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SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO DOS DIRETORES………………………………………………....2

2 CONTEXTUALIZAÇÃO………………………………………………………………….3

2.1 DESFECHO DA GRANDE GUERRA………………………...……………………...3

2.2 ASCENSÃO DOS REGIMES TOTALITÁRIOS……………....………………..……5

2.2.1 O FASCISMO NAITÁLIA…………………………...........……….……......5

2.2.2 ADOLF HITLER E O NAZISMO NA ALEMANHA................…………...8

2.2.3 O NAZIFASCISMO EM OUTROSPAÍSES……….………...……………11

2.3 O HOLOCAUSTO………………………………………………………..…………....12

2.4 UMA SEGUNDA GRANDE GUERRA…………………………………..……….....14

2.4.1 SITZKRIEG E BLITZKRIEG…………...…………………..........………..15

2.4.2 INVASÃO DA FRANÇA…………………………………………..........….16

2.4.3 A BATALHA DA INGLATERRA…………………………………............17

2.4.4 BATALHAS NO PACÍFICO……………………………………….............17

2.4.5 OPERAÇÃO BARBAROSSA E STALINGRADO……………...............18

2.4.6 O DIA D………….......……………………………………………………....19

2.5 CONFERÊNCIA DE TEERÃ……………………………………………………...….20

3 CONFERÊNCIA DE YALTA……………………………………………………………20

4 DELEGAÇÕES E POSICIONAMENTOS OFICIAIS……….………………………..21

5 PONTOS DE DISCUSSÃO…………………………………………………………….32

6 REFERÊNCIAS………………………………………………………………………….33

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1.APRESENTAÇÃO DOS DIRETORES

Oi, meu nome é André Luís de Assis Figueiredo Carneiro Gomes, um pouco grande eu sei, tenho 17 anos, estou no terceiro ano do Colégio Padre Eustáquio, sou de peixes, logo, iludido e estamos tentando ao máximo não passar vergonha aqui. Tmj bh é nois.

Muito prazer, meu nome é Eduardo Fonseca, tenho 18 anos e serei seu diretor no Santa Mundi 2019! Simulo há mais de dois anos e sou apaixonado pelo mundo das simulações. Com mais de 15 simulações na bagagem, fiz grandes amigos e entrei em contato com diferentes realidades e pontos de vista. Curso o primeiro período de Direito na UFMG, e devo muito quanto à escolha do meu curso aos mais variados modelos de simulação que tive a oportunidade de participar. Espero que a Conferência de Yalta seja uma ótima experiência, tanto para nós, diretores, quanto para vocês, caríssimos delegados!

Olá, senhores delegados e delegadas! É uma honra recebê-los na décima quarta edição do Santa Mundi! Sejam muito bem vindos, é com grande prazer que me apresento a vocês! Meu nome é Letícia Suzuki, tenho 18 anos e conclui a 3° série do Ensino Médio no Colégio Santa Marcelina-BH, ano passado. Felizmente ou infelizmente, sou escorpiana, portanto, muito intensa. Sempre me interessei por assuntos internacionais e sociais, porém, meu envolvimento com modelos de simulações das Nações Unidas começou no meu segundo ano do ensino médio, no próprio Santa Mundi seguido pela MiniOnu, onde tive a honra de delegar no comitê da plataforma de Beijing e os direitos femininos. Por esse e diversos motivos, é uma grande satisfação participar da moderação deste comitê. Espero que estejam animados e preparados para se envolverem na discussão de questões extremamente relevantes. Para além disso aguardo-os ansiosamente para as deliberações e caso haja qualquer dúvida, me coloco a disposição para auxiliá-los!!!

Prezados delegados e delegadas, meu nome é Vinícius Figueiredo de Brito, tenho 17 anos, sou atleticano, estou cursando o 3º ano no Colégio Santa Marcelina e farei parte da mesa da Conferência de Yalta nesse XIV Santa Mundi. Essa é a minha quarta participação nessa simulação tão apreciada por todos nós, mas a primeira como diretor. Então, estou muito ansioso pra chegar logo os dias em que estaremos juntos e que conhecerei todos vocês. Esse guia foi preparado com muito carinho e muita dedicação pela nossa equipe. Podem contar comigo para auxiliá-los. Bons estudos e até o dia 28 de junho.

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2. CONTEXTUALIZAÇÃO

2.1 DESFECHO DA GRANDE GUERRA

A Grande Guerra (1914- 1918) trouxe graves consequências para os países europeus. Estima-se que 10 milhões de pessoas morreram e mais de 30 milhões ficaram feridas no conflito, entre militares e civis, e, em toda a Europa, alastrou-se uma grave crise econômica em função da devastação que a guerra trouxe e pelos elevados gastos militares.

Imagem 1: Cidade de Ypres, na Bélgica, em escombros após ofensiva alemã em 1915 Fonte: http://www.receitadeviagem.com.br/a-belgica-e-a-primeira-guerra-mundial/

A Alemanha saiu como a grande derrotada do conflito. Morreram mais de 1 milhão de alemães durante a guerra e o país sofreu com os termos impostos no Tratado de Versalhes de 1919. Segundo o tratado, o Império Alemão deveria ceder partes de seu território para países vizinhos, pagar aos vencedores pesadas indenizações e reduzir seu exército a 100 mil homens. Além disso, o país foi proibido de produzir canhões, aviões militares, artilharia antiaérea e todas as suas colônias foram transferidas para domínio francês e inglês.

Dentre os territórios perdidos pelo Império Alemão, destacam-se a Alsácia-Lorena e as minas de carvão da bacia do Sarre para a França, no norte, territórios para a Bélgica e a Dinamarca e no leste para a Lituânia e para a Polônia.

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Assim, o Antigo Império Alemão foi desmanchado, abrindo espaço para a implantação da República de Weimar. Além disso, as imposições do Tratado de Versalhes geraram grande insatisfação na população alemã, desrespeitada e violada por um suposto exagero nas cláusulas que afundaram o país em uma severa crise econômica, gerando o sentimento de revanchismo.

O Império Otomano, que originou o Iraque, a Síria, o Líbano, a Palestina e a Transjordânia e o Império Austro- Húngaro, que originou a Áustria, a Hungria, a Tchecoslováquia, a Iugoslávia e a Polônia sucumbiram com o fim da guerra.

Contudo, nem todos os países saíram enfraquecidos do conflitos. Os Estados Unidos da América lucraram muito, aproveitando-se da venda de alimentos e produtos industrializados que os europeus não conseguiam produzir e também com empréstimos para as grandes potências européias, ascendendo como grande potência mundial.

Imagem 2: Europa antes e depois da Grande Guerra. Fonte: https://historianove.webnode.pt/news/primeira-guerra-mundial/

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2.2 A ASCENSÃO DOS REGIMES TOTALITÁRIOS

2.2.1 O FASCISMO NA ITÁLIA

Durante a Primeira Guerra Mundial, a Itália lutou ao lado dos vencedores (França, Rússia e Grã-Bretanha) e, por isso, tinha muitos interesses no Tratado de Versalhes de 1919. Contudo, esses interesses não foram incluídos nas cláusulas do tratado, o que gerou grande revolta no país. Benito Mussolini era um membro ativo do Partido Socialista Italiano que foi expulso do mesmo por apoiar a entrada da Itália no conflito, o que era veementemente criticado pelo partido. A Itália, assim como todos os países europeus envolvidos na guerra, afundou em uma crise econômica devido aos elevados gastos militares e em uma instabilidade social, motivada pela grande duração do conflito.

Nesse contexto, o Partido Socialista saiu como o grande vencedor das eleições parlamentares de 1919 na Itália, vencendo os católicos, os liberais e os conservadores. Após a vitória, os sindicatos se fortaleceram de forma expressiva e foi um período de muitas greves, o que enfureceu os latifundiários e grandes proprietários de terra. Assim, Mussolini fundou os Fasci di Combatimento (Grupo de Combate) , um grupo que se declarava contra a democracia, ultra-nacionalista, que odiava os comunistas e que surgiu como alternativa para manter o capitalismo. O grupo contou com apoio dos setores pertencentes à elite da sociedade.

