ana lista dev e utilizar as

    informaes

    coletadas pa ra identificar quais setores tero

    os melhores resultados

    no

    cenrio

    encontrado em sua perspectiva macroeconmica.

    Existem empresas

    para os m ais diversos cenrios

    macroeconmicos. No ano de 2002,

    foi comum

    ver se uma valorizao

    das aes das empresas de

    minerao

    brasileiras,

    principalmente a Va le do Rio Doce, em virtude do

    cenrio

    de pessimismo que o

    pais

    atravessava.

    Identificado o estado geral da economia (retrao, estagnao, expanso),

    e os diversos setores existentes, o analista deve pesquisar qua is setores so mais

    volteis, ou seja, os que

    sofrem um a maior

    variao de acordo com

    o estado geral

    da economia.

    Quando a economia passa p or

    perodo

    de expanso

    deve-se ter empresas

    mais

    volteis

    em carteira,

    quando

    a

    situao inversa

    os setores defensivos

    so

    os m ais indicados. Para a valiar a v olatil idade do s etor pode-se an alisar o grau de

    alavancagem

    financeira e

    operacional da em presa, ou

    o

    grau de

    alavancagem

    total, que

    a

    unio

    dos anteriores.

    Segundo

    Gitman 2001, p.374) a

    alavancagem

    operacional

    no uso

    potencial de custos fixos opera cionais para aum entar os efeitos de mudanas

    das

    vendas sobre o

    lucro da em presa antes dos juros

    e do imposto de

    renda . O s

    custos de um a empresa so

    divididos em fixos

    e variveis, o primeiro no

    varia

    conforme a qu antidade produzida,

    j

    os custos

    variveis se movimentam de

    acordo com as mercadorias vendidas, quanto mais a empresa vender, mais custos

    variveis ter.

    Se um a em presa possui um p ercentual de custos f ixos elevado em

    relao aos custos

    variveis,

    diz-se que esta

    tem

    um a lto grau de

    alavancagem

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    29/97

    receita de vendas

    receita de vendas

    PE

    custo total

    custo varivel

    custo fixo

    c

    t

    o

    r

    e

    i

    a

    c

    t

    r

    e

    i

    a

    custo varivel

    custo

    total

    Lusto fixo

    PE

    vendas em unidades vendas em unidades

    9

    operacional. Quanto maior a alavancagem operacional, maior a quantidade

    minima de produtos que a empresa deve vender para no ter

    prejuzo, o risco da

    empresa no conseguir vender esta quantidade minima

    maior do que

    o de uma

    empresa com GAO grau de alavancagem operacional) baixo. A vantagem de ter

    um GAO alto

    a maior possibilidade de retorno, j que depois de atingido

    o

    ponto

    e

    equilbrio

    operacional as receitas esto livres de maiores custos. Os grficos

    abaixo visam trazer um melhor entendimento da utilizao da alavancagem

    operacional.

    Figura 2: Alavancagem operacional, Gitman 2001)

    Observando

    o grfico

    pode-se perceber que a empresa B possui um GAO

    maior, tornando-se mais arriscada, j que seu PE ponto de

    equilbrio

    tambm

    mais elevado, porm quando ambas as empresas atingem a quantidade Q de

    vendas, a lucratividade em azul) da empresa B se torna maior.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    30

    Em uma economia em expanso

    o

    investidor deve buscar, em geral,

    empresas com GAO alto em relao ao seu setor, pois devido ao aquecimento da

    economia, a probabilidade da empresa conseguir vender a quantidade minima de

    produtos, atingindo e

    superando em grande margem o seu ponto de

    equilbrio,

    grande

    Para calcular

    o

    GAO, Gitman (2001, p.376) prope a seguinte frmula:

    GA O var iao percentual no

    LAJIR

    variao percentual nas vendas

    Equao 1: Grau de alavancagem operacional, GITMAN 2001)

    GAO maior que 1 indica alguma alavancagem operacional. Por exemplo,

    se o GAO

    igual a 2,

    ento

    para cada mudana de 1% nas vendas, os lucros

    mudaro 2 na mesma direo, seja para cima ou para baixo.

    0

    grau de alavancagem financeira (GAF) tem funcionamento semelhante

    ao GAO

    e pode ser definido como o

    potencial de uso de custos fixos financeiros

    para maximizar os efeitos de variaes em lucros antes de juros

    e imposto de

    renda nos lucros por ao da empresa (GITMAN, 2001, p.377). 0 custo fixo

    financeiro encontrado na demonstrao de resultados da empresa so os juros

    sobre dividas, os dividendos de aes preferenciais so tratados como custos

    variveis

    As decises sobre

    o

    GAF envolvem a escolha sobre a captao de

    recursos da empresa, que pode ser de capital prprio ou de terceiros. Os juros do

    capital de terceiros so fixos e

    por isso no variam conforme a lucratividade da

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    31

    empresa, j

    os dividendos

    so

    pagos de acordo com os lucros obtidos, sendo

    assim,

    quando maior

    o

    percentual de capital de terceiros a empresa possuir, maior

    ser o seu GAF

    e o

    seu risco de

    no pagamento.

    Gitman 2001, p.379)

    utiliza a seguinte

    frmula

    para calculo do GAF:

    GAF=

    percent gem de

    v ri o

    no

    LPA

    percent gem de

    v ri o

    no

    LAHR

    Equao 2:

    Grau de

    alavancagem

    financeira,

    Gitman 2001)

    Para calcular

    o

    grau de

    alavancagem

    total GAT) basta multiplicar

    o GAO

    pelo GAF:

    GAT GAO x

    GAF

    Equao 3:

    Grau de alavancagem total,

    Gitman 2001)

    Agora que

    j

    foram observados os principais aspectos

    macroeconmicos

    a

    serem considerados, bem como os mecanismos existentes para identificar quais

    empresas tm maior probabilidade de trazer retorno ao acionista nos diversos

    cenrios

    possveis,

    devemos ater nossas

    atenes aos ciclos econmicos dos

    setores.

    Os ciclos

    econmicos

    dos setores so as fases por quais estes passam at

    atingir a estagnao

    ou queda na produo. Bodie et al 2000, p.367) divide os

    ciclos

    da seguinte forma:

    Estagio inicial.

    Caracterizado pelo crescimento extremamente rpido est

    ligado ao surgimento de novas tecnologias, como por exemplo os

    videocassetes no final dos anos 80. um estgio

    mais arriscado

    j

    que

    geralmente existem

    vrias

    empresas disputando a

    liderana do mercado.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    32

    Consolidao.

