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Aplicabilidade do Princípio da Insignificância pelo Delegado de Polícia

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ASSOCIAO EDUCATIVA DO BRASIL SOEBRASFACULDADES UNIDAS DO NORTE DE MINAS FUNORTECURSO DE GRADUAO EM DIREITO

A APLICABILIDADE DO PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA PELO DELEGADO DE POLCIA

JOO GABRIEL MENEZES DE FREITASROSELY DA SILVA EFRAIM

MONTES CLAROS MG2015JOO GABRIEL MENEZES DE FREITASROSELY DA SILVA EFRAIM

A APLICABILIDADE DO PRINCPIO DA INSIGNIFICNCIA PELO DELEGADO DE POLCIA

Projeto de concluso de curso apresentado Banca Examinadora do Curso de Graduao em Direito das Faculdades Integradas do Norte de Minas FUNORTE como requisito final para obteno do ttulo de bacharel em Direito. rea de concentrao: Direito Pblico. Professor orientador: Rosely da Silva Efraim.

MONTES CLAROS MG2015RESUMO

O trabalho a ser desenvolvido, ter como ponto central de discusso, a anlise da possibilidade e viabilidade de aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia. O princpio da insignificncia tem o sentido de excluir ou de afastar a prpria tipicidade penal, ou seja, no considera o ato praticado como um crime, por isso, sua aplicao resulta na absolvio do ru e no apenas na diminuio e substituio da pena ou na sua no aplicao. Para que este princpio seja aplicado, faz-se necessria a presena de certos requisitos, tais como: a mnima ofensividade da conduta do agente, a nenhuma periculosidade social da ao, o reduzidssimo grau de reprovabilidade do comportamento e a inexpressividade da leso jurdica provocada. Sua aplicao decorre no sentido de que o direito penal no se deve ocupar de condutas que produzam resultado cujo no resulte em leso significativa a bens jurdicos relevantes, seja ao titular do bem jurdico tutelado, seja integridade da prpria ordem social. Nesse contexto, busca-se verificar a possibilidade e legitimidade da aplicao do referido princpio pelo Delegado de Polcia, diante da irrelevncia da conduta praticada pelo agente, visando demonstrar a importncia desta aplicao para a garantia da celeridade.

Palavras-chave: Princpio da Insignificncia. Ofensividade mnima. Aplicao. Delegado de Polcia. Celeridade.

SUMRIO

1INTRODUO.....................................................................................04

1.1Objetivos..............................................................................................09

1.1.1Objetivo Geral......................................................................................09

1.1.2Objetivos Especficos..........................................................................09

1.2Justificativa..........................................................................................10

1.3Hipteses............................................................................................11

2METODOLOGIA PROPOSTA.............................................................12

4CRONOGRAMA DE EXECUO.......................................................13

5ORAMENTO FINANCEIRO..............................................................14

REFERNCIAS................................................................................................15

ANEXO A - Portaria DGP 18, de 25 de novembro de 1998 da Polcia Civil do Estado de So Paulo ................................................................................16

APNDICE A Quesitos para entrevista com Delegados de Polcia, Promotor de Justia e Juzes de Direito ..........................................................19

1 INTRODUO

O trabalho a ser desenvolvido, direcionando por este projeto de pesquisa ter como ponto central de discusso, a anlise da possibilidade e viabilidade de aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia. Nesse intuito, imprescindvel introduzir o tema a partir de alguns aspectos que possibilitam o estudo mais enraizado do assunto proposto. Para definio do Direito Penal Rogrio Sanches Cunha aduz que temos trs aspectos relevantes. Em primeiro lugar que o Direito Penal visa a proteo de bens jurdicos atravs de um conjunto de normas que qualificam os comportamentos humanos atravs de infraes penais, definio dos agentes e fixao das sanes, este aspecto chamado de tipicidade formal. Em segundo lugar temos a tipicidade material, que alude a comportamentos altamente reprovveis e que causam grandes danos sociedade. E por ltimo, o aspecto sociolgico ou dinmico, onde se deve analisar o Direito Penal como um instrumento de controle social dos comportamentos desviados, visando assegurar a necessria disciplina social. (CUNHA, 2015, p. 32).Segundo Luiz Regis Prado (2009, p. 44) citado por Rogrio Sanches Cunha (2015, p. 68):

