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1 - Osteoporose e seus impactos na saúde e qualidade de vida

2 - Processo de formação da osteoporose: estrutura e remodelação óssea

3 - A função do Cálcio, Vitamina D, Magnésio e Vitamina K na mineralização óssea

4 - A suplementação com CalMagD e seus benefícios clínicos

5 - Considerações Finais

6 - Referências Bibliográficas

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SumárioSumário

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A osteoporose é uma doença que apresenta importante influência na saúde pública devido a sua alta

prevalência populacional e seus devastadores efeitos físicos e psicossociais (LANZILLOTTI, 2003). Segundo

a Organização Mundial da Saúde, constitui o segundo maior problema de assistência sanitária do mundo

ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares (OMS, 2000).

Atualmente, nos Estados Unidos, estima-se que cerca de 10 milhões de pessoas estejam afetadas pela

doença e até 2025 esse valor aumentará para 14 milhões (NAHUM, 2018). Em uma perspectiva global, já

atingiu cerca de um quarto da população mundial, afetando então 220 milhões de pessoas (REGINSTER,

1999). Trata-se de uma doença crônica que, assim como as demais, se manifesta principalmente durante

o processo de envelhecimento e considerando as mudanças que ocorrerão na pirâmide populacional do

Brasil entre 2017 e 2050, na qual a população brasileira se encontrará envelhecida, estima-se que 9 milhões

de fraturas osteoporóticas ocorram por ano, o que equivale a uma fratura a cada 3,5 segundos (SHU, 2018).

A osteoporose é classificada como uma doença esquelética sistêmica que provoca a redução da

massa óssea e a deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a uma fragilidade mecânica

e ocasionando maiores riscos de quebra e fratura dos ossos (BINDA, 2017). Grande parte dessas fraturas

podem produzir mudanças esqueléticas, como deformações ou diminuição da estatura (ALBUQUERQUE,

2005). É uma doença que causa intensa dor, invalidez e incapacidade devido as deformidades que provoca,

afetando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos e em casos mais graves pode levar a morte

(DALLANEZI, 2011).

As fraturas localizadas no quadril podem reduzir o tempo de vida em até 36% para homens e 21% para

mulheres, nas fraturas de colo de fêmur ocorre a morte nos primeiros 6 meses e em pacientes psiquiátricos,

a taxa de mortalidade chega a 50% após a fratura (NIGHTINGALE, 2001).

O diagnóstico da doença é baseado na densidade mineral óssea (DMO) determinada a partir da

quantidade de minerais existentes no osso. Essa quantidade de mineral pode ser influenciada por

muitos fatores, como hereditariedade, etnia, idade avançada, sexo, deficiência hormonal, composição

corporal, inatividade física, consumo de álcool, tabagismo e baixa ingestão de nutrientes específicos para a

manutenção dos ossos, como cálcio, magnésio e vitamina D (SANTOS, 2018; FRAZÃO, 2006). Além disso, o

pico de massa óssea, também influenciará na quantidade de cálcio que será mantida ou perdida no osso.

Explicando melhor este conceito, o pico de massa óssea é a quantidade máxima de cálcio acumulada no

organismo, desde o momento do nascimento até a fase adulta do indivíduo. Quanto maior for o cálcio

acumulado, menor será o prejuízo causado pela desmineralização ao longo dos anos (BRANDÃO, 1999).

Ainda não se sabe em qual faixa etária é iniciado o processo de perda óssea, mas a estimativa é que

seja entre os 40 a 50 anos, em homens e mulheres, porém no sexo feminino esse processo é muito mais

intenso, pois além da menopausa, a mulher também possui menor DMO que os homens. No período

entre os 40 anos e a menopausa, a perda da massa óssea na mulher é de aproximadamente 0,3 a 0,5% por

ano. No período de pós-menopausa, essa perda se intensifica, chegando a atingir 2 a 3% ao ano (LUCASIN,

1994). No Brasil, em 2000, a osteoporose acometeu 35 a 52% da população feminina com mais de 50

anos, com isso 20 a cada 100 mulheres no climatério foram portadoras de distúrbios osteometabólicos

(CARVALHO, 2004).