Para combater os socialistas e comunistas, Mussolini organizou um grupo paramilitar, os Camisas Negras. A milícia cresceu espantosamente, recrutando ex- oficiais do Exército, estudantes e jovens e era financiada por latifundiários e grandes proprietários rurais. Os Camisas Negras agiam atacando as ligas sindicalistas e destruindo seus sindicatos. Os liberais também apoiavam fortemente Mussolini, pois acreditavam que, assim que os socialistas fossem vencidos, conseguiriam controlar Benito.

Mussolini percebeu que, para ampliar suas bases, era necessário começar a agir por vias legais. Assim, no início de 1921, diminuiu a violência contra os socialistas e transformou a milícia no Partido Fascista Italiano. Essa atitude permitiu que o partido participasse das eleições desse mesmo ano, elegendo 35 deputados para o Parlamento. Foi nessa mesma eleição que a esquerda italiana começou a se fragmentar, e uma ala mais radical e considerável do Partido Socialista se desligou e fundou o Partido Comunista.

Durante esse período que o Partido Fascista conseguiu uma participação dentro da política italiana, ele se organizou e tomou medidas que aumentaram a popularidade e respeito da população com Mussolini. Entre essas medidas, se destaca a repressão de uma greve convocada pelos socialistas em 1922. Mussolini despontou como um dos principais líderes políticos nacionais. Assim, em outubro desse mesmo ano, chamou os fascistas de todas as regiões da Itália para a Marcha Sobre Roma, que tinha como principal objetivo reivindicar maior participação política no Governo.

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Ou bem eles nos entregam o governo ou nós haveremos de tomá-lo, ocupando Roma. É uma questão de dias, talvez horas [...] Voltem para suas cidades e esperem nosso chamado. Se necessário, serão dadas ordens. Enquanto isso, podem se dispersar e manifestar sua solidariedade com as Forças Armadas [...] Nós fascistas, não queremos entrar no governo pela porta dos fundos. No fim das contas, tudo pode ser decidido pela força, pois na história é a força que decide tudo

(Corriere della sera, 25 de outubro de 1922)

Imagem 3: Benito Mussolini ( preto) na Marcha Sobre Roma. Fonte: http://estoriasdahistoria12.blogspot.com/2012/11/marcha-sobre-roma.html

Desse modo, a marcha não encontrou nenhuma resistência. Como resultado do movimento, o Rei Vítor Manuel III nomeou Benito Mussolini primeiro ministro italiano, fazendo com que os fascistas chegassem ao poder. A população italiana aceitou essa medida, pois estavam cansados da longa e sangrenta guerra, da crise econômica, grande violência nos campos e enxergavam em Mussolini uma possibilidade de um futuro tranquilo.

As primeiras medidas tomadas pelo novo primeiro ministro foram o aniquilamento das oposições, declaração do Partido Fascista como o único legal, abolição do direito à greve, fim da liberdade de imprensa e a criação de uma polícia secreta para reprimir o antifascismo. Outra notável medida que foi tomada foi a assinatura da Concordata de Latrão, em 1929, em que seria cedido um território dentro da Itália para ser sede do Estado do Vaticano, da Igreja Católica. Essa medida fez com que a comunidade católica se tornasse simpática ao novo primeiro ministro.

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Na economia, Mussolini teve como principal objetivo fortalecer o mercado interno. Ele fez isso com o incentivo à indústria de bens de consumo e buscando a autossuficiência na produção alimentícia. Essas medidas, aliadas à políticas de obras públicas, fizeram com que o país sofresse menos com a crise de 1929, que afetou todo o mundo capitalista. Assim, a economia da Itália ia se recuperando aos poucos e Mussolini ia se tornando um líder extremamente respeitado em toda a Europa, principalmente pela efetividade no combate ao comunismo.

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2.2.2 ADOLF HITLER E O NAZISMO NA ALEMANHA

A Alemanha, assim como a Itália, também passava por um momento de grave crise econômica e de instabilidade política. Após a derrota na Grande Guerra e das severas punições instituídas nas cláusulas do Tratado de Versalhes, era muito vivo um sentimento de revanchismo na sociedade alemã. O conflito trouxe consequências tão grandes para o país, que o Império Alemão caiu e foi instituído um novo governo, intitulado República de Weimar, que misturava elementos do parlamentarismo com o presidencialismo e que contava com um chanceler, que é o chefe de governo, e um presidente, chefe de Estado. Além disso, os ideais marxistas vinham ganhando força e influência dentro do país, embalados pela Revolução Soviética de 1917.

Nesse contexto, surgiu o Partido dos Trabalhadores Alemães, que pretendiam defender a classe operária alemã, mas que rivalizava com os comunistas e socialistas e se opunham aos ideais marxistas. Em 1919, Adolf Hitler, ex-cabo do Exército alemão, ingressou no partido. Em pouco tempo, ganhou influência dentro dele e foi consagrado como Führer (em português, líder) do partido e o transformou em Partido Nacional Socialista dos Trabalhadores Alemães, ou simplesmente Partido Nazista.

Adolf Hitler se promoveu com um discurso de que resgataria a dignidade e a grandiosidade do povo alemão e da raça ariana, se comprometendo em conquistar territórios para os arianos viverem e se desenvolverem, lutando contra os abusos do capitalismo e, ao mesmo, tempo propagando ódio ao comunismo e com um discurso de condenação dos judeus, em que eles seriam os piores capitalistas e responsáveis pela crise em que se encontrava a Alemanha e pela criação e difusão do comunismo.

Em 1923, influenciado pelo sucesso da Marcha de Roma, em 1922, de Mussolini, na Itália, Hitler tentou dar um golpe e programou uma Marcha de Berlim. Contudo, o plano fracassou e o líder do Partido Nazista foi preso. No período em reclusão, Hitler escreveu o livro “Minha luta” (em alemão, Mein Kampf), em que ele explicita e esclarece seus objetivos e projetos de uma Alemanha expansionista, ariana e livre de judeus. Hitler, que havia sido condenado a 5 anos de prisão, foi libertado pouco tempo depois.

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Imagem 4: Hitler escrevendo “Minha Luta” Fonte: https://epoca.globo.com/ideias/noticia/2015/05/alemanha-prepara-nova-edicao-de-minha-luta-livro-banido-de-hitler.html

Nessa conjuntura, o partido ficou por muito tempo nas sombras, colecionando fracassos eleitorais, até que chegou a Crise de 1929, que tiverem efeitos apocalípticos no país Germânico. A inflação e a taxa de desemprego subiram exponencialmente.

Com a crise, o Partido Nazista ganhou muita visibilidade dentro da Alemanha, pois representava uma solução em meio ao caos completo. Assim, nas eleições parlamentares de 1930, o partido passou de 12 para 107 cadeiras, se consolidando como um grande partido e com grande apoio das classes dominantes.

Nesse contexto de alta, grandes industriais fizeram um apelo para o então presidente Paul von Hindenburg para que ele nomeasse Adolf Hitler como chanceler do Estado alemão. O pedido foi prontamente atendido e, assim. em 29 de janeiro de 1933, Adolf Hitler se tornava o Führer da Alemanha.

Assim que Hitler assumiu o poder, ele dissolveu sindicatos de esquerda, criou campos de concentração, criou a polícia secreta GESTAPO e eliminou portadores de deficiência física por meio do plano da Eutanásia.

Uma das mais geniais sacadas de Adolf Hitler foi o uso intenso das propagandas durante todo seu período no poder. Ele designou essa missão para o ministro Joseph Goebbels, que tinha o objetivo de celebrar o Führer, o Partido Nazista, os valores nazistas (entre eles o antissemitismo e a celebração da raça ariana).

