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1 Sustentabilidade em Cadeia de Suprimentos: Uma Perspectiva Comparada de Publicações Nacionais e Internacionais Autoria: Sylmara Lopes Francelino Gonçalves-Dias, Letícia Labegalini, Gilson Rodrigo Silvério Polidório Resumo Este artigo apresenta uma revisão de literatura da temática da Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável (GCSS), mostrando a integração de seus diversos aspectos e facetas. GCSS envolve uma mudança de paradigma, em que a questão da sustenbilidade deixa ser vista como fonte de custos, passando a representar uma potencial fonte de vantagem competitiva para as empresas. Trata-se de um artigo teórico cujo procedimento metodológico adotado foi o de desk research, baseado em um conjunto de artigos nacionais e internacionais de Gestão de Operações e Cadeias de Suprimentos. Buscou-se visualizar os estudos da temática da sustentabilidade em seis importantes periódicos internacionais da área, totalizando 61 artigos entre 1995 e 2007. Esta etapa gerou uma periodização da temática, contribuindo para apontar tendências para estudos futuros. Na segunda etapa foram revisados dois anais eletrônicos de congressos nacionais na área entre 2000 e 2007. Foram localizados 35 artigos, o que resultou em um panorama da temática no contexto acadêmico brasileiro. O conceito de Cadeia de Suprimentos Sustentável apareceu apenas em 2007, o que mostra a atualidade do tema, embora este seja apenas a junção de todas as temáticas anteriormente estudadas em separado, numa visão sistêmica de toda a cadeia produtiva e seus componentes. A principal contribuição do artigo é apresentar um quadro de referência amplo para desenvolver conceitos e modelos, auxiliando pesquisas futuras na tentativa de integração de escolhas interorganizacionais fundamentadas em aspectos da sustentabilidade dentro da cadeia de suprimentos. 1. Introdução A Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável (GCSS) tem apresentado crescente interesse entre pesquisadores acadêmicos e gerentes que atuam na cadeia de suprimentos. A importância da GCSS deve-se à deterioração ambiental, principalmente em relação à escassez de recursos naturais, à saturação dos aterros sanitários e ao aumento dos níveis de poluição. No meio empresarial, esta aproximação tem ocorrido não somente por ser um procedimento amigável ambientalmente, mas porque tem gerado bons negócios e alta lucratividade (SRIVASTAVA, 2007). Mas o que se quer dizer com o termo sustentabilidade em cadeias de suprimentos? O termo sustentabilidade nesta abordagem pressupõe administração ambiental e cadeias de suprimentos em circuito fechado (closed loop supply chains) (KLEINDORFER et al., 2005). Assim, as cadeias de suprimentos à jusante e à montante formam um circuito fechado quando são administradas de um modo coordenado em direção aos objetivos comuns de maximização de ganhos numa perspectiva do triple botton line, integrando lucros, sociedade e planeta na cultura, estratégia e operações interorganizacionais (SRIVASTAVA, 2007). Além disso, existe uma clara tendência da legislação ambiental tornar as empresas cada vez mais responsáveis pelo ciclo de vida de seus produtos (GONÇALVES-DIAS et al., 2007). Isso significa ser responsável pelo destino de seus produtos após a entrega aos clientes e pelo impacto ambiental provocado pelos resíduos gerados em todo o processo produtivo, e também, após seu consumo. Do ponto de vista ambiental, devem ser considerados e avaliados os impactos do produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida (GONÇALVES-DIAS et al., 2007; GONÇALVES, MARINS, 2005). Esse tipo de visão sistêmica é importante para

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Sustentabilidade em Cadeia de Suprimentos: Uma Perspectiva Comparada de Publicações Nacionais e Internacionais

Autoria: Sylmara Lopes Francelino Gonçalves-Dias, Letícia Labegalini, Gilson Rodrigo Silvério Polidório

Resumo Este artigo apresenta uma revisão de literatura da temática da Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável (GCSS), mostrando a integração de seus diversos aspectos e facetas. GCSS envolve uma mudança de paradigma, em que a questão da sustenbilidade deixa ser vista como fonte de custos, passando a representar uma potencial fonte de vantagem competitiva para as empresas. Trata-se de um artigo teórico cujo procedimento metodológico adotado foi o de desk research, baseado em um conjunto de artigos nacionais e internacionais de Gestão de Operações e Cadeias de Suprimentos. Buscou-se visualizar os estudos da temática da sustentabilidade em seis importantes periódicos internacionais da área, totalizando 61 artigos entre 1995 e 2007. Esta etapa gerou uma periodização da temática, contribuindo para apontar tendências para estudos futuros. Na segunda etapa foram revisados dois anais eletrônicos de congressos nacionais na área entre 2000 e 2007. Foram localizados 35 artigos, o que resultou em um panorama da temática no contexto acadêmico brasileiro. O conceito de Cadeia de Suprimentos Sustentável apareceu apenas em 2007, o que mostra a atualidade do tema, embora este seja apenas a junção de todas as temáticas anteriormente estudadas em separado, numa visão sistêmica de toda a cadeia produtiva e seus componentes. A principal contribuição do artigo é apresentar um quadro de referência amplo para desenvolver conceitos e modelos, auxiliando pesquisas futuras na tentativa de integração de escolhas interorganizacionais fundamentadas em aspectos da sustentabilidade dentro da cadeia de suprimentos. 1. Introdução

A Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável (GCSS) tem apresentado crescente

interesse entre pesquisadores acadêmicos e gerentes que atuam na cadeia de suprimentos. A importância da GCSS deve-se à deterioração ambiental, principalmente em relação à escassez de recursos naturais, à saturação dos aterros sanitários e ao aumento dos níveis de poluição. No meio empresarial, esta aproximação tem ocorrido não somente por ser um procedimento amigável ambientalmente, mas porque tem gerado bons negócios e alta lucratividade (SRIVASTAVA, 2007).

Mas o que se quer dizer com o termo sustentabilidade em cadeias de suprimentos? O termo sustentabilidade nesta abordagem pressupõe administração ambiental e cadeias de suprimentos em circuito fechado (closed loop supply chains) (KLEINDORFER et al., 2005). Assim, as cadeias de suprimentos à jusante e à montante formam um circuito fechado quando são administradas de um modo coordenado em direção aos objetivos comuns de maximização de ganhos numa perspectiva do triple botton line, integrando lucros, sociedade e planeta na cultura, estratégia e operações interorganizacionais (SRIVASTAVA, 2007).

Além disso, existe uma clara tendência da legislação ambiental tornar as empresas cada vez mais responsáveis pelo ciclo de vida de seus produtos (GONÇALVES-DIAS et al., 2007). Isso significa ser responsável pelo destino de seus produtos após a entrega aos clientes e pelo impacto ambiental provocado pelos resíduos gerados em todo o processo produtivo, e também, após seu consumo. Do ponto de vista ambiental, devem ser considerados e avaliados os impactos do produto sobre o meio ambiente durante toda a sua vida (GONÇALVES-DIAS et al., 2007; GONÇALVES, MARINS, 2005). Esse tipo de visão sistêmica é importante para

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que o planejamento da rede logística envolva todas as etapas do ciclo de vida do produto de uma forma sustentada.

O fato é que a inclusão da gestão ambiental tem atraído o interesse dos pesquisadores em cadeias de suprimentos (VAN HOEK, 1999), apresentando-se como uma questão crítica para o futuro desta área. Assim, o escopo da GCSS tem-se ampliado, a partir de movimentos reativos aos programas de gestão ambiental para práticas mais proativas implementadas através de vários Rs (redução, reuso, retrabalho, recondicionamento, reciclagem, remanufatura), logística reversa entre outros (SRIVASTAVA, 2007). No entanto, de uma maneira geral estudos da área apresentaram uma perspectiva limitada e estreita, não cobrindo adequadamente todos os aspectos e facetas da GCSS .

Portanto, GCSS diz respeito às questões e fluxos que vão além da administração de uma cadeia de suprimentos em circuito fechado, ao referir-se a fatores do design do produto, ou seja, busca também minimizar o impacto ambiental após sua vida útil; viabilizar a manufatura de subprodutos (componentes e destinação correta dos resíduos); prever a extensão da vida útil do produto (período correto de descarte de um produto), entre outros (KLEINDORFER et al., 2005).

Assim, o objetivo deste artigo é apresentar uma visão integrada da literatura nacional e internacional publicada em GCSS. No artigo discute-se inicialmente o campo de estudo em GCSS, a seguir são apresentados os procedimentos metodológicos utilizados para atingir os propósitos deste artigo. Assim, foi possível mostrar na seção quatro a evolução da área na construção do conceito de sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos, enfocando a limitação da logística reversa, apresentada como uma dimensão da GCSS . A periodização dos estudos encontrados é apresentada na seção cinco, seguida de um panorama dos estudos acadêmicos no contexto brasileiro, identificando-se as lacunas da temática de sustentabilidade na cadeia de suprimentos na literatura nacional. Nas conclusões identificam-se, os assuntos potenciais e oportunidades dentro da área de GCSS para futuras pesquisas. Dessa forma, o artigo espera contribuir com pesquisadores e gerentes da área de operações, logística e cadeia de suprimentos interessados na temática da sustentabilidade.

