taekwondo a todos os niveis

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Você está em: Início > Noticias > Taekwondo a todos os níveis Informações Legislação Departamentos Pessoal Pesquisa Candidaturas Autenticação Utilizador: Senha: Mapa do Campus Taekwondo a todos os níveis Após uma passagem pelo Europeu Universitário de Taekwondo que decorreu entre 13 a 16 de Dezembro em Braga, Mário Trigo, em entrevista, explica a realidade do Taekwondo nacional. Mário Trigo é técnico de Taekwondo na U.Porto há cinco anos e já conta com muitos títulos universitários no seu currículo. Além da vitória, este formador de atletas acredita que o desenvolvimento da modalidade passa por uma cooperação da federação com as instituições universitárias. Qual o balanço que faz da organização deste Europeu? A organização no seu todo foi excecional e, em relação à primeira edição que foi realizada também em Braga melhorou em aspetos inerentes a horários o que permitiu uma maior sincronização entre os momentos de competição. Relativamente ao aspeto de acompanhamento das delegações tivemos uma iniciativa única na designação de guias o que foi extraordinário, portanto, considero muito positiva a estrutura organizadora assim como as iniciativas que tiveram. A U.Porto alcançou uma medalha neste Europeu. O que pensa da prestação competitiva da delegação? Tendo em conta a realidade atual e os problemas que temos ao nível de infraestruturas assim como o pouco tempo de treino dos nossos atletas tenho que considerar que foi positivo, muito embora estivesse à espera de uma prestação superior. Efetivamente os nossos objetivos seriam atingir mais uma medalha e uma meia-final tendo em conta que contávamos com mais um atleta que se lesionou na prova de preparação para o Europeu em Pontevedra. Contudo, tenho que dar os parabéns e ficar satisfeito pelo facto de conquistarmos uma medalha para a nossa Universidade. O taekwondo é uma modalidade muito praticada em Portugal? Efetivamente o momento atual é de excelência, o número de praticantes tem vindo a aumentar e temos atingido níveis de prestação altos a nível internacional com alguns atletas a constarem no top ten do ranking internacional. O facto de termos tido uma representação olímpica através do Pedro Póvoa elevou a nossa modalidade para outro patamar. Inerente a este acontecimento, passamos a ter uma maior cobertura mediática e consequentemente uma visualização que se concretizou com um acréscimo de praticantes nestes últimos anos. O que é necessário desenvolver nesta modalidade? No meu ponto de vista a modalidade carece de uma estrutura federativa devidamente enquadrada com a realidade da competição atual que se exige para um desporto olímpico. Fruto de restruturação relativamente recente e de uma carência de recursos humanos com formação dentro da área da gestão desportiva, a modalidade acaba por estar um pouco atrasada em relação a aspetos muito importantes na área da competição e da investigação. Dou um exemplo muito concreto em relação aos departamentos de seleção que deveriam estar desde já a contemplar uma captação de jovens talentos e à estruturação de toda uma linha de Opções Pesquisa SASUP - Taekwondo a todos os níveis http://sigarra.up.pt/sasup/noticias_geral.ver_noticia?P_NR=776 1 de 3 31-01-2012 23:07

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ENTREVISTA COM O PROFESSOR MÁRIO TRIGO PARA A UNIVERSIDADE DO PORTO.

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Page 1: TAEKWONDO A TODOS OS NIVEIS

Você está em: Início > Noticias > Taekwondo a todos os níveis

Informações

Legislação

Departamentos

Pessoal

Pesquisa

Candidaturas

Autenticação

Utilizador:

Senha:

Mapa do Campus

Taekwondo a todos os níveis

Após uma passagem pelo Europeu Universitário de Taekwondo que decorreu entre 13

a 16 de Dezembro em Braga, Mário Trigo, em entrevista, explica a realidade do

Taekwondo nacional. Mário Trigo é técnico de Taekwondo na U.Porto há cinco anos e

já conta com muitos títulos universitários no seu currículo. Além da vitória, este

formador de atletas acredita que o desenvolvimento da modalidade passa por uma

cooperação da federação com as instituições universitárias.

Qual o balanço que faz da organização deste Europeu?

A organização no seu todo foi excecional e, em relação à primeira edição que foi

realizada também em Braga melhorou em aspetos inerentes a horários o que

permitiu uma maior sincronização entre os momentos de competição. Relativamente

ao aspeto de acompanhamento das delegações tivemos uma iniciativa única na

designação de guias o que foi extraordinário, portanto, considero muito positiva a

estrutura organizadora assim como as iniciativas que tiveram.

A U.Porto alcançou uma medalha neste Europeu. O que pensa da prestação

competitiva da delegação?

