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Índicepág 5 || MENSAGEM DE BOAS VINDAS

pág 7 || COMISSÕES

pág 8 || SPONSORS

pág 12 || PROGRAMA | INFORMAÇÕES GERAIS

pág 14 || PROGRAMA | 20 NOV – 4.ª F

pág 16 || PROGRAMA | 21 NOV – 5.ª F

pág 18 || PROGRAMA | 22 NOV – 6.ª F

pág 20 || WORKSHOPS | 23 NOV – SÁB.

pág 21 || WORKSHOPS 1

pág 22 || WORKSHOPS 2

pág 23 || WORKSHOPS 3

pág 25 || COMUNICAÇÕES ORAIS

pág 35 || POSTERS

pág 116 || ÍNDICE DE TRABALHOS

pág 119 || ÍNDICE DE AUTORES

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LIVRO DE RESUMOS

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CARO(a)S COLEGAS,

CHEGOU A 12ª EDIÇÃO DO CONGRESSO NACIONAL DA APFH!

Em nome da Associação Portuguesa de Farmacêuticos Hospitalares dou-vos as Boas-vindas a este Congresso, que é de todos os Farmacêuticos Hospitalares.

Este ano, o Congresso APFH terá como tema Alianças Estratégicas para o Farmacêutico do Futuro!

É de vital importância que no futuro, cada terapêutica instituída seja o mais individualizada possível e para que tal aconteça, ter-se-ão de estabelecer alianças que visem a construção dum conhecimento sólido e estruturado e o coloquemos em prática em função de um objetivo: cada doente é um ser único! A monitorização da terapêutica pelo farmacêutico, tendo por base características farmacocinéticas, farmacogenéticas ou outras, é essencial para a sua otimização e redução dos tempos de internamento e a nossa capacidade de integração em equipas multidisciplinares é a chave do sucesso para atingir resultados em saúde. Saber comunicar, escutar, agir, liderar, são características que nos deverão nortear nesta caminhada que é a nossa profissão.

Atualmente e cada vez mais, as plataformas informáticas, a telemedicina, a inteligência artificial, a robótica e os bancos de dados são ferramentas que estão à nossa disposição, e caso as saibamos utilizar, poderão transformar-se num valioso aliado na geração de conhecimento em tempo útil.

Paralelamente teremos de ser capazes de aliar as competências técnico-científicas às competências de gestão e organizacionais, por forma a garantir a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde.

O Sistema de Saúde está em mudança, e nós Farmacêuticos, deveremos ser ágeis na criação de alianças estratégicas rumo ao futuro centrado na pessoa com doença, alargando os horizontes da nossa intervenção. Somos uma mais-valia para o Sistema Nacional de Saúde e esperamos que este Congresso nos enriqueça a nível profissional, pessoal e emocional, na garantia de que juntos iremos mais longe.

Juntos, criamos Alianças Estratégicas para o Farmacêutico do Futuro!

Paulo Tavares de Almeida Presidente da Comissão Organizadora

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COMISSÃO ORGANIZADORA

Carla Campos – ULS Matosinhos Ana Margarida Freitas – CUF – Descobertas Brenda Madureira – Hospital S. Francisco Xavier Vera Pires – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil Ana Rita Fortunato – Hospital de Braga Maria Helena Catarino – Hospital da Luz -Torres Lisboa Irene Primitivo- CHSF Leiria Isabel Carla Pereira – CHMT – Tomar Sílvia Mira – CHMT – Torres Novas

COMISSÕES

PRESIDENTE Prof. Doutor Francisco Batel Marques

PRESIDENTE Dr. Paulo Tavares Almeida

COMISSÃO CIENTÍFICA

Dr. António Faria Vaz Dr. António Paulo Melo Gouveia Dr. Armando Alcobia Dr. Jorge Félix Dr. Josep Ribas Sala Dra. Ana Leão Dra. Ana Mirco Dra. Ana Paula Prata Dra. Carla Ferrer Dra. Carla Oliveira Dra. Cláudia Neto Dra. Clementina Varelas Dra. Cristina Paiva Dra. Helena Baião Dra. Luísa Barros Pereira Dra. Maria Ângela Aragão Dra. Maria Helena Farinha Dra. Maria Lídia Campilho Dra. Olímpia Fonseca Dra. Maria Paula Dias de Almeida Dra. Patrocínia Rocha Dra. Paula Campos Dra. Rute Varela Dra. Sofia Jesus

Prof. Doutor António José Almeida Prof. Doutor Carlos Fontes Ribeiro Prof. Doutor Carlos Maurício Barbosa Prof. Doutor João Gonçalves Prof. Doutor João Nuno Moreira Prof. Doutor João Paulo Cruz Prof. Doutor José Guimarães Morais Prof. Doutor José Sousa Lobo Prof. Doutor Nuno Taveira Prof. Doutor Vítor Seabra Prof. Doutora Ana Cristina Rama Prof. Doutora Ana Paula Martins Prof. Doutora Cláudia Cavadas Prof. Doutora Cláudia Furtado Prof. Doutora Eugénia Pereira Prof. Doutora Fátima Falcão Prof. Doutora Isabel Ramalhinho Prof. Doutora Luiza Granadeiro

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EXPOSIÇÃO TÉCNICA

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INFORMAÇÕES

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PROGRAMA | 20 NOV QUARTA-FEIRA

8H30 || ABERTURA DO SECRETARIADO

8H45 || COMUNICAÇÕES LIVRES

|| ADEQUAÇÃO DE FORMULAÇÕES LÍQUIDAS ORAIS PARA A NEONATOLOGIA – ESTUDO DE OSMOLALIDADES

Filipa Cosme Silva(1); Sara Fernandes(2); João Paulo Cruz(2,3); AJ Almeida(2); Joana Marto(2) -(1)Unidade de Farmácia Pediátrica, Hospital de Santa Maria- CHULN; (2)Research Institute for Medicine (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa; (3)Director Serv. Farm. Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte

|| REAVALIAÇÃO DO PLANO DE AMOSTRAGEM PARA CONTROLO MICROBIOLÓGICO DAS BOLSAS DE NUTRIÇÃO PARENTÉRICA

Carla Sampaio; Ana Capela; Renata Barbosa; Susana Fraga; Teresa Soares – Centro Hosp. Universitário São João

|| MÉTRICAS DE PRODUÇÃO EM TEMPO REAL Susana Sernache; Humberto Gonçalves; Caio Rosa; António Gouveia – Instituto Português

de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil E.P.E.

9H30 || THE EUROPEAN STATEMENTS OF HOSPITAL PHARMACY: HOW CAN WE MOVE TOWARDS IMPLEMENTATION?