1. Osteoporose e seus impactos na saúde e qualidade de vida

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Figura 1 – Hematopoiese

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O diagnóstico da doença é baseado na densidade mineral óssea (DMO) determinada a partir da quantidade de minerais existentes no osso. Essa quantidade de mineral pode ser infl uenciada por muitos fatores, como hereditariedade, etnia, idade avançada, sexo, defi ciência hormonal, composição corporal, inatividade física, consumo de álcool, tabagismo e baixa ingestão de nutrientes específi cos para a manutenção dos ossos, como cálcio, magnésio e vitamina D (SANTOS, 2018; FRAZÃO, 2006).

O tecido ósseo é formado por células, minerais e matriz orgânica. As células são os osteoblastos e

osteoclastos, os minerais são cálcio e fósforo e a matriz orgânica entende-se por proteínas colágenas e

não-colágenas. Existem dois tipos de osso, o cortical e o trabecular. O trabecular está presente nos ossos

da pélvis, crânio, vértebras e porção ultradistal do rádio, e apresenta metabolismo acelerado, estando mais

suscetível as perdas de massa óssea (VAN DER SLUIS, 2001).

A osteopenia e osteoporose são processos decorrentes de uma desordem na remodelação óssea. Essa

remodelação é o sistema de reparo e reforma pelo qual os ossos do esqueleto adulto são constantemente

submetidos para que haja a manutenção da integridade do tecido ósseo (KHAN, 2001; RODOMINSKI, 2004).

O processo de remodelação consiste, basicamente, na retirada do osso mineralizado posteriormente

substituído por osteóides mineralizados (HILL, 1998). O mediador desse processo é o osteócito. A cada

mil dias, aproximadamente, os osteócitos iniciam sua apoptose (morte celular programada) e produzem

sinalizadores para as células mesenquimais pluripotentes formarem osteoblastos. Os osteoblastos, por sua

vez, produzem o fator RANK que são sinalizadores para células hematopoiéticas formarem osteoclastos

e estes reabsorverem o tecido ósseo, formando as lacunas de Howship. Com as lacunas formadas, os

2. Processo de formação da osteoporose: estrutura e remodelação óssea

Fonte: Premaor, M. O (2016). Nutrição e saúde óssea: a importância do cálcio, fósforo, magnésio e proteínas.

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osteoblastos agem no preenchimento das mesmas, com a matriz proteica e fi nalmente, com cristais de

hidroxiapatita que são fosfatos de cálcio cristalino, representando 99% do cálcio corporal e 80% do fósforo

total. Assim acontece o processo de remodelação óssea (MARCHIGIANO, 1997; COSTA-PAIVA, 2003; JACKMAN,

1997; CADORE, 2005; ALONSO, 2018).

Observe que os osteoclastos são as células que fazem o “desgaste” do osso para que este seja reparado

pelos osteoblastos. Havendo qualquer alteração desse sistema, com o aumento quantitativo de osteoclastos

em relação ao dos osteoblastos, haverá então uma pobre formação de tecido ósseo, podendo resultar em

osteopenia e no próximo estágio ser classifi cado como osteoporose (MUNDY, 1995; AMADEI, 2006).

A prevenção e/ou tratamento da osteoporose consiste em diminuir a atividade dos osteoclastos e aumentar os osteoblastos. A adoção da atividade física regular, suplementação de Cálcio + Calcitriol (Vit D3) auxiliam no aumento dos osteoblastos.(Souza,2010)

A osteopenia e osteoporose se diferenciam pela intensidade do desgaste da massa óssea. Quando

há perdas mais brandas da massa óssea que não são renovadas ou tratadas, se caracteriza osteopenia,

signifi cando aproximadamente 30% do tecido ósseo perdido. Em um estágio posterior, quando este tecido

não é reparado, a perda de massa óssea é acentuada caracterizando a osteoporose, com mais de 30 a

40% do tecido ósseo danifi cado. Como qualquer doença em seu estágio inicial, o prognóstico é melhor

se o tratamento for aderido logo após o diagnóstico, portanto, as chances de recuperação em indivíduos

com osteopenia são maiores e as chances de não desenvolver a doença com a suplementação preventiva

são maiores ainda.

Nutrientes-chave na prevenção e tratamento da Osteoporose:

Cálcio

Magnésio

Vitamina D

Vitamina K

A nutrição é um dos fatores mais importantes para a manutenção da massa óssea, assim como para a prevenção e tratamento da osteoporose. Um consumo adequado de cálcio, vitamina D, magnésio e vitamina K retirados dos alimentos e de fontes suplementares, colaboram para a obtenção do pico máximo de massa óssea e diminuição da perda mineral durante o passar dos anos (HO, 2004). Estudos mostram que a associação desses nutrientes reduz signifi cativamente a perda óssea, além de proporcionar benefícios adicionais, como o fortalecimento muscular e das articulações, pelo uso da vitamina D e magnésio, que também diminuem os riscos de grandes fraturas (KHAJURIA, 2011; RUSSO, 2001).

