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SUMÁRIO Boletim nº 0. Junho 2010 O primeiro passo Editorial Apresentamos o boletim número 0 da Cooperação Espanhola em Angola, com ânimo de que se converta num instrumento para a socialização da informação entre os diferentes actores, parceiros governamentais e não governamentais da Cooperação Espanhola. A AECID é uma Entidade de Direito Público adscrita ao Ministério dos Assuntos Exteriores e de Cooperação através da Secretaria de Estado de Cooperação Internacional (SECI). É igualmente um organismo de gestão da política espa- nhola de cooperação internacional para o desenvolvimento. O seu principal objectivo é o fomento, a gestão e a execução das políticas públicas de coope- ração internacional para o desenvolvimento, a luta contra a pobreza e a conse- cução de um desenvolvimento humano sustentável nos países em desenvolvi- mento, particularmente dos recolhidos no seu Plano Director vigente a cada quatro anos. A luta contra a pobreza é o objectivo final da política espanhola de cooperação internacional para o desenvolvimento. Esta é parte da acção exterior do Estado e está baseada numa concepção independente e solidária da sociedade inter- nacional. Em Angola, a Cooperação Espanhola trabalha há 21 anos de maneira ininter- rupta e com um forte compromisso com o Governo de Angola e a sociedade civil, para com o desenvolvimento humano e sustentável de Angola. São duas décadas de intervenção nos mais diversos sectores, em contexto de guerra e de pós-guerra (post emergência) até estar neste momento num esta- do de desenvolvimento, no qual estamos muito gratos por continuar a cooperar com Angola. Este estado de desenvolvimento fez-nos concentrar a nossa cooperação prin- cipalmente em dois sectores, governabilidade democrática e desenvolvimento rural. Isto implica que estamos comprometidos em perseguir, junto com o Governo e a sociedade civil, os objectivos específicos de fortalecer a segurança pública, promoção da justiça e dos direitos humanos, apoiar a organização da sociedade civil e a participação das populações, com especial ênfase no empoderamento da mulher, apoiar a institucionalidade democrática territorial e o fortalecimento das entidades locais, o fomento aos sistemas de produção sustentáveis e pequenos produtores nas províncias de Malange, Huambo e Bié. Também está a ser promovida a investigação científica e tecnológica agro- alimentar, silvicultura e meio rural em matéria de desenvolvimento. A AECID utiliza diferentes vias para canalizar a sua ajuda ao desenvolvimento, que no caso concreto de Angola, focaliza-se em programas de cooperação através de subvenções bilaterais, subvenções a ONG espanholas e nacionais e a programas de organismos multilaterais de desenvolvimento. Sobre tudo isso e muitas outras questões tentaremos dar breves pinceladas com este Boletim COOPERANDO Espanha - Angola. Josep V Josep V icent Puig i Gómez icent Puig i Gómez Coordenador Geral da Cooperação Espanhola em Coordenador Geral da Cooperação Espanhola em Angola Angola Editorial O primeiro passo pág-1 Cooperação Bilateral Ministério do Interior de Angola mais fortalecido pág-2 MAT melhora instituições públicas Cooperação Inter-Universitária Angola e Espanha reforçam parceria na área da formação superior pág-3 Projectos garantem segurança ali- mentar Organismos Multilaterais UNICEF felicita Governo Espanhol pág-4 Província do Huambo recebe apoio para o desenvolvimento rural ONG Damba-Maria tem projecto de desenvolvimento sustentável pág-5 IEPALA aposta na educação e no for- talecimento da sociedade civil pág-6

