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SRIBR O fiUE MUDR SOBRE O TRRBRLHO ESCRRVO COM R PORTRRIA 1129/2017
R POLÊMICR PORTRRIR
1129/2017 FOI RSSUNTO BRSTRNTE
COMENTRDO DURRNTE R SEMRNR PRSSRDR
I
POR TODO O PRIS. MRS VOCÊ SRBE
O UUE ELR RLTERR COM RELRÇRO
RO CONCEITO DE TRRBRLHO ESCRRVO?
RNTES DE MRIS NRDR, É IMPORTRNTE OBSERVRR OUE O CONCEITO DE TRRBRLHO ESCRRVO CONTEMPORRNED ESTR PREVISTO NO RRTIGO 149 DO CÓDIGO PENRL BRRSILEIRO. EM SENDO UMR LEI, HR NRO PODERIR SER RLTERRDR POR PORTRRIR. RPENRS UMR NOVR LEI PODERIR RLTERRR O CONCEITO DE "TRRBRLHO ESCRRVO". OU SEJR, O GOVERNO FEDERRL NRO PODERIR TER FEITO ESSR RLTERRÇRO RTRRVÉS DE UMR PORTRRIR. Além d isso, o novo conceito de "trabalho escravo"
trazido pela Porta ria 1129/2017 representa um
verdadeiro retrocesso com relação ao que prevê o
Código Pena l. Isso porque, atualmente, o trabalho
escravo pode ser caracterizado pelos Auditores-
Fiscais do Trabalho, durante a fiscalização, em quatro
hipóteses: trabalho forçado, jornada exaustiva, restrição
à liberdade de locomoção ou submissão do empregado
a trabalho degradante. Ao se constatar qua lquer uma
dessas hipóteses, fica caracterizado o traba lho escravo
contemporâneo. A Portaria a ltera isso. Assim, será
considerado "t raba lho escravo contemporâneo" apenas
a atividade que for exercida com violência ou restrição à
liberdade de locomoção. Excluem-se, da caracterização
de "traba lho escravo", as hipóteses de jornada exaustiva e
submissão do empregado à atividade laboral degradante.
A grande maioria dos resgates de trabalhadores de
tra balho escravo contemporâneo se dá por esses do is
motivos. Assim, depois da portaria, se um
trabalhador for encontrado, durante a Auditoria
Fiscal Trabalhista, em exercício labora l com
jornada extrapolada, a inda que, por exemplo, de
quatorze, dezesseis ou dezoito horas por d ia, sem
descanso entre as jornadas de trabalho ou sem
intervalo adequado para descanso e al imentação,
sem férias ou repouso semanal remunerado
e sem o recebimento de suas verbas sa lariais
legais, ou ent ão, se ele for a lojado em barracões
de lona, sem instalações sanitárias (utili zando
o "mato" para satisfação de suas necessidades
pessoais). ingerindo água de córregos sem
qualquer tratamento ou sem d isponi bi lização
de al imentação. ou ainda se for alojado com
animais, essas s ituações, ainda que todas em
conjunto, não pode rão mais ser cons ideradas
trabalho escravo contemporâneo. conforme
previsão expressa no artigo 149 do Código Pena l.
Cabe observar que, antes da Portaria, essa
situação seria considerada "trabalho escravo
contemporâneo". A maioria dos 52 mil resgates
que o G rupo Móvel de Combate ao Traba lho
Escravo real izou nos últimos 20 anos foram feitos
devido a esses dois motivos: trabalho degradante
e jornada exaustiva. Exatamente os motivos que
a portaria pretende excluir da ca racterização de
trabalho escravo contemporâneo. E isso se dá
porque, com o desemprego batendo às portas de
14 milhões de trabalhadores, muitas vezes eles
se submetem a essas s it uações para garantia
da própria sobrevivência e muitos empregadores
se aproveitam dessa fragi lidade para expor os
empregados a condições desumanas de trabalho
e de vida. Com o desemprego nas altu ras, o
empregador não precisa amarrar os t raba lhadores
para explorá- los.
E é exatamente nesse momento que as leis
devem existir pa ra proteger os trabalhadores, e
não para permitir sua máxima exploração, como
prevê a portaria.
Além de a lterar o conceito de trabalho escravo, a
Portaria prevê outros entraves à fi scalização. Um
deles é que a caracterização do trabalho escravo
só poderia se dar com Boletim de Ocorrência
lavrado por a utoridade policial presente na
fiscalização. Entretanto, muitos resgates ocorrem
em f iscal ização rotineira do Auditor-Fisca l do Traba lho,
muitas delas sem acompanhamento policial. Portanto,
prever essa exigência torna ainda mais complicada a
constatação do trabalho escravo pelo Auditor.
A publicação da "lista suja" é outra alteração prevista
pela Portaria. A "Lista Suja" é um cadastro de
empregadores constatados submetendo trabalhadores
à escravidão contemporânea. Hoje em dia, a lista suja
é resultado do trabalho independente de Auditores
Fiscais do Trabalho, servidores técnicos do Ministério do
Trabalho. Com a Portaria, e la passa a ser competência
do Ministro do Trabalho. A vinculação desse importante
instrumento às inclinações pessoais e políticas do
Ministro retira dele sua imparcial idade e credibilidade.
SENDO RSSIM, OS RUDITORES-FISCRIS DO TRRBRLHO SE POSICIONRM CONTRRRIOS R PORTRRIR 1129/2017 f EXIGEM SUR IMEDIRTR RfVOGRÇRO SOB PfNR DE SER, ESSE GOVERNO, RfSPONSRVH PELO MRIOR RETROCESSO COM RfLRÇRO RD COMBRTf RO TRRBRLHO fSCRRVO VIVENCIRDO POR ESSE PRÍS.
Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho