tcc análise técnica
TRANSCRIPT
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7/23/2019 TCC Anlise Tcnica
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
SCIO ECONMICO
DEPARTAMENTO DE
CINCIAS
DA
ADMINISTRAO
CURSO DE
GRADUAO
EM ADMINISTRAO
ANALISE
TCNICA:
UM ESTUDO DA ANALISE
GRFICA
UTILIZANDO
GRAFICO
DE BARRAS NO
NDICE BOVESPA
JUAN FERNANDO
TORRICO
lorianpolis
SC
2 4
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO SCIO ECONMICO
DEPARTAMENTO DE CINCIAS DA ADMINISTRAO
CURSO DE GRADUAO EM ADMINISTRAO
ANALISE TCNICA: UM ESTUDO DA ANALISE GRFICA
UTILIZANDO 0
GRAFICO DE BARRAS NO
NDICE BOVESPA
Monografia
submetida ao Departamento de
Cincias da Administrao na Area de
Mercado de Capitals para obteno de
aprovao
na disciplina Estgio
Supervisionado CAD 5236 pela
Universidade Federal de Santa Catarina
Por: Juan Fernando Torrico
Orientador: Gilberto de Oliveira Moritz
Co-Orientador: Newton C. A. da Costa Jr.
Florianpolis
S
2004
-
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
CENTRO
SCIO ECONMICO
DEPARTAMENTO DE
CINCIAS
DA
ADMINISTRAO
CURSO DE
GRADUAO
M
ADMINISTRAO
ANALISE
TCNICA:
UM ESTUDO DA ANALISE
GRFICA
UTILIZANDO
GRAFICO
DE BARRAS NO
NDICE
BOVESPA
A Banca Examinadora Resolveu atribuir a nota
o acadmico Juan
Fernando
Torrico
na disciplina
Estgio
Supervisionado
CAD
5236
pela
apresentao
deste trabalho
Banca Examinadora:
Gilberto de Oliveira Moritz
Presidente
Sinsto Sttfano Dubiela Ostroski
Membro
Hans Michael Van
ellen
Membro
-
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V
AGRADECIMENTOS
Aos meus amados pais por sempre m e incentivarem ao caminho do estudo
e do
conhecimento.
A minha am ada irm por ser exemplo de dedicao e inspirao.
A minha nam orada Mel ina por estar com igo em todos os mom entos seja em
pensam entos ou presencialmente. Sua energia ilumina
o
meu cam inho assim
como seu so rriso.
Binho Marquinho MoDigo Pedrinho Alemo Dudu Peto Andrezdo Lucas Z
Cssio Zoca Anel Cabelo Siquera Carioca Petry Rafael Vitor Clen Coruja
Coxa Cuzido
Ratinha Ricardo Danete Thiago Diguinho Heron
Feto
Klein
Herm es D na. Marlete San tiago Isack John ny Jorge K arol
e Marcos Lola
Lukinha Ed son M ateus Dna . Santilha Moritz Morris Muquirana M oacyr
e
aos
muitos que ajudam a escrever a histria da m inha vida.
Aos p rofessores
e
servidores da Universidade Federal de Santa Catarina por
ma nterem a universidade em plena ordem
e possibilitarem me us estudos e a
sociedade brasileira por manter a universidade pblica.
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Tempo presents &tempo
passado.
lm
estejam
mhos
presentes no tempo Mum , e
o tempo
ar
contido
no tempo
passado'
r s
Eliot,
Poemas
Selecionados
(1936).
-
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V
TORRICO J.F.
Anlise Tcnica: um estudo da
anlise grfica utilizando o
grfico de barras no
ndice bovespa. 2004. 97 f.
Monografia Departamento de
Cincias da Administrao UFSC. Florianpolis 2004.
RESUMO
Este trabalho realizou uma investigao terica emprica
sobre a utilizao da
Analise Tcnica mais especificamente da
Anlise Grfica
utilizando
o Grfico de
Barras no
ndice
da Bolsa de Valores de Sao Paulo a fim de demonstrar que
possvel obter com base na
anlise
de pregos passados
e projees
de padres
retornos positivos com uma estratgia clara. Foram discutidos primeiramente os
fundamentos tericos
sobre Anlise Fundamentalista e
Anlise Tcnica
revisando-se os principais estudos realizados
e metodologias
utilizadas.
Posteriormente foi realizada uma simulao com base no
ndice Bovespa
de 1 de
Janeiro de 2002 a 31 de Dezembro de 2003 onde se obteve um ganho
significante de acordo com a estratgia tragada.
Palavras-chave: Analise Tcnica Grfico de Barras
ndice Bovespa.
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VI I
SUMARIO
RESUMO
I
LIST DE T BEL S
X
LIST D E F IGU R S
LIST DE
EQUAES
I
LIST DE NEXOS II
LIST D E TEM OS TCNICOS
III
1 INTRODUO 14
1 1 Formulao
do Problema
7
1 2 Objetivos
8
1 2 1
Geral
8
1 2 2
Especficos
18
1 3
Justificativa
8
2
INTRODUO
ANALISE FUNDAMENTALISTA
E ANALISE
TCNICA
2
2 1
Teorias e
Ferramentas da
nlise Fundamentalista 21
2 2
Teorias e
Ferramentas da
nlise
Tcnica
4
2 2 1
Teoria Dow
5
2 2 2
Teoria Elliot
3
2 2 3
construo
do
Grfico
de Barras
6
2 2 4
Linhas de
Tendncia
51
2 2 4 1
Canais de lta
e de Baixa
4
2 2 5 Figuras
Grficas
55
2 2 5 1
Topos e
Fundos
6
2 2 5 2
Ombro
Cabea
Ombro OCO
8
-
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VIII
2.2.5.3
Tringulos
59
2.2.5.4 Retngulos
6
2.2.5.5
Outros
Padres
61
2.2.6 Projees
Grficas
62
3.
METODOLOGIA
65
4.
0 NDICE BOVESPA
66
4.1 A or igem do
ndice Bovespa IBOVESPA )
66
4.2
Metodo logia de
Construo do
IBOVESPA
67
4 3
Ou tros indices do Mercado
Acionrio
71
5.
CONFRONTAMENTO ANALISE
E
QUANTIFICAO
DE PADRES
DA ANALISE TCNICA NO IBOVESPA
74
5.1
Seleo
dos Dados
4
5.2 Estratgia U ti lizada 6
5.3 Identificao
dos Padres
de
Anlise
Tcnica
Encontrados
7
5.4
An lise e Projeo
das Figuras Encontradas
9
5.5 Con frontamen to
dos Resultados
5
6.
CONCLUSES
E
RECOMENDAES
88
REFERENCIAS
BIBLIOGRFICAS
9
ANEXOS
92
-
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IX
LIST DE T BEL S
Tabela
r-Indicadores Incricadores
Coincidentes
e
Ps
Indicadores
7
Tabela 2
ovimentos
d e
prego
2
Tabela 3
xemplo
d a
Metodologia
d e
Clcu lo lbovespa
1
Tabela 4
arteira
Terica
d o
lbovespa
______ 75
Tabela 5
ar iao e
Ganhos
d o
lbovespa
86
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X
LIST DE FIGUR S
Figura
iagrama da Analise Tcnica
6
Figura
2
lavancagem
operacional
9
Figura
3
iclo econmico dos setores
3
Figura
4 ndas de Elliot
4
Figura
5
iclo Completo de Elliot
5
Figura
6
arra grfica
7
Figura
7
rfico de barras
dirio
da Vale do Rio Doce
9
Figura 8
iferenas entre as escalas
Figura
9
M O S A
e seu volume
1
Figura 1 inha de
Tendncia de Alta
3
Figura
inha de
tendncia
de Baixa
3
Figura 12
Canal de Alta e
de Baixa
EMBRAER O N
5
Figura 13
Topos e
Fundos duplos
7
Figura
14
Ombro
Cabea
Ombro
8
Figura 15
ringulos
Figura
16 etngulo
1
Figura 17
rojees
Grficas
4
Figura
18
ndice Boves pa e
iguras
8
Figura 19
riangulo
de baixa
9
Figura
2 lbovespa e
Fundos Duplos
1
Figura 21
bovespa
e Tringulos 2
Figura
22
bovespa
e
Bandeira de Alta
4
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X
LISTA
DE
EQUA9
ES
Equao 1
rau de
l v nc gem oper cion l
Equao 2 Grau
de
atavancagem financeIra
1
Eq
uaa
o 3 Grau .cika alavaricagerr)
to ta l fmt 0,.0.1.4.A0,..,*1.0.fAlus.,
31
I E qua orto 4
Negodiabilklade
1170 416
AA
lf 04
NA
.A.. 0 0 pp*
68
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XII
LISTA DE
A N E X O S
Anexo A TURN IN THE TIDE By CHARLES HENRY
Dpw
2
Anexo 2
UMA MUDANA DA MAR Por CHARLES HENRY DOW ... . 93
Anexo 3 EDWARD JONES PAI ESQUECIDO DO DOW JONES
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VIII
LIST DE TERMOS TCNICOS
FTER M RKET
Sistema de negociao via Internet que possibilita a
realizao de operaes aps o horrio
normal de
prego
JUSTE DIRIO
Sistema de ajuste de posies ut il izado no m ercado futuro na
qual o
investidor deve diariam ente creditar/debitar de sua conta junto a corretora
seus ganhos/perdas.
C NDLESTICK
Grfico
de velas criado no Jap o
e trazido p ara
o
ocidente por
Steve Nison possu i algum as vantagens que facil itam a visual izao em relao
ao grfico de barras.
DJI
- Cdigo
uti lizado po r diversos so ftwares para iden tif icar
o
Dow Jones
Industrial Average mais conhecido como
ndice Dow Jones.
HOME BROKER
Sistema de negociao em bolsa v ia Internet sem elhante ao
sistema de H om e Banking.
