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Carolina Paixão Médica Veterinária 18 de Junho de 2014 Local: Hotel Fénix Urban, Lisboa

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Carolina PaixãoMédica Veterinária18 de Junho de 2014

Local: Hotel Fénix Urban, Lisboa

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Agenda1. O que é a Leishmaniose?2. Transmissão3. Sinais Clínicos4. Diagnóstico5. Prevenção

Objectivos Pedagógicos

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• Adquirir noções básicas sobre a leishmaniose canina

Gerais

•No final da sessão, os formandos deverão ser capazes de:

• Identificar por escrito as 5 regiões com maior incidência da doença em Portugal,recorrendo à informação fornecida ao longo da sessão;

• Caracterizar por escrito o método principal de transmissão da doença, abordado aolongo da sessão;

•Expor oralmente 6 dos vários sinais clínicos da doença abordados na sessão, a umcolega em contexto de simulação;

• Citar oralmente 3 métodos preventivos descritos no último tópico da sessão.

Específicos

Agenda

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1. O que é a Leishmaniose?2. Transmissão3. Sinais Clínicos4. Diagnóstico5. Prevenção

1. O que é a Leishmaniose?

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Doença crónica, de manifestação cutânea ou visceral , causada por protozoários flagelados do género

Leishmania

Afeta humanos e a espécie canina

• Carácter endémico e zoonótico• Modelo para a infeção humana (pessoascom o sistema imunitário insuficiente)

(Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.) (Fonte: Solano-Gallego, L.)

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A leishmaniose canina existe em 50 países dos 88 em que as leishmanioses humanas são endémicas !!

Em Portugal estima-se que 110 mil cães estejam infetados embora muitos não manifestem a doença.

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Agenda1. O que é a Leishmaniose?2. Transmissão3. Sinais Clínicos4. Diagnóstico5. Prevenção

2. Transmissão

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1. Picada de insetos flebotomíneos (≠ mosquitos)

Países mediterrânicos – Maio a Outubro Europa – Phlebotomus perniciosuse P. ariasi Um cão podem sofrer 700 picadas numa só noite!

INOCULAMLeishmanias

2. Transfusão sanguínea3. Transmissão placentária4. Outros vetores

(Fonte: Miró, G)

(Fonte: Miró, G)

(Fonte: Miró, G) (Fonte: Miró, G)

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Como é que o meu cão se infeta com Leishmania?

O parasita é transmitido aos cães e ao Homem, pela picada de insetos flebótomos fêmeas. Estes pequenos insetos de cor amarela clara vivem nos refúgios de animais, habitações, caixotes de lixo, jardins, matas, etc. e alimentam-se, preferencialmente, ao final do dia.

Os cães que vivem sempre no exterior ou na maior parte do tempo fora de casa, os cães de pelo curto e os animais com idade igual ou superior a 2 anos correm maior risco de ser infetados.

A leishmania localiza-se, sobretudo, na medula óssea, nos gânglios linfáticos, baço, fígado e pele.

(Fonte: Leonardo Hoffmann)

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Agenda1. O que é a Leishmaniose?2. Transmissão3. Sinais Clínicos4. Diagnósticos5. Prevenção e Tratamento

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Sintomáticos

Assintomáticos

Ambos transmitem aos vetores !

Envolvimento cutâneo(80-100%)

• Alopecia e descamação• Dermatite ulcerativa• Nódulos cutâneos• Dermatose pustular estéril• Feridas persistentes, que não

cicatrizam

Sinais sistémicos:

• Emagrecimento• Vómitos, diarreias• Fraqueza geral• Apatia• Anemia• Febre irregular• Dilatação do fígado ou do baço • Aumento exagerado das unhas• Lesões oculares• Hemorragias nasais.

3. Sinais Clínicos

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(Fonte: Baneth, G. et al)

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Agenda1. O que é a Leishmaniose?2. Transmissão3. Sinais Clínicos4. Diagnóstico5. Prevenção

4. Diagnóstico

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Através de testes rápidos junto do seu médico veterinário.

O diagnóstico definitivo é feito por análise de sangue ou pesquisa de leishmanias na medula óssea e gânglios linfáticos.

(Fonte: Miró, G)

(Fonte: Fotografia da autora.)

(Fonte: Miró, G)

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Agenda1. O que é a Leishmaniose?2. Transmissão3. Sinais Clínicos4. Diagnóstico5. Prevenção

5. Prevenção

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Medidas mais eficazes para reduzir a prevalência de infeção nos cães:

1. Inseticidas /Uso de produtos repelentes de insetos –

2. Evitar os passeios em zonas de rios ou charcos, sobretudo ao romper da manhã e ao fim do dia, pois são períodos de maior atividade dos mosquitos.

3. Assegurar um bom estado de saúde do animal, para manter um bom sistema imunitário – uma boa alimentação, vacinação e desparasitação regular.

4. Vacinas

Scalibor®, Pulvex®,ou Advantix®

(Fonte: Catálogo Virbac.)

(Fonte: Fotografias da autora.)

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5. Tratamento (objetivo: destruição do parasita, fármaco estimulante imunitário, impedimento da multiplicação do parasita). Fêmeas devem ser esterilizadas.

6. Eutanásia (caso os donos não optem pelo tratamento)!!!

Conclusão

O animal pode manter uma boa qualidade de vida durante muitos anos desde que tratado adequadamente.

Esta doença NÃO deve ser deixada sem tratamento uma vez que o animal é uma fonte de contágio.

Bibliografia

1. Baneth, G. et al. (2008) Canine leishmaniosis –new concepts and insights on anexpanding zoonosis: part one. Trends in Parasitology, 24: 325-330.

2. Miró, G. et al. (2008) Canine leishmaniosis –new concepts and insights on an expandingzoonosis: part two. Trends in Parasitology, 24: 371-377.

3. Solano-Gallego, L. et al. (2009) Directions for the diagnosis, clinical staging, treatmentand prevention of canine leishmaniosis. Veterinary Parasitology, 165: 1-18.

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OBRIGADA PELA ATENÇÃO

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