2. Uma visão do campo para o estudo da GCSS

Gestão da Sustentabilidade na Cadeia de Suprimentos (GCSS ) tem suas raízes na

literatura de gestão ambiental e gestão da cadeia de suprimentos, e diz respeito à influência e aos relacionamentos entre essas duas áreas de estudo. A definição e o escopo da GCSS apresentam uma enorme amplitude na literatura desde a compra verde até a integração da cadeia de suprimentos sustentável (CARTER, ELLRAM, 1998; SRIVASTAVA, 2007), cadeia de suprimentos em circuito fechado (GUIDE E WASSENHOVE, 2006a, 2006b), e ainda é seguida por assuntos relacionados ao fornecedor, produtor, consumidor e à logística reversa (ZHU E SARKIS 2004).

A GCSS requer uma expansão da abordagem da gestão da cadeia direta, enfatizando aspectos econômicos, ecológicos e sociais das práticas e teorias de negócios, como: responsabilidade social corporativa, estratégias de compras verdes, mercado verde, logística reversa, análise do clico de vida do produto, substituição de materiais, reutilização de materiais, redução do uso de recursos, entre outras, entendendo que verde se refere a tudo que é ecologicamente pensado (SVENSSON, 2007).

Para o propósito deste artigo, GCPS é definida como um pensamento estratégico e transparente integrado para atingir objetivos econômicos, sociais e ambientais numa coordenação sistêmica de processos interorganizacionais na perspectiva da cadeia de

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suprimentos (SRIVASTAVA, 2007). Vários são os motivadores para essa expansão e preocupação. Há empresas que são reativas a pressões externas, e há empresas que são pró-ativas, buscando adicionar valor ao seu produto e ao seu negócio através dessas práticas. A perspectiva muda quando a sustentabilidade deixa de ser vista como fonte de custos para uma potencial fonte de vantagem competitiva (GUIDE et al, 2003; van HOEK, 1999). Svensson (2007) aponta que a escassez de recursos naturais já enfrentadas atualmente, e sua intensificação futura, fortalecerão a necessidade de pesquisar os valores dos resíduos. Outro motivador é o preço dos recursos não renováveis que aumentará conforme aumentará sua escassez, o que colocará progressivamente recursos renováveis e recicláveis na agenda de negócios. Srivastava (2007) aponta as pressões dos consumidores e de requerimentos regulatórios, que podem representar lucratividade. E ainda, a hipótese de Porter e van der Linde (1995) sugere que investir no esverdeamento da cadeia pode economizar recursos, eliminar desperdícios e aumentar a produtividade.

3. Procedimentos metodológicos

Trata-se de um artigo teórico cujo procedimento metodológico adotado foi o de desk research, baseado em um conjunto de artigos nacionais e internacionais de Gestão de Operações. Nos portais eletrônicos EBSCO e PROQUEST, no Google Acadêmico e nos anais dos congressos nacionais selecionados – ANPAD e SIMPOI, buscaram-se as seguintes palavras-chave: produto verde (PV) (green product), logística reversa (LR) (reverse logistics), logística ambiental (LA) (environmental logistics), logística verde (LV) (green logistics), cadeia de suprimentos em circuito fechado (CSCF) (closed-loop supply chain), cadeia de suprimentos verde (CSV) (green supply chain). O trabalho se dividiu em duas etapas:

(1) Análise de seis importantes periódicos internacionais da área de gestão operações, logística e cadeia de suprimentos em língua inglesa, quais sejam: Journal of Business Logistics; Journal of Production and Operations Management; Journal of Operations Management; International Journal of Logistics Management; International Journal of Operations and Production Management; Management Science. Desta busca resultou o levantamento das principais teorias e modelos que trabalham a temática de GCSS . Localizaram-se 61 artigos entre os anos de 1995 a 2007. Daí resultou a periodização dos estudos de cadeia de suprimentos sustentável, apresentada na seção 5.1.

(2) Análise de artigos nacionais publicados entre 2000 e 2007 dos Encontros da Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Administração (ANPAD) e Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais (SIMPOI). Como resultado desta etapa faz-se um panorama dos estudos acadêmicos no contexto brasileiro, apresentado na seção 5.2.

4. Gestão da Cadeia de Suprimentos Sustentável: um conceito em construção As iniciativas da chamada GCSS parecem adquirir cada vez mais importância para as

estratégias corporativas de competitividade sustentada (van HOEK, 1999; SRIVASTAVA, 2007). A mais antiga referência localizada na literatura sobre estratégia de reversão de materiais, data do início dos anos 70. Zikmund e Stanton (1971), utilizaram o termo Reverse Distribution, referenciando-se à similaridade dos conceitos de distribuição, aplicados no sentido inverso, devido à necessidade de recolhimento de materiais sólidos provenientes do pós-consumo para reutilização pelo produtor. Mais tarde, Ginter e Starling (1978) utilizaram o termo Reverse Distribution Channels numa publicação do California Management Review,

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enfocando a questão da reciclagem e suas vantagens econômicas e ecológicas, enfatizando a importância dos canais de distribuição reversos como contribuinte fundamental na viabilidade econômica do processo de recuperação dos materiais.

