steffany de almeida ferreira...2016/02/24  · o câncer de mama (cid10 - c50) é uma doença...

120
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO TERAPÊUTICA ANÁLISE GLICÔMICA COMPARATIVA DE CARCINOMAS MAMÁRIOS PRIMÁRIOS E METÁSTASES AXILARES CORRESPONDENTES STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA RECIFE 2016

Upload: others

Post on 06-Jul-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO TERAPÊUTICA

ANÁLISE GLICÔMICA COMPARATIVA DE CARCINOMAS MAMÁRIOS

PRIMÁRIOS E METÁSTASES AXILARES CORRESPONDENTES

STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA

RECIFE

2016

Page 2: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM INOVAÇÃO TERAPÊUTICA

Steffany de Almeida Ferreira

ANÁLISE GLICÔMICA COMPARATIVA DE CARCINOMAS MAMÁRIOS

PRIMÁRIOS E METÁSTASES AXILARES CORRESPONDENTES

Prof. Dr. Eduardo Isidoro Carneiro Beltrão

RECIFE

2016

Tese de doutoramento apresentada ao

Programa de Pós-Graduação em Inovação

Terapêutica da Universidade Federal de

Pernambuco, como pré-requisito parcial

para a obtenção do Título de doutora em

Inovação Terapêutica.

Page 3: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

Ferre

ira, S

.A.

AN

ÁL

ISE

GLIC

ÔM

ICA

CO

MP

AR

AT

IVA

DE

CA

RC

INO

MA

S

MA

RIO

S P

RIM

ÁR

IOS

E M

ET

ÁS

TA

SE

S A

XIL

AR

ES

CO

RR

ES

PO

ND

EN

TE

S

Doutorado

PPGIT/UFPE

2016

Page 4: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

Não autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por

qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa,

desde que citada a fonte.

Catalogação na Fonte: Bibliotecário Bruno Márcio Gouveia, CRB-4/1788

Ferreira, Steffany de Almeida

Análise glicômica comparativa de carcinomas mamários primários e metástases axiliares correspondentes / Steffany de Almeida Ferreira. – Recife: O Autor, 2016. 120 f.: il.

Orientador: Eduardo Isidoro Carneiro Beltrão Tese (doutorado) – Universidade Federal de Pernambuco. Centro de Ciências Biológicas. Programa de Pós-graduação em Inovação Terapêutica, 2016. Inclui referências, anexos e apêndices

1. Mamas – Câncer 2. Câncer – Aspectos genéticos I. Beltrão,

Eduardo Isidoro Carneiro II. Título 616.99449 CDD (22.ed.) UFPE/CCB-2016-080

Page 5: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

Programa de Pós-Graduação em Inovação Terapêutica

REITOR

Prof. Dr. Anísio Brasileiro de Freitas Dourado

VICE-REITORA

Profª. Dra. Florisbela de Arruda Câmara e Siqueira Campos

PRÓ-REITOR PARA ASSUNTOS DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO

Prof. Dr. Ernani Rodrigues de Carvalho Neto

DIRETORA DO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

Profª. Dra. Maria Eduarda de Larrazábal

VICE- DIRETORA DO CENTRO DE BIOCIÊNCIAS

Profª. Dra. Oliane Maria Correia Magalhães

COORDENADORA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

EM INOVAÇÃO TERAPÊUTICA

Profª. Dra. Maira Galdino da Rocha Pitta

VICE- COORDENADOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO

EM INOVAÇÃO TERAPÊUTICA

Prof. Luiz Alberto Lira Soares

Page 6: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

FOLHA DE APROVAÇÃO

Nome: Steffany de Almeida Ferreira

Título: ANÁLISE GLICÔMICA COMPARATIVA DE CARCINOMAS MAMÁRIOS

PRIMÁRIOS E METÁSTASES AXILARES CORRESPONDENTES

Tese apresentada ao programa de Pós-graduação em Inovação Terapêutica vinculado

à Universidade Federal de Pernambuco para obtenção do título de doutora em

Inovação Terapêutica.

Aprovada em: 15/02/2016

Banca Examinadora

Prof. Dr. Eduardo Isidoro Carneiro Beltrão

Instituição: Depto. Bioquímica – Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Assinatura:______________________________________________________

Profa. Dra. Maria Betânia Melo de Oliveira

Instituição: Depto. Bioquímica – Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Assinatura:______________________________________________________

Profa. Dr. Claudio Gabriel Rodrigues

Instituição: Depto Biofísica e Radiobiologia– Universidade Federal de Pernambuco –

UFPE

Assinatura:______________________________________________________

Profa. Dra. Cíntia Renata Costa Rocha

Instituição: Depto. Bioquímica – Universidade Federal de Pernambuco - UFPE

Assinatura:______________________________________________________

Profa. Dra. Sinara Mônica Vitalino de Almeida

Instituição: Universidade de Pernambuco – UPE – Campus Garanhuns

Assinatura:______________________________________________________

Page 7: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

DEDICATÓRIA

Às mulheres que direta ou indiretamente participaram deste projeto, em

especial à Cicília Farias.

Page 8: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus, por todas as bênçãos e vitórias alcançadas em

minha vida!

Aos meus pais, Cristina e Aguinaldo, pilares de minha construção

enquanto ser humano, cristã, cidadã. Por acreditarem no meu potencial e me

apoiarem em todas as minhas escolhas. Pais melhores eu não poderia ter.

Amo vocês.

Ao meu marido, Márcio, meu eterno namorado, meu companheiro, meu

incentivador. Por compreender minha ausência em tantos momentos inclusive

fins de semana, pelos cuidados e conselhos diários, pelas madrugadas

acordado comigo, me fazendo companhia, me amando!

Aos meus companheiros de jornada, biomédicos extraordinários, amigos

fiéis que a vida acadêmica me trouxe, Amanda Aliança, Isabelle Freire, Jana

Sandes, Renato Silva, Luís Claudio do Nascimento, Lívia Bandeira, Rafael

Freitas, Veridiana Sales e Maria Carolina Accioly.

Aos meus queridos amigos enfermeiros, Mônica Brandão, Gutemberg

Leite, Natália Freitas e Tiago Souza.

À família BmC Juliana Vasconcelos, Jéssica Frutuoso, Bruno Trajano,

Igor Teixeira, Matheus Filgueira, Amanda Rodrigues, Arthur Clark, Aline

Larissa, Juliana Brandão, João Quirino, Diego Albuquerque, Marina Cartaxo,

Tiago Matos, Maria Seabra, Cíntia Rocha, Sinara Almeida e Carmelita

Cavalcanti pela amizade, carinho, solidariedade e convívio harmonioso.

Ao LIKA e todos seus funcionários, por propiciar o ambiente onde pude

desenvolver minha pesquisa.

À Paulo Germano, secretário do PPGIT, pela paciência, disponibilidade

e prestatividade até mesmo estando de férias!

Ao Programa de Pós-graduação em Inovação Terapêutica (PPGIT) e

todo seu corpo docente pela oportunidade e por ser o palco de todos os

ensinamentos adquiridos ao longo destes quatro anos.

À FACEPE, órgão fomentador de meus estudos, por acreditar no meu

projeto e investirem periodicamente recursos para manutenção do mesmo

(bolsa de doutorado).

Page 9: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

A todas as mulheres, vítimas de câncer de mama, que aceitaram

participar deste estudo permitindo a execução deste projeto. Vocês são únicas

e guerreiras! E Deus tem uma missão na vida de cada uma.

E, finalmente, ao grande mestre Prof. Eduardo Beltrão, não há como

mensurar a minha admiração, gratidão e afeição por sua pessoa. Mais uma vez

obrigada pela oportunidade de trabalharmos juntos neste novo desafio, pelos

ensinamentos acadêmicos e extra-acadêmicos, por indicar o caminho entre as

pedras, por acreditar no meu potencial, por ser sempre esse ser iluminado,

tranquilo, leve e humano! Serei eternamente grata!

A todos e todas, muito obrigada.

Page 10: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

RESUMO

FERREIRA, S. A. Análise glicômica comparativa de carcinomas mamários primários e

metástases axilares correspondentes. 2016. Tese (Doutorado). Universidade Federal

de Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brasil.

O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um

caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças moleculares que levam a

uma exacerbação da proliferação celular e uma instabilidade genética. A pesquisa

envolvendo linfonodos axilares comprometidos é de grande importância para o

reconhecimento e compreensão dos mecanismos iniciais relacionados ao processo de

metastatização. Evidências histoquímicas demonstram que a sialilação de superfícies

de células tumorais bem como a expressão de glicanos truncados está associada a

um fenótipo de tumor metastático, porém, o estudo deste perfil na metástase linfonodal

é pouco explorada. O objetivo deste estudo foi comparar o perfil de sialilação e a

expressão dos antígenos carboidratos não sialilados associados ao tumor mamário e

nos linfonodos correlacionando com as características clínico-patológicas e

biomarcadores clássicos para câncer de mama. O padrão de sialilação e a expressão

de glicanos truncados foi detectada por histoquímica com lectinas. Utilizou-se

imunohistoquímica para detecção das sialiltransferases e dos marcadores de rotina

para câncer de mama. Houve expressão de ácido siálico, especialmente na posição

α2,6 no tumor primário e no linfonodo axilar o que nos permite pensar na possibilidade

de que clones do tumor primário mantiveram suas características fenotípicas,

influenciadas pela sialilação, durante a invasão e metástase linfonodal. Não foi

verificada diferença significativa entre a expressão de ácido siálico e os biomarcadores

clássicos quer seja no carcinoma mamário quer seja no linfonodo axilar

correspondente. As análises da expressão de β-galactosideo α2,3 e α2,6

sialiltransferases reforçam esta hipótese. Além disso, houve expressão dos antígenos

truncados em ambos os sítios, o antígeno Tn foi mais expresso na metástase

linfonodal podendo ser resultante de um resgate deste antígeno para facilitar a sua

fixação no novo microambiente. A monitorização do perfil de sialilação bem como dos

glicanos truncados não sialilados pode ser importante para o diagnóstico de

metástases de tumores.

Palavras-chave: ácido siálico, antígenos carboidratos associados ao tumor,

carcinoma ductal invasivo, metástase linfonodal

Page 11: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

ABSTRACT

FERREIRA, S. A. Glycomics comparative analysis of primary breast tumors and

corresponding axillary metastases. 2016. Thesis (Ph.D.). Federal University of

Pernambuco, Recife, Pernambuco, Brazil.

Breast cancer (ICD10 - C50) is a complex disease that can acquire a more invasive

and resistant nature of many molecular changes that lead to the exacerbation of cell

proliferation and genetic instability. Research involving compromised axillary lymph

nodes is of great importance to the recognition and understanding of the mechanisms

related to early metastasizing process. Histochemical evidence demonstrates that

sialylation of tumor cell surfaces and the truncated glycan expression is associated with

a metastatic tumor phenotype, however, the study of lymph node metastasis in profile

is little explored. The aim of this study was to compare the sialylation profile and the

expression of non sialylated carbohydrate antigens associated with breast tumor and

lymph nodes correlated with clinicopathological features and classic biomarkers for

breast cancer. The pattern of sialylation and expression of truncated glycans was

detected by lectin histochemistry. Immunohistochemistry was used to detect the

sialyltransferases and routine markers for breast cancer. There was sialic acid

expression, especially in the α2,6 position in the primary tumor and axillary lymph node

which allows us to think about the possibility that the primary tumor clones maintained

their phenotypic characteristics, influenced by sialylation during the invasion and lymph

node metastasis. There was no significant difference between sialic acid expression

and classic biomarkers either in breast carcinoma either in the corresponding axillary

lymph node. The analyzes of β-galactoside expression α2,3 and α2,6 sialyltransferases

reinforce this hypothesis. Furthermore, there was expression of antigens truncated at

both sites, Tn antigen was expressed on most lymph node metastasis can be due to a

rescue of the antigen to facilitate their attachment to the new microenvironment.

Monitoring of sialylation profile as well as truncated sialylated glycans may not be

important for the diagnosis of tumor metastasis

Key-words: sialic acid, carbohydrate antigens associated with tumor, invasive ductal

carcinoma, lymph node metastasis

Page 12: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Distribuição proporcional dos tipos de câncer mais incidentes

estimados para 2016, para o sexo feminino, exceto pele não

melanoma

20

Figura 2. Alterações no microambiente tumoral na progressão do câncer

de mama.

21

Figura 3. Organização esquemática da árvore linfática evidenciando o

linfonodo sentinela e demais linfonodos.

25

Figura 4. Classes comuns de glicoconjugados em células de mamíferos

27

Figura 5. Estrutura e biossíntese dos núcleos (core) dos O-glicanos

destacando os antígenos associados ao tumor no câncer de

mama

28

Figura 6. Importantes glicanos associados ao câncer

30

Figura 7. Distribuição de ácidos siálicos na superfície celular 32

Figura 8. Rota simplificada da biossíntese de Neu5Ac 34

Figura 9. Estrutura dos ácidos siálicos mais comuns 35

Artigo 1

Page 13: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

Figure 1. Staining pattern of MAL II and SNA lectin. A: Invasive ductal

carcinoma with positive α2,3 sialic acid expression (magnification x

100). B: In Detail, cytoplasmic staining pattern of MAL II

(magnification x 400).C: Invasive ductal carcinoma with positive α2,6

sialic acid expression (original magnification x 100), C: Evaluation of

expression pattern of a2,6 sialic acid between IDC and LNM with

significant difference (p<0,05).

88

Figura 2. Sialyltransferase immunohistochemistry. A: Axillary lymph node

metastasis with positive ST3 Gal 1 expression (magnification x 100).

B: cytoplasmic staining pattern of ST3GAL 1 with lymphocytic infiltrate

surrounding (magnification x 400).C: Breast invasive ductal

carcinoma with positive ST6Gal 1 expression (magnification x 100),

D: cytoplasmic and membrane staining pattern of ST6Gal 1

(magnification x 400).

89

Artigo 2

Figure 1. Lectin histochemistry results. A: Tn antigen staining with VVA

presented significant difference between breast invasive ductal

carcinoma (IDC) and axillary lymph node metastases (LNM),

p=0.0338. B: T antigen staining with PNA was not significant in both

IDC and LNM (p>0,05).

107

Figura 2. Evaluation of antigen Tn expression by VVA lectin. A: Invasive ductal

carcinoma with positive antigen Tn expression (Scale bar: 100μm). B:

In Detail, cytoplasmic staining pattern of VVA (Scale bar: 50μm). C:

lymph node metastases with positive antigen Tn expression (Scale

bar: 100μm). D: In Detail, cytoplasmic and membrane staining pattern

of VVA (Scale bar: 50μm).

108

Figure 3. Evaluation of antigen T expression by PNA lectin. A: Invasive ductal

carcinoma with positive antigen Tn expression (Scale bar: 100μm). B:

In Detail, cytoplasmic staining pattern of PNA (Scale bar: 50μm).

109

LISTA DE TABELAS

Page 14: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

Artigo 1

Table 1. Lectin histochemistry of sialic acid (Sia) expression using MAL

II and SNA lectins in breast invasive ductal carcinoma (IDC)

and axillary lymph node metastasis (LNM).

85

Table 2. Immunohistochemistry of β-galactoside α-2,3 sialyltransferase

(ST3Gal.I) and β-galactoside α-2,6 sialyltransferase (ST6Gal.I)

in breast invasive ductal carcinoma and axillary lymph node

metastasis (LNM).

85

Table 3. Relationship between α2,3 Sia expression with

clinicopathologic features and classical immunohistochemical

markers in invasive ductal carcinoma (IDC) and lymph node

metastasis (LNM)

86

Table 4. Relationship between α2,6 Sia expression with

clinicopathologic features and classical immunohistochemical

markers in invasive ductal carcinoma (IDC) and lymph node

metastasis (LNM)

87

Artigo 2

Table 1 Relationship between Tn and T expression with

clinicopathologic features in invasive ductal carcinoma (IDC)

105

Table 2 Evaluation of Tn antigen expression by lectin histochemistry

(VVA) with routine markers in breast invasive ductal

carcinoma (IDC) and axillary lymph node metastasis (LNM).

106

Table 3 Evaluation of T antigen expression by lectin histochemistry (PNA)

with routine markers in breast invasive ductal carcinoma (IDC) and

axillary lymph node metastasis (LNM).

106

LISTA DE ABREVIAÇÕES E SIGLAS

Page 15: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

CIS Carcinoma in situ

CDI Carcinoma ductal invasivo

CDIS Carcinoma ductal in situ

CLIS Carcinoma lobular in situ

CLI Carcinoma lobular invasivo

EMT Transição Epitelial-Mesenquimal (epithelial-mesenchymal

transition)

GnT-V N-acetil-glicosaminiltransferase V

HER-2 Receptor de fator de crescimento epidermal humano do tipo 2

(human epidermal growth factor receptor 2)

INCA Instituto Nacional do Câncer

Ki-67 Citoqueratina 67

LA Linfonodo axilar

LS Linfonodo sentinela

MAL II Maakia amurensis lectin II

ManNAc N-acetil-D-manosamina

Neu5Ac ácido N-acetil-neuramínico

Neu5Gl Ácido N-glicosil-neuramínico

RE Receptor de estrógeno

RNA Ácido ribonucleico (Ribonucleic acid)

RP Receptor de progesterona

Sia Ácido siálico (Sialic acid)

SNA Sambucus nigra agglutinin

STs Sialiltransferases

ST6Gal-I β-galactosideo α2,6 sialiltransferase

ST3Gal-I β-galactosideo α2,3 sialiltransferase

SUMÁRIO

Page 16: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................. 18

2 REVISÃO DA LITERATURA .......................................................................................... 20

2.1 Câncer de mama ..................................................................................................... 20

2.2 Transição epitelial-mesenquimal e metástase ............................................... 22

2.3 Linfonodos axilares e a progressão tumoral .................................................. 24

2.4 Glicosilação e o câncer ........................................................................................ 26

2.5 Ácidos siálicos (Sia) .............................................................................................. 32

2.6 Lectinas: ferramentas na identificação do padrão de glicosilação .......... 36

3 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 40

3.1 Geral ........................................................................................................................... 40

3.2 Específicos ............................................................................................................... 40

4 MATERIAIS E MÉTODOS .............................................................................................. 41

4.1 Materiais ................................................................................................................... 41

4.2 Amostras .................................................................................................................. 41

4.3 Aspectos éticos ...................................................................................................... 42

4.4 Histoquímica com Lectinas ................................................................................. 42

4.5 Imunohistoquímica ................................................................................................ 42

4.6 Hibridização in situ cromógena (CISH) ............................................................ 43

4.7 Análise digital de imagem .................................................................................... 44

4.8 Análise estatística .................................................................................................. 44

5 REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 45

6 ARTIGOS CIENTÍFICOS ................................................................................................ 61

6.1 Artigo 1 ............................................................................................................................ 61

6.2 Artigo 2 ............................................................................................................................ 87

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................... 107

APÊNDICE A ....................................................................................................................... 108

APÊNDICE B ....................................................................................................................... 113

Page 17: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

ANEXO I............................................................................................................................... 118

Page 18: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

18

1 INTRODUÇÃO

O câncer de mama (CID10 – C50) é uma doença complexa que pode

adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

moleculares que levam a uma proliferação celular exacerbada e manutenção

de uma instabilidade genética. Esta heterogeneidade cria diferentes subgrupos

a nível molecular e causa diferentes resultados clínicos e respostas

terapêuticas (Baskin & Yigitbasi, 2010). O prognóstico/diagnóstico de

neoplasias mamárias é baseado na avaliação de parâmetros histopatológicos,

como acometimento de linfonodos axilares, tamanho do tumor, tipo histológico,

grau da patologia, presença de receptores hormonais (estrógeno e

progesterona) e amplificação do gene do receptor de fator de crescimento

epidermal humano tipo 2, HER-2 (human epidermal growth factor receptor 2)

(Sahai, 2007). A caracterização linfonodal constitui um dos fatores prognósticos

mais relevantes, sendo um componente essencial para avaliar o estadiamento

tumoral (Cavalli, 2009).

A metástase para o linfonodo axilar é uma etapa chave da progressão

tumoral no câncer de mama e está associada com um prognóstico

desfavorável. Entretanto, os mecanismos deste processo não são bem

compreendidos (Thongwatchara et al., 2011). A abordagem cirúrgica da axila

através do esvaziamento linfonodal ou biópsia do linfonodo sentinela é

imperativa, seja com finalidade terapêutica seja para avaliar o curso da doença

(Jacobs & Balch, 2009).

Diversos estudos genômicos foram realizados objetivando a

compreensão e o aprimoramento na identificação de alterações genéticas

relacionadas à carcinogênese mamária e evolução metastática (Vecchi et al.,

2008; Ellsworth et al., 2009). Os diversos genes avaliados, no entanto, não

oferecem informações completas sobre a regulação da expressão gênica,

modificações pós-traducionais e distribuição espaço-temporal dos produtos

protéicos em células e tecidos, essenciais para a elucidação das complexas

vias de interação (Hondermarck et al., 2008). Dentre as modificações pós-

traducionais, a glicosilação é a mais comum (Crespo et al., 2013), estando

Page 19: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

19

presente em mais da metade de todas as proteínas humanas (Christiansen et

al., 2014).

A glicosilação pode atuar como um mecanismo-chave regulatório

controlando diversos processos fisiopatológicos. É amplamente conhecido que

a glicosilação aberrante tem sido implicada em muitas doenças diferentes,

devido às alterações associadas com a função biológica e dobramento de

proteínas (Potapenko et al., 2010; Christiansen et al., 2014; Cherian et al.,

2015). Diferentes tipos de glicoconjugados podem interferir com processos

importantes em células de câncer bem como com o microambiente do tumor,

levando a progressão do câncer (Pinho & Reis, 2015).