PALESTRANTE Dr. Gonzalo Marzal Lopez – EAHP

9H45 || SESSÃO PLENÁRIA 1 – INDIVIDUALIZAÇÃO DA TERAPÊUTICA

|| FARMACOCINÉTICA – UMA HISTÓRIA COM FUTURO

PALESTRANTE Prof. Doutora Maria José García Sánchez – F. F. Universidade de Salamanca

|| FARMACOGENÓMICA: A APLICABILIDADE À PRÁTICA CLÍNICA COMO EXERCÍCIO DE CIDADANIA

PALESTRANTE Prof. Doutor Carolino Monteiro – F. F. Universidade de Lisboa MODERADOR Prof. Doutor Sérgio Simões – F. F. Universidade de Coimbra

11H00 || SESSÃO DE ABERTURA

11H30 || PAUSA PARA CAFÉ

12H00 || SIMPÓSIO SATÉLITE 1 – O CONTRIBUTO DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE PARA A EFICIÊNCIA HOSPITALAR – VIFOR PHARMA

|| ABORDAGEM DA FERROPÉNIA / IMPACTO NA EFICIÊNCIA HOSPITALAR

PALESTRANTE Prof. Doutor António Robalo Nunes – Hospital das Forças Armadas MODERADOR Dr. Armando Alcobia – Hospital Garcia de Orta

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13H00 || ALMOÇO

14H30 || SIMPÓSIO SATÉLITE 2 – PORTUGUESE VALUE-BASED HEALTHCARE

|| UM DESÍGNIO FARMACÊUTICO

PALESTRANTE Dr. Jorge Félix – Exigo Consultores MODERADOR Dr. Miguel Lopes – Secretário Geral da APAH

15H30 || CONFERÊNCIA DE ABERTURA – JUNTOS CONTINUAMOS A FAZER A DIFERENÇA!

PALESTRANTE Prof. Tomaz Morais

16H00 || PAUSA PARA CAFÉ

16H30 || PHARMA LEARNING SESSIONS

|| PLS1 METODOLOGIAS DE MONITORIZAÇÃO FARMACOCINÉTICA

PALESTRANTE Dra. Ana Mirco – CHLO, Hospital de Santa Cruz Prof. Doutora Maria José García Sánchez – F. F. Universidade de Salamanca

|| PLS2 "NOVO PARADIGMA NO TRATAMENTO DA DERMATITE ATÓPICA"

DERMATITE ATÓPICA: DA FISIOPATOLOGIA AO IMPACTO NA QUALIDADE DE VIDA. TRATAMENTO COM DUPILUMAB

PALESTRANTE Dr. Duarte Mesquita – Sanofi Genzyme

|| O PAPEL DO FARMACÊUTICO NA DERMATITE ATÓPICA: OPÇÕES TERAPÊUTICAS ATUALMENTE DISPONÍVEIS E ABORDAGEM PRÁTICA

PALESTRANTE Dra. Carla Ferrer – Hospital Vila Franca de Xira

|| PLS 3 FARMÁCIA HOSPITALAR UM DESAFIO (PARA ESTUDANTES)

PALESTRANTE Dra. Ana Margarida Freitas – CUF Descobertas Dra. Irene Primitivo – Centro Hospitalar de S. Francisco, Leiria

18H00 || FINAL DOS TRABALHOS

20 NOV | PROGRAMAQUARTA-FEIRA

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8H30 || COMUNICAÇÕES LIVRES

|| MELHORAR A ADESÃO À TERAPÊUTICA EM PEDIATRIA – DESENVOLVIMENTO DE UM VEÍCULO DE ADMINISTRAÇÃO ORAL

Margarida Pereira(1); Filipa Cosme Silva(1, 2); Helena Margarida Ribeiro(1); João Paulo Cruz(1, 2); AJ Almeida(1); Joana Marto(1) – (1)Research Institute for Medicine (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa; (2)Unid. Farmácia Pediátrica do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, EPE

|| EVIDÊNCIA EM CONTEXTO REAL DA MONITORIZAÇÃO DOS INIBIDORES DE TNFα NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

Miriam Capoulas(1); Andreia Loba(1); Andreia Barroso(1); Marta Santos(1); Cláudia Santos(1); Marta Gomes(2); Valeska Andreozzi(1); Jorge Félix(2) – (1)Hospital Beatriz Ângelo; (2)Exigo Consultores

|| PROGRAMA MEDICAMENTO PRÓXIMO (PMP) Maria João Ribeiro Teixeira; Mariana Arêde; Humberto Gonçalves; António Melo Gouveia

– IPO Lisboa

|| ANÁLISE DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS MUITO GRAVES NOS INTERNAMENTOS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR

Ana Catarina Pereira(1); Ana Maria Vinagre(1); Armandina Fernandes(1); Cátia Salomé(1); Maria Francisca Dias(1); Maria Catarina Magalhães(1); Marta Queiroz(1); Pedro Almeida(1); Joana Pinto(2); Maria Teresa Pereira(3); Ana Paula Plácido(1) – (1)CUF Porto; (2)ANF; (3)CUF

|| APPMEUSMEDICAMENTOS Mariana Arêde; Maria João Teixeira; Humberto Gonçalves; António Melo Gouveia – IPO Lisboa

09H45 || ASSESSING MY HOSPITAL WITH THE EAHP SELF-ASSESSMENT TOOL PALESTRANTE Dr. Gonzalo Marzal Lopez – EAHP

10H00 || SESSÃO PLENÁRIA 2 – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

|| ARTIFICIAL INTELLIGENCE: APPLICATIONS, IMPLICATIONS, SPECULATIONS PALESTRANTE Prof. Doutor Arlindo Oliveira – Instituto Superior Técnico

|| RADIOMICS: BASIC CONCEPTS, CHALLENGES AND CLINICAL APPLICATIONS FOR THE ONCOLOGIC PATIENT

PALESTRANTE Dr. Nickolas Papanikolaou – Fundação Champalimaud

|| INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E CIÊNCIA DOS DADOS NA PERSPETIVA DO CLÍNICO PALESTRANTE Dr. Bernardo Duque Neves – Hospital da Luz Lisboa MODERADOR João Miguel Domingos – MedicineOne, S.A.