Cálcio e Vitamina D3O cálcio, assim como a vitamina D, é um dos nutrientes mais pesquisados em relação à saúde óssea.

3. A função do Cálcio, Vitamina D, Magnésio e Vitamina K na mineralização óssea

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Estudos demonstram que adequadas taxas de ambos os nutrientes no organismo podem atenuar a perda de massa óssea relacionada a idade, reduzindo os riscos de fraturas em homens e mulheres com mais de 65 anos de idade (SIDDIQUE, 2017).

O cálcio, juntamente com o fosfato, participa dos cristais de hidroxiapatita, que são moléculas que compõem o principal depósito mineral do esqueleto, dando resistência mecânica ao osso e representando 65% da composição do tecido ósseo. Além de sua importante função de mineralização do osso, o cálcio atua na coagulação sanguínea, na secreção de hormônios e neurotransmissores, na aderência celular e na contração muscular, principalmente do miocárdio (KHAN, 2001).

Ele pode ser ingerido através dos alimentos, como sardinhas, vegetais de folhas escuras, feijão, leites e derivados, porém, nem sempre a quantidade ingerida, significa quantidade absorvida. A absorção dos nutrientes de uma refeição pode ser influenciada positiva e negativamente por muitos fatores e a composição de cada refeição é um dos principais determinantes da utilização dos nutrientes nela contidos (COELHO, 1995; CAMPOS, 2003).

Um estudo realizado por Bringel, et al (2014) analisou que a ingestão de cálcio proveniente da dieta alimentar tende a ser diminuída gradualmente conforme o avançar da idade. Ao longo de quatro anos analisaram a ingestão alimentar de homens e mulheres e observaram que, aproximadamente, 27% dos entrevistados tiveram uma acentuada queda na ingestão de cálcio alimentar, fazendo com que o consumo do nutriente estivesse sempre abaixo do recomendado.

A homeostase do cálcio ocorre a partir de fatores como a ingestão dietética, absorção intestinal, excreção urinária e depósito no esqueleto. Considera-se a forma absorvível da vitamina D o principal responsável pela boa absorção intestinal do cálcio (SILVA, 2004).

No intestino, o cálcio é absorvido pela via paracelular e transcelular. A paracelular depende da quantidade de cálcio presente no bolo alimentar, da velocidade de digestão e do pH. Já a via transcelular, depende somente da calbinidina, que é sintetizada pela vitamina D. Todo o cálcio presente no sangue é filtrado pelos glomérulos renais tendo sua maior parte reabsorvida pelos túbulos. Diariamente, parte dele (100 a 300mg) é eliminada pelo organismo através da urina, o que resulta na necessidade de reposição (BEDANI, 2005)

Mais importante que garantir a ingestão do cálcio é estabelecer o grau de biodisponibilidade do cálcio ingerido. Muitas formas do cálcio são encontradas em suplementos e alimentos, porém cada um com suas especificidades, como conveniência, custo, palatabilidade, compatibilidade com os alimentos que serão misturados, solubilidade, absorção, entre outras (SMITH, 1987).

De todas as formas do cálcio, em quesito absorção, a que mais se destaca na indústria é o citrato malato de cálcio. É o mais usado na composição de alimentos enriquecidos e suplementos alimentares, pois é formado a partir da reação entre cálcio, ácido cítrico e ácido málico, resultando na maior biodisponibilidade do nutriente, garantindo a melhor absorção e maior eficácia quando comparada as outras formas mais comuns de cálcio, como o carbonato ou o encontrado em leites e derivados (THOMAS, 2008).

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Além da alta biodisponibidade, o citrato malato de cálcio possui outros importantes benefícios, como a redução de efeitos gastrintestinais indesejáveis (flatulência, diåstensão abdominal, constipação e calcemia),e não apresenta interações fármaco-nutriente e/ou nutriente-nutriente. (Smith,1987)

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Para que a absorção do cálcio seja atingida, a participação da vitamina D é necessária. Ela é a precursora do metabólito ativo colecalciferol (vitamina D3), considerada um hormônio esteroide essencial para o crescimento, desenvolvimento e manutenção do tecido musculoesquelético, além de receber outras funções incríveis no corpo humano (SILVA, 2008).