Em se tratando de glicosilação aberrante, foi observado que durante a

oncogênese há um aumento de sialilação na extremidade dos glicoconjugados,

formando sialilconjugados (Cazet et al., 2010). Níveis altos de antígenos de

carboidratos sialilados associados a tumor são frequentemente descritos como

parte da superfície de células do câncer e/ou secretadas nos fluidos biológicos

(Ferreira et al., 2013a; 2013b).

Análises do perfil glicômico de proteínas plasmáticas de pacientes com

câncer revelaram um aumento nos níveis de glicoproteínas sialiladas (Kyselova

et al., 2008) indicando que este carboidrato tem importância na progressão do

câncer e no seu diagnóstico (Alley & Novotny, 2010). Mudanças na sialilação

de glicoconjugados de superfície celular têm mediado à transição epitelial-

mesenquimal, processo fundamental para a progressão tumoral (Du et al.,

2015).

A glicosilação é vista como modulador do fenótipo maligno de

células cancerosas afetando sua capacidade metastática (Glavey et al., 2015),

além disso, o linfonodo axilar é preferencialmente escolhido por estas células

metastáticas como sítio secundário de colonização. Não há estudos na

literatura que enfoquem o padrão de glicosilação das células tumorais no

linfonodo. É sabido que as metástases são resultado da boa adaptação das

células cancerígenas, que migram de seu sítio primário até o local de

instalação do tumor secundário (Piacentini & Menezes, 2012). Nesse contexto,

a análise comparativa do perfil de glicosilação entre o sítio primário e sítio

secundário de carcinoma mamário pode oferecer informações que confirmem a

participação destes carboidratos no desenvolvimento da metástase mamária.

Page 20: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

20

2 REVISÃO DA LITERATURA

2.1 Câncer de mama

O aumento da expectativa de vida, a transição epidemiológica vivida

atualmente, associados à industrialização e urbanização com exposição a uma

gama de agentes com potencial mutagênico e carcinogênico, têm propiciando

um aumento da incidência de câncer no Brasil e no mundo (Chammas, 2013).

Dentre os cânceres, destaca-se o câncer de mama, tipo mais comum em

mulheres, tanto no mundo desenvolvido quanto no menos desenvolvido.

Estima-se que em todo o mundo mais de 508 000 mulheres morreram em 2011

devido ao câncer de mama (World Health Organization - WHO, 2013).

O número de casos novos de câncer de mama esperado para o Brasil

em 2016 é de 57.960, sendo o mais frequente nas mulheres das regiões

Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Na região Norte é o segundo tumor

mais incidente (INCA, 2016) (Figura 1).

Figura 1. Distribuição proporcional dos tipos de câncer mais incidentes estimados para 2016, para o sexo feminino, exceto pele não melanoma

Fonte: INCA, 2016

Page 21: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

21

As células fenotipicamente normais (figura 2A) da mama apresentam as

primeiras lesões aparentes como as hiperplasias, onde células epiteliais

apresentam alterações estruturais, mas não atipia citológica, e poucas

alterações genéticas. Na forma de carcinoma in situ (CIS), a atipia citológica se

torna proeminente, com aumento significativo no índice mitótico e nas

alterações genéticas. As células tumorais podem, então, se estabelecer na

área de origem ou romper a membrana basal. Os carcinomas in situ são

caracterizados por apresentarem proliferação de células que permanecem

restritas aos ductos (figura 2B) ou lóbulos mamários. Dentro deste grupo, os

carcinomas ductais in situ (CDIS) podem ser subclassificados seguindo

padrões histomorfológicos do tecido, com os tipos mais frequentes designados

comedo, cribiforme, micropapilar, papilar e sólido (Bateman, 2007).

Figura 2. Alterações no microambiente tumoral na progressão do câncer de mama

Fonte: Adaptado de Cichon et al., 2010.

O carcinoma ductal in situ apresenta uma incidência de cerca de 23%

dos tumores mamários identificados, enquanto os carcinomas lobulares in situ

(CLIS) ocorrem em aproximadamente 3% das pacientes. A evolução destas

neoplasias pode ser muito variável e nem todos os CLIS evoluem para o perfil

invasor. O risco de invasividade, no entanto, é maior em mulheres que

apresentam um CIS primário (Eheman et al., 2009).

O diagnóstico de um carcinoma invasivo, ao contrário do in situ, é

determinado pela capacidade deste de invadir a membrana basal e

Page 22: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

22

metastatizar para regiões distantes (Bateman, 2007) (figura 3C). Os

carcinomas ductais invasivos (CDI) são os mais frequentes e compreendem 65

a 80% dos casos de câncer de mama. Estes podem variar em tamanho,

aparência e consistência, dependendo da composição da lesão. O carcinoma

lobular invasor (CLI) abrange cerca de 10% de todos os carcinomas de mama

diagnosticados. Algumas neoplasias mistas, ductal/lobular, também são

observadas na população com taxas variadas de incidência (Eheman et al.,

2009).

A classificação de tumores malignos, incluindo lesões malignas da

mama, utiliza o sistema TNM que avalia prioritariamente a classificação por

extensão anatômica da doença, determinada clínica e histologicamente

(quando possível); onde T se refere à extensão do tumor primário, N à

ausência ou presença de metástase em linfonodos regionais, e M à ausência

ou presença de metástase à distância. Este sistema segue padrões

estabelecidos pela União Internacional de Combate ao Câncer (Brasil, 2010),

no entanto, aplica-se apenas a 80% dos tumores da mama.

2.2 Transição epitelial-mesenquimal e metástase

O processo metastático é complexo e se dá através de uma sequência

de passos distintos resultantes da interação entre as células tumorais e o

microambiente tumoral. Em cada passo, as células tumorais tem de superar os

sistemas de controle do organismo, modificar seu comportamento, alterar suas

características fenotípicas principais e se adaptar a novos ambientes para

desenvolver tumores em sítios distantes da neoplasia original. O primeiro

passo, a invasão, requer um comportamento neoplásico das células epiteliais

tumorais, que as tornem capazes de perder a adesão célula-célula e ganhar

mobilidade. Esse processo inicial capacita as células epiteliais a se desprender

do seu sítio de origem e invadir tecidos adjacentes. No segundo passo,

chamado intravasão, as células tumorais penetram através do endotélio

vascular sanguíneo ou linfático e ganham a circulação sistêmica. Apenas

algumas células tumorais presentes na circulação são capazes de sobreviver

neste ambiente (Valejo, 2010). Dados de estudos pré-clínicos em animais

Page 23: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

23

revelam que menos que 0,02% das células tumorais circulantes podem

sobreviver e tem a capacidade de produzir metástases (Kimbung et al., 2015).

Para desenvolver metástase, as células neoplásicas devem invadir e

escapar de complexas barreiras físicas como a matrix extracelular, a

membrana basal e vascular (Vanharanta, 2013; Kimbung et al., 2015). O

terceiro passo é a extravasão, na qual as células tumorais penetram no

endotélio dos capilares e atingem sítios distantes. Neste novo ambiente, um

conjunto menor de células consegue proliferar formando micrometástases que

irão se transformar em tumores metastáticos secundários (Fidler, 2003; Valejo,

2010). Para atravessar todas essas etapas, necessárias à formação da

metástase, as células epiteliais malignas passam por diferentes transformações

tais como inativação do mecanismo de adesão célula-célula e aquisição de

capacidade de migração (Valejo, 2010).

A transição epitélio-mesenquimal (EMT) é um processo de trans-

diferenciação celular que permite que células epiteliais totalmente polarizadas

sofram várias mudanças bioquímicas, sendo capazes de adquirir identidade

mesenquimal e migrar para sítios distantes (Tarin et al., 2005; Thiery &

Sleeman, 2006; Lu et al., 2014). Morfologicamente, EMT é caracterizada pela

perda da adesão celular e aquisição de motilidade celular que correspondem

ao primeiro passo do processo metastático. Ao nível molecular, é caracterizado

pela diminuição da expressão de moléculas de adesão celular e marcadores

epiteliais, como E-caderina e α3 integrina, e um aumento da expressão de

proteínas de filamento intermediário e marcadores de células mesenquimais,

incluindo N-caderina, α-actina de músculo liso (α-SMA) e vimentina (Lu et al.,

2014).

Além das propriedades intrínsecas ao tumor, como acúmulo de

mudanças genéticas nas células transformadas, o microambiente onde está

inserido este tumor, bem como o microambiente no qual as células

metastáticas irão se fixar, desempenham importantes papéis no

desenvolvimento do processo metastático. As metástases são resultado da boa

adaptação das células cancerígenas, permitindo que se descolem de sua

colônia original e se movam através da matriz extracelular do tecido

circundante até a corrente sanguínea e vasos linfáticos até o local de

instalação do tumor secundário (Piacentini & Menezes, 2012). Nesse sentido, é

Page 24: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

24

importante analisar como se apresenta o microambiente linfonodal sendo este,

geralmente, o primeiro local de fixação das células com potencial metastático.

É importante salientar que o processo de EMT é reversível, isto é, células

recentemente induzidas a mesenquimais podem, através da transição

mesequimal- epitelial (MET), voltar ao estado epitelial (Chaffer, 2011).

2.3 Linfonodos axilares e a progressão tumoral

A linfadenectomia axilar foi considerada, durante décadas, não só como

elemento prognóstico, mas também como importante recurso terapêutico, pela

baixa incidência de recidivas axilares após este procedimento (1 a 3%)

(Quadros & Gebrim, 2007). A difusão do rastreamento mamográfico,

entretanto, possibilitou o diagnóstico de tumores de menor diâmetro e, assim,

com menor probabilidade de comprometimento axilar, o que gerou

questionamento quanto à necessidade de linfadenectomia axilar (Bos et al.,

2009).

No último século, grandes avanços surgiram na forma de tratar o câncer

de mama (Cavalli, 2009). A remoção radical da glândula e das estruturas

adjacentes foi substituída por cirurgias conservadoras, tornando fundamental a

abordagem clínica de linfonodos axilares (LA). Os linfonodos estão associados

a ductos linfáticos que drenam vários tecidos e atuam como pontos de coleta

para fragmentos subcelulares e células que deixam seu local de origem (figura

3). Isso explica porque os gânglios são rotineiramente examinados para

determinar a presença de células tumorais, como advertência inicial da

presença de metástase (Weinberg, 2008).

Os LAs estão divididos basicamente em três níveis cirúrgicos em sua

disposição anatômica, tendo como referência o músculo peitoral menor, de

acordo com Comitê Unificado Americano em câncer (American Joint

Committee on Cancer - AJCC): nível I corresponde a linfonodos axilares

peitorais (anteriores), subcapsulares (posteriores) e umerais (laterais); nível II

se refere à linfonodos centrais, interpeitorais (Rotter) e alguns apicais; o nível

III, linfonodos axilares apicais (Mariani et al., 2001).

Page 25: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

25

Figura 3. Organização esquemática da árvore linfática evidenciando o linfonodo sentinela e demais linfonodos.

Fonte: Adaptado de Mariani et al., 2001.

É sabido que fatores biológicos podem afetar a predileção de algumas

células malignas para elas seletivamente invadirem os gânglios linfáticos, ao

invés de órgãos viscerais, assim como certos tipos de tumores mestatizam

para certos órgãos e outros não (Fidler, 2003; Amersi & Giuliano, 2013). As

metástases para os linfonodos não são aleatórias. O linfonodo sentinela (LS) é

considerado o primeiro a receber a drenagem linfática da área tumoral,

decorrente da progressão ordenada de células pelo sistema linfático (Quadros

& Gebrim, 2007). Alguns autores (Rack et al., 2003; Vona-Davis et al., 2014)

têm constatado que o comprometimento linfonodal axilar no momento do

diagnóstico é um biomarcador de um fenótipo agressivo.

O reconhecimento da complexidade da biologia do tumor tem mudado o

tratamento do câncer, com uso mais liberal da terapia sistêmica para tratar

células cancerígenas ocultas onde quer que estejam no corpo.

Consequentemente, a decisão de administrar terapias sistêmicas é influenciada

por uma variedade de fatores relacionados ao paciente e ao tumor, com a

influência do status do gânglio linfático, mas não necessariamente ditando o

uso da quimioterapia (Paik et al., 2006; Albain et al., 2010). A presença ou

ausência de metástase linfonodal e o número de linfonodos positivos com

Page 26: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

26

metástases determina a fase patológica do paciente. A metástase para o

linfonodo axilar continua a ser o mais importante preditor de recorrência geral e

sobrevivência em pacientes com câncer de mama (Amersi & Giuliano, 2013).

Apesar do conhecimento da condição dos linfonodos axilares ser

considerado a mais importante das informações prognósticas (Abreu &

Koifman, 2002), estando a metástase nos linfonodos axilares associada com

um risco elevado de recidiva (Barekati et al., 2012), não há estudos na

literatura que investiguem o padrão de glicosilação, especialmente o padrão de

sialilação, nas células metastáticas presentes neste sítio.

2.4 Glicosilação e o câncer

A glicosilação, modificação pós-traducional em organismos superiores,

consiste num processo biológico de adição ou remoção de um ou mais glicanos

a proteínas ou lipídeos, formando glicoconjugados (Campbel & Yarema, 2005),

alterando, assim, a sua estabilidade e função (Gill et al., 2010).

As cadeias sacarídicas presentes nos glicoconjugados são constituídas

por três regiões principais: a) o núcleo ou core, região onde se encontram os

carboidratos maís próximos do sítio de união com a cadeia polipeptídica; b) o

esqueleto, região onde o comprimento do oligossacarídeo é determinado e; c)

região periférica, onde se encontram os antígenos de importância biológica

como, por exemplo, os antígenos de grupo sanguíneo em glicolipídios (Velasco

et al., 2008)

Os glicoconjugados (figura 4), dependendo da molécula a que os

glicanos se ligam, podem ser glicoproteínas, glicolipideos, proteoglicanos ou

interações proteína-glicanos como lectinas (a interação é fraca e pode ser

revertida facilmente diferentemente dos exemplos anteriores),

glicosiltransferases e glicosidases –enzimas que podem ser ou não glicosiladas

e assim se tornam ou não glicoproteínas (Gill et al., 2010).

As glicoproteínas carregam um ou mais glicanos ligados covalentemente

a um esqueleto de polipeptídeo, usualmente via ligações de nitrogênio ou

oxigênio , nestes casos eles são conhecidos como N- glicanos ou O- glicanos ,

respectivamente (Pinho & Reis, 2015).

Page 27: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

27

Figura 4. Classes comuns de glicoconjugados presentes na superfície celular de células de mamíferos.

Fonte: Adaptado de Pinho & Reis, 2015. Gal: galactose, GalNAc: N-acetilgalactosamina, Glc: glicose, GlcNAc: N-acetilglicosamina, Man: manose, GlcN: N-glicosamina, Xyl: xilose, Fuc: fucose, GlcA: ácido glicurônico, Sialic acid: ácido siálico, GPI: Glicosilfosfatidilinositol

Os N-glicanos, que geralmente apresentam um resíduo de N-acetil-D

glicosamina (GlcNAc) unida ao nitrogênio da asparagina (Asn), na sequência

Asn-X-Ser/Thr onde X pode ser qualquer resíduo de aminoácido menos Ser,

são classificados em três grandes grupos: a) com um alto conteúdo de manose

(Man) em sua estrutura, b) as estruturas de tipo lactosamínico, as quais têm

como característica principal a presença de Galβ(1-4)GlcNAc e c) as estruturas

híbridas, misto de estruturas lactosamínicas e de manoses (Velasco et al.,

2008). Por outro lado, os O-glicanos possuem uma N-acetil-D-galactosamina

(GalNAc) ligada a hidroxila de uma serina (Ser) ou de uma treonina (Thr) da

cadeia polipeptídica e apresentam uma maior variedade de estruturas que os

N-glicanos, sendo descritos cerca de oito núcleos (core) diferentes dos quais

se derivam as demais estruturas oligossacarídicas presentes nas O-

glicoproteínas (figura 5). Por sua complexidade e diversidade, os O-glicanos

participam de diversas funções como conformação da estrutura secundária,

terciária e quaternária de proteínas, como as mucinas, e evitam a agregação

de proteínas (Carraway & Hull, 1991; Velasco et al., 2008).

Page 28: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

28

Figura 5. Estrutura e biossíntese dos núcleos (core) dos O-glicanos destacando os antígenos associados ao tumor no câncer de mama.

Fonte: Velasco, 2008.

Outras classes de glicoconjugados incluem os proteoglicanos e os

glicoesfingolipídeos. Proteoglicanos são glicoconjugados que tem um ou mais

glicosaminoglicano (GAG), como o sulfato de condroitina, sulfato de heparan e

sulfato de keratan (Varki, 2009; Pinto & Reis, 2015).

Proteínas de membrana e de secreção tem a glicosilação como um

evento prevalente em membrana e as proteínas secretadas desempenham um

papel decisivo em eventos de reconhecimento celulares envolvidos na adesão

celular, comunicação célula a célula e interação receptor-ligante (Taniguchi et

al., 2006; Yang et al., 2011). Os glicanos também influenciam criticamente as

propriedades físico-químicas das proteínas com impacto no dobramento da

proteína, solubilidade e turnover (Varki et al., 2009). Como resultado direto de

sua importância em uma variedade de processos biológicos e patológicos,

alterações na glicosilação de proteínas estão fortemente correlacionadas com o

Page 29: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

29

prognóstico do câncer e propriedades das células tumorais malignas (Yang et

al., 2011).

As mudanças na glicosilação associadas com a transformação

oncogênica vêm sendo descritas há mais de seis décadas (Hakomori &

Murakami, 1968; Pinho & Reis, 2015). Estas observações foram fortalecidas

com o advento da tecnologia de anticorpos monoclonais, que mostraram que

os anticorpos tumor-específicos eram dirigidos contra epítopos de carboidratos

e, em muitos casos, eram antígenos oncofetais presentes em glicoproteínas e

glicoesfingolipídeos do tumor (Feizi, 1985; Holmes et al., 1987; Pinho & Reis,

2015).

As células tumorais exibem uma vasta gama de alterações na

glicosilação em comparação com suas contrapartes não-transformadas (Pinho

& Reis, 2015). De fato, uma das consequências da transformação maligna são

as mudanças na glicosilação, sobretudo na etapa de elongação de O-glicanos

determinando que alguns tipos de núcleos, que nas células normais se

encontram mascarados/disfarçados pela adição de outros açúcares, fiquem

expostos na superfície celular, resultando na formação de novos antígenos

associados ao câncer (figura 6). Os antígenos mais caracterizados no câncer

de mama são os antígenos Tn [GalNAc(α1-O-)Ser/Thr], o sialil-Tn [NeuA(α2-

6)GalNAc(α1-O-)Ser/Thr], o T ou TF [Gal(β1-3)GalNAc(α1-O-)Ser/Thr] e sialil-T

[NeuA(α2-6)Neu(α2-3)Gal(β1-3)GalNAc(α1-O-)Ser/Thr] (Brockhausen, 2006)

(figura 6). A expressão destes antígenos é o resultado de uma glicosilação

incompleta, originando cadeias de proteínas com oligossacarídeos curtos,

expondo carboidratos que se encontravam mascarados pela adição de outros

açúcares e originando novos antígenos. A expressão destes antígenos é

geralmente descontínua ao longo da cadeia polipeptídica (Velasco et al., 2008).

O antígeno T é um precursor do Core 2 dos O-glicanos, que pode ser

desmascarado se a célula cancerígena perder sua habilidade de sintetizá-lo.

Este antígeno consiste em uma estrutura Core 1 não sialilada (Galβ1-

3GalNAcαSer/Thr) inicialmente descrita em glicoforinas de células vermelhas

(Cazet et al., 2010).

Georg Springer foi o pioneiro no estudo do antígeno T no câncer de

mama. Utilizando um anti-soro anti-T, ele demonstrou que todas as células do

Page 30: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

30

tumor mamário, mas não lesões benignas ou as glândulas mamárias normais,

expressavam o antígeno T (Cazet et al., 2010).

O antígeno Tn é o precursor do antígeno T ou TF que se forma pela

ação de uma β-galactosiltransferase, a qual pode estar bloqueada e provocar

uma sialilação precoce do antígeno (Zhuang at al., 1991), que normalmente se

encontra substituído por galactose (Gal) ou N-acetilglicosamina (GlcNAc), o

que permite a formação do esqueleto de oligossacarídeos e finalmente sua

terminação com a adição do ácido siálico (Sia). A expressão do antígeno sialil-

Tn está associada a diferentes carcinomas, como o adenocarcinoma gástrico

difuso, os cânceres de pulmão, cervico-uterino e de fígado (Cao et al., 1999;

Velasco, 2008).

Outras alterações aberrantes no perfil glicômico normal do soro têm sido

relatados para vários cânceres (Kyselova et al., 2008) e estas alterações têm

sido sugeridas, também, como uma possibilidade para a detecção precoce da

doença. Curiosamente, muitas das proteínas previamente relatadas como

indicadoras para câncer de mama são glicosiladas e outras glicoproteínas

específicas têm sido implicadas como indicadores de outros cânceres (Alley &

Novotny, 2010).

Figura 6. Importantes glicanos associados ao câncer.

Fonte: Adaptado de Pinho & Reis, 2015. Gal: galactose, GalNAc:

N‑acetilgalactosamina, Man: mannose, Fuc: fucose.

Page 31: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

31

As mais frequentes mudanças que ocorrem na glicosilação aberrante de

células cancerígenas são sialilação, fucosilação, truncação de O-glicanos e N e

O-ramificações ligadas a glicanos (Hakomori, 2002; Arnold et al., 2008;

Christiansen et al., 2014; Pinho & Reis, 2015). Estes glicanos tumor-específicos

são considerados marcos (hallmarks) de células cancerígenas. A maior parte

inclui um aumento da sialilação (Hakomori, 2002; Pinho &Reis, 2015).