IBOV
Cdigo
utilizado por diversos softwares para identificar
o ndice Bovespa.
LAJIR -
Lucro Antes dos Juros
e
Imposto
de Renda frmula uti lizada pela
anlise
fundamentalista
para aval iar a parte operacional de uma em presa.
MET STOCK
Software de
anlise
tcnica.
PERIODICID DES
Escala temporal na qual um grfico
gerado quando uma
barra grfica representa um d ia diz-se q ue a periodicidade do g rfico
diria
TR DE SYSTEM
Sis tem a de negc ios que gera pon tos de com pra
e
venda
baseado em dados passados de preo
e
volume do mercado burstil.
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14
INTRODUO
A
anlise
de investimentos em
es
de empresas negociadas em
Bolsas de Valores inicialmente podia ser feita com base nos estudos
desenvolvidos em duas escolas: a
nlise
Fundamentalista
e a
nlise
Tcnica.
Atualmente consideram se outras abordagens que complementam essas duas
linhas, tais como: R edes N eurais,
nlise
de Fractais, etc.
A
anlise
fundamentalista
avalia o
preo
de uma ao orientando-se
pelo conjunto de dados econm icos
e
financeiros da em presa, divulgados atravs
de
balanos e relatrios,
e
por outras informaes
relevantes, comp lementadas
por uma
anlise
gerencial
e mercadolgica da emp resa, que a relacionando com
o
seu setor de atividade a insere no contexto global da economia. Segundo
Sanvicente e Mellagi (1996, p.129)
as informaes utilizadas na
nlise
fundamentalista
geralmente envolvem os nveis futuros e previstos de atividade
econmica nacional, setorial e
da emp resa, alm de co nsideraes polticas que
possam influenciar o comp ortamento de
variveis econm icas, tanto em
nvel
macro quanto em
nvel
micro, afetando as taxas de retorno esperadas
e o
grau de
incerteza a elas associado . Normalmente a partir de sries histricas desses
dados, complem entadas com hipteses formuladas para
o futuro, procede-se a
projeo de resultados, que
determinaro
a
deciso de compra ou de venda das
aes
da emp resa.
Em se tratando de
nlise
Tcnica, ela utiliza somente dados
produzidos no mercado de aes, no se fazendo necessrio
o
conhecimento dos
-
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15
motivos pelos quais um a ao
sobe ou desce.
que importa
detectar, o
mais
rpido
possvel, o comeo
destes mo vimentos a f im de posicionar-se na ponta
compradora ou vendedora, de acordo com a
indicao
do mom ento dada pelo
mercado.
primeiro e mais antigo ram o
6
a Anlise
Grfica onde
o
Grfico de
Barras
e Grfico
Ponto-Figura so as principais ferrame ntas ocidentais em
contraponto as tcnicas o rientais sem elhantes
o Grfico
de Velas Japonesas
-
conhecido como Candlestick- e os Grficos Kagi Renko e Three Line B reak
NOBRE,
2001).
Candlestick
6 na sua forma
e
construo
sem elhante ao
Grfico
de Bar ras e os ou tros trs grficos japoneses
so sem elhantes na sua
forma e
construo
ao
Grfico Ponto-Figura. E interessante observar
o fato de que
duas culturas que
no
se relacionavam neste aspecto acabaram criando
instrumentos extremamente semelhantes para analisar
o
mercado.
Atrs
dessa aparente coincidncia h
algo de substancial. Sugere que
se deve observar atentamente a com plementaridade dessas
tcnicas em beneficio
do melhor entendime nto do mercado. Dizem qu e
o mercado 6
imprevisvel,
pois 6
a resultante das
decises
de um conjunto de homens. Na real idade os homens
continuam e studando, com todas as
informaes
disponveis e
dedicao integral
a dura misso
de entender o
comportamento do m ercado na
crena
de que um dia
possa desvendar seus segredos.
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6
A Anlise Tcnica como se conhece hoje pode ser apresentada segundo
o
diagrama a seguir:
Anlise
Tcnica
Anlise Grfica
Indicadores
Tcnicos
Teoria do Caos
Grfico
de Barras
Tendncia
Anlise
de Fractais
Grfico Ponto-Fisura
Reverso
Grficos Jasoneses
Volume
Grfico Preo-
Volume
Figural: Diagrama da Analise Tcnica, Nobre 2001)
Os indicadores Tcnicos constituem hoje uma
famlia
muito grande
e
com
um crescimento continuo pela facilidade oferecida pelo microcomputador
instrumento
bsico
de pesquisa. As subdivises apresentadas servem somente
para efeitos
didticos no
representando nenhum limitante ao uso combinado dos
mesmos.
-
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17
1.1 FORMULAO
DO PROBLEMA
Uma das principais teorias da
Anlise
Tcnica e tambm a precursora
desta Escola
a Teoria de Dow assim conhecida por ter sido desenvolvida por
Charles Henry Dow.
Embora Ch arles Dow no tenha escrito
e muito menos sistematizado a sua
teoria da forma pela qual se conhece hoje outros estudiosos que lhe sucederam e
acompanharam
o
seu trabalho deixaram escritas em livros as principals
idias
publicadas por Dow em sua coluna
diria no Wall Street Journal.
C omo principals expoentes autores norte-americanos como S teve Nison
Bob Prechter Joseph G ranville Peter Ham ilton etc. que realizaram seus estudos
baseados nas
movimentaes de bolsas como as de Nov a Iorque Ch icago entre
outras. Este
predomnio
parece ser
conseqncia da importncia
financeira que os
Estados Unidos possuem fazendo deste
pais e
de su s bols s s m is
importantes do mu ndo. Porm este
predomnio
o deve impedir
o
investidor
brasileiro de desenv olver suas teorias
e
comprovar a eficincia das qu e
existem
baseado em sua realidade.
Com isso encontrou-se
o
seguinte problema:
Os padres
da
anlise grfica mtodo de
anlise
tcnica fundamentado
n s
bolsas n orte-americanas
utilizando
o
grfico
de barras se aplicam ao
ndice
bovespa
proporcionando rentabilidade ao
investidor?
-
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1.2 OBJETIVOS
1.2.1 OBJETIVO GERAL
Analisar a aplicabil idade
de uma ferramenta da
anl ise tcnica
a
anl ise
grf ica no nd ice bovespa
subsidiando a deciso de investimento em renda
varivel.
1.2 .2
OBJETIVOS
ESPECFICOS
Revisar a bibliografia existente sobre a
anl ise
tcnica
e fund am ental ista .
Descrever
o grfico de barras.
Realizar levantamento dos
padres
encontrados no
grfico
de barras no
ndice bovespa no
per odo
de 1 de janeiro de
2002
a 31 de dezembro de
2003 .
Quantificar a
ocorrncia
dos principais padre s da
a n l is e g r f ic a e suas
conseqnc ias
no desenvolvimento do
ndice.
1.3
JUSTIFICATIVA
s teorias mais conhecidas da
nlise tcnica
s o f re q e n te me n te
utilizadas por
investidores
brasileiros sem que antes seja feita uma
comprovao
de sua eficincia no mercado nacional ou seja as teorias
so
adotadas sem
maiores
preocupaes de
com provao c ient if ica .
-
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19
Ondas de Elliot, Candelabro Japons
e
Teoria de Dow so exemplos de
teorias que tem g rande parte de sua fundamentao baseada em estudos sobre
os mercados americanos, principalmente a bolsa de Nova Iorque. Segundo Bodie
t a
2000) a Teoria de Dow foi realizada atravs de dois indicadores, a Mdia
Industrial Dow Jones (D JIA)
e
a Mdia de Transportes Dow Jones (DJTA).
Sao pou cas as obras nacionais que aproximam a anlise tcnica do meio
acadm ico, deixando
o
investidor com poucas opes na hora de formar sua
estratgia de investimento ou especulao. Para Assaf Neto (2000, p.224) undo ha
preocupao formal na
anlise
tcnica
com as causas que determinam certos
movimentos nos p reos do m ercado de aes, sendo a ateno direcionada as
oscilaes apresentadas com o forma de predizer
o
futuro .
Apesar de a anlise
tcnica
ser considerada por alguns com o um a arte, j
que muitas vezes a deciso depende de fatores subjetivos, h muito que se provar
sobre a mesma em termos matemticos. E para que isso ocorra uma
aproximao da mesm a com
o
meio acadm ico deve existir, estimulando estudos
nesta Area.
A pesquisa sobre a
anlise
tcnica pode trazer enormes
benefcios
ao
mercado de capitais. Novas teorias podem surgir estas fundamentadas no
mercado nacional, como por exemplo,
o ndice
bovespa.
Os p rofissionais da area
podero se sentir mais seguros ao aplicar determinado mtodo,
e acima de tudo,
tal iniciativa p ode desp ertar os investidores a impo rtncia de se realizar vastos
estudos antes de iniciar suas operaes.
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20
2 Introduo
a
Anlise Fundamentalista e
Anlise Tcnica
As decises de investimen to em renda varivel sempre devem envolver
o
risco
e
a pos sibil idade de retorno da operao, para auxi liar na m ensurao do
risco
e
d oportunid de de retorno
o
investidor deve utiliz r s divers s
ferram entas e xistentes pa ra
nlise
de produtos de renda
varivel.
Segundo
Nobre (2001) estas ferramentas so dividas basicamente em :
Anlise fundam entalista, atravs
d qu l se obtm um expect tiv de
preo futuro da a o, gerada po r informaes ma cro
e microeconmicas
(balanos, informa es
setoriais) relacionadas em presa objeto de
anlise.
Anlise
tcnica, que se uti liza informa es de variao de preo
e
volume
de negociao para prever
o
preo de um ativo financeiro.
