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SUPERINTENDÊNCIA DE REGULAÇÃO ECONÔMICA SUPERINTENDÊNCIA DE REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS DE DISTRIBUIÇÃO Nota Técnica nº 180/2012-SRE-SRD/ANEEL Brasília, 18 de junho de 2012 TERCEIRO CICLO DE REVISÕES TARIFÁRIAS DAS CONCESSIONÁRIAS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ESTRUTURA TARIFÁRIA Companhia Hidroelétrica São Patrício - CHESP AUDIÊNCIA PÚBLICA Agência Nacional de Energia Elétrica Superintendência de Regulação Econômica SGAN 603 / Módulo “I” – 1º andar CEP: 70830-030 – Brasília – DF Tel: + 55 61 2192-8695 Fax: + 55 61 2192-8679

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S U P E R I N T E N D Ê N C I A D E

REGULAÇÃO ECONÔMICA

S U P E R I N T E N D Ê N C I A D E

REGULAÇÃO DOS SERVIÇOS

DE DISTRIBUIÇÃO

Nota Técnica nº 180/2012-SRE-SRD/ANEEL Brasília, 18 de junho de 2012

T E R C E I R O C I C L O D E R E V I S Õ E S T A R I F Á R I A S D A S C O N C E S S I O N Á R I A S D E

D I S T R I B U I Ç Ã O D E E N E R G I A E L É T R I C A

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . E S T R U T U R A T A R I F Á R I A

C o m p a n h i a H i d r o e l é t r i c a S ã o P a t r í c i o - C H E S P

AUDIÊNCIA PÚBLICA

Agência Nacional de Energia Elétrica Superintendência de Regulação Econômica SGAN 603 / Módulo “I” – 1º andar

CEP: 70830-030 – Brasília – DF Tel: + 55 61 2192-8695 Fax: + 55 61 2192-8679

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ÍNDICE I - DO OBJETIVO ................................................................................................................................................................... 1 III - DA ANÁLISE .................................................................................................................................................................. 3

III.1 - RESULTADOS .................................................................................................................................................... 3 III.2 DADOS DE ENTRADA ......................................................................................................................................... 5 III.3 - TARIFAS DE REFERÊNCIA - TUSD ................................................................................................................ 6 III.4 - TARIFAS DE REFERÊNCIA - TE .................................................................................................................... 18 III.5 - MERCADO DE REFERÊNCIA AJUSTADO ................................................................................................... 18 III.6 - TARIFAS DE APLICAÇÃO .............................................................................................................................. 19 III.7 - FLEXIBILIZAÇÃO DE PARÂMETROS DA ESTRUTURA TARIFÁRIA .................................................... 21 III.8 - IMPACTOS TARIFÁRIOS RELEVANTES ..................................................................................................... 21 III.9 - TRANSIÇÃO DA APLICAÇÃO DA ESTRUTURA TARIFÁRIA .................................................................. 21 III.10 - CÁLCULO DA TUSD PARA CENTRAIS GERADORAS ............................................................................ 22 III.11 - CÁLCULO DA TUSD DISTRIBUIÇÃO PARA OUTRAS DISTRIBUIDORAS .......................................... 22

IV - DO FUNDAMENTO LEGAL ............................................................................................................................................ 23 V - DA CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................... 23 VI - DA RECOMENDAÇÃO ................................................................................................................................................... 24

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Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL

Em 18 de junho de 2012.

Processos n.º 48500.000930/2012-09 e 48500.003952/2011-31 Assunto: Cálculo da Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição – TUSD e da Tarifa de Energia – TE da Companhia Hidroelétrica São Patrício - CHESP relativas ao Terceiro Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas – 3CRTP das concessionárias de distribuição de energia elétrica.

I - DO OBJETIVO

Submeter à Audiência Pública - AP a proposta de definição das Tarifas de Referência e

Aplicação da TUSD e TE, provenientes da revisão tarifária da CHESP relativas ao Terceiro Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas – 3CRTP.

II - DOS FATOS

O Módulo 7 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET estabelece as metodologias aplicáveis ao 3CRTP e, portanto, fundamenta os cálculos apresentados na presente Nota Técnica. Uma revisão conceitual das metodologias aplicáveis, que vai além do escopo do presente documento, pode ser feita a partir das seguintes referências1:

Resolução Normativa nº 464, de 22 de novembro de 2011; PRORET – Módulo 7:

Submódulo 7.1 – Procedimentos Gerais;

Submódulo 7.2 – Tarifas de Referência;

Submódulo 7.3 – Tarifas de Aplicação; e Nota Técnica nº 311/2011-SRE-SRD/ANEEL, de 17 de novembro de 2011 – Proposta Geral.

2. O Contrato de Concessão nº 44/99, que regula a exploração dos serviços públicos de distribuição de energia elétrica na área de concessão da CHESP, estabelece o ciclo tarifário da distribuidora cuja terceira revisão tarifária periódica deve ocorrer em 12 de setembro de 2012.

1 Disponível no endereço eletrônico da ANEEL na internet: http://www.aneel.gov.br/cedoc/bren2011464.pdf

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(Fls. 2 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

3. As metodologias aplicáveis ao 3CRTP são definidas nos Módulos 2 e 7 do PRORET que tratam, respectivamente, do cálculo da revisão tarifária e da estrutura tarifária. Ambos os módulos foram aprovados em novembro de 2011 por meio das Resoluções Normativas – REN nº 457/2011 e nº 464/2011, respectivamente.

4. Complementarmente, os Módulos 2, 6 e 7 dos Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST regulamentam outras matérias afetas ao cálculo da estrutura tarifária. 5. O Submódulo 10.1 do PRORET define a ordem, as condições de realização, os requisitos de informações e as obrigações periódicas concernentes ao processo de revisão tarifária das distribuidoras e permissionárias de energia elétrica.

6. Complementarmente, o Módulo 6 do PRODIST define e detalha o fluxo de parte das informações necessárias para o cálculo da estrutura tarifária. 7. Com base no arcabouço regulatório, o ofício nº324/2011-SRD/ANEEL, de 21 de dezembro de 2011, orientou a forma de envio dos dados pela distribuidora. 8. A CHESP protocolou os dados na ANEEL por meio de duas correspondências com a mesma referência: Carta C/DTC/CHESP/Nº 037/2012, de 24 de abril de 2012. Cabe destacar que a distribuidora não apresentou proposta de flexibilização dos parâmetros da estrutura tarifária.

