tao, yin yang

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Page 1: Tao, Yin Yang

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Tao, Yin-Yang

Page 2: Tao, Yin Yang

ConteúdoPáginas

Tao 1Tao Te Ching 4Yin-yang 11Yin 13Yang 14Medicina tradicional chinesa 15Yin-yang na medicina tradicional chinesa 22Vazio de qi 28Vazio de yang 28

ReferênciasFontes e Editores da Página 30Fontes, Licenças e Editores da Imagem 31

Licenças das páginasLicença 32

Page 3: Tao, Yin Yang

Tao 1

Tao

Este artigo contém texto em chinês.Sem suporte multilingue apropriado, você verá interrogações, quadrados ou outros símbolos em vez de caracteres chineses.

Tao

Ideograma de tao

Tradução

Tradução literal: caminho, o caminho

Nome em chinês

Chinês: 道

Transliterações

- Hanyu Pinyin: Dao

- Wade-Giles: Tao

Taoismo

Fundamentos

Tao (Dao)  · Te (De)  · Wuji  · Taiji  · Yin-yang ·

Wu xing  · Ki  · Neidan  · Wu wei

Textos

Tao Te Ching  · Zhuangzi  · Liezi  · Daozang

Divindades

Os Três Puros  · Guan Shengdi  · Oito Imortais ·

O Imperador Amarelo  · Xiwangmu  ·O Imperador de Jade  · Chang'e  ·

Outras divindades

Pessoas

Laozi  · Zhuangzi  · Zhang Daoling  ·Zhang Jue  · Ge Hong  · Chen Tuan

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Tao 2

Escolas

Tianshi Tao  · Shangqing  · Lingbao  ·Quanzhen Tao  · Zhengyi Tao  · Wuliupai

Lugares sagrados

Dòngtian  · Monte Penglai

Portal Taoismo

Tao (em chinês: 道; Wade-Giles: tao; pinyin: dao) significa, traduzindo literalmente, o caminho, mas é um conceitoque só pode ser apreendido por intuição. O tao não é só um caminho físico e espiritual; é identificado com o absolutoque, por divisão, gerou os opostos/complementares yin e yang, a partir dos quais todas as "dez mil coisas" queexistem no Universo foram criadas.É um conceito muito antigo, adotado como princípio fundamental do taoísmo, doutrina fundada por Lao Zi.

O tao é a espontaneidade naturalO conceito de tao é algo que só pode ser apreendido por intuição. É algo muito simples, mas não pode ser explicado.É o que existe e o que inexiste. Só que nós temos demasiados conceitos dentro da cabeça para o entender como umtodo uno.

O tao é o caminho da espontaneidade natural. É o que produz todas as coisas que existem. O te (德, a virtude) é omodo de caminhar espontâneo que dá às coisas a sua perfeição.O tao não transcende o mundo; o tao é a totalidade da espontaneidade ou "naturalidade" de todas as coisas. Cadacoisa é simplesmente o que é e faz. Por isso, o tao não faz nada; não precisa de o fazer para que tudo o que deve serfeito seja feito. Mas, ao mesmo tempo, tudo que cada coisa é e faz espontaneamente é o tao. Por isso, o tao "faz tudoao fazer nada".O tao produz as coisas e é o te que as sustenta. As coisas surgem espontaneamente e agem espontaneamente. Cadacoisa tem o seu modo espontâneo e natural de ser. E todas as coisas são felizes desde que evoluam de acordo com asua natureza. São as modificações nas suas naturezas que causam a dor e o sofrimento.

O modo de caminhar taoistaSe entendermos bem a natureza das coisas e conseguirmos esquecer tudo o que aprendemos que tenta ir contra ela,conseguimos fazer tudo o que é possível, com o mínimo esforço. Porque acabamos por deixar as coisas seguirem oseu curso natural. Não fazemos nada (claramente por nossa vontade própria) mas nada fica por fazer.

Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,Na busca do tao, todos os dias algo é deixado para trás.E cada vez menos é feitoaté se atingir a perfeita não-ação.Quando nada é feito, nada fica por fazer.Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.E não interferindo.

Tao Te Ching (道 德 經), Cap. 48

Devemos agir de acordo com a nossa vontade apenas dentro dos limites da nossa natureza e sem tentar fazer o quevai para além dela. Devemos usar o que é naturalmente útil e fazer o que espontaneamente podemos fazer seminterferir na nossa natureza. E não tentar fazer aquilo que não podemos fazer ou tentar saber aquilo que não podemossaber. A felicidade é essa "não-ação" (無 為, wu wei).

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Tao 3

Para conseguirmos entender o curso natural das coisas e seguirmos o caminho temos que conseguir desaprendermuitos conceitos. Para podermos desaprendê-los é preciso que antes os tenhamos aprendido. Mas temos que passar aum estado muito parecido com o estado inicial em que estávamos antes de o termos aprendido.

"O tao que pode ser expressado, não é o tao absoluto".Se abrirmos os olhos de repente, há um brevíssimo momento durante o qual o nosso cérebro ainda não analisou oque está a ver. Ainda não distinguiu as cores e as formas nem descodificou o que se está a passar à nossa frente. Ostaoistas procuram viver o mais perto possível desse estado. É uma renúncia à análise, sempre imperfeita, darealidade.

Trinta raios convergem para o meio de uma rodaMas é o buraco em que vai entrar o eixo que a torna útil.Molda-se o barro para fazer um vaso;É o espaço dentro dele que o torna útil.Fazem-se portas e janelas para um quarto;São os buracos que o tornam útil.Por isso, a vantagem do que está láAssenta exclusivamentena utilidade do que lá não está.

Tao Te Ching (道 德 經), Cap. 11

Bibliografia• Campos, António M. de. Tao Te King [1]: Livro do Caminho e do Bom Caminhar. [S.l.]: Editora Relógio d'Água,

2010. (Tradução direta do chinês para o português, comentários, introdução à filosofia taoista)• Lao Tse. [S.l.]: Editora Ordem do Graal na Terra. ISBN 85-7279-065-9

Ligações externas• O tao é a espontaneidade natural [2]

• Glossário completo de caracteres do Tao Te King [3]

Referências[1] http:/ / relogiodaguaeditores. blogspot. com/ 2010/ 12/ lao-tse-tao-te-king-livro-do-bom. html[2] http:/ / to-campos. planetaclix. pt/ taoismo/ Tao. htm[3] http:/ / www. scribd. com/ doc/ 46396700/ Glossario-Tao-Te-King

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Tao Te Ching 4

Tao Te Ching

Tao Te Ching edição Wang Bi, Japão 1770

O Tao Te Ching (em chinês: ? 道 德 經) ou Dao de Jing,comumente traduzido pelo nome de "O Livro do Caminho e da suaVirtude", é um dos antigos escritos chineses mais conhecidos eimportantes. A tradição diz que o livro foi escrito em cerca de 600 a.C.por um sábio que viveu na Dinastia Zhou chamado Lao Tzi ("VelhoMestre"), como um livro de provérbios relacionados com o Tao, e queacabou servindo como obra inspiradora para diversas religiões efilosofias, em especial o Taoísmo e o Budismo Chan (e sua versãojaponesa o Zen).

Origens

Lao Tzu encontra Yin Xi, o guardião do portãodo Tibet.

Como a maior parte das figuras mitológicas dos fundadores dereligiões, a vida do escritor do Tao Te Ching, Lao Tzu é envolto emlendas. Segundo a tradição Lao Tzi nasceu no sul da China cerca de604 a.C sendo superintendente judicial dos arquivos imperiais emLoyang, capital do estado de Ch'u. Desgostoso pelas intrigas da vida nacorte, Lao Tzi decidiu afastar-se da sociedade seguindo para as Terrasdo Oeste. Montado em uma carroça guiada por um boi, seguiu viagem,mas ao atravessar a fronteira, um dos seus amigos, o policial Yin-hsi, oreconheceu e lhe pediu que escrevesse seus ensinamentos antes departir. Lao Tzi então escreveu o pequeno livro conhecidoposteriormente como o Tao Te Ching, e partiu em seguida. Segundo ahistória, morreu em 517 a.C. Lao Tzi foi canonizado pelo imperadorHan entre os anos 650 a.C. e 684 a.C

Trata‑se de um texto filosófico relativamente curto, com pouco mais de5000 caracteres, que era originariamente conhecido como o Lao Tse(老 子, que significa Velho Mestre) ou como o Texto de cinco milpalavras (五 千 字 文, wǔqiān zìwén). O seu nome actual vem daspalavras que iniciam cada uma das duas secções principais em que éhoje normalmente dividido, chamadas Livro do Tao (道 經, dào jīng)e Livro do Te (德 經, dé jīng). A palavra Ching (經, jīng) designa um

livro considerado como um clássico. Tao (道, dào), que significa «via» ou «caminho», é o nome usado para designar