Em 1981, Lambert e Stock (1981) descreviam a distribuição reversa como o produto “indo na contramão de uma rua de sentido único, porque a grande maioria dos embarques de produtos flui em uma direção”. Já em 1982, Barnes (1982) utilizou o termo Logística Reversa, numa publicação do Journal of Macromarketing, em que trata da importância crescente da reciclagem em benefício dos negócios e da sociedade.

A literatura revisada revela que o conceito de logística reversa ganhou força desde a década de 1980, mas apenas a partir dos anos 1990 passou a ser discutida com mais intensidade. Os estudos de logística reversa concentram-se no espaço interno das organizações empresariais e na sua capacidade de implementar políticas de reutilização e reciclagem de resíduos e/ou fatores agregados a produtos e serviços de uma organização (van HOEK, 1999). Como a logística reversa tem ganhado crescente interesse, torna-se relevante questionar se é suficiente o limitado esforço de “esverdeamento” de um segmento da cadeia de suprimentos e ainda de uma única empresa (SRIVASTAVA, 2007). Entretanto, o esquema da logística reversa não reflete explicitamente a dimensão entre as empresas.

Apesar de alguns avanços iniciais, a literatura de logística reversa tem fornecido uma abordagem limitada para classificar o relacionamento entre a organização e seu meio ambiente natural, falhando em endereçar as condições e fatores que devem ser observados para uma empresa se tornar ecologicamente sustentável (HANDFIELD et al., 1997). Iniciativas de pesquisa são necessárias para cobrir esta lacuna. Especificamente, a pesquisa deve se mover da logística reversa para o desenvolvimento de gestão da sustentabilidade em cadeias de suprimentos. Assim, a inclusão da abordagem da cadeia de suprimentos representa uma perspectiva sistêmica para atingir as iniciativas mais conectadas com a perspectiva da sustentabilidade (van HOEK, 1999), conforme esquema da Figura 1.

Figura 1: Da logística Reversa para Gestão da Sustenbilidade em Cadeias de Suprimentos Fonte: van Hoek (1999, p.132)

Dentro do conceito Cadeia de Suprimento em Circuito Fechado - “Closed-Loop

Supply Chain” (GUIDE et al., 2003; KRIKKE et al., 2003), há uma mudança de foco da minimização de custos para criação de valor (KLEINDORFER et al, 2005). A cadeia direta e a reversa formam um circuito fechado quando são administradas de forma coordenada rumo a um objetivo comum de maximização de lucros. As empresas devem ser proativas na coordenação dos fluxos diretos e reversos com o objetivo de agregar valor no desenvolvimento do mercado de segundo ciclo, mesmo com prazos, quantidades e qualidade

Fonte potencial de vantagem competitiva

Logística Reversa Gestão Cadeia de Suprimentos Sustentável

Abordagem

Perspectiva

Escopo das Ações

Soluções

Escopo

Reativa, cumpre regulação

Descarte

Fim da linha

Venda de produtos

Companhia

Proativa e busca valor

Ciclo de vida dos produtos

Cadeia de suprimentos

Redução e reuso

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de retorno irregulares e incertos. Bowersox (2001) apresenta a idéia de “apoio ao ciclo de vida” como um dos objetivos operacionais da logística moderna, referindo-se ao prolongamento da logística além do fluxo direto dos materiais e a necessidade de considerar os fluxos reversos de produtos em geral. Portanto, por trás do conceito de logística reversa está a definição de “ciclo de vida” do produto e da gestão da cadeia em circuito fechado.

5. Periodização da temática 5.1 O que os periódicos internacionais dizem

Baseado em uma classificação do contexto do problema e escopo, uma linha do tempo

evolucionária foi preparada levando em conta documentos publicados na área de GCSS nos periódicos internacionais de maior relevância na área de operações, logística e cadeia de suprimentos. Diante disto, a figura 4 apresenta a evolução da GCSS no tempo, de acordo com seis importantes periódicos da área, confirmando que o termo “logística reversa” é a palavra-chave mais citada dentro da temática pesquisada.

