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22/02/2016 1 Processos Escolares de Inclusão História da Educação Especial Aula 1 Prof. a Taísa Grasiela Gomes Liduenha Gonçalves Doutora em Educação Especial Mestre em Educação Pedagoga Objetivos: Compreender como a pessoa com deficiência foi reconhecida na história como cidadã. Compreender a História da Educação Especial. Processos escolares de inclusão Atividade Qual é a visão preliminar que você tem sobre a inclusão? Antiguidade (4.000 a.C. – 476) (...) Na Grécia antiga, a perfeição do corpo era cultuada, por isso, os portadores de deficiência eram sacrificados ou escondidos.” (LOCATELLI; VAGULA, 2009, p.10). Extermínio. Castigo dos céus para expiação dos pecados de seus ancestrais. A pessoa com deficiência na história Idade Média (476- 1453): Cristianismo (alma); Caridade; As pessoas com deficiência começaram a ser acolhidas em instituições religiosas, onde eram vistas como doentes e incapazes. Filhos de Deus. A pessoa com deficiência na história

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22/02/2016

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Processos Escolares de Inclusão

História da Educação Especial

Aula 1

Prof.a Taísa Grasiela Gomes Liduenha Gonçalves

Doutora em Educação Especial

Mestre em Educação

Pedagoga

Objetivos:

Compreender como a pessoa com deficiência foi reconhecida na história como cidadã.

Compreender a História da Educação Especial.

Processos escolares de inclusãoAtividade

Qual é a visão preliminar que você tem sobre a inclusão?

Antiguidade (4.000 a.C. – 476)

(...) Na Grécia antiga, a perfeição do corpo era cultuada, por isso, os portadores de deficiência eram sacrificados ou escondidos.” (LOCATELLI; VAGULA, 2009, p.10).

Extermínio.

Castigo dos céus para expiação dos pecados de seus ancestrais.

A pessoa com deficiência na história

Idade Média (476- 1453):

Cristianismo (alma);

Caridade;

As pessoas com deficiência começaram a ser acolhidas em instituições religiosas, onde eram vistas como doentes e incapazes.

Filhos de Deus.

A pessoa com deficiência na história

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Idade Moderna (1453-1789)

Deficiência passou a ser tratada por meio da alquimia, magia e astrologia.

A ciência começa a questionar dogmas religiosos.

Início dos estudos sobre as causas da deficiência.

A pessoa com deficiência na história

Fonte: http://diferenciaentre.info/diferencia-entre-ciencia-y-tecnologia/

História das pessoas com deficiência

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=vV_YfnFb5G8

“são aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”.

Pessoas com deficiências Decreto 6.949 de 2009

Pedro Ponce de León (1520-1584)- primeiro professor de surdos.

Louis Braille - Sistema Braille (1825)

A história da educação especial

Jean Marc Itard- desenvolveu as primeiras tentativas de educar uma criança de doze anos de idade, chamado Victor, mais conhecido como o “Selvagem de Aveyron” (1799).

A história da educação especial

Fonte: http://www.bbc.co.uk/radio4/science/case_study_20080514.shtml

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Imperial Instituto dos Meninos Cegos (1854) Instituto Benjamin Constant (IBC) -1891.

Instituto dos Surdos -Mudos (1857) Instituto Nacional de Educação dos Surdos (INES)- 1957.

O atendimento das pessoas com deficiência no Brasil

A história da educação especial no Brasil

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=oxscYK9Xr4M

1932- Sociedade Pestalozzi de Minas Gerais

1954 – Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE)

O atendimento das pessoas com deficiência no Brasil

Fonte da imagem: https://cdpha.wordpress.com/helena-antipoff/biografia/

Ao final do século XIX e início do século XX, foram criadas as instituições para atender as pessoas com deficiência com o objetivo de diminuir o incômodo na sociedade (PESSOTTI, 1984).

Movimento de integração (1970) cujo objetivo era integrar as pessoas com deficiência em ambientes escolares (LOCATELLI;VAGULA, 2009).

O atendimento das pessoas com deficiência no Brasil O movimento de integração- foi uma tentativa de

questionar o isolamento das pessoas com deficiência em espaços segregados.

“Normalizar” a pessoa com deficiência.

(...) insiste em integrar as pessoas com necessidades educacionais especiais no ensino regular por meio de classes especiais e atendimento especializado (...)” (LOCATELLI; VAGULA, 2009, p.24).

Integração e normatização (1970-1980)

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(...) desloca o enfoque individual, centrado no aluno, para a escola, reconhecendo no seu interior a diversidade de diferenças individuais, físicas, culturais e sociais (...)”(LOCATELLI; VAGULA 2009, p.24).

A educação especial passa a ser inserida na educação geral.

Modificações estruturais na escola e nova política educacional.

Educação inclusiva

A educação inclusiva é somente para os alunos com deficiência?

A proposta de educação inclusiva considera a educação um direito humano universal e defende o reconhecimento e a valorização das diferenças humanas na prática educativa (Ministério da Educação).

Educação inclusiva

Atividade

Em alguma escola que vocês estudaram teve algum aluno com necessidade educacional especial?

Comente sobre o processo de inclusão para esse aluno.

Caminhos para a inclusão

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=GpLpGG9kiP0

Conferência Mundial de Educação para Todos (1990) em Jontiem- Tailândia.

Declaração de Salamanca (Conferência Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais, UNESCO, 1994) - a inclusão deveria ocorrer na escola independente das diferenças individuais; a educação é direito de todos.A escola deve adaptar-se.

Inclusão

Educação inclusiva: compromisso de garantir uma educação de qualidade para todos (MARCHESI, 2007).

Inclusão

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(...) o ensino inclusivo é a prática da inclusão de todos – independentemente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou origem cultural- em escolas e salas de aula provedoras, onde todas as necessidades dos alunos são satisfeitas.” (KARAGIANNIS, STAINBACK; STAINBACK, 1999, p.21)

Inclusão

Deficiência: auditiva, visual, física e intelectual)

Transtornos Globais do Desenvolvimento: Síndrome de Rett; Síndrome de Asperger; Transtorno Desintegrativo da Infância; Autismo.

Altas habilidades ou superdotação.

Alunos com necessidades educacionais especiais (NEE)

Alunos com necessidades educacionais especiais (NEE)

Atividade

Apresente algumas barreiras para inclusão de alunos com necessidades educacionais na escola.

Acesso, permanência e sucesso escolar.

Professores qualificados.

Atendimento Educacional Especializado: Conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos.

Perspectivas para a educação inclusiva

Fonte: http://atividadeparaeducacaoespecial.com/inclusao-livros-e-guias-para-download-parte-2/

A inclusão não é uma ameaça, nem mesmo uma mera questão de terminologia. Ela é uma expressão linguística e física de um processo histórico que não se iniciou e nem terminará hoje. A inclusão não tem fim, devendo ser entendida dentro de um enfoque dinâmico, processual e sistêmico” (LOCATELLI; VAGULA, 2009, p.166).

Educação inclusiva

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BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/legislacao>.

BRASIL. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, n. 248, 23 dez. 1996.

KARAGIANNIS, A.; STAINBACK, W.; STAINBACK, S. Fundamentos do ensino inclusivo. In: Inclusão: Um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999.

Referências

LOCATELLI, A. C. D.; VAGULA, E. Fundamentos da educação especial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. v. 1.

MARCHESI, A. Da linguagem da deficiência às escolas inclusivas. In: Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educacionais educativas especiais e aprendizagem escolar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v.3.

PESSOTTI, Isaías. Deficiência mental: da superstição à ciência. São Paulo: Edusp, 1984.

Referências

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Processos Escolares de Inclusão

Políticas de Educação Especial

Aula 2

Prof.ª Taísa Grasiela Gomes Liduenha Gonçalves

Doutora em Educação Especial

Mestre em Educação

Pedagoga

O processo histórico do reconhecimento da pessoa com deficiência como cidadã.

A História da Educação Especial.

Relembrando a aula anterior

Objetivos:

Compreender sobre os documentos educacionais específicos da Educação Especial.

Adquirir subsídios teóricos sobre a Educação Especial.

Processos escolares de inclusão

Por que estudar políticas de Educação Especial?

AtividadeConferência Mundial de Educação para Todos (1990),em Jomtein na Tailândia: inclusão dos marginalizados.

“A educação básica deve ser proporcionada a todas as crianças, jovens e adultos. Para tanto, é necessário universalizá-la e melhorar sua qualidade, bem como tomar medidas efetivas para reduzir as desigualdades”.

Documentos internacionais

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Declaração de Salamanca (1994) fez referências sobre os princípios, políticas e práticas a respeito das necessidades educacionais especiais.

“(...)urgência de providenciar educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educacionais especiais dentro do sistema regular de ensino” (1994,p.1).

Documentos internacionais

“[...] as escolas do ensino regular devem educar todos os alunos, enfrentando a situação de exclusão escolar das crianças com deficiência, das que vivem nas ruas ou que trabalham, das superdotadas, em desvantagem social, e das que apresentam diferenças linguísticas, étnicas ou culturais”. (1994, p.17-18)

Declaração de Salamanca

A Inclusão depende dos contextos: político e social; da escola e da sala de aula (MARCHESI, 2007). Constituição Federal (1988):

“educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade for assegurada inclusive sua oferta gratuita para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria” (BRASIL, 2009).

Políticas nacionais

Estatuto da Criança e do Adolescente- ECA (1990):

Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa (...) assegurando-lhes: igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.

Políticas nacionais

A importância da inclusão

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=T5E_8ct-JEA

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Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN (1996):

Art. 58: “entende-se por Educação Especial, para os efeitos desta Lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.”

Políticas nacionais

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN (1996) assegura:

Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades;

Terminalidade/ aceleração;

Professores com especialização.

Políticas nacionais

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN (1996):

§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela de educação especial.

§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a educação infantil.

Políticas nacionais

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional- LDBEN (1996):

§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.

Políticas nacionais

Inclusão nas escolas

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=T5E_8ct-JEA

Converse com seu colega e aponte exemplos de recursos educativos e de acessibilidade para atender alunos com necessidades educacionais especiais.

Há alguma dúvida sobre o conteúdo?

Atividade

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“Deve buscar conhecimentos sobre a gestão de sistema educacional inclusivo, conhecer sobre as necessidades de acessibilidades arquitetônicas, projetos com outras áreas e a promoção de ações que envolvam assistência social, trabalho e justiça” (LOCATELLI, VAGULA, 2009, p.165).

Resolução CNE/CEB nº 2/2001 -Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica:

“Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para uma educação de qualidade para todos” (p.1).

Políticas nacionais

“A educação especial é uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem nas turmas comuns do ensino regular” (p.10).

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008):

A interface da educação especial na educação indígena, do campo e quilombola deve assegurar que os recursos, serviços e atendimento educacional especializado estejam presentes nos projetos pedagógicos construídos com base nas diferenças socioculturais desses grupos. (Brasil, 2008, p. 17)

Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2008):

Conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucional e continuamente, prestado das seguintes formas:

Complementar (estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento)

Suplementar (altas habilidades/superdotação).

Decreto nº 7.611 (2011) que dispõe sobre a educação especial e sobre o AEE

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I - prover condições de acesso, participação e aprendizagem no ensino regular e garantir serviços de apoio especializados de acordo com as necessidades individuais dos estudantes;

II - garantir a transversalidade das ações da educação especial no ensino regular;

Atendimento Educacional Especializado (AEE)

III - fomentar o desenvolvimento de recursos didáticos e pedagógicos que eliminem as barreiras no processo de ensino e aprendizagem; e

IV - assegurar condições para a continuidade de estudos nos demais níveis, etapas e modalidades de ensino.

Atendimento Educacional Especializado (AEE)

As salas de recursos multifuncionais são ambientes dotados de equipamentos, mobiliários e materiais didáticos e pedagógicos para a oferta do AEE.

