Movimento artístico russo que surge por volta de 1915-16, na

sequência do Raionismo, e pela mão de Kasimir Malevitch. A sua preocupação fundamental foi a

realização plástica pura da noção de espaço, ou seja, a relação entre

as formas e o espaço que as circunda. Caracteriza-se pela

simplicidade das formas geométricas básicas (quadrado, rectângulo, triângulo e círculo e,

ainda, a partir da forma da cruz), e pelo emprego de uma gama

cromática restrita, constituída pelas cores primárias e

secundárias, pelo branco e preto.

Quadrado negro e vermelho, Kazimir Malevich

"Eu sentia apenas noite dentro de mim,

e foi então que concebi a nova arte,

que chamei Suprematismo" –

disse Kazimir Malevich ao

descrever o que o inspirou ao pintar a

obra “Quadrado negro sobre um fundo

branco”.

Quadrado negro sobre fundo branco, Malevich

Fundou-se na necessidade

extraísda do Cubismo sintético de animação do espaço pela forma e na movimentação

plástica do Futurismo. Dora Valier diz: “é um acordo de ritmos que

se concretizam no espçao da tela, tal como uma frase

musical se realiza no tempo.”

Sem título,

Kazimir Malevich

Composição suprematista,

Kazimir Malevich

A partir de formas geométricas tinha como objectivo dar à

obra espiritualidade, silêncio, leveza e desmaterialização, aproximando-se do sagrado

da forma mais simples e abstracta possível.

Este movimento representa a pureza, levada ao extremo.

A contribuição do Niilismo russo foi decisiva para o

Suprematismo, ajudando na procura da verdade e da

pureza plásticas.

Casa do Futuro, 1923-24, Projecto, Kazimir Malevich

Cemitério de Monza, 1912 – Projecto, Antonio SANT’ELIA

Città Nuova, 1914 – Projecto, Antonio SANT’ELIA