supremas instruÇÕes de ritual e liturgia

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SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA Um guia de padronização emitido pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil Primeira Edição © 2012

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SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUALE LITURGIA

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Page 1: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

Um guia de padronização emitido pelo

Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil

Primeira Edição

© 2012

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INTRODUÇÃO

Nos primeiros dias, era desejo de Frank Sherman Land que a Ordem DeMolay fosse conhecida por algo mais, além de seus já bem sucedidos times de beisebol e por sua equipe de desfile. Este algo mais era o Ritual DeMolay, criação do fundador e de seu estimado amigo Frank Arthur Marshall.

Muitos foram os anos que se passaram e as edições do Ritual, mas uma base foi mantida. Esta base garante uma padronização das práticas Ritualísticas em todo o mundo, mas nosso país estava na contramão neste ponto, visto que, apesar de sabermos que existem diferenças flagrantes na prática nos Estados Unidos, nas Filipinas e na Romênia, todos atendem ao mesmo Ritual e têm uma base comum. O Brasil ao contrário começou a montar uma base própria e isto nos distanciou muito do ideal de padronização.

Some-se a isto que constatamos que em algumas vezes havia, em um mesmo estado, duas ou três práticas de Ritual e nenhuma delas se encaixava com o padrão do Supremo Conselho, que é o padrão oficial.

Assim criamos as Supremas Instruções para padronizar a atuação dos Capítulos e levar mais conhecimento aos DeMolays e Maçons. E agora trazemos estas Supremas Instruções até vocês com comentários sobre a elaboração, motivação da criação de cada uma e explicações diversas que podem ajudar na compreensão e aplicação das mesmas.

Este é um material de consulta ao qual se deve recorrer em caso de dúvidas a respeito de algum procedimento e aliado a ele, poderão contar com nossos Irmãos da Comissão de Ritual e Liturgia que, sob o comando do Grande Mestre Nacional, têm procurado zelar pela boa prática do Ritual e pela informação pesquisada e trabalhada para chegar ao Capítulo, Corte ou Preceptoria com fontes e explicações.

Utilizem bem e procurem-nos para qualquer comentário.

Bom estudo!

Comissão de Ritual e Liturgia

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O que é uma Suprema Instrução?

Uma Suprema Instrução é um documento de caráter informativo-normativo que visa unificar as práticas ritualísticas por todo o Brasil solucionando dúvidas e preenchendo as lacunas do Ritual.

Se fizermos uma viagem por todos os Estados e Distrito Federal, vamos notar em cada Estado uma prática diferente entre eles. E mais ainda, práticas que contrastam com o Ritual de forma acintosa.

O Ritual deve ser único e padrão porque é o que torna a Ordem diferente das demais instituições e mostra a sua união e organização. Alie-se a isto, o sentimento de segurança que passa saber que ao chegar num Capítulo diferente do seu, seja onde for não haverá uma diferença e ele vai poder se portar de forma segura e com a qual ele está habituado. Hoje, um DeMolay que visita outro Capítulo já chega com certa precaução quanto ao que fazer ou como será determinado momento da Reunião.

Esta era uma preocupação de Frank Sherman Land e Robert Cohcran, os primeiros Oficiais do primeiro Grande Conselho da História. Se folhearmos o “Hi, Dad!”, vamos nos deparar com um diálogo no qual o Juiz Cochran afirma ser necessário criar um órgão de administração central para evitar que outros comecem a copiar a Ordem DeMolay e modificar o Ritual. Logo se vê que a preocupação com essa padronização Ritualística foi um dos nortes de fundação do que hoje chamamos DeMolay International e do nosso Supremo Conselho. E mesmo assim, a dificuldade pode ser notada quando Dad Land responde que isto já acontecia naquele tempo.

Existe outro detalhe que temos que levar em consideração: interpretação textual. A interpretação é responsável por muito do que há de confusão nas práticas de Ritual. A leitura é resultado de experiências e conhecimentos que o leitor tem e que imprime no que está diante dos seus olhos no momento de interpretar. Aspectos como idade, classe social, nível cultural e intelectual. A interpretação é um fator influente que não pode ser desassociado da prática ritualística, mas também deixar que cada um use sua interpretação seria complicar a situação e transformar a ritualística em algo irreconhecível, desorganizado. Isto não é o propósito do Ritual.

Então, uma única interpretação deve ser usada para que não haja práticas diferentes e sendo o Supremo Conselho o órgão máximo de administração é sua interpretação que deve permanecer e sobressair-se dentre as demais. O Supremo Conselho é a cabeça de um corpo formado por todos os Capítulos e Associações Afiliadas. Ora, se é a cabeça, o cérebro, o centro de comando, nada mais normal do que quando se falar em pensar em Ritual seja o Supremo que pense.

O próprio Estatuto Social do SCODRFB prevê isto e ainda indica a Comissão de Ritual e Liturgia como responsável por isto. Segundo o Estatuto, o Supremo Conselho é responsável por unificar a ritualística e manter esta padronização. Para isto, ele pode e deve emitir Rituais e documentos que instruam e padronizem a prática de Ritual. As Supremas Instruções são estes documentos que mostram a interpretação do Supremo Conselho e unificam o Ritual. Elas

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são estatutárias, a norma apenas não estabelece um nome para estes documentos e foi o que o Supremo Conselho fez.

Os documentos receberam este nome porque são vindas do Supremo Conselho e são instruções para como fazer com as partes dúbias. E devemos lembrar que quando temos um manual de instrução de determinado produto (entendam apenas como uma analogia didática) é bem claro que se não seguirmos de forma devida, o produto não será usado na sua melhor forma e com tudo o que pode fazer.

Assim, as Supremas Instruções são instruções normativas emanadas do Grande Mestre Nacional através de consultoria da Comissão de Ritual e Liturgia, visando unificar e padronizar o trabalho de Ritual.

Uniformidade x tradição

A maioria das pessoas que são contrárias a determinadas coisas estabelecidas pelas Supremas Instruções alegam que elas visam eliminar a tradição de mais de vinte anos enraizadas nos Capítulos. Infelizmente temos que concordar em parte, pois há tradições que devem ser mantidas, porém outras depõem contra o Ritual. Aquelas provavelmente não serão atingidas pelas SI’s, estas terão que passar por adaptações ao Ritual.

Quando falamos em Ritual da Ordem DeMolay, a uniformidade é o que deve vir a cabeça. Presenciei com muita alegria em Brasília no ano de 2010, no VI Congresso Nacional, os Irmãos Frank Kell Jr, Steven Crane e Greg Kimberling assistirem um Grau DeMolay sem precisar que os interpretes sequer abrissem a boca. Isto porque como o Ritual é unificado, eles sabiam de cor o que era dito e também o que estava acontecendo. Uma amostra do que é uniformidade.

O Ritual une diferentes pessoas na mesma prática. Americanos ou filipinos poderiam aparecer para participar do Ritual e não precisariam de tradutores. Agiriam normalmente na reunião falando cada qual sua própria língua e ainda assim, haveria o cumprimento do Ritual e dos ensinamentos. Não é fantástico? Sim é. O Ritual unificado permite uma segurança do saber o que fazer, o que vai acontecer e como agir. Tal não acontece se cada Estado, ou pior ainda, cada Capítulo resolve manter tradições que alteram a prática do Ritual em pequenas coisas mesmo, mas que fazem uma grande diferença.

Imagine que um determinado Mestre Conselheiro queria implantar a tradição de que se fizesse a jornada simbólica com as luzes apagadas por que “no escuro era mais bonito”. Os que presenciaram a cena viram a Cerimônia de Iniciação deturpada porque o ensinamento Iniciático em qualquer instituição deste gênero é partir da escuridão para a luz e não o contrário. Para completar, o Mestre de Cerimônias saiu do seu lugar e foi se postar ao pé dos interruptores para garantir que o Organista não acenderia as luzes, coisa que já havia feito uma vez.

Neste episódio, de uma só vez, o Mestre Conselheiro deturpou o Ritual, fez um Oficial que deveria estar sentado perambular durante a Cerimônia e ainda impediu o Organista de exercer suas funções. Este é o perigo da tradição que se cria desta forma.

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Várias outras já deixaram pessoas em situações embaraçosas ou simplesmente não estão de acordo com o que pretende o Ritual. Não o Ritual que foi alterado no Brasil, mas o Ritual criado pelos próprios Franks, Land e Marshall.

Como muito já se disse, o Ritual é a identidade da Ordem DeMolay e não do Capítulo X ou do Estado Y. Temos que ter esta consciência de que quando alguém olhar para a prática de Ritual onde estiver, tem que ver a prática do Ritual DeMolay e não a prática do Ritual de Fulano ou Beltrano. O que pode ser o cartão de visitas de um Capítulo ou Estado é o tamanho do zelo e afinco pelo Ritual. É fazer com o máximo de acerto possível. É valorizar e respeitar suas normas.

E existem outras coisas que podem marcar tais como a qualidade das capas feitas artesanalmente pelo Clube de Mães, que todos os Oficiais passem por um curso para se habilitar para o cargo, o uso de um anel especial, um pin com a insígnia do cargo, um modo de falar peculiar, o uso de determinada opção para a Instalação de Oficiais (existem pelo menos quatro possibilidades), um acordo para que os Seniores do Capítulo concordem (não obrigar) em manter a vestimenta alvinegra, que os Consultores usem gravata borboleta e assim por diante. Coisas que não ferem o Ritual e que podem sim ser marca do Capítulo.

A ideia é não colocar o Capítulo acima da Ordem DeMolay. O Capítulo se sujeita à Ordem e não esta ao Capítulo ,sob pena de termos uma subversão da instituição. O Capítulo é parte da Ordem e não o contrário. O membro é parte do corpo e a ele obedece. Não há aplicação de vice-versa.

Isto não quer dizer que os Capítulos não possam opinar. Mas devem se sujeitar ao Supremo Conselho na decisão final. Esta decisão, não virá de forma repentina e por ação simples do Grande Mestre Nacional ou Adjunto. Antes, há todo um estudo que dura um certo tempo para que procuremos estabelecer a Ordem DeMolay e não o pensamento de um e de outro. Por isso mesmo, algumas Supremas Instruções ou manuais levam muito tempo para serem editadas e pelo mesmo motivo, nem tudo vira Suprema Instrução.

Criado? Não. Já estava lá

Muitos ainda tendem a achar que Instruções que versam sobre gravatas, Seniores e Maçons descendo do Leste ou fazerem os sinais foram criadas nesta nova versão dos Rituais. Não é o que acontece.

O que foi modificado foi o zelo do Supremo Conselho com o cumprimento do Ritual, pois antes, muitas destas coisas já estavam escritas, mas não cumpridas. O motivo para isto talvez seja a falta da leitura das instruções em itálico que fazem parte do Ritual. Costumeiramente, lemos apenas as falas e deixamos o restante das coisas de lado.

Se pegarmos o caso da gravata borboleta, verão que já faz muito tempo que os Rituais mencionam gravata preta vertical (ou longa). Ou seja, não fomos nós que implantamos isto, mas somos nós que estamos cobrando o seu cumprimento.

Quanto aos Seniores fazerem ou não os sinais na abertura e no encerramento, basta mais uma leitura cuidadosa para ver que o Ritual prescreve que todos os DeMolays ATIVOS,

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inclusive o Mestre Conselheiro, fazem os movimentos cada vez que são mencionados. Ora, se os Seniores devessem fazer também ou tivessem a opção isto estaria bem marcado, como acontece nas orações onde se lê: “Todos: Que Deus te abençoe mãe, que Deus te abençoe Pai, que Deus abençoe a causa da Ordem DeMolay. Amém.”

Não são reinterpretações ou novas descobertas, mas são coisas que já estavam lá e precisavam ser cobradas para que acontecessem. É tudo uma questão de atenção ao Ritual.

Criando uma Suprema Instrução

Para criar uma Suprema Instrução, o Supremo Conselho detecta um ponto de divergência entre vários lugares do país. Isto geralmente acontece nas viagens do Gabinete Nacional e do Grande Mestre Nacional ou através de dúvidas enviadas à Comissão.

Detectado este ponto, ele vai para a Comissão de Ritual e Liturgia que pesquisa em Ritual e fontes tais como Hi Dad, Manuais do SCODRFB ou do DI e cria uma Instrução que será analisada pelos Grandes Mestres e então publicada no site do Supremo Conselho.

Esta SI vincula a ela todas as práticas de Ritual que dizem respeito ao seu tema, tais como uso de espadas, questionário de proficiência, instalações etc. Assim, o Ritual não é modificado, mas complementado com orientações para o que fazer onde ele é omisso, acabando com o pretexto de se fazer do jeito que o Capítulo acha correto porque o Ritual não deixa claro.

Agora, quando o Ritual não for claro, basta procurar a SI correspondente ao assunto e fazer conforme ela estabelece porque o órgão apto para tirar estas dúvidas é o Supremo Conselho e este foi o meio escolhido pelo Supremo para cumprir esta tarefa.

Desta maneira, qualquer pessoa pode motivar uma SI. Basta que envie o pedido para [email protected], para o e-mail pessoal de algum dos membros da Comissão de Ritual ou para o próprio Grande Mestre.

Todas as Supremas Instruções estão disponíveis na área restrita do Site do Supremo Conselho e poderão ser baixadas sem qualquer custo. É recomendável que todos os Grandes Conselhos e Capítulos tenham-nas em acervo e que elas estejam sempre presentes nas reuniões.

Supremas Instruções são imutáveis?

As SI’s representam a interpretação que o Supremo Conselho faz depois de determinado estudo. Se alguém apresentar estudo mais bem elaborado trazendo um ponto de vista diferente daquele, a Suprema Instrução poderá ser reformulada. O Supremo Conselho fará uma revisão anual de todas as SI’s para que elas não fiquem desatualizadas e para que estejamos certos de que foram bem elaboradas.

Depois destes esclarecimentos, passemos a esclarecer cada uma das Supremas Instruções.

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2010 SI-01

SUPREMA INSTRUÇÃO – 01

VESTES

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. A vestimenta uniforme padrão, adotada pelo Supremo Conselho, para o uso dos membros ativos é composta de: sapatos sociais, meias sociais, calça social, cinto e gravata longa na cor preta, e uma camisa social branca.

2. Em regiões brasileiras de alta temperatura, os Capítulos poderão optar pelo uso da veste padrão, ou substituir a camisa social branca por uma camisa social de manga curta na cor branca.

3. Em regiões brasileiras de clima frio, os Capítulos poderão optar pelo uso da veste padrão, ou pelo o acréscimo de alguma roupa de frio adequada, desde que esta seja branca.

4. A autoridade que os Capítulos possuem para alterar a veste padrão se limita ao estabelecido nos itens 2 e 3 desta instrução.

5. A gravata a ser utilizada pelos membros ativos deverá ser preta, longa. Os únicos desenhos ou símbolos que poderão aparecer na gravata serão o brasão DeMolay, o logotipo ou o próprio nome “DeMolay” bordados ou pintados, evitando-se excessos. Fica proibido o uso de outro modelo de gravata.

6. Para atender as reuniões ritualísticas, todos os membros ativos deverão estar trajados com a veste padrão, ou com as modificações opcionais feitas pelos Capítulos (ver os tópicos 2 e 3). Fica proibido o acesso às reuniões àqueles que estiverem trajados incorretamente.

7. A veste uniforme para o uso dos Oficiais do Capítulo é uma capa preta, forrada e orlada em sua frente na cor vermelha, com o Brasão DeMolay no lado direito do peito.

8. A capa deve ser usada pelos Oficiais em todas as cerimônias da Ordem, exceto quando o Ritual expressamente exigir o contrário.

9. O material a ser utilizado na confecção das capas é de livre escolha, desde que as cores e o formato padrão seja respeitado. Regiões brasileiras de alta temperatura podem achar necessário utilizar tecidos mais leves.

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10. Para atender as reuniões ritualísticas, os Seniores DeMolay e maçons

deverão estar trajados com roupas sociais, não necessariamente alvi-negras, lembrando-se do decoro necessário em uma reunião DeMolay.

a) O Supremo Conselho entende por roupa social calça, camisa, cinto e sapato, sendo o terno opcional para os Seniores e Maçons.

b) Para as Reuniões Ordinárias o uso de paletó é opcional, sendo obrigatório terno completo nas reuniões de Iniciação, Elevação, Investidura, Ébano e nas Cerimônias Públicas.