Atendimento Educacional Especializado (AEE)

http://www.botucatu.sp.gov.br/includes/mostra_noticias.asp?ID=11046&Pagina=

Inclusão em diferentes escolas

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=T5E_8ct-JEA

“Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino” (p. 6).

Plano Nacional de Educação (PNE)- Lei nº 13.005 (BRASIL, 2014)

“Implantar, ao longo desse PNE, salas de recursos multifuncionais e fomentar a formação continuada de professores e professoras para o atendimento educacional especializado complementar, nas escolas urbanas e rurais” p. 6).

Plano Nacional de Educação (PNE), aprovado na Lei nº 13.005 (BRASIL, 2014)

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As escolas são obrigadas a oferecer vagas para alunos com deficiência? Elas precisam de alguma licença para oferecer essas vagas?

AtividadeNão há necessidade de licença da Secretaria de Educação.

Constituição Federal, determina no Art. 205 que a educação é direito de todos.

Qualquer escola, pública ou particular, que negar matrícula a um aluno com deficiência comete crime punível com reclusão de 1 (um) a 4 (quatro) anos (Art. 8º da Lei nº 7.853/89).

Orientações do MEC

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil; 1988. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1988.

______. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de diretrizes e Bases da Educação.

______. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília. Ministério da Educação. Brasília, janeiro de 2008.

Referências

BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Parecer CNE/CEB n.017/2001. MEC/ SEESP, Brasília, 2001.

BRASIL. Decreto nº 7.611, de 17 de novembro de 2011. Dispõe sobre a educação especial, o atendimento educacional especializado e dá outras providências. Casa Civil; Subchefia para Assuntos Jurídicos, Brasília, DF, nov., 2011.

Referências

_______. Lei nº 13.005, de 25 de junho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação, e outras providências. Lex. Brasília, DF, 2014a. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br>. Acesso em: 13 ago. 2014.

LOCATELLI, A. C. D.; VAGULA, E. Fundamentos da educação especial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. v. 1.

Referências

MARCHESI, A. Da linguagem da deficiência às escolas inclusivas. In: Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educacionais educativas especiais e aprendizagem escolar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v.3.

Referências

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UNESCO. Coordenadoria Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência (CORDE). Declaração de Salamanca de princípios, política e prática para as necessidades educativas especiais. Brasília: CORDE, 1994.

____. Declaração mundial sobre educação para todos. Plano de ação para satisfazer as necessidades básicas de aprendizagem. Tailândia, 1990.

Referências

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Processos Escolares de Inclusão

Alunos com Necessidades Educacionais Especiais

Aula 3

Prof.ª Taísa GrasielaGomes LiduenhaGonçalves

Doutora em Educação Especial

Mestre em Educação

Pedagoga

Documentos internacionais.

Políticas de Educação Especial.

Relembrando a aula anterior

Objetivo:

Caracterizar os alunos com deficiência em função de suas necessidades educativas especiais.

Processos escolares de inclusão

Qual a importância de conhecer as especificidades dos alunos com necessidades educacionais especiais?

Atividade“aquelas que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas”. (BRASIL, 2009)

Pessoas com deficiência

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Deficiência: auditiva, visual, física e intelectual)

Transtornos Globais do Desenvolvimento: Síndrome de Rett; Síndrome de Asperger; Transtorno Desintegrativo da Infância; Autismo.

Altas habilidades ou superdotação.

Quem são os alunos com necessidades educacionais especiais?

Fonte da imagem http://edmarciuscarvalho.blogspot.com.br/2011/06/pensando-educacao-especial-por-meio-de.html

“É muito difícil avançar no sentido das escolas inclusivas se os professores em seu conjunto, e não apenas os professores especialistas em educação especial não adquirem uma competência suficiente para ensinar a todos os alunos” (MARCHESI,2007, p.44).

acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica.

Estas pessoas podem, eventualmente, ter a visão melhorada por meio de técnicas e auxílios especiais, como o uso de lentes, óculos, tratamentos e cirurgias (BRASIL, 2014).

Deficiência visual: Baixa visão

A acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica. Ausência total de visão até a perda da percepção luminosa, tendo como principal meio de leitura e escrita o sistema Braille (BRASIL, 2014).

Deficiência visual: Cegueira

http://www.uselessdaily.com/history/whats-the-origins-of-braille-system/

Perda bilateral, parcial ou total, 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz (BRASIL, 2014).

Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)

Uso de aparelho auditivo (perda auditiva)

Deficiência auditiva

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Deficiência auditiva

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=DswRVj5Qa9E

alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física, apresentando-se sob a forma de: paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetraparesia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemiparesia, ostomia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, nanismo, membros com deformidade congênita ou adquirida (BRASIL, 2014).

Deficiência física

Deficiência física

Fonte: http://avidanaoparacomeca.blogspot.com.br/2011/09/o-que-e-deficiencia-motora.html

Fonte da imagem: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=271&evento=12

Funcionamento intelectual significativamente inferior à média, com manifestação antes dos dezoito anos e limitações associadas a duas ou mais áreas de habilidades adaptativas (BRASIL, 2004).(...) “alude a limitações muito generalizadas em capacidades ou aptidões da pessoa, relativas a processos básicos de pensamento, de conhecimento e/ou de aprendizagem (...)” (FIERRO, 2007, p.196).

Deficiência intelectual

Olhos amendoados, maior propensão ao desenvolvimento de algumas doenças, hipotonia muscular.

Débora de Araújo Seabra de Moura, 32, primeira professora com síndrome de Down.

Síndrome de Down

Fonte: http://educacao.uol.com.br/noticias/2013/09/08/professora-com-sindrome-de-down-lanca-livro-de-fabulas-no-rn.htm

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Você, futuro pedagogo (a), tem um aluno com deficiência múltipla (surdo cegueira) em sua sala de aula.

Você acha que é possível ensinar um aluno com essa deficiência múltipla?

De que maneira poderá interagir com esse aluno?

AtividadeÉ a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências (BRASIL, 2004).

Não há barreiras que o ser humano não possa transpor.” Helen Keller (1880-1968)

Deficiência múltipla

Fonte da imagem: http://www.bbc.com/portuguese/noticias/

2015/08/150824_helen_keller_fd

Helen e sua professora Anne Sullivan

Surdocegueira

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=VhAKccD1VVk

Alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação, um repertório de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo (BRASIL, 2010).

Autismo;

Síndrome de Rett;

Síndrome de Asperger;

Transtorno Desintegrativo da Infância.

Transtornos globais do desenvolvimento

Pode haver atraso ou ausência do desenvolvimento da linguagem.

Pode haver uso estereotipado e repetitivo ou uma linguagem idiossincrática.

Dificuldade na interação social.

Repertório restrito de interesses e atividades.

Interesse por rotinas e rituais não funcionais (BRASIL, 2010).

Autismo

Fonte da imagem: http://drauziovarella.com.br/crianca-2/autismo/

Transtorno de ordem neurológica e de caráter progressivo (BRASIL, 2010).

Geralmente são meninas (RIVIÈRE, 2007)

Síndrome de Rett

http://rettportugal.blogspot.com.br/p/sindrome-de-rett.html

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É preciso criar estratégias para que os alunos com Síndrome de Rett possam aprender.

O principal é estabelecer sistemas de comunicação que ajudem a criança - como placas com desenhos e palavras, para que ela possa indicar o que deseja.

Respeite o tempo de aprendizagem de cada criança e conte com a ajuda do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Síndrome de Rett

Prejuízo persistente na interação social;

Desenvolvimento de padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades.

Atrasos motores ou falta de destreza motora;

Podem não existir atrasos clinicamente significativos no desenvolvimento cognitivo, na linguagem, nas habilidades de autoajuda apropriadas à idade (BRASIL, 2010).

Síndrome de Asperger

As recomendações são semelhantes às do autismo.

Converse com ele de maneira clara e objetiva e apresente as atividades visualmente, para evitar ruídos na compreensão do que deve ser feito.

Explore alguns temas de interesse do aluno para abordar novos assuntos, ligados às expectativas de aprendizagem (BRASIL, 2010).

Síndrome de Asperger

Síndrome de Asperger

Vídeo

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=gGXoEyd_OPU

Perda de funções e capacidades anteriormente adquiridas pela criança (BRASIL, 2010).

Acarreta alterações qualitativas na capacidade para relações sociais, jogos ou habilidades motoras, linguagem, comunicação verbal e não verbal, com comportamentos estereotipados e instabilidade emocional.

Transtorno desintegrativo da infância

Simule a situação: Você, futuro pedagogo (a), terá um aluno com altas habilidades em sua sala de aula. Qual é a sua visão preliminar sobre esse aluno?

Atividade

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Notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos isolados ou combinados:

Capacidade intelectual geral;

Aptidão acadêmica específica;

Pensamento criativo ou produtivo;

Capacidade de liderança;

Talento especial para artes;

Capacidade psicomotora.

Altas habilidades/superdotação

Autor: Ricardo Ferraz.

BRASIL, MEC/SEESP. Educação Especial na Perspectiva da Inclusão Escolar : transtornos globais do desenvolvimento, 2010.

BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Promulga a Convenção Internacional sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo. Disponível em: <http://www4.planalto.gov.br/legislacao>.

Referências

BRASIL. Legislação brasileira sobre pessoas portadoras de deficiência. Brasília: Câmara dos Deputados, 2004.

BRASIL. Ministério da Educação. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP. Caderno de instruções – 2014. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/basica-censo-escolar-questionarios>. Acesso em:03 jan. 2016.

Referências

FIERRO, A. Os alunos com deficiência mental. In:Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educacionais educativas especiais e aprendizagem escolar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v.3.

RIVIÈRE, A. O autismo e os transtornos globais do desenvolvimento. In: Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educacionais educativas especiais e aprendizagem escolar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v.3.

Referências

Page 20: Supercola unopar 8p Pedagogia

1

Processos Escolares de Inclusão

Adaptações Curriculares

Aula 4

Profa. Taísa Grasiela Gomes Liduenha Gonçalves

Doutora em Educação Especial

Mestre em Educação

Pedagoga

Alunos com necessidades educacionais especiais:

Deficiência: auditiva, visual, física e intelectual);

Transtornos Globais do Desenvolvimento: Síndrome de Rett; Síndrome de Asperger; Transtorno Desintegrativoda Infância; Autismo;

Altas habilidades ou superdotação.

Relembrando a aula anterior

Objetivo:

Compreender as adaptações curriculares.

Processos escolares de inclusão

http://edmarciuscarvalho.blogspot.com.br/2011/03/educacao-especial-e-inclusiva.html

Em alguma escola que vocês estudaram teve aluno com necessidade educacional especial?

A escola realizou alguma adaptação para o aluno com necessidade educacional especial? Qual (quais)?

AtividadeAjuste ou modificação no currículo com o objetivo de promover o desenvolvimento e aprendizado dos alunos com necessidades educacionais especiais.

O processo de organização de uma adaptação curricular: A real necessidade do aluno; A relação entre o nível de competência curricular do aluno e a resposta curricular. O caráter processual do desenvolvimento humano e da aprendizagem.

(LOCATELLI; VAGULA, 2009)

Adaptações curriculares

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2

Grande porte: compreendem ações que são de responsabilidade de instâncias político-administrativas superiores, já que exigem modificações que envolvem ações de natureza política, administrativa, financeira, burocrática, entre outras. Ou seja, estão além da competência do professor.

Adaptações curriculares

As adaptações curriculares de grande porte são realizadas, principalmente, no nível do projeto político-pedagógico elaborado pela escola. A renovação da prática pedagógica deve ter início na elaboração de um projeto político-pedagógico, contando com a participação de gestores, professores, profissionais, funcionários, familiares e alunos, tendo por objetivo transformar a escola.

Adaptações curriculares

Pequeno porte: Modificações promovidas no currículo, pelo professor, de forma a permitir e promover a participação produtiva dos alunos.