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Tao Te Ching 5

o que há de mais profundo e misterioso na realidade, e Te (德, dé), que significa «virtude» ou «conduta», é o nomeusado pelos taoistas para designar a sua manifestação no mundo. A escola de pensamento taoista (道 家, dào jiā)ficou explicitamente identificada com a palavra Tao, por ter atribuído conotações novas a este termo, associando‑o auma abordagem diferente do conceito de Realidade Última. Os mais recentes estudos apontam para que o Tao TeChing tenha sido escrito entre 460 a.C. e 380 a.C. A versão mais antiga que se conhece do Tao Te King foiencontrada em 1993, em Guodian, na China, num túmulo datado do período de meados do século IV ao início doséculo III a.C. Está escrita numa série de réguas de bambu, cada uma das quais contém cerca de vinte caracteres. Otexto passa de uma régua para outra sem qualquer pontuação ou divisão em parágrafos ou capítulos. De todas asversões que chegaram até aos nossos dias a que é normalmente considerada como sendo a mais fiável é a queacompanha os comentários ao Tao Te King escritos por Wang Pi (王 弼, wángbì; n.226 – f. 249 d.C.).[1]

InterpretaçãoAs diversas correntes do pensamento religioso e filosófico através dos tempos atribuiram milhares de interpretaçõesdiferentes ao sentido do Tao Te Ching. Porém, o tema principal do livro é localizado em seu primeiro provérbio: "OTao que pode ser dito não é o Tao Verdadeiro". O Tao Te Ching situa a origem de todas as coisas no Tao (Caminho,Senda), que longe do conceito de Deus nas religiões deístas, é um princípio inimaginável, inenarrável, eterno eabsoluto, que não pode ser compreendido, já que qualquer tentativa de classificá-lo, cria uma dicotomia que nãopode existir em algo Eterno e Absoluto. Já que o Tao não pode ser compreendido, o Tao Te Ching enfatiza que nãoexistem meios de manipulá-lo. Logo os seres devem viver uma vida simples, sem grandes questionamentos moraisou filosóficos, onde se enfatize o "não-agir" (a "não-acção", wu wei,無 為), isto é, deixar-se guiar pelo curso naturale lógico dos eventos do universo. O homem que seguir este princípio acaba liberto das vicissitudes da vida, e setorna o "Homem Santo" celebrado no taoísmo.Uma filosofia deste tipo, logicamente quebra todos os conceitos e tentativas do homem controlar seu destino esugere que toda tentativa de se criar uma religião, uma sociedade política ou moral acaba sempre sendo infrutífera.

Cosmogonia no Tao Te ChingAs ideias cosmogónicas e metafísicas do Tao Te Ching de acordo com algumas ramificações do taoísmo podem serdefinidas da seguinte forma:Tudo nasce do vazio indiferenciado, imensurável, insondável, que nunca pode ser exaurido: «o Tao sem nome», quese move em torno de si mesmo sem parar. Deste «Tao sem nome» (que não existe) nasce o que existe (e tem nome):O Caminho (Tao). Não vemos o Tao como Um por causa dos nomes com que designamos o que vemos com osnossos sentidos - as «dez mil coisas» (O caracter chinês que significa «dez mil» é usado, como aliás também nogrego, para significar uma míriade, ou seja, um número grande e indefinido.) É com o aparecimento dos nomes queaparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.A Virtude (Te) é a manifestação do Tao através da sua misteriosa operação: o chamado «agir não agindo» - a acçãoinvoluntária que caracteriza a natureza das coisas - «O modo de Caminhar».

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Tao Te Ching 6

Lao Zi

A partir destas ideias cosmogónicas e metafísicas, Lao Tzi deduz umsistema de moral e regras de conduta que tem por objectivo conformaras acções humanas com a ordem natural do Universo. O Homemnasceu do Tao mas depois começou a desviar-se dos seus atributos, ouseja, perdeu a Virtude - o saber como Caminhar. É uma queda quelembra a queda que se seguiu à expulsão de Adão e Eva do Paraíso,segundo a Bíblia. O Caminho do Tao é o caminho de volta ao estadode graça em harmonia com o Tao (o chamado «regresso precoce»).

Tao é normalmente traduzido como Caminho ou Via. Mas apenas porparecer ser «o melhor que se pôde arranjar». De facto, o caminho nãose distingue do caminhante ou do caminhar. Não há criador. Ouniverso (o Céu e a Terra) apareceu (e aparece continuamente) a partirdo Tao primordial. O que existe aparece do que não existia antes e éeterno. O universo é como um organismo vivo resultante da expansãovitalizada do Tao (a ordem natural, a providência). O Tao manifesta-secontinuamente no fluxo e refluxo constante de todas coisas queexistem e que foram criadas pela sua actividade.O Tao não tem personalidade. O que vitaliza o universo são doisprincípios ou substâncias que combinados são o Tao: o yang (luz, calor, criativo, masculino) - que existeespecialmente concentrado no Céu - e o yin (sombra, frio, receptivo, feminino) - que existe especialmenteconcentrado na Terra.

Vários filósofos taoístas chineses entendem os versículos que expõem as ideias cosmogónicas sobre o início douniverso como sendo, de facto ou também, a descrição do modo como a consciência da realidade externa emerge nanossa mente.Quando vemos uma cor ou ouvimos um som, há um momento breve inicial em que o nosso cérebro ainda não fez umjulgamento sobre a nossa percepção; não sabemos ainda que som ou cor é, nem sequer temos ainda uma consciênciaclara que estamos a ouvir ou ver alguma coisa. Estamos no domínio «do sem nome», do vazio indiferenciado quenunca pode ser exausto ou descrito. Depois, quando emerge a consciência e o pensamento, que tem por base alinguagem, passamos ao domínio «do que tem nome» e vemos então todas coisas diferenciadas, cada uma com o seunome. É com o aparecimento dos nomes que aparecem todas as coisas e o Um se transforma em muitos.Em termos mentais, o Caminho do Tao é o caminho de volta a esse breve «estado de graça» inicial. Um estado emque qualquer trabalho mental interior é eliminado e em que regressamos à nossa espontaneidade natural. As práticasdos Budismos Chan e Zen, que tiveram a sua origem nas ideias taoistas, têm como objectivo exactamente atingiresse estado mental primordial de fusão paradoxal com o Um.

Trechos(Cap.1)

O Tao de que se pode falar não é o verdadeiro e eterno Tao. O nome que pode ser dito não é o verdadeiro nome. O que não tem nome é a origem do Céu e da Terra E o nomear é a mãe de todas as coisas. Sem a intenção de o considerar, Podemos apreender o mistério e as suas subtilezas, Através da sua ausência de forma. Tentando considerá-lo, só podemos ver a sua manifestação

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Tao Te Ching 7

Nas formas que definem o limite das coisas. Ambos provêm da mesma fonte e são o mesmo. Diferem apenas devido ao aparecimento dos nomes. São o mistério mais profundo, a porta para todos os mistérios.

(Cap.40)

As dez mil coisas nascem a partir do que existe (e tem nome)E o que existe nasce do que não existe (e não tem nome).

(Cap.4)

O Tao é como o espaço vazio dentro de um vaso;Mas, por mais que o enchamos, nunca ficará cheio.É incomensurável, como se fosse o Antepassado de todas as coisas.

(Cap.41)

Quando um estudioso mais sábio ouve falar no Tao,Abraça-o com zelo.Quando um estudioso médio ouve falar no Tao,Pensa nele de vez em quando.Quando um estudioso inferior ouve falar no Tao,Ri-se às gargalhadas.Se ele não risseO Tao não seria o Tao (o Caminho).

(Cap.11)

Trinta raios convergem para o meio de uma rodaMas é o buraco em que vai entrar o eixo que a torna útil.Molda-se o barro para fazer um vaso;É o espaço dentro dele que o torna útil.Fazem-se portas e janelas para um quarto;São os buracos que o tornam útil.Por isso, a vantagem do que está láAssenta exclusivamentena utilidade do que lá não está.

(Cap.48)

Na busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás.E cada vez menos é feitoaté se atingir a perfeita não-acção.Quando nada é feito, nada fica por fazer.Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.E não interferindo.

(Cap.3)

Não exaltar os homens com habilidade superior Evita que as pessoas rivalizem entre si; Não dar valor às coisas raras Evita que surjam ladrões; Não lhes mostrar o que pode excitar os seus desejos

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Tao Te Ching 8

É o modo de manter os seus corações em paz. Por isso, o sábio governa simplificando-lhes as mentes, Enchendo-lhes a barriga, Enfraquecendo-lhes a ambição Fortalecendo-lhes os ossos, Mantendo-os sem conhecimentos e desejos que os desviem do Caminho, De modo a que os que têm nunca ousem sequer interferir. Se nada for feito, tudo estará bem.

