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Ciências Sociais Génese, Fundamentos e Problemas Introdução à Metodologia das Ciências Sociais EDIÇÕES SÍLABO Paula do Espírito Santo Introdução à Metodologia das 2ª Edição Revista e atualizada

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Ciências

SociaisGénese, Fundamentos e Problemas

Introdução à Metodologia das Ciências Sociais – Génese, Fun-

damentos e Problemas apresenta um conjunto de conceitos,

ferramentas e técnicas de base da metodologia das ciências

sociais. Debruça-se sobre a génese, fundamentos e proble-

mas das técnicas e conceitos em análise de modo a proje-

tar-lhes um sentido analítico e utilitário. Depois de expostos

os primeiros percursos, aplicações e desenvolvimentos do

método científico são introduzidos os métodos qualitativos,

a política comparada, a análise de conteúdo e os inquéritos

e sondagens de opinião como grandes temáticas técnicas e

conceptuais da metodologia das ciências sociais.

Paula do Espírito Santo é Doutorada e Agregada pelo Instituto Superior de

Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa (ULisboa), onde

também leciona, e colabora, ainda, como docente no Instituto Superior de

Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) assim como em Universidades

estrangeiras. De entre os contributos em livro mais recentes destaquem-se:

(coeditora) (2015),

(2008) e

(2006).

Beyond Internet – Unplugging the protest movement wave

Estudos de comunicação política – Análise de conteúdo da mensagem na

campanha e pós-campanha eleitoral nas eleições presidenciais Socio-

logia política e eleitoral – Modelos e explicações de voto

Intro

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Me

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EDIÇÕES SÍLABO

Paula do Espí r i to Santo

Introdução à Metodologia das

Ciências

Sociais

Introdução à Metodologia das

2ª EdiçãoRevista e atualizada

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Aos meus pais Deolinda e Álvaro, sempre

Ao Oleg, ao nosso filho Aleksandr Ao futuro

«(...) A ação que mais implica a semelhança ou dis-semelhança entre vários indivíduos é aquela que, sendo a mais natural, a mais geral e a mais repetida, seja ao mesmo tempo a que represente o que cada indivíduo haja de mais profundo».

Fernando Pessoa. Páginas de Pensamento Político – 1 – 1910-1919, «Para a Teoria do Sufrágio Político». Organização, Introduções e Notas de António Quadros. Lisboa: Edições Europa-América, p. 224.

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Introdução à Metodologia

das Ciências Sociais

Génese, Fundamentos e Problemas

PAULA DO ESPÍRITO SANTO

2ª EDIÇÃO Revista e atualizada

EDIÇÕES SÍLABO

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É expressamente proibido reproduzir, no todo ou em parte, sob qualquer forma ou meio, NOMEADAMENTE FOTOCÓPIA, esta obra. As transgressões serão passíveis das penalizações previstas na legislação em vigor.

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www.silabo.pt

Editor: Manuel Robalo

FICHA TÉCNICA Título: Introdução à Metodologia das Ciências Sociais – Génese, Fundamentos e Problemas Autora: Paula do Espírito Santo Capa: Pedro Mota 1ª Edição, Lisboa, outubro de 2010. 2ª Edição, Lisboa, outubro de 2015. Impressão e acabamentos: Cafilesa – Soluções Gráficas, Lda. Depósito Legal: 398844/15 ISBN: 978-972-618-825-4

EDIÇÕES SÍLABO, LDA. R. Cidade de Manchester, 2 1170-100 Lisboa Telf.: 218130345 Fax: 218166719 e-mail: [email protected] www.silabo.pt

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Índice

NOTA PRÉVIA 7

Capítulo 1 Primeiros percursos, aplicações e desenvolvimentos do método científico

1. Método e metodologia 13

2. Atitude científica e humanidade 15 3. Âmbito temporal e contributos pioneiros 17 4. Fundamentos: o caso da metodologia política 22

Capítulo 2 Métodos qualitativos

1. Âmbito 27 2. Génese da aplicação dos estudos qualitativos 28 3. Pressupostos metodológicos 31 4. Problemas de conceção e implementação 34

Capítulo 3 Política comparada

1. Âmbito 41 2. Génese e contextos de investigação do método comparativo 49 3. Pressupostos metodológicos 54 4. Problemas de implementação 62

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Capítulo 4 Métodos quantitativos: análise de conteúdo

