suplemento dia das mães

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Sexta-feira, 6 de maio de 2011

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Suplemento Dia Das Mães 2011

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Page 1: Suplemento Dia Das Mães

Sexta-feira, 6 de maio de 2011

Page 2: Suplemento Dia Das Mães

2 6 de maio de 2011

Rua Álvares de Azevedo, 210 – Centro– Santo André - Tel.: 4427-7800

www.reporterdiario.com.br

Jornalista responsável: Airton Resende

Edição: Aline Bosio e Maria do Socorro Diogo

Reportagem: Aline Bosio, Natália Fernandjes, Leandro Amaral,

Carolina Neves e Larissa Marçal.

Comercial: Claudia Plaza e Alessandra DuranFotos: Marciel Peres, Carolina Neves e divulgaçãoProjeto Gráfico: Rubens JustoSuporte Operacional: Pedro DiogoAdministrativo: Rita de Cássia B. da Silva

As preocupações geradas com amaternidade mudaram. Se antes as mulheres se preocupavam com a educação, a moral dos filhos e com a construção de uma família,o foco hoje é outro. Com o avançoda violência, novas tecnologias e amudança nos padrões da sociedade,as mães se preocupam com a segurança, educação e carreira profissional dos filhos.Isabela Kanupp, de 19 anos, revelaque não segue o estilo da mãequando o assunto é a educação dafilha Beatriz, de um ano e seis meses.“Antes, a maior preocupação eraeducar uma criança dentro dos parâ-metros do que era considerado cor-reto, colocar numa boa escola e aju-dar para tirar notas acima da média.Hoje nossa preocupação é a violên-cia”, comenta.Isabela destaca ainda que não pretende criar a filha ‘dentro de umabolha’, no entanto fica preocupadacom a violência até dentro das escolas.“Eu sei que ela tem de sociabilizar, mas até onde acháva-mos que era seguro deixar o filho,não é mais. Na minha infância eratudo mais brincadeira. Bullying nãoera bullying, era brincadeira decriança que muitas vezes não gerava trauma algum”, afirma.

FAMÍLIA TRADICIONAL - A tarefade ser mãe nem sempre está vincu-lada à tradicional família formadapor casal e filhos biológicos. Há ca-sos em que, por problemas de fertili-dade ou simples desejo, as mulheres

O título já remete ao bordão

estratégico idealizado pelo

publicitário Duda Mendonça,

que buscou no relacionamento

familiar o êxito da marca

Gelol: Não basta ser pai, tem

que participar. Mas parece que

o apelo publicitário foi esque-

cido por algumas mães.

A notícia divulgada esta

semana chocou a todos que

encontram na figura da mãe

a representação máxima do

amor. Jussara Rezende da

Silva, de 26 anos, moradora

da periferia de São Bernardo,

trancou três filhos pequenos

em casa e foi beber num bar.

A atual sociedade, cada vez

mais refém do capitalismo e

do egocentrismo, está doente

em relação aos valores morais

e familiares. É preciso resgatar

o papel da mãe na família,

pois existe uma parcela

considerável de jovens que se

intitulam de mães apenas

por conceber, mas esquecem

do mais importante, criar os

filhos. Criação que não se

resume em cobrir a necessida-

des básicas, de alimentação e

saúde, mas os ensinamentos

de valores e práticas que, sem

dúvida, contribuirão para a

personalidade, caráter e convi-

vência saudável na sociedade.

optam pela adoção ou acumulam fun-ções, como os casos das mães-avós.Valdice de Sousa Siqueira, funcioná-ria pública municipal aposentada,diz que o desejo de adotar semprefez parte de vida.“Sou espírita eacredito que a adoção já nasce comvocê. De certa forma resgatei minhafilha de outras vidas”, comenta.A moradora de São Bernardo diz que esperou o casal de filhos bioló-gicos – Maiara e Guilherme – ingres-sarem na faculdade e se cadastroupara adotar um bebê.Demorou seis anos até Valdice receber a pequena Mariana, naépoca com um ano e meio de idade.“No momento em que a vi tive a cer-teza de que ela era a criança certa.Ela é quem vem acrescentar algo emnossas vidas, nós não estamos fazen-do nenhum favor”, destaca.Valdice comenta que a educação deMariana, hoje com cinco anos, é amesma aplicada aos filhos mais velhos.“O pessoal até fala que sou

muito rígida com eles, mas gosto decobrar resultados”, diz.

