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3 a Edição Série F. Comunicação e Educação em Saúde MINISTéRIO DA SAúDE CONSELHO NACIONAL DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAúDE Brasília – DF 2009

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SUS de A a Z

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  • 3a Edio

    Srie F. Comunicao e Educao em Sade

    Ministrio da sadeConseLHo naCionaL das seCretarias MUniCiPais de sade

    Braslia dF2009

  • 2005 Ministrio da Sade.Todos os direitos reservados. permitida a reproduo parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que no seja para venda ou qualquer fim comercial.A responsabilidade pelos direitos autorais de textos e imagens desta obra da rea tcnica.A coleo institucional do Ministrio da Sade pode ser acessada, na ntegra, na Biblioteca Virtual em Sade do Ministrio da Sade: http://www.saude.gov.br/bvsO contedo desta e de outras obras da Editora do Ministrio da Sade pode ser acessado na pgina: http://www.saude.gov.br/editora

    Srie F. Comunicao e Educao em Sade

    Tiragem: 3 edio 2009 4.000 exemplares

    EDITORA MSDocumentao e InformaoSIA trecho 4, lotes 540/610CEP: 71200-040, Braslia DFTels.: (61) 3233-1774 / 2020 Fax: (61) 3233-9558E-mail: [email protected] page: www.saude.gov.br/editora

    Equipe editorial:Normalizao: Vanessa Leito Reviso: Janana ArrudaEditorao: Alisson Albuquerque

    Elaborao, distribuio e informaes:MINISTRIO DA SADE Secretaria-ExecutivaDepartamento de Apoio DescentralizaoEsplanada dos Ministrios, bloco G, Edifcio-Sede, 3 andar, sala 350 CEP: 70058-900, Braslia DF Tels.: (61) 3315-2649E-mail: [email protected] Home page: www.saude.gov.br/dad

    CONSELHO NACIONAL DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SADE (CONASEMS)Esplanada dos Ministrios, bloco G, Edifcio Anexo, ala B,1. andar, sala 130CEP: 70058-900, Braslia DFTelefax: (61) 3315-2121 / 3315-2828Home page: www.conasems.org.br

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Ficha Catalogrfica_________________________________________________________________________________________Brasil. Ministrio da Sade. O SUS de A a Z : garantindo sade nos municpios / Ministrio da Sade, Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sade. 3. ed. Braslia : Editora do Ministrio da Sade, 2009. 480 p. : il color + 1 CD-ROM (Srie F. Comunicao e Educao em Sade)

    Anexo : CD-ROM encartado na contracapa, contendo todos os textos impressos e as seguintes entradas para consultas: Legislaes e normatizaes do SUS, Polticas de sade e instrumentos de gesto e Plano Nacional de Sade (PNS) ISBN 978-85-334-1552-2

    1. Terminologia. 2. Gesto do SUS. 3. Educao em Sade. I. Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sade. II. Ttulo. III. Srie.

    CDU 001.4:614_________________________________________________________________________________________

    Catalogao na fonte Coordenao-Geral de Documentao e Informao Editora MS OS 2009/0134

    Ttulos para indexao:Em ingls: The SUS from A to Z: Guaranteeing Health Care to all CountiesEm espanhol: El SUS de A a Z: Garantizando Salud en los Municpios

  • sumrio

    apresentaoinformao, ferramenta fundamental boa gesto, 4

    introduoPara cada desafio, a resposta que lhe cabe, 6

    Guia de usoComo consultar o sUs de a a Z, 10

    tpicos de a a Za, 17 B, 53 C, 65 d, 113 e, 129 F, 145 G, 167H, 175 i, 187 L, 197 M, 205 n - o, 219 P, 229 Q, 299 r, 303 s, 333 t, 363 U, 381 V-Z, 387

    anexo aLegislaes e normatizaes do sUs, 396

    anexo BContatos do sUs, 418

    anexo Csistemas de informao em sade e bancos de dados, 456

    anexo d redes de cooperao, bibliotecas virtuais e observatrios, 468

    equipe tcnica, 477

    Ficha de avaliao, 479

    Cd-roM encartado na contracapa, traz uma edio informatizada deste manual para ser instalada em seu computador, incluindo as seguintes entradas para consultas: Legislaes e normatizaes do SUS Polticas de Sade e instrumentos de gesto Plano Nacional de Sade (PNS)

  • 4apresentao

    inForMao, FerraMenta FUndaMentaL Boa Gesto

  • 5O processo de descentralizao da gesto do sistema de Sade em curso no Brasil coloca-nos possibilidades e desafios que devem ser assumidos de for-ma solidria pelos trs entes federados. A pluralidade de contextos vivenciados por nossos municpios e regies exige que desenhemos polticas pblicas capazes de responder adequadamente s diferentes necessidades advindas dessa diver-sidade. Nessa perspectiva, o papel de cada gestor determinante na superao dos desafios e na consolidao de um sistema de sade comprometido com as necessidades especficas da populao, presente em cada localidade brasileira.

    A gesto pblica, como instrumento de ao poltica, deve buscar sempre a construo de uma sociedade mais eqitativa e democrtica. fundamental que empenhemos esforos na qualificao dos processos de gesto, melhoran-do o rendimento e a efetividade da administrao pblica, de forma a conse-guir implementar polticas que impactem positivamente o perfil da Sade e a qualidade de vida das populaes. preciso, aqui, considerar a complexidade da tarefa de governar no mundo contemporneo, global e de poderes compar-tilhados, em que a realidade se apresenta de forma mltipla e cada vez mais dinmica, assim como as especificidades do setor Sade, no que se refere aos processos de deciso, programao, execuo e avaliao das aes.

    As duas edies anteriores desta publicao construda conjuntamente pelo Ministrio da Sade (MS) e Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sade (Conasems) obtiveram to boa aceitao que chegamos a esta tercei-ra edio, revisada, cujo contedo encontra-se tambm disponvel em outras duas verses: no cd multimdia encartado nesta publicao e em verso ele-trnica on line, no site

    Avanamos, assim, no esforo de qualificar a gesto da sade brasileira, pro-piciando aos dirigentes do SUS informaes essenciais conduo de ques-tes ligadas ao cotidiano da gesto. Informar reduzir as incertezas e ofe-recer ferramentas que auxiliem na identificao e superao dos problemas. Esperamos que esta publicao seja uma aliada permanente dos gestores, na importante tarefa de consolidar o SUS.

    Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Sade

    Ministrio da Sade

  • 6introduo

    Para Cada desaFio, a resPosta QUe LHe CaBe

  • 7A funo de gerir a Sade, em qualquer esfera institucional, coloca vrios desafios que precisam ser enfrentados. E o primeiro deles , justamente, conseguir dominar toda a complexidade de conceitos, nomenclaturas, aes e servios abrangidos pelo Sistema nico de Sade (SUS). Ao assumir suas atri-buies, o gestor se depara com uma ampla e diversificada gama de situaes e problemas, de diferentes naturezas, que podem ser abordados de maneiras igualmente variadas, dependendo de combinaes entre tcnicas/mtodos e tecnologias/equipamentos disponveis para a organizao dos processos de trabalho, alm de uma grande diversidade de itens e recursos com os quais ter de lidar em seu cotidiano.

    Cada territrio possui peculiaridades que dizem respeito a seus usurios e equipes, sua capacidade em termos de estrutura e recursos financeiros, organizao social, conflitos e contradies locais. Assim, as estratgias para a melhor conduo dos sistemas de Sade tero que se adequar, necessa-riamente, a essas diferenas regionais, pois no existe um padro nico e imutvel de gesto.

    O caminho comum trilhado pelos gestores da Sade a busca por solues que os ajudem a viabilizar o planejamento, a melhor aplicao dos recursos e a conduo das equipes, atendendo aos princpios do SUS. Rompendo com dificuldades herdadas de velhos modelos hierrquicos e estanques, que de-vem ser substitudos pela noo de pertencimento e empoderamento dos sujeitos, ser possvel a construo de um sistema que contemple ampla par-ticipao social e a co-gesto. Um processo de co-gesto no qual se pactue a responsabilidade sanitria de cada um, que deve se expressar no compromisso estabelecido entre os entes no processo de enfrentamento dos problemas de sade, na garantia da ateno s necessidades de sade da populao, em territrios definidos mediante a organizao dos servios e da gesto do sistema.

    Uma etapa importante nesse processo a construo de um Plano Municipal de Sade (PMS), consoante com os planos Estadual e Nacional de Sade (pre-servando a autonomia do gestor local), que seja fruto de pactuao entre os

  • 8atores em cena no territrio e que estabelea claramente as responsabilidades de cada um, na efetivao do projeto de sade.

    A rea da Sade contempla articulaes dentro da agenda de governo e deve ter suas prioridades articuladas com os outros setores da administrao. O investimento na equipe de Sade, que assume junto com o secretrio as funes cotidianas de gesto, deve privilegiar, em sua composio, as capa-cidades tcnicas e, em sua conduo, o trabalho em grupo que potencializa os encaminhamentos e proposies coletivas, bem como o matriciamento das relaes e a responsabilizao de cada tcnico envolvido. Essa estratgia tem mostrado resultados positivos, principalmente se associada educao permanente dos trabalhadores.

    O desenho geral do SUS no territrio deve orientar as relaes entre as unida-des de sade, a compra de servios (quando necessria) e fortalecer a funo de regulao do sistema. Isso oferece ao gestor maior controle sobre a uti-lizao dos recursos disponveis. O reconhecimento dos espaos de pactua-o entre gestores como estratgicos tem fortalecido o papel das comisses intergestores em todos os nveis do sistema, e aponta agora para uma nova etapa: a ampliao e a consolidao dos espaos regionais de gesto. Eles so absolutamente necessrios porque, para garantir integralidade e eqidade na ateno sade de sua populao, todo municpio precisar pactuar trocas e reciprocidades com outros municpios vizinhos ou prximos. Seja por no dispor de estrutura suficiente, ou por dispor e acabar, por isso mesmo, sobre-carregado por demandas vindas de fora de seus territrios.

    fundamental a estruturao e a manuteno de uma sistemtica perma-nente de avaliao de desempenho que contribua para um redesenho das estratgias, quando necessrio, e que possibilite ao gestor verificar se est alcanando os resultados pretendidos, no que se refere melhoria das condi-es de sade dos seus muncipes.

