tapada nacional de mafra

60
INTRODUÇÃO Este trabalho realizado no âmbito da disciplina de Didáctica Específica de Ciências da Natureza, tem como objectivo a elaboração de um guião para uma visita de estudo à Tapada Nacional de Mafra. Ao longo do guião, tenta-se fazer com que o aluno aplique conhecimentos descritos no pequeno guião que lhe é fornecido na Tapada, e outros relacionados com o programa do 5º ano de escolaridade. É um trabalho exigente e muito minucioso, onde se tentará alcançar os pontos referenciados na avaliação da disciplina. Como complemento ao guião, optou-se por adicionar alguns elementos considerados pertinentes, perante o tema em questão. Assim, existem documentos essenciais para a realização de uma visita de estudo, um pouco da história da Tapada de Mafra e a sua relação com o Convento de Mafra. Existe ainda a legislação a ter em conta, aquando da organização da visita de estudo e alguns mapas, que servirão de orientação para os alunos e professores integrantes desta visita.

Upload: carlos-saraiva-marques

Post on 02-Jun-2015

574 views

Category:

Education


3 download

DESCRIPTION

TRABALHO REALIZADO NA ESEL

TRANSCRIPT

Page 1: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

INTRODUÇÃO

Este trabalho realizado no âmbito da disciplina de Didáctica Específica de

Ciências da Natureza, tem como objectivo a elaboração de um guião para uma visita de

estudo à Tapada Nacional de Mafra.

Ao longo do guião, tenta-se fazer com que o aluno aplique conhecimentos

descritos no pequeno guião que lhe é fornecido na Tapada, e outros relacionados com o

programa do 5º ano de escolaridade.

É um trabalho exigente e muito minucioso, onde se tentará alcançar os pontos

referenciados na avaliação da disciplina.

Como complemento ao guião, optou-se por adicionar alguns elementos

considerados pertinentes, perante o tema em questão. Assim, existem documentos

essenciais para a realização de uma visita de estudo, um pouco da história da Tapada de

Mafra e a sua relação com o Convento de Mafra. Existe ainda a legislação a ter em

conta, aquando da organização da visita de estudo e alguns mapas, que servirão de

orientação para os alunos e professores integrantes desta visita.

Page 2: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

ENQUADRAMENTO DA VISITA DE ESTUDO

O local escolhido para realizar a visita de estudo, foi a Tapada Nacional de

Mafra. Esta escolha, teve essencialmente a ver com os conteúdos leccionados no 5º ano

de escolaridade. De facto, toda a matéria leccionada pode ser testada “in loco”, ou seja,

fora da sala de aula e junto aos elementos já leccionados. Outro aspecto que pesou na

escolha foi o facto do conhecimento prévio do local.

Apesar do conhecimento do local, a opção incidiu sobre uma visita guiada, pois,

com a ajuda de um guia, é possível estar mais disponível para os alunos. Está-se, assim,

perante uma forma mista de dinamização.

Para que a visita de estudo seja bem sucedida, colocaram-se, previamente, em

prática as seguintes actividades:

Incutir nos alunos a importância das visitas de estudo, fazendo-os perceber que não

se trata de uma “excursão”, mas sim de uma aula onde têm oportunidade de

aprender, fora do contexto de sala de aula.

Visitar os jardins da escola (algo que já é feito com os alunos), de forma a que os

alunos valorizem cada vez mais a aprendizagem no espaço exterior.

Ocupar algum tempo das aulas com pesquisas sobre a Tapada Nacional de Mafra.

Posterior produção de trabalhos sobre a visita, de forma a serem publicados no

jornal da escola.

Preparar o melhor possível os alunos, no sentido de minorar, se possível evitar,

reacções nefastas no “espaço novidade”.

Quanto a este último ponto, é necessário consciencializar os alunos de que vai ser

visitado um lugar diferente. É importante tomar cuidados que garantam o bem-estar de

todos. Para isso serão desde logo alertados para o seguinte:

Usar roupa confortável.

Calçar sapatilhas ou sapatos que não escorreguem.

Levar uma pequena merenda.

Levar material de primeiros socorros.

Ser cuidadoso.

Colher apenas o material necessário.

Informar que existe um bar e casas de banho na Tapada.

Tudo isto são apenas recomendações prévias. No guião, estarão presentes mais

regras que poderão evitar complicações de maior. Sabe-se que os alunos têm um grande

entusiasmo e uma energia enorme e, por vezes, esquecem-se das regras. É por isso que,

com estas recomendações, se tenta minimizar alguma surpresa “menos agradável”

decorrente do “espaço novidade”.

Page 3: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

CONTEÚDOS PROGRAMÁTICOS

- Terra – ambiente de vida

- Diversidade de seres vivos e sua interacção com o meio:

Diversidade nos animais.

Diversidade nas plantas.

- Unidade na diversidade dos seres vivos:

A célula: unidade na constituição dos seres vivos.

Classificação dos seres vivos.

- O solo.

Page 4: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

REALIZAR A VISITA

Tarefa Material Procedimento

O percurso

o Planta da zona. o Lápis de cor. o Relógio de pulso.

- Assinala na planta, a escola e o local a visitar.

- Vai marcando o caminho seguido: o Assinala o tipo de relevo, a distribuição das árvores, as áreas

cultivadas, os cursos de água, zonas habitadas, etc;

o Classifica, com uma legenda, os sinais que fores marcando.

O local

o Bloco de notas.

o Lápis.

o Máquina

fotográfica.

o Gravador.

o Termómetro.

- Regista a hora da visita (início e fim).

- Anota a temperatura do ar e, se possível, da água.

- Indica se a zona é muito ou pouco exposta ao sol.

- Descreve o aspecto geral da Tapada.

- Tira fotografias da Tapada.

- Grava os sons característicos da Tapada.

Observação e

colheita de material

o Bloco de notas. o Lápis.

o Fita métrica.

o Corda.

o Estacas.

o Sacos de plástico.

o Etiquetas. o Pá.

o Pinça.

o Frascos vazios. o Frascos com

algodão

embebido em

éter. o Envelopes.

o Tesoura.

o Lupa.

- Marca no chão, a zona a observar, por exemplo, um quadrado de 2

metros. - Espeta as estacas e delimita a zona com corda.

- Regista todas as características da zona de estudo que têm indicações sobre a forma como vivem os seres vivos:

o Abundância de seres vivos (muitos ou poucos);

o Distribuição dos seres vivos (locais ao sol, locais à sombra …);

o Dimensões dos seres vivos.

- Escava o solo para observares as suas características: o Humidade, espessura, seres vivos que existem, tamanho das

partículas. - Recolhe uma amostra de solo.

- Guarda a amostra de solo, num saco de plástico, e etiqueta-a.

- Caso o guia te permita, recolhe exemplares de animais e plantas de pequeno porte.

- Guarda os animais em frascos e etiqueta-os.

- Guarda as plantas em envelopes (ou sacos) e etiqueta-as.

Nota: não te esqueças de pesquisar debaixo de pedras, ramos,

folhas, junto de árvores, nas fendas das rochas, etc. Desenha ou

fotografa animais e plantas que não possam ser recolhidos.

Importante: não te esqueças de deixar tudo como estava

anteriormente.

Page 5: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

TAPADA NACIONAL DE MAFRA

O que é a Tapada Nacional de Mafra?

A tapada foi criada em 1747 pelo rei D. João

V na sequência das obras de construção do Convento

de Mafra.

Tem uma área de 1187 ha, aproximadamente o

equivalente a 1187 relvados dos estádios de futebol!