Tendo em conta a realidade atual e os problemas que temos ao nível de

infraestruturas assim como o pouco tempo de treino dos nossos atletas tenho que

considerar que foi positivo, muito embora estivesse à espera de uma prestação

superior. Efetivamente os nossos objetivos seriam atingir mais uma medalha e uma

meia-final tendo em conta que contávamos com mais um atleta que se lesionou na

prova de preparação para o Europeu em Pontevedra. Contudo, tenho que dar os

parabéns e ficar satisfeito pelo facto de conquistarmos uma medalha para a nossa

Universidade.

O taekwondo é uma modalidade muito praticada em Portugal?

Efetivamente o momento atual é de excelência, o número de praticantes tem vindo a

aumentar e temos atingido níveis de prestação altos a nível internacional com

alguns atletas a constarem no top ten do ranking internacional. O facto de termos

tido uma representação olímpica através do Pedro Póvoa elevou a nossa modalidade

para outro patamar. Inerente a este acontecimento, passamos a ter uma maior

cobertura mediática e consequentemente uma visualização que se concretizou com

um acréscimo de praticantes nestes últimos anos.

O que é necessário desenvolver nesta modalidade?

No meu ponto de vista a modalidade carece de uma estrutura federativa

devidamente enquadrada com a realidade da competição atual que se exige para um

desporto olímpico. Fruto de restruturação relativamente recente e de uma carência

de recursos humanos com formação dentro da área da gestão desportiva, a

modalidade acaba por estar um pouco atrasada em relação a aspetos muito

importantes na área da competição e da investigação. Dou um exemplo muito

concreto em relação aos departamentos de seleção que deveriam estar desde já a

contemplar uma captação de jovens talentos e à estruturação de toda uma linha de

Opções

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trabalho de departamentos de formação juvenil com vista ao próximo ciclo olímpico

e onde, no meu ponto de vista, se encontra efetivamente as sementes do futuro e

isso não está a acontecer no panorama atual da estrutura federativa e associativa.

Também não temos neste momento uma cooperação da federação com as

instituições universitárias o que poderia permitir um maior desenvolvimento na

captação e dinamização de praticantes para a modalidade. Assim como um maior

desenvolvimento em relação aos aspetos de investigação científica o que poderia

levar ao surgimento de jornadas desportivas inerentes à modalidade que permitiriam

um maior desenvolvimento na investigação de processos metodológicos de treino e

de outras áreas de investigação como por exemplo estudos na área da fisiologia,

biomecânica, psicologia desportiva entre outras.

Está satisfeito com o desenvolvimento do Taekwondo na U.Porto?

Em relação ao que inicialmente definimos e falamos de cinco anos de cooperação eu

gostava que efetivamente já estivéssemos num patamar superior. Logicamente que

tendo em conta todas as condições já conseguimos muita coisa, contudo não posso

ficar satisfeito, pois quero mais e sou extremamente exigente em relação a

objetivos.

Relativamente a resultados, já temos no palmarés dez campeonatos nacionais

universitário, três medalhas de bronze nos campeonato europeus universitários e um

quinto lugar no campeonato do mundo universitário.

Aqui recorde-se que tivemos a primeira mulher portuguesa a atingir um quinto lugar

no mundial universitário, Elisabete Ribeiro que acabou por se tornar uma atleta do

mais alto nível representando a seleção nacional e é importante sublinhar que

Elisabete teve o primeiro contato com a modalidade na U.Porto. Portanto tenho que

estar satisfeito com esta realidade.

Sendo o treinador desta modalidade na U.Porto o que pretende fazer para o

desenvolvimento desta nos próximos anos?

Gostaria que estivéssemos ao nível da Universidade do Minho que no fundo acaba por

ser a nossa grande "rival", isto no bom sentido da palavra.

Neste momento eles têm um programa de taekwondo que permite um

desenvolvimento da modalidade e que os alunos estejam em regime de treinos

bi-diários e com regalias muito especiais o que leva a uma procura e fixação assim

como um aumento considerável no número de atletas na universidade.

No meu ponto de vista a criação de um programa similar e a criação de um

departamento ligado à formação seria extraordinário assim como um investimento

na formação de escalões de formação tal como existe na ginástica.

Poderia ser uma base para estágio de muitos alunos da U. Porto ligados à educação

física. Gostaria de desenvolver um projeto na área da formação de forma que a

U.Porto pudesse realizar as primeiras jornadas científicas de taekwondo.

Paralelamente gostaria também de desenvolver um projeto na área da formação de

jovens de forma a expandir a modalidade como um todo e aumentar logicamente o

número de atletas que representam a nossa universidade num futuro próximo e

conseguir mais títulos!

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