surgimento do regulamento militar no brasil

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    SURGIMENTO DO REGULAMENTO DISCIPLINAR MILITAR NO BRASIL

    Dados do autor: Jlio Csar Lopes da Silva

    -Licenciatura Plena em Letras Portugus/Ingls

    pela UFMT; Bacharel em Direito pela faculdade

    ICEC/UNIP; Tcnico em Turismo pelo CEFET-MT,

    Especializao em Direito do Trabalho, Professor e

    Militar do Corpo de Bombeiros Militar do Estado de

    Mato Grosso.

    O regulamento disciplinar militar ocupa a funo, no ordenamento

    jurdico, de ordenar as condutas dos militares prejudiciais aos fundamentos da

    hierarquia e disciplina sem que estas condutas alcance status de crime militar,

    os quais esto obrigatoriamente tipificados no Cdigo Penal Militar, ou seja, os

    regulamentos disciplinares militares preveem as condutas tidas como

    transgresso disciplinar, cominando-lhes penas que vai de advertncia,

    passando pela deteno, priso at a pena mais grave que a excluso a bem

    da disciplina, bem como estabelece regras para o desenvolvimento do

    processo disciplinar militar e a correta aplicao da pena.

    At 1865 o Brasil adotou o Regulamento disciplinar de Portugal, o qual

    fora criado pelo ingls Schaumburg-Lippe durante o perodo que redigiu

    artigos de guerra os quais foram transladados para o Brasil, vigorando por

    muito tempo.

    Marcelo Weitzel Rabello de Souza1 em sua tese de mestrado relata que

    em 1762 Marqus de Pombal nomeou Schaumburg-Lippe, tambm conhecido

    como Conde de Lippe, ao posto de Marechal General dos Exrcitos dePortugal, dando-lhe o cargo de governo das armas de todas as tropas de

    infantaria, cavallaria, drages e artilharia, alm de diretor geral de todas elas.

    Durante esse tempo Conde de Lippe escreveu os Regulamentos para

    Infantaria, Cavalaria e os chamados Artigos de Guerra os quais foram

    1 SOUZA, Marcelo Weitzel Rabello de. Conde de Lippe (e seus Artigos de

    Guerra), quando passou por aqui, tambm chegou l. Disciplina Histria. 1999.

    Disponvel emhttp://www.jusmilitaris.com.br/uploads/docs/mestrado.historia_do_direito_ii.pdf.

    Acesso em 20/09/2010

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    aplicados em Portugal e no Brasil at a entrada em vigor dos Cdigos afetos a

    rea criminal militar.

    O regimento de Lippe regulava vrias reas da atividade militar, alm da

    questo disciplinar.: O regimento tratava entre outros assuntos da formao e

    educao dos militares, composio do exrcitos e das companhias, manuseio

    do armamento, regulamentao das condutas das autoridades, organizao

    para os dias de festas, dos pagamentos, da carreira militar, do aspecto moral e

    religioso, da sade dos militares, etc. Transcrevemos parte um fragmento do

    estudo de Marcelo W. de Souza2. Vejamos:

    Seu Regimento que continha vinte e sete captulos inicia-sedeterminando a quantidade e composio de cada companhia.Em captulos seguintes (II a VI), preocupa-se com formao doexrcito portugus e dedica-se a detalhadas explicaesquanto a orientao dos exerccios envolvendo a formao dastropas em diversas situaes e manuseio do armamento. Nocaptulo VIII, informava o proceder e a autoridade contida nosentinela, circunstncia ao qual retornou nos Captulos XX eXXI. Registrava nos Captulos IX, XIV e XXV, a organizaopara os dias de festas e pagamento. A carreira, o aspectomoral e religioso que deveria dirigir sempre a vida do militar, a