    Caracterizado pelo crescimento menos rpido, mas ainda

    assim mais rpido do que

    o

    da economia em geral. Neste

    stgio

    comeam

    a surgir os lideres de mercado os sobreviventes do

    estgio

    inicial esto

    mais

    estveis,

    sendo mais fcil realizar algum tipo de previso

    quanto ao seu futuro.

    Estgio

    de m aturidade. C aracterizado pelo crescimento na v elocidade d a

    economia em geral. Neste ponto

    o produto j atingiu

    o

    seu potencial

    completo de uso pelos consumidores. As empresas deste estgio so

    conhecidas como g eradoras de caixa.

    Estgio

    em queda relativa onde o

    setor cresce menos rapidamente do

    que o

    resto da economia ou a bem da verdade encolhe. 0 produto se

    torna obsoleto

    e surgem nov as tecnologias mais baratas

    e

    eficientes.

    ciclo em q ue a empresa esta inserida esta diretamente relacionad o com

    o

    percentual de lucros que a mesma des tina aos seus acionistas. Em presas que se

    encontram no estgio inicial do ciclo demandam grande quantidade de

    investimentos, j que geralmente possuem projetos m ais rentveis do que a taxa

    bsica de juros da economia local, sendo assim

    o

    percentual de lucros qu e estas

    empresas devolvero aos acionistas ser

    j que os mesmos sero

    reinvestidos em novos p rojetos.

    JA as empresas q ue se encontram em estgio de maturidade tero taxas de

    dividendos ma iores, por isso so con hecidas como geradoras de caixa, so as

    vacas leiteiras da economia. As taxas de retorno de novo s projetos para

    o

    setor

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    est gio

    inici l

    qued

    rel tiv

    m turid de

    onsolid o

    vend s

    crescimento

    rpido

    cresci

    mento

    const nte

    crescimento

    lento

    crescimento

    im ou

    neg tivo

    destas empresas costuma ser menor do que a taxa bsica de juros, isto porque

    o

    produto j tingiu

    o

    potencial completo de uso pelos consumidores.

    Abaixo temos um grfico

    extrado

    de Bodie

    et al

    2000, p.368) que ilustra

    melhor os estgios de vida dos setores.

    Figura 3: Ciclo econmico dos setores, Bodie

    et al

    2000)

    Sendo assim no

    vantajoso realizar novos projetos,

    e

    caso isto ocorra

    empres

    estar

    destruindo seu valor econmico, por isso

    mais vantajoso para a

    mesma distribuir os seus lucros entre os acionistas do que reinvesti-los.

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    2.2

    Teorias

    e

    ferram entas da

    anlise

    tcnica

    Seg undo Noronha 199 5, p.1) anlise

    tcnica

    a

    cincia que bu sca,

    atravs

    do estudo d e registros

    grficos

    multiformes, associados

    formulaes

    matemtico-estatsticas

    incidentes sobre pregos volumes e

    contratos em

    aberto do

    passado decorrentes dos diferentes ativos

    financeiros

    proporcionar, atravs da

    anlise

    de

    padres

    que se repetem

    condies

    para

    qu

    possamos projetar

    o

    futuro caminho dos

    preos dentro de uma lgica de maiores probab ilidades.

    A

    anlise

    tcnica ao contrario da fundamentalista no leva em

    considerao fatores externos, como

    informaes

    sobre

    projees

    de lucro das

    emp resas, seus indices de lucratividade ou de atividade, so utilizadas som ente

    as informa es de preg o, ou seja, da oscilao de preg os do ativo financeiro na

    bolsa de v alores.

    Para N obre 2001) a

    anlise

    tcnica utiliza somente dados produ zidos no

    mercado de

    aes, no

    se fazendo necessrio

    o

    conhecimento dos motivos pelos

    quais uma a o sobe ou desce, sendo o

    mais importante detectar,

    o

    mais rpido

    possvel, o comeo

    destes mov imentos, a f im de que se tome um a

    posio

    na

    ponta comp radora ou v endedora, de acordo com a indicao do mom ento dada

    pelo mercado.

    A inda segundo Nob re 2001), informaes como noticias do

    balano,

    datas

    das assemblias gerais

    ordinrias e extraordinrias,

    novos contratos

    e rescises,

    declaraes

    gov ernamentais relacionadas com a atividade da em presa, etc., so

    importantes para definio

    do prego de um ativo, porm

    fato que estes dados

    34

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    35

    no so

    democraticamente

    acessveis

    a todos os participantes do mercado, a

    cada momento. Os participantes mais fortes

    insiders),

    freqentemente

    obtm

    informaes

    relevantes para

    o

    desempenho do ativo, antes que outros

    o faam.

    Esse conhecimento

    no democrtico

    das

    informaes

    conhecido como

    assimetria

    da

    informao, e

    representa um dos pilares da

    anlise

    tcnica, pois

    acarreta na

    diviso

    dos processos de alta

    e

    baixa de

    pregos

    em fases definidas,

    consistindo

    o

    tr b lho do n list em

    identific-las,

    posicionando-se

    adequadamente em cada uma delas.

    2 2 1

    Teoria ow

    Charles Henry Dow nascido em

    6

    de novembro de

    1851,

    em Sterling,

    Connecticut,

    considerado

    o

    pai do jornalismo financeiro moderno. Dow junto com

    seu

    scio Edwad

    Jones fundaram em

    1882

    a Dow Jones

    &

    Company,

    e

    em julho

    de

    1884,

    publicaram

    o

    primeiro

    ndice

    do mercado de

    aes

    Dow Jones Index

    Average

    que permanece at os dias atuais como

    o

    principal

    norteador

    dos

    mercados mundiais (MURPHY,

    1999).

    Charles Dow foi

    o

    primeiro a propor

    o

    conceito de tendncia em mercados financeiros (ou seja, a direo do mercado)

    em seus artigos no

    The Wall Street Journal

    entre

    1900 e

    1902.

    Segundo Edwards

    e

    Magee 1992),

    embora Dow

    no

    tenha escrito nenhuma teoria,

    aps

    sua morte

    e m

    1902,

    seus trabalhos foram reunidos

    e

    publicados, surgindo

    ento

    a expresso

    Teoria

    Dow .

    Segundo Nobre

    2001),

    o

    primeiro a descobrir os mritos das

    observaes

    de Dow foi S.A. Nelson,

    reprter

    do

    ento

    Wall Street Journal, durante

    o perodo

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    36

    de Dow na

    editoria.