    Outro grande desafio do gestor municipal a gesto transparente, incluindo populao e trabalhadores, com o controle social de um Conselho Municipal de Sade qualificado, autnomo e representativo. Os gestores da Sade pre-cisam construir novos caminhos para a consolidao do SUS, pois as modi-

  • 9ficaes vivenciadas pelo setor Sade, nos ltimos anos, aconteceram sob a lgica da descentralizao, com o aumento das responsabilidades dos ges-tores locais e a possibilidade de cada ente assumir as suas responsabilidades sanitrias, na construo de novos desenhos de territrios e novas formas de gesto. Tudo isso, hoje, se expressa no compromisso dos gestores das instn-cias federal, estaduais e municipais com a construo de um novo Pacto pela Sade que representa um salto de qualidade tanto na organizao do sistema quanto na ateno sade, pela qual tanto se tem lutado.

    Para cada desafio, a resposta que lhe cabe, de acordo com as diferentes re-alidades deste vasto territrio que compe o nosso Pas. Cada gestor estar construindo, de certo modo, um caminho prprio, um jeito particular de desempenhar sua funo. Por isso mesmo, essa publicao foi planejada sem formas rgidas, sem a inflexibilidade das cartilhas e mtodos fechados. O SUS de A a Z: garantindo sade nos municpios pretende ser um instrumento de apoio presente no cotidiano de trabalho do gestor, ajudando-o a compreen-der os conceitos mais usuais no exerccio de sua funo e as inter-relaes entre as diversas reas que compem o sistema. Os conceitos esto dados, a formulao e a implementao de cada integrante desse coletivo chamado SUS, na busca por uma sade cada vez melhor para todos os brasileiros.

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    Guia de uso

    CoMo ConsULtar o sUs de a a Z

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    O SUS de A a Z foi elaborado de forma a permitir consultas prticas, abran-gendo um universo amplo de assuntos relacionados s aes e servios de Sade, no mbito do SUS. Trata-se de uma publicao com foco voltado especificamente ao gestor municipal, que encontrar nela apoio para sanar dvidas e orientaes preciosas que pretendem auxili-lo no encaminhamen-to de solues eficazes para os desafios enfrentados no cotidiano da gesto da Sade. Para facilitar seu uso, os assuntos foram agrupados em tpicos, que se complementam e interagem, resultando numa publicao dinmica, que pode ser lida a partir de qualquer ponto sem perder a continuidade. Para entender o sistema de indexao (ou seja, a inter-relao entre os tpicos), basta seguir os cdigos de cores de cones especificados abaixo:

    ttulos de tpicos

    em cinza Tpicos cujos textos explicitam o que ou a que diz respeito, especificamente em Sade, o assunto tratado.

    em verde Tpicos remissivos, sem textos explicativos.

    cones dos tpicos

    (Como fazer?) Explicita como operacionalizar ou encaminhar a questo tratada no tpico, pela tica do gestor municipal.

    (Veja tambm) remete a tpicos que tratam de temas complemen-tares.

    (Para mais informaes consulte): Indica onde obter mais informaes a respeito do assunto tratado; todas as leis e normatizaes indicadas podem ser encontradas no CD-ROM anexo a esta publicao.

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    sobre siglas

    A consulta dever ser feita preferencialmente pela primeira palavra que com-pe o nome da instituio, programa, poltica etc. que se pretende localizar. Apenas siglas mais usuais foram tomadas como referncia principal de con-sulta (casos de Humanizasus, Qualisus etc.).

    ndice temtico

    Orienta a consulta remissiva aos tpicos, por afinidade temtica.

    sobre os anexos

    Anexo A Legislaes e normatizaes do SUSRelao das leis e normatizaes do SUS, incluindo as citadas nos tpicos deste manual, por tipo, data e nmero. Podem ser consultadas na ntegra no CD-ROM encartado nesta publicao.

    Anexo B Contatos do SUSRelao de reas que compem o SUS, especificando suas competncias e contatos.

    Anexo C Sistemas de informao em Sade e bancos de dadosRelao de sistemas informatizados de informao e bancos de dados da Sade brasileira.

    Anexo D Redes de cooperao, bibliotecas virtuais e observatriosRelao de redes de cooperao e listas de discusso em Sade que sejam de interesse para o gestor municipal, na internet.

    sobre o Cd-roM

    Contm todo o contedo deste O SUS de A a Z, acrescido dos textos inte-grais das:

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    Legislaes e normatizaes do SUSTextos integrais das principais leis, portarias e resolues do SUS, incluindo as citadas nos tpicos deste manual.

    Polticas de Sade e instrumentos de gestoTextos integrais de polticas e instrumentos de orientao (manuais e guias especficos) dirigidos ao gestor municipal, citados nos tpicos deste manual.

    Ficha de avaliao

    Esta publicao ser reeditada periodicamente. Para aperfeioar seu projeto editorial importante que possamos conhecer as opinies daqueles que o utilizaro no dia-a-dia, identificando possveis omisses e dificuldades de entendimento. Com esse objetivo, encartamos (como ltima pgina) uma ficha de avaliao destacvel e com porte pago (via Correios), contendo ques-tes a serem respondidas que nos orientem na melhoria das futuras edies. Contamos com sua contribuio.

  • 16 Ateno bsica Sade

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    Aabastecimento de gua

    O sistema de abastecimento pblico de gua fundamental para garantir sade populao. Abrange o conjunto de obras, instalaes e servios que envolvem captao, aduo, tratamento, reservao e distribuio de gua destinada s comunidades, para fins de consumo domstico, industrial, dos servios pblicos e a outros usos. Pode ser concebido e projetado para atender a pequenos povoa-dos ou grandes cidades, variando em suas caractersticas e porte. Caracteriza-se pela retirada da gua da natureza, adequao de sua qualidade, transporte at os aglomerados humanos e fornecimento populao, em quantidade e quali-dade compatveis com as suas necessidades. Sob o aspecto sanitrio e social, o abastecimento de gua objetiva, fundamentalmente, o controle e a preveno de doenas, alm da disseminao de hbitos higinicos junto populao, por meio de campanhas pblicas que estimulem a lavagem das mos, o banho freqente, a limpeza dos utenslios domsticos e a higienizao dos ambientes domsticos, de trabalho etc. Alm disso, a gua permite e facilita a limpeza pblica e as prticas desportivas, propiciando conforto, bem-estar, segurana e o aumento do tempo mdio de vida da populao. Sob o aspecto econmico, o abastecimento de gua visa reduo da mortalidade, ao aumento da vida pro-dutiva dos indivduos (pela ampliao da vida mdia e reduo das doenas), permite a instalao de indstrias, facilita o combate a incndios etc.

    Drenagem urbana, Esgotamento sanitrio, Resduos slidos.

    http://www.funasa.gov.br; Portaria n 443, de 3 de outubro de 2002; Portaria n 106, de 4 de maro de 2004, no CD-ROM encartado nesta

    publicao.

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    acesso aos servios

    Acolhimento nas Prticas de Produo de Sade, Regulao da aten-o Sade, Regulao do acesso assistncia ou regulao assistencial, Regulao estatal sobre o setor Sade.

    acidente

    o evento no-intencional e evitvel, causador de leses fsicas e/ou emo-cionais, no mbito domstico ou nos outros ambientes sociais, como o do trabalho, do trnsito, da escola, dos esportes e do lazer.

    Agravos Sade.

    acidente por animais peonhentos

    Animais peonhentos so aqueles que produzem substncia txica e apre-sentam estruturas especializadas para inoculao deste veneno. Isso se d por comunicaes das glndulas produtoras de veneno com dentes ocos ou sulcados, ferres ou aguilhes, por onde o veneno passa ativamente.

    Os principais animais peonhentos de importncia em sade pblica no Brasil so as serpentes do gnero Bothrops (jararaca, jararacuu, urutu, cotiara, caiaca), Crotalus (cascavis), Lachesis (surucucu, surucucu-pico-de-jaca) e Micrurus (corais verdadeiras); os escorpies do gnero Tityus e algumas aranhas dos gneros Loxosceles (aranha marrom), Phoneutria (armadeira) e Latrodectus (viva-negra).

    A poca de calor e de chuvas a mais favorvel para a ocorrncia dos aciden-tes, pois quando os animais peonhentos esto em maior atividade. Nas re-gies Sudeste, Sul e Centro-Oeste os meses de dezembro a maro concentram

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    a grande maioria dos casos. J no Nordeste o pico coincide com os meses de abril a junho. Na regio Norte, apesar dos acidentes serem mais freqentes tambm nos trs primeiros meses do ano, no h uma variao to marca-da como nas demais partes do pas. Os acidentes com serpentes acontecem mais freqentemente no campo, enquanto os com escorpies e aranhas tm caracterstica urbana.

    A forma mais eficiente de tratamento para acidentados por serpente, escor-pio e algumas aranhas o soro. O tratamento ser mais eficiente quanto mais cedo o acidentado for atendido. O tempo um fator determinante para a boa evoluo dos casos. As crianas e os idosos so os que mais apresentam complicaes em acidentes por animais peonhentos.

    A principal medida a ser tomada quando acidentado PROCURAR ATENDIMENTO MDICO IMEDIATO, na Unidade de Sade mais prxima. No tentar nenhuma outra forma de tratamento. Outros procedimentos de primeiros-socorros so: elevar o membro atingido, evitar esforo fsico, lavar o local com gua e sabo, nunca fazer garrote ou torniquete, no aplicar nada sobre o local, no ingerir nada a no ser gua, e se possvel, em caso de serpentes e aranhas, levar o animal para identificao. Informaes tcnicas sobre diagnstico e tratamento podem ser obtidas no Manual de Diagnstico e Tratamento dos Acidentes por Animais Peonhentos disponvel na pgina eletrnica da Secretaria de Vigilncia em Sade/Ministrio da Sade.

    Os soros antipeonhentos so adquiridos pelo Ministrio da Sade e distri-budos s Unidades Federadas, chegando s unidades de sade de referncia para atendimento gratuito aos acidentados.

    Os animais peonhentos devem ser conservados em seus locais de origem, pois so importantes controladores de pragas. Alimentam-se de ratos, baratas e ou-tros insetos, mantendo as populaes destes animais sob controle. O homem pode viver prximo aos animais peonhentos respeitando algumas medidas como: uso de calados de cano alto e luvas, tampar ralos e frestas de esgoto com telas, no acumular lixo, entulho, ou material de construo, conter proli-ferao exagerada de insetos, no mexer em buracos ou frestas e sacudir sapa-tos e roupas antes de vestir. Para outras medidas e notificao de ocorrncia de animais peonhentos, procurar a Secretaria Municipal de Sade mais prxima.