    sade e segurana do Soldado, ao ponto de inscrever no seuRegimento um captulo referente a Escolha dos Cirurgies edo cuidado, que deve haver dos Soldados enfermos. . A responsabilidade que deveria haver no apenas sobre oSoldado, mas sobre todos que compunham a Cadeia deComando, conforme nos demais captulos. Em tudo oRegulamento distribuindo responsabilidades e obrigaes.J no primeiro captulo, no item 14, afirma: Todos osSoldados sero medidos exactamente fem apatos todos osannos: e o Coronel no confentir que no feu Regimento hajanem hum f Soldado, que no tenha de altura feffenta e duaspollegadas. Essa preocupao no era isolada, pois nos itens seguintes instrui a formao e distribuio da tropa por altura

    dos integrantes, onde cada um saberia sempre exatamente oseu lugar na formao seja em que situao adversa sevingasse.Compenetrado com o aspecto dos militares, e sua repercusso junto ao moral da tropa e o relacionamento com os civis,escreveu diversas passagens sobre o asseio, a aparncia epostura dos militares, como por exemplo, pginas 8 e 9, item28, do prefalado Regimento quando (...)O Capito mandarmetter as varetas as efpingardas, e as baionetas nas bocas dasarmas, e examinar com os Officiais, fe as armas, asmunies, e todas as fuas pertenas efto em bom eftado, e feos Soldados efto bem veftidos, penteados, &c. .

    2 Idem. pp 100

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    Todavia, pela severidade das penas impostas que Conde de Lippe

    lembrado. Era comum alm das prises os castigos corporais com aoites,

    chicotas, pranchadas, e at mesmo a pena de morte. Vejamos algumas das

    tipificaes das transgresses e a cominao de sua pena, baseando no

    trabalho acadmico de Marcelo Weitzel Rabello de Souza:

    Qualquer Soldado, que desamparar a sua guarda sem licena,ser logo prezo, e no outro dia castigado com cinquentapancadas com a espada de prancha3.

    Todo o Soldado, que logo que se tocar a rebate, no estiver nolugar indicado para a Assembleia da sua Companhia, serprezo, e no outro dia castigado com cinquenta pancadas deespada de prancha

    Probe-se aos Oficiais, e Oficiais inferiores, o altercaremrazes com os Soldados, que estiverem bbados, e muitomenos dar-lhes pancadas no tempo de sua bebedice; porquetalvez (por conta dela) se lhe atrevero de maneira, que sejamcondenados em pena capital. Quando suceder que humSoldado naquele estado cometa algumas faltas, no diaseguinte, quando estiver em jejum, se punir com dobradocastigo pelas faltas cometidas no dia antecedente.

    H de argumentar ainda que, desde aquela poca os j estavam sujeitos

    a uma pena menos severa por suas condutas. Vejamos a transgresso, pormcometida por um oficial:

    Todo o Oficial, que se ausentar do seu posto por tempo demeia hora, ser prezo em uma Praa de guerra, e o seu soldose dar Caixa dos Invlidos.

    A discriminao entre praas e oficiais era to grande que a pena do

    oficial negligente era ser tratado como soldado. Vejamos:

    A qualquer Oficial Inferior, negligente em suas revistas, incapazde com exatido dar a parte do ocorrido servir, e ser pagopor tempo de trs meses como simples soldado4.

    3Captulo VIII, Artigo II, item 8 do Regulamento de Lippe texto adequado para oportugus moderno pelo autor.

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    Sobre as formas de punio Marcelo Weitzel Rabello

    de Souza5 relata que os delitos maiores, entre eles, o motim, o homicdio, a

    traio tinham como sano a pena de morte pelas armas, por enforcamento

    ou outra morte mais severa, os delitos graves se punia com trabalho forados

    por meses ou ano. Vejamos

    Os delitos maiores, e sobre tudo, o Motim, o Homicdiopremeditado, e a Traio h de ter pena de morte. O Rupassar pelas armas, ser enforcado, ou padecer morte mais

    severa nos casos extraordinariamente atrozes, conforme julgaro Conselho de Guerra, em consequncia dos Artigos Militares.Os delitos graves, que no forem com tudo capitais, secastigaro mandando-se trabalhar os Rus nas Fortificaespor meses, ou por anos, conforme a gravidade do delito. Estescriminosos trabalharo com grilho no p, e na mo direita, ehum rtulo nas costas, que declare o seu delito. de boalembrana, que durante o cumprimento dos trabalhos, deacordo com o item segundo: (...) se conservaro em estreitapriso, e no recebero de po, e paga mais que oprecisamente necessitaria para sustentar a vida.