Adaptações curriculares

http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me000448.pdf

Vídeo

Fonte: www.youtube.com/watch?v=amMXBbCK34Y

Adaptações para os Alunos com Deficiência Visual

Ajustes que o professor pode fazer nos objetivos pedagógicos constantes de seu plano de ensino de forma a adequá-los às características e condições do aluno com NEE.O professor pode priorizar determinados objetivos para um aluno com necessidades educacionais.

(BRASIL, 2000)

Compartilhar com o aluno a meta da atividade.

(MARTÍN, 2007)

Adaptação de objetivos

Os tipos de adaptações de conteúdos podem ser a priorização de tipos conteúdos, a priorização de áreas ou unidades de conteúdos, a reformulação da sequência de conteúdos, ou ainda a eliminação de conteúdos secundários, acompanhando as adaptações propostas para os objetivos educacionais.

(BRASIL, 2010)

(...) é necessário comprovar os conhecimentos prévios do aluno e trabalhar os conteúdos de que o aluno não dispõe”

(MARTÍN, 2007, p.323)

Adaptação de conteúdos

Page 22: Supercola unopar 8p Pedagogia

3

Adaptação do método de ensino e da organização didática

Adaptar o método de ensino às necessidade de cada aluno é na realidade um procedimento fundamental.

O aluno com NEE pode participar desta atividade da mesma maneira que os outros?

(JORGENSEN, 2007)

Atividades alternativas.

Adaptação de materiais.

Utilizar diferentes procedimentos de avaliação.

Avaliação contínua.

Adaptação do processo de avaliação

Adaptação na temporalidade do processo de ensino e aprendizagem

Aumentar ou diminuir o tempo previsto para alcançar os objetivos.

O professor precisa estar atento ao seu aluno.

O professor precisa usar a criatividade.

Necessidades educacionais especiais e adaptações específicas

Posicionar o aluno na sala de aula;

Utilizar a escrita e outros materiais visuais;

Utilizar textos escritos complementados com elementos que favoreçam sua compreensão: linguagem gestual, LIBRAS;

Utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis.

Alunos com deficiência auditiva Alunos com deficiência auditiva

Material visual;

Softwares

Educativo.

Linguagem gestual;

Page 23: Supercola unopar 8p Pedagogia

4

Vídeo

Fonte: centraldemidia.mec.gov.br/index.php?option=com_hwdmediashare&view=mediaitem&id=9324:3-orquestra-de-sinais&Itemid=484?&filter_mediaType=4

Alunos com Deficiência Auditiva

Posicionar o aluno na sala de aula;

Dispor o mobiliário da sala de aula;

Explicar verbalmente sobre todo o material abordado em sala de aula;

Oferecer suporte físico, verbal e instrucional para a locomoção do aluno;

utilizar os recursos e materiais adaptados disponíveis.

Alunos com deficiência visual

Alunos com deficiência visual

Lupa

Soroban

Bola com guizo

http://www.bengalalegal.com/soroban

http://cemespi.blogspot.com.br/2014/10/estimulacao-

sensorial-bola-texturizada.html

http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/lupa-ou-

microscopio-simples.htm

Descrevam exemplos que você consideram adaptações curriculares de pequeno porte para alunos com baixa visão?

AtividadePosicionar o aluno de forma que possa obter a atenção do professor;

estimular o desenvolvimento de habilidades de comunicação interpessoal;

encorajar a ocorrência de interações e o estabelecimento de relações com o ambiente físico e social.

Alunos com deficiência intelectual

Page 24: Supercola unopar 8p Pedagogia

5

estimular o desenvolvimento de habilidades de autocuidado;

estimular a atenção do aluno para as atividades escolares;

estimular a construção de crescente autonomia do aluno;

ensinar a pedir as informações de que necessita.

Alunos com deficiência intelectual

Os alunos com necessidades educacionais podem ajudar os professores a desenvolverem as adaptações curriculares? De que maneira?

Atividade

Criar condições físicas, ambientais e materiais;

Favorecer os melhores níveis de comunicação e de interação do aluno com as pessoas com os quais convive na comunidade escolar;

Favorecer a participação do aluno nas atividades escolares.

Ajustes que cabem ao professor realizar:

Atuar para a aquisição dos equipamentos e recursos materiais específicos necessários;

Adaptar materiais de uso comum em sala de aula;

Adotar sistemas alternativos de comunicação;

Favorecer a eliminação de sentimentos de inferioridade, de menos valia, ou de fracasso.

Ajustes que cabem ao professor realizar:Vídeo

Fonte: http://centraldemidia.mec.gov.br/index.php?option=com_hwdmediashare&view=mediaitem&id=9322:4-quebrando-a-invisibilidade&Itemid=484?&filter_mediaType=4

Quebrando a Invisibilidade: Materiais Adaptados

Page 25: Supercola unopar 8p Pedagogia

6

Acesso, permanência e sucesso de todos os alunos.

Nosso desafio

http://www.folhavitoria.com.br/geral/blogs/caminhos-de-fe/2015/04/13/artigo-o-valor-da-uniao/

MEC, SEESP. Projeto Escola Viva. Garantindo o aceso e permanência de todos os alunos na escola. Alunos com necessidades especiais, nº. 5 – Adaptações de Grande Porte. Brasília, 2000.

MEC, SEESP. Projeto Escola Viva. Garantindo o aceso e permanência de todos os alunos na escola. Alunos com necessidades especiais, nº. 6 – Adaptações de Pequeno Porte. Brasília, 2000.

Referências

JORGENSEN, Cheryl. M. Planejando currículos inclusivos desde o início: Estratégias e exemplos práticos para salas de aula do ensino médio. In: Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educacionais educativas especiais e aprendizagem escolar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v.3.

LOCATELLI, A. C. D.; VAGULA, E. Fundamentos da educação especial. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2009. v. 1.

Referências

MARTÍN, Elena. Ensinar a pensar por meio do currículo. In: Desenvolvimento psicológico e educação: necessidades educacionais educativas especiais e aprendizagem escolar. 2 ed. Porto Alegre: Artmed, 2007, v.3.

Referências

Page 26: Supercola unopar 8p Pedagogia

AV1

1)

"Ao revisitarmos a história da Educação Especial até a década de 90, podemos perceber

conquistas em relação à educação dos indivíduos que apresentam deficiência mental.

Não é pouco avanço ir de uma quase completa inexistência de atendimento de qualquer

tipo à proposição e efetivação de políticas de integração social. Podemos falar, também,

de avanços e muitos retrocessos, de conquistas questionáveis e de preconceitos

cientificamente legitimados" (MIRANDA, 2004, p.6).

Indique como V verdadeiras ou F falsas as afirmativas abaixo:

( ) A pessoa com deficiência teve seu direito de cidadã constituído desde a idade média.

( ) Na antiguidade era comum o extermínio de pessoas com deficiência.

( ) Com o Cristianismo as pessoas com deficiência passaram a ser acolhidas em

instituições religiosas.

( ) Desde a antiguidade a pessoa com deficiência tinha direito à educação escolar.

Alternativas:

a)

FFVF

b)

FVFV

c)

VFVF

d)

FVVF

Alternativa assinalada

2)

"É sabido que os fundamentos teóricos metodológicos da inclusão escolar centralizam-

se numa concepção de educação de qualidade para todos, no respeito à diversidade dos

educandos. Assim, em face das mudanças propostas, cada vez mais tem sido reiterada a

Page 27: Supercola unopar 8p Pedagogia

importância da preparação de profissionais e educadores, em especial do professor de

classe comum, para o atendimento das necessidades educativas de todas as crianças,

com ou sem deficiências". (SANT"ANA, 2005, p.227).

Assinale a alternativa que contemple o objetivo da inclusão.

Alternativas:

a)

Adaptar o aluno às condições da escola.

b)

Eliminar qualquer tipo de avaliação para os alunos com necessidades

educacionais especiais.

c)

Propiciar a educação para todos os alunos.

Alternativa assinalada

d)

Incentivar o aluno a ser dependente dos pais e professores.

3)

"A cegueira é uma deficiência sensorial que se caracteriza pelo fato de que as pessoas

que dela padecem têm seu sistema visual de colate de informações total ou seriamente

prejudicado". (ESPINOSA, 2007, p.152).

Quais recursos podem facilitar a aprendizagem do aluno considerado cego?

I-LIBRAS

II- Cadeira de rodas

III- Braille

IV- Soroban

Alternativas:

a)

Page 28: Supercola unopar 8p Pedagogia

I e II.

b)

III e IV.

Alternativa assinalada

c)

I, II e III.

d)

I, III e IV.

4)

No final da década de 1960 e início da década de 1970 houve um processo de

desinstitucionalização do deficiente que propunha educá-los em ambiente menos

restritivo. Deste modo, alguns considerados aptos passaram a ser encaminhados para

escolas regulares em classes especiais (MIRANDA, 2004). Assinale a alternativa que

apresenta o nome desse movimento da Educação Especial:

Alternativas:

a)

Interação

b)

Imparcialidade

c)

Integração

Alternativa assinalada

d)

Singularidade

5)

A __________________________é o resultado do aumento de material genético do

cromossomo 21, que resulta em implicações relacionadas ao desenvolvimento

Page 29: Supercola unopar 8p Pedagogia

psicomotor, características físicas e ________________________ de seus portadores

(COSTA, 2011).

Assinale a alternativa que as palavras dão sentido ao texto.

Alternativas:

a)

Síndrome de Asperger; intelectuais

b)

Síndrome de Down;intelectuais

Alternativa assinalada

c)

Síndrome de Rett; visuais

d)

Deficiência Auditiva; visuais

AV2

1)

A deficiência física consiste na alteração completa ou parcial de um ou mais segmentos

do corpo humano, acarretando o comprometimento da função física (BRASIL,

MEC/INEP, 2014).

Assinale a alternativa que apresenta aspectos facilitadores para a inclusão do aluno com

deficiência física.

I-Alterar a infraestrutura da escola, por exemplo, acesso por rampas.

II-Utilizar facilitadores de escrita, como engrossadores de lápis, órteses para digitação,

computadores com programas específicos e periféricos (mouse, teclado, acionadores

especiais).

III-Utilizar recursos de comunicação alternativa/aumentativa com os alunos

que possuem paralisia cerebral por apresentarem dificuldades funcionais de fala e

escrita.

Page 30: Supercola unopar 8p Pedagogia

IV-Utilizar linguagem infantilizada com os alunos com deficiência, pois independente

da idade serão eternas crianças.

Alternativas:

a)

I e IV.

b)

I, II e III.

Alternativa assinalada

c)

I, II e IV.

d)

II, III e IV.

2)

A comunicação humana é uma troca de sentimentos e necessidades entre duas ou mais

pessoas (DELIBERATO, 2007). Entretanto, há pessoas com deficiência que necessitam

de uma comunicação alternativa. Diante do exposto, pode-se concluir que a

comunicação alternativa é:

Alternativas:

a)

um recurso utilizado por um grupo de pessoas acometidas por algum tipo de

deficiência, que impede o uso da fala nas situações cotidianas.

Alternativa assinalada

b)

um recurso que desfavorece o ambiente escolar devido a quantidade de material

que podem ser utilizados para as pessoas com deficiência física.

c)

Page 31: Supercola unopar 8p Pedagogia

um recurso de avaliação escolar que deve ser utilizado por alunos excluídos da

escola em situação de vulnerabilidade social.

d)

um recurso desaconselhado pelo Ministério da Educação aos alunos com

deficiência na escola regular.

3)

_______________________apresenta como características: prejuízo na interação social,

alterações da comunicação e padrões limitados ou estereotipados de comportamentos e

interesses (KLIN, 2006). Assinale a alternativa que apresente sentido ao texto.

Alternativas:

a)

Transtornos de Déficit de Atenção com hiperatividade (TDA-H).

b)

Altas habilidades/superdotação.

c)

Deficiência intelectual.

d)

Autismo.