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    Manual de Diagnstico e Tratamento dos Acidentes por Animais Peonhentos Acidente de trabalho (tipo/tpico)

    Evento nico, bem configurado no tempo e no espao, de conseqncias ge-ralmente imediatas, que ocorre pelo exerccio do trabalho, acarretando leso fsica ou perturbao funcional, resultando em morte ou incapacidade para o trabalho (temporria ou permanente, total ou parcial). Sua caracterizao depende do estabelecimento de nexo causal entre o acidente e o exerccio do trabalho. A relao de causalidade no exige prova de certeza, bastando o ju-zo de admissibilidade. Nos perodos destinados refeio, ao descanso ou por ocasio da satisfao de outras necessidades fisiolgicas, no local ou durante o trabalho, o empregado considerado em exerccio de trabalho.

    Agravos Sade relacionados ao trabalho, Agrotxico, Amianto (ou asbesto), Centro de referncia em Sade do trabalhador (CRST ou Cerest), Doenas relacionadas ao trabalho, Leses por esforos repetitivos (LER), Rede Nacional de Ateno Integral Sade do Trabalhador (Renast), Sade do trabalhador, Silicose, Vigilncia dos ambientes de trabalho.

    Lei n 8.080, de 19 de setembro de 1990; Portaria n 3.120, de 1 de julho de 1998; Portaria n 3.908, de 30 de outubro de 1998; Portaria

    n 1.969, de 25 de outubro de 2001; Portaria n 1.679, de 19 de setembro de 2002; Portaria n 777, de 28 de abril de 2004, no CD-ROM encartado nesta publicao.

    acolhimento com Classificao de risco nos sistemas de Urgncia do sUs

    O Acolhimento como dispositivo tecno-assistencial permite refletir e mudar os modos de operar a assistncia, pois questiona as relaes clnicas no tra-balho em sade, os modelos de ateno e gesto e as relaes de acesso aos

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    servios. A avaliao de risco e vulnerabilidade no pode ser considerada prer-rogativa exclusiva dos profissionais de sade, o usurio e sua rede social de-vem tambm ser considerados neste processo. Avaliar riscos e vulnerabilidade implica estar atento tanto ao grau de sofrimento fsico quanto psquico.

    Ao operar os Processos de Acolhimento no cotidiano dos servios de sade se objetiva:

    A melhoria dos usurios aos servios de sade mudando a forma tradi-cional de entrada por filas e ordem de chegada.

    A humanizao das relaes entre profissionais de sade e usurios no que se refere forma de escutar estes usurios em seus problemas e demandas.

    Mudana de objeto (da doena para o sujeito).

    Uma abordagem integral a partir de parmetros humanitrios de soli-dariedade e cidadania.

    O aperfeioamento do trabalho em equipe com a integrao e comple-mentaridade das atividades exercidas por cada categoria profissional, buscando orientar o atendimento dos usurios aos servios de sade por risco apresentados, complexidade do problema, grau de saber e tecnologias exigidas para a soluo.

    O aumento da responsabilizao dos profissionais de sade em relao aos usurios e elevao dos graus de vnculo e confiana entre eles.

    A operacionalizao de uma clnica ampliada que implica a abordagem do usurio para alm da doena e suas queixas, construo de vnculo teraputico visando aumentar o grau de autonomia e de protagonismo dos sujeitos no processo de produo de sade.

    Veja Tambm: PNH; Humanizasus; Clnica Ampliada; Co-gesto; Ambincia, Direito dos usurios Filas nos servios, Gesto Participativa.

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    rea temtica da Humanizao na Biblioteca Virtual da Sade/BVS em , Stio da PNH em ; Banco de Projetos da PNH Boas Prticas de Humanizao na Ateno e Gesto do SUS, em e ; Poltica Nacional de Humanizao Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS, no CD-ROM encartado nesta publicao.

    acolhimento nas Prticas de Produo de sade

    Acolher dar acolhida, admitir, aceitar, dar ouvidos, dar crdito a, agasalhar, receber, atender, admitir (FERREIRA, 1975)1. O acolhimento como ato ou efeito de acolher expressa, em suas vrias definies, uma ao de aproxima-o, um estar com e um estar perto de, ou seja, uma atitude de incluso. Essa atitude implica, por sua vez, estar em relao com algo ou algum. exatamente nesse sentido, de ao de estar com ou estar perto de, que queremos afirmar o acolhimento como uma das diretrizes de maior relevncia tica/esttica/poltica da Poltica Nacional de Humanizao do SUS. Como diretriz, podemos inscrever o acolhimento como uma tecnologia do encon-tro, um regime de afetabilidade construdo a cada encontro e mediante os encontros, portanto como construo de redes de conversaes afirmadoras de relaes de potncia nos processos de produo de sade.

    O acolhimento como ao tcnico-assistencial possibilita que se analise o processo de trabalho em sade com foco nas relaes e pressupe a mudana da relao profissional/usurio e sua rede social, profissional/profissional, me-diante parmetros tcnicos, ticos, humanitrios e de solidariedade, levando ao reconhecimento do usurio como sujeito e participante ativo no processo de produo da sade.

    O acolhimento no um espao ou um local, mas uma postura tica: no pressupe hora ou profissional especfico para faz-lo, implica com-partilhamento de saberes, angstias e invenes, tomando para si a res-

    ponsabilidade de abrigar e agasalhar outrem em suas demandas, com res-

    1 FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionrio Aurlio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1975. p. 27.

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    ponsabilidade e resolutividade sinalizada pelo caso em questo. Desse modo que o diferenciamos de triagem, pois ele no se constitui como uma etapa do processo, mas como ao que deve ocorrer em todos os locais e momentos do servio de sade. Colocar em ao o acolhimento, como diretriz operacio-nal, requer uma nova atitude de mudana no fazer em sade e implica:

    protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produo de sa-de; a valorizao e a abertura para o encontro entre o profissional de sade, o usurio e sua rede social, como liga fundamental no processo de produo de sade;

    uma reorganizao do servio de sade a partir da problematizao dos processos de trabalho, de modo a possibilitar a interveno de toda a equipe multiprofissional encarregada da escuta e da resoluo do pro-blema do usurio;

    elaborao de projetos teraputicos individuais e coletivos com equipes de referncia em ateno diria que sejam responsveis e gestoras des-ses projetos (horizontalizao por linhas de cuidado);

    mudanas estruturais na forma de gesto do servio de sade, am-pliando os espaos democrticos de discusso e deciso, de escuta, tro-cas e decises coletivas. A equipe neste processo pode tambm garantir acolhimento aos seus profissionais e s dificuldades de seus compo-nentes na acolhida demanda da populao; uma postura de escuta e compromisso em dar respostas s necessidades de sade trazidas pelo usurio, de maneira que inclua sua cultura, seus saberes e sua capaci-dade de avaliar riscos;

    uma construo coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de servios e gerncias centrais e distritais. O acolhimento um modo de operar os processos de trabalho em sade, de forma a atender a todos que procuram os servios de sade, ouvindo seus pedidos e assu-mindo no servio uma postura capaz de acolher, escutar e dar respostas

    mais adequadas aos usurios.

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    PNH; Humanizasus; Clnica Ampliada; Co-gesto; Acolhimento com Classificao de Risco nos Sistemas de Urgncia do SUS; Ambincia; Direito dos usurios; Filas nos servios; Gesto Participativa.

    rea temtica da Humanizao na Biblioteca Virtual da Sade/BVS em , Stio da PNH em , Banco de Projetos da PNH Boas Prticas de

    Humanizao na Ateno e Gesto do SUS, em e ; Poltica Nacional de Humanizao Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS, no CD-ROM encartado nesta publicao.

    aCs

    Agente Comunitrio de Sade.

    acupuntura

    A Acupuntura uma tecnologia de interveno em sade que aborda de modo integral e dinmico o processo sade-doena no ser humano, podendo ser usada isolada ou de forma integrada com outros recursos teraputicos. Originria da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), a Acupuntura compreende um conjunto de procedimentos que permitem o estmulo preciso de locais anatmicos, definidos por meio da insero de agulhas filiformes metlicas para promoo, manuteno e recuperao da sade, bem como para preven-

    o de agravos e doenas.

    Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS; Acupuntura; Homeopatia; Fitoterapia; Medicina Antroposfica e Termalismo Social e Crenoterapia

    Poltica Nacional de Prticas Integrativas e Complementares no SUS (PNPIC); Portaria n. 971, de 04 de maio de 2006; Portaria n 853, de 17

    de novembro de 2006; Portaria n 1600, de 18 de julho de 2006;

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    acurcia diagnstica

    Avaliao da capacidade de determinada tecnologia em realizar um dado diagnstico. Um teste de referncia empregado e os resultados de acurcia so apresentados diretamente ou so apresentados resultados que permitem o clculo dessas medidas. Este tipo de avaliao pode ser necessria na gesto quando h presso por incorporao de novas tecnologias diagnsticas que podem ou no fornecer dados mais acurados que as modalidades existentes.

    Avaliao de tecnologias em sade, alta complexidade.

    agncias de fomento cincia e tecnologia

    So rgos ou instituies de natureza pblica ou privada que objetivam financiar aes visando a estimular e promover a cincia, a tecnologia e a ino-vao. No Brasil, as principais agncias de fomento so de natureza pblica. No plano federal, temos, vinculados ao Ministrio da Cincia e Tecnologia, o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientfico e Tecnolgico (CNPq) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes) vincula-se ao Ministrio da Educao e a Embrapa ao Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. No plano estadual, quase todos os estados brasileiros criaram suas fundaes de ampa-ro pesquisa (FAPs), notadamente aps a Constituio de 1988. As agncias atuam por meio da concesso de fundos e bolsas de estudo, da promoo e financiamento de projetos ou da compra de material, apoiando pesquisas de indivduos ou instituies. Objetivam gerar, absorver e difundir conhecimen-tos cientficos e tecnolgicos em diversas reas, entre elas a Sade, por meio do desenvolvimento integrado das atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnolgico, ensino, produo de bens, prestao de servios de referncia e informao. Propiciam, desse modo, apoio estratgico ao SUS, contribuindo para a melhoria da qualidade de vida da populao e para o exerccio pleno da cidadania.

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    Biblioteca Virtual em Sade (BVS), no Anexo D desta publicao.

