suporte basico a vida - sinais vitais

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  • 5/28/2018 Suporte Basico a Vida - Sinais Vitais

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Palhoa

    UnisulVirtual2007

    Suporte Bsico da Vida

    Disciplina na modalidade a distncia

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    Crditos

    Unisul - Universidade do Sul de Santa CatarinaUnisulVirtual - Educao Superior a Distncia

    Campus UnisulVirtualRua Joo Pereira dos Santos, 303Palhoa - SC - 88130-475Fone/fax: (48) 3279-1541 e3279-1542E-mail: [email protected]: www.virtual.unisul.br

    Reitor UnisulGerson Luiz Joner da Silveira

    Vice-Reitor e Pr-ReitorAcadmicoSebastio Salsio Heerdt

    Chefe de Gabinete da ReitoriaFabian Martins de Castro

    Pr-Reitor AdministrativoMarcus Vincius Antoles da SilvaFerreira

    Campus SulDiretor: Valter Alves Schmitz NetoDiretora adjunta: AlexandraOrsoni

    Campus NorteDiretor: Ailton Nazareno SoaresDiretora adjunta: Cibele Schuelter

    Campus UnisulVirtualDiretor: Joo VianneyDiretora adjunta: JucimaraRoesler

    Equipe UnisulVirtual

    Administrao

    Renato Andr LuzValmir Vencio Incio

    BibliotecriaSoraya Arruda Waltrick

    Cerimonial de FormaturaJackson Schuelter Wiggers

    Coordenao dos CursosAdriano Srgio da CunhaAlosio Jos RodriguesAna Luisa MlbertAna Paula Reusing PachecoCtia Melissa S. Rodrigues(Auxiliar)Charles Cesconetto

    Diva Marlia FlemmingItamar Pedro BevilaquaJanete Elza FelisbinoJucimara RoeslerLilian Cristina Pettres (Auxiliar)Lauro Jos BallockLuiz Guilherme BuchmannFigueiredoLuiz Otvio Botelho LentoMarcelo CavalcantiMauri Luiz HeerdtMauro Faccioni FilhoMichelle Denise Durieux LopesDestriMoacir HeerdtNlio HerzmannOnei Tadeu DutraPatrcia AlbertonPatrcia PozzaRaulino Jac BrningRose Clr E. BecheTade-Ane de Amorim(Disciplinas a Distncia)

    Design GrficoCristiano Neri Gonalves Ribeiro(Coordenador)Adriana Ferreira dos Santos

    Alex Sandro XavierEvandro Guedes MachadoFernando Roberto DiasZimmermannHigor Ghisi LucianoPedro Paulo Alves TeixeiraRafael PessiVilson Martins Filho

    Gerncia de Relacionamentocom o MercadoWalter Flix Cardoso Jnior

    Logstica de Encontros

    PresenciaisMarcia Luz de Oliveira(Coordenadora)Aracelli AraldiGraciele Marins LindenmayrGuilherme M. B. PereiraJos Carlos TeixeiraLetcia Cristina BarbosaKnia Alexandra Costa HermannPriscila Santos Alves

    Logstica de MateriaisJeferson Cassiano Almeida daCosta (Coordenador)

    Eduardo Kraus

    Monitoria e SuporteRafael da Cunha Lara(Coordenador)Adriana SilveiraCaroline MendonaDyego RachadelEdison Rodrigo ValimFrancielle ArrudaGabriela Malinverni BarbieriJosiane Conceio LealMaria Eugnia Ferreira CeleghinRachel Lopes C. PintoSimone Andra de CastilhoTatiane Silva

    Vincius Maycot Serafim

    Produo Industrial eSuporteArthur Emmanuel F. Silveira(Coordenador)Francisco Asp

    Projetos CorporativosDiane Dal MagoVanderlei Brasil

    Secretaria de Ensino aDistncia

    Karine Augusta Zanoni(Secretria de Ensino)Ana Lusa MittelztattAna Paula PereiraDjeime Sammer BortolottiCarla Cristina SbardellaFranciele da Silva BruchadoGrasiela MartinsJames Marcel Silva RibeiroLamuni SouzaLiana PamplonaMarcelo PereiraMarcos Alcides Medeiros JuniorMaria Isabel AragonOlavo LajsPriscilla Geovana PaganiSilvana Henrique SilvaVilmar Isaurino Vidal

    Secretria ExecutivaViviane Schalata Martins

    TecnologiaOsmar de Oliveira Braz Jnior(Coordenador)Ricardo Alexandre BianchiniRodrigo de Barcelos Martins

    Equipe Didtico-pedaggica

    Capacitao e ApoioPedaggico TutoriaAngelita Maral Flores(Coordenadora)Caroline BatistaEnzo de Oliveira MoreiraPatrcia MeneghelVanessa Francine Corra

    Design InstrucionalDaniela Erani Monteiro Will

    (Coordenadora)Carmen Maria Cipriani PandiniCarolina Hoeller da Silva BoeingDnia Falco de BittencourtFlvia Lumi MatuzawaKarla Leonora Dahse NunesLeandro Kingeski PachecoLigia Maria Soufen TumoloMrcia LochViviane BastosViviani Poyer

    Ncleo de Avaliao daAprendizagem

    Mrcia Loch (Coordenadora)Cristina Klipp de OliveiraSilvana Denise Guimares

    Pesquisa e DesenvolvimentoDnia Falco de Bittencourt(Coordenadora)

    Ncleo de Acessibilidade

    Vanessa de Andrade Manoel

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    Apresentao

    Este livro didtico corresponde disciplina Suporte Bsico daVida.

    O material foi elaborado visando a uma aprendizagem autnoma,abordando contedos especialmente selecionados e adotando umalinguagem que facilite seu estudo a distncia.

    Por falar em distncia, isso no significa que voc estar sozinho.

    No esquea que sua caminhada nesta disciplina tambmser acompanhada constantemente pelo Sistema Tutorial daUnisulVirtual. Entre em contato sempre que sentir necessidade,por telefone, e-mail ou Espao Virtual de Aprendizagem. Nossaequipe ter o maior prazer em atend-lo, pois sua aprendizagem nosso principal objetivo.

    Bom estudo e sucesso!

    Equipe UnisulVirtual.

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    Jlio Csar Marchi

    Nazar O. Nazrio

    Palhoa

    UnisulVirtual

    2007

    Design instrucional

    Carmen Maria Cipriani Pandini

    Suporte Bsico da Vida

    Livro didtico

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    Copyright UnisulVirtual 2007

    Nenhuma parte desta publicao pode ser reproduzida por qualquer meio sem a prvia autorizao desta instituio.

    Edio --- Livro Didtico

    Professor ConteudistaJlio Csar Marchi

    Nazar O. Nazrio

    Design Instrucional

    Carmen Maria Cipriani Pandini

    ISBN 978-85-60694-56-3

    Projeto Grfico e CapaEquipe UnisulVirtual

    Diagramao

    Fernando Zimmermann

    Pedro Teixeira

    Reviso OrtogrficaB2B

    614.88

    M26 Marchi, Jlio Csar

    Suporte bsico da vida : livro didtico / Jlio Csar Marchi, Nazar O.

    Nazrio ; Design instrucional Carmen Maria Cipriani Pandini. Palhoa :

    UnisulVirtual, 2007.

    102 p. : il. ; 28 cm.

    Inclui bibliografia.ISBN 978-85-60694-56-3

    1. Primeiros socorros. 2. Parada cardiorrespiratria. I. Nazrio, Nazar

    O. II. Pandini, Carmen Maria Cipriani. III. Ttulo.

    Ficha catalogrfica elaborada pela Biblioteca Universitria da Unisul

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    Apresentao . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3

    Palavras das professoras conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .9

    Plano de estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11

    UNIDADE 1 Noes bsicas de suporte da vida: sinais vitais e princpios de biossegurana . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15

    UNIDADE 2 Parada cardiorrespiratria e reanimao . . . . . . . . . . . . . . . . 41UNIDADE 3 Abordagem inicial vtima: trauma, intoxicaes, acidente com animais peonhentos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61

    Para concluir o estudo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93

    Referncias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

    Sobre as professoras conteudistas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97

    Respostas e comentrios das atividades de auto-avaliao . . . . . . . . . . . . . 99

    Sumrio

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    Palavras dos Professores

    Este o livro de Suporte Bsico da Vida. Ser, certamente,um material importante para acrescentar aos conhecimentosconstrudos at aqui no seu Curso Superior em SeguranaPublica. O objetivo do material orientar voc a prestar oprimeiro atendimento s vtimas de quaisquer acidentes ou malsbito, por meio dos conhecimentos advindos do estudo dosprocedimentos ligados ao Suporte Bsico de Vida. So noesimportantes e que faro a diferena quando voc se deparar emuma situao de perigo e de atendimento de emergncia.

    Este livro adquire, portanto, uma importncia fundamentalna medida em que for entendido como mais um instrumentoque poder auxiliar os profissionais ou os leigos a salvaremvida, pois como todos sabemos a vida o nosso bem maisprecioso!

    Os professores.

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    Plano de estudo

    O plano de estudo visa orientar voc no desenvolvimento dadisciplina. Ele possui elementos que o ajudaro a conhecer ocontexto da disciplina e a organizar o seu tempo de estudos.

    O processo de ensino e aprendizagem na UnisulVirtual levaem conta instrumentos que se articulam e se complementam,portanto, a construo de competncias se d sobre aarticulao de metodologias e por meio das diversas formas deao/mediao.

    So elementos desse processo:

    o livro didtico;

    o EVA (Espao UnisulVirtual de Aprendizagem); e

    as atividades de avaliao (complementares, a distnciae presenciais).

    Ementa

    Avaliao da gravidade da doena ou situao de emergncia.Reconhecimento da parada respiratria e parada cardaca.

    Suporte bsico da parada respiratria e cardaca. Transportede doentes graves. Intoxicaes agudas. Acidentes por animaispeonhentos. Treinamento em suporte bsico da vida e socorronas situaes de emergncia.

    Carga Horria

    60 horas-aula.

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    Objetivos

    Geral:

    Orientar voc a prestar o primeiro atendimento s vtimas dequaisquer acidentes ou mal sbito, por meio dos conhecimentosadvindos do estudo dos procedimentos ligados s tcnicas doSuporte Bsico de Vida.

    Especficos:

    Realizar avaliao primria e secundria em vtimasportadoras de intercorrncia de urgncia/emergncia.

    Observar princpios de biossegurana.

    Verificar sinais vitais e sinais diagnsticos na avaliao davtima.

    Identificar os sinais clnicos de parada cardiorrespiratriano adulto e na pediatria.

    Realizar manobras de suporte bsico de vida nareanimao cardiorrespiratria no adulto e na pediatria.