A tapada está dividida em três partes:

- Jardim do Cerco.

- Tapada Militar.

- Parte administrada pela Régie Cooperativa.

Olá! Vais iniciar uma visita pela Tapada Nacional

de Mafra, aposto que te vais divertir e aprender ao

mesmo tempo!

Page 6: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Vais visitar a parte administrada pela Régie Cooperativa, fazendo um percurso

pedestre chamado Tojeira. Observa bem o mapa do percurso.

Saíste do autocarro, aproveita para esticar as pernas, comer qualquer coisa,

beber água e brincar perto deste parque de estacionamento. Daqui a pouco vamos

começar a nossa visita.

Caminha pelos trilhos assinalados seguindo as setas de 1 a 20.

Não te esqueças de encher uma garrafa de água. Vais ter sede durante o percurso!

O lixo que fizeres guarda-o contigo até encontrares um cesto apropriado.

É proibido fazer fogueiras e se vires alguém a fumar numa zona arborizada, pede-

lhe, por favor, que apague o cigarro.

Evita fazer barulho para não perturbares os animais selvagens, se o fizeres vais

conseguir vê-los mais de perto!

Não podes utilizar rádios!

Não alimentes os animais selvagens, nem danifiques a vegetação.

Não mexas nas crias de Gamo e de Veado pois podem ser rejeitadas pelas suas

progenitoras.

Não te aproximes das crias de javali pois, a progenitora protege-as podendo ser

agressiva! Cuidado!

Antes de começar lembra-te das regras que

tens de respeitar!

Page 7: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 8: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Vai ser uma bela visita de

estudo meus amigos!

É verdade! Mas

que ar tão puro!

Eu vou aprender muitas coisas!

Estão à espera

de quê para

começarmos?

Page 9: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Início do percurso

Neste momento, encontras-te junto ao bar da Tapada. Com base no guia que te

foi fornecido (observa o mapa na contra-capa), tenta perceber qual é o caminho que

vamos tomar. Conseguiste? Se não conseguiste, não há problema, vamos seguir o guia.

Os primeiros 1200 metros são em frente e planos. Prolongam-se pela estrada de

terra batida que, durante o primeiro quilómetro segue paralela ao muro de pedra da

Tapada.

Enquanto avanças pela

Tapada irás encontrar abrigos de

caça. Tratam-se de umas construções

semicirculares (azerves) com

aberturas ao meio que serviam para

colocar as armas e abrigar os

caçadores, enquanto os camponeses,

nas proximidades, afugentavam a

caça para que saísse disparada em

direcção aos locais onde se

encontravam os abrigos.

Um dos últimos reis

portugueses ficou muito ligado à Tapada, quer como caçador, quer como notável pintor.

Ele e a sua esposa, a Rainha D. Amélia, foram assíduos frequentadores da Tapada.

Identifica o rei português desta fotografia.

______________________________________________________________________

Chegamos, entretanto, a um local chamado Celebredo. Do teu lado direito podes

observar a Casa de Campo e, logo de seguida, o Chalé de Caça. Agora repara nas

árvores que estão junto à casa, mais propriamente o Castanheiro-da-Índia.

Castanheiro-da-Índia (no Outono) Castanheiro-da-Índia (na Primavera)

Page 10: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Como classificas este tipo de árvores? Justifica.

____________________________________________________________

____________________________________________________________

____________________________________________________________

Logo de seguida, uma paragem muito interessante: o Museu de Carros de

Tracção Animal. Todos estes veículos são de origem portuguesa, essencialmente do

século XIX, e que foram todos utilizados pela realeza, também podes observar belos

apetrechos de equitação. Depois de ouvires atentamente o guia, responde às seguintes

questões.

Quem utilizava a “jardineira”?

______________________________________________________________________

Que característica distinguia os coches de longas distâncias dos outros?

______________________________________________________________________

Por que nome eram conhecidos os coches mais robustos, considerados uns autênticos

“todo-oterreno” utilizados nas caçadas?

______________________________________________________________________

Repara para a tua direita, lá encontra-se a Ribeira do Safarujo. A ribeira

seca durante o Verão, onde vão os animais beber durante a estação seca?

Assinala a opção correcta.

Noutro curso de água.

Tanques alimentados por nascentes naturais.

Não necessitam de beber durante a estação seca.

Nas margens da ribeira, encontras vegetação ripícola, constituída

essencialmente por plátanos, freixos, choupos, entre outros. Através das fotografias do

guia que recebeste, tenta identificá-las com os teus colegas. Conseguiste? Eu sabia que

irias conseguir!

Agora vamos debruçar-nos sobre o plátano.

Observa a página

seguinte.

Page 11: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Com base na seguinte chave dicotómica, classifica o caule do plátano.

CHAVE DICOTÓMICA PARA IDENTIFICAÇÃO DE CAULES

1 Caule de situação aérea ………………………………………………………………… 2

Caule de situação subterrânea …………………………………………………….. 4

2 Caule aéreo, oco ou com medula e com nós salientes ……….. Colmo

Caule aéreo, não oco e lenhoso ……………………………………………………. 3

Caule, em geral, mais grosso na base do que por cima

3 e com ramos a partir de certa altura ………………………………. Tronco

Caule cilíndrico e com um grupo de ramos ou folhas

na parte superior ……………………………………………………………… Espique

Caule subterrâneo com escamas e com raízes ……………………….. 5

4 Caule subterrâneo sem escamas, sem raízes

e de forma arredondada ………………………………………………. Tubérculo

5 Caule de forma arredondada ………………………………………………. Bolbo

Caule alongado horizontalmente ………………………………………. Rizoma

________

Observa agora com atenção a folha do plátano. Como a classificas, relativamente ao

recorte do limbo?

______________________________________________________________________

Setas 1, 2 e 3

Vais entrar agora numa área de carvalhos e sobreiros. Aqui tens fotografias

destas árvores para as poderes identificar.

Folha do plátano

Plátano

Page 12: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Repara no tronco do sobreiro. Qual é o material retirado desta árvore?

_____________________________________________________________________

Nesta zona vais também encontrar um comedouro (uma estrutura de

madeira). Qual a utilidade deste comedouro? Assinala a opção correcta.

Servem para os gamos e veados se alimentarem.

Servem para os animais beberem água.

Servem para os animais se abrigarem do frio.

Aqui também podes observar diversos animais como os gamos, os veados e os

javalis. Mesmo não vendo nenhum destes animais, podes olhar para os vestígios da sua

actividade, nomeadamente, os excrementos e as pegadas. Com a ajuda das fotografias

do teu guia e com as seguintes imagens, responde às questões.

Carvalho Sobreiro

Nós somos veados

machos.

Eu sou uma

fêmea de veado.

Page 13: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Relativamente ao modo como apoiam as patas no solo, quando

se deslocam, como se classifica o veado? Justifica.

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

Podemos considerar que existe dimorfismo sexual nesta

espécie? Porquê?

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

Qual o tipo de reprodução existente nos veados?

____________________________________________________

O veado é um animal vivíparo. Como se alimenta o embrião

neste tipo de animais?

____________________________________________________

____________________________________________________

____________________________________________________

Seta 4

Vais agora entrar numa área de pinhal que foi

bastante afectada pelo incêndio de Setembro de 2003.

Depois do incêndio que, entre 11 e 14 de Setembro de

2003, colocou em causa a estabilidade ecológica do seu

inestimável património silvícola e cinegético, a Tapada

Nacional de Mafra inicia um novo ciclo de actividade, após

a implementação de um projecto que visou, por um lado, a

recuperação, valorização e requalificação dos ecossistemas

e infra-estruturas existentes e, por outro, a redução do risco

de ocorrência de incêndios.

