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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de operacionalização _____________________________________________________________________________ 1 Nota Introdutória: Após uma leitura atenta da documentação disponível para a realização desta tarefa, e uma vez que o Modelo de Auto-Avaliação nunca foi aplicado na Biblioteca Escolar da nossa Escola, tentei seguir os passos sugeridos na síntese do modelo 1 de forma a estruturar melhor o trabalho. «Evaluations can verify if the program is re ally running as originally planned.» 2 I Selecção do Domínio de Avaliação e Indicadores B LEITURA E LITERACIA B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia O Indicador B.1, Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento, remete para a acção, é um indicador de processo . O Indicador B.3, Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia, remete para o impacto/resultado da acção da Biblioteca Escolar junto dos seus utilizadores, é um indicador de impacto (outcome). A selecção deste Domínio de Avaliação prende-se com a ausência de hábitos de leitura da maioria dos nossos alunos e as dificuldades que manifestam no acesso, selecção e procedimento da informação. Estas dificuldades já foram diagnosticadas há muito e aparecerem como tema/problema de muitos Projectos Curriculares de Turma. A leitura é um bem essencial. Não é um luxo, é um dever, uma necessidade básica, um direito elementar, um hábito imprescindível. Através do livro/leitura aprendemos a sonhar outros mundos; aprendemos a descobrir o que nos cerca e a descobrirmo-nos a nós próprios. 1 Modelo de Auto-Avaliação, Rede de Bibliotecas Escolares(12 de Novembro de 2009), p. 75 2 McNamara, Carter.Basic Guid to Program Evaluation

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Page 1: Tarefa4

O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de operacionalização _____________________________________________________________________________

1

Nota Introdutória:

Após uma leitura atenta da documentação disponível para a realização desta

tarefa, e uma vez que o Modelo de Auto-Avaliação nunca foi aplicado na Biblioteca

Escolar da nossa Escola, tentei seguir os passos sugeridos na síntese do modelo1 de

forma a estruturar melhor o trabalho.

«Evaluations can verify if the program is re ally running as originally planned.»2

I – Selecção do Domínio de Avaliação e Indicadores

B – LEITURA E LITERACIA

B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento

B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da

leitura e da literacia

O Indicador B.1, Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na

escola/agrupamento, remete para a acção, é um indicador de processo.

O Indicador B.3, Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos

alunos, no âmbito da leitura e da literacia, remete para o impacto/resultado da

acção da Biblioteca Escolar junto dos seus utilizadores, é um indicador de

impacto (outcome).

A selecção deste Domínio de Avaliação prende-se com a ausência de hábitos de

leitura da maioria dos nossos alunos e as dificuldades que manifestam no acesso,

selecção e procedimento da informação. Estas dificuldades já foram diagnosticadas há

muito e aparecerem como tema/problema de muitos Projectos Curriculares de Turma.

A leitura é um bem essencial. Não é um luxo, é um dever, uma necessidade básica, um direito elementar, um hábito imprescindível. Através do livro/leitura aprendemos a sonhar outros mundos; aprendemos a descobrir o que nos cerca e a descobrirmo-nos a nós próprios.

1 Modelo de Auto-Avaliação, Rede de Bibliotecas Escolares(12 de Novembro de 2009), p. 75 2 McNamara, Carter.Basic Guid to Program Evaluation

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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de operacionalização _____________________________________________________________________________

2

A leitura proporciona-nos viagens no tempo e no espaço; permite-nos sonhar outras vidas, outras culturas, outros mundos. Permite-nos expressarmo-nos melhor, oralmente e por escrito, para comunicarmos e argumentarmos de forma mais correcta e clara, com maior eficácia e persuasão, para fundamentarmos melhor as nossas ideias e pontos de vista; promove a capacidade crítica. Todos temos no nosso íntimo um leitor oculto que deve ser provocado a revelar-se, incitado de várias formas para que a leitura se torne não só um hábito, mas também um prazer.

