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revista híbrida corporativa/entretenimento da TMN hybrid corporate/lifestyle magazine for tmn (mobile services company);TRANSCRIPT
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� PESSOAS, SONHOS, LUGARES E IDEIAS.
Preço €2,50
DIRECTODANIELAMERCURY
NEVE MÉRIBEL &
COURCHEVEL
DESIGNBÁRBARA
COUTINHO
ACTUALCIDADES VERDES
AÇORESFURNAS
LAKE VILLAS
A VIDA DEPOIS DA GLÓRIALUIS FIGO
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TODO O TEMPODO MUNDONUM ANUÁRIO
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conteúdos I novembro, dezembro 2009 I 07
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16 daniela mercury em discurso directo
26 luís figo: há vida depois da glória
32 utopia verde: as cidades do futuro
40 o outro lado de teresa ricou
46 dias em branco: courchevel & méribel
58 um jardim de sonho, na ilha de são miguel
66 gourmet, com o chefe josé cordeiro
78 gadgets & acessórios hi-tech
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LUIS FIGOHÁ VIDA DEPOISDA GLÓRIAUm dos melhores jogadores de sempre do futebol portuguêsdespediu-se dos relvados emMaio, após uma gloriosa carreirade 700 jogos, 120 golos e dezenas de títulos. Tudocomeçou há mais de vinte anos, num clube de bairro de Almada, «Os Pastilhas».
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>FICHA TÉCNICApropriedade tmn I director luís avelar Isub-director samuel carvalho I coordenação tmn ana rita cardoso I edição projectos especiais Iprojecto gráfico josé gonçalves / projectos especiais I design josé gonçalves, pedro dias Icoordenação editorial projectos especiais joão mestre I textos carlos alves, cláudia carvalho,gonçalo brito, joão alexandre, joão mestre, pedro alfaia I fotografia casa da imagem, constantino leite / evasões, dora nogueira, foster + partners, hamish brown/ getty images, paulo barata, paulo sousa coelho, pedro loureiro, yves callewaert / volta ao mundoI revisão joão mestre I apoio editorial inês neto vilas-boas I publicidade projectos especiais, cristina pais lopes I pré-impressão pré&press I impressão lisgráfica I periodicidade trimestral I tiragem 40.000 exemplares I ERC Registo nº 125286 IProjectos Especiais, Consultores de Comunicação S.A. I www.projectosespeciais.pt IRua João da Silva nº 20, 1900-271 Lisboa I tel.: 21 844 07 09 I [email protected] I
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80 windows phones: perfeição táctil
82 ideias com design
84 tecno: sapo mobile
86 suv compactos: família vs. lazer
92 cascais – o mar por perto
96 entre vistas: conhece estes originais?
100 entretanto
104 até já!
106 pedro fernandes e o seu t
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1616DANIELAMERCURYO QUE ÉQUE ESTABAIANA TEM?Pôs Portugal inteiro a can tar “Nobre Vaga bun do” e hoje, 13 anos depois, continua a querer conquistar o mundo com a voracidade de sempre. E ainda sonha ir à Lua...
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SIGOURNEY WEAVER
AVATARDE PANDORA
É um reencontro há muito esperado. Vinte e três anos depois da estreia de“Aliens – O Recontro Final” (sequela do já «trintão» “Alien – O Oitavo Passageiro”, deRidley Scott, lançado em 1979), realizado por James Cameron e protagonizado por SigourneyWeaver, as duas estrelas de Hollywood voltam a juntar-se em “Avatar”, o filme-sensação do ano,que chegou às salas de cinema a 17 de Dezembro. Construído sobre inovadora tecnologia de animação 3D, este prodígio dos efeitos visuais desen-rola-se no século XXII, no paradisíaco planeta Pandora, habitado pelos mais incríveis seres vivos,entre eles os humanóides Na’vi, dotados de uma força prodigiosa. Jake Sully (Sam Worthington,na imagem), um antigo “marine” que um ferimento de guerra confinou a uma cadeira de rodas,é escolhido para participar no programa Avatar, que lhe dará a oportunidade de voltar a cami -nhar, ao serviço de uma missão em Pandora. A veterana Sigourney Alexandra Weaver (que acaba de completar 60 anos), três vezes nomeadapara os Óscares (uma delas pela sua prestação em “Aliens”), surge no papel da Dra. GraceAugustine, que acompanha Jake e o ajuda a compreender o estranho planeta e a sobreviver nele.
* O novo LG New Chocolate BL40, o “smartphone” com o maior ecrã táctil do mercado (4 polegadas), inclui
“trailer” de “Avatar” e acesso a conteúdos especiais em www.tmn.pt.
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O único Óscar (melhor actor secundário), rece-beu-o em 2005, por “Syriana”, mas a carreira deGeorge Clooney não se pode avaliar pelo nú me -ro de prémios da Academia de Hollywood. O actorque nasceu em 1961 no Kentucky, só foi casado uma vez(entre 1989 e 1993, com Talia Balsam) e se estreou no ecrãem 1984 regressou este ano para um dos últimos episódios de”Serviço de Urgência”, a série que o popularizou, no papel deDr. Doug Ross, entre 1994 e 1999. Produtor, realizador eargumentista, Clooney – desde 2008 «mensageiro da Paz» dasNações Unidas e envolvido na organização Not On Our Watch– acaba 2009 envolvido em mais três projectos: empresta avoz ao sr. Raposo de ”O Fantástico Senhor Raposo”, uma deli-ciosa animação de Wes Anderson que chega às salas nacionaisa 28 de Janeiro de 2010, e contracena com Ewan McGregor,Jeff Bridges e Kevin Spacey, em ”The Men Who Stare atGoats”, e com Anna Kendrick, em ”Nas Nuvens”, com estreiamarcada para 28 e 21 de Janeiro, respectivamente.
GEORGE CLOONEY
WHO ELSE?
O mais conhecido detective privado do mundo está de volta. A novaaventura da personagem criada em 1887 por Arthur Conan Doyle estreia no diade Natal e é um dos filmes mais aguardados deste final de ano. Robert DowneyJr. encarna uma versão mais musculada de Sherlock Holmes e, com a ajuda comcorajoso Watson (interpretado por Jude Law), irá enfrentar um novo arqui-inimi-go e desvendar uma conspiração mortífera para destruir a Grã-Bretanha. A parda lendária astúcia do detective de Baker Street, esta nova adaptação cine-matográfica imprime grandes doses de força física na resolução do caso – ou nãofosse o filme assinado por Guy Ritchie, o mesmo realizador que, em 2000, nostrouxe ”Snatch – Porcos e Diamantes”.Para além da dupla mais famosa da literatura policial, o elenco conta com RachelMcAdams (no papel de Irene Adler, única mulher que conseguiu ludibriarHolmes) e Mark Strong, na pele do vilão Lord Blackwood. Susan Downey,mulher de Robert Downey Jr., co-produz o filme.
* Os clientes TMN tiveram a oportunidade de assistir a este filme em primeira-
-mão e em exclusivo com as Sensações t. Mais antestreias em www.tmn.pt.
ROBERT DOWNEY JR.
ELEMENTAR,CARO WATSON
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Marcas Participantes
UM MUNDO SEMCANCRO DA MAMA™
Use o Laço Rosa. Marque a diferença.
Juntos queremos, juntos podemos,criar um mundo sem cancro da mama. A Campanha de Prevenção do Cancro da Mama da Estée Lauder Companies dedica-se a chamar a atenção para o facto do diagnóstico
as hipóteses de sobrevivência. Use o Laço Rosa. Envolva-se. Ajude-nos a tornar o mundo cor-de-rosa.
MUNDOCOR-DE-ROSA
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ALICIA KEYS
LIVRE& VULNERÁVEL
«A música é forte e a bateria muito agres siva, masa minha voz é vulnerável e deli ca da.» É as sim queAlicia Keys resume “The Element of Freedom”, o seu quartoálbum de estúdio, lançado a 14 de De zembro. Pro du zi do, àsemelhança dos restantes discos, pela própria Alicia e por Kerry“Krucial” Brothers, “The Element of Freedom” conta com a co -
laboração de Beyoncé, em “Put It In A LoveSong”. Os ru mo res da aguardada “reprise” dodueto com Jay-Z, em “Empire State of Mind II”,aca ba ram por ser desmentidos. Para já, ro damnas rádios de to do o mundo (e em vários “web-sites”, entre eles www.myspace.com/aliciakeys)os “singles” “Try Sleeping With A Broken Heart”e “Doesn’t Mean Anything”. Mariel Conce p cion,editora do “website” Billboard.com, des cre ve esteúltimo: «Uma mulher verdadeiramente con fiantedeixa-se ficar vulnerável na altura certa.» Promete.
THEM CROOKED
VULTURESSELECÇÃO AAA que soa uma banda que junta a voz e a guitarra dos Queensof the Stone Age (QOTSA), o baixo dos Led Zeppelin e a bate-ria dos Nirvana? «Soa aos elementos dessas bandas fundidos num só animalque não é nenhuma dessas coisas», responde Josh Homme, “frontman” dosQOTSA e uma das mais relevantes figuras do rock da última década (com ramifi -cações diversas, das colaborações com PJ Harvey à reformulação do som dosArctic Monkeys, no álbum “Humbug”), em entrevista à “Uncut”.Os Them Crooked Vultures nasceram na ideia do baterista Dave Grohl (Nirvana,Foo Fighters), que fez da festa do seu 40º aniversário pretexto para apresentarHomme a John Paul Jones, baixista dos míticos Led Zeppelin. Três dias depois,já estavam a improvisar juntos, no estúdio de Homme. O homónimo álbum deestreia veria a luz do dia passados 11 meses, a 17 de Novembro.Escusado será dizer que todas as atenções nomundo da música se viraram para este trio – dascapas das revistas da especialidade às rádios etelevisões, e aos blogues, fóruns e redes sociais. Enão é para menos: os Them Crooked Vultures con-gregam a herança de quatro das mais influentesbandas de rock dos últimos 40 anos. Portugal, para já, está fora da digressão de estreia,que passará, até finais de Janeiro, pela Europa,EUA, Austrália e Nova Zelândia. www.myspace.com/themcrookedvultures
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S MADONNA. A mais recente digressão mundial de Madonna(85 concertos em 32 países), "Sticky & Sweet Tour", atingiu asoma de 286 milhões de euros, tornando-se a mais rentável desempre de uma artista a solo.
INDIANA JONES. Depois de ler o guião, Harrison Ford, 67anos, não teve dúvidas e aceitou ser novamente (e pela quintavez) o protagonista da saga de Indiana Jones.
PRINCE. Se pudesse escolher, Prince trocaria (momentaneamente) a música por um lugar no "staff" de Barack Obama.
BOB DYLAN. Desta vez, Bob Dylan não quer dar música:num programa de rádio, garantiu estar em conversações paraque a sua voz passe a ser usada em GPS britânicos.
NINI ANDRADE SILVA
CLASSE INTERIOR
O motociclista português de 30 anos volta a parti ci par namítica prova de todo-o-terreno: de 1 a 17, de Janeiro de2010, per correrá milhares de quiló metros entre a Ar gen -tina e o Chile. Se 2006 foi o seu ano de estreia no Dakar (9º lugar), 2007foi a confirmação, com vitórias em duas etapas, na classe Maratona e umquinto lugar na geral, classificação que repetiu em 2009. Para HélderRodrigues, tudo começou aos nove anos, quando o pai lhe ofe re ceu aprimeira mota. No currículo do «Estrelinha» há de tudo: oito vezescampeão nacional de Enduro (1999 a 2006), campeão mundial júnior(2000), vice-campeão mundial sénior (2002), vencedor do InternationalSix Days of Enduro (2003). O regresso ao deserto africano pode acontecerjá em 2011. «Tudo indica que o "grande" Dakar estará de regresso a Áfricaem Janeiro de 2011. Logo após a repentina decisão de cancelamento daedição de 2008, que partia da capital portuguesa, ficou acertado que, malo Dakar regressasse a África, Lisboa voltaria a ser o ponto de partida doDakar», afirmou João Lagos à agência Lusa.Mais desenvolvimentos em www.dakar.com
«Embora Portugal seja um país pequeno, é bomsaber que podemos ser os melhores. Dá-nos umagrande satisfação para prosseguirmos o nosso tra-balho.» Quando Nini sonha, a obra nasce e o resultado é elogia-do pela Europa fora. Assim aconteceu com o The Vine Hotel– projecto cinco estrelas de 22 suites de luxo (com piscina ebar panorâmicos e ainda um spa com vinoterapia), decoradopor si (com desenho arquitectónico de Ricardo Bofill) e inau-gurado em Junho, na Madeira –, que recebeu dois dos maisimportantes prémios europeus de design de interiores, emOutubro e Novembro (o European Property Awards e oEuropean Hotel Design Awards, na categoria de suite), e fezainda parte do lote de nomeados do World ArchitectureFestival Awards, que decorreu em Barcelona. «Temos a van-tagem de termos relacionado o design com a ilha da Ma dei -ra», afirmou a designer ao “Expresso”. Nascida no Funchal a24 de Junho de 1962, Nini Andrade Silva é licenciada emDesign pelo IADE, e a sua carreira já passou por Nova Iorque,Paris, Dinamarca e África do Sul. Actualmente, tem dois ate-liers, um em Lisboa e outro no Funchal.
www.niniandradesilva.com
HÉLDER RODRIGUESPOR TERRAS
SUL-AMERICANAS
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Aos 44 anos, Daniela Mercury não está disposta a abrandaro ritmo frenético da sua vida. O mais recente disco,“Canibália”, é prova disso. «Canibal» porque a cantorabrasileira se alimenta de tudo o que a rodeia, apropriando--se de vários estilos de música étnica. Daniela Mercurypassou por Portugal para realizar uma série de concertos
patrocinados pelo MEO e, um dia antes de subir ao palco para apresentar“Canibália” pela primeira vez ao público português, sentou-se com a “TMagazine” no terraço soalheiro do Silk e, de olhos postos no Tejo, falou da forçaque a move, da paixão pelas novas tecnologias, riu, cantou, e, emocionada, aindaexplicou como, por vezes, é difícil ser ela própria.
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TEXTO GONÇALO BRITO I FOTOGRAFIA PEDRO LOUREIRO
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PÔS PORTUGAL INTEIRO A CANTAR “NOBREVAGABUNDO” E HOJE, 13 ANOS DEPOIS, CONTINUA AQUERER CONQUISTAR O MUNDO COM A VORACIDADE
DE SEMPRE. E AINDA SONHA VISITAR A LUA…
DANIELAMERCURYO QUE É QUE ESTA
BAIANA TEM?
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Dá nas vistas não só pela músi-
ca mas também pela sua ale-
gria. Onde vai buscar tanta
energia?
Sempre tive muita energia. Osdesejos, os sonhos, é que nos ali-mentam. Brinco dizendo que aágua de coco da minha cidade é aenergia do meu povo. A minhafamília também tem uma longevi-dade… minha mãe tem 70 anos etrabalha mais do que eu; meusavós todos faleceram com 100,102 anos. Acho que essa gentetraz um pouco do povo negroafricano que, com toda a dificul-dade da vida, aprendeu a celebrar.
desligar a tomada, mas não desli-ga. Quando eu era pequenininha,o meu tio me chamava «pingafogo». Meu mapa astral diz quevou ficar assim o resto da vida. Eiso desafio.
Apesar de toda essa energia e
vivacidade, sente que é «pe re -
cível ao tempo»?
Lógico que sou. O corpinho às ve -zes cansa, dói aqui, dói ali – tantadança desde menina –, mas cuidodisso e vivo bem com cada etapada minha vida. Eu comecei a viraradulta agora.
E isso é bom ou mau?
É um estado de sonho de meninaainda, sabe? Acho que o que nosmove é o desejo. É o que faz agente ter vitalidade e energia. Souperecível ao tempo? Acho a vidaintensa e não conseguiria viverduas vidas assim. Tenho a sen-sação de que já vivi muitas. Estousempre muito satisfeita porquetrabalho por hobby. É o meu diver-timento, mesmo as coisas maisempresariais são desafiadoras einteressantes. Gosto de pensar ede resolver problemas. Fico traba -lhando 14, 15 ou 16 horas pordia, durmo muito pouco e quandotento contar carneirinhos paraadormecer, eles começam adançar: pulam, saltam, fazemacrobacias, parecem atletas deolimpíadas. Às vezes acordocansada de mim mesma, cansadade não desligar. Tudo me inspira afazer música, está tudo ligado aoque eu faço profissionalmente.Vivo tão intensamente que nãosinto muito a presença do tempo.Tem horas em que temos de de -sacelerar, e o cansaço vem paraaprendermos os nossos limites. Ofacto de envelhecermos e de sen-tirmos uma dorzinha aqui e ali fazcom que a gente usufrua da vidade outra maneira, sempre apren-dendo coisas. Vale tudo.
1965. Nasce a 28 de
Julho, em Salvador da
Bahia, Daniela Mercuri
de Almeida.
1973. Inicia-se no estudo
da Dança. Em 1978, decide
que quer ser cantora após
assistir a um espectáculo
de Elis Regina. Passados
dois anos, começa a tocar
ao vivo em bares.
1984. Com apenas 19
anos, casa com o enge nhei -
ro electrotécnico Zalther
Póvoas, de quem se viria a
divorciar 12 anos mais
tarde. Em 1985, nasce o
seu primeiro filho, Gabriel.
1986. Torna-se vocalista
da Banda Eva.
1988. Integra a banda de
Gilberto Gil como corista.
No ano seguinte, forma
a banda Companhia Clic,
com a qual consegue
um sucesso moderado.
1992. Grava o segundo
álbum a solo, “Canto da
Cidade”, hoje considerado
precursor do movimento
Samba-Reggae (vulgo, Axé
Music). Com três “singles”
a chegarem ao topo das
tabelas de vendas, o disco
vendeu mais de dois mi -
lhões de unidades no Brasil
e valeu a Daniela a alcunha
de “Furacão da Bahia”.
1994. Junta-se ao mítico
músico norte-americano
Ray Charles para gravar
um anúncio televisivo
da cerveja Antarctica,
referente ao Campeonato
Mundial de Futebol.
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VONTADE DEABSORVERO MUNDO“O MEU SONHO É DIALOGAR COMO MUNDO, DAÍ O NOME DESTE TRABALHO SER‘CANIBÁLIA’. É UMAMULHER SEDENTADE ENGOLIR TODASAS EXPRESSÕESARTÍSTICAS, ARQUITECTURAS,PAISAGENS.”
Obviamente que nem sempreacordo bem-humorada. Tambémsou inflexível. Uma das coisas queprecisamos para viver bem é leve -za. E tem de se ter paciência,compreensão e carinho. Sou umapessoa muito carinhosa, mas estaenergia às vezes me torna umpouco mandona. No geral, façotudo de forma extremamentedemocrática, gosto de estar emgrupo, ouvindo tudo, mas temhoras em que você tem que fazercoisas mais rapidamente e precisaque alguém decida e pronto.Então o meu humor muda; mas aenergia não. Às vezes quero parar,
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É conhecida por ser explosiva
em palco. Quando está triste
ou indisposta, isso reflecte-se
nas suas actuações?
Às vezes, estou um pouco maispreguiçosa, mas depois começo apular, a aquecer, a alongar, e aí vema alegria de subir no palco e de can-tar. Sempre digo aos músicos: «Sedivirtam. Vamos fazer com amor,com alegria e com leve za o que agente ama fazer.» E as canções emsi são compa nheiras extraordinárias,elas sempre me realimentam. Vocêcanta uma poesia linda, sempre lhetraz algo de novo, de inesperado,junto com a paisagem de onde vocêestá, o público, o momento da vida.