O quadro mostra que no período de 1995-1997, os temas produto verde (THIERRY et al., 1995), logística ambiental (HANDFIELD et al., 1997) e logística verde (MURPHY et al., 1996; HANDFIELD et al., 1997) começaram a aparecer. Em 1997 ocorreu a primeira menção a “fechar o circuito da cadeia” (CLENDENIN, 1997), embora o conceito não tenha sido claramente definido até 2003 (GUIDE et al., 2003). Foi entre 2003 e 2005 que se observou um grande impulso dado à temática, período que concentra estudos nos temas produto verde, cadeia de suprimentos em circuito fechado com grande destaque, cadeia de suprimentos verde e, principalmente, logística reversa.

Finalmente, desde 2006, grande enfoque tem-se dado ao tema em geral, com estudos em produto verde, retomada da logística ambiental, continuidade de destaque para a logística reversa, porém com o crescimento do número de estudos em cadeia de suprimentos em circuito fechado e cadeia de suprimentos verde, indicando a expansão da abordagem para uma visão mais sistêmica e completa. O conceito de Cadeia de Suprimentos Sustentável (LINTON et al., 2007; MATOS, HALL, 2007) apareceu apenas em 2007, o que mostra a atualidade do tema, embora este seja apenas a junção de todas as temáticas anteriormente estudadas em separado, numa visão sistêmica de toda a cadeia produtiva e seus componentes.

A Figura 2 mostra que 80% dos trabalhos envolvendo as principais palavras-chave que definem a temática da GCSS apareceram nos últimos três anos, o que indica sua necessidade de maturação e o amplo campo para estudos futuros que sugere.

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Figura 2: Evolução da temática da GCSS no tempo em periódicos internacionais

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5.2 Contextualização do tema em publicações brasileiras Na análise comparativa dos artigos nacionais publicados nos anais da Enanpad e Simpoi entre 2000 e 2007 nota-se uma concentração de estudos em logística reversa (figuras 3 e 4, respectivamente). Entretanto, há menções ao termo cadeia de suprimentos sustentável a partir do ano de 2002 (ALVES FILHO et al, 2002; BRAGA Jr et al, 2006; BRITO, 2007). Quanto à metodologia, observa-se uma concentração em pesquisas qualitativas exploratórias, principalmente revisões teóricas e estudos de caso. Localizou-se apenas um artigo que utilizou metodologia quantitativa (REZENDE et al 2004). Os setores analisados foram os relacionados com a reversão materiais recicláveis, como plásticos, papeis, eletrônicos, entre outros. Há também evidência para serviços relacionados ao pós-venda. Os principais resultados dos estudos analisados demonstram certas dificuldades na estruturação da logística reversa nos anos iniciais, denotando que a integração na cadeia reversa, em que a logística se mostra fundamental para o desempenho das organizações, vem ganhando importância, devido a menlhoria em retornos financeiros e imagem corporativa. Ademais, observou-se crescimento no número de estudos sobre este tema, principalmente a partir do ano de 2005, quando a logística reversa passa a ser vista não mais como um simples gerador de custos, mas como fonte de vantagem competitiva. De maneira agregada, nos anais do Simpoi observou-se que 90% dos artigos encontrados tratavam majoritariamente de logística reversa. Logística ambiental foi tratada em 19% dos casos e foi abordada primeiramente em 2003 (ROBLES, LA FUENTE, 2003). Em seguida apareceu o tema cadeia de suprimentos sustentável em em apenas três trabalhos (14%). Por fim, ficaram os temas produto verde (LIMA et al, 2003) e cadeia de suprimentos em circuito fechado (LEITE, 2001), que foram tratados apenas uma vez em 2003 e 2001 respectivamente.

Nos anais do Enanpad, por sua vez, os artigos encontrados abordaram a logística reversa como foco principal, e apenas um deles avançou no tema abordando também a gestão da cadeia de suprimentos em circuito fechado (LEITE, 2005). Considerando que se trata do encontro nacional de pós graduação em administração, pode-se concluir que muito pouco ainda foi explorado de sustentabilidade e cadeia de suprimentos.

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Autores Objetivo Metodologia ResultadosSetor/Empresa

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chave

Leite e Brito (2000)

Identificar, classificar, justificar e inter-relacionar a

influência de fatores econômicos, tecnológicos, legislativos, ecológicos e

logísticos nas quantidades de materiais reciclados.

Revisão bibliográfica e estudo exploratório.

Canais de distribuição reversos apresentam dificuldades de

organização logística reversa. Fator legislativo mostra baixa intervenção governamental

nestes casos.

Indústria de ferro, alumínio

e plásticosLR

Giacobo, Seretta e Estrada (2003)

Desenvolvimento de estratégias e demonstração de logística reversa como

diferencial que traz benefícios para clientes, empresa e acionistas.

