suíte granítica rio pien: um arco magmático do proterozóico superior na microplaca curitiba

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Description in brazil portuguese of the granitic magmatic art at Pien city, south of Curitiba Brazil.

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Page 1: Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Microplaca Curitiba
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Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico

Superior na Microplaca CuritibaSeminário apresentado pela disciplina de Mapeamento de

Graduação. Discutindo o texto publicado em Geochimica Brasiliensis, volume

VII, número 2, em Julho de 1993.Texto original: A. Machiavelli, M.A.S. Basei, O. Siga Jr.

Apresentação: Roberto Cambruzzi Curitiba 2009

Page 3: Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior na Microplaca Curitiba

Introdução• Em 1975, Hasui e outros, denominaram de “Maciço Mediano de

Joinville” os terrenos granulito-migmatíticos que ocorrem entre os cinturões de dobramento Apiaí e o de Tijucas.

• Estudos posteriores feitos por Basei. Dividiu o Maciço em 3 domínios geológico-geotectônicos:

• Domínio Costeiro, Domínio Meridional e Domínio Setentrional. (Basei, 1988)

• Em 1992, Basei re-denomina esses domínios pelos nomes: • Cinturão Granitóide Costeiro, Microplaca Luiz Alves e Microplaca

Curitiba, respectivamente. Sugere tambem abandonar o termo “Maciço Mediano de Joinville”(Figura 1).

• O trabalho apresentado neste seminário, realizado por (Machiavelli et al. 1993) teve como objetivo caracterizar evolução de granitóides deformados de Piên, PR .

• Caracteriza tambem ambiente de origem e relações com terrenos adjacentes.

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Geologia Regional• A Microplaca Curitiba, composta principalmente por gnaisse bandado

migmatítico. Com mesossoma de biotita-anfibólio gnaisse e leucossoma de composição tonalito-granodiorítica.

• Na borda meridional dessa placa ocorrem ocorrem granitóides deformados: granodioritos, biotita monzogranitos e hornblenda-quartzo monzodioritos que constituem a Suíte Granítica Rio Pien (Figura 2).

• A Microplaca Luiz Alves, composta principalmente por gnaisse granulítico bandado à maciço de composição tonalito-granodiorítica. Possui evolução complexa cujo ultimo evento de formação situa-se no ciclo Transamazônico. (Basei, 1985).

• O Cinturão Granitóide costeiro, composto por granitos cálcio-alcalinos com matriz grossa e fenocristais centimétricos de microclínio contem tambem biotita, anfibólio titanita.

• O principal represetante desse cinturão é o Batólito de Paranaguá de idade Brasiliana (Basei et al. , 1990).

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Sobre a Suíte Granítica Rio Piên• Apresenta Granitóides heterogeneamente deformados e de

composição variada, de intermediária à ácida e evidência de metamorfismo associado a deformação cisalhante.

• Foi dividida em dois grupos de granitóides: os Granitóides Sudeste e os Granitóides Noroeste.

• Segundo o diagrama QAP de Streckiesen (1976) a Suíte é composta por quartzo monzodioritos, quartzo monzonitos, granodioritos e monzogranitos. Esse diagrama não há separação entre os granitódes Sudeste e Noroeste (Figura 3).

• Minerais acessórios desses granitódes: magnetita, titanita, zircão, apatita e allanita representando até 3 % da rocha.

• Granitóide Sudeste: plagioclásio (40 - 50%), quartzo (8 - 25%), K-feldspato (25 - 30%), hornblenda (2 - 7%) e biotita ( 2 – 5%).

• Granitóide Noroeste: plagioclásio (30 – 60%), quartzo (15 – 30%), K-feldspato (20 – 40%), hornblenda (3 – 10 %) e biotita (5 -10 %).

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Características estruturais• Principal feição é foliação gnáissica (Sn) caracterizada pela orientação

de quartzo, biotita, anfibólios e/ou feldspatos. Direção N43E/71NW.

• Há uma segunda foliação (Sn+1) tambem caracterizada pela orientação dos mesmos minerais que em (Sn). Direção N23E/66NW.

• Provavelmente, Sn desenvolveu em cisalhamento simples em condições dúcteis a rúpteis sendo a primeira fase de deformação.

• Provavelmente o cisalhamento de Sn+1 foi simples, porem em condições rúpteis. Sendo essa foliação menos intensa.