11H30 || PAUSA PARA CAFÉ

12H00 || SIMPÓSIO SATÉLITE 3 – RESULTADOS DA IMUNO-ONCOLOGIA NA PRÁTICA CLÍNICA EM PORTUGAL – BMS

|| NIVOLUMAB NO TRATAMENTO DO CANCRO DO PULMÃO – DADOS DE VIDA REAL E ABORDAGEM CLÍNICA

PALESTRANTE Dra. Ana Figueiredo – CHUC, Hospital Geral

PROGRAMA | 21 NOV QUINTA-FEIRA

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|| A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE EVENTOS ADVERSOS IMUNITÁRIOS PALESTRANTE Dra. Mariana Malheiro – CHLO, Hospital São Francisco Xavier MODERADOR Dra. Nazaré Rosado – Hospital da Luz Lisboa

13H00 || ALMOÇO

14H30 || SIMPÓSIO SATÉLITE 4 – SIMPÓSIO BIKTARVY®: NOVAS OPÇÕES, NOVAS ABORDAGENS – GILEAD

|| PATIENT REPORTED OUTCOMES, UM NOVO DESAFIO PARA O FARMACÊUTICO HOSPITALAR?

PALESTRANTE Dra. Cristina Meireles – CHLC, Hospital Curry Cabral

|| BIKTARVY® – EVIDÊNCIA CLÍNICA DE UMA TERAPÊUTICA TRIPLA MODERNA PALESTRANTE Dra. Cláudia Santos – Hospital Beatriz Ângelo MODERADOR Dra. Carla Mendes Campos – ULSM, Hospital Pedro Hispano

15H30 || SESSÃO DE PÓSTERES

16H00 || PAUSA PARA CAFÉ

16H30 || PHARMA LEARNING SESSIONS

|| PLS 4 O PRIMEIRO GRANDE AVANÇO NO TRATAMENTO DO CPPC NOS ÚLTIMOS 20 ANOS

CONTEXTUALIZAÇÃO E EPIDEMIOLOGIA DO CPPC PALESTRANTE Dra. Ana Antunes – Roche

NOVAS TERAPÊUTICAS NO CPPC PALESTRANTE Dra. Paula Fidalgo – Centro Hospitalar e Universitário do Porto

O CRESCENTE DESAFIO DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR NA GESTÃO DAS TERAPÊUTICAS INOVADORAS

PALESTRANTE Dra. Nazaré Rosado – Hospital da Luz Lisboa

A PERSPETIVA DO DOENTE PALESTRANTE: Pulmonale – Associação Portuguesa de Luta contra o Cancro do Pulmão

|| PLS 5 CONSULTA FARMACÊUTICA EM 10 MINUTOS

CONSULTA FARMACÊUTICA: DESAFIOS E SOLUÇÕES PALESTRANTE Dra. Carla Mendes Campos – ULSM, Hospital Pedro Hispano

Dra. Margarida Falcão – CHLO, Hospital Egas Moniz

|| PLS 6 NOVA ABORDAGEM NO TRATAMENTO DA PÚRPURA TROMBOCITOPÉNICA TROMBÓTICA ADQUIRIDA (PTTa)

PALESTRANTE Dra. Soledad Matas – Sanofi Genzyme

18H00 || FINAL DOS TRABALHOS

20H00 || JANTAR CONGRESSO

21 NOV | PROGRAMAQUINTA-FEIRA

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9H00 || PHARMATALKS

|| PROJETO TELEMEDICINA – TELECONSULTA DE NEFROLOGIA – CEDÊNCIA DE MEDICAMENTOS AOS DOENTES IRC

PALESTRANTE Dra. Sandra Martins – Administração Regional de Saúde, Lisboa e Vale do Tejo

|| MONITORIZAR PARA MELHOR CUIDAR PALESTRANTE Dra. Domingas Palma – Hospital de Cascais Dr. José de Almeida

|| INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NA CONSULTA MULTIDISCIPLINAR – QUAL A MAIS VALIA? PALESTRANTE Dra. Patrocínia Rocha – Centro Hospitalar e Universitário do Porto

|| SIRAI: OS PRIMEIROS NOVE MESES! PALESTRANTE Dr. Pedro Campos – ULSM, Hospital Pedro Hispano MODERADOR Dra. Joaquina Sanganha – Centro Hospitalar de Leiria

Dra. Paula Campos – Centro Hospitalar Universitário do Algarve

9H45 || THE SILCC PROGRAMME: A TRAINING PROGRAMME TO MOVE TOWARDS IMPLEMENTATION PALESTRANTE Dra. Vera Pires – Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil

10H00 || SESSÃO PLENÁRIA 3 – ALIANÇAS ESTRATÉGICAS PARA UM FUTURO SUSTENTÁVEL NA SAÚDE

|| DESAFIOS EMERGENTES E NECESSIDADE DE TRANSFORMAÇÕES ADAPTATIVAS NO SISTEMA DE SAÚDE E NO SNS – FAZER O QUÊ, COM QUEM, COMO?

PALESTRANTE Prof. Doutor José Aranda da Silva – Presidente da Fundação SNS

|| PRINCIPAIS DESAFIOS PARA A SAÚDE DOS PORTUGUESES PALESTRANTE Prof. Doutor Francisco George – Presidente da Cruz Vermelha Portuguesa MODERADOR Prof. Dr. Rui Santos Ivo – Presidente do Conselho Diretivo INFARMED, I.P.

11H30 || PAUSA PARA CAFÉ

12H00 || SIMPÓSIO SATÉLITE 5 – EVIDÊNCIAS ATUAIS DA TARV – ViiV HEALTHCARE

“SERÁ NECESSÁRIO O SEGUNDO ANÁLOGO NUCLEÓSIDO?” PALESTRANTE Dr. Ricardo Abreu – ULSM, Hospital Pedro Hispano

Dr. Pedro Campos – ULSM, Hospital Pedro Hispano MODERADOR Dr. Armando Alcobia – Hospital Garcia de Orta

13H00 || ALMOÇO

14H30 || PHARMA SESSION – OS MEDICAMENTOS DE USO EXCLUSIVO HOSPITALAR – QUE ALIANÇAS ESTRATÉGICAS?

PALESTRANTE Dr. António Paulo Melo Gouveia – Diretor dos Serviços Farmacêuticos do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil Prof. Doutor José António Aranda da Silva – Presidente da Fundação SNS Dra. Paula Campos – Centro Hospitalar Universitário do Algarve; Presidente do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar da Ordem dos Farmacêuticos Prof. Doutor Francisco Ventura Ramos – Escola Nacional de Saúde Pública Dra. Helena Farinha – CHLO, Hospital Egas Moniz; Direção Nacional da Ordem dos Farmacêuticos

MODERADOR Dr. Armando Alcobia – Diretor dos Serviços Farmacêuticos do Hospital Garcia de Orta

PROGRAMA | 22 NOV SEXTA-FEIRA

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15H30 || SESSÃO DE ENTREGA DE PRÉMIOS

PRÉMIO PROFESSOR DOUTOR ALUÍSIO MARQUES LEAL – INVESTIGAÇÃO E INOVAÇÃO EM FARMÁCIA CLÍNICA

PRÉMIO APFH 2019 – MELHOR COMUNICAÇÃO ORAL E MELHOR PÓSTER

16H00 || SESSÃO DE ENCERRAMENTO

16H30 || PAUSA PARA CAFÉ

17H00 || PHARMA LEARNING SESSIONS

|| PLS 7 ELIMINAÇÃO DA HEPATITE C: O PAPEL DA FARMÁCIA HOSPITALAR PALESTRANTE Dra. Paula Peixe – CHLO, Hospital Egas Moniz

Dr. João Rijo – CHLO, Hospital Egas Moniz

|| PLS 8 ESTRATÉGIAS BASEADAS EM IMUNOTERAPIA PARA O TRATAMENTO DO CANCRO DA MAMA AVANÇADO TRIPLO NEGATIVO

O QUE TEM DE ESPECIAL O CANCRO DA MAMA TRIPLO NEGATIVO PALESTRANTE Prof. Dr. Miguel Abreu – Prof. Dr. Miguel Abreu – Instituto Português

de Oncologia do Porto Francisco Gentil

MUDANÇAS NO ALGORITMO DE TRATAMENTO DO CANCRO DA MAMA AVANÇADO TRIPLO NEGATIVO

PALESTRANTE Prof. Dr. Miguel Abreu – Prof. Dr. Miguel Abreu – Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil

IDENTIFICAÇÃO PRECOCE E GESTÃO DA TOXICIDADE DA IMUNOTERAPIA PALESTRANTE Enf. João Prata – Enf. João Prata – Instituto Português de Oncologia de Lisboa

Francisco Gentil

O PAPEL DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR NA GESTÃO DO DOENTE SOB TRATAMENTO DE IMUNOTERAPIA

PALESTRANTE Prof. Doutor João Paulo Lopes da Cruz – CHULN, Hospital Santa Maria

|| PLS 9 A REALIDADE DO DOENTE COM BIOLÓGICOS – EXPERIÊNCIA NA ASMA GRAVE

ATUALIZAÇÃO CIENTÍFICA PALESTRANTE Dr. João Pedro Neves – GSK

DADOS DE EFICÁCIA E SEGURANÇA EM CONTEXTO DE VIDA REAL PALESTRANTE Dr. João Pedro Neves – GSK

O PERCURSO DO DOENTE NA PERSPETIVA DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR PALESTRANTE Dra. Ana Luísa Pereira – CHUSJ, Hospital de São João

Dra. Guilhermina Sampaio – CHUC

18H30 || FINAL DOS TRABALHOS

22 NOV | PROGRAMASEXTA-FEIRA

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COMUNICAÇÃO E LIDERANÇA SALA C1 – C3W1REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE A FÁRMACOS E PROTOCOLOS DE DESSENSIBILIZAÇÃO

SALA C4 – C6W2O MEDICAMENTO HEMODERIVADO – OCTAPHARMA

SALA C7W3

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WORKSHOPS | 23NOV SÁBADO

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W1COMUNICAÇÃO E LIDERANÇASALA C1 – C3

COORDENAÇÃO Irene Primitivo Constantino

INTERVENIENTES Norberto Amaral – Clube Toastmasters Aveiro (CLUTA) Sílvia Vilas – Invicta Toastmasters Club Luís Cordeiro – Leadership Toastmasters Club Vera Cunha – Coimbra Toastmasters Club Cristina Trovão – Leiria Toastmasters Club Lério Cunha – Lisbon Toastmasters Club

9H00 || CONTEXTUALIZAÇÃO DA TOASTMASTER INTERNACIONAL Irene Primitivo

9H15 || IMPACTO – COMO COMUNICAR EM PÚBLICO Norberto Amaral – Clube Toastmasters Aveiro (CLUTA)

10H15 || COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL: A IMPORTÂNCIA DO FEEDBACK Sílvia Vilas – Invicta Toastmasters Club

11H00 || PAUSA

11H30 || LEADERSHOP Luís Cordeiro – Leadership Toastmasters Club

12H15 || PRINCÍPIOS ATIVOS DA LIDERANÇA Vera Cunha – Coimbra Toastmasters Club

13H00 || ALMOÇO

14H30 || SESSÃO TOASTMASTER – FIRST TOASTMASTER CRISTINA TROVÃO – LEIRIA TOASTMASTERS CLUB

|| PARTE I: DISCURSOS PREPARADOS:

CRIAÇÃO DE VALOR PARA OS DOENTES: ESTRATÉGIAS DA FARMÁCIA HOSPITALAR Irene Primitivo

"JUST ASK! – PORQUÊ, COMO E QUANDO" Keynote Speaker Lério Cunha – Lisbon Toastmasters Club

|| PARTE II: DISCURSOS DE IMPROVISO

|| PARTE III: AVALIAÇÕES DOS DISCURSOS E DA SESSÃO TOASTMASTER

16H30 || AVALIAÇÃO DO WORKSHOP

17H00 || ENCERRAMENTO

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W2REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE A FÁRMACOS E PROTOCOLOS DE DESSENSIBILIZAÇÃOSALA C4 – C6

COORDENAÇÃO Dra. Carmelita Ribeiro – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

INTERVENIENTES Dra. Nicole Pinto – CHULC, Hospital de Dona Estefânia Dra. Joana Pita – Centro Hospitalar e Universitário de Lisboa Central Dr. Jóni Carvalho – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Dra. Marta Alves – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Dra. Iolanda Alen – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Dra. Inês Nunes – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Dra. Francisca Cunha – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra Dr. Pedro Alves – Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

09H00 || INTRODUÇÃO E HISTÓRIA DA DESSENSIBILIZAÇÃO Dra. Joana Pita

9H15 || HIPERSENSIBILIDADE A FÁRMACOS: TIPOS DE REAÇÕES, BASES GENÉTICAS, MÉTODOS DE DIAGNÓSTICO. ANAFILAXIA

Dr. Jóni Carvalho

10H15 || DESSENSIBILIZAÇÃO: DEFINIÇÃO, MECANISMOS, INDICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES, VIAS DE ADMINISTRAÇÃO, REQUISITOS PARA REALIZAR UMA DESSENSIBILIZAÇÃO