Estudo teórico-conceitual de periódicos especializados na área e modelo analítico que

visa apresentar um sistema ou processo

real.

Desenvolvimento de uma estrutura teórica sobre a inter-relação entre logística reversa do pós-venda e satisfação do

cliente.

Serviços e pós-venda LR

Rezende, Slomski e Dalmácio

(2004)

Estudo da logística reversa buscando averiguar de que maneira a logística reversa pode contribuir no processo

decisório da empresa.

Pesquisa-ação para a quantificação de

resultados empíricos.

O processo da logística reversa representa uma ferramenta indispensável na busca de vantagem competitiva e controle operacional das atividades da empresa.

Empresa de distribuição de

matérias-primas

farmacêuticas

LR

Felizardo e Hatakeyam

a (2005)

Uso adequado da logística reversa como ferramenta para redução de resíduos plásticos depositados no

meio ambiente.

Revisão bibliográfica e estudo de caso.

Subsídio às decisões da empresa em relação à utilização adequada da logística reversa em suas operações industriais, e incentivo à substituição de

materiais naturais, reutilização e reciclagem de produtos.

Indústria de material plástico

LR

Leite (2005)

Analisar programas de logística reversa em

diversificados setores empresariais no Brasil.

Pesquisa exploratória com uma abordagem

metodológica qualitativa.

Cadeias reversas de ciclo fechado e de pós-consumo

apresentam-se mais integradas.Diversos LR, CSCF

Leite, Brito, Macau e Povoa (2005)

Relacionar a estruturação do canal reverso à recuperação

de valor econômico pela empresa e avaliação da

imagem corporativa.

Pesquisa qualitativa descritiva com estudo

de casos múltiplos.

Estruturação dos canais reversos varia fortemente entre setores, muito em função dos ganhos econômicos que se

pode obter com o gerenciamento do fluxo reverso.

Editorial, eletroeletrônico

e cigarreiro.LR

Figura 3: Evolução da temática da GCSS no tempo no Anpad de 2000 a 2007

Ao comparar a literatura nacional e internacional, observa-se que os artigos internacionais estão mais avançados em termos de integração da temática da sustentabilidade na cadeia de suprimentos. Além disso, no Brasil o foco em estudos analisados é em logística reversa, quando ela já é considerada insuficiente (van HOEK, 1999), embora essencial, para a constituição de uma cadeia de suprimentos sustentável. Isso mostra uma grande oportunidade para pesquisa futura aos interessados no assunto.

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Autores Objetivo Metodologia Resultados Setor/Empresa/RamoPalavra

s - chave

Leite (2001)

Aprofundar o conhecimento científico e acadêmico de questões relacionadas a

Marketing Ambiental, Verde ou Ecológico, Logística Reversa, Meio Ambiente, Tecnologia de Reciclagem, Ética Empresarial, e Análise do

Ciclo de Vida.

Pesquisa exploratória. Seis casos de canais de

distribuição reversos.

Existem divergências de objetivos e conflitos na cadeia, não permitindo melhor equacionamento

logístico da reciclagem dos materiais.

Indústria de material alumínio, óleos

lubrificantes, garrafas PET e ferro/aço.

LR, CSCF

Graeml, Graeml e Steil

(2001)

Abordar questões logísticas com as quais as empresas deverão se preocupar se desejarem

obter sucesso no e-business, como o e-logístics.Estudo teórico conceitual.

Uma logística eficiente depende de seu alinhamento com os objetivos organizacionais e

com a missão do negócio eletrônico.Negócios eletrônicos LR

Alves Filho et al. (2002)

Discutir estratégia de manufatura e formas de organização do trabalho adotadas por

companhias de uma mesma cadeia industrial.Estudo exploratório de caso.

As prioridades competitivas dos fornecedore são fortemente condicionadas pelas estratégias dos

compradores.

Indústria automobilística e fornecedores.

LR, CSS

Leite e Brito (2003)

Avaliando a importância atribuída ao canal reverso na busca de melhoria do desempenho

econômico e mercadológico dos produtos.

Pesquisa descritiva através de estudo de campo.

O desconhecimento do custo da logística reversa sobre o lucro da empresa e sobre o custo total de

logística da empresa justificam o não empreendimento de esforços com a operação.

Diversos setores, dentre eles eletrônico e

alimentício.LR

Lima, Callado e Callado

(2003)

Abordar a percepção dos consumidores incluir em seu processo de marketing uma relação de

preservação ambiental.

Estudo de caso com entrevistas aplicadas aos

clientes.

O consumidor está cada vez mais disposto a aceitar produtos que contribuem para a

preservação do meio ambiente gerando um mercado propício a inovações e

desenvolvimento de forma sustentável.