O cinza foi, gradualmente, dando lugar ao verde da

Pegada de veado

Page 14: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

paisagem; e os animais retomaram os seus antigos territórios. Hoje, a Tapada Nacional

de Mafra está em franca recuperação.

Após o incêndio a tapada foi reflorestada. Qual das seguintes

espécies melhor resistiu aos incêndios?

Choupo negro

Pinheiro manso

Sobreiro

Observa a agulha do pinheiro. Como

classificas a folha do pinheiro quanto à

nervação do limbo?

__________________________________

Devido ao incêndio de 2003 houve necessidade de

cortar as árvores queimadas e proceder à reflorestação.

Foram colocadas cercas de rede em torno das novas

espécies de árvores plantadas como a aroeira, o

carvalho e o zambujeiro. Qual a função da cerca de

rede?

Evitar novos incêndios.

Evitar que sejam que as árvores sejam atacadas por

insectos.

Evitar que gamos, javalis e veados comam as novas

árvores.

Pin

heiro

brav

o

Pin

heiro

man

so

Page 15: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Também podes observar várias aves na Tapada Nacional de Mafra. De entre elas, o

guia destaca o pica-pau. Na Tapada existem três espécies:

Pica-pau-verde.

Pica-pau malhado grande.

Pica-pau malhado pequeno.

Caracteriza o bico do pica-pau, relacionando-o com a

sua função.

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

___________________________________________

Descreve a forma das patas do pica-pau.

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

_________________________________________________

Setas 5 e 6

Chegaste a um planalto onde podes vislumbrar uma grande parte da área da

Tapada. Do teu lado direito, podes observar o ponto mais alto da Tapada (357 metros

de altitude). Lá, encontra-se um ponto de vigia.

Para que serve este posto de vigia?

Para os visitantes pernoitarem.

Serve de refúgio a alguns animais.

Serve para prevenir e detectar fogos florestais na época de Verão.

A presença de javalis é confirmada pelo foçado e pelas pegadas no solo.

Observa as imagens de responde.

Page 16: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Existe simetria no javali? Qual?

____________________________________________________

Indica o tipo de revestimento do javali.

____________________________________________________

Qual o regime alimentar do javali?

____________________________________________________

Já viste os azerves, no início do percurso, agora vais passar por uma plataforma

de caça ao javali. Repara bem nesta instalação, para que mais tarde possamos falar dela.

Se ainda não conseguiste ver nenhum mamífero, repara nos vestígios da sua presença.

Desenha alguns desses vestígios e, se puderes, fotografa-os.

Page 17: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Seta 7

Estás agora a regressar ao vale. Aqui encontras

numerosas formações rochosas que servem de abrigo a

roedores e a alguns répteis. Vais-te focar agora num réptil

em especial, o sardão.

Indica o tipo de revestimento do sardão.

______________________________________________

Aproveita para olhar o céu e tentar identificar a Águia de Bonelli. Esta águia tem

grande envergadura e o ventre branco, encontra-se protegida por várias convenções e

directivas de protecção de espécies, por ser rara.

Qual a tua opinião a respeito das leis que protegem os animais em vias de extensão?

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Seta 8

Estás agora numa subida que te conduz às pastagens. Com alguma sorte, poderás

mesmo ver alguns coelhos bravos.

O salto é o modo de locomoção do coelho.

Para se deslocarem desta forma, estes

animais apresentam várias adaptações nos

seus membros. Descreve essas adaptações.

__________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

__________________________________

Page 18: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Também aqui podes observar perdizes e pombos torcázes.

As aves possuem vários tipos de penas. Diz os seus nomes.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Setas 9 e 10

Estás agora a entrar na zona de cercados. Encontras-te perto dos cercados do

lobo ibérico e dos veados (desactivado).

A refeição no cercado dos lobos é carneiro dia sim, dia não. A alcateia tem

actualmente 7 indivíduos (5 machos e 2 fêmeas) que são descendentes de lobos trazidos

para a Tapada há 30 anos, com o objectivo de estudar o seu comportamento em

cativeiro.

Regista, de acordo com as regras da nomenclatura, qual o nome de cada espécie.

Veado:

_______________________________________

Perdiz Pombo

Torcáz

Não te preocupes! Cercado, significa

uma zona vedada, os lobos não te

atacam. Além disso, é falso que os lobos

ataquem as pessoas, tal não passa de um

mito, nada disso é verdade.

Page 19: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Lobo:

_______________________________________

Aqui dominam os embalsamados. Para os

mais impressionáveis convém referir que nenhum

destes animais foi morto com esse objectivo. O seu

aproveitamento aconteceu após a morte, por doença

ou de forma natural. Este é o local apropriado para

ficar a saber mais algumas curiosidades. A doninha

portuguesa, de cor castanha, não ultrapassa os 30

cm e não exala odor, o que lhe permite passar pelas

redes dos cativeiros sem ser notada. Os cervídeos,

caso dos gamos e dos veados, apesar de pertencerem

à mesma família, têm mais diferenças do que à

primeira vista se poderia supor: uma delas está nas

hastes. Já agora, sabes qual é a diferença entre

hastes e chifres? Fica sabendo que as primeiras

caem, os segundos são fixos. E porque o cenário

assim não ficaria completo, as armas de caça

também não foram esquecidas.

Vamos agora ver o Museu de Caça da Tojeira. Aqui podem-se

observar animais embalsamados de diferentes espécies, armas

antigas e colecções de hastes de veado e de gamo.

Eu não te disse que não

cheirava mal!

Page 20: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Setas 11, 12 e 13

Seguem-se dois cercados onde vais encontrar dois mamíferos de pequena

dimensão: o gineto e o saca-rabos. Tenta não fazer barulho para não os assustares.

Procura identificar e regista o regime alimentar.

Regime alimentar do saca-rabos: _____________________

Regime alimentar do gineto: _________________________

Setas 14, 15 e 16

Encontras agora uma série de descidas que te levarão à rua Principal onde

reencontrarás a ribeira do Sarafujo, agora ao teu lado esquerdo.

Vais agora concentrar-te numa planta específica, o feto. Observa as imagens

seguintes e responde às questões.

És capaz de me ajudar

nesta questão?

Repara como a vegetação ainda

recorda o incêndio mas a rebentação é

bem evidente. De todas as plantas há

uma que desenvolveu uma notável

protecção contra o fogo. Se não

conseguiste responder à primeira questão

da seta 4, tenta agora novamente. Discute

com um colega teu porque razão essa

planta é tão resistente aos incêndios.

Page 21: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Descreve o habitat do feto.

______________________________________________________

______________________________________________________

Como são constituídos os fetos?

______________________________________________________

______________________________________________________

Qual a função dos soros?

______________________________________________________

______________________________________________________

Setas 17 e 18

Regista a informação que obtiveste.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Seguindo a rua Principal vais encontrar mais dois cercados, o primeiro com gamos e o

segundo com veados. Regista duas diferenças entre os veados e os gamos.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Setas 19,20

Vais regressar a um aglomerado de casas onde se encontra o Pavilhão de Caça,

bem como a Casa de Hóspedes, o Celebredo.

Fetos

Quase no fim da descida vais encontrar um

Forno de Cal, desactivado há bastantes anos.

Procura saber junto de um funcionário da Tapada

qual a função deste forno.

Page 22: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Ainda hoje se fazem caçadas na Tapada para controlar a população de algumas

espécies como o gamo e o javali. Concordas com estas caçadas?

