taylane - gil vicente
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Gil Vicente: Vida, obra e estilo.TRANSCRIPT
- 1. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHO UEMACENTRO DE ESUDOS
SUPERIORES DE TIMON CESTIDISCIPLINA: LETRAS
PORTUGUES/LICENCIATURAPROFESSORA: ERIKA
GIL VICENTE
Clia
Taylane Santos
Zenaide
2. Gil Vicente um grande poeta, um dos maiores da
Renascena
3. Poderiam ser aduzidas muitas opinies qualificadas acerca da obra
de Gil Vicente, seja atravs de portugueses, seja de espanhis (que
tomam Gil Vicente tambm como um dos maiores autores da lngua
castelhana), seja de italianos, franceses, alemes, ingleses ou
americanos (e talvez ainda de autores de outras nacionalidades que
se dedicaram ao estudo admirado do poeta), mas a concluso j se impe
e a mesma: Gil Vicente deve ser contado entre os maiores poetas do
mundo em seu tempo e, na literatura de lngua portuguesa, disputa o
primeiro lugar com gigantes como Cames e Fernando Pessoa.
4. VIDA E POCA
Gil Vicente nasceu no reinado de D. Afonso V e morreu em meados do
reinado de D. Joo III.
A identificao do poeta com um importante ourives (o Mestre da
Balana), seu contemporneo e homnimo, problemtica, seja porque
faltam informaes conclusivas a respeito, seja porque os artesos em
geral so tratados no teatro vicentino com muito pouca
simpatia.
5. No plano propriamente literrio, Gil Vicente contemporneo de dois
eventos particularmente marcantes:
O primeiro a publicao, em 1516, do Cancioneiro Geral;
O segundo a renovao promovida pelo grande poeta S de Miranda.
6. OBRA
Sabe-se que Gil Vicente gozou de prestgio na corte, para a qual
seus autos eram escritos. Foi esse prestgio, provavelmente, que lhe
permitiu levar a efeito a ampla e mesmo violenta crtica social que
empreendeu atravs de seu teatro, no qual so satirizadas todas as
camadas da sociedade, inclusive o clero e a nobreza.
7. O teatro de Gil Vicente, que provm de tradies dramticas
presentes no fim da Idade Mdia, afasta-se totalmente dos princpios
do teatro clssico, defendidos pelas novas teorias poticas da
poca.
A crtica social de Gil Vicente procede como comum em comedigrafos
tanto de uma perspectiva desencantada sobre o presente, quanto de
uma viso idealizada do passado.
8. ALEGORIAS, QUADROS E NARRATIVAS
O teatro vicentino em grande parte alegrico. A alegoria, em Gil
Vicente, corresponde representao de uma idia abstrata, um tipo
social ou uma entidade espiritual, por meio de uma
personagem.
Nas alegorias vicentinas, que seguem a tradio do teatro medieval,
temos geralmente uma sucesso de quadros que no se ligam por relao
de causa e efeito.
9. Alm das peas propriamente alegricas, construdas em torno de
quadros ou sketches que no so necessariamente ligados por nexo de
causa e efeito, Gil Vicente comps peas que se podem chamar
narrativas, nas quais se verifica, seja o desenvolvimento de um
episdio em diversos quadros, seja um encadeamento de cenas, isto ,
de situaes ligadas por relao de causa e efeito. Nesses autos
narrativos, as personagens, diferentemente das puras alegorias, tm
recorte realista, embora em geral representem no propriamente
indivduos, mas tipos sociais.
10. Gneros no teatro vicentino:
O auto pastoril;
A moralidade religiosa;
As narraes bblicas ou de vidas de santos;
A fantasia alegrica;
A farsa episdica;
O auto narrativo.
As personagens de Gil Vicente falam um portugus variadssimo.
admirvel como o poeta, em belos versos cheios de ritmo e
naturalidade consegue captar uma imensa variedade de registros de
linguagem fazendo que cada personagem utilize as formas lingsticas
prprias de seu meio social.
11. Todo o teatro de Gil Vicente composto em versos rimados e
revela impressionante virtuosismo na utilizao dos
redondilhos.
Podem-se encontrar na obra vicentina exemplos das principais formas
do lirismo tradicional portugus, ou seja, formas que a poesia lrica
portuguesa conheceu antes da renovao iniciada por S de
Miranda.
12. OBRIGADA