As pessoas que comeam a investir sem qualquer estratgia so
conhecidas no mercado como jogadores pois no possuem qualquer regra para
suas operaes, o
que acaba di ficultando na hora de toma r uma de ciso de
comprar ou ve nder determinado produto. A utilizao de alguma tcnica de anlise
fundamental para trazer maior segurana
e
retorno ao investidor. Neste sentido
se faz necessria a com provao cientifica de que as tcnicas desenv olvidas
pelos norte-americanos se aplicam tambm aos mercados brasileiros.
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21
2 1 Teorias
e
ferramentas da anlise fundamentalista
Sao
vrias
as teorias e
ferramentas da
anlise funda mentalista. A sua
utilizao depender
dos ob jetivos do investidor, que podem s er de curto, mdio
ou longo prazo. Pode-se dizer que na
anlise fundamentalista, quanto maior
o
prazo mais complexa
ser a
anlise, pois
dever envolver uma m aior quantidade
de informaes.
A
anlise fundam entalista
envolve informaes m acro
e microeconmicas.
As informa es macroeconm icas so as que dizem respeito economia do pais
ou regido na qual a empresa esta inserida na maioria das vezes so mais
subjetivas, as m icroeconmicas dizem respeito s questes internas da empresa,
divulgadas principalmente no Balano Patrimonial
e
no Demonstrativo de
Resultados so informaes mais objetivas pois envolvem diversos indices
criados para facilitar a deciso de investimento.
A
anlise fundamentalista
consiste basicam ente na hiptese da existncia
de um v lor
intrnseco
para cada a o, com b ase nos resultados apurados pela
empresa emitente. 0 estudo dessa
anlise est
baseado no desempenho
econmico e
financeiro da em presa
e
processa, ainda, sofisticadas avaliaes e
comparaes
setoriais, bursteis
e
conjunturais (ASSA F NETO, 2 000, p.2 2 4).
Uma boa
anlise
deve conter aspectos macro
e m icroeconmicos
relacionados empresa objeto de estudo. A taxa de crescimento do produto
interno b ruto, por exemplo,
um bo m indicador macro-econmico para se avaliar
em qual pais as possibilidades de retorno so maiores. 0 baixo crescimento
-
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22
econmico 6
reflexo da incapacidade da maioria das empresas do pais em gerar
bons retornos
Outras questes como
o
estudo da estabilidade
poltica e
da moeda
so
importantes para uma boa
anlise.
Daises em que no se tem uma grande
confiabilidade mercantil
esto
sujeitos a oscilaes maiores em seus mercados
acionrios. Isso porque
o
risco de que sejam tomadas decises polticas que
vo
de encontro aos interesses dos acionistas
e
credores so considerados altos
A estabilidade da moeda, ou taxa cambial, retrata
o
poder de compra da
moeda nacional em relao a uma moeda estrangeira. Uma grande valorizao do
real frente a dlar, por exemplo, pode trazer conseqncias negativas a empresas
tradicionalmente exportadoras j que os produtos brasileiros ficariam mais caros
para
o
consumidor norte-americano.
Bodie
et al
(2000) trazem algumas das principais estatsticas econmicas
usadas para descrever
o
estado da macroeconomia, so eles:
Produto Interno Bruto
ou PIB, que
a medida da produo total de bens
e servios
da economia. Um PIB em crescimento acelerado reflete uma
economia em
expanso e o
conseqente aumento das oportunidades de
lucro para as empresas
Taxa de desemprego
a porcentagem de pessoas, em condies de
exercer alguma profisso, que no encontraram colocao no mercado.
Esta taxa mede at que ponto de sua capacidade a economia est
operando
-
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23
Taxa de
utilizao
da capacidade.
Utilizada pelos analistas para medir
o
coeficiente real das fbricas
para a produo
potencial.
Taxas de juros. As altas taxas de juros reduzem
o
valor presente dos
futuros fluxos de caixa, diminuindo, assim, a
atratividade
das oportunidades
de investimento
BODIE et al.
2000, p.353).
Em uma
economia que poss ui
um a taxa de juros elevada o
con sum o por bens de alto custo (Ex: carro,
habitao)
tende a dim inuir, isto porq ue tais produto s
so geralmente
consum idos atravs de financiamentos.
Dficit oramentrio. diferena
entre os g astos e
as receitas do
governo. Um
pais
com elevado dficit
oramentrio
acaba po r elevar a sua
taxa bsica
de juros para atrair recursos s uficientes para saldar suas
dividas.
A
elevao
d t x de juros inibi o
investimento p ara novos
emp reendimentos, po is passa a ser m ais vantajoso emp restar dinheiro ao
go verno, atravs da com pra de seus ttulos de
divida, do q ue utilizar os
recursos na
construo de novas unidades de produo.
Sentimento. Diz respeito relao de otimism o ou pessimismo que existe
entre consumidores de um pais.
Um cons umidor otimista acredita que Wit
garan tida a
gerao
de receitas futuras,
e
por isso
no
se preocupa em
gastar no presente, o mesm o acontece com as empresas, que aumentam
sua
produo
esperando um a deman da futura elevada.
Existem outros fatores im portantes a serem aval iados em um a
anlise
fundamentalista. Bodie et
aL 2000)
nos apresentam os seg uintes:
-
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4
Choque de demanda
e de oferta.
t uma maneira de organizar os
impactos sofridos pela econom ia em choque de dem anda ou de oferta. 0
choque de demanda
um evento que influencia a demanda por
determinado produto,
o aumento na taxa de juros, por exemplo, pode
diminuir a dem anda por recursos de longo prazo. 0 choque de oferta
o
evento que se relaciona com a oferta de um produto, uma seca prolongada
pode causar uma queda na oferta de produtos agrcolas. Atrav s
desta
anlise possvel separar os diversos eventos econmicos
e avaliar seus
impactos nos setores econmicos, se a taxa de juros aumentasse, por
exemplo,
o setor de autom veis sofreria um choque de d emanda, j que
o
num ero de pessoas d ispostas a financiar a comp ra do veiculo diminuiria.
Porm
necessrio cautela, pois como relatam B odie
et al
2000, p.355):
essas previses no so nenhum a tarefa fcil. As previses
macroeconmicas so notoriamente inconstantes. Mais uma vez,
voc deve ficar atento para
o fato de que
provvel
que a sua
previso
estar sendo feita apenas com o uso de informao
publicamente
disponvel. Qualquer vantagem em investimento que
voc tiver ser apenas um resultado de uma
anlise
melhor no
de uma
informao melhor.
Politica
do Governo Federal.
Sao duas as formas de atuar do overno
Federal no que se refere a
poltica econmica.
Existe a
poltica
voltada para
a oferta, que focaliza a adequao dos incentivos para trabalhar, inovar
e
arriscar, resultantes do sistema de impostos,
e a
poltica
voltada para a
demanda, que trata de assuntos como as
polticas
nacionais em educa o,
infra-estrutura comunicao, transportes)
e em pesquisa e
desenvolvimento. A
poltica do G overno Federal engloba a
Polftica Fiscal
e
-
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25
Monetria. A
poltica fiscal
a maneira mais pratica de estimular ou
desacelerar a economia. As quedas nos gastos do governo reduzem
diretamente a dem anda por produtos e por
servios.
Da mesma forma
o
aumento nas taxas de imposto imediatamente escoa as receitas dos
consumidores resultando em quedas rpidas no consumo. A
poltica
monetria
se refere
determinao
da oferta de dinheiro na economia seu
principal mecanismo
e ao
a taxa de juros. 0 aumento na oferta de
moed a rebaixa as taxas de juros pois como h mais dinheiro circulando na
econom ia este fica mais barato. A reduo d as taxas de juros incentiva o
investimento e a demanda pelo consumo porm a m aioria dos economistas
acreditas que manter uma taxa de juros baixa por um longo perodo tende a
elevar a
inflao.
Para implementar a
poltica m onetria o
Banco Central
pode emitir ttulos aumentar ou diminuir a taxa de redesconto
e
compulsrio.
A anlise fundam entalista envolve ainda
o
estudo dos ciclos econmicos
que so as variaes entre
perodos
de recesso
e recuperao
e uma
econom ia. A identificao do ciclo econm ico permite ao investidor proteger seus
recursos de grandes oscilaes As empresas de bens
durveis
por exemplo
tendem a sofrer uma queda m aior do que empresas do setor alimentcio em um a
recesso 0 oposto tambm
verdade em urna economia em recuperao as
emp resas de bens durveis oferecem um retorno maior ao acionista.
As empresas que caminham conforme a economia
e um pais so
chamadas empresas
cclicas e
geralmente possuem um beta elevado ou seja
-
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26
osci lam
de forma mais acentuada do que a maioria das empresas. JA as
em presas que no s of rem um a grande osc i lao em
perodos recessivos so
chamadas empresas defensivas.
As em presas deste setor incluem o s produtores
e processadores de alimentos companhias farmacuticas e os servidores
pblicos. Eles tero
um desem penho m elhor do que os o utros quando a econom ia
entrar em recess o.
Para identifica r os c iclos econm icos o s analistas norte-am ericanos uti l izam
um conjunto de indicadores desenvolvido pelo NBER
National Bureau of
Econom ic Research .
Segundo Bo die
et
h
(2000, p.361) estes indicado res
ajudam na previso , na m edida e na interpretao da s flutuaes
a c urto prazo
na atividade econmica .
Os indicadores esto separados de acordo com sua capacidade de
prev iso . Os pr -ind ica dores so os ind icado res que co s tum am antec ipar o
andamento geral da economia dando um sinal de alerta ao investidor. Os
indicadores c oincidentes do o s inal af irm ativo s ob re determ inada tendncia e
os ps- indicadores m os tram o f inal da
tendncia.
-
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27
Abaixo segue a tabela extrada do livro de Bodie
et a (2000, p.361):
A.
r-Indicadores
1
Mdia
de horas semanais dos empregados na produo (fabricao).