Dra. Marta Alves

11H00 || PAUSA

11H30 || FÁRMACOS MAIS USADOS NA DESSENSIBILIZAÇÃO Dra. Iolanda Alen

12H20 || ESTRATIFICAÇÃO DO RISCO DE DESSENSIBILIZAÇÃO Dra. Inês Nunes

13H00 || ALMOÇO

14H30 || PROTOCOLOS DE DESSENSIBILIZAÇÃO USADOS EM: ONCOLOGIA, ANTIBIÓTICOS, AINES, FÁRMACOS INCOMUNS

|| CUSTO, EFICÁCIA E SEGURANÇA DA DESSENSIBILIZAÇÃO

|| FUNCIONAMENTO DE UMA UNIDADE DE DESSENSIBILIZAÇÃO Dra. Joana Pita e Dra. Nicole Pinto

16H30 || APRESENTAÇÃO DE CASOS CLÍNICOS. Dra. Francisca Cunha e Dr. Pedro Alves

17H00 || AVALIAÇÃO DO WORKSHOP E ENCERRAMENTO

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W3O MEDICAMENTO HEMODERIVADO – OCTAPHARMASALA C7

INTERVENIENTES Dra. Fátima Nascimento – Consultora médica da Hemovida;

Consultora Direção Geral Saúde Dra. Helena Direito – Octapharma Dra. Susana Silva – CHULN, Hospital Sta. Maria Dra. Isabel Conceição – CHULN, Hospital Sta. Maria Dra. Alexandra Santos – CHLC, Hospital S. José Dr. Paulo Horta Carinha – CHUSJ, Hospital de São João

9H00 || ACOLHIMENTO, APRESENTAÇÃO E INTRODUÇÃO

9H15 || A DÁDIVA DE SANGUE E A SELEÇÃO DE DADORES Dra. Fátima Nascimento – Consultora médica da Hemovida;

Consultora da Direção Geral de Saúde

10H00 || FRACIONAMENTO INDUSTRIAL DO PLASMA HUMANO Dra. Helena Direito – Octapharma

11H00 || PAUSA

11H30 || SISTEMA IMUNITÁRIO. IMUNOREPOSIÇÃO & IMUNOMODELAÇÃO Dra. Susana Silva – CHULN, Hospital Sta. Maria

12H15 || DOENÇAS NEUROMUSCULARES AUTOIMUNES: DA CLÍNICA À TERAPÊUTICA Dra. Isabel Conceição – CHULN, Hospital Sta. Maria

13H00 || ALMOÇO

14H30 || CONCENTRADO COMPLEXO DE PROTROMBINA: ESTADO DA ARTE Dra. Alexandra Santos – CHLC, Hospital S. José

15H15 || ENQUADRAMENTO REGULAMENTAR DO MEDICAMENTO HEMODERIVADO Dra. Helena Direito – Octapharma

16H00 || GESTÃO DO MEDICAMENTO: O HEMODERIVADO NOS SERVIÇOS FARMACÊUTICOS Dr. Paulo Horta Carinha – CHUSJ, Hospital de São João

16H45 || AVALIAÇÃO DO WORKSHOP

17H00 || ENCERRAMENTO

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Comunicações ORAIS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201926

N6 MELHORAR A ADESÃO À TERAPÊUTICA EM PEDIATRIA – DESENVOLVIMENTO DE UM VEÍCULO DE ADMINISTRAÇÃO ORAL

AUTORES Margarida Pereira1; Filipa Cosme Silva(1, 2); Helena Margarida Ribeiro1; João Paulo Cruz(1, 2); AJ Almeida1; Joana Marto1

1Research Institute for Medicine (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa2Unid. Farmácia Pediátrica do Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, EPE

INTRODUÇÃO A palatabilidade e a capacidade de deglutição são encarados como verdadeiros desafios na administração oral de medicamentos para crianças. Facilitar a toma de formas farmacêuticas sólidas permite evitar a utilização de outras vias de administração e pode ser essencial para atingir os Resultados terapêuticos desejados. A aber-tura de cápsulas, a pulverização de comprimidos e a mistura com alimentos e bebidas tornaram -se estratégias comuns adotadas por pais e profissionais de saúde. No entanto, a coadministração com produtos alimentares pode levar a alterações na farmacocinética do medicamento e, caso a mistura não seja consumida na sua tota-lidade, a erros de dosagem.

OBJETIVOS Desenvolvimento, caracterização e estabilidade um veículo inovador como adjuvante na administração oral de medicamentos a doentes pediátricos.

MÉTODOS Foram formulados hidrogeles orais isentos de sacarose para administração oral de medicamentos a doentes pediátricos. Os estudos incluíram a otimização das propriedades físico -químicas para administração oral através da utilização de diversos polímeros, acompanhada de um controlo farmacotécnico de acordo com os requisitos para preparações orais (Ph. Eur. 9), usando como referência o produto comercial Gloup® (que contém sacarose). Foram também realizados ensaios de caracterização reológica e compatibilidade do veículo com os medica-mentos a administrar (foram testados 13 fármacos), assim como o ensaio de eficácia dos conservantes (Ph. Eur. 9). Foi estuda a estabilidade físico -química e microbiológica durante 6 meses. Foram efectuados questionários pediátricos para avaliar a cor e sabor preferidos desta população.

RESULTADOS Foram produzidos hidrogeles translúcidos com aspeto homogéneo e sabor adocicado, com uma palatabilida-de e valor de pH final adequado à administração oral. Os hidrogeles apresentam características adequadas, designadamente, viscosidade, mucoadesividade e qualidade microbiológica. A caracterização reológica prevê uma fácil deglutição do veículo, não revelando interação com qualquer das 13 substâncias ativas testadas. Foi estabelecido um prazo de estabilidade de 6 meses.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O desenvolvimento de um veículo oral, de simples produção, com sabor e textura agradáveis permite colmatar as dificuldades na administração oral de fármacos a doentes pediátricos. Pode vir a ser uma estratégia impor-tante na administração de formas farmacêuticas sólidas em pediatria, evitando interacções com alimentos e permitindo melhorar a palatabilidade dos fármacos, contribuindo para uma melhor adesão à terapêutica.

BIBLIOGRAFIA Soto J, Keeley A, Keating AV, Mohamed -ahmed AHA, Sheng Y, Winzenburg G, et al. Rats can predict aver-siveness of Active Pharmaceutical Ingredients. European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics. 2018;133:77–84.