Eu não automatizo muito os con-certos; altero as músicas de“show” para “show”. E se eu nãoestiver com vontade de cantaraquela música, não canto. Só se opúblico pedir muito.
Tem um percurso musical bas-
tante eclético, apostado em
experimentalismos – uma esco -
lha nem sempre bem aceite pela
crítica e pelos fãs. Que balanço
faz hoje desse percurso?
Preciso de me renovar sempre, decriar novas surpresas para o públi-co me surpreender com as suasreacções. Umas vezes elas são ópti -mas; outras não. Como sou umaartista muito inquieta, que adora a
diversidade e riqueza cultural, acada hora me encanto com algumacoisa e quero traduzir isso em arte.Nunca deixo de ser aquela meninabaiana, cheia de sonhos. Vou-mereinventando para a vida ficarmais divertida. Até no visual. Penaque a gente não fica bem de todoo jeito, porque eu tento: já cortei ocabelo, fiquei loura, morena, decabelo vermelho, de cabelo pre -to… As pessoas se apegam aomeu cabelo como se eu fosseDalila: se eu cortei, perdi a força. Então fico aqui nessa brinca -deira de diálogo com o mundo,neste divertimento, neste prazerintenso de estar aqui de novo.
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UM “DUETO”COM PAULITODaniela Mercury e Paulito,
o boneco de ventríloquo, dividiram
o protagonismo numa campanha de
tráfego da tmn. Entre 27 de
Outubro e 15 de Novembro de
2009, os clientes particulares tmn
puderam falar grátis para a própria
rede durante sete dias.
Para ficar a par de todas as
novidades, aceda à página de
Daniela Mercury no Facebook:
www.facebook.com/DanielaMercuryOfficial
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I música I directo
LIGADA À CORRENTE“ÀS VEZES QUERO PARAR, DESLIGAR ATOMADA, MAS NÃO DESLIGA. QUANDO EU ERA PEQUENININHA, O MEU TIO ME
CHAMAVA ‘PINGA FOGO’.”
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maternidade, o sucesso e a es -
trada?
Continuo sendo uma esposa a via-jar muito. Sou «amante de todosos portos» (risos). Deu vontade decasar, de celebrar a união. Aminha família é um circo, os meusfilhos estão comigo na estrada efazem parte deste novo “show”. Jáse acostumaram a viajar comigodesde pequenininhos. O meumarido adora viajar e fica todofeliz por cada fim-de-semana estarnum lugar diferente. É uma pes-soa relacionada com o que faço,conhece este mundo de produção,cheio de contratempos, e tocatambém. Praticamente, toda afamília toca.
O que podemos esperar de si
no futuro?
Quero continuar a minha carreirainternacional, fazer projectos ecolaborações, fazer um filme, umdocumentário e mais coisas comoactriz. Também tenho sonhadomuito em ir à Lua. Mas está difí-cil, porque o pessoal nos EstadosUnidos está em crise. A gente sótem esse caminho mesmo, é ver omundo de lá para cá, para apren-der mais.
Existe algum sítio onde gos ta -
ria de tocar ainda antes de ir à
Lua?
(Risos). A muitos, a muitos. Chi -na, Índia… experimentar o senti-mento de outros povos. Ainda nãofui a algumas pequenas cidadesbrasileiras que são muito distin-tas. Devo visitar, este ano, umaaldeia indígena na Amazónia.Quero tomar banho em todos osoceanos e em todos os rios doplaneta. Ainda há muita coisapara fazer, muita coisa paraaprender. Podemos contar a vidade forma regressiva, porque aindatemos mais anos para viver do queos já vividos. Eu ainda tenho unssessenta anos. É bastante tempo,tempo para gastar.
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Olhando Lis boa me dá vontade dechorar. É tão lindo. É um lugarúnico, sem dúvida.
Como se sente quando ouve
uma música sua a tocar no tele-
fone de alguém?
Adoro isso! Eu digo que não estoulançando canções, estou lançando“OMNI”, Obras Musicais Não--Identificadas. A Internet é umteatro, uma grande feira, umagrande galeria de arte planetária. O meu sonho é dialogar com omundo, daí o nome deste trabalhoser “Canibália”. É uma mulhersedenta de engolir o mundo etodas as suas expressões artísti-cas, comportamentos, arquitec-turas e paisagens. Acho espectacular que possamoster televisão na mão. Isso gera naspessoas mais desejo de teremconteúdos artísticos ao seu al can -ce. Porque a vida foi ficando maisrápida, poder ter música notelemóvel sem ter de ir na lojacomprar, acho fascinante, desa -fiador… É como se eu tivesse idopara outro planeta. Eu virei cada vezmais um “souvenir” de aeroportopor causa das máquinas fotográficas
dos telemóveis. Já saio do aviãode braços abertos.
A propósito, recorda-se de al -
gum episódio engraçado?
Com certeza. Estou no avião,começa a tocar uma músicaminha e aí eu quase digo: «Oigente, estou aqui!» Por vezes aspessoas botam o toque de propósi-to, quando me vêem. Aí já fazemcharme para mim. Adoro.
Que música tem como toque
do seu telemóvel?
Tenho uma canção minhachamada “Ae romoça”, que diz:«Tenho que voar, amor / Possoaté deixá-lo tomar conta dosmeus lábios / Posso até guardá-loem meu corpo para que meaqueça / Posso ouvir os teusanseios, lutar por eles também /Mas eu tenho que voar / Serei atua amante de todos os portos / Amulher que te faz todas as von-tades / A moça da aldeia que teolha sem maldade / Posso até sertua pela eternidade / Mas eutenho que voar». Muito apro -priado para um telemóvel, não é?
Casou este ano. Como conjuga
a nova vida de casada com a
PLANOS PARAO FUTURO“QUERO FAZERUM FILME, UMDOCUMENTÁRIO EMAIS COISAS COMOACTRIZ. E TENHOSONHADO MUITOEM IR À LUA.”
1996. O seu quarto
álbum, “Feijão Com
Arroz”, leva-a finalmente
ao sucesso à escala
mundial. Temas como
“Nobre Vagabundo”
e “Rapunzel” atingem
rapidamente o primeiro
lugar nas tabelas de
vendas – incluindo em
Portugal, onde o disco
continua a ser um dos
mais vendidos de todos
os tempos. Com 300 mil
unidades vendidas em
França, a cantora esgota
o teatro parisiense
La Cigale e bate recordes
de afluência de público
no festival de Artes
Latinas no Lincon Center,
de Nova Iorque.
2000. “Sol da Liberdade”,
o seu quinto registo
de estúdio, assume um
abandono da Axé Music
(então em declínio) e
uma maior predominância
da música electrónica.
O disco é bem recebido
pela crítica e a digressão
de promoção é a mais
bem-sucedida da cantora
até então.
2001. Canta o tema “Let
It Be” com Paul McCartney
e vários outros artistas na
cerimónia de entrega
do Prémio Nobel da Paz,
em Oslo (Noruega).
2006. O CD e DVD “Balé
Mulato – Ao Vivo” vence o
Grammy Latino de “Melhor
Álbum Brasileiro de Música
Regional ou de Raízes”.
2009. Casa-se, em
Roma, com o publicitário
italiano Marco Scabia.
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O momento mais memorável da minha carreira? Eu ainda só estou começando! (risos) Nem me lem-bro, porque tenho a mania de me esquecer para não ficar contando o que já fiz. A vida está aí todapara ser vivida, ainda. Tenho alguns “shows” memoráveis. O primeiro no estádio do Restelo foi extraor -dinário, com tanto português a cantar as minhas músicas. Fui a muitos outros países eu ro peus antesde vir cá, porque diziam que era muito difícil trazer a música nova do Brasil e que, apesar da língua,vocês eram diferentes. Por isso, eu não esperava a empatia que houve entre nós nem a alegria comque vocês receberam o meu trabalho. Foi mágico demais. �
RECORDANDO UMA MEMORÁVELESTREIA EM SOLO PORTUGUÊS
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A VIDA DEPOIS DA GLÓRIA
Um dos melhores jogadores de sempre do futebol português
despediu-se dos relvados em Maio, com uma marca impressionante:700 jogos, 120 golos e dezenas
de títulos. Por agora, Luís Figo vive em Madrid, mas talvez um dia
regresse a Lisboa. Planos não lhe faltam.
TEXTO JOÃO ALEXANDRE I FOTOGRAFIA HAMISH BROWN
LUISFIGOLUISFIGO
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O RAPAZ que um dia come çoua jogar num clube de bairroem Almada, «Os Pastilhas»,conquistando o mundo a partirdaí com a bola nos pés, serásempre um futebolista dife -rente. «Di ferente» é a palavraindicada: não só porque temno currículo a Bola de Ouro daFIFA de 2001 ou uma transfe -rência milionária de Barce -lona para o Real Madrid; nãosó porque representou aselecção portuguesa em 127jogos ou ga nhou a Liga dosCampeões Europeus em 2002.Diferente sobretudo pelo quecontinua a revelar fora dos rel-vados, agora que terminoudefinitivamente uma carreirade duas décadas de títulos,conquistas e uma ou outradesilusão (a derrota na finaldo Euro 2004 é a mais difícilde digerir): ambicioso, irreve -rente, humilde e cosmopolita,os seus interesses nunca seesgotaram na baliza de umestádio. Chega a ser surpreen-dente: «Neste momento, tenhoem vista uma aposta na ener-gia renovável no Alentejo. Opaís tem investido muito nasrenováveis, e bem, e o potencialda energia solar é enor me.» Ou
quando avalia a divulgação damarca Portugal no mundo:«Poderíamos che gar ao con-sumidor internacional deforma muito mais eficaz sehouvesse uma estratégia depublicidade e marketing cor-recta. Muitas vezes, aposta--se em outros caminhos, àsvezes até em personalidadesestrangeiras. No ano passado,salvo erro, houve uma pri -meira campanha de divulga -ção internacional dos nossosvalores, como a Mariza, aJoana Vas concelos, etc. Achoque foi uma boa iniciativa quedevia ser repetida mais vezes.»Desde Maio que Luís FilipeMadeira Caeiro Figo, de seunome completo, nascido emAlmada, a 4 de Novembro de1972, ex-jogador do Sporting,Barcelona, Real Madrid e Interde Milão, goza de uma novaliberdade. «Depois de tantosanos de sacrifícios, quero ser eua decidir o que vou fazer. Sequiser ir para Espanha, vou, sequiser ir para Itália, vou. Sequiser dedicar-me à agricul-tura, posso», disse em Agostoao “Diário Económico”, deférias no Algarve, na suaprimeira entrevista desde o dia
31 de Maio, quando se des-pediu das «quatro linhas» comuma ovação monumental emSan Siro (Milão). Figo, aliás,quis terminar a carreira maiscedo, em 2007, mas uma lesãono final da temporada afastou--o dessa ideia – orgulhoso, nãoia despedir-se com «um mausabor na boca», como revelariamais tarde. Na verdade, foiuma lesão e a entrada em cenade José Mourinho no Inter.Conheciam-se bem desde ostempos do Sporting e do Bar ce -lona. «Foi um estímulo acres -cido, a renovação da am bição»,conta Figo. «É difícil, no fute-bol de hoje, encontrar umjogador como ele, onde existe otalento e, ao mesmo tempo, adisciplina, o rigor», respondeuo “Special One” aos jornalistas,em Itália.Luís Figo nunca esqueceráMourinho, mas também CarlosQueirós (com quem ganhou oEuropeu de sub-16 e o Mundialde sub-20) ou Johan Cruyff,mítico treinador do Barcelona,responsável pela sua con-tratação em 1995. «Os bonsjogadores, como Romário eFigo, só precisam de dois me -tros para fazer o que quiserem.Quanto maior a qualidade doatleta, menos espaço ele precisapara jogar futebol.» O elogio doholandês apareceu num dosmomentos mais difíceis da car-reira do número 7: a polémicatransferência para Madrid, em2000, nunca perdoada pelosadeptos catalães e a mais caraaté então (61,7 milhões deeuros). «É muito difícil que umjogador como Figo saia caro aalguém. Ele dá tudo de si emcampo.»
“TENHO EM VISTA UMAAPOSTA NA ENERGIARENOVÁVEL, NO ALENTEJO.O POTENCIAL DA ENERGIASOLAR É ENORME.”
1989. Chega a jogador
profissional do Sporting
Clube de Portugal, após
dar os primeiros toques
no União Futebol Clube
«Os Pastilhas», em
Almada. É campeão da
Europa de sub-16 pela
selecção nacional e, dois
anos depois, vence o
Mundial de sub-20, em
Riade (Arábia Saudita).
1995. Ganha a Taça de
Portugal e é contratado
pelo Barcelona, onde
jogará com Vítor Baía,
Fernando Couto e, mais
tarde, Simão Sabrosa.
Faz 172 jogos, 30 golos
e conquista vários títulos,
entre eles dois campeo -
natos, uma Taça UEFA
e uma Taça das Taças.
2000. Protagoniza a (até
então) transferência mais
cara de sempre do futebol
mundial: de Barcelona
para Madrid por 61, 7
milhões de euros. Mais
163 jogos, 36 golos, dois
campeonatos e a tão
ansiada Liga dos Campeões
Europeus (2001).
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filme “Second Life” (2009),realizado por Nicolau Breynere Miguel Gaudêncio. «Muitas pessoas acusam-me degostar muito de dinheiro, maspergunto: quem não gosta? Eudigo que gosto porque não souhipócrita. Gostar de dinheirosignifica ter a noção de quecusta ganhar. E eu tenho anoção de que me custou muito,muito, muito aquilo que con-segui», explicou ao “DiárioEconómico”. «E significa trans-mitir essa noção às mi nhas fi -lhas, que ainda são pequenaspara perceber isto.» Actual -mente, os seus investimentosdividem-se entre imobiliário,restauração e hotela ria, onde sedestaca o Suites Alba Resort &Spa, perto da praia algarvia deAlbandeira, no Carvoeiro. «Gos-taria de investir numa cadeiade hotéis. Tenho, também, uminvestimento na área dos vi -nhos, na D+D (Dou ro&Due ro)»– a pro pósito, Luís Figo foirecen te mente entronizado mem-bro da Confraria do Vinho doPor to. «Transformou-se a pou -co e pouco num homem denegócios, que tem a sua vidasuperestabilizada a esse nível.Tem a fundação, que deve seruma “ferramenta” para sedivertir e sentir importante»,declarou José Mourinho àagência Lusa em Junho. «Mastenho dúvidas que ele consigaviver fora do futebol.»Em 2007, este futebolista dife -rente não ganhou o concurso “OsGrandes Portugueses”, exibidodurante meses na RTP, mastalvez nunca mais tenha esqueci-do a frase aí proferida por ZeinalBava, Presidente Executivo daPT: «Figo simboliza tudo aquiloque este país deve ser.»�
ao “Diário Eco nó mico”. «Nes -te modelo, não faria sentido[candidatar-me] porque seriasó uma cabeça de cartaz e eunão estou disponí vel para isso.Para ser uma cara, fico emcasa. No entanto, se a oportu-nidade surgir e eu verificar quehá condições para implemen-tar as mudanças que entendoque devem ser feitas, então, aí,podemos voltar a falar.» Demomento, há outras priori-dades no caminho, prioridadesque começaram há seis anos,como a sua Fundação, cria dapara apoiar jovens ou estimulardiferentes modalidades (ténis,atletismo, etc.) e que hojeassenta, segundo Luís Figo,sobre quatro eixos funda-mentais: desporto, educação,espe rança e saúde. Em Julho de2008, por exemplo, envolveu-seno lançamento do livro debanda desenhada “Luís Figoand the World TuberculosisTeam”, parte de uma campa -nha para ensinar crianças eadolescentes a combater e pre-venir a tuberculose. Cedo as grandes empresascomo a Nike, a Coca-Cola, aSagres, a Galp ou a Tag-Heuerperceberam a força da imagemde Figo, a mesma que o levou aaceitar entrar no elenco do
2001. É eleito o melhor
jogador do mundo pela
FIFA, à frente de David
Beckham e Raul, depois
de, no ano anterior, ter
ficado em segundo lugar,
atrás de Zinedine Zidane.
2004. A selecção
portuguesa perde a final
do Campeonato Europeu,
mas ainda assim con-
quista o melhor lugar de
sempre da sua história.
Luís Figo participa em
três Europeus (1996, 2000
e 2004) e dois Mundiais
(2002 e 2006). Marca 32
golos em 127 interna-
cionalizações.
2005. Muda-se para o
Inter de Milão (105 jogos
e 9 golos), onde ganha
quatro campeonatos
consecutivos. Um ano
depois, abandona a
selecção nacional.
2009. Despede-se dos
relvados no estádio de
San Siro, em Milão, a 31
de Maio, ovacionado de
pé pelos adeptos do Inter
e por José Mourinho
Por agora, divide o Olimpo dofutebol português com Eusébioe Cristiano Ronaldo – um estu-do de opinião recente daEurosondagem mostrava queeste trio é o mais popular desempre, com Figo ligeiramenteà frente. «Pelo trajecto que fizna selecção, tenho consciênciade que mudou muita coisa parabem do prestígio do futebolportuguês. Por isso, só possoestar feliz por tudo aquilo queconseguimos fazer em prol daselecção e do desporto.» Voltoupara Madrid com a família (amodelo sueca Helen Svedin etrês filhas) e tem uma função adesempenhar nos próximosdois anos: ser um dos respon-sáveis pelas relações interna-cionais do Inter de Milão.Definitivamente, o futuropróximo de Luís Figo nãopassa pelo banco de suplentes(mesmo como treinador). Apresidência da FederaçãoPortuguesa de Futebol é umfato mais à sua medida. Umfato com modelo e desenhopróprios. «O futebol portuguêsdepende de quatro ou cincoassociações distritais e eu nãoconcordo com isso, consideroque o poder deve estar concen-trado num órgão, que é aFederação», explicou em Agosto
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AMBICIOSO, IRREVERENTE,HUMILDE E COSMOPOLITA:OS SEUS INTERESSESNUNCA SE ESGOTARAM NANA BALIZA DE UM ESTÁDIO.
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AR C I T Y
Projectada por NormanFoster, Masdar City quer tornar-se o modelode cidade ecológica do século XXI, sem des-perdício, dióxido de carbono ou automóveis.Não é uma miragem no deserto de AbuDhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos.A construção avança em velocidade decruzeiro e o seu Instituto para a Ciência e Tecnologia já recebeu os primeiros 92investigadores vindos de todo o mundo.
UTOPIA VERDE
TEXTO JOÃO ALEXANDRE I FOTOGRAFIA FOSTER + PARTNERS
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É um Ferrari no desertoque talvez ajude a fabricar
Twingos». A analogia de YvesLion, especialista em cidadesárabes, ga lardoado em 2007 como maior prémio de urbanismode França, resume na perfeiçãoo pensamento de quem olhapara Masdar (palavra que signi -fica «fonte» em árabe) como «a»cidade verde do século XXI, aprimeira do mundo livre de car-bono, modelo futurista porexcelência do desenvolvimentourbano sustentável, apoiadopelo Fundo Mundial para aNatureza (WWF). Masdar não é uma miragemextravagante no deserto de AbuDhabi. As obras iniciaram-seem 2007 e, por esta altura,avançam em velocidade decruzeiro, a pouco mais de 25quilómetros da capital dosEmirados Árabes Unidos, se -guindo à risca o ambicioso pro-jecto definido pelo conceituadoatelier de arquitectos Fos ter+Par -tners. O próprio Norman Foster,vencedor do Prémio Pritzker em1999 (conhecido como «o Nobelda arquitectura»), garantiu queeste é um dos maiores desafiosda sua longa carreira: as exigên-cias de poluição zero «prometemquestionar a sabedoria urbanaconvencional», afirma, e Mas dar(www.masdar.ae) revolucionaráa noção de «cidade sustentáveldo futuro», na base sobretudo daeficiência energética. Para isso,a construção desta «utopia ver -de» passa, de início, pela insta-lação de uma enorme centralfotovoltaica (já em fase de aca -bamento) e por um crescimentocuidadoso que evite os meios detransporte poluentes (porexemplo, lojas, empresas e ins -tituições ficarão a uma dis tân cia
máxima de 200 metros). Fosteracredita que a «rede compacta deruas» que desenhou, com múlti-plas zonas de sombra para prote-ger as pessoas do calor infernal daregião, é a melhor forma de enco-rajá-las a andar a pé. Não haverácarros, substituídos neste caso por«transportes rápidos pessoais»(PRT) – veículos ecológicos dequatro lugares guiados por trilhosmagnéticos, distribuídos por 100
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OBJECTIVOZEROMASDAR NÃOPRODUZIRÁEMISSÕES DE CARBONO NEM LIXO E NÃODEPENDERÁDE ENERGIASFÓSSEIS.