    Nelson reuniu no l ivro The A

    B

    C

    of Stock Speculation ,

    editado em 1902, em quinze

    captulos, as pr incipais idias de Dow publ icadas em

    sua coluna

    diria.

    objetivo da sua teoria

    identif icar tendncias de longo prazo nos

    pregos

    do mercado acionrio,

    utilizando d ois indicadores: a

    Mdia Industrial Dow Jones

    (DJIA)

    com o indicador pr incipal das tendncias subjacentes; e a Mdia de

    Transportes Dow Jones

    (DJTA)

    com o teste para co nfirma r ou reje i tar este sinal

    (BODIE,

    KANE, MARCUS, 2000).

    Chande

    e Stanley

    (1994)

    explicam com o D ow comparava os d i fe rentes

    t ipos de tendncia aos m ovim entos do m ar. Quando a

    m ar esta subindo, cada

    onda que quebra, quebra um pouco m ais alto que a outra e depo is recua. Assim,

    se colocarmos um basto assinalando o ponto mximo a t ing ido

    pe la onda , em

    pouco tempo saberemos se a m ar m ontante ou vazante , demorando-se um

    pouco m ais a se perceber a

    tendncia quando da reverso

    de um a para a outra.

    As tendncias de curto prazo , dirias

    ou de pouca semanas para Dow se

    com paravam a s cristas, no tendo assim m aior

    relevncia.

    A Teor ia Dow destaca a lguns

    princpios q u e p o d em ser o b ser vad o s em

    Murphy

    (1999), Nobre (2001), Noronha

    (2003) e Pring (1991):

    a) As md ias e os

    preos descontam tudo (exceto os Atos de D eus).

    que se

    pretende dizer com isto

    que a

    situao presente do m ercado

    uma

    antecipao

    do futuro e no

    um reflexo do passado.

    Isto 6,

    se o prego

    de

    um ativo est

    alto no

    porque no pa ssado esteve baixo e, portanto, devia

    subir , mas sim p orque

    o

    mercado est

    prevendo um a

    situao positiva da

    empresa emissora do titulo,

    a se concretizar numa data posterior.

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    37

    Analogamente, se

    o

    preo est

    baixo

    porque o mercado est antecipando

    posteriores problem as relativos emp resa, ao seu setor de atua o, ou at

    mesmo economia como um todo. Assim, os pregos das aes e

    as

    mdias indices do mercado) so o

    valor futuro descontado para

    o

    presente, da mesm a forma como se faz com flux os de caixa na

    Matemtica

    Financeira. Po rtanto,

    o

    que mostrado pelo mercado, no m omento,

    preo

    justo da a o, no havendo at ivo avaliado para mais ou para menos

    que este parmetro. Este primeiro principio est relacionado idia de

    valor.

    b) 0 mercado deve ser sempre analisado como sendo composto de trs

    movimentos todos se desenvolvendo ao mesmo tempo: o

    primeiro

    o

    movimento do dia a dia, representando o curto prazo; o

    segundo a

    pequ ena mud ana, ocorrendo de duas semanas a um m s e, s vezes, em

    at vrios meses, correspondendo ao mdio prazo; o

    terceiro

    o

    movimento principal ou de longo prazo cobrindo, em m dia, quatro anos de

    durao, e corresp ondend o ao ciclo m dio da econom ia capitalista. Este

    principio est associado ao tempo.

    C A tendncia do mercado pode ser decomposta, para efeito de

    anlise

    em:

    Tendncia Primria ou Histrica, a qual no comporta nenhum tipo de

    manipu lao este movim ento principal pode apresentar reverses qu e

    no alteram, em absoluto, a sua trajetria; Tendncia Secundria

    ou

    Intermediria que consiste nas reverses acima citadas e

    permite que

    ocorra algum a manipu lao; Tendncia Terciria consistindo em peq uenas

    oscilaes reforando ou contrariando um dos dois movimentos anteriores,

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    e onde

    verificada por vezes a influncia dos manipuladores

    de prego.

    Neste terceiro principio

    est

    implcita

    a idia de volume, isto

    6 para

    manipular a Tendncia

    Primria

    seria necessrio

    um investidor com

    tam anhos recursos que

    no haveria mais

    o

    m ercado form ado pela le i da

    oferta e procura, mas somente ele atuando sozinho. Para influir na

    Tendncia Secundaria

    po ssvel haver recursos disponveis

    este

    propsito

    dependendo do p pel

    e das

    condies

    das negociaes

    no

    momento .

    J

    a Te ndncia Tercidria

    esta sim sofre usualm en te os e feitos

    de grupos interessados na

    especulao

    de curto prazo, visto que se

    relaciona a volumes menores de

    negociaes.

    Os m ovim en tos citados

    esto

    segundo Dow, em ordem decrescente de

    fora: o movimento

    Primrio corresponderia as mars

    de terminadas pela posio

    da Lua; as

    ondas, que podem ser geradas pelos ventos, se associa

    o movimento

    Secundrio

    e, finalmente, as

    m rol s so

    a Tendncia Terciria

    corresponde ndo a um a espcie d e

    rudo causadas at por movim entos de

    embarcaes

    por exemplo. Desta forma, as mars

    e as ondas

    so

    originadas por

    foras naturais e nquanto as

    marolas

    pode m ser criadas por

    um fator e xterno proposital.

    d 0

    m ercado de Al ta

    compe-se de

    trs

    fases: Acumulao

    Alta e

    Euforia.

    C o m o a

    difuso

    de

    informaes

    relevantes na formao de pregos do ativo

    ou me rcado

    no

    sim ultnea

    a Teoria Dow prev, a

    atuao

    de

    3 grupos

    de investidores sendo que aqui verem os em que

    seqncia isto se d:

    I.

    Acumulao -

    Ne sta fase inicial do

    perodo

    de alta, aps os

    pregos

    terem

    cado bastante os insiders

    comeam

    a acumular a

    ao

    de

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    39

    forma

    disfarada,

    isto

    6

    compram com uns, vendem com outros, pois

    o

    seu interesse

    o

    de fazer

    posio

    no papel com

    o

    prego mais baixo

    possvel, o

    que

    no

    conseguiriam se houvesse excessiva demanda

    mercado. Os operadores de

    prego no

    anunciam que compram, mas

    vo

    aos vendedores

    e

    fecham

    negcio.

    difcil

    para

    o

    analista

    identificar esta fase;

    II.

    lta

    A partir deste momento,

    j h

    um consenso entre os

    profissionais de mercado de que se passou uma fase de

    acumulao

    e

    h

    um movimento de alta.

    grupo por dentro , agora devidamente

    posicionado na

    ao

    tem interesse em que

    o

    seu preo suba, no

    disfarando

    mais as suas compras (compra anunciada). Com a

    entrada dos analistas (outsiders) demandando

    o

    papel, ocorre uma

    valorizao expressiva do ativo, at que

    o

    pblico

    em geral se sinta

    atrado

    para

    o

    mercado;

    Ill.