    CNPq: http://www.cnpq.br/; Capes: http://www.capes.gov.br/; Decit-MS: http://www.saude.gov.br/sctie/decit/index.htm; Finep: http://

    www.finep.gov.br/; FAPs: Alagoas: http://www.fapeal.br; Amazonas: http://www.fapeam.am.gov.br; Bahia: http://www.fapesb.ba.gov.br; Cear: http://www.funcap.ce.gov.br; Distrito Federal: http://www.fap.df.gov.br; Maranho: http://www.fapema.br; Mato Grosso: http://www.fapemat.br; Mato Grosso do Sul: http://www.fundect.ms.gov.br; Minas Gerais: http://www.fapemig.br; Paraba: www.fapep.pb.gov.br; Paran: http://www.fundacaoaraucaria.org.br; Pernambuco: http://www.facepe.br; Piau: http://www.fapepi.pop-pi.rnp.br; Rio de Janeiro: http://www.faperj.br; Rio Grande do Norte: http://www.funpec.br; Rio Grande do Sul: http://www.fapergs.rs.gov.br/; Santa Catarina: http://www.funcitec.rct-sc.br; So Paulo: http://www.fapesp.br; Sergipe: http://www.fap.se.gov.br

    Agenda nacional de prioridades de pesquisa em sade (Anpps)

    Instrumento de gesto que orienta o fomento pesquisa em sade, promo-vido pelo Ministrio da Sade, de acordo com as necessidades de sade da populao. parte fundamental da Poltica Nacional de Cincia, Tecnologia e Inovao em Sade. Objetiva aumentar a seletividade e a capacidade de induo das iniciativas de fomento pesquisa no Pas. Abrange toda a ca-deia de conhecimento relacionada sade, da pesquisa bsica operacional. Sua elaborao e implementao so de responsabilidade do Departamento de Cincia e Tecnologia, um dos trs integrantes da Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos (SCTIE), do Ministrio da Sade. um ins-trumento participativo, resultante da negociao e do consenso entre rgos gestores, conselhos de sade, comisses intergestores, pesquisadores, traba-lhadores do SUS e demais representantes da sociedade civil. Sua construo foi norteada por consulta pblica realizada entre os meses de maro e maio de 2004. A Agenda e os resultados dessa consulta pblica foram apresenta-dos na 2 Conferncia Nacional de Cincia, Tecnologia e Inovao em Sade, realizada em julho de 2004

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    Poltica Nacional de Cincia, Tecnologia e Inovao em Sade.

    , rea temtica Cincia e Tecnologia.

    Agente Comunitrio de Sade (ACS)

    O agente comunitrio de sade (ACS) o profissional que desenvolve aes que buscam a integrao entre a equipe de sade e a populao adscrita Unidade Bsica de Sade. O elo entre o ACS e a populao adscrita poten-cializado pelo fato do ACS morar na comunidade.

    Tem como atribuio o exerccio de atividades de preveno das doenas e agravos e de vigilncia sade por meio de visitas domiciliares e aes edu-cativas individuais e coletivas, nos domiclios e na comunidade, sob normati-zao do municpio e do Distrito Federal, de acordo com as prioridades defi-nidas pela respectiva gesto e as prioridades nacionais e estaduais pactuadas. O ACS utiliza instrumentos para diagnstico demogrfico e scio-cultural das famlias adscritas em sua base geogrfica definida, a microrea. Estes instru-mentos so o cadastro atualizado de todas as pessoas de sua microrea e o registro para fins exclusivos de controle e planejamento das aes de sade, de nascimentos, bitos, doenas e outros agravos sade. A partir da ele capaz de orientar as famlias quanto utilizao dos servios de sade dispo-nveis e de traduzir para as Unidades Bsicas de Sade a dinmica social da populao assistida, suas necessidades, potencialidades e limites, bem como identificar parceiros e recursos existentes que possam ser potencializados pe-las equipes.

    O ACS desempenha um papel chave na Estratgia de Sade da Famlia, es-tando presente tanto em comunidades rurais e periferias urbanas quanto em municpios altamente urbanizados e industrializados. O ingresso desse trabalhador no SUS dar-se- por meio de processo seletivo pblico (EC 51) ou por concurso pblico.

    Formao do Agente Comunitrio de Sade (ACS), Formao profissio-nal tcnica por itinerrio, Sade da Famlia.

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    Poltica Nacional da Ateno Bsica em ; Lei n 11.350, de 5 de outubro de 2006; Portaria no 648, de 28 de maro de 2006; Emenda Constitucional no 51/2006, no CD-ROM encartado nesta publicao.

    agravos sade

    O termo agravo usado, no mbito da Sade (em servios, no meio acadmi-co e em documentos legais da rea) com pelo menos dois significados: 1) nas referncias a quadros que no representam, obrigatoriamente, uma doena classicamente definida, como em acidentes, envenenamentos, dentre outros, e 2) em referncias a danos sade humana em geral, independentemente da natureza, acepo com a qual o termo geralmente utilizado em documen-tos oficiais relativos Sade.

    Fatores de risco, Controle de doenas/agravos.

    agravos sade relacionados ao trabalho

    Doenas, danos, distrbios, sofrimentos ou leses causados ou agravados pelo trabalho, que implicam prejuzo sade de um indivduo ou de uma populao.

    Acidente de trabalho (tipo/tpico); Agrotxico; Amianto (ou asbesto); Centro de referncia em Sade do Trabalhador (CRST ou Cerest); Doenas relacionadas ao trabalho; Leses por esforos repetitivos (LER); Rede Nacional de Ateno Integral Sade do Trabalhador (Renast); Sade do trabalhador; Silicose; Vigilncia dos ambientes de trabalho.

    Portaria n 1.339, de 18 de novembro de 1999; Doenas Relacionadas ao Trabalho Manual de Procedimentos para os Servios de Sade, MS,

    2001, no CD-ROM encartado nesta publicao.

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    agrotxicos

    So os produtos e os componentes de processos fsicos, qumicos ou biolgi-cos destinados ao uso nos setores de produo, armazenamento e beneficia-mento de produtos agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas nativas ou implantadas e de outros ecossistemas e, tambm, em ambientes urbanos, hdricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da flora e da fauna, a fim de preserv-la da ao danosa de seres vivos considerados nocivos, bem como substncias e produtos empregados como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do crescimento, como define a Lei n 7.802, de 1989, cujo texto define ainda seus componentes (os princpios ativos, os produtos tcnicos, suas matrias primas, os ingredientes inertes e aditivos usados na fabricao de agrotxicos e afins) e a produtos afins (os produtos e os agentes de processos fsicos e biolgicos, que tenham a mesma finalidade dos agrotxicos, bem como outros produtos qumicos, fsicos e biolgicos, utilizados na defesa fitossanitria e ambiental, no enquadrados no Inciso I).

    Acidente de trabalho (tipo/tpico); Agravos Sade relacionados ao trabalho; Amianto (ou asbesto); Centro de referncia em Sade do tra-balhador (CRST ou Cerest); Doenas relacionadas ao trabalho; Leses por esforos repetitivos (LER); Rede Nacional de Ateno Integral Sade do Trabalhador (Renast); Sade do trabalhador; Silicose; Vigilncia dos am-bientes de trabalho.

    Doenas Relacionadas ao Trabalho Manual de Procedimentos para os Servios de Sade, MS, 2001; Lei n 7.802, de 11 de julho de 1989, no

    CD-ROM encartado nesta publicao

    Agrotxicos/anlises de resduos

    Por meio das aes do Programa de Anlises de Resduos de Agrotxicos em Alimentos (Para), tem sido possvel evitar que alimentos contaminados

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    por agrotxicos cheguem s mesas dos consumidores brasileiros. O Programa tambm permite Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa), do Ministrio da Sade, a coleta de dados sobre uso de agrotxicos no Brasil. As primeiras colheitas analisadas foram as do morango, com percentual de 50% de contaminao; do mamo, com 31% e do tomate, com 27%.

    O municpio poder organizar esse servio de vigilncia por meio de contatos e negociaes com a vigilncia de seu estado.

    Alimentos/registro, Programa Produtos Dispensados de Registro (Prodir), Rotulagem nutricional, Vigilncia sanitria.

    Aids/DST

    Programa Nacional DST/Aids.

    aleitamento materno

    Conjunto de processos nutricionais, comportamentais e fisiolgicos en-volvidos na ingesto, pela criana, do leite produzido pela prpria me, seja diretamente no peito ou por extrao artificial. Nota: recomenda-se o aleita-mento materno exclusivo at os 6 meses de idade e de maneira complementar at os 2 anos ou mais.

    Alimentao complementar adequada e oportuna; Alimentos comple-mentares ou de transio

    Guia Alimentar para a Populao Brasileira Promovendo a Alimentao Saudvel; Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio (PNAN).

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    alimentao saudvel

    Padro alimentar adequado s necessidades biolgicas e sociais dos indivdu-os e de acordo com as fases do curso da vida. Notas: i) Deve ser acessvel (fsi-ca e financeiramente), saborosa, variada, colorida, harmnica e segura quanto aos aspectos sanitrios. ii) Este conceito considera as prticas alimentares culturalmente referenciadas e valoriza o consumo de alimentos saudveis re-gionais (como legumes, verduras e frutas), sempre levando em considerao os aspectos comportamentais e afetivos relacionados s prticas alimentares. O Ministrio da Sade publicou, em 2005, o Guia Alimentar para a Populao Brasileira, que consiste nas primeiras diretrizes oficiais sobre o tema para a populao brasileira.

    Vigilncia alimentar e nutricional.

    Guia Alimentar para a Populao Brasileira Promovendo a Alimentao Saudvel; Poltica Nacional de Alimentao e Nutrio (PNAN).

    alimentao complementar adequada e oportuna

    Aquela que se inicia como complemento ao aleitamento materno, a partir dos 6 meses de vida com dietas adequadas em quantidade e qualidade (consis-tncia, nutrientes e calorias).

    Alimentos complementares ou de transio; Aleitamento Materno.

    alimentos complementares ou de transio

    Alimento de transio para lactentes e crianas de primeira infncia. Aqueles que se oferece criana em complementao ao leite materno, e que so preparados de modo a oferecer uma dieta de consistncia gradativamente maior at que ela possa receber a dieta da famlia, junto com o leite materno. Nota: atualmente, est em desuso o termo alimentos de desmame para no dar a idia de que a introduo de outro alimento na dieta da criana implica a suspenso do leite materno.