O aumento da sialilação é uma característica bem conhecida de células

transformadas (Cazet et al., 2010). Tal aumento tem sido, também, uma

característica em tecidos cancerígenos e sangue de pacientes com câncer de

mama (Ozturk et al., 2011). A sialilação é uma importante modificação na

glicosilação celular, os carboidratos sialilados têm um importante papel no

reconhecimento celular, adesão celular e sinalização celular. Um aumento na

sialilação global, especialmente na sialilação α2,6 e α2,3, tem sido associado

ao câncer. As cadeias lactosamínicas são frequentemente finalizadas com

ácido siálico (Pinho & Reis, 2015).

As glicoproteínas de superfície celular geralmente contêm ácido siálico

localizado no terminal não-redutor da cadeia sacarídica. Evidências

histoquímicas demonstram que a sialilação de superfícies de células tumorais

está associada a um fenótipo de tumor metastático (Varki & Varki, 2007). De

fato, a sialilação aberrante é mais frequente em células de tumores malignos.

Os ácidos siálicos, como monossacarídeos terminais, são adicionados à

proteína ou porções lipídicas, ligados a Galβ1, 3 GlcNAc / Glc através α2, 3 ou

α2,6 sendo mediados por uma variedade de processos patológicos. Os

resíduos de ácido siálico alterados estão intimamente associados com o

fenótipo maligno de células tumorais e potencial metastático (Cui et al., 2011).

Estas mudanças de sialilação na superfície têm sido relatadas refletindo a

quantidade, tipo, distribuição e colagem de ácidos siálicos de moléculas

adjacentes. Por exemplo, uma correlação positiva pode ser estabelecida entre

os níveis de sialilação de superfície celular e capacidade metastática de vários

tumores experimentais (Babál et al., 2006). Assim, a exploração das mudanças

da sialilação na superfície celular durante o desenvolvimento do tumor e a

progressão da doença pode oferecer excelentes oportunidades para identificar

biomarcadores de câncer sensíveis e específicos (Yang et al., 2011).

Page 32: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

32

2.5 Ácidos siálicos (Sia)

A presença de Sia foi observada pela primeira vez por Levene &

Landsteiner (1927) nos EUA e por Walz (1927), na Alemanha, um açúcar

associado a lipídios purificados de animais que reagiram com reagente de Bial

originando uma cor púrpura, em vez da típica coloração verde (Sato & Kitajima,

2013).

Os ácidos siálicos (Sia) são derivados do ácido neuramínico, no qual o

grupo amino é substituído por um grupo acetila ou glicolil. São

monossacarídeos terminais em glicanos de glicoconjugados (ambos

glicolipídeos e glicoproteínas) expressos na superfície celular dos tecidos de

animais e microrganismos (figura 7). Sia são importantes em interações

extracelulares em virtude de sua posição terminal em glicoconjugados. Assim,

podem também ser parte de sítios de reconhecimento para a ligação de

agentes patogênicos (Varki & Varki, 2007).

Figura 7. Distribuição de ácidos siálicos na superfície celular

Fonte: Adaptado de Varki, 2007. Glc: glicose, Gal: galactose, Man: manose, GlcNAc: N-acetilglicosamina, GalNAc: N-acetilgalactosamina, Fuc: fucose, Sia: ácido siálico.

Page 33: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

33

A estrutura destes ácidos siálicos possui carga negativa devido ao grupo

carboxílico. As variadas ligações que podem ser estabelecidas entre o átomo

de carbono na posição 2 dos ácidos siálicos e os glicanos, juntamente com as

corretas substituições ao nível dos átomos das posições 4, 5, 7, 8 e 9, originam

uma elevada diversidade destes açúcares (Varki et al., 2009). Os dois ácidos

siálicos mais prevalentes nas células de mamíferos são o ácido N-

glicolilneuramínico (Neu5Gc) e o ácido N-acetil neuramínico (Neu5Ac). A

principal diferença entre ambos é a presença de um átomo de oxigênio no

grupo N-glicolil do Neu5Gc (Varki, 2007).

Os ácidos siálicos são uma família de carboidratos complexos de nove

carbonos, normalmente ligados a outros carboidratos por meio de ligações α-

cetosídicas, que ocorrem na natureza em cerca de 50 tipos. Estes tipos diferem

entre si por variações do grau de substituição e oxidação no esqueleto

carbônico e têm como molécula precursora a N-acetil-D-manosamina

(ManNAc) (Varki, 2007) (Figura 8). Este precursor é biossintetizado a partir de

UDP-N-acetil-D-glicosamina, uma molécula obtida em meio intracelular ou a

partir de N-acetil-D-glicosamina (GlcNAc), com participação da enzima N-acetil-

D-glicosamina-2-epimerase (de Fátima et al., 2005) (Figura 8). A N-acetil-D-

manosamina produzida é fosforilada em C6 pela enzima N-acetil-D-

manosamina-6-quinase. A ação da enzima Neu5Ac aldolase (também

conhecida como ácido siálico 9-P sintase) sobre a N-acetil-D-manosamina6-

fosfato, na presença de fosfoenolpiruvato (FEP), gera uma base de Schiff e,

subsequentemente, o ácido siálico-9-P (ácido N-acetilneuramínico 9-fosfato)

(Figura 8). A perda do grupamento fosfato, mediada pela enzima ácido siálico

9-fosfato fosfatase fornece o ácido siálico (ácido N-acetilneuramínico –

Neu5Ac) livre que é direcionado ao núcleo da célula. Neste compartimento, o

ácido N-acetilneuramínico (Neu5Ac) é ativado à custa de hidrólise de citidina

trifosfato (CTP), sendo formado CMP-ácido siálico que é transportado para o

complexo de Golgi (Jacobs et al., 2001). Após o seu transporte ativo na rede de

Golgi, a biossíntese de glicoconjugados sialilados é completada pela

transferência de Neu5Ac a ambas glicoproteínas e glicolipídeos nascentes

(Bayer et al., 2013), por ação de enzimas denominadas sialiltransferases

(Jacobs et al., 2001). Assim, glicoproteínas ou glicolipídeos sialilados são

secretados ou incorporados à membrana plasmática da célula (figura 8).

Page 34: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

34

Figura 8. Rota simplificada da biossíntese do ácido N-acetil neuramínico (Neu5Ac).

Fonte: de Fátima et al., 2005.

O ácido siálico mais abundante existente em eucariotos é o ácido N-

acetil neuramínico (ácido 5-acetamido-3,5-didesoxi-D-glicero-α-D-galacto-non-

2-ulopiranosônico - Neu5Ac), que foi isolado pela primeira vez por Gottschalk e

colaboradores (Gottschalk, 1951; de Fátima et al., 2005). Outros derivados

comuns, porém encontrados em menor quantidade, são ácido N-glicolil

neuramínico (Neu5Gl) e 5-hidroxineuramínico (ácido 3- desoxi-D-glicero-α-D-

galacto-non-2-ulopiranosônico - KDN) (Figura 9). Como componentes de

glicoconjugados, os ácidos siálicos são encontrados ligados a hexoses, como

α(2,3)- ou α(2,6)-β-Gal ou β-GalNHR e ligados a outros ácidos siálicos como

α(2,8) (de Fátima et al., 2005).

Page 35: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

35

Figura 9. Estrutura dos ácidos siálicos mais comuns

Fonte: de Fátima et al., 2005. Ácido N-acetil neuramínico (Neu5Ac), ácido N-glicolilneuramínico (Neu5Gc), ácido 3- desoxi-D-glicero-α-D-galacto-non-2-ulopiranosônico (KDN)

Durante as últimas décadas, muitos estudos têm elucidado estes

monossacarídeos ácidos para serem crucialmente associados aos diversos

processos biológicos (Bayer et al., 2013). Os ácidos siálicos estão intimamente

envolvidos em processos biológicos fundamentais à manutenção da vida, mas

em funções diferentes daquelas normalmente atribuídas a carboidratos como

armazenadores de energia (glicogênio e amido, por exemplo) ou como

componentes de blocos estruturais (quitina e celulose) (Berg et al., 2002; de

Fátima et al., 2005). Exemplos do papel dos ácidos siálicos em processos

biológicos incluem as funções de mediadores na adesão célula-célula,

mediadores na comunicação intercelular, renovadores celulares, receptores

para bactérias e vírus (Wilson et al, 2003; de Fátima et al., 2005), interações na

fertilização, a diferenciação, eventos imunológicos e neurológicos (Angata &

Varki, 2002; Sato & Kitajima, 2013). A posição de abertura máxima de resíduos

de ácido siálico em glicoproteínas e glicolipídeos torna-os acessíveis a

numerosos elementos de comunicação celular envolvidos na formação de

contatos com os componentes da mesma célula ou com células vizinhas, com

matriz extracelular ou com agentes patogênicos invasores (Bayer et al., 2013).

Em eritrócitos, os ácidos siálicos são mediadores na renovação celular.

Um dos eventos biológicos que determinam a “idade” do eritrócito, cuja vida

média é de aproximadamente 120 dias, é a perda dos resíduos de ácidos

siálicos presentes em seus glicoconjugados de membrana. As unidades de

ácidos siálicos encontradas nas extremidades protegem essas células da

captação pelo fígado. Quando os eritrócitos estão velhos e prontos para a

Page 36: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

36

destruição e reposição, ocorre a remoção dos ácidos siálicos terminais pela

enzima sialidase expondo resíduos de galactose, que interagem com

receptores dos hepatócitos (de Fátima et al., 2005).

Uma das principais necessidades na pesquisa moderna do câncer de

mama é compreender os mecanismos moleculares que conduzem as células

tumorais à metástase, incluindo como e quando ocorre a ativação de novas

capacidades. A investigação da presença ou ausência de ácidos siálicos nos

diferentes sítios como tumor primário, linfonodos e plasma sanguíneo pode ser

de grande importância para o reconhecimento e compreensão dos mecanismos

iniciais relacionados ao processo de metastização. Além disso, a identificação

de glicoproteínas sialiladas comuns a estes sítios, passíveis de envolvimento

nesta etapa da carcinogênese mamária, podem auxiliar diretamente na busca

por novos marcadores moleculares para a detecção precoce de metástases e

prognóstico.

2.6 Lectinas: ferramentas na identificação do padrão de glicosilação

No final do século XIX, começaram a surgir evidências sobre a presença

na natureza de proteínas que possuíam a habilidade de aglutinar eritrócitos.

Estas proteínas foram referidas como hemaglutininas, ou fitoaglutininas, pois

elas foram originalmente encontradas em extratos de plantas. É consenso

acreditar que a primeira descrição de uma hemaglutinina foi feita por Peter

Hermann Stillmark na sua tese de doutorado apresentada em 1888 (Zanetti,

2007).

Em 1952, Watkins e Morgan demonstraram que a atividade aglutinante,

observada nas até então chamadas hemaglutininas, estava baseada na

atividade específica de ligação de uma dada lectina a carboidratos (Van

Damme et al., 1998). O termo lectina, do latim legere, foi proposto em 1954 por

Boyd e Sharpleigh, enfatizando a propriedade de algumas proteínas

aglutinarem seletivamente distintos tipos celulares, uma vez que o termo

significa escolher, selecionar (Van Damme et al., 1998; Van Damme, 2011).

Tão logo o reconhecimento das lectinas como moléculas ligantes a

carboidratos, as mesmas puderam ser distinguidas das outras proteínas com

base em critérios funcionais bem definidos. Devido a sua habilidade de se ligar

Page 37: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

37

a carboidratos de forma altamente específica e geralmente reversível e sem

alterar a estrutura dos ligantes reconhecidos, as lectinas têm se destacado

como importantes ferramentas em pesquisas englobando diversas áreas da

ciência, em especial na bioquímica, na biologia celular e molecular, na

imunologia, na farmacologia, na medicina e análises clínicas (Lima, 2010).

Estudos têm empregado lectinas como potenciais anticarcinogênicos

(De Meija et al., 2003), conjugadas a agentes quimioterápicos úteis no

tratamento de tumores induzidos em animais (Haseenabeevi et al., 1991;

Pawar & Vavia, 2015) ou como sonda alternativa em imagens celulares e

biomarcadores (Weng et al., 2006; Ferreira et al., 2013a).

O interesse nas lectinas se intensificou quando se descobriu que elas

são ferramentas extremamente valiosas para investigação de glicanos de

superfície celular, para determinação do papel na diferenciação e crescimento

celular, nas interações de células com seu nicho e também numa variedade de

processos patológicos (Sharon, 2007).

Os maiores avanços em histoquímica advieram da descoberta das

lectinas promovendo um enorme impacto na biologia e histopatologia celular.

Por muitos anos, as lectinas foram usadas para isolar e purificar glicoproteínas

e determinar a posição de glicoconjugados nas células. As funções celulares

dos carboidratos unidos às proteínas foram relatadas e observou-se que eram

afetadas pela glicosilação e subsequentemente modificações e rearranjos ou

adição de açúcares em processos patológicos (Yamamotoa et al., 2005). As

lectinas, com suas propriedades exclusivas, se ligam a carboidratos específicos

presentes nos glicoconjugados na superfície celular permitindo uma

visualização das modificações na distribuição e arquitetura destes açúcares

frente a diferentes processos patológicos (Sharon, 2007).

Os primeiros estudos de cânceres empregando histoquímica com

lectinas foram realizados por Klein e colaboradores (1981). Os estudos

histoquímicos e/ou imunohistoquímicos, em que reações químicas são

realizadas em secções histológicas, são particularmente úteis para demonstrar

a arquitetura estromal de um tumor, por ressaltar estruturas da matriz

extracelular e frequentemente a dimensão da extensão tumoral. As lectinas

funcionam como ligantes de vários glicoconjugados que se encontram em

Page 38: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

38

proporções variadas em diferentes membranas celulares e fluídos fisiológicos,

refletindo a diversidade de seus papéis biológicos (Sharon & Lis, 2004).

Dessa forma, devido à série de mudanças bioquímicas, como variações

do perfil de expressão de carboidratos, que ocorrem num ambiente celular em

processos neoplásicos, as lectinas tornam-se interessantes ferramentas

diagnósticas na diferenciação histoquímica para glicoconjugados de superfície

e intracelulares de células transformadas (Beltrão et al., 2001, 2003; Rego &

Beltrão, 2009; Sobral et al., 2010; Lima et al., 2010; Melo-Júnior et al., 2011;

Melo et al., 2011; Ferreira et al., 2013a; Dos Santos et al., 2014).

Dentre as lectinas, com uso em histoquímica, que reconhecem Sia

podemos citar a Sambucus nigra L. como fonte da SNA (Sambucus nigra

agglutinin). A árvore contém muitos componentes nas flores, frutos e casca que

podem ser explorados por suas propriedades anti-inflamatória, antiviral, anti-

proliferativa e inseticida, entre outros (Vandenbussche et al., 2004; Roschek et

al., 2009). Algumas destas propriedades parecem estar relacionadas com

lectinas conhecidas como Sambucus nigra agglutinins, das quais existem seis

subtipos conhecidos. A isoforma SNA I têm especificidade de ligação pela

sequência sacarídica NeuAc (α2, 6) Gal/GalNAc, isto é, reconhece resíduos de

ácido siálico na posição α2,6 (Shibuya et al., 1987; Lópes-Morales et al., 2010).

Já a MAA é uma lectina isolada da semente da planta Maackia

amurensis com fraco potencial hemaglutinante e forte potencial

leucoaglutinante para o linfoma de células de rato Bw5147 (Wang &

Cummings, 1987). Sua especificidade de ligação a carboidratos foi

determinada, em 1987, por Wang e Cummings. Estes autores observaram que

esta lectina reconhece a sequência trissacarídica NeuAc (α2,3)-Gal

β1,4GlcNAc/Glc, isto é, resíduos de ácidos siálicos na posição α2,3. A conexão

entre a marcação de MAA e o comportamento de invasão e metástase das

células cancerígenas foi analisada em alguns tumores e o resultado mostrou

uma estreita associação entre a marcação com esta lectina e a progressão

tumoral em cânceres gástricos e de pele não melanoma (Tang et al., 2003;

Wang et al., 2009; Jun et al., 2012; Ferreira et al., 2013a).

Outros exemplos de lectinas com especificidades carboidráticas

diferentes são; a VVA (Vicia Villosa agglutinin) que reconhece,

Page 39: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

39

preferencialmente, resíduos terminais de α- ou β N-acetilgalactosamina,

especialmente resíduos de α-N-acetilgalactosamina ligados a serina ou

treonina de um polipeptídeo, o antígeno Tn (Kawaguchi et al., 2006) e a PNA

(Peanut agglutinin), lectina extraída do amendoim, que se liga ao antígeno

oncofetal de Thomsen-Friedenreich (Galβ1-3GalNacα-, ou antígeno T),

mostrando especificidade para câncer ou epitélio pré-cancerígeno (Campbell,

1995).

Page 40: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

40

3 OBJETIVOS

3.1 Geral

Comparar o perfil de sialilação de glicoconjugados e a expressão dos

antígenos carboidratos não sialilados associados ao tumor em carcinoma

ductal invasivo (CDI) mamários humanos primários e linfonodos axilares

metastáticos (LNM) correspondentes.

3.2 Específicos

- Avaliar a expressão de ácido siálico por meio da histoquímica com as lectinas

Sambucus nigra agglutinin (SNA) e Maakia amurensis lectin (MAL II) em

carcinomas mamários primários, em linfonodos axilares correspondentes e

tecidos mamários saudáveis;

- Avaliar a expressão de β-galactosideo α2,3 sialiltransferase (ST3Gal I) e β-

galactosideo α-2,6 sialiltransferase (ST6Gal I) em carcinomas mamários

primários, em linfonodos axilares correspondentes e tecidos mamários

saudáveis através da imunohistoquímica;

- Avaliar a expressão de O-glicanos truncados, não sialilados, associados ao

câncer tais como antígeno T e antígeno Tn através da histoquímica com as

lectinas Vicia villosa aglutinin (VVA) e Peanut agglutinin (PNA) em carcinomas

mamários primários, em linfonodos axilares correspondentes e em tecidos

mamários saudáveis;

- Identificar a expressão de marcadores moleculares clássicos de carcinomas

mamários tais como receptor de estrógeno (RE), receptor de progesterona

(RP), Receptor de fator de crescimento epidermal humano do tipo 2 (HER-2) e

citoqueratina 67 (Ki-67) através da técnica de imunohistoquímica;

- Correlacionar o padrão de glicosilação para os açúcares alvo e a expressão

dos marcadores moleculares mamários de rotina em carcinomas mamários

primários e em linfonodos axilares correspondentes;

- Correlacionar às características clinico-patológicas e o perfil dos marcadores

moleculares mamários encontrados com a expressão de ácido siálico em

carcinomas mamários primários e em linfonodos axilares correspondentes;

Page 41: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

41

4 MATERIAIS E MÉTODOS

4.1 Materiais

Lectinas biotiniladas (Vector Lab, USA): Sambucus nigra agglutinin

(SNA), Maakia amurensis Lectin (MAL II), Vicia villosa aglutinin (VVA) e Peanut

agglutinin (PNA). Anticorpos monoclonais: anti-ST3Gal 1 (AV45410) e anti-ST6

Gal 1 (WH0006480M1) da SIGMA, USA; anti-receptor de progesterona (AB-

52), anti-β-receptor de estrógeno (L-20) e anti-Ki-67 (M-19) da Santa Cruz

Biotech, USA. Anticorpo policlonal anti-HER-2 (A0485) da DAKO, USA. Kit

biotina-estreptavidina-peroxidase (ADVANCETM HRP KIT) e a diaminobenzidina

(DAB) da DAKO, USA. Todos os demais reagentes foram obtidos em grau

analítico.

4.2 Amostras

As biópsias (n=98) de tecido mamário fixadas em formalina e embebidas

em parafina, diagnosticadas como carcinoma ductal invasivo (CDI), oriundas do

Serviço de Anatomia patológica do Hospital das Clínicas (HC/UFPE) foram

obtidas respeitando o intervalo temporal de janeiro de 2009 a dezembro de

2013. Foram selecionadas para o presente estudo as amostras (n=73) que

obedeceram aos seguintes critérios de inclusão: a) disponibilização dos dados

clinico-patológicos (idade, tamanho do tumor, estadiamento, grau histológico,

grau nuclear e status linfonodal); b) liberação dos blocos com tecido

parafinizado pelo setor de Anatomia patológica e; c) quantidade de massa

tumoral representativa para estudos histológicos. Para análise comparativa do

padrão de glicosilação foram selecionados, a partir destas amostras, 43 casos

de CDI com significativo comprometimento linfonodal (presença de metástase

em pelo menos 2 linfonodos axilares correspondentes). Foram excluídas do

estudo as amostras que não obedeceram aos critérios de inclusão. Todas as

amostras foram submetidas a uma segunda análise por patologista para

confirmação do diagnóstico. Posteriormente foram encaminhados ao Setor de

Patologia do Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA) para serem

submetidas a cortes histológicos. Os controles normais negativos para

Page 42: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

42

neoplasias (n=11) foram selecionados a partir de blocos embebidos em

parafina resultantes de casos de mastoplastia redutora realizadas no Hospital

das Clínicas.

4.3 Aspectos éticos

O presente projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética do Centro de

Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e

possui n° CAEE: 06586612.9.0000.5208 — No. 140.876 (Anexo I).