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SUMÁRIO

Boletim nº 0. Junho 2010

O primeiro passoEditorial

Apresentamos o boletim número 0 da Cooperação Espanhola em Angola, comânimo de que se converta num instrumento para a socialização da informaçãoentre os diferentes actores, parceiros governamentais e não governamentais daCooperação Espanhola. A AECID é uma Entidade de Direito Público adscrita ao Ministério dos AssuntosExteriores e de Cooperação através da Secretaria de Estado de CooperaçãoInternacional (SECI). É igualmente um organismo de gestão da política espa-nhola de cooperação internacional para o desenvolvimento. O seu principalobjectivo é o fomento, a gestão e a execução das políticas públicas de coope-ração internacional para o desenvolvimento, a luta contra a pobreza e a conse-cução de um desenvolvimento humano sustentável nos países em desenvolvi-mento, particularmente dos recolhidos no seu Plano Director vigente a cadaquatro anos. A luta contra a pobreza é o objectivo final da política espanhola de cooperaçãointernacional para o desenvolvimento. Esta é parte da acção exterior do Estadoe está baseada numa concepção independente e solidária da sociedade inter-nacional.Em Angola, a Cooperação Espanhola trabalha há 21 anos de maneira ininter-rupta e com um forte compromisso com o Governo de Angola e a sociedadecivil, para com o desenvolvimento humano e sustentável de Angola. São duas décadas de intervenção nos mais diversos sectores, em contexto deguerra e de pós-guerra (post emergência) até estar neste momento num esta-do de desenvolvimento, no qual estamos muito gratos por continuar a cooperarcom Angola.Este estado de desenvolvimento fez-nos concentrar a nossa cooperação prin-cipalmente em dois sectores, governabilidade democrática e desenvolvimentorural. Isto implica que estamos comprometidos em perseguir, junto com oGoverno e a sociedade civil, os objectivos específicos de fortalecer a segurançapública, promoção da justiça e dos direitos humanos, apoiar a organização dasociedade civil e a participação das populações, com especial ênfase noempoderamento da mulher, apoiar a institucionalidade democrática territorial eo fortalecimento das entidades locais, o fomento aos sistemas de produçãosustentáveis e pequenos produtores nas províncias de Malange, Huambo eBié. Também está a ser promovida a investigação científica e tecnológica agro-alimentar, silvicultura e meio rural em matéria de desenvolvimento.A AECID utiliza diferentes vias para canalizar a sua ajuda ao desenvolvimento,que no caso concreto de Angola, focaliza-se em programas de cooperaçãoatravés de subvenções bilaterais, subvenções a ONG espanholas e nacionaise a programas de organismos multilaterais de desenvolvimento.Sobre tudo isso e muitas outras questões tentaremos dar breves pinceladascom este Boletim COOPERANDO Espanha - Angola.

Josep VJosep Vicent Puig i Gómezicent Puig i GómezCoordenador Geral da Cooperação Espanhola em Coordenador Geral da Cooperação Espanhola em AngolaAngola

EditorialO primeiro passo

pág-1

Cooperação BilateralMinistério do Interior de Angola mais

fortalecido

pág-2

MAT melhora instituições públicas

Cooperação Inter-UniversitáriaAngola e Espanha reforçam parceria

na área da formação superior

pág-3

Projectos garantem segurança ali-

mentar

Organismos Multilaterais UNICEF felicita Governo Espanhol

pág-4

Província do Huambo recebe apoio

para o desenvolvimento rural

ONGDamba-Maria tem projecto

de desenvolvimento sustentável

pág-5

IEPALA aposta na educação e no for-

talecimento da sociedade civil

pág-6

ilateralBooperaçãoC

2 Boletim nº 0. Junho 2010

O Ministério do Interior desenvolveactualmente dois projectos financiadospela Cooperação Espanhola. Um consis-te no fortalecimento das capacidades daPolícia Nacional e o outro na reforma daadministração penitenciária do país.O acordo de cooperação entre os gover-nos de Angola e Espanha vai permitirque as instituições espanholas, tendo emconta as suas experiências, ajudem asnacionais a implementarem, nos próxi-mos quatro anos, as estratégias de refor-ma e de melhoria dos serviços que pres-tam à população.

Os dois projectos fazem parte do Progra-ma de Segurança da Cidadania e Di-reitos Humanos que a Cooperação Es-panhola desenvolve nas províncias deHuambo, Bié e Malanje, visando aumen-tar as competências dos funcionários doMinistério do Interior e fazer com que elesprestem um melhor serviço aos cida-dãos, respeitem e promovam cada vezmais os Direitos Humanos.A cooperação entre Angola e Espanharemonta a 1991, quando foi desenvolvidoo primeiro projecto de fortalecimento doMinistério do Interior.