1. Âmbito 67

2. Génese e importância dos estudos de comunicação e política 75 3. Pressupostos metodológicos 82 4. Problemas de implementação 112

Capítulo 5 Métodos quantitativos: inquéritos e sondagens

1. Âmbito 123 2. Génese: a importância das condições políticas e contextuais 124 3. O desenvolvimento das sondagens em Portugal 131 4. Pressupostos metodológicos e problemas de implementação 137

BIBLIOGRAFIA 159

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Nota Prévia

A evolução do conhecimento em ciência caminha a par com a evolu-ção do método. A história das ciências sociais faz-se, paralelamente, com a dos avanços do método e pode ser melhor compreendida à sua luz. Nos seus primórdios e ao longo do seu desenvolvimento as ciências sociais assim como o desenvolvimento do método entrecruzaram os seus avan-ços. Tanto é assim que deve lembrar-se o seguinte:

⎯ A aplicação dos métodos qualitativos nas ciências sociais permitiu que se compreendessem novos enfoques analíticos apenas pers-crutáveis de acordo a profundidade permitida através daqueles.

⎯ A política comparada abriu um alcance amplo, e sempre contras-tante, a múltiplas temáticas da ciência política e da sociologia política.

⎯ O nascimento das técnicas da sondagem e do inquérito à opinião pública bem como o progresso dos mecanismos ou procedimentos de natureza estatística associados à amostragem e à conceção de questionários foram condição sine qua non para o desenvolvi-mento, numa perspetiva empírica, de ciências como a sociologia e a ciência política.

⎯ Autores de referência pioneiros e contemporâneos das ciências sociais, à medida que avançaram em diversos objetos de investi-gação, deram contributos significativos na área da metodologia ao nível das suas diversas técnicas.

Com o presente contributo, que se pretende sintético e descritivo sobre o método nas ciências sociais, procura-se um objetivo essencial que é o de esclarecer contornos metodológicos no que se refere a técnicas cor-rentes naquela área. O objetivo da presente análise não é o de acumular e esgotar contribuições teóricas, correntes ou autores mas fazer uma sele-ção daqueles que consideramos pertinentes para continuar a reabrir um espaço útil de reflexão nas ciências sociais.

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Em relação à importância de cada caminho e das suas fronteiras gos-taríamos de referir que conhecer e dar a conhecer vários caminhos pode permitir fazer de cada opção ou opções técnicas, em cada investigação, uma construção pensada e partilhável e mais conhecedora das possibili-dades metodológicas ajustáveis. Em ciência deve procurar-se a clareza, a simplicidade e a fundamentação metodológica, e contrariar o obscuran-tismo e a arbitrariedade. A inventariação do método, por um lado, e a exposição das opções possíveis e seguidas, por outro, permite clarificar percursos e consolidar a validade do caminho escolhido. O desenvolvi-mento da ciência deve caminhar a par com o do método sendo que as fra-gilidades da autonomia de cada área científica podem entroncar a mon-tante nas das suas técnicas.

É importante referir também a seguinte preocupação que se prende com o método e que assume uma importância fundamental em ciência e nas ciências sociais em particular. Ao longo do contributo presente procu-rar-se-á trilhar um caminho onde cada autor, cada corrente, cada opção analítica tenha um espaço que não se confunda com os demais contributos que lhe sejam paralelos mas não intersetantes. Com isto queremos salientar que, em ciência, teorias, abordagens e autores devem ser confrontados quando for pertinente e teoricamente possível, respeitando-se, no entanto, os limites conceptuais e metodológicos de fronteira. Aquele cuidado é fundamental à coerência científica e, claro está, à coerência metodoló-gica.

Apesar da segmentação das ciências sociais, em geral, em grandes tipos de métodos assentes nos métodos qualitativos e quantitativos, não quisemos deixar de ter em conta a especificidade das abordagens corren-tes no âmbito da sociologia política e da ciência política, como é o caso da política comparada e da análise de conteúdo. Ao longo da história do desenvolvimento do método em ciências sociais diversas organizações do método têm sido consideradas. O exemplo paradigmático do contributo de Max Weber, no início do século XX, abriria o átrio neste plano vital e permanente ao desenvolvimento científico nas ciências sociais que é o método, ao dividir este em função da forma de tratamento dada aos con-teúdos, considerando os métodos empíricos e os métodos interpretativos. A segmentação do método por que optámos perfilha alguns contributos de referência situados na área do método em estudos políticos. Este é o caso de Gregory Scott (1997) que no âmbito dos métodos em ciência política considerou as áreas da ‘perspetiva comparativa’ e dos ‘métodos quantitativos’. Por seu lado, Marsh e Stoker (1995) consideraram o método estruturado em ‘análise qualitativa’, ‘métodos quantitativos’ e

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‘método comparativo’. Noutras classificações existe em comum o facto de o método comparativo aparecer quase sempre autonomamente e para-lelamente às demais matérias. É o caso da classificação de Duverger em obra dedicada aos métodos em ciência política.