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2712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

N11ADEQUAÇÃO DE FORMULAÇÕES LÍQUIDAS ORAIS PARA A NEONATOLOGIA – ESTUDO DE OSMOLALIDADES

AUTORES Filipa Cosme Silva1; Sara Fernandes2; João Paulo Cruz(2,3); AJ Almeida2; Joana Marto2

1Unidade de Farmácia Pediátrica, Hospital de Santa Maria, CHULN2Research Institute for Medicine (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa3Director Serv. Farm. Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte

INTRODUÇÃO Uma formulação pediátrica ideal deve ter em consideração inúmeros aspectos, como a dosagem e forma far-macêutica, palatabilidade, excipientes não tóxicos, etc. Devido ao elevado risco de enterocolite necrotizante (NEC) na população neonatal, principalmente nos prematuros, torna -se importante avaliar a osmolalidade das formulações líquidas orais administradas.O leite humano tem uma osmolalidade de cerca de 350 mOsm/kg e o fluído amniótico de 275 mOsm/kg. De acordo com a Associação Americana de Pediatria a osmolalidade recomendada para produtos entéricos é <450 mOsm/kg, devido ao elevado risco de intolerância e de NEC. Deste modo, é importante que as formu-lações destinadas a esta população apresentem características adequadas de modo a não causar RAMs nos doentes.

OBJETIVOS Estudo da osmolalidade de 20 formulações líquidas orais (especialidades farmacêuticas e medicamentos ma-nipulados) administradas no serviço de neonatologia. Alteração das formulações com osmolalidades mais de-sadequadas.

MÉTODOS As formulações líquidas orais foram recolhidas na Farmácia e no Serviço de Cuidados Intensivos Neonatais. A osmolalidade das amostras e das amostras após diluição em água (diluição de 1:1 e 1:5) foi determinada pela medição precisa do seu ponto de congelamento (Microosmómetro Advanced TM modelo 3300). Todas as amostras foram avaliadas em triplicado.

RESULTADOS De todas as amostras avaliadas apenas a solução de citrato de cafeína apresentou uma osmolalidade abaixo de 450 mOsm/kg. A solução de hidrato de cloral a 10% do FGP apresentou o valor mais elevado, 4108 mOsm/kg. De salientar que mesmo após a segunda diluição com água, a maioria das soluções, quer medicamentos ma-nipulados quer especialidades farmacêuticas, mantinha um valor de osmolalidade superior ao recomendado.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Este trabalho evidencia a necessidade de adquirir e desenvolver formulações orais líquidas adequadas à neona-tologia. Este e outros estudos publicados indicam que a osmolalidade das soluções pode ser diminuída através de uma diluição em água, porém esta diluição frequentemente excede o volume máximo adequado para ad-ministração oral nos prematuros. Tal enfatiza a necessidade de reformular não só as formulações do FGP, bem como as especialidades farmacêuticas líquidas orais selecionadas. Inclusivamente existe uma recomendação da EMA para avaliar a osmolalidade dos medicamentos destinados à população pediátrica.Os Serviços Farmacêuticos já adquiriram novos veículos mais adequados para a população neonatal e vai pro-ceder à substituição de algumas das formulações actualmente a ser produzidas, nomeadamente da clonidina.No futuro, pretende -se avaliar a osmolalidade das formulações diluídas em leite materno e leite artificial forti-ficado para prematuros.

BIBLIOGRAFIA L Srinivasan, R Bokiniec, C King, G Weaver, A D Edwards, Increased osmolality of breast milk with therapeutic additives, Arch Dis Child Fetal Neonatal Ed 2004;89:F514–F517. EMA, Guideline on pharmaceutical development of medicines for paediatric use, 1 August 2013, Committee for Medicinal Products for Human Use (CHMP) Paediatric Committee (PDCO)

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201928

AUTORES Carla Sampaio; Ana Capela; Renata Barbosa; Susana Fraga; Teresa SoaresCentro Hospitalar Universitário São João

INTRODUÇÃO O teste de esterilidade visa garantir a ausência de organismos viáveis, sendo um dos ensaios de controlo de qualidade das preparações parenterais. Este teste está descrito nas farmacopeias e estabelece um número mí-nimo de unidades a serem testadas, de acordo com o total de unidades produzidas (1 -2). De acordo com estas recomendações, para produções inferiores a 100 unidades, o número mínimo de unidades a ser testado deve ser o maior número entre o correspondente a 10% ou 4 unidades. É aceitável a implementação de um plano de amostragem definido com base numa avaliação de risco que tenha em conta o histórico dos resultados ou um programa regular de controlo do processo de preparação (3).

OBJETIVOS Caracterização do número de preparações efetuadas e amostras enviadas para controlo microbiológico. Avaliação deste ratio segundo as recomendações referenciadas. Avaliação de risco. Estudo da possibilidade de redução do total de amostras/dia e respetivo impacto orçamental.

MÉTODOS Estudo retrospetivo dos registos de produção e programa de gestão laboratorial (Clinidata®) entre 10/2018 a 08/2019. Registo de dados, sumarização e análise estatística realizados em Excel®. Comparação dos resultados obtidos com a informação de referência vigente. Análise de risco através de controlos externos das condições de manipulação e histórico de Resultados microbiológicos entre 4/2014 e 08/2019. Custos calculados tendo em conta o valor atribuído ao teste de esterilidade.

RESULTADOS Entre 10/2018 e 08/2019 prepararam -se 11464 bolsas de NP, tendo sido enviadas para análise 1528 amos-tras. Avaliação por dia da semana: preparadas/analisadas em média 49/7(2.ª), 26/4(3.ª), 44/7(4.ª), 51/7(5.ª) e 77/9(6.ª) bolsas. Para estes valores médios de unidades produzidas, o mínimo de amostras recomendado pelas farmacopeias é de: 5(2.ª), 4(3.ª), 4(4.ª), 5(5.ª) e 8(6.ª). Registaram -se 4 controlos positivos (0,26%). A percentagem média de controlos positivos nos últimos 29 meses foi de 0,23%. Em nenhum dos casos se ve-rificou clínica compatível com infecção nem isolamento do mesmo microrganismo em hemocultura. A previsível diminuição do número de amostras a analisar, segundo as recomendações, permitiria uma diminuição de custos de cerca de 8367€/ano.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O procedimento instituído baseia -se em amostragem aleatória num intervalo de 1/5 bolsas de NP preparadas. Tendo em conta os resultados obtidos, a avaliação de risco e um histórico de controlos positivos baixo e estável, será possível aumentar o intervalo de amostragem para 1/10 bolsas preparadas. A poupança económica verifi-cada, aliada à redução dos procedimentos administrativos, permitiria canalizar esforços para que, conjuntamen-te com a equipa do laboratório de microbiologia, se coloquem em prática outros estudos até agora pendentes, por indisponibilidade de recursos.