    Realizar o atendimento pr-hospitalar s vtimas detrauma providenciando o transporte imediato.

    Prestar atendimento inicial s vtimas de intoxicaes

    exgenas.Prestar atendimento inicial s vtimas de acidentes comanimais peonhentos.

    Contedo programtico/objetivos

    Veja, a seguir, as unidades que compem o livro didtico desta

    disciplina e os seus respectivos objetivos. Esses se referem aosresultados que voc dever alcanar ao final de uma etapa de

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    Nome da disciplina

    estudo. Os objetivos de cada unidade definem o conjunto deconhecimentos que voc dever possuir para o desenvolvimentode habilidades e competncias necessrias sua formao.

    Unidades de estudo: 3

    Agenda de atividades/ Cronograma

    Verifique com ateno o EVA, organize-se para acessarperiodicamente o espao da disciplina. O sucesso nosseus estudos depende da priorizao do tempo para aleitura, da realizao de anlises e snteses do contedo eda interao com os seus colegas e tutor.

    No perca os prazos das atividades. Registre no espaoa seguir as datas com base no cronograma da disciplinadisponibilizado no EVA.

    Use o quadro para agendar e programar as atividadesrelativas ao desenvolvimento da disciplina.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Atividades

    Avaliao a distncia

    Avaliao presencial

    Avaliao final (caso necessrio)

    Demais atividades (registro pessoal)

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    UNIDADE 1

    Noes bsicas de Suporte davida: sinais vitais e princpiosde biossegurana

    Objetivos de aprendizagem

    Realizar avaliao primria e secundria em vtimasportadoras de intercorrncia de urgncia/emergncia.

    Observar princpios de biossegurana no atendimentode suporte bsico de vida.

    Verificar sinais vitais e sinais diagnsticos na avaliao davtima.

    Sees de estudo

    Seo 1 Noes bsicas de suporte bsico da vida:avaliao primria e secundria.

    Seo 2 Sinais Vitais e Sinais Diagnsticos.

    Seo 3 Princpios Gerais de Biossegurana.

    1

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Nesta Unidade, na Seo 1 voc ter noes gerais sobre o

    suporte bsico de vida para que voc comece a se familiarizarcom o tema e com definies de termos importantes que seroutilizadas no desenvolvimento da disciplina. Em seguida, naseo 2, ser abordado o tema biossegurana que tratar deaes voltadas para a preveno de riscos inerentes prestaode atendimento s vtimas no ambiente pr-hospitalar.Posteriormente, na Seo 3, discutiremos os sinais vitais e ossinais diagnsticos, parmetros que servem para a avaliao dacondio orgnica da vtima. Nas sees 4 e 5, que encerram a

    Unidade 1, apresentaremos a forma de fazer o diagnstico daparada cardiorrespiratria bem como a realizao do suportebsico de vida no ambiente pr-hospitalar. Ser apresentada avoc a forma de realizar o ABCda reanimao que consiste dasubstituio das funes pulmonares e cardacas at que o suporteavanado de vida possa ser alcanado para a continuidade doatendimento.

    SEO 1 - Suporte bsico da vida: avaliao inicial davtima

    As potencialidades de recuperao das vtimas portadoras deum mal estar sbito crescem em relao rapidez com queas situaes de urgncias/emergncias so reconhecidas eadequadamente tratadas. Medidas intempestivas no atendimentode suporte bsico de vida podem resultar em aumento dos ndicesde morbimortalidade.

    Populares leigos, na nsia de ajudar e tambm por falta deconhecimento especfico, relacionado ao suporte bsico de vida,ao tentarem prestar socorro vtima, podem contribuir para oagravamento da situao, inclusive com danos irreversveis. Umapossibilidade de reverter esse quadro a educao voltada paraeste tema, como o caso da disciplina de Suporte Bsico da Vida,que tem o objetivo de compartilhar, com mais uma parcela dapopulao, conhecimentos que podem contribuir para SALVAR

    VIDAS!

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    Sabe-se que os traumas em geral e/ou qualquer outra situaoque leve ao mal estar sbito, por exemplo, podem causar a morteda vtima antes que a mesma tenha acesso a uma unidade de

    urgncia-emergncia. Por isso, a abordagem deve iniciar, quandonecessrio, no local e, ter continuidade durante o transporteat o hospital para o atendimento de suporte avanado de vidarealizado por profissionais preparados para tal assistncia.

    Ao aproximar-se da vtima o socorrista, com conhecimento e/outreinamento de suporte bsico de vida, far uma avaliao iniciale poder realizar procedimentos, preparando-a para o transporteseguro at um servio de emergncia.

    Nessa seo procuraremos situar voc sobre a importncia doconhecimento que estaremos compartilhando na disciplinade Suporte Bsico da Vida e por isso a seguir apresentaremosalgumas definies bsicas que o ajudaro na compreenso datemtica.

    Definies preliminares

    A seguir, descrevemos alguns termos para contextualizarmos ocontedo a ser tratado e entender melhor os tpicos abordados.

    O que emergncia?

    Implica sempre em situao crtica que pode ser definida, demodo abrangente, como aquela em que a vtima entra em

    desequilbrio de suas funes vitais, por enfrentar agresses,internas ou externas, ao organismo. Tambm pode ser definidacomo a situao que resulta em drstico transtorno sade ou emsbita ameaa vida, que exige interveno imediata para evitarcomplicaes graves ou mesmo a morte da vtima. Exemplos:hemorragia arterial, parada cardiorrespiratria, afogamento.

    O que Urgncia?

    uma situao em que a vtima apresenta disfunes sriasque necessitam de interveno, avaliao e atendimento, emborano imediatamente. A situao de urgncia coloca em perigo a

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    sade da vtima e pode evoluir para uma emergncia. Exemplos:desmaio, fratura simples fechada, crise hipertensiva entre outras.

    Sinais: o que so?So alteraes orgnicas que o socorrista fazendo uso dossentidos (viso, tato, audio e olfato) pode perceber, durante aavaliao da vtima, como por exemplo, a palidez, hipertemia elevao da temperatura, sudorese suor excessivo, sangramento,edema inchao, odor alcolico, entre outros.

    O que so sintomas e como identific-los?

    So sensaes que a vtima experimenta e capaz de descrever,por exemplo: dor, calor, frio, fraqueza, tontura ou sensao demal estar.

    O que significa Suporte Bsico de Vida SBV ?

    So medidas iniciais e imediatas aplicadas vtima, fora doambiente hospitalar, onde so realizadas aes por pessoaltreinado na tentativa de manter os sinais vitais respirao,

    pulsao, temperatura e presso arterial -, evitando oagravamento de leses.

    O que significa Suporte Avanado de Vida SAV?

    um conjunto de medidas que visam, atravs do emprego detcnicas, aparelhos e medicamentos a estabilizar a vtima doponto de vista respiratrio, circulatrio e neurolgico, permitindoo controle de leses de modo adequado a fim de proceder aotratamento definitivo.

    Na seqncia, apresentaremos a definio de socorrista e as suascaractersticas que consistem de atribuies e responsabilidadesrelacionadas segurana pessoal, deveres no local da cena e osaspectos importantes a serem observados na prestao de suportebsico de vida vtima em situao de urgncia/emergncia.Alm destas caractersticas necessrio considerar habilidades easpectos legais no atendimento.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    Ento, socorristapode ser definido como o indivduo treinadopara ter acesso vtima, identificar o que h de errado, atravsda realizao de avaliao primria e secundria, e providenciar

    o atendimento adequado na cena. Esse atendimento consistede estabilizao da vtima e de providencias para o transporte emergncia hospitalar onde a mesma receber o atendimento desuporte avanado de vida. O atendimento e o transporte poderoser realizados pelo Servio de

    Ateno Mvel de Urgncia - SAMU, Polcia Militar/Corpode Bombeiros, Polcia Rodoviria Estadual/Federal ou outrosservios privados de atendimento pr-hospitalar.

    QUAIS DEVEM SER AS CARACTERSTICAS DOSOCORRISTA?

    Segurana Pessoal

    segurana na aproximao da vtima e durante oatendimento.

    segurana relacionada a proteo contra doenasinfecciosas (uso de Equipamentos de ProteoIndividual EPIs - para evitar contato com sanguee outros f ludos corpreos). Na seo 3 estar sendocompartilhado com voc este contedo.

    Deveres e Responsabilidades do Socorrista na Cena

    Existem alguns deveres e responsabilidades que um socorristadeve ter em conta. Ele precisa, sempre:

    realizar o acesso vtima com segurana utilizando-sede EPIs;

    realizar a avaliao primria e secundria da vtima,providenciando atendimento imediato para amanuteno dos sinais vitais;

    mobilizar a vtima somente quando necessrio para a

    realizao de algum procedimento com a garantia deno ocasionar leses adicionais;

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    auxiliar na transferncia da vtima e prestarinformaes pertinentes quem assumir acontinuidade do atendimento;

    no caso de acidentes, controlar o local protegendo a si,a vtima e prevenindo outros acidentes;

    utilizar de informaes obtidas no local e da avaliaoda cena, alm dos exames, primrio e secundrio, paraidentificar o que est acontecendo com a vtima;

    decidir quando os requisitos de segurana ou oatendimento exigirem a mobilizao da vtima,minimizando as possibilidades de leses adicionais;

    obter ajuda do pessoal presente na cena e controlarsuas atividades e

    providenciar o servio mvel para a transfernciada vtima e prestar as informaes pertinentes enecessrias para a continuidade da assistncia.

    Quais os aspectos mais importantes a seremconsiderados pelo Socorrista?

    agir com rapidez e sem precipitao;

    aprender a lidar com o pblico;

    ter discernimento quanto aos limites do que pode sercomunicado vtima;

    controlar seus sentimentos no local da emergncia;

    ser disciplinado evitar comentrios desnecessrios- concentrar-se em suas atividades;

    Ao chamar o servio mvel de atendimento semergncias, o socorrista deve, sempre que possvel,fornecer as seguintes informaes:

    a) localizao exata da ocorrncia, nome ou nmero da

    rodovia, ponto de referncia.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    b) tipo e gravidade da ocorrncia se h fratura,dificuldade respiratria, sangramento-;

    c) nmero de vtimas e idade aproximada das mesmas;

    d) detalhe importante da situao, por exemplo se asvtimas esto presas a ferragens ou se h combustvelinflamvel no local e

    e) nmero de telefone para contato, se houver.

    No caso de encontrar a vtima inconsciente:

    procurar documentos junto vtima e tentar fazer

    contato com familiares ou amigos da mesma;na realizao de contatos evitar passar impresso de

    gravidade da situao e

    fornecer com clareza dados que identifiquem o localda intercorrncia e para onde a vtima est sendoencaminhada.