AVÓ-MÃE - Depois de criar trêscrianças e se divorciar, a dona decasa Eglair Delumbo Antunesganhou mais um filho ao assumir aresponsabilidade pela educação doneto Tiago, há mais de 12 anos.Com apenas três meses de idade,o garoto foi deixado com o pai, jáque a mãe foi embora. “Tive a vidacompletamente mudada, porque foi como se tivesse tido um bebê.Passei a me dedicar inteiramente aele”, conta a moradora de São Paulo.A partir daí, Tiago, hoje com 12 anos, passou a receber o mesmotratamento dado aos tios e ao pai,assumindo o lugar de filho caçula de Eglair.“Quando ele era menor até me chamava de mãe, mas depois ensinamos que eu sou a avó.O pai dele até fala que eu mimodemais, mas fico preocupada com a violência”, comenta a avó-mãe.

Segurança e educaçãopreocupam as mãesCom o passar

do tempo, o medo de quem exerce a maternidade muda radicalmente.

Editorial

Não basta ser mãe

Mãe adotiva, Valdice afirma que Mariana acrescentou muito à sua vida

Page 3: Suplemento Dia Das Mães

36 de maio de 2011

Mãe de 60 filhos, avó de 16 netos.Sebastiana das Graças Damasceno,58 anos, é uma das raras mulheresque são mães sociais. Há 29 anosfuncionária na ONG (organizaçãonão governamental) Aldeias InfantisSOS, em São Bernardo, Sebastianaenfrenta desafio que poucas mulhe-res teriam coragem de encarar:abrir mão da família e trabalhar degraça e, principalmente, com amor.A Aldeias Infantis SOS Brasil acolheatualmente no município 56 crian-ças e jovens em seis núcleos familia-res, compostos por grupos deirmãos biológicos de diferentes idades e de ambos os sexos.Ao todo, a instituição conta com sete mães que possuem a responsa-bilidade de orientar e, ao mesmotempo, respeitar a origem familiar,raízes culturais e religião de cada um.Para Sebastiana, o segredo é terpaciência e estudar cada um deacordo com o seu limite.“Ser mãe éalgo maravilhoso. Eu amo o que eufaço, me sinto mãe biológica detodos eles. Desde que comecei aatuar como mãe social tive muitosmomentos de estresse, mas nuncapensei em desistir”, diz a mãe,com os olhos cheios de lágrimas.Durante as quase três décadas deatuação, Sebastiana viu muitos che-garem e irem embora. No entanto,muitos deles se casaram e hojeretornam para a casa onde passarama juventude com os filhos, que cari-nhosamente a chamam de avó.“Não é fácil ver um filho indo embora, mas eu tenho a consciênciade que estou criando eles para omundo”, afirma. O desejo de ser mãee a ausência de estrutura familiarfacilitaram a decisão de Sebastiana

de doar a vida por completo ao trabalho eaos filhos.Já para a Tânia MariaBrito, 46 anos e tambémmãe social, a decisão foium pouco mais difícil.Com filha biológica,Tânia mudou totalmentesua vida e há quatroanos vive com novefilhos num dos lares daONG.“O dinheiro não é a questão principal.Eu amo o que eu faço esei que minha presençaé muito importante navida dessas crianças”, afirma.