    Euforia

    Com a chegada deste

    ltimo

    grupo (out outsiders), os

    nveis

    de prego chegam rapidamente a patamares elevados, a partir dos

    quais se encerra

    o

    ciclo de alta, tendo

    inicio

    logo a seguir,

    o

    ciclo de

    baixa.

    e

    mercado de Baixa

    compe-se

    de trs fases: Distribuio, Baixa

    e Pnico.

    Da mesma forma que para

    o

    mercado de alta,

    o

    de baixa vai apresentar a

    atuao

    dos

    j

    citados grupos, em uma ordem

    caracterstica

    para este

    movimento:

    I

    istribuio

    Na fase inicial deste movimento, os analistas

    percebendo que

    o

    ciclo anterior

    est

    se esgotando, procuram se

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    40

    desfazer da

    ao

    ainda com um preo alto. Para isto quem lhes d

    sada

    do mercado

    a massa d e investidores desinformad os que

    chegou por ltimo

    e

    acha que o

    processo de alta agora sem mais

    nenhum fundamento vai continuar. Na fase de distribuio os

    operadores no anunciam que vendem mas vo ao encontro dos

    compradores para fechar negcio isto 6 no assustam os

    compradores para que possam passar o papel a um bom prego. Neste

    mome nto a grande parte dos insiders j deixou

    o

    ativo ou

    o

    mercado

    ou assumiu uma posio vendida no mercad o futuro por exemplo

    cabendo a o analista segui-los

    o

    mais rapidamente

    possvel;

    II. Baixa Em seguida verifica-se

    o perodo

    de b aixa propriamente dita

    no qual

    o pblico em geral acredita ser um reajuste para uma posterior

    alta. Contudo aps algum tempo

    o

    grupo

    outsi er

    percebe que

    o

    papel no sobe de preo

    o

    que

    bvio pois no h um outro grupo

    de pessoas

    que

    o

    demandem de suas

    mos

    estando o mercado

    pronto para a fase final de baixa;

    Ill.

    nico

    A partir deste momento

    o que se observa um processo no

    qual

    o

    ltimo

    grupo vende de uma forma desordenada contribuindo

    grandem ente para a rpida depresso dos pregos. A inclinao deste

    movimento 6 fortemente descendente pois se trata de uma fase de

    liquidez estreita na qual junta-se a grande quantidade de vendedores

    com a falta de compradores.

    Aps o Pnico o

    mercado entra numa etapa de Baixa Lenta onde os

    vendedores resistem em vender mais baixo

    e

    os compradores no se

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    41

    amimam a pagar m ais caro, retraindo-se bastante

    o nmero de

    negcios.

    A

    partir de

    ento,

    in ic ia-se n ovamen te a fase d e Acumulao

    d e u m n o v o

    proces so de al ta, repet indo-se todo

    o

    ciclo de novo.

    Alis, a tendncia

    cclica

    d o mercad o

    j

    era conhecida pelos negociadores de

    ttulos,

    antes

    mesm o de Dow, se traduzindo num antigo di tado comum nos EUA : Buy

    low, sell high (comprar

    na baixa e

    vender na alta).

    f)

    As md ias devem se conf irmar (convergir) . Da

    anlise

    das duas mdias

    Ferroviria e

    Industrial Dow concluiu que, no comportamento normal do

    mercado ambas apontavam na mesma direo. Isto

    6, conforme

    observado por Ham i lton, para se ter um m ovim ento de al ta validado, as

    du a s m di a s de ve m e s ta r e m a lta e , a na loga m e nte , e m ba i x a , a s du a s

    devem estar nessa tendncia . No caso de divergncia entre as du as, ou

    seja , uma em

    trajetria

    ascendente

    e a outra em descendente , qualquer

    uma d as duas tendncias

    al ta ou b aixa n o

    se fundam enta . Mais

    tarde com a

    criao

    dos diversos indicadores observou-se que a

    divergncia

    en tre o s mesm o s e

    os preos

    era um impo rtante fator de

    antecipao de

    reverses

    de tendncia.

    g )

    Volume acompanha a

    tendncia.

    Quando a tendncia do m ercado

    est

    definida,

    o volu m e de negcios

    geralmente alto se retraindo nos

    mom entos de

    indef inio. 0

    volume util izado n os grficos

    tem importante

    funo de

    confirmao dos m ovimentos das cotaes e

    corresponde

    quantidade d e

    aes

    negociadas

    e no ao volum e financeiro (moeda)

    das

    operaes.

    Tanto na baixa corno na alta o

    volume e levado con f irma

    tendncia forte, sendo fundamental sua

    percepo

    nos rompimentos de

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    42/97

    42

    Linhas de Tend ncia ou de Figuras. Na Tabela

    extrada

    do livro Nobre

    2001, p.17), esto relacionadas as

    possveis combinaes

    entre

    movimentos de pregos de um ativo e o

    volum e correspondente do mesmo:

    Pregos

    olume

    valiao

    do

    Mercado

    Subindo

    lto

    orte para cim a

    Caindo

    lto

    orte para baixo

    Subindo

    aixo

    raco para cim a

    Caindo aixo raco para baixo

    Tabela 2. Movimentos de prego. Nobre, 2001.

    Nas

    situaes

    em que o mercado fraco, espera-se um a

    reverso

    iminente

    da tendncia. Desta forma, o

    m ercado com pouco volum e

    perigoso: tanto

    pode subir quanto cair.

    h m ercado de lado pode aparecer nos m ovimentos

    secundrios, 0

    mercado

    de lado ou de desenvolvim ento lateral pode substituir um a

    Tendncia

    Secundaria

    ou um a parte dela somente,

    o

    que

    m ais comum , significando

    que a

    presso

    de com pra e venda esta

    m ais ou m enos equilibrada.