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estações – para um total previstode 90 mil pessoas (40 mil resi-dentes e 50 mil trabalhadores vin-dos de fora).Se tudo correr como planeado,este mega-palco de «todos oszeros» – zero carbono, zero lixo,zero carros, entre outros – abriráas suas portas oficialmente em2016. «Talvez seja o laboratóriodas cidades do futuro, mais“clean-tech” do que a ecocidadede Dongtan, cuja abertura devecoincidir com a ExposiçãoUniversal de Xangai em 2010»,escreve o jornalista Jean-Michel
Bezat no prestigiado “LeMonde”. Em Masdar, os edifí-cios não podem ultrapassar os 40metros de altura, entre quatro aseis andares; serão criadas zonaseconómicas especiais livres deimpostos, que pretendem atrairaté 1500 empresas com umpacote de incentivos; e haverácentros de reciclagem, centraispara tratamentos de resíduos ede água (80 por cento será reuti-lizada), parques eólicos, e trêsplantações de diferentes espé-cies para produção de bens ali-mentares e biocombustíveis.
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PROTÓTIPO PORTUGUÊS VENCE CONCURSO INTERNACIONAL
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COBERTURAS VERDES comprodução agrícola, estufas nosandares superiores, construçãoem pré-fabricado (cem porcento), painéis e persianasfotovoltaicas, sistemas eólicosque fornecem a energia neces -sária, bem como zonas permeá-veis para prevenção de cheiassão os traços fortes do protó -tipo português – criado poruma equipa de arquitectos,engenheiros, designers e artis-tas, coordenada por AntónioLouro (Atelier MOOV), FilipeVogt e Marta Frazão (Atelier
Data) – que venceu o concursointernacio nal Urban Re:Vision(entre 230 participantes detodo o mundo). O projecto“Forwarding Dallas” serátornado realidade numquartei rão de 40 mil metrosquadrados e 850 habitantes nacidade texana. Esta iniciativanorte-americana joga numduplo objectivo: modernizarDallas e promovê-la ao mundocomo solução sustentável paraoutras cidades. Mais informações no “website”www.revision-dallas.com �
REINVENTAR DALLAS
COBERTURAS VERDES, ESTUFAS, SISTEMASEÓLICOS E PERSIANAS EPAINÉIS FOTOVOLTAICOS: EIS A DALLAS DO FUTURO,NA INTERPRETAÇÃO DAEQUIPA DE CRIATIVOS ETÉCNICOS PORTUGUESES.
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A COMISSÃO EUROPEIA CRIOUUM PRÉMIO PARA DISTINGUIRAS CIDADES COM MELHORDESEMPENHO AMBIENTAL. ESTOCOLMO SERÁ A PRIMEIRA«CAPITAL VERDE», EM 2010.
A IDEIA partiu de Jüri Ratas, an ti go Presidente da Câmara deTallin e actual vice-presidente doparlamento estónio, em Maio de2006. Dois anos depois, a 22 deMaio, Dia Mundial da Bio di ver -si dade, na sede do Co mité dasRegiões, em Bru xelas, o projectopassava a ter carimbo oficial como lançamento do pré mio «Ca pi -tal Verde da Europa», atribuídotodos os anos, a partir de 2010, auma «cidade que apresente umhistorial consis ten te de respeitopor elevados padrões ambien-tais» – como se pode ler no textode apresentação –, «em pe nhadaem pôr em prática medidas am -bi ciosas, que aposte na melhoriado ambiente e no desenvol vi -men to sustentável e que possa
servir de modelo encorajador pa -ra outras ci da des». O concurso estava aberto a ci da -des com mais de 200 mil habitan -tes, dos 27 estados-membros daUnião Europeia, dos países candi -da tos (Turquia, Ma ce dó nia eCroácia) e dos que integram o Es -pa ço Económico Eu ro peu (Islân -dia, Noruega e Liechtenstein).Concorreram 35 cidades de 17países, entre as quais Lisboa,ava liadas com base em dez cri -térios ambientais, que in cluí ramalterações climáticas, trans por -tes, ar, resíduos e água. A decisão chegou em De zem brode 2008: o júri, composto porrepresentantes da ComissãoEuropeia, da Agência Europeiado Ambiente, do International
Council for Local Environ men talInitiatives, da Federação Euro -peia de Trans portes e Am bien te,da União das Capitais da UniãoEuropeia e do Comité dasRegiões, distinguiu Estocolmo(2010) e Hamburgo (2011). Acapital sueca, cujo objectivo éaca bar com as energias fósseisem 2050, desenvolveu um pla noambicioso de protecção da águae apresenta uma rede de trans-portes com baixas emissões decarbono. A cidade alemã, por seulado, é um exemplo de ele va dospadrões de qualidade am bien tal.Para acompanhar os de sen vol vi -mentos deste pré mio, o melhor éjuntar este en de reço aos seus fa vo -ri tos: http://ec.europa.eu / e n vi r o n me nt/europeangreencapital �
VIA VERDE EUROPEIA
«Espero que este prémio
constitua um poderoso incentivo
para que os governos e as
autoridades locais melhorem
as condições de vida dos
habitantes das cidades
europeias, muitas delas já
empenhadas em melhorar as
suas condições ambientais.»
Stavros Dimas, comissário europeu
para o Ambiente
«Acredito que uma Europa verde
e sustentável é essencial para
melhorar a saúde pública e a
qualidade de vida dos cidadãos.»
Jüri Ratas, vice-presidente do parlamento
da Estónia
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o outro lado
Esqueçamos, por momentos, o seu louváveltrabalho como mentora, fundadora e directora
do Chapitô. Ponhamos de parte o nariz encarnado, a maquilhagem, os sapatos enormes
de palhaço. Senhoras e senhores, meninos e meninas: na pista,
Teresa Ricou, sem máscaras.
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9 TEXTO JOÃO MESTRE I FOTOGRAFIA PEDRO LOUREIRO
QUEM ÉSTU, TETÉ?
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QUANDO NÃO ESTÁ na pele deTeté, a Mulher Palhaço, Te re saRicou não faz nada de improviso.Nem dá entrevistas. «Temos defazer sempre o trabalho de casa.Não acredito no desenrascanço.» Nem mesmo se a ideia for esqueceras preocupações e partir paralonge. «Gosto de sair do sítio ondeestou, mas tenho de estar prepara-da.» Embora já não viaje tanto, emparte por falta de paciência para osaeroportos – «é uma violência, umaindiscrição, aquilo que fazem àspessoas, aquelas apalpações gra -tui tas» –, Teresa é uma mulher domundo. «Já viajei de jipe pelosconfins de África com o meu pai,fui hospedeira da TAP, andei com ocirco de terra em terra, a corrermundo numa carrinha Volks -wagen.» Foi aí, ao aperceber-se da«miséria que se dava no mundo»,que descobriu essa coisa de «nãoter necessidade de tanto e de par-tilhar com os outros». Paris foi a cidade que a ensinou «acrescer, a viver, a ler Boris Vian,ouvir Jacques Prévert e Leo Ferré,a pensar na vida, a ser revo -lucionária». Mudou-se em 1970,ainda com o espírito do Maio de68 bem presente, e só voltou aPortugal após a Revolução deAbril. Teve oportunidade de privar
com figuras importantes da cenaartística europeia, como ArianeMnouchkine, «grande monstro doteatro francês», e Henri Langlois,«o homem da Cinémathèque», ecom prostitutas, travestis, turistas.«Adoro estar na rua, conversar compessoas.» Não lhe é muito difícilregressar a esses tempos. «Nomomento em que estou sem más-cara, sem pintura e sem o Chapitôem cima, sou uma “hippie”, de pédescalço, sem maqui lhagem, aliem frente ao mar.» Aliás, sempreque pode, «foge» para a PraiaGrande, em Sintra. «É tão bom, ocheiro do mar» – privilégio que hádois anos ganhou uma novadimensão. «Deixei de fumar eagora sinto todos os cheiros», dizcom satisfação.
«GOSTO DE TUDO aquilo o que ébom.» A resposta serve para quasetudo. Literatura, música, teatro,cinema, até gastronomia. Masacaba por ser uma maneira de nãoapontar favoritismos. A música,começando por aí, é-lhe funda-mental. «Está a ouvir, não está? Éo meu pano de fundo.» O seu gabi-nete, um espaço em ebulição, ondeimpera um sem-número decadeiras – muitas delas por si mo -di ficadas, a partir de materiais
diversos –, é percorrido pelo suavejazz saído da aparelhagem, quepartilha uma estante com algumasfiguras chinesas, livros e uma pilhade CD encimada por “Carioca”, deChico Buarque. «Gosto de tudo»,repete. «Música cubana, kizomba,música ligeira dos anos 60 e músi-ca francesa: Leo Ferré, JacquesBrell... eles é que me ensinaram apensar na vida, a crescer, ser revo -lucionária.» E depois, há os por-tugueses, em particular os seus«camaradas, amigos da revolução»:Fausto, Sérgio Godinho, José MárioBranco, Vitorino. E, claro, «o ZecaAfonso, que foi um grande mestre,com quem convivi muito. Tenhotantas saudades dele...» Com a música, logo surge o temada dança: «Adoro dançar, gostomuito de tango e fiz muito sapatea-do». Recorda a ocasião em que, àsaída de um espectáculo, se foiapresentar a Mariano Franco – figu-ra de revista, do Parque Mayer –,com quem acabou por formardupla. Esta será, porventura, umadas muitas histórias incluídasnuma colecção de livros que conta,em três volumes, a história doChapitô e do circo em Portugal –com Teresa em primeiro plano –,escrita por Paula Moura Pinheiro,com pesquisa e orientação de
«AINDA TENHO MUITOPARA FAZER COMO
ARTISTA, VOU A MEIODA CARREIRA», BRINCA,
AINDA QUE SERIAMENTE.
teresa ricou I o outro lado I
Maria João Brilhante e design gráfi -co de Henrique Cayatte. O pri mei rovolume, “Estória da Pré-His tó ria”,foi lançado a 27 de Novem bro.Teresa é, também ela, uma entu-siasta da escrita. «Mas não “sei”escrever, sou uma autodidacta»,esclarece. «A escrita é uma coisaque não se pode perder, passo avida a incitar as pessoas a procu-rarem esse prazer.» Associadovem um outro prazer: a leitura.Entre os seus livros favoritos,aponta “Square Tolstoi”, deNuno Bragança, mas tambémAgostinho da Silva, «muita poe-sia da Luiza Neto Jorge» e Joãodos Santos – «um grande peda-gogo, que me “ensinou a ler”para fundamentar a minha profis-são». «Mas não sou fã incondi-cional de nada, gosto de tudo oque seja bom», reforça. «É comocomer: não tenho prato favorito,entre o bacalhau com todos e amão de vaca...» A frase fica sus-pensa, servindo o seu olhar deli-ciado de conclusão. Considera--se, a propósito, um bom garfo,adepta tanto do refinado Bica doSapato como da tasca mais tasca– desde que a comida seja boa. Eadora cozinhar, «reinventar a co -zi nha, gosto de misturas, é umdesafio à criação constante».
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O projecto Chapitô está quase
concluído?
Qualquer projecto que se prezeestá sempre em construção. Esteleva já 28 anos. Por isso tenho 80:60 anos de vida mais 28 desta«outra». Estou à espera da terceiravida: viver com a minha família,reencontrá-la. Apetece-me cadavez mais estar próximo deles, osmeus netos, o meu filho.
Ainda pensa em voltar à vida
artística?
Dei-me um tempo na minha car-reira artística, construí esta casasuficientemente grande paraabra çar a todos na festa. Mas oprojecto está quase em veloci-dade de cruzeiro. Falta acertaruma coisa ou outra, para eupoder voltar à minha vida artísti-ca. Já tenho marcado esseregresso para o ano que vem.
Prepara tudo com antece-
dência? Um ar tis ta não deve
estar pronto para improvi sar?
Não acredito no desenrascanço –tem de se pensar, sistematizar ascoisas, criar um método. Mas,como artista, claro que tenho deestar preparada. Se alguma coisa
acontece, tenho de entrar emcena. Aconteceu-me no Coliseu,há uns 20 anos, cair uma artistalá de cima da “perche” [númerode ginástica em altura] e tive-mos de entrar de imediato. E aambulância estava lá atrás. Nós,os pa lhaços, tí nhamos de estarsempre preparados para intervirsem ter a emo ção à boca.
Eram uma espécie de bom bei -
ros de palco...
Exactamente. Era essa, de certaforma, a nossa profissão. E eugosto disso.
Quais são as qualidades de um
bom pa lhaço?
Olhe, fazer rir quando não lhe ape -tece. Ter a capacidade de análise,de sentir que o público está areagir. Ou desiste, ou insiste dis -cre tamente... realmente, é agrande surpresa, fazer rir.
Qual é o segredo?
É a pessoa querer. É subir e des -cer: na vida, com os outros, etc.A capacidade de fazer humorcom coisas sérias é uma armaque tenho. É preciso estar-se«ligado» – e eu sou uma pessoamuito ligada.
O que a faz rir?
Bem, devo dizer que, com oChapitô, não tenho tido muitavontade de rir. Mas, por exemplo,o [Raul] Solnado – ele é ge nial,faz-me rir até às lágrimas. Tive oprazer de estar com ele num dosúltimos momentos da sua vida,quando veio cá fazer a aberturada escola. Era um gran de, grandeirmão. Tenho mui tas saudadesdele.
Pensa em reformar-se?
Qual reforma? Não! Posso afastar--me disto, mas espero manter aminha criatividade. A minha pro -fissão não tem idade: se euconseguir arrastar-me com os sa pa -tos, vamos lá!
AGENDA. A 16 de Fevereiro,
o Carnaval do Chapitô anima as
ruas de Lisboa, com o seu cortejo
circense. Mais informações no
“website” www.chapito.org.
ON-LINE. Fique a par do que se
passa no Chapitô, nas redes sociais:
www.facebook.com/pages/Chapito/1
64017379278
http://twitter.com/_Chapito_ �
«NO MOMENTO EM QUEESTOU SEM MÁSCARA
E SEM O CHAPITÔ, SOU UMA HIPPIE,
DE PÉ DESCALÇO, SEM MAQUI LHAGEM.»
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o outro lado I teresa ricou I
Essa é, aliás, a sua postura empraticamente tudo na vida. «Nãogosto de raças puras; esta casa[Chapitô], por exemplo, é toda re -cria da, a partir de uma antigaprisão de raparigas e com mate -riais resgatados de casas emdemolição.»
MARIA TERESA Madeira Ricounasceu em 1946 – embora diga,por graça, que tem já 80 anos,«60 de vida e outros 20 deChapitô» –, na Praia da Granja(Vila Nova de Gaia), filha de umabrasileira de ascendência italia -na e de um eminente médico deorigem suíça. Cresceu numafamília burguesa, embora nuncase tenha acomodado ao estilo devida que lhe tentaram impor. «Aalta burguesia não tem preocu-pações, já nasceu com tudo. Euengoli as preocupações domundo.» E aí descobriu a suaveia de «artista de intervenção»,primeiro como artista de circo,depois (ou em simultâneo) pelaanimação cultural e, por fim,através de um grande projecto dereinserção social e formação nasartes, de seu nome Chapitô, fun-dado a 7 de Janeiro de 1981. Isso acabou por empurrá-la cada vezmais para o papel de TeresaRicou/directora, em detrimento dode Teté. Contudo, ainda não guar -dou de vez os sapatos tamanho 70nem o nariz encarnado. «Aindatenho muito para fazer como artista,vou a meio da carreira», brinca,ainda que seriamente. «Já tenhomarcado o regresso à pista para oano que vem.» Para isso, claro,como em tudo o resto, é precisopreparação. Nem que seja numasimples ida ao cinema. «Temos defazer da vida um acontecimento.»
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COURCHEVEL & MÉRIBEL
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TEXTO JOÃO MESTRE I FOTOGRAFIA YVES CALLEWAERT / VOLTA AO MUNDO
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O luxo e o “glamour” de alta montanha lado a lado com as emoções
fortes dos chamados«desportos brancos». Tudo
isto com acesso ao domíniodos «Três Vales», um dos
maiores do mundo.
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DE TOPO. NA ALTIVEZ DOS SEUS 2738 METROS, O PICO SAULIRE CONTEMPLA COURCHEVEL E MÉRIBEL.ANTES DO REGRESSO ÀS PISTAS, REGALA-SE A VISTA NO RESTAURANTE LE PANORAMIC, CUJO NOME NÃO DEIXA MARGEM PARA DÚVIDAS.
ESCOLHA. O DOMÍNIO ESQUIÁVEL DOS «TRÊS VALES»É UM DOS MAIORES DO MUNDO E OFERECE DESAFIOS ÀMEDIDA DE CADA UM, COM MAIS DE 300 PISTAS BALIZADASE 600 QUILÓMETROS DE DESCIDAS.
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LYON
NICE
ITÁLIA
Avoriaz
SUÍÇA
Chamonix
COURCHEVEL
MÉRIBEL
FRANÇA
uma, o La Table du Kilimandjaro(do Hotel Kili man djaro, naRoute de l’Altiport) e o LeFarçon (em La Tania, a poucomais de três quilómetros docentro de Courchevel), o únicoque não fica na secção 1850.
Isto não significaque seja necessáriovender os esquispara pagar um jan-tar. Basta descerum pouco em alti-tude e encontraráonde reconfortar oestômago e reporas energias depoisde um dia de«traba lho duro»nas pistas. A cozi -nha “savoyarde” éparticularmenterica nesse campo.Há os pan-alpinos “ra cle t te” e
“fondue savoyar de”, onde o quei-jo é figura dominante. E há alocalíssima “tartiflette”, umsubstancial gratinado de batata,cebola, fiambre e queijo“Reblochon” – também espe-cialidade regio nal, de origemprotegida.
EM PISTA. As cores
medem a escala de
dificuldade das pistas: do
fácil (verde) ao muito difícil
(preto), com o azul e o
vermelho de permeio. Em
Courchevel, há 15 pistas
verdes, 31 azuis, 35 vermelhas
e 9 pretas (“forfait” 6 dias:
€190; www.courchevel.com).
Méribel tem 73 pistas,
9 verdes, 34 azuis,
23 vermelhas e 7 pretas
(“forfait” 6 dias: €187;
www.meribel.net). Nos
«Três Vales», das 330 pistas
balizadas, 43 são verdes,
129 azuis, 125 vermelhas
e 33 pretas (“forfait” 6 dias:
€232;www.s3v.com).
TEMPERA TURA. No
tempo de Lindsay e Chappis,
era com “Genépi” que
se aquecia o corpo. Esta
aguardente regional continua
a ser uma opção para repor
a temperatura – mas há
sempre o reconfortante
chocolate quente, como
o do Le Tremplin, em
Courchevel 1850 (em frente
ao posto de turismo).