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Durante o período em que o Partido Nazista estava no poder, a Alemanha teve um grande recuperação econômica, em que a inflação foi contida e a agricultura e a indústria voltaram a crescer. Vale ressaltar que uma das indústrias que mais cresceu foi a bélica, pois estava intrinsecamente ligada ao plano do “espaço vital”

Imagem 5: Hitler sendo ovacionado por uma multidão Fonte: https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/hitler-o-populista-como-ele-comprou-os-alemaes-BACKUP.phtml

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2.2.3 O NAZIFASCISMO EM OUTROS PAÍSES

Os regimes instaurados por Benito Mussolini e Adolf Hitler, sempre com discursos extremamente nacionalistas e totalitários, alcançaram grande prosperidade econômica. Isso fez com que esse modelo de Estado influenciasse outros países do globo.

É válido ressaltar, dentre os países que aderiram ao estilo de Estado totalitário, os principais são: Portugal, sob a liderança de Antônio de Oliveira Salazar, que instaurou o salazarismo em 1932; Espanha, sob a liderança do general Francisco Franco, que derrotou tropas de esquerda em 1939 e que contou com a ajuda de Hitler e Mussolini no confronto, dando origem ao franquismo; na Hungria, com Ferenc Szálasi e na Romênia.

Portanto, isso mostra o quão respeitado foram Mussolini e Hitler na Europa e prova o quão influente ambos eram no continente europeu.

Imagem 6: Encontro de Franco e Hitler, na estação de trem em Hendaye, na França, em 1940. Fonte: https://en.wikipedia.org/wiki/Meeting_at_Hendaye

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2.3 O HOLOCAUSTO

Com ascensão dos nazistas ao poder na Alemanha em 1933, transformaram seus ideias em verdades absolutas para todo o povo alemão. Entre seus ideias, a crença de que os arianos eram “racialmente superiores” e que os judeus eram “uma raça inferior que ameaçava a comunidade racial alemã” tornou-se uma perseguição que afetou cerca de seis milhões de judeus. No entanto, o chamado Holocausto (uma palavra de origem grega, traduzida como “sacrifício pelo fogo) era um extermínio sistemático, que não só buscava eliminar os judeus, como também qualquer ameaça ao modelo “perfeito” imposto pelos nazistas, perseguindo também comunistas, socialistas, Testemunhas de Jeová e homossexuais. Outros considerados “racialmente inferiores”: ciganos, eslavos e deficientes físicos ou mentais.

Em 1933, antes dos nazistas assumirem o governo, a população de judeus na Europa era de cerca de 9 milhões. Em 1945, os alemães e seus colaboradores haviam matado 2 a cada 3 judeus do continente europeu. Tal extermínio era oriundo de uma operação chamada Operação Final, uma política nazista para eliminar todos os judeus. Além dos 6 milhões de judeus mortos, que eram os principais do racismo nazista, cerca de 200 mil ciganos e outros 200 mil deficientes físicos e/ou mentais foram mortos. As vítimas com deficiência eram em sua maioria alemães de instituições também alemãs que foram assassinados no chamado Programa Eutanásia.

Com a expansão alemã, várias outras vítimas foram assassinadas pela política que matava todos que não fossem arianos ou aliados dos arianos. Unidades móveis de extermínio, chamadas Einsatzgruppen, além de vários campos de concentração, foram responsáveis pela morte de milhões de pessoas, judias e de também várias outras etnias. Hitler recusava-se a usar o gás mostarda nas frentes de batalha, após quase morrer intoxicado na Primeira Grande Guerra. No entanto, os campos de extermínio para sua política antissemita, além de condições insalubres, eram equipados com câmaras de gás, para massacrar os judeus e outros prisioneiros.

Com o avanço de tropas aliadas, muitos sobreviventes foram resgatados e tiveram uma chance de recomeçar. Contudo, o Holocausto afetou milhões de vida, sendo considerado o maior genocídio da história mundial. Para aqueles que sobreviveram, as memórias daqueles que se foram sempre permaneceram em suas memórias, assim como as famílias que foram destruídas nunca mais irão se recompor.

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Imagem 12: Portões de Auschwitz, o maior campo de concentração da 2ª Guerra Mundial Fonte: https://i1.wp.com/segundaguerra.net/wp-content/uploads/2009/12/arbeit_macht_frei.jpg?zoom=2.625&resize=410%2C225&ssl=1

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2.4 UMA SEGUNDA GRANDE GUERRA

Com a ascensão dos regimes nazifascistas na Europa nas décadas de 30 e 40 e a expansão do imperialismo japonês, as nações que não se alinharam aos países supracitados sentem-se ameaçados por tais nações. A Segunda Guerra Ítalo-Etíope, a Guerra Civil Espanhola, a Segunda Guerra Sino-Japonesa e a invasão da União Soviética e da Mongólia por tropas japonesas foram alguns dos conflitos desencadeados antes da Segunda Grande Guerra que influenciaram seu início. Ocupações (como a anexação da Áustria pela Alemanha e a conquista da Albânia pela Itália) e acordos (tais como o Acordo de Munique e o Pacto Molotov-Ribbentrop) indicavam que um grande conflito era iminente. No entanto, foi no ano de 1939 que começava o maior conflito de todos os tempos: A Segunda Guerra Mundial.

Imagem 7: O ministro do exterior soviético Viatcheslav Molotov e o ministro do exterior alemão Joachim von Ribbentrop selam o pacto de não-agressão, conhecido como Pacto Molotov-Ribbentrop Fonte: https://www.causaoperaria.org.br/acervo/blog/2017/08/23/23-de-agosto-de-1939-pacto-molotov-ribbentrop-urss-e-alemanha-assinam-pacto-de-nao-agressao/#.XEC8PlxKi00

Adolf Hitler, führer da Alemanha Nazista, tinha um desejo de expandir seus domínios pautado na Teoria do Espaço Vital, surgida no contexto de uma Alemanha humilhada e desprovida de grande parte do seu território após a Primeira Grande Guerra. Essa teoria pregava ainda que a raça ariana deveria concentrar-se em um único território, que deveria ser ampliado ao máximo. Segundo dizeres de Hitler, “um guia, um império, um povo”.

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Tal teoria motivou a invasão do território da Polônia pela Alemanha Nazista em 1939, almejando a retomada da cidade de Danzig, que foi retirada do domínio alemão com o Tratado de Versalhes. Após várias tentativas, no dia 1º de setembro do mesmo ano, a cidade foi bombardeada e o objetivo do führer foi atingido. Como resposta, no dia 3 de setembro Reino Unido e França declaram guerra ao país germânico, iniciando assim a Segunda Guerra Mundial.

Imagem 8: Tropas alemãs invadem a cidade de Danzig, na Polônia Fonte: https://www.dw.com/pt-br/1939-alemanha-invade-a-pol%C3%B4nia/a-619968

O conflito pode ser dividido em 3 fases: as vitórias do Eixo (1939-1941), o equilíbrio de forças (1941-1943) e a vitória dos Aliados (1943-1945). Durante mais de meia década de guerra, ocorreram várias operações que merecem destaque. Tanto o Eixo quanto os Aliados deram grandes demonstrações de estratégia militar, em que as ações tomadas em confrontos foram capazes de mudar o desfecho da guerra.

2.4.1 Sitzkrieg e Blitzkrieg

Sitzkrieg é um termo que traduz-se do alemão como “guerra de mentira”. Com as ofensivas para invasão da Polônia pelas tropas de Hitler, os governos do Reino Unido e da França impuseram embargos econômicos ao país germânico. No entanto, não foram tão efetivos, sendo apenas uma medida para evitar conflito direto.