    Dificilmente o mercado

    ter

    um a tendncia primaria

    de lado.

    i Usar som ente

    pregos

    de Fecham ento. Dow utilizava, em suas anlises,

    grficos

    de linhas

    construidos ligando-se as

    cotaes de fechamento dos

    dias,

    no

    se utilizando os

    pregos

    de abertura nem os

    mximos e

    os

    mnimos,

    que deram origem as barras de pregos dos

    grficos de barras.

    uso do fecham ento conferia ao

    ndice

    uma certa volatilidade, fazendo com

    que o

    m esm o acom panhasse de perto os movim entos

    rpidos

    do curto

    prazo. Hoje em dia

    comum

    o uso das outras cotaes,

    tanto no grfico

    de

    barras, com o nos diversos indicadores

    disponveis nos

    Softwares

    de

    anlise tcnica. Contudo,

    o

    fechamento continua sendo da maior

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    43/97

    43

    importncia,

    pois

    em cim a dele que os

    traders estabelecem seus pianos

    de atuao pa ra o

    dia seguinte. H, inclusive, um ditado co m um nos EUA

    que afirma que A abertura

    dos tolos

    e o

    fecham ento dos espertos .

    j)

    Deve-se pres um ir que um a tendncia

    ser

    mantida at que se tenha uma

    sinalizao definitiva de sua reverso.Enquanto no houver um sinal

    evidente de mudan a de tendncia, adm iti -se a con t inuao da anter ior . 0

    anal ista grfico no deve, portanto, se an tecipar a no vas form aes, sob

    pena de aum entar demas iadamente

    o

    risco envo lvido na operao.

    Para Chande

    e

    Stanley (1994), ainda que os analistas tcnicos ou

    pesquisadores acadm icos con siderem a Teoria Dow ultrapass ada, a abordagem

    de m uitos dos m todos estatisticam ente sofisticados

    essencialm ente variante da

    abordagem de Dow. A Anl ise

    Tcnica moderna em suma est assentada nos

    fundamen tos de Dow.

    2.2.2

    Teoria de Elliot

    Desenvolvida por Ralph Nelson Elliot por volta de 1930, a 'Teoria Elliot

    busca determinar

    o

    futuro do com portamento dos preos a t ravs de um padro

    repetitivo de cinco o ndas de im pulso s eguida de trs o ndas de correo. Ela est

    baseada na repet io do com portamento p sicolgico da m assa.

    Segundo N oron ha (2003), Elliot acreditava que sua teor ia sob re

    o

    mercado

    era parte de uma lei natural muito maior que governava todas as atividades

    hum ana s. Ele detalhou a sua

    Wave Theory

    em vrios a rtigos da revista

    inancial

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    44/97

    44

    Wor ld

    em

    1939, afirmando que os

    pregos

    das aes so

    decididos

    por ciclos que

    residem nos

    nmeros

    de Fibonacci

    (1-1-2-3-5-8-13-21...).

    Abaixo

    apresentada a

    forma

    bsica

    das cinco ondas em subida e das

    t rs de descida.

    Figure

    4. Ondas de Elliot. Fonte: Autor

    As

    ondas 1 , 3 e 5 rep rese n tam o im pu lso , ou ondas positives men o r es n u m

    grande mo v im ento de

    subida.

    As on d as 2 e 4 r ep resen tam a

    correo , ou

    as

    ondas

    negatives

    me nores num a tendnc ia

    de

    alta. As ondas e C r ep resen tam

    as ondas negat ivas meno res num grande mov ime n to

    de queda, enquanto que a

    o n d a B r ep resen ta o n ic o m o v im en to

    de

    s u b id a n um m o m e n to

    de

    queda. Para

    Edwards

    e

    Magee (1992), Elliot

    props a

    ex is tnc ia das ondas em d iversos

    nveis,

    ondas dentro

    de on das. F igura 5.

    Pode-se ver a

    apl icao

    da

    sr ie

    de Fibonacci nos mercados de ativos em Dobson

    (1984).

    Ele

    dedicou uma obra

    inteira ao estudo da apl icao

    da sr ie

    de Fibonacci aos mercados de ativos,

    incluindo sua simetrias.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    45/97

    5. b

    )

    2

    612]

    2:brides

    = 6ondas:

    I

    234-5,4

    34

    on s

    igura 5. Ciclo Completo de Elliot. Fonte: Autor.

    Elliot class ificou precisam ente nove ca tegorias de m agnitudes, em ordem

    descendente de tamanho:

    grand supercycle supercycle cycle primary

    interm ediate; minor; m inute; minueffe; e sub-minueffe.

    Segundo Achelis (1995), as ondas maiores determinam a tendncia

    vigorante no mercado

    e

    as on das m enores determinam tendncias

    intermedirias.

    Seguindo uma forma s emelhante a Teoria Do w, na determinao das tendncia

    primria e secundrias.

    Para n egociar utilizando os pa dres d as o nd as d e Elliot preciso identificar

    a on da pr incipal ou

    supercycle

    comprand o no inicio

    e

    vendendo na pr imeira

    valorizao auferida, ou colocando -se a venda, quando d determinad a a

    inverso.

    45

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    46/97

    46

    2.2.3

    A construo do Grfico de B arras

    Antes d e entrar em detalhes a respeito das teorias existentes na

    anlise

    grfic importante que se tenha um conhecimento bsico a respeito da

    construo do grfico.

    Existem diversas formas de se montar um g rfico, antigam ente os mesmos

    eram m ontados a mo em folhas de papel q uadriculado, o que no era uma tarefa

    fcil dev ido

    preciso

    exigida

    e ao tamanho d os grficos. Atualmente no se

    pensa em

    anlise grfica

    sem o uso de um computador, atravs do mesm o

    possvel

    alterar

    o

    tipo de grfico em segundos Os tipos de

    grficos

    mais

    conhecidos so NO RO NHA, 2001, p.11):

    Grfico de b arras;

    Grfico de velas

    candlestick);

    Grfico de ponto e figura.

    Existem outros tipos de grficos como

    o Renko e o K aji, porm so pouco

    conhecidos

    e

    utilizados.

    grfico de b arras

    assim chamado porque cada dia de atividade do

    prego de um ativo financeiro

    representado por um a b arra vertical. um grfico

    que registra e evoluo

    dos preos no tempo, na linha vertical temos a escala de

    valores, e

    na linha horizontal a escala de tempo.

    Uma barra do g rfico

    composta pelos prego s de ab ertura, fechamento,

    mximo

    e

    mil

    l imo . O g rfico pode ser mo ntado em

    vrias periodicidades, se

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    47/97

    Maxima

    Fehamult

    Abert o a

    Minima

    47

    escolhermos um grfico de uma semana por exemplo uma barra deste grfico

    mostrara

    o

    primeiro prego da semana

    o

    ultimo preo da semana alm da mxima

    e

    minima da semana.