Discute este assunto com os teus pais e amigos e tenta encontrar possíveis

alternativas. Na próxima aula de Ciências da Natureza terás oportunidade de debater

com o teu professor e colegas este assunto e outros que durante a visita achaste

relevantes.

Se me conseguires

apanhar!

Vou-te caçar!

Percorreste 7,5 km em cerca de

3h30m!

Espero que tenhas gostado. Até à

próxima!

Page 23: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

FICHA DE AVALIAÇÃO DA VISITA DE ESTUDO - ALUNOS

Local: __________________________________________________________

Preparação da visita

Consideras que a informação fornecida foi suficiente?

Sim Não

Se respondeste Não, regista os aspectos que consideraste menos positivos.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Realização da visita

A visita correspondeu às tuas expectativas?

______________________________________________________________________

Indica aquilo que mais tenhas gostado de aprender

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Houve algum imprevisto? Sim Não

Se respondeste Sim, diz qual e como foi ultrapassado.

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Regista o que mais gostaste na visita Regista o que menos gostaste na visita

Apresenta sugestões que permitam melhorar as visitas de estudo

Page 24: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

CRITÉRIOS DE CORRECÇÃO

Critérios de correcção Padrões de raciocínio Início - Rei D. Carlos. - Árvores de folha caduca. Porque perdem as suas folhas na estação desfavorável. - As senhoras. - Já tinham equipamento que permitia aos ocupantes um maior conforto e privacidade. - Breques. - “Tanques alimentados por nascentes naturais”. - 1, 2, 3: tronco. - Folha recortada.

Interdisciplinaridade. Classificação. Interdisciplinaridade. Interdisciplinaridade. Interdisciplinaridade. Sem padrão. Classificação. Classificação.

Setas 1,2 e 3 - Cortiça. - “Servem para os gamos e veados se alimentarem”. - Ungulígrados. Porque só apoiam no solo a última falange do dedo, a qual está protegida por um casco. - Sim. Porque o macho tem um aspecto exterior diferente da fêmea. - Reprodução sexuada. - Alimenta-se à custa de substâncias nutritivas que a mãe lhe fornece através do sangue.

Sem padrão. Resolução de problemas. Classificação. Resolução de problemas. Resolução de problemas. Resolução de problemas.

Page 25: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Seta 4 - Sobreiro. - Uninérvea. - “Evitar que gamos, javalis e veados comam as novas árvores”. - Bico comprido e fino, para apanhar insectos que se encontram em fendas. - Como o pica-pau é uma ave trepadora, as suas patas têm dois dedos virados para a frente e dois dedos virados para trás, o que lhe permite uma boa fixação a troncos quando se alimenta.

Resolução de problemas. Classificação. Resolução de problemas. Resolução de problemas. Resolução de problemas.

Setas 5 e 6 - “Serve para prevenir e detectar fogos florestais na época de verão”. - Sim. Bilateral. - Pêlos curtos e grossos. - Omnívoro.

Interdisciplinaridade. Classificação. Resolução de problemas. Classificação.

Seta 7 - Escamas epidérmicas. - Resposta livre.

Resolução de problemas. Problemas ético-morais.

Seta 8 - Adaptações: os membros posteriores são maiores do que os anteriores e têm os músculos mais desenvolvidos; os membros

Inferência. Resolução de problemas.

Page 26: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

posteriores são dobrados em forma de Z, quando estão em repouso. Quando se estendem, funcionam como uma mola, projectando o corpo do coelho para cima e para a frente. - Rémiges, rectrizes, tectrizes e plúmulas.

Resolução de problemas.

Setas 9 e 10 - Veado: cervus elaphus. - Lobo: canis lúpus.

Classificação. Classificação.

Setas 11, 12 e 13 - Saca-rabos: carnívoro. - Gineto: carnívoro.

Classificação. Classificação.

Setas 14, 15 e 16 - Os fetos vivem em ambientes húmidos e sombrios. - São constituídos por: raíz, caule e folhas. - Servem para a reprodução.

Resolução de problemas. Resolução de problemas. Resolução de problemas.

Setas 17 e 18 - Para fabricar cal. - O gamo tem as hastes espalmadas e as dos veados são ramificadas e pontiagudas. Além disso, os veados têm um porte superior aos gamos.

Resolução de problemas. Resolução de problemas.

Setas 19 e 20

Page 27: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

- Debate na aula sobre a caça na Tapada.

Problemas ético-morais. Colocação de hipóteses.

DOCUMENTOS DA VISITA DE ESTUDO

RELATÓRIO DA VISITA DE ESTUDO

Local:

_____________________________________________________________________

Data: __________________

Turmas

_____________________________________________________________________

Consecução dos objectivos:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Ocorrências:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Avaliação global:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

Sugestões:

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

______________________________________________________________________

O(s) professor(es) responsável(eis)

_____________________________________

_____ / _____ /_______

Page 28: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Participação/ Autorização - Encarregado de Educação

VISITA DE ESTUDO / AULA DE CAMPO

No(s) dia(s) ________ do mês de _____________________ de 200 vai realizar-se uma

visita de estudo / aula de campo com o seguinte plano:

Objectivos:_________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Locais a visitar: _____________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Itinerário:__________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

Saída da escola às __________ h; chegada prevista às __________h.

Meio de transporte a utilizar _____________________________ custo ______________

Professores participantes:

__________________________________________________________________________

__________________________________________________________________________

O(s) professor(es) responsável(eis)

____________________________________________

____/___/____

AUTORIZAÇÃO

Tomei conhecimento da visita de estudo a realizar no dia ___ /___/___ e autorizo o meu

educando, aluno nº_____, da turma ____, do _____ ano a participar.

O Encarregado de Educação

__________________________________

___/___/___

Page 29: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

UM POUCO DE HISTÓRIA

Mafra: Tapada Nacional

A Tapada Real de Mafra foi criada por Dom João V como parque de lazer do rei,

entre 1744 e 1748: com uma extensão de 819 hectares, é rodeada por um longo muro

com 12 quilómetros de extensão; era o espaço ideal para as caçadas da Corte, com a

floresta a ocupar quase todo o espaço.

Entre 1840 e 1859, foi instalada por Dom Fernando, em terrenos da Tapada, a

Coudelaria de Mafra, onde os potros reais completavam a sua criação.

Na época de Dom Luís e Dom Carlos, a Tapada teve o seu período áureo como

parque de caça.

Com a instauração da República, viu o seu nome alterado para Tapada Nacional.

Passou a estar aberta ao público em 1975, e tem passado alguns maus bocados, como

os grandes incêndios de 1981 e 2004.

Trata-se de um espaço muito rico em flora, com pinheiros mansos e bravos,

sobreiros, carvalhos, plátanos e salgueiros, entre muitos outros, e em fauna: veados,

gamos, javalis, raposas, lobos, águias, açores, mochos, etc.

A Tapada aloja o Museu da Caça, que reúne armas antigas e animais embalsamados,

e o Museu dos Carros de Tracção Animal do Século XIX.

Os visitantes podem optar por inúmeras actividades, desde o simples passeio

pedestre à viagem de comboio articulado, cujo percurso inclui a observação de animais

em estado selvagem, passando por programas de caça grossa, tiro com besta e

observação de aves.

A SUA RELAÇÃO COM O PALÁCIO DE MAFRA

O Palácio Nacional de Mafra é um palácio e mosteiro monumental de estilo

barroco localizado em Mafra, a cerca de 25 quilómetros de Lisboa. Foi iniciado em

1717 no reinado de D. João V, em consequência de uma promessa que o jovem rei

fizera se a rainha D. Maria Ana de Áustria lhe desse descendência. Classificado como

Monumento Nacional em 1910, foi considerado uma das Sete Maravilhas de Portugal a

7 de Julho de 2007.

