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Subcultura política fundamentalista? - Breve reflexão sobre um conceito, uma prática e
uma crença
Daniel Rocha*
Resumo: A presente comunicação busca fazer uma breve reflexão sobre as relações que se estabeleceram entre religião e política no fundamentalismo protestante norte-americano. Inicialmente, buscar-se-á na história do protestantismo norte-americano da virada do século XIX para o XX as origens do conceito de fundamentalismo. Em seguida, refletir-se-á sobre como as questões políticas entraram na pauta de discussões do fundamentalismo norte-americano e como tais questões dialogavam com suas convicções religiosas. Por fim, baseando-se nas discussões anteriores, será analisada a possibilidade de se utilizar a ideia de uma subcultura política fundamentalista, uma subcultura política em permanente diálogo com a cultura política norte-americana, com o conservadorismo e com o imaginário milenarista.
Palavras-chave: Fundamentalismo. Culturas Políticas. Estados Unidos.
Abstract: This communication seeks to do a brief reflection about the established relationships between religion and politics in American Protestant fundamentalism. Initially, it will search in the American Protestantism’s history at the turn of the nineteenth century to the twentieth century the origins of the concept of fundamentalism. Then, a reflection on the relations between the fundamentalist religious beliefs and their role in American public sphere will be made. Finally, based on previous discussions, will be analyzed the possibility of using the idea of a fundamentalist political subculture, a subculture in a permanent political dialogue with the American political culture, with the conservatism and the millenarian imagery.
Keywords: Fundamentalism. Political Cultures. United States.
Buscando dar uma pequena contribuição para a análise das relações entre
fundamentalismo religioso e práticas políticas, a presente comunicação tem os seguintes
objetivos: 1) buscar na história norte-americana as raízes e o sentido original do conceito de
fundamentalismo; 2) analisar as relações entre os posicionamentos teológico-religiosos
fundamentalistas e suas práticas e engajamento nas questões políticas nos Estados Unidos; e,
3) por fim, baseando-se nas discussões anteriores, fazer uma breve reflexão sobre a
possibilidade de se trabalhar com a ideia de uma subcultura política fundamentalista, uma
subcultura política em permanente diálogo com a cultura política norte-americana, com o
conservadorismo e com as mitologias milenaristas.
* Doutorando em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Bolsista da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
Um conceito
O lócus de florescimento do que veio a se chamar de fundamentalismo são os Estados
Unidos da segunda metade do século XIX. Seu contexto de surgimento é marcado por grandes
transformações, entre as quais: o surgimento dos grandes centros urbanos; a experiência da
diversidade cultural, ideológica e religiosa trazida pelo grande fluxo de imigrantes; as
esperanças e conflitos do pós-Guerra de Secessão; a ainda viva herança iluminista da crença
no progresso e nas possibilidades da razão humana para construir um “mundo melhor”; e o
grande desenvolvimento científico, agora experimentado no dia a dia das grandes cidades, no
processo produtivo, nos novos “confortos” da vida urbana e, inclusive, na busca racional da
origem do ser humano - através das teorias darwinistas. Em meio a tal turbilhão, um número
cada vez maior de pessoas abandonava as crenças e ethos do protestantismo tradicional,
enquanto outros buscavam adaptá-las ao pensamento moderno (MARSDEN, 2001: 108).
A justificativa inicial dos primeiros passos do que viria a ser chamado de movimento
fundamentalista, na virada do século XIX para o século XX nos Estados Unidos, foi uma
suposta necessidade de reação da ortodoxia cristã contra as contestações que certas doutrinas
bíblicas começaram a sofrer a partir da utilização de métodos científicos na interpretação e
análise dos textos sagrados. O conflito que daria início às discussões sobre as questões em
torno das quais se uniriam os que viriam a ser chamados fundamentalistas ocorreu dentro dos
muros dos seminários e das cúpulas das igrejas protestantes, tendo como ponto de partida a
presbiteriana escola teológica de Princeton. Em síntese, contra o que os teólogos
conservadores da Escola de Princeton lutavam? O inimigo foi chamado por eles de
modernismo teológico (ou liberalismo teológico). Nesse período se começou a debater nos
seminários norte-americanos trabalhos de teólogos europeus que, dialogando com as teorias
científicas e as novas metodologias de pesquisa, buscaram compatibilizar os escritos bíblicos
com as novas descobertas da ciência. Abandonando os dogmas e a crença na ausência de erros
no texto bíblico, a chamada Alta Crítica passou a encarar a Bíblia como um livro comum e
passou a utilizar as técnicas de análise próprias da literatura e da análise das fontes. A
historicidade dos milagres e de vários episódios narrados no texto bíblico passou a ser
contestada e vieram a ser tratados numa perspectiva mitológica.