11. Nos casos em que as Regras e Regulamentos permitirem que um sênior DeMolay ocupe um cargo, este deverá se vestir com a veste padrão adotada para os membros ativos.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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A Suprema Instrução 01 visa dirimir algumas dúvidas obre as vestimentas que têm sido alvo de profundados debates, principalmente no tocante às gravatas. Mas também toca em outros regionalismos.

O traje DeMolay é completamente social e todas as peças que o DeMolay vestir devem que ter esse estilo. Calças, camisas, cintos, gravatas, meias e sapatos todos devem ser sociais.

O pomo da discórdia costuma ser a gravata. Durante algum tempo foram usadas gravatas-borboleta para os Iniciáticos e vertical longa para os que têm Grau DeMolay. Tal prática atenta contra a uniformidade da vestimenta dos Ativos que é prevista em Ritual e ainda faz do Iniciático vítima de chacotas e humilhações. Não é o tipo de comportamento esperado.

O comprimento da manga da camisa é de escolha do Capítulo e pode ser permitida sua alteração em virtude das diferenças climáticas no Brasil. Em estados de clima mais frio, a manga longa é mais apropriada, enquanto nos estados de clima mais quente, a manga curta é permitida. A recomendação é para que o Capítulo defina em Regimento Interno para que todos seus DeMolays vistam-se com o mesmo comprimento de manga.

A gravata não poderá ter desenhos ou motivos de cores se não aquelas DeMolays: o brasão, o emblema, a logo e semelhantes.

A capa pode ser confeccionada com o tecido de escolha do Capítulo, porém deve obedecer ao modelo e estilo prescrito e evitar extravagâncias. Alguns clubes de mães presenteiam os Capítulos com capas preparadas artesanalmente.

Não há uma quantidade de nós para os cordões da capa. Ele deve ajudar a prendê-la ao pescoço para mantê-la armada sobre os ombros. Feito isto, os cordões podem ser deixados ao lado das bordas da capa sem nós extras.

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SUPREMA INSTRUÇÃO – 02

O SENTINELA

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O Sentinela é o guarda da Sala Capitular e o seu posto é na porta externa. A ele cabe o dever de zelar para que ninguém que não seja qualificado tenha acesso às reuniões do Capítulo.

a) Em observação a seriedade dos deveres do Sentinela, é recomendável que um membro mais antigo seja nomeado a esta função.

2. Cabe ao Sentinela transmitir a Palavra do Dia, que poderá ser uma simples palavra ou frase curta, escolhida pelo Consultor do Capítulo (ou por outro membro do Conselho Consultivo, na falta do Consultor do Capítulo) e que deve ser comunicada ao Sentinela, antes do início da reunião.

3. Quando os membros ativos forem entrar na Sala Capitular, para o início da reunião, o Sentinela se colocará na porta e, mediante a apresentação do Cartão de Regularidade, sussurrará a Palavra do Dia ao membro ativo.

a) Os membros recém iniciados que ainda não possuem o Cartão de Regularidade poderão receber a Palavra do Dia sem a apresentação do mesmo.

b) O Cartão de Regularidade é o único documento solicitado pelo Sentinela, ao membro ativo, para a liberação do acesso à Sala Capitular.

c) O toque e os sinais só serão cobrados de um membro nos momentos exigidos pelo Ritual, ou seja, durante a abertura e o encerramento dos trabalhos ou durante um exame de proficiência.

4. O Sentinela não permitirá que nenhuma pessoa tenha acesso à Sala Capitular, a não ser que esteja certo de que ela tenha condições para admissão. Se a pessoa é um visitante que não é conhecido pelo Sentinela, ele deverá proceder como o descrito na parte de “Visitantes” do Ritual.

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5. Nos casos em que o visitante não conhecido pelo Sentinela for um

Sênior DeMolay ou Maçom, o Sentinela deverá comunicar o fato ao Conselho Consultivo para que este se certifique de que o visitante realmente está qualificado a ingressar.

6. Só pode garantir por um visitante, aquele membro (Ativo ou Sênior) ou Maçom que seja conhecido do Sentinela e que já tenha se reunido com o visitante em algum Capítulo.

7. As batidas na porta serão dadas de maneira que apenas o 2º Diácono e o Sentinela escutem. É uma comunicação somente entre eles, visando a discrição e a não interrupção dos trabalhos em hora indevida. Já as falas serão ditas de forma que todos na Sala Capitular possam escutar.

8. O Sentinela não poderá bater na porta da Sala Capitular, e nem permitir a entrada de pessoas durante:

a) A Cerimônia de Abertura;

b) A Cerimônia de Encerramento;

c) Cerimônia de Iniciação ou Elevação;

d) Exame de Proficiência;

e) Votação de candidatos para iniciação;

f) Eleições do Capítulo;

g) Cerimônia das Nove Horas;

8. O Mestre Conselheiro não poderá permitir que pessoas se retirem da reunião durante as atividades relacionadas no tópico anterior.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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Esta SI foi criada porque muitos DeMolays não apenas ignoram a importância do Sentinela como desconhecem os meandros do Ofício. Assim, achamos que seria interessante deixa-los conscientes da função e desfazer alguns equívocos.

Uma das primeiras funções do Sentinela é recepcionar os Ativos na porta da Sala Capitular para lhes dar a Palavra do Dia que é uma senha simples ou frase curta, passada ao Sentinela pelo Consultor do Capítulo ou outro membro do Conselho Consultivo para que seja dada aos DeMolays que irão entrar. Estes, para ter acesso à sala, deverão apresentar o cartão de regularidade com validade para o ano vigente.

Por muito tempo usou-se dar o toque para entrar, mas não é correto, visto que prestando atenção veremos que quaisquer sinais só serão usados na hora de recolher a palavra e depois disto. Antes de ser recolhida a palavra, nenhum sinal, toque ou palavra será usado, pois no teatro que é a reunião DeMolay, ainda não se sabe se os presentes são realmente membros.

A comunicação por batidas somente será audível para o 2º Diácono e para o Sentinela de maneira que quando houver necessidade de entrada de retardatários, a batida não interrompa os assuntos tratados e o 2º Diácono tenha mais liberdade e discernimento para dar notícia do alarme. As falas, contudo, devem ser audíveis para todos dentro da Sala.

Isto também garante que somente seja comentada a forma de entrada depois que todos estejam garantidos.

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2010 SI-03

SUPREMA INSTRUÇÃO – 03

ESTANDARTE

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O estandarte é um item opcional para os Capítulos ou associações filiadas. Mesmo assim, os que usam têm nele sua identidade;

2. O estandarte poderá se confeccionado com qualquer material, mas deve conter:

a) O nome do Supremo Conselho;

b) O nome do Grande Conselho ao qual está vinculado;

c) O nome e o número do Capítulo ou associação filiada;

d) O Brasão ou Símbolo do Capítulo ou associação filiada;

e) O(s) nome(s) da(s) cidade(s) sede(s);

3. Os Capítulos e associações filiadas deverão primar pela sobriedade e pelo simbolismo, mesmo que simples para que o estandarte tenha sentido, mas que este não se perca por excesso de informações;

4. Quando presente na Sala Capitular, Priorado etc o estandarte deve ser posto num mastro do lado esquerdo do Presidente dos trabalhos (Mestre Conselheiro, Ilustre Comendador Cavaleiro, Mestre Escudeiro etc) conforme estabelece os diagramas de arrumação das salas de reuniões nos Rituais de Trabalhos Secretos e no Monitor de Cerimônias Especiais.

5. O modelo do estandarte deverá ser enviado ao Grande Conselho Estadual ao qual o Capítulo ou associação filiada faz parte para verificar se não há irregularidades quanto ao uso da marca DeMolay e para aprovação.

6. O estandarte poderá ser usado como representação da instituição em desfiles cívicos, congressos, visitas a outras instituições e outras ocasiões semelhantes.

7. Mesmo com o estandarte presente, a bandeira nacional ainda tem o papel de destaque, cabendo-lhe todas as honras que são asseguradas pelo decreto-lei 5.700/71.

8. Estes padrões aplicam-se aos Estandartes feitos após a data de publicação desta SI. As instituições que já os possuem confeccionados,

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mas não seguem o padrão desta SI, poderão mantê-los e se adequarão quando renovarem ou refizerem seus estandartes.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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Nesta SI prescreve-se a padronização de informações presentes nos Estandartes bem como definir sua função e uso. Alguns itens são exigidos neste caso para uma maior eficácia na sua razão de existir que é representar o Capítulo ou Associação Afiliada e identificação de instituição e sede.

Apesar de estabelecer os critérios, a SI prevê que não será necessário uma imediata troca de estandartes para os que não se enquadram nela, mas o pedido para que ao renovar seu estandartes passe-se a cumprir o que está aqui prescrito.

É ideal que onde for o Mestre Conselheiro ou Presidente da respectiva Associação Afiliada, o estandarte esteja presente.

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2010 SI-04

SUPREMA INSTRUÇÃO – 04

A ELEVAÇÃO

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. A Elevação ao Grau DeMolay acontecerá em reunião especialmente destinada a este fim.

2. As exigências para se receber o Grau DeMolay são a regularização perante o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, o Grande Conselho Estadual e o Capítulo, além de ter passado pelo questionário para exame do Grau Iniciático.

3. O Capítulo deve ser aberto no Grau Iniciático e depois no Grau DeMolay.

4. Verificado se não existe nenhum assunto de relevância ou inadiável, o Mestre Conselheiro não abrirá a Ordem do Dia, passando diretamente para a Cerimônia de Elevação.

5. Caso haja algum assunto inadiável, a Elevação acontecerá após a Ordem do Dia e não durante esta.

6. Não é necessário colocar o Capítulo em recesso para arrumar a Sala Capitular. A arrumação da sala faz parte do Grau, podendo ser em palco ou na própria Sala Capitular.

7. A arrumação da sala e a disposição das cadeiras serão aquelas previstas no Ritual de Trabalhos Secretos, sendo extremamente recomendável que não sejam acrescidos quaisquer adereços ou itens que não estejam previstos no mesmo.

8. O Grau DeMolay não poderá conter qualquer tipo de ato com caráter jocoso ou mesmo cenas que possam incitar medo, hilaridade ou constrangimento

9. O Grau deverá ter como foco a fidelidade e a lealdade de Jacques DeMolay e todos os DeMolays deverão ter suas fisionomias bem distinguíveis para que esse intento seja alcançado.

10. A terceira parte do Grau poderá ser realizada de duas maneiras como descrito no Ritual de Trabalhos Secretos. Em todo caso a sala deverá ser arrumada conforme o Diagrama Nº 1 do Ritual.

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11. Na parte quatro, quando o 1º Diácono escoltar os irmãos candidatos ao

Grau, os Mordomos deverão prestar-lhes ajuda de forma idêntica ao que acontece no Grau Iniciático.

12. Terminada a Elevação, o Capítulo poderá permanecer ou não no Grau DeMolay, mas deve-se ter em mente que os assuntos deste Grau não podem ser tratados no Iniciático. Discursos elogios etc que versem sobre a Cerimônia deverão ser feitos com o Capítulo ainda no Grau DeMolay.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010

Page 18: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

Os Capítulos têm equivocadamente feito do Grau DeMolay uma forma de assustar os mais novos e divertir os mais velhos. Longe disto, o Grau tem o papel de pregar a tolerância com as ações alheias e a fidelidade entre os Irmãos.

Um dos pontos que são ressaltados é que não se faz necessário colocar o Capítulo em recesso para arrumar a Sala Capitular. Isto não deve ser feito porque o Capítulo só poderá retornar do recesso com o Mestre Conselheiro devidamente trajado, assim como o mínimo de 12 Oficiais nos seus postos e a Sala Capitular disposta como no Diagrama 1. O Grau Seria então conferido em recesso e perderia validade.

Na verdade, a arrumação faz parte do Grau DeMolay, bastando que o Mestre Conselheiro informe que a Sala será arrumada e que todos deverão ajudar, mas manter a seriedade, pois o Grau DeMolay ainda está aberto. Neste ponto, as velas podem ser apagadas normalmente e a Bíblia fechada e retirada junto com os livros escolares em qualquer tipo de Cerimônia ou ordem do Mestre Conselheiro, sem ajoelhar ou qualquer mesura. O cuidado e respeito a ela, no entanto, deve ser mantido.

Muitos Capítulos criam cenas adicionais tais como um saco de moedas jogado no Mestre Inquisidor, uma briga entre guardas e prisioneiros etc. Tais cenas não devem ser feitas ou mesmo encorajadas, tendo em vista que o Ritual é bem específico ao dizer que nenhuma cena que não descrita nele pode ser feita.

Por se tratar de uma Cerimônia com dinâmica especial, é preferível que uma reunião especial somente para a Elevação seja marcada e que nenhum assunto administrativo seja tratado neste dia. Mas se há falta de tempo e urgência em algum assunto, a Ordem do Dia será tratada primeiro e só então será iniciada a Elevação, que não faz parte da Ordem do Dia. Esta conta apenas com assunto administrativos e nunca ritualísticos.

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2010 SI-05

SUPREMA INSTRUÇÃO – 05

QUORUM

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. Segundo o ARTIGO 122 das Regras e Regulamentos do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, o quorum para a resolução de assuntos é de oito membros.

2. O número mínimo de Oficiais para a realização da Cerimônia de Abertura e da Cerimônia de Encerramento é de doze sendo: Mestre Conselheiro, Primeiro Conselheiro, Segundo Conselheiro, Primeiro e Segundo Diáconos, Primeiro e Segundo Mordomos, Capelão, Mestre de Cerimônias, Escrivão e Porta Bandeira, Sentinela.

3. Nenhum DeMolay poderá ocupar mais de um cargo ou acumular a funções de outros.

4. Nos casos em que houver menos de oito a onze membros o Capítulo usará apenas o Manual da Ordem do Dia e realizará reunião administrativa apenas, mas que valerá como ordinária, contando com ata e chamada dos presentes.

5. A ata deverá informar quanto ao número de membros e a condição da reunião.

6. As exceções do item anterior são os assuntos de urgência e que demandem pronta deliberação.

7. Em casos de reincidências de quorum mínimo ou mesmo de falta de quorum, o Oficial Executivo da Região deverá ser informado para que tome as providências que achar cabíveis juntamente com o Grande Mestre Estadual ou Distrital.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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As Regras e Regulamentos que complementam o Estatuto com normas mais específicas e funcionais da Ordem determina que pelo menos 8 membros deverão estar presentes para que haja quórum de discussão de quaisquer assuntos administrativos. E por se tratar deste tipo de assunto, entende-se daí que os referidos oito membros deverão ter o Grau DeMolay e ser membros do mesmo Capítulo.

Já para que haja reunião Ritualística, são necessários pelo menos 12 Oficiais, levando-se em conta que na Ordem DeMolay não há acúmulo de funções e cargos se não em Cerimônias Públicas, quando o 1º Diácono e os Conselheiros assumem funções de outros Oficiais.

Temos visto em Capítulos com menos de 12, o 1º Diácono fazer a parte do Porta Bandeira ou o 2º Diácono dizer sua fala e a do Sentinela, mas isto é extremamente irregular e provavelmente fomentado por costumes da Maçonaria onde o acúmulo de cargos é previsto.

Assim, se há 12 membros, temos reunião com ritual normal; se são 11, 10, 9 ou 8, a reunião é apenas administrativa, podendo ser realizada apenas a Cerimônia das Nove Horas, que pode ser feita em qualquer ambiente; com menos de 8 não haverá reunião. Os membros deverão estar com a vestimenta habitual da Ordem.

O Sênior DeMolay não contará para complemento do quórum por dois motivos: a) não tem direito a voto e sua presença neste ponto torna-se ineficaz; b) a não ser quando é Oficialmente nomeado Escrivão, o Sênior DeMolay só tem permissão para complementar quórum em concessão de Graus.

A reincidência da deficiência de quórum tem que ser comunicada ao Grande Conselho via Oficial Executivo para que sejam tomadas providências, visto que o ideal é que pelo menos 15 membros formem um Capítulo frequentemente. Desta forma, mesmo com alguma baixa, ainda pode haver pelo menos reunião administrativa.

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2010 SI-06

SUPREMA INSTRUÇÃO – 06

QUESTIONÁRIO PARA EXAME

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O Art. 94 das Regras e Regulamentos do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, bem como o Ritual de Trabalhos Secretos determinam que a não ser que o Grande Mestre de Estado oriente de forma diferente, um membro deverá passar pelo exame do questionário dos dois graus para ter direito a assumir cargos, votar e ser votado e assistir à todas as partes da reunião.

2. Quando tiver passado pelos dois exames, receberá um cartão de proficiência.

3. Caso não adote este método, o Grande Mestre de Estado deverá definir como será o procedimento para a obtenção do cartão de proficiência, mas terá em vista que não poderá criar métodos ritualísticos ou cerimônias para tal. Sua atribuição neste caso será meramente administrativa.

4. Nos casos em que for adotado o método prescrito pelo Ritual e pelo Supremo Conselho, o membro deverá ser examinado em Capítulo aberto, perante o altar, de pé, colocando a mão direita sobre a Bíblia quando isto for citado , sendo questionado pelo 1º Diácono que poderá ajudar pontualmente nas respostas no caso de esquecimento com dicas, mas sem responder pelo examinado e nem repetir extensas partes do questionário. Os membros examinados não devem se ajoelhar e as luzes não devem ser diminuídas durante o exame.

a. O Mestre Conselheiro, após o retorno dos Iniciáticos que haviam saído para abertura do Grau DeMolay e antes de passar a Palavra ao Bem da Ordem, pergunta quais DeMolays estão aptos a realizar o exame para proficiência;

b. Os que se considerarem aptos deverão ficar de pé. O Mestre Conselheiro definirá a Ordem dos que irão responder. Os que não estão respondendo podem esperar sentados;

c. O Sentinela se retira informalmente e o Mestre Conselheiro determina que o 1º Diácono dirija-se ao ponto O. Quando o membro se declarar pronto, o 1º Diácono, também de memória, iniciará o Questionário.

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d. Encerrado o Questionário, o 1º Diácono deve aguardar no mesmo

lugar e os membros do Capítulo que já possuem o Cartão deverão votar pela sua aprovação ou não. Para isto, ele não deverá sair da Sala durante a votação e tão pouco deve haver discussão.

e. Outros se seguirão na resposta ao Questionário até que todos que se declararam prontos tenham respondido e sido votados.

f. Isto tendo terminado, o 1º Diácono retornará para seu lugar e o Sentinela, que havia se retirado informalmente, retornará para a Sala da mesma forma.

5. Dois membros poderão responder ao questionário por vez ficando ambos no ponto J, e colocando cada um a mão sobre uma página da Bíblia conforme for citado.

6. Terminado o exame, o Capítulo decidirá por maioria simples dos votos pela aprovação ou não do candidato examinado. Se um membro for reprovado poderá tentar quantas vezes forem necessárias até que obtenha a aprovação, mas não na mesma reunião. Se for aprovado, estará apto a ser elevado ou a receber o Cartão de Proficiência, conforme for o caso.

7. O Questionário para Exame do Grau Iniciático é exigência obrigatória para se receber o Grau DeMolay. O Iniciático terá 90 (noventa) dias após a iniciação para aprender o questionário e ser examinado pelo Capítulo.

8. O exame com o questionário do Grau DeMolay acontecerá da mesma forma que o do Grau Iniciático, mas desta feita em Grau DeMolay.

9. Após ter sido aprovado no exame de ambos os Graus o membro receberá o Cartão de Proficiência. Este cartão é o documento que lhe dá direito a votar e ocupar cargos.

a. Um modelo do Cartão de Proficiência pode ser conseguido no Supremo Conselho.

10. O Capítulo é encorajado a criar um ambiente no qual o examinado sinta-se seguro e confortável, evitando brincadeiras, procedimentos além dos descritos aqui e pressões desnecessárias que possam prejudicar o desempenho do mesmo.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Brasília, 06 de Outubro de 2010.

Page 24: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

Há uma lacuna no Ritual quanto ao popularmente conhecido Exame de Proficiência, ou como diz o Ritual, Questionário para Exame. O Ritual diz apenas por cima como fazer e muitos Capítulos começaram a inventar métodos nada ortodoxos para realiza-lo. Esta SI visa tornar as coisas mais simples e cômodas possível.

Primeiramente temos que lembrar que este exame é obrigatório e não pode ser negociado. O Grande Conselho Estadual pode determinar uma forma diferente de entrega do cartão ou para o dia do Grau ou para depois do Exame.

O jovem deverá alertar ao Mestre Conselheiro que quer fazer o exame quando for perguntado e manter se preparado conforme a Ordem que o Mestre Conselheiro estabelecer, lembrando que até dois podem responder juntos ao questionário.

Em movimento praticamente simultâneo, o 1º Diácono vai para o Altar e o Sentinela deve retirar-se, pois em exames e juramentos deve ausentar-se da Sala e mantê-la guardada. O questionário é feito pelo 1º Diácono e ao final o membro volta ao seu lugar. Por determinação do Mestre Conselheiro, todos os que já têm cartão votarão se o membro conhece as informações básicas ou não. Isto se segue para todos.

Não é necessário que haja diminuição de luzes, saída dos demais ou ajoelhar-se. O DeMolay permanecerá de pé e somente colocará a mão sobre a Bíblia quando isto for citado em seu juramento. O 1º Diácono pode ajudar a completar as frases em caso de dificuldade, mas não em demasia. O objetivo é saber se conhece-se o juramento integralmente, por isso, não é encorajado muito preciosismo, mas rigorosidade.

O Questionário do Grau DeMolay executa-se do mesmo modo. E cabe lembrar que somente depois deste é que o Cartão será expedido. O Questionário do Grau Iniciático garante apenas a Elevação.

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2010 SI-07

SUPREMA INSTRUÇÃO – 07

CERIMÔNIAS PÚBLICAS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. Para abertura das Cerimônias Públicas os Capítulos deverão usar a mesma Cerimônia de Abertura e Encerramento da Cerimônia de Instalação dos Oficiais, que pode ser encontrada na Área Restrita do site do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil (http://www.demolaybrasil.org), em Material de Apoio.

2. Para o uso deste material algumas adaptações deverão ser feitas:

a) Todos os Oficiais poderão entrar e formar o triângulo de entrada, mas somente os três Conselheiros, o Capelão, o Mestre de Cerimônias, e o 1º Diácono trabalharão, exceto se expressamente determinado em alguma Cerimônia;

b) Capas deverão ser usadas, bem como as joias e toda a paramentação, de acordo com as Instruções Gerais para as Cerimônias Públicas, passível de download no mesmo endereço eletrônico citado no item 1, sendo estritamente vedado o uso da Capa ao avesso ou de outra forma que não a descrita, sem os adereços prescritos em Ritual ou por pessoas não credenciadas para tal;

c) As orações poderão ser substituídas pela Oração de Abertura e Encerramento do Ritual de Trabalhos Secretos e a Oração da Cerimônia das Nove Horas, caso esta não tenha sido realizada pode substituir a oração final, usando-se a resposta que lhe é própria inclusive;

d) A nomenclatura dos Oficiais deixará de ser de Instaladores (Oficial Instalador, Capelão Instalador...) e passará a ser a usual do Capítulo (Mestre Conselheiro, Capelão...);

e) No momento de declarar o Capítulo aberto, o Mestre Conselheiro trocará a finalidade da reunião dizendo para que ocasião o Capítulo está aberto (Dia dos Pais, Dia em Memória a Frank S. Land...);

3. O Mestre de Cerimônias fará chamada de todos os convidados por grupos (Convidados, DeMolays, Maçons etc.) na Sala Capitular. Chamará todos da porta de entrada de uma maneira tal que quem está dentro da Sala Capitular ouça que grupo entra. Se for necessária alguma apresentação especial, se seguirá o que revê o ritual na parte

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apropriada, sempre levando-se em conta a hierarquia estabelecida no MOD (Manual da Ordem do Dia).

4. O procedimento descrito no item anterior é restrito somente às Cerimônias Públicas. As reuniões secretas não têm ordem de entrada ou saída.

5. A ocasião que ensejou a Cerimônia será o primeiro assunto a ser tratado, vindo depois as considerações sobre o ato realizado.

6. A palavra poderá circular livremente ou poderá ser dirigida a oradores específicos, previamente indicados pelo Mestre Conselheiro, dando-se preferência a um representante de cada seguimento presente à reunião e se for o caso, ao(s) homenageado(s).

7. Não existe, mesmo em Cerimônias Públicas, a circulação da palavra em colunas. Esta prática não faz parte da Ritualística DeMolay. Se passada a palavra livre ao invés de dirigida, todos poderão usar da palavra independentemente de onde estejam.

8. Para evitar repetições das saudações a cada discurso, a Apresentação de Visitantes será realizada pelo Mestre de Cerimônias logo após os Oficiais terem entrado e sentado em seus lugares. O Mestre Conselheiro deverá conceder efusivas saudações e explicar enfaticamente que como já fez as saudações e homenagens ninguém mais deve fazer saudações.

a) A exceção neste item é a Investidura aos Graus de Chevalier e Legião de Honra, já que não sua dinâmica seria prejudicada com tal interrupção. Nestes casos, o correto é esperar o final do ato de Investidura e apresentar antes de abrir a palavra aos presentes.

9. As regras de movimentação e conduta da sala Capitular, bem como as regras de reconhecimento presentes no ritual ainda estarão em uso mesmo que a Cerimônia seja Pública.

10. O 1º Diácono seguirá a seguinte ordem no altar: fechará a Bíblia (de joelhos) apagará as sete luzes e recolherá os livros escolares, retornando depois para seu posto.

11. Os Oficiais se retirarão de forma usual, após o que, o Mestre de Cerimônias convidará a maior autoridade presente para se retirar e este convidará todos os demais para retirar-se após ele.

12. A Cerimônia Pública deverá ser realizada com ainda mais zelo que as Secretas, visto que são uma forma de marketing para a Ordem e o momento de mostrar bons resultados do Capítulo, a progressão de seus membros além da homenagem que quer se prestar.

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Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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Não existe uma Cerimônia especificamente pública na Ordem DeMolay porque as ocasiões que as ensejam ou já têm seu próprio Rito, como é o caso das Investiduras em Honrarias ou são introduzidas em meio a outras ocasiões, caso das Cerimônias em homenagem aos pais e às mães que acontecem geralmente dentro de uma Cerimônia de Instalação de Oficiais ou na Iniciação de novos membros.

Contudo, no Brasil, aparecem cada vez mais as oportunidades de se realizarem cerimônias independentes para cada Dia Obrigatório em separado e isoladas de Iniciações, Investiduras ou coisas semelhantes. A Campanha de Incentivo à Excelência aumentou ainda mais estas ocorrências.

Para não ter que criar mais Cerimônias que teriam os mesmos abertura e encerramento, o Supremo Conselho via Comissão de Ritual e Liturgia resolveu apenas determinar a alteração da Cerimônia de Instalação dos Oficiais de um Capítulo para que se adapte à cada ocasião, bastando para isto que o Mestre Conselheiro diga qual a finalidade em lugar de dizer que o Capítulo está aberto com a finalidade de Instalação.

Assim, se a ocasião é o Dia das Mães, basta dizer “Declaro aberto o Capítulo................................... Nº ............. da Ordem DeMolay com a finalidade de homenagear as mães (ou realização da Cerimônia das Flores).”

Algumas alterações acontecerão para isto: os nomes dos Oficiais terão que ser os mesmos do Capítulo e não mais com o acréscimo de Instalador. Todos os Oficiais podem participar da saída e entrada e ocupar seus postos normalmente, mas somente os mesmos seis Oficiais que atuam na Instalação atuarão. Isto deve ser alterado somente se alguma outra Cerimônia prescrever o contrário.

Com à vestimenta, cabe lembrar que a Capa de Oficial, pela sua própria descrição, não foi criada para ser usada ao avesso em hipótese alguma. Sua descrição na página 4 do Ritual de Trabalhos Secretos diz que ela será “forrada e orlada em sua frente na cor vermelha”, o que pressupõe que esteja sempre com as bordas vermelhas visíveis e que sua parte de dentro é vermelha e como se não bastasse isto, nenhum Ritual ou Manual da Ordem faz referência ao uso da Capa com seu lado interno para fora. Alguns alegam o destaque ao Oficial que apresenta uma Cerimônia Pública como a das Flores ou da Luz, mas quando este se levanta e fala por cerca de dez minutos diante de todos, é inevitavelmente o foco da atenção de todos os presentes.

A palavra deve circular sem referência a Colunas, pois elas não fazem parte da Ritualística DeMolay e sim Maçônica. Apesar de a Sala Capitular estar alojada em um Templo Maçônico e Frank Land ter usado muito de seus símbolos tais como o triângulo ou o malhete, nem tudo foi utilizado e além disto, a inspiração da Criação do Ritual está nas Lojas Azuis do Rito de York, onde a palavra não circula por Colunas e nem é controlada por Vigilantes em Colunas, mas é particular do Venerável Mestre, fazendo ele todo o controle e franqueando a quem lhe pede diretamente.

A palavra ainda pode ser dirigida a pessoas específicas que representem as instituições e grupos presentes, além de homenageados e instalados, quando o caso para que o tempo não seja um fator que desencoraje as pessoas a participarem de

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futuras Cerimônias Públicas. É outro cuidado que tem que se ter: as Cerimônias em si são extremamente curtas, mas os longos discursos fazem com que durem horas a fio. Erroneamente temos visto quererem cortar partes das Cerimônias ou realiza-las com alguns improvisos para garantir menos tempo. Ora, se o motivo da reunião das pessoas ali presentes foi exatamente o de presenciar e realizar a Cerimônia, por que haveríamos de cortá-la? Não seria mais lógico diminuir os discursos ou torna-los mais lógicos e objetivos? A prática de “castração” dos Rituais como temos hoje, é como ir a um jogo de futebol e pedirmos que a partida dure apenas 60 minutos porque teríamos mais tempo para a entrevista coletiva. Discursos são importantes, mas as Cerimônias são mais. São nosso método. Elas criam a habilidade da oratória e não o contrário.

A forma de movimentação continua o mesmo da Reunião Ordinária. As faixas de movimentação não são secretas. Todos podem observar perfeitamente os Oficiais e quaisquer outros DeMolays se movimentarem pela sala em ângulos retos e não há qualquer prejuízo à sigilo. Alguém inventou que isto era algo secreto e não poderia acontecer nas reuniões. Quem o inventou esqueceu que esta é mais uma marca da Ordem DeMolay e de outras associações que foram cunhadas com base nas Lojas Azuis Americanas.

Sabemos que na Ordem DeMolay, as reuniões encerram-se quando os Oficiais deixam a Sala Capitular. Porém, por uma questão de marcar para as pessoas que não o sabem e como forma de organização para estas ocasiões específicas onde há não-DeMolays presentes pedimos que chamem a maior autoridade presente ou o homenageado para sair primeiro, o que marca o momento de sair, depois todos saem juntos.

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2010 SI-08

SUPREMA INSTRUÇÃO – 08

ORDEM DO USO DA PALAVRA EM CONGRESSO ESTADUAIS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. A ordem do uso da palavra nos Congressos Estaduais será a seguinte:

a) Autoridades Civis e Militares seguindo a hierarquia das esferas administrativas (municipal, estadual e federal) e possíveis autoridades civis internacionais;

b) Em seguida, se for o caso, a palavra pode ser dirigida à algum membro de outras associações juvenis, paramaçônicas ou não que estejam presentes;

c) Depois às autoridades DeMolays presentes à mesa: anfitriões, autoridades visitantes, representantes do Supremo Conselho, Grande Mestre Estadual local;

d) Por último fala o Mestre Conselheiro Estadual que naturalmente deve ser o Presidente dos trabalhos, tanto na abertura como no encerramento.

2. Se o Past Mestre Conselheiro Estadual e o Past Grande Mestre Estadual forem usar a palavra (quando houver eleição e posse para Grande Mestre Estadual) devem fazê-lo antes dos representantes do Supremo Conselho.