Bem jurdico um ente material ou imaterial haurido do contexto social, de titularidade individual ou meta individual reputado como essencial para coexistncia e o desenvolvimento do homem em sociedade e, por isso, jurdico-penalmente protegido. Deve estar sempre em compasso com o quadro axiolgico vazado na Constituio e com o princpio do Estado Democrtico e Social de Direito. A idia de bem jurdico fundamenta a ilicitude material, ao mesmo tempo em que legitima a interveno penal legalizada.

Como se observa, para que se tenha a noo do bem jurdico subentende-se a importncia para a sociedade de determinado ente material ou imaterial, mas desde que esteja sob a luz da Constituio e do Estado Democrtico e Social de Direito.Diante disso o Direito Penal adota alguns princpios, positivados ou implcitos, que norteiam a ao do Estado. No tema em tela, os princpios estudados so implcitos e decorrentes da dignidade da pessoa humana previsto no artigo 1 da Constituio da Repblica de 1988 CR/1988, bem como da inviolabilidade do direito vida, liberdade, segurana e propriedade, previstos no artigo 5, caput da CR/1988. Dentre eles destacam-se os princpios da ofensividade ou lesividade, da interveno mnima do Estado e fragmentariedade este que desdobra no princpio da insignificncia.Em sntese, o princpio da ofensividade ou lesividade significa que nullum crimen sine injuria, ou seja, no h crime sem que haja leso ou perigo de leso a determinado bem jurdico tutelado. O princpio da interveno mnima do Estado aduz que o Direito Penal s deve ser aplicado quando estritamente necessrio, desde que tenham se esgotados todos os outros meios possveis e menos gravosos aos cidados, agindo assim de forma subsidiria, sendo o Direito Penal a utlima ratio. J o princpio da fragmentariedade decorre de que o Estado no protege todo e qualquer bem jurdico e a qualquer leso, mas protege os bens jurdicos mais importantes e que sofram as leses mais graves.Desta maneira, surge o princpio da insignificncia, que ocorre sempre que o bem jurdico tutelado seja minimamente ofendido a ponto da leso ser to diminuta, que no resulta na tipicidade material.Partindo dessa premissa, vlido salientar que o princpio da insignificncia tem sua origem no Direito Romano, de cunho civilista e tem como preceito "minimis non curat praetor", ou seja, "o pretor, no cuida de minudncias". Fora implantado no Direito Penal, em 1964, por Claus Roxin, jurista alemo que buscava atender a necessidade da moderna poltica criminal.Sendo assim, o Delegado de Polcia o vetor, na esfera penal, para que o Pretor, neste caso, o Juiz, julgue os casos que chegam at ele.A aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia nas infraes que provocam nfima leso ao bem jurdico tutelado, tem se apresentado como um tema relevante e instigante no meio jurdico. Acerca do Princpio da insignificncia Fernando Capez assevera que:

Segundo tal preceito, no cabe ao Direito Penal preocupar-se com bagatelas, do mesmo modo que no podem ser admitidos tipos incriminadores que descrevam condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o bem jurdico (CAPEZ, 2011, p. 28).

Ainda segundo o autor, o princpio no pode ser considerado em termos abstratos e exemplifica: Desse modo, o referido preceito dever ser verificado em cada caso concreto, de acordo com as suas especificidades. O furto, abstratamente, no uma bagatela, mas a subtrao de um chiclete pode ser (CAPEZ, 2011, p. 28).