Indústria de perfumaria e cosméticos. PV

Robles e La Fuente (2003)

Apresentar as características da logística reversa do alumínio com foco na região da

Baixada Santista.

Estudo exploratório através de pesquisa de campo.

Pode-se administrar nelhor a Cadeia de Suprimentos a partir da implantação de uma

gestão integrada dos processos de reciclagem de alumínio.

Indústria de reciclagem de alumínio. LR, LA

Xavier, Valle e Gabbay (2004)

Apresentar o contexo no qual ocorreu a intereção entre a logística e a gestão ambiental

no ambiente empresarial.Levantamento bibliográfico.

A inserção de questões ambientais na gestão da produção tende a tornar cada vez mais

importante a compatibilização entre a gestão ambiental e a logística.

Gestão ambiental e organizações. LA

Brito, Leite e Macau (2005)

Analisar a estruturação do canal reverso de produtos não consumidos no setor editorial.

Pesquisa exploratória qualitativa e estudo de caso.

A logística reversa se mostrou fundamental para o desempenho da organização, tanto em termos financeiros como no gerenciamento da imagem

junto ao canal de distribuição.

Setor editorial. LR

Chaves e Martins (2005)

Analisar a logística reversa na cadeia de alimentos e supermercados do oeste

paranaense para sistematizar e identificar suas práticas e funções estratégicas.

Pesquisa qualitativa descritiva (survey ).

A satisfação dos clientes é o principal papel estratégico da logística reversa.

Indústria de alimentos e supermercados. LR

Oliveira e Raimundini

(2005)

Apresentar a aplicação da logística reversa em duas empresas: indústria fotográfica e indústria

de féculas.Estudo de caso.

A logística reversa é aplicável nas empresas industriais e os benefícios obtidos são

financeiros, operacionais e ambientais, pois minimizou o custo industrial.

Indústria fotográfica e de féculas. LR

Alberto, Filho e Ribeiro

(2006)

Discutir a logística reversa pós-consumo emuma empresa fabricante de papel ondulado.

Pesquisa bibliográfica, com o método do estudo de caso.

O processo de reciclagem vem sendo conduzido pelas indústrias de embalagens

com grandes perspectivas econômicas e ambientais.

Indústria papeleira. LR

Braga Junior, Costa e Merlo

(2006)

Demonstrar como a cadeia de suprimentos reversa contribui para o desenvolvimento

sustentável do negócio, reduz os desperdícios e os impactos social e ambiental.

Pesquisa descritiva qualitativa, com o método do

estudo de caso.

Importância da logística reversa como uma ferramenta estratégica para abrir competitividade

do varejo supermercadista e a estruturação de uma cadeia de suprimentos reversa.

Supermercado varejista de médio porte.

LR, LA, CSS

Costa (2006)

Propor um ensaio teórico para estudar o impacto que

a logística reversa exerce no risco percebido de tempo e funcão que influenciam a decisão de

compra on-line.

Pesquisa bibliográfica (revisão teórica).

A existência e divulgação da logística reversa auxiliam as empresas a se

destacarem frente à concorrência no ambiente da internet, possibilita a diminuição do riscopercebido e auxilia na construção de uma

imagem forte.

Comércio eletrônico. LR

Costa e Valle (2006)

Apresentarcomo o processo de reciclagem de embalagens

de PET pode ser implantado como estratégiaque gera valor (ambiental, mercadológico e

corporativo).

Pesquisa bibliográfica.

Através da aplicação da Logística Reversa é possível melhorar o gerenciamento dofluxo de retorno de mercadorias e obter

vantagens competitivas através da utilização deprodutos reciclados nos processos produtivos.

Indústria de reciclagem (PET) LR

Fioravanti e Carvalho

(2006)

Mostrar os principais processos e as melhores práticas do gerenciamento da cadeia reversa e

como eles se alinham aos objetivos de uma empresa.

Estudo de caso.

Existem oportunidades de consolidação e consequente otimização dos fluxos, e de estudos futuros na Cadeia Reversa através da utilização

de melhores práticas encontradas na Cadeia Principal.

Indústria de eletrônicos. LR

Leite (2006)

Verificar se existem evidências de direcionadores estratégicos que justificam a

implementação de programas empresariais de logística reversa.

Pesquisa qualitativa descritiva.

Resultadosmarginais foram alcançados pela implementação

de programas de logística reversa, quepoderiam ser confundidos com os verdadeiros

direcionadores dos programas.

Vários setores. LR

Santos, Bassanesi e

Pavoni (2006)

Apresentar uma nova abordagem para o assunto

logística reversa introduzindo umanova concepção estratégica.

Pesquisa bibliográfica e ex-post facto para o

levantamento de dados.