A Literacia, nas últimas décadas, tem sido uma das áreas de incidência da Sociologia da Educação. De uma forma geral, os estudos revestem a forma de comparações extensivas e quantificadas, usando como instrumentos testes aplicados a nível nacional e internacional que permitem obter distribuições de níveis de Literacia e fazer comparações entre países, regiões ou mesmo grupos. Praticamente, toda a investigação na área da Literacia tem vindo a demonstrar que apesar dos progressos na escolarização, muitos portugueses alfabetizados não conseguem compreender o que lêem e que as crianças, jovens e adultos do nosso país, ainda estão muito longe dos níveis europeus. Perante um panorama desolador, torna-se por demais evidente que a questão do desenvolvimento da Literacia tem de ser encarado como uma prioridade no nosso país. Em vários países, nomeadamente da Europa, têm sido desenvolvidas várias estratégias para melhorar o domínio da Leitura e o desenvolvimento das Literacias. Em Portugal, uma das estratégias passa pelas BE como tendo um papel essencial.

A Biblioteca Escolar está empenhada em mostrar que «ler é compreender,

obter informação, aceder ao significado do texto." 3

O Plano tem por base uma avaliação de carácter quantitativo e

qualitativo.

Avaliação quantitativa - avaliação dos inputs, dos processos e dos outputs-

número de empréstimos domiciliários e para sala de aula, visitas à BE, reuniões com os docentes e Direcção; actividades de promoção da leitura realizadas, percentagem de turmas e docentes envolvidos nessas actividades e utilização dos serviços da BE e equipamentos.

Avaliação qualitativa – medir os ouctomes – Conhecer o benefício para os

utilizadores da interacção com a BE, aferindo o impacto do trabalho da BE nas competências dos alunos no âmbito da leitura e das literacias, traduzido numa mudança de conhecimento, competências, atitudes, níveis de sucesso, …

“Medir os outcomes (impactos) significa, no entanto, ir mais além, no sentido de conhecer o benefício para os utilizadores da sua interacção com a biblioteca.” 4

3 Sim-Sim, Inês O Ensino da Literatura: A Compreensão de Textos, p. 7

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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de operacionalização _____________________________________________________________________________

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II – O que se pretende avaliar / Recolha de Evidências

B.1 Trabalho da BE ao serviço da promoção da leitura na escola/agrupamento

O que se pretende avaliar Recolha de Evidências

A colecção: qualidade, quantidade e adequação (identificar novos públicos: cursos CEF, EFA)

Actividades de promoção da leitura

Sessões de leitura e reconto

Actividades de promoção de leitura informativa

A realização de encontros com escritores ou outros eventos culturais que aproximem os alunos dos livros e incentivem o gosto pela leitura

Articulação da BE com a BM e outras Escolas

Promoção da leitura em ambientes digitais, explorando as possibilidades facultadas pela WEB, como o hiepertexto, o e-mail, blogs, wikies, slideshare, youtube(…)

Articulação com o Plano Nacional de Leitura

Questionários aos Professores - QD2

Questionários aos alunos – QA2

Estatística de requisição domiciliária

Estatística de ocupação para leitura informal

Plano Anual de Actividades da BE:

Semana dos Arrepios

Actividades da Hora do Conto

Sema da Leitura

Feira do Livro

Encontro com escritores

Vamos criar uma corrente de livros

B.3 Impacto do trabalho da BE nas atitudes e competências dos alunos, no âmbito da leitura e da literacia

O que se pretende avaliar Recolha de Evidências

A leitura recreativa

Desenvolvimento de competências nos alunos ao nível da leitura

Participação dos alunos em actividades de promoção da leitura

Encontros com escritores

Articulação da BE com a BM e outras Escolas

Promoção da leitura em ambiente digital

Articulação com o Plano Nacional de Leitura

Questionários aos Professores - QD2

Questionários aos alunos – QA2

Estatística de requisição domiciliária e para a sala de aula

Análise do trabalho dos alunos

Levantamento de dados estatísticos de utilização da BE para actividades de promoção da leitura e das literacias (03; 04)

Materiais de apoio produzidos e editados

4 Texto da sessão, p. 2

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Aplicação dos Instrumentos

Os instrumentos de recolha de dados (Questionários/Grelhas de Observação)

serão aplicados a uma amostra, cerca de 20% do total dos professores e 10% do

número de alunos, em cada nível de ensino.

Esta amostra terá em conta os critérios da diversidade e representatividade dos

intervenientes.