O ministro Celso de Mello, relator do Habeas Corpus (HC) 98152, juntamente com toda a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal, buscaram harmonizar a aplicao do Princpio da Insignificncia, que favorece outros princpios do Direito Penal, como o Princpio da Interveno Mnima, o Princpio da Fragmentariedade e o Princpio da Lesividade, com o Princpio da Legalidade, que primeiramente elege os bens jurdicos que merecem tutela estatal, e, consequentemente elencou os seguintes critrios para aplicao do Princpio da Insignificncia em Direito Penal: Mnima ofensividade da conduta do agente; Nenhuma periculosidade social da ao; Reduzidssimo grau de reprovabilidade do comportamento; Inexpressividade da leso jurdica provocada. Segundo entendimento do STF, o ato com nfima leso poderia caracterizar tipicidade formal, ou seja, a adequao do fato norma, mas no caracterizaria a tipicidade material, uma vez que o bem tutelado no foi lesado suficientemente a ponto de se justificar a judicializao e sano penal.H na Polcia Civil do Estado de So Paulo previso administrativa atravs da Portaria DGP 18, de 25 de novembro de 1998 que Dispe sobre medidas e cautelas a serem adotadas na elaborao de inquritos policiais e para a garantia dos direitos da pessoa humana., em seu artigo 2, o seguinte texto:

Art. 2 A autoridade policial no instaurar inqurito quando os fatos levados sua considerao no configurarem, manifestamente, qualquer ilcito penal. 1 Igual procedimento adotar, em face de qualquer hiptese determinante de falta de justa causa para a deflagrao da investigao criminal, devendo, em ato fundamentado, indicar as razes jurdicas e fticas de seu convencimento (LAVOURA, 2009). (grifos nossos)

Conforme dispe a portaria mencionada, a autoridade policial est desobrigada a instaurar o inqurito quando os fatos levados sua apreciao no configurarem, manifestamente, isto claramente, visivelmente, explicitamente, nitidamente, qualquer ilcito penal. Ocorre que no pargrafo 1 define que a autoridade policial proceder igualmente ao caput do artigo, ou seja, no instaurar inqurito policial em face de qualquer hiptese determinante de falta de justa causa, devendo, contudo, fundamentar a sua deciso com base jurdica e ftica. A justa causa, que constitui condio da ao penal, prevista de forma expressa no Cdigo de Processo Penal e consubstancia-se no lastro probatrio mnimo e firme, indicativo da autoria e da materialidade da infrao penal (Enunciado de questo de prova objetiva do concurso pblico para provimento de vagas em cargos de nvel superior e de nvel mdio do Plano Geral de Cargos do Poder Executivo do Quadro da Defensoria Pblica da Unio, 2010). Percebe-se que para que haja a Justa Causa deve-se observar o indicativo da autoria e materialidade da infrao penal. Segundo entendimento do STF acerca do princpio da insignificncia no caracteriza a tipicidade material pelo bem tutelado no ter sido lesado de forma a justificar a sano penal, no havendo a materialidade estamos diante de um crime de bagatela.Ainda assim, a Lei Federal n 12.830/2013, que leciona acerca da investigao criminal, em seu artigo 2 reza que As funes de polcia judiciria e a apurao de infraes penais exercidas pelo delegado de polcia so de natureza jurdica, essenciais e exclusivas de Estado. J em seu pargrafo sexto diz assim: O indiciamento, privativo do delegado de polcia, dar-se- por ato fundamentado, mediante anlise tcnico-jurdica do fato, que dever indicar a autoria, materialidade e suas circunstncias (grifo nosso).Acerca do indiciamento, Nestor Tvora e Robson Alencar asseveram que:

[...] s cabe falar em indiciamento se houver um lastro mnimo de prova vinculando o suspeito prtica delitiva, o que se faz aps anlise tcnico-jurdica do fato, indicando-se autoria, materialidade e circunstncias, como dispe a Lei n 12.830/2013 (TAVORA; ALENCAR, 2014, p. 144).