Ministério do Interior de Angola mais fortalecido

MAT melhorainstituições públicas

Programa de Segurança Cidadania e Direitos Humanos

A melhoria do funcionamento das Instituiçõespúblicas locais é, em síntese, o principal objecti-vo do Projecto de Fortalecimento Institucional doInstituto de Formação da Administração Local(IFAL), que o Ministério da Administração do Ter-ritório desenvolve com apoio da Cooperação Es-panhola. Para que o objectivo se concretize no período dequatro anos, tal como foi acordado no ano pas-sado, a equipa de técnica pretende melhorar osistema de funcionamento descentalizado,reforçar as competências das instituições locais,principalmente da província do Bié, e fortaleceras capacidades de planeamento e de gestão. A equipa técnica, constituída por membros daCooperação Espanhola, quer também dar conti-nuidade à produção do Manual do Administradorpara servir de documento de consulta e facilitar odesempenho das funções dos administradoreslocais e suas respectivas equipas técnicas. Para melhorar a organização ao administraçãointerna do IFAL, a equipa técnica vai promovercursos de informática para os funcionários, paraque possam criar um banco de dados.Há ainda a perspectiva de se criar um centro dedocumentação especializado, para apoiar os fun-cionários da administração local em pesquisassobre gestão pública e autárquica.

O Programa de Segurança da Cidadaniae Direitos Humanos contribui para o for-talecimento de instituições públicas e dasociedade civil, garantindo apoio aossistemas de formação, selecção e deeducação moral e cívica; ao fortaleci-mento das capacidades dos funcionáriospúblicos para desenvolver a função deprevenção e controlo dos delitos violen-tos; à promoção e protecção dos direi-tos humanos (civis, políticos, económi-cos, sociais e culturais), em especial àdefesa dos direitos à alimentação e àágua potável, como Direitos Universais. De igual modo, o Programa prevê oapoio à elaboração de estratégias nacio-nais, provinciais e municipais para ga-rantir a segurança alimentar e nutricionalem Angola; aos programas específicosda população desmobilizada; às organi-zações da sociedade civil que pro-

movem e protegem os direitos Humanosem Angola e ao suporte à melhoria dosmecanismos que garantam os Direitosde propriedade comunais. As organizações da sociedade civil an-golana, como agentes de transformação,são também parceiros principais do Pro-grama de Segurança da Cidadania e Di-reitos Humanos. A Cooperação Espanhola considera im-prescindível a participação dos agentesda sociedade civil no processo de defini-ção de políticas a nível nacional, provin-cial e municipal para que as mudançasque se introduzam no marco legislativoangolano contem com o apoio dos cida-dãos, que são os utentes dos serviçospúblicos.O Programa apoia aquelas iniciativasque visam fomentar a presença de orga-nizações da sociedade civil nos conse-

lhos de auscultação, como no ConselhoConsultivo para a Segurança Alimentar eNutricional e nas conferências nacio-nais, provinciais e municipais de DireitosHumanos. As ONG espanholas queactuam em Angola e os organismos in-ternacionais são o terceiro grupo de par-ceiros do Programa.

Boletim nº 0. Junho 2010 3

Projectos garantem segurança alimentarQuatro projectos que visam o fortalecimento institucional,facilitar o acesso aos recursos naturais, apoiar pequenosagricultores e à elaboração de estratégias nacionais deSegurança Alimentar e Nutricional estão a ser im-plementados em Angola pela Organização das NaçõesUnidas para Alimentação e Agricultura (FAO), com financia-mento da Cooperação Espanhola. Com estes projectos, a Cooperação Espanhola concretizao objectivo de apoiar as acções do governo angolano quegarantem a segurança alimentar, o desenvolvimento rurale, consequentemente, o combate à fome e à pobreza.A aliança entre a Fao e Cooperação Espanhola manifesta-se também na liderança conjunta da Mesa de Coordena-ção de Doadores de Segurança Alimentar e Desenvolvi-mento Rural, na qual participam os principais países e insti-tuições que financiam e implementam projectos nestaárea.

