summer hill - realidade ou utopia

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Summerhill, Realidade ou Utopia “Summerhill, realidade ou utopia” Correntes Pedagógicas Contemporâneas Mestrado em Educação – Formação Pessoal e Social s: Balbina Andrade, Isabel Ribeiro, Marina Mateus, Paula Serra e Sar UBI 2004

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Page 1: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

“Summerhill, realidade ou utopia”

Correntes Pedagógicas Contemporâneas

Mestrado em Educação – Formação Pessoal e Social

Discentes: Balbina Andrade, Isabel Ribeiro, Marina Mateus, Paula Serra e Sara CondeUBI 2004

Page 2: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Índice:

- Concepção do Ensino - Aprendizagem

- Relação Pedagógica

- Concepção de Currículo

- Alcance Sócio Cultural da Educação

- Exequibilidade das Concepções Pedagógicas apresentadas

Page 3: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas

RousseauRousseau FreudFreud

Page 4: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas

RousseauRousseau

PRESSUPOSTOS:

Crença na bondade natural do homem

Atribuição à civilização da

responsabilidade pela origem do mal

OBJECTIVOS DA EDUCAÇÃO:

Desenvolvimento das potencialidades

naturais

Afastamento dos males sociais

PRESSUPOSTOS:

Crença na bondade natural do homem

Atribuição à civilização da

responsabilidade pela origem do mal

OBJECTIVOS DA EDUCAÇÃO:

Desenvolvimento das potencialidades

naturais

Afastamento dos males sociais

Page 5: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas

RousseauRousseau

MÉTODO:

Retardar o crescimento intelectual

AMBIENTE DE EDUCAÇÃO:

Sem restrições físicas

MÉTODO:

Retardar o crescimento intelectual

AMBIENTE DE EDUCAÇÃO:

Sem restrições físicas

Page 6: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas

LIVROS:

“Interpretation of dreams”

“Psychopathology of everyday life”

LIVROS:

“Interpretation of dreams”

“Psychopathology of everyday life”

FreudFreud

Page 7: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Influências Ideológicas

FreudFreud

PRESSUPOSTOS:

Conflito entre os impulsos humanos e

as regras que regem a sociedade

Proibições sociais bloqueiam as

pulsões biológicas

PRESSUPOSTOS:

Conflito entre os impulsos humanos e

as regras que regem a sociedade

Proibições sociais bloqueiam as

pulsões biológicas

Page 8: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Fundador: Alexander Sutherland Neill [1883/ 1973]

Filho de um mestre de escola, cresceu sob a alçada de um homem puritano que regulava os seus alunos com um “punho de ferro”.

Aos 15 anos, foi proposto como aspirante a professor, pelo seu próprio pai.

Aos 25 anos, ingressou na Universidade de Edimburgo onde se formou em inglês; posteriormente dedicou-se ao jornalismo e mais tarde assumiu a direcção de uma pequena escola em Gretna Green.

Page 9: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Fundador: Alexander Sutherland Neill [1883/ 1973]

“Lane era um firme acreditador da bondade inata das crianças. Ele familiarizou Neill com a”New Psychology” de Freud e mais tarde tornou-se psicanalista de Neill. Desta forma ele introduziu a Neill dois elementos que foram essenciais à fundação de Summerhill:

A reunião de auto-governo, e a importância do bem estar emocional das crianças acima do desenvolvimento académico.”

Page 10: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

População: 25 rapazes e 20 raparigas (1960)

Localização: Leiston – Suffolk - Inglaterra

Idade Populacional: Entrada: 5 anos/ 15 anos Saída: 16 anos

Origem da População: Inglesa, Escandinava, Holandesa, Alemã e Americana

Regime: Internato

Conceito de Summerhill no Mundo: mais de 200 escolas seguem o seu ideal

Fundação: ano de 1921

Page 11: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Reflexão sobre a finalidade da Aprendizagem

Filosofia de Ensino

Enriquecimento das crianças e jovens com outro tipo de experiências

Enriquecimento das crianças e jovens com outro tipo de experiências

Forte sentido de responsabilidade Competências de socialização

Summerhill é sinónimo de utopia

Designação vulgar: “Do as you like school”

Page 12: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Desenvolvimento natural.

Desenvolver a imaginação e a liberdade de estar

e de sentir.

Proporcionar liberdade de expressão.

Partilha dos mesmos direitos.

Crianças com personalidade forte.

Ausência de receio ao adulto.

Conceito Summerhill

Responsabilidade nos seus actos.

“Crianças sãs, desprovidas de medos e de ódios.”

Page 13: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

SummerhillSummerhillOs métodos de ensino são pouco importantes

O importante é o interesse em aprender

A sabedoria em si não é tão importante como

a personalidade e o carácter.

AprendizagemLivre

Desenvolver a persistência e a determinação.