A obra presente está dividida em cinco capítulos:

⎯ No Capítulo 1 analisam-se percursos, aplicações e desenvolvimen-tos do método, no que se refere à importância do método e da metodologia, à atitude científica, ao âmbito temporal e primeiros contributos sobre o método e aos aspetos genéricos de organiza-ção do método na área em análise.

⎯ No Capítulo 2 analisam-se os métodos qualitativos desde a sua génese, passando pelos pressupostos metodológicos e pelos pro-blemas de conceção até à sua implementação.

⎯ O Capítulo 3 centra-se na política comparada. Aqui destaca-se a importância da génese e contextos de aplicação do método compa-rativo, analisando-se também os pressupostos metodológicos assim como os seus problemas de implementação.

⎯ No Capítulo 4 tratam-se os métodos quantitativos, especifica-mente, no que se refere à técnica de análise de conteúdo. Além da génese e importância nos estudos políticos também se analisam os pressupostos metodológicos assim como os seus problemas de implementação.

⎯ No Capítulo 5 analisam-se os métodos quantitativos no que se refere aos inquéritos e sondagens de opinião. O âmbito, a génese, o caso português, as suas condicionantes políticas e legais assim como os pressupostos e problemas de implementação são os aspetos destacados neste capítulo.

Quanto à análise de conteúdo e ao seu enquadramento nos métodos quantitativos há a salientar o seguinte. Apesar dos contributos que desta-caram as vantagens e a necessidade de acentuar a vertente qualitativa da análise de conteúdo, a partir da década de 50, e sobretudo de 80, com referências como Krippendorf, aquela técnica continua a ter uma matriz quantitativa predominante e essencial. Esta vertente acaba por ser recor-rente, pelas características e objetivos da técnica concretizados em grande parte das análises que se efetuam. Desta forma, tendencialmente, em obras de natureza empírica que incluem o tratamento dos métodos, onde é corrente a dicotomia entre métodos quantitativos e qualitativos, a análise de conteúdo continua a ser enquadrada nos métodos quantitativos. A título ilustrativo, refira-se que para além da classificação de Duverger que

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compreende esta técnica nos métodos quantitativos, contributos posterio-res como Scott (1997), Riffe, Lacy e Fico (1998), Berger (2000) e Wrench et al. (2008) também o fizeram. Conscientes da importância da sua vertente qualitativa optámos também por incluir a análise de conteúdo nos ‘métodos quantitativos’.

O contributo presente procura avivar, com a necessária característica de síntese, o ‘estado da arte’ em matéria de métodos em termos de objeti-vos e potencialidades dos mesmos, começando por relevar ainda um conjunto de referências clássicas, em termos de génese nas principais vertentes consideradas. Em termos de aplicação do método, a nível de investigação empírica, existe uma ressalva essencial que é a de que o método deve ser pensado, em simultâneo e paralelamente, aos objetivos e conteúdos. O método deve ajustar-se à procura, à análise, à investigação, aos contextos. O método deve estar presente na medida em que os seus pressupostos são desencadeadores e condicionantes da descoberta. Daí que o método deve ser exposto previamente à apresentação de conteúdos, em ordem a melhor compreender o alcance destes. O método condiciona, decisivamente, o ângulo da descoberta. Na investigação científica assim como na vida, os objetivos devem nortear os percursos, desencadeando o ajustamento dos meios aos mesmos. Objetivos, meios e resultados, com esta sequência, devem constituir a ordem ética e pragmaticamente mais útil à evolução científica. Com esta ordem pode trabalhar-se no sentido de melhor conciliar as partes diversas do conhecimento científico referentes a temáticas e objetos de estudo determinados. Compreendemos que em ciência deve procurar dar-se espaço aos demais contributos para nos encontrarmos verdadeiramente com estes e depois connosco. A partir daí deve procurar-se trilhar um caminho adequado e chegar à construção de um espaço próprio. A este propósito, a seguinte ilação de Einstein é fun-damental para o entendimento do espírito científico, da análise científica e, em particular, do método científico. Em 1921 Einstein recebeu o pré-mio Nobel da Física «pelos seus contributos à física teórica e especial-mente pela descoberta da lei do efeito fotoelétrico» (Freud, Einstein, 1933: 89). Aquando da entrega do prémio Nobel, um jornalista perguntou ao génio da teoria da relatividade como justificava dar um passo tão grande na ciência. Albert Einstein respondeu que se tinha chegado mais longe foi «porque estava aos ombros de gigantes». Standing on the shoul-ders of giants, expressão atribuída ao filósofo, do século XII, Bernard de Chartres seria utilizada por vários pensadores, tais como John of Salis-bury, em 1159, em Metalogicon; Isaac Newton, em 1675 em carta ao seu colega Robert Hooke; em título de obra do sociólogo Robert Merton,