Alternativa assinalada

4)

De acordo com Negrini e Freitas (2008, p.283) "a inclusão dos alunos com altas

habilidades/superdotação ainda se faz necessário, uma vez que as escolas ainda não se

sentem preparadas para atendê-los e, mesmo sem perceber, realizam práticas

excludentes e desestimulantes para estes alunos, que vão à escola em busca de novos

desafios para a aprendizagem". Assinale a alternativa correta a respeito da pessoa com

altas habilidades/ superdotação.

Alternativas:

a)

Page 32: Supercola unopar 8p Pedagogia

A boa dotação intelectual é uma condição suficiente para a alta produtividade na

vida.

b)

Não há possibilidade de avanços curriculares para os alunos com altas

habilidades/superdotação.

c)

Cada inteligência é um potencial intelectual realmente autônoma que é capaz de

funcionar independentemente das outras.

Alternativa assinalada

d)

Caracteriza-se pela dificuldade de aprendizagem e de domínio de conceitos,

procedimentos e atitudes.

5)

"A educação de pessoas surdas é um tema bastante preocupante. Pesquisas

desenvolvidas no Brasil e no exterior indicam que um número significativo de sujeitos

surdos que passaram por vários anos de escolarização apresenta competência para

aspectos acadêmicos muito aquém do desempenho de alunos ouvintes, apesar de suas

capacidades cognitivas iniciais serem semelhantes. Uma evidente inadequação do

sistema de ensino é denunciada por estes dados, revelando a urgência de medidas que

favoreçam o desenvolvimento pleno destas pessoas"(LACERDA, 2006, p.164) .

Assinale a alternativa que favoreça a inclusão escolar do aluno com surdez.

I-Utilizar recursos visuais nas aulas.

II-A escola precisa providenciar um instrutor para a criança que não conhece a Língua

Brasileira de Sinais (LIBRAS), mas cujos pais tenham optado pelo uso dessa forma de

comunicação.

III-Não é necessário falar com clareza e de frente para o aluno.

IV-Oriente os alunos da classe para não estabelecer interação com esse aluno. É melhor

que ele fique aos cuidados do professor do atendimento educacional especializado.

Alternativas:

a)

I e IV.

Page 33: Supercola unopar 8p Pedagogia

b)

I, III e IV.

c)

I e II.

Alternativa assinalada

d)

II, III e IV.

Page 34: Supercola unopar 8p Pedagogia

Título: Inclusão e fatores históricos mundiais

Vamos iniciar, assistindo a um vídeo no qual atentaremos sobre a questão da inclusão na escola.

Vídeo: MEC - domínio publico: caminhos para a inclusão

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124136

Mas, até chegarmos aqui, tivemos um longo caminho. Vamos ver como tudo aconteceu.

Antigamente, a sociedade tinha uma visão um pouco diferente. A princípio, a atenção era direcionada para outras prioridades.

Com relação aos deficientes, temos um primeiro momento, que foi chamado de fase do

Extermínio. O que era diferente assustava, dava medo, (medo de contaminar), o que é diferente provoca medo e deve ser eliminado.

Então, podemos levantar alguns pontos que caracterizava a sociedade antigamente:

Culto à beleza

VENUS DE NILO

A pessoa com deficiência não tinha direito à vida.

Era condenada à morte.

Quando não era morta, era tratada como os bobos da corte,

Page 35: Supercola unopar 8p Pedagogia

→ Com a chegada do Cristianismo, podemos observar algumas alterações:

Filho deficiente à era visto como castigo dos céus; ou

Eles eram vistos como possuídos pelo demônio; Achavam que o comportamento diferente era determinado por forças

sobrenaturais

Segregação (religioso/ assistido / caritativo; institucionalizado)

o Crença no sobrenatural, amaldiçoados por deuses;

o As pessoas doentes ou com alguma anomalia eram colocadas de lado pela sociedade;

o Pessoas com deficiência à portadoras de alma - filhos de Deus à, pelos valores éticos, tinham o dever de amar o próximo;

o Passaram a ser acolhidos em instituições religiosas (mas eram vistos como

incapazes e doentes);

o Sec. XVI: deficiência tratada com alquimia, magia e astrologia;

o Sec. XVII: avanços da medicina, deficientes mantidos em asilos, hospitais psiquiátricos e conventos;

Sec. XVIII: deficiência eram resultados de lesões e disfunções no organismo;

o Ciência questionou os dogmas religiosos;

o Objetivo: aliviar a sobrecarga da família e da sociedade;

Page 36: Supercola unopar 8p Pedagogia

o Eles eram mandados para asilos e hospitais, junto com doentes psiquiátricos, delinquentes e prostitutas;

o Com a revolução industrial: deficiente passou a ser relacionado com

incapacidade, dependência, inutilidade e não era interessante para os governantes;

o Eram deixados longe dos olhos para não provocar nenhum constrangimento

ético ou moral (atitude natural);

Surgiram as residências clínicas, com o intuito de dar uma educação especial (mental).

Integração (Princípios da educação especial) - via de mão única.

o Nos anos 60/70 → desinstitucionalização → educar em ambiente menos

restritivo;

o Alguns considerados aptos passaram a ser encaminhados para escolas regulares, classes especiais ou salas de recursos.

o O deficiente passou a ser encarado como "necessidades educacionais especiais" → problemas de aprendizagem → requeria atenção mais

específica e maiores recursos educacionais → reorganização curricular,

formação de professores, novos métodos de ensino, posturas na atuação e

responsabilidade das escolas;

Modelo médico da deficiência → problema está no indivíduo → ele que precisava

mudar para se adaptar à sociedade ou ser mudado através da reabilitação ou

cura.

Inclusão (quebra de paradigma) - via de mão dupla.

Page 37: Supercola unopar 8p Pedagogia

A Educação Especial, no Brasil, seguiu o seguinte caminho:

Na época da República: Não havia necessidade, pois muitos iam para roça ou ficavam escondidos em casa.

No século XIX:

o 1854 → Serviço de atendimento aos cegos: Imperial Instituto dos meninos

cegos (com o decreto imperial 1.428), e, em 1891, foi instituído como: Instituto Benjamim Constant (Decreto 1.320 de 1891);

1857 → Imperial Instituto do surdo-mudo que, em julho de 1957, tornou-se o

Instituto Nacional de Educação de Surdos.

No século XX:

o 1905 - Escola Rodrigues Alves - DF e DV (RJ);

o 1909 - Colégio dos Santos Anjos - DM (SC);

1920 - Primeira Sociedade/associação (RS) - Sociedade Pestalozzi (Canoas).

Page 38: Supercola unopar 8p Pedagogia

o 1926 - Porto Alegre Instituto Pestalozzi;

o 1932 - Escola Estadual São Rafael - DV (MG);

o 1935 - Instituto dos Cegos (PE) e o Instituto Pestalozzi em Belo Horizonte;

o 1936 - Instituto dos cegos na Bahia;

o 1948 - Instituto Pestalozzi - DM (RJ) É ministrado, em 1950, o primeiro curso de especialização para professores nesta área;

o 1950 - AACD (SP);

1954 - Inicia-se o movimento das APAES, com Beatrice e George Benis;

1962 - Federação das APAEs (12);

Até a ditadura, eles eram chamados pelo termo "excepcionais";

Page 39: Supercola unopar 8p Pedagogia

o 1988 - Constituição Federal → passaram a ser reconhecidos como pessoas

com deficiência. Pessoa: implica em reconhecer o direito de viver e conviver em comunidade. Prevê o pleno desenvolvimento dos cidadãos, sem

preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade, bem como quaisquer outras formas de discriminação. Garante o direito à escola para todos e coloca,

como princípio para educação, o "acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada

um".

o Artigo 208, da constituição - O estado assume a educação especial;

1989 → lei 7.853/89 - Define como crime recusar, suspender, adiar, cancelar ou

extinguir a matrícula de um estudante por causa da deficiência, em qualquer

curso ou nível de ensino, seja ele público ou privado. A pena para o infrator pode variar de 1 (um) a 4 (quatro) anos de prisão mais multa;

o 1990 → Estatuto da Criança e do Adolescente - Garante o direito à

igualdade de condições para o acesso e permanência à escola, sendo o

ensino fundamental obrigatório e gratuito, o respeito dos educadores e atendimento educacional especializado, preferencialmentena rede regular;

o 1994 - Com a Declaração de Salamânca (o texto não tem efeito de lei), diz que a pessoa com deficiência deve receber atendimento especializado.

Crianças excluídas (trabalho infantil e abuso sexual) e deficiências graves

devem ser atendidas no mesmo ambiente de ensino;

o 1996 - Com a Lei de Diretrizes de Base (LDB), o atendimento especializado pode ocorrer em classes especiais, quando não for possível oferecê-lo na escola comum. Este foi um ponto que gerou muita confusão, pois deu a

entender que, dependendo da deficiência, a criança só podia ser atendida

em escola especial;

Page 40: Supercola unopar 8p Pedagogia

o 2000 - Leis garantem a prioridade nos atendimentos prioritários de pessoas

com deficiência nos locais públicos. Estabelece normas de acessibilidade física e definem, como barreira, obstáculos nas vias e no interior dos

edifícios, nos meios de transporte e tudo o que dificulte a expressão ou o recebimento de mensagens por intermédio dos meios de comunicação,

sejam ou não de massa;

2001 - Convenção de Guatemala (Decreto 3.956) à Põe fim às interpretações confusas da LDB. Esclarece as impossibilidades de tratamento desigual com base

na deficiência. O acesso ao ensino fundamental é um direito humano e privar pessoas em idade escolar, dele, mantendo-as unicamente em escolas ou classes

especiais, fere a convenção e a Constituição. A Convenção da Guatemala deixa clara a impossibilidade de tratamento desigual com base na deficiência, definindo

a discriminação como toda diferenciação, exclusão ou restrição baseada em deficiência, antecedente de deficiência, consequência de deficiência anterior ou

percepção de deficiência presente ou passada, que tenha o efeito ou propósito de impedir ou anular o reconhecimento, gozo ou exercício por parte das pessoas

portadoras de deficiência de seus direitos humanos e suas liberdades fundamentais (art. 1º, nº 2, "a").

Podemos ver que a exclusão tem participado da nossa vida há muito tempo. No texto abaixo, Jorge conta através de uma parábola a questão da exclusão,

Texto1 - Incluir ou excluir: Dessa água, eu não beberei

http://www11.unopar.br/unopar/atividade/download.action?geconteudo

.gecoCd=317113

http://sentidos.uol.com.br/canais/materia.asp?codpag=11590&cod_canal=33

Muito interessante para fazermos uma reflexão sobre o nosso comprometimento

no dia a dia com as mais variadas situações. Estamos somente presentes ou realmente estamos presentes e conscientes no que nos engajamos. Vamos postar

alguns comentários no fórum.

Para aprofundar:

Texto 2: Da Educação Segregada à Educação Inclusiva: uma Breve Reflexão sobre

os Paradigmas Educacionais no Contexto da Educação Especial Brasileira

Rosana Glat e Edicléa Mascarenhas Fernandes

Faculdade de Educação / Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Page 41: Supercola unopar 8p Pedagogia

Assim, pessoal, podemos perceber que estamos num processo que se iniciou na

década de 40, com alterações na década de 70, 80 e com mais transformações ocorrendo com o passar do tempo. Este processo não está pronto. Está em

andamento e fazemos parte das alterações que estão por vir. Temos uma luta pela frente, por melhores condições de atendimento para este tipo de população

e de melhores condições de trabalho, com cursos, reciclagens, atualizações, projetos e outras alternativas para que possamos continuar com este processo.

