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JÁPASSEI – Cursos Preparatórios – (11) 4721-6168 Avenida Francisco Ferreira Lopes, 2309 – Braz Cubas – Mogi das Cruzes/SP www.japasseicursos.com.br Sumário 1. História do Brasil 1.1. Constituições Brasileiras ...................................................................................................................................... 2 1.1.1. 1ª - Constituição de 1824 (Brasil Império ............................................................................................. 3 1.1.2. 2ª - Constituição de 1891 (Brasil República ......................................................................................... 3 1.1.3. 3ª - Constituição de 1934 (Segunda República .................................................................................. 4 1.1.4. 4ª - Constituição de 1937 (Estado Novo ............................................................................................... 4 1.1.5. 5ª - Constituição de 1946 ........................................................................................................................... 5 1.1.6. 6ª - Constituição de 1967 (Regime Militar ........................................................................................... 5 1.1.7. 7ª - Constituição de 1988 (Constituição Cidadã................................................................................. 6 1.2. A Revolução de 1930 e a Era Vargas ............................................................................................................... 7 1.3. Revolução em Minas Gerais ............................................................................................................................... 9 1.4. A Constituição de 1934 ........................................................................................................................................ 9 1.5. Revolução no Rio Grande do Sul ................................................................................................................... 11 1.6. A redemocratização............................................................................................................................................ 12 1.7. Ditadura militar (1964-1985): Breve história do regime militar .......................................................... 15

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JÁPASSEI – Cursos Preparatórios – (11) 4721-6168 Avenida Francisco Ferreira Lopes, 2309 – Braz Cubas – Mogi das Cruzes/SP

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Sumário

1. História do Brasil

1.1. Constituições Brasileiras ...................................................................................................................................... 2

1.1.1. 1ª - Constituição de 1824 (Brasil Império ............................................................................................. 3

1.1.2. 2ª - Constituição de 1891 (Brasil República ......................................................................................... 3

1.1.3. 3ª - Constituição de 1934 (Segunda República .................................................................................. 4

1.1.4. 4ª - Constituição de 1937 (Estado Novo ............................................................................................... 4

1.1.5. 5ª - Constituição de 1946 ........................................................................................................................... 5

1.1.6. 6ª - Constituição de 1967 (Regime Militar ........................................................................................... 5

1.1.7. 7ª - Constituição de 1988 (Constituição Cidadã ................................................................................. 6

1.2. A Revolução de 1930 e a Era Vargas ............................................................................................................... 7

1.3. Revolução em Minas Gerais ............................................................................................................................... 9

1.4. A Constituição de 1934 ........................................................................................................................................ 9

1.5. Revolução no Rio Grande do Sul ................................................................................................................... 11

1.6. A redemocratização............................................................................................................................................ 12

1.7. Ditadura militar (1964-1985): Breve história do regime militar .......................................................... 15

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1.8. Os governos militares ........................................................................................................................................ 17

1.9. Figueiredo e a redemocratização .................................................................................................................. 20

1.10. A volta dos partidos ....................................................................................................................................... 21

1.11. Diretas já............................................................................................................................................................. 21

1.12. Brasil - A Ditadura Militar – Resistências ................................................................................................ 21

2. História do mundo

2.1. Primeira guerra mundial ................................................................................................................................... 24

2.2. Segunda Guerra Mundial ................................................................................................................................. 25

2.2.1. Causas ............................................................................................................................................................. 25

2.2.2. O início da guerra ....................................................................................................................................... 26

2.2.3. Nota ................................................................................................................................................................. 26

2.2.4. Principais ditadores fascistas .................................................................................................................. 26

2.2.5. Principais ideias fascistas.......................................................................................................................... 26

2.2.6. As perdas nazistas e o fim da guerra ................................................................................................... 27

2.2.7. O holocausto ................................................................................................................................................ 28

2.2.8. O brasil na guerra ....................................................................................................................................... 28

2.2.9. Consequências da guerra......................................................................................................................... 28

2.3. Guerra fria .............................................................................................................................................................. 29

2.4. A Partilha da Alemanha ..................................................................................................................................... 29

2.5. Plano Marshall x Plano Molotov .................................................................................................................... 29

2.6. OTAN x Pacto de Varsóvia ............................................................................................................................... 30

2.7. As corridas armamentistas e espacial .......................................................................................................... 30

1. História do Brasil

1.1. Constituições Brasileiras

A constituição de 88 é a sétima adotada no país

Promulgada no dia 5 de outubro de 1988, durante o governo do então presidente José Sarney, a

Constituição em vigor, conhecida por "Constituição Cidadã", é a sétima adotada no país e tem como

um de seus fundamentos dar maior liberdade e direitos ao cidadão - reduzidos durante o regime

militar - e manter o Estado como república presidencialista. As Constituições anteriores são as de

1824, 1891, 1934, 1937, 1946 e 1967.

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Das sete Constituições, quatro foram promulgadas por assembleias constituintes, duas foram

impostas, uma por D. Pedro I e outra por Getúlio Vargas, e uma aprovada pelo Congresso por

exigência do regime militar. Na história das Constituições brasileiras, há uma alternância entre

regimes fechados e mais democráticos, com a respectiva repercussão na aprovação das Cartas, ora

impostas, ora aprovadas por assembleias constituintes. Abaixo, um resumo das medidas adotadas

pelas Constituições do país:

1.1.1. 1ª - Constituição de 1824 (Brasil Império)

Apoiado pelo Partido Português, constituído por ricos comerciantes portugueses e altos

funcionários públicos, D. Pedro I dissolveu a Assembleia Constituinte em 1823 e impôs seu próprio

projeto, que se tornou a primeira Constituição do Brasil. Apesar de aprovada por algumas Câmaras

Municipais da confiança de D. Pedro I, essa Carta, datada de 25 de março de 1824 e contendo 179

artigos, é considerada pelos historiadores como uma imposição do imperador.

Entre as principais medidas dessa Constituição, destaca-se o fortalecimento do poder pessoal do

imperador, com a criação do Poder Moderador, que estava acima dos Poderes Executivo, Legislativo

e Judiciário. As províncias passam a ser governadas por presidentes nomeados pelo imperador e as

eleições são indiretas e censitárias.

O direito ao voto era concedido somente aos homens livres e proprietários, de acordo com seu nível

de renda, fixado na quantia líquida anual de cem mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou

empregos. Para ser eleito, o cidadão também tinha que comprovar renda mínima proporcional ao

cargo pretendido. Essa foi a Constituição com duração mais longa na história do país, num total de

65 anos.

1.1.2. 2ª - Constituição de 1891 (Brasil República)

Após a proclamação da República, em 15 de novembro de 1889, houve mudanças significativas no

sistema político e econômico do país, com a abolição do trabalho escravo, a ampliação da indústria,

o deslocamento de pessoas do meio rural para centros urbanos e também o surgimento da inflação.

Outra mudança foi o abandono do modelo do parlamentarismo franco-britânico, em proveito do

presidencialismo norte-americano.

O marechal Deodoro da Fonseca, proclamador da República e chefe do governo provisório, e Rui

Barbosa, seu vice, nomearam uma comissão de cinco pessoas para apresentar um projeto a ser

examinado pela futura Assembleia Constituinte. O projeto escolhido vigorou como Constituição

Provisória da República até as conclusões da Constituinte.

As principais inovações dessa nova Constituição, datada de 24 de fevereiro de 1891, são: instituição

da forma federativa de Estado e da forma republicana de governo; estabelecimento da

independência dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário; criação do sufrágio com menos

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restrições, impedindo ainda o voto aos mendigos e analfabetos; separação entre a Igreja e o Estado,

não sendo mais assegurado à religião católica o status de religião oficial; e instituição do habeas

corpus (garantia concedida sempre que alguém estiver sofrendo ou ameaçado de sofrer violência

ou coação em seu direito de locomoção – ir, vir, permanecer –, por ilegalidade ou abuso de poder).

1.1.3. 3ª - Constituição de 1934 (Segunda República)

Presidido por Getúlio Vargas, o país realiza nova Assembleia Constituinte, instalada em novembro

de 1933. A Constituição, de 16 de julho de 1934, traz a marca getulista das diretrizes sociais e adota

as seguintes medidas: maior poder ao governo federal; voto obrigatório e secreto a partir dos 18

anos, com direito de voto às mulheres, mas mantendo proibição do voto aos mendigos e

analfabetos; criação da Justiça Eleitoral e da Justiça do Trabalho; criação de leis trabalhistas,

instituindo jornada de trabalho de oito horas diárias, repouso semanal e férias remuneradas;

mandado de segurança e ação popular.

Essa Constituição sofreu três emendas em dezembro de 1935, destinadas a reforçar a segurança do

Estado e as atribuições do Poder Executivo, para coibir, segundo o texto, "movimento subversivo

das instituições políticas e sociais".

1.1.4. 4ª - Constituição de 1937 (Estado Novo)

Em 10 de novembro de 1937, Getúlio Vargas revogou a Constituição de 1934, dissolveu o Congresso

e outorgou ao país, sem qualquer consulta prévia, a Carta Constitucional do Estado Novo, de

inspiração fascista, com a supressão dos partidos políticos e concentração de poder nas mãos do

chefe supremo do Executivo. Essa Carta é datada de 10 de novembro de 1937.

Entre as principais medidas adotadas, destacam-se: instituição da pena de morte; supressão da

liberdade partidária e da liberdade de imprensa; anulação da independência dos Poderes Legislativo

e Judiciário; restrição das prerrogativas do Congresso Nacional; permissão para suspensão da

imunidade parlamentar; prisão e exílio de opositores do governo; e eleição indireta para presidente

da República, com mandato de seis anos.

Com a derrota da Alemanha na Segunda Guerra Mundial, as ditaduras direitistas internacionais

entraram em crise e o Brasil sofreu as consequências da derrocada do nazi fascismo. Getúlio Vargas

tentou, em vão, sobreviver e resistir, mas a grande reação popular, com apoio das Forças Armadas,

resultou na entrega do poder ao então presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), José Linhares,

após a deposição de Vargas, ocorrida em 29 de outubro de 1945.

O novo presidente constituiu outro ministério e revogou o artigo 167 da Constituição, que adotava

o estado de emergência, acabando também com o Tribunal de Segurança Constitucional. Ao fim de

1945, as eleições realizadas para a Presidência da República deram vitória ao general Eurico Gaspar

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Dutra, empossado em 31 de outubro de 1946, que governou o país por decretos-lei, enquanto

preparava-se uma nova Constituição.

1.1.5. 5ª - Constituição de 1946 -

Essa Constituição, datada de 18 de setembro de 1946, retomou a linha democrática de 1934 e foi

promulgada de forma legal, após as deliberações do Congresso recém-eleito, que assumiu as tarefas

de Assembleia Nacional Constituinte.

Entre as medidas adotadas, estão o restabelecimento dos direitos individuais, o fim da censura e da

pena de morte. A Carta também devolveu a independência ao Executivo, Legislativo e Judiciário e

restabeleceu o equilíbrio entre esses poderes, além de dar autonomia a estados e municípios. Outra

medida foi a instituição de eleição direta para presidente da República, com mandato de cinco anos.

As demais normas estabelecidas por essa Constituição foram: incorporação da Justiça do Trabalho

e do Tribunal Federal de Recursos ao Poder Judiciário; pluralidade partidária; direito de greve e livre

associação sindical; e condicionamento do uso da propriedade ao bem-estar social, possibilitando

a desapropriação por interesse social.

Destaca-se, entre as emendas promulgadas à Carta de 1946, o chamado ato adicional, de 2 de

setembro de 1961, que instituiu o regime parlamentarista. Essa emenda foi motivada pela crise

político-militar após a renúncia de Jânio Quadros, então presidente do país.

Como essa emenda previa consulta popular posterior, por meio de plebiscito, realizado em janeiro

de 1963, o país retomou o regime presidencialista, escolhido pela população, restaurando, portanto,

os poderes tradicionais conferidos ao presidente da República.

1.1.6. 6ª - Constituição de 1967 (Regime Militar)

O contexto predominante nessa época era o autoritarismo e a política da chamada segurança

nacional, que visava combater inimigos internos ao regime, rotulados de subversivos. Instalado em

1964, o regime militar conservou o Congresso Nacional, mas dominava e controlava o Legislativo.

Dessa forma, o Executivo encaminhou ao Congresso uma proposta de Constituição que foi aprovada

pelos parlamentares e promulgada no dia 24 de janeiro de 1967.

Mais sintética do que sua antecessora, essa Constituição manteve a Federação, com expansão da

União, e adotou a eleição indireta para presidente da República, por meio de Colégio Eleitoral

formado pelos integrantes do Congresso e delegados indicados pelas Assembleias Legislativas. O

Judiciário também sofreu mudanças, e foram suspensas as garantias dos magistrados.

Essa Constituição foi emendada por sucessiva expedição de Atos Institucionais (AIs), que serviram

de mecanismos de legitimação e legalização das ações políticas dos militares, dando a eles poderes

extra constitucionais. De 1964 a 1969, foram decretados 17 atos institucionais, regulamentados por

104 atos complementares.

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Um deles, o AI-5, de 13 de dezembro de 1968, foi um instrumento que deu ao regime poderes

absolutos e cuja primeira consequência foi o fechamento do Congresso Nacional por quase um ano

e o recesso dos mandatos de senadores, deputados e vereadores, que passaram a receber somente

a parte fixa de seus subsídios.

Entre outras medidas do AI-5, destacam-se: suspensão de qualquer reunião de cunho político;

censura aos meios de comunicação, estendendo-se à música, ao teatro e ao cinema; suspensão do

habeas corpus para os chamados crimes políticos; decretação do estado de sítio pelo presidente da

República em qualquer dos casos previstos na Constituição; e autorização para intervenção em

estados e municípios.

1.1.7. 7ª - Constituição de 1988 (Constituição Cidadã)

Em 27 de novembro de 1985, por meio da emenda constitucional 26, foi convocada a Assembleia

Nacional Constituinte com a finalidade de elaborar novo texto constitucional para expressar a

realidade social pela qual passava o país, que vivia um processo de redemocratização após o término

do regime militar.

Datada de 5 de outubro de 1988, a Constituição inaugurou um novo arcabouço jurídico-institucional

no país, com ampliação das liberdades civis e os direitos e garantias individuais. A nova Carta

consagrou cláusulas transformadoras com o objetivo de alterar relações econômicas, políticas e

sociais, concedendo direito de voto aos analfabetos e aos jovens de 16 a 17 anos. Estabeleceu

também novos direitos trabalhistas, como redução da jornada semanal de 48 para 44 horas, seguro-

desemprego e férias remuneradas acrescidas de um terço do salário.

Outras medidas adotadas Constituição de 88 foram: instituição de eleições majoritárias em dois

turnos; direito à greve e liberdade sindical; aumento da licença-maternidade de três para quatro

meses; licença paternidade de cinco dias; criação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) em

substituição ao Tribunal Federal de Recursos; criação dos mandados de injunção, de segurança

coletivo e restabelecimento do habeas corpus. Foi também criado o habeas data (instrumento que

garante o direito de informações relativas à pessoa do interessado, mantidas em registros de

entidades governamentais ou banco de dados particulares que tenham caráter público).

Destacam-se ainda as seguintes mudanças; reforma no sistema tributário e na repartição das receitas

tributárias federais, com propósito de fortalecer estados e municípios; reformas na ordem

econômica e social, com instituição de política agrícola e fundiária e regras para o sistema financeiro

nacional; leis de proteção ao meio ambiente; fim da censura em rádios, TVs, teatros, jornais e demais

meios de comunicação; e alterações na legislação sobre seguridade e assistência social.

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1.2. A Revolução de 1930 e a Era Vargas

Junta Governativa da Revolução de 1930 no Palácio do Catete

com Oswaldo Aranha (à direita), 1930. Rio de Janeiro (RJ).

(CPDOC/OA foto 053)

O movimento político-militar que determinou o fim da Primeira República (1889-1930) originou-se

da união entre os políticos e tenentes que foram derrotados nas eleições de 1930 e decidiram pôr

fim ao sistema oligárquico através das armas. Após dois meses de articulações políticas nas

principais capitais do país e de preparativos militares, o movimento eclodiu simultaneamente no Rio

Grande do Sul e Minas Gerais, na tarde do dia 3 de outubro. Em menos de um mês a revolução já

era vitoriosa em quase todo o país, restando apenas São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Pará ainda

sob controle do governo federal. Finalmente, um grupo de militares exigiu a renúncia do presidente

Washington Luís e pouco depois entregou o poder a Getúlio Vargas.

Foi a vitória do candidato governista Júlio Prestes nas eleições de março de 1930, derrotando a

candidatura de Getúlio Vargas, que era apoiada pela Aliança Liberal, que deu início a uma nova

rearticulação de forças de oposição que culminou na Revolução de 1930. Os revolucionários de 30

tinham como objetivo comum impedir a posse de Júlio Prestes e derrubar o governo de Washington

Luís, mas entre eles havia posições distintas quanto ao que isso representava e quais seriam as

consequências futuras.

Dentre os jovens políticos que se uniram em torno do levante, destacavam-se Getúlio Vargas,

Oswaldo Aranha, Flores da Cunha, Lindolfo Collor, João Batista Luzardo, João Neves da Fontoura,

Virgílio de Melo Franco, Maurício Cardoso e Francisco Campos. Além de derrubar o governo, esses

líderes pretendiam reformular o sistema político vigente. Dos tenentes que haviam participado do

movimento tenentista, os nomes de maior destaque eram Juarez Távora, João Alberto e Miguel

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Costa. A meta particular desse grupo era a introdução de reformas sociais e a centralização do poder.

Havia ainda uma ala dissidente da velha oligarquia, que via no movimento revolucionário um meio

de aumentar seu poder pessoal. Era o caso de Artur Bernardes, Venceslau Brás, Afrânio de Melo

Franco, Antônio Carlos Ribeiro de Andrada e João Pessoa, entre outros.

Por sua vez, o ex-líder da Coluna Prestes, Luís Carlos Prestes, optou por um caminho mais radical.

Crítico da união dos jovens políticos com a dissidência oligárquica, Prestes decidiu não participar da

revolução e lançou seu próprio Manifesto Revolucionário. Declarava-se socialista e sustentava que

a mera de troca de homens no poder não atenderia às reais necessidades da população brasileira.

Intermináveis negociações preliminares retardaram as ações militares dos conspiradores contra o

governo de Washington Luís. Finalmente, em 26 de julho, o inesperado assassinato de João Pessoa,

presidente da Paraíba e candidato derrotado à vice-presidência na chapa da Aliança Liberal,

estimulou as adesões e acelerou os preparativos para a deflagração da revolução. Alçado à condição

de mártir da revolução, João Pessoa foi enterrado no Rio de Janeiro e seus funerais provocaram

grande comoção popular, levando setores do Exército antes reticentes a apoiar a causa

revolucionária.

Enfim, a 3 de outubro, sob a liderança civil do gaúcho Getúlio Vargas e sob a chefia militar do

tenente-coronel Góes Monteiro, começaram as diversas ações militares. Simultaneamente deu-se

início à revolução no Rio Grande do Sul, à revolução em Minas Gerais e à revolução no Nordeste, os

três pilares do movimento.

Com a ocupação de capitais estratégicas como Porto Alegre e Belo Horizonte e de diversas cidades

do Nordeste, e com o deslocamento das forças revolucionárias gaúchas em direção a São Paulo, o

presidente Washington Luís recebeu um ultimato de um grupo de oficiais-generais, liderados por

Augusto Tasso Fragoso. O grupo exigiu a renúncia do presidente. Diante de sua negativa, os

militares determinaram sua prisão e o cerco do palácio Guanabara, no dia 24 de outubro. A seguir,

formou-se a Junta Provisória de governo, composta pelos generais Tasso Fragoso e João de Deus

Mena Barreto e o almirante Isaías de Noronha.

Em virtude do maior peso político que os gaúchos detinham no movimento e sob pressão das forças

revolucionárias, a Junta finalmente decidiu transmitir o poder a Getúlio Vargas. Num gesto simbólico

que representou a tomada do poder, os revolucionários gaúchos, chegando ao Rio, amarraram seus

cavalos no Obelisco da avenida Rio Branco. Em 3 de novembro chegava ao fim a Primeira República

e começava um novo período da história política brasileira, com Getúlio Vargas à frente do Governo

Provisório. Era o início da Era Vargas. Entender o significado desse movimento, saber se representou

uma ruptura ou continuidade na vida nacional, tem sido objeto de inúmeros livros e artigos escritos

desde então.

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1.3. Revolução em Minas Gerais

Minas Gerais na Revolução de 30.

(CPDOC Revista da Semana, nºespecial,1930),

Em Minas Gerais, a revolução teve início no mesmo dia que em Porto Alegre. O movimento teve o

apoio do presidente do estado, Olegário Maciel, que no próprio dia 3 de outubro fez publicar em O

Minas Gerais - órgão oficial do governo mineiro - um manifesto conclamando o povo a apoiar os

revolucionários. O comandante militar da revolução em Minas era o tenente-coronel Aristarco

Pessoa, irmão de João Pessoa, em cujo estado-maior se incluíam Leopoldo Néri da Fonseca e

Cordeiro de Farias.

As unidades militares sediadas em Belo Horizonte quase não ofereceram resistência ao movimento,

com exceção do 12º Regimento de Infantaria, que resistiu por cinco dias. Em resposta ao chamado

dos líderes revolucionários, logo foram formados batalhões de voluntários na capital.

No interior do estado os obstáculos à vitória da insurreição foram maiores, ao menos em algumas

cidades. Na luta travada em Três Corações morreu Djalma Dutra, veterano dos levantes tenentistas

da década anterior e elemento destacado da Coluna Prestes. Em Ouro Preto a resistência foi

facilmente vencida, mas em São João del Rei houve combates até o dia 15 de outubro, e em Juiz de

Fora até o dia 23. De Minas Gerais partiu ainda uma coluna revolucionária que ocupou Vitória, a

capital do Espírito Santo, no dia 19 de outubro.

1.4. A Constituição de 1934

Autonomia dos Estados: Mandato presidencial de quatro anos, sendo o primeiro eleito por via

indireta. Voto universal secreto, direito de voto à mulher.

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Salário mínimo, jornada de oito horas de trabalho, descanso semanal e férias remuneradas.

Proibição do trabalho de menores de 14 anos de idade; indenização por dispensas sem justa causa.

O governo constitucional (1934-1937)

A Assembleia Constituinte elegeu o presidente da República, e Getúlio foi confirmado no cargo,

agora como presidente constitucional. Surgem nesse período duas correntes político-ideológicas

antagônicas: a Ação Integralista Brasileira (AIB), fascista, líder: Plínio Salgado e Aliança Nacional

Libertadora (ANL), marxista, liderada por Luís Carlos Prestes, chefe do Partido Comunista.

Em 1935, a ANL dá início à Intentona Comunista, tentativa de tomar o poder e instalar o socialismo.

O movimento fracassou e os revolucionários se entregaram. Derrotada a rebelião, o governo de

Vargas deu início a uma feroz repressão política.

Usando a insurreição comunista como justificativa, Getúlio suspendeu a Constituição de 1934, a mais

liberal que o Brasil já tivera. Em 1937, às vésperas das eleições presidenciais, sob o pretexto de

proteger o Brasil das ameaças totalitárias, Vargas deu um golpe de Estado, tornando-se ditador.

Revolução no Nordeste

Alagoas na Revolução de 1930.