CONVENTO

Em 1715, foi fundado o Convento de Nossa Senhora e Santo António de Mafra,

que pertencia à província eclesiástica da Arrábida. Teve origem numa comunidade do

Hospício do Espírito Santo. Em 1730, sagrada a Igreja de Nossa Senhora e Santo

António, junto de Mafra, foi para lá transferida a sobredita comunidade. Entre 1771 e

1791, por breve de Clemente XIV, de 4 de Julho de 1770, a requerimento do Marquês

Page 30: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

de Pombal, foi ocupado pelos Cônegos Regulares de Santo Agostinho da Congregação

de Santa Cruz de Coimbra; os Franciscanos da Província da Arrábida saíram do

Convento de Mafra, em Maio de 1771. Em 1791, os Cônegos Regulares de Santo

Agostinho saíram do edifício de Mafra.

Em 1834, no âmbito da "Reforma Geral Eclesiástica" empreendida pelo ministro

e Secretário de Estado, Joaquim António de Aguiar, executada pela Comissão da

Reforma Geral do Clero (1833-1837), pelo Decreto de 28 de Maio, promulgado a 30

desse mês, foram extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios e casas de

religiosos de todas as ordens religiosas, ficando as de religiosas, sujeitas aos respectivos

bispos, até à morte da última freira, data do encerramento definitivo.

PALÁCIO

Há quem defenda que a obra se construiu por vias de uma promessa feita relativa

a uma doença de que o rei padecia. O nascimento da princesa D. Maria Bárbara

determinou o cumprimento da promessa. Este palácio e convento barroco domina a vila

de Mafra. Foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e uma das Sete

Maravilhas de Portugal a 7 de Julho de 2007.

O trabalho começou a 17 de Novembro de 1717 com um modesto projecto para

abrigar 13 frades franciscanos, mas o ouro do Brasil começou a entrar nos cofres

portugueses; D. João e o seu arquitecto, Johann Friedrich Ludwig (que estudara na

Itália), iniciaram planos mais ambiciosos. Não se pouparam a despesas. A construção

empregou 52 mil trabalhadores e o projecto final acabou por abrigar 330 frades, um

palácio real, umas das mais belas bibliotecas da Europa, decorada com mármores

preciosos, madeiras exóticas e incontáveis obras de arte. A magnifica basílica foi

consagrada no 41.º aniversário do rei, em 22 de Outubro de 1730, com festividades de

oito dias.

O palácio era popular para os membros da família real, que gostavam de caçar

na tapada. As melhores mobílias e obras de arte foram levadas para o Brasil, para onde

partiu a família real quando das invasões francesas, em 1807. O mosteiro foi

abandonado em 1834, após a dissolução das ordens religiosas. Durante os últimos

reinados da Dinastia de Bragança, o Palácio foi utilizado como residência de caça e dele

saiu também em 5 de Outubro de 1910 o último rei D. Manuel II para a praia da

Ericeira, onde o seu iate real o conduziu para o exílio.

No palácio pode-se visitar a farmácia, com belos potes para medicamentos e

alguns instrumentos cirúrgicos, o hospital, com dezasseis cubículos privados de onde os

pacientes podiam ver e ouvir missa na capela adjacente, sem saírem das suas camas. No

andar de cima, as sumptuosas salas do palácio estendem-se a todo o comprimento da

fachada ocidental, com os aposentos do rei numa extremidade e os da rainha na outra, a

232 m de distância. Ao centro, a imponente fachada é valorizada pelas torres da basílica

coberta com uma cúpula. O interior é forrado a mármore e equipado com seis órgãos do

princípio do século XIX, com um repertório exclusivo que não pode ser tocado em mais

nenhum local do mundo. O átrio da basílica é decorado por belas esculturas da Escola

de Mafra, criada por D. José I em 1754, foram muitos os artistas portugueses e

estrangeiros que aí estudaram sob a orientação do escultor italiano Alessandro Giusti. A

sala de caça exibe troféus de caça e cabeças de javalis.

O Palácio possui ainda dois carrilhões, mandados fabricar em Antuérpia por D.

João V, com um total de 92 sinos que pesam mais de 200 toneladas e são considerados

os maiores e melhores do mundo.

A BIBLIOTECA DO CONVETO DE MAFRA

Page 31: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

O maior tesouro de Mafra é a sua biblioteca, com chão em mármore, estantes em

estilo rocócó e uma colecção de mais de 40.000 livros com encadernações em couro

gravadas a ouro, incluindo uma segunda edição de “Os Lusíadas”, de Luís de Camões.

Situada ao fundo do segundo piso é a estrela do palácio, rivalizando em grandiosidade

com a Biblioteca da Abadia de Melk, na Áustria. Construida por Manuel Caetano de

Sousa, tem 88 m de comprimento, 9.5 de largura e 13 de altura. O magnífico pavimento

é revestido de mármore rosa, cinzento e branco. As estantes de madeira estilo rocócó,

situadas em duas filas laterais, separadas por um varandim contêm milhares de volumes

encadernados em couro, testemunhando a extensão do conhecimento ocidental dos

séculos XIV ao XIX. Entre eles muitas jóias bibliográficas, como incunábulos. Estes

volumes magníficos foram encadernados na oficina local, também por Manuel Caetano

de Sousa.

Actualmente, o único residente do Palácio é um antigo tipógrafo, de nome Gil

Mangens. Descendente de uma família de origem francesa, que chegou a Lisboa no

século XVIII por altura da construção do Palácio, na pessoa de um gravador de nome

Mangens, devotou, à imagem de seu pai e avô, toda a sua vida ao monumento que o

acolhe.

D. JOÃO V DE PORTUGAL

Era filho de Pedro II e de Maria Sofia, condessa palatina de Neuburgo (1666-

1699). Recebeu os cognomes de O Magnânimo ou O Rei-Sol Português, em virtude do

luxo de que se revestiu o seu reinado; alguns historiadores recordam-no também como

O Freirático, devido à sua conhecida apetência sexual por freiras (de algumas das quais

chegou inclusivamente a gerar diversos filhos - como a Madre Paula, mãe de Gaspar de

Bragança, um dos Meninos da Palhavã).

Nasceu em Lisboa em 22 de Outubro de 1689 e morreu em Lisboa em 31 de

Julho de 1750 estando sepultado em São Vicente de Fora. Foi jurado Príncipe Herdeiro

em 1º de Dezembro de 1697 tornou-se o 24º Rei de Portugal em 9 de Dezembro de

1706. Morto seu irmão mais velho, do mesmo nome, em 30 de Agosto de 1688, tinha

apenas um mês de vida quando foi proclamado príncipe herdeiro em ato solene na

presença da corte, e por morte de seu pai, em Dezembro de 1706, subiu ao trono,

solenemente aclamado no dia 1º de Janeiro de 1707. Em 1696 fora armado por seu pai

cavaleiro da Ordem de Cristo. No Anno Historico, do padre Francisco de Santa Maria,

vol. I, pág. 12 e seguintes, vem uma descrição minuciosa desta cerimónia e das festas.