O Governo de Espanha foi feli-citado pela UNICEF pela impor-tante contribuição que deu paraa redução da morbi-mortalidadematerno-infantil na província daHuíla e pelo seu compromissoem alcançar resultados-chave eduradouros para jovens mu-

lheres angolanas. A UNICEF pretende continuar a colaborar com oGoverno Espanhol em outras intervenções neces-sárias. Esta organização das Nações Unidas para a Infân-cia assegura ao Governo Espanhol que vai con-tinuar a se esforçar para garantir que todas as con-tribuições recebidas serão destinadas à melhoriadas condições básicas em caso de aumentar oacesso ao saneamento e melhorar as condições hi-giénicas das populações vulneráveis.Até 2013, a UNICEF, a nível dos sectores da saú-de, água e educação, pretende aumentar o acessoigual aos serviços sociais integrados de qualidadeem todo o território nacional, face aos Objectivos deDesenvolvimento do Milénio. Este projecto vai be-neficiar directamente habitantes dos municípios deCaconda, Caluquembe, Lubango e Matala. O UNICEF conta com a colaboração do Governoda província da Huíla, direcções provinciais deEnergia e Água, Saúde, Educação e ReinserçãoSocial, administrações municipais, ONG Care Inter-nacional, Fundo de Apoio Social(FAS) e do Ministé-rio do Ambiente, através da Unidade Técnica Na-cional de Saneamento Ambiental.

UNICEF felicita Governo Espanhol

ultilateraisMrganismosO

Província do Huambo recebe apoio para o desenvolvimento ruralA Cooperação Espanhola disponibilizou 900 mil euros à Organização Internacional dasMigrações (OIM) para implementar um projecto de segurança alimentar e desenvol-vimento rural na província do Huambo. Este projecto, que será implementado até 2011, prevê a distribuição de sementes àspopulações dos municípios do Bailundo, Mundo, Caála, Ekunha, particularmente aos ex-deslocados e refugiados e aos antigos combatentes, e a capacitação dos agriculorese suas famílias sobre boas práticas agrícolas que permitam a segurança alimentar e odesenvolvimento rural. Estes conhecimentos também estão a ser transmitidos aos estu-dantes das escolas de campo para agricultores, por técnicos do projecto. A OIM contribui ainda nas províncias do Moxico, Bié e Cunene, para o Programa Con-junto para Segurança Alimentar e Nutricional em Angola. Este programa, com duraçãoaté 2012, conta com a intervenção da UNICEF, FAO, PNUD e da OMS e com o financia-mento da Cooperação Espanhola no valor de 4.000.000 USD. A Cooperação Espanhola também disponibilizou verbas à OIM, UNICEF, PNUD e à OITpara apoiar o Programa Conjunto de Água e Saneamento das Zonas Peri-urbanas dasprovíncias de Luanda e do Moxico. A UNICEF e o PNUD trabalham com a OIM na im-plementação deste programa.

4 Boletim nº 0. Junho 2010

ONG Musol e ADRA complementam acções de reforço das capacidades institucionaisAs acções de reforço das capacidades ins-titucionais e de apoio ao processo de des-centralização e desenvolvimento local dossectores prioritários para a luta contra po-breza e as desigualdades sociais, desen-volvidas pela Cooperação Espanhola e go-verno angolano a nível da província doHuambo, têm também o apoio da ONGMusol. Dada a sua natureza, a ONG conta comequipas especializadas no âmbito da des-concentração e descentralização adminis-trativa e com pessoal tecnicamente qua-lificado para garantir uma boa gestão dosprojectos. De igual modo, tem pessoal té-cnico contratado e sócios da base socialque garantem qualidade e valor acres-centado às acções de desenvolvimentotanto em Angola como em Espanha. AMusol integra ainda pessoal expatriado etem escritórios baseadas na província doHuambo. Especificamente, compete à Musol fazer o