    Aspectos legais no atendimento s urgncias/emergncias

    Existem alguns aspectos legais que devem ser levados em contano atendimento s urgncias:

    DEVER AGIR

    Os socorristas, equipes do SAMU, da polcia ou do corpode bombeiros, ao serem solicitados, devem proporcionar umatendimento imediato, conforme procedimentos operacionais deseus servios;

    NEGLIGNCIA

    a no observao de padres de assistncia no atendimento vtima, que poder ocasionar agravos adicionais com abrangnciafsica ou emocional. Exemplo: mobilizao de vtima commembro inferior fraturado sem a realizao de imobilizao dolocal;

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    ABANDONO

    Uma vez iniciado o atendimento vtima, o socorrista no podemais sair do local antes da chegada de pessoal mais qualificado

    ou de ter providenciado a transferncia do mesmo para o suporteavanado;

    CONSENTIMENTO INFORMADO

    a autorizao dada por um adulto consciente, aps tersido informado sobre o preparo do socorrista, para prestaro atendimento necessrio vtima. Os riscos e as opes deatendimento podem ser discutidos;

    CONSENTIMENTO IMPLCITO

    Presume-se que a vtima inconsciente ou gravemente ferida,bem como menores feridos, desacompanhados dos pais ouresponsveis, desejariam receber cuidados de emergncia/urgncia. Aplica-se tambm vtima desacompanhada e comdistrbios mentais;

    SIGILOOs comentrios desnecessrios, sobre o atendimento vtimadepem contra a privacidade da mesma e dizem respeito a faltade sigilo.

    Como fazer a avaliao da vtima?

    A avaliao da vtima um meio de obter informaes sobreos problemas apresentados por ela decorrentes, por exemplo,de um mal estar sbito, de um trauma ou de uma paradacardiorrespiratria.

    A avaliao primria ou inicial tem a finalidade de identificare corrigir situaes em que a vtima apresenta risco de morte,levando em conta:

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    Inicialmente utilize o AVDN para avaliar o nvel deconscincia da vtima

    A:est Alerta?V:responde a estmulos Verbais?

    D:responde a estmulos Dolorosos?

    N:Quando a resposta a esses 3 (trs) questionamentos negativa o socorrista comprova a inconscincia davtima.

    Na realizao do ABC o socorrista deve avaliar a partir dosseguintes questionamentos:

    A Vias Areas:esto permeveis (livres) ou obstrudas?A vtima respira sozinha ou necessita de ajuda paracontinuar respirando?

    B- Respirao:est presente ou ausente? A ventilao adequada - tem ritmo e elevao do trax- ou arrtmica e superficial?

    C Circulao:o pulso estpresente nas grandes artrias:femoral -na virilha (figura 1)- ou carotdea na lateral dopescoo (Figura 2). A vtimaapresenta hemorragia externae/ou sinais de sangramentointerno: respirao e pulsoacelerados, palidez na pele e

    mucosa, sudorese, pele fria epegajosa?

    Ento, na avaliao primriao socorristaavalia o nvel de conscincia, a presenade respirao e a qualidade da ventilao,a presena de pulso palpvel (indicativoda presena ou ausncia de circulao) esinais de hemorragia externa ou interna,intervindo sempre que necessrio,

    Figura1 Pulso femoral

    Figura2 Pulso carotdeofemoral

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    utilizando oABCda reanimao este tema ser abordado nassees 4 e 5 Neste momento o apresentaremos de modo sucintopara que voc comece a memorizar os passos da reanimao

    cardiorrespiratria.Na etapa A(Airway) deve ser realizada a abertura de vias areassuperiores. Na ausncia de trauma para abrir as vias areasrealizar a hiperextenso da cabea com elevao do mento. Nasituao de evidencia ou na suspeita de trauma cervical imobilizara coluna cervical e elevar os ngulos da mandbula. Aps aabertura das vias areas examinar a cavidade oral para detectar apresena de corpos estranhos.

    Na etapa B(Breathe) o socorrista realiza o ver/ouvir/sentir, quecorresponde verificao de elevao torcica, ouvir e sentiros rudos respiratrios, e comprova a presena ou ausncia derespirao. Na ausncia de respirao, realizar duas ventilaes deresgate e a seguir passa para a terceira etapa.

    Na etapa C(Circulation) deve ser realizada a palpao dopulso carotdeo, que no deve demorar mais que 10 segundose na ausncia deste iniciar compresso torcica que deve ser

    sincronizada com os movimentos ventilatrios.

    O que voc achou da avaliao primria? Fcil ouDifcil?

    Se voc achou difcil e ficou muito curioso d umachegada nas Sees 4 e 5 ou no se preocupe comisso agora pois vamos retornar a esse tema nas seesespecficas, sobre reanimao cardiorrespiratria noadulto e na criana.

    Agora que voc j tem noo de como realizar a avaliaoprimria vamos apresentar a avaliao secundria (etapa E)queconsiste na Exposio (retirada das vestimentas) da vtima paraa realizao do exame fsico, no sentido cfalo-caudal ou seja,o exame que realizado comeando na cabea e terminando naregio dorsal - usando as duas mos, comparando um lado docorpo com o outro. Esta avaliao realizada aps a avaliao

    primria e as correes das situaes que colocam a vtimaem risco de morte: ausncia de respirao, ausncia de pulso e

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    grandes hemorragias. No dia-a-dia comum nos depararmoscom vtimas inconscientes e, muitas vezes, no sabemos o queaconteceu. Ento precisamos afastar a possibilidade de traumas

    de um modo geral, por isso o exame fsico deve ser realizado demaneira cuidadosa. Na seo 6 que trata da abordagem inicial vtima de trauma voc encontrar um roteiro que serve de guiapara a realizao da avaliao secundria.

    Vamos exercitar, antes de seguir?

    Responda s questes e consulte o final do livro para verificar asespostas.Se no acertou reveja o contedo. Aprofunde a leitura.

    1. O objetivo do exame primrio identificar:

    a. leses ocultas da cabea.

    b. a causa do choque.

    c. leso da coluna cervical.

    d. condies que ameaam a vida.

    e. a vtima que precisa ser transferida.

    2. No exame da vtima a etapa E consiste de:

    a. encaminhamento ao hospital para realizao do suporte avanado devida.

    b. exposio da vtima para a avaliao secundria.

    c. exposio da vtima para avaliao primria.

    d. as alternativas a e b esto corretas.

    e. Nenhuma das anteriores.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    3. No atendimento de uma vtima inconsciente a medida fundamental noSuporte Bsico da Vida - SBV consiste:

    a. Buscar a causa da inconscincia

    b. Procurar a realizao de uma Tomografia Computadorizada

    c. Abrir vias areas permitindo que a vtima respire efetivamente

    d. Ligar para o Centro de Informaes Toxicolgicas e solicitar orientaes.

    e. Nenhuma das anteriores

    4. Com relao definies bsicas de no Suporte da Vida correlacione ascolunas a seguir e assinale a alternativa correta:

    ( I ) Emergncia ( )Condies apresentadas pela vtima, observadas atravs dos sentidos dosocorrista.

    ( II ) Urgncia ( )Conjunto de medidas que visa, atravs do emprego de tcnicas, aparelhos emedicamentos, estabilizar a vtima, permitindo o diagnstico de leses demodo adequado a fim de proceder ao tratamento definitivo.

    ( III ) Sinais ( )Medidas iniciais e imediatas (no-invasivas) aplicadas vtima, fora doambiente hospitalar, na tentativa de manter os sinais vitais e evitar oagravamento de leses, devendo ser executada por pessoa treinada.

    ( IV ) Sintomas ( )Drstico transtorno sade ou em sbita ameaa vida, exigindointerveno imediata.

    ( V ) - SBV ( )Sensaes que a vtima apresenta, capaz de descrever; as vezes necessrio o questionamento.

    ( VI ) SAV ( )Alteraes orgnicas importantes que no necessitam de intervenoimediata.

    a. IV III V I IV - II

    b. III VI V I IV - II

    c. IV III VI II IV - I

    d. III VI V II IV - I

    e. Nenhuma das anteriores.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    5. Existem responsabilidades que so inerentes ao socorrista ao prestarqualquer atendimento de Suporte Bsico de Vida vtima. Assinale aalternativa correta.

    a. decidir quando os requisitos de segurana ou de assistncia exigirema mobilizao da vtima, minimizando as possibilidades de lesesadicionais.

    b. obter ajuda do pessoal presente no local da emergncia e controlarsuas atividades.

    c. providenciar a transferncia/informaes necessrias continuidade daassistncia.

    d. Todas as afirmativas acima so consideradas responsabilidades doSocorrista.

    e. Nenhuma das anteriores.

    Feito o exerccio, voc pode passar leitura da seo 2. Vamosl?

    SEO 2 - Noes de Biossegurana

    O que biossegurana?

    o conjunto de aes voltadas para a preveno, minimizaoou eliminao de riscos inerentes s atividades de pesquisa,produo, ensino, desenvolvimento tecnolgico e prestao deservios, que pode comprometer a sade do homem, dos animais,

    do meio ambiente ou a qualidade dos trabalhos desenvolvidos.

    A experincia tem demonstrado que o socorrista freqentementese expe a situaes que podem colocar em risco a sua vida. Porisso, necessrio o bom senso, a obedincia s normas sanitrias normas de precauo padro para reduzir a exposio sdoenas infecciosas e a utilizao dos Equipamentos deProteo Individual (EPIs):luva de ltex ou de vinil, culosprotetor, mscara facial, mscara de fluxo unidirecional e

    aventais. Estas normas devem ser seguidas, rigorosamente, para adiminuio dos riscos que o socorrista est exposto.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Precaues padresso medidas a serem tomadascom as substncias corpreas de todos os indivduos,independente de estado infeccioso ou no,

    relacionadas aos modos de transmissibilidade dasdoenas.

    As infeces podem ser causadas porvrus resfriados, hepatite,HIV - e/oubactrias amigdalites, tuberculose, meningite.Os microorganismos, que causam infeco, so chamados depatognicos e podem ser encontrados nos fludos corporais, comopor exemplo: sangue, secrees orais e de vias areas superiores,como coriza e saliva, e oriundas da tosse, do espirro e darespirao da vtima.

    Para o processo de contaminaoso necessrios trscomponentes:

    1) Agente:microrganismo capaz de causar infeco,chamado de patgeno.

    2) Hospedeiro: o indivduo que se encontra infectadopelo agente, tendo ou no a doena. So muitos

    os fatores que determinam a maior ou a menorsusceptibilidade para a contaminao (estadonutricional, uso de medicamentos entre outros).

    3) Meio de Transmisso: o modo como o agente transmitido ao hospedeiro. A transmisso pode serdireta e indireta.