BIBLIOGRAFIA 1. European Pharmacopoeia Commission – 2.6.1. Sterility. In European Pharmacopoeia. 8th. ed. Strasbourg, 2013.2. US Pharmacopeial Convention – 71 Sterility Tests In USP35 -NF30. Rockville, MD, 2012. 3. PIC/S - Guide to Good Practices for the Preparation of Medicinal Products in Healthcare Establishments, 2014.

N46 REAVALIAÇÃO DO PLANO DE AMOSTRAGEM PARA CONTROLO MICROBIOLÓGICO DAS BOLSAS DE NUTRIÇÃO PARENTÉRICA

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2912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Miriam Capoulas1; Andreia Loba1; Andreia Barroso1; Marta Santos1; Cláudia Santos1; Marta Gomes2; Valeska Andreozzi1; Jorge Félix2

1Hospital Beatriz Ângelo2Exigo Consultores

INTRODUÇÃO A otimização da resposta na doença inflamatória intestinal (DII), implica frequentemente o aumento da dose do fármaco administrado (Rupniewska et al., 2018). Através da monitorização terapêutica (TDM) é possível mensurar os níveis de fármaco e dos anticorpos contra os inibidores de TNFα, adequando a dose ao doente. A TDM é recomendada durante o tratamento dos doentes com DII uma vez uma vez que contribuiu para um menor risco de falência do tratamento, em comparação com o ajuste de dose empírico (Papamichael et al., 2019).

OBJETIVOS Este estudo teve como objetivo caraterizar a TDM de inibidores de TNFα em doentes diagnosticados com DII.

MÉTODOS Realizou -se um estudo observacional retrospetivo unicêntrico, com recolha de dados dos processos clínicos dos doentes. Este estudo incluiu doentes com DII em tratamento, entre 2014 e 2019. Os principais indicadores analisados foram o aumento de dose, a descontinuação terapêutica e a TDM.

RESULTADOS Foram incluídos 40 doentes, com uma idade média (desvio -padrão) de 39,6 (15,7) anos e peso médio de 66,2 (15,7) kg, sendo que 90,0% estavam diagnosticados com Doença de Crohn, enquanto os restantes tinham Colite Ulcerosa. O adalimumab foi administrado mais frequentemente em quarta -linha terapêutica (32,5%), consi-derando também a terapêutica convencional. A terapêutica prévia ao adalimumab incluiu imunossupressores (80,0%), salicilatos (57,5%), infliximab (52,5%), corticosteroides (45,0%) e, ainda, 12,5% dos doentes haviam sido tratados previamente com adalimumab. A maioria dos doentes (60,0%) encontravam -se em tratamento com adalimumab em monoterapia, 30,0% concomitantemente com imunossupressores e os restantes com salicilatos ou corticosteroides. O tempo mediano em terapêutica com adalimumab foi 25,1 meses. O aumento de dose ocorreu em 32,5% dos doentes, dos quais 15,4% após TDM e em 84,6% dos doentes empiricamente. Todos os doentes com TDM mantiveram -se em tratamento, enquanto 45,5% dos doentes com aumento empí-rico da dose descontinuaram o tratamento ou mostraram baixa resposta ao tratamento.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Apesar da TDM levar a uma menor proporção de descontinuações do tratamento, este estudo demonstra uma baixa adesão à TDM do adalimumab durante o seguimento de doentes diagnosticados com DII. A utilização de TDM deveria ser incentivada com o objetivo de otimizar o tratamento dos doentes na prática clínica.

BIBLIOGRAFIA RUPNIEWSKA E. [et al.] – Systematic Literature Review of Real -World Evidence on Persistence, Switching, and Dose Escalation with Biologics in Inflammatory Bowel Disease in the United States. Value in Health. 21:S87 -S8 (2018); PAPAMICHAEL K. [at al.] – Therapeutic drug monitoring in inflammatory bowel disease: for every patient and every drug? Current opinion in gastroenterology. 35:4 (2019): 302 -10.

N47EVIDÊNCIA EM CONTEXTO REAL DA MONITORIZAÇÃO DOS INIBIDORES DE TNFα NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201930

AUTORES Ana Catarina Pereira1; Ana Maria Vinagre1; Armandina Fernandes1; Cátia Salomé1; Maria Francisca Dias1; Maria Catarina Magalhães1; Marta Queiroz1; Pedro Almeida1; Joana Pinto2; Maria Teresa Pereira3; Ana Paula Plácido1

1CUF Porto2ANF3CUF

INTRODUÇÃO A interação entre medicamentos é um problema comum que pode reduzir ou anular o efeito da terapêutica e, nos casos mais graves, conduzir à morte do doente. Nos doentes idosos e/ou polimedicados esta situação torna -se mais problemática (1) sendo vários os estudos que reportam um aumento das admissões hospitalares e/ou internamentos (2). A MedH, criada pelo CEDIME – ANF, é uma plataforma técnica e de informação cien-tífica sobre medicamentos hospitalares, integrada num sistema de gestão da terapêutica. Na nossa unidade hospitalar, este sistema gera alertas quer ao médico , quer ao farmacêutico quando dois fármacos interagem de forma muito grave.

OBJETIVOS Analisar as interações medicamentosas muito graves nos serviços de internamento de uma unidade hospitalar no período de março de 2018 a agosto de 2019.

MÉTODOS Análise das interações muito graves recorrendo a uma base de dados disponibilizada pelo CEDIME. Os parâ-metros considerados foram: o medicamento mais envolvido em interações e a sua classe farmacoterapêutica; o par de fármacos que mais interagiram; a justificação clínica para manter os fármacos envolvidos e as espe-cialidades médicas associadas.

RESULTADOS Foram analisadas 51 interações muito graves, relativas a um total de 35 doentes. A idade média dos doentes é de 74 anos sendo a maioria do sexo masculino. O haloperidol foi o fármaco mais envolvido e a sua associação à hidroxizina a interação mais frequente. A classe farmacoterapêutica mais reportada foi a dos antipsicóticos. O motivo mais comum que justificou a manutenção da terapêutica foi a Infeção. A Medicina Interna foi a espe-cialidade onde mais interações foram registadas.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES As interações entre medicamentos podem ter consequência adversas no doente internado. O farmacêutico clínico pode ter um papel determinante na diminuição da sua ocorrência. Ferramentas como o programa MedH permitem auxiliar o farmacêutico na sua validação, automatizando alertas em casos de interações muito gra-ves.