3. Homenagens, prêmios e Honrarias deverão ser entregues antes que a palavra seja dirigida.

4. É altamente recomendável que antes de passar a palavra, o Mestre Conselheiro Estadual peça ao Mestre de Cerimônias ou alguém designado para tal que leia o nome das autoridades presentes à reunião, começando pelo presidente dos trabalhos. Feito isto, o Mestre Conselheiro Estadual ou o Grande Mestre Estadual fará uma rápida saudação, explicando aos presentes que estão desobrigados das saudações quando forem usar a palavra.

5. Tendo em vista o bom andamento dos trabalhos e a economia de tempo, a palavra deverá ser sempre dirigida e nunca deixada em aberto, ressaltando cordialmente aos inscritos que sejam breves em suas palavras.

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Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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Esta curta SI pretende tão somente dar uma organização ao uso da palavra nos CEOD’s e mesmo CNOD’s e criar uma economia no tempo com algumas regras de etiqueta simples.

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2010 SI-09

SUPREMA INSTRUÇÃO – 09

A BANDEIRA NACIONAL, O HINO NACIONAL E O HINO À BANDEIRA

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. A Bandeira Nacional deve estar, antes mesmo do início da Reunião, no Leste, no lugar a ela destinado, conforme indica o Ritual de Trabalhos Secretos, 3ª edição, na parte referente a arrumação da Sala Capitular, bem como no Diagrama Nº 1 do mesmo ritual.

2. Após a ordem do Mestre Conselheiro, o Porta Bandeira irá até o local onde se encontra o pavilhão nacional e a retirará com ambas as mãos, apoiando-a no seu ombro direito (Conforme figuras 6 e 7 constantes no ritual) levará pelas faixas de movimentação, parando em frente ao Altar, vindo do ponto G, até ficar numa distância suficiente para que o Mestre de Cerimônias e o Capelão possam se movimentar.

3. Ao chegar ao Altar, o Porta Bandeira deverá portá-la com a mão direita e mantê-la numa posição ereta, desfraldada e sem tocar o chão. Ele permanecerá firme, com o corpo ereto e fitando o pavilhão.

4. Mesmo com um número reduzido de membros presentes, o Porta Bandeira não cantará os Hinos à Bandeira e Nacional.

5. Para retornar, o Porta Bandeira recolhe a Bandeira, retorna para o ponto G e de lá ao seu posto pelas faixas de movimentação, recolocando-a com ambas as mãos. Assim que estiverem nos seus postos após a oração inicial, todos devem voltar a posição de atenção.

6. Nenhum oficial poderá acumular a função do Porta Bandeira, exceto na Cerimônia de Instalação dos Oficiais ou outra Cerimônia Pública que utilize esta por base.

7. Todos os presentes, DeMolays ou não, permanecerão firmes e em atenção, que significa ficar de pé, com a cabeça descoberta, com o corpo ereto e os braços ao lado do corpo (De acordo com o Decreto-Lei 5.700/71). Não é necessário manter os braços fixamente rígidos a semelhança dos integrantes das forças armadas. É suficiente mantê-los ao lado do corpo, sempre fitando a Bandeira Nacional conforme ela passa.

8. Qualquer tipo de saudação ao pavilhão é vedada. O Ritual contempla o Hino à Bandeira como forma de saudação.

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9. O Hino à Bandeira deve ser tocado em sua íntegra e, assim como o Hino

Nacional, até o último acorde, sendo extremamente recomendável que não se interrompa o Hino até que se escute a última nota.

10. Os Capítulos são incentivados a demonstrar periodicamente a forma correta de cantar o Hino Nacional e o Hino à Bandeira, cujas letras encontram-se ao final dos Rituais. Um glossário para o Hino Nacional também foi acrescido a esta instrução.

11. Não existe, nas Cerimônias DeMolays, sejam públicas ou secretas, a entrada e saída da Bandeira Nacional, devendo obedecer-se o que prevê o item 1 desta instrução.

12. As instruções aqui contidas aplicam-se as Cerimônias Públicas e Secretas, onde quer que sejam realizadas.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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Começamos por um ponto bem óbvio, mas que foi necessário acrescentar porque ouvimos relatos de muitos membros sobre uma espécie de Cerimônia de entrada do Pavilhão. O Ritual, porém, é bem específico: a Bandeira tem que estar no lugar a ela destinado no Diagrama 1.

Outros esclarecimentos devem ser feitos. Nos EUA existe um juramento e saudação à Bandeira deles e ao país, mas no Brasil tal não existe. O Hino à Bandeira foi colocado como substituto. Assim, não são feitas quaisquer saudações em Reunião. Apenas nas Cerimônias Públicas, o 2º Conselheiro Instalador ou o 2º Conselheiro faz uma recomendação como uma espécie de entrega da Bandeira aos presentes. Uma apresentação.

Temos visto também o 1º Diácono acumular a função de Porta Bandeira, mas tal prática não condiz com o Ritual. A Ordem DeMolay não tem acúmulo de funções como a Maçonaria. São necessários 12 oficiais para começarmos uma reunião ritualisticamente e o Porta Bandeira é um destes Oficiais obrigatórios. Nas Cerimônias Pública sim o 1º Diácono executará esta função, mas por uma questão da dinâmica da própria Cerimônia e por força de Ritual.

A forma de permanecer firme não precisar ser com perfeita rigidez, já que a lei 7.500/71 diz que os civis devem manter a cabeça descoberta e os braços ao lado do corpo como uma clara distinção entre civis e militares e para regulamentar a forma como o povo ouve e canta o Hino Nacional. Muitos DeMolays e Maçons permanecem em atitude desconfortáveis para cumprir uma regra que não existe, pois o Ritual apenas estabelece o dedo indicador na barra da calça e o corpo ereto, mas não uma rigidez quase militar.

Os Hinos devem ser cantados em sua íntegra. Não existe lei que trate do Hino à Bandeira porque este não é símbolo nacional, o mesmo não acontece com o Hino Nacional. Este último é regido por lei e determina que quando cantado deve ser executado na íntegra. Contudo, como determinação do Ritual, por questão de etiqueta e Cerimonial não é de bom alvitre cantar os hinos apenas em parte. Os eventos esportivos são conhecidos por isto, mas o caráter de informalidade do ato e a falta de conhecimento de muitos dos presentes neste aspecto não permitem uma melhor organização.

Ainda acrescentamos um glossário para que os DeMolays e Maçons conheçam o significado de cada palavra rebuscada que consta no Hino Nacional.

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2010 SI-010

SUPREMA INSTRUÇÃO – 010

CORTE DE CHEVALIER

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. A Corte de Chevalier não possui vestimentas ou capas especiais. As vestes são as mesmas dos DeMolays Ativos ou Seniores acrescidas do Colar com o medalhão.

2. O colar consiste de um torçal amarelo com franjas de mesma cor nas pontas, cujas voltas passam por anéis metálicos na cor dourada e do qual pende um medalhão dourado, de bordas vermelhas com a efígie de Jacques DeMolay em alto relevo.

3. Os demais acessórios são aqueles descritos no Monitor de Cerimônias Públicas e na SI 1.

4. A Sala Capitular já deve estar preparada conforme o habitual, sendo que os livros escolares já devem estar em seus lugares, a Bíblia aberta, os candelabros acesos, não havendo uma para isto.

5. Deve haver um púlpito ou apoio para leitura para que o GCap faça a leitura do Salmo pertinente.

6. Há ainda os itens opcionais, a saber: os sete candelabros com velas; a Bandeira Nacional padrão e o Estandarte do Capítulo, colocados nos lugares de costume, como indicado no Diagrama 1; Toalha para o Altar; Flores para o Altar; toalha para as mesas; bastão para o GMCer e espada para consagrar os designados.

7. Há apenas a entrada dos Oficiais, porém não há saída.

8. Também não há uma Cerimônia de Encerramento.

9. Nenhum movimento ou cerimônia adicional deve ser empregada ou qualquer parte suprimida sem a prévia autorização do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil.

10. Sugestões poderão ser enviadas ao Supremo Conselho e serão analisadas pela Comissão de Ritual e Liturgia, bem como pelo Grande Mestre.

11. As únicas movimentações, acréscimos e supressões válidos são aqueles descritos no ritual da Cerimônia de Investidura disponível na área restrita do site www.demolaybrasil.org.

Page 37: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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Não contentes com a simplicidade da Cerimônia de Investidura ao Grau de Chevalier, algumas Cortes têm inventado métodos de Investidura e adereços adicionais. Os Irmãos que fazem isto, além de deturparem o que foi planejado por Dad Land e que o Supremo tem procurado manter o mais intacto possível, desobedecem flagrantemente o SCODRFB.

Assim, elaboramos esta SI com instruções bem específicas para as Cerimônias. Lembrando que ela não tem encerramento e que o Altar já deve estar preparado quando tudo começar.

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2010 SI-011

SUPREMA INSTRUÇÃO – 011

APRESENTAÇÃO DE VISITANTES

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. As Cerimônias da Ordem DeMolay não têm uma chamada específica para a entrada. Tal prática é alheia ao nosso ritual e todos os presentes podem entrar naturalmente na Sala Capitular e tomar seus lugares, ou pode haver a chamada por grupos apenas nas cerimônias públicas.

2. Quando for necessário dar ênfase ou destaque a algum visitante, será usado o procedimento “Apresentando Visitantes”, disponível na parte restrita do site oficial do SCODRFB.

3. Nestas ocasiões, o Mestre Conselheiro deverá instruir o Mestre de Cerimônias que conduza o visitante até o ponto J, voltar-se para o Mestre Conselheiro e apresentá-lo conforme as sugestões contidas no procedimento.

4. Em seguida o Mestre de Cerimônias conduz o visitante a seu assento que pode ser no Leste ou onde o Mestre Conselheiro determinar, retornado em seguida para o seu posto via faixas de movimentação. Sentam-se após uma batida de malhete do Mestre Conselheiro.

5. Este procedimento não deve ser usado exaustivamente para que não se torne enfadonho. O ideal é que isto seja usado apenas para ocasiões especiais.

6. Após a abertura (nas Cerimônias que a possuem) o Mestre Conselheiro pede que o Mestre de Cerimônias apresente os visitantes, podendo isto ser feito individual ou coletivamente, por categorias.

7. O Mestre Conselheiro agradecerá a visita, dará as boas vindas e pedirá que retornem aos seus lugares.

8. Feitas as apresentações, todos os que usarem a palavra durante a Cerimônia estarão dispensados de cumprimentá-los mais uma vez. Tendo o Mestre Conselheiro já o feito, repeti-las em cada discurso torna o evento repetitivo e cansativo.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Brasília, 06 de Outubro de 2010.

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Durante as Cerimônias Públicas a entrada com chamada acontece apenas por grupos, numa questão de organização, mas nenhuma autoridade é citada e sim o grupo ao qual pertence (Maçom, DeMolay, Convidado etc.). Para que haja destaque e boas-vindas aos visitantes ilustres, o Mestre Conselheiro (Oficial Instalador também) determina que, antes de começar a abertura propriamente dita, o Mestre de Cerimônias apresente os convidados. Ele o fará levando por grupos ou individualmente (mas individualmente fica mais longo) os ditos convidados ao Altar e diz seu nome, função e origem. O Mestre Conselheiro fala algumas palavras calorosas e a pessoas volta para seu lugar.

Alguns argumentam que isto é muito “Filha de Jó”, mas lembremos que somos quase contemporâneos em fundação, sendo que temos a primazia, ou seja, não há cópia, mas houve uma omissão por muitos anos do que o Ritual estabelece como apresentação de visitantes.

Este procedimento é obrigatório e deve substituir as longas saudações feitas a cada discurso. Os membros que forem falar devem ser informados disto para que não incorram na repetição de toda saudação.

Como ficaria muito repetitivo para as Reuniões Ordinárias onde todos se conhecem, pedimos que seja feito apenas quando for extremamente necessário nas reuniões ordinárias, mas sempre nas Públicas.

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2010 SI-012

SUPREMA INSTRUÇÃO – 012

ORGANISTA

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O cargo de Organista está previsto no Estatuto do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil no artigo 103, XVII.

2. O Organista, cargo eminentemente técnico não será empossado juntamente com os demais oficiais na Cerimônia de Instalação dos Oficiais do Capítulo, a sua simples nomeação pelo Mestre Conselheiro é suficiente.

3. Ele será um DeMolay Ativo regular, a não ser que por necessidade em virtude de número reduzido para concessão de Graus, um Sênior DeMolay assuma esta função. Porém isto deve ser evitado ao máximo.

4. O Organista deverá usar a roupa padrão adotada para DeMolays Ativos e Oficiais, a saber o que foi indicado na SI 01 e sempre deve usar capa.

5. Antes do início da reunião, deve estar dentro da sala com as luzes e sistema de som prontos. Receberá a palavra do Sentinela antes que este repasse-a aos que entram na sala e terá ela recolhida pelo 2º Diácono.

6. Ele não entra e nem sai com os demais Oficiais. Antes da reunião ele já está dentro da sala e quando os Oficiais se retiram ele permanece na sala no controle dos sistemas de luz e som.

7. É o Oficial responsável pelas batidas de gongo da Iniciação e da Cerimônia das Nove Horas.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Visamos com esta SI, dirimir algumas dúvidas em relação ao cargo de Organista, ao qual por algum tempo deu-se o nome de Mestre de Harmonia.

Talvez o nome não importasse tanto, mas foi um momento quando o Ritual contradisse as Regras e Regulamentos que dão o nome de Organista para o responsável por harmonizar o ambiente.

Ele não é instalado juntamente com os demais porque o seu cargo é eminentemente técnico e não guarda nenhuma mensagem explícita em Ritual para os ensinamentos. O que não quer dizer que não tenha.

Tudo nos leva a crer que a dinâmica tem que ser mesmo diferente. Não se usavam aparelhos de sons, logo tinha que haver um organista de fato. Não era qualquer pessoa que tocava órgão e assim havia certa exclusividade. A questão então é porque ele é considerado um Oficial e tem vestimentas Oficiais.

Não nos dias de hoje, mas antes até mesmo o pessoal mais técnico da Ordem vestia-se de acordo. Os membros do Staff do ISC usavam um colar azul marcado com a palavra staff, o que lhes servia de crachá. O Organista era mais técnico mas fazia parte do corpo de Oficiais seguindo dinâmica semelhante.

Por ser Oficial, ele deve ser um DeMolay Ativo, vestir-se e agir como tal, mas como a música deve estar tocando na entrada e na saída, o Organista já deve estar dentro da Sala antes da entrada de todos e sair por último.

Depois que o Ritual deixou de explicitar quem dá as batidas de gongo nos momentos necessários, muita gente começou a adotar o que outras edições do Ritual estabeleciam, contudo usando da lógica veremos que se todos os sons são de responsabilidade do Organista, não haveria uma exceção neste ponto.

Um Sênior DeMolay pode assumir a função de Organista, mas somente se isto for imprescindível para a concessão de Graus.

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2010 SI-013

SUPREMA INSTRUÇÃO – 013

ORADOR

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O cargo de Orador está previsto no Estatuto do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil no artigo 103, XIV.

2. A função do Orador é desempenhada no Grau DeMolay somente.

3. Isto não impede que o DeMolay que ocupe o cargo de Orador possa acumular funções administrativas nas Comissões do Capítulo. Mas somente nelas visto que não poderá ser criada nenhuma função administrativa ou ritualística para o cargo de Orador especificamente.

4. De acordo com o artigo 117, § 1º, “a” do Estatuto Social do SCODRFB, o guardião das leis do Capítulo e seu zelador é o Mestre Conselheiro do Capítulo, não sendo função do Orador expedir pareceres, notas, leis ou qualquer coisa que diga respeito a parte jurídica da Ordem DeMolay.

5. A função do Orador está mais bem descrita na Cerimônia de Instalação dos Oficiais do Capítulo, que preceitua que ele é o responsável pela compreensão das lições do Grau DeMolay.

6. Algumas Cerimônias apontam um Orador para serem realizadas. Não quer dizer que seja especificamente o Orador oficial, embora recomendemos que seja. Na ausência deste, outra pessoa poderá realizar a Cerimônia.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Não é de hoje a confusão que há em relação à função do Orador e como ela deve ser desempenhada. Esta SI foi criada precisamente para elucidar este “mistério”.