2
Mdia semanal
de reivindicaes iniciais de seguro-desemprego.
3 Novos pedidos para os fabricantes (setores de bens de consumo e
materiais).
4
Desempenho do vendedor
ndice
de difuso de entregas mais lentas
5
Contratos e pedidos para a fbrica e equipamentos.
6
Novas unidades habitacionais particulares autorizadas por
alvar
para construo
local.
7
Mudana nos pedidos dos fabricantes (Setores de bens durveis) que no foram
atendidos.
8
Mudana
nos pregos de materiais
sensveis.
9
Pregos das aes, aes ordinrias do S P500.
10 Oferta de moeda.
11
lindice
das expectativas do consumidor.
B.
ndicadores Coincidentes
1 Empregados em folhas de pagamento
no-agrcolas
2
Renda pessoal menos pagamento de transferncias.
3 Produo industrial.
4
Vendas de fbricas e
de comrcio.
C.
s
Indicadores
1 Durao mdia do desemprego.
2
Coeficiente dos estoques comerciais para as vendas.
3
Mudana
no
ndice do custo de mo-de-obra por unidade de
produo.
4 Taxa diferencial mdia cobrada pelos bancos.
5 Emprstimos comerciais
e industriais no-liquidados.
6 Quociente
do crdito a prestaes-no-liquidadas do consumidor para a renda
pessoal.
7.
Mudana no
ndice de preos
do consumidor para os
servios.
Tabela 1. Pr-Indicadores indicadores Coincidentes
e Ps indicadores. Bodie 2000.
Para
Bodie et a (2000, p.363)
a
anlise
setori l
importante pelo mesmo motivo que a anlise
macroeconmica:
assim como
difcil para um setor ter bom desem penho
quando a
macroeconomia
est adoentada,
r ro p r um empres ter
desempenho idntico em um setor atormentado. [...] assim como
o
desem penho pode variar intensamente de
pais para pais, pode
variar tambm d e setor para setor.
A realizao da
anlise
setorial depende de um bom agrupamento das
empresas listadas em bolsa em seus respectivos ramos de
atuao. Pode-se
comear
por um setor amplo como
o
de
minerao,
por exem plo,
e dentro deste
criar sub-grupos de ac ordo com a at iv idade principal da emp resa
(carvo, ouro,
etc. .
-
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28
Aps a elaborao da anl ise m acroeconmica o
ana lista dev e utilizar as
informaes
coletadas pa ra identificar quais setores tero
os melhores resultados
no
cenrio
encontrado em sua perspectiva macroeconmica.
Existem empresas
para os m ais diversos cenrios
macroeconmicos. No ano de 2002,
foi comum
ver se uma valorizao
das aes das empresas de
minerao
brasileiras,
principalmente a Va le do Rio Doce, em virtude do
cenrio
de pessimismo que o
pais
atravessava.
Identificado o estado geral da economia (retrao, estagnao, expanso),
e os diversos setores existentes, o analista deve pesquisar qua is setores so mais
volteis, ou seja, os que
sofrem um a maior
variao de acordo com
o estado geral
da economia.
Quando a economia passa p or
perodo
de expanso
deve-se ter empresas
mais
volteis
em carteira,
quando
a
situao inversa
os setores defensivos
so
os m ais indicados. Para a valiar a v olatil idade do s etor pode-se an alisar o grau de
alavancagem
financeira e
operacional da em presa, ou
o
grau de
alavancagem
total, que
a
unio
dos anteriores.
Segundo
Gitman 2001, p.374) a
alavancagem
operacional
no uso
potencial de custos fixos opera cionais para aum entar os efeitos de mudanas
das
vendas sobre o
lucro da em presa antes dos juros
e do imposto de
renda . O s
custos de um a empresa so
divididos em fixos
e variveis, o primeiro no
varia
conforme a qu antidade produzida,
j
os custos
variveis se movimentam de
acordo com as mercadorias vendidas, quanto mais a empresa vender, mais custos
variveis ter.
Se um a em presa possui um p ercentual de custos f ixos elevado em
relao aos custos
variveis,
diz-se que esta
tem
um a lto grau de
alavancagem
-
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receita de vendas
receita de vendas
PE
custo total
custo varivel
custo fixo
c
t
o
r
e
i
a
c
t
r
e
i
a
custo varivel
custo
total
Lusto fixo
PE
vendas em unidades vendas em unidades
9
operacional. Quanto maior a alavancagem operacional, maior a quantidade
minima de produtos que a empresa deve vender para no ter
prejuzo, o risco da
empresa no conseguir vender esta quantidade minima
maior do que
o de uma
empresa com GAO grau de alavancagem operacional) baixo. A vantagem de ter
um GAO alto
a maior possibilidade de retorno, j que depois de atingido
o
ponto
e
equilbrio
operacional as receitas esto livres de maiores custos. Os grficos
abaixo visam trazer um melhor entendimento da utilizao da alavancagem
operacional.
Figura 2: Alavancagem operacional, Gitman 2001)
Observando
o grfico
pode-se perceber que a empresa B possui um GAO
maior, tornando-se mais arriscada, j que seu PE ponto de
equilbrio
tambm
mais elevado, porm quando ambas as empresas atingem a quantidade Q de
vendas, a lucratividade em azul) da empresa B se torna maior.
-
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30
Em uma economia em expanso
o
investidor deve buscar, em geral,
empresas com GAO alto em relao ao seu setor, pois devido ao aquecimento da
economia, a probabilidade da empresa conseguir vender a quantidade minima de
produtos, atingindo e
superando em grande margem o seu ponto de
equilbrio,
grande
Para calcular
o
GAO, Gitman (2001, p.376) prope a seguinte frmula:
GA O var iao percentual no
LAJIR
variao percentual nas vendas
Equao 1: Grau de alavancagem operacional, GITMAN 2001)
GAO maior que 1 indica alguma alavancagem operacional. Por exemplo,
se o GAO
igual a 2,
ento
para cada mudana de 1% nas vendas, os lucros
mudaro 2 na mesma direo, seja para cima ou para baixo.
0
grau de alavancagem financeira (GAF) tem funcionamento semelhante
ao GAO
e pode ser definido como o
potencial de uso de custos fixos financeiros
para maximizar os efeitos de variaes em lucros antes de juros
e imposto de
renda nos lucros por ao da empresa (GITMAN, 2001, p.377). 0 custo fixo
financeiro encontrado na demonstrao de resultados da empresa so os juros
sobre dividas, os dividendos de aes preferenciais so tratados como custos
variveis
As decises sobre
o
GAF envolvem a escolha sobre a captao de
recursos da empresa, que pode ser de capital prprio ou de terceiros. Os juros do
capital de terceiros so fixos e
por isso no variam conforme a lucratividade da
-
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31
empresa, j
os dividendos
so
pagos de acordo com os lucros obtidos, sendo
assim,
quando maior
o
percentual de capital de terceiros a empresa possuir, maior
ser o seu GAF
e o
seu risco de
no pagamento.
Gitman 2001, p.379)
utiliza a seguinte
frmula
para calculo do GAF:
GAF=
percent gem de
v ri o
no
LPA
percent gem de
v ri o
no
LAHR
Equao 2:
Grau de
alavancagem
financeira,
Gitman 2001)
Para calcular
o
grau de
alavancagem
total GAT) basta multiplicar
o GAO
pelo GAF:
GAT GAO x
GAF
Equao 3:
Grau de alavancagem total,
Gitman 2001)
Agora que
j
foram observados os principais aspectos
macroeconmicos
a
serem considerados, bem como os mecanismos existentes para identificar quais
empresas tm maior probabilidade de trazer retorno ao acionista nos diversos
cenrios
possveis,
devemos ater nossas
atenes aos ciclos econmicos dos
setores.
Os ciclos
econmicos
dos setores so as fases por quais estes passam at
atingir a estagnao
ou queda na produo. Bodie et al 2000, p.367) divide os
ciclos
da seguinte forma:
Estagio inicial.
Caracterizado pelo crescimento extremamente rpido est
ligado ao surgimento de novas tecnologias, como por exemplo os
videocassetes no final dos anos 80. um estgio
mais arriscado
j
que
geralmente existem
vrias
empresas disputando a
liderana do mercado.
-
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32
Consolidao.
Caracterizado pelo crescimento menos rpido, mas ainda
assim mais rpido do que
o
da economia em geral. Neste
stgio
comeam
a surgir os lideres de mercado os sobreviventes do
estgio
inicial esto
mais
estveis,
sendo mais fcil realizar algum tipo de previso
quanto ao seu futuro.
Estgio
de m aturidade. C aracterizado pelo crescimento na v elocidade d a
economia em geral. Neste ponto
o produto j atingiu
o
seu potencial
completo de uso pelos consumidores. As empresas deste estgio so
conhecidas como g eradoras de caixa.
Estgio
em queda relativa onde o
setor cresce menos rapidamente do
que o
resto da economia ou a bem da verdade encolhe. 0 produto se
torna obsoleto
e surgem nov as tecnologias mais baratas
e
eficientes.
ciclo em q ue a empresa esta inserida esta diretamente relacionad o com
o
percentual de lucros que a mesma des tina aos seus acionistas. Em presas que se
encontram no estgio inicial do ciclo demandam grande quantidade de
investimentos, j que geralmente possuem projetos m ais rentveis do que a taxa
bsica de juros da economia local, sendo assim
o
percentual de lucros qu e estas
empresas devolvero aos acionistas ser
j que os mesmos sero
reinvestidos em novos p rojetos.