Denota-se que o cargo de Delegado de Polcia de natureza jurdica, tendo absoluta capacidade para averiguar os lastros mnimos probatrios, usando da anlise tcnico-jurdica, a fim de elevar o patamar do investigado para indiciado, fazendo com que toda a investigao recaia sobre ele.O pargrafo 3 do artigo 2 desta Lei que foi vetado pelo Senado Federal tinha o seguinte texto: 3 O delegado de polcia conduzir a investigao criminal de acordo com seu livre convencimento tcnico-jurdico, com iseno e imparcialidade. (grifo nosso) As razes para o veto foram exclusivamente para garantir que no haveria conflito com as atribuies investigativas de outras instituies, previstas na Constituio Federal e no Cdigo de Processo Penal. Ora, se o Delegado de Polcia, cargo tcnico-jurdico possui autoridade para, mediante anlise tcnico-jurdica, indiciar algum, v-se ento, uma gama de possibilidades da aplicabilidade do princpio da insignificncia na fase policial.Diante disso, este trabalho tem como escopo defender a aplicabilidade do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia Judiciria, a fim de reduzir a quantidade de inquritos policiais e processos penais de crimes inexpressivos e que sobrecarregam tanto a Polcia Judiciria quanto o Poder Judicirio, comprometendo a celeridade. A motivao para a escolha deste tema foi pela dvida existente acerca da possibilidade e da legitimidade do Delegado de Polcia Judiciria como Autoridade Policial no reconhecimento do princpio da insignificncia diante de um caso concreto que lhe for apresentado, e pela grande importncia que ter a sua aplicao quanto celeridade processual. Ao desdobramento deste estudo sero elucidadas diversas questes importantes, assim como os conceitos, origens, natureza-jurdica, tipicidade penal, diferenciao de princpios de certa forma semelhantes ao princpio da insignificncia, a Polcia Judiciria, ao Delegado de Polcia como profissional da rea jurdica, e finalmente, sobre a aplicabilidade do princpio da Insignificncia pelo Delegado de Polcia. Alm de analisarmos a possibilidade de aplicao deste princpio pelo Delegado de Polcia sob a tica constitucional e dos direitos humanos.Nesse contexto, imperioso questionar: possvel que o Delegado de Polcia, ao identificar a irrelevncia da conduta delituosa, aplique o princpio da insignificncia?

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Analisar a possibilidade e legitimidade da aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia.

1.1.2 Objetivos especficos

Reconhecer a funo do Direito Penal e identificar a tutela dos bens jurdicos; Verificar a distino entre princpios de certa forma semelhantes (princpio da ofensividade ou lesividade, princpio da interveno mnima do Estado e o princpio da fragmentariedade este, que desdobra no princpio da insignificncia); Identificar o princpio da bagatela ou insignificncia e sua aplicabilidade de forma geral; Levantar se h aplicabilidade do princpio da insignificncia pelos delegados das polcias, estadual e federal; Analisar a aplicabilidade pelo Delegado de Polcia do princpio da insignificncia na fase policial sob a tica constitucional e dos direitos humanos; Verificar o posicionamento do Ministrio Pblico enquanto titular da ao penal acerca do seu posicionamento sobre o tema; Demonstrar a importncia da aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia para a garantia da celeridade.

1.2 Justificativa

O interesse em desenvolver o tema sobre a aplicabilidade do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia almeja mostrar a possibilidade da aplicao do referido princpio de forma a garantir celeridade jurdica.O tema foi escolhido com o desgnio de discutir um assunto que embora seja de extrema importncia, ainda pouco abordado pela doutrina, cujos posicionamentos ainda so bastante conservadores.Esta pesquisa busca ampliar o debate sobre o tema para que se possa fomentar discusso doutrinria e consequentemente elaborao de leis especficas para que possamos obter celeridade processual e respeito dignidade humana, uma vez que o Direito Penal deve ser a ultima ratio e no a prima ratio.Em busca do princpio constitucional da celeridade processual, este tema de grande relevncia para possibilitar que o Judicirio no seja atulhado de aes que resultaro na aplicao do principio da insignificncia na fase processual, uma vez que ele j poderia ter sido identificado na fase policial.Para demonstrar a possibilidade da aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Policia sero realizadas entrevistas com Delegados, Promotor e Juzes que atuam na esfera penal.Para tanto foram elaboradas hipteses visando aplicao do referido princpio de acordo com a legislao atual, se possvel, e, outras hipteses, no sentido de demonstrar a legitimidade em sua aplicao.