Temos que evocar mais uma vez o fato de que o Ritual DeMolay, apesar de ter muito da simbologia do Rito Escocês Antigo e Aceito, foi moldado através das funções e cargos do Rito de York, Monitor Webb. Neste, como poderão notar com uma breve pesquisa, não há a função de Orador como no seu parente de orientação mais latina.

No caso, não somente do Rito de York, mas também de seus semelhantes de origem Anglo-Germânica, o cargo de Orador é designado para funções esporádicas e bem definidas, quando é o caso de uma palestra, preleção ou coisa que o valha. E não é necessariamente o Mestre da função que realiza a palestra como Orador, mas o mais apto.

Bem, se formos trazer estas informações para um comparativo com a Ordem DeMolay, levando-se em conta a Cerimônia de Instalação dos Oficiais (que é o lugar apropriado para conhecer o dever de cada cargo), veremos que é exatamente o que acontece. O Orador é designado para uma função muito nobre e importante. A interpretação do Grau DeMolay e a saudação ao Patrono da Ordem.

Muitos, contudo, têm ligado o Orador a função de ser o guarda-leis do Capítulo ou o Ministério Público (tomando emprestado de José Catellani). A informação é incorreta. Na verdade, o guardião das leis do Capítulo é o Mestre Conselheiro, que tem ao seu dispor uma Comissão de Leis para auxiliá-lo na tarefa. O Orador pode fazer parte da Comissão como qualquer outro poderia, mas não é seu membro nato como muitos advogam. A função do Orador é ritualística e não administrativa. Sua retórica e oratória são mais importantes do que seu possível conhecimento sobre leis.

É compreensível a mistura, visto que quando a Ordem chegou ao nosso país, algumas coisas foram adaptadas até creio que indevidamente. Contudo isto não subestima a função do Orador. Apenas queremos que o foco vá para o lugar correto. Poucas pessoas prestam atenção no Orador quando fala no início do Grau DeMolay e diz praticamente tudo o que irá acontecer e porque os Irmãos lá estão. Creio que seria interessante os mais velhos pedirem a atenção a tudo que o Orador vai dizer. Lamentavelmente, mais atenção tem sido dada a trotes e formas de assustar os que estão sendo Elevados.

É bom ainda ressaltar que o Supremo Conselho tem um Orador que exerce funções ligadas às leis, porém devemos esclarecer que neste caso a nomenclatura foi uma convenção, já que não era possível criar um cargo a mais na Ordem para fazer parte da Diretoria Executiva e o que se encaixava melhor, até se fizéssemos uma eliminação, seria mesmo o do Orador. Tal não pode acontecer no Capítulo porque as funções do Orador estão historicamente definidas e registradas legal e ritualisticamente e necessário seria modificar tais causas para que os efeitos fossem outros.

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2010 SI-014

SUPREMA INSTRUÇÃO – 014

TRONCO DE SOLIDARIEDADE

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O Ritual de Trabalhos Secretos, 3ª edição sugere que no momento da palavra ao bem da Ordem, o Mestre Conselheiro determine que algum Oficial – normalmente o Hospitaleiro – faça a circulação para a arrecadação dos donativos para as obras de beneficência. Isto é usualmente chamado de Tronco de Solidariedade.

2. Esta não é uma função precípua do Hospitaleiro, embora possa dar-se preferência a ele para executar a coleta.

3. Não é obrigatório, o Mestre Conselheiro poderá decidir por não realizar a coleta sem prejuízos à reunião.

4. Se recolhido deverá ser realizado durante a palavra ao bem da Ordem – o Capítulo não deve parar suas atividades para isto – e a arrecadação anunciada a todos para constar na ata. Não existe uma fala especialmente para isto. O Hospitaleiro ou quem arrecadou poderá dizer apenas: “Irmão Mestre Conselheiro o Tronco da Solidariedade arrecadou R$ 00,00”. É suficiente.

5. A ordem de arrecadação bem como a circulação deverá levar em consideração as linhas de movimentação, o sentido horário e a orientação para que não se passe entre o Altar e o posto do Mestre Conselheiro.

6. Após recolher todos os donativos o Oficial que tiver recolhido vai até a mesa diretora, recolhe do Mestre Conselheiro e entrega-lhe a sacola para fazer a sua própria doação. Depois volta para seu posto pelas linhas de movimentação.

7. O Oficial que recolher deverá segurar a sacola do lado do corpo com as duas mãos, de forma que fique aberta o suficiente para que a mão de quem doa seja colocada dentro. Sempre permanecerá fitando o lado contrário de onde está a sacola para que não veja o que a pessoa está colocando. Ele para, espera ser feita a doação e segue para o próximo.

8. Este procedimento, a critério do Capítulo, pode ser realizado tanto em reuniões secretas quanto em públicas.

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Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Esta é uma tradição brasileira que foi mantida. Não existe realmente na Ordem DeMolay.

Primeiramente, é interessante estabelecer de onde vem este Tronco.

Ele remonta a época das construções, quando os Maçons Operativos mantinham nos canteiros e Lojas (armazéns onde guardavam-se os materiais e faziam reuniões) um local próprio para doações à viúvas e órfãos dos companheiros de ofício. Esta foi sempre uma preocupação muito presente na Ordem Maçônica e que passou à Ordem DeMolay com o cuidado especial e verdadeiro respeito ao sexo feminino e à maternidade.

Este lugar geralmente era um buraco escavado em um tronco, daí o Tronco das Viúvas e depois generalizado com o Tronco da Solidariedade.

Foi mais um costume maçônico que entrou em nossa instituição no Brasil e como já era bem difundido e não causa nenhum choque com o Ritual ou polêmicas e ainda destina-se aos mais necessitados, foi mantido. Entretanto há algumas ressalvas.

Ele não é função precípua do Hospitaleiro, isto não quer dizer que ele não possa fazer a coleta e até faz sentido que ele o faça, mas não é seu dever. O dever do Hospitaleiro em relação ao Tronco é manter sua contabilidade em dias e verificar que haja boa aplicação de seus fundos, inclusive propondo tais ações, conforme preconizam as Regras e Regulamentos.

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2010 SI-015

SUPREMA INSTRUÇÃO – 015

APURAÇÃO DOS VOTOS NAS ELEIÇÕES CAPITULARES

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O Manual da Ordem do Dia prevê que, depois de ocorrida a votação, o Mestre Conselheiro apurará os votos com a ajuda de pelo menos um Consultor do Conselho Consultivo.

2. Após declarar encerrada a votação, o Mestre Conselheiro receberá a urna que deve estar antes sobre a mesa do Orador e iniciará a contagem dos votos.

3. O Mestre Conselheiro convidará um ou dois Consultores para apurar os votos juntamente com ele.

4. Primeiramente, o Mestre Conselheiro pedirá que se faça a contagem do total de cédulas para verificar se confere com o número de votantes.

5. Depois passará a apuração começando pelo Tesoureiro quando houver eleição para este cargo, ou pelo 2º Conselheiro. Um dos Consultores lerá os votos em voz alta e o outro anotará com a ajuda do Mestre Conselheiro.

6. Esta operação se repetirá até o cargo de Mestre Conselheiro.

7. Em caso de empate, aplicar-se-á o que indica o Regimento Interno do Capítulo.

8. Depois de anunciado o resultado pelo Mestre Conselheiro, o Capítulo entrará em recesso por 30 (trinta) minutos ou até que o Escrivão lavre a ata da eleição que deverá ser lida logo em seguida e votada. Após isto o Mestre Conselheiro passará direto ao encerramento dos trabalhos.

A dinâmica de contagem dos votos em eleições não tinha uma definição e cada Capítulo agia da forma que achasse apropriada. Alguns Capítulos nem mesmo anunciavam a quantidade de votos recebidos pelos candidatos. Cabe lembrar que por uma questão de segurança e registro histórico, eles devem constar em ata.

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Assim, apenas apresentamos um passo-a-passo que é autoexplicativo para a contagem dos votos, tendo o cuidado para que sejam contados os votos no total para que, depois, a soma dos votos dos candidatos coincida. Tudo isto feito em alto e bom tom para que todos escutem e saiam da reunião devidamente informados sobre tudo.

Outra determinação que consta do Manual da Ordem do Dia é que não haverá nada a ser tratado no dia da Reunião de eleição. O correto é que seja marcada uma Reunião Extraordinária apenas para este fim, pois neste dia nada além da eleição pode ser colocado na pauta da Ordem do Dia. Como pode ser algo demorado e que gera as infindáveis congratulações, achou-se por bem que fosse realizada numa data apenas para isto e as felicitações aos vencidos e vencedores fossem feitas em reunião posterior. E outro fator importante, que é a segurança de poder ter uma ata que não trate de nenhum assunto mais restrito podendo assim ter-se uma ata perfeitamente administrativa e na qual não conste nenhum assunto indelicado. Ela pode servir normalmente como documento comprobatório aberto ao público uma vez que traz apenas o número de votantes e quantos votos cada candidato recebeu.

Ainda em relação à ata, lembramos que o Escrivão terá cerca de 30 (trinta) minutos para finalizá-la e ler para aprovação na própria reunião já que nada além daquilo será tratado e não carecerá de acréscimos. Para isto, um modelo de ata de eleição pode ser colocado à disposição do Escrivão que apenas reescreverá o modelo acrescendo as devidas informações e dando agilidade ao processo.

A dinâmica para a eleição deve ser seguida rigorosamente conforme a Suprema Instrução 15 e o Manual da Ordem do Dia e mesmo que haja candidatura única, o voto não será por aclamação. A liturgia de eleição é obrigatória.

Os critérios de desempate devem estar definidos no Regimento Interno do Capítulo, ressaltando-se que não deve contradizer nada do que determinam as leis do Supremo e Grande Conselhos.

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2011 SI-016

SUPREMA INSTRUÇÃO – 016

VESTES DE CAVALEIRO

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. A vestimenta dos Cavaleiros e seus usos e costumes serão determinados por Suprema Instrução da Cavalaria (SIC) editada pela Comissão Nacional da Cavalaria.

2. A regra à aplicar-se em Capítulos é que somente o Ilustre Comendador Cavaleiro e Ilustre Comendador Cavaleiro poderão, se não estiverem assumindo funções no Capítulo, fazer uso de seus respectivos colares em reuniões públicas ou secretas e sendo tratados como representantes da Ordem da Cavalaria naquela ocasião.

3. Demais Cavaleiros poderão usar faixas se não estiverem assumindo funções no Capítulo no momento da Reunião, sempre levando-se em consideração o que há prescrito pelas SIC que tratam do assunto vestimenta.

4. Independentemente de representarem a Cavalaria ou não, todos deverão trajar uniformes como prescrito na SI 01.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Brasília-DF, 17 de outubro de 2012.

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Esta SI visa direcionar a competência para tratar de usos e vestimentas da Cavalaria para a Comissão Nacional da Cavalaria do SCODRFB, mas ainda faz algumas ressalvas quanto ao uso em Capítulo que encontrarão eco nas Supremas Instruções da Cavalaria que tratam do assunto.

Por uma questão de elegância e bom senso, há acordo entre as duas Comissões com total anuência da Diretoria Executiva do Supremo que não deve um DeMolay fazer uma mistura das vestimentas em quaisquer das Reuniões, do Capítulo ou do Priorado.

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2010 SI-017

SUPREMA INSTRUÇÃO – 017

GRAVAÇÕES E FOTOS EM REUNIÕES SECRETAS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. São proibidas terminantemente as gravações de áudio, vídeos e semelhantes bem como fotos em reuniões secretas, sujeitando-se os que infringirem esta regra ao que dispõe o Código de Ética e Disciplina DeMolay.

2. Somente poderão ser feitas gravações em áudio, vídeo ou fotografias nas Cerimônias Públicas.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Este tema jamais deveria ser assunto de uma SI, mas a teimosia de alguns insiste em vencer a consciência e vemos fotos e gravações até de iniciações.

Basta dizer que as gravações devem ser feitas após as reuniões ou mesmo nas Cerimônias Públicas, que são o momento de ter a Ordem mostrada ao mundo de todas as formas dignas e que guardem o decoro DeMolay.

Não é necessário guardar fotos como recordação de momentos da reunião que foram pensados para ficar na memória de todos e não em dispositivos e arquivos que podem expor à Ordem a olhos que talvez farão uma má interpretação de nossas ações e práticas litúrgicas.

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2010 SI-018

SUPREMA INSTRUÇÃO – 018

CERIMÔNIA DE INSTALAÇÃO DOS OFICIAS DE CAPÍTULOS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. A Cerimônia de Instalação dos Oficiais é a posse dos diretores e demais Oficiais de um Capítulo DeMolay e deverá ser preferencialmente pública, pois é uma forma de apresentar os princípios e objetivos da Ordem, bem como seus resultados de curto prazo.

2. Esta é a Cerimônia Oficial e nada pode ser acrescido ou suprimido sem que tal supressão ou acréscimo esteja previsto no Ritual. Ela está disponível na área restrita do site do Supremo Conselho e é a única aprovada para uso.

3. É permitido o uso de música apropriada para imprimir mais efeito e pompa ao ato.

4. Podem ser acrescidos itens de decoração que não podem interferir na decoração obrigatória da ritualística. São proibidos itens extras no Altar, tais como suportes para a Bíblia, vasos com flores, quadros ou qualquer item opcional ou obrigatório que não esteja descrito nas instruções gerias para Cerimônias Públicas.

5. A Instalação poderá dar-se tanto se iniciando pelo Mestre Conselheiro, como pelos Preceptores. A permissão para a inversão fica a critério do Grande Mestre Estadual que criará o seu método próprio para tratar do assunto. A Cerimônia em ordem inversa encontra-se também na área restrita do site do Supremo Conselho.

6. O Oficial Instalador poderá dividir a Instalação com os demais Instaladores de forma que todos participem. De qualquer forma, o Oficial Instalador é o responsável por conhecer todas as partes de cor.

7. Quando outros Instaladores forem atuar, deverão ficar no ponto O voltados para o Oeste, fitando o Oficial a ser instalado, que irá sozinho para o ponto J.

8. Quando chegar sua vez de ser instalado no posto, por Ordem do Instalador, o Mestre de Cerimônias Instalador o conduzirá até o seu lugar em sentido horário, atravessando entre o Altar e o posto do Oficial Instalador. Em seguida irá apresentar no ponto J o Oficial solicitado pelo Instalador que irá ao ponto J sem escolta.

9. Quando mais de um Oficial tiver que ser escoltado, o Mestre de Cerimônias Instalador conduzirá um deles e os seguintes o seguirão em fila indiana até que passe

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em frente ao seu posto, quando ficará de pé. Quando os demais estiverem em seus lugares, todos sentam-se.

10. O Oficial Instalador poderá passar a palavra para que outra pessoa dite o juramento do Mestre Conselheiro, porém este deve ser sempre feito de cor. E a pessoa que o fizer também deverá se postar no ponto O.

11. Após concluir o juramento e beijar o Livro Sagrado, o Mestre Conselheiro já poderá receber o colar ou poderá recebê-lo no Leste.

12. Se não for receber o colar no Altar, sela o juramento beijando a Bíblia Sagrada. e será levado para o seu posto ao lado do Oficial Instalador e apresentado.

13. Ao receber o malhete do Oficial Instalador, ele fará suas considerações e o repassará de imediato para que o Oficial Instalador continue com a Cerimônia e, após os discursos e homenagens, faça o encerramento ritualístico.

14. O que na verdade confere a instalação ao cargo é a colocação do Oficial no seu posto.

16. Os Oficiais Instaladores não deverão usar capas, joias, paletós (se DeMolays Ativos) ou qualquer outro adereço que não os pins, colares, prêmios ou honrarias que lhe são próprios.

17. Caso não estejam presentes todos os Oficiais, serão instalados os presentes e os demais em momento posterior, preferencialmente na primeira Reunião do Capítulo, bastando para isto que o Mestre de Cerimônias o conduza ao ponto J e o apresente. O Mestre Conselheiro irá ler suas funções conforme o Ritual de Instalação e o declarará instalado no cargo assim que este chegar ao seu posto.

18. Os Oficiais que serão instalados deverão entrar com capas e joias juntamente com os convidados, a não ser que a Sala Capitular seja pequena. Nestes casos eles ficarão do lado de fora e entrarão quando for lida a chamada pelo Mestre de Cerimônias Instalador.