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    Alimentao complementar adequada e oportuna; Aleitamento Materno.

    Alimentos/registro

    Cabe Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa), do Ministrio da Sade, autorizar e conceder o registro de alimentos no Pas, coordenar e su-pervisionar atividades de inspeo e controle de riscos, estabelecer normas e padres para comercializao desses produtos.

    O gestor municipal poder buscar junto ao gestor estadual mais infor-maes sobre a vigilncia da qualidade sanitria dos alimentos em seu

    territrio.

    Agrotxicos/anlises de resduos, Alimentos/registro, Programa Produtos Dispensados de Registro (Prodir), Propaganda de medicamentos, Rotulagem nutricional, Termo de Ajustes de Metas (TAM), Vigilncia sanitria.

    alocao de recursos

    Financiamento do SUS.

    alta complexidade

    Conjunto de procedimentos que, no contexto do SUS, envolve alta tecnologia e alto custo, objetivando propiciar populao acesso a servios qualificados, integrando-os aos demais nveis de ateno sade (ateno bsica e de mdia complexidade). As principais reas que compem a alta complexidade do SUS, e que esto organizadas em redes, so: assistncia ao paciente

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    portador de doena renal crnica (por meio dos procedimentos de dilise); assistncia ao paciente oncolgico; cirurgia cardiovascular; cirurgia vascular; cirurgia cardiovascular peditrica; procedimentos da cardiologia intervencio-nista; procedimentos endovasculares extracardacos; laboratrio de eletrofi-siologia; assistncia em traumato-ortopedia; procedimentos de neurocirurgia; assistncia em otologia; cirurgia de implante coclear; cirurgia das vias areas superiores e da regio cervical; cirurgia da calota craniana, da face e do sis-tema estomatogntico; procedimentos em fissuras lbio palatais; reabilitao prottica e funcional das doenas da calota craniana, da face e do sistema estomatogntico; procedimentos para a avaliao e tratamento dos transtor-nos respiratrios do sono; assistncia aos pacientes portadores de queima-duras; assistncia aos pacientes portadores de obesidade (cirurgia baritrica); cirurgia reprodutiva; gentica clnica; terapia nutricional; distrofia muscular progressiva; osteognese imperfecta; fibrose cstica e reproduo assistida. Os procedimentos da alta complexidade encontram-se relacionados na tabela do SUS, em sua maioria no Sistema de Informao Hospitalar do SUS, e esto tambm no Sistema de Informaes Ambulatorial em pequena quantidade, mas com impacto financeiro extremamente alto, como o caso dos procedi-mentos de dilise, da quimioterapia, da radioterapia e da hemoterapia.

    No credenciamento das reas mencionadas, o gestor municipal do SUS, ciente da real necessidade do servio de alta complexidade em seu territrio, dever consultar as normas vigentes e definir a possibilidade de credencia-mento, levando em conta a populao a ser atendida, a demanda reprimida, os mecanismos de acesso com os fluxos de referncia e contra-referncia e a capacidade tcnica e operacional dos servios a serem implantados. Aprovada a necessidade do credenciamento, a secretaria municipal de Sade, em gesto plena, dever montar um processo de solicitao, documentado com mani-festao expressa, firmada pelo secretrio da Sade, em relao ao creden-ciamento e parecer do gestor estadual do SUS, que ser responsvel pela in-tegrao dos servios rede estadual e definio dos fluxos de referncia e contra-referncia dos pacientes. Nos casos dos municpios no-habilitados em gesto plena, o credenciamento se d por iniciativa da Secretaria de Estado da Sade (SES). Uma vez emitido o parecer a respeito do cadastramento pelo(s) gestor(es) do SUS, e sendo o mesmo favorvel, os processos relativos alta

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    complexidade devero ser remetidos pela Secretaria de Estado da Sade (SES) para anlise ao Ministrio da Sade (MS), endereado Secretaria de Ateno Sade, Departamento de Ateno Especializada, Coordenao-Geral de Alta Complexidade. Portanto, antes de serem enviados ao MS, os processos de cadastramento devero ser aprovados em mbito regional.

    Ateno bsica Sade, Mdia complexidade, Gesto plena do sistema municipal, Responsabilizao sanitria.

    ambincia

    Ambincia na Sade refere-se ao tratamento dado ao espao fsico entendido como espao social, profissional e de relaes interpessoais que deve propor-cionar ateno acolhedora, resolutiva e humana.

    Ao adotar o conceito de ambincia para a arquitetura nos espaos da Sade, atinge-se um avano qualitativo no debate da humanizao dos territrios de encontros do SUS. Vai-se alm da composio tcnica, simples e formal dos ambientes, passando a considerar as situaes que so construdas. Essas situaes so construdas em determinados espaos e num determinado tem-po, e vivenciadas por uma grupalidade, um grupo de pessoas com seus valo-res culturais e relaes sociais.

    O conceito de ambincia segue primordialmente trs eixos:

    O espao que visa confortabilidade focada na privacidade e indivi-dualidade dos sujeitos envolvidos, valorizando elementos do ambiente que interagem com as pessoas cor, cheiro, som, iluminao, morfolo-gia..., e garantindo conforto aos trabalhadores e usurios;

    O espao que possibilita a produo de subjetividades encontro de sujeitos por meio da ao e reflexo sobre os processos de trabalho;

    O espao usado como ferramenta facilitadora do processo de trabalho, favorecendo a otimizao de recursos e o atendimento humanizado, acolhedor e resolutivo.

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    importante ressaltar que esses trs eixos devem estar sempre juntos na composio de uma ambincia, sendo esta subdiviso apenas didtica.

    PNH; HumanizaSUS; Clnica Ampliada; Co-gesto; Acolhimento com Classificao de Risco nos Sistemas de Urgncia do SUS; Direito dos usurios Filas nos servios; Gesto Participativa

    rea temtica da Humanizao na Biblioteca Virtual da Sade/BVS em ; Stio da PNH em ; Banco de Projetos da PNH Boas Prticas de

    Humanizao na Ateno e Gesto do SUS em e ; Poltica Nacional de Humanizao Documento Base para Gestores e Trabalhadores do SUS, no CD-ROM encartado nesta publicao.

    Amianto (ou asbesto)

    Mineral composto por silicatos estruturados de forma fibrosa, com a quali-dade de ser isolante trmico e incombustvel. Tem sido utilizado como parte integrante da matria prima de produtos de diversos ramos de atividade eco-nmica, tais como: cimento-amianto, materiais de frico, materiais de veda-o, pisos, produtos txteis resistentes ao fogo, dentre outros. O amianto teve seu uso banido em diversos pases devido s suas propriedades causadoras da asbestose, cncer de pulmo e da pleura.

    Acidente de trabalho (tipo/tpico), Agravos Sade relacionados ao trabalho, Agrotxico, Centro de referncia em Sade do trabalhador (CRST ou Cerest), Doenas relacionadas ao trabalho, Leses por esforos repetitivos (LER), Rede Nacional de Ateno Integral Sade do Trabalhador (Renast), Sade do trabalhador, Silicose, Vigilncia dos ambientes de trabalho.

    Doenas Relacionadas ao Trabalho Manual de Procedimentos para os Servios de Sade, MS, 2001, no CD-ROM encartado nesta

    publicao.

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    Avaliao para Melhoria da Qualidade

    anlise de risco

    Processo de levantamento, avaliao, gerenciamento e comunicao de riscos sade, considerando o processo de trabalho, a possibilidade de escape no ambiente, o volume, a concentrao e a classe de risco do agente biolgico a ser manipulado na implementao de aes destinadas preveno, con-trole, reduo ou eliminao dos mesmos, assim como a determinao do nvel de biossegurana a ser adotado para o desenvolvimento de trabalhos em conteno com agentes biolgicos e a sua comunicao aos profissionais envolvidos.

    Biossegurana.

    Diretrizes gerais para o trabalho em conteno com material biolgico. Ministrio da Sade - Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos

    Estratgicos, 60p.: il - (Srie A: Normas e Manuais Tcnicos), Editora MS, Braslia: 2004 (ISBN 85-334-0793-9) ou pelo endereo www.saude.gov.br/editora

    anlise de situao de sade

    As anlises de situao de Sade so processos contnuos, oportunos e sin-tticos que permitem medir, caracterizar, explicar e avaliar o processo sade/doena. As anlises de situao de Sade contribuem para o estabelecimento de estratgias polticas e tomada de decises na rea da Sade pblica.

    Fatores de risco, Vigilncia em Sade.

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    anlise do sistema municipal de sade

    Conjunto de procedimentos que deve ser incorporado ao processo de acom-panhamento da situao de sade, visando a oferecer subsdios aos gestores e s instncias de participao e controle social para o planejamento e avalia-o das aes e servios de sade, permitindo maior clareza na definio das prioridades e na avaliao do resultado de suas aes. A anlise do sistema municipal de sade permite que seu funcionamento se torne mais eficiente, eqitativo e democrtico. Para tanto, deve buscar incorporar todos os sujeitos sociais envolvidos no processo. Inclui o diagnstico de sade (ou seja, o co-nhecimento das necessidades locais em sade), o mapeamento da capacidade de oferta de aes e servios (estrutura fsica, equipamentos, distribuio da produo e profissionais disponveis) e sua distribuio social; o domnio dos processos de trabalho e das formas de organizao da ateno sade, alm da avaliao dos resultados alcanados, em termos de acesso dos usurios e melhoria dos indicadores de sade.

    Para analisar o sistema municipal de sade necessrio: 1) definir previa-mente os objetivos da anlise (o que se deseja verificar); 2) identificar as fon-tes de informaes existentes ou programar a busca de informaes, quando no estiverem disponveis; 3) estabelecer os indicadores mais adequados para representar os fatos ou eventos que se deseja aferir; 4) proceder anlise do comportamento da sade local, por meio de indicadores seguros, ao longo do perodo que se est avaliando e 5) buscar garantir espaos participativos para o debate sobre o diagnstico e as aes a serem implementadas.