Para que seja transformada, a vitamina D é sintetizada na pele, a partir dos raios ultravioletas, entra na circulação e sofre hidroxilações sequenciais no fígado e depois no rim, se tornando então a vitamina D3. É de extrema importância para a homeostase do cálcio pela sua ligação com os receptores de vitamina D (VDR) nos tecidos alvos, como intestino, ossos, dentes, rins e glândula paratireoide. A vitamina D3 então estimula a absorção do cálcio no intestino, regula sua reabsorção e formação no tecido ósseo e controla a reabsorção nos túbulos renais (YAZBEK, 2008; KUNG, 1998).

Um estudo recente relatou bons resultados da suplementação de cálcio associado a vitamina D como forma de prevenção da osteopenia em mulheres no período pós menopausa. O estudo contemplou um período de sete anos, nomeado como WHI CaD Study – Women’s Heath Initiative Calcium/Vitamin D Supplementation Study e envolveu 38.282 mulheres na pós menopausa. Um grupo foi submetido a ingestão diária de 1000mg de cálcio e 400 UI de vitamina D, enquanto o outro grupo recebeu apenas placebo. O resultado da pesquisa foi exatamente o esperado. Observou-se que o grupo de mulheres que recebeu placebo não obteve alterações quanto a densidade mineral óssea, enquanto o grupo que recebeu suplementação de cálcio e vitamina D apresentou DMO significativamente maior que o grupo placebo (RADOMINSKI, 2017).

Bringel, et al, analisaram os fatores de risco

para osteoporose, avaliaram a ingestão de cálcio e os níveis séricos de vitamina D e observaram que muitos precisariam de doses individualizadas dos nutrientes para que a recomendação diária fosse alcançada. Nesse caso, os indivíduos do sexo masculino apresentaram menores valores séricos de cálcio e vitamina D e esses valores foram associados a maior incidência de fraturas osteoporóticas por consequência da menor densidade mineral óssea, proporcional a idade e aos níveis séricos dos nutrientes (BRINGEL, 2014).

A utilização adjuvante de suplementos contendo associação de cálcio e vitamina D para reduzir os riscos de fraturas em pacientes idosos com osteoporose é muito citada pelos pesquisadores. Nota-se que a utilização da vitamina D sozinha como forma de suplementação para este fim é ineficaz, assim como a utilização isolada de cálcio. Entretanto, um amento em relação a densidade mineral óssea pode ser apontado quando há aumento da ingestão de cálcio com associação de vitamina D, reduzindo assim os riscos de fraturas osteoporóticas. Este fato é comprovado em um estudo que usou a comparação da DMO em idosos para analisar os efeitos significativos atribuídos a suplementação associada dos nutrientes. Como esperado, o grupo de idosos que recebeu a suplementação diariamente apresentou aumento significativo em comparação ao grupo controle (SIDDIQUE, 2017).

MagnésioOutro fator indispensável para a absorção,

metabolização e estoque de cálcio no tecido ósseo é o magnésio. Ele desempenha um papel estrutural muito importante para os ossos, pois estimula o hormônio calcitocina, que transporta o cálcio do sangue para o osso, reprime o paratormônio, responsável pela desmineralização óssea e participa do processo de formação da vitamina D em sua forma ativa. Além disso, apresenta papel

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fundamental em diversas reações biológicas, como o metabolismo de macronutrientes, integridade da membrana celular, contração muscular e transmissões de impulsos nervosos (DECHENT, 2012; AMORIN, 2008).

No organismo, a quantidade encontrada de magnésio é de aproximadamente 25g e desses, quase 65% está localizada no tecido ósseo, 26% nos músculos e o resto em outros tecidos. É o segundo cátion mais abundante no meio intracelular. Em relação á saúde óssea, o magnésio trabalha na formação e manutenção dos ossos, sendo considerado um antagonista natural do cálcio. Participa da composição mineral óssea, assim como os cristais de hidroxiapatita e atua nas trocas de minerais entre ossos e tecidos (PREMAOR, 2016).