A Escola de Princeton buscou reafirmar algumas “verdades essenciais” que estavam
sendo questionadas pelos adeptos do método histórico-crítico de exegese, que já influenciava
vários professores nos seminários norte-americanos. Questões como a infalibilidade e
ausência de erros no texto bíblico; a imaculada concepção e o nascimento virginal de Cristo; a
morte expiatória na cruz; a ressurreição corporal de Jesus; e a realidade objetiva dos milagres
eram fatos que não estavam sujeitos a questionamentos de qualquer ordem. Tais ataques à sã
doutrina deveriam ser rechaçados e o “protestantismo liberal” poderia ser qualquer coisa
menos o cristianismo legítimo. Logo movimentos de reação ao modernismo teológico e em
defesa da inerrância do texto bíblico se alastraram pelas mais diferentes denominações
protestantes. Ao mesmo tempo, começaram a ocorrer encontros, como a Conferência Bíblica
de Niágara em 1878, de cristãos conservadores que empreendiam uma grande cruzada
nacional contra a proliferação de interpretações heterodoxas da Bíblia. Essas lideranças
conservadoras, “nesses encontros, cada vez mais concorridos, começaram a criar uma
identidade distinta e se conscientizaram de seu potencial como força independente”
(ARMSTRONG, 2009: 203). Estava lançada a semente do movimento fundamentalista.
Querer “enxergar” fundamentalismo antes disso é um anacronismo. Para uma análise
historiográfica coerente do fundamentalismo protestante norte-americano, a “exigência
metodológica” colocada por Koselleck (2006: 103) relativa à “obrigação de compreender os
conflitos sociais e políticos do passado por meio das delimitações conceituais e da
interpretação dos usos da linguagem feitos pelos contemporâneos de então” é essencial. Dessa
forma, buscando “tornar as proposições passadas mais precisas em seus termos próprios,
deixando mais claras as circunstâncias intencionais contemporâneas em que foram
formuladas” (JASMIN; FERES JÚNIOR, 2006: 23), uma definição razoável e historicamente
coerente de fundamentalismo pode ser assim enunciada: um movimento teológico/religioso
fruto de um processo histórico ocorrido dentro do protestantismo norte-americano em reação
ao liberalismo teológico e, também, ao processo de secularização e que se desenvolveu ao
longo do século XX, assumindo novas formas de atuação na esfera pública, em especial sobre
questões políticas e legais.
Uma prática
Embora tenha surgido em meio a discussões no campo da teologia, discussões essas
que, num primeiro momento, estariam confinadas a debates dentro dos seminários e das
direções das denominações protestantes, ficou claro, desde cedo, que a “cruzada”
fundamentalista teria um alcance bem menos limitado. A luta fundamentalista passou a ser
pensada como uma luta pela “alma da nação”.
Os mais diferenciados grupos sociais, políticos, etc., que compõem a sociedade norte-
americana estão sempre em diálogo com o “mito fundador” da cidade no alto da colina, de
uma sociedade sui generis, reino da democracia e da liberdade, e que tem uma missão
especial de espalhar tais valores por toda a face da terra, de servir de farol para as outras
nações que tateiam pelas trevas da tirania e do obscurantismo. De acordo com Mary A.
Junqueira (2003: 165), “logo após a Independência, em 1776, os norte-americanos
construíram um poderoso mito para a nação, a certeza de que eram um povo excepcional e
que haviam criado uma sociedade como nenhuma outra na face da terra”. E os elementos
religiosos e bíblicos presentes nessa concepção de “Povo Eleito”, de Nation under God, dos
norte-americanos são abraçados pelos fundamentalistas e colocados como base de uma
sociedade moralmente impoluta e que deveria ser um exemplo para o mundo.
