tamisação

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Farmácia Tamisação

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Page 1: Tamisação

Farmácia

Tamisação

SALVADOR2013

Page 2: Tamisação

Farmácia

Cleijane Lima Vasconcelos

Tamisação

Trabalho apresentado à disciplina Tecnologia Farmacêutica do curso de Farmácia da União Metropolitana de Educação e Cultura - UNIME, como requisito parcial de avaliação da disciplina, sob orientação da Prof.ª Msc. Maria da Conceição .

SALVADOR, 2013

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Tamisação

A tamisação também conhecida como peneiração, diz respeito a um

processo de separação de mistura sólida, onde estes podem ter dimensões

diferentes. Essa técnica de separação tem como objetivo principal tornar

homogêneo o tamanho das partículas, serve para separar os produtos em pó

em frações de diferentes tamanhos, para análise do tamanho de partículas

(análise granulométrica) e ainda para determinar a distribuição de tamanhos

de produtos granulares Para que esse processo seja desenvolvido utilizam-se

os tamises.

Outro conceito de tamisação segundo Prista é que esta é um dos

métodos mecânicos existentes, para separar sólidos ou partes de uma

substância sólida que apresente grãos com dimensões diferentes ou para

desfazer pequenos aglomerados de substâncias que por qualquer razão

apresentam alguns bocados compactos, quando deviam se apresentar na

forma de pó.

A tamisação é uma operação muitíssima importância para a tecnologia

farmacêutica, pois, trata-se de um processo muito usado na fabricação de

medicamentos, na indústria farmacêutica, em farmácias de manipulação e

ainda em preparo de alimentos. Esse mecanismo de reparação pode ainda ser

introduzido em outras aplicações como: manipulados, em construções civis

onde o pedreiro separa a areia das sujeiras (pedras, folhas, etc).

Ao ser executado a tamisação pode-se utilizar uma ou várias peneiras.

Na utilização de uma peneira ocorre a separação apenas de duas frações que

são conhecidas como não classificadas, nesta somente uma das medidas

extremas de cada fração é conhecida (a da maior partícula da fração fina e a

menor da fração grossa). Quando se utiliza várias peneiras já é possível obter

frações classificadas, cada uma das quais satisfazendo as especificações de

tamanho máximo e mínimo das partículas.

As peneiras ou tamises podem ser classificados em fixas ou móveis.

Fixas: subdividem-se em grelhas fixas e peneiras DSM.

Grelhas fixas: diz respeito a um conjunto de barras paralelas

espaçadas por um valor pré-determinado, e inclinadas na direção do

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fluxo da ordem de 35° a 45°. Sua eficiência é normalmente baixa

(60%), porque não havendo movimento da superfície não ocorre a

estratificação, que facilita a separação.

Peneiras fixas: as peneiras fixas DSM (Dutch State Mines) são

utilizadas para desaguamento de suspensões e para uma separação

precisa de suspensões de partículas finas. Esta compreende uma

base curva formada por fios paralelos entre si, formando um ângulo

de 90° com a alimentação. A alimentação é feita por bombeamento

na parte superior da peneira sendo distribuída ao longo de toda a

extensão da peneira.

Móveis: estão divididas em grelhas, peneiras rotativas e peneiras

vibratórias.

Grelhas- ocorre semelhante às grelhas fixas, mas sua superfície está

sujeita a vibração.

Peneiras rotativas (trommel) - estas peneiras possuem a superfície

de peneiramento cilíndrica ou ligeiramente cônica, que gira em torno

do eixo longitudinal. O eixo possui uma inclinação que varia entre 4°

e 10°, dependendo da aplicação e do material nele utilizado. Podem

ser operadas a úmido ou a seco. As principais vantagens destas

peneiras são sua simplicidade de construção e de operação, seu

baixo custo de aquisição e durabilidade.

Peneiras vibratórias - o movimento vibratório é caracterizado por

impulsos rápidos, normais à superfície, de pequena amplitude (1,5 a

25 mm) e de alta freqüência (600 a 3.600 movimentos por minuto),

sendo produzidos por mecanismos mecânicos ou elétricos. As

peneiras vibratórias podem ser divididas em duas categorias: aquelas

em que o movimento vibratório é praticamente retilíneo, num plano

normal à superfície de peneiramento (peneiras vibratórias

horizontais); e aquelas em que o movimento é circular ou elíptico

neste mesmo plano (peneiras vibratórias inclinadas).