A tendência atual é que o trabalho da Educação Especial garanta, a todos os

alunos com deficiência, o acesso à escolaridade, removendo barreiras que

impedem a frequência desses alunos às classes comuns do Ensino Regular. Assim sendo, a Educação Especial começa a ser entendida como modalidade que

perpassa, como complemento ou suplemento, todas as etapas e níveis de ensino. Esse trabalho é constituído por um conjunto de recursos educacionais e de

estratégias de apoio, colocados à disposição dos alunos com deficiência, proporcionando-lhes diferentes alternativas de atendimento, de acordo com as

necessidades de cada um.

O atendimento educacional especializado é uma forma de garantir que sejam reconhecidas e atendidas as particularidades de cada aluno com deficiência. São

consideradas matérias do atendimento educacional especializado: Língua Brasileira de Sinais (Libras); interpretação de Libras; ensino de Língua

Portuguesa para surdos; Sistema Braile; orientação e mobilidade; utilização do soroban; as ajudas técnicas, incluindo informática adaptada; mobilidade e

comunicação alternativa/aumentativa; tecnologias assistivas; informática educativa; educação física adaptada; enriquecimento e aprofundamento do

repertório de conhecimentos; atividades da vida autônoma e social, entre outras. A seguir, temos um esquema que mostra a abrangência da educação especial

durante todo o processo de ensino.

Page 42: Supercola unopar 8p Pedagogia

Por este quadro, podemos observar que a educação especial é um processo que

deve acompanhar o aluno durante todo o processo de ensino, desde a educação infantil até, ou melhor, além do ensino superior. (Monroe).

Ela, também, coloca que, com a mudança de paradigma, o portador de deficiência passou a ser visto de forma diferente pelos vários setores da sociedade.

Essa tomada de consciência se deve a vários fatores que ocorreram durante anos, com mudanças na sociedade, na política e na ciência. Mudanças estas que

afetaram as mais variadas áreas da sociedade, com surgimento de lei, de movimentos a nível mundial e novas descobertas nas ciências.

Abaixo, estão listados alguns acontecimentos mundiais que desencadearam avanços:

Revolução Industrial: exigência de novas competências;

Revolução francesa: movimento humanista em favor das pessoas excluídas, com o slogan "Liberdade/Igualdade/ Fraternidade;

Page 43: Supercola unopar 8p Pedagogia

o 1945 - Proclamação dos direitos humanos (entre eles, o direito à educação);

o Avanços nas áreas das ciências (sofisticação dos exames e diagnósticos);

o 1969 - Dinamarca: Filosofia de Normatização e Integração;

o 1990 - Tailândia: Conferencia Mundial de Educação para Todos - Conferencia de Jomtien;

1994 - Espanha - Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais - Conferência de Salamânca -reconheceu a necessidade e urgência da educação

para as crianças, jovens e adultos com necessidades especiais dentro do sistema regular de ensino.

Todos estes fatos contribuíram muito para a tomada de consciência que estamos passando hoje.

Podemos ver, no quadro a seguir, de forma clara, esta mudança de paradigma. Antes

centrada no déficit, na dificuldade e, depois, centrada na competência.

Page 44: Supercola unopar 8p Pedagogia

2 do MEC - domínio público: liberdade de ser.

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124137

Mas, vamos retomar nosso rumo. O que é mesmo inclusão?

Aqui, estão mais informações :

DUCAÇÃO ESPECIAL é:

o O processo que visa promover o desenvolvimento das potencialidades de pessoas com necessidades educativas especiais e que abrange os

diferentes níveis e graus do sistema de ensino;

o Fundamenta-se em referenciais teóricos e práticos, compatíveis com as necessidades específicas de seu alunado;

o O processo deve ser integral, fluindo desde a estimulação essencial até

os graus superiores de ensino;

Sob o enfoque sistêmico, a educação especial integra o sistema educacional vigente, identificando-se com sua finalidade, que é formar cidadãos conscientes e participativos.

OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Page 45: Supercola unopar 8p Pedagogia

1. Desenvolvimento global das potencialidades dos alunos;

2. Incentivo à autonomia, cooperação, espírito crítico e criativo da pessoa com

necessidades educativas especiais;

3. Preparação dos alunos para participarem ativamente no mundo social, cultural, dos desportos, das artes e do trabalho;

4. Frequência à escola em todo o fluxo de escolarização, respeitando o ritmo próprio do aluno;

5. Atendimento educacional adequado às necessidades especiais do alunado, no que se refere a currículos adaptados, métodos, técnicas e materiais de ensino diferenciados, ambiente emocional e social da escola favorável à integração social

do aluno, pessoal devidamente motivado e qualificado;

6. Avaliação permanente, com ênfase no aspecto pedagógico, considerando o educando em seu contexto biopsicossocial, visando à identificação de suas

possibilidades de desenvolvimento;

7. Desenvolvimento de programas voltados à preparação para o trabalho;

8. Envolvimento familiar e da comunidade no processo de desenvolvimento global do educando.

O QUE É INCLUSÃO ESCOLAR?

Page 46: Supercola unopar 8p Pedagogia

Processo global e dinâmico que pode tomar distintas formas, de acordo com as necessidades e habilidades dos alunos.

A integração educativo-escolar refere-se ao processo de educar-ensinar, no mesmo grupo, a criança, com e sem necessidades educativas especiais, durante uma parte

ou na totalidade do tempo de permanência na escola.

Objetivos da Inclusão:

I. Integração das pessoas com necessidades especiais à sociedade; II. Expansão do atendimento aos alunos com necessidades especiais na

rede regular governamental de ensino; III. Ingresso do aluno com necessidades educativas especiais em turmas

do ensino regular, sempre que possível; IV. Apoio ao sistema de ensino regular para criar as condições de integração

dos alunos com necessidades educativas especiais;

V. Conscientização da comunidade escolar para a importância da presença do alunado de educação especial em escolas da rede de ensino;

VI. Integração técno-pedagógica entre os educadores que atuam nas salas de aulas do ensino regular e os que atendem em salas de educação especial;

VII. Integração das equipes de planejamento da educação comum com os da educação especial, em todas as instancias administrativas e pedagógicas

do sistema educativo; VIII. Desenvolvimento de ações integradas nas áreas de ação social,

educação, saúde e trabalho.

Inserir vídeo 3 : MEC - domínio público : universo das diferenças

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124141

WEBAULA 2

Título: Deficiência visual, mental e auditiva

Oi turma, bem-vindos a nossa web-aula.

Vamos começar a ver, um pouco mais detalhado, sobre algumas deficiências.

No atendimento educacional especializado, temos a seguinte classificação para os

alunos com necessidades educacionais especiais:

Portadores de deficiência mental;

Portadores de deficiência visual; Portadores de deficiência auditiva;

Portadores de deficiência física; Portadores de deficiência múltipla;

Portadores de condutas típicas; Portadores de superdotação (altas habilidades);

Page 47: Supercola unopar 8p Pedagogia

Serão apresentadas as características das deficiências1, de acordo com os Parâmetros

Curriculares Nacionais - Adaptações Curriculares:

Cada uma delas requer um tipo de atendimento diferenciado, para que possamos trabalhar melhor as habilidades a serem priorizadas.

1. Deficiência Mental:

Caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente

abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do individuo

em responder adequadamente às demandas da sociedade, em pelo menos dois ou mais aspectos:

Comunicação;

Cuidados pessoais; Habilidades sociais;

Desempenho na família e comunidade;

Independência na locomoção; Saúde e segurança;

Desempenho escolar; Lazer e trabalho (BRASIL, 1998, p. 26).

Deficiência mental é um vasto complexo de quadros clínicos, produzidos por várias etiologias e que se caracteriza pelo desenvolvimento intelectual

insuficiente, em termos globais ou específicos. (Krynski 1983), Limitação associada a duas ou mais áreas;

Início: antes dos 18 anos.

Classificação:

Leve; Moderado;

Page 48: Supercola unopar 8p Pedagogia

Grave ou severa;

Profundo.

Importante lembrar que os deficientes mentais de menor gravidade, têm

percepção de si mesmo e da realidade, diferenciando-os da doença mental.

Oficialmente, usa-se esta classificação na hora de se emitir um laudo técnico, mas, no dia a dia, usa-se termos como: criança com atraso ou déficit

intelectual, ou aluno que precisa de apoio ou apoio parcial.

Saber Mais:r:

Fazendo um breve parênteses, vemos que, no desenvolvimento "normal", segundo Piaget:

No período sensório-motor: criança organiza as sensações;

No período pré-operacional: inicio da linguagem e da função simbólica;

No período das operações concretas: internalização mental, pensamento lógico, razão norteia as atitudes, prazer pelo jogo de regras e competição;

No período das operações formais: pensamento hipotético, crítica, apresenta os pontos de vista próprio.

Mas, quando estamos trabalhando com portadores de deficiência mental, vemos que:

É esperado que o portador de deficiência mental apresente

comportamentos das fases anteriores, dependendo do grau de deficiência.

Pessoas com maior grau de severidade encontram mais dificuldade para realizar tarefas.

Vídeo MEC - domínio público: MEC desafios escola d m socializ

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=20260

A seguir, veremos um poema escrito por um portador de deficiência:

Texto 3:

http://www11.unopar.br/unopar/atividade/download.action?geconteudo.gecoCd=317120

http://palavrastodaspalavras.wordpress.com/2009/03/11/ilusoes-do-amanha-poema-

de-alexandre-lemos-aluno-da-apae/

1.1 Síndrome de Down:

Page 49: Supercola unopar 8p Pedagogia

Na síndrome de down ou Trissomia do 21, um dos tipos é a síndrome e uma das

características é a deficiência mental.

A seguir, temos um cariótipo de uma pessoa sem síndrome de down e outra com alteração cromossômica típica da síndrome de down

Figura 1: cariótipo de uma pessoa "normal".

Page 50: Supercola unopar 8p Pedagogia

Figura 2: cariótipo de uma pessoa com síndrome de down. A seta indica uma trissomia do par do cromossomo 21

2. Portadores de deficiência visual;

É a redução ou perda total da capacidade de ver com o melhor olho e após a melhor

correção ótica. É possível manifestar-se como:

Cegueira: perda da visão, em ambos os olhos, mesmo com o uso de lentes de

correção. Sob o enfoque educacional, a cegueira representa a perda total ou o resíduo mínimo da visão que leva o indivíduo a necessitar do método Braille como

meio de leitura e escrita, além de outros recursos didáticos e equipamentos especiais para a sua educação;

Visão reduzida: acuidade visual dentre 6/20 e 6/60, no melhor olho, após correção máxima. Sob o enfoque educacional, trata-se de resíduo visual que

permite ao educando ler impressos a tinta, desde que se empreguem recursos didáticos e equipamentos especiais (BRASIL, 1998, p. 26).

Em caso de deficiência visual, a escola deve providenciar para o aluno, após a sua matrícula, o material didático necessário, como regletes, soroban, além do ensino do

código Braile e de noções sobre orientação e mobilidade, atividades de vida autônoma e social.

Deve, também, conhecer e aprender a utilizar ferramentas de comunicação que, por

sintetizadores de voz, possibilitam aos cegos escrever e ler via computadores. É preciso, contudo, lembrar de que a utilização desses recursos não substitui o currículo

e as aulas nas escolas comuns de ensino regular.

Os professores e demais colegas de turma desse aluno também poderão aprender o Braile, assim como a utilizar as demais ferramentas e recursos específicos pelos

mesmos motivos apresentados no caso de alunos surdos ou com deficiência auditiva.

Page 51: Supercola unopar 8p Pedagogia

Em se tratando de escola pública, o próprio Ministério da Educação tem um programa

que possibilita o fornecimento de livros didáticos em Braile.

Além disso, em todos os Estados estão instalados centros de apoio educacional especializado, que devem atender às solicitações das escolas públicas.

Da mesma forma, as escolas particulares devem providenciar e arcar com os custos do

material ou tentar obtê-lo através de convênios com entidades especializadas e/ou rede

pública de ensino.