4.4 Histoquímica com Lectinas

De acordo com o protocolo de Beltrão et al., (2001), cortes histológicos

(4µm), montados em lâminas albuminizadas, foram desparafinizados em xilol e

hidratados em álcool etílico (100% e 70%). Em seguida foram tratados com

uma solução de tripsina 0,1% (p/v) a 37°C por 2 minutos e incubados com as

lectinas Sambucus nigra agglutinin (SNA) ou Maackia amurensis lectin II (MAL

II) conjugadas a biotina (na concentração de 20µg/mL e 40µg/mL,

respectivamente) por 2 horas a 4°C. A revelação da ligação lectina-carboidrato

foi visualizada com o kit estreptavidina-biotina-peroxidase e revelada com uma

solução de diaminobenzidina e peróxido de hidrogênio (H2O2). Os cortes foram

contra-corados com hematoxilina. Todas as lavagens entre as etapas descritas,

foram realizadas com tampão fosfato de sódio 100mM, pH 7,2, suplementado

com NaCl 150mM (PBS). Para o controle negativo da histoquímica, foi

realizado um ensaio de inibição das lectinas com ácido siálico (100 a 300 mM)

bem como substituição das lectinas por tampão PBS.

4.5 Imunohistoquímica

De acordo com Ferreira et al. (2013b), cortes histológicos (4µm),

montados em lâminas albuminizadas, foram desparafinizados em xilol e

hidratados em álcool etílico (100% e 70%). Em seguida foi realizada incubação

em hidróxido de amônio (NH4OH) por 10 minutos com posterior etapa de

Page 43: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

43

recuperação antigênica em tampão citrato à 10mM, pH 6.0 em câmara de

vapor de água (STIMER) por 30 minutos. Após o resfriamento, os cortes foram

incubados com solução de peróxido de hidrogênio (H2O2) em metanol (1:1) por

30 minutos a 25ºC seguido de incubação com solução de albumina sérica

bovina (bovine serum albumin - BSA) a 1% em PBS por 45 minutos a 25°C. Na

etapa seguinte, os tecidos foram incubados com os anticorpos anti-receptor β

de estrógeno (L-20, 1:50), anti-receptor de progesterona (AB-52, 1:50), anti-Ki-

67 (1:50), anti-HER-2 (1:100), anti-ST3Gal 1 (1:200) e anti-ST6Gal 1 (1:200)

por 16 horas a 4°C. A localização do anticorpo foi feita com polímero sem

biotina (ADVANCETM HRP KIT). De acordo com as instruções do fabricante, as

amostras foram incubadas com o ADVANCETM HRP Link (contendo anticorpos

secundários) durante 45 minutos a 25°C e, em seguida, com ADVANCETM HRP

Enzima (contendo anticorpos conjugados com peroxidase) durante 45 minutos

a 25°C. Finalmente a reação foi revelada com 3,3’-Diaminobenzidina (DAB)-

H2O2 e os tecidos contra-corados com hematoxilina. As lavagens entre as

etapas descritas foram realizadas com tampão fosfato de sódio 100mM, pH 7,2

suplementado com NaCl 150mM (PBS). Para o controle negativo as lâminas

foram incubadas sem a adição do anticorpo primário, sendo este substituído

pelo tampão PBS. Lâminas de tecido normal (mastoplastia) foram utilizadas

como controle positivo para Ki-67 e HER-2, casos de câncer de mama

sabidamente positivos para receptores hormonais (estrógeno e progesterona)

foram usados como controle positivo.

4.6 Hibridização in situ cromógena (CISH)

Os casos positivos para HER-2 com intensidade de marcação 1+ ou 2+ na

imunohistoquímica foram submetidos à técnica de hibridização in situ

cromogênica (CISH). Foi utilizado o ZytoDot CISH Implementation Kit (C-3018-

40) da ZytoVision (USA). Todos os procedimentos foram realizados de acordo

com as instruções do fornecedor. Foi considerado HER-2 positivo quando mais

de 50% dos núcleos apresentavam número de cópias do gene maior do que

dez ou quando se observava nos núcleos região homogênea de coloração em

mais de 50% dos mesmos, como descrito por Tanner et al. (2000) ou quando a

imunohistoquímica utilizando o anticorpo anti-HER2 (DAKO, USA) revelou uma

Page 44: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

44

marcação com intensidade de 3+ de acordo com a diretriz ASCO/CAP HER-2

(2013).

4.7 Análise digital de imagem

Foi utilizado um sistema de vídeo-câmera acoplado a um microscópio

óptico Eclipse 50i (Nikon,USA). Foram analisadas três áreas aleatórias (µm2)

levando em consideração o número de células marcadas por área. A análise

semi-quantitativa das células marcadas foi aferida utilizando sistema

automático, avaliando-se três áreas em cada caso. A intensidade da marcação

foi determinada de acordo com Dornelas (2009) como: (1+) para marcação de

até 1/3 das células tumorais; (2+) para marcação de até 2/3 de células

tumorais; e (3+) marcação acima de 2/3 células tumorais, com observação de

três campos microscópicos, com aumento de 100x. Às lâminas que não

apresentaram marcação foi atribuído (0). A avaliação imunohistoquímica para

receptores hormonais (estrógeno e progesterona) utilizou as recomendações

das diretrizes ER/PR ASCO/CAP (2010). O biomarcador Ki67 foi avaliado de

acordo com protocolo de Fountzilas e colaboradores (2012) onde os casos

foram considerados positivos quando mais de 14% dos núcleos das células

neoplásicas foram marcados. A marcação para HER-2 foi avaliada de acordo

com a diretriz ASCO/CAP HER-2 (2013).

4.8 Análise estatística

A análise estatística dos dados obtidos experimentalmente foi realizada

através do software GraphPad Prism (GraphPad Software, Inc., San Diego, CA,

USA). Para a comparação entre os grupos, foram consideradas positivas as

amostras com intensidade de marcação +2 e +3 sendo consideradas negativas

as amostras com intensidade de marcação +1 e 0. As diferenças estatísticas

foram analisadas pelo teste Qui-quadrado ou o teste exato de Fisher. Um valor

de P <0,05 foi considerado estatisticamente significativo.

Page 45: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

45

5 REFERÊNCIAS

ABREU, E.; KOIFMAN, S. Fatores prognósticos no câncer de mama feminino.

Rev Brasil Cancerol. 48(1): 113-31, 2002.

ALBAIN, K. S.; BARLOW, W. E.; SHAK, S. Breast Cancer Intergroup of North

America. Prognostic and predictive value of the 21-gene recurrence score

assay in postmenopausal women with node-positive, estrogen-receptor-positive

breast cancer on chemo-therapy: a retrospective analysis of a randomised trial.

Lancet Oncol. 11(1):55-65, 2010.

ALLEY JR, W. R. & NOVOTNY, M. V. Glycomic Analysis of Sialic Acid Linkages

in Glycans Derived from Blood Serum Glycoproteins. J Proteome Res. 9(6):

3062–3072, 2010.

AMERSI, F. & GIULIANO, A. E. Management of the axilla. Hematol Oncol Clin

North Am. 27(4): 687-702, 2013.

ANGATA, T. & VARKI, A. (2002) Chemical diversity in the sialic acids and

related alpha-keto acids: an evolutionary perspective. Chem Rev..102: 439-

469, 2002.

ARNOLD, J. N.; SALDOVA, R.; HAMID, U. M.; RUDD, P. M. Evaluation of the

serum N‑linked glycome for the diagnosis of cancer and chronic inflammation.

Proteomics 8: 3284–3293, 2008.

BABÁL, P.; JANEGA, P.; CERNÁ, A.; KHOLOVÁ, I.; BRABENCOVÁ, E.

Neoplastic transformation of the thyroid gland is accompanied by changes in

cellular sialylation. Act Histochem. 108: 133–140, 2006.

BAREKATI, Z.; RADPOUR, R.; LU, Q.; BITZER, J.; ZHENG, H.; TONIOLO, P.;

LENNER, P.; ZHONG, X. Y. Methylation signature of lymph node metastases in

breast cancer patients. BMC Cancer 12:244-2, 2012.

Page 46: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

46

BASKIN, Y & YGITBAsI, T. Clinical Proteomics of Breast Cancer. Current

Genomics, 11: 528-536, 2010.

BATEMAN, A.C. Breast Pathology. Basic Science. Surgery, 25 (6): 245-250,

2007.

BAYER, N. B.; SCHUBERT, U.; SENTÜRK, Z.; RUDLOFF, S.; FRANK, S.;

HAUSMANN, H.; GEYER, H.; GEYER, R.; PREISSNER, K. T.; GALUSKA, S.

P. Artificial and natural sialic acid precursors influence the angiogenic capacity

of human umbilical vein endothelial cells. Molec. 18(3): 2571-86, 2013.

BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de Atenção à saúde,

Departamento de Regulação, Avaliação e Controle, Coordenação Geral de

sistemas de Informação, 2010. Manual de bases técnicas da oncologia –

SAI/SUS- Sistema de Informações Ambulatoriais, 100p.

BELTRÃO, E. I. C.; FIGUERÊDO-SILVA, J.; COELHO, L. C. B. B.; CARVALHO

JR, L. B. Infiltrating ductal mammary carcinoma: lectina histochemistry study.

Anais Faculdade Medicina Universidade de Pernambuco, Recife, Brazil 46:

32-35, 2001.

BELTRÃO, E. I. C.; MEDEIROS, P. L.; RODRIGUES, O. G.; FIGUERÊDO-

SILVA, J.; COELHO, L. C. B. B.; CARVALHO JR, L. B. Parkia pendula lectina

histochemistry marker for meningothelial tumor. Eur J Histochem. 47: 139-142,

2003.

BERG, J. M.; TYMOCZKO, J.; STRYER, L. Biochemistry, 5ª ed., W. H.

Freeman and Campany: New York, 2002, cap.11.

BERTUCCI, F.; BIRNBAUM, D.; GONÇALVES, A. Proteomics of breast cancer:

principles and potential clinical applications. Molec & Cell Proteom. 5: 1772-

1786, 2006.

Page 47: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

47

BOS, P. D.; ZHANG, X. H.; NADAL, C.; SHU, W.; GOMIS, R. R.; NGUYEN, D.

X.; MINN, A. J.; VAN DE VIJVER, M. J.; GERALD, W. L.; FOEKENS, J. A.;

MASSAGUÉ, J. Genes that mediate breast cancer metastasis to the brain.

Nature 459 (7249):1005-1009, 2009.

BROCKHAUSEN, I. Mucin-type O-glycans in human colon and breast cancer:

glycodynamics and functions. EMBO Rep. 7:599-604, 2006.

BROOKS, S. A.; CARTER, T. M.; ROYLE, L.; HARVEY, D. J.; FRY, S. A.;

KINCH, C.; DWEK, R. A.; RUDD, P. M Altered glycosylation of proteins in

cancer: what is the potential for new anti-tumour strategies. Anticancer Agents

Med Chem. 8: 2-21, 2008.

CAMPBELL, B.J.; FINNIE, I. A.; HOUNSELL, E. F.; RHODES, J. M. Direct

demonstration of increased expression of Thomsen-Friedenreich (TF) antigen in

colonic adenocarcinoma and ulcerative colitis mucin and its concealment in

normal mucin. J Clin Invest. 95: 571-6, 1995.

CAMPBELL, C. T.; YAREMA, K. J. Large-scale approaches for glycobiology.

Gen Biology 2005, 6:236, 2005.

CAO, Y.; KARSTEN, U.; OTTO, G.; BANNASCH, P. Expression of MUC1,

Thomsen-Friedenreich antigen, Tn, sialosyl-Tn, and alpha2,6-linked sialic acid

in hepatocellular carcinomas and preneoplastic hepatocellular lesions.

Virchows Arch. 434: 503-509, 1999.

CARRAWAY, K. L.; HULL, S. R. Cell surface mucin-type glycoprotein and

mucin like domains. Glycobiology 1: 131-138, 1991.

CAVALLI, L.R. Molecular markers of breast axilary limph node metastases.

Expert Rev Mol Diag. 9 (5): 441-454, 2009.

Page 48: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

48

CAZET, A.; JULIEN, S.; BOBOWSKI, M.; BURCHELL, J.; DELANNOY, P.

Tumor-associatde carbohydrate antigens in breast cancer. Breast Cancer

Research 12: 1-13, 2010.

CICHON, M. A.; DEGNIM, A. C.; VISSCHER, D. W.; RADISKY, D. C.

Microenvironmental Influences that Drive Progression from Benign Breast

Disease to Invasive Breast Cancer. J Mammary Gland Biol Neoplasia. 15(4):

389–397, 2010.

CHAFFER, C. L.; WEINBERG, R. A. A Perscpective on Cancer Cell Metastasis.

Science 331(6024): 1559-1564, 2011.

CHAMBERS, A. F.; GROOM, A. C.; MACDONALD, I. C. Dissemination and

growth of cancer cells in metastatic sites. Nat Rev Cancer 2: 563–572, 2002.

CHAMMAS, R. Biologia do câncer: uma breve introdução. In: Hoff, Paulo

Marcelo Gehm (3ed). Tratado de oncologia. São Paulo: Atheneu, p.3-8, 2013.

CHERIAN, R. M.; JIN, C.; LIU, J.; KARLSSON, N. G.; HOLGERSSON, J. A.

Panel of Recombinant Mucins Carrying a Repertoire of Sialylated O-Glycans

Based on Different Core Chains for Studies of Glycan Binding Proteins.

Biomolec. 5(3): 1810–1831, 2015.

CHO, E. Y.; HAN, J. J.; CHOI, Y. L.; , KYOUNG-MEE KIM, K. M.; OH, Y. L.

Comparison of Her-2, EGFR and Cyclin D1 in Primary Breast Cancer and

Paired Metastatic Lymph Nodes: An Immunohistochemical and Chromogenic In

Situ Hybridization Study. J Korean Med Sci. 23: 1053-61, 2008.

CRESPO, H. J.; LAU, J. T.; VIDEIRA, P. A. Dendritic Cells: A Spot on Sialic

Acid. Front Immunol. 27 (4):491, 2013.

CHRISTIANSEN, M. N.; CHIK, J.; LEE, L.; ANUGRAHAM, M.; ABRAHAMS JL.;

PACKER, N. H. Cell surface protein glycosylation in cancer. Proteom. 14 (4-5):

525–546, 2014.

Page 49: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

49

CUI, H. X.; LIN, Y.; YUE, L.; ZHAO, X.; LIU, J. Differential expression of the

α2,3-sialic acid residues in breast cancer is associated with metastatic potential.

Oncol Rep. 25:1365-1371, 2011.

DALL’OLIO, F. D.; CHIRICOLO, M.; LAU, J. T. Y. Differential expression of the

hepatic transcript of α -galactoside β2,6 sialyltransferase in human colon cancer

cell lines. Int J Cancer 81:243–7, 1999.

DE FÁTIMA, A.; BAPTISTELLA, L. H. B.; PILLI, R. A. Ácidos siálicos – da

compreensão do seu envolvimento em processos biológicos ao

desenvolvimento de fármacos contra o agente etiológico da gripe. Quim Nova

28 (2): 306-316, 2005.

DE MEIJA, E. G.; BRADFORD, T.; HASTER, C. The anticarcinogenic potencial

of soybean lectina and lunasin. Nutri Rev. 61(7): 239-246, 2003.

DORNELAS, M.T.; RODRIGUES, M. F.; MACHADO, D. C.; GOLLNER, A. M.;

FERREIRA, A. P. Expression of cell proliferation and apoptosis biomarkers in

skin spinocellular carcinoma and actinic keratosis. An Bras Dermatol. 84: 469-

75, 2009.

DOS-SANTOS, P. B.; ZANETTI, J. S.; VIEIRA-DE-MELLO, G. S.; RÊGO, M. B.

Lectin histochemistry reveals SNA as a prognostic carbohydrate-dependent

probe for invasive ductal carcinoma of the breast: a clinicopathological and

immunohistochemical auxiliary tool. Inter J clin & expl pathology 7: 2337,

2014.

DU, J.; HONG, S.; DONG, L.; CHENG, B.; LIN, L.; ZHAO, B.; CHEN, Y. G.;

CHEN, X. Dynamic Sialylation in Transforming Growth Factor-β (TGF-β)-

induced Epithelial to Mesenchymal Transition. J Biol Chem. 290(19):12000-13,

2015.

Page 50: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

50

EHEMAN, C.R.; SHAW, K.M.; RYERSON, A.B.; MILLER, J.W.; AJANI, U.A.;

WHITE, M.C. The Changing Incidence of In situ and Invasive Ductal and

Lobular Breast Carcinomas: United States, 1999-2004. Cancer Epidemiol

Biomarkers Prev. 18 (6): 1763-1769, 2009.

ELLSWORTH, R.E.; SEEBACH, J.; FIELD, L.A.; HECKMAN, C.; KANE, J.;

HOOKE, J.A.; LOVE, B.; SHRIVER, C.D. A gene expression signature that

defines breast cancer metastases. Clin Exp Metastasis 26: 205-213, 2009.

FEIZI, T. Carbohydrate antigens in human cancer. Cancer Surv. 4: 245–269,

1985.

FERREIRA, S. A.; VASCONCELOS, J. L.; CAVALCANTI, C. L.; RÊGO, M. J. B.

M.; BELTRÃO, E. I. C. Sialic acid differential expression in non-melanoma skin

cancer biopsies. Med Mol Morphol. 46(4):198-202, (2013a).

FERREIRA, S. A.; VASCONCELOS, J. L. A.; CAVALCANTI, C. L. B.; SILVA, R.

C. W. C.; CAVALCANTI, C.L.; RÊGO, M. J. B. M.; BELTRÃO, E. I. C.

Expression patterns of α2,3-Sialyltransferase I and α2,6-Sialyltransferase I in

human cutaneous epithelial lesions. Eur J Histochem. 57(1): 41-45, (2013b).

FIDLER, I. J. The pathogenesis of cancer metastasis: the “seed and soil”

hypothesis revisited. Nat Rev Cancer 3(6): 453-458, 2003.

FOUNTZILAS, G.; DAFNI, U.; BOBOS, M.; BATISTATOU, A.; KOTOULA, V.;

TRIHIA, H.; MALAMOU-MITSI, V.; MILIARAS, S.; CHRISAF, S.;

PAPADOPOULOS, S.; SOTIROPOULOU, M.; FILIPPIDIS, T.; GOGAS, H.;

KOLETSA, T.; BAFALOUKOS, D.; TELEVANTOU, D.; KALOGERAS, K. T.;

PECTASIDES, D.; SKARLOS, D. V.; KOUTRAS, A.; DIMOPOULOS, M. A.

Differential response of immunohistochemically defied breast cancer subtypes

to anthracyclinebased adjuvant chemotherapy with or without paclitaxel. PLoS

One; 7: e37946, 2012.

Page 51: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

51

GILL, D. J.; CHIA, J.; SENEWIRATNE, J.; BARD, F. Regulation of O-

glycosylation through Golgi-to-ER relocation of initiation enzymes. Cell Biol.

189:772, 2010.

GLAVEY, I. V.; HUYNH, D.; REAGAN, M. R.; MANIER, S.; MOSCHETTA, M.;

KAWANO, Y.; ROCCARO, A. M.; GHOBRIAL, I. M.; JOSHI, L.; O'DWYER, M.

E. The cancer glycome: Carbohydrates as mediators of metastasis. Blood

Reviews 29 (4): 269 – 279, 2015.

GOTTSCHALK A. N-substituted isoglucosamine released from mucoproteins by

the influenza virus enzyme. Nature 26;167(4256):845–847, 1951.

GREENBURG, G.; HAY, E. D. Epithelia suspended in collagen gels can lose

polarity and express characteristics of migrating mesenchymal cells. J. Cell

Biol. 95: 333–339, 1982.

HAKOMORI, S. I. & Murakami, W. T. Glycolipids of hamster fibroblasts and

derived malignanttransformed cell lines. Proc Natl Acad Sci. 59: 254–261,

1968.

HAKOMORI, S. Glycosylation defining cancer malignancy: new wine in an old

bottle. Proc Natl Acad Sci. 99: 10231–10233, 2002.

HANAHAN, D.; WEINBERG, R. A. Hallmarks of cancer: the next generation.

Cell 144:646–74, 2011.

HASEENABEEVI, V. M.; REMANI, P.; ANIL, S.; VIAJAYAKUMAR, T. Plant

lectins-histochemical and cytochemical applications in oncology. Idian Jof

Dental Research. 2(3-4): 45-53, 1991.

HÄUSELMANN, I.; BORSIG, L. Altered Tumor-Cell Glycosylation Promotes

Metastasis. Front Oncol 4 (28): 1-15, 2014.

Page 52: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

52

HOLMES, E. H.; OSTRANDER, G. K.; CLAUSEN, H.; GRAEM, N. Oncofetal

expression of Lex carbohydrate antigens in human colonic adenocarcinomas.

Regulation through type 2 core chain synthesis rather than fucosylation. J Biol

Chem. 262: 11331–11338, 1987.

HONDERMARCK, H.; TASTET, C.; YAZIDI-BELKOURA, I.E.; TOILLON, R.A.;

BOURHIS, X.L. Proteomics of breast cancer: The quest for markers and

therapeutic targets. J Proteom Res. 7 (4): 1403-1411, 2008.

INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER; MINISTÉRIO DA SAÚDE. Estimativa

2016: incidência do câncer no Brasil. Rio de Janeiro: INCA; 2016. Disponível

em: http://www.inca.gov.br/wcm/dncc/2015/estimativa-2016.asp

JACOBS, C. L.; GOON, S.; YAREMA, K. J.; HINDERLICH, S.; HANG, H. C.;

CHAI, D. H.; BERTOZZI, C. R. Substrate specificity of the sialic acid

biosynthetic pathway. Biochem. 40(43):12864-74, 2001.

JACOBS, L.K. & BALCH, C.M. Predicting the Risk of Axillary Nodal Metastases

and Their Use in Selecting Breast Surgery Options. J Clin Oncol. 27:1-3, 2009.