9. Os dados de mercado foram obtidos por meio do Sistema de Acompanhamento de Informações de Mercado para Regulação Econômica – SAMP sendo o controle de atualização dos dados feito no próprio aplicativo. Complementarmente, no 3CRTP, está sendo solicitado das distribuidoras o sistema de faturamento aberto por Unidade Consumidora. Nesse sentido, o mercado ora considerado pode ser alterado em razão das validações que estão sendo feitas a partir dos dados desagregados. 10. Os demais dados, como os custos regulatórios considerados na construção das tarifas são obtidos do processo de definição do nível tarifário cujo processo e resultados estão detalhados na Nota Técnica nº 176/2012-SRE/ANEEL de 14 de junho de 2012. 11. Após a descrição dos fatos passa-se à análise. A Seção seguinte inicia-se com a apresentação do impacto tarifário a ser percebido pelos consumidores. Posteriormente, demonstram-se os dados de entrada para a construção das tarifas bem como o cálculo das tarifas de Referência e de Aplicação, além do mercado de referência ajustado. Por fim, são apresentados os parâmetros flexibilizados para o cálculo da estrutura tarifária, impactos tarifários relevantes e possível transição para aplicação das novas tarifas.

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(Fls. 3 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III - DA ANÁLISE III.1 - RESULTADOS 12. Primeiramente, cabe destacar que a CHESP, a despeito de ter índice de alteração tarifária calculado e publicado anualmente, tem sua tarifa de suprimento - compra de energia - e a tarifa do Contrato de Uso do Sistema de Distribuição - CUSD inalterada por ser suprida pela CELG-D, que até a presente data de emissão desta Nota Técnica está inadimplente com obrigações intrasetoriais o que impede que a CELG tenha suas tarifas reajustadas. Ocorre que essa situação de inadimplência pode se alterar a qualquer momento em virtude da ação de quitação dos débitos da supridora - CELG. Por conseguinte, a tarifa de suprimento e do CUSD, no caso de adimplemento, passam a assumir outros valores, motivo pelo qual será apresentada nesta Nota dois cálculos tarifários resultando em dois índices de reposicionamento tarifário e, consequentemente, duas tarifas: uma considerando a CELG-D inadimplente e outra a considerando adimplente 13. Entretanto, a fim de facilitar a análise e torná-la mais didática, as informações a seguir irão se referir ao reposicionamento tarifário da CHESP considerando a situação atual de inadimplemento da CELG. Somente as tabelas abaixo (1a e 1b) é que se apresentará o resultado do impacto tarifário por subgrupo, considerando as duas situações: 1a – CELG Inadimplente e 1b - CELG Adimplente.

14. O resultado da revisão tarifária submetido à Audiência Pública da CHESP, no caso da CELG inadimplente, resultará no efeito médio a ser percebido pelos consumidores por subgrupo tarifário, conforme Tabela 1a, considerando todo o mercado da distribuidora.

Tabela 1a – Efeito médio por Subgrupo Tarifário – Revisão CHESP Caso CELG inadimplente

Subgrupo Efeito Médio

(%)

EFEITO MÉDIO PARA o Grupo A ( 2,3 kV) 9,02%

A4 (2,4 a 25 kV) 9,02%

EFEITO MÉDIO PARA o Grupo B (≤ 2,3 kV) -7,29%

B1 (Baixa Tensão – Residencial e Baixa Renda) -8,02%

B2 (Baixa Tensão - Rural) -3,56%

B3 (Baixa Tensão – Demais Classes) -8,02%

B4 (Baixa Tensão – Iluminação Pública) -3,56%

15. O resultado da revisão tarifária submetido à Audiência Pública da CHESP, no caso da CELG adimplente, resultará no efeito médio a ser percebido pelos consumidores por subgrupo tarifário, conforme Tabela 1b, considerando todo o mercado da distribuidora.

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(Fls. 4 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Tabela 1b – Efeito médio por Subgrupo Tarifário – Revisão CHESP Caso CELG adimplente

Subgrupo Efeito Médio

(%)

EFEITO MÉDIO PARA o Grupo A ( 2,3 kV) 24,85%

A4 (2,4 a 25 kV) 24,85%

EFEITO MÉDIO PARA o Grupo B (≤ 2,3 kV) 4,02%

B1 (Baixa Tensão – Residencial e Baixa Renda) 3,21%

B2 (Baixa Tensão - Rural) 8,21%

B3 (Baixa Tensão – Demais Classes) 3,21%

B4 (Baixa Tensão – Iluminação Pública) 8,21%

16. Conforme citado anteriormente, as tabelas seguintes apresentam a análise considerando a situação atual da CELG inadimplente. A Tabela 2 demonstra os efeitos médios percebidos pelos consumidores cativos do Grupo A nas modalidades tarifárias Verde e Convencional.

Tabela 2 – Efeito Médio por Subgrupo Tarifário e Modalidade do Grupo A

Subgrupo Modalidade Efeito Médio (%)

A4 (2,4 a 25 kV) Verde 8,49%

Convencional 11,86%

17. A Tabela 3 demonstra os efeitos médios segregados em TUSD e TE por subgrupo e modalidade dos Grupos A e B.

Tabela 3 – Efeito Médio TUSD e TE por Subgrupo Tarifário e Modalidade

Subgrupo Modalidade Tarifa Efeito Médio

(%)

A4 (2,4 a 25 kV)

Verde TUSD 25,21%

TE -11,94%

Convencional TUSD 23,87%

TE -12,31%

B1 (< 2,3 kV - Residencial) Convencional TUSD -6,44%

TE -12,31%

B2 (< 2,3 kV - Rural) Convencional TUSD -2,03%

TE -8,06%

B3 (< 2,3 kV – Demais Classes)

Convencional TUSD -6,56%

TE -12,32%

B4 (< 2,3 kV – Iluminação Pública)

Convencional TUSD -2,03%

TE -8,06%

18. A Tabela 4 apresenta as tarifas e as relações entre as tarifas das modalidades convencional e horária Branca para o Grupo B para os subgrupos que existe a opção de escolha do consumidor.

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(Fls. 5 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Tabela 4 – Valores das Tarifas por modalidade - Grupo B

Subgrupo Posto

Tarifário

Tarifa Convencional Branca Variação

R$/MWh R$/MWh %

B1 (< 2,3 kV - Residencial)

Ponta

379,61

854,63 125%

Intermediário 529,97 40%

Fora Ponta 266,84 -30%

B2 (< 2,3 kV - Rural)

Ponta

226,85

510,71 125%

Intermediário 316,70 40%

Fora Ponta 159,46 -30%

B3 (< 2,3 kV – Demais Classes)

Ponta

379,61

854,63 125%

Intermediário 529,97 40%

Fora Ponta 266,84 -30%

19. A Tabela 5 apresenta os valores das Bandeiras Tarifárias. Elas serão somadas à TE, e, portanto, resultarão em percepções distintas de acordo com o subgrupo e modalidade tarifária devido a variação de valores da TUSD e da própria TE. 20. Cabe observar que as bandeiras serão aplicadas, a título educacional no ano de 2013, não alterando a fatura dos consumidores. Somente em 2014 elas serão aplicadas aos consumidores.