Recursos para aprendizagem e mobilidade:

Braille - principal meio de leitura e escrita. Colocar em um quadro

utilizar equipamentos específicos para o desenvolvimento educacional e integração social;

Aprender orientação e mobilidade para sua autonomia; Usar o resíduo visual nas atividades de vida diária sempre que

possível; Cajado de pastor e cão - primeiros auxílios utilizados pelas pessoas

cegas;

Bengala Ortopédica - Tem como objetivo, servir de apoio e sustentação, suportando o peso do indivíduo. Material: madeira

grossa e resistente, apresentando extremidade superior e um cabo curvo;

Bengala Branca - Mais longa que a bengala ortopédica, medindo cerca de 90 cm. Também confeccionada de madeira pintada de branco com

uma faixa vermelha na extremidade inferior; Bengala Longa ou de Hoover -. Material: Liga de alumínio, por sua

capacidade de transmitir aos nervos da mão em formas de sensações táteis, as particularidades do terreno.

INSTRUMENTOS EDUCACIONAIS

Diferentes tipos de óculos; Lupas e telescópios;

Cadernos com pautas mais grossas; Tiposcópio;

Ampliação de livros;

Baralhos;

Page 52: Supercola unopar 8p Pedagogia

Dial telefônico;

Sistema Braille; Instrumentos de medida, com marcas em relevo, em réguas, fitas métricas e

outros; Gravadores e livro falado, pelos quais as crianças podem ouvir textos registrados

e fazer relatos ou tarefas; Instrumentos de medida, com marcas em relevo, em réguas, fitas métricas e

outros; Gravadores e livro falado, pelos quais as crianças podem ouvir textos registrados

e fazer relatos ou tarefas; Recursos visuais não-ópticos: favorecem o funcionamento visual, não utilizam

lentes. Mesa adaptada, canetas tipo pincel atômico, luminárias, cadernos com linhas ampliadas e em negrito, marcadores de página e janelas de leitura,

proteção contra luz e brilho, livros com tipos ampliados, com adequação do tamanho do caractere, espaçamento entre letras e linhas, uso do negrito, serifa

e espessura da letra.

Figura 4: alguns equipamentos utilizados por portadores de baixa visão e/ou cegos: reglete, punção, máquina de escrever em braile (perkins), lupas, tele-lupas e sorobã.

MATERIAIS ALTERNATIVOS

Guizos - bolas e pneus;

Maquetes; Aumentar o tamanho dos equipamentos;

Utilizar-se de cores brilhantes para marcações e metas; Usar auxílio de um vidente;

Usar bolas sonoras; Usar sons para delinear a área de jogo;

Usar sinetas, barbantes ou elásticos condutores;

Usar informações verbais de guia.

ADAPTAÇÕES NO ESPAÇO FÍSICO

Page 53: Supercola unopar 8p Pedagogia

Reconhecimento do local; Reconhecer o local que cercam o espaço da atividade;

Verificar a disposição dos materiais e obstáculos no local da atividade; Comentar sobre o caminho que é percorrido até o local da atividade;

Informações sinaléticas no ambiente que será realizada à atividade (ex. Campo minado).

Vídeo MEC - domínio público - quebrando a invisibilidade

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=124140

Para seu aprofundamento, faça a leitura da cartilha sobre saberes e práticas da

educação: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciavisual.pdf

3. Portadores de deficiência auditiva;

Perda total ou parcial, congênita ou adquirida, da capacidade de compreender a fala por intermédio do ouvido. Manifesta-se como:

Surdez leve/moderada: perda auditiva de até 70 decibéis, que dificulta, mas não impede o individuo de se expressar oralmente, bem como de perceber a voz

humana, com ou sem a utilização de um aparelho auditivo; Surdez severa/profunda: perda auditiva acima de 70 decibéis, que impede o

indivíduo de entender, com ou sem aparelho auditivo, a voz humana, bem como adquirir, naturalmente, o código da língua oral (BRASIL, 1998, p. 25).

Caso exista um aluno com deficiência auditiva ou surdo matriculado numa escola de

ensino regular, ainda que particular, esta deve promover as adequações necessárias e contar com os serviços de um intérprete de língua de sinais, de professor de Português

Page 54: Supercola unopar 8p Pedagogia

como segunda língua desses alunos e de outros profissionais da área da saúde

(fonoaudiólogos, por exemplo), assim como pessoal voluntário ou pertencente a entidades especializadas conveniadas com as redes de Ensino Regular.

Se for uma escola pública, é preciso solicitar material e pessoal às Secretarias de

Educação municipais e estaduais, as quais terão de providenciá-los, com urgência, ainda que através de convênios, parcerias, etc.

inda para a surdez e a deficiência auditiva, a escola deve providenciar um instrutor de Libras (de preferência surdo) para os alunos que ainda não aprenderam esta língua,

mas cujos pais tenham optado pelo seu uso.

Obedecendo aos princípios inclusivos, a aprendizagem de Libras deve acontecer, preferencialmente, na sala de aula desse aluno e ser oferecida a todos os demais

colegas e ao professor, para que possa haver comunicação entre todos.

O ouvido é o órgão que capta esse som, transforma-o em estímulos elétricos e

os envia ao nervo auditivo, para que cheguem ao cérebro; Ali, eles são decodificados como uma palavra, ou como uma canção;

Quando esse precioso mecanismo apresenta falhas, surgem as deficiências auditivas, que podem ter vários graus e culminar na surdez total;

O som é energia mecânica de vibração do ar. As vibrações sonoras causam o movimento do tímpano e da corrente de três pequenos ossos que se encontram no

interior do ouvido médio.

Os três ossos atuam como alavancas, aumentando a força da vibração inicial recebida pelo tímpano.

Este estímulo ampliado é conduzido à membrana que cobre a janela oval.

Page 55: Supercola unopar 8p Pedagogia

A audição é medida por decibéis.

Para seu aprofundamento, faça a leitura da cartilha sobre saberes e práticas da educação:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/deficienciaauditiva.pdf

Quem é o surdo?

Há muitos graus de perda auditiva. Hoje, dizemos que surdos são aqueles que usam a

língua de sinais para se comunicar e deficientes auditivos aqueles que com uma prótese podem reconhecer pelo som as palavras.

Surdos são aquelas pessoas que utilizam a comunicação espaço-visual como principal

meio de conhecer o mundo em substituição à audição e à fala.

A maioria das pessoas surdas, no contato com outros surdos, desenvolve a Língua de

Sinais. Já outros, por viverem isolados ou em locais onde não exista uma comunidade surda, apenas se comunicam por gestos.

Existem surdos que por imposição familiar ou opção pessoal preferem utilizar a língua oral (fala).

Page 56: Supercola unopar 8p Pedagogia

Surdo-mudo:

Provavelmente a mais antiga e incorreta denominação atribuída ao surdo e, infelizmente, ainda utilizada em certas áreas e divulgada nos meios de

comunicação, principalmente televisão, jornais e rádio; O fato de uma pessoa ser surda não significa que ela seja muda. A mudez é uma

outra deficiência, totalmente desagregada à surdez. São minorias os surdos que

também são mudos; Fato é a total possibilidade de um surdo falar, através de exercícios

fonoaudiológicos, aos quais chamamos de surdos oralizados; Também, é possível um surdo nunca ter falado, sem que seja mudo, mas apenas

por falta de exercício.

Surdo: dificuldade parcial ou total no que se refere à audição

Mudo: problema ligado à voz

Educação:

a educação de uma pessoa surda se dará de forma diferente, de acordo com a

época em que a surdez acontecer; Ela precisará de um atendimento especializado para conseguir uma educação de

qualidade e poder participar da sociedade como cidadã; Crianças com problemas de audição, sem a devida assistência, têm dificuldades

no desenvolvimento da linguagem; Se chegarem à idade escolar sem que a surdez tenha sido diagnosticada, o

aprendizado será difícil, simplesmente porque essas crianças ouvem mal o que está sendo ensinado.

Língua: Conjunto do vocabulário de um idioma, e de suas regras gramaticais; idioma. Por exemplo: inglês, português, LIBRAS.

Língua de sinais: É a língua dos surdos e que possui a sua própria estrutura e

gramática através do canal comunicação visual. A língua de sinais dos surdos urbanos

Page 57: Supercola unopar 8p Pedagogia

brasileiros é a LIBRAS. Lei Federal n 10436 de 2002. Dispõe sobre a oficialização

da LIBRAS - Língua Brasileira de Sinais e dá outras providências.

Interprete de Libras: Pessoa ouvinte que interpreta para os surdos uma comunicação falada, usando a língua de sinais e vice-versa.

WEB aula WB2 no site

Título: Deficiência Física - Comunicação alternativa. Condutas Típicas.

4. Portadores de deficiência física:

Variedade de condições não sensoriais que afetam o indivíduo em termos de mobilidade, de coordenação motora geral ou da fala, como decorrência de lesões

neurológicas, neuromusculares e ortopédicas, ou, ainda, de malformações congênitas ou adquiridas (BRASIL, 1998, p. 25).

Para seu aprofundamento, faça a leitura da cartilha sobre saberes e práticas

da educação disponível em: .

Para possibilitar o acesso de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida,

toda escola deve eliminar suas barreiras arquitetônicas e de comunicação, tendo ou

não alunos com deficiência, nela matriculados no momento (Leis 7.853/89, 10.048 e 10.098/00, CF).

Page 58: Supercola unopar 8p Pedagogia

Faz-se necessária, ainda, a adoção de recursos de comunicação

alternativa/aumentativa, principalmente para alunos com paralisia cerebral e que apresentam dificuldades funcionais de fala e escrita.

A comunicação alternativa/aumentativa contempla os recursos e estratégias que

complementam ou trazem alternativas para a fala de difícil compreensão ou inexistente (pranchas de comunicação e vocalizadores portáteis).

Prevê, ainda, estratégias e recursos de baixa ou alta tecnologia que promovem acesso ao conteúdo pedagógico (livros digitais, softwares para leitura, livros com caracteres

ampliados) e facilitadores de escrita, no caso de deficiência física, com engrossadores de lápis, órteses para digitação, computadores com programas específicos e periféricos

(mouse, teclado, acionadores especiais).

Na deficiência física, há disfunção ou interrupção dos movimentos de um ou mais membros: superiores, inferiores ou ambos, e conforme o grau do comprometimento ou

tipo de acometimento, fala-se em paralisia (refere à perda da capacidade de contração muscular voluntária) ou paresia (refere-se quando o movimento está apenas limitado

ou fraco)

Tipo se deficiência física:

Ordem neurológica: (destruição das células nervosas centrais que afetam o sistema nervoso central pode ocorrer por doenças

(Poliomielite, espinha bífida, hidrocefalia, esclerose múltipla, meningocele);

Ordem muscular (Distrofia Muscular de Duchenne); Ordem ósseo-articular (osteogênese imperfeita, nanismo);

Amputações (malformações congênitas, Infecção, Trauma, Neoplasias, Problemas vasculares)

Vídeo do MEC - Além dos limites

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=20278

Importante:

Conhecer o quadro clínico para escolha de atividades adequadas considerando;

O potencial remanescente do aluno;

o A eficiência - força de vontade.

4.1 Paralisia Cerebral:

Consiste em um grupo heterogêneo de condições patológicas não-progressivas do movimento e da postura, que se manifestam no início da vida, atribuídas a várias

etiologias, conhecidas e desconhecidas, envolvendo o cérebro imaturo.

Page 59: Supercola unopar 8p Pedagogia

Não é doença, mas apresenta inabilidade, dificuldade, descontrole de músculos e de

certos movimentos do corpo e dano ao Sistema Nervoso Central, que afeta os músculos e sua coordenação motora, podendo afetar a articulação da fala - alguns apresentam

dificuldade de se comunicar e, muitas vezes, são confundidos como deficientes mentais.