Diz Veríssimo Serrão em «História de Portugal» volume V página 234 que «era

senhor de uma vasta cultura, bebida na infância com os padres Francisco da Cruz, João

Seco e Luís Gonzaga, todos da Companhia de Jesus. Falava línguas, conhecia os autores

clássicos e modernos, tinha boa cultura literária e científica e amava a música. Para a

sua educação teria contribuído a própria mãe, que o educou e aos irmãos nas práticas

religiosas e no pendor literário.» E a seguir: «Logo na cerimónia da aclamação se viu o

pendor régio para a magnificência. Era novo o cerimonial e de molde a envolver a

figura de Dom João V no halo de veneração com que o absolutismo cobria as realezas.»

Page 32: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

UM POUCO DE TEORIA

AS VISITAS DE ESTUDO

A visita de estudo é uma das estratégias que mais estimula os alunos dado o

carácter motivador que constitui a saída do espaço escolar. A componente lúdica que

envolve, bem como a relação professor – alunos que propícia, leva a que estes se

empenhem na sua realização. Contudo, a visita de estudo é mais do que um passeio.

Constitui uma situação de aprendizagem que favorece a aquisição de conhecimentos,

proporciona o desenvolvimento de técnicas de trabalho, facilita a sociabilidade.

Um dos objectivos das novas metodologias de ensino-aprendizagem é,

precisamente, promover a interligação entre teoria e prática, a escola e a realidade. A

visita de estudo é um dos meios mais utilizados pelos professores para atingir este

objectivo, ao nível das disciplinas que leccionam. Daí que seja uma prática muito

utilizada como complemento para os conhecimentos previstos nos conteúdos

programáticos que assim se tornam mais significativos. Por outro lado, as visitas de

estudo têm sido um dos instrumentos privilegiados no desenvolvimento da Área de

Projecto. Esta dimensão do currículo visa a concretização de saberes através de

actividades e projectos multidisciplinares, a articulação escola-meio e a formação

pessoal e social dos alunos. Organizadas neste contexto, as visitas de estudo têm,

progressivamente, acentuado o seu carácter interdisciplinar: as deslocações dos alunos

surgem integradas em projectos-turma, colaborando na sua planificação e organização

professores de diferentes disciplinas. Uma mesma realidade é susceptível de ser

abordada em diferentes perspectivas, tornando-se mais fácil para os alunos

compreender, no concreto, que os conhecimentos não são compartimentados.

Visitas globalizantes - no decurso das quais se reconhecem aspectos geográficos,

históricos, artísticos, económicos, literários, científicos - favorecem a compreensão do

carácter total da realidade. Estas experiências, que implicam a coordenação do trabalho

entre os professores, tornam mais fácil a abordagem interdisciplinar dos diferentes

conteúdos programáticos.

Apesar de preponderarem as visitas de carácter interdisciplinar, podem

justificar-se visitas especializadas. Este tipo de visita visa abordar um aspecto específico

de um tema de uma disciplina, assumindo um carácter "monográfico".

A visita de estudo tem múltiplas potencialidades pedagógicas e formativas; de

entre elas destacam-se as que decorrem da relação de proximidade entre professores e

alunos. Num outro registo, num outro contexto de trabalho, o clima interpessoal

melhora.

A definição dos objectivos

O que distingue a visita de estudo de um passeio ou excursão é a sua integração

no processo ensino-aprendizagem, bem como a sua planificação e preparação cuidada.

Na preparação de uma visita, o primeiro momento será a definição dos

objectivos. Se estes forem de carácter fundamentalmente cognitivo, dever-se-á ter em

conta o momento do processo de aprendizagem considerado mais oportuno para a

realizar.

Muitas vezes a visita é utilizada como forma de motivar e sensibilizar os alunos

para a abordagem de um tema, de uma questão. Pode ter como função concretizar e

aplicar conhecimentos já adquiridos, culminando o estudo de um tema. Na maior parte

Page 33: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

das vezes tem por função a recolha de dados e informações que esclareçam e motivem

um trabalho em curso.

Para além da aquisição de conhecimentos, as visitas de estudo possibilitam o

desenvolvimento de várias competências e capacidades: a aquisição e aplicação de

técnicas de pesquisa, recolha e tratamento de informação; o desenvolvimento de

capacidades de observação e organização do trabalho, bem como a elaboração de

sínteses e relatórios.

Por outro lado, propiciam condições para o desenvolvimento do trabalho em

equipa e da comunicabilidade.

Ao planificar a visita, os professores deverão, em conjunto, definir os objectivos

de carácter geral e específico.

O local e a data

O local a visitar depende dos objectivos que se pretendem atingir. Se a visita se

enquadra num projecto em que intervêm várias disciplinas, a deslocação deve prever a

visita a diferentes locais ou a um local que possibilite leituras diversas.

Se os professores não conhecem o local a visitar, há toda a conveniência em

efectuar uma visita prévia para recolher informações e dados que permitam a elaboração

de um guião e fichas de trabalho. Se a distância e a falta de disponibilidade não

permitem esta deslocação, os professores poderão pedir às instituições o envio de

materiais de apoio.

A data da visita terá de ter em conta a planificação. As marcações deverão ser

feitas com antecedência porque, em muitos casos, é necessária a autorização das

instituições que tutelam o local a visitar. Por outro lado, há que gerir a saída dos alunos,

dado que podem ser programadas outras visitas, podem ser necessários subsídios e

apoios para a sua realização, etc.

O dossier-guia

O guião ou dossier-guia deverá conter as informações básicas: dia e horário da

partida e da chegada, material necessário, percurso. Contudo, se incluir outros

elementos, poderá constituir um instrumento que oriente e rentabilize a visita de estudo.

Assim, o tema deve ser enunciado, podendo ser acompanhado por um ou mais textos.

Os objectivos gerais e específicos devem ser registados; em muitos casos, os

professores transcrevem os conteúdos programáticos relacionados com a visita. Deverão

ser assinaladas as paragens previstas durante o percurso, bem como os aspectos que

merecem ser observados: um rio, um monumento, uma actividade agrícola, uma

produção artística… Estas paragens, que será sugerido pelos professores, tendo como

critério o interesse que têm para as suas disciplinas, poderão ser assinaladas pelos

alunos num mapa, que deve constar do dossier. Poder-se-ão integrar fichas-guia onde,

para além de dados e informações, se reservem espaços para os alunos registarem as

suas observações e impressões pessoais.

Excertos de pequenos textos literários ou jornalísticos sobre o local a visitar,

dados e informações especializadas, podem integrar o dossier. As fichas-guia devem

chamar a atenção para os aspectos mais relevantes, bem como prever tarefas a cumprir

durante a visita: descrever um objecto, fazer uma entrevista, tirar fotografias, fazer um

desenho, aplicar um inquérito, fazer uma filmagem.

Pode-se pedir a cada aluno que eleja, livremente, o aspecto da visita que mais o

tenha sensibilizado e que, sobre ele, produza um pequeno texto - poético, literário,

jornalístico - acompanhado por uma imagem: um postal ou uma fotografia. Com estes

materiais pode-se montar um painel sobre a visita.

Page 34: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

A realização da visita

A forma como se realiza a visita depende de muitos factores: do nível etário dos

alunos, do local a visitar, dos objectivos que se pretendem atingir. Na sua preparação e

organização, os professores terão de definir o tipo de visita, porque a opção tem

implicações no material a preparar e nos produtos a realizar. A visita guiada, ou dirigida

– por professores ou por guias –, valoriza, sobretudo, a transmissão de conhecimentos.

Em determinadas circunstâncias – proximidade do local, nível etário, objectivos

a atingir –, um grupo de alunos pode deslocar-se com antecedência para fazer o

levantamento dos aspectos mais importantes do local a visitar. Estes alunos devem ser

escolhidos segundo critérios definidos pelos professores (ex: alunos com problemas ou

insucesso escolar e alunos bem sucedidos). Com os professores, preparam a visita,

servindo de guias quando a turma realizar a deslocação.