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1965, On the Shoulders of Giants – A Shandean Postscript; ou ainda em título da obra de Stephen Hawking On the Shoulders of Giants: The Great Works of Physics and Astronomy. O sentido na metáfora «aos ombros de gigantes» tem-nos inspirado em relação o estudo do alcance e pragmatismo da ciência e do seu método em ciências sociais.

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PRIMEIROS PERCURSOS, APLICAÇÕES

E DESENVOLVIMENTOS DO MÉTODO CIENTÍFICO

1. Método e metodologia

A distinção entre método e metodologia torna-se importante tanto quanto o âmbito de ambas deve ser confinado de modo a melhor opera-cionalizar princípios, pressupostos e problemas basilares de investigação.

O método procura traduzir uma conceção global de planeamento de uma investigação que compreende, em primeiro lugar, um caminho de investigação apropriado e validado face a objetivos, meios, resultados esperados da mesma e contexto de implementação, incluindo a definição e operacionalização de conceitos e a formulação de hipóteses. A noção de método deve incluir também, em segundo lugar, o planeamento e concre-tização de uma ou mais técnicas e procedimentos.

A metodologia em ciências sociais corresponde ao estudo sistemático dos métodos, concretizados em diferentes técnicas válidas e validadas permanentemente, métodos aqueles que devem ser planeados e apropria-dos aos objetos de análise de cada disciplina, em ordem à revisão perma-nente e crítica do conhecimento científico. A noção de metodologia pres-supõe os seguintes elementos:

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⎯ uma atitude de reconhecimento da necessidade de apropriação dos métodos atinentes à consecução da investigação nas diversas áreas das ciências sociais,

⎯ a distinção de método e técnicas,

⎯ a importância da atitude crítica e permanente de revisão do conhe-cimento científico.

Existe um conjunto de contribuições primárias e primordiais funda-mentais para a clarificação acerca da metodologia e do método. A este propósito, a noção de Holzner (1964: 425) acerca de metodologia traduz que esta é «o estudo sistemático dos princípios que guiam a investigação científica. Aquela não deve ser confundida com (a) teoria substantiva uma vez que aquela apenas está interessada nos campos gerais para a valida-ção das teorias e não no seu conteúdo; (b) procedimentos de investigação (modos gerais de investigação) e técnicas (operações específicas para encontrar ou manipular os factos), uma vez que o metodólogo avalia pro-cedimentos e técnicas relativamente à sua habilidade para nos fornecerem um certo conhecimento». Ressalte-se, nesta noção, o papel do metodó-logo para a avaliação da apropriação das técnicas, o que lhe confere simultaneamente para além da capacidade de implementar as mesmas, a capacidade para aferir acerca da sua eficácia e eficiência quanto à investi-gação científica. Consideramos que, em primeiro lugar, o metodólogo deve conhecer os princípios, objetivos, conseguir conceber planos apro-priados de investigação. Em segundo lugar, esta capacidade pressupõe, obviamente, um profundo conhecimento dos detalhes, limites e natureza das técnicas em termos da sua implementação.