JUN, L.; WANG, Y.; YANYING, X.; ZHONGFA, X.; JIAN, Y.; FENGLING, W.;

XIANJUN, Q.; KOKUDO, N.; WEI, T.; WEIXIA, Z.; SHUXIANG, C. Altered

mRNA expressions of sialyltransferases in human gastric cancer tissues. Med

Oncol. 29(1):84-90, 2012.

KAWAGUCHI, T. Cancer metastasis: characterization and identification of the

behavior of metastatic tumor cells and the cell adhesion molecules, including

carbohydrates. Curr Drug Targets Cardiovasc Haematol Disord. 5: 39-64,

2005.

KIMBUNG, S.; LOMAN, N.; HEDENFALK, I. Clinical and molecular complexity

of breast cancer metastases. Semin Canc Biol. 35:85-95, 2015.

Page 53: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

53

KLEIN, P.J.; VIERBUCHEN, M.; WURZ, H.; SCHULZ, K. D.; NEWMAN, R. A.

Secretion associated lectin-binding sites as a parameter of hormone

dependence in mammary carcinoma. Brit J Cancer 44: 476-478, 1981.

KYSELOVA, Z.; MECHREF, Y.; KANG, P.; GOETZ, J. A.; DOBROLECKI, L. E.;

SLEDGE, G. W.; SCHNAPER, L.; HICKEY, R. J.; MALKAS, L. H.; NOVOTNY,

M. V. Breast cancer diagnosis and prognosis through quantitative

measurements of serum glycan profiles. Clin Chem. 54(7): 1166-75, 2008.

LEIVONEN, M.; NORDLING, S.; LUNDIN, J.; VON BOGUSLAWSKI, K.;

HAGLUND, C. STn and prognosis in breast cancer. Oncol. 61(4):299-305,

2001.

LEVENE, P.A. & LANDSTEINER, K. On some new lipids. J Biol Chem. 75,

607-612, 1927.

LI, S. G.; LI, L. Targeted therapy in HER2-positive breast cancer. Biomed Rep.

1(4):499-505, 2013.

LIMA, A. L. R.; CAVALCANTI, C. C. B.; SILVA, M. C. C.; PAIVA, P. M. G.;

COELHO, L. C. B. B.; BELTRÃO, E. I. C.; CORREIA, M. T. S. Histochemical

Evaluation of Human Prostatic Tissues with Cratylia mollis Seed Lectin. J Biom

Biotech. 1-6, 2010.

LÓPEZ-MORALES, D.; VELÁZQUEZ-MÁRQUEZ, N.; VALENZUELA, O.;

SANTOS-LÓPEZ, G.; LEYVA, J. R.; RUIZ, V. V. Incremento de la transcripción

de sialiltransferasas en muestras de cérvix con neoplasia intraepitelial cervical.

Invest Clin. 50(1): 45 – 53, 2009.

LU J, ISAJI T, IM S, FUKUDA T, HASHII N, TAKAKURA D, KAWASAKI N, GU

J. β-Galactoside α2,6-sialyltranferase 1 promotes transforming growth factor-β-

mediated epithelial-mesenchymal transition. J Biol Chem. 12;289 (50): 34627-

41, 2014.

Page 54: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

54

MARIANI, G.;, MORESCO, L.; VIALE, G.; VILLA, G.; BAGNASCO, M.;

CANAVESE, G.; BUSCOMBE, J.; STRAUSS, H. W.; PAGANELLI, G.

Radioguided sentinel lymph node biopsy in breast cancer surgery. J Nucl Med.

42(8):1198-215, 2001.

MARTINEZ-DUNCKER, I.; SALINAS-MARIN, R.; MARTINEZ-DUNCKER, C.

Towards in vivo imaging of cancer sialylation. Int J Mol Imaging 2011:283497,

2011.

MELO-JÚNIOR, M. R.; LIMA-NETO, R. G.; LACERDA, A. M.; BELTRÃO, E. I.

Comparative analysis of extracellular matrix and cellular carbohydrate

expression in the sporotrichosis and chromoblastomycosis. Mycopath. 171(6):

403-409, 2011.

MELO, C. M.; LIMA, A. L.; BELTRÃO, E. I.; CAVALCANTI, C. C.; MELO-

JÚNIOR, M. R.; MONTENEGRO, S. M.; COELHO, L. C.; CORREIA, M. T.;

CARNEIRO-LEÃO, A. M. Potential effects of Cramoll 1,4 lectin on murine

Schistosomiasis mansoni. Acta Trop. 118(2): 152-158, 2011.

OZTURK, L. K.; EMEKLI-ALTURFAN, E.; KAŞIKCI, E.; DEMIR, G.; YARAT, A.

Salivary total sialic acid levels increase in breast cancer patients: a preliminary

study. Med Chem. 7(5):443-7, 2011.

PAIK, S.; TANG, G.; SHAK, S. Gene expression and benefit of chemotherapy in

women with node-negative, estrogen receptor-positive breast cancer. J Clin

Oncol. 24 (23): 3726-3734, 2006.

PANTEL, K.; BRAKENHOFF, R. H. Dissecting the metastatic cascade. Nat Rev

Cancer 4(6):448–456, 2004.

PARK, J. J.; LEE, M. Increasing the α2, 6 Sialylation of Glycoproteins May

Contribute to Metastatic Spread and Therapeutic Resistance in Colorectal

Cancer. Gut and Liver 7(6): 629-641, 2013.

Page 55: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

55

PAWAR, S.K.; VAVIA, P. Efficacy Interactions of PEG-DOX-N-acetyl

Glucosamine Prodrug Conjugate for Anticancer Therapy. Eur J Pharm

Biopharm. 97(Pt B):454-63, 2015.

PIACENTINI, A. B.; MENEZES, H. Recentes Aspectos Sobre a Biologia do

Câncer e das Metástases. Rev Saúde e Pesq. 5(3): 593-604, 2012.

PINHO, S. S.; REIS, C. A. Glycosylation in cancer: mechanisms and clinical

implications. Nat Rev Cancer 15(9):540-55, 2015.

QUADROS, L.G.A.; GEBRIM, L.H. A pesquisa do linfonodo sentinela para

câncer de mama na prática clínica do ginecologista brasileiro. Rev Bras

Ginecol Obstet, v. 29, n° 3, p. 158-64, 2007.

RACK, B.; JANNI, W.; GERBER, B. et al. Patients with recurrent breast cancer:

does the primary axillary lymph node status predict more aggressive tumor

progression?” Breast Canc Res Treat. 82 (2): 83–92, 2003.

RECCHI, M. A.; HEBBAR, M.; HORNEZ, L.; HARDUIN-LEPERS, A.; PEYRAT,

J. P.; DELANNOY, P. Multiplex reverse transcription polymerase chain reaction

assessment of sialyltransferase expression in human breast cancer. Cancer

Res 58: 4066–70, 1998.

RÊGO, J. B. M.; BELTRÃO, E. I. C. Avaliação do glicocódigo do carcinoma

ductal invasivo mamário e sua correlação com dados clínicos e

histopatológicos. Rev Bras Gineco e Obstet. 31: 626-626, 2009.

ROSCHEK, J. R. B.; FINK, R. C.; MCMICHAEL, M. D.; LI, D.; ALBERTE, R. S.

Elderberry flavonoids bind to and prevent H1N1 infection in vitro,

Phytochemistry 70(10): 1255-1261, 2009.

SAHAI, E. Illuminating the metastatic process. Nat Rev Cancer 7: 737-749,

2007.

Page 56: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

56

SAMRAJ, A. N.; LÄUBLI, H.; VARKI, N.; VARKI. A. Involvement of a Non-

Human Sialic Acid in Human Cancer. Front Oncol. 4:33, 2014.

SATO, C. & KITAJIMA, K. Disialic, oligosialic and polysialic acids: distribution,

functions and related disease. J. Biochem. 154 (2): 115–136, 2013.

SHARON, N. & LIS, H. History of lectins: from hemagglutinins to biological

recognition molecules. Glycobiol. 14: 53-62, 2004.

SHARON, N. Lectins: Carbohydrate-specific Reagents and Biological

Recognition Molecules. J Biol Chem. 282 (5): 2753-2764, 2007.

SHIBUYA, N.; GOLDSTEIN, I.J.; BROEKAERT, W.F.; NSIMBA-LUBAKI, M.;

PEETERS, B.; PEUMANS, W.J. The elderberry (Sambucus nigra L.) bark lectin

recognizes the Neu5Ac(α2-6)Gal/GalNAc sequence. J Biol Chem. 262: 1596-

1601, 1987.

SOBRAL, A. P. V.; RÊGO, J. B. M.; CAVALCANTI, C. L. B.; CARVALHO

JUNIOR, L. B. ; BELTRÃO, E. I. C. Con A and UEA-I lectin histochemistry of

parotid gland mucoepidermoid carcinoma. J Oral Science 52: 49-54, 2010.

SPRINGER, G. F.; DESAI, P. R.; MURTHY, M. S.; SCANLON, E. F: Human

carcinoma-associated precursor antigens of the NM blood group system. J

Surg Oncol. 11:95-106, 1979.

TANG, W.; MAFUNE, K. NAKATA, M.; KONISHI, T.; KOJIMA, N.; MIZUOCHI,

T.; MAKUUCHI, M. Association of histochemical expression of Maakia

amurensis leukoagglutinin-positive glycoconjugates with behavior of human

gastric cancer. Histopathology 42: 239-245, 2003.

TANIGUCHI, N.; MIYOSHI, E.; GU, J.; JIANGUO, G.; HONKE, K.;

MATSUMOTO, A. Decoding sugar functions by identifying target glycoproteins.

Curr. Opin. Struct. Biol. 16: 561–566, 2006.

Page 57: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

57

TANNER, M.; GANCBERG, D.; DI LEO, A.; LARSIMONT, D.; ROUAS, G.;

PICCART, M. J.; ISOLA, J. Chromogenic in situ hybridization: a practical

alternative for fluorescence in situ hybridization to detect HER-2/neu oncogene

amplification in archival breast cancer samples. Am J Pathol. 157(5):1467-72,

2000.

TARIN, D.; THOMPSON, E. W.; NEWGREEN, D. F. The fallacy of epithelial

mesenchymal transition in neoplasia. Cancer Res. 65: 5996–6001, 2005.

THIERY, J. P.; SLEEMAN, J. P. Complex networks orchestrate epithelial-

mesenchymal transitions. Nat Rev Mol Cell Biol. 7: 131–142, 2006.

THONGWATCHARA, P.; PROMWIKORN, W.; SRISOMSAP, C.;

CHOKCHAICHAMNANKIT, D.; BOONYAPHIPHAT, P. Differential protein

expression in primary breast cancer and matched axillary node metastasis.

Oncol Rep. 26(1): 185-91, 2011.

VALEJO, F. A. M. Transição epitélio-mesenquimal e presença de células

CD44+/CD24- como fatores de predição de metástase axilar no câncer de

mama inicial. (Dissertação de Mestrado), Ribeirão Preto, 2010, 99p.

VAN ASWEGEN, C. H.; VAN RENSBURG, H. G. J.; BECKER, P. J.; WITTLIFF,

J. L.; DU PLESSIS D.J. Influence of sialic acid on the binding activity of

estrogen receptors. Clin Physio Biochem. 8(4): 169-178, 1990.

VAN DAMME, E. J. M.; PEUMANS, W. J.; BARRE, A.; ROUGÉ, P. (1998) Plant

lectins: A composite of several distinct families of structurally and evolutionary

related proteins with diverse biological roles. Plant Sciences 17(6): 575-692,

1998.

VAN DAMME, E.J. Lectins as tools to select for glycosylated proteins. Meth

Mol Biol. 753: 289-297, 2011.

Page 58: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

58

VANDENBUSSCHE, F.; DESMYTER, S.; CIANI, M.; PROOST, P.; PEUMANS,

W. J.; AND VAN DAMME, E. J. M. Analysis of the in planta antiviral activity of

elderberry ribosome-inactivating proteins. Eur J Biochem. 271: 1508-1515,

2004.

VANHARANTA, S. & MASSAGUE, J. Origins of metastatic traits. Cancer Cell

24: 410–421, 2013.

VARKI, N. M. & VARKI, A. Diversity in cell surface sialic acid presentations:

implications for biology and disease. Lab. Invest. 87: 851–857, 2007.

VARKI, A. Glycan-based interactions involving vertebrate sialic-acid-recognizing

proteins. Nature 446:1023-1029, 2007.

VARKI, A.; CUMMINGS, R. D.; ESKO, J. D.; FREEZE, H. H.; STANLEY, P.;

BERTOZZI, C. R.; HART, G. W. Essentials of glycobiology. 2nd Ed., Cold

Spring Harbor Laboratory Press, Cold Spring Harbor, N.Y. 2009.

VECCHI, M.; CONFALONIERI, S.; NUCIFORO, P.; VIGANO, M.A.; CAPRA, M.;

BIANCHI, M.; NICOSIA, D.; BIANCHI, F.; GALIMBERTI, V.; VIALE, G.;

PALERMO, G.; RICCARDI, A.; CAMPANINI, R.; DAIDONE, M.G.; PIEROTTI,

M.A.; PECE, S.; DI FIORE, P.P. Breast cancer metastases are molecularly

distinct from their primary tumors. Oncogene 27:2148-2158, 2008.

VELASCO, I. B. G.; ROCÍO COUTIÑO, R.; GISELA MARTÍNEZ, G.; CRUZ, P.

H. Marcadores Glicosilados en Cáncer de Mama. REB 27(2): 52-59, 2008.

VONA-DAVIS, L.; ROSE, D. P.; GADIYARAM, V.; DUCATMAN, B.; HOBBS,

G.; HAZARD, H.; KURIAN, S.; ABRAHAM, J. Breast cancer pathology, receptor

status, and patterns of metastasis in a rural appalachian population. J Cancer

Epidemiol.170634: 1-9, 2014.

WALZ, E. Uber das Vorkommen von Kerasin in normaler Ochsenmilz. Hoppe-

Seyler Z. Physiol Chem. 166: 210, 1927.

Page 59: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

59

WANG, W.C. & CUMMINGS, R. D. The Immobilized Leukoagglutinin from the

Seeds of Maackia amurensis Binds with High Affinity to Complex-type Asn-

linked Oligosaccharides Containing Terminal Sialic Acid-linked α-2,3 to

Penultimate Galactose Residues. Anal Biochem. 161: 80-84, 1987.

WANG, P. H.; LI, Y. F.; JUANG, C. M.; LEE, Y. R.; CHAO, H. T.; NG, H. T.;

TSAI, Y. C.; YUAN, C. C. Expression of sialyltransferase family members in

cervical squamous cell carcinoma correlates with lymph node metastases.

Gynecol Oncol. 86: 45–52, 2002.

WANG, P. H.; LEE, W. L.; LEE, Y. R.; JUANG, C. M.; CHEN, Y. J.; CHAO, H.

T.; TSAI, Y. C.; YUAN, C. C. Enhanced expression of alpha 2,6-

sialyltransferase ST6Gal I in cervical squamous cell carcinoma. Gynecol

Oncol. 89(3): 395-401, 2003.

WANG, F. L.; CUI, S. X.; SUN, L. P.; QU, X. J.; XIE, Y. Y.; ZHOU, L.; MU, Y. L.;

TANG, W.; WANG, Y. S. High expression of alpha 2,3 –linked siálico acid

residues is associated with the metastatic potential of human gastric cancer.

Cancer Detect Prev. 32: 437-443, 2009.

WEINBERG, R.A. A Biologia do Câncer. Porto Alegre: Artmed, 2008.

WENG, J.; SONG, X.; LI, L.; QIAN, H.; CHEN, K.; XU, X.; CAO, C.; REN, J.

Highly luminescent CdTe quantum dots prepared in aqueous phase as an

alternative fluorescent probe for cell imaging. Talanta, 70(2): 397-402, 2006.

WILSON, J. C.; VON ITZSTEIN, M. Recent strategies in the search for new

anti-influenza therapies. Curr drug targets 4(5): 389, 2003.

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). WHO Cancer Control Programme.

Disponível em <http://www.who.int/cancer/en/> Acessado em Agosto de 2015.

Page 60: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

60

YAMAMOTOA, K.; ITOC, S.; YASUKAWAC, F.; KONAMIA, Y.;

MATSUMOTOA, N. Measurement of the carbohydrate-biding specificity of

lectins by a multiplexed bead-based Xow cytometric assay. Anal Biochem.

336: 28-38, 2005.

YANG, L.; NYALWIDHE, J. O.; GUO, S.; DRAKE, R. R.; SEMMES, O.J.

Targeted Identification of Metastasis-associated Cell-surface Sialoglycoproteins

in Prostate Cancer. Mol Cell Proteom. 10(6): M110.007294, 2011.

ZANETTI, G. D. Lectina dos Rizomas de Arundo Donax L.: purificação,

caracterização, propriedades, imuno-histoquímica e separação das isoformas.

Tese de doutorado em Botânica, apresentado à Universidade federal do Rio

Grande do Sul, 262 p., 2007.

ZHAO, Y.; LI, Y.; MA, H.; DONG, W.; ZHOU, H.; SONG, X.; ZHANG, J.; JIA, L.

Modification of sialylation mediates the invasive properties and chemosensitivity

of human hepatocellular carcinoma. Mol Cell Proteom. 13(2):520-36, 2014.

ZHUANG, D.; YOUSEFI, S.; DENNIS, J. W. Tn antigen and UDP-Gal:GalNAc

alpha-R beta1-3Galactosyltransferase expression in human breast carcinoma.

Cancer Biochem Biophys. 12: 185-198, 1991.

ZIDAN, J.; DASHKOVSKY, I.; STAYERMAN, C.; BASHER, W.; COZACOV, C.;

HADARY, A. Comparison of HER-2 overexpression in primary breast cancer

and metastatic sites and its effect on biological targeting therapy of metastatic

disease. Br J Cancer 5;93 (5): 552-6, 2005.

Page 61: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

61

6 ARTIGOS CIENTÍFICOS

6.1 Artigo 1

Artigo a ser submetido à revista Acta Histochemica et Cytochemica

IMMUNOHISTOCHEMISTRY, LECTIN HISTOCHEMISTRY AND

CLINICOPATHOLOGICAL INVESTIGATION OF SIALIC ACID IN

PROGRESSION OF INVASIVE BREAST CANCER

Ferreira, S. A.1; Nascimento, J. C. F.1; Vasconcelos, J.L.A.1, Barbosa, B. T.1,

Brandão, J.M1; Cavalcanti, I.T.1; Silva-Filho, J.L.Q.1; Cavalcanti, C. L. B.1;

Beltrão, E. I. C.*1,2

1Biomarkers in Cancer (BmC) Research Group. Federal University of

Pernambuco (UFPE), Recife, Pernambuco, Brazil.

2Department of Biochemistry, Biological Sciences Center, Federal University of

Pernambuco (UFPE), Recife, Pernambuco, Brazil.

* Corresponding author: [email protected]. +55 81 991529499.

Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA), Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE), 50670-901, Recife, Pernambuco, Brasil.

Page 62: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

62

Abstract

Invasive ductal carcinoma (IDC) is the most common breast malignancy in

world. Aberrant sialylation is closely associated with malignant phenotype of

tumor cells, including invasiveness and metastasis. The pattern of sialylation in

IDC has been long-term investigated; however, little is known regarding sialic

acid (Sia) distribution in breast tumor related axillary lymph node metastasis

(LNM). Thus, we aimed to compare the α2,3 and α2,6 Sia expression as well as

the expression of β-galactoside α2,3 (ST3Gal 1) and α2,6 (ST6Gal 1)

sialyltransferase in IDC and LNM and evaluate the relationship between

sialylation and clinicopathological features of prognostic significance. The

expression of α2,3 and α2,6 Sia was detected by lectin histochemistry. The

expression of sialyltranferases was detected by immunohistochemistry. IDC

(73) primary and LNM (n=43) relative were tested for α2,3 and α2,6 Sia

expression by lectin MAL II and SNA lectin, respectively. A low expression of

α2,3 sialic acid was observed in IDC and LNM. However, a significant

expression of α2,6 sialic acid was observed between IDC and LNM (p=0.0321).

Moderate expression of ST3Gal 1 in relation to ST6Gal 1 in IDC. Statistically,

there was no significant difference in sialyltransferase between the primary

tumor and lymph node metastasis. Our results indicated that sialic acid was

maintained throughout the succeeding steps metastasis, which allows us to

think about the possibility that cells in LNM could to be clones of the original

tumor in breast tissue. Therefore, further studies are necessary to evaluate the

contribution of Sia like a key factor in breast cancer metastasis.

Keywords: sialic acid, breast cancer invasive, lymph node metastasis, lectin

histochemistry, β-galactoside α2,3 and α2,6 sialyltransferase.

Page 63: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

63

Introduction

Invasive ductal carcinoma (IDC) is the most common breast malignant

tumor and one of the main causes of death related to cancer in women

worldwide [1]. IDC corresponds to 75-80% of breast invasive carcinomas,

characterized as a heterogeneous group of tumors without specific histological

characteristics [2]. Therefore, patients with IDC normally present a major

lymphatic involvement and a poor prognostic [3]. Breast cancer preferentially

disseminates through the lymphatic vessels rather than through the

hematogenous route [4]. The initial sites of metastasis in breast cancer are the

regional lymph nodes. Tumor spreading via lymphatic vessels has advantages

compared to that via blood vessels, including the presence of discontinuous

basement membrane and loose cell–cell junctions, a much lower fluid flow rate

that increases survival by minimizing vessels walls shear stress and a 1,000-

fold higher lymph concentration of hyaluronic acid, a molecule with potent cell-

protecting and pro-survival features [5]. One of the major challenges in the

management of patients with breast cancer is the tumor sub-classification for its

correct treatment. Nowadays, this subtyping is based on the expression status

of estrogen and progesterone receptors, human epidermal growth factor type 2

(HER-2) and celular proliferation protein (Ki-67) [6]. However, the search for

new biomarkers which could additionally contribute for the best stratification of

patients resulting in a more individualized and effective therapy is a growing

field in proteomics [7], glycomics [8] and metabolomics [9]. Glycomics assess

functional and structural properties of glycoconjugates and their changes in

many diseases through the glycosylation mechanism [10].