1945. No mesmo ano em queGeorge Orwell lançava “OTriun fo dos Porcos” e a cerimó-nia de entrega dos Óscares erapela primeira vez transmitidana rádio, a II Guerra Mundialchegava ao fim. Após cinco anosencarcerado num campo nazi, oarquitecto francês LaurentChappis regressava à pátria.Tinha então 30 anos e, debaixodo braço, trazia o projecto – de -senvolvido no período de cati -veiro – para a criação de umaestância de esqui na região hojeconhecida como «Os Três Va -les». Acontece que o projectoencaixava no desígnio, assumi-do pelo Conselho da Sabóia, dedar à população algo para sedistrair dos ainda recentes hor-rores da guerra.Passado um ano, já o arquitectoestava no terreno, a traba lharna construção de uma «estân-cia de esqui para o povo» – amesma que se havia de tornar odestino de eleição dos ricos efamosos quando o frio chega àEuropa. Chappis estava longede prevê-lo... E daí, talvez nãoestivesse assim tão distraído:como que estratificada empirâmide, Courchevel foidesenhada em quatro secções,baptizadas segundo a sua cotade altitude, 1300, 1550, 1650 e1850, sendo que a escala deluxo e “glamour” aumentaproporcionalmente. Entre outros títulos não-oficiais,Courchevel é conhecida como«Saint-Tropez do Inverno»,com as pistas a tomar o lugardas praias. Como tal, o nível devida leva o respectivo «tributo»:um café facilmente custa quatroeuros e uma refeição para duaspessoas atinge, sem grandes
luxos, a barreira dos 100 euros.Vinhos à parte, claro. Praticamente tudo na estânciaalpina gravita em torno do«topo de gama». São as lojas,das mesmas marcas que em -prestam “glamour” às ruas deMilão ou de Nova Iorque –Hermès, Prada, Dior. São oshotéis, que, excluindo Paris,somam a maior oferta de luxode toda a França – e, de acordocom um folheto do turismolocal, detêm o recorde de maiornúmero de estrelas por metroquadrado. (Falando só na ofertade topo, são seis os hotéis decinco estrelas, outros três emvias de e 10 de quatro estrelas –todos na cota 1850; a vista temo seu preço.)E, claro, a juntar a estas, há asestrelas do Guia Michelin, essa
“DESLIZES”PARA TODOSOS GOSTOSSIM, O ESQUI É REI.MAS HÁ OUTRASMODALIDADESDIS PONÍVEIS. COMOOS PASSEIOS DETRENÓ PUXADOPOR CÃES.
MADRID
FRANÇA
PARIS
LYON
NICE
BARCELONA
TURIMMILÃO
ROMA
conceituada instituição interna-cional da boa mesa. Courchevelarrebatou seis, atribuídas a qua-tro restaurantes: o Le Chabichoue o Le Bateau Ivre, ambos comduas estrelas (e ambos na Ruedes Chenus, a menos de 100me tros de distância), e, com
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O DIÁRIO BRITÂNICO “The Ti mes”aponta Courchevel como umadas 10 melhores estâncias domundo para não-esquiadores.Não custa compreender porquê.Com tanta oferta de requinte econforto, há até quem diga queé um destino para quem prefereo “après-ski” ao esqui propria-mente dito. Não será tantoassim. Manu Gaidet, tricam-peão mundial de “freeride”,garante que «é o melhor localdo mundo para a modalidade».É claro que estamos a falar davertente mais radical dosdesportos de Inverno, em quenão há pistas balizadas nemmeios mecânicos para chegar aotopo – e, aí, os mais afoitos têmà sua disposição algo como 10mil hectares de neve pura pordesbravar. Mas, mesmo no quetoca às vertentes menos ex -tremas, as opções são exce-lentes: 90 pistas, metade delasde dificuldade elevada, 42% daárea coberta por canhões deneve artificial e capacidade paratransporte de 70 mil esquia -dores por hora. Por si só,Courchevel reúne uma ofertarespeitável em qualquer lado domundo. Não é tudo: as possibili-dades aumentam exponencial-mente se tomarmos em conta odomínio dos «Três Vales», umdos maiores do mundo, queengloba também as estânciasvizinhas de Brides-les-Bains,
COMO IR. Os aeroportos
internacionais mais próximos
(com ligações a Lisboa e
Porto) são Lyon e Genebra,
ambos a cerca de duas horas
de qualquer uma das estâncias.
Voos a partir de €51, ida
e volta (www.easyjet.com).
Quem não quiser perder
tempo no “transfer” tem à
sua disposição o serviço de
héli-táxi (www.courchevel-
helicopter.com), que encurta
a duração do percurso para
30 minutos.
Méribel, La Tania, St-Martin--de-Belleville, Les Menuires,Orelle e Val Thorens. Com umsó “forfait”, o esquiador temacesso a 600 quilómetros de pis-tas marcadas, correspondentes auma área esquiável de 40 milhectares. Nem com um passepara toda a temporada con-seguirá alguém trilhar estas 330pistas. E não é pelo tempo gastona fila para os meios mecânicos– a capacidade de transporteascende aos 263 mil utilizadorespor hora.
PETER LINDSAY instalou-se na re -gião oito anos antes de Lau rentChappis. O major britânicodeixou-se encantar pelo vale deLes Allues, onde viu o terrenoideal para uma estância deesqui. A construção – coisa iné -dita na época – obedeceu a umrígido rol de normas, criadopelo próprio Lindsay, privile-giando os métodos, os traçados eos materiais tradicionais. Aestância de Méribel fica pordetrás do pico Saulire, que ob ser -va Courchevel do su doeste. Nãose pense, porém, que é «já ali» –e o preço da corrida de táxi deum lado ao outro recorda a sériede curvas e contracurvas queseparam as estâncias vizinhas. Pode não ter a sumptuosidadede Courchevel – talvez porquejá existia antes do esqui e deLindsay –, para não falar navelha questão dos preços. Nascasas, predomina a madeira, oformato “chalet” e o aconchegode uma lareira quando a noitecai. Por muito regulamentadaque seja a construção, acabamsempre por nascer os inevi -táveis blocos de apartamentos –aqui, porém, estão circunscritosao sector mais recente,Mottaret, no topo da estância, a1750 metros de altitude.Méribel Village e Méribelficam na cota dos 1400 e 1450,respectivamente.
Com 150 quilómetros de pistasbalizadas – e abundante ter-ritório virgem para o «fora depista» –, estão garantidas umasférias à prova de tédio. Umaviso: se em Courchevel as pis-tas se assemelham a auto--estradas, aqui parecem-se maiscom caminhos corta-fogo, ta -lhados na floresta densa, o quese pode revelar uma experiênciaalgo complicada para os menosexperimentados. Seja como for, há sempre os tais40 mil hectares dos «TrêsVales». Desafios à medida decada um é prato forte desteenorme manto branco.
útilPreço de Roaming tmn na França
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França: €0,516 p/min.
Chamada p/ outros países: €1,380 p/min.
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Chamada de dados: €0,352 p/100KB
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BOA MESA. SEJA NO MAIS LUXUOSO RESTAURANTE DE HOTEL OU NA MAIS SINGELA “BRASSERIE”, EM ALTAMONTANHA DEFENDE-SE A ARTE DE BEM COMER. O LEBLANCHOT (MÉRIBEL) E O LA VIA FERRATA (COURCHEVEL)SÃO DISSO EXEMPLO.
PÓS-ESQUI. QUANDO A NOITE CAI, HÁ QUEM SE DEITECEDO PARA APROVEITAR O RAIAR DO DIA SEGUINTE. E HÁQUEM PREFIRA GASTAR AS ENERGIAS NÃO DESPENDIDASEM PISTA. COURCHEVEL É ASSIM MESMO: METADE ESQUI,METADE “APRÈS-SKI”.
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AQUILO QUE MAIS me impressionou da primeira vezque estive em Méribel e em Courchevel foi a altitude:montanhas e mais montanhas cobertas de neve, umapanorâmica deslumbrante! Estas estâncias, na ver-dade, oferecem mais ao adepto de “snowboard” ou deesqui alpino. Pessoalmente, gosto mais da regiãodurante o Verão, para fazer ciclismo e “roller ski” – étambém um período mais calmo. No Inverno há maisconfusão turística e os preços são inflacionados. Para praticar, prefiro as estâncias vizinhas de Clusaz,a norte, ou St-Veran, a sul, mais apropriadas ao esquide fundo. Este ano, com a preparação específica paraas Olimpíadas de Inverno de 2010, em Vancouver, etendo de reduzir despesas, não posso regressar, mas sepudesse ia já amanhã. O esqui na região é brutal.Aliás, nem só o esqui: o visitante desfruta de delíciasgastronómicas, paisagens naturais e muito mais. Vuokatti, na Finlândia, onde vivo e treino desde2006, oferece um pouco de tudo para o esqui defundo, entre subidas e descidas. Nos Alpes, como seestá na alta montanha, é mais subir do que descer.Mas isto, naturalmente, é um ponto (muito) posi-tivo para o esqui alpino, com “drops” enormes elongos. A minha estância preferida nos Alpes Franceses é St-Veran, considerada a aldeia mais alta da Europa(2100m). Dispõe de pistas com menos gente, umatranquilidade extraordinária e uma paisagemincrível. Bom local para treino em altitude! Aospraticantes do esqui de fundo, aconselho tambémVercors ou La Clusaz, as estâncias preferidas dosgrandes atletas franceses. �
DANNY SILVA.O único atleta português
presente nos Jogos Olímpicos
de Inverno de 2006, em Turim,
repete a proeza em 2010, no
Canadá. Danny Silva já garantiu
os «mínimos» em esqui de
fundo – que está para o esqui
como a maratona para o
atletismo, por oposição ao
esqui alpino, uma prova de
“sprint” –, modalidade a que
se dedicou «a cem por cento
há cerca de seis anos».
Nascido em New Jersey, em
1973, cedo veio viver para
Almeirim. Passou por França,
onde trabalhou numa multina-
cional (curiosamente ou não,
uma das suas funções passava
por testar esquis), e desde
2006 que vive em Vuokatti, no
norte da Finlândia. «Trabalho
para um instituto desportivo
dedicado às modalidades
de neve, nomeadamente as
nórdicas – esqui de fundo,
combinado nórdico e salto».
Através deste instituto,
concluiu o curso superior
de tera peuta. Danny Silva
mantém actua li zado o seu
website pessoal:
http://almadesportiva.tripod.com
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09ALTITUDE. HABITUADO AO RELEVO POUCO ACENTUADO
DA FINLÂNDIA (E DO RIBATEJO, ONDE CRESCEU), DANNY SILVAFICOU IMPRESSIONADO COM A ALTITUDE, A INCLINAÇÃO E A IMENSIDÃO DESTAS MONTANHAS A PERDER DE VISTA.«UMA PANORÂMICA DESLUMBRANTE», RECORDA.
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FURNAS LAKE VILLAS RESORT
JARDIM DE SONHO
Rodeado por montanhas, plantas, árvores e lagoas, fica umdos mais arrojados projectos turísticos e arquitectónicos dosAçores. A parte custosa, já se sabe, é a hora da despedida...Não é necessário ser-se um especialista em jardinagem, um admi ra dor dabotânica ou um confesso «apaixonado pela Natureza» para perceber,mesmo à distância de um oceano, o que significa uma propriedade de 100hectares, dominada pelo verde intenso das montanhas envolventes e dosjardins mais próximos, e pelas cores garridas das azáleas, hortênsias,camélias ou de árvores como as criptomérias, os castanheiros e os carvalhos.
TEXTO JOÃO ALEXANDREFOTOGRAFIA CONSTANTINO LEITE / EVASÕES
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FURNAS LAKE VILLAS RESORTEstrada Regional do SulLagoa das Furnas, FurnasSão Miguel, AçoresTel.: 296 584 107Tlm.: 912 525 656www.furnaslakevillas.pt
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EXEMPLARTRABALHODE EQUIPA.HELENA E MANUELGAGO DA CÂMARATRANSFORMARAMESTA ANTIGAEXPLORAÇÃO LEITEIRA NUMPARAÍSO ECO TU -RÍS TICO, COM ACUMPLICIDA DE DADUPLA DE ARQUI-TECTOS FERNANDOMONTEIRO E LUÍSALMEIDA E SOUSA.A DECO RA ÇÃOFICOU A CAR GO DA EMPRESANACIONAL HÉSTIA E O MO BI LIÁRIO – ITA LIANO – FOIDESE NHADO À MEDIDA.
No Furnas Lake Villas Resort,a 150 metros da Lagoa dasFurnas, estão representados noque têm de mais natural (e, porisso, de melhor) São Miguel e oarquipélago dos Açores.Como em qualquer história,também aqui existem culpadosde primeiro grau: Helena eManuel Gago da Câmara, mi -caelenses de gema, que empoucos anos conseguiram trans-formar uma antiga exploraçãode gado leiteiro num autênticoparaíso ecoturístico, criando,em paralelo, duas empresas, aPicos de Aventura (www.picosdeaventura.com) e a Rota dasBaleias, especializadas em pas-seios pedestres, de bicicleta, dejipe ou a cavalo, canoagem,escalada, observação de cetá ceose aves, mergulho e “canyoning”.Há tempo para tudo neste“resort” pensado para vários
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de calor e, muito apropriadopara os dias frios que aí vêm,lenha na sala). Os pequenos-almoços não estãoincluídos no preço (que variaentre os 88 e os 237 euros anoite; o mais aconselhável éconsultar a tabela publicada nowebsite), mas nunca, ou quasenunca, será esse pormenor aafastar os hóspedes de umarefeição típica de bolo lêvedo,
compotas, biscoitos, pão ca sei ro,manteiga e queijos de SãoMiguel. E se a esta ementajuntarmos a possibilidade deto mar a primeira refeição dodia no alto de uma torre deobservação de aves, no Pico daAreia, ao nascer do Sol, a maisde 400 metros de altitude,então aí é que não há justifi-cação possível para perder estaexperiência única.
tipos de hóspedes, entre apreguiça retemperadora, o pas-seio contemplativo ou a aventuraradical. Helena e Manuelreafirmam-no a cada momento:o principal, para eles, é quequem chega se sinta em casa egoze a paisagem. Depois, aparecem os respon-sáveis de segundo grau: LuísAlmeida e Sousa e FernandoMonteiro, dupla tambémnascida em São Miguel, osautores deste que é um dosmais arrojados projectos turís-ticos e arquitectónicos dosAçores, inspirado nos tradi-cionais graneleiros micaelenses(estruturas agrícolas as sentesem estacas para guardar oscereais). No total, desenha ramdez casas de decoração moderna(oito T1, para duas a quatropessoas, e dois T2, para quatroa seis hóspedes), bem inte -gradas na paisagem, todasvoltadas para o Pico do Fogo –protagonista da penúltimaerupção da ilha, em 1630 –,assentes em estacas de betão(aludindo ao basalto típico dosAçores) por cima de espelhosde água, e que oferecemdivisões amplas, funcionais ealpendre privativo com vistapanorâmica (já para não falarde outros equipamentos essen-ciais, como cozinha equipada,ar condicionado, recuperador
O VERDE A PERDERDE VISTA.AS OITO CASAS,FEITAS EM MADEIRADE CRIPTOMÉRIA,DIALOGAM NAPERFEIÇÃO COM A VERDEENVOLVÊNCIA DA LAGOA DASFURNAS.
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À PROVADE TÉDIOUMA GASTRONO-MIA COM TANTODE MAR COMO DE TERRA, PISCINAS DEÁGUA GEOTERMAL,UMA CIDADE COM500 ANOS DEHISTÓRIA E UMVERDE A PERDERDE VISTA. BREVEROTEIRO DAMAIOR ILHA PORTUGUESA.
RESTAURANTESA LOTA
O espaço é de traço contemporâ-
neo e com o mar mesmo ali ao
lado. A cozinha, assessorada por
Vítor Sobral, está entregue ao
chefe micaelense César Arruda
que elaborou uma carta onde
a influência internacional mede
forças com a identidade culinária
açoriana. As lapas, o cherne,
o atum e o chá Gorreana são
presenças constantes.
> Largo do Porto, 13 - Lagoa
> Tel.: 296916055
> Web: www.alotarestaurante.com
COLÉGIO 27
É uma das moradas mais
cosmopolitas de Ponta Delgada.
Instalado num edifício histórico –
que já foi estábulo e fábrica de sal
– o Colégio 27 combina elementos
decorativos locais com peças de
design contemporâneo. A carta
combina as influências escandina va,
francesa e da tão falada cozi nha
de fusão. Funciona também como
bar, por vezes com música ao vivo.
> Rua Carvalho Araújo, 27
> Tel.: 296288930
TERRA NOSTRA
Nas Furnas é praticamente
obrigatório provar o famoso
cozido, feito nas caldeiras naturais
contíguas à lagoa. O restaurante
do Hotel Terra Nostra é um dos
locais onde pode prová-lo – tendo
em atenção que convém reservar
de véspera (já que o cozido leva
cerca de cinco horas a ficar pronto).
> Rua Padre José Jacinto Botelho -
Furnas
> Tel.: 296549090
> Web: www.bensaude.pt
DESCOBERTATRILHO PEDESTRE DA LAGOA
DAS FURNAS
Uma das melhores formas de
ferrosas – com nichos de diferentes
temperaturas – facilmente se enche
de gente. Para encontrá-la, siga
pela Rua da Água Quente até à
ponta sudoeste da vila. A Poça está
à direita, por detrás de um pórtico.
CENTRO HISTÓRICO
DE PONTA DELGADA
Cidade desde 1522, Ponta
Delgada apresenta um bem
preservado centro histórico,
marcado pelo contraste do branco
das paredes caiadas com o negro
da pedra. A Igreja de São
Sebastião (em especial o seu
pórtico manuelino), as Portas da
Cidade, o Forte de São Brás e o
Convento da Esperança são alguns
dos monumentos que importa
conhecer.
MUSEU CARLOS MACHADO
Ao percorrer o centro histórico
de Ponta Delgada, vale também
a pena conhecer o Museu Carlos
Machado, que alberga um impor-
tante acervo artístico e cultural,
bem como uma interessante
secção de História Natural.
> Convento de Santo André, Rua
João Moreira – Ponta Delgada
> Web: museucarlosmachado.azo r
e s .gov.pt
CHÁ GORREANA
Muita gente desconhece-o, mas
em Portugal também se produz
chá. Aliás: bom chá. Situada na
zona norte da ilha, a Fábrica de
Chá Gorreana mantém-se em
laboração ininterruptamente
desde 1883, dedicando-se à
produção de três tipos de chá
preto (Orange Pekoe, Broken
Leaf e Pekoe) e um de chá verde
(Hysson).
> Plantações de Chá Gorreana
Estrada Regional, Gorreana de
Cima – Maia
> Web: www.gorreana.com
AGENDAGISELLE
As desventuras da camponesa
Giselle e do seu amor pelo miste-
rioso Loys serão levados à cena
no Teatro Micaelense pela mão da
Companhia Nacional de Bailado.
Estreado em 1841, no Teatro da
Academia Real de Música de Paris,
“Giselle”, obra-prima de Adolphe
Adam, tornou-se o arquétipo dos
chamados «bailados brancos».
> Teatro Micaelense, Largo de São
João, Ponta Delgada
> 29 e 30 de Janeiro de 2010
> Web: www.teatromicaelense.pt
LA SPINALBA
A importância da amizade e a
aprendizagem da vida através dos
males de amores são a espinha
dorsal desta ópera cómica de
enganos amorosos em três actos,
composta pelo português
Francisco António de Almeida
(1702-1755), com libreto de autor
desconhecido.