Aulas Facultativas

Page 14: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Durante as tardes as crianças desenvolvem actividades de trabalhos manuais

De modo espontâneo, sem ordem ou tempopré-definido, e dependente apenas das

suas motivações

De modo espontâneo, sem ordem ou tempopré-definido, e dependente apenas das

suas motivações

MecânicaRádioDesenhoPinturaJogosArranjar bicicletas …

MecânicaRádioDesenhoPinturaJogosArranjar bicicletas …

Fabricar barcos e / ou revolveresApreciar uma leituraRecortar linóleoTrabalhar em couroTrabalhar com vergasOlaria …

Fabricar barcos e / ou revolveresApreciar uma leituraRecortar linóleoTrabalhar em couroTrabalhar com vergasOlaria …

A cozinha é fascinante para ambos os sexos

Page 15: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Paralelamente podem participar em actividades previamente marcadas

2ª Feira

Compras com os país

Cinema

3ª Feira Conversa sobre Psicologia

4ª Feira Dança

6ª Feira Eventos especiais

Sábado Assembleia Geral de Escola

Domingos de Inverno Teatro Nocturno

Page 16: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Meninos e Meninasde Summerhill

Meninos e Meninasde SummerhillEscrevem peças de teatro,

elaboram o guarda-roupa e os cenários

“… são charmosas e as ocasiões de nervos

pouco numerosas.”

Felizes consigo – pouco conflituosas –

não têm prazer em irritar os outros

Cheios de originalidade e iniciativa

Sem agressividade – reflexo do ambiente

que os acolhe

Page 17: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

A Comunidade Summerhill

A Comunidade Summerhill

A liberdade não é sinónimo

de abolição de bom senso

A segurança das crianças está em 1º lugar

O regulamento da escola é proposto e votado

em Assembleia de Escola

Isolar as crianças do perigo, leva á cobardia

Todas as crianças são tratadas da mesma forma

e com o mesmo respeito

Os professores não têm um sentido de propriedade privada muito desenvolvido

“Subir ás árvores faz parte da aprendizagem da vida …” (Neill)

Page 18: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Summerhill versus Escola Tradicional

Em Summerhill:

- A finalidade da vida, é a procura da felicidade, a procura de um objectivo;

- Educação = preparação para a vida;

- “As crianças como os adultos aprendem apenas o que querem.” - “As crianças como os adultos aprendem apenas o que querem.”

- “Tudo o que a criança necessita, é de saber ler, escrever e contar; para o resto, as ferramentas, a plasticina, os desportos, o teatro, a pintura

e a liberdade seriam suficientes.”

- “Tudo o que a criança necessita, é de saber ler, escrever e contar; para o resto, as ferramentas, a plasticina, os desportos, o teatro, a pintura

e a liberdade seriam suficientes.”

- “Os livros de estudo não tratam do carácter humano, do amor, da liberdade, da auto determinação.”

- “Os livros de estudo não tratam do carácter humano, do amor, da liberdade, da auto determinação.”

O estudo não deveria vir depois da brincadeira.

- “Estudar é importante mas não para toda a gente.”

- “Só um currículo absurdo pode obrigar uma futura costureira a estudar equações e teoremas.”

Page 19: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Na Escola Tradicional:

Guerra

Educação Politica Economia

“…a consciência do mundo é ainda primitiva.”“…a consciência do mundo é ainda primitiva.”

- O trabalho manual está demasiado ligado á produção de um qualquer objecto fabricado sob o olho atento de um perito; - O trabalho manual está demasiado ligado á produção de um qualquer objecto fabricado sob o olho atento de um perito;

- A criança é forçada a aprender qualquer coisa.

-“…ausência de maturidade dessas raparigas e desses rapazes cheios de saber inútil.”

Jovens pessoas

Amáveis Prazenteiras Apaixonadas

Page 20: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Na Escola Tradicional:

Devem aprender:

MatemáticaHistória

Geografia

Devem aprender:

MatemáticaHistória

Geografia

Um pouco de:

CiênciasArte

Literatura

Um pouco de:

CiênciasArte

Literatura

Temas muitas vezes pouco interessantes para os alunos.Temas muitas vezes pouco interessantes para os alunos.

Escolas onde se fabrica em série,

não importa o que o aluno aprende,

mas o que se lhe ensina.

Page 21: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Aprendizagem em Summerhill

Page 22: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Teorias da Aprendizagem

Comportamentalistas

-associacionistas

Skinner

Cognitivistas-gestaltistas

Brunner

Aprendizagem Física

e Lógico-Matemática

Piaget

Teoria Social

Bandura

Page 23: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Métodos / Modelos de ensino

•O professor pode veicular um

afecto e uma empatia genuínas.

Dessa forma, criará um ambiente

quente e facilitador, do qual os

alunos tirarão benefícios.

•A qualidade da interacção humana,

como a sinceridade e honestidade

do tratamento dos alunos, é

essencial para para a aprendizagem.

•O professor pode veicular um

afecto e uma empatia genuínas.

Dessa forma, criará um ambiente

quente e facilitador, do qual os

alunos tirarão benefícios.