    As principais doenas de risco para o socorristaso:

    a. HIV/AIDS transmitida por contato do sangue e deoutras secrees corporais com membranas mucosas ouferimentos cutneos.

    b. Hepatite B- transmitida por contato com sangue epode levar ao desenvolvimento de enfermidades graves.

    c. Hepatite C transmitida por contato com sangue.

    d.Tuberculose e Meningite transmitidas atravs docontato com secrees respiratrias e salivares.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    O uso de Equipamentos de Proteo Individual (EPIs)forneceproteo para que os microorganismos, presentes em fludoscorporais da vtima, no sejam transmitidos para o socorrista.

    So eles; luva, mscara/protetor facial, mscara de fluxounidirecional, culos de proteo ocular e avental.

    LUVA:ltex, vinil ou outro material sinttico e impermevel.Deve ser usada quando h possibilidade de contato com fludoscorpreos, secrees, membranas mucosas, pele com soluode continuidade, tecidos e rgos, independente de estadoinfeccioso ou no. Verifique suas mos, observe a presena deleses e se necessrio proteja-as antes de colocar as luvas. Troque

    de luva ao assistir cada vtima e despreze-a em local adequado.Lave as mos antes e aps a colocao das mesmas. As luvasno devem ser reutilizadas. Quando o atendimento vtimadurar mais do que 30 minutos est indicada a troca da luva. Nomanusear telefone e outros materiais com as mos enluvadas.

    MSCARA/PROTETOR FACIAL: a mscara cirrgica(figura 3) impede o contato direto com o sangue e fludo,enquanto que a mscara com filtro de alta eficincia (figura 4),

    impede a passagem de partculas menores, oriundas de tossee espirros da vtima. Ao usar a mscara no esqueaa mesmadeve abranger boca e nariz, as bordas - superior e inferior -devem ficar bem ajustadas a face. Evitar tossir, espirrar e falarenquanto voc est com a mesma, para manter a sua eficcia. Amscara cirrgica deve ser trocada a cada procedimento e nodeve ser reutilizada enquanto que a mscara com filtro de altaeficincia pode ser reutilizada (ver orientaes na embalagem).

    MSCARA DE FLUXO UNIDIRECIONAL: umamscara que deve ser adaptada boca/nariz da

    vtima quando a mesma est em apnia com ausncia derespirao para que o socorrista possa fazer as ventilaes desocorro. Este dispositivo impede que o ar eliminado pela vtimana expirao entre em contato com o socorrista.

    Figura 3 Par de luvas.

    Figura 4 Mscaracirrgica

    Figura 5 Mscara facialcom filtro de alta eficincia.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    CULOS PARA PROTEO OCULAR:este equipamento impede o contato de secreese outros fludos corporais, agentes mecnicos ou

    qumicos, com a membrana mucosa dos olhos dosocorrista (figura 5). Ao usar os culos observarsua adaptao, o mesmo deve ficar perfeitamenteajustado face, inclusive nas laterais dos olhos.Aps o uso desinfet-lo com lcool 70%. Osculos comuns no oferecem proteo adequada.

    AVENTAL: protegem roupas e pele descoberta,

    nos casos de atendimento a vtimas comhemorragia, mltiplos ferimentos com presenade sangramento e nos trabalhos de parto. Deveser longo, com mangas longas e punhos estreitos(figura 6) e trocado sempre que contaminado porfludos corporais; evitar manipular o avental na suaparte externa.

    Aps uso dos EPIs retirar, primeiramente, as luvas - lavaras mos - seguir retirando: culos, mscara e avental. Osequipamentos de proteo individual devem ser descartados oudesinfetados.

    Associada ao uso de EPI, a lavagem das mos(Figura 7), essencial na preveno e controle de doenas; deve ser praticadaregularmente, antes e aps o atendimento a cada vtima. Aantissepsia das mos tambm pode ser realizada e feita com a

    utilizao de lcool glicerinado a 70% e impede a proliferao degermes na pele.

    Tambm a preveno e o controle das infeces deve sefazer a partir do cuidado com os equipamentos utilizados noatendimento a vtima: limpeza, desinfeco e esterilizao.

    Alimpezaconsiste na remoo de sujidades visveis atravs daao mecnica, utilizando gua, sabo ou detergente. Existemestudos que comprovam que a presena de sujidades diminui aatividade dos desinfetantes.

    Figura 6 culos de proteo ocular.

    Figura 7 Avental

    Figura 8 lavagem dasmos.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    A desinfecoconsiste na destruio de microorganismos atravsde meios fsicos (calor) e qumicos (solues desinfetantes como olcool 70%).

    A esterilizao consiste na completa eliminao de todas asformas de vida microbiana e tambm pode ser realizada atravsde meios fsicos e qumicos.

    A seguir apresentamos atividades para que voc possa exercitaro que aprendeu e verificar o que ainda no est muito claro ecompreendido.

    Vamos exercitar, antes de seguir?

    1. O uso de EPI fornece proteo para que microorganismos, presentes emfludos corporais da vtima, no sejam transmitidos para o socorrista,

    assinale a alternativa correta.

    a. A luva deve ser usadas no contato com fludos, secrees, membranasmucosas, pele/soluo de continuidade, tecidos e rgos,independente de estado infeccioso ou no.

    b. A lavagem das mos dispensada com o uso de luvas.

    c. As luvas podem ser reutilizadas quando no h contato com sangue.

    d. As luvas devem ser trocadas quando o atendimento vtima durarmais que 3 horas.

    e. Para proteo o socorrista deve manusear telefone/outros materiaiscom luvas.

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    2. Cite os Equipamentos de Proteo Individual que devem ser utilizadospelo socorrista no atendimento vtima e quais as principais Doenasde Risco para o socorrista?

    Equipamentos de proteo Individual

    1.

    2.

    3.

    4.

    5.

    Doenas de Risco para o Socorrista

    1.

    2.

    3.

    4.

    5.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    3. Entre os principais cuidados na contaminao do socorrista, esto:

    a. fazer bochecho com cepacol.

    b. lavar as mos mesmo sem dispor de soluo antissptica.

    c. uso de gel ou cremes antisspticos na pele.

    d. cuidado para no umedecer a mscara facial.

    e. as alternativas b e d esto corretas.

    - Veja no final do livro didtico as respostas s questes apresentadas.Veja se acertou, caso no tenha acertado, volte ao contedo e estudemais um pouco.

    SEO 3 - Sinais Vitais (SV) e Sinais Diagnsticos

    As urgncias ou emergncias tm formas peculiares de semanifestar. A verificao de sinais e sintomas pode contribuirpara a avaliao das vtimas. Tradicionalmente os sinais vitais queso parmetros de avaliao da condio orgnica do indivduoso: Respirao (R), Pulso (P), Temperatura (T) e PressoArterial (PA). Nos ltimos anos a presena de Dor e Tamanho-reatividade das pupilas vem sendo considerada numa avaliaomais abrangente dos sinais e sintomas.

    Numa situao de urgncia/emergncia com perda deconscincia o socorrista deve iniciar a avaliao dos SVcom a verificao da Respirao e do Pulso.

    Voc lembra deste detalhe?

    A seo 1 quando trata da avaliao primria davtima, ou seja, a realizao do ABC lhe forneceuorientao de como realizar a verificao do Pulso eda Respirao na vtima em situao emergencial! Sevoc ainda tem dvidas retorne a seo 1 e reveja esteitem.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Respirao

    O valor normal da freqncia respiratria movimentosrespiratrios por minuto mrm para indivduos adultos est

    entre o intervalo de 12 a 20 movimentos, enquanto que para osrecm-nascidos e crianas variam conforme a idade (Tabela 1).A freqncia respiratria pode ser obtida atravs da visualizaoda elevao torcica e/ou da palpao do trax com percepodos movimentos. Os profissionais de sade utilizam tambm aausculta torcica com o estetoscpio. A respirao com ritmodeve ser verificada durante 30 segundos e multiplicada por 2. Oritmo e a profundidade so verificados atravs da visualizaoe da ausculta torcica. Achados respiratrios anormais que

    pode ser facilmente identificados no ambiente pr-hospitalarincluem: respirao superficial, profunda, lenta, rpida e uso demusculatura acessria em demasia.

    Pulso

    O valor normal do pulso do indivduo adulto em repouso variaentre 60 e 80 batimentos por minuto. Os fatores que influenciamnos valores do pulso so: idade e condicionamento fsico. Nas

    crianas o pulso varia conforme a idade (Tabela 1). Nos atletaseste valor fica em torno de 50 a 60 batimentos/minuto. Fatorescomo a gravidez, a ansiedade e o medo podem produzir aumentoda freqncia cardaca. A verificao do pulso pode ser realizadana artria cartida ou femoral artrias de grande calibre noscasos de perda de conscincia - ou em outro local onde o cursoarterial mais superficial, a exemplo de artria radial no punho.Para a obteno do valor do pulso realizar a contagem durante15 segundos e multiplicar por 4, para determinar a freqncia

    em um minuto. Alm da regularidade e da freqncia do pulsotambm deve ser avaliado quanto ao ritmo e fora. A constataode um pulso taquicrdico (valor aumentado) e fraco pode ser umsinal de perda sangnea. A ausncia de pulso pode significarleso de uma artria ou parada cardaca.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    Tabela 1 Variao do Pulso, Respirao e Presso Arterial conforme a Idade

    Idade Pulso Respirao Presso Arterial

    Recm nascido 120 160 40 60 80/40

    1 ano 80 140 30 40 82/44

    3 anos 80 120 25 30 86/50

    5 anos 70 115 20 25 90/52

    7 anos 70 115 20 25 94/54

    10 anos 10 115 15 20 100/60

    15 anos 70 90 15 20 110/64

    Adulto 60 80 15 20 120/80

    Fonte:Sanders, Mick J. Paramedic TextBook, 2001; modificado.

    Temperatura-Pele

    A pele responsvel em grande parte pela regulao datemperatura corporal, que normalmente situa-se na faixa de 36,5 a 37 Celsius. Na ausncia de termmetro ou em situaes deurgncias/emergncias, o socorrista far uma avaliao com odorso da mo, podendo verificar tambm a umidade e coloraoda pele que variam conforme as alteraes dos rgos e sistemas.Poderemos encontrar uma pele fria e mida em vtima comtraumatismo e perda sangnea, quente/seca na exposioexcessiva ao calor e fria/seca quando da exposio ao frio.

    Presso Arterial PA

    Verificada nos parmetros sistlico (PA mxima) e diastlico (PAmnima), no trajeto das artrias braquial e radial, utilizando-sedo esfigmomanmetro e estetoscpio. Os valores normais nosadultos, para a maioria dos autores variam de 100 a 145 parasistlica e 60 a 85 para diastlica, podendo variar com atividadefsica, estresse, idade, ingesta de substncias bioativas como anicotina, posio do paciente e lado da verificao. Assim, importante realizar a verificao no membro superior direito, em

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    posio sentada ou deitada, levando em conta a situao prvia davtima.