O fundamentalismo via nas transformações da sociedade norte-americana da passagem
do século XIX para o século XX um triste processo, onde essa outrora nação escolhida por
Deus havia virado as costas para os valores sobre os quais fora construída. Embora seu
pessimismo característico, num primeiro momento, levasse os fundamentalistas a uma espécie
de isolamento cultural e apatia política, logo nova dinâmica se impôs: a deterioração dos
valores da nação não poderia ser assistida de braços cruzados. A religião deveria voltar à
pauta de prioridades do mundo moderno. Se tal mundo afirmava não precisar mais de Deus e
excluiu-o dos pilares “que ordenam a sociedade da economia à política, passando pela arte e
pela ciência, então, os movimentos fundamentalistas assumem a responsabilidade de falarem
de Deus, e em nome de Deus, na esfera política (mas não só)” (PACE; STEFANI, 2002: 146).
Ocorre um desenvolvimento do protesto sociocultural que o caracterizava em direção a uma
militância sociopolítica aguerrida.
A análise do desenvolvimento inicial do fundamentalismo e da realidade sócio-cultural
dos EUA do final do século XIX é fundamental para se perceber que o fundamentalismo só
pode ser realmente compreendido dentro do seu contexto de origem. É necessário lembrar que
ele não surgiu do nada: ele surgiu em diálogo e, muitas vezes, em oposição ao ambiente
sócio-cultural que o circundava. O que era realmente problemático para os fundamentalistas
era o fato de que “a civilização ocidental parecia ingressar numa era pós-cristã. (...) A
transformação cultural, (...) foi drástica, ubíqua e irresistível, sem poupar as atitudes perante a
religião” (GAY, 2009: 42). A sensação de vertigem despertou na aguçada religiosidade
protestante americana o temor de se perder uma herança cultural e religiosa que, muitos
criam, era a pedra fundamental da nação e a própria mensagem que tal nação teria de levar ao
mundo. Temia-se que a conseqüência dessas transformações seria o surgimento uma nação
degenerada na antes nação escolhida por Deus.
Uma crença
Apesar das porosas fronteiras entre fé e política no fundamentalismo, deve-se sempre
ter em mente que ele é, antes de tudo, um movimento religioso (MARSDEN, 2006). O
fundamentalismo não deve ser reduzido apenas às suas dimensões sociais e políticas. É
verdade que ele está em permanente diálogo com seu contexto e é por este influenciado e,
muitas vezes, transformado. Mas, para se entender o processo de politização do
fundamentalismo norte-americano, deve-se, anteriormente, compreender o papel das
convicções religiosas e teológicas na formação da sua identidade e de sua “autocompreensão”.
Nesse sentido, trabalharemos, na análise do fundamentalismo, com a noção de cultura
política, termo que vem sendo, cada vez mais, utilizado na historiografia como uma
ferramenta em pesquisas que se situam “na encruzilhada da história cultural e da história
política” (BERSTEIN, 1998: 359). Na perspectiva das culturas políticas, o estudo da atuação
e consciência política dos atores sociais na história passa a levar em conta, não apenas os
interesses pragmáticos, baseados em um cálculo racional, mas também crenças, valores,
mitos, tradições, etc. É nesse sentido que buscar-se-á analisar o fundamentalismo protestante
norte-americano como uma subcultura política distinta, na qual os grupos fundamentalistas
compartilham uma “visão comum do mundo”, uma “leitura partilhada do passado” e uma
“perspectiva idêntica de futuro” (BERSTEIN, 1998: 362-363). Uma subcultura que combina
elementos da cultura política nacional norte-americana, do conservadorismo político e,
especialmente, da tradição e das mitologias milenaristas.
As relações entre o fundamentalismo e a cultura política norte-americana já foram
abordadas na seção anterior. A ideia da cidade no alto da colina, o sentido de missão, o
exemplo dos Pais Fundadores, que buscavam construir uma nação alicerçada sobre os valores
bíblicos que seria um exemplo e um farol moral e, também, político (reino da liberdade e da
democracia) são elementos constantemente acionados pelos discursos fundamentalistas. A
necessidade de retorno aos valores sobre os quais a nação foi fundada é recorrente na retórica
fundamentalista. A fidelidade ou infidelidade dos norte-americanos a tais valores dão a tônica
ao “julgamento” dos fundamentalistas. Segundo Pocock (2004) os Estados Unidos possuem
uma cultura política marcada pelo momento “fundacional”. Nesse tipo de cultura, que busca
seus valores e sua identidade no momento fundante, há uma alternância entre um “período
litúrgico”, onde os princípios são observados e cultuados e, em momentos de apostasia
nacional, períodos marcados por um tipo de retórica, herdada dos puritanos, conhecida como
Jeremiad, “que tem como referência as admoestações do profeta Jeremias aos hebreus,
alertando para o desregramento moral em que viviam e a iminência da vingança divina”
(AZEVEDO, 2007: 28-29). Tal discurso é claro na retórica do que aqui optamos por chamar
de subcultura política fundamentalista. Sem dúvidas, o “apelo” para o retorno aos valores
fundamentais do evangelho se mistura ao discurso do retorno aos valores “fundacionais” da
nação.