•A qualidade da interacção humana,

como a sinceridade e honestidade

do tratamento dos alunos, é

essencial para para a aprendizagem.

Inquérito dedutivo

Descoberta pelo aluno

Aprendizagem

interpessoal

Transmissor de conhecimentos

Descoberta dirigida

Page 24: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA

PRETENDE...

PORQUE...

• que se “aprenda” a ter carácter • isto não se aprende nos livros

• não impor ideias às crianças • é uma ofensa ao direito de viver da

criança

• ensinar tudo o que for possível desde

que a criança se sinta suficientemente

motivada

• a criança não deve aprender por

imposição do adulto

• não forçar as crianças activas a

sentarem-se diante de uma cadeira

para estudar matérias inúteis

• acredita na eficácia da liberdade

Page 25: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA

PRETENDE...

PORQUE...

• servir as necessidades dos alunos • as matérias só têm interesse para

quem as quer aprender

• a liberdade de expressão e da

aprendizagem

• a criança não deve ser submetida a

qualquer tipo de disciplina, de

direcção, a qualquer sugestão, a uma

moral preconcebida, a uma instrução

religiosa qualquer que ela seja.

• o desenvolvimento tanto quanto as

capacidades naturais o permitirem

• é preferível ser-se um varredor de

ruas feliz do que um sábio neurótico

Page 26: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA

PRETENDE...

PORQUE...

• permitir que a criança tenha confiança

em si própria e personalidade

• a sabedoria adquirida nos livros não

prepara as crianças para a vida

• não utilizar métodos definidos de

ensino

• não se deve forçar a aprendizagem às

crianças, seja qual for o método

• permitir originalidade nas tarefas • as tarefas não devem ser conduzidas

pelo professor, senão perdem a sua

originalidade

• deixar aprender tudo o que se deseja

mesmo que revele algum perigo

• defender a criança de certas

situações, consistiria em fazer delas

cobardes

Page 27: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA

PRETENDE...

PORQUE...

• preparar as crianças para a vida • as pessoas não podem viver limitadas

apenas ao seu conhecimento adquirido

• que se “aprenda” a sentir • deve-se evitar a infelicidade causada

pela repressão e pelo sistema de

modelos impostos pela sociedade de

consumo, pela família e pela educação

tradicional

• que as crianças procurem livremente

as ferramentas que a sua originalidade

e génio exigem

• não se podem “matar” grandes

criadores que, subjugados em salas de

aula, se vêem obrigados à

necessidade de estudo

Page 28: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

As ideias de Alexandre Neill

ESCOLA DEMOCRÁTICA

PRETENDE...

PORQUE...

• que a criança possa “brincar, brincar e

só depois aprender”

• “aprender brincando” é apenas uma

nova forma de estudar mas mais

dissimulada

• que se prepararem os exames de

admissão para a faculdade apenas

para os que querem prosseguir

estudos

• uma boa costureira não precisa saber

fazer equações ou teoremas

Page 29: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

A aprendizagem em Summerhill é...

• A decisão e a escolha, da criança em liberdade, que se desenvolve ao

seu ritmo.

• A decisão e a escolha, da criança em liberdade, que se desenvolve ao

seu ritmo.

• Trabalhar, basicamente, a dimensão emocional do aluno, para que a

sensibilidade ultrapasse sempre a racionalidade.

• Trabalhar, basicamente, a dimensão emocional do aluno, para que a

sensibilidade ultrapasse sempre a racionalidade.

• Evitar a natural superprotecção dos adultos que impedem a criança de

desenvolver a segurança suficiente para reconhecer o mundo, seja de

forma intelectual, emocional ou artística.

• Evitar a natural superprotecção dos adultos que impedem a criança de

desenvolver a segurança suficiente para reconhecer o mundo, seja de

forma intelectual, emocional ou artística. • Permitir a alegria da descoberta e a auto confiança necessária para a

superação de obstáculos, causando sentimentos de inferioridade e

dependência, que são fortes barreiras para a felicidade completa.

• Permitir a alegria da descoberta e a auto confiança necessária para a

superação de obstáculos, causando sentimentos de inferioridade e

dependência, que são fortes barreiras para a felicidade completa.

Page 30: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

A aprendizagem em Summerhill é...

• Usar a curiosidade inata da criança como condutora natural do processo. • Usar a curiosidade inata da criança como condutora natural do processo.

• Ser livre para agir e pensar, tendo consciência do seu papel na sociedade. • Ser livre para agir e pensar, tendo consciência do seu papel na sociedade.

• Não ter medo “a ausência de medo é a melhor coisa que pode acontecer

a uma criança”.

• Não ter medo “a ausência de medo é a melhor coisa que pode acontecer

a uma criança”.

Page 31: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

“Nem os estudos forçados nem os diplomas universitários

pesam na balança quando é preciso enfrentar os males

da sociedade”

“Ninguém educa para a autonomia reprimindo o outro”

A. Neill

Page 32: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Parceiros ideológicos de Summerhill

Jean Piaget

Procurava que as crianças construíssem os seus sistemas de Valores.