(Cap.60)

Governa-se um estadoComo se frita um peixe pequeno.(Para fritar um peixe pequeno, é só deixá-lo fritar; não é preciso virá-lo ou interferir de outro modoqualquer. E usa-se lume brando.)

A dificuldade de traduzir a língua chinesaA língua chinesa (e sobretudo a mais antiga) é muito concisa. São frequentes frases sem verbos como «eu grande tupequeno» ou «eu grande tu» (= sou maior do que tu). Para a traduzir, é necessário compor a frase com pronomes,advérbios, preposições, conjunções, que não estão na língua original.Enquanto nas línguas ocidentais a gramática é uma estrutura sólida com a qual se podem construir períodos eparágrafos complexos, a gramática chinesa é fluida e flexível. Hoje usam-se sinais de pontuação, mas isso é muitorecente. Por isso, como não existem maiúsculas, é por vezes complicado perceber onde começa cada frase. No estiloclássico, utilizavam-se as rimas de palavras para indicar o fim das frases.Os caracteres são elementos que formam frases com grande versatilidade. Cada caracter (ou palavra) é um elementomóvel na estrutura e influencia o significado e a função dos outros e é influenciada por eles. Só quando se percorreue analisou toda uma frase de um texto chinês antigo se decifra o seu significado. Dependendo do contexto, a palavra«mestre» pode significar também «para servir o mestre», «para seguir o mestre» etc. Uma palavra antes de um verbopode constituir o tema de uma frase mas pode também ser um determinante do verbo, como, por exemplo, em «dezandar», que significa «andar dez passos». A palavra «eu» pode significar eu, me, mim, o meu, a minha. O plural só éindicado em caso de necessidade, quando não se entende pelo sentido de uma frase.«Bom chá» é um chá que é bom, mas a «chá bom» segue-se um termo de comparação (bom, nessa posição, significamaior do que). «Cão carne» pode significar duas coisas diferentes conforme o contexto: carne de cão ou carne para ocão. Mas «vaca carne» é carne de vaca, porque a vaca é um animal herbívoro.Na língua escrita de estilo antigo cada palavra, em geral, era escrita usando um único caracter (monossilábico); eraum estilo muito mais conciso e literário do que é a língua falada. (Por isso os europeus julgaram inicialmente que ochinês era uma língua monossilábica. Mas a língua falada é mais dissilábica e polissilábica.)Como o Tao Te Ching foi escrito usando a escrita de estilo antigo, o texto é extremamente conciso e não é deinterpretação fácil mesmo para um chinês. O significado de cada monossílabo, no meio de uma série continua decaracteres sem pontuação, não surge espontaneamente; as frases têm uma estrutura mais difícil de detectar. Aspalavras que rimam sugerem as frases que estão presentes; mas nem sempre elas estão lá e nem sempre a estruturafica perfeitamente clara. Sabe-se também que na época de Lao Tzi não havia uma escrita unificada, porque a Chinanão estava ainda politicamente unificada, e que o significado e pronúncia de muitos caracteres se foi alterando com otempo.[]

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Tao Te Ching 9

ExemplosNa busca do conhecimento, todos os dias algo é adquirido,Na busca do Tao, todos os dias algo é deixado para trás.E cada vez menos é feitoaté se atingir a perfeita não-acção.Quando nada é feito, nada fica por fazer.Domina-se o mundo deixando as coisas seguirem o seu curso.E não interferindo.

Tao Te Ching 道 德 經 (Cap.48)

Em chinês:agir aprender dia aumentaragir Tao dia perderperder gera novo perdercontinua até à não acçãonão acção contudo não sem acçãoagarrar céu debaixo normal pelo sem trabalhoenquanto isto tendo trabalhonão suficiente para agarrar céu debaixo

O Espírito do Vale é imortal.É a misteriosa vagina maternal.A porta por onde sai a raiz do Céu e da Terra.Uma raiz tão fina quanto um fio de seda.

Mas o que a partir dela se eleva nunca se esgota.

Tao Te Ching 道 德 經 (Cap.6)

Em chinês:(Vale, ravina com água) (espírito) (não) (morre)(correcto) (nome) (obscuro) («garganta funda feminina»)(obscuro) («garganta funda feminina») (dele) (porta)(correcto) (nome, significado) (Céu) (Terra) (raiz, objecto fino e longo)(fio de algodão macio) (fio de algodão macio) (parece) (existir)(uso, utilidade) (sai dele) (não) (esforço)

Nota: Espírito do Vale é outra designação para o Tao.[1] António M. de Campos, Tao Te King - Livro do Caminho e do Bom Caminhar (tradução direta do Chinês

para o Português, comentários, introdução à filosofia taoista, glossário completo de caracteres (http:/ / www.scribd. com/ doc/ 46396700/ Glossario-Tao-Te-King)). Editora Relógio d'Água, 2010.

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Tao Te Ching 10

Bibliografia•• Lao Tse, ISBN 85-7279-065-9, Editora Ordem do Graal na Terra• Rijckenborgh, Jan van. Gnosis Chinesa - Comentários sobre o Tao te King (http:/ / www. pentagrama. org. br/

livros/ gnosis-chinesa) (em português). [S.l.]: Rosacruz (atual Pentagrama Publicações), 2006.978-85-62923-00-5 - Download completo gratuito

• Lao Tse, Tao-te King, texto e comentário de Richard Wilhelm. Editora Pensamento.• Wu Jyh Cherng, Tao Te Ching - O Livro do Caminho e da Virtude de Lao Tse (tradução direta do chinês para o

português). Editora Mauad.

Ligações externas

Textos• de Stephen Mitchell. (http:/ / otaoteching. blogspot. com/ )• O Escrito do Curso e da Sua Virtude de Mário Bruno Sproviero que contêm também o texto em chinês (http:/ /

www. hottopos. com/ tao/ )• Tradução em português pela comunidade do Wikisource (http:/ / pt. wikisource. org/ wiki/ Tao_Te_Ching)• 老 子 Lǎozĭ 道 德 經 Dàodéjīng Chinese+English+German (http:/ / www. tao-te-king. org)• 老 子 道 德 經: A paragon ebook (http:/ / www. sanmayce. com/ ), LAO ZI most-comprehensive ebook for

FREE in PDF & HTM format, contains 50 translations in 6 different layouts, by Sanmayce.

Page 13: Tao, Yin Yang

Yin-yang 11

Yin-yang

O taijitu, a forma mais conhecida de representaro conceito de yin-yang (yīnyáng).

Chinês tradicional 陰 陽

Chinês simplificado 阴 阳

Pinyin yīnyáng

Coreana hangul 음양

Coreano hanja 陰 陽

Coreano romanizado oficial eumyang

Coreano romanizadoMcCune-Reischauer

ŭmyang

Vietnamita Âm-Dương

Japonês kanji 陰 陽

Japonês romanizado in'yō/onmyō

Tailandês หยิน หยาง o อิม เอี้ยง

O yin-yang são dois conceitos do taoísmo, que expõem a dualidade de tudo o que existe no universo. Descreve asduas forças fundamentais opostas e complementares, que se encontram em todas as coisas. O "yin" é o princípiofeminino, a terra, a passividade, escuridão, e absorção. O "yang" é o princípio masculino, o céu, a luz, atividade, epenetração.[1]

Segundo essa ideia, cada ser, objeto ou pensamento possui um complemento do qual depende para a sua existência eque por sua vez existe dentro de si. Assim, se deduz que nada existe no estado puro nem tão pouco na passividadeabsoluta, mas sim em transformação contínua. Além disso, qualquer ideia pode ser vista como seu oposto quandovisualizada a partir de outro ponto de vista. Neste sentido, a categorização seria apenas por conveniência. Estas duasforças, yin e yang, seria a fase seguinte do "tao", princípio gerador de todas as coisas, de onde surgem.Esta doutrina é de uso corrente na medicina tradicional chinesa.