    Planejamento em Sade, Gesto Participativa; Avaliao de desempenho do SUS; Relatrio de gesto, Responsabilizao sanitria.

    anemia falciforme

    A anemia falciforme uma doena gentica e hereditria, causada por uma anormalidade da hemoglobina dos glbulos vermelhos do sangue (respons-

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    veis pela retirada do oxignio dos pulmes para ser transportado aos tecidos). Geralmente, durante a segunda metade do primeiro ano de vida que apare-cem os sintomas mais precoces da doena, que no deve ser confundida com o trao falciforme (referente a portadores da doena, mas com vida normal). Os pacientes precisam manter boa sade, ter atividades fsicas leves, evitar es-tresse e prevenir infeces. A anemia falciforme pode ser diagnosticada com o conhecido teste do pezinho, que deve ser feito na primeira semana de vida do beb e est includo entre as polticas do SUS de ateno Sade.

    Fenilcetonria (PKU), Hipotireoidismo congnito (HC), Poltica Nacional do Sangue e Hemoderivados.

    Manual de Normas Tcnicas e Rotinas Operacionais do Programa Nacio-nal de Triagem Neonatal: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/dsra/epntn.

    htm; Protocolos Clnicos e Diretrizes Teraputicas: http://dtr2001.saude.gov.br/sas/dsra/protocolos/index.htm

    angiostrongilase

    Angiostrongilases so doenas causadas por parasitos (vermes nematdeos) do gnero Angiostrongylus, que acometem o homem causando quadros no-solgicos diversos. O Angiostrongylus cantonensis pode alojar-se no sistema nervoso central do paciente, provocando a inflamao das meninges (menin-gite eosinoflica); o Angiostrongylus costaricensis se aloja nos ramos das art-rias mesentricas, provocando manifestaes clnicas abdominais, conhecidas como angiostrongilose abdominal.

    O homem participa do ciclo como hospedeiro acidental, ao ingerir larvas do parasito, que tem como hospedeiro intermedirio o caramujo Achatina fulica, introduzido no Brasil visando ao cultivo e comercializao de es-cargots. Originrio da frica, tambm conhecido como acatina, caracol-africano, caracol-gigante. Tem como hospedeiro definitivo roedores silvestres. Atualmente est distribudo amplamente no pas, o que gera cuidados quanto ao possvel aumento de casos de angiostrongilase.

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    apoio matricial

    Equipe de referncia.

    assistncia farmacutica

    Conjunto de aes voltadas promoo, proteo e recuperao da sade individual e coletiva, tendo os medicamentos como insumos essenciais e vi-sando viabilizao do acesso aos mesmos, assim como de seu uso racional. Envolve a pesquisa, o desenvolvimento e a produo de medicamentos e insumos, bem como a seleo, programao, aquisio, distribuio, dispen-sao, garantia da qualidade dos produtos e servios, acompanhamento e avaliao de sua utilizao, na perspectiva da obteno de resultados concre-tos e da melhoria da qualidade de vida da populao.

    Para assegurar o uso racional de medicamento, o gestor municipal deve realizar o acompanhamento e a avaliao de utilizao de medicamentos pelos usurios de sua comunidade. Tambm fundamental que se mantenha bem informado e atualizado sobre a rea e que promova a difuso de infor-mao sobre o uso de medicamentos, mantendo um processo de educaco permanente voltado tanto para os profissionais de sade, quanto para os pacientes e toda a comunidade.

    Dispensao, Medi camento de referncia, Medicamento genrico, Medicamentos essenciais, Medicamento similar, Medicamentos/programas de distribuio, Notificao de receita mdica, Programa Farmcia Popular do Brasil, Registro nacional de preos de medicamentos e correlatos, Relao Nacional de Medicamentos Essenciais ((Rename).

    Resoluo n 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Sade.

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    assistncia Farmacutica Bsica

    A Assistncia Farmacutica Bsica, mantida pelo SUS, compreende um con-junto de atividades relacionadas ao acesso e ao uso racional de medicamentos destinados a complementar e a apoiar as aes da ateno bsica sa-de; ela tem como referncia a Relao Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), atualizada em 2006. De acordo com os novos atos normativos do SUS, trazidos pelo Pacto pela Sade 2006, o Programa de Assistncia Farmacutica Bsica passa a ser denominado de Componente Bsico da Assistncia Farmacutica, integrando, assim, o Bloco de Financiamento da Assistncia Farmacutica. Esse componente a Parte Fixa, cujo financia-mento tripartite d-se pela transferncia de recursos financeiros do Governo Federal para as outras instncias gestoras, alm das contrapartidas estaduais e municipais; a Parte Varivel, financiada exclusivamente pelo Governo Federal, consiste em valores per capita destinados aquisio de medicamentos e de insumos farmacuticos dos programas de Hipertenso e Diabetes, Asma e Rinite, Sade Mental, Sade da Mulher, Alimentao e Nutrio e Combate ao Tabagismo. Os recursos da Parte Varivel, destinados aos programas de Hipertenso e Diabetes, Asma e Rinite, j foram descentralizados para a maio-ria dos municpios brasileiros, enquanto que os recursos destinados aos de-mais programas continuam sob gesto do Ministrio da Sade, responsvel pelo suprimento direto dos medicamentos preconizados pelas reas tcnicas dos respectivos programas.

    Ateno bsica Sade, Centrais de abastecimento farmacutico, Programa Farmcia Popular do Brasil.

    Portaria n 2.084, de 26 de outubro de 2005.

    ateno sade

    tudo que envolve o cuidado com a sade do ser humano, incluindo as aes e servios de promoo, preveno, reabilitao e tratamento de do-

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    enas. No SUS, o cuidado com a sade est ordenado em nveis de ateno, que so a bsica, a de mdia complexidade e a de alta complexidade. Essa estruturao visa melhor programao e planejamento das aes e servios do sistema. No se deve, porm, considerar um desses nveis de ateno mais relevante que outro, porque a ateno Sade deve ser integral. Nem sempre um municpio necessita ter todos os nveis de ateno sade instalados em seu territrio, para garantir a integralidade do atendimento sua popula-o. Particularmente no caso dos pequenos municpios, isso pode ser feito por meio de pactos regionais que garantam s populaes dessas localidades acesso a todos os nveis de complexidade do sistema. A prioridade para todos os municpios ter a ateno bsica operando em condies plenas e com eficcia.

    Alta complexidade, Ateno bsica Sade, Integralidade, Mdia com-plexidade, Vigilncia em Sade.

    ateno s urgncias

    Considerada prioritria no mbito do SUS, a ateno s urgncias em Sade tem sido orientada, a partir de 2003, pela Poltica Nacional de Ateno s Urgncias (Portaria n 1.863 de 2003), fundamentada nos seguintes objeti-vos: 1) garantir a universalidade, eqidade e a integralidade no atendimento s urgncias clnicas, cirrgicas, gineco-obsttricas, psiquitricas, peditricas e as relacionadas s causas externas (traumatismos no-intencionais, violn-cias e suicdios); 2) consubstanciar as diretrizes de regionalizao da ateno s urgncias, mediante a adequao criteriosa da distribuio dos recursos assistenciais, conferindo concretude ao dimensionamento e implantao de sistemas estaduais, regionais e municipais e suas respectivas redes de ateno; 3) desenvolver estratgias promocionais da qualidade de vida e sade capazes de prevenir agravos, proteger a vida, educar para a defesa e a recuperao da sade, protegendo e desenvolvendo a autonomia e a eqidade de indivduos e coletividades; 4) fomentar, coordenar e executar projetos estratgicos de atendimento s necessidades coletivas em sade, de carter urgente e tran-

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    sitrio, decorrente de situaes de perigo iminente, de calamidades pblicas e de acidentes com mltiplas vtimas, a partir da construo de mapas de risco regionais e locais e da adoo de protocolos de preveno, ateno e mitigao dos eventos; 5) contribuir para o desenvolvimento de processos e mtodos de coleta, anlise e organizao dos resultados das aes e servios de urgncia permitindo que, a partir de seu desempenho, seja possvel uma viso dinmica do estado de sade da populao e do desempenho do SUS, em seus trs nveis de gesto; 6) integrar o complexo regulador do SUS, promovendo o intercmbio com outros subsistemas de informaes setoriais, implementando e aperfeioando permanentemente a produo de dados e democratizao das informaes, com a perspectiva de us-las para alimentar estratgias promocionais; 7) qualificar a assistncia e promover a capacita-o continuada das equipes de sade do SUS na ateno s urgncias, em acordo com os princpios da integralidade e humanizao. A ateno inte-gral s urgncias deve ser implementada a partir dos seguintes componentes fundamentais: 1) adoo de estratgias promocionais de qualidade de vida, buscando identificar os determinantes e condicionantes das urgncias e por meio de aes transetoriais de responsabilidade pblica, sem excluir as res-ponsabilidades de toda a sociedade; 2) organizao de redes loco-regionais de ateno integral s urgncias, enquanto elos da cadeia de manuteno da vida, tecendo-as em seus diversos componentes: (a) componente pr-hospi-talar fixo: unidades bsicas de sade e unidades de sade da famlia - equipes de agentes comunitrios de sade - ambulatrios especializados - servios de diagnstico e terapias - e unidades no-hospitalares de atendimento s ur-gncias; (b) componente pr-hospitalar mvel: servio de atendimento mvel de urgncias (Samu) e os servios associados de salvamento e resgate, sob re-gulao mdica de urgncias e com o nmero de telefone nico nacional para urgncias mdicas 192; (c) componente hospitalar: portas hospitalares de ateno s urgncias das unidades hospitalares gerais de tipo I e II e das uni-dades hospitalares de referncia tipo I, II e III, bem como toda a gama de lei-tos de internao, passando pelos leitos gerais e especializados de retaguarda, de longa permanncia e os de terapia semi-intensiva e intensiva, mesmo que esses leitos estejam situados em unidades hospitalares que atuem sem porta aberta s urgncias; (d) componente ps-hospitalar: modalidades de ateno

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    domiciliar - hospitais-dia e projetos de reabilitao integral com componente de reabilitao de base comunitria; 3) instalao e operao das centrais de regulao mdica das urgncias integradas ao Complexo Regulador da Ateno no SUS; 4) capacitao e educao continuada das equipes de sade de todos os mbitos da ateno, a partir de um enfoque estratgico promo-cional, abarcando toda a gesto e ateno pr-hospitalar fixa e mvel, hos-pitalar e ps-hospitalar, envolvendo os profissionais de nvel superior e os de nvel tcnico, em acordo com as diretrizes do SUS e alicerada nos plos de educao permanente em Sade, onde devem estar estruturados os Ncleos de Educao em Urgncias (normatizados pela portaria n 2.048 de 2002); 5) orientao geral segundo os princpios de humanizao da ateno. Ainda em 2003, foi publicada a Portaria n 1.864, que institui o componente pr-hospitalar mvel da Poltica Nacional de Ateno s Urgncias, por meio do Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (Samu) 192, estando o servio em implantao em todo o territrio nacional.