Sem a interferência direta das potências europeias aliadas, em 1940 os militares alemães inauguraram uma nova estratégia que garantiu muitas vitórias

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para seu exército. Combinando ataques terrestres, aéreos e navais para ocupar a Dinamarca, a “guerra relâmpago”, do alemão Blitzkrieg, possibilitou que as tropas alemãs atacassem rapidamente seus alvos, usufruindo do fator surpresa e impossibilitando uma reação rápida e efetiva dos adversários. Nesse mesmo ano, o führer invadiu também a Holanda e Bélgica, preparando terreno para uma invasão ao território francês. A fuga de tropas belgas e francesas pelas praias de Dunquerque através de embarcações enviadas pelos britânicos ficou conhecida como Operação Dínamo.

2.4.2 Invasão da França

Ao norte da França, as tropas alemãs já haviam ocupado a Bélgica. Ao leste, a Linha Maginot (um sistema de trincheiras construído na fronteira com a Alemanha) foi facilmente ultrapassada pelos soldados de Hitler. Reconhecendo a superioridade bélica do exército alemão, em 14 de junho de 1940 Paris é declarada cidade aberta. No dia 22, a França assina um armistício com a Alemanha Nazista.

Segundo tal documento, a França seria dividida em duas áreas: o norte do país e toda a linha costeira do Oceano Atlântico estariam ocupados pelos alemães, enquanto no sul estabelece-se a República de Vichy, um regime colaboracionista com os nazistas cuja capital era a cidade de Vichy.

Tal divisão manteve-se até o ano de 1944, quando as tropas aliadas encontraram-se com as Forças Francesas Livres (grupos de resistência ao regime vigente na França, compostos por cidadãos franceses que decidiram lutar em prol da expulsão das tropas nazistas) e marcharam até a capital francesa, expulsando os alemães.

Imagem 9: Hitler e seus colaboradores marcham em Paris. Fonte: https://ww2gravestone.com/ss-walter-armbrusch/

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2.4.3 A Batalha da Inglaterra

Entre 10 de julho e 31 de outubro de 1940, a Força Aérea Alemã, conhecida como Luftwaffe bombardeou intensamente a Grã-Bretanha sendo auxiliada pela Regia Aeronautica, a Força Aérea Italiana, que entrou ativamente na guerra no dia 10 de junho do mesmo ano. No entanto, a RAF (sigla do inglês Royal Air Force, Força Aérea Real em português) resistiu bravamente por mais de 3 meses, até conseguir neutralizar seus adversários.

A vitória britânica foi em grande parte influenciada pelo impedimento de uma invasão alemã que deixou milhares de soldados e civis mortos. Tal feito motivou os combatentes a eliminar a ameaça alemã em território inglês, para, assim possibilitar que o povo novamente sinta-se seguro em seu próprio país.

2.4.4 Batalhas no Pacífico

Paralelamente ao que acontecia na Europa, o Japão conquistava cada vez mais territórios, dominando em seu apogeu quase totalmente o Leste Asiático, buscando explorar recursos do Sudeste Asiático, enquanto esgotavam recursos dos Aliados, adotando uma postura defensiva. Para tentar neutralizar as tropas aliadas no Pacífico, em 7 de dezembro de 1941, o Império Japonês realizou diversos ataques em pontos estratégicos como portos e bases militares dos Aliados.

Entre eles, destacam-se a Batalha de Hong Kong, em que estavam alojadas além das tropas locais, unidades britânicas, canadenses e indianas que em uma semana se retiraram, obrigando a rendição da colônia britânica; e o Ataque a Pearl Harbor, que tirou os Estados Unidos da posição de fornecedor para então entrar efetivamente na guerra.

Seis meses após o Ataque a Pearl Harbor, é travada a Batalha de Midway, uma batalha aeronaval entre tropas do Japão e Estados Unidos. Foi o mais importante confronto naval da Segunda Guerra. A vitória das tropas estadunidenses marcou a virada do conflito para os Aliados, em que foram destruídos quatro porta-aviões e dois cruzadores japoneses, o que enfraqueceu bruscamente as forças do Império Japonês, praticamente apagando-as da guerra.

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Imagem 10: USS Yorktown após ser atacado por aeronaves japonesas. Fonte: https://meiobit.com/366892/ww2-batalha-de-midway-completou-75-anos/

2.4.5 Operação Barbarossa e Stalingrado

A União Soviética era uma nação que possuía recursos naturais muito abundantes, sendo assim vital para que a Alemanha pudesse manter sua economia em funcionamento. Sendo assim, para conseguirem invadir com sucesso a União Soviética, foi criada a Operação Barbarossa, estratégia meticulosamente montada por Hitler, que tinha quatro alvos primordiais:

● Conquistar a malha industrial da cidade de Leningrado; ● Conquistar a capital Moscou, o centro administrativo do país; ● Conquistar as terras produtoras de grãos nos arredores de Kiev; ● Após conquistar as terras produtoras, deslocar os exércitos alemães para a

conquista dos recursos minerais da União Soviética ao alcançar Stalingrado. Segundo Hitler, o exército alemão deveria se dividir em três grandes contingentes, para que assim a conquista seja rápida e fulminante. Ao longo da operação, Leningrado foi cercada por aproximadamente 900 das, Kiev foi facilmente dominada, chegaram nos arredores de Moscou e quase conquistaram Stalingrado, onde quase 2 milhões de homens, tanto alemães quanto soviéticos, foram mortos ou feridos.

O ataque alemão perdeu força devido ao clima rigoroso, à vastidão do território e à falta de recursos. Foram empregados tantos recursos na Operação Barbarossa que o fracasso alemão no Leste Europeu enfraqueceu todo regime nazista. Enquanto os homens de Hitler eram derrotados pelo Exército Vermelho, pelo fome, pela exaustão e pelo frio em território soviético, a oeste dos domínios alemães as tropas dos Aliados marchavam em direção a Berlim, definindo o desfecho do conflito.

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Imagem 11: Mapa da Operação Barbarossa Fonte: https://i.pinimg.com/originals/66/18/da/6618daf5c1db55fa525fe7ab05c035f1.gif

2.4.6 O Dia D

No dia 6 de junho de 1944, mais de 150 mil soldados aliados desembarcaram na Normandia, no noroeste da França. A operação envolveu também 1200 navios de guerra e mil aviões. O dia do desembarque ficou conhecido como Dia D, embora o plano tivesse o nome de Operação Overlord. As tropas desta operação foram responsáveis por retomar Paris no dia 25 de agosto, auxiliadas pelas Forças Francesas Livres. Tal plano foi tão eficiente que praticamente encerrou a Segunda Guerra Mundial, frente ao fato que Mussolini já havia abandonado o poder em 1943 e Hitler e seu exército estavam cada vez mais fracos.

Vale ressaltar que a Operação Overlord foi bem sucedida devido à participação do Primeiro Grupamento do Exército dos Estados Unidos, uma unidade fictícia. Tal grupamento foi incluído na Operação Quicksilver, em que atores acompanhados de tanques infláveis, aviões de madeira e balsas de desembarque falsas ficaram posicionados em Dover, do lado oposto à Normandia. Como os aviões de reconhecimento da Luftwaffe não conseguiram identificar a artificialidade das tropas, um grande contingente de tropas alemãs foi deslocado esperando que a invasão dos Aliados viria de Pas-de-Calais, a região do Normandia estava livre para a Operação Overlord.

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2.5 CONFERÊNCIA DE TEERÃ

Com o fracasso do exército de Hitler na tentativa de conquistar a União Soviética, os Aliados (Estados Unidos, URSS, Império Britânico e França) enxergavam uma possibilidade de vitória na Segunda Guerra. Assim, para discutir as ações das grandes potências aliadas, foi convocada uma conferência, no ano de 1943, sediada na cidade de Teerã, capital do Irã.