(CPDOC/Revista da Semana, nº especial, 1930)

No Nordeste, a revolução teve como foco inicial o estado da Paraíba. O confronto dos paraibanos

com o governo federal vinha desde a época da campanha da Aliança Liberal para a presidência da

República, quando João Pessoa, então presidente do estado, concorreu como candidato a vice na

chapa encabeçada por Getúlio Vargas. A chefia civil do movimento na região coube a José Américo

de Almeida, político paraibano, enquanto o comando militar ficou a cargo de Juarez Távora.

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A insurreição teve início na capital paraibana na madrugada do dia 4 de outubro, poucas horas após

o movimento ter-se iniciado, na noite do dia anterior, em Porto Alegre e Belo Horizonte. Os

revolucionários atacaram o 22º Batalhão de Caçadores (22º BC) , e aí morreu o general legalista

Alberto Lavenère Wanderley, comandante da 7ª Região Militar. Em seguida, sublevaram-se o 25º BC

de Teresina, o 24º BC de São Luís, o 29º BC de Natal e unidades militares do interior da Paraíba.

Em Recife, o movimento encontrou uma resistência maior por parte das forças legalistas, que se

haviam colocado de prontidão ao surgirem as primeiras notícias da revolução. A vitória dos

revolucionários, contudo, foi garantida pelo apoio popular à insurreição, tendo ocorrido, inclusive,

distribuição de armas aos populares. Já na manhã do dia 5 de outubro, o movimento havia triunfado

em Pernambuco, antes mesmo que os reforços provenientes da Paraíba chegassem a Recife. No dia

seguinte, a posição dos revoltosos se consolidou quando o presidente do estado, Estácio Coimbra,

abandonou o governo.

Em seguida, as tropas revolucionárias seguiram para Alagoas, onde o governo local foi deposto. Em

Sergipe não houve resistência, já que 28º BC, sediado em Aracaju, aderiu ao movimento. O obstáculo

maior à vitória da revolução no Nordeste foi o estado da Bahia, onde as forças militares fiéis ao

governo de Washington Luís montaram o seu quartel-general.

1.5. Revolução no Rio Grande do Sul

Getúlio Vargas deixa Porto Alegre para assumir o comando das Forças Revolucionárias,

1930.

O movimento político-militar que derrubou a República Velha e levou Getúlio Vargas ao poder teve

início no final da tarde do dia 3 de outubro de 1930, em Porto Alegre, quando os revolucionários

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atacaram simultaneamente as principais unidades militares da cidade. O ataque ao quartel da 3ª

Região Militar foi comandado por Oswaldo Aranha, Flores da Cunha e o capitão Agenor Barcelos; o

morro do Menino Deus, onde ficava importante depósito de armamentos, foi assaltado por tropas

sob o comando de João Alberto; por fim, o 7º Batalhão de Caçadores, unidade que ofereceu maior

resistência, ficou a cargo de Alcides Etchegoyen e Góes Monteiro, o chefe militar supremo da

revolução.

Na madrugada do dia 4 de outubro, a capital gaúcha já se encontrava inteiramente sob controle

dos revolucionários. Vargas divulgou um manifesto conclamando os gaúchos à luta, e em poucos

dias mais de 50 mil voluntários se apresentaram. No interior do estado, a resistência legalista

também foi muito pequena, restrita a umas poucas guarnições do Exército. Já no dia 5 de outubro

todo o estado havia aderido à revolução. Entre os oficiais legalistas presos no Rio Grande do Sul

pelos revolucionários encontravam-se o general Gil de Almeida e o coronel Euclides Figueiredo.

Dominada a situação no Rio Grande do Sul, foram formadas colunas que partiram em direção ao

norte. Alcides Etchegoyen e João Alberto comandaram um grupo, que se dirigiu ao interior de Santa

Catarina e Paraná; uma outra coluna, sob o comando do general Valdomiro Lima, seguiu o mesmo

rumo mas logo retornou ao Rio Grande do Sul; Ptolomeu de Assis Brasil comandou o avanço sobre

o litoral catarinense com o objetivo de ocupar Florianópolis, onde enfrentou resistência legalista; e

um quarto grupo, sob o comando de Miguel Costa, tomou o caminho de São Paulo, por via férrea,

não encontrando qualquer obstáculo até a cidade paranaense de Ponta Grossa.

No dia 10 de outubro, um comboio revolucionário, do qual faziam parte Getúlio Vargas e Góes

Monteiro, partiu do Rio Grande do Sul em direção à capital federal. Ao chegar a Ponta Grossa,

juntaram-se às forças revolucionárias ali estacionadas para planejar o ataque decisivo ao estado de

São Paulo, que deveria cair sobre a localidade de Itararé. Porém, um dia antes do ataque, previsto

para 25 de outubro, os chefes revolucionários receberam a notícia de que no Rio de Janeiro oficiais

de alta patente das Forças Armadas haviam deposto o presidente Washington Luís e formado uma

junta de governo. Vargas ordenou, então, que as forças revolucionárias seguissem em direção ao

Rio de Janeiro, e aí, no dia 3 de novembro, após negociações encaminhadas por seus representantes,

recebeu o poder das mãos da junta militar.

1.6. A redemocratização

A entrada do Brasil na Segunda Guerra criou uma situação contraditória: o Brasil lutava no exterior

contra o fascismo, enquanto se mantinha, internamente, num regime ditatorial inspirado nesse

mesmo fascismo. As relações do governo com as Forças Armadas começaram a se deteriorar. As

pressões externas, principalmente dos EUA, também contribuíram para o fim da ditadura.

Vargas prometeu eleições gerais, diminuiu a censura da imprensa e permitiu a volta dos partidos

políticos.

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PSD (Partido Social Democrático), criado por Vargas, tinha sua base eleitoral na força dos

interventores estaduais, nos industriais, nos banqueiros e na aristocracia rural.

UDN (União Democrática Nacional), que congregava os opositores do regime getulista. Era também

anticomunista e tinha como base eleitoral setores da classe média, empresários e certas camadas

dos militares. Participavam Júlio Mesquita Filho, Assis Chateaubriand, Armando de Salles Oliveira e

o Brigadeiro Eduardo Gomes.

PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) era liderado pela burocracia sindical, criada pelo regime do

Estado Novo. Idealizado por Getúlio, tinha a finalidade de servir de anteparo entre os trabalhadores

e o Partido Comunista. Em 1945, as Forças Armadas, lideradas pelos generais Góis Monteiro e Eurico

Gaspar Dutra, depuseram o ditador, assumindo o governo José Linhares, presidente do Supremo

Tribunal Federal.

Ruptura ou Continuidade?

Getúlio Vargas e seu ministério - da esquerda para a direita -

Isaías Noronha, José Américo de Almeida, Afrânio de Mello Franco,

Getúlio Vargas, Assis Brasil, Francisco Campos, Leite de Castro, 1930.

Rio de Janeiro (RJ). (CPDOC/OA foto 061)

A Revolução de 1930 representou uma continuidade ou uma ruptura? Esta é uma pergunta presente

em muitas das análises da história contemporânea do Brasil.

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Aqueles que acentuam a continuidade consideram que o movimento de 1930 não alterou os

padrões econômicos ou políticos da velha ordem, e que, portanto, não cabe chamá-lo de revolução.

Os que sublinham as novidades introduzidas no pós-30 (política social, corporativismo), ao

contrário, tendem a afirmar que 1930 representou um movimento de ruptura com um modelo e

uma prática liberais, baseados na não-intervenção do Estado no mercado de trabalho.

A disputa entre as teses da ruptura ou da continuidade talvez seja um tanto ilusória, já que os

movimentos político-sociais, mesmo os mais radicais, também contêm elementos que foram

gerados na velha ordem. A ideia de um corte radical com o passado pode não ser a melhor

representação do processo histórico. A história não se processa pela emergência abrupta de

eventos, mas de outro lado alguns deles podem lhe imprimir um determinado curso, nem sempre

previsto em seus antecedentes. Entre o determinismo, onde os acontecimentos são vistos como

produto de uma necessidade inquestionável, e o voluntarismo, que vê a vontade e a ação humanas

como elementos fundamentais do processo histórico, é preciso procurar compreender as complexas

relações entre traços estruturais, dados conjunturais e a opção dos atores sociais.

O conceito de revolução utilizado para caracterizar eventos político-sociais inclui nele mesmo

diferentes significados. No passado revolução foi entendida como volta às origens, como um

"revolver", e nesse sentido estava relacionada a uma concepção circular do tempo histórico. Outra

tradição, a iluminista, entendia revolução como o início de um novo tempo inserido na caminhada

linear do gênero humano em seu processo evolutivo. Mais recentemente, o conceito de "revolução

pelo alto" foi usado para compreender os processos de mudança conduzidos por elites políticas e

que marcam a história de várias sociedades.

Muitos dos que criticam chamar o movimento de 1930 de revolução consideram que a Abolição da

Escravatura, por exemplo, foi uma ruptura mais importante. Chamar 30 de revolução nada mais seria

do que assumir o ponto de vista dos "vencedores". É preciso lembrar que movimentos vitoriosos

tendem a construir representações que confirmam seu ímpeto revolucionário, destruidor das velhas

estruturas, e que a história envolve não só a luta política, mas também a luta de símbolos e

representações.

O movimento de 1930 tem sido objeto, desde sua época até hoje, de diferentes versões. Essas

interpretações sobre a revolução podem ser tomadas como marcos significativos da história do

pensamento político brasileiro, na medida em que foram produzidas e influenciadas pelas

preocupações contemporâneas a elas. Como não é o passado que nos instrui sobre a perspectiva

do presente, mas, ao contrário, é o presente que nos fornece uma interpretação do passado, são as

perguntas e os impasses de cada momento que nos fazem indagar sobre as experiências históricas

e recuperar ou descartar fatos e personagens.

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A vasta bibliografia sobre a Revolução de 1930 que até hoje é produzida mostra por si só a

importância desse evento na história brasileira.

1.7. Ditadura militar (1964-1985): Breve história do regime militar

1968 -Atrizes durante a passeata dos cem mil, em protesto contra a ditadura militar no

Brasil, no Rio de Janeiro.

Em 31 de março de 1964, militares contrários ao governo de João Goulart (PTB) destituíram o então

presidente e assumiram o poder por meio de um golpe. O governo comandado pelas Forças

Armadas durou 21 anos e implantou um regime ditatorial. A ditadura restringiu o direito do voto, a

participação popular e reprimiu com violência todos os movimentos de oposição.

Na economia, o governo colocou em prática um projeto desenvolvimentista que produziu

resultados bastante contraditórios, já que o país ingressou numa fase de industrialização e

crescimento econômico acelerados, sem beneficiar a maioria da população, em particular a classe

trabalhadora.

Antecedentes do golpe

Os militares golpistas destituíram do poder o presidente João Goulart, que havia assumido a

presidência após a inesperada renúncia de Jânio Quadros (PTN), em 1961. Sua posse foi bastante

conturbada e só foi aceita pelos militares e pelas elites conservadoras depois da imposição do

regime parlamentarista. Essa fórmula política tinha como propósito limitar os poderes presidenciais,

subordinando o Executivo ao Legislativo. Goulart, contudo, manobrou politicamente e conseguiu

aprovar um plebiscito, cujo resultado restituiu o regime presidencialista.

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O presidente, entretanto, continuou a não dispor de uma base de apoio parlamentar que fosse

suficiente para aprovar seus projetos de reforma política e econômica. A saída encontrada por

Goulart foi a de pressionar o Congresso Nacional por meio de constantes mobilizações populares,

que geraram numerosas manifestações públicas em todo o país.

Ao mesmo tempo, a situação da economia se deteriorou, provocando o acirramento dos conflitos

de natureza classista, entre os que defendiam reformas e distribuição de renda e os opositores a

estas medidas. Todos esses fatores levaram, de forma conjunta, a uma enorme instabilidade

institucional, que acabou por dificultar a governabilidade.

