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Sub regiões e suas especificidades

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Page 1: Sub regiões e suas especificidades

Sub regiões e suas especificidades

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Nordeste• Grandes diferenças climáticas e da vegetação original • Diferenças geográficas e econômicas desenvolvidas

– Centros industriais voltados para a produção de petróleo, aço, substâncias químicas e pequenas tecelagens domésticas.

– Agricultura: desde usinas canavieiras, modernas explorações irrigadas à minifúndios familiares;

– No interior semi-árido: vazio, rústico,transporte animal, vestimentas de couro; No litoral úmido e turístico: metrópoles de milhões de habitantes: favelização, poluição do ar, congestionamento de trânsito etc.

• Região Nordeste é dividida em quatro sub-regiões: zona da mata, agreste, sertão e meio-norte

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Zona da Mata• Estreita faixa costeira que se estende do Rio Grande do Norte até o sul da

Bahia (200km)

• Clima tropical úmido com pluviosidade varia entre mil e 3 mil mm/ano, fato que permite o desenvolvimento de rios perenes e o surgimento da Floresta Atlântica

• Solos férteis e escuros, conhecidos como massapê, cobrem os vales dos rios

• Vários desses rios são temporários, pois suas nascentes localizam-se no interior do semi-árido

• Relevo ondulado com presença de falésias e dunas

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• Intensa urbanização e industrialização (RMF, RMR e RMS), com extração de petróleo e de sal marinho

• Cultivo de cana de açúcar e do cacau (no sudeste da Bahia), café, frutas fumo e lavoura de auto consumo

• Atividade turística extensa

• Região de grande desigualdade social pelo êxodo rural– Provocada pela relação com Centro-Sul

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• A Zona da Mata pode ser dividida em três áreas distintas:

1. ZONA DA MATA AÇUCAREIRAPeríodo Colonial, abrangia desde o Rio Grande do Norte até o norte da BahiaSe divide entre produção de açúcar e álcool (Al e PE) e atividades de pecuárias e de

produção de frutas

2. RECÔNCAVO BAIANOAbriga o Pólo Industrial e Petroquímico de Camaçari, que abriga importantes

indústrias petroquímicas e de outros setores, como o metalúrgico e o automobilístico

Se desenvolvem também atividades tradicionais, como a agricultura de subsistência, a pesca e a coleta de mariscos, entre outras

3. ZONA DA MATA CACAUEIRAProdutora e exportadora de cacau (fim de XIX – até 1970)Atualmente desenvolve a pecuária, a industrialização de polpa de frutas, a indústria de celulose, entre outras

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Agreste• Clima de subúmido a semi-árido (Seca - 7 a 9 meses)

• O Semi-Árido apresenta algumas ilhas de umidade – Planalto de Borborema (PE e PB), em chapadas e morros residuais

do Ceará e brejos

• Relevo - cristas e morros

• Solos pouco profundos e de baixa a média fertilidade

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• Pequena agricultura de baixa produtividade (policultura)

• A principal atividade econômica:– Mais secos é a pecuária extensiva– Mais úmidos é a agricultura de subsistência e a pecuária

leiteira

• Turismo, com grandes festas

• Núcleos urbanos de nível sub-regional– Feira do Santana, Campina Grande, Caruaru, Arcoverde e

Alagoinhas

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Sertão• Prevalece o clima semi-árido (Seca 10 meses) na sua parte

central, a subúmido (Seca de 7 a 9 meses) em suas bordas

• Pluviosidade varia entre 300 e 800 mm/ano no clima semi-árido e acima de 800mm no clima subúmido (chuvas torrenciais)

• Seu relevo é composto de superfícies de aplainamento, chapadas, planaltos e patamares

• Solos são pouco profundos e de baixa fertilidade (Mito)

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• Na prática, a seca decorre da extrema irregularidade de distribuição das chuvas