19. É de livre escolha do Capítulo colocar cadeiras para que os Oficiais que serão instalados sentem-se enquanto formado o triângulo. Neste caso, um DeMolay deverá retirar as cadeiras sempre que o Oficial levantar-se para ser instalado.

20. Cadeiras adicionais devem ser colocadas ao lado do Oficial Instalador, do Capelão Instalador, do Mestre de Cerimônias Instalador, do 1ª Diácono Instalador e dos 1º e 2º Conselheiros Instaladores, para que estes sentem-se quando os instalados assumirem seus postos.

21. Além dos Oficiais exigidos, não poderão ser acrescidos nenhum Oficial Instalador, assim como nenhum realizará funções que cabem a outro, nem acumulará funções se não por determinação do Ritual.

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22. Como não é instalado com os demais, o Organista poderá assumir suas funções de capa e joia desde o início da Sessão.

23. O Capítulo poderá optar por realizar a Oração da Cerimônia das Nove Horas no lugar da Oração de Encerramento, sem que, contudo, seja soado o gongo e dita a fala habitual. Caso queira fazer completa, a Cerimônia das Nove Horas deverá acontecer antes do encerramento, obedecidos os critérios impostos pelo Ritual de Trabalhos Secretos, 3ª Edição – SCODRFB, na parte apropriada.

24. Se o Grande Mestre determinar que o Capítulo deve prestar juramento, este o fará conforme indicado na Cerimônia, em uníssono e, logo em seguida, sentarão.

25. Ao proclamar os Oficiais devidamente Instalados, o Mestre de Cerimônias Instalador colocará a mão direita sobre a Bíblia e levantará a mão esquerda (mesmo se estiver com o bastão) dizendo a sua fala e retornando ao seu posto para sentar-se depois da batida de malhete.

26. Assim como nas demais Cerimônias Públicas, as linhas de movimentação deverão ser obedecidas, cabendo ao Oficial Instalador informar que ninguém poderá passar entre o Altar e seu posto a menos que o Ritual indique isto. Se necessário, o procedimento de batidas de malhete.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Certamente uma das maiores SI’s e que trouxe mais modificações devido, talvez, à falta de leitura dos nossos membros. Como é feita há muito tempo do mesmo jeito, cada Capítulo ou GCE foi criando seu formato. Ainda assim, é imperativo dizer que no caso de nosso Ritual, algumas particularidades devem cair para a manutenção da unidade.

A primeira mudança é em relação ao nome. Antes falava-se em posse de Oficiais, mas o termo mais apropriado será Instalação de Oficiais em decorrência da origem de tal Cerimonial que remete à instalação dos dignitários em seus cargos, em uma cadeira, na Maçonaria mais especificamente. O ato de instalar é a junção de entregar a função ao eleito/nomeado e coloca-lo no posto. Ou seja, o Oficial será instalado totalmente quando for colocado no seu posto.

Outra das modificações é que os Oficiais já devem estar vestidos como Oficiais e ornados com suas joias, que são a identificação de seu cargo. Muitos criam que a joia ou a capa confere a instalação do Oficial, mas como vimos acima, é a colocação no posto devido. Os itens de vestimenta são muito mais uma identificação. Sou Oficial e por isto uso capa e digo que Oficial eu sou portando a minha joia e por isto irei para meu lugar. A sequência é esta.

Poderão contestar que se diga que há a opção de já ficar nos seus postos, mas até então é apenas para poupar espaço e ainda não estão lá em definitivo. Ainda não são os titulares do posto. Não seria a primeira vez que o Ritual faz uma concessão deste tipo para se adaptar à falta de espaço ou ao número de Oficiais (vide Iniciação com adaptações para a jornada simbólica).

Uma novidade é a possibilidade do uso de cadeiras em formato de triângulo para que os Oficiais possam sentar-se enquanto não são chamados para ouvir suas atribuições. Estamos certos de que muitos dirão que é um costume das Filhas de Jó, mas ficariam surpresos em saber que a própria Maçonaria costuma fazer isto e com muita frequência. O detalhe é que isto não acontece muito no Brasil, mas é uma possibilidade que o Cerimonial oferece e que é opcional. Certamente garante um bom descanso para os DeMolays.

Os Oficiais poderão se ver nas seguintes situações: por terem uma Sala Capitular pequena, terem que aguardar do lado de fora ou permanecer já nos seus postos desde o início da reunião. Já ao contrário, se houver muito espaço, eles podem ser alocados em lugar especial ou já estarem sentados em cadeiras formando o triângulo. Com exceção do primeiro caso, deverão estar sempre dentro da Sala Capitular e se dirigirem para frente do Altar onde habitualmente se forma o triângulo para formá-lo quando chamados.

Haverá, a critério do Grande Mestre Estadual/Distrital, um juramento para ser feito pelos membros do Capítulo. Vemos poucos Capítulos fazerem isto. Os estados que optarem por fazer deverão lembrar que o juramento, primeiramente, deve ser feito por todos os membros do Capítulo que estiverem presentes, sejam Oficiais ou

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não. É uma cena muito bonita com todos dizendo “Eu prometo em uníssono”. Capítulos grandes darão um show nesta parte e os pequenos deverão compensar em entonação e seriedade. Mas que fique claro que não deve ser gritado, apenas falado com firmeza. Depois deste juramento apenas os Oficiais permanecem de pé e é a vez do juramento dos Conselheiros.

Tal procedimento não é estranho uma vez que em toda instalação deve-se haver uma dedicação de todos. Todos irão trabalhar e não somente os Oficiais.

Para ser instalado segue-se a sequência: o Oficial Instalador diz o nome do cargo, o Oficial vai até o ponto J para onde o Mestre de Cerimônias Instalador já se dirigiu e espera; Este anunciará aquele dizendo seu nome e função para qual foi eleito ou nomeado; o Oficial Instalador dirá sua função e falará sobre a importância desta (sempre de memória) e dará Ordem para que o Mestre de Cerimônias Instalador o escolte ao seu posto e apresente o próximo Oficial; o Mestre de Cerimônias Instalador que deve estar sempre à esquerda de quem está sendo apresentado, conduzirá o Oficial ao seu posto fazendo um giro no sentido horário pela Sala Capitular (inclusive cruzando entre o Altar e o Leste) e retornará para o ponto J enquanto o Mestre de Cerimônias Instalador faz isto, o próximo Oficial já se dirige para o ponto J. E assim segue-se.

Caso deseje, o Oficial Instalador pode determinar que os outros Oficiais também trabalhem e divide previamente sua função com eles dizendo quem cada um vai instalar para que aprendam a fala respectiva. De qualquer forma, ele sempre é o responsável por ter a fala de memória. Se quiserem dividir a função, devem lembrar que os demais Instaladores atuam dizendo sua fala no ponto O. Ele aguarda até que o Oficial esteja em seu posto e então se for dar lugar a outro ou dar vez ao Oficial Instalador, volta para seu posto e outro vai ao ponto O ou o Oficial Instalador assume de novo.

Isto é um movimento contínuo do primeiro ao último. A Ordem pode ser do Mestre Conselheiro aos Preceptores ou dos Preceptores ao Mestre Conselheiro. A decisão é do Grande Mestre Estadual/Distrital. Isto fica a critério dele para que cada estado unifique o seu método.

Quando chega a vez do Mestre Conselheiro ser instalado, temos o “pomo da discórdia”. Onde é que ele recebe o colar e como?

Receberá normalmente dos ombros do Oficial Instalador, se este o estiver usando, ou de uma almofada ou outro objeto especial que o porte. Isto pode ser feito no Altar ou ainda no próprio lugar, depois de ser instalado.

O colar representa que ele foi o Mestre Conselheiro eleito (em alguns casos, nomeado) para a função e por isto é privativo dele. Não faz parte da Cerimônia no próprio Ritual de Instalação porque os americanos não o usam. A joia é a representação de que ele é o Oficial que preside, mas o Colar mostra que ele é o Mestre Conselheiro do Capítulo. O titular.

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O Mestre de Cerimônias é o responsável por declarar publicamente que todos foram Instalados. Sendo ele uma espécie de fiscal do Ritual e ao mesmo tempo um arauto, junta ao mesmo tempo as duas funções. Como ele mesmo conduziu todos, sabe que foram instalados e anuncia aos presentes. Deve fazê-lo com uma mão sobre a Bíblia e a outra levantada espalmada ou mesmo com o bastão. É uma fala muito pequena, é interessante que seja feita de memória para evitar contorcionismos ou que material não autorizado seja colocado sobre o Altar.

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2011 SI-019

SUPREMA INSTRUÇÃO – 019

CARTÃO DE PROFICIÊNCIA

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O artigo 94 das Regras e Regulamentos do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil exige a emissão do Cartão de Proficiência para aqueles que demonstrarem sua proficiência nos dois Graus da Ordem, atendendo o que é estabelecido na legislação no que diz respeito aos prazos e às formas de realizar o exame.

2. O Supremo Conselho disponibiliza na área restrita, em sua página na internet (www.demolaybrasil.org) o modelo padrão de Cartão de Proficiência para download gratuito.

3. É permitida a alteração da parte gráfica (Brasão, desenhos, foto etc.) do modelo disponibilizado pelo Supremo Conselho, porém, os dizeres que ele traz e a exigência da assinatura sugerida deve sempre prevalecer. Esta parte é imutável.

4. Podem ser acrescidos o Brasão do Capítulo, desenhos de apelo regionalistas ou marcas registradas do Capítulo. As cores também são de acordo com a escolha do Capítulo. O material também é de livre escolha.

5. Não poderão ser usadas imagens que remetam a temas políticos, de deboche ou que exponham a Ordem a censura, descrédito ou ridículo.

6. O cartão deverá trazer a assinatura do Consultor do Capítulo e a data da emissão, bem como a chancela do Capítulo.

7. Somente de posse deste cartão, poderá o DeMolay exercer seus direitos DeMolays regulares tais como votar, ser votado, apresentar propostas, assumir cargos oficialmente etc.

8. O Capítulo deverá emitir o Cartão de Proficiência em tempo hábil para que o DeMolay que acabou de passar pelo questionário de exame possa usá-lo já na reunião seguinte.

9. Cada membro terá apenas um Cartão de Proficiência, mesmo que esteja inscrito como membro de mais de um Capítulo. O primeiro cartão emitido servirá como comprovante de proficiência do outro.

Page 63: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

10. O Cartão de Proficiência não deve ser confundido com o Cartão de Regularidade. Este é emitido pelo Grande Conselho mediante regularização dos membros do Capítulo na forma de arrecadação escolhida. Aquele é emitido pelo próprio Capítulo como comprovante da habilitação dos direitos via questionário do Grau ou outra forma que o Grande Mestre Estadual/Distrital escolher.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Page 64: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

O Cartão de Proficiência é, para o DeMolay, uma mistura de CPF e título de eleitor, já que além de garantir os direitos de participação efetiva, ainda proporciona a possibilidade de votar e ser votado.

Há uma certa confusão entre este Cartão e a Identidade DeMolay, mas esta é emitida pelo Supremo Conselho e aquele pelo próprio Capítulo, depois de passar o sujeito pelos questionários de exame do dois Graus.

O Supremo Conselho disponibiliza um modelo com as informações básicas e um design também elementar que pode ser alterado. Este design pode receber as cores e o Brasão do Capítulo, seu emblema e frases ou fotos de lugares pitorescos. As informações básicas devem ser inalteráveis: o cartão deve conter obrigatoriamente a assinatura do Consultor do Capítulo e a chancela do Capítulo, bem como a data dos exames.

Ele só pode ser recebido quando os dois questionários forem apresentados, de maneira que cada DeMolay receberá apenas um cartão durante sua vida DeMolay, a não ser que haja extravio, dano ou perda, casos nos quais poderá ser solicitada outra via. E mesmo que seja filiado a mais de um Capítulo, haverá apenas um Cartão de Proficiência que, com a assinatura do Consultor e a chancela do Capítulo onde foi apresentado o Questionário do Grau DeMolay, terá validade em todos os casos.

É interessante que o Capítulo emita o Cartão o mais rápido possível, após a apresentação do exame do Grau DeMolay, assim o DeMolay já poderá participar ativamente da Ordem do Dia. Caso contrário, ele poderá apenas ver, mas não participar.

Page 65: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

2011 SI-20

SUPREMA INSTRUÇÃO – 20

INSTALAÇÃO DE MESTRES CONSELHEIROS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O ato de instalação do Mestre Conselheiro dá-se com a sua acomodação no posto ritualisticamente designado.

2. O Mestre Conselheiro eleito já deve entrar no ambiente da Instalação, assim como seus Oficiais, portando a joia referente a seu cargo, bem como as capas, da forma que prescreve o Ritual.

3. A passagem do colar, emblema do cargo pode acontecer em duas ocasiões distintas, a critério do Oficial Instalador:

a) em frente ao Altar, logo após ter selado seu juramento beijando o Livro Sagrado;

b) no momento da Instalação no posto, antes do Oficial Instalador apresentar o novo Mestre Conselheiro aos presentes.

4. Em ambos os casos, o Oficial Instalador tomará o colar de seus próprios ombros e colocará sobre os ombros do novo Mestre Conselheiro.

5. O Oficial Instalador não precisa ser necessariamente um Past Mestre Conselheiro ou uma autoridade titular, mas em todos os casos deve ser um DeMolay Ativo, exceto se o Oficial Instalador for um Ativo que se tornou Sênior DeMolay durante a gestão e que deixa o cargo de Mestre Conselheiro naquele momento.

6. O Oficial Instalador, caso seja um Past Mestre Conselheiro, Mestre Conselheiro Regional, Estadual ou Nacional, poderá usar um colar próprio e deixar o colar Oficial do Capítulo sobre a mesa do Mestre Conselheiro do Capítulo, sobre uma almofada ou algum estrado que lhe dê destaque.

7. O item anterior é de responsabilidade e decisão do Oficial Instalador em conjunto com o instalado.

8. Depois de receber o malhete, o novo Mestre Conselheiro deverá devolvê-lo para o Oficial Instalador presidir o restante da Reunião.

Page 66: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

9. O Mestre Conselheiro Instalado fará suas considerações de malhete em mãos, como um primeiro pronunciamento, mas poderá voltar a usar da palavra depois para agradecer ou fazer quaisquer outras considerações.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Page 67: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

A Instalação do Mestre Conselheiro (termo ao qual é importante que todos se adequem) é um conjunto de procedimentos que culmina com sua colocação no posto apropriado.

Ele pode ser o primeiro ou o último a ser instalado. A decisão cabe ao Grande Mestre Estadual/Distrital que poderá determinar que seja feito de um jeito ou de outro. A ideia, como já dissemos, é que haja uma unificação do Ritual em toda Jurisdição do Grande Conselho.

Ele entrará, assim como seus Oficiais, já de capa e portando joia. A passagem do colar é que acontecerá em momento apropriado, após o juramento. A decisão é do Oficial Instalador que poderá escolher entre entregar depois que o Mestre Conselheiro beija o Livro Sagrado ou após coloca-lo em seu posto, antes de apresentá-lo aos membros e convidados.

De uma forma ou de outra, é vedada a passagem do colar por parte de outra pessoa que não o Oficial Instalador. É fato que outra pessoa pode passar o juramento, mas a passagem do colar deve ser feita apenas pelo presidente dos Trabalhos.

O Oficial Instalador pode ser qualquer DeMolay ATIVO, que tenha Grau DeMolay, não necessariamente um Past Mestre Conselheiro. Se for alguma autoridade, o presidente dos trabalhos poderá usar seu colar (MC, MCR, MCE, MCN e adjuntos. Exceção para o ICC ou ICCE, que não poderão usar seus colares da Cavalaria se estiverem assumindo função no Capítulo). As honrarias e os pins poderão ser usados também.

Se não houver outra alternativa de uso de Ativos, os Seniores poderão atuar, contudo, jamais como Oficial Instalador.

Se não for usado pelo Oficial Instalador, o Colar do Mestre Conselheiro do Capítulo deve permanecer sobre a mesa do presidente sobre algum, estrado, almofada ou algo que lhe dê destaque.