Nessa conjuntura, o governo tentou mobilizar setores das Forças Armadas, como forma de obter

apoio político, mas a medida colocou em risco a hierarquia entre os comandos militares e serviu

como estímulo para o avanço dos militares golpistas.

Em 1964, a sociedade brasileira se polarizou. As classes médias, as elites agrárias e os industriais se

voltaram contra o governo e abriram caminho para o movimento golpista.

Multidão se reúne em frente à Catedral da Sé, na região central de São Paulo, durante a

Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em 19 de março de 1964. O movimento foi uma

reação do clero conservador, do empresariado e da direita, em geral, contra as reformas do

então presidente João Goulart (PTB). O presidente acabou deposto no dia 31 de março no

golpe militar

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1.8. Os governos militares

Governo Castello Branco (abril de 1964 a julho de 1967);

O marechal Humberto de Alencar Castello Branco (Arena) esteve à frente do primeiro governo militar

(1964 a 1967) e deu início à promulgação dos Atos Institucionais. Entre as medidas mais importantes,

destacam-se: suspensão dos direitos políticos dos cidadãos; cassação de mandatos parlamentares;

eleições indiretas para governadores; dissolução de todos os partidos políticos e criação de duas

novas agremiações políticas: a Aliança Renovadora Nacional (Arena), que reuniu os governistas, e o

Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que reuniu as oposições consentidas.

Em fins de 1966, o Congresso Nacional foi fechado e foi imposta uma nova Constituição, que entrou

em vigor em janeiro de 1967. Na economia, o governo revogou a Lei de Remessa de Lucros e a Lei

de Estabilidade no Emprego, proibiu as greves e impôs severo controle dos salários. Castello Branco

planejava transferir o governo aos civis no fim de seu mandato, mas setores radicais do Exército

impuseram a candidatura do marechal Artur da Costa e Silva (Arena), que assumiu o poder de 1967

a 1969.

Governo Costa e Silva (março de 1967 a agosto de 1969);

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O marechal enfrentou a reorganização política dos setores oposicionistas, greves e a eclosão de

movimentos sociais de protesto, entre eles o movimento estudantil universitário. Também neste

período os grupos e organizações políticas de esquerda organizaram guerrilhas urbanas e passaram

a enfrentar a ditadura, empunhando armas, realizando sequestros e atos terroristas. O governo,

então, radicalizou as medidas repressivas, com a justificativa de enfrentar os movimentos de

oposição.

Ato Institucional nº 5

A promulgação do Ato Institucional nº 5 (AI-5), em dezembro de 1968, representou o fechamento

completo do sistema político e a implantação da ditadura. O AI-5 restringiu drasticamente a

cidadania e permitiu a ampliação da repressão policial-militar. Um ato institucional era um decreto

utilizado pelos militares para legitimarem suas decisões.

Na área econômica o novo presidente, Costa e Silva, flexibilizou a maioria das medidas impopulares

adotadas por seu antecessor. Costa e Silva não conseguiu terminar seu mandato devido a problemas

de saúde. Com seu afastamento da presidência em 1969, os militares das três armas formaram uma

junta governativa de emergência, composta pelos três ministros militares: almirante Augusto

Hamann Rademaker Grünewald, da Marinha; general Aurélio de Lira Tavares, do Exército; e major-

brigadeiro Márcio de Souza Mello, da Aeronáutica.

Médici e o "milagre econômico"

Ao término do governo emergencial, que durou de agosto a outubro de 1969, o general Emílio

Garrastazu Médici (Arena) foi escolhido pela Junta Militar para assumir a presidência da República.

O general dispôs de um amplo aparato de repressão policial-militar e de inúmeras leis de exceção,

sendo que a mais rigorosa era o AI-5. Por esse motivo, seu mandato presidencial ficou marcado

como o mais repressivo do período da ditadura. Exílios, prisões, torturas e desaparecimentos de

cidadãos fizeram parte do cotidiano de violência repressiva imposta à sociedade.

Siglas como Dops (Departamento de Ordem Política e Social) e Doi-Codi (Destacamento de

Operações e Informações-Centro de Operações de Defesa Interna) ficaram conhecidas pela brutal

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repressão policial-militar. Com a censura, todas as formas de manifestações artísticas e culturais

sofreram restrições. No fim do governo Médici, em 1974, as organizações de luta armada foram

dizimadas.

Na área econômica, o governo colheu os frutos do chamado "milagre econômico", que representou

a fase áurea de desenvolvimento do país, obtido por meio da captação de enormes recursos e de

financiamentos externos. Todos esses recursos foram investidos em infraestrutura: estradas, portos,

hidrelétricas, rodovias e ferrovias expandiram-se e serviram como base de sustentação do vigoroso

crescimento econômico. O PIB (Produto Interno Bruto) chegou a crescer 12% ao ano, e milhões de

empregos foram gerados.

Em curto e médio prazos, esse modelo de desenvolvimento beneficiou a economia, mas, no longo

prazo, o país acumulou uma dívida externa cujo pagamento (somente dos juros) bloqueou a

capacidade de investimento do Estado. A estabilidade política e econômica obtida no governo

Médici permitiu que o próprio presidente escolhesse seu sucessor: o general Ernesto Geisel (Arena)

foi designado para ocupar a Presidência da República, que o fez de 1974 a 1979.

Governo Geisel (março de 1974 a março de 1979);

Governo Geisel (1974-1979): uma crise internacional do petróleo pôs fim ao ''milagre econômico''

de que o Brasil usufruía e teve início a escalada inflacionária. No plano político, ocorreu uma gradual

abertura, que prenunciava a redemocratização do país.

O término do governo Médici coincidiu com o fim do milagre econômico. O aumento vertiginoso

dos preços do petróleo, principal fonte energética do país, a recessão da economia mundial e a

escassez de investimentos estrangeiros interferiram negativamente na economia interna.

Na área política, Geisel previu dificuldades crescentes e custos políticos altíssimos para a corporação

militar e para o país, caso os militares permanecessem no poder indefinidamente. Ademais, o MDB

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conseguiu expressiva vitória nas eleições gerais de novembro de 1974, conquistando 59% dos votos

para o Senado, 48% da Câmara dos Deputados e as prefeituras da maioria das grandes cidades. Por

essa razão, o presidente iniciou o processo de distensão "lenta e gradual" em direção à abertura e

à redemocratização.

Na época, militares radicais (denominados pelos historiadores como a "linha-dura"), que

controlavam o sistema repressivo, ofereceram resistência à política de liberalização, com tentativas

de golpe para a deposição do presidente. É preciso lembrar que o conflito interno nas Forças

Armadas, decorrente de divergências com relação à condução do Estado brasileiro, esteve presente

desde a tomada do poder pelos militares até o fim da ditadura.

Entre o fim de 1975 e início de 1976, ocorreram os assassinatos do jornalista Vladimir Herzog e do

operário Manoel Fiel Filho, em São Paulo, evidências para a sociedade das ações da máquina de

repressão. Pelos homicídios, os militares linha-dura foram desmoralizados, acelerando a

necessidade de abertura política e redemocratização.

Governo Figueiredo (março de 1979 a março de 1985).

1.9. Figueiredo e a redemocratização

Ao término do mandato de Geisel, em 1979, a sociedade brasileira tinha sofrido muitas

transformações. A repressão havia diminuído; as oposições políticas, o movimento estudantil e os

movimentos sociais começaram a se reorganizar. Em 1978, o presidente revogou o AI-5 e restaurou

o habeas corpus e, no ano seguinte, conseguiu fazer seu sucessor na figura do general João Baptista

de Oliveira Figueiredo (PDS).

Figueiredo foi o último general presidente (1979-1985), encerrando o período da ditadura militar,

que durou mais de duas décadas. O general acelerou o processo de liberalização política e, em seu

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governo houve a aprovação da Lei da Anistia, que permitiu o retorno ao país de milhares de exilados

políticos. A Lei também concedeu perdão para aqueles que cometeram crimes políticos.

A anistia foi mútua, ou seja, se por um lado voltaram os exilados, por outro, os militares envolvidos

em ações repressivas que provocaram torturas, mortes e o desaparecimento de cidadãos ficaram

impunes.

1.10. A volta dos partidos

Neste governo, o pluripartidarismo foi restabelecido. A Arena mudou a sua denominação e passou

a ser PDS (Partido Democrático Social); o MDB passou a ser PMDB (Partido do Movimento

Democrático Brasileiro). Surgiram novas siglas, como o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Partido

Democrático Trabalhista (PDT).

O governo Figueiredo também enfrentou a resistência de militares radicais, que não aceitavam o

fim da ditadura. Essa resistência tomou a forma de atos terroristas. Cartas-bombas eram deixadas

em bancas de jornal, editoras e entidades da sociedade civil (Igreja Católica, Ordem dos Advogados

do Brasil, Associação Brasileira de Imprensa, entre outras). O caso mais grave e de maior repercussão

ocorreu em abril de 1981, quando uma bomba explodiu durante um show no centro de convenções

do Rio Centro. O governo, porém, não investigou devidamente o episódio.

Na área econômica, a atuação do governo foi medíocre, os índices de inflação e a recessão

aumentaram drasticamente.

1.11. Diretas já

No último ano do governo Figueiredo surgiu o movimento das Diretas Já, que mobilizou a

população em defesa de eleições diretas para a escolha do presidente da República. O governo,

porém, resistiu e conseguiu barrar a Lei Dante de Oliveira. Desse modo, o sucessor de Figueiredo foi

escolhido indiretamente pelo Colégio Eleitoral, formado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado

Federal.

Em 15 de janeiro de 1985, o Colégio Eleitoral escolheu o deputado Tancredo Neves (PMDB) como

novo presidente da República. Tancredo derrotou o então deputado Paulo Maluf. Tancredo Neves,

no entanto, adoeceu e morreu. Em seu lugar, assumiu o vice-presidente, José Sarney (PMDB).

1.12. Brasil - A Ditadura Militar – Resistências

O movimento estudantil: os estudantes, organizados pela UNE, UBEs e respectivas UEEs, eram, antes

de abril de 64, um dos grupos que mais pressionavam o governo João Goulart no sentido de fazê-

lo avançar e, mesmo, radicalizar, na realização das reformas sociais. Por isso, aos olhos dos militares

que tomaram o poder, eles eram um dos setores mais identificados com a esquerda, comunista,

subversiva e desordeira; uma das formas de desqualificar o movimento estudantil era chamá-lo de

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baderna, como se seus agentes não passassem de jovens irresponsáveis, e isso se justificava para a

intensa perseguição que se estabeleceu.

Logo em novembro de 1964 o governo Castelo Branco fez aprovar uma lei que ficou conhecida

como lei "Suplicy de Lacerda", nome do ministro da Educação, que reorganizava as entidades,

proibindo-as de desenvolverem atividades políticas.

Os estudantes reagiram negando-se a participar das novas entidades oficiais e realizando

manifestações públicas (passeatas), que se tornaram cada vez mais frequentes e concorridas. Ao

mesmo tempo, o movimento estudantil procurou assegurar a existência das suas entidades

legítimas, agora na clandestinidade.

Em 1968 - ano marcado mundialmente pela ação política estudantil - o movimento estudantil

cresceu em resposta, não só a repressão, mas também em virtude da política educacional do

governo, que já revelava a tendência que iria se acentuar cada vez mais, no sentido da privatização

da educação, cujos efeitos são sentidos até hoje.

A política de privatização tinha dois sentidos: um era o estabelecimento do ensino pago

(principalmente no nível superior) e outro, o direcionamento da formação educacional dos jovens

para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão-de-obra e

técnicos especializados). Estas diretrizes correspondiam à forte influência norte-americana exercida

através de técnicos da Usaid (agência americana que destinava verbas e auxílio técnico para projetos

de desenvolvimento educacional) que atuavam junto ao MEC por solicitação do governo brasileiro,

gerando uma série de acordos que deveriam orientar a política educacional brasileira.