Mesmo com todas as desavenças entre os líderes, principalmente entre Joseph Stalin, da URSS, e Winston Churchill, Primeiro- Ministro da Inglaterra, os Aliados conseguiram chegar a importantes acordos. Os principais foram a decisão em conjunto de desembarcar na Normandia, ocupada pelos Nazistas e a de dividir da Alemanha em zonas das potências vencedoras, caso se confirmasse a derrota do exército Nazista.

3. CONFERÊNCIA DE YALTA

Tendo em vista as recorrentes derrotas do exército Nazista e a quase iminente vitória dos aliado, foram convocados, com o objetivo máximo de acabar de vez com o demônio do Nazifascismo, líderes de todo o mundo que estão lutando do lado certo do conflito para se reunirem na Conferência de Yalta, que se dará entre os dias 4 e 11 de fevereiro do ano de 1945, na cidade de Yalta, às margens do Mar Negro, na região da Crimeia. Essa conferência será o segundo grande encontro dos líderes Aliados.

Os objetivos dessa reunião são acabar de vez com o Nazifascismo, determinar como se dará a divisão do território alemão, redefinir o mapa europeu, especificamente as fronteiras dos países do leste europeu invadidos pela ditadura alemã, discutir a reestruturação dos governos desses países e o estabelecimento das zonas de influência dos Aliados, negociar o apoio da União Soviética aos EUA no conflito contra o Japão e debater quais são os elementos necessários para evitar um novo conflito de proporções mundiais e para manter a paz no globo.

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4. DELEGAÇÕES E POSICIONAMENTOS OFICIAIS

A mesa recomenda fortemente que os delegados leiam todas as delegações, com o objetivo de que se tenha um maior esclarecimento acerca do posicionamento dos representantes presentes nessa conferência.

4.1 DELEGAÇÃO AMERICANA

4.1.1 Franklin Delano Roosevelt

Franklin Delano Roosevelt (FDR) é Presidente dos Estados Unidos. Foi eleito em 1932 sob lema do New Deal, uma proposta do Governo Americano para retirar o país da crise avassaladora gerada pela quebra da Bolsa de Nova Iorque, que consistia em minimizar os efeitos da Grande Depressão e reformular a economia a fim de reestruturá-la. Com isso, FDR foi reeleito em 1936 e em 1940, pois havia ganhado o carisma do povo e melhorado a economia estadunidense.

Após o ataque japonês à base naval de Pearl Harbor, no Havaí, os Estados Unidos entram oficialmente na Guerra ao lado dos Aliados, com quem comungava opiniões acerca dos países membros do Eixo, pois o surgimento de potências não democráticas era uma ameaça à democracia liberal americana. Logo, representava uma ameaça aos Estados Unidos da América.

Assim, tendo uma participação fundamental na Guerra, as demandas do país durante a Conferência de Yalta eram que a URSS os ajudasse na Batalha do Pacífico, contra o Japão, que ainda não havia se rendido e que as possíveis consequências impostas sobre a Alemanha não tivessem os mesmos efeitos, no país germânico, que as cláusulas do Tratado de Versalhes.

Observação: para que qualquer decreto seja assinado pelo Presidente, é necessário ter a autorização do Congresso, ou seja, deve-se ocorrer, primeiro, uma votação na casa, sendo que a medida será aceita ou não pelo critério de maioria absoluta.

4.1.2 Willian Daniel Leahy

Willian Daniel Leahy é Almirante da Frota dos Estados Unidos, a mais alta patente da marinha, Chefe de Operações Navais, Embaixador dos EUA na França e também Chefe de Gabinete de Roosevelt, além de ser amigo e conselheiro do Presidente durante a Guerra e em Yalta, o que significa que ele é alguém de confiança do Governo Norte-Americano.

Leahy é a favor das pautas que FDR apontava durante as negociações, entretanto, fazia forte a oposição à aliança com a URSS pelo controle do pacífico, pois isso geraria a expansão da ideologia comunista pela Ásia, a qual fazia fortes

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críticas, e também pelo fato de que Stálin ganharia uma enorme área de influência, o que poderia desencadear em outra nação que não pudesse ser controlada.

4.1.3 George Marshall

George Marshall nasceu em 1880 em Uniontown. Estudou no Instituto Militar da Virginia, se formando em 1901. Com isso Marshall começa sua carreira militar após passar em um concurso do Exército Americano em 1902, recebendo a patente de subtenente. Anos mais tarde, com o inicio da Primeira Grande Guerra, ele serviu como combatente na França.

Durante a Segunda Guerra Mundial, Marshall é General e Estrategista do Exército dos Estados Unidos, sendo a principal cabeça por trás da Operação Overlord, que era a invasão dos Aliados na Europa pelos territórios da Normandia. Ele também coordenou parte das batalha no Pacífico, foi eleito Homem do Ano em 1943 e, de acordo com Winston Churchill, o responsável pela vitória dos Aliados.

Em contrapartida aos ideais de Leahy, Marshall apoia a entrada da URSS na Guerra do Pacífico, pois assim se evitaria a morte de mais soldados americanos.

4.1.4 William Averell Harriman

William Averell Harriman nasceu em Nova York no ano de 1891, filho de Edward Henry Harriman e Mary Williamson Averell. Em 1899, seu pai organizou a Harriman Alaska Expedition, a bordo do navio George Elder, para fins de pesquisa científica/antropológica sobre o litoral do Alaska e da URSS, sendo essa a primeira visita de William ao país.

Sendo amigo de confiança da família Roosevelt, membro do Partido Democrata e com experiência na URSS, em 1943 ele foi indicado como Embaixador dos Estados Unidos na União Soviética, onde conheceu Joseph Stálin.

Durante a Conferência de Yalta, Harriman tem fortes objeções contra a participação da URSS na Guerra do Pacífico, bem como a atuação soviética na Polônia, por pensar que Stálin estaria criando um Império na Europa a partir de Estados Fantoches.

4.1.5 Edward Stettinius

Edward Stettinius nasceu na cidade de Illinois, Chicago, em 1900. Vindo de família rica, a infância de Stettinius se deu em uma mansão no estado da Virginia, e se formou na Escola de Pomfret.

Em 1926 Stettinius começou a trabalhar na General Motors como metalúrgico, mas, devido aos contatos de seu pai na multinacional, Jhon Lee Pratt, um dos sócios da empresa, lhe deu o cargo de assistente. Em 1931 ele se torna vice presidente da corporação com o objetivo de criar um programa de ajuda aos desempregados criados pela Crise de 1929, entrando em contato com FDR diversas vezes.

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Com o início da Guerra, Stettinius vira Presidente do Conselho dos Recursos de Guerra e administrador do Lend-Lease Program, uma política do governo para a defesa dos Estados Unidos no conflito.

No decorrer da Conferência de Yalta, o Secretário apresenta os mesmos pensamentos de FDR sobre a URSS, sendo até mesmo repreendido por Harry Truman, alegando que Stettinius fazia vista grossa para a ameaça comunista.

4.2 DELEGAÇÃO SOVIÉTICA

4.2.1 Joseph Stalin

Joseph Stalin é o Secretário Geral do Partido Comunista e líder da União Soviética. No período em que a Alemanha ainda não havia declarado guerra formalmente, embora já houvesse anexado alguns territórios, o Líder já via o país como uma forte ameaça às repúblicas soviéticas cujo confronto direto deveria ser evitado, pois, apesar de numeroso, o exército soviético era fraco e não poderia combatê-los. Assim, quando Hitler propôs o Pacto de Não Agressão com a URSS, e, nas entrelinhas, a divisão do território polonês entre as duas forças, Stalin viu uma oportunidade de se defender de possíveis conflitos através da anexação territorial de parte da Europa Oriental.