> Teatro Micaelense, Largo S. João,
Ponta Delgada, 17 de Dezembro
> Bilhetes a partir de €10
Web: www.teatromicaelense.pt
descobrir os encantos da ilha é
calçar as botas de caminhada e
seguir pelos trilhos marcados.
O percurso PRC 6 SMI, de baixa
dificuldade, contorna a Lagoa das
Furnas, passando pelas caldeiras
onde é preparado o Cozido das
Furnas e pela imponente ermida
de Nossa Senhora das Vitórias.
Ao todo, estes nove quilómetros
levam pouco menos de três horas
a percorrer.
> Web: www.trails-azores.com
PARQUE TERRA NOSTRA
Fundado em 1780 pelo cônsul
norte-americano nos Açores, este
parque botânico – que dá nome a
um famoso queijo do arquipélago –
é uma imensa mancha verde onde
se destaca o colorido das azáleas
e das camélias. A piscina natural
de água férrea – que brota do solo
a 25°C – convida a um mergulho.
Em 2007, a revista de viagens
“Condé Nast Traveller” incluiu o
parque no seu top 12 dos jardins
mais belos do mundo.
> Parque Terra Nostra – Furnas
> Tel.: 296549090
POÇA DA DONA BEIJA
A sinalização não é propriamente
adequada e o sítio não está muito
divulgado. Ainda assim, esta
piscina geotérmica de águas
útil> Com o serviço Aqui Perto da tmn,
basta enviar um SMS para o 68500
(acom pa nhado do respectivo código)
para receber no seu telemóvel
infor mações sobre hotéis (AP HOTEL),
restaurantes (AP REST), museus (AP
MUS), postos de abastecimento (AP PA),
bares (AP BAR) ou discotecas (AP
DISCO). Custo por SMS enviado 0,20 €
> Para chegar mais facilmente ao seu
destino, o melhor é fazer-se acompa-
nhar do novo TMN Silverbelt, com
licença de GPS NDrive vitalícia com
mapas de Portugal (Continental e Ilhas)
e informações de trânsito.
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gourmet I restaurante feitoria I
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JOSÉ CORDEIRO
TEXTO CLÁUDIA CARVALHOFOTOGRAFIA PAULO BARATA
O chefe José Cordeiro, premiado em 2004/2005 e2005/2006 com uma es trela Michelin (enquanto desempe -nhava funções na Casa da Calçada, em Amarante), confessaque gosta da companhia de um bom whisky no processo de cria -ção de novos pratos e, inspirado por duas sugestões do SingleMalt Club*, com quem tem desenvolvido parcerias nos últimosanos, criou, em exclusivo para a “T”, uma entrada e um pratoprincipal. Desafiamos os leitores a experimentar em casa.
JOSÉ CORDEIRO
CHEFE COM GOSTO
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CREME AVELUDADO DE POLVOCOM PEDAÇOS DO MESMOPARA 2 PESSOAS I TEMPO DE PREPARAÇÃO: 01H30
INGREDIENTES
400g polvo congelado, 100g cebola, 20g alho seco, 1dl azeite extra
virgem, 10g sal grosso, 30g coentros frescos picados finamente, 2 palitos
de cocktail de madeira, 3g tomilho fresco, ½dl natas frescas, 10g farinha
maisena solúvel, 2cl vinagre
Preparação: Cozer o polvo em água com uma cebola. Reservar e apro -
veitar meio litro do caldo para fazer o creme. Levar esse caldo a ferver, adi-
cionar as natas e temperar de sal. Aveludar apenas com a maisena, de forma
a ficar um creme macio. Colocar os coentros frescos dentro do copo da vari -
nha má gica e adicionar um pouco de azeite, o vinagre e um dente de alho.
Bater bem com a varinha até desfazer e ficar um molho espesso. Temperar
de sal e reservar. Este vinagrete é servido frio ou à temperatura ambiente.
Colocar azeite numa frigideira e fritar rodelas de polvo de forma a que
fiquem bem alouradas. Retirar e espetar no palito. Emprata men to: Deitar
o creme aveludado bem quente num prato de sopa fundo. No centro, colo-
car o espeto de polvo de pé. Adicionar o vinagrete de coentros em forma de
picotado por cima do aveludado de forma a criar o efeito de bolhas. Enfeitar
com o tomilho fresco e servir. Para acompanhar: Blended Malt Johnnie
Walker Green Label 15 anos
LOMBINHO DE VEADOGRELHADO E LAMINADOPARA 2 PESSOAS I TEMPO DE PREPARAÇÃO: 01H50
INGREDIENTES
300g lombinho de veado limpo, 15g sal grosso, 1,5dl azeite extra virgem,
65g queijo da Serra amanteigado, 10g alho seco, 90g cogumelos parisienses,
8cl natas frescas, 8g noz-moscada moída na hora, 8g pimenta preta moída
na hora, 150g batata ágria, 3 ovos XL, 50g manteiga de ovelha de Azeitão,
40g pimento morrone de lata, 5g alecrim fresco
Preparação: Descascar as batatas e laminar finamente; deixar em água 2h.
Escorrer e colocar em tabuleiro pequeno barrado com manteiga de ovelha de
Azeitão. Adicionar os ovos batidos, as natas, a noz-moscada e a pimenta. Levar
ao forno (170°C) por 70 min. Deixar arrefecer um pouco. Cortar com uma
forma cilíndrica de 8-10cm de diâmetro por pessoa. Picar finamente os
cogumelos e saltear. Abrir o cilindro ao meio e rechear com os cogumelos e
uma fatia fina de queijo da Serra. Levar a gratinar e, logo de seguida, tapar
com a outra metade. Deixar gratinar a tampa até ficar estaladiça. Temperar o
lombinho e fritar em fogo forte até ao ponto médio. Retirar e deixar descansar
5 min, regado com um pouco de azeite. Bater os pimentos com a varinha má -
gi ca (no máximo) com um pouco de azeite até ficar um molho médio espesso.
Reservar. Empratamento: Colocar o cilindro bem quente no centro do prato.
Laminar a carne em 4 fatias finas e dispor por cima. Regar com o molho da
carne e azeite. Pintar o prato com o molho de pimentos. Enfeitar com raminho
de alecrim. Para acompanhar: Single Malt Balvenie Double Wood 12 anos.
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TALISKER ISLE OF SKYESingle Malt Scotch WhiskyORIGEM: ESCÓCIAPREÇO: €39,90Para beber num momento de inspiração, como sugere o chefe. O “single malt” Talisker10 anos deve muito à localização da destilariana ilha escocesa de Skye. O segredo está no processo de fabrico, inalterado há mais de 175 anos. Mark Lochhead, director da destilaria, aconselha juntar uma ou duas gotas de água para abrir o “bouquet”.Talisker 10 anos
THE BALVENIE DOUBLE WOODSingle Malt Scotch WhiskyORIGEM: ESCÓCIAPREÇO: €46Acompanha o Lombinho de veado. «A doçurada carne e o “gratin” do Serra são suavizadospelo sabor térreo dos cogumelos». O mel e as nuances de frutos do bosque, transmitidaspelo acabamento em cascos de “sherry”, tornam este whisky marcante. Deve beber-sesem água, embora se possa adicionar umpouco no caso de lhe parecer agressivo.Double Wood 12 anos
JOHNNIE WALKER GREEN LABELBlended Malt Scotch WhiskyORIGEM: ESCÓCIAPREÇO: €38Este é um whisky “blended” feito com basenuma selecção de quatro exemplares “singlemalt” (Talisker, Linkwood, Gragganmore e Caol Ila). José Cordeiro escolheu-o paraacompanhar o creme aveludado de polvo: «A calda do polvo conjuga de modo sublimecom o toque fumado e encorpado do whisky».Não necessita juntar água.Green Label 15 anos
AS SUGESTÕES DO SINGLE MALT CLUB
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*SINGLE MALT CLUB. Os amantes de um bom whisky de malte têmem Portugal o SMC – Single Malt Whisky Club, um clube onde tudo éfeito para satisfazer os seus desejos: curso de prova, “whisky din-ners”, “whisky trails” na Escócia e muito mais, para além de umaapetecível oferta on-line, em www.whisky.com.pt
CAFETARIA MENSAGEM
RESTAURANTE FEITORIA
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COZINHACOM ASSINATURADepois de uma experiência profissional que o levou de Londres aTóquio (e, nos últimos anos, ao Norte de Portugal), José Cordeiroestá agora (muito) bem instalado em Belém, mais precisamenteno Hotel Altis Belém, onde desempenha o cargo de Director deRestauração (não só deste hotel, mas de todas as unidades dogru po). São dois os espaços que, no último ano, conquistaramlisboetas e não só: a Cafetaria Mensagem, para saborear re -feições ligeiras e onde a vista e a esplanada também fazem parteda ementa; e o Restaurante Feitoria, onde, num ambiente maissofis ticado, evocativo das viagens dos portugueses noutros tem-pos, o chefe Cordeiro apresenta as suas propostas de cozi nhaportuguesa de autor. O hotel conta ainda com um Oyster & SushiBar e o Bar 38º41’.
Altis Belém Hotel & SpaDoca do Bom Sucesso 1400-038 LISBOATel.: 210 400 200www.altisbelemhotel.com
CAFETARIA MENSAGEM
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traço I design I
PORTUGAL andava tão entretido coma Expo’98 que o Museu do Designacabou por entrar de mansinhopelo outro lado de Lisboa. OCentro Cultural de Belém (CCB)acabava de assinar com o colec-cionador Francisco Capelo o proto-colo que daria à cidade um novoespaço museológico, inauguradoem 1999. «Uma assinalávelpanorâmica da criação do séculoXX», aplaudia, então, o jornalfrancês “Le Figaro”. Bárbara Coutinho tinha 26 anosquando concorreu ao lugar decoordenadora do serviço educativo
do CCB. Ficou. E uma das suasfunções passava pela coordenaçãocultural e pedagógica do novomuseu. O Design não erapropriamente a sua especialida de.«Então fiz o que costumo fazerquando inicio um projecto: estu-dar, reunir informação, viajar poroutras instituições, conhecer ou-tras experiências». Não tardou aapaixonar-se pela disciplina. «Essapaixão tornou-se amor, que por suavez se tornou uma re la ção maispresente e contínua.» E a sinceri-dade com que o diz prova que nãoé só «uma maneira de falar».
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TEXTO JOÃO MESTRE I FOTOGRAFIA DORA NOGUEIRA
BÁRBARACOUTINHOTRAÇO CONTÍNUO Começou por História de Arte, passou
pelo serviço educativo do CCB e, em 2006, recebeu uma proposta irrecusável: conceber, dirigir e pôr em marcha
o novo MUDE – Museu do Design e da Moda. Um trabalho inacabado, por natureza.
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DIZER QUE FOI aí que o Design entrouna sua vida é uma forma de ver ascoisas. A verdade, porém, é que o«namoro» já havia começadoantes. Arredando de vez o sonho deser cirurgiã, Bárbara Coutinhodecidiu cursar História de Arte naUniversidade Nova de Lisboa. Noprimeiro ano de faculdade, interes-sou-se particularmente pela ver-tente arqueológica. Aos poucos,porém, apercebeu-se de que oextremo oposto da História a atraíamais. «Dei por mim a perceber quetinha tudo que ver com o século XXe com as Artes Visuais versus oDesign e a Arquitectura.» Nãovoltou a ser a mesma. Quando seinscreveu num mestrado, já estavacompletamente direccionada paraa Arte Contemporânea e, na suadissertação, debruçou-se sobre aobra e o percurso do «arquitecto,urbanista e pedagogo» CarlosRamos, «figura importante na edifi-cação da imagem arquitectónica doEstado Novo», segundo explica umtexto publicado no website doInstituto Camões (cuja autoria,nem de propósito, é de BárbaraCoutinho). Nesse estudo, rela-cionava a Arquitectura, o ensino eas Artes Plásticas – «e foi nessaideia da transversalidade discipli-nar do século XX que me fui apro -ximando do Design», aponta. «Éuma área que cada vez me interes-sa mais, até pela questão dadiluição de fronteiras entre asdiversas artes.» Nesses pontos decontacto – ou «contaminações»,como lhes prefere chamar – entreArquitectura, Design e ArtesPlásticas, descobriu o seu espaço.«Fui percebendo que era aí que meinteressava trabalhar.»
É SEGUNDA-FEIRA e, como tal, oMUDE – Museu do Design e daModa está fechado. O encontro éno interior do espaço onde está
CAPARICA. Bárbara
dos Santos Coutinho
nasceu em Lisboa, em
1971, mas só aos
«20-e-poucos» foi viver
para a capital. Passou a
infância e a adolescência
na Costa de Caparica,
«uma costa feita de
grande liberdade e de
grande espaço». É daí que
vem o seu fascínio pelo
mar revolto: «Não gosto
de águas paradas – deve
ser por ter nascido no
Inverno.» Sempre que
pode, é lá que «recarrega
as baterias».
PROIBIDO PERDER.A ideia nasceu das
comemorações do 40º
aniversário do Maio de
1968: uma exposição
centrada na transição
entre o final da década de
1960 e o início dos anos
1970 nos campos da Moda
e do Design. “É Proibido
Proibir” é comissariada e
produzida pelo MUDE e
está patente até 31 de
Janeiro de 2010
(www.mude.pt).
A COLECÇÃO.O acervo reunido pelo
coleccionador Francisco
Capelo – adquirido pela
Câmara Municipal de
Lisboa em 2002 – reúne
mais de 1000 objectos de
design industrial e 1200
peças de moda, na sua
maioria de alta-costura.
Alexander McQueen, Frank
Gehry e Philippe Starck
são alguns dos criadores
representados nesta
viagem desde os anos
1930 até à actualidade.
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PROJECTOS.
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patente a exposição “Antestreia”.Bárbara recebe-nos com um sor-riso que de imediato nos faz sen-tir bem-vindos nesta sua «casa».Percebe-se que está com o tempocontado ao minuto – é o museu,os ateliers criativos, as reuniões,a actividade lectiva no InstitutoSuperior Técnico, o doutoramen-to, a escrita e, algures pelo meio,a vida pessoal - mas nem por ummomento nos tenta apressar. Nemmesmo quando ultrapassamos(de forma considerável) a horaprevis ta e lhe encurtamos dras-
em pleno e abríamos a porta nodia em que todo o edifício esti -vesse operacional?» A resposta jáse adivinha: «Não, vamos antesfazer um projecto que seja inclu-sive exemplar dos tempos queestamos a viver. E que espe lhe ametamorfose que o Design está asofrer, a repensar-se a si pró -prio.» Desta forma, o MUDEacaba por ser um exercício deDesign: «Há uma questão, há umproblema» e uma solução criati-va desenhada à medida. «ÉDesign puro», reforça.
ticamente o período de almoço.Faço-lhe a pergunta à qual deveter respondido várias vezes nosúltimos meses: porquê a opçãoestética de deixar as paredesdescarnadas, em bruto, como seas obras não tivessem terminado?«O projecto arquitectónico inicialcontinua a transformar-se, é um“work in progress”». E istoprende-se com a evolução dopróprio conceito de espaço mu -seo lógico. «Não se pode continuara querer o mesmo museu que setinha há 10 ou 20 anos, sobretu-do quando o objecto é o Design»– para mais em tempos comoestes, de «vacas magras». «O quefazer? Íamos esperar pelas con -dições ideais para pôr estes 15mil metros quadrados a funcionar
EM 2002, a Câmara Municipal deLisboa chega a um acordo comFrancisco Capelo para a aquisiçãoda colecção, avaliada em 10 mi -lhões de euros. Ao abandonar oCentro de Exposições do CCB (paradar lugar ao Museu Berardo), emmeados de 2006, o Museu doDesign recebe duas promessas: aatribuição de instalações definiti-vas e a reabertura no ano seguinte.Foi até anunciada a nova morada,o Palácio de Santa Catarina, edifí-cio do século XIX situado entre oChiado e o Bairro Alto. Porém, omunicípio tinha reservado umplano melhor para os destinos dainstituição: a compra da antigasede do Banco Nacional Ultra ma -rino, em plena Baixa Pombalina,com uma área três vezes maior, e
a localização mais privilegiada quea capital tem para oferecer.Bárbara Coutinho nem pestanejou.«A cidade ganhou um espaçoúnico que poderá ser usufruído dediferentes maneiras e contribuirpara a revitalização da Baixa», afir-mou ao jornal “Público”, nasequência da aprovação da autar-quia, em Março de 2009.Nesta sua segunda vida, agoradedi cada ao Design e à Moda, omuseu abriu as portas em Maiodeste ano. Nos primeiros quatromeses, recebeu 60 mil visitantes.
«Acho que há muita gente quevoltou à Baixa para ver o museu»,aponta Bárbara Coutinho, orgu -lhosa de fazer parte do esforço derevitalização desta zona históricada cidade. O trabalho, no entanto, estálonge de estar acabado. É, elepróprio, um “work in progress”,mesmo após a conclusão do pro-jecto do MUDE a 100%, previstapara finais de 2011. Aliás, quan-do questionada sobre qual o seuprojecto mais ambicioso por con-cretizar, Bárbara não perde muitotempo e dá a única resposta curtade toda a entrevista: «O museu!»E conclui, com inabalável cer -teza: «Mas vai ser concretizado.»O “work”, esse estará infinitamente“in progress”.
«NÃO SE PODE CONTINUAR AQUERER O MESMO MUSEU QUE SETINHA HÁ 10 OU 20 ANOS. VAMOSANTES FAZER UM PROJECTO QUESEJA INCLUSIVE EXEMPLAR DOSTEMPOS QUE ESTAMOS A VIVER.»
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FAVORI TISMOS
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“GOSTAVA DE TERUM NÚCLEO MAIS
REPRESEN TA TIVO DEDESIGN NACIONAL
E DE ACOMPA NHAR ACONTEMPORA NEI DADE,PORQUE O OBJECTIVO
DO MUDE É SER UMMUSEU DO SÉCULO XX
E DO SÉCULO XXI.”