Tabela 5 – Valores das Bandeiras Tarifárias

Valor da Bandeira (R$/MWh)

Verde Amarela Vermelha

0 15,00 30,00

21. Os resultados apresentados nas tabelas anteriores, bem como as variações por componente tarifário – TUSD Transporte, TUSD Perdas, TUSD Encargos, TE Energia Comprada, TE Transporte, TE Perdas, TE Encargos – e outros detalhes podem ser obtidos nas Planilhas Microsoft Excel de Cálculo das Tarifas de Referências – TR, e de Cálculo e Abertura das Tarifas – PCAT, disponibilizadas juntamente com a presente nota técnica.

III.2 DADOS DE ENTRADA

22. Para obtenção dos resultados apresentados anteriormente foram utilizados os seguintes dados de entrada:

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(Fls. 6 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Tipo Detalhe Origem Processo utilizado

Mercado

Faturado (Demanda e Energia)

SAMP Tarifas de Referência e Tarifas de Aplicação

Medido (Energia) Cálculo de

Perdas/Distribuidora Tarifas de

Referência/Custo Médio

Ativo Físico Quantidade Distribuidora Custo Médio

Custo Distribuidora/ANEEL Custo Médio

Curvas de Carga Campanha de Medidas Distribuidora Tarifas de

Referência/Custo Médio

Fluxo de potência Diagrama de fluxo

simplificado Distribuidora Tarifas de

Referência/Custo Médio

Taxa Média de Perda para potência média

Fator de perdas de potência Cálculo de perdas Tarifas de Referência

Custos Regulatórios Discriminada por

componente de custo

Revisão Tarifária – Definição do nível

tarifário

Tarifas de Referência e de Aplicação

Quadro 01 - Resumo dos dados utilizados no processo

23. Com base nessas informações inicia-se o processo de construção das Tarifas de Referência e de Aplicação. III.3 - TARIFAS DE REFERÊNCIA - TUSD i. Cálculo dos Custos Médios 24. Para os Custos Marginais de Expansão por agrupamento (faixa de tensão), foram utilizados os Custos Médios, obtidos por módulos de equipamentos/obras, considerando a razão entre o custo total, obtido pelo produto dos custos unitários e o quantitativo de cada módulo, e o carregamento médio dos módulos, com base no sistema de distribuição existente. 25. O detalhamento do cálculo dos custos médios está descrito na Nota Técnica nº 311/2011-SRE/SRD-ANEEL e reproduzido na planilha disponibilizada. 26. Os grupos de módulos de equipamentos/obras, considerados para cada agrupamento são:

Agrupamentos AT-2 e AT-3: Extensão de linha AT; Células de linha AT; Conexão de trafo AT; e Capacidade instalada AT/AT;

Agrupamento MT: Extensão de rede MT; Células de linha MT;

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(Fls. 7 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Conexão de trafo MT; e Capacidade instalada AT/MT;

Agrupamento BT: Extensão de rede BT; Posto de transformação MT/BT; e Capacidade instalada MT/BT.

27. As Tabelas 6 e 7 listam os dados dos ativos físicos dos módulos de equipamentos/obras e seus respectivos custos unitários médios.

Tabela 6 – Ativos Subgrupo/Grupo

ou Relação de Transformação

Redes/Linhas Transformadores Capacidade

instalada Bays de linha

km quantidade MVA quantidade

AT-2

AT-3 62,76 1,00

MT 2.623,99 27,00

BT 535,58

MT/BT

3.661,00 67,01

AT-2/MT

AT-3/MT

4,00 37,00

Tabela 7 – Custos unitários

Subgrupo/Grupo ou Relação de Transformação

Redes/Linhas Transformadores Capacidade

instalada Bays

de linha

Bays de

Conexão de trafo

R$/km R$/posto R$/kVA R$/bay R$/bay

Urbano Rural Urbano Rural Urbano Rural

AT-2

AT-3 179.456,71 539.150,67 629.981,09

MT 61.519,30 22.297,59 172.036,76 348.911,97

BT 38.012,56 35.071,45

MT/BT

5.052,25 3.151,37 101,48 278,78

AT-2/MT

AT-3/MT

61,10

28. As demandas consideradas para os módulos dos agrupamentos AT foram obtidas do diagrama unifilar simplificado de fluxo de potência, mesmo dado utilizado no cálculo da proporção de fluxo. Para os agrupamentos MT, a demanda considerada tem duas origens. Para os módulos - células de linha MT, conexão de trafo MT, capacidade instalada AT/MT – a demanda também será aquela obtida no fluxo de potência.

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(Fls. 8 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Tabela 8 – Fluxo de Demanda AT e AT/MT

Subgrupo/Grupo ou Relação de Transformação

Demanda (MW)

Inj. AT-2

Inj. AT-3 16,027

Inj. MT 3,136

AT-2/AT-3

AT-2/MT

AT-3/AT-2

AT-3/MT 16,027

MT/AT-2

MT/AT-3

29. Para os módulos extensão de rede MT e todos os módulos do agrupamento BT, as demandas foram obtidas pela energia que transita em cada nível/transformação, definida no cálculo das perdas técnicas, e parâmetros das curvas de carga da campanha de medidas. 30. Para o MT e BT a energia que transita nos níveis e transformações deve ser rateada em urbana e rural por meio de dados de energia faturada no período de referência. Deve-se considerar ainda a sazonalidade da energia ao longo do ano, obtidos pela relação da energia do mês de maior consumo pelo consumo médio. Para a obtenção da demanda, apura-se o fator de carga médio para cada agrupamento, com base nas tipologias de carga, redes e injeções obtidas pela campanha de medidas.

Tabela 9 – Energia anual total, fator de sazonalidade

Subgrupo/Grupo Energia total que

transita Fator de

sazonalidade Fator de carga

médio MWh.ano

MT

Rural 51.487,46 1,3641 0,6059

Urbano 155.776,66

BT

Rural 16.246,50 1,1077

0,4630

Urbano 59.086,97 0,4816

31. Os resultados dos custos médios por agrupamentos estão indicados na Tabela 10.

Tabela 10 – Custos Médios

Agrupamento Custo Médio

R$/kW

AT-2

AT-3 124,79

MT 285,85

BT 424,94

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(Fls. 9 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

ii. Cálculo da Proporção de Fluxo 32. A proporção de fluxo é obtida do diagrama unifilar simplificado do fluxo de potência do sistema elétrico da distribuidora. Este foi construído com base nas medições das fronteiras da rede da distribuidora no momento de carga máxima do sistema (injeções), fornecida pela distribuidora e nas tipologias de carga e rede. A Nota Técnica nº 311/2011-SRE/SRD/ANEEL detalha a construção do diagrama unifilar simplificado de fluxo de potência.

33. A Tabela 11 apresenta os valores de proporção de fluxo total (proporção de fluxo direta mais proporção de fluxo indireta) entre os subgrupos tarifários calculados para a CHESP.