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• Estudos mais recentes, desenvolvidos pela EMBRAPA-COATSA, apontam para a existência de 172 unidades geoambientais, distribuídas em 20 unidades de paisagem

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• Tal diversidade de ambientes edafoclimáticos representa vantagens comparativas com reflexos sobre o processo produtivo:

• Frutíferas com produção de > teor de açúcar e < acidez; • Menor ocorrência de pragas; • Possibilidade de escalonar a produção/ano;• Disponibilidade de água de boa qualidade em pontos de

semi-árido; • Proximidade dos grandes mercados consumidores

(=~Chile)• Existência de forrageiras herbáceas e arbóreas tolerantes à

seca

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• Poucos centros urbanos importantes, sendo que os principais devem seu dinamismo a atividades como a irrigação – Crato e Juazeiro do Norte (CE), Petrolina e Juazeiro

(BA) e Mossoró (RN)

• Observam-se no Sertão cinco grandes sistemas naturais: a Depressão Sertaneja, a Chapada Diamantina, o Vão do São Francisco, os Patamares Interioranos e as Baixadas dos rios Jacaré e Salitre

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Meio Norte

• PI e MA

• Sub-região entre o Sertão semi-árido e a Amazônia equatorial

• pluviometria entre mil e 2500 mm/ano, rios perenes e grandes reservas de água subterrânea

• clima tropical, com chuvas intensas no verão

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• Absorção da mão-de-obra liberada durante os períodos mais críticos que afetam o Sertão e a regulação da oferta de alimentos.

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• Vale do Parnaíba é recoberto pela Mata dos Cocais, tornou-se espaço de extrativismo vegetal do óleo do babaçu e da cera da carnaúba.

• A atividade pecuarista foi a responsável pela fundação de Teresina

• Nas últimas décadas, vem ocorrendo a expansão da cultura de soja, destinadas à exportação

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Melquíades Pinto Paiva em “Nordeste: terra, mar e gente” faz um apanhado de todos os aspectos do território do Nordeste, desde os recursos hídricos até os minerais do solo e a população local

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Terra

• A partir do Pleistoceno (1 mi de anos) vêm se intensificando as condições de semiaridez no NE, agravadas com a ocorrência periódica de secas, agora conhecida por Polígono das Secas (63% NE – 11% BR)

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• A intervenção antrópica no NE quebrou o equilíbrio imposto pela interação das leis naturais:

Mais violentas e passageiras as cheias (sem cobertura vegetal) - aumentou o deflúvio superficial; e aumentou as erosões físicas e químicas do solo

Comportamento natural das águas do nordeste alterado com a construção dos açudes

Cada vez mais salgados

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Quatro perigos que ameaçam os açudes:

• Erosão nas bacias hidrográficas e conseqüentes assoreamentos das bacias hidráulicas;

• Salinização das águas;

• Perda de grandes quantidades d’água por infiltração e evaporação;

• Poluição das águas por agrotóxicos e descargas de esgotos.

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Açudes Açu - RN

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Açude Orós - CE

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Açude Castanhão - CE

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Açude comunitário

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A criação de açudes promoveu grandes mudanças no Nordeste

- Refúgios da vida selvagem/ Fim de migrações faunísticas

- Formação de microclimas- Manutenção de áreas verdes- Alteração da atividade sócio-econômica

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Regiões Naturais• Pela diversidade climática, a vegetação de caatinga varia

muito, desde o tipo florestal até arbustos espaçados, com solo raso e quase descobertos:

CaatingaCerradoSertãoSeridóAgresteSerras

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• As caatingas resultaram da degradação dos cerrados, após o ciclo de erosão do Cretáceo (65 mi anos), rebaixando as terras do Nordeste – em decorrência do recuo das águas marinhas e da intensificação das condições de semiaridez a partir do Pleistoceno (1 mi anos) e não ultrapassam 600m.

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• Os cerrados que ocorrem no Nordeste ficam entre Gilbués (PI) e o oeste da Bahia, acima de 600m de altitude

• Ocupam terras mais altas e mais úmidas, de solos mais profundos.