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RED5ROBOT SOLARAs 25 peças do Solar Robot Kit podemcriar seis robôs diferentes, movidos aenergia solar. Pode construir um cão,um barco, um avião (parado ou em mo -vimento), um carro e um moinho devento. As crianças (grandes e peque-nas) experimentam assim o poder daenergia solar. Mais informações: www.red5.co.uk.PREÇO: €15
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RICSSONAO TELEMÓVELm telemóvel que vai agra -filhos. O Aino vem muitoo com câmara de 8.1MPXdo numérico “slide” e ecrãpolegadas, mas surpreen-to de ser o primeiro tele -
ragir com a PlayStation3,nção Remote Play. MN.90
APPLETUDO EM FAMÍLIAO pequeno membro da família iPodganhou novas funções e cores. O novoNano tem agora câmara de vídeo, mi -crofone, rádio FM e pedómetro. Dis po -nível com capacidades de arma ze na -mento de 8 e 16GB, e em nove cores. Saiba mais em www.apple.com.pt.PREÇO: A PARTIR DE €139 (8GB)
OLYMPUSESTILO RETROA câmara Pen, desenhada há 50 anos,re vo lucionou o mun do da fotografia:fácil de usar e trans portar, gerou umautêntico “boom” de vendas. A versãoE-P1 (DSLR) traz um novo conceito emfoto grafia di gital, com construção semespelho, sensor de dimensão equi va lenteao das câmaras “Quatro Terços” e objec-tivas intermu tá veis (www.olympus.pt).PREÇO: DESDE €799 (COM OBJECTIVA 14-42MM)
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tendências I windows phones I
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podemos colocá-lo onde quisermos.Junte-se a isto uma loja vir tual parafazer o “download” de aplicaçõespara o telemóvel, uma opção cha -mada My Phone (que permite fazera sincronização de fotos, músicas,vídeos e outros ficheiros com o PC)e opções de conectividade melho-radas e temos um sistema operativomuito próximo da perfeição.O novo Internet Explorer é outradas prioridades do WindowsMobile e enriquece, de facto, aexperiência “online”. Em termosde design e funcionalidade, aspáginas estão mais perto do quenunca daquilo que vemos nos PC,e opções como retroceder, escre -ver um novo endereço ou acederaos favoritos estão muito maisintuitivas e fáceis de utilizar semrecurso ao estilete. Tudo isto tornatambém mais intuitiva a utilizaçãode redes sociais no telemóvel,
como o Facebook ou o Hi5.Destaca-se ainda a forma mais di -recta como o Windows passa a li darcom a informação que entra e saido telemóvel. Assim que é des blo -queado, o utilizador tem acessoimediato a mensagens SMS, doMSN Messenger ou de e-mail quetenha recebido. Basta um toque epo de responder sem entrar emqual quer programa, de uma formamuito mais rápida do que algumavez se viu no Windows Mobile.Para ter acesso a tudo isto (e muitomais), só terá de se dirigir a umalo ja TMN para comprar um dosno vos “Windows phones”, que che -gam, pa ra já, em quatro versões: oSamsung Omnia II i8000, oSamsung Omnia Lite, o TMNBluebelt e o TMN Silverbelt. Cadaum, à sua maneira, explora de umaforma inigualável o WindowsMobile.�
OS FÃS do Windows vão ficar defi-nitivamente rendidos ao conceitotáctil que no último ano tomou deassalto o mercado dos telemóveis. Aversão 6.5 do Windows Mobile estáaí e promete uma verdadeira revo-lução. É o adeus para sempre aoestilete, numa nova lógica em que oWindows passa para segundo planoos menus, criando uma interface apensar na utilização com os dedos ebaseada em ícones. É como ter oambiente de trabalho docomputador no tele móvel, comtodas as opções mais utilizadasacessíveis sem ser necessárionavegar por menus. Para saudo-sistas e profissionais, os menuscontinuam a exis tir, mas bemmais eficazes e com um grau depersonalização maior. Dois ou três toques é quanto bastapara colocar um ícone no ambientede trabalho; e, se o arrastarmos,
PERFEIÇÃOTÁCTILOS NOVOS TELEMÓVEIS
DA TMN SÃO TÃO IRRESISTÍVEISQUE APETECE TOCAR-LHES...
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TMNBLUEBELT IIA segunda versão deste fantástico “smartphone” juntaa todas as funcionalidades doWindows Mobile 6.5, novascapacidades de multimédia eentretenimento. Destaque paraas melhoradas capacidades deconectividade sem fios, para a câmara de 5MPX, para aaplicação de acesso rápido àprogramação do meo mobile e para o GPS, com licençavitalícia NDrive e mapa dePortugal (Continental e Ilhas)com imagens reais de Lisboa e Porto, informação de trânsitoe integração com conteúdosPáginas Amarelas.
SAMSUNGOMNIA II i8000O Omnia II ostenta o maior ecrã AMOLED do mundo (3,7’’)e proporciona níveis de brilhoimbatíveis. A interfaceTouchWiz 2.0 também marcapresença, agora com efeitos 3D.A câmara de 5MPX, o GPS comlicença ilimitada e a gravaçãode vídeos em 480p com qua li -dade de DVD são outros dosatributos, bem como o acesso àInternet com velocidades de“download” até 7,2Mbps e“upload” até 5,7Mbps. Contam--se ainda 8GB de memória,expansível até 32GB comcartões Micro SD.
SAMSUNGOMNIA LITEO Omnia Lite é um telemóvelfocado no design do Omniaoriginal, com um preço maisacessível mas, ainda assim,com características invejáveis.Contam-se 3MPX para acâmara fotográfica, capacidadepara gravação de vídeo a 30fps, GPS com licença ilimitadaNDrive e uma capacidade dearmazenamento de 250 MB.Destaque ainda para a conecti -vidade 3,5G e Wi-Fi para ligações rápidas à Internet como novo Windows Mobile.
TMNSILVERBELTO TMN Silverbelt é mais uma novidade no reino dos“Windows phones” e integrapraticamente todas as características do Bluebelt II,incluindo o GPS NDrive.Distingue-se pela elegância e pelo design estilizado e apresenta-se como o primeirotelemóvel “full touch screen”com a marca tmn.
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SONY ERICSSONESPELHO MEUO novo Jalou é pouco maior do que umba tom e está equipado com o me lhorda tecnologia: acesso à Internet3,6Mbps, câmara de 3.2MPX, conta-dor de passos e de índice de massacor poral, rádio e leitor de mp3. E umasur pre sa: o ecrã transforma-se em es -pelho. Dis po ní vel em três cores. À venda na TMN. PREÇO: €159,90
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BOCA DO LOBOAPARADOR DIAMONDO aparador Diamond faz parte daLimited Edition da marca portuguesa e,como muitas das peças deste atelier,chama a atenção pelas suas linhasarrojadas. O exterior multifacetado, comum acabamento em verniz brilhante,esconde um interior forrado a folha deouro. Mais do que mobiliário, é umobjecto de arte (www.bocadolobo.com).PREÇO: €12.840
CASAMANIATOUCADOR FRANCÊSO actual director criativo da Fabrica (cen-tro de pesquisa da Be net ton), Sam Baron,criou a linha Ma rie Antoi net te Pop inspi -ra da no mobi liário fran cês do séc. XVIII.Os desenhos re bus ca dos e muito orna -men tados foram adap ta dos ao novo mi lé-nio, mantendo a ele gân cia. Para além dotoucador, a li nha in clui um es pelho e umamesa de apoio (www.fluxograma.com).PREÇO: €1.900
MOOOILANTERNA VERMELHAO candeeiro de suspensão Euro Lan tern,uma criação da Moooi Works para a co -lecção deste ano, permite diferentescombinações: a metade superior podeser vermelha, preta ou com padrão (naimagem); a parte inferior é semprebran ca. Disponível na Moooi, em Lisboa(www.moooi.com).PREÇO: ENTRE €402 E €934
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9KOKESHI DOLLSDECORAÇÃO ORIENTALAs pequenas bo necas de madeira repre -sentam séculos de «design» japonês.Várias histórias se contam sobre a suaorigem – a mais comum aponta a épocaBunka-Bunsei (1804-1829), e a regiãode Tohoku, onde habilidosos artesãos asesculpiam para vender a quem visitavaas nas cen tes de água locais. Faça a suacolecção em www.kokeshishop.co.uk. PREÇO APROX.: ENTRE €20 E €32
ROLF BENZSENTADO À MESAUma forma diferente de estar à mesacom o banco Rolf Benz 620, dese -nhado por Norbert Beck. Adapta-se aquase todas as situações, pois estádisponível em diferentes configura -ções (em canto, por exemplo) e co -res. À venda nas lojas Interforma(www.interforma.com.pt). PREÇO: A PARTIR DE €2.853
NIAOR FRANCÊStor criativo da Fabrica (cen-a da Be net ton), Sam Baron,Ma rie Antoi net te Pop inspi -iário fran cês do séc. XVIII.re bus ca dos e muito orna -m adap ta dos ao novo mi lé-
o a ele gân cia. Para além doha in clui um es pelho e umao (www.fluxograma.com).0
NA VERMELHAe suspensão Euro Lan tern,da Moooi Works para a co -
ano, permite diferentes a metade superior podepreta ou com padrão (naparte inferior é semprenível na Moooi, em Lisboacom).E €402 E €934
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tecno I net móvel I
SAPO MOBILE
O MELHORDO SAPOAgora já é possível aceder, em qualquer altura elugar, a todos os serviços e pesquisas proporcio -nados pelo SAPO, tirando o melhor partido dasfuncionalidades de navegação na Internet dos“smartphones”. O SAPOmobile foi optimizado especifica -men te para estes telemóveis, disponibilizando um sem-númerode serviços e informações úteis. Em primeiro lugar, uma se lec -ção de conteúdos pensados para quem usa o serviço em movi-mento: notícias na hora, meteorologia, farmácias de serviço,mapas, bolsa, trânsito, receitas, astrologia, câmbios, Totojogos(Euromilhões, Totobola, Joker e Totoloto) e programa ção MEO.Os clientes do SAPO podem também aceder a áreas restritas,como blogues ou e-mail. A secção Cinema inclui todos os filmes em cartaz nas salas por-tuguesas. É possível escolher o título, ler a sinopse, conhecer o elen-co, saber onde está em exibição e ver o “trailer” em alta definição.Quem procura casa ou carro vai gostar das secções Auto e CasaSAPO, com informação sobre mais de 400 mil imóveis e cercade 1.200 revendedores de viaturas em todo o país. Para os fãs de futebol, há o SAPO Desporto, que não só permiteficar a par dos feitos e factos do «desporto-rei», como tambémdas outras modalidades, acompanhar os jogos em directo e veros vídeos e fotos das principais jogadas. Uma excelente formade acompanhar os desafios, mesmo quando não há uma tele-visão por perto.Além de tudo isto, estão disponíveis para “smartphones” outras apli-cações que oferecem um conjunto de informações vitais para quemestá sempre em movimento e não tem um computador por perto.A Banca SAPO, por exemplo, permite consultar as primeiras pági-nas dos jornais diários nacionais e as capas de revistas mensaise semanais, por tipo de publicação. Nem os jornais regionaisforam esquecidos, sendo possível pesquisar por área geográfica.É também possível assistir aos vídeos das Reportagens SAPO.O mundo e muito mais: tudo isto disponível na aplicaçãoSAPOmobile, que pode ser instalada na maioria dos “smart-phones” da TMN.
Mais informação em http://mobile.sapo.pt
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CINEMA
O TEMPO
FArMÁCIAS
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automóvel
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FAMÍLIAVS. LAZER
QASHQAI.
SUV COMPACTOS
FAMÍLIAVS. LAZER
ESPAÇO, LUZ, CONFORTO, VERSATILIDADE: VECTORES
FUNDAMENTAIS DESTA CLASSE DESTINADA
ÀS FAMÍLIAS MODERNAS.
TEXTO PEDRO ALFAIA
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RENAULT SCÉNIC
automóvel I suv compactos I
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EVOLUÇÃO. A nova
geração Renault Scénic
evoluiu consideravelmente
na estética – tanto
interior, como exterior –,
e não deixou que a maior
altura lhe prejudicasse
a agilidade nem o
comportamento, agora
mais próximo do de uma
carrinha convencional.
VALOR. O Peugeot 3008
cativa pelo preço: 23.000
euros na versão 1.6 a
ga so lina (120 cv) e 25.900
euros com o 1.6 HDI (110
cv) a diesel. Além disso,
oferece cinco bons
lugares e alguns detalhes
interessantes, como a
projecção de infor mações
no ecrã retráctil do tipo
“head up display”.
A MAIOR ALTURA ao solo, e da pró -pria carroçaria, confere-lhes umaspecto mais robusto, por vezespróximo do que tradicionalmenteassociamos ao jipes, mas esse éapenas um dos segredos docharme desta classe de auto mó -veis que proporciona aos pas-sageiros uma maior visibilidadepara desfrutar da paisagem e, aocondutor, uma maior segurança.Num mercado ávido de automó -veis diferentes, os construtoresdecidem-se por modelos queparecem o que não são, na ânsiade satisfazerem quem deseja afuncionalidade de uma carrinhaconvencional mas não se quersentir limitado por um veículoigual a tantos outros. Assim nas -ceu esta nova classe dos SUVcompactos.O Nissan Qashqai é o exemplomais recente de como estar na mo -da. Com uma estética simpática ecomercialmente muito interessante,
este modelo começou como jipecivilizado, de tracção 4x4, masrapi damente reforçou a oferta comuma versão de tracção apenas àfrente, que permite poupar nopeso, nos consumos e, acima detudo, no preço. Mais recentemente, a oferta doQashqai foi reforçada com aintrodução de uma versão maislonga, de sete lugares, ligeira-mente mais dispendiosa e commaior versatilidade. A maisprocurada dispõe de um motor1.5 turbodiesel de 106 cv, a umpre ço de 25 mil euros. OQashqai+2, com espaço para setepassageiros, implica um investi-mento adicional de 2600 euros.A versão 4x4 surge associadaapenas ao motor 2.0 dCi de 140 cv,o que só por si faz disparar opreço para 33.600 euros e obrigaa um custo extra de 3500 euros.Outro dos modelos mais repre -sen tativos da classe tem emblema
PEUGEOT 3008
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ARGUMENTOSA TOMAREM CONTAÀ PRIMEIRA VISTA,O “CROSS-OVER”DA PEUGEOT CATIVA PELOPREÇO. MAS ÉNOS DETALHES E NO CONFORTOQUE CONVENCE.
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O TAMANHONÃO É O MAISIMPORTANTETIRANDO PARTIDODA SUA MENORDIMENSÃO, O TOYOTA URBANCRUISER APOSTANUM ESTILO MAIS OUSADO.
TOYOTA URBAN CRUISER
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espaço a bordo, um dostrunfos desta classe.Outro exemplo é oToyota Urban Crui -ser. Não pertencen-do, em rigor, a estesegmento, por sermais leve e maispequeno do que osseus rivais – o quelhe limita o espaçointerior e a versatili-dade – o UrbanCruiser é uma pro-posta a ter em conta,apoiada no estilo ou -sado, evidente quer
no exterior quer no interior. Comoé mais leve, pode usar motoresmais pequenos e ter preços acondizer, nomeadamente o 1.3(101 cv) a gasolina, por 17.900euros, e o 1.4 diesel (90 cv), por20.900 euros. Em versão 4x4,este último motor é proposto pormais 4000 euros.�
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C4 PICASSO, PROPOSTATENTADORAESTÉTICA FELIZPOR FORA EAGRA DÁVEL PORDENTRO, ESPAÇOA CONDIZER EMOTORIZAÇÕESPARA TODOS OS GOSTOS.ao veículo e à navegação, no ecrãretráctil do tipo “head up dis-play”. Contudo, a opção maisdesportiva não faz sentido, poisas suspensões mais duras sacrifi-cam o conforto e o facto de termenos altura no interior para seaproximar das carri nhas conven-cionais limita a sensação de
Renault e dá pela denominaçãoScénic. Foi o primeiro monovo -lume deste segmento, o queainda hoje lhe confere vantagemface aos rivais. Na mais recentegera ção, evoluiu conside ra vel -mente na estética, interior e exte-rior, e não deixou que a maioraltura lhe prejudicasse a agili-dade nem o comportamento,agora mais pró xi mo de uma car-rinha convencional. O Scénic éproposto com um curioso motor agasolina 1.4 tur bo de 130 cv(24.100 euros), com asmotorizações diesel a arran ca remcom o 1.5 dCi (27.300 euros).Igualmente popular é o CitroënC4 Picasso, monovolume de cin colugares que complementa a ofertacom o Grand Picasso, dotado demais dois lugares. De uma estéti-ca feliz por fora e agradável pordentro, o C4 Picasso conduz-secomo um automóvel normal, ape-sar da sua maior altura. O espaçointerior aloja cinco adultos semproblemas, bem como as respec-tivas bagagens. No capítulo dasmotorizações há de tudo, comuma capacidade ligeiramentesuperior a alguns concorrentes. Apreferência dos utilizadores pendepara o motor 1.6 a gasolina com122 cv, comercializado por28.100 euros, enquanto osamantes dos diesel têm no 1.6HDI de 110 cv a me lhor propostapor apenas mais 100 euros.Apesar de os franceses não te remo exclusivo desta classe de veícu-los, a verdade é que todos apre-sentam propostas. A Peugeot foi aúltima. O novo 3008 não é parti -cu larmente atraente à vista, mascativa pelo preço. Proposto por23.000 euros na versão 1.6 agasolina de 120 cv e por 25.900euros quando equipado com omotor 1.6 HDI de 110 cv adiesel, o novo Peugeot oferececinco bons lugares e alguns deta -lhes importantes, como a pro-jecção de informações, relativas
OUSADO. O Toyota
Urban Cruiser é uma
proposta a ter em conta,
apoiada no estilo ousado,
evidente quer no exterior
quer no interior. Como é
mais leve, pode recorrer
a motores mais pequenos
e apresentar preços a
condizer.
ESPAÇO. Apesar da
sua maior altura, o C4
Picasso conduz-se como
um auto móvel normal.
O espaço interior aloja
sem problema cinco
adultos e res pectiva
bagagem. Quanto a
moto ri zações, há de tudo,
com uma ca pa cidade
ligeiramente superior
a alguns concorrentes.
CITROËN C4 PICASSO
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CASCAISO MAR POR PERTO
QUALQUER PRETEXTO É BOM PARA VOLTAR A CASCAIS.POR ISSO, FIZEMOS DA ABERTURA DA CASA DAS HIS TÓ RIAS
PAULA REGO O PONTO DE PARTIDA PARA UM PASSEIO
PELAS RUAS DA «VILA ARISTOCRÁTICA».
TEXTO JOÃO MESTRE I FOTOGRAFIA PAULO BARATA
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HÁ JÁ UNS DIAS que o Verãoacabou. O calor, porém, aindase sente e, apesar da proibição,há quem aproveite para esten-der a toalha na Praia dosPescadores. Para o final da“silly season” de 2009, Cascaisguardou um dos acontecimentoscultu rais do ano: a muitoaguardada inauguração da Casadas His tórias, museu dedicado àobra da mais internacional pin-tora portuguesa, Paula Rego. Visto de fora, o edifício – projec-tado por Eduardo Souto Moura –faz lembrar um “kasbah” magre-bino, pelo tom ocre das paredesde betão pigmentado e pelas duaschaminés que sobressaem do vo l u -me principal. No interior, esta«for taleza» guarda uma extraor -dinária colecção de pinturas,desenhos e gravuras, abrangendomeio século de percurso artístico,provenientes da colecção pessoalda autora – parte doada, partecedida a título de empréstimo.Vale a pena visitar a loja domuseu, em particular a secção delivros, não só dedicada às artes,mas também (e especialmente) àsfábulas e aos contos de fadas,presença forte no imaginário dePaula Rego. A selecção é da res -pon sabilidade da Livraria Galileu,a favorita da artista, de portasabertas no centro da vila (AvenidaValbom), perto da famosa gela ta -ria Santini.
A HORA é de almoço, pelo que oideal é guardar o gelado maisfamoso da Linha para outra hora.Em Cascais, com o mar tãoperto, é praticamente obrigatórioescolher uma refeição de peixe –na grelha, em caldeirada, emaçorda. Para não fugir por com-pleto a essa lógica, reserve-se
CASA DASHISTÓRIAS.Abre todos os dias, das
10 às 22 horas, com
entrada gratuita. Em
Março de 2010, tem início
uma exposição temporária
dedicada ao pintor Victor
Willing (1928-1988), marido
e mentor da artista.
Av. República, 300
www.casadashistorias.com
VIN ROUGE.Localização privilegiada,
vista de primeira sobre
a baía e recomendação
pelo Guia Michelin. A isto
junte-se a carta elaborada
pelo chefe João Antunes
e uma lista de vinhos
pensada em pormenor.
R. Fernandes Tomás, 1,
Estalagem Villa Albatroz
www.restaurantevinrouge.com
LUCULLUS JAPA SUSHI.Para além dos paladares
nipónicos, trabalhados
com exímia dedicação,
propõe também cozinha
italiana, “finger food” e um
“sushi-bar” para as noites
de sexta-feira e sábado.