Algumas são afetadas no todo; Algumas terão dificuldade em falar, andar ou usar as mãos;

Umas serão capazes de sentar sem suporte ou ajuda / outras necessitarão de ajuda para a maioria das tarefas de vida diária;

Podem ser confundidos com def. mentais; Não há medicamentos nem operações que possam curar;

Os progressos não são súbitos, mas demorados.

Nas paralisias cerebrais, há uma confusão de mensagens entre o cérebro e os músculos.

Na Paralisia Cerebral, um dos maiores problemas é, justamente, o tônus muscular. Isto quer dizer que, por algum motivo, o cérebro não consegue

controlar a contração dos músculos envolvidos em um determinado movimento ou mesmo em uma determinada postura. Sem um controle organizado do

cérebro, este tônus pode variar de alto para baixo.

As dificuldades motoras apresentadas serão definidas, dependendo de quanto,

como e onde o cérebro foi afetado.

Cada criança, portadora de Paralisia Cerebral, apresentará um problema motor específico e diferente dos outros, com seus limites e potenciais individuais.

4.1.1 Comunicação Alternativa/aumentativa:

COMUNICAÇÃO ALTERNATIVA é um recurso utilizado por um grupo de pessoas

acometidas por algum tipo de deficiência, que impede o uso da fala nas situações

cotidianas.

Os alunos com deficiências podem apresentar dificuldades na linguagem receptiva (compreensão), na linguagem expressiva (oral e escrita) ou em ambas.

Ele pode ser incapaz de expressar seus sentimentos e preocupações e ter prejudicado seu desenvolvimento acadêmico e social.

Page 60: Supercola unopar 8p Pedagogia

Crianças com paralisia cerebral, 65 % apresentam dificuldade no processo de

comunicação oral, que varia de pequenos erros de articulação até a impossibilidade absoluta de movimentação dos orgãos fonoarticulatórios

(Crickmay) Comunicação alternativa é usada quando o indivíduo comunica-se face-a-face por

meio de outros caminhos que não a fala. ( Tetzchner, 1997, Glennen, 1997) Signos gráficos e manuais, código Morse, escrita, são formas alternativas de

comunicação de indivíduos que perderam a habilidade para falar. Comunicação aumentativa é aquela que é realizada por meio de suporte. Enfatiza

o fato de que o treinar em formas alternativas de comunicação tem um duplo objetivo: promover e suplementar a fala e garantir uma forma alternativa de

comunicação, se um indivíduo não começou a falar.

Tipos de comunicação alternativa:

Bliss (Foi criado por Charles Bliss - 1942)

o É formado, basicamente, por símbolos: gráficos, ideográficos (sugerem o conceito), pictográficos (assemelha-se ao objeto), arbitrários (não tem

relação direta convencional com os significados); o Usa diferentes cores para diferentes categorias;

o Foi criado para ultrapassar as diferenças de línguas; o É semântico (a figura mostra o significado da palavra ou da frase).

PCS - Pictures Comunication symbol (Desenvolvido por Roxana Mayer (1981)

o Faz uso de desenhos bidimensionais; o Inclui alfabeto, números, foto;

o Segue uma organização sintática (ordena as palavras de maneira a determinar frases inteligíveis, que retém o significado);

o PECS;

o Premack;

o Rebus; o PIC;

o Sigsyn.

É fundamental a participação da família e da escola na busca pelos diferentes meios pelos quais a pessoa possa se comunicar. Explorar os meios pelos quais a pessoa

interage e se comunica em situações cotidianas contribuirá, de forma significativa, na seleção dos recursos alternativos e aumentativos de comunicação.

4.1.2 Computador

Page 61: Supercola unopar 8p Pedagogia

O computador pode ser utilizado para muitos fins, como meio de comunicação, como

opcional para auxiliar na aprendizagem, usá-lo como se usa o caderno, etc.

Recursos do Computador:

Opção de acessibilidade: existe em todos os PCs, basta acioná-lo. É possível fazer várias atividades, usando recursos, como filtro de tecla repetida, troca do

acionamento do mouse, etc. Procure no seu PC e conheça estas opções existentes

e use-as. Opcionais externos:

o Teclado importado; o Teclado com placa de acrílico;

o Mouses especiais; o Acionadores de mão, cabeça, ou adaptado a qualquer outro membro do

corpo. Programas:

o Jogos; o

Memória; Pintura;

Educativos (Byte Brothers, Expoente, Positivo) o Comunicação;

o

Dosvox. Parte do corpo a ser utilizada: É de extrema importância avaliar qual a parte do

corpo que apresenta melhor funcionalidade, para ser trabalhada no computador.

4.2 Amputados:

Vídeo Tony Melendez

Procure entender as características individuais de cada um e descobrir como se relacionar com eles. Potencialize seu aluno, não subestime as possibilidades, evite

super-proteção, estimule a independência, esclareça suas dúvidas sobre as limitações. Dirija-se sempre que possível ao seu aluno e, apenas quando necessário, peça

informações às pessoas que o acompanham.

O papel do educador deve englobar, também, aspectos como: maximizar o potencial

individual, focalizar o desenvolvimento de habilidades, selecionar atividades apropriadas, providenciar um ambiente favorável a aprendizagem e encorajar a auto-

superação.

Vídeo - Casal Amputado - Dança

5. Portadores de deficiência múltipla;

É a associação, no mesmo indivíduo, de duas ou mais deficiências primárias

(mental/visual/auditiva/física), com comprometimentos que acarretam atrasos no

desenvolvimento global e na capacidade adaptativa (BRASIL, 1998, p. 27).

Page 62: Supercola unopar 8p Pedagogia

Para seu aprofundamento, faça a leitura da cartilha sobre saberes e práticas

da educação disponível em:

http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/educacao%20infantil%204.pdf

A seguir, estão alguns tipos de deficiências múltiplas. Para cada uma delas, há métodos específicos para educação.

A. Surdo-cegueira:

É uma deficiência múltipla; Caracteriza-se pela perda parcial ou total da visão e da audição, de tal forma que

a combinação das duas deficiências causa extrema dificuldade na conquista de metas educacionais, vocacionais, de lazer e sociais;

Apesar das dificuldades, é possível educar a criança portadora desta deficiência,

através de métodos especializados.

B. Deficiência física e Mental; C. Deficiência física e visual;

D. Deficiência mental e visual; E. Deficiência física e auditiva;

Observar o comportamento das crianças sem deficiência ajuda aquelas que têm deficiência múltipla a se desenvolver. Faça jogos e brincadeiras que reúnam a turma

no final das aulas.

Pesquise tudo sobre a criança: de onde ela vem, como é a família, como se comunica e quais são suas brincadeiras preferidas. Na avaliação, valorize a evolução do aluno e

não os resultados.

6. Portadores de condutas típicas

Manifestações de comportamentos típicos de portadores de síndromes e quadros psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos que ocasionam atrasos no desenvolvimento

e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado (BRASIL, 1998, p. 25).

A partir da década de 90, para fazer referência aos alunos que apresentavam distúrbios

de comportamentos, atualmente refere-se às "manifestações típicas de síndromes e quadros neurológicos, psicológicos ou psiquiátricos persistentes que ocasionam atrasos

no desenvolvimento e prejuízos no relacionamento social, em grau que requeira atendimento educacional especializado " (Brasil,1994).]

Consideram-se, educandos com necessidades educacionais especiais na área de condutas típicas, aqueles que apresentam dificuldades na adaptação escolar,

associadas ou não a limitações no processo de desenvolvimento, que dificultam o acompanhamento das atividades curriculares.

Não existe um padrão único de comportamento denominado conduta típica.

É grande a variedade de comportamentos englobados nesse rótulo; Seus determinantes são variados, podendo ser de natureza biológica, psicológica,

comportamental e/ou social.

Page 63: Supercola unopar 8p Pedagogia

Esses alunos, geralmente:

Não apresentam comprometimento ou atraso intelectual;

Vivenciam enorme dificuldade em se adaptar ao contexto familiar, escolar e comunitário;

De acordo com o MEC, entende-se por quadros neurológicos, psicológicos graves e/ou psiquiátricos persistentes as manifestações que permanecerem apesar das

inúmeras tentativas de intervenção, seja de natureza clínica, educativa ou social; Apresenta dificuldade em uma ou várias áreas, tais como:

Permanecer sentado e concentrado nas atividades; Distrai com muita facilidade;

Fala excessivamente durante a aula;

Pouca noção de perigo; Não cuida adequadamente do material escolar;

Problemas emocionais geram inadaptações de maior complexidade que não se resolvem por si mesmas;

Criança que reage de forma inadaptada; Perde a paciência;

Não aceita regras ou quaisquer orientações do professor; Quando comete erros, ou mesmo traquinagens, responsabiliza os colegas;

Apresenta muitas vezes raiva e ressentimento; Criando discussões com todos;

Manifestações que afetam as relações interpessoais; Agressão ou auto-agressão;

Isolamento, alheios à realidade circundante. 6.1 TDA-H (Transtornos de Déficit de Atenção com hiperatividade)

Antigamente era conhecida como "Disfunção Cerebral Mínima".

Em 1987, o nome passou a ter a atual denominação: "Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade".

O verdadeiro comportamento hiperativo interfere na vida familiar, escolar e social da criança.

O diagnóstico da TDA-H é um diagnostico de difícil precisão. Há necessidade de uma avaliação com uma equipe multidisciplinar, com neuropediatra, psicólogo,

psicopedagogo, a família e o professor, e a criança ser observada em diversas situações. Normalmente, só é diagnosticada depois que a criança começou a

frequentar a escola. É um transtorno real, um obstáculo real, apesar de não haver nenhum sinal

exterior de que algo está errado com o Sistema Nervoso Central. É uma disfunção neurobiológica.

As crianças hiperativas entenderam as regras, instruções e expectativas sociais. Mas elas têm dificuldade em obedecê-las. Esses comportamentos são acidentais

e não propositais. Apesar do desejo de agradar e de ser educada e contida, a

criança hiperativa não consegue se controlar.

6.2 Espectro Autista:

Page 64: Supercola unopar 8p Pedagogia

O autismo é uma anormalidade do desenvolvimento que se manifesta de maneira

grave. Aparece tipicamente entre o nascimento até os 18 meses. Caracteriza-se por severos problemas de comunicação e na conduta por uma incapacidade de

relacionar-se com as pessoas de maneira normal. Os indivíduos autistas podem ser comparados ao deficiente mental, por seu

desenvolvimento atrasado em todas as dimensões: fala, coordenação motora, raciocínio, postura, emoção e psicológico.

Quando aprendemos qualquer nova informação, precisamos que este conteúdo seja simbolizado em nosso cognitivo. O que acontece com os autistas, é que a

simbolização ocorre de forma muito precária. Assim, parece que ou são deficientes mentais ou surdos, pois evitam qualquer tipo de contato com pessoas

ou, então, não respondem quando solicitada sua atenção.

6.3 Psicose:

O mundo interior é comumente confuso, pontuado por vozes estranhas, paranóia e

pensamentos ilógicos.

Sintomas:

Agitação, delírio paranóide (quando o doente acredita que conspiram contra ele), alucinações, comumente a ouvir vozes, as quais instigam a violência

contra si mesmos e contra outros, são um sinal extremamente grave: eles podem não resistir e atuar de forma violenta, ambivalência (sentimentos

opostos, como ódio e amor, expressos ao mesmo tempo), embotamento afetivo (manifestado por uma expressão facial suave e imperturbável),

perda de associação (no qual a pessoa encadeia pensamentos sem uma lógica evidente, frequentemente misturando palavras sem sentido. A falta

de espontaneidade, discurso empobrecido, dificuldade de estabelecer uma relação e lentidão de movimentos, apatia, desinteresse, incapacidade para

lidar com assuntos simples. (Scientific Americain )

Para se trabalhar com este tipo de alunado, é muito importante fazer uso

da ROTINA. Dar REFERÊNCIA à criança. Buscar a socialização da criança. Quando introduzir um novo estímulo, explicar, detalhadamente, à criança

Inclusão de alunos com condutas típicas na escola regular é viável em alguns casos.