acompanhamento e supervisão da execu-ção técnica e financeira dos projectos, ad-ministrar os fundos e bens adquiridos pelaorganização, avaliar os projectos, prestarassistência técnica às metodologias e es-tratégias da Cooperação Espanhola,apoiar o pessoal das organizações locaispara uma boa gestão dos projectos, fo-mentar o intercâmbio entre os técnicos es-panhóis e angolanos e, por último, tratarda coordenação geral e interinstitucionalentre a AECID, outras ONG e outrosactores espanhóis e internacionais rele-vantes. A ONG Musol executa também com aADRA(Acção para o Desenvolvimento Ru-ral e Ambiente) projectos de apoio institu-cional nos municípios do Bailundo e Càala,financiado pela AECID, por meio do qualse pretende apoiar a implementação domarco legal inerente aos processos dedescentralização e desconcentração admi-nistrativa a nível dos dois municípios.

A Cooperação Espanhola trabalha com asONG Musol e ADRA ao abrigo de um acor-do assinado em 2009 para fortalecer demaneira integral todas as áreas da admi-nistração local do Estado a nível dos doismunicípios e das comunas.

A Cooperação Espanhola vai continuar aapoiar, nos próximos anos, a formação dequadros de nível superior nos sectoresagro-alimentar e da silvicultura, no âmbitodo acordo bilateral de Cooperação Técni-co-Científica e Cultural entre os Governosde Angola e Espanha.De igual modo, a Cooperação Espanhola,através do Instituto de Saúde Pública e deOftalmologia Aplicada (IOBA) das Universi-dades Carlos III de Madrid e de Valladolid,garante apoio à Faculdade de Medicina daUniversidade Agostinho Neto e ao InstitutoOftalmológico Nacional de Angola (IONA),para o fortalecimento das competênciasdocentes e de investigação na área dasaúde. O acordo bilateral de cooperação técnico-científica e cultural entre os Governos deAngola e de Espanha, assinado em 2005,prioriza as instituições de ensino universitá-rio. Como resultado da cooperação, a Faculda-

de de Ciências Agrárias do Huambo, criou,em 2009, a licenciatura em Silvicultura,com o apoio técnico e científico da Univer-sidade de Córdoba. A Faculdade de Me-dicina Veterinária, também no Huambo, foiremodelada e desenvolveu o mestrado emAgro-indústria, com o apoio da Universi-dade Autónoma de Barcelona. Ainda no âmbito da cooperação, as esco-las superiores de engenheiros agrónomosdas Universidades Politécnicas de Valênciae de Madrid prestam assistência técnica aocentro de investigação para transformaçãode alimentos na mesma província. Para a Cooperação Espanhola e o Gover-no Angolano o fortalecimiento institucionalnas áreas da ciência, tecnologia e a in-vestigação é chave para o desenvolvimen-to de sectores produtivos, como o da agri-cultura, que contribui de modo significati-vo para o bem-estar socioeconómico daspopulações. O acordo de cooperação bila-teral termina em 2012.

Angola e Espanha reforçam parceria na área da formação superior

ooperaçãoC nter-universitáriaI

NGO

NGO

A Fundação CEAR – Habitáfrica, no quadrode um convénio com a Cooperação Espa-nhola, executa na comuna da Damba-Ma-ria, na provincia de Benguela, um projectode desenvolvimento humano sustentável,que visa garantir habitabilidade básica,desenvolvimento económico local, fortale-cimento institucional e a participação doscidadãos na vida da sociedade. Através do convénio, a Fundação vai defi-nir meios para melhorar o abastecimentode água e saneamento básico na comunada Damba-Maria, para garantir qualidadede vida dos habitantes e os índices de mor-bilidade e mortalidade.Para realizar o trabalho na área de orde-nação urbana e infraestruturas básicas, aFundação vai potenciar as actividades ge-radoras de rendimentos e o mercado local,através da cooperativa de pescadores daDamba-Maria.Esta actividade, será complementada coma formação sobre gestão de micro-créditos,com a participação de artesãos e outrosprofissionais.A CEAR – HabiÁfrica, presente em Angoladesde 1999, é uma ONG cuja missão écombater o desenraizamento e mitigar ascausas e consequências da migração for-çada de populações vulneráveis ou emrisco de exclusão em Africa. Esta tarefa éconcretizada por meio da promoção deassentamentos humanos estáveis, sus-tentáveis, seguros e produtivos e doacompanhamento das dinâmicas de desen-volvimento.