As manifestações estudantis foram os mais expressivos meios de denúncia e reação contra a

subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano. O movimento

estudantil não parava de crescer, e com ele a repressão. No dia 28 de março de 1968 uma

manifestação contra a má qualidade do ensino, realizada no restaurante estudantil Calabouço, no

Rio de Janeiro, foi violentamente reprimida pela polícia, resultando na morte do estudante Edson

Luís Lima Souto.

A reação estudantil foi imediata: no dia seguinte, o enterro do jovem estudante transformou-se em

um dos maiores atos públicos contra a repressão; missas de sétimo dia foram celebradas em quase

todas as capitais do país, seguidas de passeatas que reuniram milhares de pessoas.

Em outubro do mesmo ano, a UNE (na ilegalidade) convocou um congresso para a pequena cidade

de Ibiúna, no interior de São Paulo. A polícia descobriu a reunião, invadiu o local e prendeu os

estudantes.

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Movimentos sindicais: a greve dos metalúrgicos de Osasco, São Paulo, e de Contagem, Minas Gerais,

ambas em 1968, foram as últimas manifestações operárias da década de 60. Em 12 de maio de 1978,

a greve de 1.600 trabalhadores, no ABC paulista, marcou a volta do movimento operário à cena

política. Em junho, movimento se espalhou por São Paulo, Osasco e Campinas. Até 27 de julho

registrou-se 166 acordos entre empresas e sindicatos, beneficiando cerca de 280 mil trabalhadores.

Nessas negociações, tornou-se conhecido em todo o país o presidente do Sindicato dos

Metalúrgicos de São Bernardo e Diadema, Luís Inácio da Silva, o Lula.

Em 29 de outubro de 1979, metalúrgicos de São Paulo e Guarulhos interromperam o trabalho. No

dia seguinte morreu o operário Santos Dias da Silva em confronto com a polícia, durante um piquete

na frente uma fábrica no bairro paulistano de Santo Amaro. As greves se espalharam por todo o

país.

Em consequência de uma greve realizada no dia 1º de abril de 1980 pelos metalúrgicos do ABC

paulista e de mais 15 cidades do interior de São Paulo, no dia 17 de abril, o ministro do Trabalho,

Murillo Macedo, determinou a intervenção nos sindicatos de São Bernardo do Campo e Santo André,

prendendo 13 líderes sindicais dois dias depois. A organização da greve mobilizou estudantes e

membros da Igreja.

Ligas Camponesas: a resistência aconteceu também no campo. Além da sindicalização, registrou-se

a formação de Ligas Camponesas que, sobretudo no Nordeste, sob a liderança do advogado

Franscisco Julião, foram importantes instrumentos de organização e de atuação dos camponeses.

Em 15 de maio de 1984 cerca de 5 mil cortadores de cana e colhedores de laranja do interior paulista

entraram em greve por melhores salários e condições de trabalho. No dia seguinte invadiram as

cidades de Guariba e Bebedouro. Um canavial foi incendiado. O movimento foi reprimido por 300

soldados. Greves de trabalhadores se espalharam por várias regiões do país, principalmente no

Nordeste.

A luta armada: parte da esquerda brasileira optou pela luta armada como forma de resistir ao

Regime Militar e abrir caminho para uma revolução. Destacaram-se: Ação Libertadora Nacional

(ALN), liderada por Carlos Marighella, ex-deputado e ex-membro do Partido Comunista Brasileiro,

morto numa emboscada em 69; Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), comandada pelo ex-

capitão do Exército Carlos Lamarca, morto na Bahia, em 17 de setembro de 1971; e o Partido

Comunista do Brasil (PC do B), uma dissidência do PCB. As organizações armadas, conhecidas

também como guerrilha, fizeram assaltos a bancos e sequestros de diplomatas para trocá-los por

presos políticos e colaboradores do regime.

Ação Popular foi, na década de 60, um dos mais importantes movimentos de resistência ao regime

militar. Teve origem em 1962 a partir de grupos católicos, especialmente influentes no movimento

estudantil. De 62 até 1972 a Ação Popular fez todos os presidentes da UNE. De inicialmente

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moderada a AP passou a discutir a necessidade da luta armada, devido à radicalização dos órgãos

de repressão. A AP lançou o movimento Contra a Ditadura e em 67 mudou sua sigla para APML

(Ação Popular Marxista-Lenista) buscando aliar-se aos movimentos camponeses e de boias-frias.

Vários líderes da AP foram assassinados. A AP terminou com sua incorporação ao PC do Brasil.

2. História do mundo

2.1. Primeira guerra mundial -

Entre os anos de 1914 e 1918, ocorreu o primeiro conflito bélico que assumiu proporções globais.

A Primeira Guerra Mundial foi qualificada por seus contemporâneos como A Grande Guerra, isso

porque nenhuma das guerras europeias que a precederam, como a Guerra Franco-Prussiana, haviam

assumido dimensões tão catastróficas. Para compreender as razões que desencadearam essa guerra,

é necessário conhecer seus antecedentes.

Pode-se afirmar que a Primeira Guerra foi produto das tensões que se formaram na Europa a partir

da segunda metade do século XIX. Nesse período, a propagação do nacionalismo e do imperialismo

(tanto no sentido político quanto no sentido econômico, ver: Imperialismo) provocou a formação

dos Estados nacionalistas por meio de processos como a Unificação Alemã e a Unificação Italiana.

A Alemanha, especificamente, promoveu sua unificação com a Prússia usando como mote principal

a rivalidade com a França. A Guerra Franco-Prussiana, de 1870, ainda preservava características das

guerras com exércitos aristocráticos, cujos soldados pautavam-se de valores, como a honra, e as

batalhas eram travadas em campos específicos. Com a guerra iniciada em 1914, essas características

foram diluídas.

Esses países nacionalistas, na virada do século XIX para o século XX, também se tornaram potências

econômicas e militares e pretendiam expandir seus domínios para outras regiões, como o continente

africano e asiático. Tal fenômeno ficou conhecido como Neocolonialismo. Além disso, havia projetos

de blocos nacionalistas no continente europeu. O Pan-eslavismo (nacionalismo eslavo, encabeçado

pela Rússia czarista) e o Pangermanismo (nacionalismo germânico, comandado pela Alemanha e

pela Áustria) eram as principais expressões desses projetos. A região dos Bálcãs, local onde se

encontravam países como Bósnia e Sérvia, era o centro dos conflitos entre os interesses germânicos

e eslavos. A Rússia apoiava a criação do Estado da “Grande Sérvia”, enquanto o Império Austro-

húngaro repudiava tal ideia, ao tempo em que lançava tentativas de influência política sobre a

mesma região.

Essa tensão local logo se avolumou para proporções maiores. Na década de 1890, a Alemanha, que

apoiava as investidas do Império Austro-húngaro, era uma das nações mais militarizadas da Europa

e representava uma ameaça crescente à França e à Inglaterra, que era um dos maiores impérios da

época. Alemanha, Áustria-Hungria e Itália formaram uma aliança político-militar que ficou conhecida

como Tríplice Aliança. A Rússia, por sua vez, aliou-se à França (rival histórica da Alemanha) e à

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Inglaterra, formando assim a Tríplice Entente. Dessas duas alianças nasceu a guerra em âmbito

continental, que logo se estendeu para todo o globo.

A já mencionada tensão na região dos Bálcãs acionou o “gatilho” da guerra. Esse gatilho, ou estopim,

foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria-Hungria, por

um militante da organização terrorista Mão Negra que possuía supostas ligações com o governo

sérvio, no dia 28 de janeiro de 1914, em Sarajevo, capital da Bósnia. A ida do arquiduque a Sarajevo

tinha o objetivo de apresentar uma proposta da criação de uma monarquia tríplice na região dos

Bálcãs que seria governada por austríacos, húngaros e eslavos. Contudo, o atentado contra sua vida

acirrou os ânimos nacionalistas e conduziu as alianças das principais potências europeias à guerra.

A Áustria-Hungria e a Alemanha estabeleceram um ultimato à Sérvia que exigia uma solução para

o caso do assassinato do arquiduque. A Sérvia não cedeu às pressões dos germânicos e aliou-se à

Rússia com vistas a receber a decisão final da Alemanha: a declaração de guerra, que foi formalizada

em 28 de julho de 1914. Os outros países das respectivas alianças logo se lançaram também ao

conflito.

A Primeira Guerra mundial ficou marcada pela mudança do conceito de guerra. O modelo de guerra

aristocrático, que caracterizou o exército prussiano nas guerras contra Napoleão, não mais existia.

O exército alemão, em 1914, era uma eficiente e terrível máquina mortífera. O uso de novas armas

com alto poder destrutivo, como bombas, aviões, tanques, rifles de precisão, metralhadoras,

inaugurou uma nova forma de combate e novas estratégias de guerra. Isso fez com que a guerra

fosse mais longa do que se esperava. A guerra de posição, marcada pelo uso das trincheiras, tornou-

se um símbolo da Primeira Guerra. Isso porque vários soldados chegavam a morrer sem mesmo sair

de suas trincheiras graças a doenças como o “pé-de-trincheira” ou a bombardeios incessantes.

Além disso, o uso de armas químicas, com os gases de cloro e iperita, provocou cenas horríveis,

como mortes por asfixia e feridas na pele dos soldados. Há relatos de milhares de soldados terem

morrido em menos de cinco minutos após lançamento de nuvem de gás. Os milhões de mortos ao

longo dos cinco anos de guerra expuseram o potencial catastrófico que se repetiria na Segunda

Guerra Mundial. O ano de 1917 marcou a entrada dos Estados Unidos na guerra e a saída da Rússia,

bem como a revolução comunista que agitou este país nesse ano.

Com o fim da guerra e a Alemanha derrotada, foi assinado o Tratado de Versalhes, que inaugurou

um ciclo de tensões na Europa. Ciclo esse que se fecharia com o segundo conflito mundial.

2.2. Segunda Guerra Mundial -

2.2.1. Causas

Podemos dizer que uma das principais causas da Segunda Grande Guerra foi o Tratado de Versalhes.

Esse Tratado, assinado em 1919 e que encerrou oficialmente a Primeira Grande Guerra, determinava

que a Alemanha assumisse a responsabilidade por ter causado a Primeira Guerra e obrigava o país

a pagar uma dívida aos países prejudicados, além de outras exigências como o impedimento de

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formar um exército reforçado e o reconhecimento da independência da Áustria. Isso é claro, trouxe

revolta aos alemães, que consideraram estas obrigações uma verdadeira humilhação.

2.2.2. O início da guerra

Um conflito sangrento que deixou danos irreparáveis em toda a humanidade. Uma guerra entre

Aliados e as Potências do Eixo.

China, França, Grã-Bretanha, União Soviética e EUA formavam os Aliados, enquanto que Alemanha,

Japão e Itália formavam as Potências do Eixo.

Estes últimos tinham governos fascistas e tinham por objetivo dominar os povos, que na opinião

deles eram inferiores, e construir grandes impérios.

2.2.3. Nota

Na Europa surgiram partidos políticos que pregavam a instalação de um regime autoritário. Esses

partidos formavam um movimento denominado Fascismo.

Os fascistas acreditavam que a democracia era um regime fraco e incapaz de resolver a crise

econômica. O país precisava de um líder com autoridade suficiente para acabar com a “bagunça”

instalada, promovida por grevistas, criminosos e desocupados.

2.2.4. Principais ditadores fascistas

- Benito Mussolini: Itália.

- Hitler: Alemanha (Os fascistas alemães eram chamados de nazistas).

- Franco: Espanha.

2.2.5. Principais ideias fascistas

- Anticomunismo

- Antiliberalismo (os fascistas defendiam um regime ditatorial)

- Totalitarismo (o indivíduo deve obedecer ao Estado)

- Militarismo e Culto à violência (a guerra era considerada a atividade mais nobre do homem).