JA as empresas q ue se encontram em estgio de maturidade tero taxas de
dividendos ma iores, por isso so con hecidas como geradoras de caixa, so as
vacas leiteiras da economia. As taxas de retorno de novo s projetos para
o
setor
-
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est gio
inici l
qued
rel tiv
m turid de
onsolid o
vend s
crescimento
rpido
cresci
mento
const nte
crescimento
lento
crescimento
im ou
neg tivo
destas empresas costuma ser menor do que a taxa bsica de juros, isto porque
o
produto j tingiu
o
potencial completo de uso pelos consumidores.
Abaixo temos um grfico
extrado
de Bodie
et al
2000, p.368) que ilustra
melhor os estgios de vida dos setores.
Figura 3: Ciclo econmico dos setores, Bodie
et al
2000)
Sendo assim no
vantajoso realizar novos projetos,
e
caso isto ocorra
empres
estar
destruindo seu valor econmico, por isso
mais vantajoso para a
mesma distribuir os seus lucros entre os acionistas do que reinvesti-los.
-
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2.2
Teorias
e
ferram entas da
anlise
tcnica
Seg undo Noronha 199 5, p.1) anlise
tcnica
a
cincia que bu sca,
atravs
do estudo d e registros
grficos
multiformes, associados
formulaes
matemtico-estatsticas
incidentes sobre pregos volumes e
contratos em
aberto do
passado decorrentes dos diferentes ativos
financeiros
proporcionar, atravs da
anlise
de
padres
que se repetem
condies
para
qu
possamos projetar
o
futuro caminho dos
preos dentro de uma lgica de maiores probab ilidades.
A
anlise
tcnica ao contrario da fundamentalista no leva em
considerao fatores externos, como
informaes
sobre
projees
de lucro das
emp resas, seus indices de lucratividade ou de atividade, so utilizadas som ente
as informa es de preg o, ou seja, da oscilao de preg os do ativo financeiro na
bolsa de v alores.
Para N obre 2001) a
anlise
tcnica utiliza somente dados produ zidos no
mercado de
aes, no
se fazendo necessrio
o
conhecimento dos motivos pelos
quais uma a o sobe ou desce, sendo o
mais importante detectar,
o
mais rpido
possvel, o comeo
destes mov imentos, a f im de que se tome um a
posio
na
ponta comp radora ou v endedora, de acordo com a indicao do mom ento dada
pelo mercado.
A inda segundo Nob re 2001), informaes como noticias do
balano,
datas
das assemblias gerais
ordinrias e extraordinrias,
novos contratos
e rescises,
declaraes
gov ernamentais relacionadas com a atividade da em presa, etc., so
importantes para definio
do prego de um ativo, porm
fato que estes dados
34
-
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35
no so
democraticamente
acessveis
a todos os participantes do mercado, a
cada momento. Os participantes mais fortes
insiders),
freqentemente
obtm
informaes
relevantes para
o
desempenho do ativo, antes que outros
o faam.
Esse conhecimento
no democrtico
das
informaes
conhecido como
assimetria
da
informao, e
representa um dos pilares da
anlise
tcnica, pois
acarreta na
diviso
dos processos de alta
e
baixa de
pregos
em fases definidas,
consistindo
o
tr b lho do n list em
identific-las,
posicionando-se
adequadamente em cada uma delas.
2 2 1
Teoria ow
Charles Henry Dow nascido em
6
de novembro de
1851,
em Sterling,
Connecticut,
considerado
o
pai do jornalismo financeiro moderno. Dow junto com
seu
scio Edwad
Jones fundaram em
1882
a Dow Jones
&
Company,
e
em julho
de
1884,
publicaram
o
primeiro
ndice
do mercado de
aes
Dow Jones Index
Average
que permanece at os dias atuais como
o
principal
norteador
dos
mercados mundiais (MURPHY,
1999).
Charles Dow foi
o
primeiro a propor
o
conceito de tendncia em mercados financeiros (ou seja, a direo do mercado)
em seus artigos no
The Wall Street Journal
entre
1900 e
1902.
Segundo Edwards
e
Magee 1992),
embora Dow
no
tenha escrito nenhuma teoria,
aps
sua morte
e m
1902,
seus trabalhos foram reunidos
e
publicados, surgindo
ento
a expresso
Teoria
Dow .
Segundo Nobre
2001),
o
primeiro a descobrir os mritos das
observaes
de Dow foi S.A. Nelson,
reprter
do
ento
Wall Street Journal, durante
o perodo
-
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36
de Dow na
editoria.
Nelson reuniu no l ivro The A
B
C
of Stock Speculation ,
editado em 1902, em quinze
captulos, as pr incipais idias de Dow publ icadas em
sua coluna
diria.
objetivo da sua teoria
identif icar tendncias de longo prazo nos
pregos
do mercado acionrio,
utilizando d ois indicadores: a
Mdia Industrial Dow Jones
(DJIA)
com o indicador pr incipal das tendncias subjacentes; e a Mdia de
Transportes Dow Jones
(DJTA)
com o teste para co nfirma r ou reje i tar este sinal
(BODIE,
KANE, MARCUS, 2000).
Chande
e Stanley
(1994)
explicam com o D ow comparava os d i fe rentes
t ipos de tendncia aos m ovim entos do m ar. Quando a
m ar esta subindo, cada
onda que quebra, quebra um pouco m ais alto que a outra e depo is recua. Assim,
se colocarmos um basto assinalando o ponto mximo a t ing ido
pe la onda , em
pouco tempo saberemos se a m ar m ontante ou vazante , demorando-se um
pouco m ais a se perceber a
tendncia quando da reverso
de um a para a outra.
As tendncias de curto prazo , dirias
ou de pouca semanas para Dow se
com paravam a s cristas, no tendo assim m aior
relevncia.
A Teor ia Dow destaca a lguns
princpios q u e p o d em ser o b ser vad o s em
Murphy
(1999), Nobre (2001), Noronha
(2003) e Pring (1991):
a) As md ias e os
preos descontam tudo (exceto os Atos de D eus).
que se
pretende dizer com isto
que a
situao presente do m ercado
uma
antecipao
do futuro e no
um reflexo do passado.
Isto 6,
se o prego
de
um ativo est
alto no
porque no pa ssado esteve baixo e, portanto, devia
subir , mas sim p orque
o
mercado est
prevendo um a
situao positiva da
empresa emissora do titulo,
a se concretizar numa data posterior.
-
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37
Analogamente, se
o
preo est
baixo
porque o mercado est antecipando
posteriores problem as relativos emp resa, ao seu setor de atua o, ou at
mesmo economia como um todo. Assim, os pregos das aes e
as
mdias indices do mercado) so o
valor futuro descontado para
o
presente, da mesm a forma como se faz com flux os de caixa na
Matemtica
Financeira. Po rtanto,
o
que mostrado pelo mercado, no m omento,
preo
justo da a o, no havendo at ivo avaliado para mais ou para menos
que este parmetro. Este primeiro principio est relacionado idia de
valor.
b) 0 mercado deve ser sempre analisado como sendo composto de trs
movimentos todos se desenvolvendo ao mesmo tempo: o
primeiro
o
movimento do dia a dia, representando o curto prazo; o
segundo a
pequ ena mud ana, ocorrendo de duas semanas a um m s e, s vezes, em
at vrios meses, correspondendo ao mdio prazo; o
terceiro
o
movimento principal ou de longo prazo cobrindo, em m dia, quatro anos de
durao, e corresp ondend o ao ciclo m dio da econom ia capitalista. Este
principio est associado ao tempo.
C A tendncia do mercado pode ser decomposta, para efeito de
anlise
em:
Tendncia Primria ou Histrica, a qual no comporta nenhum tipo de
manipu lao este movim ento principal pode apresentar reverses qu e
no alteram, em absoluto, a sua trajetria; Tendncia Secundria
ou
Intermediria que consiste nas reverses acima citadas e
permite que
ocorra algum a manipu lao; Tendncia Terciria consistindo em peq uenas
oscilaes reforando ou contrariando um dos dois movimentos anteriores,
-
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38
e onde
verificada por vezes a influncia dos manipuladores
de prego.
Neste terceiro principio
est
implcita
a idia de volume, isto
6 para
manipular a Tendncia
Primria
seria necessrio
um investidor com
tam anhos recursos que
no haveria mais
o
m ercado form ado pela le i da
oferta e procura, mas somente ele atuando sozinho. Para influir na
Tendncia Secundaria
po ssvel haver recursos disponveis
este
propsito
dependendo do p pel
e das
condies
das negociaes
no
momento .
J
a Te ndncia Tercidria
esta sim sofre usualm en te os e feitos
de grupos interessados na
especulao
de curto prazo, visto que se
relaciona a volumes menores de
negociaes.
Os m ovim en tos citados
esto
segundo Dow, em ordem decrescente de
fora: o movimento
Primrio corresponderia as mars
de terminadas pela posio
da Lua; as
ondas, que podem ser geradas pelos ventos, se associa
o movimento
Secundrio
e, finalmente, as
m rol s so
a Tendncia Terciria
corresponde ndo a um a espcie d e
rudo causadas at por movim entos de
embarcaes
por exemplo. Desta forma, as mars
e as ondas
so
originadas por
foras naturais e nquanto as
marolas
pode m ser criadas por
um fator e xterno proposital.
d 0
m ercado de Al ta
compe-se de
trs
fases: Acumulao
Alta e
Euforia.
C o m o a
difuso
de
informaes
relevantes na formao de pregos do ativo
ou me rcado
no
sim ultnea
a Teoria Dow prev, a
atuao
de
3 grupos
de investidores sendo que aqui verem os em que
seqncia isto se d:
I.