Ao organizar a visita, os professores devem prever períodos de divertimento e de

convívio. Uma visita sobrecarregada acaba por ter efeitos negativos. Além disso, um

objectivo importante deste tipo de actividades é favorecer a comunicação entre os

participantes, bem como aliar o aspecto lúdico ao trabalho.

A participação dos alunos

O aspecto mais importante de uma visita é a adesão dos alunos: é mesmo a

condição do seu sucesso. Por isso, devem ser envolvidos em todas as fases:

planificação, preparação, organização e avaliação da visita. A sua participação activa na

discussão dos objectivos, bem como nas tarefas que envolvem a organização, é

condição do sucesso pedagógico da visita.

O programa deve ser discutido e elaborado pelos professores e alunos. Estes

deverão recolher textos, notícias e informações sobre o local, seleccionar mapas e

plantas. A preparação do itinerário e do guião deve contar com a colaboração activa dos

alunos, que poderão ser responsabilizados pelo tratamento informático dos materiais de

apoio.

Poderá caber aos alunos a tarefa de contactar as empresas de transportes, para

recolher orçamentos e, assim, se poder optar pelo mais favorável. Orientados pelos

professores, poderão dirigir-se à autarquia ou empresas da comunidade, para solicitar

apoios financeiros. Ao contactar com diferentes instituições, o aluno compreende que a

escola é um elemento interactivo e interdependente da comunidade.

Estas diferentes tarefas deverão ser distribuídas por grupos, que se

responsabilizarão pela sua execução.

Será também, através dos alunos, que se poderá envolver os pais. O pedido de

autorização dirigido aos Encarregados de Educação deve fornecer informação sobre o

horário, itinerário, custo e material necessário. Mas, além disso, deve esclarecer os

objectivos da visita. Se for organizada uma exposição dos materiais produzidos, os pais

deverão ser convidados. Muitas vezes, as visitas de estudo proporcionam oportunidades

para, em contactos mais informais, se estabelecer relações mais próximas entre a escola

e as famílias.

Page 35: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

REGULAMENTO PARA VISITAS DE ESTUDO,

INTERCÂMBIOS, PASSEIOS E CAMPOS DE FÉRIAS

LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA: Despacho nº 28/ME/91 de 28 de Março

Ofício Circular nº 2/2005 de 4 de Janeiro

1- Definição e Objectivos

1.1 - As visitas de estudo e intercâmbios são estratégias do processo ensino-

aprendizagem que permitem fazer a ligação da escola à vida real e à comunidade e são

um meio de concretização de motivações, aprendizagens e competências, quer no

âmbito das disciplinas ou áreas não disciplinares, quer de carácter interdisciplinar.

1.2 – As visitas de estudo e intercâmbios têm, ainda, como finalidade, proporcionar o

desenvolvimento de técnicas de trabalho e facilitar a sociabilização.

1.3 - Não há enquadramento para visitas de estudo no âmbito das actividades extra-

curriculares.

1.4 – Entende-se como visita de estudo as actividades curriculares e/ou de complemento

curricular, devidamente planificadas e organizadas e que se realizam fora do espaço

físico da escola.

1.5 – As visitas de estudo enquadram-se obrigatoriamente nos objectivos decorrentes do

Projecto Educativo de Escola e/ou dos Projectos Curriculares de Escola ou Turma.

2-Aprovação e Autorização

2.1 - As visitas de estudo/intercâmbios têm que ter a aprovação do Conselho

Pedagógico enquanto actividades inseridas no Plano Anual de Actividades ou,

excepcionalmente, como actividade complementar ao referido plano.

2.2 - A realização das visitas de estudo deve ser feita, preferencialmente, no decurso do

primeiro e do segundo períodos, tendo em consideração os momentos de avaliação.

2.3 – As visitas de estudo em território nacional, com duração superior a três dias, assim

como qualquer visita de estudo ao estrangeiro, carecem de autorização do Presidente do

Conselho Executivo, por delegação de competências do Director Regional de Educação

de LVT.

2.4 – A organização de intercâmbios escolares, em território nacional ou estrangeiro,

seguirá os mesmos princípios pedagógicos e organizacionais, bem como as normas

legais em vigor.

2.5 – Em termos de duração, em período lectivo, estas actividades devem obedecer aos

seguintes limites legais (pontos 5/2, do Despacho nº 28/ME/91 de 28 de Março):

Intercâmbio Escolar até sete (7) dias úteis até três (3) professores acompanhantes

Visitas de Estudo até cinco (5) dias 1 docente por cada 15 alunos

ao Estrangeiro úteis (ponto 5, al 1 do Despacho 28/ME/91 de 28 de

Março)

2.6 – As propostas de Intercâmbio e de Visita de Estudo ao estrangeiro devem ser

aprovadas pelo Presidente do Conselho Executivo, por delegação de competências do

DRELVT, enviando-se o pedido de autorização, para o efeito, em documento

regulamentar com a antecedência mínima de 30 dias a contar da data de início da

actividade.

Page 36: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

2.7 – Os docentes responsáveis pela organização e coordenação de intercâmbios

escolares deverão ter cinco ou mais anos de exercício de funções docentes e a sua

designação carece de parecer positivo da parte do Conselho pedagógico.

2.8 – As escolas poderão ainda organizar outras actividades fora do espaço físico da

escola em período não lectivo e/ou sem prejuízo das actividades lectivas, como

Passeios, Acampamentos ou Colónias de Férias.

2.9 – As actividades referidas em 2.8. deverão enquadrar-se, obrigatoriamente, nos

objectivos decorrentes do Projecto Educativo de Escola.

2.10 - As actividades referidas em 2.8. podem resultar da exclusiva iniciativa da Escola

ou de parcerias realizadas com a respectiva Associação de Pais e Encarregados de

Educação e/ou outros agentes educativos.

2.11 – Os alunos e docentes que participam nestas actividades estão cobertos pelo

Seguro Escolar, em território nacional, e por Seguro de Grupo, em território estrangeiro.

2.12 – Possíveis danos causados pelos alunos no decurso destas actividades, que se não

enquadrem no âmbito do Seguro Escolar ou de Grupo, serão da responsabilidade dos

respectivos Encarregados de Educação.

2.13 – Considerando as características pedagógicas e didácticas das visitas de estudo e

intercâmbios, assim como a sua integração no PEE e PCE ou PCT, a participação dos

alunos tem carácter obrigatório decorrente do dever de assiduidade que lhe assiste (al. H

do artº 15º da Lei 30/2002, de 20 de Dezembro).

2.14 – Poderá o aluno/Encarregado de Educação (nos menores de 18 anos), em caso de

não comparência, vir a justificar o motivo da mesma junto do(a) Director de Turma e

do(a) professor(a) responsável pela actividade em questão.

2.15 – Cabe, obrigatoriamente, aos docentes integrados na visita de estudo ou

intercâmbio, desde que não sejam acompanhados pela totalidade dos alunos da(s)

turma(s), a disponibilização prévia de um plano de aula e actividades a realizar no

respectivo horário lectivo.

3-Planificação e Organização

3.1 – A planificação da visita de estudo ou intercâmbio será registada em documento

próprio a apresentar ao Conselho Pedagógico (ou DRELVT) pelos professores

responsáveis, através do respectivo coordenador (de departamento ou de área), com a

antecedência mínima de trinta dias.