    Presena de DorA dor uma sensao aguda ou crnica de desconforto individualresultante da resposta do sistema nervoso central a um estmuloexterno ou interno no organismo. Est presente em diferentesdistrbios do organismo, sendo que nas urgncias/emergncias um dos sintomas mais relatados pela vtima, variando conformea intensidade e periodicidade, o tipo de injria (trauma), rgoafetado, idade, sexo, patologias prvias e estado de conscincia.Contribui para dimensionar as condies vividas pela vtima,orientando no exame secundrio alm do estabelecimento deprioridade na abordagem.

    Tamanho e Reatividade das Pupilas

    O exame das pupilas fornece informao quanto ao estadoneurolgico da vtima. Normalmente as pupilas so iguais,redondas e reagem luz. As alteraes a serem consideradasnas situaes de urgncia/emergncia, excluindo-se o uso de

    medicaes oculares e leses prvias, so:

    Midrase (pupilas dilatadas Figura1) e no responsivas a luz podem estarassociadas a arritmia cardaca, injriado SNC com diminuio ou ausncia deoxigenao cerebral-hipxia ou anxia,ou uso de drogas cocana, atropina eanfetaminas, entre outras.

    Miose(pupilas contradas Figura 2)e que no respondem luz podem sercausadas por doenas ou traumas dosistema nervoso central, uso de drogasnarcticas, tipo herona e morfina.

    Anisocoria (pupilas desiguais) e noresponsivas a luz o que pode ser associadaa acidente vascular cerebral - derrame,

    trauma de crnio e trauma ocular.

    Figura 9 Pupilas midriticas

    Figura 10 Pupilas miticas

    Figura 11 Pupilas anisocricas.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    Atividades de auto-avaliao

    1. Na avaliao da vtima o Pulso um dado importante a ser considerado.Assinale a alternativa correta.

    a. A regularidade e da freqncia do pulso so dados importantes naavaliao. A freqncia determina o modo de contagem do pulso.

    b. A constatao de um pulso taquicrdico pode ser um sinal de perdasangnea.

    c. A ausncia de pulso significa leso de uma artria.

    d. As alternativas a e b esto corretas.e. Nenhuma das anteriores

    2. Com relao aos Sinais Vitais assinale a alternativa incorreta:

    a. Sinais Vitais so indicadores das funes vitais do corpo e podemorientar o diagnstico inicial e acompanhar a evoluo do quadroclnico apresentado pela vtima.

    b. Os sinais vitais so: Presso Arterial (PA), Pulso (P), Respirao (R),

    Temperatura (T), avaliao pupilar e dor, servem para avaliar a situaode gravidade da vtima.

    c. S.V. so essenciais para avaliao da vtima, sendo sua anlise maissignificativa, quando tomada em srie e analisados luz de umasituao conhecida.

    d. A freqncia respiratria pode ser obtida atravs da visualizao daelevao torcica e/ou da palpao do trax com percepo dosmovimentos

    e. Nenhuma das anteriores.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    3. Na avaliao da vtima a Freqncia Respiratria pode ser verificada dediversas maneiras. Assinale a alternativa incorreta.

    a. Visualizao da elevao torcica.

    b. Palpao do trax com percepo dos movimentos.

    c. A respirao arrtmica deve ser verificada durante 30 segundos emultiplicada por

    d. Ritmo e a profundidade so verificados atravs da visualizao e daausculta torcica.

    e.Devemos evitar comparar o ritmo de nossa respirao com a da vtima.

    Sntese

    Na seo 1, voc teve a oportunidade de verificar as definieschaves, que so questes preliminares importantes para oreconhecimento dos sinais da vtima, bem como as caractersticase perfil de um socorrista. O objetivo torn-lo capaz de

    diferenciar emergncia de urgncia, sinal de sintoma, suportebsico de suporte avanado de vida e tambm conhece adefinio, as caractersticas, as atribuies e as responsabilidadesdo socorrista bem como os aspectos legais no atendimento svtimas em ambiente pr-hospitalar. Tambm nesta seo lhesfoi apresentada de modo sucinto a forma de realizar a avaliaoprimria e a importncia da avaliao secundria que consiste daabordagem inicial s vtimas portadoras de um comprometimentode suas funes vitais.

    Nesta seo 2, voc teve oportunidade de estudar definiesbsicas que o ajudaro na preveno dos riscos inerentes prestao de atendimento s vtimas, portadoras de umdesequilbrio orgnico, no mbito pr-hospitalar. Agoravoc j conhece os componentes bsicos para o processo decontaminao, as doenas de risco para o socorrista e as formasde proteo com a utilizao dos EPIs. Assim, voc estapto para o atendimento s vtimas sem o risco de possveiscontaminaes.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 1

    Na seo 3, voc estudou as definies dos sinais vitais edos sinais diagnsticos, valores de normalidade e tcnicaspara a verificao dos mesmos. Agora voc j pode pensar

    em correlacionar os sinais apresentados pela vtima com osparmetros da normalidade, o que permitir que voc avalie asituao da vtima e decida os prximos passos a serem realizadosdurante o atendimento de suporte bsico da vida.

    Saiba mais

    Para aprofundar seus conhecimentos sobre biosseguranavisitando os seguintes sites:

    www.hiv.org.br/internas

    www.ccih.med.br

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    UNIDADE 2

    Parada cardiorrespiratria ereanimao

    Objetivos de aprendizagemIdentificar os sinais clnicos de parada cardiorrespiratria

    no adulto e na pediatria

    Realizar manobras de suporte bsico de vida nareanimao cardiorrespiratria no adulto e na pediatria.

    Sees de estudo

    Seo 1 Parada cardiorrespiratria (PCR) ereanimao cardiorrespiratria (RCR) noadulto

    Seo 2 Parada cardiorrespiratria e reanimaocardiorrespiratria na pediatria

    2

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    O advento da compresso torcica possibilitou a esperana de

    reduo da mortalidade pr-hospitalar uma vez que 60 a 70% dasmortes sbitas causadas por PCR ocorrem antes que a vtima deentrada em um Servio de Emergncia Hospitalar.

    Estudos tm demonstrado a importncia da uniformizaode condutas, para que se realize o Suporte Bsico de Vidaadequadamente, e a vtima progrida deste nvel de atendimentopara o Suporte Avanado de Vida, sem sofrer interrupes domodo como vinha sendo reanimada.

    O nmero de pessoas que morrem anualmente de PCR elevado.Muitos destes indivduos poderiam ser salvos se o Suporte Bsicode Vida lhes fosse implementado imediatamente por pessoaltreinado. As estatsticas comprovam que se em quatro minutosa partir da PCR forem iniciadas medidas que passem a substituiras funes cardiorrespiratrias, mantendo artificialmente a ofertade oxignio aos tecidos, at que se alcance o Suporte Avanadode Vida, as possibilidades de sobrevivncia da vtima so maiores.

    A Parada Cardiorrespiratria (PCR) em pediatria ocorre maisfreqentemente nos extremos de idade, crianas menores de 1ano sndrome da morte sbita infantil, doenas respiratrias,obstruo de vias areas, acidentes por submerso, sepsis(infeco generalizada) e doenas neurolgicas e nosadolescentes o trauma a principal causa de PCR pr-hospitalar.Vamos seo 1?

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 2

    SEO 1 - Parada cardiorrespiratria (PCR) ereanimao cardiorrespiratria (RCR) no adulto

    No Suporte Bsico de Vida necessrio que o socorrista estejaapto para diagnosticar a parada cardiorrespiratria e aplicarcorretamente o ABC da reanimao.

    O reconhecimento da PCRadulto consiste na confirmao de:

    Inconscincia

    Ausncia de respirao

    Ausncia de pulso carotdeo/femoral

    Suporte Bsico de Vida (SBV)

    Inclui avaliaes seqenciais e habilidades motoras para manter erestaurar a ventilao e a circulao efetiva no adulto em paradarespiratria ou cardiorrespiratria.

    Manobras de Ressuscitao (ABC)

    Estabelecer Inconscincia e Chame Resgate

    Aproxime-se da vtima e realize o AVDN: est alerta?pergunte a ela tocando-a suavemente (Figura 1) o que voc estsentindo? Na ausncia de resposta ao estmuloverbalfaa umestmulo dolorosoapertando o msculo trapzio localizado naregio superior das costas; a ausncia de alguma reao por parteda vtima, leva o socorrista a comprovar a inconscincia.

    Na seqncia ative o Servio de Emergncia, ligandogratuitamente para um dos nmeros 192, 190, 193 ou especficode sua regio.

    Figura 1 Estmulo ttil.

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    Abrir Via Area

    Faa a Abertura de Vias Areas conforme procedimentos aseguir:

    Posicione corretamente a vtima em decbito dorsal (de barrigapara cima), tenha cuidado ao moviment-la.

    Deixe-a sobre superfcie rgida. Muitas vezes a vtima norespira porque as vias areas esto obstrudas com a queda debase da lngua sobre a parede posterior da faringe ou garganta(esta obstruo a causa mais freqente quando a vtima estinconsciente).

    Incline a cabea/eleve o mento (fig. 2): estas duas manobrascombinadas aliviam a obstruo das vias areas superiores.

    Para realiz-las coloque uma das suas mos sobre a regio frontalda vtima e force para trs e com a outra mo (dedo indicador ededo mdio) eleve o maxilar inferior.

    Figura 2 Manobra de abertura de via area na ausncia detrauma.

    A manobra descrita acima desaconselhada quando o socorristadesconhece a histria da vtima ou quando, na observao inicial,foi verificada a possibilidade de leso em coluna cervical, pois

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    Unidade 2

    o comprometimento da medula poder resultar em paralisiadefinitiva.

    Neste caso, faa a imobilizao cervical com as mos em garra, erealize a anteriorizao da mandbula conforme figura 3.

    Figura 3 Manobra de abertura de via area na suspeita ou presenade trauma.

    Aps a realizao da abertura das vias areas verifique a presenade corpo estranho na cavidade oral (boca) e, se for o caso,faa retirada do mesmo com pinamento utilizando os dedosindicador e mdio com visualizao direta do corpo estranho.

    B Checar Respirao

    Depois de haver desobstrudo corretamente as vias areas,aproxime o seu ouvido da boca e do nariz da vtima, com acabea posicionada de modo que voc possa observar o trax da

    vtima e realize o Ver/Ouvir/Sentir:

    Ver:Observe a elevao do trax.