Procurava que as crianças construíssem os seus sistemas de Valores.

O principal objectivo da educação é a autonomia, tantointelectual como moral.

O principal objectivo da educação é a autonomia, tantointelectual como moral.

Carl Rogers

“Aprendemos apenas aquilo que é realmente impor-tante e relevante para nós enquanto pessoas. ”

“Aprendemos apenas aquilo que é realmente impor-tante e relevante para nós enquanto pessoas. ”

“a constituição natural das crianças e adolescentes é

De tal modo que, se tirarmos as inibições impostas

por orientações externas, seguir-se-á a aprendizagem

autodirigida.”

“a constituição natural das crianças e adolescentes é

De tal modo que, se tirarmos as inibições impostas

por orientações externas, seguir-se-á a aprendizagem

autodirigida.”

Page 33: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Parceiros ideológicos de Summerhill

Paulo Freire

O importante não é transmitir conteúdos específicos,mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida.

O importante não é transmitir conteúdos específicos,mas despertar uma nova forma de relação com a experiência vivida.

Cada pessoa, cada grupo envolvido na acção pedagó-gica dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimen-tar,dos conteúdos necessários dos quais se parte.

Cada pessoa, cada grupo envolvido na acção pedagó-gica dispõe em si próprio, ainda que de forma rudimen-tar,dos conteúdos necessários dos quais se parte.

Wilhelm Reich

A criança é livre para tomar suas próprias decisões. A criança é livre para tomar suas próprias decisões.

Autoregulação, movimento feito pelo próprio aluno no

sentido de gerir os seus objectivos, os seus progressos,

as suas estratégias diante das actividades de ensino.

Autoregulação, movimento feito pelo próprio aluno no

sentido de gerir os seus objectivos, os seus progressos,

as suas estratégias diante das actividades de ensino.

Page 34: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

A Aprendizagem em Summerhill seguiu os postulados doConstrutivismo

•Nada, a rigor, está pronto, acabado;

• O conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo

terminado.

• O pensamento, constitui-se pela interacção do indivíduo com o meio

físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações

sociais.

• O pensamento, constitui-se por força da sua acção e não por qualquer

dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que

antes da acção não há psiquismo nem consciência e, muito menos,

pensamento.

•Nada, a rigor, está pronto, acabado;

• O conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo

terminado.

• O pensamento, constitui-se pela interacção do indivíduo com o meio

físico e social, com o simbolismo humano, com o mundo das relações

sociais.

• O pensamento, constitui-se por força da sua acção e não por qualquer

dotação prévia, na bagagem hereditária ou no meio, de tal modo que

antes da acção não há psiquismo nem consciência e, muito menos,

pensamento.

Page 35: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Summerhill

• O papel do professor– Relação pedagógica– Critérios pedagógicos

• Aproveitamento do pensamento de Neill, na actualidade

Page 36: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

O lema pedagógico de Summerhill

É a ideia da não – interferência no crescimento da criança e da não-pressão

sobre a criança.

Relação Pedagógica Papel do Professor

Page 37: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

O principal papel do adulto é o de criar uma atmosfera de aceitação, livre de ameaças e de receios, aprovar até o

que a criança desaprova em si mesma, porque lhe ensinaram a desaprová-lo.

Aprovar significa, neste caso, ajudar a criança a viver e a satisfazer o desejo, multiplicando-lhe as

situações para tal.

Page 38: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

A educação em geral aproveitou muito do seu pensamento:

Relação mais aberta entre alunos e

professores, que juntos podem decidir regras

de conduta; A escolha de conteúdos que

levem em conta o interesse prévio de

cada um.

Conceito de que a educação

deve ser uma preparação para

a vida;

Page 39: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

A escola

Tornou-se ícone das pedagogias alternativas

ao concretizar um sistema educativo em que o

importante é a crianças ter liberdade para

escolher e decidir o que aprender e, com base

nisso, desenvolver-se no seu próprio ritmo.

Tornou-se ícone das pedagogias alternativas

ao concretizar um sistema educativo em que o

importante é a crianças ter liberdade para

escolher e decidir o que aprender e, com base

nisso, desenvolver-se no seu próprio ritmo.

Page 40: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Critérios Pedagógicos

Summerhill rege-se por quatro critérios:

Felicidade

SinceridadeEquilíbrio

Sociabilidade

Concepção do Currículo Alcance dos Conteúdos - Professor

Page 41: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Princípios

São três os princípios de que parte Summerhill:

Amor

Felicidade Liberdade

Page 42: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Acontece com os professores:

A disciplina que querem impor, a situação que exigem ter na turma, não são senão expressão das suas próprias pulsões agressivas, se um desejo de poder que nem ousa enfrentar poderes iguais e se abate sobre as crianças.

Page 43: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Professores

• Não são adeptos dos exames de admissão à universidade, mas não podem recusar o ensino das matérias necessárias para os exames, porque enquanto os exames forem necessários, eles serão os mestres.