Tabela 11 – Proporção de Fluxo Total2 Agrupamento A2 A3 MT BT

AT-2 0,00

AT-3 0,00 1,00

MT 0,00 0,84 1,00

BT 0,00 0,84 1,00 1,00

iii. Tipologias de cargas e redes

34. As tipologias representam o comportamento dos consumidores e o carregamento das redes da distribuidora em análise. 35. A CHESP obteve um conjunto de curvas de carga de consumidores e de transformações de tensão por meio da campanha de medidas. Posteriormente, realizou-se a agregação das curvas características para obtenção da tipologia da carga, da rede e das injeções. Essas tipologias foram obtidas por meio de técnicas estatísticas de agrupamento. O relatório fornecido pela distribuidora detalha a definição das tipologias. 36. Como parte do processo, as tipologias encaminhadas pela concessionária foram ajustadas ao mercado de referência dos respectivos agrupamentos3.

37. Os agregados das tipologias de carga por agrupamento já ajustados ao mercado estão apresentados nos Gráficos 1 a 3 abaixo, que correspondem aos dados da Tabela 12.

2 Os relatórios do aplicativo CTR utilizados no cálculo da Estrutura Vertical adota como terminologia do agrupamento MT (que

agrega os subgrupos A4 e A3a) como A4, e do agrupamento BT (que agrega o grupo B e o subgrupo AS) como B, devido a limitações no aplicativo. 3 Corresponde ao mercado do período de referência. O período de referência, por definição do PRORET, corresponde ao período de 12 meses imediatamente anteriores ao mês da revisão tarifária periódica.

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(Fls. 10 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Tabela 12 – Consumidores Tipo – Agregados (MW)

Hora Posto

AT-2 AT-3

MT BT TOTAL

00:30 01:29 1 0,00 0,00 2,24 6,95 9,19

01:30 02:29 2 0,00 0,00 2,24 6,82 9,06

02:30 03:29 3 0,00 0,00 2,30 6,79 9,09

03:30 04:29 4 0,00 0,00 2,38 7,05 9,42

04:30 05:29 5 0,00 0,00 2,36 7,28 9,64

05:30 06:29 6 0,00 0,00 2,58 7,77 10,35

06:30 07:29 7 0,00 0,00 2,85 7,82 10,67

07:30 08:29 8 0,00 0,00 3,00 8,60 11,59

08:30 09:29 9 0,00 0,00 3,21 9,12 12,33

09:30 10:29 10 0,00 0,00 2,83 9,59 12,41

10:30 11:29 11 0,00 0,00 2,64 9,90 12,54

11:30 12:29 12 0,00 0,00 2,90 9,52 12,42

12:30 13:29 13 0,00 0,00 3,30 9,63 12,93

13:30 14:29 14 0,00 0,00 3,27 9,44 12,71

14:30 15:29 15 0,00 0,00 3,10 9,76 12,87

15:30 16:29 16 0,00 0,00 2,76 9,88 12,65

16:30 17:29 17 0,00 0,00 2,25 13,17 15,41

17:30 18:29 18 0,00 0,00 1,53 16,36 17,89

18:30 19:29 19 0,00 0,00 1,27 16,24 17,52

19:30 20:29 20 0,00 0,00 1,21 12,67 13,88

20:30 21:29 21 0,00 0,00 2,09 11,14 13,23

21:30 22:29 22 0,00 0,00 2,11 9,58 11,69

22:30 23:29 23 0,00 0,00 2,27 8,11 10,38

23:30 00:29 24 0,00 0,00 2,16 7,05 9,21

Gráfico 1 – Consumidor-tipo MT - Agregado

Gráfico 2 – Consumidor-tipo BT - Agregado

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

MW

Posto Tarifário

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

MW

Posto Tarifário

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(Fls. 11 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

Gráfico 3 – Agregado Consumidores-tipo

Definição dos postos tarifários ponta, fora ponta e intermediário 38. Os custos marginais de capacidade foram calculados para os postos tarifários ponta e fora ponta, definidos na REN nº 414/10:

Horário de ponta: período composto por 3 (três) horas diárias consecutivas definidas pela distribuidora, considerando a curva de carga de seu sistema elétrico, aprovado pela ANEEL para toda a área de concessão, com exceção feita aos sábados, domingos, terça-feira de carnaval, sexta-feira da Paixão, Corpus Christi e mais oito feriados nacionais; e

Horário fora de ponta: período composto pelo conjunto das horas diárias consecutivas e complementares àquelas definidas no horário de ponta.

39. A CHESP informou que o horário de ponta praticado atualmente é o das 18h00 às 20h59 para o período fora do horário de verão e das 19h00 às 21h59 para o período do horário de verão e solicitou que fosse mantido, motivado pelo carregamento de seu sistema elétrico. Alega a distribuidora que este é o período de maior demanda de seu sistema, definido principalmente pelo comportamento dos consumidores de baixa tensão, que compõem a maior parcela do mercado atendido pela empresa. A alteração do posto ponta durante o horário de verão é motivada para se evitar ajustes individuais em cada medidor instalado em consumidores horo-sazonais, o que de certo modo traria custos adicionais significativos à distribuidora, além de ficar em fase com o pico de demanda verificado pela distribuidora nesta época do ano. 40. A análise dos agregados de consumidores-tipo obtidos pela distribuidora através de campanha de medição e ilustrados anteriormente mostra que o horário de ponta proposto pela distribuidora poderia ainda ser deslocado para início às 17h00 (posto 18). Esta condição será analisada durante o processo de audiência pública. Considerando que no horário de verão a distribuidora informou que desloca o

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

MW

Posto Tarifário

B

MT

A3

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(Fls. 12 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

horário de faturamento de seus consumidores, é adequado que seja deslocada a duração do horário de ponta, conforme tabela a seguir.

41. Assim, a proposta apresentada em audiência acata o pleito da distribuidora, conforme tabela abaixo.

Tabela 13 – Postos tarifários

Posto Ponta Durante horário

de verão Fora do horário

de verão

Início 19h00 18h00

Fim 21h59 20h59

42. Quanto ao posto intermediário, aplicável somente à modalidade tarifária horária Branca do Grupo B, a distribuidora não apresentou propostas. Portanto, conforme regulamentação do PRORET, este será definido em dois períodos de 1 hora, imediatamente anteriores e posteriores ao posto ponto.

iv. Fatores de Perdas de Potência 43. O Fator de Perdas de Potência – fpp é utilizado no cálculo da estrutura vertical da Parcela B e da Tarifa de Referência dos custos de uso dos sistemas de transmissão e de outras distribuidoras. 44. Utilizou-se a perda de potência para a demanda média, calculada no processo definição dos índices de perdas técnicas, Módulo 7 do PRODIST, como estimativa da taxa média de potência. No caso do sistema de alta de tensão (SDAT), como não se calcula perdas de potência para a demanda média durante o processo de cálculo dos índices de perdas, utiliza-se dos respectivos índices de perdas de energia (perda média de potência) e do CP (índice que correlaciona perda média de potência e perda de potência para a demanda média) para o cálculo da perda de potência para a demanda média dos subgrupos pertencentes à alta tensão – AT. 45. A Tabela 14 lista os valores dos fatores de perdas de potência calculados.