    Para facilitar

    o

    entendimento segue abaixo uma figura mostrando do que

    composta uma barra grfica.

    Figura 6: Barra grfica, NOBRE 2001).

    Um grfico

    composto por diversas barras

    e o

    estudo da evoluo

    destas barras

    e

    dos padres formados por elas que da origem as teorias

    existentes na

    anlise grfica.

    A barra de um grfico demonstra ao analista a disputa entre as duas foras

    do mercado compradores

    e

    vendedores. Quando os compradores esto

    dominando a disputa

    o

    preo de fechamento fica acima do preo de abertura j

    quando os vendedores assumem vantagem

    o preo

    de fechamento fica abaixo do

    preo de abertura. No mercado

    comum vermos as palavras

    ull

    touro) e

    ear

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    48/97

    48

    urso) para identificar qual lado esta vencendo a batalha, se os com pradores

    conseguem em purrar os pregos para cima diz-se que

    o

    mercado Bul l ish quando

    o oposto ocorre o mercado passa a ser

    Bear ish.

    A minima e

    a maxim a da barra demon stram ao investidor qual a

    fora

    maxima dos lados, ou seja, at que ponto os vendedores tem

    fora

    para empurrar

    os pregos para baixo, e at que ponto os compradores tem

    fora

    para empurrar os

    pregos para cima. A

    distncia

    entre a m axima

    e

    a minima comprimen to) revela

    quo intensa a disputa entre compradores

    e

    vendedores. Para Noronha 200 1,

    p.13)

    uma

    barra de tamanho mdio define um mercado relativamente

    tranqilo. Uma barra que apenas a metade do tamanho mdio

    revela um mercado sonolento

    e

    desinteressado. Uma barra que if

    o dobro da mdia mostra um mercado em

    ebulio,

    on e

    compradores e vendedores batalham em todos os momentos.

    Abaixo, segue o

    exemplo de um g rfico de barras da empresa Vale do Rio

    Doce , este grfico apresenta uma periodicidade diria, ou seja, cada barra do

    grfico representa um dia de preg o.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    49

    i

    78.1000, 79.5000, 77.8200, 78.4700, +0.17000)

    7

    100

    95

    90

    5

    ber

    2 003

    I

    February arch prI

    ay

    i i

    1 1

    1 1

    t

    1

    8 0

    Figura

    7: Grfico

    de barras

    dirio da Vale do Rio Doce Fonte:

    Metastock

    Professional

    Existem vrias periodicidades para os grficos, da mesma forma, a escala

    de valor pode assumir variaes. A escala de valor pode ser aritmtica ou semi-

    logartmica,

    na primeira no existe diferena de tamanho entre os valores

    apresentados, ou seja, a variao de 1 para 2 e de 10 para 11 tem a mesma

    representao no grfico. Nota-se, que neste caso, quando

    o preo varia de 1

    para 2 h um aumento de 100 , quando varia de 10 para 11 h um aumento de

    1 0 % .

    Tal distoro pode prejudicar a anlise dos grficos, principalmente os de

    longo prazo, pois estes costumam englobar uma variao de preo maior. Na

    escala semi -logartmica

    (semi-log) esta distoro no ocorre, sendo apresentado

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    50/97

    51.3400, 51.9000, 51.0000, 51.4000, -0.20000)

    60

    55

    50

    45

    40

    35

    30

    25

    20

    15

    10

    1993

    99519961997199819992

    51.3400. 51.9000. 51.0000. 56.4000,

    0.20000)

    2001 22

    0

    60

    50

    40

    30

    20

    10

    1993 995

    199619971 99 19992 2 12 22

    5

    no grfico a variao real dos preos. Em seguida so apresentados dois

    exemplos de um mesmo grfico da Petrobrs

    PN o

    primeiro est em escala

    aritmtica,

    e o

    segundo em escala semi-log.

    Figura : Diferenas entre as escalas. Fonte: Metastock

    Professional.

    Outra fonte importante de informaes fornecidas pelo mercado

    o

    volume

    que

    a quantidade de ativos financeiros negociada, por exemplo, no dia

    09/05/2003

    o volume de negcios da 'tab S.A., no prego eletrnico da bolsa de

    valores de So Paulo, foi de 178 milhes de aes, ou R 33.873.825. No caso

    dos mercados futuros deve-se analisar os contratos em aberto, que so os

    contratos mantidos pelos agentes do mercado

    aps o

    trmino do prego. No dia

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    51/97

    I=

    197500 198900 195000 197140 +117999) x

    Ma

    y Jun

    II

    Jul

    u

    g

    Sep

    Oc

    Nov

    II

    U

    Dec

    12003

    - 10

    200

    90

    180

    170

    160

    150

    140

    130

    120

    10

    60000

    50000

    40000

    30000

    20000

    iIIi Il i

    l l i lm i

    V o 7 x 7 0

    7

    P

    Feb Mar Apr

    Ma

    y

    51

    09/05/2003,

    por exemplo, haviam

    52.329

    contratos futuros do ndice

    bovespa

    em

    aberto.

    Abaixo se tem

    o

    exemplo de um

    grfico ITAU4)

    contendo

    o

    volume de

    negcios.

    Figura : Itaii

    S A

    e seu volume Fonte:

    etastock Professional

    0

    volume

    geralmente mostrado abaixo do

    grfico,

    atravs de barras

    verticais. Tanto

    o

    volume quanto quantidade de contratos em aberto trazem

    informaes importantes relacionadas disputa entre compradores e

    vendedores.

    2 2 4

    inhas de Tendncia

    As linhas de tendncia

    so

    a primeira abordagem como procedimento do

    analista

    grfico

    na compra

    e venda de aes.

    Pode-se

    identificar atravs das

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    52/97

    52

    mesmas qual o

    lado da tendncia principal do m ercado, e

    posteriormente, analisar

    possveis

    canais de tendncia

    e

    pontos de resistncia e

    suporte. Para Nobre

    2001,p.33)

    Diz-se que o

    preo

    de uma a o chegou ao seu suporte quando

    ela atingiu

    o preo

    mnimo

    que ela pode atingir num determinado

    momento, ou seja, um

    nvel

    que atrai tantos com pradores que

    os preos so suportados acima dele. [...] chama-se de

    resistncia do preo de uma ao um preo m ximo em que, se a

    ao o atingir, aparecero

    tantos vendedores que ela no

    conseguir

    ultrapass-lo.