- Nacionalismo xenófobo (xenofobia: ódio a tudo que é estrangeiro)

- Racismo

Na Alemanha, Hitler queria formar uma “raça ariana”, ou seja, uma raça superior a todas as outras.

O início da guerra se deu quando Hitler invadiu a Polônia em setembro de 1939.

A razão desta invasão foi o fato da Polônia ter conseguido (através do Tratado de Versalhes) a posse

do porto de Dantzig. Hitler não queria isso, ele queria que Dantzig fosse incorporada à Alemanha.

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Nos primeiros anos da guerra, as Potências do Eixo levaram vantagem.

A Alemanha tomou a Polônia, Bélgica, Noruega, Dinamarca e Holanda.

Em 1940 a França se rendeu e em seguida foi a vez da Romênia, Grécia e Iugoslávia.

A Inglaterra foi bombardeada, porém resistiu.

Hungria, Bulgária e Romênia se uniram às Forças do Eixo.

Em 1941, o Japão atacou Pearl Harbor e partia para dominar a Ásia. Dias depois Hitler declarava

guerra aos EUA.

A entrada dos americanos na guerra reforçou o lado dos Aliados, pois os EUA possuíam uma

variedade de recursos bélicos.

Hitler já se achava vencedor, quando as coisas começaram a mudar.

O líder nazista achava que a URSS ainda era um país atrasado e cheio de analfabetos, ele não tinha

ideia que o país havia crescido e se tornado uma grande potência.

Ao ordenar o ataque à URSS, os nazistas se depararam com uma grande muralha ofensiva e pela 1ª

vez se sentiram acuados.

2.2.6. As perdas nazistas e o fim da guerra

O final da guerra começou quando Hitler deslocou suas tropas em direção ao Cáucaso, fonte de

petróleo da URSS, pois foi nessa região que aconteceu a Batalha de Stalingrado (entre setembro de

1942 e fevereiro de 1943), que deixou mais de um milhão de nazistas mortos. A Batalha de

Stalingrado é considerada a maior derrota alemã na guerra.

O Exército Vermelho Soviético foi vencendo e empurrando os nazistas de volta à Alemanha, como

vingança os nazistas queimavam e matavam tudo que viam pela frente.

A tentativa de ocupar Stalingrado foi frustrada e o restante do exército que lutava nessa frente

rendeu-se aos russos em 1943. Essa vitória trouxe novos rumos ao conflito. As Potências do Eixo

perderam 2 países (Marrocos e Argélia) e em junho de 43 os Aliados conquistaram a Sicília.

Todas estas vitórias trouxeram conflitos internos entre os fascistas e estas divergências acabaram

por afastar Mussolini do poder. O seu lugar foi assumido pelo Rei Vítor Emanuel que em 1943

assinou um armistício (trégua) com os Aliados e declarou guerra à Alemanha.

No dia 6 de junho de 1944 – chamado o Dia D – os aliados tomaram a Normandia e o cerco alemão

sobre a França foi vencido.

Em agosto os Aliados libertaram Paris.

A alta cúpula alemã já previa a derrota, mas Hitler não aceitava esta verdade.

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No mesmo ano, querendo dar fim à guerra, oficiais nazistas tentaram matar Hitler num atentado a

bomba, mas falharam.

A guerra prosseguia com vários ataques dos aliados e os alemães já sentiam que o fim estava

próximo.

Em abril de 45, tropas aliadas – americanas, inglesas e russas - invadiram a Alemanha.

Mussolini foi capturado ao tentar fugir para a Suíça. Ele foi condenado ao fuzilamento. Sua morte

se deu no dia 28 de abril de 1945, 2 dias depois Hitler se suicida e no dia 8 de maio a Alemanha se

rende.

Embora a guerra tenha terminado na Europa, ela continuava no pacífico e na Ásia. O Japão sofria

derrotas diante dos EUA, já que não podia competir com os armamentos norte-americanos. Os

japoneses estavam quase se rendendo quando no dia 6 de agosto de 45, os EUA jogaram uma

bomba atômica em Hiroshima e 3 dias depois, foi a vez de Nagasaki ser destruída pela bomba.

O lançamento das bombas causou a rendição dos japoneses.

2.2.7. O holocausto

Os nazistas eram antissemitas. Eles odiavam judeus e queriam eliminá-los para garantir a

superioridade da raça ariana.

Os judeus foram enviados aos campos de concentração para serem mortos, que no total somavam

mais de 6 milhões. O mais famoso campo de concentração foi o de Auschwitz (localizado na Polônia).

Não foram somente os judeus que foram perseguidos. Homossexuais e ciganos também sofreram

perseguições e passaram fome.

2.2.8. O brasil na guerra

O Brasil manteve-se neutro até certo ponto, quando alguns de seus navios começaram a sofrer

ataques e o país declarou guerra à Alemanha no ano de 1942, ajudando os Estados Unidos na

libertação da Itália que se encontrava quase que totalmente nas mãos do exército nazista. O país

enviou cerca de 400 homens de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB), 42 pilotos e 25 mil homens

da Foça Expedicionária Brasileira (FEB).

2.2.9. Consequências da guerra

A guerra terminou em 1945 e deixou para trás mais de 40 milhões de mortos e cidades em ruínas,

fora os que ficaram mutilados, sem moradia e sem família. Os Aliados instauraram o Tribunal de

Nuremberg para julgar os fascistas por crimes de guerra. Os nazistas responsáveis pela morte de

judeus ou civis foram condenados à morte ou à prisão perpétua.

Logo após a guerra foi fundada a ONU (Organização das Nações Unidas), localizada em Nova York.

Sempre que surge um conflito internacional, o Conselho de Segurança da ONU procura resolver o

problema com diálogos e cooperação. Um dos órgãos mais importantes da ONU é a Unicef.

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Após a guerra o mundo iniciava uma nova fase histórica: a de reconstrução. Os EUA e a União

Soviética saíram do conflito como duas grandes potências mundiais.

Os EUA saíram da guerra como a maior potência mundial.

A URSS ficou em segundo lugar. O país teve 25 milhões de mortos e parte de suas construções

sumiu do mapa.

Uma das maiores consequências da Segunda Guerra foi a rivalidade entre esses 2 países, rivalidade

esta, que resultou na Guerra Fria.

2.3. Guerra fria

Ao final da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o cenário político mundial testemunhava o

período de maior tensão de sua história. De um lado, os Estados Unidos (EUA), uma potência

capitalista; de outro, a União Soviética (URSS), uma potência socialista; em ambos os lados,

armamentos com tecnologia nuclear que poderiam causar sérios danos a toda humanidade.

Ao final das contas, nenhum tiro foi diretamente disparado entre os dois lados do “conflito”, o que

justifica o nome Guerra Fria. O que se pode dizer é que esse conflito foi marcado pelas disputas

indiretas entre as duas potências rivais em busca de maior poderio político e, principalmente, militar

sobre as diferentes partes do mundo.

Tal configuração ocorreu em função do fato de que uma guerra nuclear não seria vantajosa para

nenhum dos blocos nela envolvidos. O mundo apenas conheceria o caos e o possível vencedor

desse conflito não teria o que comemorar, pois somente haveria radiação e problemas estruturais

no espaço geográfico do país derrotado. Por essa razão, o sociólogo Raymond Aron proferiu uma

frase que ficou mundialmente conhecida: "A Guerra Fria foi um período em que a guerra era

improvável, e a paz, impossível".

2.4. A Partilha da Alemanha

A Alemanha nazista foi a grande derrotada da Segunda Guerra Mundial e, com isso, teve o seu

território dominado e controlado pelos países que formavam a base aliada durante o conflito: EUA,

URSS, França e Inglaterra. Esses países, na Conferência de Potsdam, em 1945, dividiram o espaço

alemão em duas principais partes: de um lado, a Alemanha Ocidental, dominada pelas nações

capitalistas; de outro, a Alemanha Oriental, dominada pela União Soviética. A capital Berlim também

ficou igualmente dividida. Observe o mapa abaixo:

2.5. Plano Marshall x Plano Molotov

Não foi somente a Alemanha a prejudicada com a Segunda Guerra Mundial. Como esse evento

aconteceu quase que inteiramente em território europeu, a maior parte dos países envolvidos sofreu

severas consequências econômicas, sociais e estruturais. Em função dessa fragilidade, os Estados

Unidos acionaram aquilo que foi chamado de Plano Marshall, em que grandes empréstimos foram

concedidos a esses países para as suas reconstruções.

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Essa postura era uma estratégia norte-americana para evitar que as nações europeias, em função

de suas relativas fraquezas, sofressem intervenções dos soviéticos, além de ser uma ação para conter

possíveis movimentos e revoluções socialistas internas. Com isso, os Estados Unidos consolidaram

a sua base de influência naquilo que foi denominado de “Oeste Europeu”, ou Europa Capitalista, em

oposição ao Leste Europeu, que era formado pelos territórios de domínio e influência soviéticos.

Além do Plano Marshall, os Estados Unidos também criaram o Plano Colombo, que possuía a mesma

função, só que o seu alvo eram os países asiáticos.

Entre os países que mais receberam ajuda dos estadunidenses, o Reino Unido lidera a lista, seguido,

respectivamente, por França, Japão, Itália, Alemanha Ocidental, entre outros.

Em resposta ao Plano Marshall, a União Soviética elaborou o chamado Plano Molotov, com o igual

objetivo de realizar uma ampla ajuda econômica aos outros territórios a fim de ampliar o seu espaço

de influência pelo mundo. Esse ajuda financeira envolveu praticamente todos os países de influência

socialista, como a Alemanha Oriental, Polônia, Bulgária, Cuba e muitos outros.

2.6. OTAN x Pacto de Varsóvia

Em um cenário que favorecia cada vez mais a tensão entre os dois blocos de poder durante a Guerra

Fria, a organização de instituições e pactos militares era imprescindível por ambas as partes.

Com isso, do lado capitalista, foi fundada a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que

ainda existe e é uma das instituições mais poderosas da atualidade. Já do lado socialista, foi fundado

o Pacto de Varsóvia. Essas organizações funcionavam da seguinte forma: caso um de seus países-

membros fosse atacado, as demais partes deveriam imediatamente intervir ou enviar ajuda. Isso

colaborou para a emergência dos vários combates indiretos que ocorreram durante esse período, a

exemplo da Guerra das Coreias (1950-1953) e a Guerra do Vietnã (1959-1975).

Com essas ações e intervenções por parte dos dois blocos de poder, houve uma divisão do espaço

territorial mundial, que se deu de modo mais concentrado nos países da Europa, que protagonizou

a chamada Cortina de Ferro, que dividia os territórios socialistas dos capitalistas.

2.7. As corridas armamentistas e espacial

A disputa entre EUA e URSS não ocorria apenas no plano territorial, político e econômico mundial.

O principal elemento em disputa era a hegemonia militar e tecnológica. Nesse sentido, os dois países

envolveram-se em uma cega corrida para decidir qual das duas potências possuía maior quantidade

de armamentos e tecnologias nucleares, bem como os melhores programas e conquistas espaciais.

No plano militar, os Estados Unidos, desde o final da Segunda Guerra Mundial, dominavam a

produção e o uso da bomba atômica, como as que provocaram a destruição das cidades japonesas

de Hiroshima e Nagasaki. Tempos depois, em 1949, a União Soviética também anunciava o seu

domínio sobre a tecnologia nuclear.

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No plano espacial, foi a União Soviética quem deu a largada. Em 1957, foi lançado pelos soviéticos

o primeiro satélite espacial construído pelo homem, o Sputnik. No mesmo ano, entrou em órbita o

Sputnik 2, que consistiu na primeira viagem ao espaço tripulada por um ser vivo (no caso, a famosa

cachorra Laika). Para completar as façanhas, os socialistas também foram os primeiros a fotografar

a superfície da Lua (em 1959) e os primeiros a enviarem um ser humano ao espaço, em 1961.