Tabela 14 – Fatores de Perdas de Potência para demanda média

Agrupamento AT-2 AT-3 MT BT

AT-2 0,00

AT-3 0,00 0,01

MT 0,00 0,05 0,04

BT 0,00 0,10 0,08 0,01

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(Fls. 13 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

v. Estrutura Vertical

46. A Estrutura Vertical – EV é a proporção relativa entre os agrupamentos tarifários, definidos por níveis de tensão (grupos e subgrupos tarifários) utilizada na construção da componente tarifária TUSD-FIO B, referente aos custos de Parcela B da receita requerida de distribuição. 47. A EV foi obtida com base na repartição da receita teórica entre os agrupamentos tarifários (subgrupos/grupos) definidos de acordo com os níveis de tensão, proporcionais aos custos marginais de capacidade e ao mercado teórico de demanda. Posteriormente, esses valores foram corrigidos considerando que uma parcela dos custos foi rateada de forma proporcional ao número de unidades consumidoras de cada agrupamento tarifário. 48. No cálculo da Estrutura Vertical das distribuidoras no terceiro ciclo de revisões tarifárias, a ANEEL utilizará o aplicativo CTR, versão 2, em substituição ao aplicativo TARDIST utilizado até o segundo ciclo de revisões tarifárias. 49. O CMC foi calculado por meio da ponderação do valor do custo marginal de expansão de cada subgrupo/grupo tarifário (obtido por meio dos custos médios) pela forma como o fluxo de potência se distribui pelas redes (obtida por meio dos fatores de proporção de fluxo) e pela forma como os consumidores do sistema de distribuição utilizam as redes da distribuidora (obtida através dos fatores de responsabilidade de potência). 50. A Responsabilidade de Potência - RP introduz a sinalização horária no cálculo do custo marginal de capacidade do consumidor-tipo. Indica a participação, por posto tarifário, de determinado consumidor-tipo na formação das demandas de ponta das redes que atendem o nível de tensão de conexão do consumidor-tipo, bem como os níveis de tensão a montante. 51. A Responsabilidade de Potência foi obtida por meio das tipologias de cargas, redes e injeções, do fator de perdas de potência e do fator de coincidência dos consumidores-tipo nas pontas das redes-tipo. 52. A Estrutura Vertical resultante dos custos marginais de capacidade deve ser corrigida para ajustar os custos relacionados aos processos comerciais. Assim, uma parcela dos custos foi rateada de forma proporcional ao número de unidades consumidoras. Adicionalmente é feito um ajuste para o mercado faturado, e a EV resulta nos valores da tabela a seguir.

Tabela 15 – Estrutura Vertical Agrupamento EV%

AT-2 0,00%

AT-3 0,00%

MT 12,48%

BT 87,52%

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(Fls. 14 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

vi. Tarifas de Referência

53. As Tarifas de Referência – TR refletem a relatividade para os diversos subgrupos e modalidades tarifárias e são base de cálculo das Tarifas de Aplicação, para cada um dos componentes de custo. 54. Cada componente da TUSD possui custos específicos, que são calculados como um selo, em R$/kW ou em R$/MWh, rateados de forma proporcional aos custos marginais de capacidade ou pela responsabilidade de custos de determinado subgrupo tarifário. 55. As Tarifas de Referência consideradas no cálculo da TUSD estão detalhadas no Quadro 2.

Agrupamento Definição Critério de rateio

TUSD Fio A

Custo com o uso e a conexão às instalações da Rede Básica, Rede Básica de Fronteira, e rede de

distribuição de outras concessionárias.

Responsabilidade de Custo (R$/kW)

TUSD Fio B

Remuneração dos ativos, quota de reintegração decorrente da depreciação, custos operacionais.

Custo Marginal (R$/kW)

TUSD – Perdas Não Técnicas

Correspondente ao custo das perdas não técnicas, em MWh, valorada pelo preço médio de compra.

% da receita de TUSD (R$/MWh)

TUSD – Perdas Técnicas

Custo das perdas técnicas da distribuição, em MWh, valorada pelo preço médio de compra.

Perdas do Subgrupo Tarifário (R$/MWh)

TUSD – Perdas RB / Distribuição

Custo das perdas elétricas na Rede Básica devido às perdas no sistema de distribuição

Perdas do Subgrupo Tarifário (R$/MWh)

TUSD – Encargos Custos dos Encargos Setoriais (RGR, P&D,

TFSEE, ONS, CCC, CDE e PROINFA). Selo (R$/MWh)

Quadro 2 – Composição das TR da TUSD

56. Obedecendo a sequência de cálculo, as Tarifas de Referência são inicialmente calculadas segundo os critérios definidos na tabela anterior. Numa segunda etapa, estas tarifas são ajustadas segundo as modalidades tarifárias de cada subgrupo/grupo tarifário, uma vez que cada modalidade tarifária possui características específicas de tarifação de acordo com os postos tarifários e a forma de faturamento em demanda ou energia.

a) Tarifas de Referência – TUSD Fio A

57. As Tarifas de Referência TUSD FIO A determinam as relatividades entre as tarifas dos agrupamentos tarifários para recuperação dos custos incorridos pela distribuidora com o uso de ativos de propriedade de terceiros: rede básica, rede básica de fronteira, rede de outra distribuidora e conexão às instalações de transmissão e distribuição.

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(Fls. 15 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

58. A metodologia aplicada busca definir um critério de alocação que leve em consideração a responsabilidade dos usuários na formação dos custos da TUSD FIO A, como definido no Submódulo 7.1 do PRORET, complementado pela Nota Técnica nº 311/2011-SRE/SRD/ANEEL.

59. Os dados de curvas agregadas de carga e rede, fatores de perda de potência, e proporções de fluxo para o cálculo das Tarifas de Referência TUSD FIO A, são os mesmos utilizados no cálculo das Tarifas de Referência TUSD FIO B. Na Tabela 16 são apresentados os valores dos fatores de coincidência utilizados para determinação das Tarifas de Referência TUSD FIO A.

Tabela 16 – Fatores de Coincidência

Agrupamento Fcoin PONTA Fcoin FORA PONTA

AT-2 AT-3 MT BT AT-2 AT-3 MT BT

AT-2

AT-3

MT 0,83 0,79 0,63 0,68

BT 0,99 0,77 0,77 0,85 1,00 0,85

60. As Tarifas de Referência TUSD FIO A da CHESP com seus respectivos componentes de custo, são mostradas na tabela a seguir.