    Em suma, suporte e

    resistncia seriam o s limitantes inferiores

    e superiores,

    respectivamente do preo de uma ao. Estes dois conceitos devem ser

    entendidos dinamicamente, isto 6, com

    o

    passar do tempo, os valores anteriores

    no s o mais respeitados

    e

    novos valores so estabelecidos.

    Para se traar uma linha

    e

    tendncia ou de suporte

    e

    resistncia)

    necessrio dois pontos no minim), quantos mais pontos a linha

    tocada mais

    forte ela se

    tornar Segundo Edwards e Magee 1992),

    muito

    difcil

    definir na

    prtica um nix/el de suporte

    e

    resistncia atravs de um equacionamento

    matemtico rgido, a fim de identificar a evoluo de um ativo at porque esse

    nveis

    podem sofrer falsos rompimentos.

    Em uma tendncia de alta ao se traar uma reta passando pelos dois

    primeiros pon tos de

    mnimo

    existentes no grf ico suportes), tem-se uma l inha de

    tendncia de alta. Pode-se dizer que existe uma tendncia de alta quando o

    mercado se comportar ficando acima desta linha. Uma nova tendncia s sera

    confirmad a quando os p reos passarem abaixo desta l inha, como mo stra a figura

    nmero 10.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    sq

    T e m p o

    Figura 10.

    Linha de Tendncia de Alta

    Fonte: Autor.

    Quando

    se tern um a

    tendncia

    de baixa tragada uma reta passando

    pe los dois pr im eiros po ntos de m xim o do grf ico

    resistncias), tend o

    um a linha

    d e t e nd nc ia d e b a ix a . So m e nt e s e o s p r e g o s d a a o f e c hare m ac im a

    dessa

    linha po de -se dizer que a tendncia de baixa acabou com o m ostra a figura nm ero

    1

    53

    Figura 11. Unha

    de

    T endncia

    de

    Baixa. Fonte:

    Autor

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    54/97

    54

    Segundo Nobre 2001),

    o

    traado das l inhas de tendn cia deve obedecer

    duas premissas bsicas:

    a) No deve ser feita por m xim os ou

    mnimos

    muito prximos;

    b)

    No

    ser

    significativa se resultar mu ito inclinada. Isto 6, o corte de linhas de

    tendncia menos

    ngremes m ais expressivo do que

    o

    de l inhas m ais

    inclinadas.

    2 2 4 1

    anals de Alta e de Baixa

    As tendncias com portam -se dentro de canals, pode-se traar canals de

    curto, mdio

    e

    longo prazo, sendo que, quanto mais barras fecham entos) so

    usados p ara traar

    o

    canal, mais confivel 6 a m anifestao da tendncia. Na

    figura num ero 12 pode-se identif icar um canal de alta

    e

    um canal de baixa na

    m esma ao.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    55

    Figure 12. Canal de Alta

    de Baixa EMBRAER ON. Fonte: MetaStock Professional.

    Segundo Nobre 2001), canal

    a rea

    compreendida entre a linha de

    suporte e

    a linha de resistncia

    dentro da qual os

    pregos devero

    se manter

    durante todo

    o

    desenvolvimento da tendncia vigente.

    2.2.5

    FIGURAS GRFICAS

    Segundo Tavares 1998), na Anlise Tcnica possvel

    identificar o

    movim ento do mercado e dos ativos, e at conseguir t irar alguma s

    concluses

    de

    carter preditivo atravs

    da visualizao de algumas

    formaes figuras-padres)

    nos

    grficos.

    As figuras podem indicar reverso ou tendncia a primeira vai sinalizar

    uma reverso

    da tendncia anteriormente verificada,

    isto

    6,

    reverter

    tendncia

    que exist ia antes; a s egunda vem para confirm ar uma tendncia anterior a elas,

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    56/97

    56

    assim, ela consolida a tendncia. Segund o Noronha 2003), as figuras podem

    auxiliar os analistas tcnicos a decidir quando

    mais

    provvel

    que uma tendncia

    continue ou reverta.

    De acordo com Nobre 2001), as figuras apresentam

    duraes variv eis,

    entre alguns dias a qu atro ou mais meses. Com o regra universal tem-se que

    o

    volume tende a diminuir durante o perodo

    da

    formao

    da figura.

    Uma das grandes vantagens da

    incluso

    das figuras na an lise grfica,

    trabalhando-se n o m ais s com as linhas de tendncia,

    que el s so um

    auxiliar valioso nos mom entos em que

    o

    mercado perde a tendncia por algum

    motivo, projetando objetivos de pregos a serem atingidos to logo ele se defina

    novamente.

    2.2.5.1

    opos

    e

    fundos

    As figuras de Topos

    e Fundos so conhecidas como figuras reversivas, ou

    seja, quando acontecem sinalizam uma reverso de tendncia, consistindo em

    dois mximos, ou ois mnimos

    duas resistncias, ou dois supo

    es. Como

    mostra a figura nmero 13.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    57/97

    kesiblinci

    57

    tempo

    P

    Figure

    13.

    Topos Fundos duplos Fonte: Autor

    Na

    Anlise Tcnica

    os fundos

    e topos duplos so padres de difcil

    ocorrncia, ainda m ais raros so o s topo s

    e

    fundos triplos. Isto oco rre po rque

    geralm ente na gerao d essa figura ela recai na forma o de outras, tais com o

    tringulo, retngulo e om bro-cabe a-om bro 000).

    Segundo Noronha 2003) preciso observar aspectos quanto ao volume,

    tempo e profundidade para que no se detectem falsos p adres. So

    necessrios

    de do is a trs m eses de intervalo, para uma figura de anlise tcnica como topo s e

    fundos ser verdadeira

    e

    consistente. Quanto m aior o tem po en tre dois topos

    fundos) maior a segurana de sua consistncia

    e

    m enor a necessidade de uma

    correo

    extensa do s pregos durante

    o intervalo.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    58/97

    58

    2.2.5.2

    mbro Cabea

    Ombro

    OCO

    Essa figura ocorre muito na Anlise

    Tcnica

    sendo que seu nome pode

    variar, como

    segue: CO, O

    C

    0 0 2

    C

    2 0 e

    outras. Segun do Murphy

    1999), esta figura

    talvez a mais

    conhecida

    e confidvel das figuras de

    reverso

    existentes, e todas as outras

    so,

    de certa forma,

    variaes

    desta. Em geral sua

    formao

    leva de dois a quatro meses no grfico dirio. A figura

    14

    mostra a

    formao

    do OCO.