Dessa forma, no ano seguinte, 1962, os Estados Unidos conseguiram, finalmente, responder à altura

com o primeiro voo espacial ao redor da Terra. Já em 1969, ocorreu a tão sonhada visita à Lua pelos

Estados Unidos, na missão operada pelos tripulantes da Apolo 11.

Apesar de alguns acordos assinados, principalmente no plano militar, as corridas armamentista e

espacial, segundo a maioria dos analistas, só conheceram o seu fim com a crise soviética e o fim da

Guerra Fria, ao final de década de 1980 e início da década de 1990.

Questionário

01) Cargo: Aspirante Ano: 2009 Órgão: Barro Branco Banca: VUNESP Instituição: Polícia

Militar/SP Nível: Superior) Poder Moderador e “Polaca” são termos que evocam, respectivamente,

quais Constituições brasileiras?

a) 1824 e 1891.

b) 1824 e 1934.

c) 1967 e 1937.

d) 1891 e 1946.

e) 1824 e 1937.

02) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2014 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

Pode-se afirmar sobre as Constituições Republicanas Brasileiras que

a) devido à participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial, o governo instituiu uma Constituição

antidemocrática em 1946.

b) o estado de São Paulo opôs-se, por meio da Revolução de 1932, à redação e à votação de uma

Constituição que atendesse aos interesses dos cafeicultores.

c) o governo militar promulgou uma nova Constituição brasileira no ano de 1967, embora

continuasse a decretar atos institucionais.

d) houve um projeto de Constituição em 1891 que foi suspenso e inviabilizado em virtude dos

conflitos sociais provocados pela proclamação da República.

e) a Constituição de 1988 perdeu sua condição de Carta Magna como consequência do número de

emendas que lhe foram impostas no processo de redemocratização do país.

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03) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2013 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

Um dos pontos altos da Constituição é o artigo 5.º, que garante amplas liberdades [...] Foram

asseguradas as liberdades de manifestação, opinião e organização. O crime de racismo foi

considerado inafiançável e imprescritível…

(Marco Antônio Villa. A história das Constituições brasileiras. São Paulo: Leya, 2011, p. 119)

O texto refere-se a atual Constituição brasileira, promulgada em 1988. Os princípios assegurados

pela Constituição

a) comprovam a ausência de preconceitos raciais na sociedade brasileira.

b) garantem à sociedade direitos democráticos, assim como a salvaguarda das diferenças cultural e

étnica.

c) caracterizam o Brasil, desde a independência, como país democrático.

d) legitimam a liberdade de crença no Brasil, com a união entre Estado e religião.

e) reconhecem a impossibilidade de implantação da democracia plena no Brasil.

04) (Cargo: Auxiliar de Oficial Ano: 2016 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP) Nível:

Médio

Em concorrida cerimônia no plenário da Câmara dos Deputados, transmitida ao vivo pela televisão

para todo o país, em 5 de outubro de 1988, o deputado Ulysses Guimarães, presidente da

Constituinte, declarou promulgada a nova Constituição brasileira.

(Américo Freire, Marly Motta e Dora Rocha, História em curso: o Brasil e suas relações com o mundo

ocidental)

Um dos princípios que orientaram a atual Constituição brasileira foi

a) o unitarismo político-administrativo, que inviabiliza a formação de partidos.

b) a restrição dos direitos políticos, que assegura a imparcialidade nas eleições.

c) o estabelecimento do Estado de direito, que garante as liberdades individuais.

d) a criação do Ministério da Defesa, que protege a sociedade dos abusos do poder público.

e) o predomínio do Legislativo sobre os demais poderes, que permite a harmonia entre eles.

05) (Cargo: Serviço Auxiliar Voluntário Ano: 2011 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição:

VUNESP) Nível: Médio

A Constituição republicana instituiu o voto aberto, não secreto. Os coronéis [grandes proprietários

de terras], então, aproveitavam para impor o nome de seu candidato aos eleitores sob seu controle.

As formas utilizadas para controlar o voto dos eleitores iam desde a imposição pela força, por meio

da atuação dos jagunços, até a concessão de favores de diversas espécies, como proteção, dinheiro,

roupas, empregos e cuidados médicos. Era o voto de cabresto.

(Claudio Vicentino. Projeto Radix: história. Adaptado)

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O texto refere-se

a) à República Velha.

b) ao Estado Novo de Getúlio Vargas.

c) à democracia populista.

d) à ditadura militar.

06) (Aluno Oficial – PM- VUNESP 2014) Considere a imagem a seguir.

O episódio retratado na imagem está relacionado

a) à defesa da permanência de Getúlio Vargas no poder, em 1945.

b) às eleições de 1930, que opuseram Getúlio Vargas a Júlio Prestes.

c) às eleições de 1950, quando Getúlio Vargas ganhou de Eduardo Gomes.

d) às manifestações de rua que lamentaram a morte de Getúlio Vargas, em 1954.

e) ao golpe que instaurou o Estado Novo, em 1937, com Getúlio Vargas saudado nas ruas.

07) (SOLDADO PM DE 2.ª CLASSE (MASCULINO) VUNESP 2007) Considere a charge.

(Carlos Eduardo Novaes e César Lobo, História do Brasil para principiantes)

A charge expressa um fato ocorrido no Brasil, na década de 1930. Essa Carta Magna, chamada de

“Polaca”, provocou mudanças na estrutura política do país, uma vez que

a) o poder legislativo federal estabeleceu o sistema parlamentarista de governo.

b) o poder executivo criou mecanismos de intervenção no poder legislativo.

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c) o governo brasileiro foi obrigado a renunciar por pressões dos militares.

d) os três poderes não poderiam sofrer quaisquer formas de intervenção.

08)(Soldado PM de 2a Classe VUNESP-2014) No dia 30 de setembro de 1937, os jornais

anunciaram a descoberta, pelo Estado-Maior do Exército, de um plano de insurreição comunista

atribuído ao Comintern e assinado por um nome judaico: “Cohen”. Dia 10 de novembro de 1937: o

exército cerca o Palácio Monroe, no Rio, onde funciona o Senado. Com o apoio das armas, Getúlio

fecha o Congresso e extingue os partidos políticos.

(Brasil: Nosso Século. Vol. 5, 1930/1945. Adaptado)

Os eventos descritos no texto estão ligados

a) à repressão desencadeada pelas tropas getulistas contra a tentativa de golpe realizada pelos

comunistas da Ação Integralista Brasileira.

b) à estratégia utilizada por Getúlio Vargas e seus assessores para justificar a implantação do regime

ditatorial do Estado Novo.

c) ao golpe militar que depôs o presidente eleito, Washington Luiz, permitindo que Getúlio Vargas

assumisse o governo do Brasil.

d) aos esforços do então presidente Vargas para resistir às pressões do Congresso Nacional, que

exigia sua renúncia ao cargo.

e) à resposta do governo Vargas frente à Revolução Constitucionalista, em que tropas paulistas se

levantaram contra o governo federal.

09) (Soldado PM de 2a Classe VUNESP-2014) A Revolução de 1930 promoveu transformações

significativas na história do Brasil. Sobre a Revolução de 1930, pode-se afirmar corretamente que

a) resultou de disputas por terras entre camponeses e pecuaristas no nordeste brasileiro.

b) propiciou o restabelecimento de relações diplomáticas com os Estados Unidos da América.

c) representou os grupos sociais interessados em elaborar uma nova Constituição.

d) originou o período da história brasileira conhecido como a Era Vargas.

e) foi financiada com recursos oriundos da economia da cana-de-açúcar.

10) (VUNESP-Aluno Oficial – PM-2014) A relativa liberdade de expressão que existiu entre 1964

e 1968 explica-se menos pelo caráter “envergonhado” da ditadura e mais pela base social do golpe

de Estado e pela natureza do próprio regime por ele implantado. Tendo forte apoio nas classes

médias e produto de uma conspiração que envolveu setores liberais (ancorados na imprensa e nos

partidos conservadores), os quatro primeiros anos dos militares no poder foram marcados pela

combinação de repressão seletiva e construção de uma ordem institucional autoritária e centralista.

(NAPOLITANO, Marcos. 1964. História do Regime Militar Brasileiro. São Paulo: Contexto, 2014)

Um dos marcos desse período que confirma a tese do autor é

a) a Lei de Anistia.

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b) a Constituição de 1967.

c) a Lei Falcão.

d) a Emenda Dante de Oliveira.

e) a Lei do Pluripartidarismo.

11) (VUNESP-Serviço Auxiliar Voluntário PM-2009) Em São Paulo, no dia 16 de abril de 1984,

realizou-se o maior comício do Brasil até esse ano, reunindo 1,7 milhão de pessoas. (...) Esse comício

corresponde a um momento fundamental do final do regime ditatorial no país.

(Dicionário de Datas da História do Brasil. (Org.) Circe Bittencourt. Contexto, 2007)

O comício mencionado no texto fez parte de um amplo movimento da sociedade brasileira pela

redemocratização do país. Esse movimento ficou conhecido como

a) O petróleo é nosso.

b) Brasil, ame-o ou deixe-o.

c) Tenentismo.

d) Marcha pela liberdade.

e) Diretas já!

12) (VUNESP Soldado PM de 2.ª Classe- 2014 Prova 2) O processo de redemocratização do Brasil

avançou em 1979, com a extinção do Ato Institucional número 5 (AI-5) e a anistia política. Ele foi, de

certa forma, consolidado, em 1982, com

a) a adoção de medidas econômicas liberais.

b) a criação da Lei de Segurança Nacional.

c) as eleições diretas para os governos estaduais.

d) a extensão do direito de voto aos analfabetos.

e) a vitória da oposição no Colégio Eleitoral.

15) (Cargo: Aspirante Ano: 2008 Órgão: Barro Branco Instituição: VUNESP Polícia Militar/SP

Nível: Médio) O governo do General Figueiredo, último do ciclo militar, foi marcado pelo (a):

a) privatização de várias empresas estatais.

b) economia equilibrada, acentuado desemprego e pagamento de parte da dívida externa.

c) recessão na área econômica e abertura política com a aprovação do projeto de anistia pelo

Congresso

Nacional.

d) definição de prioridades que buscou primeiro o completo desenvolvimento das atividades

agrícolas.

e) política de crescimento econômico acelerado pelo incentivo à poupança do assalariado.

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14) (Cargo: Oficial Ano: 2010 Órgão: Polícia Militar/SP - Barro Branco Instituição:

VUNESP Nível: Médio)

Observe a capa do exemplar n.º 16 do jornal ex-, publicado em novembro de 1975.

Sobre as intenções dos editores, é correto afirmar que

a) declaravam, de forma indireta, seu apoio ao regime militar, então em vigor no Brasil.

b) faziam referência à tradição pacífica do povo e do governo brasileiros.

c) apoiavam a perseguição aos comunistas, característica marcante do período.

d) estimulavam a ação de grupos paramilitares e de jovens guerrilheiros.

e) escolheram estrofe do Hino da Proclamação da República para denunciar arbitrariedades

do poder executivo.

15) (Cargo: Auxiliar de Oficial Ano: 2016 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio) A expansão dos anos 70 fez da economia brasileira a oitava economia do mundo capitalista,

em termos de capacidade produtiva, ficando atrás apenas dos países altamente industrializados. (...)

Esse crescimento intenso e rápido da economia brasileira apoiou-se em três bases principais.

(Francisco M. P. Teixeira e Maria Elizabeth Totini, História econômica e administrativa do Brasil)

As “três bases principais” desse crescimento, conhecido como milagre econômico, foram

a) a intervenção do Estado na economia, o grande capital nacional e a forte presença do capital

estrangeiro.

b) a ênfase na agricultura de subsistência, a privatização de empresas estatais e o uso de tecnologia

nacional.

c) o predomínio da indústria leve, a proibição de multinacionais e o financiamento privado das obras

de infraestrutura.

d) a distribuição equilibrada de renda, os investimentos estrangeiros e a importação de tecnologia

chinesa.