Page 64: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

64

It is widely known that aberrant glycosylation has been implicated in

many different diseases due to changes associated with biological function and

protein folding [11, 12]. Alterations of normal glycosylation patterns are among

the strongest features in tumor phenotype [13]. In fact, there are increasing

evidences regarding the role of glycosylation in tumor formation and metastasis.

Altered glycosylation in cell surface glycoconjugates, particularly in terminal

motifs, can promote invasive behaviour of tumor cells that ultimately lead to

cancer progression [12]. As an example aberrant sialylation is closely

associated with malignant phenotype of tumor cells, including invasiveness and

metastasis [14]. The correlation between sialic acids (Sia) content and tumor

metastatic potential has been reported in many tumors and has received much

attention recently [15].

Sia are widely distributed in nature as terminal oligosaccharides linked to

galactose via α2,3 or α2,6-linkage or linked via α2,6-linkage to galactosamine or

N-acetylgalactosamine in glycoconjugates [11, 16] where play important roles in

biological, pathological, and immunological processes [17]. In this regard, the

terminal position occupied by Sia in membrane and extracellular glycans

position them on the frontline during leukocyte communication and overall

immune response. Sia, on an immune perspective, can function in two major

ways: as biological masks and as recognizable cell patterns [18]. In the former

Sia helps shield host cells from pathogen recognition. It also prevents

autoimmune responses, by preventing complement deposition over cell surface

[19].

Tumor metastasis is the most important process for tumor spreading,

which involves multistep series of adhesive and signaling events where tumor

Page 65: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

65

cells utilize the leukocytes mechanism to adhere in vascular wall and leave the

bloodstream to other tissues [20], contributing so to metastasis to remain the

cause of 90% of deaths from solid tumors [21].

Abnormally high levels of sialylated tumor associated carbohydrate

antigens are frequently described at the surface of cancer cells and/or secreted

in biological fluids [30]. Studies reveal that the general increase in sialylation

has been detected both in clinical settings and experimental models that is

associated with a metastatic cell phenotype [20, 28]. The identification of how

tumor glycans mechanisms contribute to metastasis may help to improve

diagnosis, prognosis, and aid to develop clinical strategies to prevent

metastasis [20]. The altered expression of sialylation residues in breast cancer

has been reported [15, 35] but there are limited studies about this phenomena

in lymph node metastases. In this study, we aimed to compare the α2,3 and

α2,6 Sia expression and their corresponding sialytransferases (ST3Gal 1 and

anti-ST6Gal 1) in human invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary lymph

nodes metastasis (LNM) and correlate to routine biomarkers and

clinicopathological features of prognostic significance.

Page 66: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

66

Materials and Methods

Samples

Formalin-fixed, paraffin-embedded samples of breast invasive ductal

carcinoma (IDC - n=73) and axillary lymph node metastasis (LNM - n=43), from

patients diagnosed from 2009 to 2013, were randomly chosen from the Tissue

Bank of the Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco

(HC/UFPE). Control samples included 11 normal breast tissues obtained from

cosmetic surgery. Diagnoses of breast cancer were based on haematoxylin and

eosin (H&E) staining for histopathology evaluation. All histologic sections were

re-reviewed and diagnoses confirmed by an independent pathologist. Patients’

clinical data were retrieved from medical files and included age at surgery,

primary tumor size, histological and nuclear grades, and metastasis to regional

lymph nodes. This project was approved by the Health Science Center Ethical

Committee CCS-UFPE (CAAE 06586612.9.0000.5208 — No. 140.876).

Lectin histochemistry

Formalin-fixed, paraffin-embedded samples from IDC breast tumors (73),

axillary LNM (43) and healthy breast tissues from cosmetic surgery (11 -

controls) were analyzed according to Ferreira et al. [11]. Paraffin sections (4

μm) were deparaffinized in xylene and rehydrated in graded ethanol (3 x 100%

and 1 x 70 %). Slices were treated with 0.1 % (w/v) trypsin solution at 37 °C for

2 min followed by incubation in a 0.3 % H2O2 in methanol solution for 15 min.

Tissues were then incubated, respectively, with biotin conjugated lectins

Sambucus nigra agglutinin (SNA, 20 µg/mL - Vector Lab, USA) and Maackia

amurensis agglutinin (MAA, 40 µg/mL - Vector Lab, USA) for 2 h at 4 °C. After

Page 67: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

67

this, sections were incubated with horseradish peroxidase-conjugated

streptavidin (Sigma Aldrich, USA) for 45 min at 25 °C. Staining was visualized

with a 0.01 % 3,3’-diaminobenzidine (DAB)-H2O2 solution (DAKO, USA). After

each step sections were washed twice (10 min each) with a 100 mM Phosphate

Buffered Solution (PBS), pH 7.2, containing 150mM NaCl. Negative staining

controls were performed replacing lectins solutions with PBS. Epithelial cells

from basal layer of healthy samples were used as positive staining.

Immunohistochemistry

Samples were assayed according Ferreira et al. [30]. Sections (4 μm)

were deparaffinized in xylene, hydrated in graded ethanol (3 x 100% and 1 x 70

%) and incubated with a 10mM citrate buffer solution, pH 6.0, in a steamer

chamber for 30 min. Afterwards samples were treated with an endogenous

peroxidase blocking solution (1:1 H2O2 in Methanol) for 15 min at 25 ºC followed

by an incubation with a 1% BSA-PBS solution for 1 hour at 25 ºC. Slices were

then incubated, separately, with monoclonal primary antibodies anti-ST3Gal 1

(1:200, Sigma, USA) and anti-ST6Gal 1 (1:200, Sigma, USA), anti-Estrogen

Receptor (anti-ER, clone L-20; 1:50 - Santa Cruz Biotechnology, Inc, USA),

anti-Progesterone Receptor (anti-PR, clone AB-52; 1:50 - Santa Cruz

Biotechnology, Inc, USA), anti- celular proliferation protein (Ki-67, 1:50 - Santa

Cruz Biotechnology, Inc, USA) and anti-human epidermal growth factor type 2

(antiHER-2, 1:100 - DAKO, USA) overnight at 4 ºC. Sections were incubated

with biotin-free polymer (ADVANCETM HRP LINK - DAKO, USA) containg the

secondary antibody for 45 min at room temperature and then with ADVANCETM

HRP Enzyme (containing antibodies conjugated to horseradish peroxidase,

Page 68: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

68

HRP) for 45 min at room temperature. Finally the reaction was reveled with 3,3’-

Diaminobenzidine-(DAB)-H2O2 solution (DAKO, USA) and counterstained with

haematoxylin solution. All washes (2x 10 min each) between steps were

performed with a 100 mM Phosphate Buffered Solution (PBS), pH 7.2,

containing 150mM NaCl. Normal breast samples were used as tissue control.

Staining negative controls were prepared omitting primary antibodies.

Image analysis

Tissue images (three different areas - 1 µm2 - magnification 100x) were

acquired using a video camera system coupled to an Eclipse 50i microscope

(Nikon, Melville, USA) and analyzed using the NIS-Elements F software version

2.30 (Nikon, USA). ER and PR immunohistochemistry staining classification

followed ASCO/CAP ER/PR guidelines (2010). Ki67 was evaluated according to

Fountzilas and collegues (2012) and cases were considered highly proliferative

when more than 14% of neoplastic cells nuclei were positive. HER-2 was

evaluated according to the ASCO/CAP HER2 guideline (2013). Lectin

histochemistry staining was scored based on the intensity of staining and

classified according to Dornelas (2009) as: 0, negative staining; 1+, weak

staining for up to 1/3 of cells; 2+, moderate staining for up to 2/3 of cells ; and

3+, intense staining for more than 2/3 of cells.

Statistical analysis

Statistical association (p value) was analyzed using the nonparametric X2

test or Fisher's Exact test. For lectin histochemistry was calculated p value,

odds ratio (OR) and its 95% confidence interval (CI). p <0.05 was considered

Page 69: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

69

statistically significant. All analysis was performed using the software GraphPad

Prism version 6 (GraphPad, USA).

Page 70: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

70

Results

Lectin histochemistry results of primary IDC and LNM expression of α2,3

sialic acid and α2,6 sialic acid are presented in Table 1.

Representative lectin histochemistry stainings are shown in Figure 1. A

similar expression (1+ staining pattern) of α2,3 sialic acid in IDC and LNM was

observed in 30,1% (22/73) and 44,2% (19/43) of samples, respectively.

However, moderate expression (3+ staining pattern) of α2,6 sialic acid was

observed in 34,2% (25/73) of IDC and 55,8% (24/43) in LNM (p=0,0321) (Table

1).

Sialyltransferase expression by immunohistochemistry showed of

ST3Gal 1 and ST6Gal 1 results are depicted in Table 2. Low expression of

ST3Gal 1 (17,8%) in relation to ST6Gal 1 (27,3%) in IDC (figure 2). In axillary

LNM, ST3Gal 1 expression (20,9% ) was Similar to ST6Gal 1 (18,6%).

Statistically, there was no significant difference in sialyltransferase between the

primary tumor and lymph node metastasis. Tumor cells presented a staining

pattern membrane and cytoplasmic (figure 2).

Lectin histochemistry results for the expression of α2,3 Sia and α2,6 Sia

were evaluated for possible association with clinic-pathological data and routine

markers (Tables 3 and 4). Patients aged between 31–90 years old (mean 53

age). Altogether, sialic acid expression was no significantly correlated with any

clinicopathological data (p > 0.05 by Fisher’s exact test or X2 test).

Page 71: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

71

Discussion

Aberrant sialylation is closely associated with malignant phenotype of

tumor cells, including invasiveness and metastasis [14].Here we investigated

the pattern of sialylation presented in tumor cells of primary breast cancer,

invasive ductal carcinoma (IDC), and tumor cells in axillary lymph node

metastases (LNM). Our results showed a similar sialylation pattern both IDC

and LNM.

We observed a moderate expression of α2,3 Sia both IDC as LNM. In

disagreement with previous reports where aberrant expression of terminal sialic

acids, in particular α2,3-sialic acids, are related to tumor adhesion and invasion

[37]. Badr and colleges [31] observed an intense Maackia amurensis agglutinin

I (MAL-I) staining on the membrane of sialic acid-treated T47D cells, indicating

an increase of α2,3 Sia on the cell surface after sialic acid treatment under

nutrient deprivation. Beside this, few studies on the relationship between the

expression of α2,3-sialic acid residues in breast cancer and invasion and

metastasis have been reported [15].

According to Cui and colleges [15] the overall survival rate considerably

drops for patient expressing different levels of α2,3-sialic acid residues and

changes in the glycocode of cell surface glycoconjugates stimulates/modulates

adhesion, migration and invasion of breast cancer cells. The authors used 50

primary tumor samples, 50 pair-matched lymph node metastasis tumor samples

and concluded that lymph node metastasis tumor samples exhibited higher

levels of expression of α2,3-sialic acid residues compared to those of primary

tumors. Differently, our study was designed with IDC (n=73) and LNM (n=43)

Page 72: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

72

matching samples and we found that the expression of the α2,6-sialic acid

residues was greater than α2,3 Sia ones.

In agreement with our results, dos Santos and colleges [24] noted that

MAL II was positive in only 31.1% of samples and did not show correlation with

any survival parameters. However, patients who died or presented local

recurrence or metastasis had the expression of α2,6-linked sialic acid affecting

the survival curves. Besides they observed that the α2,6-sialylation was

associated with poor prognosis in tumorigenesis. In this study was observed a

moderate positivity for α2,6 Sia expression in cells of LNM. Previous findings

indicate that proteins on the cell surface undergo extensive α2,6-linked

sialylation during tumor progression [38, 39] and others [40, 41, 42] suggest that

α2,6-sialylation alters the conformation and function of β1 integrin, thereby

regulating cell adhesion and migration.

In according with Häuselmann and Borsig [20], an increase in α2,6-

sialylation in tumors is usually attributed to the up-regulation of ST6Gal1 that is

primarily active on N-linked glycans. ST6GAL1 are associated with increased

metastasis and poor patient prognosis [14, 43] and mediate the invasive

properties of murine HCC cell lines to lymph nodes lymph [14, 44].

Controversially, our study did not show an increase in the expression of

sialyltransferase that justifies the observed α2,3 and α2,6 sialic acid

expression, mainly in LNM. This discrepancy may be due to the fact that tumor

cells present in the LNM be derived from the primary tumor, where they

acquired this standard sialylation, keeping it on the secondary site. Another

possibility would be to leave a result of the action of other members of the

sialyltransferases family, not covered in this study.

Page 73: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

73

Twenty different human sialyltransferases preside to the sialylation of

glycoconjugates, either glycolipids or glycoproteins [45]. Previous studies of

ST3Gal 3, ST3Gal 4 and ST3Gal 6 have focused primarily on overexpression of

these genes to enhance the sialylation and examine the biological

consequences in cancer metastasis [46]. Furthermore, sialic acids at position

α2,6 can be linked to subterminal sugars through an α2-6-bond to N-

acetylgalactosamine (GalNAc) by the action of ST6GalNAc 1 [47].

Oaks and co-workers [29] found that a substantial fraction of auto-

antibodies specific for NY-ESO-1 and HER-2 are sialylated, as demonstrated

via their recognition by Sambucus nigra agglutinin (SNA). Lu and colleges [48]

report that α2,6-sialylated N-glycans are up-regulated during TGF-β-induced

epithelial-mesenchymal transition (EMT) in GE11 cells. Epithelial to

mesenchymal transition (EMT), a driver of invasion and metastasis of cancer,

may play a pivotal role in multiple types of tumor cell metastatic dissemination

by endowing cells with a more motile toward the blood or lymphatic circulation

[49].

Studies [48, 50, 51, 52] presented the importance of cellular glycosylation

pattern in both the transition to and the maintenance of the mesenchymal state.

Given the essentiality of phenotypic changes in cell adhesion, motility, and

growth in EMT, Lu and colleges [48] considered the possible involvement of

sialylation in control of EMT.

In our results, ST6Gal 1 showed a higher expression than ST3 Gal 1 in

primary breast tumor samples. Lu and colleges [48] observed that ST6Gal1

promotes TGF-β-dependent EMT and that the maintenance of the

Page 74: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

74

mesenchymal state by growth signaling, providing a plausible mechanism

whereby up-regulated ST6Gal 1, may be involved or promote initial step of

malignant progression.

Breast cancer development and progression are regulated by estrogen

and its receptor (ER) along others predictive markers such as progesterone

receptor (PR) and human epidermal growth factor receptor 2 (HER-2) [24, 53].

In this way, we investigated whether there was an association between the

expression of these molecular markers and sialylation profile. Our results

showed a tendency to correlation in α2,3 Sia expression to age and HER-2 in

LNM. Our study pioneered the comparison of the sialylation profile found in

lymph node metastasis and clinic-pathological features, not being possible

comparisons with others studies.

The α2,6 Sia expression showed a tendency with respect to PR.

Studies [24] showed that patients positive to PR were negative to SNA staining

with PR negatively correlating with the expression α2,6-linked sialic acid

(p=0.029). Even on hormone receptors, Semaan and colleges [54] studied

glycoproteins in human breast cancer positive ER tissues and in negative ER

tissues found that some proteins were more glycosylated at the negative ER

tissues. In this study there was a high negativity for ER (90.7%) in LNM. It is

known that the loss of the hormonal receptor has been correlated with a more

aggressive stage of the disease and this loss may affect the levels of sialic

acids on tumor cells [24]. Moreover, Van Aweger [55] suggested that biological

activities of estrogen receptors in target cells may be regulated by the extent of

sialylation of the receptor molecule itself. This posttranslational alteration may

represent a new type of control mechanism for estrogen action.

Page 75: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

75

Studies have shown that changes in glycans associated with cancer

progression deeply define the phenotype of cancer cells depending on

interactions with endogenous molecules, both in tumor and metastatic

environment [20]. In this study was observed that there was a expression of Sia,

mainly α2,6 Sia, both in IDC as LNM, indicating that this sugar was maintained

throughout the succeeding steps metastasis. Thus, monitoring the sialylation

profile would be important in the diagnosis of tumor metastasis [14].

The alterations associated with sialylation aids in early diagnosis,

prognosis and post treatment monitoring in various cancers. Recently newer

drugs targeting different interplays of sialylation have been developed, which

might have profound effect in inhibiting sialylation and thus cancer metastasis

and infiltration [56]. The observation that sialic acid was kept in lymph node

metastasis, allows us to think about the influence of this sugar in the

maintenance of tumor cells in this secondary site.

Further verification of the utility of sialic acid in cancer progression

associated with the investigation of molecules related to a more aggressive

tumor behavior can significantly contribute to understanding the role of

sialylated glycoprotein involved in this stage of mammary carcinogenesis.

Acknowledgments

Authors thank to Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de

Pernambuco (FACEPE), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) and Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (CAPES) for research grants and schollarship.

Page 76: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

76

Declaration of Interest

Authors have no conflict of interest that might harm the impartiality of this

research.

Disclosure Statement

Authors have nothing to declare.

References

1. Jemal A, Siegel R, Xu J, Ward E (2010) Cancer Statistics. CA Cancer J Clin

60 (5):277-300.

2. Oliveira CF, Silva TS (2011) Carcinoma invasivo da mama: do diagnóstico

ao tratamento cirúrgico. In: Manual de Ginecologia. Permanyer Portugual,

Portugal, 247-288.

3. Abreu E, Koifman S (2002) Fatores prognósticos no câncer de mama

feminina. Rev Bras Cancerol 48(1):113-131.

4. Schoppmann SF, Horvat R, Birner P (2002) Lymphatic vessels and

lymphangiogenesis in female cancer: mechanisms, clinical impact and

possible implications for anti-lymphangiogenic therapies (Review). Oncol

Rep 9(3):455-460.

5. Ran S, Volk L, Hall K, Flister MJ (2010) Lymphangiogenesis and lymphatic

metastasis in breast cancer. Pathophysiology 17(4):229-251.

6. Harbeck N, Thomssen C, Gnant M (2013) St. Gallen 2013: brief preliminary

summary of the consensus discussion. Breast Care 8(2):102-109.

7. Chung L, Baxter RC (2012) Breast cancer biomarkers: proteomic discovery

and translation to clinically relevant assays. Expert Rev Proteomics

9(6):599-614.

8. An HJ, Lebrilla CB (2010) A glycomics approach to the discovery of

potencial cancer biomarkers. Methods Mol Biol 600:199-213.

9. Denkert C, Bucher E, Hilvo M, Salek R, Orešič M, Griffin J, Brockmöller

S, Klauschen F, Loibl S, Barupal DK, Budczies J, Iljin K, Nekljudova

Page 77: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

77

V, Fiehn O (2012) Metabolomics of human breast cancer: new approaches

for tumor typing and biomarker discovery. Genome Med 4(37):1-9

10. Turnbull JE, Field RA (2007) Emerging glycomics technologies. Nat Chem

Biol 3(2):74-77

11. Ferreira SA, Vasconcelos JL, Cavalcanti CL, Rêgo M J, Beltrão EIC (2013a)

Sialic acid differential expression in non-melanoma skin cancer biopsies.

Med Mol Morphol 46(4):198-202.

12. Christiansen MN, Chik J, Lee L, Anugraham M, Abrahams JL, Packer NH

(2014) Cell surface protein glycosylation in cancer. Proteomics 14(4-5):525-

546.

13. Dube DH, Bertozzi CR (2005) Glycans in cancer and inflammation –

potencial for therapeutics and diagnostics. Nat Rev Drug Discov 4(6):477-

488.

14. Zhao Y, Li Y, Ma H, Dong W, Zhou H, Song X, Zhang J, Jia L (2014)

Modification of sialylation mediates the invasive properties and

chemosensitivity of human hepatocellular carcinoma. Mol Cell Proteomics

13(2):520-536.

15. Cui HX, Lin Y, Yue L, Zhao X, Liu J (2011) Differential expression of the

α2,3-sialic acid residues in breast cancer is associated with metastatic

potential. Oncol Rep 25:1365-1371.

16. Huang S, Day TW, Choi MR, Safa AR (2009) Human b-galactoside a-2,3-

sialyltransferase (ST3Gal III) attenuated Taxolinduced apoptosis in ovarian

cancer cells by downregulating caspase-8 activity. Mol Cell Biochem

331:81–88.

17. Schauer R (2009) Sialic acids as regulators of molecular and cellular

interactions. Curr Opin Struct Biol 19(5):507-514.

18. Varki A,Gagneux P (2012) Multifarious roles of sialic acids in immunity. Ann

NY Acad Sci 1253:16–36.

19. Crespo HJ, Lau JT, Videira PA (2013) Dendritic Cells: A Spot on Sialic Acid.

Front Immunol 4:491.

20. Häuselmann I, Borsig, L (2014) Altered Tumor-Cell Glycosylation Promotes

Metastasis. Front Oncol 4(28): 1-15.

21. Gupta GP, Massague J (2006) Cancer metastasis: building a framework.

Cell 127: 679 – 695.

Page 78: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

78

22. Wang PH (2005) Altered Glycosylation in Cancer: Sialic Acids and

Sialyltransferases. Oncol Rep 1(2):73-81.