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Yin-yang 12

Princípios complementaresSegundo este princípio, duas forças complementares compõem tudo que existe, e do equilíbrio dinâmico entre elassurge todo movimento e mutação. Essas forças são:• Yang: o princípio ativo, diurno, luminoso, quente.• Yin: o princípio passivo, noturno, escuro, frio.Também é identificado como o tigre e o dragão representando os opostos.Essas qualidades acima atribuídas a cada uma das dualidade são, não definições, mas analogias que exemplificam aexpressão de cada um deles no mundo fenoménico. Os princípios em si mesmos estão implícitos em toda e qualquermanifestação.Os exemplos acima não incluem qualquer juízo de valor, e não há qualquer hierarquia entre os dois princípios.Assim, referir-se a yang como positivo apenas indica que ele é positivo quando comparado com Yin, que seránegativo. Esta analogia é como a carga elétrica atribuída a protons e electrons: os opostos complementam-se,positivo não é bom ou mau, é apenas o oposto complementar de negativo.O diagrama do Taiji simboliza o equilíbrio das forças da natureza, da mente e do físico. Yang (branco) e Yin (preto)integrados num movimento contínuo de geração mútua representam a interação destas forças.A realidade observada é fluida e em constante mutação, na perspectiva da filosofia chinesa tradicional. Portanto,tudo que existe contém tanto o princípio Yin quanto o Yang. O símbolo Taiji expressa esse conceito: o Yin dáorigem ao Yang e o Yang dá origem ao Yin.Desde os primeiros tempos, os dois polos arquetípicos da natureza foram representados pelo claro e pelo escuro, peloinflexível e pelo dócil, pelo acima e pelo abaixo.O Yang, o poder criador era associado ao céu e ao Sol, enquanto o Yin corresponde à terra, ao receptivo, à Lua.O céu está acima e esta cheio de movimento.A terra - na antiga concepção geocêntrica - está em baixo e em repouso.Dessa forma, Yin passou a simbolizar o repouso, e Yang, o movimento.No reino do pensamento, Yin é a mente intuitiva, complexa, ao passo que Yang, é o intelecto, racional e claro.Yin é a tranquilidade contemplativa do sábio, Yang a vigorosa ação criativa do rei.

O Hotu representa a geração doTai Chi a partir do vazio

Esse diagrama apresenta uma disposição simétrica do yin sombrio e do yang claro .A simetria, contudo não é estática. É uma simetria rotacional que sugere,de formaeloquente, um continuo movimento cíclico.Os dois pontos do diagrama simbolizam a ideia de que toda vez que cada uma dasforças atinge seu ponto extremo, manifesta dentro de si a semente de seu opostoYin-Yang é uma técnica chinesa que significa lados opostos como o Branco (Yang)tem como figura um tigre e o Preto (Yin) Tem como figura um dragão. Ambos sãoopostos significa que cada força existe bem e mal como podemos ver em seusímbolo achamos um ponto de cada cor em cada lado é o Bem e o Mal.

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Yin-yang 13

Referências[1] Grande enciclopédia Larousse (página 11710). Madri: Planeta.

Ligações externas• O Diagrama do Tai Chi, artigo de Roque E. Severino. (http:/ / www. chinaonline. com. br/ antigo/ artesmarciais/

taichichuan/ diagrama_taichi. asp)

YinO yin é um princípio universal que surgiu do tao absoluto. É oposto e complementar ao yang.Características yin: Manifestação, Magnetismo, Baixo, Dentro, Frio, Úmido, Escuro, Lua, Outono e Inverno, Terra,Metal, Fêmea, Tempo, Cores escuras, Passivo, Repouso, Negativo, Morte

Exemplos Yin:- dos 4 elementos da natureza:água, terra- dos estados da matéria:líquido e sólido- das estações do ano:

outono e inverno- dias da semana:segunda-feira, quinta-feira e sexta-feira

O símbolo Taoista do Yin e Yang

O símbolo do Yin e do Yang

No símbolo do Yin e do Yang, o Yin é representado com uma cormais escura e o Yang com uma cor mais clara. Juntos representama união e complementaridade entre os opostos. No meio daclaridade do Yang existe um pequeno círculo de sombra de Yin eno meio da sombra do Yin existe um pequeno círculo claro deYang, simbolizando o movimento contínuo e constante deevolução dos atributos de um para os do outro.

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Yang 14

YangO yang é um princípio universal que surgiu do tao absoluto. O oposto complementar de yin.

Exemplos yang- dos 4 elementos da natureza:fogo, ar- dos estados da matéria:gasoso e plasma- das estações do ano:primavera e verão- dos dias da semana :domingo , terça-feira, quarta-feira e sábado

O símbolo do Yin e do YangNo símbolo do Yin e do Yang , o Yin é representado com uma cor mais escura e no Yang com uma cor mais clara,agora branco e preto são cores opostas, mas neutras. Juntos representam a união e complementaridade entre osopostos. No meio da claridade do Yang existe um pequeno círculo de sombra de Yin e no meio da sombra do Yinexiste um pequeno círculo claro de Yang. O que simboliza o movimento contínuo e constante de evolução dosatributos de um para os atributos do outro. Gira no sentido anti-horário no hemisfério sul e no sentido horário nohemisfério norte.

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Medicina tradicional chinesa 15

Medicina tradicional chinesaA medicina tradicional chinesa (MTC), também conhecida como medicina chinesa (em chinês 中 醫, zhōngyīxué, ou 中 藥 學, zhōngyaò xué), é a denominação usualmente dada ao conjunto de práticas de medicina tradicionalem uso na China, desenvolvidas ao longo dos milhares de anos de sua história.É considerada uma das mais antigas formas de medicina oriental, termo que engloba também as outras medicinasda Ásia, como os sistemas médicos tradicionais do Japão, da Coreia, do Tibete e da Mongólia.A MTC se fundamenta numa estrutura teórica sistemática e abrangente, de natureza filosófica. Ela inclui entre seusprincípios o estudo da relação de yin/yang, da teoria dos cinco elementos e do sistema de circulação da energia pelosmeridianos do corpo humano.Tendo como base o reconhecimento das leis fundamentais que governam o funcionamento do organismo humano esua interação com o ambiente segundo os ciclos da natureza, procura aplicar esta compreensão tanto ao tratamentodas doenças quanto à manutenção da saúde através de diversos métodos.

Venda de produtos para MTC em Hong Kong.

Técnicas terapêuticas daMTC

São sete os principais métodos detratamento da medicina tradicionalchinesa:

Aplicação de Moxa

1. Tui Na ou Tuiná (推 拿)2. Acupuntura (針 疚)3. Moxabustão (艾 炙)4. Ventosaterapia (拔 罐)5. Fitoterapia chinesa (中 药)6. Terapia alimentar chinesa (食 療) ou dietoterapia chinesa7. Práticas físicas: exercícios integrados a prática de meditação

relacionadas à respiração e à circulação da energia, como o qi gong(氣 功), o Tai ji quan (太 極 拳) e outras artes marciais chinesasinternas que podem contribuir para o reequilibrio do organismo.Estas práticas são consideradas simultaneamente métodosprofiláticos para a manutenção da saúde e formas de intervençãopara recuperá-la. Práticas como o Zhan Zhuang (站 椿), o Baduanjin ( 八 段 锦 ) e o Lian gong ( 练 功

)são realizadas atualmente fora do contexto das artes marciais.

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Moderna Escola de Medicina, Shanghai JiaoTong University [1]

A medicina tradicional chinesa utiliza a fitoterapia e outrosmedicamentos como seu último recurso para combater os problemas desaúde.Segundo sua crença básica, o corpo humano dispõe de um sistemasofisticado para localizar as doenças e direcionar energia e recursospara curar os problemas por si mesmo.O objetivo dos esforços externos deveria se focar em cuidadosamenteauxiliar as funções de auto cura do corpo humano, sem interferir.Refletindo esta mesma ideia, um ditado chinês diz que "qualquerremédio tem 30% de ingredientes venenosos".

Atualmente, a medicina tradicional chinesa está progressivamenteincorporando técnicas e teorias da medicina ocidental em sua práxis, em especial os tipos de exames semcaracterísticas invasivas.

Outras técnicas associadas a estes métodos

• Gua Sha ou "esfregar moedas" (刮 痧), técnica associada ao Tui Na.• Auriculopuntura (耳 燭 療 法), especialidade da acupuntura.

O diagnóstico na MTC

Mercado de medicamentos e ervas em Xangai.

As conhecidas barbatanas de tubarão à venda emloja de medicamentos chineses

Os aspectos básicos a considerar em um diagnóstico pela MTC são:

• observar (望 wàng),• ouvir e cheirar (聞 wén),• perguntar sobre o histórico do paciente (問 wèn),• palpar o pulso, tórax e abdome, várias partes do corpo, os canais

e os pontos (切 qiè).