Acumulao -
Ne sta fase inicial do
perodo
de alta, aps os
pregos
terem
cado bastante os insiders
comeam
a acumular a
ao
de
-
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39
forma
disfarada,
isto
6
compram com uns, vendem com outros, pois
o
seu interesse
o
de fazer
posio
no papel com
o
prego mais baixo
possvel, o
que
no
conseguiriam se houvesse excessiva demanda
mercado. Os operadores de
prego no
anunciam que compram, mas
vo
aos vendedores
e
fecham
negcio.
difcil
para
o
analista
identificar esta fase;
II.
lta
A partir deste momento,
j h
um consenso entre os
profissionais de mercado de que se passou uma fase de
acumulao
e
h
um movimento de alta.
grupo por dentro , agora devidamente
posicionado na
ao
tem interesse em que
o
seu preo suba, no
disfarando
mais as suas compras (compra anunciada). Com a
entrada dos analistas (outsiders) demandando
o
papel, ocorre uma
valorizao expressiva do ativo, at que
o
pblico
em geral se sinta
atrado
para
o
mercado;
Ill.
Euforia
Com a chegada deste
ltimo
grupo (out outsiders), os
nveis
de prego chegam rapidamente a patamares elevados, a partir dos
quais se encerra
o
ciclo de alta, tendo
inicio
logo a seguir,
o
ciclo de
baixa.
e
mercado de Baixa
compe-se
de trs fases: Distribuio, Baixa
e Pnico.
Da mesma forma que para
o
mercado de alta,
o
de baixa vai apresentar a
atuao
dos
j
citados grupos, em uma ordem
caracterstica
para este
movimento:
I
istribuio
Na fase inicial deste movimento, os analistas
percebendo que
o
ciclo anterior
est
se esgotando, procuram se
-
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40/97
40
desfazer da
ao
ainda com um preo alto. Para isto quem lhes d
sada
do mercado
a massa d e investidores desinformad os que
chegou por ltimo
e
acha que o
processo de alta agora sem mais
nenhum fundamento vai continuar. Na fase de distribuio os
operadores no anunciam que vendem mas vo ao encontro dos
compradores para fechar negcio isto 6 no assustam os
compradores para que possam passar o papel a um bom prego. Neste
mome nto a grande parte dos insiders j deixou
o
ativo ou
o
mercado
ou assumiu uma posio vendida no mercad o futuro por exemplo
cabendo a o analista segui-los
o
mais rapidamente
possvel;
II. Baixa Em seguida verifica-se
o perodo
de b aixa propriamente dita
no qual
o pblico em geral acredita ser um reajuste para uma posterior
alta. Contudo aps algum tempo
o
grupo
outsi er
percebe que
o
papel no sobe de preo
o
que
bvio pois no h um outro grupo
de pessoas
que
o
demandem de suas
mos
estando o mercado
pronto para a fase final de baixa;
Ill.
nico
A partir deste momento
o que se observa um processo no
qual
o
ltimo
grupo vende de uma forma desordenada contribuindo
grandem ente para a rpida depresso dos pregos. A inclinao deste
movimento 6 fortemente descendente pois se trata de uma fase de
liquidez estreita na qual junta-se a grande quantidade de vendedores
com a falta de compradores.
Aps o Pnico o
mercado entra numa etapa de Baixa Lenta onde os
vendedores resistem em vender mais baixo
e
os compradores no se
-
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41
amimam a pagar m ais caro, retraindo-se bastante
o nmero de
negcios.
A
partir de
ento,
in ic ia-se n ovamen te a fase d e Acumulao
d e u m n o v o
proces so de al ta, repet indo-se todo
o
ciclo de novo.
Alis, a tendncia
cclica
d o mercad o
j
era conhecida pelos negociadores de
ttulos,
antes
mesm o de Dow, se traduzindo num antigo di tado comum nos EUA : Buy
low, sell high (comprar
na baixa e
vender na alta).
f)
As md ias devem se conf irmar (convergir) . Da
anlise
das duas mdias
Ferroviria e
Industrial Dow concluiu que, no comportamento normal do
mercado ambas apontavam na mesma direo. Isto
6, conforme
observado por Ham i lton, para se ter um m ovim ento de al ta validado, as
du a s m di a s de ve m e s ta r e m a lta e , a na loga m e nte , e m ba i x a , a s du a s
devem estar nessa tendncia . No caso de divergncia entre as du as, ou
seja , uma em
trajetria
ascendente
e a outra em descendente , qualquer
uma d as duas tendncias
al ta ou b aixa n o
se fundam enta . Mais
tarde com a
criao
dos diversos indicadores observou-se que a
divergncia
en tre o s mesm o s e
os preos
era um impo rtante fator de
antecipao de
reverses
de tendncia.
g )
Volume acompanha a
tendncia.
Quando a tendncia do m ercado
est
definida,
o volu m e de negcios
geralmente alto se retraindo nos
mom entos de
indef inio. 0
volume util izado n os grficos
tem importante
funo de
confirmao dos m ovimentos das cotaes e
corresponde
quantidade d e
aes
negociadas
e no ao volum e financeiro (moeda)
das
operaes.
Tanto na baixa corno na alta o
volume e levado con f irma
tendncia forte, sendo fundamental sua
percepo
nos rompimentos de
-
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42
Linhas de Tend ncia ou de Figuras. Na Tabela
extrada
do livro Nobre
2001, p.17), esto relacionadas as
possveis combinaes
entre
movimentos de pregos de um ativo e o
volum e correspondente do mesmo:
Pregos
olume
valiao
do
Mercado
Subindo
lto
orte para cim a
Caindo
lto
orte para baixo
Subindo
aixo
raco para cim a
Caindo aixo raco para baixo
Tabela 2. Movimentos de prego. Nobre, 2001.
Nas
situaes
em que o mercado fraco, espera-se um a
reverso
iminente
da tendncia. Desta forma, o
m ercado com pouco volum e
perigoso: tanto
pode subir quanto cair.
h m ercado de lado pode aparecer nos m ovimentos
secundrios, 0
mercado
de lado ou de desenvolvim ento lateral pode substituir um a
Tendncia
Secundaria
ou um a parte dela somente,
o
que
m ais comum , significando
que a
presso
de com pra e venda esta
m ais ou m enos equilibrada.
Dificilmente o mercado
ter
um a tendncia primaria
de lado.
i Usar som ente
pregos
de Fecham ento. Dow utilizava, em suas anlises,
grficos
de linhas
construidos ligando-se as
cotaes de fechamento dos
dias,
no
se utilizando os
pregos
de abertura nem os
mximos e
os
mnimos,
que deram origem as barras de pregos dos
grficos de barras.
uso do fecham ento conferia ao
ndice
uma certa volatilidade, fazendo com
que o
m esm o acom panhasse de perto os movim entos
rpidos
do curto
prazo. Hoje em dia
comum
o uso das outras cotaes,
tanto no grfico
de
barras, com o nos diversos indicadores
disponveis nos
Softwares
de
anlise tcnica. Contudo,
o
fechamento continua sendo da maior
-
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43/97
43
importncia,
pois
em cim a dele que os
traders estabelecem seus pianos
de atuao pa ra o
dia seguinte. H, inclusive, um ditado co m um nos EUA
que afirma que A abertura
dos tolos
e o
fecham ento dos espertos .
j)
Deve-se pres um ir que um a tendncia
ser
mantida at que se tenha uma
sinalizao definitiva de sua reverso.Enquanto no houver um sinal
evidente de mudan a de tendncia, adm iti -se a con t inuao da anter ior . 0
anal ista grfico no deve, portanto, se an tecipar a no vas form aes, sob
pena de aum entar demas iadamente
o
risco envo lvido na operao.
Para Chande
e
Stanley (1994), ainda que os analistas tcnicos ou
pesquisadores acadm icos con siderem a Teoria Dow ultrapass ada, a abordagem
de m uitos dos m todos estatisticam ente sofisticados
essencialm ente variante da
abordagem de Dow. A Anl ise
Tcnica moderna em suma est assentada nos
fundamen tos de Dow.
2.2.2
Teoria de Elliot
Desenvolvida por Ralph Nelson Elliot por volta de 1930, a 'Teoria Elliot
busca determinar
o
futuro do com portamento dos preos a t ravs de um padro
repetitivo de cinco o ndas de im pulso s eguida de trs o ndas de correo. Ela est
baseada na repet io do com portamento p sicolgico da m assa.
Segundo N oron ha (2003), Elliot acreditava que sua teor ia sob re
o
mercado
era parte de uma lei natural muito maior que governava todas as atividades
hum ana s. Ele detalhou a sua
Wave Theory
em vrios a rtigos da revista
inancial
-
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44
Wor ld
em
1939, afirmando que os
pregos
das aes so
decididos
por ciclos que
residem nos
nmeros
de Fibonacci
(1-1-2-3-5-8-13-21...).
Abaixo
apresentada a
forma
bsica
das cinco ondas em subida e das
t rs de descida.
Figure
4. Ondas de Elliot. Fonte: Autor
As
ondas 1 , 3 e 5 rep rese n tam o im pu lso , ou ondas positives men o r es n u m
grande mo v im ento de
subida.
As on d as 2 e 4 r ep resen tam a
correo , ou
as
ondas
negatives
me nores num a tendnc ia
de
alta. As ondas e C r ep resen tam
as ondas negat ivas meno res num grande mov ime n to
de queda, enquanto que a
o n d a B r ep resen ta o n ic o m o v im en to
de
s u b id a n um m o m e n to
de
queda. Para
Edwards
e
Magee (1992), Elliot
props a
ex is tnc ia das ondas em d iversos
nveis,
ondas dentro
de on das. F igura 5.
Pode-se ver a
apl icao
da
sr ie
de Fibonacci nos mercados de ativos em Dobson
(1984).
Ele
dedicou uma obra
inteira ao estudo da apl icao
da sr ie
de Fibonacci aos mercados de ativos,
incluindo sua simetrias.
-
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5. b
)
2
612]
2:brides
= 6ondas:
I
234-5,4
34
on s
igura 5. Ciclo Completo de Elliot. Fonte: Autor.