    Ouvir e Sentir:Oua e Sinta a sada de ar atravs da boca/narizda vtima, o que corresponde a sua expirao (figura 4).

    A no comprovao destes eventos leva a concluso de que avtima est em parada respiratria (Apnia).

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    Figura 4 Realizao do Ver/Ouvir/Sentir.

    Comprovada a ausncia de respirao, mantenha a vtimacom vias areas prvias (livres) e coloque a mscara de fluxounidirecional sobre a boca e narina da mesma, de modo que noescape ar para a realizao das ventilaes de resgate.

    Inspire profundamente e ajuste sua boca com firmezano dispositivo da mscara e sopre com fora, duranteaproximadamente 1 segundo, o suficiente para fazer o traxelevar-se (figura 5).

    Figura 5 Ventilao boca-mscara.

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    Unidade 2

    Em seguida, retire sua boca do dispositivo para que o ar dospulmes da vtima possa ser exalado. Repita a manobra umasegunda vez, e se a vtima continuar em apnia prossiga com as

    ventilaes artificiais intercaladas com as compresses torcicas.

    Ateno

    Se no houve elevao do trax durante as ventilaes de resgateprocure por corpo estranho na boca da vtima ou reveja aabertura das vias areas.

    Se a obstruo persistir, afaste as suas pernas e ajoelhe-sejunto aos membros inferiores da vtima, coloque a regio

    hipotenar de uma das mos na linha mdia do abdome,acima do umbigo e abaixo do apndice xifide, sobreponha aoutra mo, entrecruze-as. Pressione rpida e vigorosamentepara baixo e para cima, use com prudncia o peso do seucorpo (Figura 6).

    No caso de obesidade excessiva ou gestao, coloque asmos sobre o osso esterno centro do trax anterior, e exerapresso para baixo lembrando que o ritmo de compresso deve

    ser adaptado finalidade a que se destina e no confundir com oritmo empregado para a compresso torcica.

    Outra possibilidade para a desobstruo de vias areas no adultoe adolescente, que se encontram conscientes, aplicar, com avtima de p, uma forte presso anterior abaixo das costelas,sobre a regio epigstrica, contribuindo para expulso do corpoestranho, tcnica conhecida como Manobra de Heimlich (Figura7).

    Figura 7 Manobra de Heimlich com vtimaconsciente

    Figura 6 Manobra de retiradade corpo estranho com vtimainconsciente.

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    Tambm poder ser feita presso no dorso posterior, com a vtimade p (Figura 8) ou com a vtima deitada (figura 9), com umtapa com a mo em concha na regio entre as escpulas.

    Figuras 8 e 9 Manobra para expulso de copo estranho

    C Sinais de Circulao

    Palpar Pulso Carotdeo (no ultrapassar 10 segundos).

    Para localizar a artria cartida, palpe com o dedo indicador e omdio a cartilagem cricide (pomo de ado), deslize os dedos nalateral mantendo o contato com a cartilagem, a presena de pulsoindica presena de circulao continue apenas ventilando (Figura10).

    O contrrio, a ausncia de pulso palpvel, indica que o coraoest parado ou contraindo-se de forma to desorganizada que noh circulao do sangue. A vtima est em parada cardaca, scompresses torcicas esto indicadas.

    Figuras 8 e 9 Manobra para expulso de copo estranho

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    Suporte Bsico da Vida

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    Compresso Torcica

    Localize a rea correta para a sua realizao.

    Posicione-se lateralmente vtima, coloquea regio hipotenar -base da mo - esquerda(figura 11) e sobreponha a mo direita comos dedos entrecruzados, no centro do trax,sobre o esterno, entre os mamilos (figura12). Os dedos no devem tocar e pressionar aparede torcica.

    Figuras 12 Realizao de compresso torcica.

    Inicie a manobra propriamente dita

    comprimindo o esterno para baixo,utilizando o peso do seu corpo, de modoque deprima o trax em +/- 4 a 5 cm. Apscada compresso a presso deve ser aliviadacompletamente para que o esterno volte aposio anterior e o

    corao relaxe (Fig. 13).

    Figuras 11 Regio hipotenar

    Figuras 13 Compresso (A) e Descompresso Torcica(B)

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    O tempo de compresso e descompresso devem ser os mesmos.

    As compresses devem ser ritmadas.

    Freqncia: 100 CT/min.

    Relao compresso torcica/ventilao: 30/2 (com 1 ou 2socorristas), ou seja, 30 compresses torcicas para cada duasventilaes boca-mscara de fluxo unidirecional.

    A eficincia da ventilao deve ser comprovada coma Elevao do Trax da vtima durante a realizao damanobra.

    A eficincia da compresso torcica deve sercomprovada com a palpao e presena de pulsocarotdeo ou femoral durante a realizao damanobra.

    SEO 2 - Parada cardiorrespiratria e reanimaocardiorrespiratria na pediatria

    A Parada Cardiorrespiratria (PCR) em pediatria ocorre maisfreqentemente nos extremos de idade, crianas menores de 1ano sndrome da morte sbita infantil, doenas respiratrias,obstruo de vias areas, acidentes por submerso, sepsis(infeco generalizada) e doenas neurolgicas e nosadolescentes o trauma a principal causa de PCR pr-hospitalar.

    Suporte Bsico de Vida (SBV) em pediatria

    O SBV inclui avaliaes seqenciais e habilidades motoras paramanter ou restaurar a ventilao e a circulao eficazes da crianaem parada respiratria ou cardiorrespiratria.

    Na evidncia da PCR o socorrista deve avaliar o nvel deconscincia, tocando na criana e falando alto para provocar umaresposta.

    A criana no deve ser movimentada desnecessariamente, na

    suspeita de leso medular, pois poder ter sua situao agravada.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 2

    Uma vez determinada a inconscincia as vias areas devem serabertas, pois o relaxamento dos msculos e o deslocamentoposterior da lngua podem levar a obstruo das mesmas.

    Na criana, com idade entre 1 e 8 anos, e noslactentes, menores de 1 ano de idade, o socorristadeve acionar o resgate somente aps aplicar 05 ciclosde RCP e no caso de colapso sbito testemunhado,acionar o resgate aps verificar que a criana noresponde aos estmulos.

    A Abertura de Vias AreasA abertura das vias areas pode ser realizada de duas maneiras:

    1. Inclinao da cabea e elevao do queixo(na ausncia detrama) Figura 14

    Coloque uma mo na regio frontal (testa) da criana eincline a cabea suavemente para trs.

    Posicione a outra mo no queixo e eleve a mandbula

    para fora e para cima.Observao: Ao realizar a abertura das vias areas e observara presena de corpo estranho tente remov-lo atravs devisualizao direta, utilizando o dedo indicador e o dedo mdio,em forma de pina enquanto que na presena de vmitos, sangueou outras secrees faa a limpeza da cavidade oral.

    Figuras 14 Abertura de via area com inclinao da cabea eelevao do queixo.

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    2. Elevao da mandbula (na possibilidade ou evidncia detrauma) Figura 15

    Utilize as 2 mos coloque 2 ou 3 dedos abaixo dongulo da mandbula elevando-a para fora e paracima.

    Mantenha a coluna cervical imobilizada.

    Figuras 15 Abertura de via area com inclinao da cabea eelevao do queixo.

    B - Respirao

    Aps a abertura das vias areas o socorrista deve verificar se acriana est respirando e, para isso, utiliza o ver/ouvir/sentir:

    Vera elevao torcica e abdominal.

    Ouviro rudo do ar exalado.

    Sentiro fluxo do ar exalado pela boca/nariz da criana.

    Na presena de movimentos respiratrios a via area deve sermantida permevel e por isso, na ausncia de trauma, a crianadeve ser colocada em posio de recuperao (figura 3).

    Na evidncia de apnia ou respirao agnica, manterpermeabilidade de vias areas e realizar duas ventilaes de

    resgate, utilizando-se de mscara de fluxo unidirecional.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 2

    As ventilaes devem ser eficazes, com aproximadamente umsegundo cada.

    O volume correto para cada ventilao o que causa elevao dotrax.

    No caso de ventilao sem compresso torcica, devem serrealizadas 12 a 20 ventilaes por minuto.

    Figuras 16 Posio lateral de segurana.

    A abertura inadequada da via area a causa mais comum deobstruo, por isso o socorrista deve tentar abrir novamente eventilar a criana mais uma vez, caso no tenha havido elevaotorcica. Outra probabilidade, na falha da ventilao de resgate, a obstruo de vias areas.

    Veja orientao posterior no caso de obstruo por corposestranhos

    Depois de realizada a ventilao de resgate e a criana voltar a terrespirao espontnea, coloque-a em posio de recuperao (naausncia de trauma).

    Aps realizao de abertura de vias areas e realizao deventilao de resgate o socorrista deve determinar a necessidadede compresso torcica.

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    C Circulao

    A verificao de pulso realizada de acordo com a faixa etria.

    Lactentes(at um ano de idade):A rpida verificao de pulso na artria cartida de difcilrealizao e pode comprometer a permeabilidade das vias areas,por isso deve ser utilizada a artria braquial, palpvel na faceinterna do brao, entre o cotovelo e o ombro do lactente (figura17).

    Pressione suavemente com os dedos indicador e mdio atcomprovar a presena ou ausncia do pulso (figura 17).

    Figuras 17 Palpao de pulso braquial nolactente.

    Crianas (1 a 8 anos de idade):

    Nesta faixa etria a artria cartida, localizada na lateral dopescoo, a artria central mais acessvel palpao. Tambmpode ser palpada a artria femoral, localizada na virilha.

    Para palpar a artria cartida localize a cartilagem cricide(pomo de ado) com 2 ou 3 dedos de uma das mos enquantomantm a cabea inclinada, deslize os dedos at o sulco lateral dopescoo e palpe a artria suavemente (figura 18 e 19).

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 2

    Figuras 18e 19 Palpao de pulso carotdeo na criana.

    Na presena de pulso, em ambos os casos (lactente e criana) erespirao ausente, continue ventilando com uma freqncia de20 respiraes/minuto 1 a cada 3 segundos.

    Na ausncia de pulso ou freqncia cardaca menor de 60batimentos por minuto, posicionar a criana adequadamente(decbito dorsal em superfcie rgida) e iniciar as compressestorcicas que devem ser acompanhadas por ventilaes.

    Veja orientao a seguir (Quadro 1) quanto ao local decompresso, profundidade, freqncia e relao compressoventilao.

    Quadro 1 Manobras de SBV utilizadas no lactente e na criana

    Manobras SBV Lactente Criana

    Local de compresso

    01 socorrista:2 dedos abaixo da linha dosmamilos sobre o esterno.

    02 socorristas:envolver o trax do lactentecom as 2 mos e colocar os 2 polegares sobrepostoslogo abaixo dos mamilos sobre o esterno.