• Todos os professores estão habilitados e ensinar as suas matérias.

Page 44: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Pensadores como Neill e Rogers

• Mostram-nos que a educação deve ser centrada no aluno, mas o professor deve providenciar-lhe uma base que lhe permita aprender;

• Além disso, eles ensinam-nos a importância da afectividade no processo educacional;

• Os alunos só aprenderão se for estabelecido um clima de amizade, em que todos sejam aceites com as suas próprias características.

Page 45: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Em oposição à pedagogia tradicional

Surge a educação humanística também chamada de não directiva.

Nessa abordagem, o aluno não é um simples depositário de conhecimentos e a função do professor não é apenas transmitir

informações, mas de criar condições para que os alunos aprendam.

Na educação humanística só há aprendizagem quando há envolvimento emocional.

Page 46: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

“Gostaria antes de ver a escola produzir um varredor de ruas feliz do que um

erudito neurótico”

Neill

Page 47: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

• Relação pedagógica– O papel do aluno

• Deveres• Direitos

• Concepção do Currículo– Aquisição de conhecimentos– Desenvolvimento afectivo– Implementação de actividades

Summerhill

Page 48: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Fazer escolhas

Tomar decisões

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Cumpriros

regulamentos

Respeitaros

outros

Trabalharem

grupo

Desenvolvera

imaginação

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 49: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Fazer escolhas

- Escolhem as aulas a que querem assistir.

- Escolhem o tipo de actividades extra-curriculares que gostam de desenvolver.

- Escolhem o que devem vestir.

- Escolhem as aulas a que querem assistir.

- Escolhem o tipo de actividades extra-curriculares que gostam de desenvolver.

- Escolhem o que devem vestir.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 50: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Tomar decisões

- Decidem assistir ou não às aulas.

- Decidem cumprir ou não horários.

- Decidem fazer ou não os deveres.

- Decidem assistir ou não às aulas.

- Decidem cumprir ou não horários.

- Decidem fazer ou não os deveres.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 51: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Tomar decisões

- Decidem fazer ou não exames.

- Decidem através do voto nas assembleias. semanais: actividades, horários, castigos, ementas, etc.

- Decidem fazer ou não exames.

- Decidem através do voto nas assembleias. semanais: actividades, horários, castigos, ementas, etc.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 52: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Cumprir os Regulamentos

- Pagar os danos causados (vidros partidos).

- Respeitar os horários estabelecidos para as tare- fas diárias (refeições, aulas, camas, actividades).

- Nadar, apenas com a presença de um vigilante.

- Pagar os danos causados (vidros partidos).

- Respeitar os horários estabelecidos para as tare- fas diárias (refeições, aulas, camas, actividades).

- Nadar, apenas com a presença de um vigilante.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 53: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Cumprir os Regulamentos

- Nenhuma criança com menos de onze anos pode circular sozinha na estrada de bicicleta.

- Proibição de subirem aos telhados e uso de espingardas de ar comprimido.

- Nenhuma criança com menos de onze anos pode circular sozinha na estrada de bicicleta.

- Proibição de subirem aos telhados e uso de espingardas de ar comprimido.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 54: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Fazeractividades

em grupo

- Dividem-se para ler de acordo com a idade.

- Os mais velhos gostam de assistir a conversas sobre psicologia (a partir dos 12 anos):

• Complexo de inferioridade;

- Dividem-se para ler de acordo com a idade.

- Os mais velhos gostam de assistir a conversas sobre psicologia (a partir dos 12 anos):

• Complexo de inferioridade;

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 55: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Fazeractividades

em grupo

• A Psicologia: do ladrão, do gangster, do humor e de massas;

- Porque é que o homem se tornou moralista?

• A Psicologia: do ladrão, do gangster, do humor e de massas;

- Porque é que o homem se tornou moralista?

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 56: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Fazeractividades

em grupo

- Gostam de trabalhar na sala de desenho, fazer carpintaria e trabalhos manuais em geral.

- Gostam de ir ao cinema, dançar, fazer teatro, etc.

- Gostam de fazer partidas de futebol contra os jovens da aldeia.

- Gostam de trabalhar na sala de desenho, fazer carpintaria e trabalhos manuais em geral.

- Gostam de ir ao cinema, dançar, fazer teatro, etc.

- Gostam de fazer partidas de futebol contra os jovens da aldeia.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 57: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Respeitaros

outros

- Respeito pela liberdade do outro.

- Respeito pelas normas de conduta.

- Não utilizar os objectos dos outros sem primeiro pedir, sejam colegas ou professores.

- Respeitar o silêncio depois das vinte horas.

- Respeito pela liberdade do outro.

- Respeito pelas normas de conduta.

- Não utilizar os objectos dos outros sem primeiro pedir, sejam colegas ou professores.

- Respeitar o silêncio depois das vinte horas.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 58: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Desenvolvera

imaginação

- Os rapazes são mais imaginativos que as raparigas (talvez porque a escola esteja melhor equipada).

- O interesse pelas actividades diferem consoante o género.