CEAR colabora num projecto de desenvolvimento em Damba-Maria

5Boletim nº 0. Junho 2010

RESCATE trabalha para sustentabilidade agro-pecuária

Os habitantes do municipio do Cuemba, da provincia do Bié, estão abeneficiar desde Agosto de 2008 de um projecto que visa a sus-tentabilidade agro-pecuária e educação na localidade.

O projecto implementado pela associação Rescate em parceria com aCaritas de Angola, esta a ser financiado pela Cooperação Espanhola.Em Novembro do ano passado, a Cooperação Espanhola financiou um outroprojecto no mesmo município para melhorar de saúde da população.A RESCATE, com apoio dos mesmos parceiros, identifica um futuro con-vénio ligado à segurança alimentar, saúde, género e à governabilidadedemocrática. A RESCATE é uma associação espanhola, apartidária e laica, que trabalhadesde 1960 a favor dos refugiados e desprezados, com especial atenção àscrianças e mulheres.A sua missão é trabalhar para os refugiados e as comunidades vítimas deopressão, conflitos armados e grandes crises políticas e sociais, ajudando-os a encontrar uma solução durardoura para a suas situações e facilitando-lhes o acesso aos direitos fundamentais.A missão e actividades da RESCATE fundamentam-se nos valores de soli-daridade, responsabilidade, respeito, dignidade, igualdade, justiça e fomen-to da paz.No desempenho das suas actividades, a RESCATE seguia por princípios detransparência e de boas-práticas e estão comprometidos com um processode melhoria contínua.

Cruz Vermelha Espanhola através da CruzVermelha Angolana implementa um Con-vénio de 3 anos e meio nas províncias doBié e Benguela. O objectivo deste projectofinanciado pela AECID é melhorar osingressos de pessoas vulneráveis dascidades e bairros do Lobito e Kuito; e tam-bém dos camponeses de Kuito, Kamacupay Kunhinga.

Cruz Vermelha no âmbito urbano e rural

Há dez anos em Angola, o Conselho Inter-Hospitalar de Cooperação (CIC)apoia acções de melhoria das condições das instituições sanitárias, a for-mação e dos recursos humanos da área da saúde. O CIC desenvolve particularmente o projecto de capacitação de cirurgiõespediátricos, anestesistas e enfermeiros do bloco operatório do HospitalPediátrico “David Bernardino”, em Luanda.Na mesma unidade hospitalar, o CIC implementa o projecto de especiali-zação de enfermagem pediátrica e de melhoria da qualidade assistencial. Está ainda em curso o projecto de formação de parteiras e enfermeiras dasala de partos e neonatologia do Hospital Municipal do Kilamba-Kiaxi. Osortopedistas e cirurgiões recebem também formação sobre o manuseamen-to do doente ortopédico.

CIC ajuda instituições sanitárias

6 Boletim nº 0. Junho 2010

NGO

OTC AngolaRua: Presidente Marien Ngouabi nº 118

Tel: +244 - 222 356747 - 222 355540Fax: +244 222 352874

[email protected]

Na área da saúde, actua também a Organização Medicos Del Mundo, presente emAngola desde 1993. Neste momento executa dois convénios nas províncias deLuanda e Benguela, financiados pela AECID.O projecto que está a ser desenvolvido em Luanda, no município de Cacuaco,consiste no apoio institucional à RMS (Repartição Municipal da Saúde) e à DPSL(Direcção Provincial da Saúde de Luanda) relativamente à atenção primária desaúde e à saúde sexual e reprodutiva, com objectivo principal de reduzir a taxa demorbi-mortalidade materno-infantil no município.Este trabalho centra-se no apoio comunitário, prestado por 15 comités de saúdeprimária e saúde sexual e reprodutiva, que realizam acções de educação para asaúde junto das populações.Em Benguela, o convénio visa reforçar o trabalho da DPS(Direcção Provincial paraa Saúde) sobre prevenção do VIH/Sida em toda a província, feito pelo centros deatenção e testagem voluntária. Os dois convénios terminam no mês de Novembrodo ano em curso.