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e) o favorecimento às microempresas nacionais, o liberalismo e a política oficial de aumento dos

salários.

16) (Cargo: Soldado Ano: 2007 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível: Médio) O

assassinato do herdeiro do Império Austro-Húngaro em Sarajevo veio complicar a situação europeia

e ocasionou a eclosão da I Guerra Mundial. O personagem em questão era:

a) o Kaiser Guilherme

b) Nicolau Romanov

c) Lloyd George

d) Francisco Ferdinando

e) n.d.a.

17) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2015 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

A imagem simboliza o fim da Primeira Guerra Mundial.

Ao associar a imagem aos acontecimentos daquele momento histórico, pode-se afirmar que:

a) os conflitos prosseguiram depois da assinatura dos Tratados de Versalhes, já que a França não

concordou em ceder à Alemanha as regiões da Alsácia e Lorena.

b) não foram resolvidos os problemas que deram origem à Primeira Guerra, já que os tratados de

paz previam apenas uma trégua, com a suspensão dos conflitos bélicos.

c) na verdade não houve paz, uma vez que a Alemanha recusou-se a assinar o Tratado de Versalhes,

elaborado pela França e Inglaterra, que estabelecia o término dos conflitos.

d) os países europeus não tinham condições bélicas de prosseguir os conflitos, motivo pelo qual se

pode explicar a rendição de todos os países envolvidos na guerra.

e) apesar da paz estabelecida, a guerra afetou profundamente a economia dos países europeus, que

tiveram que arcar com prejuízos imensos, mesmo os países vitoriosos.

18) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2014 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

O período entre guerras (1918-1939) assistiu, na Europa, ao fortalecimento dos regimes

nazifascistas. Entre suas características, é correto citar

a) a garantia do respeito aos direitos individuais e a criação de um culto à imagem do líder.

b) a ampliação do direito de participação política da população e a economia corporativista.

c) a existência de uma polícia política para controlar os cidadãos e a extinção da monarquia.

d) a não intervenção do Estado sobre as questões econômicas e a prática de discriminação racial.

e) o estabelecimento da censura aos meios de comunicação e o caráter totalitário do Estado.

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19) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2014 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

Sobre a Primeira Guerra Mundial, é correto afirmar que

a) envolveu interesses isolados da Alemanha com relação ao comércio de armas na África.

b) o Brasil não teve nenhuma participação, ao contrário do ocorrido na Segunda Grande Guerra.

c) ficou assim conhecida por ter sido a primeira guerra europeia nos últimos dois séculos.

d) contou com a participação efetiva dos EUA no seu desfecho já no início dos anos 20.

e) foi fruto, dentre outros fatores, do revanchismo francês em relação à Alemanha.

20)( Cargo: Serviço Auxiliar Voluntário Ano: 2012 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição:

VUNESP Nível: Fundamental)

É característica do regime totalitário nazi-fascista:

a) o nacionalismo extremado.

b) a defesa dos ideais comunistas.

c) a liberdade de expressão.

d) a existência de vários partidos.

21) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2014 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

Analise a imagem a seguir, referente ao período da 2.ª Guerra Mundial (1939-1945).

Uma pedra na estrada 23-10-1942 Stalingrado (Belmonte. Caricatura através dos tempos. São Paulo:

Melhoramentos, 1982)

Considerando o contexto da guerra, assinale a alternativa que melhor expressa o significado da

imagem.

a) Expressa a resistência da população de Stalingrado em aderir ao nazismo, conforme o restante

do país já havia feito.

b) Demonstra a habilidade do exército nazista alemão em remover os obstáculos que impediam seu

avanço.

c) Trata-se da negativa do governo soviético em assinar o acordo de não agressão à Alemanha

nazista.

d) Trata-se de uma sátira às funções subalternas exercidas por Hitler durante a 1.ª Guerra Mundial

(1914-1918).

e) É uma referência à batalha de Stalingrado, a primeira grande derrota do exército da Alemanha

nazista.

22) (Aluno Oficial – PM - VUNESP- 2012) Logo após a Segunda Guerra Mundial, formou-se a

Organização das Nações Unidas (ONU). Um dos mais importantes órgãos da ONU é o seu Conselho

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de Segurança, que conta com cinco membros permanentes com poder de veto: os EUA, a França, a

Inglaterra, a China e a Rússia. A ausência de Japão e Alemanha como membros permanentes do

Conselho de Segurança pode ser explicada, entre outros motivos, pelo fato de

a) se oporem às políticas de pacificação empreendidas pela ONU.

b) terem sido países derrotados na Segunda Guerra Mundial.

c) responsabilizarem a ONU pela crise econômica atual.

d) terem sido os maiores protagonistas da Guerra Fria.

e) se declararem favoráveis à Liga das Nações, antecessora da ONU.

23) (Aluno Oficial – PM - VUNESP- 2012)

O eixo Berlim-Roma, a aliança da Alemanha nazista e da Itália fascista, foi constituído em Berlim no

dia 25 de outubro de 1936, com a assinatura de um tratado de amizade entre os dois países. Na

época, a Alemanha e a Itália estavam internacionalmente isoladas. (Deutsche Welle.

http://www.dw.de/dw/article/0,,310513,00.html)

O isolamento internacional alemão estava relacionado à

a) defesa intransigente que a Alemanha nazista fazia dos direitos individuais, sendo rechaçada por

outros países.

b) pressão francesa sofrida por Hitler para perseguir judeus e ciganos, até então bem vistos no

nazismo.

c) neutralidade declarada pela Alemanha na guerra civil espanhola, enquanto a França lutava pelo

nacionalista Franco.

d) tentativa da Alemanha nazista de defender a soberania da Polônia, ameaçada pela Inglaterra.

e) política externa agressiva de Hitler e ao expansionismo militarista alemão, fundado no princípio

do “espaço vital”.

24) ( Cargo: Auxiliar de Oficiais da Polícia Militar Ano: 2015 Órgão: Polícia Militar/SP

Instituição: VUNESP Nível: Médio). Observe a foto da construção do “muro da vergonha”.

Em 1989, os alemães derrubaram a barreira física que dividia a cidade de Berlim. A construção do

Muro de Berlim está relacionada, diretamente,

a) ao revanchismo alemão após a Primeira Guerra Mundial, devido ao Tratado de Versalhes.

b) às conquistas militares nazistas, que anexaram territórios soviéticos e norte-americanos.

c) à bipolarização da ordem internacional entre capitalismo e socialismo, na Guerra Fria.

d) às diferenças econômicas dentro da Europa, que geraram a Segunda Guerra Mundial.

e) aos conflitos ideológicos durante a unificação política da Alemanha, liderada pela Prússia.

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25)(SERVIÇO AUXILIAR VOLUNTÁRIO PM SP VUNESP 2011) (...) um conflito ideológico, político

e econômico marcado pelos antagonismos e hostilidades entre dois blocos: o de países capitalista

liderados pelos Estados Unidos, e o de países socialistas, conduzidos pela União Soviética. Cada

bloco contava com o apoio de vários países, articulados entre si em virtude de ajuda financeira e

militar.

(Cabrini, Catelli, Montellato. História temática: o mundo dos cidadãos)

O trecho trata

a) do aparecimento das ideias socialistas.

b) dos antecedentes da Revolução Francesa.

c) da ascensão do totalitarismo nazifascista.

d) dos motivos da Segunda Guerra Mundial.

e) do período conhecido como Guerra Fria.

26) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2014 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

A partir do final da 2.ª Guerra Mundial (1945), o mundo viveu o fenômeno da Guerra Fria. O

fundamento desta oposição, que opôs Estados Unidos e União Soviética, foi

a) o rompimento entre o governo comunista chinês, de orientação maoísta, e o governo socialista

soviético.

b) o confronto ideológico, político e econômico entre blocos representantes dos sistemas capitalista

e socialista.

c) a recusa da União Soviética em investir em armamentos, inviabilizando a corrida armamentista

contra os Estados Unidos.

d) o alto nível tecnológico dos soviéticos, responsáveis por um programa espacial que levou o

homem à superfície da lua.

e) a interferência do governo norte-americano na política interna de países do sudeste asiático,

como o Vietnam.

27) (Cargo: Soldado - 2ª Classe Ano: 2013 Órgão: Polícia Militar/SP Instituição: VUNESP Nível:

Médio)

Os dois lados viram-se comprometidos com uma insana corrida armamentista para a mútua

destruição. Os dois também se viram comprometidos com o que o presidente em fim de mandato,

Eisenhower, chamou de “complexo industrial-militar”, ou seja, o crescimento cada vez maior de

homens e recursos que viviam da preparação da guerra. Mais do que nunca, esse era um interesse

estabelecido em tempos de paz estável entre as potências. Como era de se esperar, os dois

complexos industrial-militares eram estimulados por seus governos a usar sua capacidade

excedente para atrair e armar aliados e clientes, e conquistar lucrativos mercados de exportação,

enquanto reservavam apenas para si os armamentos mais atualizados e, claro, suas armas nucleares.

(Eric Hobsbawm. Era dos extremos – O breve século XX – 1914-1991.São Paulo: Cia. das Letras, 1995,

p. 233. Adaptado)

O historiador refere-se à situação da política internacional que resultou, em grande medida, da

Segunda Guerra Mundial, e que pode ser definida como a

a) democratização do uso de armas nucleares, o que tornou possível o seu emprego por pequenos

grupos de guerrilheiros.

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b) existência de equilíbrio nuclear entre as maiores potências, somada à grande corrida

armamentista.

c) expansão da ideologia da paz armada, que estimulou as potências a equiparem os países pobres

com armas nucleares.

d) predominância de uma potência nuclear em escala global, que interfere militarmente nos países

subdesenvolvidos.

e) formação de uma associação internacional de potências nucleares, que garantiu uma paz

duradoura entre os países.

28)(SERVIÇO AUXILIAR VOLUNTÁRIO PM SP VUNESP 2011) (...) um conflito ideológico, político

e econômico marcado pelos antagonismos e hostilidades entre dois blocos: o de países capitalista

liderados pelos Estados Unidos, e o de países socialistas, conduzidos pela União Soviética. Cada

bloco contava com o apoio de vários países, articulados entre si em virtude de ajuda financeira e

militar.

(Cabrini, Catelli, Montellato. História temática: o mundo dos cidadãos)

O trecho trata

a) do aparecimento das ideias socialistas.

b) dos antecedentes da Revolução Francesa.

c) da ascensão do totalitarismo nazifascista.

d) dos motivos da Segunda Guerra Mundial.

e) do período conhecido como Guerra Fria.

29) (Soldado PM de 2a Classe VUNESP-2014) “[...] o sistema da Guerra Fria é altamente funcional

para as superpotências, e é por isso que ele persiste, apesar da probabilidade de mútua aniquilação

[...]” (Noam Chomsky, “Armas estratégicas, Guerra Fria e Terceiro Mundo”, in E. Thompson,

Exterminismo e Guerra Fria) Tendo por base o texto apresentado, assinale a alternativa correta a

respeito da Guerra Fria.

a) Teve início no nazi fascismo durante a Segunda Guerra Mundial, o que explica sua permanência.

b) Foi usada pelos EUA e pela antiga URSS como meio de valorizar sua superioridade militar em

relação a outros países.

c) Ficou assim conhecida por envolver interesses exclusivos dos países do hemisfério Norte, mesmo

durante a Globalização.

d) Colocou em confronto direto a Alemanha e a Inglaterra por um período de mais de 20 anos.

e) Atingiu o seu momento mais intenso com a extinção da OTAN e o início da Guerra da Coreia.