- Os rapazes são mais imaginativos que as raparigas (talvez porque a escola esteja melhor equipada).

- O interesse pelas actividades diferem consoante o género.

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 59: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Desenvolvera

imaginação

- Gostam de escrever e encenar peças de teatro, cozinhar e frequentar o laboratório de química.

- Gostam de ouvir histórias, nas quais são os verdadeiros protagonistas (domingo à noite).

- Gostam de escrever e encenar peças de teatro, cozinhar e frequentar o laboratório de química.

- Gostam de ouvir histórias, nas quais são os verdadeiros protagonistas (domingo à noite).

Neill

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

É viver a sua própria vida – e não aquela que desenham os seus paisansiosos, nem aquela que propõem os seus educadores

como sendo a melhor.

Aos alunos compete:

Relação Pedagógica Papel do Aluno

Page 60: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

“Os criadores aprendem o que desejam aprender. Não sabemos quanta liberdade de criação é morta na sala de aulas”.

Concepção de CurrículoNeill

Page 61: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

AQUISIÇÃODE

CONHECIMENTOS

DESENVOLVIMENTOAFECTIVO

IMPLEMENTAÇÃODE

ACTIVIDADES

O ALUNO

Page 62: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

O ALUNO

- Aprender numa perspectiva de desenvolvimento global.

- Desenvolver a responsabilidade pela auto-aprendizagem.

- Promover uma aprendizagem activa orientada para um processo de descoberta.

- Aprender numa perspectiva de desenvolvimento global.

- Desenvolver a responsabilidade pela auto-aprendizagem.

- Promover uma aprendizagem activa orientada para um processo de descoberta.

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

AQUISIÇÃODE

CONHECIMENTOS

Page 63: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

- Aprendizagem por via da experiência.

- Centrar a aprendizagem, nas suas necessidades e sentimentos.

- Os livros são o material menos importante na escola.

- Aprendizagem por via da experiência.

- Centrar a aprendizagem, nas suas necessidades e sentimentos.

- Os livros são o material menos importante na escola.

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

AQUISIÇÃODE

CONHECIMENTOS

Page 64: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

- Os testes, exames ou prémios são abominados (o desenvolvimento da personalidade é desviado ao esta- belecer modelos a seguir).

- Tudo o que precisam é aprender a ler, a escrever e a contar.

- Os testes, exames ou prémios são abominados (o desenvolvimento da personalidade é desviado ao esta- belecer modelos a seguir).

- Tudo o que precisam é aprender a ler, a escrever e a contar.

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

AQUISIÇÃODE

CONHECIMENTOS

Page 65: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

- A escolha dos conteúdos, deve ter em conta o interesse prévio de cada um.

- A educação deve ser uma prepa ração para a vida.

- O método adoptado é pouco impor- tante (independentemente da forma de ensino, há aprendizagem).

- A escolha dos conteúdos, deve ter em conta o interesse prévio de cada um.

- A educação deve ser uma prepa ração para a vida.

- O método adoptado é pouco impor- tante (independentemente da forma de ensino, há aprendizagem).

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

AQUISIÇÃODE

CONHECIMENTOS

Page 66: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

- Desenvolver capacidades e interesses sem qualquer tipo de trauma.

- Além dos conteúdos didácticos, também recebem apoio e informa- ção sobre:

• Contracepção• Doenças sexualmente

transmissíveis• Droga

- Desenvolver capacidades e interesses sem qualquer tipo de trauma.

- Além dos conteúdos didácticos, também recebem apoio e informa- ção sobre:

• Contracepção• Doenças sexualmente

transmissíveis• Droga

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

AQUISIÇÃODE

CONHECIMENTOS

Page 67: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

DESENVOLVIMENTOAFECTIVO

- Aprender desde cedo e na prática, noções de responsabilidade, de- mocracia e liderança.

- Aprender a sentir e não apenas a pensar.

- Aprender a desenvolver relações interpessoais.

- Aprender desde cedo e na prática, noções de responsabilidade, de- mocracia e liderança.

- Aprender a sentir e não apenas a pensar.

- Aprender a desenvolver relações interpessoais.

- A liberdade, o amor e auto-regulação são mais eficientes que a autori- dade e o medo.

- O objectivo é a felicidade, sem medo e sem a coerção dos adultos.

- Aprender a viver em comunidade.

- A liberdade, o amor e auto-regulação são mais eficientes que a autori- dade e o medo.

- O objectivo é a felicidade, sem medo e sem a coerção dos adultos.

- Aprender a viver em comunidade.

Page 68: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

- Realizar actividades atractivas, com estímulo da criatividade:

• Trabalhos manuais (madeiras,argila, verga, linóleo, couro,

têxteis, etc.);• Desenho e pintura;• Teatro;• Cozinhar;• Fazer experiências laboratoriais

de química;• Desporto (futebol, natação, etc.).