Assim que receber o malhete, o novo Mestre Conselheiro faz algumas considerações iniciais e repassa o malhete ao Oficial Instalador para que prossiga a reunião.

É interessante notar que a reunião é presidida e totalmente administrada pelo Oficial Instalador e seu Corpo de Oficiais.

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2011 SI-021

SUPREMA INSTRUÇÃO – 021

USO DE COLARES E COMENDAS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. Os colares e as comendas oficiais são aqueles adotados e fornecidos pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil através do DeMolay Shop ou aprovados pelo Supremo Conselho para uso nos Estados.

2. O Mestre Conselheiro deve usar colar amarelo ouro com bordas douradas formado por peças quadradas interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas peças circulares onde se divisarão, também em dourado, as letras MC entre os braços das cruzes.

3. O Mestre Conselheiro Regional deve usar colar verde grama com bordas douradas, formado por peças quadradas, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas peças circulares onde se divisarão, também em dourado, as letras MCR entre os braços da cruz.

4. O Mestre Conselheiro Estadual e seu Adjunto devem usar colares na cor azul-clara com bordas douradas, formados por peças quadradas, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas peças circulares onde se divisarão, também em dourado, as letras MCE ou MCEA entre os braços da cruz.

5. O Mestre Conselheiro Nacional e seu Adjunto devem usar colares na cor azul-escura com bordas douradas, formados por peças circulares, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na cor dourada, sendo que, logo abaixo da altura dos ombros, em duas das peças se divisarão, também em dourado, as letras MCN ou MCNA entre os braços da cruz.

6. O Membro de Conselho Consultivo usará um distintivo formado pelo brasão DeMolay inserido em um círculo azul com bordas douradas no qual estão incrustadas nove estrelas de cinco pontas douradas. Este círculo ficará sobre uma cruz de malta azul de bordas douradas e terá um fundo radiante, tendo nos quatro cantos um círculo dourado com uma estrela em azul e ladeada por um crescente lunar amarelo. Pendendo deste conjunto, haverá um brasão da Maçonaria composto de esquadro e compasso nas cores azul e dourado, com a letra G pintada de dourado em fundo azul

Page 69: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

no centro da intersecção do esquadro e do compasso. Logo abaixo, um pequeno listel com a inscrição dourada CONSULTOR.

6. O Presidente do Conselho Consultivo e o Consultor do Capítulo usarão um distintivo semelhante ao descrito no item anterior, entretanto, estes penderão de pequenas correntes douradas que pendem de um listel azul com bordas e cores douradas, onde lê-se a inscrição “DeMOLAY” e ao qual está ligado o pequeno listel em azul com a inscrição dourada referente ao cargo ocupado: CONSULTOR ou a sigla PCC.

7. O Oficial Executivo deve usar colar na cor púrpura ou na cor lilás com bordas douradas, formado por peças quadradas, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas peças circulares onde se divisarão, também em dourado, as letras OE entre os braços da cruz.

8. Os Presidentes das Comissões Permanentes do Supremo Conselho devem usar colares na cor prateada, formado por peças quadradas, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na mesma cor.

9. Os Oficiais do Grande Conselho Estadual, exceto o Grande Mestre e seu Adjunto, deverão usar colares na cor vermelha com bordas douradas, formados por peças quadradas, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na cor dourada, tendo logo abaixo da altura dos ombros, duas peças circulares onde se divisarão, também em dourado, entre os braços da cruz a inscrição referente ao cargo que ocupa:

a) Grande Secretário Estadual: GSE

b) Grande Secretário Estadual Adjunto: GSEA

c) Grande Tesoureiro Estadual: GTE

d) Grande Tesoureiro Estadual Adjunto: GTEA

c) Grande Orador Estadual: GOE

d) Grande Orador Estadual Adjunto: GOEA

10. O Grande Mestre Estadual e seu Adjunto deverão usar colares na cor vermelha com bordas douradas, formado por peças circulares, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta na cor dourada, sendo que logo abaixo da altura dos ombros, em duas das peças se divisarão, também em dourado, as letras GME ou GMEA entre os braços das cruzes.

11. O Grande Mestre Nacional e seu Adjunto deverão usar colares na cor dourada com bordas na mesma cor, mas com tonalidade mais forte, formado por peças circulares, interligadas nas quais estarão marcadas em relevo cruzes de malta em tom diferente de dourado e, logo abaixo da altura dos ombros, em duas das peças se divisarão, também em dourado, as letras GM ou GMA entre os braços da cruz.

Page 70: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

12. Todos os colares terão como medalhão, um Brasão do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil no seu formato e cores oficiais. Dos colares do Grande Mestre Nacional e seu Adjunto, bem como dos colares usados pelo Mestre Conselheiro Nacional e seu Adjunto penderão o mesmo brasão, porém no caso destes haverá uma borda de louros dourados atada na base por um laço de fita também dourada.

13. Após deixar as funções, os ocupantes de cargos que podem fazer o uso de colares, podem usar a versão de ex-ocupante do cargo, que é o próprio colar, com a diferença de que no lugar onde haveria a descrição do cargo, ficarão duas peças circulares com os dizeres PAST, tendo as letras distribuídas nos espaços entre os braços das cruzes.

14. Estes colares poderão ser usados tanto por DeMolay Ativos como por Seniores DeMolays, que tenham direito ao seu uso por serem titulares ou ex-titulares em quaisquer reuniões da Ordem DeMolay, Congressos e outros eventos nos quais são utilizadas as vestes ritualísticas.

15. Ressalte-se, no entanto, que os DeMolays Ativos detentores de colares de Past não devem fazer uso destes ao mesmo tempo em que usam a capa de Oficial dos Capítulos ou o colar de Oficial dos Priorados.

16. O colar de Past Mestre Conselheiro é exclusivo do titular do cargo, sendo que qualquer pessoa que o substitui em Reunião do Capítulo presidindo o seu ou visitando outro Capítulo não fará uso do colar.

17. Haverá ainda as seguintes comendas, que poderão equivaler aos colares de ex-titular de algumas funções:

a) Comenda de Past Escrivão: conjunto de duas placas retangulares ligadas por pequenas correntes douradas. A superior traz um fundo azul com a inscrição dourada “SCODRFB”. Dela pende o emblema da Ordem. A inferior não contém inscrições e traz pendente um par de penas douradas cruzadas. Estas peças estão montadas sobre uma fita de tecido preto de pontas bifurcadas;

b) Comenda de Past Mestre Conselheiro: conjunto de duas placas retangulares ligadas por pequenas correntes douradas. A superior traz um fundo azul com a inscrição dourada “SCODRFB”. Dela pendem dois malhetes cruzados. A inferior não contém inscrições e traz pendente uma coroa, em cuja base lê-se as iniciais “PMC”. As correntes que estão ligadas a este peça sustentam um emblema DeMolay ladeado por dois ramos de louro na cor verde, atados por um laço de fita na mesma cor. Estas peças estão montadas sobre uma fita de tecido preto de pontas bifurcadas;

c) Comenda de Past Mestre Conselheiro Estadual: conjunto de duas placas retangulares ligadas por pequenas correntes douradas. A superior traz um fundo azul com a inscrição dourada “SCODRFB”. Dela pendem dois malhetes cruzados. A inferior não contém inscrições e traz pendente uma coroa, em cuja

Page 71: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

base lê-se as iniciais “PMCE”. As correntes que estão ligadas a este peça sustentam um emblema DeMolay ladeado por dois ramos de louro na cor verde, atados por um laço de fita na mesma cor. Estas peças estão montadas sobre uma fita de tecido azul-claro de pontas bifurcadas;

d) Comenda de Past Ilustre Comendador Cavaleiro: conjunto de duas placas retangulares ligadas por pequenas correntes douradas. A superior traz um fundo azul com a inscrição dourada “SCODRFB”. Dela pendem dois malhetes cruzados. A inferior não contém inscrições e traz pendente uma coroa, em cuja base lê-se as iniciais “PICC”. As correntes que estão ligadas a este peça sustentam um emblema da Ordem da Cavalaria ladeado por dois ramos de louro na cor verde, atados por um laço de fita na mesma cor. Estas peças estão montadas sobre uma fita de tecido preto de pontas bifurcadas.

18. As comendas poderão ser usadas em quaisquer ocasiões em que a veste ritualística for usada, mesmo com o uso de capas ou ternos e tanto por DeMolays Ativos como Seniores.

19. Qualquer comenda ou insígnia a ser criada para uso dos Grandes Conselhos, dos Capítulos ou das Associações Afiliadas deverão necessariamente passar pela aprovação do Supremo Conselho, órgão detentor dos direitos de uso da Marca DeMolay.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Esta Suprema Instrução traz uma descrição dos colares usados no âmbito do Supremo Conselho, bem como algumas comendas. Todas serão fornecidas pelo DeMolay Shop e seu modelo é o padrão para uso Oficial.

Todos os colares ou comendas devem ser usados com vestes ritualísticas, ressaltando-se que os colares dos líderes adultos poderão ser usados apenas com terno completo. O uso dos colares e comendas sem as vestes padrão não são permitidas.

Outro ponto importante é que nos Capítulos, quando usando capa e atuando como Oficial, os Mestres Conselheiros de outros Capítulos e Past não usem colares. Nos demais casos, o uso dos colares é encorajado porque é a insígnia do cargo.

Todos os colares são passíveis do uso como de Past. Basta para isto que adquira-se (geralmente já vem com o conjunto) a peça de past que deve ser colocada substituindo a peça o lado direito que trazia o nome do cargo. Este caso é para os Past Grande Tesoureiros, Past Grande Secretários, Past Grande Oradores, Past Mestre Conselheiro Estadual Adjunto ou Past Mestre Conselheiro Nacional Adjunto.

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2012 SI-022

SUPREMA INSTRUÇÃO – 022

SENIORES DEMOLAYS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O Sênior DeMolay é um membro da Ordem que atinge seu vigésimo primeiro aniversário.

2. A Cerimônia da Maioridade não consiste em requisito para que alguém seja considerado Sênior DeMolay. Ela deve ser realizada no momento mais oportuno, mesmo que posterior à data do vigésimo primeiro aniversário e como uma Cerimônia de passagem e uma despedida, sempre com um caráter de emoção, profunda seriedade e respeito aos DeMolays mais velhos. Deve ser realizada preferencialmente em reunião aberta ao público.

3. Ao tornar-se Sênior DeMolay, o membro não estará mais obrigado a frequentar as reuniões, fazendo-o por livre opção e não podendo ser cobrado por isto, a não ser que seja parte de Conselho Consultivo ou desempenhe funções Estaduais e/ou Nacionais que exijam visitas periódicas a atividades da Ordem.

4. O Sênior DeMolay não caminhará pelas faixas de movimentação (a não ser que seja conduzido), não descerá ao nível do Altar, não se ajoelhará nas orações nem fará os sinais como os Ativos. Ele está obrigatoriamente dispensado destas práticas.

5. Um Ativo que se torna Sênior antes do final de uma gestão administrativa poderá permanecer na função até o final do período administrativo ou optará por deixar a função e passar de imediato à condição de Sênior DeMolay.

6. De acordo com o artigo 107 das Regras e Regulamentos, TODOS OS OFICIAIS devem ser DEMOLAY ATIVOS, guardadas as exceções previstas pelas próprias Regras e Regulamentos.

7. As exceções não abrangem os cargos de diretoria, por isto é TOTALMENTE VEDADO aos Seniores DeMolays, assumirem os Cargos de Conselheiros em Capítulos e Comendadores nos Priorados. O veto também se estende aos cargos de Oficial Instalador no Capítulo e Ilustre Comendador Cavaleiro Instalador na Cavalaria.

8. O Sênior DeMolay somente poderá assumir o cargo de Escrivão, em casos especiais e por nomeação do Conselho Consultivo. Mesmo assim está prática deve ser reservada para os casos extremos e mais especiais.

Page 73: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

9. Uma Cerimônia de Capítulo ou Priorado conduzida por Seniores DeMolays apenas é considerada nula.

10. No caso de reincidência das situações 8 e 9, o Oficial Executivo ou Grande Mestre do Grande Conselho deverá ser comunicado o mais rápido possível.

11. Em relação aos casos 8 e 9, os Seniores que atuarem como Oficiais atuarão como Ativos e assim terão que desconsiderar o item 4.

12. Não há outras situações nas quais Seniores poderão assumir cargos Oficiais a não ser Investidura de Honrarias, Instalação de Oficiais de novos Capítulos onde não haja número suficiente de Ativos de outros Capítulos (obedecido o item 10) ou os já previstos em 8 e 9.

13. Caso o Capítulo não tenha número suficiente para dar início às reuniões ordinárias, deverá ser aplicado o que prevê a Suprema Instrução 05 e a reunião deve acontecer ou não de acordo com as instruções lá previstas e com as devidas providências.

14. Os Seniores poderão sentar-se em qualquer lugar no Leste. Não há separação entre cadeiras dos Maçons e cadeiras dos Seniores.

15. O Sênior não precisa estar necessariamente vestido nas cores alvinegras, mas em todos os casos deve vestir-se socialmente e atendendo as normas da Suprema Instrução número 01. Em todos os casos deve prezar pela sobriedade e discrição. Ele também está livre para usar suas jóias, prêmios e honrarias que receber e aquelas às quais tiver direito.

16. Para fazer o uso da palavra, o Sênior está sujeito às mesmas regras que os Maçons e DeMolays Ativos. Deve ficar de pé, esperando a autorização do Mestre Conselheiro e sentar-se após fazer uso da palavra.

17. Ao chegar atrasado ou retirar-se da sala (permanente ou temporariamente) não deverá fazer quaisquer sinais. Em todos os casos, é necessária a prévia autorização do Mestre Conselheiro.

18. O Capítulo deve solicitar ao Supremo Conselho o certificado e o Pin que identifica o Sênior DeMolay. Este pin prateado é formado por uma cruz alada sobreposta a duas espadas cruzadas.

19. O Certificado é exigido para que sejam aplicadas as exceções citadas em 7 e 8.

20. O pin da Associação Alumni é destinado aos seus associados.

21. A simples passagem à condição de Sênior não garante associação automática à Alumni Brasil. Está deverá ser feita por meio de inscrição por livre vontade do Sênior no website da própria associação.

Page 74: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

22. A inscrição na Associação Alumni não garante qualquer privilégio na Ordem e nem tão pouco revoga qualquer direito inerente ao Sênior DeMolay. O Supremo Conselho incentiva a associação à Alumni Brasil.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Page 75: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

Esta SI começa desfazendo um mito que muitos ainda alimentam: a Cerimônia de Maioridade não torna ninguém Sênior DeMolay e sim o seu vigésimo primeiro aniversário. Ou seja, o Sênior DeMolay surge nos primeiros segundos do dia de seu aniversário.

Com a chegada a Maioridade, o Sênior passa de agente do processo administrativo e ritualístico, tornando-se um visitante bem-vindo. Ele tem que entender que terá que mudar de comportamento para se adequar à nova condição. Não andar mais pelas faixas de movimentação, a não ser quando escoltado, não descer ao nível do Altar nas orações, não se ajoelhar, fazer os sinais etc. Temos que deixar bem claro estas coisas são ensinamento para os Ativos e os Seniores já passaram por eles.

Quando um ex-aluno retorna à sua antiga escola entra, fala com os professores, gestores, mas não assiste aula e mesmo que o assista, não faz as tarefas, provas ou recebe notas. A forma de ele participar mesmo é como voluntário (lembrando “Amigos da Escola”), como professor ou gestor. Fazendo um comparativo, diríamos que ele pode ser da Alumni (voluntário), do Conselho Consultivo (Professor) ou participar dos Grande e Supremo Conselhos (gestores).

Seniores não devem ser usados para complementar quórum Ritualístico ou Administrativo, pois devem atuar somente se extremamente necessário em concessão de Graus. Para instalações é possível em último caso que se usem os Seniores, contudo, enquanto houver Ativos, eles são responsáveis por fazer a Cerimônia. Capítulos podem se juntar para completar o quadro ou mesmo um Priorado pode fornecer alguns de seus membros Ativos que sabem as falas e os movimentos de solo. Sempre devemos ter em mente que o Sênior é o último recurso.