    Gestores estaduais e municipais devem se organizar para compor o dese-nho e os pactos da rede de ateno integral s urgncias, envolvendo

    todos os nveis do SUS, desde a ateno bsica at a terapia intensiva. Grades de referncia e contra-referncia devem ser claramente estabelecidas e o fluxo de pacientes deve se dar por meio da regulao mdica das urgncias, reali-zada pela Central SAMU 192.

    Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (Samu).

    Portaria n 2.047, de 5 de novembro de 2002; Portarias n 1.863 e n 1.864, de 29 de setembro de 2003.

    ateno bsica sade

    A Ateno Bsica caracteriza-se por um conjunto de aes de sade, no mbito individual e coletivo, que abrange a promoo e a proteo da sa-de, a preveno de agravos, o diagnstico, o tratamento, a reabilitao e a manuteno da sade. desenvolvida por meio do exerccio de prticas gerenciais e sanitrias democrticas e participativas, sob forma de trabalho

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    em equipe, dirigidas a populaes de territrios bem delimitados, pelas quais assume a responsabilidade sanitria, considerando a dinamicidade existente no territrio em que vivem essas populaes. Utiliza tecnologias de elevada complexidade e baixa densidade, que devem resolver os problemas de sade de maior freqncia e relevncia em seu territrio. o contato preferencial dos usurios com os sistemas de sade. Orienta-se pelos princpios da uni-versalidade, da acessibilidade e da coordenao do cuidado, do vnculo, da continuidade, da integralidade, da responsabilizao, da humanizao, da eqidade e da participao social.

    A Ateno Bsica tem a Sade da Famlia como estratgia prioritria para sua organizao de acordo com os preceitos do SUS e tem como fundamentos: possibilitar o acesso universal e contnuo a servios de sade de qualidade e resolutivos, caracterizados como a porta de entrada preferencial do sistema de sade, com territrio adscrito de forma a permitir o planejamento e a pro-gramao descentralizada, e em consonncia com o princpio da eqidade; efetivar a integralidade em seus vrios aspectos, a saber: integrao de aes programticas e demanda espontnea; articulao das aes de promoo sade, preveno de agravos, vigilncia sade, tratamento e reabilitao, trabalho de forma interdisciplinar e em equipe, e coordenao do cuidado na rede de servios; desenvolver relaes de vnculo e responsabilizao entre as equipes e a populao adscrita garantindo a continuidade das aes de sade e a longitudinalidade do cuidado; valorizar os profissionais de sade por meio do estmulo e do acompanhamento constante de sua formao e capacitao; realizar avaliao e acompanhamento sistemtico dos resultados alcanados, como parte do processo de planejamento e de programao; e estimular a participao popular e o controle social.

    Acessibilidade; Bloco da ateno bsica; Pacto da Ateno Bsica; Piso da Ateno Bsica; Sade da Famlia; Unidade Bsica de Sade; Sade Bucal.

    Poltica Nacional da Ateno Bsica;

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    ateno especializada

    Alta complexidade, Equipes de referncia, Mdia complexidade.

    ateno farmacutica

    Modelo de prtica farmacutica desenvolvido no contexto da assistncia farmacutica, compreendendo atitudes, valores ticos, comportamentos, ha-bilidades, compromissos e co-responsabilidades na preveno de doenas, promoo e recuperao da sade, de forma integrada equipe de sade. Implica interao direta do farmacutico com o usurio, visando farmaco-terapia racional e obteno de resultados definidos e mensurveis, voltados melhoria da qualidade de vida. Essa interao deve envolver, tambm, as concepes dos seus sujeitos e o respeito s especificidades biopsicossociais de cada usurio, sob a tica da integralidade das aes de sade.

    Assistncia farmacutica, Relao Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename).

    Resoluo n 338, de 6 de maio de 2004, do Conselho Nacional de Sade.

    ateno hospitalar

    A ateno hospitalar representa um conjunto de aes e servios de promo-o, preveno e restabelecimento da sade realizado em ambiente hospi-talar. Ela tem sido, ao longo dos anos, um dos principais temas de debate no Sistema nico de Sade. indiscutvel a importncia dos hospitais na organizao da rede de assistncia, seja pelo tipo de servios ofertados e a grande concentrao de servios de mdia e alta complexidade, seja pelo considervel volume de recursos consumido pelo nvel hospitalar. O Brasil

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    possui uma rede hospitalar bastante heterognea do ponto de vista de incor-porao tecnolgica e complexidade de servios, com grande concentrao de recursos e de pessoal em complexos hospitalares de cidades de mdio e grande porte. O desenvolvimento da gesto e do gerenciamento local das unidades hospitalares pode produzir avanos significativos na superao de dificuldades no sistema hospitalar do Pas. Para tanto, deve-se aprimorar os mecanismos de controle, avaliao e regulao dos sistemas de sade e, ao mesmo tempo, dotar os dirigentes hospitalares de instrumentos adequados a um melhor gerenciamento dos hospitais vinculados rede pblica de sade. A poltica da ateno hospitalar visa a promover de forma definitiva a insero das unidades hospitalares na rede de servios de sade.

    Alta complexidade, Mdia complexidade, Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (Samu).

    atendimento pr-hospitalar

    o atendimento a portadores de quadros agudos, de natureza clnica, trau-mtica ou psiquitrica que ocorre fora do ambiente hospitalar e pode ser de-finido como a assistncia prestada em um primeiro nvel de ateno Sade. fundamental para garantir suporte e a sobrevivncia das pessoas vitimadas por quadros de maior gravidade.

    Os gestores municipais de sade devem estruturar, de acordo com a demanda em seu territrio, uma rede de urgncia e emergncia (capaz de atender da pequena grande urgncia), envolvendo servios pr-hospitalares e em articulao com a rede geral de servios de sade, de modo a otimizar o atendimento e a prestar socorro imediato populao. Nesse contexto, insere-se o servio de atendimento mvel de urgncia (Samu).

    Acolhimento nas Prticas de Produo de Sade; Humanizao da aten-o Sade; Servio de Atendimento Mvel de Urgncia (SAMU); Urgncia e emergncia; Ateno s urgncias

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    atividade Fsica

    entendida como qualquer movimento corporal que resulte em gasto ener-gtico maior que os nveis de repouso. Est inserida na Poltica Nacional de Promoo da Sade como um eixo de interveno para promover a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos sade.

    atores sociais

    Cidados (usurios, profissionais, gestores, etc.) ou agrupamentos (institui-es, rgos, comunidades, movimentos sociais, equipes de trabalho, etc.) que participam, organizadamente, da formulao da gesto, planejamento e monitoramento e controle social do SUS, interferindo tcnica, poltica ou eticamente no processo participativo.

    Co-gesto, Conselho Municipal de Sade, Conselhos gestores de unida-des de Sade, Controle social, Participa SUS, Relatrio de gesto, Seminrios de gesto participativa em Sade.

    auditoria

    Sistema Nacional de Auditoria (SNA).

    avaliao

    No mbito do Sistema de Planejamento do SUS, o processo que se inicia com a implementao do Plano de Sade e que se encerra findo o perodo de vigncia do Plano (quatro anos). Esse processo destina-se, principalmente, a

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    manter sob controle a execuo do Plano de Sade. Ao final do processo, a avaliao deve estar expressa em documento que poder ser organizado com o seguinte formato: sntese do processo de construo do Plano; avaliao do cumprimento das metas, da observncia das diretrizes e do alcance dos objetivos; avaliao do impacto da implementao do Plano sobre a situao de sade; apresentao de recomendaes relativas construo do novo

    Plano, da reprogramao e das intervenes necessrias.

    Srie Cadernos de Planejamento, Sistema de Planejamento do SUS Instrumentos bsicos, volume 2, em .

    avaliao de desempenho do sUs

    A avaliao de desempenho de um sistema de sade se refere aferio e julgamento sobre o grau de alcance dos objetivos que se prope atingir. Os princpios constitutivos do SUS expressos na Constituio Federal de 1988 e nas Leis n 8.080/90 e n 8.142/90 e os objetivos da poltica de sade devem ser os pontos de partida para a avaliao de desempenho do sistema.

    Para que seja completa, a avaliao deve trabalhar com informaes que expressem o ponto de vista do conjunto de atores que se relacionam com o sistema. Para que seja til gesto, a avaliao de desempenho deve ser per-manente e capaz de sugerir e indicar melhorias ou reformulaes necessrias e possveis, para assegurar o cumprimento dos objetivos da poltica de sade. As metodologias para a avaliao devem considerar o contexto em que o sistema de sade implementado e seu carter descentralizado, permitindo anlises em mbitos nacional, estadual e municipal adequadas s necessida-des dessas esferas de governo.

    A avaliao de desempenho do sistema de sade no substitui e no supri-me a necessidade de realizao das avaliaes de polticas e programas. Ao contrrio. O que se espera que a implementao do processo de avaliao de desempenho do sistema possa se beneficiar das demais experincias de

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    avaliao, constituindo um espao que as articule e para o qual possam con-vergir os resultados dessas abordagens. Isso permitir uma viso integrada do sistema de sade que facultar aos gestores, nas trs esferas de governo, identificar com clareza os avanos obtidos e as intervenes necessrias para corrigir rumos. No tem como objetivo punir ou premiar; almeja a construo de um sistema justo e responsvel

    Relatrio de Gesto

    Portaria n 665, de 29 de maro de 2006.

    avaliao de tecnologias em sade

    Processo abrangente por meio do qual so avaliados os impactos clnicos, sociais e econmicos das tecnologias em sade, levando-se em considerao aspectos como eficcia, efetividade, segurana, custos, custo-efetividade, en-tre outros. Seu objetivo principal auxiliar os gestores em sade na tomada de decises coerentes e racionais quanto incorporao de tecnologias em sade.

    Alta complexidade, Ateno sade, Incorporao tecnolgica Tecnologia em sade..