REGULAMENTADAA profissão mãe social é regulamenta-da desde 1987 e tem o objetivo deproporcionar segurança, amor e esta-bilidade às crianças órfãs ou carentes.Na ONG Aldeias Infantis as mães re-cebem uma quantia mensal para aadministração da casa, nos gastos comaluguel, água, luz e despesas pessoaisdas crianças em transporte, materialescolar e serviço médico, além de umsalário médio de R$ 1,2 mil.Cada mãe fica em período intermi-tente nos núcleos familiares e temdireito a seis folgas por mês – algu-mas vezes, por opção delas próprias,o descanso nem chega a ser apro-veitado. A união entre os váriosnúcleos faz com que elas se sintamresponsáveis também pelos filhosdas outras mães.“Biológica ou não,a preocupação é a mesma. E parafalar a verdade é até maior. Afinal,trabalhamos para uma instituição etemos a responsabilidade de dar aassistência e o amor merecido aessas crianças”, ressalta Tânia.

Profissão exige amor incondicional e responsabilidadeSer mãe também pode

ser uma atividade. O trabalho tem como requisitos básicos amor e abdicação.

Sebastiana e Tânia dedicam 24 horas do dia aos filhos da ONG Aldeias Infantis SOS

Page 4: Suplemento Dia Das Mães

4 6 de maio de 2011

Vale tudo para atrair o consumidor.Carros, brindes no ato da compra eingressos para show do Fábio Jr.são alguns dos recursos utilizadospelos shoppings da região parafomentar as vendas do Dia dasMães, segunda data mais importantepara o comércio varejista, atrás apenas do Natal.Os shoppings Praça da Moça, emDiadema, e Grand Plaza, localizadoem Santo André, vão sortear carros entre os consumidores que gastarem R$ 150 e R$ 200,respectivamente. Além do automó-vel, o Praça da Moça dará um kit decosméticos para clientes que atingi-rem o valor mínimo de compra.Para Wilson Pelizaro, gerente doPraça da Moça, além de atrair ven-das, o objetivo é fidelização.“Nãoadianta promover campanhas publicitárias se o cliente não for bematendido ou o comerciante não terestoque suficiente. A primeira expe-riência do consumidor tem de serpositiva para ele retornar”, afirma.Já o Mauá Plaza Shopping buscachamar atenção dasmães e dos filhos quegostam de cinema.Para concorrer a trêskits com home theater, Blu-Ray,TV de plasma 3D de 52” e um conjuntode sala de estar, oconsumidor terá dejuntar notas fiscais novalor de R$ 50.Os comprovantes das comprasdevem ser levados até um posto de troca no próprio shopping esubstituídos por cupons.Além da promoção, que vai até 31 de maio, o Mauá Plaza mantém

exposição com peças e artigos de filmes que marcaram época, entreeles a jaqueta usada por HughJackman, no filme Wolverine.O Shopping Metrópole, em SãoBernardo, em parceria com a Impala,dará ao consumidor que gastar apartir de R$ 200 um kit de esmaltes.Ao todo, são três opções com osquatro esmaltes mais vendidos

da marca comoCrochê, Sereia,Paparazzi, Confeti,Jackie e Boneca de Luxo.Em Santo André, oShopping ABC daráàqueles que gasta-rem a partir de R$ 900 um par deingressos para lugares na pista do

show do cantor Fábio Jr., que serárealizado no Via Funchal, no dia 16 de maio, às 21h. Quem fizer compras de R$ 1,2 mil ganharáingresso para camarote ou pista VIP do show.

Shoppings apostam desde carros até esmalte para atrair filhosEmpreendimentos

também oferecemingressos para shows e conjunto de home theater.

Enquanto as associações comerciaisbaixaram as metas de vendas devi-do às medidas governamentais paraconter a inflação, como o aumentode 0,25% dos juros, os shoppingsmantêm expectativa de crescimentoentre 15% e 30%, em relação a 2010.Segundo Sidnei Muneratti,presidente da Acisa (AssociaçãoComercial e Industrial de SantoAndré), o aperto do crédito deveráagravar o financiamento.“As vendasdesse ano não serão tão aquecidas,por isso estipulamos aumento porvolta de 8%”, afirma.Para Wilson Pelizaro, gerente doPraça da Moça, o acréscimo dosjuros só será sentido em médioprazo.“As medidas para conter ainflação ainda não atingiram onosso público, as classes B e C, por-tanto esperamos aumento de 30%no movimento”, conta Pelizaro, queaposta na inauguração de grandeslojas para aumento real no fatura-