    Regio hipotenar de uma ou duas mos,no centro do peito sobre o esterno entreos mamilos.

    Profundidade 1/3 a 1/2 da profundidade do trax. 1/3 a 1/2 da profundidade do trax.

    Freqncia 100 bpm. 100 bpm.

    Relao massagem eventilao

    01 socorrista: 30 CT/2 Ventilaes.

    02 socorristas:15 CT/2 Ventilaes.

    01 socorrista:30 CT/2 Ventilaes.

    02 socorristas:15 CT/2 Ventilaes.

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    No caso de crianas com idade acima de 8 anosrealizar a RCP como no adulto.

    Obstruo por corpo estranho:

    A obstruo de vias areas por corpo estranho deve ser suspeitadanas crianas com dificuldade respiratria de incio sbitoassociado tosse, nusea (enjo), estridor (rudo barulhento) ouchiado no peito.

    As infeces podem causar edema de vias areas superiores.A infeco pode ser suspeita de obstruo quando a crianaapresenta febre, congesto nasal, rouquido, sialorria (aumentoda produo de saliva), letargia (relaxamento muscular) efraqueza.

    As tentativas de liberar vias areas devem ser consideradasquando a aspirao de um corpo estranho pela criana, presenciada ou fortemente suspeitada, ou quando as vias areas

    permanecem obstrudas durante a tentativa de realizar asventilaes de resgate.

    Inicialmente a criana deve ser estimulada a tossir vigorosamente.

    A tentativa de desobstruo deve ser iniciada na evidncia deobstruo completa: tosse sem som, aumento da dificuldaderespiratria e cianose (pele arroxeada).

    Nolactente, para a desobstruo de vias areas, recomendada

    uma combinao de golpes no dorso e compresses torcicas,conforme demonstrao a seguir (Figura 20 e 21).

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 2

    Na criana (entre 1 e 8 anos)que est conscientea Manobra deHeimlich realizada atravs de compresses abdominais com avtima de p (figura 22). Na criana inconsciente a manobra quetambm consiste de compresses abdominais, realizada com acom a criana deitada (figura 8).

    Figuras 22e 23 Manobra de Heimlich com criana consciente e Manobra de Heimlich com criana inconsciente.

    Ateno!

    No realizar remoo manual de corpos estranhos sem avisualizao deste, uma vez que poder ser empurrado paradentro das vias areas aumentando a obstruo.

    Figuras 20e 21 Desobstruo de vias areas no lactente.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Atividades de auto-avaliao

    1. Em relao parada cardiorrespiratria na pediatria todas as afirmativasabaixo esto corretas, com exceo de:

    a. A tentativa de desobstruo de vias areas do lactente feita atravs degolpes no dorso e compresses torcicas.

    b. No lactente a checagem de pulso feita na artria braquial.

    c. No lactente as compresses torcicas com um socorrista so realizadascom 2 dedos abaixo da linha dos mamilos sobre o esterno.

    d. No lactente a relao de massagem/ventilao = 5:1.e. No lactente as compresses torcicas com dois socorristas so

    realizadas com o envolvimento do trax com as 2 mos e os 2polegares sobrepostos logo abaixo dos mamilos sobre o esterno.

    2. Todas as afirmativas abaixo esto corretas, com exceo de:

    a. No lactente os sinais de circulao so verificados na artria cartida.

    b. No lactente os sinais de circulao so verificados na artria braquial.

    c. Na criana a compresso torcica realizada com a regio hipotenarde uma ou duas mos, no centro do peito sobre o esterno entre osmamilos.

    d. No lactente a relao de massagem/ventilao = 15/2 com doissocorristas.

    e. No lactente para a realizao da massagem cardaca deve-se envolvero trax com as mos e sobrepor os dois polegares sobre a metadeinferior do esterno.

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 2

    Sntese

    Agora, voc conhece as tcnicas para realizar o diagnstico daparada cardiorrespiratria no adulto (inconscincia, ausncia derespirao e ausncia de pulso) e sabe como realizar as manobrasde suporte bsico de vida no ambiente pr-hospitalar. Lembre doABC da reanimao, que consiste da substituio das funespulmonares e cardacas at que o suporte avanado de vida possaser alcanado para a continuidade do atendimento.

    Realize as suas atividades de auto-avaliao e v para a seoseguinte que discutir a parada e a reanimao cardiorrespiratriana pediatria.

    Nesta unidade, estudou tambm, as especificidades do suportebsico de vida na parada cardiorrespiratria, na criana e nolactente, e sabe como programar o processo de reanimaocardiorrespiratria e como agir na presena de corpos estranhosna cavidade oral e/ou nas vias areas superiores realize as suasatividades de auto-avaliao.

    Na seo 3, voc estudou as definies dos sinais vitais edos sinais diagnsticos, valores de normalidade e tcnicaspara a verificao dos mesmos. Agora voc j pode pensarem correlacionar os sinais apresentados pela vtima com osparmetros da normalidade, o que permitir que voc avalie asituao da vtima e decida os prximos passos a serem realizadosdurante o atendimento de suporte bsico da vida.

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Saiba mais

    Para aprofundar seus conhecimentos:

    Em novembro de 2005, foi publicado na revista Circulation umnovo Guidelines para o atendimento parada cardaca, ou seja,o novo BLS: Suporte Bsico de Vida e o novo ACLS: SuporteAvanado de Vida em Cardiologia. Localize na internet esteGuideline e aprofunde os seus conhecimentos!

    Leia mais sobre o suporte bsico de vida no livro:MANTOVANI, Mrio. Ligas do Trauma: Suporte bsico eavanado de vida no trauma. So Paulo: Atheneu, 2005.

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    UNIDADE 3

    Abordagem inicial vtima:trauma, intoxicaes, acidentecom animais peonhentos

    Objetivos de aprendizagem

    Verificar sinais vitais e sinais diagnsticos na avaliao davtima.

    Realizar o atendimento pr-hospitalar s vtimas detrauma providenciando o transporte imediato.

    Identificar como prestar atendimento inicial s vtimasde intoxicaes exgenas.

    Identificar como prestar atendimento inicial s vtimasde acidentes com animais peonhentos.

    Sees de estudo

    Seo 1 Abordagem inicial vtima de trauma.

    Seo 2 Abordagem inicial s vtimas deintoxicaes exgenas.

    Seo 3 Abordagem inicial s vtimas de acidentescom animais peonhentos.

    3

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    Universidade do Sul de Santa Catarina

    Para incio de estudo

    Nesta Unidade, na Seo 1 apresentaremos a voc como realizar a

    abordagem inicial vtima de trauma no ambiente pr-hospitalar,a partir da utilizao das etapas ABCDE. Em seguida, na seo2, ser discutida a abordagem inicial s vtimas de intoxicaoexgena e finalmente, na Seo 3, sero apresentadas ascaractersticas, os sinais e sintomas e o que poder ser feito noambiente pr-hospitalar s vtimas de acidentes com animaispeonhentos, com destaque para os aspectos preventivos.

    Seo 1 Abordagem inicial vtima de trauma

    O contedo desenvolvido nesta seo tem como suporte tericoo que preconiza o PHTLS Pre Hospital Trauma Life Support(2004) e discute de forma sucinta aspectos importantes doatendimento inicial vtima de trauma, enfatizando os princpiosque fazem a diferena no atendimento pr-hospitalar, a saber: aavaliao da cena sob o ponto de vista da segurana e da situao

    propriamente dita; a realizao do exame da vtima obedecendoas etapas ABCDE; e por fim o preparo e transporte rpido eseguro da vtima para o centro de referncia hospitalar.

    Determinar as condies em que a vtima se encontra fundamental para o estabelecimento de prioridades e decises noatendimento pr-hospitalar. Vtima grave s pode permanecer nolocal do trauma enquanto estabilizada para a remoo, por issoa rapidez e a eficincia so imprescindveis.

    Para o traumatizado, bem como para outras vtimas deemergncia, a avaliao a base para todas as decises para oatendimento pr-hospitalar e transporte. A primeira meta naavaliao determinar a condio atual da vtima, desenvolvendouma impresso geral do estado da mesma, verificando ascondies respiratrias, circulatrias e neurolgicas.

    O socorrista deve ter em mente as prioridades na chegada noambiente do acidente, sendo que a primeira delas consiste no

    estabelecimento da segurana e da natureza da situao, antes doincio da avaliao individual das vtimas. Aps o incio desta, no

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    Suporte Bsico da Vida

    Unidade 3

    atendimento da(s) vtima(s) que sejam consideradas mais graves,enfatizar a seqncia:

    (a) condies que possam resultar em perda da vida.(b) condies que possam resultar em perda de membros.

    (c) condies que no ameacem a vida ou os membros.

    Na avaliao/dimensionamento da cenao socorrista inicia oprocesso de coleta de informaes avaliando o local, observandofamiliares e testemunhas, obtendo uma impresso geral antes dese aproximar da(s) vtima(s). Dois componentes esto includos

    nesta avaliao:

    (1) Segurana

    Quando a cena est oferecendo riscos, o socorrista deve manter-se afastado at que equipes apropriadas tenham garantido asegurana da equipe e da(s) vtima(s). O socorrista deve retirarqualquer vtima em situao perigosa para uma rea segura antes

    de iniciar a avaliao e o tratamento. Devem ser avaliados todosos perigos/riscos possveis como exemplo: fogo, linhas eltricascadas, explosivos, materiais contaminantes incluindo sangue oufluidos corporais, trfego de veculos, armas (revlveres, facas) oucondies ambientais inadequadas.

    (2) Situao

    O socorrista deve fazer vrias perguntas para ajudar nestaabordagem:

    O que realmente aconteceu aqui?

    Por que a ajuda foi solicitada?

    Qual foi o mecanismo de trauma (biomecnica) e quaisforas e energias provocaram as leses nas vtimas?

    Quantas pessoas esto envolvidas e suas idadesestimadas?

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    necessria outra ambulncia para o SBV ou SAV?

    So necessrios outros recursos ou pessoal, como polcia,bombeiros, companhia eltrica?

    Ser usado equipamento especial para salvamento ouretirada de ferragens?

    A vtima necessitar de transporte areo?

    Depois da avaliao da cena, realizar a AvaliaoInicial.

    Na vtima traumatizada a prioridade mxima a identificao eo conhecimento rpido de condies com risco de morte. Maisde 90% das vtimas traumatizados tm somente ferimentossimples que envolvem apenas um sistema (por exemplo, umafratura isolada de um membro). Para estas vtimas h tempopara fazer tanto o exame primrio quanto o secundrio. Paravtimas traumatizadas graves, o socorrista precisa direcionar-separa avaliao rpida, comeando a reanimao e o transporte aohospital o mais rpido possvel.