Tabela 17 – Tarifas de Referência TUSD FIO A (R$/kW)

Agrupamento PONTA

TOTAL FORA PONTA

RB FR CUSD CCT RB FR CUSD CCT TOTAL

AT-2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

AT-3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00

MT 0,00 0,00 7,63 0,00 7,63 0,00 0,00 1,19 0,00 1,19

BT 0,00 0,00 7,87 0,00 7,87 0,00 0,00 1,83 0,00 1,83

b) Tarifas de Referência – TUSD Fio B

61. Com base em todos os insumos apresentados, pode-se finalmente calcular as Tarifas de Referência TUSD FIO B, que são obtidas por agrupamento e posto tarifário de acordo com as equações definidas no Submódulo 7.1 do PRORET. 62. O mercado de referência de demanda para o Grupo A é o mercado faturado, sendo este ajustado, com base no perfil típico do agrupamento tarifário, quando não existir a segregação ponta e fora de ponta. O mercado de referência de demanda para o Grupo B baseia-se nas tipologias ajustadas ao mercado faturado. O mercado do subgrupo AS é considerado como pertencente ao agrupamento BT. Transição REN. 399/2010 63. A relação ponta/fora de ponta das Tarifas de Referência TUSD FIO B de cada agrupamento tarifário é determinada de forma que seja alcançada, ao final do período de transição de cálculo da TUST, estabelecido na REN nº 399/2010, a meta de relação ponta / fora de ponta da Tarifa de Referência TUSD TRANSPORTE (FIO A + FIO B) apresentada na tabela 2 do Submódulo 7.2 do PRORET.

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(Fls. 16 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

64. Outra condição que deve ser obedecida é de que a relação ponta/fora ponta não poderia aumentar acima dos atuais valores durante o período de transição da TUST, evitando um indesejado efeito oscilatório. 65. A Tabela 18 apresenta a evolução esperada da relação ponta/fora de ponta das Tarifas de Referência TUSD TRANSPORTE ao longo da transição da TUST.

Tabela 18: Trajetória estimada da relação ponta fora de ponta (RPFP) da Tarifa de Referência TUSD TRANSPORTE

Agrupamento Atual

(último reajuste) RTP

1º ano transição

TUSTfp(1/3)

2º ano transição

TUSTfp (2/3)

Final da Transição

TUST fp(3/3) Meta

AT-2 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 4,35

AT-3 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 3,65

MT 2,50 2,56 2,70 2,50 2,31 3,00

BT 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 5,00

66. A Tabela 19 apresenta a TR TUSD FIO B.

Tabela 19 – TR TUSD FIO B da CHESP

Agrupamento TR TUSD FIO B (R$/kW)

Ponta Fora Ponta

AT-2

AT-3

MT 30,82 13,81

BT 57,17 9,37

c) Tarifas de Referência – Perdas Técnicas

67. Os valores das Tarifas de Referência – Perdas Técnicas foram obtidos através do fator de perdas de energia. O fator de perdas de energia – fpe - aloca as perdas técnicas entre os agrupamentos tarifários de acordo com a contribuição de cada agrupamento nessas perdas. Os montantes de perdas técnicas de energia por nível e por transformação entre níveis, calculados conforme o Módulo 7 do PRODIST, foram utilizados como insumos para o cálculo do fpe. Essas Tarifas de Referência foram definidas em R$/MWh. d) Tarifas de Referência – Encargos 68. A Tarifa de Referência para a TUSD Encargos é definida como valor unitário 1, conforme definido no PRORET 7.2.

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

e) Tarifas de Referência – Modalidades

69. As Tarifas de Referência TUSD TRANSPORTE, obtidas em R$/kW, foram utilizadas para o cálculo da modalidade tarifária horária azul dos subgrupos do Grupo A. Para as demais modalidades dos subgrupos do Grupo A e para o Grupo B devem ser realizados ajustes. 70. Para a modalidade horária verde, a Tarifa de Referência TUSD TRANSPORTE do posto ponta é convertida para R$/MWh pelo Fator de Carga (FC) de cruzamento das retas tarifárias verde e azul. 71. O valor do fator de carga de cruzamento das retas tarifárias foi definido em 0,66, valor padrão regulamentado no PRORET. 72. Para a modalidade convencional binômia do Grupo A, as Tarifas de Referência TUSD TRANSPORTE ponta e fora de ponta foram convertidas para uma única Tarifa de Referência TUSD TRANSPORTE em R$/kW com base no perfil típico de consumo da modalidade. 73. No caso da modalidade convencional monômia do Grupo B, as Tarifas de Referência TUSD TRANSPORTE ponta e fora de ponta foram convertidas para uma Tarifa de Referência em RS/MWh por meio do mercado de teórico de demanda, obtido das tipologias, e do mercado de referência de energia.

74. As Tarifas de Referência por subgrupo e modalidade tarifária estão detalhadas na planilha de cálculo.

75. A correlação entre os agrupamentos, adotados na construção das Tarifas de Referência e os subgrupos/modalidades que possuem Tarifas de Aplicação calculadas estão descritas no quadro a seguir.

Subgrupo/Grupo Agrupamento

A2 AT-2

A3 AT-3

A3a MT

A4 MT

AS BT

B BT

Modalidade (Tarifa de Referência)

Modalidade (Tarifa de Aplicação)

TLU tarifa de longa utilização na ponta Tarifa horária Azul

TCU tarifa de curta utilização na ponta Tarifa horária Verde

TCV tarifa convencional Tarifa convencional Binômia ou Monômia

TB Tarifa horária Branca

Quadro 3 – Correlação Agrupamentos e Subgrupos/Modalidades

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(Fls. 18 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

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III.4 - TARIFAS DE REFERÊNCIA - TE 76. A Tarifa de Referência para a TE Energia Comprada é definida conforme tabela abaixo.

Tabela 20 –Tarifas de Referência TE - energia elétrica comprada para revenda.

Posto/Modalidade TR - TE

R$/MWh

TR_ENP Energia posto ponta 1,72

TR_ENFP Energia posto fora ponta 1,00

TR_ENC Energia convencional 1,06

77. Para as funções de custo relativas à TE Transporte, TE Perdas e TE Encargos a Tarifa de Referência é definida como valor unitário 1, conforme definido no PRORET 7.2. 78. Por fim, ressalta-se que todas as Tarifas de Referência constam na guia “TR-CONSOLIDADA” da planilha PCAT. III.5 - MERCADO DE REFERÊNCIA AJUSTADO 79. Antes de se detalhar o cálculo da Tarifa de Aplicação, faz-se necessário tecer comentários quanto ao mercado de referência. 80. Como definido no PRORET - Submódulo 7.3, para obtenção das Tarifas de Aplicação é necessário determinar o valor do mercado de referência ajustado. O mercado de referência compreende os montantes de energia elétrica, de demanda de potência e de uso do sistema de distribuição faturados no período de referência4 a outras concessionárias e permissionárias de distribuição, consumidores, autoprodutores e centrais geradoras que façam uso do mesmo ponto de conexão para importar ou injetar energia elétrica, bem como pelos montantes de demanda de potência contratada pelos demais geradores para uso do sistema de distribuição. 81. Por sua vez, o mercado de referência deve ser ajustado para efetuar a compensação dos benefícios tarifários - subsídios e descontos previstos em atos normativos e legais. Este é obtido pelo produto do mercado de referência pelo complementar do desconto, conforme expressão abaixo.