No processo de tamisação o fio tem um diâmetro definido que se pode

afastar dentro dos limites dmax e dmin definido, não podendo haver reação entre

o tamis e o produto a tamisar. A Série Tyler é a mais comumente utilizada no

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Brasil. É constituída de quatorze peneiras e tem como base uma peneira de

200 malhas por polegada (200 mesh), feita com fios de 0,053 mm de

espessura, o que dá uma abertura livre de 0,074 mm. Quando se passa de

uma peneira para a imediatamente superior (por exemplo da de 200 mesh para

a de 150 mesh), a área da abertura é multiplicada por dois e, portanto, o lado

da malha é multiplicado por raiz quadrada de dois, como pode ser observado

na tabela abaixo:

Malha Abertura livre (mm) Diâmetro do fio (mm)

3 6,680 1,784 4,699 1,656 3,327 0,9148 2,362 0,81310 1,651 0,89914 1,168 0,63520 0,833 0,43728 0,589 0,31835 0,417 0,31048 0,295 0,23465 0,208 0,183100 0,147 0,107150 0,104 0,066200 0,074 0,053Panela < 0,074 < 0,053

Entende-se por malha é a unidade constitutiva de um determinado

tecido, sendo igual à soma do diâmetro do fio com a distância que separa dois

fios consecutivos

Quando maior for a abertura de malha: Retém o pó de maior

granulometria = < tenuidade e quanto menor for a abertura de malha: Retém o

pó de menor granulometria = > tenuidade. Quanto ao grau de tenuidade os

pós geralmente são baseados na retenção ou passagens das partículas pelos

diversos tamises.

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Anexos

Uma Peneira: Frações não classificadas Peneira Fixa

Peneira Móvel Peneira Rotativa

Peneira Vibratória

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Referências

ANSEL. H.C et al FARMACOTÉCNICA, Formas Farmacêuticas e Sistemas de

Liberação de Fármacos. 6. ed, Premier, São Paulo, p. 180-181, 2000.

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAYdsAB/tecnica-farmaceutica-farmacia-

galenica-vol-i

http://www.fapi.br/conteudo/conteudo_programatico/farmacia/cpsp-

granulometria_de_um_po-jucimara.pdf

FARMACOPÉIA Brasileira. 4 ed. Parte I. São Paulo: Atheneu, 1988

PRISTA. L. Nogueira. ALVES, A. Correia. Técnica Farmacêutica e Farmácia

Galénica. 4. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1992.

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TAMISAÇÃO

A tamisação é uma operação que se pratica no decurso da pulverização e que tem por fim obter pós cujas partículas tenham um determinado tamanho médio. Do ponto de vista farmacêutico, a tamisação constitui o elemento responsável para a calibração das partículas resultantes da divisão de uma droga. Esta operação representa um dos mais importantes elos da cadeia de operações que é necessário realizar para se obterem os pós, não sendo exagerado afirmar-se que sem tamisação não é possível a preparação de pós farmacêuticos. A tamisação é, portanto, a operação que permite individualizar o pó, pois este deve ser um conjunto bastante homogêneo de partículas tendo um determinado diâmetro.

O processo de pulverização limita-se a fragmentar a substancia, servindo a tamisação para separar aquelas partículas que apresentam as dimensões próprias da classe de pó que se pretende obter. Duma maneira geral, a redução de uma droga a pequenos fragmentos não é instantânea, ou, por outras palavras, a pulverização não consegue transformar a totalidade da substancia, numa mesmo momento, em partículas apresentando todas o mesmo grau de tenuidade. Isto é particularmente observável no caso das drogas de origem vegetal, cuja estrutura é bastante heterogênea, pois na sua constituição figuram variadas formadas histológicas, com textura muito diferente.