23. Varki A, Lowe JB. Biological Roles of Glycans. In: Varki A, Cummings RD,

Esko JD, et al., editors. Essentials of Glycobiology. 2nd edition. Cold Spring

Harbor (NY): Cold Spring Harbor Laboratory Press; 2009. Chapter 6.

Available from: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK1897/.

24. dos-Santos PB, Zanetti JS, Vieira-de-Mello GS, Rêgo MB (2014) Lectin

histochemistry reveals SNA as a prognostic carbohydrate-dependent probe

for invasive ductal carcinoma of the breast: a clinicopathological and

immunohistochemical auxiliary tool. International journal of clinical and

experimental pathology 7: 2337.

25. Hedlund M, Ng E, Varki A, Varki NM (2012) Alpha 2-6-linked sialic acids on

n-glycans modulate carcinoma differentiation in vivo. Cancer Res 68: 388-

394.

26. de Oliveira JT, de Matos AJ, Santos AL, Pinto R, Gomes J, Hespanhol V,

Chammas R, Manninen A, Bernardes ES, Albuquerque Reis C, Rutteman

G, Gärtner F (2011) Sialylation regulates galectin-3/ligand interplay during

mammary tumour progression-a case of targeted uncloaking. Int J Dev Biol

55: 823-834.

27. Kim Y, Kim S, Kang J, Ko J (2012) Expression level and glycan dynamics

determine the net effects of TIMP-1 on cancer. BMB Rep 45: 623-628.

28. Schultz MJ, Swindall AF, Bellis SL (2012) Regulation of the metastatic cell

phenotype by sialylated glycans. Cancer Metastasis Rev 31(3-4):501-518.

29. Oaks M, Taylor S, Shaffer J (2013) Autoantibodies targeting tumor-

associated antigens in metastatic cancer Sialylated IgGs as candidate anti-

inflammatory antibodies. Onco Immunology 2(6):e24841.

30. Ferreira SA, Vasconcelos, JLA, Cavalcanti, CLB, Silva, RCWC, Cavalcanti,

CL, Rêgo, MJBM, Beltrão, EIC (2013b) Expression patterns of α2,3-

Sialyltransferase I and α2,6-Sialyltransferase I in human cutaneous epithelial

lesions. Eur J Histochem 57(1): 41-45.

Page 79: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

79

31. Badr HA, Elsayed AI, Ahmed H, Dwek MY, Li CZ, Djansugurova LB (2013)

Preferential Lectin Binding of Cancer Cells upon Sialic Acid Treatment

Under Nutrient Deprivation. Appl Biochem Biotechnol 171(4):963-974.

32. Carcel-Trullols J, Stanley JS, Saha R, Shaaf S, Bendre MS, Monzavi-

Karbassi B, Suva LJ, Kieber-Emmons T (2006) Characterization of the

glycosylation profile of the human breast cancer cell line, MDA-231, and a

bone colonizing variant. Int J Oncol 28(5):1173-1183.

33. Bos PD, Zhang XH, Nadal C, Shu W, Gomis RR, Nguyen DX, Minn AJ, van

de Vijver MJ, Gerald WL, Foekens JA, Massagué J (2009) Genes that

mediate breast cancer metastasis to the brain. Nature 459(7249):1005-

1009.

34. Hanahan D, Weinberg RA (2011) Hallmarks of cancer: the next generation.

Cell 144:646–674.

35. Brockhausen I (2006) Mucin-type O-glycans in human colon and breast

cancer: glycodynamics and functions. EMBO Rep 7(6): 599-604.

36. Sharon N, Lis H (2004) History of lectins: from hemagglutinins to biological

recognition molecules. Glycobiology 14: 53-62.

37. Czyzewska J, Guzińska-Ustymowicz K, Kemona A and Bandurski R R

(2008) The expression of matrix metalloproteinase 9 and cathepsin B in

gastric carcinoma is associated with lymph node metastasis, but not with

postoperative survival. Folia Histochem Cytobiol 46: 57-64.

38. Lin S, Kemmner W, Grigull S, Schlag PM (2002) Cell surface alpha 2,6

sialylation affects adhesion of breast carcinoma cells. Exp Cell Res

276(1):101-110.

39. Alley WR, Novotny MV (2010) Glycomic analysis of sialic acid linkages in

glycans derived from blood serum glycoproteins. J Proteome Res 9(6):3062-

3072.

40. Bellis SL (2004) Variant glycosylation: an underappreciated regulatory

mechanism for beta1 integrins. Biochim Biophys Acta 1663:52–60.

41. Woodard-Grice AV, McBrayer AC, Wakefield JK, Zhuo Y, Bellis SL (2008)

Proteolytic shedding of ST6Gal-I by BACE1 regulates the glycosylation and

function of alpha4beta1 integrins. J Biol Chem 283:26364–26373.

42. Zhuo Y, Bellis SL (2011) Emerging role of alpha2,6-sialic acid as a negative

regulator of galectin binding and function. J Biol Chem 286(8):5935-5941.

Page 80: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

80

43. Recchi MA, Hebbar M, Hornez L, Harduin-Lepers A, Peyrat JP, Delannoy P

(1998) Multiplex reverse transcription polymerase chain reaction

assessment of sialyltransferase expression in human breast cancer. Cancer

Res 58:4066–4070.

44. Zhang Z, Sun J, Hao L, Liu C, Ma H, and Jia L (2013) Modification of

Glycosylation Mediates the Invasive Properties of Murine Hepatocarcinoma

Cell Lines to Lymph Nodes. PLoS One 8(6):1-12.

45. Harduin-Lepers A, Krzewinski-Recchi MA, Colomb F, Foulquier F, Groux-

Degroote S, Delannoy P (2012) Sialyltransferases functions in cancers.

Front Biosci (Elite Ed). 1 (4):499-515.

46. Chung CY, Yin B, Wang Q, Chuang KY, Chu JH, Betenbaugh MJ. (2015)

Assessment of the coordinated role of ST3GAL3, ST3GAL4 and ST3GAL6

on the α2,3 sialylation linkage of mammalian glycoproteins. Biochem

Biophys Res Commun. 31; 463(3):211-5.

47. Dall'Olio F, Malagolini N, Trinchera M, Chiricolo M. (2014) Sialosignaling:

sialyltransferases as engines of self-fueling loops in cancer progression.

Biochim Biophys Acta 1840(9):2752-64.

48. Lu J, Isaji T, Im S, Fukuda T, Hashii N, Takakura D, Kawasaki N, Gu J.

(2014) β-Galactoside α2,6-sialyltranferase 1 promotes transforming growth

factor-β-mediated epithelial-mesenchymal transition. J Biol Chem. 12; 289

(50): 34627-41.

49. Zhao XP, Zhang H, Jiao JY, Tang DX, Wu YL, Pan CB. (2016)

Overexpression of HMGA2 promotes tongue cancer metastasis

through EMT pathway. J Transl Med. 27;14(1):26.

50. Zhuo Y, Chammas R, Bellis SL (2008) Sialylation of α1 integrins blocks cell

adhesion to galectin-3 and protects cells against galectin-3-induced

apoptosis. J. Biol. Chem 283: 22177–22185.

51. Maupin KA, Sinha A, Eugster E, Miller J, Ross J, Paulino V, Keshamouni

VG, Tran N, Berens M, Webb C, Haab BB (2010) Glycogene expression

alterations associated with pancreatic cancer epithelial-mesenchymal

transition in complementary model systems. PLoSOne 5: e13002.

52. Li S, Mo C, Peng Q, Kang X, Sun C, Jiang K, Huang L, Lu Y, Sui J, Qin X,

Liu Y (2013) Cell surface glycan alterations in epithelial mesenchymal

Page 81: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

81

transition process of Huh7 hepatocellular carcinoma cell. PLoS One 8:

e71273.

53. Tan Z, Lu W, Li X, Yang G, Guo J, Yu H, Li Z, Guan F (2014) Altered N-

glycan expression profile in epithelial-to-mesenchymal transition of NMuMG

cells revealed by an integrated strategy using mass spectrometry and

glycogene and lectin microarray analysis. J. Proteome Res. 13, 2783–2795.

54. Semaan SM, Wang X, Marshall AG, Sang QXA. Identification of potential

glycoprotein biomarkers in estrogen receptor positive (ER+) and negative

(ER-) human breast cancer tissues by LC-LTQ/FT-ICR mass spectrometry.

J Cancer 2012; 3: 269-284.

55. Van Aswegen CH, Van Rensburg HG, Becker PJ, Wittliff JL, Du Plessis DJ

(1990) Influence of sialic acid on the binding activity of estrogen receptors.

Clin Physiol Biochem. 8(4):169-178.

56. Vajaria BN1, Patel KR1, Begum R2, Patel PS3. (2015) Sialylation: an

Avenue to Target Cancer Cells. Pathol Oncol Res. 19:1-5.

Page 82: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

82

Tables

Table 1. Lectin histochemistry of sialic acid (Sia) expression using MAL II and SNA lectins in breast invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary lymph node metastasis (LNM).

Samples MAL II (40µg/mL) SNA (20µg/mL)

Positive

(%)

Negative

(%)

p* Positive

(%)

Negative

(%)

p*

IDC 22 (30.1) 51 (69.9) 0.1599

25 (34.2) 48 (65.8) 0.0321

LNM 19 (44.2) 24 (55.8) 24 (55.8) 19 (44.2)

*Fisher’s exact test;

Table 2. Immunohistochemistry of β-galactoside α-2,3 sialyltransferase (ST3Gal.I) and β-galactoside α-2,6 sialyltransferase (ST6Gal.I) in breast invasive ductal carcinoma and axillary lymph node metastasis (LNM).

Group ST3Gal I ST6 Gal I

(+) % (-) % p* (+) % (-) % p*

IDC 13 (17.8) 60 (82.2) 0.8069

20 (27.3) 53 (72.7) 0.4955

LNM 9 (20.9) 34 (79.1) 8 (18.6) 35 (81.4)

*Fisher’s exact test;

Page 83: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

83

Table 3. Evaluation of α2,3 Sia expression, clinicopathologic features and

routine markers in breast invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary

lymph node metastasis (LNM).

α2,3 Sia in IDC α2,3 Sia in LNM

+ (%) - (%) P-value + (%) - (%) P-value Clinicopathologic Features

Age (years)

≤50 11 27

0.2328a

11 11

0.0535b

>50 15 20 8 13

Size (cm)

<2 4 12

0.3747b

4 3

0.2328 b 2-5 13 25 11 10

>5 9 10 4 11

Histological grade

I 2 3

0.8176b

1 0

0.4891 b II 7 16 7 8

III 17 28 11 16

Nuclear grade

1-2 9 17

0.8943b

9 6

0.1021a

3 17 30 10 18

Routine Markers

ER

+ 12 18

0.6210a

3 1

0.1926b

- 14 29 16 23

PR

+ 8 16

0.7756b

4 4

0.7136b

- 18 31 15 20

Ki-67

+ 2 3

0.8320b

1 0

0.4419a

- 24 44 18 24

HER-2

+ 15 16

0.0503b

9 5

0.0535b

- 11 31 10 19

aFisher’s exact test; bChi-square test.

Page 84: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

84

Table 4. Evaluation of α2,6 Sia expression, clinicopathologic features and

routine markers in breast invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary

lymph node metastasis (LNM).

α2,6 Sia in IDC α2,6 Sia in LNM

+ (%) - (%) P-value + (%) - (%) P-value Clinic-pathologic Features

Age (years)

≤50 18 20

0.4784a

12 10

0.8639b

>50 13 22 12 9

Size (cm)

<2 6 10

0.8857b

4 3

2-5 17 21 12 9 0.9717b

>5 8 11 8 7

Histological grade

I 3 2

0.5334b

0 1

II 8 15 8 7 0.4891b

III 20 25 16 11

Nuclear grade

1-2 14 12

0.4564a

9 6

0.6858b

3 17 30 15 13

Routine markers

ER

+ 14 16

0.5442b

1 3

0.1926 b

- 17 26 23 16

PR

+ 14 10

0.0549b

4 4

0.7136 b

- 17 32 20 15

Ki-67

+ 2 3

0.9080b

1 0

0.3680b

- 29 39 23 19

HER-2

+ 14 17

0.6889b

10 4

0.1520b

- 17 25 14 15

aFisher’s exact test; bChi-square test.

Page 85: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

85

Figures

Figure 1. Staining pattern of MAL II and SNA lectin. A: breast invasive ductal

carcinoma with positive α2,3 sialic acid expression (magnification x 100). B:

cytoplasmic staining pattern of MAL II (magnification x 400).C: breast invasive ductal

carcinoma with positive α2,6 sialic acid expression (magnification x 100), D:

cytoplasmic staining pattern of SNA (magnification x 400).

Page 86: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

86

Figure 2. Sialyltransferase immunohistochemistry. A: Axillary lymph node metastasis

with positive ST3 Gal 1 expression (magnification x 100). B: cytoplasmic staining

pattern of ST3GAL 1 with lymphocytic infiltrate surrounding (magnification x 400).C:

Breast invasive ductal carcinoma with positive ST6Gal 1 expression (magnification x

100), D: cytoplasmic and membrane staining pattern of ST6Gal 1 (magnification x 400).

Page 87: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

87

6.2 Artigo 2

Artigo 2 a ser submetido a revista Folia Histochemica et Cytobiologica

COMPARATIVE ANALYSIS OF NON SIALYLATED TRUNCATED GLYCAN

TUMOUR-ASSOCIATED EXPRESSION IN INVASIVE DUCTAL CARCINOMA

AND METASTASES IN THE AXILLARY LYMPH NODES

Ferreira, S. A1; Nascimento, J. C. F.1; Vasconcelos, J.L.A.1, Barbosa, B. T1,

Brandão, J.M1; Cavalcanti, I.T.1; Silva-Filho, J.L.Q.1; Cavalcanti, C. L. B.1;

Beltrão, E. I. C*1,2.

1Biomarkers in Cancer (BmC) Research Group. Federal University of

Pernambuco (UFPE), Recife, Pernambuco, Brazil.

2Department of Biochemistry, Biological Sciences Center, Federal University of

Pernambuco (UFPE), Recife, Pernambuco, Brazil.

* Corresponding author: [email protected]. +55 81 991529499.

Laboratório de Imunopatologia Keizo Asami (LIKA), Universidade Federal de

Pernambuco (UFPE), 50670-901, Recife, Pernambuco, Brasil.

Page 88: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

88

ABSTRACT

Introduction: Aberrant glycosylation has been found in all tumor cells and the

expression of tumor-associated carbohydrate antigens (TACA) constitutes part

of the cell events for metastasis and invasiveness. The present study evaluated

the differential expression of T and Tn antigens in breast invasive ductal

carcinoma (IDC) and axillary lymph node metastases (LNM) using lectin

histochemistry.

Material and methods: Formalin-fixed and paraffin-embedded tissues of breast

invasive ductal carcinoma (n= 71) and axillary lymph node metastasis (n=41)

were assayed with lectin histochemistry using Vicia vilosa agglutinin (VVA),

specific for Tn antigen, and Peanut agglutinin (PNA), specific for T antigen.

Immunohistochemistry assay was used to evaluate the routine molecular

markers (PR, ER, HER2, Ki67) for breast cancer.

Results: The Tn antigen expression was different in IDC and LNM (p=0.0338)

(figure 1A), with positive staining with VVA being higher in LNM (65.8%). A

tendency to significance was observed in T antigen expression both IDC

(40.8%) and LNM (58.5%). No correlation was found between lectin

histochemistry, breast markers routine by immunohistochemistry and clinic-

histopathological data.

Conclusions: Tn and T antigen are frequently overexpressed in breast cancer,

suggesting that the changes in O-glycosylation provide some advantage to the

tumor development. Our results allow us to think about the possibility of a

rescue of expression of this antigen in LNM cells to facilitate their attachment in

the new microenvironment. Besides this result suggest that Tn antigen too may

play a role in the mechanism involved in lymph node metastases.

Key words: T and Tn antigens, VVA, PNA, O-glicosylation, metastases.

Page 89: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

89

INTRODUCTION

Increased life expectancy, nowadays epidemiological transition,

associated with industrialization and urbanization and with exposure to a range

of agents with mutagenic and carcinogenic potential, provides an increasing

incidence of cancer in Brazil and worldwide [1]. Among all cancers, breast

cancer is the most prevalent tumor among women worldwide [2]. Although early

diagnosis and new therapies increases the chance of cure for many breast

cancer patients, oncology is not close to understand what trigger and rule the

disease development [3].

Altered structures of oligosaccharides on cell surface glycoproteins and

glycolipids are frequently associated with tumorigenesis and metastasis [4].

Modifications in cellular glycosylation pathways are common phenotypic

outcome in cancer cells affecting mainly the outer moiety of glycans and leading

to the expression of tumor-associated carbohydrate antigens (TACAs) [5].

Aberrant glycosylation has been found in all tumor cells and the expression of

TACA influences cancer patients’ prognosis and survival so greatly that seems

to be proportional to the degree of expression [6].

Several cellular models have been developed to study implication of

TACAs in breast cancer progression, aggressiveness, adhesion, migration,

proliferation and tumor growth [5, 7, 8]. TACA are not only tumor markers, but

also constitute part of the machinery that is essential for inducing metastasis

and invasiveness [6, 9]. Tn antigen is one of the most common tumor-

associated carbohydrate antigens expressed in approximately 90% of

Page 90: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

90

carcinomas, and its expression is strongly associated with poor prognosis and

overall low survival [10]. T antigen is other glycopeptide epitope, among the

TACA, associated with different types of tumors and represent attractive

candidate for the development of anticancer immune stimulation [11].

As ubiquitous saccharide recognizing (glyco)proteins, lectins have been

used as an useful tool in histochemistry to investigate carbohydrates in cell

surface glycoconjugates in normal and transformed tissues [12-14]. In this

sense, the present study evaluated the differential expression of T and Tn

antigen in breast invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary lymph node

metastases (LNM) using lectin histochemistry and also investigated a

correlation between these antigens, breast markers routine by

immunohistochemistry and clinicohistopathologic features in IDC and LNM

samples.

MATERIALS AND METHODS

Samples

This study was approved by Health Science Center Ethical Committee

CCS-UFPE (CAAE 06586612.9.0000.5208 — No. 140.876). Formalin-fixed,

paraffin-embedded (FFPE) samples of invasive ductal carcinoma (IDC) (n=71)

and axillary lymph node metastasis (LNM) (n=41) from patients, diagnosed from

2009 to 2013, were randomly chosen from the Tissue Bank of the Hospital das

Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (HC/UFPE). Diagnoses of

breast cancer were based on haematoxylin and eosin (H&E) staining for

histopathology evaluation. The histologic sections of all cases were re-reviewed

and the diagnoses confirmed by an independent pathologist. Patients’ clinical

Page 91: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

91

data were retrieved from medical files, and included age, tumor size and staging

and metastasis to regional lymph nodes. Control samples included 11 normal

breast tissues obtained from cosmetic surgery.

Lectin histochemistry

Paraffin sections (4 μm) were cut and placed on glass slides. Sections

were deparaffinized in xylene and rehydrated in graded alcohols (3 x 100% and

1 x 70 %). Slides were treated with 0.1 % (w/v) trypsin solution at 37 °C for 2

min according to published method [15]. Afterwards samples were incubated in

0.3 % H2O2 in methanol solution for 15 min. Tissue slices were incubated,

respectively, with biotin conjugated lectins Vicia Vilosa agglutinin (VVA, 20

μg/mL - Vector Lab, USA;), specific for antigen Tn, and Peanut agglutinin (PNA,

20 μg/mL - Vector Lab, USA), specific for antigen T, for 2 h at 4 °C. After this,

sections were incubated with horseradish peroxidase-conjugated streptavidin

(Sigma Aldrich, USA) for 45 min at 25 °C. Staining was visualized with a 0.01 %

3,3’-diaminobenzidine (DAB)-H2O2 solution (DAKO, USA). After each step

sections were washed twice (10 min each) with a 100 mM Phosphate Buffered

Solution (PBS), pH 7.2, containing 150mM NaCl. Negative staining controls

were performed replacing lectins solutions with PBS. Epithelial cells from basal

layer of healthy samples were used as positive staining.

Immunohistochemistry

FFPE tissue samples from 71 IDC patients, 41 LNM and 11 healthy

controls were sliced in sections of 4 μm and immunohistochemistry assay was

performed according to Ferreira et al. [16]. Sections were deparaffinized in

Page 92: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

92

xylene and hydrated with decreasing ethanol concentration. Tissues were

antigen retrieved with 10 mM citrate buffer (pH6.0), followed by endogenous

peroxidase blocking with methanolic H2O2 solution for 30 min and finally

incubated with 1% bovine serum albumin dissolved in phosphate buffered

saline (PBS-BSA) for 1 hour at room temperature. Slices were incubated with

antibody primary overnight at 4ºC. The molecular markers ER, PR and Ki-67

were detected using clone L-20 (1:50), AB-52 (1:50) and Ki-67 (1:50),

respectively, from Santa Cruz Biotechnology, Inc, USA. The HER2 (1:100) are

from DAKO, Carpinteria, CA, USA. After washing with Phosphate Buffered

Saline (PBS), sections were incubated with biotin-free polymer (ADVANCETM

HRP KIT, DAKO, Carpinteria, CA, USA). According manufacture instructions,

samples were incubated with ADVANCETM HRP LINK (containg secondary

antibodies) for 45 min at room temperature and then with ADVANCETM HRP

Enzyme (containing antibodies conjugated to horseradish peroxidase, HRP) for

45 min. Finally the reaction was reveled with 3,3’-Diaminobenzidine (DAKO)

and counterstaining with hematoxylin. All washes (2x 10 min each) between the

steps were performed with a 100 mM Phosphate Buffered Solution (PBS), pH

7.2, containing 150mM NaCl.. Normal breast samples were used as control.