Muitos autores concordam que baixos níveis de magnésio no sangue podem indicar alto risco de desenvolvimento de osteoporose. O estudo realizado por teve o objetivo de determinar a correlação entre a DMO e as concentrações séricas de marcadores de risco para a doença, incluindo o magnésio. O estudou contou com a participação de 132 mulheres com osteoporose pós-menopausa e 81 mulheres no grupo controle, composto de mulheres no pós-menopausa sem osteoporose. O estudo comprovou que as concentrações séricas de magnésio eram significativamente maiores nas mulheres que não apresentavam osteoporose (MEDERLE, 2018).

Vitamina K2A vitamina K2, menaquinona, é uma das

formas mais abundantes da vitamina K no tecido não hepático. No osso, existem três proteínas que são dependentes da presença da vitamina K2 para que haja carboxilação, a osteocalcina, proteína GLA da matriz e proteína S. A osteocalcina é uma das proteínas não colágenas mais abundantes no osso. Ela é secretada pela matriz extracelular, através de uma sinalização dos osteoblastos, se ligando aos cristais de hidroxiapatita essa ligação é dependente da carboxilação das três proteínas,

porém a carboxilação só ocorrerá na presença de vitamina k2 (MYNENI, 2017).

A vitamina K2 orienta a absorção do cálcio para fortalecimento ósseo, gerando um aumento da massa óssea e reduzindo os riscos de fraturas osteoporóticas. Sua deficiência pode reduzir a densidade mineral óssea e elevar os riscos de desenvolvimento de osteoporose e fraturas. Além disso, a vitamina K2 também tem função de reduzir as placas de cálcio que se acumulam nas artérias, sendo indispensável para a prevenção de doenças cardiovasculares (MORAIS, 2007; HUANG, 2014).

É considerada a única forma biodisponivel da vitamina K, com a meia vida longa na corrente sanguínea, após a ingestão oral, o que significa que a efetividade dos benefícios proporcionados por essa vitamina são maiores, como a melhora da saúde vascular e o aumento simultâneo da densidade mineral óssea. Como já se sabe, com o envelhecimento do organismo, algumas funções fisiológicas são comprometidas, sendo assim, há uma menor incorporação do cálcio aos ossos e consequentemente maior acúmulo nas artérias, podendo causar endurecimento e bloqueio, e aumentar as chances de desenvolvimento de doenças cardiovasculares (ADAMS, 2005).

A vitamina K2 age em diversos órgãos do corpo garantindo que as proteínas vitais dependentes dela exerçam suas funções. A reação com maior grau de dependência da vitamina K2 é a carboxilação. Dentro dos ossos, a vitamina K2 mantem o funcionamento adequado da osteocalcina através da carboxilação. A osteocalcina é uma proteína secretada pelos osteoblastos, portanto é indispensável para a remodelação óssea. Ela tem a capacidade de fixar o cálcio da circulação ao osso, promovendo a mineralização óssea. Uma vez que a osteocalcina não sofre carboxilação, ela é inativada e não exerce sua função de fixação do cálcio, aumentando a calcemia e diminuindo a DMO. Portanto, a vitamina K2 também é considerada importante fator de proteção ao desenvolvimento da osteoporose

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(BERKNER, 2004).Estudos in vitro realizados em células ósseas

comprovaram que a vitamina K2 promove a proliferação de células estaminais da medula óssea (BMSC), estimula a diferenciação de osteoblastos, inibe a diferenciação de adipócitos e protege os osteoblastos da apoptose. Esse aumento de osteoblastos resulta na formação de mais osteócitos, maior ocupação lacunar e redução da porosidade do osso cortical. Portanto, os estudos sugerem que a vitamina K2 regula as células ósseas direta ou indiretamente, com efeito anabólico no osso (MYNENI, 2017).

A recomendação diária de ingestão de vitamina

K é de 90 mcg para mulheres e 120 mcg para homens. Um estudo realizado com 241 pacientes com osteoporoses acompanhou o tratamento realizado com suplementação de vitamina K2 a 45 mcg por dia juntamente com cálcio. Os pacientes que tiveram suplementação dos dois nutrientes associados mantiveram a densidade mineral óssea, enquanto os pacientes que receberam apenas cálcio e placebo apresentaram perda de 2,5% da DMO da lombar. Além disso, outro estudo randomizado mostrou que a suplementação de vitamina K2 a 180 mcg por dia pode reduz a desmineralização óssea relacionada a idade (SCHWALFENBERG, 2017).