mento do centro de compras.Para esquentar as vendas, o shopping investiu R$ 500 mil empropaganda e publicidade, quase odobro de 2010, com expectativa decrescimento de 30% nas vendas.Ariane Oliveira, gerente deMarketing do Mauá Plaza, acreditaque as mudanças não afetarão asvendas.“As lojas de departamentoaté podem sentir a redução nas vendas, mas o nosso público nãoreduzirá o consumo, pois já estáacostumado a comprar. O que pode ocorrer é mudança no planeja-mento das compras”, afirma.O Mauá Plaza prevê crescimento de15% nas vendas em relação a 2010.A aposta é na mercadoria diferen-ciada e preços. O shopping investiu15% a mais este ano com promo-ções.“Todo ano nós buscamos situa-ções diferentes e são as promoçõesque fazem o consumidor se lembrardo shopping”, defende Ariane.

Ajustes não devem atrapalhar vendas

Lojistas esperamcrescimento de até 30% emrelação aoano passado

Lojas tentam atrair clientes com promoções e atendimento de qualidade para alcançar a fidelização

Page 5: Suplemento Dia Das Mães

Escolher o presente do Dia das Mães não é tarefa fácil para a maioria dos filhos. Enquanto algumasmães preferem sapatos e bolsas, outras querem ganhar tecnologias que facilitem o dia a dia.Para ajudar na compra, o Repórter Diário foi às lojas e criou uma lista de sugestões de presentes que pode atender todos os gostos e bolsos.

56 de maio de 2011

Presente ideal

Lojas Americanas – Shopping Praça da Moça

Câmera Digital Sony W510 – R$ 599,00

Loja Le Postiche – Shopping Praça da Moça

Frasqueira Stradda R$ 39,99

Lojas Americanas – Shopping Praça da Moça

Kit Giovanna Baby – R$ 24,99

Loja Le Postiche –

Shopping

Praça da Moça

Mala Strada

Média –

R$ 89,90

Loja Le Postiche – Shopping Praça da Moça

Nécessaire – R$ 9,90

Loja A Casa das Três Meninas – Shopping ABC

Relicário de São Benedito – R$ 55

Loja Espaço Fechado -

Shopping ABC

Relógio Gini – R$ 159

Loja Frêdy – Shopping Praça da Moça

Blusa Vermelha – R$ 49,99

Flowers Presentes – Shopping Praça da Moça.