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• O sertão é a região mais quente, o solo é duro e pedregoso, com vegetação mais rala do que a da caatinga, com menos espinhos, ocupa áreas baixas, com 200 a 300 m de altitude

• A vegetação varia conforme os solos

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• O seridó tem vegetação baixa, bem espaçada, em solo muito erodido, arenoso e seco; os seixos rolados estão por toda a parte, e as massas de granito aparecem com bastante freqüência.

• Possui pinturas rupestres

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• O agreste é a região intermediária entre uma úmida e outra seca

• Caracteriza-se pela “verdura” da vegetação de verão, o ar é mais seco e o solo menos raso

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• As serras, com mais de 600m de altitude, apresentam vegetação mais alta de crescimento mais rápido, chegando a formar verdadeiras matas, circundadas pelas áreas secas

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Flora regional

• A vegetação do nordeste abriga quatro grandes agrupamentos:

vegetação da faixa litorâneamata atlântica e das serras úmidas isoladasvegetação do agrestevegetação das caatingas

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Faixa Litorânea

• A vegetação da faixa litorânea ocorre com extensão de 3.306km e largura de 20 a 35km, podendo ser dividido em dois setores:

O setor arenoso, com as zonas de praia, anteduna, de duna e do tabuleiro litorâneo

O setor dos mangues, na foz dos rios, com áreas úmidas, litorâneas e fluviais limitadas pela penetração das marés

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• Destacando também a formação barreira, de sedimentos argilosos e arenosos, formando falésias em contato com a arrebentação das ondas, comumente se encontram espécie do litoral e das caatingas

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Mata atlântica e das serras úmidas isoladas

• Favorecida pela maior pluviosidade e altitude (serras isoladas) abrigam mais diversidade de espécies vegetais e exuberância de porte das árvores

• Predominante ação antrópica– retirada de ecossistemas silvestres primários e

atualmente ocupados por formas xerófitas peculiares que se expandem pela região cada vez mais árida

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Vegetação do agreste

• Faixa de transição entre a mata úmida e as terras semiáridas, não passam de capoeiras em estágio secundário da mata pluvial costeira devastada.

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Vegetação da Caatinga• Vegetação do domínio das caatingas compreende áreas

semiáridas do nordeste do Brasil

• Cobertura vegetais conhecidas como caatinga, sertão, seridó, além de outras formações como carrasco, cerrado, curimataú e cariris velhos

• Abarca a Caatinga e o Cerrado nesta definição (savanas brasileiras), áreas de vegetação aberta, árvores e arbustos dispersos, normalmente de pequeno porte, com definida estação seca

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• Tudo indica que as caatingas resultaram da degradação dos cerrados, após o ciclo de erosão do Cretáceo, rebaixando as terras do Nordeste, decorrente do recuo das águas marinhas e da intensificação das condições de semiaridez a partir do Pleistoceno.

Cerrados ocupam terras mais altas e mais úmidas, de solos mais profundos

Caatingas se mostram em áreas de solos mais rasos, rebaixados e sujeitas as mais severas condições de semiaridez.

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• “A Caatinga degrada pelo machado e pelo fogo, arrasada pela erosão, teria se transformado no sertão e este ainda mais queimado, mais limpo de árvores e arbustos, mais lavado pelas águas e povoado de capins, teria gerado o seridó” (DUQUE, 1973).

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MarBases físicas

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• No estado do maranhão possui duas feições distintas:

Pará/Mangues, a costa é baixa e recortada, formando um verdadeiro rendilhado, com ilhas, baías, canais e mangues

Da ponta dos Mangues até as cercanias da baía de Tutoia, a costa é arenosa e retificada, apenas interrompida pelo recorte do delta do rio Parnaíba

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• Entre o delta do rio Parnaíba e o cabo de São Roque (RN) o litoral é do tipo semiárido, ventos fortes de E-NE, agindo sobre a plataforma continental pouco profunda e arenosa, jogam grande quantidade de material, que se acumula sob a forma de dunas, pela ação dos ventos alísios do sudeste, com poucos arenitos de praia e afloramentos de rochas antigas

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• No litoral das Barreiras, entre Cabo de São Roque e o Recôncavo Baiano, o clima é superúmido, não havendo formação de dunas, com afloramentos de “tabuleiros” constituídos por sedimentos plio-pleistocênicos do grupo Barreiras.