    Os crimes tidos como leves recebiam como sano as pranchadas.

    Transcrevemos:

    E as culpas leves cometidas por descuido, ou inadvertncia,sero castigadas com vinte, trinta, ou cinquenta pancadas,dadas com a espada de prancha; ou metido o Ru em priso apo, e agua: ou fazendo-lhe montar guarda sem lhe competir:ou carregando-o de armas, huma, ou muitas horas, os quais oscastigos leves se daro sem Conselho de Guerra.

    Souza relata que em 1767, por pedido do Rei de Portugal, o Conde de

    Lippe chega ao Brasil Colnia com intuito de incluir os Artigos de Guerra no

    Regimento de Artilharia do Rio de Janeiro, a fim de padronizar a tropa brasileira

    a forma dos moldes europeus, impondo os mesmos treinamentos, formaturas,

    estudos, etc.

    4

    SOUZA pp 109

    5 Idem pp 115

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    Na poca o Brasil vivia a era do ouro, propiciando um grande xodo para

    o interior do pas principalmente para as regies de Minas Gerais, Gois e

    Mato Grosso, motivo pelo qual atraiu a ateno de Portugal que buscou meio

    para melhor se aproveitar das riquezas e se proteger de futuras invases,

    principalmente dos vizinhos espanhis.

    Os Regulamentos do Conde de Lippe perdurou integralmente at a

    independncia do Brasil, sofrendo algumas atenuaes at a entrada em vigor

    do Cdigo Penal da Armada em 1891, todavia se tem notcia que as penas

    corporais no mbito militar somente teve fim aps a Revolta da Chibata em

    1910.

    Houve algumas tentativas de se desvincular dos regulamentos do Conde

    de Lippe. Em 1862 Duque de Caxias, o qual havia sido formado sob o

    Regulamento Disciplinar do Conde de Lippe, criou o Regulamento

    Correcional das Transgresses Disciplinares, porm se continuou a

    aplicao das penas nos antigos moldes. A histria tradicional alega de Duque

    de Caxias preocupado com a violncia dos castigos a pranchachos de

    espadas, mas no podendo aboli-los, por serem regulamentares, ordenou ao

    Arsenal de Guerra que fabricasse espadas especiais para tais castigos,

    segundo modelo que forneceu alegando:6.

    "Por mais apropriadas e menos prejudiciais sade dopasciente, para ao menos atenuar suas conseqncias, tantoquando possveis, sem torn-lo ilusrio, at que outrasdisposies substituam os regulamentos que osestabeleceram."

    Todavia, nem mesmo Duque de Caxias com todo o prestgio e poder

    que gozava, conseguiu promover a revogao dos Regulamentos de Conde de

    Lippe, os quais perdurou integralmente at a independncia do Brasil, sofrendo

    algumas atenuaes at a entrada em vigor do Cdigo Penal da Armada em

    1891, todavia se tem notcia que as penas corporais no mbito militar somente

    teve fim aps a Revolta da Chibata em 1910.

    6 Conforme informao extrada do site

    http://www.exercito.gov.br/01inst/Historia/Patronos/Caxias/ quadro.htm

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    A Constituio brasileira de 1824, outorgada por D. Pedro I, aboliu-se,

    juridicamente, as torturas, acoites e outras as penas cruis, porm continuaram

    sendo aplicada as escravos fugitivos e ao militares transgressores.