    Impresso Geral: O exame primrio comea

    com uma viso simultnea ou global do estadorespiratrio, circulatrio e neurolgico da vtimapara identificar quaisquer problemas externossignificativos bvios, com respeito oxigenao,circulao, hemorragia ou deformidades flagrantes.

    Como obter a impresso geral?

    O socorrista ao abordar a vtima observar se ela est respirandoadequadamente, se est acordada ou sem resposta, se conseguese sustentar e se apresenta movimentao corporal espontnea.Uma verificao rpida do pulso permitir avaliar a presena,qualidade e freqncia da atividade circulatria. O socorristapode sentir simultaneamente a temperatura e umidade da pele eperguntar vtima o que aconteceu?. A resposta verbal indica oestado geral: vias areas, respirao e estado neurolgico. Aonde

    foi? a pergunta de seguimento que o socorrista deve fazerenquanto verifica a cor da pele e o enchimento capilar. A resposta

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    Unidade 3

    indica se a vtima pode localizar a dor e identificar os pontos maisprovveis de leso.

    Na seqncia, deve-se realizar um rpido exame ceflo-caudal(da cabea a coluna vertebral), com as duas mos, procurando porsinais de sangramento e deformidades. Num perodo que varia dequinze a trinta segundos o socorrista ter uma impresso geral dacondio global da vtima.

    Uma vez que a impresso geral foi determinada, os examesprimrio e secundrio devem ser realizados, a menos que hajauma complicao que exija mais cuidado ou avaliao.

    O Exame Primrio e Secundriobem como a ordem deprioridades para um atendimento ideal a vtima de trauma deveseguir o ABCDE:

    A- atendimento das vias areas e imobilizao da coluna

    cervical;

    B- respirao (ventilao);

    C- circulao e sangramento;

    D- avaliao neurolgica e

    E exposio para exame fsico e proteo do ambiente.

    Agora iremos apresentar a voc o ABCDE do trauma?

    Etapa A

    As vias areas devem ser rapidamente verificadas para assegurarque esto abertas e limpas (permeveis) e que no existe perigode obstruo. Se as vias areas estiverem obstrudas, tero queser abertas usando mtodos manuais imobilizao da colunacervical e levantamento do queixo ou trao da mandbula e

    retirada de sangue, secrees ou corpos estranhos se necessrioconforme discutido na Seo 4 e 5. Se voc ainda tem dvidas

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    visite estas sees. Tenha em conta que numa vtima com traumado trax a realizao de manobras de compresso para retirada decorpos estanhos deve ser realizada com cautela aps a impresso

    geral.Quando realizar a abertura das vias areas, tenha cuidado com acoluna cervicalj que o movimento excessivo pode tanto causarquanto agravar leses neurolgicas. Uma vez que o socorristatenha imobilizado o pescoo da vtima manualmente ou comcolar, dever ento imobilizar toda a coluna da vtima alinhandotodo o corpo. Este procedimento ser mais efetivo com o uso deuma prancha rgida.

    Etapa B

    Na presena de via area est prvia, a qualidade e profundidadeda ventilao da vtima devem ser avaliadas.Na presena derespirao, observe a elevao do trax e, se a vtima estiverconsciente, observe se capaz de falar uma frase inteirasem dificuldade. Na ausncia de respirao inicie a RCP

    imediatamente.

    Etapa C

    Realizamos a avaliao do comprometimento ou falncia dosistema circulatrio.

    A avaliao geral do estado circulatrioda vtima realizada

    verificando-se:1. Pulso;

    2. Colorao, temperatura e a umidade da pele;

    3. Tempo de enchimento capilar: realizado pressionando-seo leito ungueal (figura 1). Isto remove o sangue do leito doscapilares visveis e a taxa de retorno do sangue aos mesmos. uma ferramenta til para estimar o fluxo sanguneo atravs desta

    parte mais distal da circulao. Tempo de enchimento capilarmaior de 2 segundos indica que os leitos capilares no estorecebendo sangue de modo adequado.

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    Unidade 3

    Figura 1 Verificao do tempo de enchimento capilar.

    H trs tipos de hemorragia externa (Figura 2):

    Sangramento capilar:causado por leso de pequenosvasos sangneos, localizados imediatamente abaixo dasuperfcie da pele. Em geral o sangramento capilar terdiminudo ou mesmo cessado antes da chegada da equipepr-hospitalar no local do acidente.

    Sangramento venoso:provm de camadas maisprofundas do tecido, o sangue vermelho escuro, eem geral controlado mediante uma presso diretamoderada no local. Geralmente no ameaa a vida ano ser que a leso seja grave ou o sangramento no sejacontrolado.

    Sangramento arterial causado por leso a uma artria.Esse o sangramento mais importante e tambm o mais

    difcil de ser controlado. caracterizado por um sanguevermelho vivo que jorra da ferida. Mesmo uma feridaperfurante pequena que atinja uma artria, pode produziruma hemorragia que ameace a vida.

    1.

    2.

    3.

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    Figura 2 Tipos de sangramentos

    A hemorragia externa pode ser controlada de acordo com asseguintes etapas, utilizadas em ordem seqencial:

    1. Presso direta:consiste em aplicar presso no local dosangramento (figura 3). A realizao de um curativo, com gasesou compressas, diretamente sobre a leso e aplicao de pressomanual pode ser utilizado. recurso mais utilizado.

    2. Elevao da extremidade lesada:o sangue ter algum retardo

    na chegada ao local do sangramento. Deve-se ter cuidado aoelevar uma extremidade com suspeita de fratura.

    3. Pontos de presso:aplicar presso profunda sobre uma artriaprxima leso.

    4.Torniquete:utilizado somente quando as trs etapas anterioresfalharem no controle do sangramento. Exige noes bsicas deanatomia e cuidados especiais para no causar isquemia-falta decirculao mnima nos tecidos do membro.

    O controle de hemorragia uma prioridade. Ocontrole rpido da perda de sangue um dosobjetivos mais importantes no tratamento deuma vtima traumatizada. O exame primrio nopode seguir adiante se o sangramento no estivercontrolado.

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    Unidade 3

    Etapa D

    Nesta etapa realizar a avaliao da funo cerebral, com o

    objetivo de determinar o nvel de conscincia da vtima e inferir apresena de hipxia se h pouca oxigenao no crebro.

    Uma vtima agressiva, combativa ou no cooperativa, poderestar com hipxia ou intoxicada.

    Durante o exame, o socorrista deve determinar, a partir dohistrico, em que momento a vtima perdeu a conscincia, seexistem substncias txicas envolvidas, bem como condiespr-existentes que possam ter produzido a diminuio do nvelde conscincia ou o comportamento anormal. A diminuio daconscincia deve alertar o socorrista para quatro possibilidades:

    Oxigenao cerebral diminuda;

    Leso do sistema nervoso central SNC;

    Intoxicao por drogas ou lcool e

    Distrbio metablico (como na diabetes e convulso).

    A escala de coma de Glasgow uma ferramenta utilizada paradeterminar o nvel de conscincia. dividida em trs nveis:resposta verbal, abertura ocular e resposta motora (Tabela 1).

    1.

    2.

    3.

    4.

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    Tabela 1. Escala de Coma de Glasgow

    Parmetros Escore

    Melhor resposta verbal

    Nenhuma 1

    Sons incompreensveis 2

    Palavras inadequadas 3

    Confusa 4

    Orientada 5

    Abertura dos Olhos

    Nenhuma 1

    Resposta dor 2

    Resposta fala 3

    Espontnia 4

    Melhor resposta motora

    Nenhuma 1

    Descerebrao (extenso anormal dos menbros) 2

    Decorticao (flexo anormal dos membros superiores) 3

    Retirada 4

    Localiza o estmulo doloroso 5

    Obedece ao comando verbal 6

    TOTAL 15

    Tabela 1 Escala de Coma de Glasgow

    O nvel de conscincia da vtima pode tambm ser avaliadoaplicando-se o AVDN.

    Volte a Seo 1que trata da avaliao da vtima para relembrar.

    Etapa E

    Realizar a Exposioda vtima, procedimento fundamentalpara identificar todas as possveis leses. Com a retirada dasvestimentas a vtima deve ser protegida, conservando o calor

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    Unidade 3

    corporal, pois a hipotermia temperaturas abaixo de 36-36,5 C- um problema grave no traumatizado.

    A seguir apresentaremos um roteiro que serve de guia para arealizao da avaliao secundria:

    Cabea:O exame visual da cabea e face revelar leses,hemorragia, defeitos sseos da face e do couro cabeludo e/ouanormalidades nos olhos, plpebras, pavilho auricular e nariz.Identificar a presena de sangramento ou a drenagem de lquor lquido transparente com brilho-, e/ou outros sinais de leses/fraturas com deformidades e edemas, alm de observar boca emandbula. Observar as pupilas para verificar a reatividade luz,

    o tamanho e a simetria.

    Pescoo:procure identificar ferimentos e deformidades quealertaro sobre a possibilidade de leses subjacentes. A palpaopode revelar enfisema subcutneo - presena de ar no tecidosubcutneo. A ausncia de dor na coluna cervical pode ajudara descartar fraturas cervicais, enquanto dor palpao sugerea presena de leses. Tal palpao deve ser realizada, com asduas mos simultaneamente, com cuidado, tendo certeza de que

    o pescoo permanece em posio anatmica com uma levecurvatura.

    Trax:procure identificar deformidades menores, pequenas reascom leses que podem indicar ferimentos internos. Observar asimetria (igualdade) dos movimentos respiratrios e a elevaotorcica.

    Abdome:procure observar feridas penetrantes, equimoses- pontos arroxeados- e evisceraes - sada das vsceras para o

    meio externo. Ferimentos na pele podem ser indicativos paraa possibilidade de leses prximas. A rea abdominal junto cicatriz umbilical deve ser examinada cuidadosamente procurade uma contuso resultante do posicionamento incorreto do cintode segurana. O exame do abdome tambm inclui palpao decada quadrante para verificar se h dor ou posio de defesa domsculo abdominal.

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    Pelve:procurar leses e sinais de fraturas. Fraturas plvicaspodem produzir hemorragia interna, macia, resultando emdeteriorao da condio da vtima. A pelve deve ser palpada uma

    s vez, procura de instabilidade, durante o exame secundrio.Esta pode agravar a hemorragia, sendo que esta etapa do exameno deve ser repetida. A palpao realizada com presso suaventero-posterior (de cima para baixo) na snfise pbica e entopresso medial nas cristas ilacas bilateralmente, avaliando-se ador e o movimento anormal. Deve-se suspeitar de hemorragia sefor encontrada alguma evidncia de instabilidade circulatria.

    Extremidades(membros superiores e inferi