Tal como Lazarsfeld e Rosenberg lembraram, a origem do termo ‘metodologia’ no seu uso original remonta à filosofia e concretamente ao ramo da lógica. A falta de resposta da filosofia aos conteúdos ‘sociais’ levou a que os cientistas sociais passassem a conceber uma ‘atitude’ dife-renciada de procura e investigação e a aplicar o termo metodologia a «qualquer coisa que tivesse a ver com procedimentos ou técnicas de investigação» (Lazarsfeld, Rosenberg, 1955 cit. in Holzner, 1964: 425). O desenvolvimento que as ciências sociais começam a conhecer, particu-larmente a partir do início do século, é concomitantemente causa e reflexo de desenvolvimentos no âmbito não apenas dos objetos de análi-ses, dos conteúdos e problemas científicos como também do método em ciências sociais. Neste período existe um esforço de delimitação da aná-lise em ciências sociais, particularmente no que diz respeito a objetos de cariz social, político e antropológico em relação àqueles de natureza his-

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tórica. Holzner refere que «a definição de metodologia emergente do tra-balho dos filósofos post-kantianos exerceu influência considerável no uso contemporâneo através de M. Weber, A. von Schelting e T. Parsons» (Holzner, 1964: 425). Parsons (1937: 23-24) salientou a importância e lugar das técnicas de investigação na ciência, no entanto quando tenta classificar a metodologia confere-lhe um lugar ainda ambíguo, localizável algures, entre a filosofia e a ciência. De acordo com aquele, o termo metodologia não se refere «primariamente a ‘métodos’ de investigação empírica como estatísticas, estudos de caso, entrevistas, e outros afins. A estes últimos é preferível chamar técnicas de investigação. Metodologia é a consideração dos campos genéricos em ordem à validade dos procedi-mentos e sistemas científicos. Não é nem uma disciplina estritamente científica nem estritamente filosófica» (Parsons, 1937: 23-24). A corrobo-rar o atrás exposto, mais tarde, em 1957, Merton (1957: 87-89), referência incontornável em sociologia, reforça que da metodologia se devem excluir «as orientações sociológicas gerais», as quais estão incluídas na teoria e não no campo da metodologia das ciências sociais.

2. Atitude científica e humanidade

No âmbito do papel para a humanidade, da ciência, do espírito cientí-fico e do método várias contribuições começaram a despontar e a desta-car-se a partir do início do século XX. Neste contexto, um importante contributo foi o de Albert Einstein. A obra deste físico alemão judeu, naturalizado americano em 1940, acerca da teoria da relatividade con-substanciaria as suas descobertas acerca da matéria e energia, concretiza-das, inicialmente, em doutoramento defendido em 1901 e publicadas a partir de 1905.1 Prémio Nobel da física em 1921, as suas descobertas tra-riam orgulho à comunidade científica e à sociedade em geral e renova-riam o interesse pela ciência e pelos seus impactos na construção e refle-xão humana. Infelizmente, o seu génio permitiu, simultaneamente, um aproveitamento da ciência com consequências que em nada dignificaram a inteligência e o progresso humanos, já que em 1939 uma carta de Eins-tein ao Presidente Roosevelt desencadearia o fabrico da bomba atómica.

(1) Ver Albert Einstein, 1920. Relativity: The Special and General Theory. New York:

Holt.

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Os impactos da I Guerra Mundial motivaram o interesse e reflexão de estudiosos interessados não apenas na ciência como no desenrolar do caminho a seguir pela humanidade, após um período intenso de sofri-mento. Foi o caso de Einstein e de Freud. Este último produziu vários escritos com reflexões suas acerca dos acontecimentos recentes e das suas causas em termos, essencialmente, psíquicos, sociais e políticos. Em 1933, surgiria a publicação Porquê a Guerra? que continha correspon-dência entre Freud e Einstein com reflexões acerca do destino da humani-dade e a propósito da guerra. Freud e Einstein apenas se encontraram uma vez e foi em Berlim em 1927, em casa do filho mais novo de Freud. No entanto, pelo valor científico de Freud e porque a Sociedade das Nações o pedira, Einstein convidou uma personalidade à sua escolha – Freud – a com ele corresponder-se acerca de um problema também por Einstein escolhido para reflexão – a guerra. A posição de Freud ia no sentido de lembrar a importância das pulsões naturais da humanidade para a destrui-ção e para o prazer. As soluções, além de passarem pela intervenção de um organismo regulador como a Sociedade das Nações, passariam tam-bém pelo progresso cultural implementado pelos Estados e pelo poder político em especial. Nas palavras de Freud, «tudo o que fomente a evo-lução cultural atua contra a guerra» (Freud, Einstein, 1933: 75). Aquela publicação continha também reflexões anteriores de Freud expressas em escritos como Considerações Atuais sobre a Guerra e a Morte (1915) e Caducidade (1915). As ideias de Freud acerca do período que se atraves-sava tinham já sido expressas em outros títulos como Psicologia das Massas e Análise do Eu (1921), O Futuro de uma Ilusão (1927) e O Mal- -Estar da Civilização (1929).