E mesmo como último recurso, o Sênior precisará estar registrado no Supremo e ter um certificado que pode ser pedido pelo Capítulo juntamente com o pin que o identificará. Não confundir com o pin da Alumni que é para a sócios desta. O pin do Sênior é o mesmo pin do Grau DeMolay, mas adornado com asas.

O assento do Sênior é no Leste, mas não necessariamente do lado esquerdo ou direito. Muitos colocam o lado A ou B para Seniores e Maçons, mas tal não existe. O lugar é o Leste.

Page 76: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

2012 SI-023

SUPREMA INSTRUÇÃO – 023

ORAÇÕES

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. Durante as Orações, todos os DeMolays Ativos, excetuando-se o Capelão, o Mestre de Cerimônias e o Porta Bandeira durante a oração de abertura, se ajoelharão sobre o joelho esquerdo com o cotovelo direito sobre a coxa direita e a mão esquerda envolvendo o cotovelo direito e a cabeça abaixada apoiada sobre a mão direita.

2. O Capelão se ajoelhará sobre ambos os joelhos, com ambas as mãos sobre as páginas da Bíblia aberta e a cabeça levemente erguida. Os olhos poderão permanecer fechados ou abertos. É recomendado que haja uma almofada para o Capelão apoiar os joelhos quando estiver fazendo a oração.

3. Os Seniores DeMolays, Maçons e demais presentes às reuniões que não sejam DeMolays Ativos permanecem sempre em seus lugares, em silêncio e com as cabeças abaixadas em sinal de respeito. Nos casos em que o Leste for mais elevado não deverão descer com os DeMolays Ativos.

4. Todos os presentes, Maçons e DeMolays, deverão responder o “Amém” das orações, bem como a resposta da Cerimônia das Nove Horas.

5. Ao comando do Mestre Conselheiro, o Capelão e o Mestre de Cerimônias sairão de seus lugares a caminho do Altar. Ao mesmo tempo, os DeMolays Ativos que estiverem em lugar mais elevado na Sala Capitular (batentes, elevações e similares) descerão ao mesmo nível do Altar. Os demais participarão da Oração onde estiverem, uma vez que já estão no mesmo nível do Altar.

6. O Mestre de Cerimônias permanecerá de pé.

7. Todos deverão levantar juntamente com o Capelão e aqueles que se deslocaram de seus lugares deverão retornar com o Capelão quando ele retornar ao seu posto junto com o Mestre de Cerimônias.

8. Após a oração de abertura, todos deverão permanecer novamente firmes em atenção à bandeira.

9. Nenhum papel ou material além do especificado nos Rituais deve ser colocado sobre o Altar. Tendo isto em vista, o Capelão deve conhecer sua parte de memória e somente o Oficial que por um acaso o substitua pode levar o Ritual consigo.

Page 77: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

10. Dedicações para as orações devem ser feitas durante a Palavra ao Bem da Ordem ou no relatório de doentes ou acidentados. A Cerimônia não deve ser interrompida para isto.

11. Haverá pelo menos duas orações por reunião. Uma será realizada na Abertura e outra no Encerramento, sem contar que em casos de Reuniões que atinjam às 21 horas, a Cerimônia das Nove Horas deverá ser realizada.

12. Quando a Cerimônia das Nove Horas não for realizada, a oração desta Cerimônia substitui a de encerramento. A introdução da Cerimônia e as badaladas de gongo não devem ser usadas nestes casos.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

Page 78: SUPREMAS INSTRUÇÕES DE RITUAL E LITURGIA

As principais considerações a cerca desta SI são as que dizem respeito a posicionamento e o comportamento dos membros e convidados.

Muitos alegam que a posição de ajoelhar-se traz um sentido místico formado por ângulos de 90° formado pela posição dos braços e pernas, mas isto é fisicamente improvável, pois causaria um desconforto. De fato, como expresso no “Hi, Dad!”, é uma homenagem a George Washington.

Todos os DeMolays Ativos devem ajoelhar-se com exceção do Mestre de Cerimônias e do Porta Bandeira (na Cerimônia de abertura). As formas é que são diferentes. Enquanto os DeMolays ajoelham-se sobre o joelho esquerdo, o Capelão ajoelha-se sobre ambos os joelhos e coloca ambas as mãos sobre a Bíblia. Os olhos podem permanecer abertos ou FECHADOS e a cabeça levemente VOLTADA PARA O ALTO. Grifei esta parte para lembrar que não há como fazer perfeitamente a parte do Capelão sem aprender o texto de memória. Inclusive porque não é permitido que sejam colocadas itens que não os previstos sobre o Altar.

Todos ajoelham-se e levantam-se juntamente com o Capelão.

Aliás, o Capelão é a deixa para todos. Em alguns casos as pessoas esperam o Capelão chegar ao Altar para sair de seu lugar. O certo é que quando o Capelão começar a se deslocar, tanto saindo do posto quanto voltando a ele, todos os que tiverem que se movimentar o farão junto com ele.

Lembramos ainda que as únicas pessoas que terão que se deslocar de seus lugares são ATIVOS que estiverem em lugares mais elevados, sobre degraus ou batentes. E mesmo assim, não é ir para próximo do Altar, mas apenas descer ao mesmo nível. Se ele fica no mesmo nível do Altar a apenas 30 cm ou 50 cm é lá mesmo que irá fazer sua prece. Aquele aglomerado de gente em volta do Altar não se faz necessário.

Há bastante confusão quanto à Cerimônia das Nove Horas. Mas lembremo-nos que o Mestre Conselheiro prometeu que nenhuma Cerimônia se encerrará sem uma prece para os pais e o país etc. Esta é a oração da Cerimônia das Nove Horas, que é diferente da Cerimônia completa. A Cerimônia completa começa com nove badaladas de gongo e se encerra com a resposta peculiar (Que Deus te abençoe...).

Assim, somente a oração que é obrigatória em todas as reuniões. O restante da Cerimônia, só se passar das 21 horas ou por motivo especial julgado pelo Mestre Conselheiro, a quem cabe a escolha. Só não deve ser feita em demasia para que não perca seu brilho e exclusividade.

Se a Reunião não atingir as 21 horas, basta fazer a oração das nove horas com resposta e tudo, em lugar da oração de encerramento (sem gongos, falas etc.).

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2012 SI-024

SUPREMA INSTRUÇÃO – 024

USO DE ESPADAS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. O uso de espadas é vedado nas reuniões do Capítulo sejam elas Públicas ou Secretas. Mesmo quando usadas por Cavaleiros.

2. Excetua-se para o item 1, apenas as ocasiões em que os Rituais, Manuais ou Monitores afirmarem e exigirem expressamente o uso das espadas.

3. As Cortes, as Preceptorias e Castelos incluem-se nestas instruções.

4. O uso de espadas nos Priorados e pelos Cavaleiros em suas atividades será administrado pela Comissão da Ordem da Cavalaria de forma apropriada.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Nem precisamos citar as brincadeiras que os DeMolays fazem com as espadas em dias de ensaios. Isso é mais uma questão disciplinar. A ênfase é ritualística. E nem mesmo nestes casos as espadas são permitidas.

Não é raro vermos Preceptores ou outros Oficiais, erroneamente usar as espadas para fazer arcos, abóbadas ou guardas para a passagem de autoridades ou convidados etc. A espada não é para Capítulo DeMolay. Não é um instrumento nosso.

Temos que examinar todo o acervo ritualístico para perceber que não há referência a espadas a não ser em Cerimônias de Honrarias e algumas instalações de Grandes Oficiais Juvenis. Assim, esta instrução visa reforçar a ideia de que não há uso de espadas em Cerimônias de Capítulos, excetuando-se a primeira parte do Grau DeMolay, quando os guardas poderão usá-las à cintura ou à mão.

O Sentinela tem um par de espadas cruzadas, mas isto não indica o seu uso. Elas apenas reforçam a simbologia de seu cargo. As espadas cruzadas são sinal de proibição ou veto, e ainda defesa da porta em relação a estranhos.

Mesmos os Cavaleiros somente poderão usar espadas nos casos especificados pela Comissão Nacional da Ordem da Cavalaria, mas jamais nos Capítulos ou Cerimônias de Capítulos DeMolay.

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SUPREMA INSTRUÇÃO – 25

JOIAS OFICIAIS

A Comissão de Ritual e Liturgia do Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil, no cumprimento de seus deveres e com a aprovação do Grande Mestre instrui a todos que:

1. As Joias dos Oficiais seguirão o padrão do Supremo Conselho conforme esta Suprema Instrução e o que é fornecido pelo SCODRFB via DeMolay Shop.

2. As Joias constarão de dois ramos de louros atados abaixo por um laço e aberto logo acima onde se encaixa a fita. No meio dos ramos de louros estará o símbolo do cargo.

3. Pende desta joia um emblema DeMolay em tamanho proporcional, ou seja, apenas um pouco menor do que o restante do conjunto acima.

4. Os itens descritos no item 2, exceto a fita, serão dourados confeccionados em latão ou material semelhante.

5. O emblema DeMolay será colorido e confeccionado com o mesmo material dos itens citados no item 2.

6. A fita da joia será confeccionada em tecido vermelho e se integra ao restante do conjunto através do encaixe que fica logo acima dos ramos de louro.

7. A fita vermelha terá comprimento de 45 cm e 1,5 cm de largura, conforme a comercializada pelo DeMolay Shop.

8. A Joia deve ser usada sobre os ombros, em volta do pescoço e por cima da capa, procurando-se fazer com que a insígnia do cargo esteja sempre visível.

9. Todos os Oficiais devem estar usando suas joias ao entrar na Sala Capitular e devem retirá-las apenas ao sair dela.

10. Os Oficiais Instaladores não usam joias. Elas são privativas dos Oficiais do Capítulo em suas Reuniões Ordinárias, Extraordinárias ou Públicas.

11. A colocação da joia não significa a instalação no cargo. Esta se dá com a alocação do Oficial no seu posto. Portanto, as joias devem estar sendo usadas pelos Oficiais a serem instalados.

12. A joia do Mestre Conselheiro é o símbolo da função, devendo ser este o símbolo que o Primeiro, Segundo Conselheiro ou outro DeMolay que o

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substitua deve usar em seu Capítulo. O Colar do Mestre Conselheiro é privativo do DeMolay eleito (nomeado quando for o caso) e instalado para este cargo. O Mestre Conselheiro deve usá-lo em qualquer Reunião Ordinária ou Pública onde participar sempre atendendo ao prescrito na Suprema Instrução 21.

13. Este modelo de joias e as especificações aqui contidas são os Oficiais adotados pelo Supremo Conselho e estão vedadas quaisquer outros modelos que contradigam estas.

Certos de que este tema está bem alinhado com todos, contamos com o cumprimento fiel de todos os envolvidos para que possamos ter uma prática uniforme do trabalho de Ritual.

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Esta é a mais recente Suprema Instrução. Ela foi lançada depois que percebemos a existência de modelos diferentes de joia Brasil a fora. Talvez não na Joia, mas na fita da qual pende a joia de Oficial.

Quando foi criada a SI que tratava de colares e comendas poderia abordar as joias, mas como se sabia até então de um único modelo, não achamos necessário. Contudo observamos que alguns Capítulos usavam diferentes modelos e se apoiavam na ideia de que nada estava especificando o modelo.

Ora, algumas coisas não carecem de estar escritas por uma simples questão de exclusão. No Brasil, nunca se ouviu falar de outro modelo, oficialmente falando. O DeMolay Shop nunca produziu joias diferentes, a Loja Oficial do DeMolay International, DeMolay Store and More produz um único modelo. Logo se depreende que não há outro modelo.

Existem modelos variados nos Estados Unidos, mas cabe lembrar que são bastante antigas, algumas já em desuso, em época que não se falava muito em padrão. Temos que lembrar que nos EUA, cada Oficial Executivo tem liberdade de fazer determinadas alterações. Reflexo do próprio sistema de governo e legislação da sociedade americana. Não se encaixa em nosso modelo que segue uma forma mais centralizada.

Assim, especificamos até mesmo as dimensões da joia e quando usá-la.

Todos devem entrar e sair para a reunião portando suas joias devidamente, por cima da capa, e tirá-las ao sair da Sala Capitular. E além disto, elas são privativas dos Ativos, ou Seniores atuando como Ativos nos casos já descritos antes. Instaladores não devem usar joias. Elas também não garantem a instalação no cargo. Por isto mesmo os Oficiais já devem entrar portando-as como identificação.

A joia do Mestre Conselheiro é a joia do presidente da sessão. Ou seja, o DeMolay que substituir o Mestre Conselheiro em qualquer ocasião deverá usar sua joia. O colar, ao contrário, é a representação do titular do cargo, aquele que foi eleito (em alguns casos especiais, nomeado) para liderar e passou pela instalação naquele posto. Isto quer dizer que se o Mestre Conselheiro faltar e o 1º Conselheiro tiver que assumir, este usará a joia de Mestre Conselheiro. O colar, no entanto, permanecerá em posse do Mestre Conselheiro titular.

Se houver visita em algum Capítulo ou outra instituição e o Mestre Conselheiro estiver presente, representará o grupo e usará seu colar. Se o Mestre Conselheiro não estiver e o 1º Conselheiro, 2º Conselheiro ou outro membro estiver representando-o, não usará o colar nem joia ou deferência, sendo apenas citado e tratado como representante legal do Capítulo na ausência do Mestre Conselheiro.

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CONCLUSÃO

Procuramos mostrar aqui a importância das Supremas Instruções e a motivação de cada uma, bem como ainda explicamos situações pormenorizadas e informações adicionais sobre a prática Ritualística e alguns pontos administrativos.

O mais relevante é que todos saibam que as Supremas Instruções atendem a dispositivo estatutário e são necessárias. O nosso foco é a unificação e, para isto, temos que deixar de lado o pensamento minha tradição e meu costume, quando o que tem que ficar é o costume da Ordem DeMolay. Quem define este costume é o Ritual, enquanto o Supremo preenche as lacunas com estas Instruções.

Elas não são definitivas. Você irá perceber que passaram por algumas reformulações e até mesmo correções ortográficas. É algo normal porque sendo seremos humanos, o Grande Mestre e os membros da Comissão podem errar. Mas mesmo assim, pedimos que sigam o modelo, e se encontrarem erros, que os enviem por e-mail, telefone ou contatos em redes sociais e nós faremos o possível para resolver.

Se por um lado estamos dizendo que o padrão da Ordem deve se sobressair, também estamos dizendo que vocês podem interferir neste padrão. Como já constataram, algumas novas Cerimônias criadas por DeMolays brasileiros estão à disposição. Alguns entendimentos presentes nestas Supremas Instruções são de pessoas de fora da Comissão que foram ouvidas por nós e atendidas. Vocês são parte sim.

Vivemos um momento ímpar, quando o Supremo Conselho está estendendo seus braços e buscando alcançar todos os seus membros e todas as suas atividades, se organizar e padronizar o que é necessário, de maneira que onde se vá, possamos ver a cara da Ordem Brasileira, mesmo com os aspectos de cada lugar respeitado.

E quais são então os aspectos regionais que podem influenciar na Ritualística?

O trejeito da apresentação, a variação da fala, o material usado, a opção por determinadas escolhas que o Ritual permite, tais como a Ordem de instalação ou o juramento dos membros do Capítulo na Cerimônia de Instalação; o tipo de música usado; as vestimentas do Grau DeMolay etc.

Não podemos é assimilar a ideia de que cada Capítulo no país tem uma Ritualística própria, quando todos se comprometem a obedecer a um Estatuto que diz o contrário.

Assim, estamos levando as Supremas Instruções até vocês para que conheçam e assim saibam o que cobrar e porque cobrar de seus Capítulos e Conselhos Consultivos. O Supremo Conselho tem um compromisso com a padronização e esta é uma luta que vocês devem abraçar também, como autoridades e exemplos a todos os jovens de nossa amada instituição.

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Esperamos que realmente informe-se sobre estes documentos e tenham-nos sempre junto de vocês, mesmo que em arquivo digital para consulta e aplicação. Agora o poder para pô-las em prática estará também em suas mãos, porque cada nova SI que for lançada, chegará ao seu e-mail com uma explicação e haverá a possibilidade de dirimir suas dúvidas e fazer quaisquer reclamações. O nosso desejo é trabalhar de forma integrada com todos vocês.