1.3 Hipteses

Com o intuito de garantir celeridade processual, os casos que preenchem os requisitos da aplicao do princpio da insignificncia, podem ser solucionados ainda na esfera da Polcia Judiciria, sem que tenha necessidade de serem remetidos apreciao do Judicirio para dar incio a uma ao penal. Para isso imperioso que o Delegado de Polcia remeta os documentos confeccionados juntamente com sua fundamentao ao Judicirio para homologao. Com a finalidade de educar o culpado aplicando a teoria da Escola Penal Humanista e com o fito de substituir o desgaste e a incerteza provocada pela demora no julgamento da ao penal em que possa ser invocado o princpio da insignificncia, ao se defrontar com os casos que preenchem os requisitos deste princpio, poderia ser aplicada pelo Delegado de Polcia, uma condio exclusiva para que esse princpio seja invocado, registrando o acordo estabelecido e remetendo ao Judicirio para homologao. Ressaltando que um requisito indispensvel para que essa aplicao ocorra que o agente do delito no seja reincidente. Tal condio exclusiva atravessa pela potencial habilidade laboral do agente do delito combinada com a necessidade de prestao de servios para algum rgo pblico (escolas, fruns, delegacias, prefeituras, etc).

2 METODOLOGIA PROPOSTA

O trabalho ser desenvolvido com base em pesquisa descritiva e exploratria, visto que para verificar a possibilidade e legitimidade da aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia ser imprescindvel descrever alguns conceitos e explorar alguns poucos posicionamentos defendidos pela doutrina e pela nossa legislao, com o intuito de apresentar mais informaes sobre o tema em discusso. A pesquisa bibliogrfica com utilizao de fontes primrias e secundrias se faz necessria, sendo que para desenvolver o assunto proposto, a anlise da doutrina, leis, instrumentos normativos, jurisprudncias e demais publicaes sobre o tema indispensvel para embasamento do trabalho. Para melhor delineamento do assunto e formao de uma convico mais arraigada sobre a possibilidade levantada, a pesquisa bibliogrfica ser acompanhada de uma pesquisa de campo, que ser desenvolvida por meio de entrevistas com profissionais da rea penal, como: Delegados de Polcia, federal e estadual, Promotor de Justia e Juzes, estadual e federal, em que os mesmos respondero questionamentos pertinentes ao tema, sendo dada oportunidade para que apresentem opinio acerca da viabilidade de aplicao do princpio da insignificncia pelo Delegado de Polcia.Tal pesquisa de campo tem como escopo verificar e demonstrar se na prtica, o princpio da insignificncia tem sido aplicado pelo Delegado de Polcia, sendo esta pesquisa realizada em Montes Claros, pois assim, a realidade a ser verificada estar mais prxima do pesquisador. Desta forma, na pesquisa proposta haver a utilizao do mtodo dialtico, pois sero demonstradas diversas posies sobre o assunto, buscando uma interpretao dinmica e totalizante da realidade.A abordagem da pesquisa ser qualitativa pela qual se pretende verificar a relao da realidade atual com o tema em estudo, obtendo assim, uma interpretao de forma indutiva, uma vez que a soluo da problemtica proposta no se apresenta de forma clara nos entendimentos doutrinrios, jurdicos, tampouco, legislativos.