O aluno deve ser incluído por ter condições de aprender e estar com outras crianças e pessoas e não pelo fato de ser somente um direito adquirido.

A convivência pode ficar insuportável e podem ocasionar danos físicos e/ou desencadear desorganizações psíquicas, uma vez que se encontram em idade na qual

as elaborações primordiais (formação da identidade) ainda estão em curso. (Jerusakinsk)

No Estado do Paraná, os alunos com condutas típicas são encaminhados para

atendimentos especializados, após avaliação sistemática para identificação das necessidades educacionais especiais no contexto escolar, realizada pelos professores,

Page 65: Supercola unopar 8p Pedagogia

equipe pedagógica e avaliação clínica, conduzidas por profissionais da comunidade

(psicólogos, psiquiatras, neurologistas, entre outros).

Devem ser propostas ações pedagógicas que estabeleçam o desenvolvimento de capacidades relacionadas à interação e integração social e ao equilíbrio emocional,

atribuindo-lhes o mesmo nível de importância que é dado às mais tradicionais capacidades cognitivas e linguísticas.

A atuação pedagógica do professor deve visar à potencialização do desenvolvimento cognitivo, emocional, social e psicomotor. Para isso, é importante o professor:

Identificar uma forma mais adequada de comunicação, estabelecer limites

necessários para a convivência no coletivo, previsibilidade de ações e acontecimentos. Buscar a melhora da auto-estima e do autoconhecimento do

aluno, usar técnicas de comunicação afetiva, desenvolver a conduta assertiva, usar técnicas positivas de resolução de conflitos e de tomadas de decisões

significativas, para a evolução de todos os alunos. Desenvolver, no aluno, a consciência corporal a fim de, através dela, estar disponível para aprender e

buscar o conhecimento de si mesmo e daquilo que o rodeia.

Para seu aprofundamento, faça a leitura da cartilha sobre saberes e práticas da

educação, disponível em: http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/cartilha10.pdf

Título: Superdotação E Maneiras De Tratar O Portador De Deficiência

Todo desenvolvimento verdadeiramente humano significa o

desenvolvimento do conjunto das autonomias individuais, das participações comunitárias e do sentimento de pertencer à

espécie humana. ...Compreender o humano é compreender sua unidade na diversidade, sua diversidade na unidade".

Morin (2000)

5. Portadores de superdotação (altas habilidades):

Notável desempenho e elevada potencialidade em qualquer dos seguintes aspectos,

isolados ou combinados:

Capacidade intelectual geral;

Aptidão acadêmica específica; Pensamento criativo ou produtivo;

Capacidade de liderança; Talento especial para artes;

Capacidade psicomotora (BRASIL, 1998, p. 25).

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VENUS DE NILO

A Legislação Educação Especial

Resolução nº2 de 11 de setembro de 2001:

Art 5º Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:

III - altas habilidades / super dotação, grandes facilidades de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes.

O termo "superdotado" é usado para indicar qualquer criança que se destaque das

demais, numa habilidade geral ou específica, dentro de um campo de atuação relativamente largo ou estreito.

Os superdotados têm desempenho e/ou elevada potencialidade, isolados ou combinados, nos aspectos:

Capacidade intelectual superior:

o Rapidez de pensamento; o Compreensão e memória elevadas;

o Capacidade de pensamento abstrato; o Curiosidade intelectual;

o Poder excepcional de observação.

Aptidão acadêmica específica:

o Envolve atenção; o Concentração;

o Motivação por disciplinas acadêmicas do seu interesse; o Capacidade de produção acadêmica;

o Alta pontuação em testes acadêmicos; o Desempenho excepcional na escola.

Pensamento criador ou produtivo:

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o Originalidade de pensamento; o Imaginação;

o Capacidade de resolver problemas de forma diferente e inovadora; o Capacidade de perceber um tópico de muitas formas diferentes;

Capacidade de liderança:

o Refere-se à sensibilidade interpessoal; o Atitude cooperativa;

o Capacidade de resolver situações sociais complexas;

o Poder de persuasão e de influência no grupo; o Habilidade de desenvolver uma interação produtiva com os demais.

Talento especial para artes visuais, dramática e música:

o Envolve alto desempenho em artes plásticas;

o Musicais; o Dramáticas;

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o Literárias ou cênicas (por exemplo, facilidade para expressar idéias

visualmente, sensibilidade ao ritmo musical, facilidade em usar gestos e expressão facial para comunicar sentimentos).

Capacidade psicomotora.

o Desempenho superior em esportes e atividades físicas; o Velocidade;

o O Agilidade de movimentos;

o Força; o Resistência;

o Controle; e o Coordenação motora fina e grossa.

CADA INTELIGÊNCIA É UM POTENCIAL INTELECTUAL REALMENTE

AUTÔNOMO QUE É CAPAZ DE FUNCIONAR INDEPENDENTEMENTE DAS OUTRAS.

Diretrizes do MEC/CENESP (1986), para identificação do superdotado:

Julgamento e avaliação das habilidades por professores, especialistas e supervisores;

Resultados consistentemente superiores em testes devidamente adaptados e padronizados;

Demonstração de habilidades superiores ligadas a expressivo interesse, motivação e envolvimento pessoal em determinadas áreas;

Rendimento escolar e progresso acadêmico mais rápido do que aqueles da

mesma idade;

A boa dotação intelectual não é condição suficiente para a alta

produtividade na vida.

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Adaptações Educacionais o Oferecer experiências complexas para desafiar o intelecto das crianças;

o Estimular a autonomia na busca por conhecimento; o Ajudar na compreensão de suas próprias emoções;

o Valorizar a individualidade da criança. Permitir que ela seja ela mesma, ao invés de forçá-la a ser aquilo que os pais gostariam que fosse;

o Enriquecimento: Escolas especiais;

Atendimento suplementar; Programas oferecidos fora da escola;

o Aceleração: Admissão escolar precoce;

Pular séries;

Condensação de séries; Colocação adiantada e admissão precoce na faculdade.

É importante dar oportunidade à criança para tomadas de decisões e escolhas entre alternativas. Tais oportunidades favorecem a sua

independência e autoconfiança.

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Depois de atentarmos a tantos fatos e informações, agora podemos repensar um pouco

mais sobre o papel do professor. Abaixo, segue um trecho do texto de HORA

Texto 4 : Necessidade de formação

http://www11.unopar.br/unopar/atividade/download.action?geconteudo.gecoCd=317176

CUIDADOS DIFERENTES PARA CADA DEFICIÊNCIA

Inclusão significa atender o aluno com necessidades educacionais e especiais, incluindo

aquele com necessidades especiais severas na classe regular, com apoio dos serviços de educação especial.

Como fatores de inclusão, temos:

Professor

A formação de professores para inclusão escolar de pessoas com necessidades especiais não pode restringir a fazê-los conscientes das potencialidades dos alunos, mas de suas

próprias condições para desenvolver o processo de ensino inclusivo. Implicar no desenvolvimento da capacidade auto-regular e de tornar consciência da atividade de

ensinar.

Sala de Aula

Quando a escola incluir uma criança de necessidades especiais, a mesma terá que se

ajustar às necessidades, desde espaço para carteira, modelo de cadeira, banheiros, portas, rampas, quantidades de números de alunos, materiais pedagógicos (sem haver

uma discriminação material esse que deve ser aplicado para todos os alunos), entre outros.

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Programa de Estudo

No campo da inclusão, refere-se às escolhas que são feitas quanto aos programas aos

quais serão submetidos aos alunos de necessidades especiais. Sendo que os aspectos compreendem a adaptação ou a produção do material didático dos elementos e o tipo

de avaliação.

Com relação aos tipos de deficiências, temos que atentar a alguns aspectos:

Auditiva:

A escola precisa providenciar um instrutor para a criança que não conhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras), mas cujos pais tenham optado pelo uso dessa

forma de comunicação; Esse profissional deve estar disponível para ensinar os professores e as demais

crianças. O ideal é ter também fonoaudiólogos disponíveis; Consiga, junto ao médico do estudante, informações sobre o funcionamento e a

potência do aparelho auditivo que ele usa; Garanta que o aluno possa ver, do lugar onde estiver sentado, seus lábios, ou

seja, nunca fale de costas para a classe; Solicite que o estudante repita suas instruções para se certificar de que a

proposta foi compreendida;

Use representações gráficas para introduzir conceitos novos; Oriente o restante da classe a falar sempre de frente para o deficiente;

Espere que o surdo olhe para você antes de falar; Fale de frente, pausadamente e de forma clara, pois a boa articulação facilita a

leitura labial; Converse buscando contato visual;

Não tenha barreiras diante dos lábios; Se não entender o que a pessoa surda esta falando, peça para repetir ou, se

preciso, escrever;

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Expressões faciais, gestos e movimento do seu corpo, são indicações do que você

quer dizer; Quando acompanhadas de interprete, dirigir-se ao surdo e não ao interprete.

Visual:

Trate-o com consideração e respeito, como os demais;

Ofereça ajuda;

Pergunte como ajudá-lo; Deixe-o segurar em seu cotovelo dobrado. Ele acompanhará o movimento do seu

corpo enquanto você caminha; Avise com antecedência a existência de degraus, pisos escorregadios, buracos e

obstáculos existentes no percurso; Chame-o pelo nome;

Ao explicar as direções, seja o mais claro possível, indique a distância em metros; Incentive-o a usar recursos específicos (bengala, óculos, lupa, etc.);

Para sentar, guie-o até o assento, conduza a mão do cego até o encosto e informe se tem braços ou não;

Num corredor estreito, coloque seu braço para trás, de forma que o cego possa continuar a seguir você;

Jamais distraia o cão-guia.

vídeo MEC - Domínio Público - Ameaça, Oportunidade

http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_a

ction=&co_obra=20246

Mental:

Aja com naturalidade;

Não os ignore, cumprimente e despeça-se delas, como faria com outra pessoa; Quando criança, trate-a como criança;

Quando adolescente, trate-o como adolescente;

Dê atenção e converse com eles; Não superproteja, deixe-os tentar fazer sozinho tudo que puderem;

É uma condição de ser;

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Nunca use expressões como "coitadinho", "bobinho"; Não subestime sua inteligência. Eles levam tempo para aprender;

Mas podem adquirir muitas habilidades intelectuais e sociais.

Deficiência Física:

Ofereça ajuda, mas não insista; Pergunte o que poderá fazer;

Não segure ou toque na cadeira de roda; Esteja atento a eventuais barreiras arquitetônicas;

Quando conversar, sente-se de modo a ficar no mesmo nível do seu olhar; Ao descer rampas ou degraus, use a marcha ré, para evitar que a pessoa caia

para frente;

Não estacione seu veículo nas vagas para pessoas com deficiência física; Possibilite a participação da pessoa nas atividades;

Conscientize outras pessoas como contribuir para integração do deficiente. Isso que é força e determinação. Foi uma pena que não foi divulgado da mesma

forma como foi divulgada a abertura das olimpíadas. Ma foi tão bonita como a outra...

A propósito: o que vocês acham do fato de as paraolimpíadas ter sido realizada alguns dias depois das olimpíadas e não terem acontecidas concomitantemente?

E aí, o que é inclusão?

Vamos ver outro exemplo:

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Vídeo judoca com deficiência

Vemos que a deficiência é apenas um detalhe, que existe muita vontade,

motivação e entusiasmo nessas pessoas. Digo sempre para meus alunos, que trabalhar com deficientes não é impossível,

nem difícil, é apenas diferente. É importante perceber como você os olha, e ter dedicação ao que você faz. Uma vez o poeta disse que:

O que mata um jardim não é o abandono, o que mata um jardim é esse olhar vazio de quem por ele passa indiferente.

(Mario Quintana)