As empresas buscam se especializar em etapas menores do processo produtivo,

fragmentando-o, facilitando a implementação da Logística Reversa,

gerando eficiência e melhores resultados.

Indústria moveleira. LR

Brito (2007) Investigar mudanças estruturais na cadeia de suprimentos. Construção de cenários.

Existência da possibilidade de desenvolvimento de negócios (leasing) com impactos econômicos

e ambientais positivos.Indústria têxtil. CSS

Gonçalves-Dias,

Guimarães e Santos (2007)

Abordar as estratégias de diferenciação de produto para desenvolver inovações com

menores impactos ambientais ao longo do ciclo de vida.

Estudo de caso, análise documental e entrevistas.

Ao integrar o meio ambiente como oportunidade na estratégia de

desenvolvimento de produtos, pode-se implementar uma abordagem “win-win” na relção

com o mesmo.

Indústria produtora da resina PET. LR, LA

Freires e Guedes (2007)

Descrever e analisar a influência do exercício do poder e da confiança sobre o desempenho dos

sistemas logísticos inversos.Estudo de caso.

Há relaçãodireta entre a confiança e a eficácia e eficiência

dos sistemas logísticos inversos.

Indústria de pneus-resíduo. LR

Leite (2007)Entender a atuação da logística reversa no ambiente de competiçãode empresas de

remanufatura automotivo.Estudo de casos. Existe forte influencia da logística reversa na

competição do setor.

Indústria de remanufatura automotiva.

LR

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Figura 4: Evolução da temática da GCSS no tempo no Simpoi de 2000 a 2007

6. Considerações finais

A análise da evolução da temática a partir da periodização de publicações internacionais e nacionais apresenta um quadro de referência amplo para desenvolver conceitos e modelos, auxiliando pesquisas futuras na tentativa de integração de escolhas interorganizacionais fundamentadas em aspectos da sustentabilidade dentro da cadeia de suprimentos.

No Brasil, o foco dos estudos em logística reversa destaca a necessidade e oportunidade de pesquisas que abordem outros aspectos e facetas de GCSS. Como a temática GCSS é recente, poucos artigos nacionais foram localizados, não sendo possível encontrar tendências. No entanto, o estudo de sustentabilidade pressupõe interdisciplinaridade, sendo que a análise de outras áreas pode complementar o entendimento do estado da arte da pesquisa nesta área. De maneira geral, observa-se que o assunto está mais avançado no exterior, enquanto no Brasil grande parte dos estudos abordou apenas a logística reversa. Mas a necessidade de estudos mais completos no sentido de integrar as temáticas de sustentabilidade e cadeia de suprimentos e tratá-las de maneira sistêmica é real para a academia como um todo.

GCSS pode reduzir o impacto ecológico da atividade industrial sem sacrificar qualidade, custo, confiabilidade, desempenho ou eficiência do uso de energia. A área lança vários desafios para gerentes, acadêmicos e pesquisadores. GCSS envolve uma mudança de paradigma, em que a questão da sustenbilidade deixa ser vista como fonte de custos, passando a representar uma potencial fonte de vantagem competitiva para as empresas.

Essa perspectiva expandida gera questões tanto estratégicas quanto operacionais e, consequentemente, oportunidades de pesquisa. Entre as quais se destacam: (1) a incerteza com relação à qualidade, quantidade e tempo de retorno dos produtos, containers, pallets e embalagens; (2) os custos do recolhimento e o transporte dos mesmos. (3) a existência de lucro potencial para empresas que desejem desenvolver competências em GCSS e em cadeias de suprimentos reversas; (4) a recuperação de valor nos fluxos de retorno de produtos; (5) a influência do ambiente regulador na competividade; (6) as incertezas que influenciam as relações dentro da GCSS.

Tais problemas são alguns obstáculos para a consolidação da literatura e das práticas de sustentabilidade em cadeia de suprimentos. Ademais, a complexidade inerente ao assunto ambiental – seus múltiplos stakeholders, implicações incertas para competitividade e importância internacional - apresenta desafios significantes para pesquisadores. Pesquisas são de grande importância para apoiar a evolução em prática de negócio no intuito de esverdear toda a cadeia de suprimentos.

Outro ponto a ser melhor elucidado é que pesquisa em GCSS até então pode ser considerada compartimentada. Portanto, mais contribuições integrativas são necessárias no longo prazo, incluindo difusão de melhores práticas, transferência de tecnologia verde e medida de desempenho ambiental intra e entre empresas ao longo da cadeia. Ainda há que se destacar a necessidade de pesquisa de forma interdisciplinar e incremento de pesquisas empíricas envolvento a perspectiva da sustentabilidade do ponto de vista interorganizacional.

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