3 CRONOGRAMA DE EXECUO

EtapasJANFEVMARABRMAIJUNJULAGOSETOUTNOVDEZ

Definio do projeto de pesquisaXXXxx

Apresentao e entrega da verso final do projeto de pesquisax

Qualificao do projeto de pesquisaX

Comit de tica (se a pesquisa envolver seres humanos e ou outros animais) *x

Pesquisa de campo, experimental ou bibliogrficaXXX

Anlise ou interpretao dos dadosXX

Desenvolvimento da escrita do TCCXXX

Reviso ortogrficaX

Defesa do artigoX

Envio do resumo do artigo ao Comit de tica em Pesquisa *X

4 ORAMENTO FINANCEIRO

Especificaes das despesasQuantidadeUnidade de MedidaValor unitrio (em R$)Total(em R$)

PAPEL SULFITE A41RESR$ 13,50R$ 13,50

CARTUCHO PRETO HP 6101UNDR$ 28,00R$ 28,00

LIVRO "O PRINCPIO DA Insignificncia e demais excludentes de ilicitude" de Luiz Flvio Gomes1UNDR$ 83,00R$ 83,00

Livro "Curso de Direito Processual Penal" de Nestor Tvora1UNDR$ 139,00R$ 139,00

Livro "Direito Penal Esquematizado" de Andr Estefam e Victor Eduardo Rios Gonalves1UNDR$ 89,90R$ 89,90

Livro "Manual de Direito Penal" de Gustavo Junqueira e Patrcia Vanzolini1UNDR$ 94,70R$ 94,70

Livro "Manual de Direito Penal Parte Geral" de Rogrio Sanches Cunha1UNDR$ 79,90R$ 79,90

Fotocpia43FLSR$ 0,10R$ 4,30

Encadernao2UNDR$ 2,50R$ 5,00

Gasolina12LTR$ 3,39R$ 40,68

TOTALR$ 577,98

Fonte: Comrcio de Montes Claros - MG

Fontes de Recursos: Prprios

REFERNCIAS

CAPEZ, Fernando. Curso de Direito Penal: Parte Geral. 15. Ed. So Paulo: Saraiva, 2011.

CUNHA, Rogrio Sanches. Manual de Direito Penal: Parte Geral. 3. Ed. Salvador: JusPodivm, 2015.

ESTEFAM, Andr; GONALVES, Victor Eduardo Rios. Direito Penal Esquematizado: Parte Geral. 1. Ed. So Paulo: Saraiva, 2012.

GOMES, Luiz Flvio. Princpio da Insignificncia e outras excludentes de tipicidade. 3. Ed. So Paulo: RT, 2013.

JUNQUEIRA, Gustavo; VANZOLINI, Patrcia. Manual de Direito Penal. 1. Ed. So Paulo: Saraiva, 2013.

LAVOURA, Eric. A Portaria n 18/1998, da Delegacia Geral de Polcia de SP: o inqurito policial no Estado Democrtico de Direito. So Paulo, 2009. Disponvel em Acessado em: 29 de abril de 2015.

TAVORA, Nestor; ALENCAR, Rosmar Rodrigues. Curso de Direito Processual Penal. 9. Ed. Salvador: JusPodivm, 2014.

ANEXO A - Portaria DGP 18, de 25 de novembro de 1998 da Polcia Civil do Estado de So Paulo

APNDICE A Quesitos para entrevista com Delegados de Polcia, Promotor de Justia e Juzes de Direito

1) O(a) senhor(a) entende ser aplicvel o princpio da insignificncia na fase policial pelo Delegado?2) Em caso de resposta positiva questo anterior, o(a) senhor(a) enquanto Delegado(a) de Polcia, aplica ou aplicaria este princpio?3) Em caso de resposta negativa ao quesito nmero 1, por qual motivo no entende ser aplicado este princpio pelo Delegado de Polcia?4) Entende que a aplicao deste princpio pelo Delegado de Polcia seria uma forma de filtrar as aes penais de nfima leso e assim contribuir para a celeridade processual?5) O(a) senhor(a) entende ser necessria alguma alterao na legislao atual para o reconhecimento da aplicao deste princpio pelo delegado de policia?6) Com o advento da Lei 12.830/13, entende que o cargo de Delegado de Polcia passou a ter reconhecimento como tcnico-jurdico e, portanto, discricionariedade para fazer juzo de situaes como a aplicao do referido princpio quando preencher os requisitos reconhecidos pelo STF no caso concreto?