Outra vinculação da subcultura fundamentalista que deve ser considerada é ao que se
poderia chamar de cultura política conservadora. Muito resumidamente, o conservadorismo
implica em uma adesão a certos valores e princípios que devem ser preservados contra toda
forma de pensamento ou conjuntura revolucionária. No discurso fundamentalista norte-
americano, frente a um mundo decadente e em crise fala-se da possibilidade de “restituir à
religião uma função de integração social como a que desempenhou no passado.” (PACE;
STEFANI, 2002: 18). E é importante observar que tal discurso tem sim um forte apelo. A
pregação de uma fonte de pura verdade, cujo sentido eterno independe de qualquer tipo de
mediação ou conjuntura, torna-se extremamente atraente em momentos de crises e
transformações. E quando se atesta que esta fonte de verdade eterna determina um modelo de
sociedade e de política - alicerçados na tradição, na família e na religião - a ser seguido, o
caminho para a mobilização política de cunho conservador parece inexorável.
Por fim, se se fala de um “imaginário milenarista” ou, arriscando um pouco, uma
“cultura política milenarista”, que seria uma das matrizes da subcultura política
fundamentalista, quais seriam, então, suas características? A crença no advento de uma
sociedade perfeita, justa e, portanto, definitiva, não é uma imagem exclusiva do pensamento
cristão, entretanto, foi a crença na implantação de um reino milenar, regido pela própria
divindade, portanto livre dos “pecados” característicos das administrações humanas (falhas e
corruptíveis), que impactou de maneira definitiva a sociedade ocidental. A fé em um período
futuro de paz, justiça e equidade (podendo ser um milênio figurativo ou literal), tendo à frente
um enviado ou representante divino (podendo ser, dependendo da linha interpretativa, o
próprio Cristo, um rei cristão, a Igreja, uma liderança carismática ou a própria comunidade
dos crentes) seria a marca principal das relações entre as crenças milenaristas e as questões
políticas.
Feitas essas considerações, o que se pode falar, então, em resumo de uma subcultura
política fundamentalista? Ela é marcada, antes de tudo, pela submissão (teológica, cultural,
social e política) a uma interpretação literal do texto bíblico e à aplicação de seus valores à
organização social e à prática política. A participação política, anteriormente colocada em
segundo plano, passou a ser vista como uma frente de batalha onde buscariam, pela influência
dentro do aparelho estatal “recristianizar” a sociedade. Influenciados por um imaginário
milenarista de uma sociedade perfeita, alicerçada nos valores da Palavra de Deus, os
fundamentalistas, evocando o sonho dos Pais Peregrinos da construção de uma nação fundada
sobre os princípios do Evangelho na América, buscam, através da ação política, resgatar tal
sociedade a partir do Estado e do ordenamento jurídico. A condenação da decadência moral
da sociedade é feita tendo por base a América Cristã almejada. Seus sazonais pessimismos ou
otimismos escatológicos (e nacionalistas) parecem se cambiar de acordo com a proximidade
ou distância da possibilidade de implantação de seu “reino milenar” na Terra: se, em alguns
momentos, eles se colocavam como profetas que decretavam a condenação do país que havia
virado as costas para Deus, em outros eles se comportavam como patriotas otimistas
(MARSDEN, 2006: 43).
Para finalizar, outra característica do pensamento fundamentalista, e que ajuda a
entender seus discursos e práticas políticas, é a sua visão maniqueísta do mundo. O mundo,
tanto real quanto o espiritual, é dividido entre antíteses, entre bem e mal. A subcultura política
fundamentalista, de certa forma como consequência da defesa intransigente da inerrância de
sua interpretação do texto bíblico e do modelo de sociedade que dele depreendem, se
caracteriza por uma postura exclusivista e, consequentemente, oposicionista em relação a tudo
o que não coadune com seus conceitos de verdade. Os fundamentalistas firmam-se em uma
lógica dualista, na qual eles representam o bem, o lado de Deus, enquanto o mundo
secularizado, que nega as eternas verdades divinas, é caracterizado como o mal, como
satânico.
Bibliografia
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