Negative controls were prepared omitting the primary antibody.

Image analysis, histochemistry and Immunohistochemistry evaluation

Tissue images were acquired using a video camera system coupled to

an Eclipse 50i microscope (Nikon, Melville, NY, USA) and analyzed using the

NIS-Elements F software version 2.30 (Nikon, USA). Random areas (1 µm2)

were analyzed taking into account the number of stained cells per area. Semi-

Page 93: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

93

quantitative analysis of stained cells of lectin histochemistry was measured

using the automatic system (three areas in each case). Staining intensity was

scored based on the intensity of signal (0, 1+, 2+ 3+) and measured according

to Dornelas [17] as: 0, negative staining; 1+, low staining for up to 1/3 of cells

stained; 2+, moderate staining for up to 2/3 of cells stained; and 3+, intense

staining for more than 2/3 of cells stained. Three different areas (1 cm2) per

tissue were analyzed (magnification 100x).

2.3. Immunohistochemistry analyzes

The estrogen receptor (ER) and progesterone receptor (PR) expression

analyzes were conducted following the recommendations of the ASCO/CAP

ER/PR guidelines (2010) [18] and HER-2 expression was evaluated according

to the ASCO/CAP HER2 guideline (2013) [19]. Ki67 expression was evaluated

according to Fountzilas and colleagues [20] and cases were considered positive

when more than 14% of neoplastic cells nuclei expressed this protein.

Statistical analysis

Statistical association (p value) was analyzed using the nonparametric X2

test or Fisher's Exact test. For lectin histochemistry was calculated p value,

odds ratio (OR) and its 95% confidence interval (CI). p <0.05 was considered

statistically significant. All analysis was performed using the software GraphPad

Prism version 6 (GraphPad, USA).

Page 94: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

94

RESULTS

FFPE tissue samples of IDC (n=71) and LNM (n=41) were assayed for

Tn and T antigen expression by lectin histochemistry with VVA and PNA lectin,

respectively, correlating with clinicopathological features (Table 1). Patients

ages ranged between 31–90 years (mean 53). Only four samples showed

histological grade I and 1 sample was nuclear grade 1 (Table 1).

Tn and T antigen expression was correlated with breast markers routine

(Table 2 and 3, respectively). There was only a significant association

(p=0.0250) between Tn antigen expression and molecular HER2 biomarker in

the IDC. No association between other breast markers routine by

immunohistochemistry with T and Tn antigen expression both the primary tumor

and in the corresponding lymph node metastasis was not observed.

The Tn antigen expression was different in IDC and LNM (p=0.0338)

(Figure 1A), with positive staining with VVA being higher in LNM (65.8%). A

tendency to significance was observed in T antigen expression both IDC

(40.8%) and LNM (58.5%) (Figure 1B).

The staining pattern of VVA was mainly in cell membrane and cytoplasm

in IDC and LNM (figure 2). PNA presented a cytoplasm staining in both groups

(figure 3). All healthy controls (n=11) were negative for both VVA and PNA.

Page 95: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

95

DISCUSSION

A defect in glycosyltransferases (GTs), involved in the biosynthesis of the

O-glycan cores, may lead to the incomplete synthesis of the glycans, allowing

the expression of O-linked carbohydrate antigens known as Thomsen–

Friedenreich (T or TF) antigen (unsialylated Core1) and Thomsen-nouvelle (Tn)

antigen (initial unsubstituted GalNAc) [5]. Both T and Tn have been used as

prognostic indicators of cancer and have been detected immunologically in

breast primary cancer tissues, lymph nodes, and distant metastases [21-26].

Lectins are interesting diagnostic tools in immunohistochemical

differentiation for surface and intracellular glycoconjugates of transformed cells

[11] that can be used to assess the glycosylation pattern of normal and tumor

cells. In fact, a range of lectins specific for N-Acetyl-galactosamine (GalNAc),

including Helix pomiata lectin (HPA), Dolichos biflorus agglutinin (DBA),

Griffonia simplicifolia agglutinin (GSA), Wistaria floribundia (WFA), soybean

(Glycine max) agglutinin (SBA), Vicia villosa isolectin B4 (VVA) and Salvia

sclarea agglutinin (SSA), can be used to detect Tn antigen [5, 27, 28].

Tn antigen may be expressed in almost 90% of breast cancers [5, 29].

Some authors [30,31] reported that Tn expression was observed in lymph node

metastatic cells using either monoclonal antibodies (mAb) in almost 100% of

Tn-positive metastatic cells, while primary tumours could exhibit various

percentages of cell positivity [32]. Our results for lectin histochemistry for Tn

antigen showed greater positivity in LNM than IDC, in agreement with literature

data for immunohistochemistry.

Page 96: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

96

Lectins such as Arachis hypogea agglutinin (peanut lectin - PNA),

Amaranthus caudatus agglutinin (ACA) or Artocarpus integrifolia agglutinin

(jacalin – AIA) have been extensively used to detect T antigen [5]. PNA is the

unique lectin specific for unsubstituted Gal residues. Because of its high

reactivity with asialo-glycophorin, PNA has been tagged as the anti-T lectin [5,

33].

There is strong evidences that T antigen is frequently overexpressed in

breast cancer, suggesting that changes in O-glycosylation provide some

advantage to the tumour development [5]. Our results allowed us to speculate

the possibility of a rescue of expression of this antigen in LNM cells to facilitate

their attachment in the new microenvironment as an event of mesenchimal-

epithelia transition (MET). A study showed that 98% of the disseminated tumour

cells in the bone marrow were positively stained by a new anti-T antibody [34],

suggesting a role for T antigen in the metastasis process. Such studies are

costly and require time to be carried out, not being suitable for use as a routine

diagnostic aids.

On the other hand, Tn expression was associated with increased risks of

recurrence using VVA [30] and its expression in primary tumours seems to be

associated with lymph node involvement using mAbs [31, 32], HPA [35] or VVA

[32], and even with invasion of lymphatic vessels also within the primary tumour

[32]. We observed an increase in Tn antigen expression on the secondary site,

this observation strongly suggests that Tn antigen can also play a role in the

mechanism involved in lymph node metastasis. A trend toward significance was

also found for the T antigen using PNA lectin.

Page 97: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

97

We did not find any correlation between lectin histochemiatry and

clinicopathological data for both lectins and tissues, IDC and LNM. Authors

have reported a lost of Tn expression in grade III tumors [31] we find a higher

Tn antigen expression in histological grade III cases indicating that this antigen

may be involved in the malignant phenotype.

Different studies were performed with breast cancer patients and agree

with the observation that there is a correlation between the high extent of Tn

epitope expression in the primary tumours and poor prognosis [25]. Springer

[29] reported a 5-year shortened disease free period, while Tsuchiya and

colleges [36] observed that Tn correlated with overall survival, in addition to

nodal status and tumour size, although Tn was not an independent prognostic

factor. There was a significant association between Tn antigen expression and

molecular HER2 biomarker in the IDC, however, no record in the literature

indicating association between these two variables. No association between

other breast markers routine by immunohistochemistry with T and Tn antigen

expression both the primary tumor and in the corresponding lymph node

metastasis was not observed indicating that these markers did not affect the

expression of these antigens.

All normal samples were negative for VVA and PNA in accordance with

the fact that T antigen and its precursor, Tn antigen, are exclusively expressed

in carcinomas but not in normal tissues [6, 37, 38].

Our study showed that lectin histochemistry, using specific lectins for

tumor-associated carbohydrate antigens ( TACA ) , such as T and Tn antigen,

provides similar results to those found using immunohistochemistry or

molecular biology. Moreover, it was possible to observe a differential expression

Page 98: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

98

of both antigens, particularly Tn antigen, between primary breast tumor

(invasive ductal carcinoma) and axillary lymph node metastases , reinforcing

the hypothesis that these antigens influence the process of metastasis.

ACKNOWLEDGEMENT

Authors thank to Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de

Pernambuco (FACEPE), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e

Tecnológico (CNPq) and Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de

Nível Superior (CAPES) for research grants and schollarship.

REFERENCES

1. CHAMMAS, R. Biologia do câncer: uma breve introdução. In: Hoff, Paulo

Marcelo Gehm (5rd ed). Tratado de oncologia. São Paulo: Atheneu,

2013;3-8.

2. Ferlay, J., Soerjomataram, I., Dikshit, R et al. 2014. Cancer incidence

and mortality worldwide: sources, methods and major patterns in

GLOBOCAN 2012. Int. J. Cancer 2014;136:E359–E386.

3. Nascimento JCF, Ferreira SA, Vasconcelos JLA et al. Fut3 role in breast

invasive ductal carcinoma: Investigating its gene promoter and protein

expression. Experimental and Molecular Pathology 2015;99:409–415

4. Vajaria BN, Patel KR, Begum R, Patel PS. Sialylation: an Avenue to

Target Cancer Cells. Pathol Oncol Res 2015:1-5.

5. Cazet A, Julien S, Bobowski M, Burchell J, Delannoy P. Tumour-

associated carbohydrate antigens in breast cancer. Breast Cancer

Research 2010;12:204.

6. Xu Y, Sette A, Sidney J, Gendler Sj, Franco A. Tumor-associated

carbohydrate antigens: A possible avenue for cancer prevention.

Immunology and Cell Biology 2005;83:440–448.

7. Julien S, Lagadec C, Krzewinski-Recchi MA, Courtand G, Le Bourhis X,

Delannoy P: Stable expression of sialyl-Tn antigen in T47-D cells

Page 99: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

99

induces a decrease of cell adhesion and an increase of cell migration.

Breast Cancer Res Treat 2005;90:77-84.

8. Julien S, Adriaenssens E, Ottenberg K et al. ST6GalNAc I expression in

MDA-MB-231 breast cancer cells greatly modifi es their O-glycosylation

pattern and enhances their tumourigenicity. Glycobiology 2006;16:54-64.

9. Maramatsu T. Carbohydrate signals in metastasis and prognosis of

human carcinomas. Glycobiology 1993;3:291–296.

10. Song C, Sun S, Huo CX, et al. Synthesis and immunological evaluation

of N-acyl modified Tn analogues as anticancer vaccine candidates.

Bioorg Med Chem 2016;24(4):915-920.

11. Sousa BL, Silva-Filho JC, Kumar P, et al. Structural characterization of a

Vatairea macrocarpa lectin in complex with a tumor-associated antigen:

A new tool for cancer research. Int J Biochem Cell Biol 2016;2(72):27-39

12. Beltrão EIC, Medeiros PL, Rodrigues OG et al. Parkia pendula lectin as

histochemistry marker for meninge tumor. Eur J Histochem 2003;47:139-

142.

13. Ferreira SA, Vasconcelos JL, Cavalcanti CL, Rêgo M J, Beltrão EIC.

Sialic acid differential expression in non-melanoma skin cancer biopsies.

Med Mol Morphol 2013a;46(4):198-202.

14. dos-Santos PB, Zanetti JS, Vieira-de-Mello GS, Rêgo MB, Ribeiro-Silva

AA, Beltrão EI. Lectin histochemistry reveals SNA as a prognostic

carbohydrate-dependent probe for invasive ductal carcinoma of the

breast: a clinicopathological and immunohistochemical auxiliary tool.

International journal of clinical and experimental pathology 2014;7: 2337.

15. Redelinghuys P, Antonopoulos A, Liu Y et al. Early Murine T-lymphocyte

Activation Is Accompanied by a Switch from N-Glycolyl- to N-Acetyl-

neuraminic Acid and Generation of Ligands for Siglec-E. J Biol Chem

2011; 286:34522–34532.

16. Ferreira SA, Vasconcelos, JLA, Cavalcanti, CLB et al. Expression

patterns of α2,3-Sialyltransferase I and α2,6-Sialyltransferase I in human

cutaneous epithelial lesions. Eur J Histochem 2013b;57:41-45.

17. Dornelas MT, Rodrigues MF, Machado DC, Ferreira AP, Gollner AM:

Expressão de Marcadores de Proliferação Celular e Apoptose no

Page 100: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

100

Carcinoma Espinocelular de Pele e Ceratose Actínica. Anais Bras

Dermatol 2009, 84:469-475.

18. Hammond MEH, Hayes DF, Wolff AC, Mangu PB, Temin S. American

society of clinical oncology/college of american pathologists guideline

recommendations for immunohistochemical testing of estrogen and

progesterone receptors in breast cancer. J. Oncol. Pract 2010;6:195 –

197.

19. Wolff AC, Hammond MEH, Hicks DG et al. 2013. Recommendations for

human epidermal growth factor receptor 2 testing in breast cancer:

american society of clinical oncology/college of American pathologists

clinical practice guideline update. J Clin Oncol 2013;31:3997–4013.

20. Fountzilas G, Dafni U, Bobos M et al. Differential response of

immunohistochemically defied breast cancer subtypes to

anthracyclinebased adjuvant chemotherapy with or without paclitaxel.

PLoS One 2012;7:e37946.

21. Baldus SE, Zirbes TK, Hanisch FG et al. Thomsen Friedenreich antigen

presents as a prognostic factor in colorectal carcinoma: a

clinicopathologic study of 264 patients. Cancer 2000;88:1536-43.

22. Springer GF, Desai PR, Bantatwala I. Blood group MN antigens and

precursors in normal and malignant breast glandular tissue. J Natl

Cancer Inst 1975;54:335-9.

23. Itzkowitz SH, Yuan M, Montgomery CK et al. Expression of Tn, Sialosyl

Tn, and T antigens in human colon cancer. Cancer Res 1989;49:197-

204.

24. Freire T, Medeiros A, Reis CA, Real FX, Osinaga E. Biochemical

characterization of soluble Tn glycoproteins from malignant effusions of

patients with carcinomas. Oncol Rep 2003;10:1577-85.

25. Freire T, Osinaga E. Immunological and biomedical relevance of the Tn

antigen. Inmunología 2003;22:27-38.

26. Kumar SR, Saute ER, Quinn TP, Deutscher SL. Thomsen-Friedenreich

and Tn Antigens in Nipple Fluid: Carbohydrate Biomarkers for Breast

Cancer Detection. Clin Cancer Res 2005;11:6868-71.

Page 101: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

101

27. Piller V, Piller F, Cartron JP. Comparison of the carbohydrate-binding

specifi cities of seven N-acetyl-D-galactosamine-recognizing lectins. Eur

J Biochem 1990, 191:461-466.

28. Berger EG. Tn-syndrome. Biochim Biophys Acta 1999;1455:255-268.

29. Springer G. Immunoreactive T and Tn epitopes in cancer diagnosis,

prognosis, and immunotherapy. J Mol Med 1997; 75: 594–602

30. Wang BL, Springer GF, Carlstedt SC. Quantitative computerized image

analysis of Tn and T (Thomsen-Friedenreich) epitopes in prognostication

of human breast carcinoma. J Histochem Cytochem 1997;45:1393-400.

31. Konska G, Guerry M, Caldefi e-Chezet F, De Latour M, Guillot J. Study of

the expression of Tn antigen in diff erent types of human breast cancer

cells using VVA-B4 lectin. Oncol Rep 2006;15:305-310.

32. Kawaguchi T, Takazawa H, Imai S et al. Expression of Vicia villosa

agglutinin (VVA)-binding glycoprotein in primary breast cancer cells in

relation to lymphatic metastasis: is atypical MUC1 bearing Tn antigen a

receptor of VVA? Breast Cancer Res Treat 2006;98:31-43.

33. Lotan R, Skutelsky E, Danon D, Sharon N. The purification, composition,

and specificity of the anti-T lectin from peanut (Arachis hypogaea). J Biol

Chem 1975; 250:8518-8523.

34. Schindlbeck C, Jeschke U, Schulze S et al. Prognostic impact of

Thomsen–Friedenreich tumor antigen and disseminated tumor cells in

the bone marrow of breast cancer patients. Breast Cancer Res Treat

2007;101:17-25.

35. Brooks SA, Leathem AJ. Prediction of lymph node involvement in breast

cancer by detection of altered glycosylation in the primary tumour. Lancet

1991;338:71-74.

36. Tsuchiya A, Kanno M, Kawaguchi T et al. Prognostic relevance of Tn

expression in breast cancer. Breast Cancer 1999; 6:175-80.

37. Springer JF. T and Tn, general carcinoma autoantigens. Science 1984;

224:1198- 206.

38. Cao Y, Stosiek P, Springer GF. Thomsen-Friedenreich-related

carbohydrate antigens in normal adult tissues: A systemic and

comparative study. Histochem. Cell Biol 1996;106:197–207.

Page 102: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

102

Tables

Table 1. Relationship between Tn and T antigen expression with clinicopathologic features in breast invasive ductal carcinoma (IDC)

Clinicopathologic

Features

Tn antigen expression T antigen expression

+ (%) - (%) p + (%) - (%) p

Age (years)

≤50 13 23

0.1554a

14 22

0.4678a

>50 19 16 15 20

Size (cm) <2 6 8

0.9656b

6 8

0.9980 b 2-5 17 21 16 22

>5 9 10 7 12

Histological grade

I 0 4

0.1037b

1 3

0.4418 b II 9 14 8 15

III 23 21 20 24

Nuclear grade

1 0 1

0.4010b

1 0

2 9 15 9 15 0.4576b

3 23 23 19 27

Lymph node status

Positive 9 21

0.7972a

3 1

0.8422a Negative 23 26 20 29

Negative 9 13 9 13

aFisher’s exact test; bChi-square test.

Page 103: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

103

Table 2. Evaluation of Tn antigen expression by lectin histochemistry (VVA) with routine markers in breast invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary lymph node metastasis (LNM).

VVA in IDC VVA in LNM

+ (%) - (%) P-value + (%) - (%) P-value Routine markers

PR Positive 11 13

0.4418a 6 2

0.5431 b Negative 21 26 21 12

ER Positive 12 18

0.4626b 1 2

0.2173 b Negative 20 21 26 12

Ki-67 Positive 2 3

0.8132b 1 3

0.0697b Negative 30 36 26 11

HER-2 Positive 17 14

0.1589a 11 1

0.0250a Negative 15 25 16 13

aFisher’s exact test;

bChi-square test.

Table 3. Evaluation of T antigen expression by lectin histochemistry (PNA) with routine markers in breast invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary lymph node metastasis (LNM).

PNA in IDC PNA in LNM

+ (%) - (%) P-value + (%) - (%) P-value Routine markers

PR Positive 10 14

0.9198b 5 3

0.1998 b Negative 19 28 19 14

ER Positive 10 20

0.2707a 2 2

0.7153 b Negative 19 22 22 15

Ki-67 Positive 3 2

0.3661b 1 1

0.8016b Negative 26 40 23 16

HER-2 Positive 16 15

0.1042b 10 4

0.2276a Negative 13 27 14 13

aFisher’s exact test;

bChi-square test.

Page 104: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

104

Figures

Figure 1. Lectin histochemistry results. A: Tn antigen staining with VVA presented significant difference between breast invasive ductal carcinoma (IDC) and axillary lymph node metastases (LNM), p=0.0338. B: T antigen staining with PNA was not significant in both IDC and LNM (p>0,05).

45,1% 65,8%

40,8% 58,5%

Page 105: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

105

Figure 2. Evaluation of antigen Tn expression by VVA lectin. A: Invasive ductal carcinoma with positive antigen Tn expression (Scale bar: 100μm). B: In Detail, cytoplasmic staining pattern of VVA (Scale bar: 50μm). C: lymph node metastases with positive antigen Tn expression (Scale bar: 100μm). D: In Detail, cytoplasmic and membrane staining pattern of VVA (Scale bar: 50μm).

Page 106: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

106

Figure 3. Positive PNA staining for T antigen in breast invasive ductal carcinoma (IDC) (A - scale bar: 100μm) characterized by cytoplasmic staining pattern (B - scale bar: 50μm).

Page 107: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

107

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Houve uma expressão moderada de Sia, principalmente α2,6 Sia tanto no

IDC quanto no LNM, indicando que este açúcar foi mantido durante todas

as etapas sucessivas na metástases;

A expressão das enzimas analisadas, ST3Gal 1 e ST6Gal 1, não justificam

o perfil de sialilação encontrado tanto no carcinoma mamário invasivo

quanto na metástase linfonodal;

A Sialilação está ocorrendo ao longo das etapas ou outras sialiltransferases

são responsáveis pelo padrão de sialilação encontrado;

A sialilação estava presente no sítio primário e foi aumentada no sítio

secundário;

O papel do ácido siálico no LNM pode estar relacionado à fixação e

adaptação celular no sítio secundário;

A monitorização do perfil de sialilação seria importante para o diagnóstico

de metástases de tumores;

As lectinas são interessantes ferramentas no diagnóstico na diferenciação

histoquímica para glicoconjugados de superfície e intracelulares de células

transformadas

As lectinas VVA e PNA foram ferramentas úteis para a determinação da

expressão de antígenos T e Tn.

Resgate da expressão de antígenos carboidratos não sialilados associados

ao tumor nas células tumorais do LNM parece facilitar a sua fixação na novo

microambiente.

O antígeno Tn pode desempenhar um papel no mecanismo envolvido na

metástases linfáticas.

Foi possível observar uma expressão diferencial de antígeno Tn no IDC e

LNM usando VVA;

Page 108: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

108

APÊNDICE A

Page 109: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

109

Page 110: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

110

Page 111: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

111

Page 112: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

112

Page 113: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

113

APÊNDICE B

Page 114: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

114

Page 115: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

115

Page 116: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

116

Page 117: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

117

Page 118: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

118

ANEXO I

Page 119: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

119

Page 120: STEFFANY DE ALMEIDA FERREIRA...2016/02/24  · O câncer de mama (CID10 - C50) é uma doença complexa que pode adquirir um caráter mais invasivo e resistente por inúmeras mudanças

120