Em 1921, em Inglaterra, Norman Campbell publica obra sobre os pressupostos do método científico e sobre a natureza da ciência e do seu conhecimento. Outros contributos se seguiram, no mesmo âmbito, como os de Thorstein Veblen e Morris Cohen e Ernest Nagel, já na década de 30, nos Estados Unidos. Ao longo das décadas de 30 e 40 do século XX reflexões essenciais acerca da importância do conhecimento e do método científico foram trazidas por vários investigadores. Em 1939, Lynd publica obra com reflexões e críticas explícitas ao envolvimento dos Estados Unidos no II grande conflito mundial. Já no final deste conflito, em 1944, o economista sueco Gunnar Myrdal, outro eminente investiga-dor, reflete também sobre política e ciência interrogando-se sobre o papel desta na política. Quando, anos mais tarde, em 1967, é convidado a dar a wimmer lecture no St. Vincent College acerca das noções valorativas nas ciências sociais, este produz comunicação intitulada American Dilemma.

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Nessa conferência Myrdal ressalta o ambiente extraordinário de produção científica na Suécia no pós-guerra e reflete sobre a procura da objetivi-dade em ciências sociais, lembrando também o papel crítico das valora-ções no conhecimento científico. As valorações estariam dependentes, em grande medida, da reflexão individual mas também do debate público incutido pelos Estados democráticos. Como refere Myrdal (1976: 20) «a democracia é definida como ‘governo por meio do debate público’; de facto, não há nenhuma forma de governo que possa suprimir o debate público totalmente ou por um longo período. O debate político nacional ou internacional baseia-se no pressuposto de que há uma ampla aceitação de certas noções valorativas que são comuns à generalidade das pessoas, especialmente em relação às valorações que são estabelecidas a um nível superior».

Outros investigadores preocupar-se-iam com o devir da guerra no progresso científico e humano em geral. Foi o caso de Lundeberg (1947) que também formulou reflexões sobre o papel da ciência para a humani-dade e de Malinowski (1947) que dissertou acerca do rumo da civilização ocidental e do modo como a liberdade individual enquanto valor funda-mental nortearia o curso da história e dos povos. Em obra de 1949, tam-bém Sullivan se interrogava sobre o alcance da ciência para o bem-estar da humanidade. Pode-se concluir que a ciência e, naturalmente, o seu método constituíram uma luz de esperança, em termos de debate cientí-fico, em particular na primeira metade do século XX, no plano do mundo ocidental, particularmente saído de um pós-guerra profundamente mar-cado política, social e economicamente e que urgia soluções eficazes de reconhecido mérito e um debate consequente com vista a restaurar a con-fiança no futuro e na humanidade.

3. Âmbito temporal e contributos pioneiros

O período que compreendemos nesta secção, acerca das primeiras abordagens sobre o método em ciências sociais, inclui contribuições apre-sentadas até aos finais da década de 50 do século XX. O motivo desta segmentação decorre de considerarmos esta data um marco a partir do qual o investimento no método passa a ter contornos diferentes em termos qualitativos e quantitativos. Consideramos que, até sensivelmente finais da década de 50, o método em ciências sociais encontra-se a dar os pri-meiros passos e a sedimentar abordagens e posições. Pode-se afirmar que,

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grosso modo, a partir de finais do decénio de 50, a produção científica em geral, e, em particular, na área das ciências sociais, cresce exponencial-mente. A partir deste período, na maioria das democracias ocidentais, começam-se a experimentar melhores condições de estabilidade política, social e económicas vindas de uma revitalização económica, moral e política nascida do pós-guerra. É que acontece, pelo menos no caso dos Estados Unidos, Inglaterra, França e Alemanha, países intervenientes e massacrados com a guerra onde, a partir deste período, começa a concre-tizar-se um contexto favorável com melhores condições para a produção científica. A partir do pós-guerra gera-se um sentimento de vitalidade e entusiasmo académico propício a um maior amadurecimento aos níveis teórico, metodológico e experimental.