    Glossrio temtico: economia da sade; Sade no Brasil: seleo de temas para Agenda de Prioridades de Pesquisa no endereo www.saude.

    gov.br/editora

    avaliao para melhoria da qualidade

    Proposta de avaliao sistmica da estratgia Sade da Famlia baseada em metodologia de gesto interna dos processos de melhoria contnua da qua-lidade e que considera os componentes de gesto municipal, coordenao tcnica e prticas realizadas pelas equipes. O objetivo da proposta apoiar

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    os gestores municipais e estaduais no monitoramento e avaliao da Ateno Bsica, possibilitando a verificao dos estgios de desenvolvimento e de qualidade da estratgia nos municpios, identificando seus pontos crticos e suas potencialidades. Visa tambm auxiliar no desenvolvimento de planos de ao visando melhoria da qualidade. Tomando como ponto de partida as definies, princpios e diretrizes estabelecidos para a estratgia Sade da Famlia, foram elaborados e validados por meio de amplo teste piloto, um conjunto de 300 padres de qualidade. Este contedo est organizado em cinco diferentes instrumentos de auto-avaliao dirigidos a atores diferencia-dos: gestor, coordenadores, gerentes de unidades e profissionais de equipes. Os padres, por sua vez, esto distribudos em cinco estgios crescentes de qualidade: padres do estgio E qualidade elementar (abordam elementos fundamentais de estrutura e as aes mais bsicas da estratgia SF); padres do estgio D qualidade em desenvolvimento (abordam elementos organiza-cionais iniciais e o aperfeioamento de alguns processos de trabalho); padres do estgio C qualidade consolidada (abordam processos organizacionais consolidados e avaliaes iniciais de cobertura e impacto das aes); padres do estgio B qualidade boa (abordam aes de maior complexidade no cuidado e resultados mais duradouros e sustentados); padres do estgio A qualidade avanada (colocam-se como horizonte a ser alcanado represen-tando excelncia na estrutura, nos processos e, principalmente, nos resulta-dos). A proposta integra um conjunto de aes contempladas no Projeto de Expanso e Consolidao da Sade da Famlia (Proesf) especificamente em seu Componente III (avaliao e monitoramento).

    Para os municpios participantes est disponvel um aplicativo digital, acessvel pelo site do projeto, para o registro das auto-avaliaes. Este

    recurso permite o armazenamento, em banco de dados, do histrico avaliati-vo e emisso de relatrios de apoio. A participao baseia-se na adeso vo-luntria dos gestores municipais. No esto previstos incentivos financeiros ou sanes relativas aos resultados obtidos, buscando-se desse modo assegu-rar o componente pedaggico e qualificador da proposta.

    Programa Nacional de Avaliao dos Servios de Sade (Pnass).

    www.saude.gov.br/caadab

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    BBanco de Preos em Sade (BPS)

    Sistema informatizado, disponibilizado pelo Ministrio da Sade (MS), que fornece informaes atualizadas sobre os preos praticados nas aquisies de medicamentos e material mdico-hospitalar, e nos insumos e servios efeti-vados por entidades pblicas ou privadas. Inicialmente, o BPS continha so-mente dados de instituies brasileiras, mas o sucesso da iniciativa ensejou sua adoo como base para a elaborao do banco de medicamentos do Mercosul/Bolvia/Chile e do banco de medicamentos para aids da Amrica Latina e Caribe. O principal objetivo do programa a diminuio de preos no setor de Sade, por meio da reduo na assimetria de informaes existente entre compradores e fornecedores no mercado, ou seja, ao subsidiar as insti-tuies com dados sobre os preos praticados em todo o Pas, os demandan-tes de produtos e servios em sade estaro mais aptos a negociar os termos de aquisio e, em casos de intransigncia da parte vendedora, at mesmo substituir o fornecedor por outro que pratique preos mais vantajosos. Em adio, ao tornar pblicas as condies de compras realizadas por diversas instituies pblicas, o BPS contribui para aumentar a visibilidade da desti-nao dos recursos do SUS. Finalmente, as entidades cadastradas tm acesso ao histrico completo de compras por elas registradas, informao esta que possibilita um aperfeioamento do planejamento financeiro das entidades. Isto porque compras renovadas antes da expirao do perodo das aquisies anteriores indicam uma estimativa do consumo da instituio abaixo do real. Por outro lado, compras cujas renovaes demoram muito para ser efetivadas, mesmo ao trmino do perodo de validade das anteriores, apontam para uma

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    estimativa de consumo acima do real, com a provvel formao de grandes estoques e possivelmente perda de material pela expirao do prazo de vali-dade dos medicamentos.

    Para consultar o Banco de Preos em Sade basta acessar o site www.saude.gov.br/banco e clicar no cone Consulta ao Banco. Para esse pro-

    cedimento no necessrio realizar credenciamento. As instituies que rea-lizem compras de produtos da rea de Sade (hospitais, secretarias estaduais e municipais, fundaes gestoras de unidades hospitalares) e desejem forne-cer dados ao banco de preos devem solicitar seu credenciamento. O proce-dimento simples e pode ser feito via internet; as instrues pertinentes tambm esto disponveis no site supracitado.

    Medicamento genrico, Mercado de medicamentos.

    Biotica

    Palavra cunhada pelo oncologista Van Ressenlaer Potter, em 1971, para defi-nir a cincia da sobrevivncia e do melhoramento da vida com a manuteno da harmonia universal. Estudo da tica da vida e das conseqncias que as aes de sade tm sobre os seres humanos. A disciplina se ocupa dos con-flitos originados pela contradio entre o progresso biomdico, acelerado nos ltimos anos e os limites ou fronteiras da cidadania e dos direitos humanos. A biotica atual foi dividida, para fins de estudo, em duas vertentes: 1) a das situaes emergentes, que trata do desenvolvimento cientfico e tecnolgico engenharia gentica, reproduo assistida, transplantes de rgos e tecidos, clonagem, alimentos transgnicos, dentre outros; e 2) a biotica das situaes persistentes, que analisa os temas cotidianos referentes vida dos indivduos, como a excluso social, o racismo, a discriminao da mulher no mercado de trabalho, a eutansia, o aborto, a alocao de recursos no setor Sade, etc.

    Biotecnologia.

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    Biossegurana

    Condio de segurana alcanada por meio de um conjunto de aes destina-das a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes a atividades que possam comprometer a sade humana, animal, vegetal e o meio ambiente.

    Anlise de risco.

    Diretrizes gerais para o trabalho em conteno com agentes biolgicos. Ministrio da Sade Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos

    Estratgicos, 62p.: il (Srie A: Normas e Manuais Tcnicos), Editora MS, Braslia: 2006 (ISBN 85-334-1214-2), ou pelo endereo .Classificao de Risco dos Agentes Biolgicos. Ministrio da Sade. Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos. Departamento de Cincia e Tecnologia Braslia: Editora do Ministrio da Sade, 2006, 36 p. - (Srie A. Normas e Manuais Tcnicos). ISBN 85-334-1216-9.

    Biotecnologia

    Aplicao em escala industrial dos avanos cientficos e tecnolgicos resul-tantes de pesquisas biolgicas e biomdicas. A biotecnologia engloba um conjunto de tcnicas de manipulao da constituio gentica de organismos vivos (clulas e molculas) com o objetivo, entre outros, de produzir, a partir das espcies originais, outras que gerem produtos mais resistentes e que me-lhor contribuam para o tratamento de doenas e recuperao da sade.

    Biotica.

    Bloco da assistncia farmacutica

    Um dos cinco blocos de financiamento que, a partir da definio do Pacto pela Sade, passaram a compor os recursos federais destinados ao custeio de

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    aes e servios da Sade. constitudo por trs componentes: o compo-nente assistncia farmacutica bsica, o componente assistncia farmacu-tica estratgica, o componente medicamentos e o componente de dispensa-o excepcional. O componente assistncia farmacutica bsica destina-se aquisio de medicamentos e insumos de assistncia farmacutica para a ateno bsica em sade e s aes relacionadas a agravos e programas de sade especficos, inseridos na rede de cuidados da ateno bsica, sendo composto de uma parte financeira fixa e de uma parte financeira varivel. Por sua vez, o componente assistncia farmacutica estratgica destina-se ao custeio de aes de assistncia farmacutica nos seguintes programas estra-tgicos de sade: controle de endemias, anti-retrovirais do Programa DST e Aids, sangue, hemoderivados e imunobiolgicos. O componente medicamen-tos de dispensao excepcional destina-se ao financiamento do Programa de Medicamentos de Dispensao Excepcional para aquisio e distribuio do grupo de medicamentos da tabela de procedimentos ambulatoriais.

    Bloco da ateno bsica, Bloco de gesto do SUS, Bloco de vigilncia em Sade, Financiamento do SUS, Pacto de Gesto do SUS, Pacto pela Sade, Planejamento em sade, Termo de Limite Financeiro Global, Vigilncia sani-tria.

    Portaria n 399, de 22 de fevereiro de 2006; Portaria n 648, de 28 de maro de 2006; Portaria n 650, de 28 de maro de 2006; Portaria n

    699, de 30 de maro de 2006; Portaria n 204, de 29 de janeiro de 2007.

    Bloco da ateno bsica

    Um dos cinco blocos de financiamento que, a partir da definio do Pacto pela Sade, passaram a compor os recursos federais destinados ao custeio de aes e servios da Sade. formado por dois componentes: o Piso de Ateno Bsica Fixo (PAB Fixo) e o Piso da Ateno Bsica Varivel (PAB Varivel). O PAB Fixo destina-se ao custeio de aes de ateno bsica sa-de cujos recursos so transferidos mensalmente, de forma regular e autom-

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    tica, do Fundo Nacional de Sade (FNS) aos fundos de Sade dos municpios e do Distrito Federal. O PAB Varivel constitudo por recursos destinados ao custeio de estratgias, realizadas no mbito da ateno bsica em Sade. Os recursos do PAB Varivel so transferidos do FNS aos fundos de Sade dos municpios e Distrito Federal mediante adeso e implementao das aes s quais se destinam, desde que constantes nos respectivos planos de sade. Com a aprovao do Pacto pela Sade, os recursos de custeio das aes de assistncia farmacutica e de vigilncia sanitria, que antes integravam o PAB Varivel, passaram a compor os blocos de financiamento da assistncia farmacutica e da vigilncia em Sade, respectivamente.

    Ateno sade; Bloco da assistncia farmacutica; Bloco da ateno de mdia e alta complexidade ambulatorial e hospitalar; Bloco de gesto do SUS; Bloco de vigilncia em sade; Financiamento do SUS; Pacto de Gesto do SUS; Pacto pela Sade; Planejamento em sade; Termo de Limite Financeiro Global

    Portaria n 399, de 22 de fevereiro de 2006; Portaria n 6