Estojo de Maquiagem – R$ 33,99

Atualmania –

Shopping Mauá

Camisa Xadrez

Ellus – R$ 249

Calça Jeans

Calvin Klein –

R$ 249

Casaqueto

Animale –

R$ 289

Cinto Ellus –

R$ 139

Bolsa Ellus –

R$ 759

Oxford

Alphorria –

R$ 489

Óculos

Salvatore –

R$ 99

Pixolé

Bolsa Fedra – R$ 189,90

Sapatilha Bottero – R$ 89,90

Atualmania – Shopping Mauá

Vestido Animale – R$ 289

Lenço Animale – R$ 149

Cardigan BobStore – R$ 279

Scarpin Ellus – R$ 289

Cinto Spezzato – R$ 189

Bolsa Ellus – R$ 749

Óculos Salvatore - R$ 99

Feitio Urbano –

Shopping Mauá

Cigarrete Jeans Canal da

Mancha – R$ 134,99

Chemise com cinto –

R$ 144,99

Colete Jeans – R$ 139,99

Cachecol - R$ 49,99

Pixolé

Sapato – R$ 109,90

Bolsa Luz da Lua – R$ 619,90

Akhai Presentes –

Shopping ABC

Caneca temática

Mãe Perua - R$ 31,50

Loja Akhai Presentes - Shopping ABC

Pantufa Mãe Coruja – R$ 52

Page 6: Suplemento Dia Das Mães

6 6 de maio de 2011

Os investimentos na carreira têmfeito muitas mulheres adiarem amaternidade. Quando a decisãochega a partir dos 35 anos já é considerada pela medicina gravideztardia e de risco. Por este motivo éque nesta faixa o acompanhamentomédico deve ser feito com maior frequência para evitar problemas de saúde com a gestante e o bebê.Eliane Terezinha Rocha Mendes,obstetra e diretora técnica doHospital da Mulher de Santo André,explica que a gestação a partir destaidade é considerada de risco porqueapresenta mais chance de desenvol-ver doenças genéticas, como a sín-drome de down, e o aparecimentode complicações, como hipertensão,diabetes e cardiopatias.“Estes problemas ocorrem porque o óvulo de uma menina de 20 ou 25 anos é diferente de uma mulhermais velha”, conta a médica. Comoresultado disso, as chances de casosde síndrome de down passa de 1%na idade fértil normal (até por voltados 30 anos) para 4% na tardia.Para evitar ou diagnosticar proble-mas como estes, além dos examescomumente realizados nas gestan-tes, as mães com mais idade passam

por ultrassom detalhado e cariótipo(exame que permite o estudo doscromossomos).“Também há maiorcontrole dos hormônios da tireóidee da glicemia”, diz a médica.Segundo Eliane, com este tipo decuidado a mãe deverá ter gravidezmais calma, entretanto, o sucesso dagestação não depende apenas dosmédicos.“Cada organismo reage deuma maneira”, destaca.

A HORA DO PARTOA preparação para o parto tambémexige atenção especial quando asmães têm mais idade. Isso ocorredevido ao aumento do risco de com-plicação, como pressão elevada, he-morragias e contrações inadequadas.O sucesso do parto também depen-de do planejamento da gravidez.“É função do médico solicitar exa-mes pré-concepção para verificarantecedentes de doenças, se é a primeira gravidez ou não e se,caso não seja, se houve algum tipode problema durante a gestação ao no momento do parto anterior”,ressalta.“Se estiver tudo normal,as chances de tudo sair como planejado são grandes”,destaca a obstetra.

O estreitamento da pirâmide etárianos grupos mais jovens da socieda-de e a redução nas taxas de fecundi-dade em todos os segmentos –segundo a Síntese de IndicadoresSociais do IBGE 2010 – revelam ten-dência de gravidez tardia no Brasil.O fenômeno, observado principal-mente entre a população inserida no mercado de trabalho, apontamudança nos padrões familiares nos últimos anos, com priorizaçãoda carreira profissional em detri-mento da formação da família.De acordo com o IBGE, o número demães com mais de 40 anos cresceu27%, entre 1991 e 2000 e a escolari-dade é um dos condicionantes docomportamento da fecundidadefeminina, já que as mulheres comaté sete anos de estudo têm, emmédia, 3,19 filhos, enquanto onúmero de filhos das mulheres comoito anos ou mais de estudo é 1,68.A idade média com que as mulherestêm filhos também se diferenciapela instrução: entre aquelas commenos de sete anos de estudo, amédia era de 25,2 anos. Entre as que têm oito anos ou mais de escolaridade, a idade média é de27,8, diferença de 2,6 anos.Adriana Capuano de Oliveira,professora de Sociologia da UFABC(Universidade Federal do ABC),observa que o mercado de trabalhopassou a exigir cada vez mais dosprofissionais, motivo pelo qual amulher teve de prorrogar os planosde casamento e maternidade.“Paraestar inserida profissionalmente épreciso dedicação – cursos, pós-gra-duação e especializações –, o queenvolve tempo e dinheiro”, destaca.A mulher que opta pela gravidezplanejada - geralmente depois dos

30 anos - é aquela que recebeu estu-do e deseja proporcionar qualidadede vida ao filho sem depender domarido, observa Adriana. A sociólogada UFABC destaca ainda que, noBrasil, é possível observar o outroextremo: meninas que engravidamna adolescência.“O que separa estesextremos é a consciência da mulher.No geral, as pessoas maduras nãoseguem mais os padrões de vida instituídos no século 19, quando amulher era dona de casa e o casa-mento priorizado”, comenta.