Como advertência face aos critérios de exposição na secção presente queremos ressaltar o seguinte:

⎯ Os desenvolvimentos no método nas ciências sociais assentaram, em grande parte, nas primeiras tentativas de sistematização e apli-cação do método em diversas áreas no âmbito das ciências sociais. O nosso interesse em considerar pioneiros e primeiras contribui-ções relevantes na área do método científico em geral e em ciên-cias sociais até finais da década de 50 constitui uma base essencial para poder sustentar, fundamentar e melhor compreender o con-texto metodológico e teórico dos diversos contributos considera-dos ao longo desta exposição.

⎯ A análise seguinte será empreendida com base numa seleção de obras e artigos sobre o método publicadas a partir de inícios do século XX, com especial relevo para aqueles que relevam o desenvolvimento de técnicas como a entrevista, os inquéritos e sondagens, as escalas e a análise de conteúdo.

Diversas investigações fundamentais que decorreram neste primeiro período – a partir de inícios do século XX – não seriam possíveis se não se tivesse iniciado já uma base metodológica sistematizada e sólida quer em termos de conceção do método científico. É sobre a atitude metodoló-gica dos cientistas e sobre o método científico aplicado às ciências sociais que daremos reflexo.

O método científico aplicado na investigação social tem constituído, sobretudo a partir de inícios do século XX – neste período em particular nos Estados Unidos – uma área cujo desenvolvimento tem sido sistemá-tico e permanente até à atualidade. No âmbito genérico da investigação social, no que se refere ao método, existem pelas várias áreas científicas

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P R I M E I R O S P E R C U R S O S , A P L I C A Ç Õ E S E D E S E N V O L V I M E N T O S D O M É T O D O C I E N T Í F I C O 19

cujos desenvolvimentos têm sido transversais, com afinidades evidentes e com reflexos entre si. A especificidade do método em ciências sociais fez-se e vai sendo construída da aplicação dos procedimentos genéricos das suas áreas científicas, de onde se pode destacar a sociologia, a ciência política, a psicologia, a antropologia ou a economia (quando se pensa nos modelos econométricos aplicados às mais diversas áreas da ciência polí-tica).

A partir dos primeiros anos do século XX começaram a despontar vários contributos fundamentais no que concerne à metodologia em ciên-cias sociais. Foi o caso de Max Weber que se destacou logo no início do século XX com diversos contributos.1 A procura de delimitação da área da metodologia é visível na análise empreendida por Weber, em 1905, em Critical Studies in the Logic of the Cultural Sciences, obra esta publicada no mesmo ano da sua análise acerca da sociedade rural alemã publicada em ensaios que tomariam, mais tarde, a designação em obra The Protes-tant Ethic and the Spirit of Capitalism, traduzida pela primeira vez para inglês por Talcott Parsons, com publicação em 1930. Na supracitada obra sobre metodologia – Critical Studies in the Logic of the Cultural Sciences – Weber empreende uma análise e crítica a outro metodólogo contempo-râneo, Eduard Meyer acerca da sua obra de 1900, Zur Theorie und Methodik der Geschitchte. No seu ensaio Weber critica vários aspetos metodológicos de Meyer como a sua tendência para fundir a análise cau-sal com a análise ética ou quando este coloca no mesmo plano a ‘liber-dade’ e a ‘racionalidade de ação’. Como refere Weber «este velho erro é tão perigoso precisamente do ponto de vista da preservação do caráter da história porque introduz problemas bastante diferentes dos do campo da história e produz a ilusão de que uma certa convicção (antideterminista) é a pressuposição da validade do método histórico» (Weber: 1905: 124). A exposição de Meyer, de acordo com Weber, teria fragilidades sérias do ponto de vista da análise e esclarecimento do papel dos valores nos inte-resses históricos a fatores de ordem factual objetiva derivados de relações de causa e efeito inerentes ao devir histórico.

Nas primeiras abordagens ao método em ciências sociais, pelas afini-dades em termos de técnicas, predominaram os contributos nas áreas da psicologia social, da psicologia e da sociologia. No âmbito do método em psicologia social destacaram-se os contributos a nível da técnica das

(1) Três dos seus contributos sobre metodologia estão reunidos em coletânea:

Max Weber, 1904 a 1917. The Methodology of the Social Sciences. New York: The Free Press. 1949.