JyD com projecto de alfabetização

Médicos do Mundo dão atenção especialà saúde primária, sexual e reprodutiva

Projectos relacionados com alfabetização, formação académica e profissionalestão a ser executados nas provincias de Luanda e Benguela pela Fundação“Juventude e Desenvolvimento”, em colaboração com a AECID.Nas provincias do Moxico, Kuanza-Norte e Sul, Cabinda e Bengo, a Fundaçãotambém está presente com os mesmos projectos e outros na área de formaçãode profesores, política educativa, gestão administrativa, serviços e instalaçõeseducativas direccionados a jovens e adultos.A “Juventude e Desenvolvimento” trabalha sem fins lucrativos com o movimen-to associativo “Salesianos de Dom Bosco”. Nasceu como associação “Jovensdo Terceiro Mundo” em 1988 e transformou-se em fundação no ano 2000. Noano passado completou o 20 anos de existencia, tendo iniciado uma nova etapacom o nome “Fundação Jovens e Desenvolvimento”.

Medicus Mundi trabalha em AngolaMedicus Mundi em Angola está representada desde 1991 por uma das suasassociações, a Medicus Mundi Catalunya, que desenvolve projectos na área dasaúde principalmente na província de Luanda, concretamente no município deViana, em parceria com as autoridades locais.Actualmente, a Medicus Mundi Catalunya apoia três projectos: O de Prevençãodo VIH/SIDA, financiado pelo PNUD-FG, o de Fortalecimento da Rede dosAgentes Comunitários de Saúde das comunas do Calumbo e Zango, financiadopela OMS e o projecto de Incremento do Acesso e Qualidade dos CuidadosPrimários de Saúde. Este último projecto, financiando pela CooperaçãoEspanhola, vai beneficiar a área rural. No âmbito do fortalecimento do acesso da população aos cuidados primários desaúde, a Medicus Mundi Catalunya deverá estar ligada a um outro projecto na

província do Bié.

A Fundação IEPALA faz parte do leque de ou-tras organizações que recebem o apoio daAECID para o desenvolvimento de projectosque beneficiam a população angolana. Um dos projectos está ligado a conclusão dasegunda fase da Escola de Formação deProfessores na província de Malanje visandocontribuir para a melhoria da educação, e ooutro tem como objectivo o fortalecimento dasociedade civil e do governo local para melho-rar a prestação de serviços à comunidade, aeficiência e eficácia das administrações públi-cas a nível comunal e municipal.A experiência da Fundação IEPALA no traba-

lho com a sociedade civil e no desenvolvimen-to de programas e projectos favoreceu o con-vénio com a Cooperação Espanhola, parafinanciamento do processo de descentralizaçãona província de Malanje e contribuir para o for-talecimento da sociedade civil, na mesmaprovíncia, incidindo especificamente na partici-pação das mulheres. A Cooperação Espanhola e a IEPALA preten-dem reforçar as capacidades das mulheres dasadministrações comunais, municipais e dasorganizações da sociedade civil e potenciar opapel da mulher no processo de descentraliza-ção, mediante o fomento da sua participaçãono âmbito social e político. É também intenção das duas organizaçõesmelhorar o funcionamento dos canais eespaços de participação e interacção entre aadministração local e a sociedade civil e, poroutro lado, facilitar os espaços de reflexão eboas práticas de governabilidade que podemser exportados pelo próprio governo angolanopara outros municípios.

IEPALA aposta na educação e no fortalecimento da sociedade civil