A partir das informações reunidas desta forma pelo terapeuta, éelaborado um diagnóstico usando como referência um sistema paraclassificar os sintomas apresentados.Este sistema se fundamenta no conhecimento dos seguintes princípiosteóricos:

• A relação de Yin/Yang• A Teoria dos Cinco Elementos• Os oito princípios do Ba Gua• A teoria dos órgãos Zang Fu• Os Meridianos de energia• Os Seis níveis• Os Quatro estágios• O Triplo aquecedor

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Diagrama do "Meridiano" do estômago

Técnicas de diagnóstico

• Tomada do pulso da artéria radial do paciente em seis posiçõesdistintas para avaliar o fluxo de energia em cada meridiano.

• Observação da face do paciente.• Observação da aparência dos olhos do paciente.• Observação da aparência da língua do paciente.• Observação superficial da orelha.• Observação do som da voz do paciente.• Palpação do corpo do paciente, especialmente do abdômen.• Comparações da temperatura em diferentes partes do corpo do

paciente.• Observação da veia do dedo indicador em crianças pequenas.•• Tudo mais que possa ser observado sem instrumentos e sem ferir o

paciente, como uma conversa levantando seu histórico de saúde esuas queixas atuais.

Para trabalhar com os sistemas de diagnósticos da MTC é precisodesenvolver a habilidade de observar aparências sutis, observar o queestá bem a nossa frente mas escapa da observação da maioria das pessoas.Na China atual, cada vez mais o diagnóstico pela MTC interage com métodos de diagnóstico ocidentais,direcionando-se gradualmente para uma total integração entre os dois sistemas. Frequentemente os praticantescombinam os dois sistemas para avaliar o que acontece com seu paciente.[Carece de fontes]

Patologias e síndromes

Patologia internaNa medicina tradicional chinesa a patologia interna tem como causa desequilíbrios internos tais como:• Emoções (demasiado fortes/demasiado prolongadas)• Má alimentação• Cansaço excessivo•• Falta de repousoAs principais perturbações energéticas:•• Sintomas moderados / subtis•• Evolução gradualCoincide com o conceito ocidental de patologia crónica.

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Patologia externaNa visão da medicina tradicional chinesa a patologia externa tem como causa a penetração de factores externos (ouagentes perversos externos Xie Qi) no organismo:•• Frio/Calor•• Vento/Umidade•• Secura/CanículaAs principais perturbações energéticas:•• Início rápido•• Sintomas intensos/agudos•• Evolução rápidaCorresponde ao conceito ocidental de patologia aguda.

Sinais, sintomas e síndromes•• Sinais:

• Clínicos: Observados directamente na consulta (rosto, língua, pulso)•• Funcionais: O paciente diz em consulta.

• Sintoma - É o sinal interpretado pelo que se torna sintoma.• Síndrome - É o conjunto de sintomas. Estes são regulares e consistentes.

Síndromes gerais

Conjunto de sintomas que dizem respeito à totalidade do organismo e a nenhum órgão em específico.•• Vazio de Qi•• Vazio de Sangue•• Vazio de Yang•• Vazio de Yin•• Estase•• Humidade-Mucosidade•• Humidade-Mucosidade-Calor•• Plenitude-Calor

Síndromes de órgão

Conjunto de sintomas que se referem à perturbação de um dos órgãos principais.• Baço-pâncreas•• Rim•• Fígado•• Coração•• Pulmão

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Datas históricas da Medicina Tradicional ChinesaAlém de datas específicas de conquistas da arte médica, a invenção da escrita e metalurgia modificaram os rumos eevolução dessa técnica no contexto da Medicina Tradicional Chinesa.• 4115 – 4365 aC. - Yang Shao, parentesco matrilinear; Lung Shao, parentesco patrilinear (Eliade)- condição

essencial para entender as regras avô-filho-neto no estudo dos 5 elementos.• 2000 aC - Fundição do Bronze / dinastia Chang (Blunden; Elvin,)• 1400 aC. - Descoberta do álcool na dinastia Shang (1800 aC. – 1100 aC.) No norte da China (Blunden; Elvin)• 600 aC. - Cunhagem de moedas de cobre (Zhou) (Blunden; Elvin)• 513 aC.- Primeira referência a fundição do ferro (Gernet)• 501 a C. - Referência a 4 processos de diagnóstico médico: exame da tez; da língua; auscultação com técnicas da

época; exame de pulso e história médica do paciente (Gernet)• 479 a C. - Data tradicional da morte de Confúcio (551 – 479) (Gernet; Eliade)• 436 a C. - Cálculo do ano solar 365 dias 3, 1/4 (Gernet)• 289 a C. - Morte de Mêncio, discípulo de Confúcio (Gernet)• 200 aC. – 0 dC. - Primeira dinastia Han, Consolidação da unificação da escrita (pincel sobre papel); paquímetro

graduado em "cun"; rota da seda – contato com mundo árabe 51 aC.; contato com romanos; Doutrina dos 5elementos e Yin Yang. (Blunden; Elvin; Gernet)

• 200 a.C. - século II a.C..- Siderurgia do aço (Gernet)• 140 a.C. - Primeira obra de alquimia chinesa (Gernet)• 160 a.C. - Hospitais - controle do ensino médico na corte (Beau)• 28 a.C. - Início do registro sistemático das manchas solares (Gernet)• 0 – 200 d.C. - Segunda dinastia Han; Primeiros hospitais, que aumentam de número com desenvolvimento do

Budismo (Blunden;Elvin; Ronan)• 50 - Chegada do Budismo (Blunden; Elvin)• 215-282 - O médico Zhenjiu Jiayijing de Anding – Gansu publica uma síntese e sistematização do nei jing

definindo nomes para 348 pontos (Fu weikang)• 300 (século IV) - Publicação das coletâneas de Ge Gong refere-se a moxa com alho e sal para infecções com pus

e diversas outras indicações em “Receitas para casos urgentes ao alcance da mão” (Fu weikang)• 600 - Publicação tipográfica (?) sobre acupuntura (Ronan)• 618-917 - Dinastia Tang cria o Instituto de Medicina Imperial (Tai Yi Shu) com departamentos separados de

acupuntura, moxabustão e farmacologia (Fu weikang)• 624 - Início dos exames sistemáticos controlados pelo estado representado pelo Tai-yi-chou (grande serviço

médico) cujo quadro efetivo era de 349 funcionários (Beau)• 900 - Impressão com blocos de madeira (Ronan;Blunden;Elvin)• 1000 - Impressão c/ tipos móveis (Blunden;Elvin)• 1200 - impressão de ilustrações; publicações de trabalhos de botânica (Ronan)• 1500 - Hospitais colônias de leprosos (Ronan)• 1518-1593 (século XVI) - O médico Li Shizhen publica Compêndio de matéria médica (Ben Cao Gang Mu) com

recomendações da moxabustão para esquentar os canais e eliminar o frio e umidade. Inclui detalhada descrição dafarmacopéia até então conhecida, reunindo 443 produtos derivados de animais; 1074 substancias vegetais e 354produtos minerais. (Fu weikang; Beau)

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SATCMAdministração Estatal de Medicina Tradicional Chinesa da República Popular da China (SATCM - StateAdministration of Traditional Chinese Medicine of the People's Republic of China [2]) foi fundada em 1955. Afunção da organização é a de organizar a forma de treinar MTC profissionais médicos, fazer pesquisa acadêmica,explorar a tecnologia e proteger a propriedade intelectual.Destaca-se entre suas proposições formais:1. A formulação de estratégias, planos, políticas e normas relevantes para o desenvolvimento da medicina tradicionalchinesa (MTC) inclusive como patrimônio imaterial.2. Supervisionar os cuidados de saúde, prevenção de doenças, preservação da saúde e reabilitação, bem como aprescrição clínica do TCM, orientar, planejar e coordenar a estrutura das instituições MTC médicas e de pesquisa3. Para a realização do censo sobre a "matéria medica chinesa", bem como promover a sua protecção, exploração eutilização racional, com a formulação do plano de desenvolvimento industrial e as políticas industriais de apoio aoMTC, e instituição da lista de medicamentos essenciais.4. Para conduzir desenvolvimento internacional e a propagação do MTC, inclusive com a colaboração e cooperaçãocom Hong Kong, Macau e Taiwan.5. Para executar outras tarefas e ordens do Conselho de Estado e Ministério da Saúde.

Medicina tradicional Chinesa em Portugal

Farmácia chinesa Tong Sin Tong em Macau com letreiro bilíngue

Em Portugal a Medicina Tradicional Chinesa temvindo a ganhar adeptos e tornado-se uma das maisrecorrentes clínicas especializadas em técnicas detratamento de medicina alternativa e popular. Atradição da China - Portuguesa em Macau é umadas fontes ainda não completamente exploradas edimensionadas do "sincretismo" entre opensamento tradicional chinês e a culturaocidental. A tradução e adaptação de concepçõesdo pensamento chinês na língua portuguesa datampelo menos 400 anos, período em que essaRegião Administrativa Especial da RepúblicaPopular da China foi colonizada e administradapor Portugal. Observe-se porém que é recente odesenvolvimento de instituições públicas, como oCentro de Saúde do Fai Chi Kei, que incluemuma clínica de medicina tradicional chinesa desde1999.