PRIMEIRO FILHO AOS 37 SEM COMPLICAÇÕESMarisa Alves dos Santos, professorado ensino fundamental, esperou 36anos para engravidar do primeirofilho, Gabriel, hoje com oito anos. Amoradora de Santo André conta quepriorizou a vida acadêmica e profis-sional para depois pensar no casa-mento (realizado aos 33 anos) e nadedicação ao filho.“O planejamentoevita arrependimentos. Aproveitei o máximo que pude a juventude e a vida a dois para depois engravidar,porque sabia que teria de doar grande parte do meu tempo aobebê”, revela.Apesar da idade considerada pelosmédicos arriscada para engravidar,Marisa comemora o fato de ter passa-do os nove meses de gestação tran-quila. Segundo a educadora, a únicadificuldade em se ter filhos maisvelha é uma menor disposição parabrincadeiras de criança, no entantoconsidera a maturidade fundamentalna hora de educar.“Aconselhariatodas as mulheres a esperar para terfilhos. Isso evita aquela velha históriade que a gravidez atrapalhou certosplanos do casal”, comenta.

Gravidez tardia é tendência,segundo IBGEprioridade na

carreira profissional substitui planos de formar famílias.

Ter filhos mais tarde requer atenção redobrada

Gravidez é considerada de risco a partir dos 35 anos, explica dra. Eliane

Page 7: Suplemento Dia Das Mães

76 de maio de 2011

Ao engravidarem, além das preocu-pações normais, como a saúde dobebê, muitas mulheres ficam comdúvidas quanto seus direitos e deve-res dentro das empresas em que tra-balham. Licença maternidade, esta-bilidade no emprego e direito àamamentação são os pontos quemais geram questionamentos.Mesmo que precise se ausentar dotrabalho por questões de saúde, agestante não deve se sentir ameaça-da no emprego, já que possui estabi-lidade garantida pelo artigo 10 daConstituição Federal a partir da con-firmação da gravidez até cinco me-ses após o nascimento da criança.Atualmente o período de licença-ma-ternidade é de 120 dias nas empre-sas privadas. Entretanto, com a lei11.770/08 foi instituída a iniciativaEmpresa Cidadã, destinada a prorro-gar por 60 dias a duração do período.A prorrogação, porém, é facultativa.

“Qualquer que seja o motivo apre-sentado num possível atestado mé-dico para afastamento do trabalho,além do concedido pela licença de-terminada em lei, o empregador po-de concordar ou não. Não é nadagarantido”, alerta Gilberto Archero,presidente do Departamento de Me-dicina do Trabalho da AssociaçãoPaulista de Medicina.

SALÁRIO - Após o parto e durante alicença maternidade, a mulher terádireito a receber seu salário integral.Caso o salário seja variável, vale amédia dos seis últimos meses.

AMAMENTAÇÃO - Para amamentaro filho, a mãe tem o direito, duranteseis meses, a dois descansos por dia,de meia hora cada um, durante a jor-nada de trabalho. Algumas mãesfazem acordos e optam por sair umahora mais cedo do trabalho.

Direitos das mães no trabalho são clarosESTABILIDADE - A mulher possuiestabilidade desde a confirmação dagravidez até cinco meses após onascimento. Caso a concepção ocor-ra durante o período de experiência,não está assegurada a estabilidade.Se a empresa dispensar a mulherdurante a estabilidade, ela está sujei-ta pela Justiça a ter de reintegrar afuncionária, sob pena de ser conde-nada ao pagamento dos direitos daprofissional como se estivesse traba-lhando. Caso a gravidez ocorra duran-te o aviso prévio, após o ato da de-missão da empregada, mesmo assimela terá o direito da estabilidade.

ANÚNCIO - Recomenda-se que a mãeespere para anunciar a gravidez naempresa após oito semanas de ges-tação, período considerado críticopelos médicos. É importante fazer oanúncio após a realização de um ul-trassom que confirma o diagnóstico.