- Realizar actividades atractivas, com estímulo da criatividade:

• Trabalhos manuais (madeiras,argila, verga, linóleo, couro,

têxteis, etc.);• Desenho e pintura;• Teatro;• Cozinhar;• Fazer experiências laboratoriais

de química;• Desporto (futebol, natação, etc.).

Concepção de Currículo Conteúdos e Competências

O ALUNO

IMPLEMENTAÇÃODE

ACTIVIDADES

Page 69: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Reflexão do Currículo

Apesar do culto à liberdade total, as regras devem ser seguidas:

• As leis do país não podem ser desrespeitadas;

• As normas de conduta são criadas e aprovadas em assembleias semanais nos quais todos tem direito a voto.

O ensino é centrado na prática. Por isso Neill:

• Encorajava os trabalhos manuais, o teatro a música ao mesmo nível que a matemática e a geografia;

• A educação deveria ser principalmente uma responsabilidade dos alunos e não apenas dos professores;

Page 70: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Reflexão do Currículo

A maior parte dos trabalhos da aula, são apenas uma perda de tempo, de energia e de paciência – roubando o direito de brincar “põe velhas cabeças

em jovens ombros”;

O estudo deveria vir depois da brincadeira. Não deveria vir temperado de jogos para o tornar mais agradável ao paladar;

Pretendia formar cidadãos livres para agir e pensar, mas também cidadãos conscientes do seu papel na sociedade;

O objectivo principal da aprendizagem é a realização do ser humano e o uso pleno das suas potencialidades e capacidades.

Page 71: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Conclusão: Objectivos de Neill

“Tendo horror a compromissos, tenho portanto a obrigaçãode fazer e de compreender que o meu destino não é de

reformar a sociedade, mas de trazer felicidade a um pequeno número de crianças”.

“Tendo horror a compromissos, tenho portanto a obrigaçãode fazer e de compreender que o meu destino não é de

reformar a sociedade, mas de trazer felicidade a um pequeno número de crianças”.

Page 72: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Page 73: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Funções:

– Formar / Informar

– Servir os interesses do indivíduo / Interesses da sociedade

– Desenvolvimento original da pessoa / Adaptativa

Summerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Page 74: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

FormarFormarInformarInformar

Passado Futuro

VIVER

Presente

Page 75: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

IndivíduoIndivíduo Sociedade

Page 76: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Alcance sócio-cultural da educação

Formação humana

conduzida pela natureza

Formação humana

conduzida pela natureza

Disciplinaçãoa regras e modos

sociais dominantes

Page 77: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Indivíduo

Criança como “projecto de adulto”

Sociedade

Criança num mundo

protegido das preocupações

Alcance sócio-cultural da educação

Page 78: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Indivíduo

Enquadramentonum mundo de adultos

Sociedade

Infância idealizada

Alcance sócio-cultural da educação

Page 79: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Indivíduo

A criançaé promessa

e potencialidade

Sociedade

A criança no seu próprio tempo

Alcance sócio-cultural da educação

Page 80: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

A infância como “tempo de direitos”

Summerhill

Alcance sócio-cultural da educação

Page 81: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Pressupostos:

“Consciência do mundo é ainda primitiva”

“Pressão coerciva da civilização”

“Educação tradicional:

Suscita os traumas afectivos e a inadaptação à sociedade,

Forma adultos isentos de vontade própria,

Gera o conformismo.”

Alcance sócio-cultural da educação

Neill

Page 82: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Pressupostos:

Permite compreender a escola como um projecto

antropológico:

Capaz de redefinir as suas finalidades sociais

Capaz de se realizar como espaço educativo subordinado a uma

dignidade existencial e moral alternativa

Alcance sócio-cultural da educação

Page 83: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Pressupostos:

Crença na possibilidade de redenção das sociedades humanas através da

transformação das escolas.

Recusa "de uma sociedade demente e de uma

humanidade enferma graças à disciplina repressiva a

que crianças e jovens são submetidos nas famílias e nas

escolas"

(Trindade, 1998).

Alcance sócio-cultural da educação

Page 84: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Desenvolvimento pessoal e social

Cidadania

ParticipaçãoDemocrática

Relações Interpessoais

positivas

Não há rigidez dehierarquias

Não há rigidez nasrelações de poder

Solidariedade

Page 85: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Aspectos positivos

Aspectos negativos

Aplicabilidade no contexto de uma escola para todos

Page 86: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

“O papel da criança, é o de viver a sua própria vida – e não

aquela que desenham os seus pais ansiosos, nem aquela

que propõem os seus educadores como sendo a melhor.

Uma tal intervenção ou orientação da parte do adulto não

pode senão produzir uma geração de robots.”

Alexander

Neill

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 87: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Aspectos positivos

Desenvolvimento pessoal e social

Aspectos negativos

Aprendizagensformais

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 88: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Aspectos positivos

Experiência educacional inovadora que prepara os alunos para a vida .

Aspectos negativos

Ideia falida.As crianças

não têm estrutura para tomarem

decisões sozinhas.

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 89: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Aspectos negativos

Não estão preparados parao mercado de trabalho.