(01)

Onde: MRA: Mercado de Referência Ajustado; e MR: Mercado de Referência; e DESC%: Desconto percentual Médio.

4 O período de referência, por definição do PRORET, corresponde ao período de 12 meses imediatamente anteriores ao mês da revisão tarifária periódica.

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(Fls. 19 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

82. As planilhas disponibilizadas apresentam os valores por subgrupos, modalidades, classes e subclasses tarifárias. Ressalta-se ainda que nessa abertura do mercado, caso a empresa receba recursos oriundos da Conta de Desenvolvimento Energético – CDE, em função do benefício da Tarifa Social de Energia Elétrica, o mercado residencial sofre outro ajuste complementar. III.6 - TARIFAS DE APLICAÇÃO 83. Tanto para o cálculo da Tarifa de Aplicação referente à TUSD quanto para a TE a abordagem adotada segue três passos. Primeiro se obtém a tarifa integral, posteriormente a base econômica e enfim a tarifa base financeira que será utilizada para faturar as unidades consumidoras da distribuidora. 84. Todas as tabelas com os cálculos encontram-se na planilha PCAT. i. Cálculo da TUSD e TE Integral

85. As tarifas integrais são aquelas que não possuem em sua estrutura benefícios tarifários. Nesse caso emprega-se o mercado de referência e os custos regulatórios deduzidos os valores recuperados pelos consumidores do subgrupo A1 – no que se refere aos custos dos encargos de conexão, tanto na transmissão quanto na distribuição, e rede básica –, pelas permissionárias que não passaram por revisão, pelas cooperativas não regularizadas e pelas centrais de geração – de acordo com os respectivos componentes de custo incidentes tanto na TUSD como na TE. A planilha PCAT apresenta os valores deduzidos relativos a cada grupo de consumidores acima descrito. 86. Há que ressaltar o tratamento diferenciado dado a TUSD Integral relativa à perda não técnica. Como definido no submódulo 7.3, deve-se distribuir o custo proporcionalmente à distribuição de receita referente à TUSD integral, excluindo o componente perdas não técnicas. Com este valor calcula-se o valor desta componente da TUSD na forma de um selo em R$/MWh por nível de tensão. ii. Cálculo da TUSD e TE Base econômica

87. Como definido no submódulo 7.3 as tarifas TUSD e TE base econômica são obtidas pela multiplicação das tarifas base integral por um fator de ajuste multiplicativo. Nesse caso, a determinação da constante é efetuada pela relação entre os custos regulatórios e o resultado da multiplicação do valor da tarifa integral - incluindo geradores, A1, cooperativas e distribuidoras – pelo mercado ajustado. De fato, a diferença desta para a anterior é a compensação dos benefícios tarifários concedidos em atos normativos e legais.

iii. Cálculo da TUSD e TE Base financeira

88. Por fim, as tarifas base financeira são obtidas pela multiplicação das tarifas base econômica por um fator de ajuste multiplicativo. Nesse caso, a determinação da constante é efetuada pela relação entre os custos regulatórios acrescidos dos componentes de custo financeiro e o resultado da multiplicação do valor das tarifas base econômica pelo mercado ajustado.

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(Fls. 20 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

a) Ajuste do Último Ano dos Financeiros de Subsídios

89. A partir da 3CRTP ocorre a mudança entre os métodos de construção de tarifa no que tange aos subsídios tarifários. A partir de agora estes passam a ser internalizados na própria estrutura tarifária. Porém, ocorre o acerto entre o realizado e o previsto no período anterior ao da revisão que resultará em um componente financeiro. 90. Ainda, o financeiro dos subsídios é obtido pela fiscalização da ANEEL e se trata de um montante fechado, ou seja, o valor total associado a determinado benefício. Ressalta-se que os financeiros em termos de construção de tarifas estão sendo alocados em acordo com a natureza dos custos. Assim, dada a forma como é apurado o financeiro aplicou-se a regra vigente de segregá-los em uma parcela TUSD e outra TE, criando um novo componente na base financeira – retira-se somente o mercado de uso distribuição da contribuição por coerência ao critério vigente. Ambos são determinados a partir da segregação do subsídio (parcelas TUSD e TE) da nova estrutura e alocados como percentual - relação subsídio TUSD sobre custo recuperado TUSD e relação subsídio TE sobre custo recuperado TE.

91. Para fins de transparência do processo de definição das tarifas, conforme determinado no item 10.1 do Submódulo 7.3 do PRORET, a tabela abaixo apresenta o montante de subsídios tarifários, abertos por grupos beneficiários, compensados na estrutura tarifária apurados pela diferença entre a TUSD e TE integral e a TUSD e TE de Aplicação, respectivamente, multiplicada pelo Mercado de Referência e o respectivo impacto na composição da receita da CHESP.

Tabela 21 – Subsídios Tarifários

Grupo Beneficiário Montante (R$) Impacto (%)

Tarifa Social de Energia Elétrica – Estrutura Tarifária 0,00 0,00%

Serviço Público de Água, Esgoto e Saneamento 163.416,56 0,55%

Rural 61.754,12 0,21%

Irrigante e Aquicultura 43.725,73 015%

TOTAL 268.896,40 0,91%

92. Ressalta-se que para o subsídio Baixa Renda, a Resolução Normativa n° 472, de 2012, estabeleceu nova metodologia de apuração e custeio da Diferença Mensal de Receita – DMR das concessionárias e permissionárias de distribuição, decorrente da aplicação da Tarifa Social de Energia Elétrica – TSEE aos consumidores integrantes das Subclasses Residencial Baixa Renda. De acordo com o disposto nessa Resolução, a CHESP pertence ao Grupo A, correspondente às distribuidoras classificadas no ranking de tarifas B1-Residencial nas posições da 1ª à 45ª maiores tarifas, que terão, no próximo período de referência contratual, toda a sua DMR custeada com recursos da CDE. Dada a estrutura de mercado atual, o valor a ser recebido da CDE é de R$ 536.787,89, correspondente à 1,82% da receita econômica da empresa.