    MO

    Figura 14. Ombro

    Cabea

    Om bro Fonte: Autor

    Segundo Noronha 2003),

    a

    formao

    de um OCO acontece da seguinte

    forma:

    a)

    aps uma forte alta com volume, atingindo uma

    mxima

    ocorre um a queda

    sobre a qual o

    volume diminui, marcando um topo,

    o ombro esquerdo

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    59/97

    59

    b)

    outra alta com a lto volum e que eleva os pregos a um nix/el acima do om bro

    esquerdo, seguida de outra queda nos pregos, levando os pregos prxim os

    ao n vel do fundo da queda precedente, formando assim a cabea;

    c) num a terceira a l ta , agora com bem m enos volum e das al tas anteriores, no

    consegu e atingir

    o n vel

    da

    cabea,

    retornando a ca i r , forman do

    o

    ombro

    direito;

    d ) a perda da l inha de

    pescoo reta tragada entre as quedas do ombro

    esquerdo

    e

    a

    cabea

    a confirmao da figura.

    ombro-cabea-ombro possui inmeras variaes em sua forma

    e

    costuma oco rrer tambm na form a inve

    ida. A forma m ostrada na f igura 14 a

    mais comum, e

    foi testada por Osier et al . 1995) em alguns m ercados

    monetrios.

    2.2.5.3 r ingulos

    Segund o Nobre 2001), essas so figuras muito freqentes e, durante a sua

    ocorrncia,

    o

    que se verifica no movim ento de pregos

    uma confluncia para um

    ponto o vrtice do tringulo), antes do qual os pregos rompem um lado da figura.

    um a figura interpretada com o um a Area de congesto cujos l im ites superiores

    e

    inferiores con vergem para a direi ta. Para a sua

    formao so n ecessrios

    quatro

    pontos dois de fundo

    e d ois de topo.

    Os tringulos

    podem ser s imtricos

    e retngulos,

    sendo que o s primeiros

    tanto podem ser de tendncia quanto de reverso, j os segund os sero

    sempre

    de tendn cia. Ambos os t ipos podem ser de al ta ou de baixa. Conforme f igura

    num ero 15 abaixo.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    60/97

    Sinal de ompra

    0

    ik

    Tringulo Retngulo

    4

    inal de ompra

    60

    Prego

    rego

    Triangulo

    Simtrico

    T e m po

    e m p o

    Figura

    15 Tringulos

    Fonte: Autor

    Um

    tringulo

    de

    continuao

    tendncia) provavelmente

    ser

    pequeno, cuja

    altura corresponda a

    10

    o u

    1 5

    do movimento precedente.

    J

    um grande

    tringulo

    cuja altura corresponda a um

    tero

    ou mais do movimento precedente,

    poder

    se r u m

    tringulo

    de

    reverso

    (Noronha,

    2003).

    2 2 5 4

    etngulos

    O s

    Retngulos

    figura 16),

    tambm chamados de canais laterais,

    so

    um

    momento de

    indefinio

    do mercado, onde a disputa entre compradores

    e

    vendedores se faz de forma equilibrada gerando linhas de suporte

    e

    resistncia

    paralelas ao eixo horizontal.

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

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    6 1

    Figure 1 6. Retngulo.

    Fonte: Autor.

    Segund o Nobre (2001 ), esta figura tanto pode confirmar como inverter

    o

    movimento

    que lhe 4) anterior, mas em 75 dos casos 4) de consolidao

    e s

    25 de

    reverso.

    2 2 5 5

    utros

    padres

    Achelis (1 995), Chande

    e

    Stanley (1994), Edwards

    e

    Magee (1992), Pring

    (1985), Murphy (1999), Noronha (2003)

    e

    Tavares (1 998), dentre outros, destacam

    e

    detalham as importantes formaes que, para efeitos de registro, esto logo

    abaixo:

    a)

    andeiras

    e Flmulas: so forma es

    de continuao de curto

    prazo que marcam uma pequena consolidao antes da

    continuao do movimento prvio;

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    62/97

    62

    b)

    iamante: figura de formao incom um p ossui a forma de um

    losango,

    raramente ocorre como um padro de reverso

    de fundo;

    C unhas: formaes sem elhantes aos tringulos, porm,

    com

    inclinao

    em relao ao eix o horizontal;

    d Gaps: regies grficas

    onde no ocorreram negociaes; um

    gap

    dirio numa tendnc ia alta

    formado quando os preos ab rem

    acima da cotao de fechamento do dia anterior

    e esta janela no

    fechada durante o prego,

    ou seja, no houve negcios com

    cotaes intermedirias

    entre a abertura atual e o fechamento

    anterior;

    e)

    I lhas de reverso: pequena e

    compacta congesto separada do

    movime nto que leva sua formao por um gap de exausto.

    Os padres aqui citados so amplamente utilizados nos mercados

    financeiros mas so escassos de pesquisas

    empricas e

    teori s m is

    aprofundadas que v enham a justificar sua utilizao.

    2.2.6

    Projees Grficas

    Nos pad res grficos que p rojetam figuras

    possvel ntever

    o preo

    esperado por meio de

    projees grficas.

    Do mesmo modo pelo qual se

    constri

    a

    figura no grfico constri-se a projeo fazendo-se um esboo dela no grfico

    dependend o da figura que est formada. Segundo Nob re 2001, p.49),

    o

    valor

  • 7/23/2019 TCC Anlise Tcnica

    63/97

    63

    assinalado como projeo o

    estatisticamente m ais provvel, no querendo dizer

    que s eja rigorosam ente respeitado.

    A projeo p ode indicar alta ou baixa sendo util izado

    o

    mesm o mtodo para

    ambas, a

    diferena que a primeira projeta-se para cima

    e

    a segunda para baixo.

    Estaro

    sendo abordadas nesta parte somente as projees das figuras mais

    importantes ressaltadas anteriormente.

    A

    projeo

    de Topos

    e

    Fundos Duplos se d tragando uma linha de

    projeo a partir do fulcro de supo rte ou resistncia indo at onde a pon ta oposta

    da figura. Depois de feito isso

    colocada mesm a linha ou outra linha de mesm o

    t m nho em seu suporte ou resistnci

    e

    onde a linha acabar traada uma

    perpendicular indicando onde

    o grfico preo

    da ao) ir

    chegar futuramente.

    No Ombro-Cabea-Ombro OCO) a linha que une os dois ombros

    cham ada linha de pesco o, a partir dela tr