• É freqüente a ocorrência de recifes, ora constituídos pela diagênese dos sedimentos continentais, ora por cimentação provocada pela precipitação do carbonato de cálcio da água do mar sobre as praias arenosas

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• Do Recôncavo Baiano até o limite com o estado do ES ocorrem restingas que dão origem as longas planícies, com clima superúmido

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Água na região Nordeste: desperdício e escassez

Aldo da C. Rebouças é professor titular do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo

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• As condições fisioclimáticas no NE dificultam a vida porém não é responsável pela pobreza

• A renovação das águas proporciona média anual de chuva entre mil e mais de 3 mil mm (90% do Brasil)

• No semi-árido nordestino a média está entre 300 e 800 mm/ano.

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• O estigma da escassez está caracterizado pelo fato de 80% das descargas dos rios ocorrerem nos setores ocupados por 5% da população

• Enquanto os 20% restantes devem abastecer 95% do contingente, cuja parcela urbanizada já atinge os 85%, conforme dados do censo (IBGE, 2010)

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• Potenciais per capita ano de água em cada um dos estados do Brasil, representados pelo quociente do volume das descargas médias dos rios (DNAEE, 1985) e população (IBGE, 1991).

pernambucano dispõe de (1320 m3/hab/ano) alemão (1160 m3/hab/ano)baiano (3028m3/hab/ano)francês (3030 m3/hab/ano)piauíense (9608 m3/hab/ano) norte-americano (9940 m3/hab/ano)

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• Consumo total per capita:

Países mais desenvolvidos - 1500 m3/ano, ou seja, entre 24% e 92% dos respectivos potenciais

No Nordeste os consumos per capita são inferiores 10% dos seus potenciais de água nos rios

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Fatores que contribuem:• crescimento rápido e desordenado das demandas;

– 9 regiões metropolitanas totalizarem 42,5 mi de hab, 27% do total da população brasileira em 156 municípios, ou seja, 3% do total

• degradação da qualidade dos mananciais normalmente utilizados, lançamento de esgotos domésticos e industriais não-tratados;

• baixa eficiência dos serviços de saneamento básico com perda de água tratada (25 a 40%);

• Irrigação na agricultura (30% de eficiência)

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Caso de Israel

• Pluviometria média varia entre: 800 mm/ano no Norte e 30 mm/ano no Sul

• Terras agrícolas - 450 mil ha• Pluviosidade 200 mm/ano• Seca (1 ano a cada 3)

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• Substituição dos métodos tradicionais de irrigação por microirrigação e fertirragação

• A eficiência dos métodos de irrigação já atinge 80 a 90%

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A Secretaria de Ciência e Tecnologia (SCT) concluiu que:

“O problema crucial da água no Brasil, em geral, e na região Nordeste, em particular, é o estabelecimento de um sistema eficiente e integrado de gerenciamento.

Este sistema deveria desenvolver quatro linhas de ação, complementares e interdependentes:

a) gerenciamento de bacias hidrográficas; B) gerenciamento de secas e inundações; c) gerenciamento hidro-ambiental;d) gerenciamento das águas subterrâneas” (SCT, 1992).