Licença maternidadesegue indefinidaA licença-maternidade de 180 dias érealidade para funcionárias públicas detodo o País. Entretanto, o benefício nãocontempla o setor privado. Isso ocorreporque a PEC (Proposta de EmendaConstitucional) 64/07, que amplia alicença de 120 para 180 dias nas empresas, foi aprovada pelo Senado em agosto do ano passado, mas aindadepende da Câmara dos Deputados.A matéria, agora de número 515/10,já passou pela Comissão Especial e pelaComissão de Constituição e Justiça e deCidadania e está pronta para entrar napauta das discussões do plenário.A concessão dos salários dos dois meses extras é opcional para as empresas. Quem aderir pode descontara despesa do imposto de renda. Ossalários referentes aos primeiros quatro meses, previstos na ConstituiçãoFederal, são pagos pelo INSS, porém são abatidos mensalmente do GPS(Guia da Previdência Social).

Page 8: Suplemento Dia Das Mães

8 6 de maio de 2011

Cardápio temde ser especialA região oferece cardápios especiaise preços variados para aqueles quedesejam reunir a família para come-morar este Dia das Mães. A dica paraevitar aborrecimento com as filas deespera é fazer a reserva antes emrestaurantes que oferecem o serviçoou chegar cedo para garantir lugar.

SÃO JUDAS - No trevo dos restau-rantes de São Bernardo, o São JudasTadeu Demarchi promete o Festivalde Massas da Nona, recheado de lasa-nha à italiana, rondelli e gnochi, alémdo frango frito, ao molho e à milane-sa. As reservas são realizadas compagamento antecipado de 20% dovalor, até dia 7 de maio. No salão tér-reo, o pacote com festival de massas,bebidas e sobremesas, sai R$ 65 porpessoa. O self service, sem bebidas esobremesas, custa R$ 48. No segundo

ou terceiro andar, o pacote completosai por R$ 62 e o self service R$ 42.

BARBATANAS - Para as mães quepreferem peixes e frutos do mar, aopção é o restaurante Barbatanas,também em São Bernardo. Especial-mente para a data entrará no cardá-pio do estabelecimento o camarãona moranga, que serve até três pes-soas. Os preços dos acompanhamentosvariam entre R$ 22 e R$ 32 e o camarãona moranga custa R$ 54.O restaurantenão faz reservas aos domingos.

7 MARES - O tradicional restaurantede frutos do mar de São Caetano, o 7

Mares, servirá buffetespecial para o Dia dasMães com os pratos maispedidos do restaurante,como paella e camarãona moranga. O estabele-cimento não aceitaráreservas. O preço porpessoa é R$ 49,90.

QUESTO PASTA - Especializado emmassas, a casa em Santo Andrémudará o cardápio para o domingo.Entre as opções disponíveis, segun-do Carlos Baima, chef e proprietário,estáo risoto de bacalhau com bróco-lis e azeitonas chilenas. Também es-tará disponível medalhão ao conha-que com risoto de alho poro e ravi-olli de massa de espinafre recheadocom mussarela de búfala e parme-são ao molho napolitano. O preçofica, em média, R$ 60 por pessoa.O restaurante fará reservas para oprimeiro horário, das 12h30 às 13h.Para Baima, os filhos não devem dei-xar para a última hora.“Como são

mesas grandes, a maioria com 10lugares, as reservas devem serpreenchidas rapidamente”, conta.

BABY BEEF JARDIM - Eleito pelarevista Veja - Comer e Beber comoum dos melhores restaurantes daregião, o restaurante, localizado emSanto André, não realizará mudan-ças no cardápio para o Dia das Mães,apenas alguns condimentos serãomudados. Também não haverá reser-vas e as mesas serão ocupadas porordem de chegada. O preço por pessoa é, em média, R$ 100.

SERVIÇOSão Judas - rua Maria Servidei Demarchi, 1749,São Bernardo. Telefone 4346-4444.Barbatanas - avenida Lucas Nogueira Garcez,111, São Bernardo. Telefone 4122-4549.7 Mares - estrada das Lágrimas, 1816,São Caetano. Telefone 4238-4622.Questo Pasta - rua das Figueiras, 200,Santo André. Telefone 4994-2384.Baby Beef Jardim - rua das Bandeiras, 166.Santo André. Telefone 4427-3997.

Restaurante 7 Mares oferece pratos

especiais neste domingo