Bibliografia

•• Beau, Georges. A Medicina Chinesa. RJ, Ed.Interciencia 1982

•• Blunden, C. Elvin M.. China o gigantemilenário RJ Fernando Chinaglia / Madrid. Del Prado, 1977

•• Eliade M. História das religiões. Vol. RJ Zahar ed.•• Eliade Mircea História das crenças e idéias religiosas Tomo II Vol I RJ, Ed Zahar

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• Gernet, J. O Mundo chinês, Pt, Lisboa – Br, RJ, Ed. Cosmo, 1975•• Ronan, Colin A. História Ilustrada da Ciência da Universidade de Cambridge (4vol.) vol 2 - Oriente, Roma Idade

Média RJ, Zahar Ed, 1987•• Ribeiro, Darcy O Processo Civilizatório, Etapas da Evolução Socio-Cultural. RJ, Ed Civilização Brasileira, 1975•• Temple, Robert K G. A inventividade Chinesa IN: Unesco, o Correio (ano 16 nº 12)O Gênio Científico da China.

RJ Unesco/Fundação Getúlio Vargas, 1988•• Weikang, Fu. Acupuntura y moxibustion - bosquejo histórico. Ediciones em lenguas extranjeras, Beijing, China,

1983

Ligações externas• Entrevista com Xiang Ping, Reitor da Universidade de Medicina Tradicional Chinesa de Nanquim [3]

• American Journal of Chinese Medicine [4]

• Os 28 pulsos patológicos [5]

• (em inglês) Famous Chinese Physicians [6]

• (em espanhol) Recomendações da OMS quanto à incorporação da medicina tradicional nos sistemas de saúde [7]

• (em chinês) State Administration of Traditional Chinese Medicine for the People's Republic of China [8]

Referências[1] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ School_of_Medicine,_Shanghai_Jiao_Tong_University[2] http:/ / www. satcm. gov. cn/ English2010/ structure/ 2010-10-06/ 150. html[3] http:/ / www. esmtc. pt/ content/ view/ 61/ 2/[4] http:/ / en. wikipedia. org/ wiki/ American_Journal_of_Chinese_Medicine[5] http:/ / www. ahau. org/ pulsologia. 0. html[6] http:/ / www. taijichinesemedicine. com/ TCMhistory. htm[7] http:/ / www. who. int/ gb/ EB_WHA/ PDF/ EB111/ seb111r12. pdf[8] http:/ / www. satcm. gov. cn/

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Yin-yang na medicina tradicional chinesaNota: se procura o conceito de Yin/Yang na Filosofia Chinesa, consulte Yin Yang.

Diagrama do Taiji Tu

Yin/Yang na Medicina Tradicional Chinesa

Os conceitos Yin e Yang estão presentes no mito de criação da terra ehumanidade, a história de Pan gu, e atribui-se seu mais antigo uso sistemático ao IChing. (Cooper, Kikuchi) Contudo não há dúvidas que o cánone básico de suaaplicação à medicina é o Nei Ching "o livro de imperador amarelo".

Lê-se, no Nei Ching: " O imperador Amarelo disse:“O princípio de Yin e do Yang - os elementos masculino e feminino da Natureza -é o princípio básico de todo o Universo. É o princípio de tudo quanto existe naCriação. Efetua a transformação para a paternidade; é a raiz e a fonte da vida eda morte, e também encontra-se no tempo dos deuses.

A fim de tratar e curar as doenças, há que investigar-se a sua origem. O céu foi criado por uma acumulação de Yang,o elemento da luz; e a terra foi criada por uma acumulação de yin o elemento das trevas. “

O Imperador Amarelo

O Nei Ching consiste basicamente no diálogo de Qi-bai (tambémgrafado Ch'i Po) com o imperador amarelo mas é voltado para asquestões práticas da adaptação ao clima, nutrição, emoções massobretudo num segundo tomo ou versão, o Su Wen, concentra-se naprática clínica, naturalmente com as metáforas e referências da épocaem que foi contado (tradição oral), escrito ou re-escrito nas distintasdinastias (Han, Tang). A título de exemplo observe-se a seguintecitação:

"O Imperador Amarelo pergunta: Ouvi dizer que o céu era Yang e aterra era Yin, que o sol era Yang e a lua era Yin. Como concordamelas, no homem?

Qi-bai responde: O que está acima dos rins (região lombar) dependedo céu; o que está abaixo da região lombar depende da terra. os 12vasos principais ((Jing - mai) correspondem assim aos 12 meses (12 ramos terrestres). A lua está em relação com aágua. Eis porque está situada em baixo é Yin"''

Iniciando assim a classificação dos meridianos em suas propriedades Yin e Yang. Esse livro para o qual existemalgumas traduções e sobretudo múltiplas versões, mantém uma unidade quanto ao tema que aborda e é nítida aidentificação da teoria de um conjunto de explicações sobre o processo saúde doença em relação ao Yin Yang,fatores patogênicos/terapêuticos organizados sob a forma de uma fisiologia ou dinâmica vital, (Madel Luz) onde seintegram com os conceitos de meridianos e a teoria dos cinco movimentos (elementos).O estudo das noções de oposição/correlação ou par de oposições tem uma longa história de aplicações em diversasáreas do saber, tanto na China antiga como atual a exemplo o Feng Shui, assim como no ocidente a exemplo estudosde filosofia, lógica, linguística (estrutural), teoria da informação, semiótica/semiologia, psicanálise e antropologia.

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Semiologia da dualidadeEm Semiologia a questão de reunir todas as oposições conhecidas na semiologia, em um modelo (paradigmático)binário, tido como universal (e por ser universal, natural) é discutida por Barthes (Barthes). Esse autor nos dáreferências que contestam essa universalidade sobretudo na lingüística. Não apresenta dados concretos, mas põe emdúvida a “Lei do tudo ou nada” da transmissão neuronal e o possível mecanismo neuro-cerebral de “operação porexclusão de alternativa” e principalmente a extensão desses princípios ... “edificando-se da natureza a sociedade umatradução digital” e não mais “analógica do mundo”... Ambos incertos (imprecisos) segundo ele. (Barthes)Barthes afirma entretanto, que o binarismo constitui um fato muito geral, e um princípio reconhecido a séculos, deque a informação pode ser veiculada por um código binário. Segundo ele a maioria dos códigos artificiais,inventados por sociedades muito diversas, foram binários desde o “Bush Telegraph” (principalmente o “TalkingDrum” das tribos congolesas de duas notas ) até o alfabeto morse e os atuais desenvolvimentos do “digitalismo”, oucódigos alternativos de “digits” da mecanografia e cibernética”. (Barthes)Para o antropólogo Claude Lévi-Strauss uma das primeiras sistematizações sobre associação por contrariedadeencontrada no estudo do totemismo (exogamia) como um traço universal do pensamento humano se deve a RadcliffeBrown (Lévi- Strauss).Refere-se também ao mérito da psicologia associonista de delinear os contornos dessa lógica elementar que é como“o menor denominador comum de todo pensamento” lhe faltando (a Radcliffe Brown) reconhecer que se tratava deuma lógica original, ”expressão do espírito e do cérebro”, análoga a álgebra de Boole, e que se estende bem além dasgeneralizações etnográficas do totemismo até as leis da linguagem e mesmo do pensamento (Levi-Strauss,Totemismo Hoje).

Yin/Yang e anatomiaQuanto a descrição e classificação anatômica a cultura chinesa possui ampla nomenclatura que descreve as diversaspartes, pontos, regiões, órgãos e sistemas do corpo onde os princípios do Yin - Yang são aplicados, diferenciandotanto as formas como funções, por exemplo:

O Chi circula através dos meridianos em umritmo estabelecido pela transformação do Yin em

Yang sucessivamente.

• Yin : lado direito; parte anterior (ventral); parte palmar; interiordo corpo; membros inferiores; tronco; cheio (sólido); órgãos/meridianos zang: fígado, coração, rim, pulmão, baço-pancreas,pericárdio.

• Yang: lado esquerdo; parte posterior (dorsal); parte volar;exterior; membros superiores; cabeça; oco, vazio (luz);órgãos/meridianos fu: intestino delgado, i. grosso, estômago,bexiga, vesícula - biliar, tríplice aquecedor (san jiao), cérebro,útero.