Tamises

Os instrumentos utilizados para fazer uma tamisação denominam-se tamises e são constituídos por um aro de diâmetro variável, tendo, geralmente, 15 cm de altura e apresentando uma das extremidades fechado por um tecido aplicado de modo a ficar bem tenso. Este tecido representa a parte fundamental do tamis, pois é ele que, em função da abertura das respectivas malhas, permite a separação submetida á tamisação consoante os seus diâmetros.

Os tecidos utilizados na fabricação dos tamises são constituídos por fios da mais variada natureza, como ferro galvanizado, latão, aço inoxidável, seda, crina ou fibras sintéticas, sendo de notar que tanto a abertura das malhas dos tecidos como a homogeneidade dos pós que originam depende do material utilizado. Assim, os fios de ferro servem para a preparação de tamises que recebem a designação de crivos. Por sua vez, as redes de fios de latão originam pós bastante homogêneos, de tenuidade intermediaria, ao passo que os tecidos de seda são os utilizados na fabricação dos tamises de malhas mais apertados; os tecidos feitos de crina são irregulares, susceptíveis de se deformarem, originando, por conseguinte, pós caracterizados por falta de homogeneidade das respectivas partículas.

Na prática farmacêutica usam-se duas espécies de tamises, denominadas, respectivamente, tamises simples e tamises cobertos. Os tamises completos cobertos devem ser empregados sempre que as drogas a tamisar sejam irritantes ou tóxicas e são constituídos de modo a formar um conjunto fechado que evita a disseminação das partículas. A tamises cobertas devem ser empregadas sempre que as drogas a tamisar

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sejam irritantes ou tóxicas e são constituídas de modo a formar um conjunto fechado que evita a disseminação das partículas na atmosfera, impedindo, assim, que elas entrem em contato com os olhos, o nariz e a boca do operador, partes do organismo onde a sua ação se faz imediatamente.

Classificação dos tamises

As peneiras ou tamises podem ser classificados em fixas ou móveis.

Fixas: subdividem-se em grelhas fixas e peneiras DSM.

* Grelhas fixas: diz respeito a um conjunto de barras paralelas espaçadas por um valor pré-determinado, e inclinadas na direção do fluxo da ordem de 35° a 45°. Sua eficiência é normalmente baixa (60%), porque não havendo movimento da superfície não ocorre a estratificação, que facilita a separação.

* Peneiras fixas: as peneiras fixas DSM (Dutch State Mines) são utilizadas para desaguamento de suspensões e para uma separação precisa de suspensões de partículas finas. Esta compreende uma base curva formada por fios paralelos entre si, formando um ângulo de 90° com a alimentação. A alimentação é feita por bombeamento na parte superior da peneira sendo distribuída ao longo de toda a extensão da peneira.

Móveis: estão divididas em grelhas, peneiras rotativas e peneiras vibratórias.

* Grelhas- ocorre semelhante às grelhas fixas, mas sua superfície está sujeita a vibração.

* Peneiras rotativas (trommel) - estas peneiras possuem a superfície de peneiramento cilíndrica ou ligeiramente cônica, que gira em torno do eixo longitudinal. O eixo possui uma inclinação que varia entre 4° e 10°, dependendo da aplicação e do material nele utilizado. Podem ser operadas a úmido ou a seco. As principais vantagens destas peneiras são sua simplicidade de construção e de operação, seu baixo custo de aquisição e durabilidade.

* Peneiras vibratórias - o movimento vibratório é caracterizado por impulsos rápidos, normais à superfície, de pequena amplitude (1,5 a 25 mm) e de alta frequência (600 a 3.600 movimentos por minuto), sendo produzidos por mecanismos mecânicos ou elétricos. As peneiras vibratórias podem ser divididas em duas categorias: aquelas em que o movimento vibratório é praticamente retilíneo, num plano normal à superfície de peneiramento (peneiras vibratórias horizontais); e aquelas em que o movimento é circular ou elíptico neste mesmo plano.

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Farmácia

Allana de Marcos dos Santos

Tamisação

Trabalho apresentado à disciplina Tecnologia Farmacêutica do curso de Farmácia da União Metropolitana de Educação e Cultura - UNIME, como requisito parcial de avaliação da disciplina, sob orientação da Prof.ª Msc. Maria da Conceição.

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Referencia Bibliográfica

L. NOGUEIRA PRISTA. Tecnologia Farmacêutica.