Após o fracasso germânico em invadir o Reino Unido, Hitler quebra o Pacto com a URSS e faz uma intentona contra Stálin em 1941, o que foi definitivo para a entrada dos soviéticos na Guerra ao lado dos Aliados. Os comunistas utilizaram o clima contra os nazistas, despreparados para o rigor do inverno russo, e a técnica de terra arrasada, que consistia em acabar com os recursos naturais de uma região antes dela ser ocupada, para que o inimigo fosse enfraquecido pela falta de suprimentos. Pouco a pouco, as forças de Stálin acabaram com as tropas de Hitler e iniciaram uma investida que só acabaria em Berlim.

Por fim, as demandas de Stálin para a Conferência de Yalta são de manter, incondicionalmente, os territórios da Europa Oriental sob influência soviética, incluindo a Polônia; fragmentar a Alemanha de modo que seja impossível uma nova disseminação do nazismo; obrigar a Alemanha a pagar por reparos na URSS; definir Berlim sob o domínio soviético; e frear a ameaça japonesa, vide o início da influência soviética na China.

Vale ressaltar que, como Stalin perseguiu opositores, não há discrepância de ideias dentro com comitê soviético em relação às demandas, mas sim pessoas capazes de ver a vantagem que a URSS tem sobre os outros países e negociar pedindo mais que a verdadeira demanda soviética. Além disso, pelo fato do período stalinista se caracterizar como uma ditadura, Stálin tinha o poder necessário para tomar decisões sem a aprovação de entidades.

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4.2.2 Viatcheslav Molotov

Molotov é um político, diplomata soviético e amigo de Stálin desde 1911, quando o conheceu como membro do editorial do jornal bolchevique Prava.

Pelo fato de ser amigo de confiança de Joseph, a carreira política de Molotov decolou com a sua ascensão ao poder, sendo posicionado como Presidente do Conselho Popular de Comissários e realocado como Ministro das Relações Exteriores, negociando com a Alemanha o Pacto Molotov-Ribbentrop, que também é conhecido como Pacto de Não Agressão.

Além disso, em 1922, é nomeado por Stálin como Segundo Secretário do Partido, evidenciando a confiança do governo para com ele, o que acarretou como ele sendo o principal conselheiro e negociador em Yalta.

4.2.3 Andrei Gromyko

Andrei Gromyko nasceu na vila de Staryya Gramyki, próxima à cidade administrativa de Gomel, em 18 de julho de 1909. Vindo de uma família de camponeses, sua associação ao Partido Comunista começou aos treze anos, através do Komsomol, organização juvenil dos comunistas. Já em 1931, ele ingressa

na escola técnica agrícola de sua província e se filia, formalmente, ao Partido Comunista.

Embaixador da URSS nos Estados Unidos, Gromyko inicia seu trabalho na embaixada de Washington DC e após alguns anos, já com certa carga de experiência, Andrei participa de conferências anteriores à Yalta, mediando e negociando com outros líderes.

Portanto, Gromyko tem como objetivo a aproximação de interesses da URSS e dos EUA, exercendo medidas diplomáticas no encontro.

4.2.4 Aleksei Antonov

Antonov nasceu em Grodno, era filho de um oficial do Exército Imperial filho, o que acarretou na sua graduação na Academia Militar de Frunze, em 1921 e afiliação ao Exército Vermelho, sendo um combatente na Guerra Civil Russa.

Aleksei Antonov é um General do Exército Vermelho diretamente associado às vitórias da URSS sobre a Wehrmacht, sendo nomeado Chefe de Estado Maior do Exército Vermelho. Ademias, Aleksei também instruiu as forças Aliadas em ações cooperativas contra os nazistas, como o Bombardeio de Dresden.

Em 1944, Antonov é designado ao cargo de porta voz do Partido Comunista, participando da delegação soviética durante a Conferência de Yalta em 1945.

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4.2.5 Stepan Kucherov

Stepan Kucherov nasceu em 1902, na cidade de Olshanka. Após ter se juntado a marinha soviética em 1922, ele subiu rapidamente de patente e se destacou como oficial, ocupando os cargos de Chefe de Estado Maior da Marinha do Norte, Comandante da Marinha do Mar Branco e Chefe de Estado Maior da Marinha Soviética, e por esses títulos, acaba por participar da Conferência de Yalta.

4.3 DELEGAÇÃO BRITÂNICA

4.3.1 Winston Churchill

Winston Churchill, Primeiro Ministro Britânico e também Ministro da Defesa, é uma das maiores personalidades para a vitória dos Aliados na Segunda Guerra Mundial. Dentre seus feitos, destacam-se: governo de coalizão entre os três maiores partidos ingleses: Conservadores, Trabalhistas e Liberais; defesa da Grã Bretanha contra a os ataques aéreos da Luftwaffe, que apesar de ter maior número de aviões que a Força Aérea Real, Churchill consegue deter a invasão nazista com a recém-formada tecnologia de radar; e também por sua participação na Guerra do Pacífico, que junto à China, impuseram embargos comerciais ao Japão cessando-lhes o fornecimento de petróleo ferro e aço, que acarretou em uma crise de abastecimento no país.

Churchill tem relações de amizades com FDR, entretanto, seu relacionamento com Stálin não era muito amistoso, pelo fato do Primeiro Ministro ser anticomunista, bem como antinazista. Logo, Churchill, nas suas negociações em Yalta, tem uma posição diplomática, contudo, queria garantir que a URSS não tivesse fortes influências na Europa Oriental, e que os países pelos quais a União Soviética havia deixado tropas, como a Polônia e Iugoslávia, tivessem repúblicas democráticas sem a presença direta do Partido Comunista Russo.

Como Churchill é o Primeiro Ministro, suas decisões a respeito da assinatura de documentos ou tratados também deveriam ser previamente votadas pelo Parlamento Britânico, assim como as de FDR, pelo critério de maioria absoluta.

4.3.2 Charles Portal

Charles Portal ocupa o cargo de Marechal da Força Aérea Real, coordenando todos os ataques de bombardeio do Reino Unido, ao usufruir da tática de bombardear estrategicamente o inimigo, que consiste em incapacita-lo, atacando cidades importantes, destruindo bancos e hospitais, ou fábricas de armamentos, fazendo com que a falta de suprimentos desmoralize o país a querer continuar a guerrear e opte por rendição.

Seu desempenho em defender os Aliados o fez participar, também, das conferências anteriores a Yalta, sempre ao lado de Churchill. Por conseguinte, na

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Crimeia, Portal da suporte a Churchill de como executar os objetivos diplomáticos, sendo um bom conselheiro.

4.3.3 Andrew Cunningham

Andrew Cunningham nasceu em Rathmines, Irlanda, no ano de 1883. Sua carreira de marinheiro começou cedo, no ano de 1897, como cadete em um navio de treino, o HMS Britannia. Durante seu tempo servindo, Cunningham já batalhou na Primeira Grande Guerra como oficial, e foi promovido a comandante.

Já na Segunda Guerra Mundial, o oficial participou da Batalha do Cabo Matapan, saindo com a vitória aliada, e também fez parte das Forças Expedicionárias Aliadas, lideradas por Dwight Eisenhower.

Na Conferencia de Yalta, Andrew Cunningham é o responsável por traçar planos para a distribuição de parte da marinha britânica no pacífico, além de apoiar Churchill.

4.3.4 Alan Brooke

Alan Brooke nasceu em 1883, na cidade de Bagnères-de-Bigorren, França, e vem de uma família anglo-irlandesa. Teve o início da educação básica na escola francesa de Paul, mas ao mudar-se para a Inglaterra com 16 anos, Brooke termina sua graduação na Real Academia Militar em 1902, servindo ao exército britânico como subtenente a partir desse ano. Durante a Primeira Guerra Mundial, Alan volta à França como combatente e, devido ao seu desempenho, no final do conflito ele é designado como tenente coronel.

Em 1945, Brooke ocupa o cargo de marechal de campo na Guerra, a patente mais alta do Exército Britânico, além de ser, também, o principal consultor de Churchill para montar os planos de batalha, tendo sido escalado mais tarde como “Cheif of the General Imperial Staff” – na tradução literal, Chefe de Estado Maior Imperial.