E assim se estende essa classificação tanto aos órgãos como aosprocessos fisiológicos normais e patológicos, abrangendo inclusiveuma série de sinais e sintomas que são utilizados no processodiagnóstico da medicina chinesa como será visto em seguida.Entretanto, é sempre bom lembrar que cada uma das funções ou órgãosaqui divididos em grupos Yin e Yang podem ser ainda subdivididos em sucessivas classificações.Por exemplo alguns órgãos como o coração e o rim possuem características Yang (Shao - jovem Yin) enquanto que opulmão e baço-pancreas características Yin (Tai - grande Yin) apesar de todos em sua constituição ser classificadoscomo Zang (órgãos) de natureza Yin.Analisando-se o coração pode-se ainda diferenciar o Yin cardíaco (a sístole - amassa muscular) do Yang cardíaco (a diástole, as cavidades) e assim sucessivamente.

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Eis uma breve síntese da aplicação desses conceitos ao conjunto de sinais e sintomas usualmente identificados nasemiologia médica.

• Yin: processos crônicos; tendência à obesidade; congestão; passiva; hipotermia; tonus muscular diminuído;flacidez; sensibilidade diminuída; pele úmida, fria; sonolência; voz apagada; pessimismo; olhar apagado;aspecto alquebrado; timidez; depressão; inibição; distensão; contração; equilíbrio estático; coma, estupor.

• Yang: processos agudos; tendência ao emagrecimento; inflamação; febre; tonus muscular aumentado;espasmo; sensibilidade aumentada; pele seca, quente; insônia; voz vibrante; otimismo; olhar brilhante; aspectoarrogante; desembaraço; ansiedade; excitação; tensão; dilatação; alteração dos movimentos; convulsão.

Diagnosticando através do sistema Yin - YangA partir da desarmonia e/ou interrupção do fluxo dessa energia (Yin/Yang) é que se pode estabelecer osdesequilíbrios endógenos e/ou a vulnerabilidade aos agentes agressores externos (frio, calor. Chi impuro, etc.)As síndromes Yin – Yang causadas por esse desequilíbrio, podem ser basicamente subdivididas por causas como:

•• tipo Xu (deficiência) ou seja aquelas provocadas por uma baixa resistência corpórea devida a hipofunção ouinsuficiência de certos materiais;

• e tipo Shi (excesso) indicando agressão por agente nocivo externo em presença de uma resistência orgânicanormal. (Livro dos 4 institutos; Auteroche - Navailh)

A preponderância do Yin sobre Yang em presença do fator patogênico Yin caracteriza a síndrome frio do tipo Shi(excesso).A deficiência da energia Yang com níveis adequados dos fatores Yin caracteriza a síndrome do frio tipo Xu(deficiência).A preponderância do Yang sobr Yin em presença do fator patogênico Yang caracteriza a síndrome do calor do tipoShi (excesso).A deficiência de Yin com níveis adequados da energia Yang caracteriza a síndrome do calor tipo Xu (deficiência).(Livro dos 4 institutos; Auteroche - Navailh)A caracterização Yin - Yang das diversas situações patogênicas e patológicas é essencial no processo diagnóstico,contudo para ser concluído e portanto permitir a melhor opção terapêutica que restabeleça o equilíbrio do organismofaz-se necessário identificar os fatores internos - meridianos ou órgãos atingidos bem como os agentes patogênicosaos quais o organismo está exposto.Na medicina chinesa as doenças são vistas como um desequilíbrio causado por agentes externos (vento, secura,calor, umidade e frio) associados a sentimentos ou estados emocionais (raiva, medo, alegria, “preocupação” etristeza) (Sussmann) a exemplo do reumatismo denominado como “doença” do frio da tristeza e da umidade; ouemoção depressiva levando o Chi do “fígado” (madeira) a invadir o “estômago” (fogo) causando gastrite; e ainda ovento penetrante no mar de medula causar uma paralisia equivalente ao que chamamos acidente vascular cerebralessas combinações são explicadas, como alterações do fluxo habitual de Chi (Yin ou Yang) que resultam no excessoou falta dessa energia nos diversos órgãos e meridianos. (Auteroche ; Navailh) Esses meridianos e suas relações sãotambém explicadas pela Lei dos 5 elementos que os classifica como água, fogo, terra, metal e madeira. (Livro dos 4institutos; Sussmann; Wen; Auteroche; Navailh)O prognóstico e terapêutica deve ainda levar em conta, além dos fatores ambientais e psicológicos a qualidade do Chi ancestral ou Jing Chi na síndrome Dian xian (vento da cabra louca) ou epilepsia considera-se a dimensão do dano ao Yin ancestral (pré natal) (Scott) nos remete para essa informação ao Su Wen do Nei Ching onde consta a observação que "o susto (surpresa, alegria) enquanto o bebê está no útero faz o Chi subir e perturbar o Yang puro dando origem à epilepsia" reforça essa idéia citando um livro médico da dinastia Ming o Zhou ZhiGan (Dádiva das almas) onde se lê: " Dian xian surge da insuficiência de Yin ancestral antes do céu (pré natal); o fígado patologicamente torna-se muito terra e lesa o coração" O coração pode ser afetado tanto por sentimentos tipo alegria

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e susto (surpresa) como pela energia que recebe do meridiano do fígado como foi referido. (Scott)Nas concepções populares de dano fetal susto, passar raiva, ter desejos não satisfeitos e podem explicar defeitoscongênitos.Os chineses identificavam também dano ao Chi ancestral nos quadros de retardo mental - "fraqueza da essência ousangue da mãe por insuficiência do Chi do útero que lesa o baço e/ou rins" Distinguem formas curáveis dos quadrosirreversíveis e também consideram a etiologia pós natal onde incluem a desnutrição causando deficiência do Chi e doSangue. (Scott)Ainda sobre processo diagnóstico e dimensão dos fatores exógenos Lê-se no Nei Ching: "Quando o Yang é maisforte, as pessoas podem suportar o inverno, mas não suportam o verão...quando o Yin é mais forte as pessoas podemsuportar o verão mas não suportam o inverno" O Ling Shu complementa esclarecendo que as doenças Yangacontecem no inverno (no caso tipo xu - deficiência) e as doenças Yin acontecem no verão identificando ainda 5agentes patogênicos, a saber:

•• O xié (fator patógeno) que penetra no Yang e provoca o Kuang (acesso maníaco).•• O xié (fator patógeno) que penetra no Yin e provoca o xué-bi (bloqueio de sangue).•• O agente patogênico que penetra no Yang e se transforma na doença do Dian (vértex), cefaléias, ou vertigens.•• O agente patogênico que penetra no Yin e transforma-se em "Yin" (afonia) perda da voz.• O agente patogênico do Yang que penetra no Yin suscita uma doença do equilíbrio (estática - o Yin representa

o repouso). O agente patogênico saindo pelo Yang, provoca uma doença de movimento (riso, cólera). O Yangconfigura o movimento."(Ling Shu / Ming Wong)

A teoria do Yin/Yang e as pesquisas atuais da medicinaEtnobiologia X cibernética da regulação nervosa

A rigor os conceitos Yin - Yang associados à Zang - Fu (Fou) são utilizados na doutrina médica e dinâmica vital damedicina tradicional chinesa. Cabe aos acupunturistas modernos integrar e verificar até que ponto a teoria chinesa doYin / Yang pôde dar conta das novas realidades orgânicas (inclusive molecular ou celular), sobretudo numaperspectiva da bio-cibernética da regulação orgânica.Tanto a fisiologia do estudo da compreensão da regulação homeostática como estudos da ação da acupuntura, podembeneficiar-se do estudo da teoria da informação e dos sistemas e cibernética . A cibernética, segundo Norbert Wiener,seu criador, é a ciência da regulação e controle no animal e na máquina). (Dumitrescu, Pires, Ashby).Os processos fisiológicos normais e patológicos podem ser abordados nesse sistema descritivo, classificatório datradição chinesa. Na MTC o homem é um microcosmo, e como tal, as leis cósmicas nele atuam como o fazem nanatureza. Ele tem suas variações de energia com seus próprios movimentos e ciclos para assegurar sua permanência eadaptação diante da entropia.Um claro exemplo da percepção chinesa dessa dinâmica são as descrições que assinalam o aumento da energia Yindurante a noite e Yang durante o dia, um padrão de organização temporal semelhante ao utilizado em neurofisiologiaque identifica o predomínio das ações do sistema nervoso simpático durante a vigília e o dia em oposição aopredomínio parasimpático durante o sono e à noite.Contudo ainda é uma hipótese ambiciosa relacionar a integração do Sistema Nervoso Autônomo (SNA) ao SistemaNervoso Central (SNC) e Endócrino aos padrões energéticos e cíclicos Yin - Yang pois os mecanismos que apontama existência de relógios biológicos ou marca passos internos dos ritmos do cérebro (a exemplo do núcleo supraquiasmático do hipotálamo) ou marcadores celulares do envelhecimento (telômeros?) apenas começam a serconhecidos pela neurociência.Um teoria consistente e aceita propõe que as duas grandes funções classicamente atribuídas ao sistema nervoso autônomo podem ser identificadas constituindo os sistemas ergotrópico (inicialmente indicado como mecanismos de