Os estudos sugerem que a vitamina K2, tem dentre outros efeitos, a regulação das células ósseas direta ou indiretamente , com efeito anabólico no osso. (Myneni, 2017)

O Humalin CalMagD ® é um suplemento nutricional, em cápsulas, desenvolvido com a finalidade

de oferecer maiores quantidades de cálcio, magnésio, vitamina D3 e vitamina K2 além das quais já são

ingeridas diariamente pela alimentação, porém muitas vezes insuficientes, principalmente quando o corpo

se prepara para iniciar o seu processo de envelhecimento ou já encontra-se em processos patológicos.

Ele desempenha um importante papel na prevenção do desenvolvimento de osteopatias e osteoporose,

auxiliando na saúde de ossos e dentes, e diminuindo os riscos de quedas e fraturas.

O Humalin CalMagD ® é composto pela associação biodisponível dos principais nutrientes envolvidos

na remodelação do tecido ósseo, como o citrato malato de cálcio, colecalciferol, menaquinona e magnésio.

A biodisponibilidade influencia positivamente na absorção intestinal desses nutrientes, garantindo a

efetividade de seus benefícios para a saúde óssea. Além disso, apresenta-se sob forma de comprimidos

revestidos, proporcionando maior absorção dos nutrientes. Com a presença de citrato malato de cálcio

em sua composição, além de apresentar absorção facilitada, o Humalin CalmagD ® não oferece os riscos

de efeitos colaterais, como náuseas, distensão abdominal e flatulência, causados pela ingestão de outras

formas de cálcio, garantindo mais saúde e bem estar aos consumidores.

4. Suplementação com Humalin CalMagD®

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SUGESTÃO DE CONSUMO: Consumir 2 (dois) comprimidos ao dia, ou conforme orientação do médico e/ou nutricionista. APRESENTAÇÃO: 60 comprimidos revestidos. INGREDIENTES: Citrato malato de cálcio, bisglicinato de magnésio, menaquinona - 7, colecalciferol, (estabilizantes) celulose microcristalina e croscarmelose sódica, (lubrifi cante) estearato de magnésio, (antiumectante) dióxido de silício. Revestimento: (veículo) polietilenoglicol, (estabilizantes) hidroxipropilmetilcelulose e hidroxipropilcelulose, (corante) dióxido de titânio.

NÃO CONTÉM GLÚTEN. ALÉRGICOS: CONTÉM DERIVADOS DE PEIXE E PODE CONTER DERIVADOS DE AMENDOIM, SOJA E CRUSTÁCEOS (KRILL).

5. Considerações Finais

A osteoporose é uma doença esquelética sistêmica provocada pela diminuição acentuada da massa óssea e pela deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, levando a uma fragilidade mecânica e ocasionando maiores riscos de queda e fraturas. Segundo a Organização Mundial da Saúde é o segundo maior problema de assistência sanitária do mundo, depois das doenças cardiovasculares. Mundialmente já atingiu cerca de um quarto da população, o que corresponde a 220 milhões de pessoas afetadas.

Essa doença é resultado de um desequilíbrio no sistema de remodelação óssea, processo que ocorre periodicamente para que haja a troca mineral do tecido ósseo. A remodelação consiste na retirada do osso mineralizado posteriormente substituído por osteóides mineralizados. Quando há a desmineralização, cristais de hidroxiapatita são depositados nas lacunas, fazendo novamente a mineralização desse osso. Esses cristais são fosfatos de cálcio cristalino que representam 99% do cálcio corporal e 80% do fosfato total. O processo de remodelação é intermediado pelos osteocitos e osteoblastos, que fazem a desmineralização e o depósito de cristais no tecido ósseo, respectivamente. Se houver qualquer alteração desse sistema, com o aumento quantitativo de osteoclastos em relação a dos osteoblastos, haverá então uma pobre formação de tecido ósseo, podendo resultar em osteopenia e posteriormente em osteoporose, com a perda superior

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a 40% da massa óssea. Para reverter ou prevenir a osteoporose, a associação de nutrientes específicos participantes do processo de mineralização é usada na forma de suplementação alimentar. Esses nutrientes são cálcio, magnésio, vitamina D3 e vitamina K2, presentes, em sua forma biodisponível e em comprimidos revestidos, no Humalin CalmagD ®, um suplemento desenvolvido para a prevenção e tratamento da osteoporose, visando o fornecimento da saúde óssea durante o processo de envelhecimento.

1. ADAMS, J. et al. Vitamin K in the treatment and prevention of osteoporosis and arterial calcification. Am J Health-Syst Pharm, v. 62. Agosto, 2005.

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6. Referências Bibliográficas

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