R. da Palmeira, 6
www.lucullusrestaurante.com
GRANDE REALVILLA ITÁLIA.Hotel de 5 estrelas com
124 quartos (incluindo 10
suites júnior, 8 suites e 3
“penthouses”), 2
restaurantes (um deles, o
pano râmico Belvedere) e
spa.
R. Frei Nicolau, 100
www.granderealvillaitalia
hotel.com
CASA DAS HISTÓRIAS
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LUCULLUS JAPA SUSHI GRANDE REAL VILLA ITÁLIA
GRANDE REAL VILLA ITÁLIA CHEFE JOÃO ANTUNES, VIN ROUGE
lifestyle I cascais I
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mesa no Lucullus Japa Sushi,um daqueles raros restaurantesonde a arte culinária japonesaainda é tratada com empenho. Eo certo é que o Lucullus leva jámais de uma década a dar bomnome ao “sushi” e afins – fun-cionando também como restau-rante italiano e, no piso superior,como “sushi-bar” nas noites desexta-feira e sábado.Em alternativa, suba-se ao pri -meiro andar da estalagem VillaAlbatroz para conhecer o novoVin Rouge, cuja vista sobre aBaía de Cascais garante umaóptima primeira impressão. Odístico “Bib Gourmand” atribuí-do pela Michelin, visível à en -trada, é esclarecedor: «refei çõescuidadas a preços moderados».
é agora um hotel de 5 estrelasque recupera essa memória, bemcomo o universo de “glamour” davila dos anos 1950/1960. OGrande Real Villa Itália chama asi a aura do grande hotel da«Riviera Portuguesa», de olhospostos no mar e nos detalhespreciosos: por exemplo, o spa,que, ao contrário do tão em voga«conceito asiático», foi idealiza-do como uma viagem no tempo,até às antigas termas romanas;ou o restaurante Belvedere, cujacarta, a cargo do chefe PauloPinto, mistura elementos portu -gueses com inspirações medi ter -rânicas. Marque mesa no terraçoe termine o dia com um jantarinesquecível – com o mar, sem-pre o mar, por perto. �
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UMA VIDAA DESENHARHISTÓRIASPARA ESTE FINALDE “SILLY SEASON”,CASCAIS GUAR -DOU UM DOSACONTECI MEN TOSCULTU RAIS DOANO: A MUITOAGUARDADAINAUGURAÇÃO DA CASA DAS HIS TÓRIAS,MUSEU DEDICADOÀ OBRA DA MAISINTERNACIONALPINTORA PORTUGUESA,PAULA REGO.
A carta do chefe João Antunespropõe uma cozinha simples,«com produtos de que se gostamas não abundam no mercado»,que oscila entre o tradicional eo internacional. O vinho é selec-cionado pela sua mulher e co-pro prietária, Rita Caldas, orgu -lhosa dos clientes que regres-sam regularmente para espreitare provar as novi da des da carta.
A PARTIR DAQUI, a companhiado mar é uma constante. AAvenida D. Carlos I leva à Mari -na, que desemboca na AvenidaRei Humberto II de Itália – evo -cativa do monarca que viveu exi-lado em Cascais, após a suadeposição em 1946. A casa queserviu de (luxuoso) refúgio ao rei
GRANDE REAL VILLA ITÁLIA
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INÊS CASTEL-BRANCO + LÚCIA MONIZ
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INÊS MONIZ.Inês Castel-Branco, LúciaMoniz, Ricardo Sá Pinto e Rui Costa foram algumas das figuras públicas que deram a cara (ou melhor: meia cara)pela campanha «OriginaisTMN», lançada durante o mêsde Novem bro, para comemoraros 7 milhões de clientes daoperadora.
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INÊS MONIZ – UMA ARTISTA ORIGINALInês Moniz (Inês Castel-Branco + Lúcia Moniz), actriz e mulher de outros talentos, é presençaassídua na TV, embora esteja habituada a pisar os palcos. Entre o cinema, a moda, a televisão,a música e o teatro, esco lhe não escolher: prefere todos, se possível. Nasceu em Lisboa, mastem raízes açorianas – talvez seja por isso que se dá tão bem com o verbo «partir».
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A REPRESENTAÇÃOCinema, teatro ou televisão?
Inês Castel-Branco: Gosto de re pre-sentar. Adorava dividir-me pe lostrês regularmente, porque são for-mas completamente diferentes defazer a mesma coisa.Lúcia Moniz: É muito difícil res -ponder. Embora sejam da mesmaárea, são desafios diferentes.ICB: Mas como espectadora, o ci -ne ma enche-me as medidas.
Ser actriz é um sonho de criança?
ICB: Nunca soube muito bem oque queria ser. Comecei por que -rer ser empregada de balcão,depois “baby-sitter”, em adoles-cente queria ser advogada masnunca gostei de estudar (tirandoalgumas disciplinas). Mudava deideias constantemente, queria sertudo e não queria ser nada. A ver-dade é que escolhi a profissão queme permite ser todas as outras.LM: O meu sonho era ser bailarina,acho que também passei pelo deser hospedeira, e, na adolescência,o de ser designer – ainda chegueia iniciar os es tudos. Depois desistipara seguir aquilo que já me corrianas veias [a música].
Quando se apercebeu de que
seria essa a sua profissão?
ICB: Estava a acabar o 12º ano enão queria ir para a universidade.Fui a uma audição para um cursode representação e senti algo de
inexplicável, como se aquele fosseo momento mais importante daminha vida até ali...LM: E eu foi quando pisei opalco, numa peça de teatro musi-cal, onde a minha função eracantar. Aí, foram-me dadas asmi nhas primeiras falas. Soube-mea pouco, queria mais.
E como foi a estreia enquanto
actriz?
LM: Foi nessa peça, “Leonardo,Barbette, Leo e os Anjos”, ence-nada por José Jorge Duarte. ICB: Profissionalmente, estreei-mena série de televisão “Uma Aven -tura na Quinta das Lágri mas”, masjá tinha feito uns trabalhos compúblico, no âmbito do curso.
E a primeira vez que pisou um
palco?
LM: Ah... a primeira vez... já nemme lembro quando foi...ICB: Comigo foi no espectáculo“Perdoa-me por me Traíres”, deNelson Rodrigues. O espaço eramínimo, uma sala tipo estúdioonde cabiam 30 pessoas e a mi nhapersonagem era uma menina cole-gial que se prostituía e, ao en gra -vidar, resolvia fazer um aborto. Naaltura fiquei sem voz, mas sentia-menas nuvens.
Em que projectos está actual-
mente envolvida?
ICB: Até há pouco tempo, estiveem cena, com o espectáculo “A
Casa de Bernarda Alba”, primeirono Teatro Meridional e depois emdigressão pelo País. Entretanto,vou integrar dois projectos deficção na RTP: uma “sitcom” euma série. Além disto, abri umaempresa que realiza sonhos a cri-anças no seu dia de aniversário(www.iwish.pt) e está a ser umsucesso; vou ter um programasobre curtas-metragens no canalde Internet Speaky.tv; e querotirar o curso de guionista.LM: Eu estou a gravar uma sérieem Toronto, intitulada “Living InYour Car”. Quando ao que vem deseguida, nada que possa para járevelar...
FORA DE CENAQuais são os seus talentos
escondidos?
ICB: Ui! Faço o melhor bolo de cho -colate do mundo – e depois obrigotoda a gente a comer. E gosto decantar em todo o lado, a toda a hora,mas talvez não lhe possamos cha -mar «talento». Ah, e conduzo bem etambém toco harmónica.LM: Bem, o meu talento é, talvez, odesenho. Também dizem que tenhomuito jeito para fazer bolachas. ICB: Eu adoro cozinhar – sou muitogulosa. Para mim, ir a um bomrestaurante é o suficiente para ficarfeliz durante um mês. Mas tambémgosto de tascas.
Quando não está a trabalhar,
como ocupa o seu tempo?
LM:Em primeiro lugar, gosto de apro -veitar para estar com a minha filha.ICB: Eu adoro reunir-me com ami-gos em tertúlias, no Bairro Alto ouna Bica. Gosto de ler – o jornal, umarevista, um livro – numa qualqueresplanada de Lisboa. E de ir para oAlentejo e não fazer absolutamentenada. Gosto de alugar quatro DVD eficar o dia todo a vê-los. Adorodançar, ir ao teatro, escrever...
Falando agora de futebol...
LM: E viva o Benfica!ICB: Eu sou do Sporting. Já fui fer-renha, quando era adolescente: iaver os jogos e sabia o nome de todoo plantel. Agora não acompanho,desinteressei-me...
Então e outros desportos?
ICB: Joguei basquetebol durantemui to tempo. Era a mais baixa,mas andava sempre a correr. Hojecorro à beira--rio, com o meu iPode os meus cães.LM: Eu também corro. E adoro nadar.
ORIGINAIS TMNIdentifica-se com esta tal de
«Inês Moniz»?
ICB: Sim, tem lá alguma coisa mi -nha... [risos]LM: Bem, espantámo-nos as duascom tantas parecenças físicas quedescobrimos nas nossas caras. Sebem que é impossível competir comaqueles olhos... [risos]
Tirando a paixão pela
representação, o que é que têm
em co mum uma com a outra?
ICB: Não sei... gosto muito da Lúciae sinto-me lisonjeada se tivermosmais coisas em comum.LM: Pelo que conheço de ti, temospelo menos outra coisa em comum:o perfeccionismo. Quando é que tra-balhamos juntas?
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SÁ COSTA.RICARDO SÁ PINTO + RUI COSTA
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FUTEBOLEm que clube gostaria de ter
jogado?
Ricardo Sá Pinto: Nenhum em espe-cial. O que queria mesmo, na altura,era jogar pela Selecção Na cional.Rui Costa: Joguei em três grandesclubes e, de cada um, tenho re -cor dações únicas. Não lamentonada na minha carreira mas, seme tivessem deixado cumprir ocompromisso que assumi em1993, gostava de ter representadoo FC Barcelona.
Recorda-se do primeiro jogo
como profissional?
RC: Foi na Suécia, num jogo depré-época, com uma equipa ama -dora cujo nome já não me lembro.Foi especial por ser o primeiro,mas não se pode dizer que tenhasido marcante...RSP: ...pois, e no meu perdi por 2-1,frente ao Farense. Foi na épo ca1991/92 e estava no Sal gueiros.Em termos individuais, até foi umaestreia positiva: consegui controlaraquela ansiedade da primeira vez...
E como viveu o último jogo?
RSP: Com tristeza...RC: Um misto de tristeza e ale-gria: a alegria de poder terminara minha carreira no «meu» está-dio, perante o meu público. Omais difícil, por vezes, é saberquando devemos parar – e euparei quando senti que o deviafazer e creio que fiz a opçãocerta. Terminei a carreira onde a
comecei e isso foi o mais importante.Como é a vida depois dos relva-
dos?
RC: O mais importante, aquilo queme absorve todo o tempo e exigemaior empenho, é sem dúvida oBenfica [Rui Costa é, actualmente,director desportivo do clube].RSP: Muito preenchida. Sou qua -dro do Sporting [Sá Pinto ocupa ocargo de director de futebol profis-sional do clube], estou a terminar ocurso de Comunicação Empre sa rial,no ISCEM, e sou embaixa dor da PT.
E que desafios o esperam no
fu turo próximo?
RSP: Bem, tudo isso: a PT, oSpor ting, acabar a licenciatura e...algo mais. Vamos ver. RC: O meu maior projecto é oBenfica. Acredito no trabalho quetemos vindo a desenvolver. Fala -mos demasiado no futuro, mas euprefiro preocupar-me com o pre-sente. Se fizermos bem o quefazemos no nosso dia-a-dia, ospro jectos irão dar os resultadosque ambicionamos.
PRAZERES DA VIDAQuando não está a trabalhar,
como ocupa o seu tempo?
RSP: Estou sempre a trabalhar, apensar... Por vezes é um defeito, poroutras uma oportunidade. RC: Tento sempre dedicar essetempo à família.
Para além do futebol, acompa -
nha outras modalidades?
RC: Gosto um pouco de tudo, doténis ao andebol, voleibol, hóqueiem patins – que cheguei a praticarquando era miúdo, no Damaia Gi -násio Clube. Actualmente, ain da vouconseguindo jogar futsal de vez emquando com a equipa do Benfica. RSP: Eu jogo – um pouco – golfe. Ejogo ténis. Quando era miúdo, atéera um dos meus sonhos: ou serfutebolista ou tenista. RC: O meu sempre foi o futebol.Cheguei ao Benfica com nove anos,depois de ter descoberto o futebolno Damaia. Raspei muitas vezes aspernas nos pelados da Luz – as mi -nhas pernas têm marcas do Benficadesde os meus nove anos [risos].
Falando agora de música...
RSP: Variada. Depende do meuestado de espírito.RC: Os U2 sempre estiveram pre-sentes na minha vida, desde aadolescência. Também gosto, porrazões diferentes, de Eros Ramaz -zotti e Paulo Gonzo. No entanto,nunca fui de ir a concertos, muitopor culpa das obrigações profis-sionais enquanto futebolista.
E ao cinema?
RC: Nunca dispensei um bom fil -me! “Ben Hur” é, talvez, o filme daminha vida. E Morgan Freeman omeu actor favorito. E sou um fã in -condicional de filmes de acção –bem como dos do Steven Spiel berg.RSP: Eu adoro cinema, mas nãotenho tido tempo para ir. Paramim, a referência é Al Pacino. E
gosto particularmente de filmesbaseados em histórias verídicas.
Considera-se um bom garfo?
RC: A minha vida profissional sem -pre me obrigou a ter muito cuida-do com a alimentação. No entanto,a gastronomia é, sem dú vida, umprazer. E tanto sou apreciador dacozinha tradicional portuguesacomo da cozinha italiana – resulta-do dos 12 anos que vivi em Itália.RSP: Para mim, tudo o que sejasaudável e me dê energia parapensar [risos].RC: Ah, já agora: uma das minhasperdições é o marisco!
ORIGINAIS TMNIdentifica-se com este tal de
«Sá Costa»?
RSP: Clubes à parte... acho queesta fusão dava muito jeito à actualSelecção Nacional [risos].RC: [risos] Mas a parte que fala doBenfica – o «Costa» - ficou, semdúvida, melhor! Bem, o «Sá» tam-bém fez um bom trabalho... [risos].
Tirando a paixão pelo futebol, o
que é que têm em comum um
com o outro?
RC: Ser Embaixador da PT para oDesporto Escolar...RSP: E uma rede de sete milhões,onde se encontra pessoas que nemse imagina que existem.RC: Podíamos ter mais emcomum: já pensaste que, se fossesbenfiquista, terias mais alegrias[risos]? �
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SÁ COSTA – UMA ESTRELA ORIGINALAinda não há muito tempo, Sá Costa (Ricardo Sá Pinto + Rui Costa) vestiu pela última vez acamisola nº 10. Estrela do futebol português, nascido em 1972, teve a sorte de fazer boa parte dasua carreira no clube do seu coração – ao qual regressou após alguns anos a jogar no es tran -geiro. Depois de arrumar as chuteiras, a liga ção manteve-se, agora com funções de dirigente.
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INÊS CASTEL-BRANCO + LÚCIA MONIZ
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INÊS MONIZ.Inês Castel-Branco, LúciaMoniz, Ricardo Sá Pinto e Rui Costa foram algumas das figuras públicas que deram a cara (ou melhor: meia cara)pela campanha «OriginaisTMN», lançada durante o mêsde Novem bro, para comemorar os 7 milhões de clientes daoperadora.
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CONHECE ESTES ORIGINAIS?Actriz e mulher de outros talentos, Inês Moniz é presença assídua na TV, embora estejahabituada a pisar os palcos. Entre o cinema, a televisão e o teatro, esco lhe não escolher:prefere todos, se possível. Nasceu em Lisboa, mas tem raízes açorianas – talvez seja por issoque se dá tão bem com o verbo «partir».
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A REPRESENTAÇÃOCinema, teatro ou televisão?
Inês Castel-Branco: Gosto de re pre-sentar. Adorava dividir-me pe lostrês regularmente, porque são for-mas completamente diferentes defazer a mesma coisa.Lúcia Moniz: É muito difícil res -ponder. Embora sejam da mesmaárea, são desafios diferentes.ICB: Mas como espectadora, o ci -ne ma enche-me as medidas.
Ser actriz é um sonho de criança?
ICB: Nunca soube muito bem oque queria ser. Comecei por que -rer ser empregada de balcão,depois “baby-sitter”, em adoles-cente queria ser advogada masnunca gostei de estudar (tirandoalgumas disciplinas). Mudava deideias constantemente, queria sertudo e não queria ser nada. A ver-dade é que escolhi a profissão queme permite ser todas as outras.LM: O meu sonho era ser bailarina,acho que também passei pelo deser hospedeira, e, na adolescência,o de ser designer – ainda chegueia iniciar os es tudos. Depois desistipara seguir aquilo que já me corrianas veias [a música].
Quando se apercebeu de que
seria essa a sua profissão?
ICB: Estava a acabar o 12º ano enão queria ir para a universidade.Fui a uma audição para um cursode representação e senti algo de
inexplicável, como se aquele fosseo momento mais importante daminha vida até ali...LM: E eu foi quando pisei opalco, numa peça de teatro musi-cal, onde a minha função eracantar. Aí, foram-me dadas asmi nhas primeiras falas. Soube-mea pouco, queria mais.
E como foi a estreia enquanto
actriz?
LM: Foi nessa peça, “Leonardo,Barbette, Leo e os Anjos”, ence-nada por José Jorge Duarte. ICB: Profissionalmente, estreei-mena série de televisão “Uma Aven -tura na Quinta das Lágri mas”, masjá tinha feito uns trabalhos compúblico, no âmbito do curso.
E a primeira vez que pisou um
palco?
LM: Ah... a primeira vez... já nemme lembro quando foi...ICB: Comigo foi no espectáculo“Perdoa-me por me Traíres”, deNelson Rodrigues. O espaço eramínimo, uma sala tipo estúdioonde cabiam 30 pessoas e a mi nhapersonagem era uma menina cole-gial que se prostituía e, ao en gra -vidar, resolvia fazer um aborto. Naaltura fiquei sem voz, mas sentia-menas nuvens.
Em que projectos está actual-
mente envolvida?
ICB: Até há pouco tempo, estiveem cena, com o espectáculo “A
Casa de Bernarda Alba”, primeirono Teatro Meridional e depois emdigressão pelo País. Entretanto,vou integrar dois projectos deficção na RTP: uma “sitcom” euma série. Além disto, abri umaempresa que realiza sonhos a crian-ças no seu dia de aniversário(www.iwish.pt) e está a ser umsucesso; vou ter um programasobre curtas-metragens no canalde Internet Speaky.tv; e querotirar o curso de guionista.LM: Eu estou a gravar uma sérieem Toronto, intitulada “Living InYour Car”. Quando ao que vem deseguida, nada que possa para járevelar...
FORA DE CENAQuais são os seus talentos
escondidos?
ICB: Ui! Faço o melhor bolo de cho -colate do mundo – e depois obrigotoda a gente a comer. E gosto decantar em todo o lado, a toda a hora,mas talvez não lhe possamos cha -mar «talento». Ah, e conduzo bem etambém toco harmónica.LM: Bem, o meu talento é, talvez, odesenho. Também dizem que tenhomuito jeito para fazer bolachas. ICB: Eu adoro cozinhar – sou muitogulosa. Para mim, ir a um bomrestaurante é o suficiente para ficarfeliz durante um mês. Mas tambémgosto de tascas.
Quando não está a trabalhar,
como ocupa o seu tempo?