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fuga-luta) para mobilização e utilização de energia e Trofotrópico conservação retirada (reposição de energia),conforme a denominação proposta por Hess, 1957. (Engel)No primeiro o sistema ergotrópico envolve um conjunto de atividades metabólicas controladas por O ACTH(adrenocorticotrópico), 17OHS (hidroxicortisona), corticosteróides; Adrenalina, noradrenalina hormônioantidiurético a aldosterona hormônio tireóidiano, hormônio do crescimento; insulina estrogênios, testosteronametabólitos androgênicos.A ação do sistema trofotrópico em tese corresponde equivalente à ação do sistema parassimpático e/ou uma defesadas emoções ou ação do simpático. Para a sensação de fadiga e mecanismos do sono existem vários mecanismospropostos, sabe-se que todas as atividades do simpático e algumas do parassimpático estão inibidas, há algumdecréscimo da atividade motora e do tono muscular incluindo freqüência cardíaca mais lenta, pressão sangüínea maisbaixa e rendimento cardíaco reduzido, sensibilidade diminuída no centro respiratório a CO2, queda do pH e reduçãoda ventilação; redução da secreção e fluxo sangüíneo para o estômago e tubo intestinal; diminuição do estado deexcitação (atenção) queda aos níveis básicos ou abaixo destes da adrenalina, noradrenalina, ACTH, 17-OHS ehormônio do crescimento. (Engel)Numa síntese, sem dúvida precipitada, teríamos na classificação chinesa alguns fenômenos fisiológicos onde épossível identificar-se a função e natureza da informação:

• YIN: Sistema Trofotrópico: Atividade do centro de saciedade nutricional - Hipotálamo ventro-medial; SistemaNervoso Parassimpático; Acetilcolina; Glucagon; hormônio tireoestimulante em processo de elevação dianteda diminuição do nível sérico dos hormônios tireoidianos.

• YANG: Sistema Ergotrópico: Atividade do centro do apetite - Hipotálamo lateral; Sistema NervosoOrtossimpático; Adrenalina – Noradrenalina; Insulina; hormônio tireoestimulante em processo de reduçãodiante da elevação do nível sérico dos hormônios tireoidianos.

Esse estudo requer uma atenção especial para semelhança entre ação antagonista de um sistema e agonista do outroou seja conseguimos um mesmo efeito estimulando um sistema ou inibindo seu oposto. Na linguagem bináriapavloviana, podemos excitar ou inibir cada um dos processos seja de excitação ou inibição. A imagem do choque deondas circulares de diferentes origens num lago ilustra a idéia do processo de propagação de mensagens entrepopulações de neurônios tal qual a metáfora da energia nos meridianos.Além de proporcionar modelos de comparação / explicação para os efeitos da acupuntura no condicionamentoseletivo da salivação, outros hábitos digestivos, cardiovasculares, posturais e sobretudo permitindo comparar com oefeito de drogas antiinflamatórias e analgésicas.Há notável semelhança no uso dos conceitos de excitação e inibição. No sistema de classificação chinês dos órgãosZang - Fou (Fu).

• YIN: Atividade dos órgãos ZANG: Depuração, Redistribuição e Armazenamento do Chi e das substanciafundamentais (sangue e fluidos corpóreos)

• YANG: Atividade dos órgãos FU: Produção de energia, Recepção, digestão de alimentos, Condução eexcreção de resíduos

Apesar das diversas semelhanças e coincidências, não se deve esquecer que a medicina tradicional chinesa é umsistema, completo em si, quanto a diagnóstico e tratamento, ou seja possui seus próprios métodos de identificar eclassificar os diversos sinais e sintomas em diferentes conjuntos ou síndromes, adotando diferentes procedimentos outécnicas para cada caso.

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Veja também•• Chi•• Yin Yang (Filosofia)• Huangdi O Imperador Amarelo•• Acupuntura•• Vazio de qi•• Vazio de yang•• Vazio de yin•• Medicina Tradicional Chinesa•• História da acupuntura•• Antropologia médica•• Acupuntura médica•• Acupuntura e psicologia•• Sistema nervoso autônomo

Bibliografia•• Ashby, W. Ross.. Introdução à cibernética. SP, Perspectiva, 1970•• Astrup, Christian. Psiquiatria Pavloviana, A reflexologia atual na prática psiquiátrica. RJ, Livraria Atheneu, 1979•• Auteroche, B ; Navailh. O Diagnostico na Medicina Chinesa São Paulo, Org. Andrei Ed 1986•• Barthes, Roland. Elementos de Semiologia. São Paulo, Ed Cultrixx•• Capra, Fritjof. O Tao da física. SP, Ed. Cultrix, 1995• Costa, Paulo Pedro P.R. O "mar de dentro" um estudo da concepção de cérebro, mente e espírito no sistema

etnomédico chinês. Ba Monografia (TCC) apresentada à Clínica Escola Científica de Acupuntura - CLIMA /ABA Associação Brasileira de Acupuntura – Seção da Bahia orientador: Jurecê Jorge Machado, 2003.

•• Dumitrescu, Ioan Florin. Acupuntura científica moderna. SP, Andrei, 1996•• Engel, Geoger L. Nervosismo e Fadiga. in: Mc BrideC.M.; Blacklow R.S.. (org.) Sinais e Sintomas. RJ,

Guanabara Koogan, 1975• Hess, Walter Rudolf. The Functional Organization of the Diencephalon. NY, Grune and Statton, 1957 apud:

Engel, G. L.,1975 Nobel Lecture, 1949 [1]

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Chinesa de Shanghai; Escola de Medicina Tradicional Chinesa de Nanjig; Academia de Medicina TradicionalChinesa. Fundamentos essenciais da acupuntura chinesa. SP, Ed. Ícone, 1995

•• Nan-Ching, o clássico das dificuldades, tradução e notas de Unschuld, Paul U.SP, Roca, 2003•• Nei Ching, o livro de ouro da medicina chinesa. RJ, Ed Objetiva LTDA, 1989•• Wen, Ton Sintan. A Acupuntura Clássica Chinesa. São Paulo Cultrix 1985•• Weikang, Fu. Acupuntura y moxibustion - bosquejo histórico. Ediciones em lenguas extranjeras, Beijing, China,

1983

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Referências[1] http:/ / nobelprize. org/ nobel_prizes/ medicine/ laureates/ 1949/ hess-lecture. html

Vazio de qi

Sintomas funcionais de Vazio de Qi•• Astenia•• Esgotamento pelo esforço•• Suor espontâneo

Sintomas clínicos de Vazio de Qi•• Língua pálida•• Pulso fino•• Cara pálida

Vazio de yangO Vazio de Yang é, de acordo com a Medicina Tradicional Chinesa, um estado agravado de Vazio de Qi.

Sintomas funcionais de Vazio de Yang•• Astenia - A astenia em Vazio de Yang é mais acentuada e grave que em Vazio de Qi. Há uma clara incapacidade

de fazer tarefas; coisas que se faziam antes deixam de se fazer.•• Suor espontâneo - A falta de energia à superfície do corpo faz com que os poros da pele não se fechem levando a

um extravasamento de líquidos orgânicos.•• Lentidão - Clara lentidão nos movimentos.•• Frio - Frio generalizado ou localizado nas mãos e pés. É freqüente ter também frio na zona lombar. Este

parâmetro inclui tanto o frio objetivo (sentido através da palpação) como o frio subjetivo (quando o paciente tema sensação de frio). Ambos têm igual valor semiológico.

•• Polaquitúria - O paciente tem necessidade de urinar freqüentemente e em pequenas quantidades. Bastante típicoem Vazio Yang.

• Edema - Retenção de líquidos orgânicos.•• Fezes moles - Quando a energia Yang está deficiente o organismo não consegue moldar as fezes. Em casos graves

pode haver diarreia.

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Vazio de yang 29

Sinais clínicos de Vazio de Yang•• Língua pálida e inchada - A língua fica mais volumosa. Também é freqüente verificar neste sintoma, a língua

marcada pelos dentes na zona lateral e frontal. O inchaço aumenta de Vazio de Qi para Vazio de Yang.•• Pulso fino, lento e profundo•• Cara pálida e cinzenta

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