Elliot class ificou precisam ente nove ca tegorias de m agnitudes, em ordem
descendente de tamanho:
grand supercycle supercycle cycle primary
interm ediate; minor; m inute; minueffe; e sub-minueffe.
Segundo Achelis (1995), as ondas maiores determinam a tendncia
vigorante no mercado
e
as on das m enores determinam tendncias
intermedirias.
Seguindo uma forma s emelhante a Teoria Do w, na determinao das tendncia
primria e secundrias.
Para n egociar utilizando os pa dres d as o nd as d e Elliot preciso identificar
a on da pr incipal ou
supercycle
comprand o no inicio
e
vendendo na pr imeira
valorizao auferida, ou colocando -se a venda, quando d determinad a a
inverso.
45
-
7/23/2019 TCC Anlise Tcnica
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46
2.2.3
A construo do Grfico de B arras
Antes d e entrar em detalhes a respeito das teorias existentes na
anlise
grfic importante que se tenha um conhecimento bsico a respeito da
construo do grfico.
Existem diversas formas de se montar um g rfico, antigam ente os mesmos
eram m ontados a mo em folhas de papel q uadriculado, o que no era uma tarefa
fcil dev ido
preciso
exigida
e ao tamanho d os grficos. Atualmente no se
pensa em
anlise grfica
sem o uso de um computador, atravs do mesm o
possvel
alterar
o
tipo de grfico em segundos Os tipos de
grficos
mais
conhecidos so NO RO NHA, 2001, p.11):
Grfico de b arras;
Grfico de velas
candlestick);
Grfico de ponto e figura.
Existem outros tipos de grficos como
o Renko e o K aji, porm so pouco
conhecidos
e
utilizados.
grfico de b arras
assim chamado porque cada dia de atividade do
prego de um ativo financeiro
representado por um a b arra vertical. um grfico
que registra e evoluo
dos preos no tempo, na linha vertical temos a escala de
valores, e
na linha horizontal a escala de tempo.
Uma barra do g rfico
composta pelos prego s de ab ertura, fechamento,
mximo
e
mil
l imo . O g rfico pode ser mo ntado em
vrias periodicidades, se
-
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Maxima
Fehamult
Abert o a
Minima
47
escolhermos um grfico de uma semana por exemplo uma barra deste grfico
mostrara
o
primeiro prego da semana
o
ultimo preo da semana alm da mxima
e
minima da semana.
Para facilitar
o
entendimento segue abaixo uma figura mostrando do que
composta uma barra grfica.
Figura 6: Barra grfica, NOBRE 2001).
Um grfico
composto por diversas barras
e o
estudo da evoluo
destas barras
e
dos padres formados por elas que da origem as teorias
existentes na
anlise grfica.
A barra de um grfico demonstra ao analista a disputa entre as duas foras
do mercado compradores
e
vendedores. Quando os compradores esto
dominando a disputa
o
preo de fechamento fica acima do preo de abertura j
quando os vendedores assumem vantagem
o preo
de fechamento fica abaixo do
preo de abertura. No mercado
comum vermos as palavras
ull
touro) e
ear
-
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48
urso) para identificar qual lado esta vencendo a batalha, se os com pradores
conseguem em purrar os pregos para cima diz-se que
o
mercado Bul l ish quando
o oposto ocorre o mercado passa a ser
Bear ish.
A minima e
a maxim a da barra demon stram ao investidor qual a
fora
maxima dos lados, ou seja, at que ponto os vendedores tem
fora
para empurrar
os pregos para baixo, e at que ponto os compradores tem
fora
para empurrar os
pregos para cima. A
distncia
entre a m axima
e
a minima comprimen to) revela
quo intensa a disputa entre compradores
e
vendedores. Para Noronha 200 1,
p.13)
uma
barra de tamanho mdio define um mercado relativamente
tranqilo. Uma barra que apenas a metade do tamanho mdio
revela um mercado sonolento
e
desinteressado. Uma barra que if
o dobro da mdia mostra um mercado em
ebulio,
on e
compradores e vendedores batalham em todos os momentos.
Abaixo, segue o
exemplo de um g rfico de barras da empresa Vale do Rio
Doce , este grfico apresenta uma periodicidade diria, ou seja, cada barra do
grfico representa um dia de preg o.
-
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49/97
49
i
78.1000, 79.5000, 77.8200, 78.4700, +0.17000)
7
100
95
90
5
ber
2 003
I
February arch prI
ay
i i
1 1
1 1
t
1
8 0
Figura
7: Grfico
de barras
dirio da Vale do Rio Doce Fonte:
Metastock
Professional
Existem vrias periodicidades para os grficos, da mesma forma, a escala
de valor pode assumir variaes. A escala de valor pode ser aritmtica ou semi-
logartmica,
na primeira no existe diferena de tamanho entre os valores
apresentados, ou seja, a variao de 1 para 2 e de 10 para 11 tem a mesma
representao no grfico. Nota-se, que neste caso, quando
o preo varia de 1
para 2 h um aumento de 100 , quando varia de 10 para 11 h um aumento de
1 0 % .
Tal distoro pode prejudicar a anlise dos grficos, principalmente os de
longo prazo, pois estes costumam englobar uma variao de preo maior. Na
escala semi -logartmica
(semi-log) esta distoro no ocorre, sendo apresentado
-
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50/97
51.3400, 51.9000, 51.0000, 51.4000, -0.20000)
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
1993
99519961997199819992
51.3400. 51.9000. 51.0000. 56.4000,
0.20000)
2001 22
0
60
50
40
30
20
10
1993 995
199619971 99 19992 2 12 22
5
no grfico a variao real dos preos. Em seguida so apresentados dois
exemplos de um mesmo grfico da Petrobrs
PN o
primeiro est em escala
aritmtica,
e o
segundo em escala semi-log.
Figura : Diferenas entre as escalas. Fonte: Metastock
Professional.
Outra fonte importante de informaes fornecidas pelo mercado
o
volume
que
a quantidade de ativos financeiros negociada, por exemplo, no dia
09/05/2003
o volume de negcios da 'tab S.A., no prego eletrnico da bolsa de
valores de So Paulo, foi de 178 milhes de aes, ou R 33.873.825. No caso
dos mercados futuros deve-se analisar os contratos em aberto, que so os
contratos mantidos pelos agentes do mercado
aps o
trmino do prego. No dia
-
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51/97
I=
197500 198900 195000 197140 +117999) x
Ma
y Jun
II
Jul
u
g
Sep
Oc
Nov
II
U
Dec
12003
- 10
200
90
180
170
160
150
140
130
120
10
60000
50000
40000
30000
20000
iIIi Il i
l l i lm i
V o 7 x 7 0
7
P
Feb Mar Apr
Ma
y
51
09/05/2003,
por exemplo, haviam
52.329
contratos futuros do ndice
bovespa
em
aberto.
Abaixo se tem
o
exemplo de um
grfico ITAU4)
contendo
o
volume de
negcios.
Figura : Itaii
S A
e seu volume Fonte:
etastock Professional
0
volume
geralmente mostrado abaixo do
grfico,
atravs de barras
verticais. Tanto
o
volume quanto quantidade de contratos em aberto trazem
informaes importantes relacionadas disputa entre compradores e
vendedores.
2 2 4
inhas de Tendncia
As linhas de tendncia
so
a primeira abordagem como procedimento do
analista
grfico
na compra
e venda de aes.
Pode-se
identificar atravs das
-
7/23/2019 TCC Anlise Tcnica
52/97
52
mesmas qual o
lado da tendncia principal do m ercado, e
posteriormente, analisar
possveis
canais de tendncia
e
pontos de resistncia e
suporte. Para Nobre
2001,p.33)
Diz-se que o
preo
de uma a o chegou ao seu suporte quando
ela atingiu
o preo
mnimo
que ela pode atingir num determinado
momento, ou seja, um
nvel
que atrai tantos com pradores que
os preos so suportados acima dele. [...] chama-se de
resistncia do preo de uma ao um preo m ximo em que, se a
ao o atingir, aparecero
tantos vendedores que ela no
conseguir
ultrapass-lo.
Em suma, suporte e
resistncia seriam o s limitantes inferiores
e superiores,
respectivamente do preo de uma ao. Estes dois conceitos devem ser
entendidos dinamicamente, isto 6, com
o
passar do tempo, os valores anteriores
no s o mais respeitados
e
novos valores so estabelecidos.
Para se traar uma linha
e
tendncia ou de suporte
e
resistncia)
necessrio dois pontos no minim), quantos mais pontos a linha
tocada mais
forte ela se
tornar Segundo Edwards e Magee 1992),
muito
difcil
definir na
prtica um nix/el de suporte
e
resistncia atravs de um equacionamento
matemtico rgido, a fim de identificar a evoluo de um ativo at porque esse
nveis
podem sofrer falsos rompimentos.
Em uma tendncia de alta ao se traar uma reta passando pelos dois
primeiros pon tos de
mnimo
existentes no grf ico suportes), tem-se uma l inha de
tendncia de alta. Pode-se dizer que existe uma tendncia de alta quando o
mercado se comportar ficando acima desta linha. Uma nova tendncia s sera
confirmad a quando os p reos passarem abaixo desta l inha, como mo stra a figura
nmero 10.
-
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sq
T e m p o
Figura 10.
Linha de Tendncia de Alta
Fonte: Autor.
Quando
se tern um a
tendncia
de baixa tragada uma reta passando
pe los dois pr im eiros po ntos de m xim o do grf ico
resistncias), tend o
um a linha
d e t e nd nc ia d e b a ix a . So m e nt e s e o s p r e g o s d a a o f e c hare m ac im a
dessa
linha po de -se dizer que a tendncia de baixa acabou com o m ostra a figura nm ero
1
53
Figura 11. Unha
de
T endncia
de
Baixa. Fonte:
Autor
-
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54
Segundo Nobre 2001),
o
traado das l inhas de tendn cia deve obedecer
duas premissas bsicas:
a) No deve ser feita por m xim os ou
mnimos
muito prximos;
b)
No
ser
significativa se resultar mu ito inclinada. Isto 6, o corte de linhas de
tendncia menos
ngremes m ais expressivo do que
o
de l inhas m ais
inclinadas.