Durante a Conferência na Crimeia, Brooke está sempre de acordo com as decisões do Primeiro Ministro, o aconselhando da melhor maneira possível sobre a ameaça comunista na Europa e as consequências que esta poderia causar caso a URSS se consolidasse na parte ocidental do continente.

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4.3.5 Anthony Eden

Anthony Eden nasceu em 1897, na cidade de Windlestone Hall, Inglaterra. Veio de uma família de militares e, durante sua juventude, ele estudou em dois colégios, iniciando sua educação na Escola Sandroyd e se formando no Eton College.

Durante a Primeira Guerra, Anthony perdeu seu irmão mais velho e seu tio no campo de batalha, motivando-o a se alistar no exército, o que foi um marco decisivo para a sua entrada jovial na política.

Eden é um parlamentar britânico relativamente novo, assumindo a posição aos 30 anos de idade. Sendo membro do partido Conservador, o mesmo de Churchill, Anthony já havia sido Secretário de Estado para Relações Exteriores e do Commonwealth, e em 1940, assume a posição de Primeiro Secretário de Estado para Guerra.

O Secretário faz papel de diplomata ao lado de Churchill durante a Conferência de Yalta, sempre mediando as exigências de FDR e Stálin com as de Churchill da melhor maneira possível.

4.4 DELEGAÇÃO ITALIANA

4.4.1 Ferruccio Parri

Ferruccio Parri quando era mais jovem, lutou pela Itália na Primeira Guerra Mundial e recebeu três medalhas de prata pela bravura em campo de batalha. Foi contrário à ascensão da ideologia fascista e se juntou ao grupo Giustizia e Libertà. Durante a Segunda Guerra Mundial, Parri fez parte da Resistência Italiana, movendo forças contra os nazistas e a República Social da Itália, criada por Mussolini. Parri, sobretudo defendia uma Itália mais unida e democrática – um verdadeiro desafio para um país recém-saído de um regime autoritário. Sua aproximação com os Aliados demonstrava seu pleno interesse em reapresentar a Itália para o mundo: uma Nação rompida com os ideais fascistas; e, por isso, novamente digna de confiança.

4.4.2 Alcedi de Gasperi

Seu histórico na política italiana se iniciou em 1919, quando se filiou ao Partido Popular e foi eleito deputado em Roma35. Apoiou a primeira parte do governo de Mussolini, mas depois se tornou um grande crítico do regime fascista. Em razão dessa oposição, foi condenado a quatro anos de prisão em 1927 ao pagamento de multa, mas se viu livre apenas após um ano de cumprimento de pena, quando o Papa intercedeu por sua liberdade. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi membro da Resistência Italiana e fez oposição às influências do nazismo no território italiano.

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Dessa maneira, uma das importantes contribuições de Gasperi para a história está relacionada à sua profunda convicção sobre a necessidade de uma maior integração continental. Gasperi adotava uma postura mais diplomática, e, por isso, preferia os meios pacíficos de solução de conflitos. Essa postura fez com que ele tentasse evitar que a Itália se envolvesse ainda mais na guerra, inclusive, na região do pacífico, embora soubesse que a Itália precisava se aproximar das potências ocidentais e planejar sua reconstrução econômica.

4.4.3 Ugo La Malfa

Ugo La Malfa foi o cofundador do Partido Democrático Cristão e sempre demonstrou bastante apelo religioso durante sua vida política, inclusive estando em processo de beatificação pela Igreja Católica, fazendo dele um dos principais assessores do governo em atuação. Sua vida política teve início no Banco Comercial da Itália, onde teve contato e influência com vários grupos antifascistas. Tais conexões levaram La Malfa a fundar uma rede de oposição ao governo de Mussolini, chamada de Partido de Ação38.

Após figurar como crítico atuante do governo, La Malfa foi perseguido pela polícia fascista e teve de deixar a Itália para evitar sua prisão. Somente mais tarde teria retornado a Roma para participar do movimento de Resistência Italiana, quando lutou contra a ocupação alemã e fascista na Itália. Participou da Concentração Democrática Republicana – embrião do que mais tarde seria o Partido Republicano da Itália –, e teve ampla participação na fundação da República Italiana39. Logo, foi um dos pioneiros em pensar na reestruturação do Estado Italiano. Na política externa, esteve disposto a evidenciar que seu país rompeu com os ideais fascistas, bem como em demonstrar uma Itália unida e democrática. Para isso, se esforçou em demonstrar razoabilidade e bom diálogo, tentando alinhar os interesses dos Aliados com os interesses de seu país.

4.5 Delegação Francesa

4.5.1 Charlie de Gaulle

Charlie de Gaulle assumiu a liderança do Governo Provisório Francês a partir de agosto de 1944. Sua história foi marcada por sempre ter defendido os interesses franceses, inclusive no campo de batalha, uma vez que foi reconhecido como um herói nacional durante a Primeira Guerra Mundial. Mesmo quando exilado em Londres, após a ocupação alemã, tentou defender a liberdade de seu povo, se destacando como um dos líderes da França Livre, ao lado de Henri Giraud. Juntos, os dois líderes rivalizavam uma posição de destaque dentro da resistência francesa – enquanto Giraud tinha o apoio de Roosevelt e dos Estados Unidos, de Gaulle era preferido pelos setores de esquerda da resistência, pois defendia uma filosofia antiamericana. Enquanto era líder do movimento França Livre, de Gaulle sempre fez questão de reforçar a imagem de uma França autônoma e independente para os

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Aliados – querendo que sua soberania fosse preservada, seja em face dos Estados Unidos ou de quem quer que a coloque em prova.

Portanto, o General de Gaulle demonstrava bastante resistência às imposições dos Aliados, preferindo crer que os interesses franceses não deveriam curvar aos interesses estrangeiros. Sua vivência como militar também fez de Gaulle ser reconhecido por sua personalidade mais beligerante, demonstrando, assim, pulso firme e menor benevolência com seus inimigos de guerra. Daí o porquê de sempre ter manifestado uma posição de maior hostilidade em relação à Alemanha e aos demais membros do Eixo.

4.5.2 Marie-Pierre Koenig

Marie-Pierre Koenig serviu como Conselheiro Militar de Charlie de Gaulle a partir de 1944. Sua carreira nas forças armadas se iniciou na Primeira Guerra Mundial, quando lutou no exército francês e foi condecorado com medalha militar, sendo promovido a Tenente. Durante a Segunda Guerra Mundial, foi designado como Capitão para as tropas francesas na Noruega, onde resistiu à invasão nazista até a queda da França, em 1940.

Em seguida, escapou para a Inglaterra, onde se juntou com Charles de Gaulle e passou a defender o movimento França Livre. Em 1944, participou da retomada do território francês pelos Aliados e, posteriormente, recebeu o comando para unificar as diversas forças de resistência francesa sob o controle do General de Gaulle. Também foi reconhecido por sua personalidade mais beligerante, possuindo pulso firme e menor benevolência com seus inimigos de guerra. Seu papel de comandante do exército francês na zona de ocupação francesa na Alemanha, a partir de 1945, pode indicar sua inclinação em defender o máximo controle do território alemão.

4.5.3 Georges Catroux

Georges Albert Julien Catroux foi um general e diplomata do exército francês que serviu nas duas grandes guerras do século XX, atingindo seu ápice como General das Forças Armadas Francesas durante o período compreendido entre 1941 a 1943. Catroux foi educado no Prytanée National Militaire e entrou na École Spéciale Militaire de Saint-Cyr (academia militar francesa) em 1896. Nota-se que toda sua formação acadêmica foi militar, fator este que incidiu na sua personalidade. Nos primeiros anos de sua carreira militar, Catroux passou pela Argélia até a Indochina. Em 1915, ao comandar um batalhão, foi feito de prisioneiro pelos alemães. Durante seu tempo em cativeiro conheceu Charles de Gaulle, que à época era capitão do exército francês. Após a Primeira Guerra Mundial, tornou-se membro da missão militar francesa na Arábia, servindo também no Marrocos, na Argélia e no Levante, uma grande área do Oriente Médio ao sul dos Montes Tauro, limitada a oeste pelo Mediterrâneo. Em agosto de 1939, um mês antes da declaração da Segunda Guerra Mundial, assumiu o cargo de Governador Geral da Indochina Francesa.