III - Calendarização - Cronograma das acções a desenvolver

Calendarização Actividades / tarefas a desenvolver

1º Período

Escolha do domínio - Domínio B - leitura e Literacia

Apresentação do Modelo de Auto-Avaliação à Direcção, Conselho Pedagógico e à equipa responsável pela Avaliação Interna

Preparação/adaptação dos instrumentos da recolha de evidências

Elaboração do cronograma de acções

Selecção da amostra

Início da recolha de dados relativos às actividades de Leitura

2º Período

Aplicar os questionários que correspondem ao domínio a avaliar

Tratar os dados dos inquéritos

Proceder ao levantamento de todas as actividades relativas à promoção da leitura

Analisar cada factor crítico de sucesso em articulação com as evidências correspondentes

Estabelecer acções para melhoria

3º Período

Reflectir sobre os dados recolhidos

Posicionar a Biblioteca no perfil de desempenho atingido

Apresentar os resultados

Elaborar o relatório final, com indicação de pontos forte/pontos fracos e acções de melhoria

Apresentar os resultados à Direcção, ao Conselho Pedagógico e à Escola

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O Modelo de Auto-Avaliação das Bibliotecas Escolares: Metodologias de operacionalização _____________________________________________________________________________

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ANÁLISE E REGISTO DA PERFORMANCE DA BE NO DOMÍNIO SELECCIONADO

Os resultados da avaliação devem ser objecto de análise e reflexão em Conselho Pedagógico para que sejam definidos rumos

estratégicos e acções para a melhoria, sempre em conformidade com o Projecto Educativo da Escola/Agrupamento e a missão e

objectivos da Biblioteca Escolar.

A auto-avaliação deve ajudar a melhorar o desempenho e a utilização da BE, promovendo a sua importância na comunidade

educativa.

Situar a BE num dos níveis de desempenho definidos pelo documento da auto-avaliação concebido pela RBE.

Registar a auto-avaliação no quadro-síntese referente ao domínio seleccionado, apontando acções para a melhoria do

desempenho. Ainda no mês de Julho, será feita uma reflexão em equipa de modo a identificar os pontos fracos a desenvolver,

os inexistentes a promover e os fortes a continuar.

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5 Texto da sessão, p.4

O Plano Anual de Actividades do ano seguinte será elaborado com base nesta reflexão para a melhoria.

Os resultados da auto-avaliação realizada serão registados no relatório anual da BE.

RELATÓTIO FINAL DA AVALIAÇÃO DA BIBLIOTECA ESCOLAR

Instrumento de descrição e análise dos resultados da auto-avaliação, de identificação do conjunto de acções a ter em conta no

planeamento futuro e de difusão desses resultados e acções junto dos órgãos de gestão e de decisão pedagógica.

Deve integrar o relatório anual de actividades e o relatório da avaliação interna do Agrupamento.

“ (…) a avaliação da biblioteca não é algo que possa ser concebido em abstracto ou sobre o vazio. Avaliar a biblioteca significa avaliar a

sua acção em determinados aspectos e os resultados obtidos com esse trabalho, de acordo com os objectivos previamente definidos,

tendo porventura em consideração o referencial (indicadores e factores críticos de sucesso) à luz dos quais esses objectivos poderão já

ter sido estabelecidos, partindo do princípio que os orientam uma ideia geral de melhoria e desenvolvimento de boas práticas”. 5

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Dificuldades/Constrangimentos

Na minha opinião, uma das maiores dificuldades será a envolvência de todos os intervenientes em todas as fases do processo de avaliação. Por parte dos professores, a falta de tempo é o argumento mais referenciado, assim como a sobrecarga de trabalho que o sistema de ensino actualmente acarreta com muitas reuniões, com muitas solicitações para fazer parte de clubes, grupos de trabalho, acções de formação…

Por parte do professor bibliotecário e da equipa, a velocidade do tempo no que diz respeito a todas estas mudanças relacionadas com a avaliação das Bibliotecas Escolares pode ser o grande handicap na aplicação do Modelo de Auto-Avaliação.

Outra dificuldade, surgirá no campo da recolha de evidências, por falta de enraizamento de hábitos de recolhas e registos das actividades realizadas e respectiva repercussão nas aprendizagens dos alunos.

Documentos consultados:

Texto da sessão

Modelo de Auto-avaliação da Biblioteca Escolar, Rede de Bibliotecas Escolares

(12 de Novembro de 2009)

Basic Guide to Program Evaluation, disponível em

http://www.managementhelp.org/evaluatn/fnl_eval.htm#anchor1585345

Pevidém, 20 de Novembro de 2009

António José Roque Salgado