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• Nasce o Projeto Áridas

• procurou incorporar a ideia de desenvolvimento sustentável da região Nordeste, tanto nos campos econômico, social e ambiental quanto na visão política de longo prazo e de planejamento participativo

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• levar em consideração a existência de um arquipélago de zonas úmidas dentro do contexto semi-árido

• excedentes hídricos permanentes nas sub-regiões geoambientais de Zona da Mata e de Transição Amazônica

• grandes reservas de água subterrânea, ainda praticamente não utilizadas

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• O gerenciamento deve ser proativo e não emergencial

• a construção de mais açudes, poços ou transposição de água de bacias hidrográficas já se tornou sina e questão política

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• Os cerca de 30 mil poços tubulares já perfurados nas zonas fraturadas do embasamento cristalino apresentam vazões geralmente inferiores a 5 m3/h e salinidade média da ordem de 2 mil mg/l

• A eficiência hidrológica dos açudes é estimada em 1/5 do volume estocado (evaporação)

• Evaporação intensa causa maior salinização

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Como mudar?

• Israel (1970) possui demandas de água superiores aos seus potenciais renováveis – uso das águas subterrâneas, reuso de efluentes domésticos e industriais, recarga artificial de aqüíferos, eficiência na agricultura

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Norte

• Possui única região generalizada

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Tipos:• Escudos antigos (Crátons)• Bacias sedimentares• Dobramentos modernos

(Faixas Orogênicas)

.

Brasil as grandes unidades estruturais (PETRI; FÚLFARO, 1983)CASSETI, Valter. Geomorfologia. [S.l.]: [2005]. Disponível em: <http://www.funape.org.br/geomorfologia/>

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Escudos Antigos (Crátons)

Processo:• Epirogênese positiva: soerguimento antigo datado do proterozóico (1,5 bilhão de anos AP)

Efeito: • Permanência na paisagem: rochas ígneas (granitóides) capazes de resistir ao intemperismo• Paisagem escarpada, com topografia mais alta que as adjacências• Confinamento com posterior preenchimento sedimentar da bacia intracratônica do Amazonas

Panorama geográfico do Brasil/ADAS, Melhem. 2004

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Mata de Terra Firme

• Florestas recentes, originadas da sedimentação da bacia amazônica no período terciário.

• Possuem grande porte (60m) e formação de dossel• 140 a 280 espécies arbóreas por ha• Florestas densas (> de madeira) e abertas, próximas

aos escudos (> biomassa animal)– castanha-do-pará, caucho, sapucaia, maçaranduba,

acapu, cedro, mogno, angelim-pedra, paxiúba (palmeira) e figueira (mata-paus)

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Mata de Várzea• Locais mais baixos, periodicamente alagados, denominados terraços fluviais

• 100 espécies de árvores/ha

• Dividem-se em três categorias: - várzea baixa e intermediária, ambas com predomínio das palmeiras, com algumas espécies que apresentam raízes que auxiliam na fixação de oxigênio, como açaizeiro e buriti ,-várzea alta, cujo solo é menos influenciado pelas águas das marés e tem maior biomassa, pois ocorrem espécies arbóreas, como a sumaúma, assacu, andiroba e copaíba

• Geralmente há o consorciamento com outras culturas como milho, cana-de-açúcar, arroz, cupuaçu, limão, laranja, biribá, graviola, banana e cacau

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Mata de Igapó

• Solos permanente alagados (7 a 10 meses)

• Solo arenoso e a "água preta" do igapó são ricos em ácido húmico

• 130 espécies de árvore/ha

• arbustos e cipós, raízes escoras e respiratórias, plantas aquáticas, como a vitória-régia, incontáveis epífitas, musgos e hepáticas

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Campos e Campinas

• Manchas de vegetação de tamanho variável, porte e biomassa reduzidos

• Localizadas principalmente na região do Rio Negro (AM)

• Essas formações têm fisionomia, estrutura e florística bem caracterizadas (alto grau de endemismo)

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Manguezais

• Os manguezais desenvolvem-se sobre sedimentos lodosos

• Baixo teor de oxigênio e variações de salinidade decorrentes da ação de marés

5 espécies: mangueiro, siriubeira e tinteiro

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Rios Voadores