3.2 – Do documento referido em 3.1 deve constar:

Tema /Local.

Razões justificativas da Visita.

Objectivos específicos.

Aprendizagens e resultados esperados.

Regime de avaliação dos alunos intervenientes e da actividade.

Calendarização e horário.

Data da reunião de Pais e EE realizada para aprovação por parte dos mesmos.

Data da reunião do C. Pedagógico em que a Visita foi aprovada (no caso de envio

para a DRELVT).

Material Necessário.

Identificação dos responsáveis e acompanhantes.

Guiões de exploração do local a visita e/ou de orientação pedagógico didáctica da

actividade.

Identificação do(s) Planos de Ocupação deixados pelos docentes participantes na

actividade tendo em vista os alunos não participantes e/ou outras turmas dos respectivos

professores.

Page 37: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Outros aspectos relevantes.

3.3 – Na planificação referente aos recursos humanos, nomeadamente na escolha dos

acompanhantes da Visita, deverá ter-se em conta:

a) a relevância pedagógica da Visita para as diferentes disciplinas/ áreas curriculares e

não curriculares, procurando envolver-se os docentes mais adequados a estes fins;

b) o rácio professor/aluno prevista no ponto 5 do Despacho nº 28/ME/91 de 28 de

Março (1 docente por cada 15 alunos, para o 3º ciclo do EB e para o ES);

3.4 – Cabe, ainda, aos professores responsáveis, em colaboração com o director de

turma / coordenador pedagógico:

a) estabelecer os contactos com os locais a visitar e proceder ao contrato de transporte,

que serão, posteriormente, oficializados pela escola;

b) enviar aos encarregados de educação uma circular informativa sobre a visita de

estudo, os seus objectivos, os locais a visitar, as disciplinas envolvidas, a data e o preço

e, ainda, o termo de responsabilidade/autorização;

c) recolher a verba paga pelos alunos e assumir o pagamento a quem de direito;

d) elaborar o guião da visita a disponibilizar antecipadamente aos alunos e encarregados

de educação contendo as seguintes informações:

Tema /Local.

Objectivos.

Dia /hora de partida e chegada.

Percurso.

Material Necessário.

Identificação dos responsáveis e acompanhantes.

Outros aspectos relevantes.

e) elaborar, entregar ao Director(a) de Turma e colocar no Livro de Ponto, até à véspera

da visita, a lista dos alunos participantes, de acordo com os termos de autorização

assinados pelos encarregados de educação;

f) garantir atempadamente a aprovação legal e as formalidades que accionem o seguro

escolar, seguro de grupo ou seguro de viagem;

g) elaborar um relatório-síntese da visita que colocarão no respectivo dossier da(s)

turma(s).

h) elaborar um relatório, no prazo de trinta dias após a conclusão da actividade e em

documento regulamentar, a enviar à DRELVT, em caso de Intercâmbio ou Visita de

Estudo ao estrangeiro;

3.5 – Cabe aos alunos / Encarregados de Educação que participam na actividade:

a) entregar ao professor responsável o termo de responsabilidade, devidamente assinado

pelo encarregado de educação;

b) efectuar o pagamento no prazo que lhes foi indicado;

c) Solicitar, através do(a) Director(a) de Turma, e beneficiar de apoio específico, no

caso de dificuldades financeiras, de modo que os alunos não sejam impedidos de

participar na visita de estudo por tais motivos.

3.6 – Cabe aos alunos que não participam na actividade, comparecerem na escola às

actividades previstas no respectivo horário, sem o que deverá ser-lhes marcada falta de

presença, nos termos da Lei 30/2002, de 20 de Dezembro;

3.7 - Os professores que não podem cumprir as suas actividades lectivas porque os

alunos se encontram em visita de estudo, devem mencionar o motivo no livro de ponto,

não numerando a lição.

Page 38: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

LEGISLAÇÃO SOBRE VISITAS DE ESTUDO

Despacho nº 24433/2006

Page 39: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 40: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Despacho nº 25879/2006

Page 41: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Despacho nº 12668/2006

Page 42: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Despacho nº 26348/2006

Page 43: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Lei nº 13/2006

Page 44: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 45: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 46: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 47: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 48: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Lei nº 17-A/2006

Page 49: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Portaria 1350/2006

Page 50: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 51: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 52: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 53: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Decreto-Lei nº 255/2007

Page 54: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

Despacho nº 2716/2007

Page 55: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

MAPAS DE ORIENTAÇÃO

Page 56: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 57: TAPADA NACIONAL DE MAFRA
Page 58: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

CONCLUSÃO

Apesar de muito trabalhoso, foi com muito prazer que este trabalho foi elaborado.

De facto, através dele, houve a oportunidade de conhecer e aprender outras realidades

que, até agora, tinham passado algo despercebidas.

É claro que o facto de elaborar um guião pela primeira vez, trouxe alguns

problemas, ainda por cima, é o primeiro ano que estou a leccionar Ciências da Natureza,

pois, a minha formação não é em Ciências. Acrescendo o facto de ter passado de alunos

do secundário para alunos do 2º ciclo, levantou-me alguns problemas. Mas, foi um

desafio profissional muito aliciante. A pesquisa que teve de ser feita, a tentativa de

incluir outros assuntos pertinentes e, talvez o mais difícil de tudo, enquadrar as questões

nos padrões de raciocínio, foi algo extenuante mas vigorante em simultâneo.

É claro que não sei se o enquadramento foi correctamente efectuado ou se o

trabalho estará à altura das expectativas. Todavia, algumas certezas posso dar: aprendi

com a realização deste trabalho, com a pesquisa e com as aulas de Didáctica.

O meu agradecimento pessoal ao Professor Doutor António Almeida, por ter posto

ao nosso dispor todo o seu saber e por fazer de nós melhores professores no futuro.

Atenção, digo isto, não para dar “graxa” ou tentar influenciar a nota do trabalho, mas

porque o senti verdadeiramente. Caso contrário, jamais o diria, pois, não é essa a minha

forma de estar na vida.

Em conclusão, estou certo que daqui para a frente estarei mais atento a

pormenores que até então não estava e felizmente que surgiu esta oportunidade para

realizar este estágio, dado que vai ser uma ajuda suplementar na minha adaptação à

nova disciplina e ao novo ciclo de leccionação.

Page 59: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

BIBLIOGRAFIA

Internet

http://www.tapadademafra.pt

http://www.sapo.pt

http://www.cm-mafra.pt

http://www.wikipedia.org

http://www.netprof.pt

http://www.dgidc.min-edu.pt

http://www.drel.min-edu.pt

Google Earth

Livros

Enciclopédia de Ciências Larousse

A fauna e a flora (s/d)

Círculo de Leitores

Bioterra

Motta, Lucinda

Viana, Maria dos Anjos

Isaías, Emídio

Porto Editora

2008

Magia da Terra

Peralta, Catarina Rosa

Calhau, Maria Beleza

Sousa, Maria Fernanda

Porto Editora

2008

Apontamentos da aulas de Didáctica Específica de Ciências da Natureza.

Page 60: TAPADA NACIONAL DE MAFRA

ÍNDICE

Introdução

Enquadramento da visita de estudo

Conteúdos programáticos

Realizar a visita

Tapada Nacional de Mafra

Ficha de avaliação da visita de estudo – alunos

Critério de correcção

Documentos da visita de estudo

Um pouco de História

Um pouco de teoria

Regulamento para visitas de estudo, intercâmbios, passeios e campos de férias

Legislação sobre visitas de estudo

Mapas de orientação

Conclusão

Bibliografia

Índice