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(Fls. 21 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

III.7 - FLEXIBILIZAÇÃO DE PARÂMETROS DA ESTRUTURA TARIFÁRIA 93. O Submódulo 7.1 do PRORET estabelece alguns parâmetros de flexibilização da estrutura tarifária que pode ser alterado em virtude de estudo fundamentado por parte da distribuidora. No caso da CHESP não foi realizada nenhuma proposição a respeito, motivo pelo qual se utilizou a estrutura tarifária padrão estabelecida no PRORET. III.8 - IMPACTOS TARIFÁRIOS RELEVANTES 94. Uma vez delineado a forma de definição das Tarifas de Referência e Aplicação da CHESP e tendo em vista o impacto tarifário apresentado em determinados subgrupos tarifários, conforme tabela 1, faz-se necessário tecer alguns comentários a respeito dessa variação tarifária. 95. Em qualquer um dos casos inadimplente/adimplente, observa-se uma variação tarifária percentual mais significativa para os consumidores do grupo A, devido principalmente à alocação de custos da parcela B, que neste ciclo, para o caso da CHESP, ficou mais representativo para os consumidores do grupo A. Isso se deve ao fato da nova metodologia de calculo do Custo Marginal de Expansão das redes de distribuição. Até então esse era calculado considerando o Custo Marginal Médio Brasil de 2002 e não por empresa como se faz agora. 96. Outro ponto a destacar é que no caso de adimplemento da CELG a diferença em pontos percentuais entre o efeito a ser percebido pelos consumidores do grupo A e do grupo B fica ainda maior. Esse efeito se deve em grande parte ao aumento dos custos de compra de energia resultantes da atualização das tarifas de suprimento, uma vez que tais custos têm maior incidência nas tarifas dos consumidores do grupo A.

97. Por sua vez, a diferença tarifária percebida pelos Subgrupos B2 e B4, em relação ao B1 Residencial, deve-se à alteração da forma de cálculo das tarifas dessas Subclasses, conforme publicado no Submódulo 7.3 do PRORET. O mesmo Submódulo dispõe, ainda, que o ajuste nos níveis tarifários da baixa tensão em relação à tarifa residencial será aplicado em todas as concessionárias do país.

III.9 - TRANSIÇÃO DA APLICAÇÃO DA ESTRUTURA TARIFÁRIA 98. Motivado pelos impactos detalhados no item anterior, provenientes dos aprimoramentos realizados na estrutura tarifária, poderá ser proposto período de transição que devem ser listados neste item para acompanhamentos em processos tarifários futuros. Nessa condição, deve-se avaliar os efeitos somados da alteração da estrutura tarifária com as alterações do nível tarifário. 99. Em função dos impactos relevantes mencionados, propõe-se aplicar uma transição na alteração das relatividades entre as tarifas dos subgrupos do Grupo B a fim de atender aos princípios de modicidade e estabilidade tarifária, em consonância com os Submódulo 7.3, item 9 e Submódulo 7.1, item 14.4. A forma da transição do patamar vigente deve ser discutida em cada processo tarifário e é, portanto, objeto da Audiência Pública da revisão da CHESP. A proposta apresentada considera um passo inicial, de forma a mitigar o impacto que seria percebido se a convergência tarifária fosse completa. O próximo passo poderá ser dado nos processos tarifários seguintes, observando os critérios de conveniência, oportunidade e

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(Fls. 22 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

modicidade tarifária, chegando-se, então, ao patamar de realinhamento tarifário da BT apresentado no PRORET 7.3.

100. Para esta revisão tarifária, propõe-se a seguinte transição.

Tabela 22 – Relação das tarifas dos subgrupos do Grupo B com a B1 -Residencial.

Subgrupos Vigente Transição - Audiência

Pública

Proposta do Submódulo 7.3

B2 - Rural 57% 60% 70%

B4a - Iluminação Pública 43% 45% 55%

101. Diante desses procedimentos o efeito médio final por subgrupo/classe é aquele definido na Tabela 1 desta Nota Técnica. III.10 - CÁLCULO DA TUSD PARA CENTRAIS GERADORAS 102. A CHESP não possui mercado de geração, e portanto, não serão apuradas tarifas para centrais geradoras.

III.11 - CÁLCULO DA TUSD DISTRIBUIÇÃO PARA OUTRAS DISTRIBUIDORAS 103. A CHESP não possui mercado de uso de outra distribuidora, e portanto, não será apurada tarifa para este mercado.

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* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

IV - DO FUNDAMENTO LEGAL 104. São fundamentos legais e infralegais:

Lei nº 9.074, de 7 de julho de 1995, art. 15, § 6º;

Lei nº 9427, de 26 de dezembro de 1996, art. 3º com redação pela Lei nº 10.848 de 15 de março de

2004;

Decreto nº 2.335, de 6 de outubro de 1997, Anexo I, art. 4º, inciso X;

Decreto nº 4.562, de 31 de dezembro de 2002, art. 1º, §1º;

Contrato de Concessão dos Serviços Públicos de Distribuição celebrado pela distribuidora;

Resolução Normativa ANEEL nº 464 de 22 de novembro de 2011;

Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET; e

Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST.

V - DA CONCLUSÃO 105. Esta Nota Técnica apresentou o processo de construção da estrutura das tarifas da CHESP, detalhando o cálculo das Tarifas de Referência e das Tarifas de Aplicação. 106. Cabe destacar que, nos termos do Submódulo 7.1 do PRORET, a distribuidora não solicitou, até o momento, qualquer flexibilização dos parâmetros de cálculo da estrutura tarifária. 107. Ressalta-se ainda que diante dos efeitos tarifários observados, foi aplicada uma transição na proposta de alteração das relatividades entre as tarifas dos subgrupos do Grupo B (B2, e B4). 108. Os valores apresentados nesta nota técnica foram calculados utilizando dados enviados pela distribuidora e outros dados de entradas definidos neste processo de revisão tarifária. Os resultados podem sofrer variações durante o processo de revisão tarifária, haja vista as contribuições recebidas em Audiência Pública e, ainda, em decorrência da alteração dos dados e dos resultados da obtenção dos custos regulatórios e de dados de entrada da estrutura tarifária.

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(Fls. 24 da Nota Técnica no 180/2012-SRE-SRD/ANEEL, de 18/06/2012)

* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.

VI - DA RECOMENDAÇÃO 109. Recomenda-se a submissão desta Nota Técnica para a Diretoria colegiada da ANEEL e posterior submissão à Audiência Pública para recebimento de contribuições dos agentes e da sociedade.

RODRIGO SANTANA

Especialista em Regulação – SRE ROBSON KUHN YATSU

Especialista em Regulação - SRD

FERNANDO JUNQUEIRA SANTOS Especialista em Regulação – SRD

De acordo

DAVI ANTUNES LIMA Superintendente de Regulação Econômica – SRE

CARLOS ALBERTO CALIXTO MATTAR Superintendente de Regulação dos Serviços de Distribuição – SRD