Aspectos positivos

Papel do educador na

condução das crianças,

é de orientar em direcção

ao que é original .

Cerizara, 1990

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 90: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Informação sobre educação em liberdade:

Não se registaram:

• Casos de gravidez

• Problemas com droga ou bebidas

• Doenças graves

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 91: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Informação sobre educação em liberdade:

Inserção social

• Actores;bailarinos; cineastas; ilustradores; músicos; técnicos de som;

fotógrafos;

• Arquitectos; advogados; professores; escritores;

• Homens e mulheres de negócios;

• Médicos; cirurgiões; cientistas;

• Jornalistas,

• Fazendeiros;

• Carpinteiros (...)

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 92: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Visão crítica

• Público-alvo, maioritariamente

pertence a famílias da classe

média-alta.

• Público-alvo, maioritariamente

pertence a famílias da classe

média-alta.

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 93: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Visão crítica

• De acordo com Ferriére (1922),

o interesse “move montanhas,

a chave da escola activa”.

• Neill dizia “O interesse é o único

critério”.

• De acordo com Ferriére (1922),

o interesse “move montanhas,

a chave da escola activa”.

• Neill dizia “O interesse é o único

critério”.

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 94: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Visão crítica

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

• Bases do ensino desenvolvimental

fundamenta uma relação entre

o ensino e o desenvolvimento

mental.

• Bases do ensino desenvolvimental

fundamenta uma relação entre

o ensino e o desenvolvimento

mental.

Vasili Davídov

Page 95: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Visão crítica

• O desenvolvimento de

capacidades cognitivas, em

Summerhill não é controlado,

logo pode ou não

ocorrer.

• O desenvolvimento de

capacidades cognitivas, em

Summerhill não é controlado,

logo pode ou não

ocorrer.

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 96: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Visão crítica

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

• “(...) Sem dúvida que a criança

deve fazer só o que deve, porém

deve querer só o que vós quereis

que ela faça.”

• “(...) Sem dúvida que a criança

deve fazer só o que deve, porém

deve querer só o que vós quereis

que ela faça.”

Rousseau

Page 97: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Visão crítica

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

• As crianças necessitam aprender

a controlar os seus instintos e

a adaptar-se ao seu ambiente

social.

A educação tem um papel

fundamental para os ensinar

a fazê-lo.

• As crianças necessitam aprender

a controlar os seus instintos e

a adaptar-se ao seu ambiente

social.

A educação tem um papel

fundamental para os ensinar

a fazê-lo.

Freud

Page 98: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Pertinência na actualidade

Aspecto Macropolítico

• Será de facto necessária esta

mediação do Estado entre a

sociedade e a educação?

• Será de facto necessária esta

mediação do Estado entre a

sociedade e a educação?

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 99: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Pertinência na actualidade

Aspecto Macropolítico

• A sociedade humana,

é sistémica ou sistemática por

natureza. O que implica a natural

tendência de todas as actividades

humano-sociais para integrarem

sistemas.

• A sociedade humana,

é sistémica ou sistemática por

natureza. O que implica a natural

tendência de todas as actividades

humano-sociais para integrarem

sistemas.

Exequibilidade das concepções pedagógicas apresentadas

Page 100: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou UtopiaSummerhill, Realidade ou Utopia

Toda a intervenção educativa mantém em si um movimento

contraditório e dinâmico entre indivíduo e cultura

Summerhill alerta-nos para a necessidade de evitar que se

exacerbe o poder controlador das características

hegemónicas da cultura em detrimento do exercício pleno

das capacidades humanas sobretudo a criação.

Síntese

Page 101: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia

Os vossos filhos não são vossos.

São os filhos e filhas da Vida, desejosa de si mesma.

Vêm através de vós, porém não vêm de vós.

E, ainda que vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não os vossos pensamentos.

Porque eles têm os seus próprios pensamentos.

Podeis alojar os seus corpos, mas não as suas almas.

Porque as suas almas moram na casa do amanhã,

que vós não podeis visitar, nem sequer em sonhos.

Podeis esforçar-vos em ser como eles, porém não procureis

torná-los iguais a vós.

Porque a vida não retrocede nem se compadece com o passado.

in O profeta (1923), Kahlil Gibran

Os vossos filhos não são vossos.

São os filhos e filhas da Vida, desejosa de si mesma.

Vêm através de vós, porém não vêm de vós.

E, ainda que vivam convosco, não vos pertencem.

Podeis dar-lhes o vosso amor, mas não os vossos pensamentos.

Porque eles têm os seus próprios pensamentos.

Podeis alojar os seus corpos, mas não as suas almas.

Porque as suas almas moram na casa do amanhã,

que vós não podeis visitar, nem sequer em sonhos.

Podeis esforçar-vos em ser como eles, porém não procureis

torná-los iguais a vós.

Porque a vida não retrocede nem se compadece com o passado.

in O profeta (1923), Kahlil Gibran

Page 102: Summer Hill - Realidade Ou Utopia

Summerhill, Realidade ou Utopia