LM:Em primeiro lugar, gosto de apro -veitar para estar com a minha filha.ICB: Eu adoro reunir-me com ami-gos em tertúlias, no Bairro Alto ouna Bica. Gosto de ler – o jornal, umarevista, um livro – numa qualqueresplanada de Lisboa. E de ir para oAlentejo e não fazer absolutamentenada. Gosto de alugar quatro DVD eficar o dia todo a vê-los. Adorodançar, ir ao teatro, escrever...
Falando agora de futebol...
LM: E viva o Benfica!ICB: Eu sou do Sporting. Já fui fer-renha, quando era adolescente: iaver os jogos e sabia o nome de todoo plantel. Agora não acompanho,desinteressei-me...
Então e outros desportos?
ICB: Joguei basquetebol durantemui to tempo. Era a mais baixa,mas andava sempre a correr. Hojecorro à beira-rio, com o meu iPode os meus cães.LM: Eu também corro. E adoro nadar.
ORIGINAIS TMNIdentifica-se com esta tal de
«Inês Moniz»?
ICB: Sim, tem lá alguma coisa mi -nha... [risos]LM: Bem, espantámo-nos as duascom tantas parecenças físicas quedescobrimos nas nossas caras. Sebem que é impossível competir comaqueles olhos... [risos]
Tirando a paixão pela
representação, o que é que têm
em co mum uma com a outra?
ICB: Não sei... gosto muito da Lúciae sinto-me lisonjeada se tivermosmais coisas em comum.LM: Pelo que conheço de ti, temospelo menos outra coisa em comum:o perfeccionismo. Quando é que tra-balhamos juntas?
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SÁ COSTA.RICARDO SÁ PINTO + RUI COSTA
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FUTEBOLEm que clube gostaria de ter
jogado?
Ricardo Sá Pinto: Nenhum em espe-cial. O que queria mesmo, na altura,era jogar pela Selecção Na cional.Rui Costa: Joguei em três grandesclubes e, de cada um, tenho re -cor dações únicas. Não lamentonada na minha carreira mas, seme tivessem deixado cumprir ocompromisso que assumi em1993, gostava de ter representadoo FC Barcelona.
Recorda-se do primeiro jogo
como profissional?
RC: Foi na Suécia, num jogo depré-época, com uma equipa ama -dora cujo nome já não me lembro.Foi especial por ser o primeiro,mas não se pode dizer que tenhasido marcante...RSP: ...pois, e no meu perdi por 2-1,frente ao Farense. Foi na épo ca1991/92 e estava no Sal gueiros.Em termos individuais, até foi umaestreia positiva: consegui controlaraquela ansiedade da primeira vez...
E como viveu o último jogo?
RSP: Com tristeza...RC: Um misto de tristeza e ale-gria: a alegria de poder terminara minha carreira no «meu» está-dio, perante o meu público. Omais difícil, por vezes, é saberquando devemos parar – e euparei quando senti que o deviafazer e creio que fiz a opçãocerta. Terminei a carreira onde a
comecei e isso foi o mais importante.Como é a vida depois dos relva-
dos?
RC: O mais importante, aquilo queme absorve todo o tempo e exigemaior empenho, é sem dúvida oBenfica [Rui Costa é, actualmente,director desportivo do clube].RSP: Muito preenchida. Sou qua -dro do Sporting [Sá Pinto ocupa ocargo de director de futebol profis-sional do clube], estou a terminar ocurso de Comunicação Empre sa rial,no ISCEM, e sou embaixa dor da PT.
E que desafios o esperam no
fu turo próximo?
RSP: Bem, tudo isso: a PT, oSpor ting, acabar a licenciatura e...algo mais. Vamos ver. RC: O meu maior projecto é oBenfica. Acredito no trabalho quetemos vindo a desenvolver. Fala -mos demasiado no futuro, mas euprefiro preocupar-me com o pre-sente. Se fizermos bem o quefazemos no nosso dia-a-dia, ospro jectos irão dar os resultadosque ambicionamos.
PRAZERES DA VIDAQuando não está a trabalhar,
como ocupa o seu tempo?
RSP: Estou sempre a trabalhar, apensar... Por vezes é um defeito, poroutras uma oportunidade. RC: Tento sempre dedicar essetempo à família.
Para além do futebol, acompa -
nha outras modalidades?
RC: Gosto um pouco de tudo, doténis ao andebol, voleibol, hóqueiem patins – que cheguei a praticarquando era miúdo, no Damaia Gi -násio Clube. Actualmente, ain da vouconseguindo jogar futsal de vez emquando com a equipa do Benfica. RSP: Eu jogo – um pouco – golfe. Ejogo ténis. Quando era miúdo, atéera um dos meus sonhos: ou serfutebolista ou tenista. RC: O meu sempre foi o futebol.Cheguei ao Benfica com nove anos,depois de ter descoberto o futebolno Damaia. Raspei muitas vezes aspernas nos pelados da Luz – as mi -nhas pernas têm marcas do Benficadesde os meus nove anos [risos].
Falando agora de música...
RSP: Variada. Depende do meuestado de espírito.RC: Os U2 sempre estiveram pre-sentes na minha vida, desde aadolescência. Também gosto, porrazões diferentes, de Eros Ramaz -zotti e Paulo Gonzo. No entanto,nunca fui de ir a concertos, muitopor culpa das obrigações profis-sionais enquanto futebolista.
E ao cinema?
RC: Nunca dispensei um bom fil -me! “Ben Hur” é, talvez, o filme daminha vida. E Morgan Freeman omeu actor favorito. E sou um fã in -condicional de filmes de acção –bem como dos do Steven Spiel berg.RSP: Eu adoro cinema, mas nãotenho tido tempo para ir. Paramim, a referência é Al Pacino. E
gosto particularmente de filmesbaseados em histórias verídicas.
Considera-se um bom garfo?
RC: A minha vida profissional sem -pre me obrigou a ter muito cuida-do com a alimentação. No entanto,a gastronomia é, sem dú vida, umprazer. E tanto sou apreciador dacozinha tradicional portuguesacomo da cozinha italiana – resulta-do dos 12 anos que vivi em Itália.RSP: Para mim, tudo o que sejasaudável e me dê energia parapensar [risos].RC: Ah, já agora: uma das minhasperdições é o marisco!
ORIGINAIS TMNIdentifica-se com este tal de
«Sá Costa»?
RSP: Clubes à parte... acho queesta fusão dava muito jeito à actualSelecção Nacional [risos].RC: [risos] Mas a parte que fala doBenfica – o «Costa» - ficou, semdúvida, melhor! Bem, o «Sá» tam-bém fez um bom trabalho... [risos].
Tirando a paixão pelo futebol, o
que é que têm em comum um
com o outro?
RC: Ser Embaixador da PT para oDesporto Escolar...RSP: E uma rede de sete milhões,onde se encontra pessoas que nemse imagina que existem.RC: Podíamos ter mais emcomum: já pensaste que, se fossesbenfiquista, terias mais alegrias[risos]? �
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CONHECE ESTES ORIGINAIS?Ainda não há muito tempo vestiu pela última vez a camisola nº 10. Sá Costa, estrela do fute-bol português, nascido em 1972, teve a sorte de fazer boa parte da sua carreira no clube doseu coração – ao qual regressou após alguns anos a jogar no es trangeiro. Depois dearrumar as chuteiras, a liga ção manteve-se, agora com funções de dirigente.
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Há muito que o mundo ansiava por algo do género– muito por culpa das ficções televisivas e cine-matográficas, que há muito o utilizavam comorecurso mais-ou-menos futurístico. Pois bem, essefuturo (pelo menos «esse») chegou, pela mão da coreana LG. O novo GD910 – do qual já muito se havia falado nos últi-mos três anos – transfere para o pulso um telemóvel deterceira ge ração dotado de ecrã táctil (pequeno, é certo, masfuncional), leitor de mp3, marcação por voz, a cinematográ-fica função de videochamada (cuja câmara serve tambémpara tirar foto gra fias) e, para que não seja necessário fazerfigura de Dick Tracy falando para o pulso no meio da rua,conectividade para auricular Bluetooth (incluído). E, claro,convém não esquecer a função de relógio.A seu favor, o GD910 tem ainda os 130 gramas de peso e aelegância do design.Resta ver, pegando a moda, o que o futuro nos reserva.Potencial não falta.�
FUTURO DE PULSO
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(oferta de auricular Bluetooth
e cabo de dados)
À venda em www.tmn.pt
e nas lojas Boutique dos Relógios.
Saiba mais em http://lgwatchphone.com 100
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entretanto I relógio-telemóvel I
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I on-line I entretanto
Agora é possível programar o MEO à distância. A inovaçãoé, desde o primeiro dia, um dos pratos fortes do MEO.Empenhada em manter esse atributo bem presente junto do público, a opera-dora do Grupo PT lançou uma nova funcionalidade diferenciadora: aGravação Remota. Com este novo serviço gratuito, o cliente pode agendar a gravação dos seusprogramas favoritos à distância. A partir do “login” no websitewww.meo.pt/mymeo, existem duas formas de aceder a esta funcionalidade:através do computador (e em três passos simples: consultar o Guia TV, selec-cionar o programa pretendido e agendar gravação clicando na opção“Gravar”) ou através do telemóvel TMN (disponível apenas para equipamen-tos de terceira geração). Saiba mais em www.meo.pt.�
Já pode comprar bilhetes para ver o clube do seucoração sem filas nem deslocações. A TMN lançou recen-temente, em parceria com a Benfica Multimédia, a “BilheteiraBenfica”, que permite comprar ingressos para jogos do clube noEstádio da Luz através do telemóvel. Disponível no portal internet notelemóvel da TMN (http://m.tmn.pt), este serviço permite a comprade bilhetes de forma simples, rápida e eficaz, sem filas nem deslo-cações. Nesta fase inicial, o pagamento é efectuado através de cartãode crédito – estando prevista para breve a disponibilização de outrosmeios de pagamento, nomeadamente o MB Phone. �
BILHETEIRA BENFICAO GLORIOSO NO TELEMÓVEL
GRAVAÇÃO REMOTAQUANDO O TELEMÓVEL
VIRA COMANDO
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entretanto I iniciativa I
O escritor e artista plástico brasileiro Nuno Ramos, autor de "Ó", é o grande vencedor da edição2009 do Prémio Portugal Telecom de Literatura em Língua Portuguesa, atribuído emNovembro em São Paulo. João Gilberto Noll (com o livro "Acenos e Afagos") e Lourenço Mutarelli ("A Arte deProduzir Causa sem Efeito") também escritores brasileiros, ocuparam os outros dois lugares do pódio de um dosmais prestigiados prémios literários de língua portuguesa. Entre os dez finalistas – de um galardão que distingueas obras editadas no ano anterior no Brasil – havia desta vez quatro portugueses: António Lobo Antunes, José LuísPeixoto, Inês Pedrosa e Gonçalo M. Tavares, que saiu vencedor em 2007, com “Jerusalém”.A cerimónia decorreu a 10 de Novembro, em São Paulo, tendo a entrega de prémios sido assegurada pelo secretáriomunicipal de Cultura de São Paulo, Carlos Augusto Calil, pelo presidente da Portugal Telecom, Zeinal Bava, o presi -dente da Portugal Telecom Brasil, Shakhaf Wine, e o vice-presidente da Portugal Telecom Brasil, Abílio Martins.«Se somos do tamanho do que vemos», afirmou na ocasião Zeinal Bava, «os países são em boa medida do tamanho dasua cultura e do seu alcance no mundo – a cultura literária em língua portuguesa mostra que está mais viva que nuncae que é uma bandeira dos laços que historicamente unem os 250 milhões falantes do português no mundo.»�
PRÉMIO PT DE LITERATURACONTINUA A DISTINGUIR A
LÍNGUA PORTUGUESA
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Com o advento das redes sociais, acompanhar tudo o que sepassa e manter todos os perfis actualizados tornou-se prati-camente um trabalho a tempo inteiro. O Pond dá uma ajuda.Ter um “login” para cada rede social ou “website” onde se tem conta (e me -morizá-lo) é agora uma coisa do passado. O novo serviço Pond, o primeiro dogénero em Portugal, agrega diversas contas “on-line” e torna-as acessíveis apartir de um único ponto – que pode ser consultado nas diversas plataformasdisponibilizadas pela PT (PC, telemóvel e televisão). Twitter, Flickr, SAPO Fotos, YouTube, SAPO Vídeos, Facebook, SAPO Blogs e“feeds” RSS e Atom são os serviços actualmente suportados, estando previs-to o alargamento a outras comunidades “on-line”, nomeadamente Hi5, Picasae MySpace.Acedendo a um único URL ou através de uma única entrada, o utilizador podevisualizar toda a actividade ou publicar directamente conteúdos (textos, comen-tários, fotografias, vídeos, etc.) nos vários serviços subscritos. O serviço pode ser acedido via Internet, usando quer os “browsers” nativos doPC/telemóvel quer aplicações específicas criadas para o efeito para algumasdaquelas plataformas – “smartphone” (iPod, iPhone, Nokia WRT e WindowsMobile) e “desktop” (para Windows, Mac e Linux).�Mais informações e registo em http://web.pond.pt
POND CONCENTRADO
DE WEB 2.0
Uma montra “on-line” de aplicações para tele mó vel.Com a criação da TMN App Store, o “download” de aplicaçõespara telemóvel acabou de se tornar mais prático. Através do“website” www.tmn.pt ou do portal Internetnotelemóvel(m.tmn.pt), este novo serviço reúne numa só loja virtual cen-tenas de aplicações móveis, quer de entretenimento, quer detrabalho: dicionários, horóscopo, videojogos, guias, mapas,saúde, desporto, receitas, redes sociais e várias outras ferra-mentas para ajudar a matar o tempo ou a rentabilizá-lo.As aplicações pagas são adicionadas à factura ou descontadasdirectamente no saldo do cartão TMN.�
TMN APP STOREA LOJA DE
APLICAÇÕES
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ATÉ JÁ!AGENDA
01JANEIROBAILADOO QUEBRA-NOZESO aclamado bailado de Pyotr Tchai -kovsky chega aos palcos portuguesespela mão do Bailado Nacional deRostov. Os brinquedos e as criançassão os protagonistas desta magníficafábula sobre o mundo dos sonhos e asaudade da infância que acabou porse tornar um clássico. Um espectá -cu lo para toda a família.
1 de Janeiro Coliseu dos Recreios, Lisboa7 de JaneiroColiseu do PortoBilhetes a partir de €10 (Lisboa) e €15 (Porto)
16JANEIRO MÚSICA AIRTrês anos após a sua última passagem por Portugal, Jean Benoît e Nicolas Godinregressam ao Coliseu dos Recreios, agora para apresentar ao vivo “Love 2”, o seunono disco, lançado em Outubro de 2009. A digressão, iniciada em Novembro,durará até finais de Fevereiro e, depois de Lisboa, levará a dupla francesa aEspanha, Itália, Alemanha, Suíça, França, Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Roménia,Irlanda e Inglaterra (www.aircheology.com).
16 de Janeiro, Coliseu dos Recreios, LisboaBilhetes a partir de €28
02FEVEREIRO MÚSICA ARCTIC MONKEYSDa primeira vez esgotaram o Paradise Garage, em Lisboa. Da segunda, subiram afasquia – e esgotaram o Coliseu dos Recreios. Em 2010, regressam a Portugal,agora em dose dupla: Coliseu do Porto, a 2 de Fevereiro, e Campo Pequeno, nodia seguinte. Na bagagem, trazem “Humbug”, o seu terceiro registo de estúdio,produzido por Josh Homme, mentor dos Queens of the Stone Age.(www.myspace.com/arcticmonkeys).
2 de Fevereiro, Coliseu do Porto - 3 de Fevereiro, Campo Pequeno, LisboaBilhetes a partir de €24
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JOSS STONE
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14FEVEREIROMÚSICAJOSS STONECom a edição do há muito aguardado“Colour Me Free”, lançado a 2 deNovembro de 2009, a menina queri-da da “soul” britânica está de volta.A digressão de apresentação do seuquarto registo de estúdio durará atéfinais de Março, com duas datasmarcadas em Portugal: 14 e 15 deFevereiro, nos Coliseus de Porto eLisboa.
14 de Fevereiro Coliseu do Porto15 de FevereiroColiseu dos Recreios, LisboaBilhetes a partir de €24 (Porto) e €28 (Lisboa)
ORA-NOZES
bailado de Pyotr Tchai -a aos palcos portugueseso Bailado Nacional derinquedos e as crianças
gonistas desta magníficao mundo dos sonhos e anfância que acabou por
m clássico. Um espectá -da a família.
o Recreios, Lisboa
oPortopartir de €10 (Lisboa) o)
20MARÇOÓPERACARMENA Ópera Nacional da Moldávia traz aPortugal uma super-produção de“Carmen”, de Georges Bizet, umadas mais emblemáticas peças dorepertório lírico. Os amores e desa -mores da cigana Carmen, do soldadoDon José e da sua prometida Micaëlasão levados à cena nos Coliseus deLisboa e Porto, em Março.
20 de MarçoColiseu do Porto 26 e 27 de MarçoColiseu dos Recreios, LisboaBilhetes a partir de €10 (Lisboa) e €15 (Porto)
S. Da segunda, subiram a0, regressam a Portugal,o, e Campo Pequeno, noceiro registo de estúdio,
Stone Age.
ampo Pequeno, Lisboa
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PEDRO FERNANDES
FOTOGRAFIA ANTÓNIO LAMAS
Costuma esquecer-se do telemóvel?
Nunca me esqueço do telemóvel e estou sempre contactável. Se nãoatendo é porque não me apetece. Se calhar não devia estar a dizer isto.Fico sem desculpa. Bolas!
Usa o telemóvel para pôr a conversa em dia ou limita as conver-
sas ao essencial?
Curto e grosso. Poupei imenso com o fim da facturação ao minuto.Que funções do seu telemóvel utiliza com mais frequência?
E-mail, Internet, Twitter, GPS, Fotos, Qik, Meteo, SMS e... como é quediz... fazer chamadas! É isso.
Costuma usar a câmara fotográfica?
Normalmente para tirar fotografias. É nisso que ela é boa. Já experi-mentei cozinhar mas a única coisa que fazia era os olhos vermelhos àssardinhas.
Que telemóvel tem actualmente?
Nokia N97 e N95.Para si o telemóvel é uma ferramenta ou um acessório estético?
Claramente uma ferramenta. Ainda ontem mudei um pneu com o meu.Se tiver umas pedrinhas de esmeraldas incrustadas de certeza que nãodá tanto jeito.
Quantos segundos demora a escrever em SMS «O rato roeu a
rolha da garrafa de rum do rei da Rússia»?
Nunca cronometrei. Deixa ver... 23 segundos! Que tal?Sente-se dependente do telemóvel para funcionar bem no dia-a-dia?
Sim. E imaginar que há tão pouco tempo não nos faziam falta nenhuma.É utilizador da Internet No Telemóvel?
Uso normalmente, e para todos os “sites”, como se de um computadorse tratasse.
Se pudesse, a quem fazia um «moche»?
Ao Benfica. Como sportinguista que sou, deve ser a única forma deficar por cima deles este ano.�
NASCEU EM 1978. AO CONCLUIR O CURSO DE PUBLICIDADE E
MARKETING, DECIDIU INVESTIR NUMA CARREIRA DE ACTOR E
GUIONISTA DE HUMOR. PASSOU PELOS PROGRAMAS “REVOLTA
DOS PASTÉIS DE NATA”, “SEMPRE EM PÉ” E “CAIA QUEM CAIA”– ONDE SE REVELOU COMO APRE SENTA DOR/RE PÓR TER.ACTUALMENTE, É ANFITRIÃO NAS QUINTAS-FEIRAS DO “TALK-SHOW” “5 PARA A MEIA-NOITE” (RTP2).
APRESENTADOR, GUIONISTA, LOCUTOR, ACTOR, 31 ANOS
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