    Com efeito, mesmo aps a abolio da escravatura em 1888, as praas7

    quando incidiam em transgresso disciplinar eram levadas ao tronco como

    forma de punio. Assim regia o cdigo:

    "Para as faltas leves, priso a ferro na solitria, por um a cincodias, a po e gua; faltas leves repetidas, idem, por seis dias,no mnimo; faltas graves, vinte e cinco chibatadas, no

    mnimo.8

    Neste sentido, o professor Eliezer Pereira Martins9 assevera que do

    ponto de vista legal, as penas consistentes em castigos corporais aplicadas

    contra militares do Exercito foram abolidas pela lei n 2556, de 26 de setembro

    de 1874, enquanto que na Armada pelo Decreto n 3 de 1889, porm apenas

    do ponto de vista legal, visto que na prtica tais excessos perduraram e

    continua o eminente professor:

    Tanto verdade que o Decreto n 3 de 16 de novembro de 1889 no

    aboliu o acoite na Armada, que o decreto n 328, criando a Companhia

    Correcional, subscrito pelo Marechal Deodoro da Fonseca e referendado por

    Rui Babosa dispunha: ... Considerando, ainda, que o castigo severo, abolido

    por ocasio do advento da Repblica e aplicvel, unicamente, s praas

    arroladas na referida Companhia, dentro de um limite restrito, umanecessidade reconhecida e reclamada por todos os que exerciam autoridade

    sobre o marinheiro...

    7 Praas significa militar no oficial que vai da graduao de soldado a sub-tenente

    8 PAIN, Paulo. Pronunciamento sobre o a anistia do heri negro, Joo Cndido, disponvel emhttp://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos/2008/15052008II.htm acessado em

    15/02/09

    9 MARTINS, Elieser Pereira. Direito Administrativo Disciplinar Militar e Sua

    Processualidade.p 37

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Chibatahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chibatahttp://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos/2008/15052008II.htmhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Chibatahttp://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos/2008/15052008II.htm
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    As penas cruis e de carter corporal aplicadas aos militares de baixa

    patente continuaram sendo aplicada mesmo aps a Proclamao da Repblica

    (1889) e o fim da Repblica da Espada (1894).

    O primeiro grande marco da evoluo das penas por transgresso

    disciplinar ocorreu com a deflagrao da Revolta da Chibata (1910) a qual

    visava amenizar o sofrimento dos militares de baixa patente nos navios

    brasileiros, j que alm das penas corporais que podiam chegar a 250

    (duzentas e cinqenta) chibatadas - como foi o caso do marinheiro Marcelino

    Rodrigues os militares de baixa patentes trabalhavam em verdadeiro regime

    de escravido, sem os devidos cuidados mdicos, longa escala de servio,

    alimentando, muitas vezes, de carnes podres ou cruas. Vejamos:

    Marcada para dez dias depois da posse do Presidente Hermes da

    Fonseca ocorrida em 15 de Novembro de 1910, o que precipitou o pice da

    revolta acabou sendo a punio aplicada ao marinheiro Marcelino Rodrigues

    Menezes do Encouraado Minas Gerais. Por ter trazido cachaa para bordo e,

    em seguida, ter ferido com uma navalha o cabo que o denunciou, foi punido,

    no com as vinte e cinco chibatadas mximas regulamentares, e sim com

    duzentos e cinquenta, na presena da tropa formada, ao som de tambores,

    num dia da semana seguinte posse do presidente. O exagero dessa punio,

    considerada desumana, provocou uma indignao da tripulao muito superior

    que j vinham sentindo durante a conspirao da revolta10.

    No dia 26 de novembro de 1910, o Predidente da Repblica, Marechal

    Hermes da Fonseca, aceitou as reivindicaes dos marinheiros, declarando pr

    fim, legalmente, aos castigos fsicos e prometendo anistiar os revoltosos,promessa essa que no cumpriu, j que alguns marinheiros, sob a alegao de

    inconvenientes disciplina foram expulsos da Marinha.

    O segundo grande marco, deu-se com o advento da Constituio

    Federal de 1988 a qual garantiu, entre outros princpios, a ampla defesa e o

    contraditrio, o devido processo legal, a inafastabilidade do poder judicirio, a

    dignidade da pessoa humana, a isonomia material, etc.