2 2 4 1
anals de Alta e de Baixa
As tendncias com portam -se dentro de canals, pode-se traar canals de
curto, mdio
e
longo prazo, sendo que, quanto mais barras fecham entos) so
usados p ara traar
o
canal, mais confivel 6 a m anifestao da tendncia. Na
figura num ero 12 pode-se identif icar um canal de alta
e
um canal de baixa na
m esma ao.
-
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55
Figure 12. Canal de Alta
de Baixa EMBRAER ON. Fonte: MetaStock Professional.
Segundo Nobre 2001), canal
a rea
compreendida entre a linha de
suporte e
a linha de resistncia
dentro da qual os
pregos devero
se manter
durante todo
o
desenvolvimento da tendncia vigente.
2.2.5
FIGURAS GRFICAS
Segundo Tavares 1998), na Anlise Tcnica possvel
identificar o
movim ento do mercado e dos ativos, e at conseguir t irar alguma s
concluses
de
carter preditivo atravs
da visualizao de algumas
formaes figuras-padres)
nos
grficos.
As figuras podem indicar reverso ou tendncia a primeira vai sinalizar
uma reverso
da tendncia anteriormente verificada,
isto
6,
reverter
tendncia
que exist ia antes; a s egunda vem para confirm ar uma tendncia anterior a elas,
-
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56
assim, ela consolida a tendncia. Segund o Noronha 2003), as figuras podem
auxiliar os analistas tcnicos a decidir quando
mais
provvel
que uma tendncia
continue ou reverta.
De acordo com Nobre 2001), as figuras apresentam
duraes variv eis,
entre alguns dias a qu atro ou mais meses. Com o regra universal tem-se que
o
volume tende a diminuir durante o perodo
da
formao
da figura.
Uma das grandes vantagens da
incluso
das figuras na an lise grfica,
trabalhando-se n o m ais s com as linhas de tendncia,
que el s so um
auxiliar valioso nos mom entos em que
o
mercado perde a tendncia por algum
motivo, projetando objetivos de pregos a serem atingidos to logo ele se defina
novamente.
2.2.5.1
opos
e
fundos
As figuras de Topos
e Fundos so conhecidas como figuras reversivas, ou
seja, quando acontecem sinalizam uma reverso de tendncia, consistindo em
dois mximos, ou ois mnimos
duas resistncias, ou dois supo
es. Como
mostra a figura nmero 13.
-
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kesiblinci
57
tempo
P
Figure
13.
Topos Fundos duplos Fonte: Autor
Na
Anlise Tcnica
os fundos
e topos duplos so padres de difcil
ocorrncia, ainda m ais raros so o s topo s
e
fundos triplos. Isto oco rre po rque
geralm ente na gerao d essa figura ela recai na forma o de outras, tais com o
tringulo, retngulo e om bro-cabe a-om bro 000).
Segundo Noronha 2003) preciso observar aspectos quanto ao volume,
tempo e profundidade para que no se detectem falsos p adres. So
necessrios
de do is a trs m eses de intervalo, para uma figura de anlise tcnica como topo s e
fundos ser verdadeira
e
consistente. Quanto m aior o tem po en tre dois topos
fundos) maior a segurana de sua consistncia
e
m enor a necessidade de uma
correo
extensa do s pregos durante
o intervalo.
-
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58
2.2.5.2
mbro Cabea
Ombro
OCO
Essa figura ocorre muito na Anlise
Tcnica
sendo que seu nome pode
variar, como
segue: CO, O
C
0 0 2
C
2 0 e
outras. Segun do Murphy
1999), esta figura
talvez a mais
conhecida
e confidvel das figuras de
reverso
existentes, e todas as outras
so,
de certa forma,
variaes
desta. Em geral sua
formao
leva de dois a quatro meses no grfico dirio. A figura
14
mostra a
formao
do OCO.
MO
Figura 14. Ombro
Cabea
Om bro Fonte: Autor
Segundo Noronha 2003),
a
formao
de um OCO acontece da seguinte
forma:
a)
aps uma forte alta com volume, atingindo uma
mxima
ocorre um a queda
sobre a qual o
volume diminui, marcando um topo,
o ombro esquerdo
-
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59
b)
outra alta com a lto volum e que eleva os pregos a um nix/el acima do om bro
esquerdo, seguida de outra queda nos pregos, levando os pregos prxim os
ao n vel do fundo da queda precedente, formando assim a cabea;
c) num a terceira a l ta , agora com bem m enos volum e das al tas anteriores, no
consegu e atingir
o n vel
da
cabea,
retornando a ca i r , forman do
o
ombro
direito;
d ) a perda da l inha de
pescoo reta tragada entre as quedas do ombro
esquerdo
e
a
cabea
a confirmao da figura.
ombro-cabea-ombro possui inmeras variaes em sua forma
e
costuma oco rrer tambm na form a inve
ida. A forma m ostrada na f igura 14 a
mais comum, e
foi testada por Osier et al . 1995) em alguns m ercados
monetrios.
2.2.5.3 r ingulos
Segund o Nobre 2001), essas so figuras muito freqentes e, durante a sua
ocorrncia,
o
que se verifica no movim ento de pregos
uma confluncia para um
ponto o vrtice do tringulo), antes do qual os pregos rompem um lado da figura.
um a figura interpretada com o um a Area de congesto cujos l im ites superiores
e
inferiores con vergem para a direi ta. Para a sua
formao so n ecessrios
quatro
pontos dois de fundo
e d ois de topo.
Os tringulos
podem ser s imtricos
e retngulos,
sendo que o s primeiros
tanto podem ser de tendncia quanto de reverso, j os segund os sero
sempre
de tendn cia. Ambos os t ipos podem ser de al ta ou de baixa. Conforme f igura
num ero 15 abaixo.
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Sinal de ompra
0
ik
Tringulo Retngulo
4
inal de ompra
60
Prego
rego
Triangulo
Simtrico
T e m po
e m p o
Figura
15 Tringulos
Fonte: Autor
Um
tringulo
de
continuao
tendncia) provavelmente
ser
pequeno, cuja
altura corresponda a
10
o u
1 5
do movimento precedente.
J
um grande
tringulo
cuja altura corresponda a um
tero
ou mais do movimento precedente,
poder
se r u m
tringulo
de
reverso
(Noronha,
2003).
2 2 5 4
etngulos
O s
Retngulos
figura 16),
tambm chamados de canais laterais,
so
um
momento de
indefinio
do mercado, onde a disputa entre compradores
e
vendedores se faz de forma equilibrada gerando linhas de suporte
e
resistncia
paralelas ao eixo horizontal.
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6 1
Figure 1 6. Retngulo.
Fonte: Autor.
Segund o Nobre (2001 ), esta figura tanto pode confirmar como inverter
o
movimento
que lhe 4) anterior, mas em 75 dos casos 4) de consolidao
e s
25 de
reverso.
2 2 5 5
utros
padres
Achelis (1 995), Chande
e
Stanley (1994), Edwards
e
Magee (1992), Pring
(1985), Murphy (1999), Noronha (2003)
e
Tavares (1 998), dentre outros, destacam
e
detalham as importantes formaes que, para efeitos de registro, esto logo
abaixo:
a)
andeiras
e Flmulas: so forma es
de continuao de curto
prazo que marcam uma pequena consolidao antes da
continuao do movimento prvio;
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62
b)
iamante: figura de formao incom um p ossui a forma de um
losango,
raramente ocorre como um padro de reverso
de fundo;
C unhas: formaes sem elhantes aos tringulos, porm,
com
inclinao
em relao ao eix o horizontal;
d Gaps: regies grficas
onde no ocorreram negociaes; um
gap
dirio numa tendnc ia alta
formado quando os preos ab rem
acima da cotao de fechamento do dia anterior
e esta janela no
fechada durante o prego,
ou seja, no houve negcios com
cotaes intermedirias
entre a abertura atual e o fechamento
anterior;
e)
I lhas de reverso: pequena e
compacta congesto separada do
movime nto que leva sua formao por um gap de exausto.
Os padres aqui citados so amplamente utilizados nos mercados
financeiros mas so escassos de pesquisas
empricas e
teori s m is
aprofundadas que v enham a justificar sua utilizao.
2.2.6
Projees Grficas
Nos pad res grficos que p rojetam figuras
possvel ntever
o preo
esperado por meio de
projees grficas.
Do mesmo modo pelo qual se
constri
a
figura no grfico constri-se a projeo fazendo-se um esboo dela no grfico
dependend o da figura que est formada. Segundo Nob re 2001, p.49),
o
valor
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63
assinalado como projeo o
estatisticamente m ais provvel, no querendo dizer
que s eja rigorosam ente respeitado.
A projeo p ode indicar alta ou baixa sendo util izado
o
mesm o mtodo para
ambas, a
diferena que a primeira projeta-se para cima
e
a segunda para baixo.
Estaro
sendo abordadas nesta parte somente as projees das figuras mais
importantes ressaltadas anteriormente.
A
projeo
de Topos
e
Fundos Duplos se d tragando uma linha de
projeo a partir do fulcro de supo rte ou resistncia indo at onde a pon ta oposta
da figura. Depois de feito isso
colocada mesm a linha ou outra linha de mesm o
t m nho em seu suporte ou resistnci
e
onde a linha acabar traada uma
perpendicular indicando onde
o grfico preo
da ao) ir
chegar futuramente.
No Ombro-Cabea-Ombro OCO) a linha que une os dois ombros
cham ada linha de pesco o, a partir dela tr