• Relações em superfícies Sc e Ss indicam transporte de NW para SE;

• O contato dos granitóides da Microplaca Curitiba com a Microplaca Luiz Alves é marcada por milonitos e protomilonitos e corpos de rochas básicas e ultrabásicas serpentinizadas.

• Sombras de pressão nos milonitos de atitude 50º/N60W sugere um cavalgamento para SE que colocou os granitóides deformados sobre o domínio granulítico da Microplaca Luiz Alves.

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Geoquímica

• Os dados foram obtidos por análise de absorção atômica, fluorescência de Raios X e espectrometria de plasma ICP.

• Os Diagramas de Harker (SiO2 X óxidos) acima foram selecionados para enfatizar que os granitóides deformados são dois conjuntos quimicamente distintos.

• As cruzes representam granitóides Noroeste, e círculos os Sudeste.

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Comparação Suite Rio Pien com outros arcos Magmáticos

• Diagrama SiO2 X log CaO/Na2O+K2O para suite Rio Pien. As linhas tracejadas indicam a separação dos campos cálcico, cálcico-alcalino e álcali-calcico. Adaptados da definição de Peacok (1931).

• A seta indica o sentido de incremento de maturidade do arco (distância do arco ao limite entre placas).

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Ambiente de formação

• Segundo este diagrama (Y + Nb) x Rb, todas as 11 amostras da Suíte Granítica rio Pien ficam contidas no campo dos granitos de arco vulcânico (VAG).

• As elipses representam a variação química de outros arcos:

• Chile Central CC

• Alaska AL

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Geocronologia• Foram feitas datações Rb-Sr, K-Ar, e U-Pb.

• A datação dos granulitos da Microplaca Luiz Alves, de São Bento do Sul, SC apresentam dispersão e alto MSWD (margem de erro). Indicam idade de 2100 ± 70 Ma e razão inicial Sr 87/86 de 0,7028.

• Mais á sul as idades Rb-Sr e U-Pb em zircão indicam uma idade entre 2800 e 2700 Ma, este o principal periodo de acreção.

• Na Microplaca Curitiba K-Ar em biotita indica 655±9 Ma, Brasiliano.

• Porem, próximo a São Bento K-Ar indica 1672±77 Ma e 1910 ± 47 Ma, relacionado ao resfriamento do ciclo Transamazônico.

• Quanto aos Granitóides o número reduzido de amostras compromete a análise, sendo que os pontos não estão alinhados ás isocronas.

• Com Rb-Sr rocha total, obteve-se a idade de 610±40 e uma razão Sr 87/86 de 0,704 no Granitóide Sudeste e 0,707 no Noroeste.

• U-PB em Zircão tambem apresentam dispersão. Mas intercepto inferior indica 715±30 Ma. K-Ar em Biotita indica 592 ±30 á 561 ± 15 Ma.

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Diagramas Isocrônicos

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Considerações Finais1. Há dois domínios geotectônicos, as Microplacas: Luiz Alves á sul e

Curitiba ao norte.

2. No contato destas, ocorrem granitóides de natureza cálcio alcalina.

3. A geoquímica indica um ambiente de arco vulcânico.

4. O arco vulcânico estaria sobre um “slab” com mergulho NW.

5. O granitóide Noroeste teria formado em ambiente mais evoluído que os granitóides Sudeste.

6. As rochas ultramáficas podem representar fundo de um oceano imbricado entre microplacas Curitiba e Luiz Alves.

7. Podem ser tambem xenólitos ou partes da microplaca Luiz Alves.

8. O contato entre as microplacas é marcado por uma faixa de milonitos e rochas ultrabásicas serpentinizadas.

9. Um metamorfismo afetou os granitóides em torno de 610 Ma, associado á cavalgamentos.

10. Conclui-se que a fase colisional ocorreu próximo à 610 Ma.

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Obrigado.• Referências e créditos pelas imagens:

• GEOCHIMICA BRASILIENSIS, volume VII, número 2, julho 2003 – Suíte Granítica Rio Pien: Um arco magmático do Proterozóico Superior Na Microplaca Curitiba; Machiavelli A. , Basei M.A.S. , SigaJr. O.

• Imagem ao fundo: Folha Geológica de Piên, 1969. 1:70.000.

• WERNICK E. – Rochas Magmáticas Conceitos fundamentais e classificação modal, química, termodinâmica e tectônica, São Paulo 2003.