    10 Fragmento de texto extrado de http://pt.wikipedia.org/wiki/Revolta_da_Chibata,

    acessado em 10/08/201.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Encoura%C3%A7ado_Minas_Geraishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cacha%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Navalhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tamborhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Encoura%C3%A7ado_Minas_Geraishttp://pt.wikipedia.org/wiki/Cacha%C3%A7ahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Navalhahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Tambor
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    Para o mencionado professor Eliesier, a evoluo que teve o direito

    disciplinar militar brasileiro com advento da Constituio Federal de 1988

    resume-se no abrandamento das espcies de sanes aplicadas aos militares,

    de castigos corporais a medidas restritivas da liberdade individual.

    Com efeito, hoje pouca coisa mudou, uma praa pode ser condenada

    at trinta dias de priso por estar com mero coturno sujo, por chegar atrasado,

    por criticar publicamente a poltica de governo, por contrair dvida, ou at

    mesmo por requerer seus direitos ao judicirio sem autorizao, entre outros.11

    Significa dizer que as praas ainda so formadas pela classe menos

    favorecida da populao e so majoritariamente o sujeito passivo das penas

    impostas pelos oficiais por meio do Regulamento Disciplinar Militar, o qual, em

    regra, tem sido utilizado como meio de perseguies satisfao pessoal do

    aplicador do Regulamento Disciplinar. Neste sentido, transcrevemos fragmento

    da monografia Liberdade de Expresso dos Policiais e Bombeiros Militares12:

    As ocupaes nos cargos de praas continuam sendo pormilitares advindos da classe mais pobre da populao,entrando no servio militar como soldados. J os oficiais,tambm em regra, so aqueles que tiveram a oportunidade depassar em concurso em que o nvel educacional exigido s se alcanvel pela classe mais elitizada do pas, sem contar quepor muito tempo ficou ao encargo das instituies militares aelaborao dos concursos e recrutamento para opreenchimento dos cargos de oficiais, ocasionando diversasdenncias de fraudes e nepotismo.(...)H uma diferena gritante entre os direitos dos oficiais e a daspraas, s a ttulo de exemplo, um oficial apenas perder suapatente aps deciso judicial transitado em julgado, enquantoque para se exonerar uma praa faz-se necessrio apenas

    processo administrativo. Os refeitrios, banheiros, alojamentose outras dependncias dos quartis so divididos pelahierarquia, de um lado os oficiais do outro as praas. Existetodo um ritual quando a praa se dirige a um oficial,continncias, apresentaes, etc.

    11MATO GROSSO. Regulamento Disciplinar Militar Decreto n 1329/78, anexo II,

    itens 24, 31, 38, 41, 42, 61, 64, 69, etc.

    12 SILVA, Jlio Csar Lopes da Silva. Monografia: Liberdade de Expresso dos

    Policiais e Bombeiros Militares. Cuiab-MT, 2009.

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    BIBLIOGRAFIA

    PAIN, Paulo. Pronunciamento sobre o a anistia do heri negro, Joo Cndido,disponvel em http://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos /2008/15052008II.htm acessado em 15/02/09

    MARTINS, Elieser Pereira. Direito Administrativo Disciplinar Militar e SuaProcessualidade. So Paulo: Editora de Direito LTDA, 1996.

    SILVA, Jlio Csar Lopes da Silva. Monografia: Liberdade de Expresso dosPoliciais e Bombeiros Militares. Cuiab-MT, 2009.

    SOUZA, Marcelo Weitzel Rabello de. Conde de Lippe (e seus Artigos deGuerra), quando passou por aqui, tambm chegou l. Monografia (mestradoem Histria) 1999. Disponvel em http://www.jusmilitaris.com.br

    /uploads/docs/mestrado.historia _do_direito_ii.pdf. Acesso em 20/09/2010

    http://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos%20/2008/15052008II.htmhttp://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos%20/2008/15052008II.htmhttp://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos%20/2008/15052008II.htmhttp://www.senado.gov.br/paulopaim/pages/pronunciamentos%20/2008/15052008II.htm