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No entanto, não passou muito tempo no cargo, pois após desentendimentos com o governo de Vichy, em junho de 1940, recebeu a ordem de entregar seu cargo ao almirante Jean Decoux. Inicialmente ignorou a ordem e só renunciou em 20 de julho, quando então escolheu se juntar a de Gaulle no movimento França Livre, a fim de recuperar a França que havia sido ocupada pelos alemães. De 1941 a 1943, atuou como o comandante-chefe das forças da França Livre. Posteriormente, De Gaulle o nomeou Alto Comissário para a região do Levante. Após a derrota de Vichy, tomou o controle da Síria de volta para os franceses. Entre os anos de 1943 e 1944 foi nomeado Governador Geral da Argélia. Em seguida, no dia 9 de setembro de 1944, Catroux foi nomeado Ministro do Norte da África por Charles de Gaulle.

4.5.4 Charles Tillon

Charles Tillon foi um metalúrgico francês, líder sindical, filiado ao Partido Comunista Francês e líder da Resistência Francesa31 durante a Segunda Guerra Mundial. Além disso, no ano de 1944 passou a atuar como Ministro da Aviação. Tillon nasceu e foi criado em uma família da classe trabalhadora, sendo educado desde a infância para ser um trabalhador da indústria metalúrgica. Todavia, durante a Primeira Guerra Mundial foi recrutado para a marinha e em 1919 liderou um motim naval, tendo sido, em represália, condenado a cinco anos de trabalho duro. Liberado depois de dois anos, ele voltou ao trabalho de fabricação, época em que também se tornou ativo no Partido Comunista Francês e no movimento sindical, subindo para posições de destaque em ambos. Em 1936 foi eleito deputado na Legislatura Nacional, entretanto, no início de 1940 perdeu essa posição, momento em que o Partido Comunista Francês foi colocado na ilegalidade.

Após a ocupação alemã da França em junho de 1940, Tillon tornou-se um dos três líderes do Partido Comunista e chefe das forças de resistência armada. Na sequência da guerra, ele foi novamente eleito deputado e em 1944 assumiu o Ministério da Aviação Francesa. Importante ressaltar, sobre seu posicionamento político, que Tillon, após a libertação da França, permaneceu sendo um dos principais líderes comunistas. Charles de Gaulle queria manter um representante da Resistência Comunista em seu gabinete, desse modo o nomeou como seu Ministro da Aviação no dia 10 de setembro de 1944

4.5.5 Philippe Leclerc de Hauteclocque

Philippe François Marie Leclerc de Hauteclocque, conhecido na França simplesmente como Leclerc, foi um grande general francês que atuou durante a Segunda Guerra Mundial. De origem aristocrática, Leclerc se formou na École Spéciale Militaire de Saint-Cyr (academia militar francesa) em 1924. No início da Segunda Guerra Mundial foi vítima de um dos maiores ataques alemães, o ataque de “Panzer”, conseguindo fugir apenas no ano de 1940, quando se dirigiu para a Grã-Bretanha, sendo um dos primeiros integrantes do movimento França Livre, sob o comando do general Charles de Gaulle. Posteriormente, tornou-se o comandante das tropas francesas na África Equatorial e uniu suas tropas aos aliados na Líbia, na Campanha da África do Norte. Comandou as forças francesas no desembarque em Dunquerque e foi responsável pela libertação das cidades de Paris, em 25 de

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Agosto de 1944, e de Estrasburgo, em 23 de Novembro do mesmo ano. Em maio de 1945 recebeu o comando do Corpo Expedicionário do Extremo Oriente Francês (CEFEO).

4.6 DELEGAÇÃO CHINESA

4.6.1 Chiang Kai-shek

Chiang Kai-shek foi um líder político e militar da China que assumiu em 1928, membro muito influente no Kuomintang (Partido Nacionalista Chinês) e aliado de Sun Yat-sen, fundador do partido e primeiro líder da República da China. Além de seu poder político, destacou-se como Generalíssimo, principal comandante militar nos conflitos em meados do século XX.

Responsável por unificar a China, triunfou na Segunda Guerra Sino-Japonesa, teatro de guerra da participação chinesa na Segunda Guerra Mundial, comandando o exército chinês em várias batalhas e segurando o avanço japonês pelo Sudeste Asiático. Politicamente, sua postura nacionalista assumia uma conduta extrema de perseguição aos comunistas, que, segundo o pensamento dos membros do Kuomintang, poderia acabar com a integridade da cultura e território chineses, chegando até mesmo a ordenar o Massacre de Xangai em 1927.

4.6.2 Joseph Warren Stilwell

Joseph Stilwell foi um general do exército dos Estados Unidos enviado para a China com o intuito de convencer o país a continuar na Segunda Guerra Mundial, sendo indicado pelo Presidente Franklin Roosevelt e pelo chefe do Estado-Maior das Forças Armadas norte-americanas, o general George Marshall.

Após ser enviado para a China, integrou o exército chinês como chefe do Estado-Maior do General e líder Chiang Kai-shek, comandando as tropas chinesas e sendo uma peça-chave para a campanha no Sudeste Asiático, principalmente na Birmânia. Posteriormente foi nomeado comandante das forças aliadas no Sudeste Asiático.

4.6.3 Chen Cheng

Braço direito de Chiang Kai-shek, Chen Cheng foi um líder político e militar chinês, sendo um dos principais comandantes do Exército Nacional Revolucionário durante a Segunda Guerra Sino-Japonesa. Também integrante do Kuomintang, como líder militar foi responsável garantir a segurança chinesa contra dois grandes inimigos: os comunistas do Exército Popular de Libertação Chinês e as tropas japonesas que avançavam por todo o Sudeste Asiático, sendo sempre apoiado e comandando acompanhado por Chiang Kai-shek.

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5. PONTOS DE DISCUSSÃO

● Como será realizada a divisão do território alemão? ● A Alemanha deve ser desmilitarizada? ● Como serão julgados os indivíduos que cometeram crimes de guerra? ● O que acontecerá com a Polônia e com a Iugoslávia? ● A URSS apoiará os EUA no conflito contra o Japão? ● Como manter a paz mundial após o conflito?

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6. REFERÊNCIAS

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Canal Leitura ObrigaHISTÓRIA. Youtube. Vídeo: Mussolini e a ascensão do Fascismo. Acesso em 15/01/19. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=z2_h7o9y0w0

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BEZERRA, Juliana. Segunda Guerra Mundial. TodaMatéria. Acesso em 18/01/19. Disponível em: https://www.todamateria.com.br/segunda-guerra-mundial/

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Holocaust Encyclopedia. World War II key dates. Acesso em 18/01/19. Disponível em: https://encyclopedia.ushmm.org/content/pt-br/article/world-war-ii-key-dates

MORAIS, Pâmela e CALIXTO, Luiza. Politize. Segunda Guerra Mundial. Acesso em 18/01/19. Disponível em: https://www.politize.com.br/segunda-guerra-mundial/

BBC. 7 truques do Exército Fantasma dos EUA para enganar nazistas na 2ª Guerra. Acesso em: 19/01/19. Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-42791949

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História, volume único/ Ronaldo Vanifas, Sheila de Castro Faria, Jorge Ferreira, Georgina dos Santos -- 2. ed. -- São Paulo : Saraiva, 2014