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20 I N T R O D U Ç Ã O À M E T O D O L O G I A D A S C I Ê N C I A S S O C I A I S

escalas de atitudes. Destes refira-se o contributo de Bogardus (1925), de Thurstone e Chave (1929) e de Likert (1932). As escalas desenvolvidas por estes investigadores constituiriam marcos essenciais na análise em psicologia e em psicologia social no que se refere ao posicionamento inferido pelos indivíduos acerca de assuntos correntes do dia-a-dia, como os referentes à classificação de atitudes referentes à sua vida nos âmbitos pessoal, familiar, social, política e cultural. No âmbito psicossocial Moreno foi outro dos autores que marcou a investigação social em termos de métodos, pela conceção inovadora introduzida no âmbito da análise informal das relações entre indivíduos em termos de pequenos grupos. A técnica introduzida por Moreno, a sociometria, foi sendo atualizada nos seus procedimentos, constituindo hoje em dia um mecanismo de referên-cia aplicado ao nível das relações informais no seio das organizações. A partir, sobretudo, de finais dos anos 20 do século XX, Allport (1950; 1929) destacou-se com contribuições no âmbito da psicologia das multi-dões, dos fenómenos massivos, dos boatos, empreendendo também pes-quisa acerca dos métodos de análise em psicologia social. A técnica da observação participante, com importância em várias áreas das ciências sociais como a antropologia, a sociologia ou a psicologia social, teve também desenvolvimentos importantes no que se refere à sistematização sobre o método, no início do século XX (ex.: Kluckhohn, 1940).

O método em psicologia cedo usufruiu de algumas contribuições. Na década de 30, Guilford (1936) apresentou obra sobre a caracterização dos métodos psicométricos. Naturalmente, a sua sistematização teria impactos nos primeiros desenvolvimentos a nível da psicologia mas também sobre o método em geral, como o comprovam contribuições posteriores que o reconheceram, tal como Hatt e Goode (1952). Outro psicólogo eminente, com numerosos artigos e obras, Rogers (1945), distinguiu-se também pelas suas preocupações acerca do método. A delimitação e importância do método não diretivo, por este empregue, nas análises por si desenvol-vidas acerca da mente foram importantes em termos de conceção do lugar e utilidade da psicologia para o estudo da natureza humana. Nos anos 40 e 50 Cattell escreveu numerosos artigos e obras no âmbito, essencial-mente, dos métodos quantitativos aplicados à análise da personalidade. Bell (1948) constituiu também referência importante no âmbito das técni-cas projetivas em psicologia assim Bales (1950) que promoveria também investigação ampla sobre os processos de interação entre grupos e as téc-nicas de os estudar, para salientar alguns dos mais eminentes estudiosos.

No que se refere aos métodos em sociologia várias referências foram sendo destacadas nas primeiras décadas do século XX, algumas com

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Ciências

SociaisGénese, Fundamentos e Problemas

Introdução à Metodologia das Ciências Sociais – Génese, Fun-

damentos e Problemas apresenta um conjunto de conceitos,

ferramentas e técnicas de base da metodologia das ciências

sociais. Debruça-se sobre a génese, fundamentos e proble-

mas das técnicas e conceitos em análise de modo a proje-

tar-lhes um sentido analítico e utilitário. Depois de expostos

os primeiros percursos, aplicações e desenvolvimentos do

método científico são introduzidos os métodos qualitativos,

a política comparada, a análise de conteúdo e os inquéritos

e sondagens de opinião como grandes temáticas técnicas e

conceptuais da metodologia das ciências sociais.

Paula do Espírito Santo é Doutorada e Agregada pelo Instituto Superior de

Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), da Universidade de Lisboa (ULisboa), onde

também leciona, e colabora, ainda, como docente no Instituto Superior de

Ciências Policiais e Segurança Interna (ISCPSI) assim como em Universidades

estrangeiras. De entre os contributos em livro mais recentes destaquem-se:

(coeditora) (2015),

(2008) e

(2006).

Beyond Internet – Unplugging the protest movement wave

Estudos de comunicação política – Análise de conteúdo da mensagem na

campanha e pós-campanha eleitoral nas eleições presidenciais Socio-

logia política e eleitoral – Modelos e explicações de voto

Intro

du

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Me

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EDIÇÕES SÍLABO

Paula do Espí r i to Santo

Introdução à Metodologia das

Ciências

Sociais

Introdução à Metodologia das

2ª EdiçãoRevista e atualizada

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