BIBLIOGRAFIA (1) CHMP. Guideline on the investigation of drug interactions. Rev. 1 Corr. 2 (2012), p. 4 -49. [Consult. 28 agosto 2019]. Disponível na internet: (2) LAZAROU, Jason – Incidence of Adverse Drug Reactions in Hospitalized Patients – A Meta -analysis of Pro-spective Studies. Jama. ;279(15) (1998) 1200 -5.

N58 ANÁLISE DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS MUITO GRAVES NOS INTERNAMENTOS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR

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3112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Maria João Ribeiro Teixeira; Mariana Arêde; Humberto Gonçalves; António Melo GouveiaIPO Lisboa

INTRODUÇÃO A nossa instituição enquanto centro de referência em várias doenças oncológicas recebe doentes de várias regiões do país. Considerando sua abrangência geográfica e a periodicidade superior a 30 dias entre consultas de muitos dos doentes, que corresponde à quantidade máxima a dispensar permitida por lei [1], tornou -se imperativo a criação de um programa que permitisse a entrega de medicamentos de ambulatório hospitalar (MAH), nas condições técnicas adequadas, garantindo a continuidade do tratamento. Este programa consiste num sistema alternativo de distribuição do MAH.

OBJETIVOS Desenvolvimento e implementação de um programa de entrega de MAH aos doentes através do envio para farmácias comunitárias (FC) da sua área de residência.

MÉTODOS O PMP teve início em junho de 2019. Os doentes são selecionados no momento da dispensa de medicamentos no ambulatório dos Serviços Farmacêuticos (SF), de acordo com vários critérios: terapêutica estabilizada, com-pliance elevada, facilidade de adaptação e local de residência. Os doentes são informados das condições de aceitação do programa, ficando responsáveis por selecionar e comunicar com a FC onde pretendem levantar a medicação enviada pelos SF. Os envios de medicação são geridos através de uma base de dados em Excel e o transporte é feito por uma empresa certificada para transporte de medicamentos. Foi realizada uma avaliação intermédia do programa através de inquéritos telefónicos aos doentes e FC envolvidos.

RESULTADOS Até ao momento foram incluídos 19 doentes, com medicamentos como a abiraterona (1), gefitinib (1), mitotano (1), ibrutinib (2), entecavir (1), dasatinib (1), adalimumab (1), somatropina (4), ruxolitinib (1), nilotinib (1) e imati-nib (6), tendo sido realizadas 12 entregas de medicação. Encontram -se envolvidas no programa 17 farmácias de diferentes distritos: Faro (6), Santarém (4), Portalegre (2), Leiria (2), Guarda (1), Torres Vedras (1) e Coimbra (1). Foram realizados inquéritos telefónicos aos doentes que receberam medicação (9 doentes), sendo que 100% dos inquiridos afirmam que estão muito satisfeitos com o programa. Estimam, em média, ter poupado cerca de 62,5€ e 13,3 horas por deslocação. Relativamente às FC, 94% afirmam estar muito satisfeitas com o programa.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Conclui -se que este é um programa bem recebido tanto da parte dos doentes como da parte das FC. Permite garantir a continuidade dos planos terapêuticos, diminuindo custos e inconvenientes para o doente. No entanto, verificou -se que alguns processos logísticos e administrativos são demasiados morosos, pelo que ainda devem ser ajustados de forma a se poder estender este programa a mais doentes. No futuro pretende -se uma aproxi-mação do farmacêutico da FC, melhorando o acompanhamento fármaco -terapêutico do doente.

BIBLIOGRAFIA [1] Diário da República. Portaria n.º 210/2018 – Artigo 13.º (2018)

N64PROGRAMA MEDICAMENTO PRÓXIMO (PMP)

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201932

AUTORES Mariana Arêde; Maria João Teixeira; Humberto Gonçalves; António Melo GouveiaIPO Lisboa

INTRODUÇÃO Com o avanço da tecnologia, torna -se imperativo que o acesso às informações médicas dos doentes seja faci-litado com a utilização de aplicações online (APP) e a partir de dispositivos móveis [1]. Neste sentido a nossa instituição encontra -se a desenvolver uma APP que permite o acesso a informações do doente. Esta APP inclui também uma área dedicada aos medicamentos dispensados nos nossos Serviços Farmacêuticos (SF), dispo-nibilizando informação útil acerca dos mesmos, histórico de dispensas, criação de alertas de administração e pedidos de medicação aos SF.

OBJETIVOS Facilitar o acesso do doente à informação sobre a sua medicação dispensada nos SF. Reduzir o número de atendimentos presenciais diários e contribuir para uma gestão mais eficiente do processo logístico (previsão consumo e articulação entre aquisições e dispensas ao doente).

MÉTODOS Através de um trabalho conjunto com o Serviço de Informática e uma empresa externa foi concebida uma APP que inclui uma secção denominada “Meus medicamentos”. Aqui o doente encontra uma lista com os medica-mentos com prescrição activa, incluindo a descrição da dose, posologia, data de início e fim de administração, entre outros. Para cada medicamento o doente pode programar alertas, enviados para o seu dispositivo móvel, de acordo com o horário de administração. É ainda possível programar levantamentos de medicação nos SF, sendo para isso necessário que o doente responda a um questionário para avaliar a compliance e possíveis interações medicamentosas e efeitos adversos, de forma a permitir a validação completa da prescrição médica por parte do farmacêutico.

RESULTADOS Esta APP permite ao doente e aos SF um melhor controlo da medicação, dando mais independência ao doente. A criação de alertas de administração deverá aumentar a compliance. A possibilidade de agendar o levanta-mento de medicação permite melhorar a gestão e controlo de stocks e tempos de resposta numa eventual ru-tura. A programação de atendimentos deverá diminuir o tempo de atendimento e consequentemente o tempo de espera.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Esta APP visa facilitar o acesso à medicação por parte dos doentes e melhorar a monitorização da compliance. Por outro lado a possibilidade de agendar o levantamento de medicação permite melhorar a articulação entre aquisições e dispensas ao doente, melhorando a resposta numa eventual rutura de stocks. A programação de atendimentos deverá ainda reduzir a afluência no ambulatório dos SF, promovendo a rentabilização dos recur-sos humanos para doentes que iniciam um novo medicamento ou para monitorização de terapêuticas/doentes que necessitem de maior atenção e deteção/correção antecipada de eventuais problemas com a medicação.

BIBLIOGRAFIA [1] ASHP, ASHP Statement on Telepharmacy, 2016

N65 APPMEUSMEDICAMENTOS

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3312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Susana Sernache; Humberto Gonçalves; Caio Rosa; António GouveiaInstituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil E.P.E.

INTRODUÇÃO Um dos maiores desafios das Unidades de Preparação de Citotóxicos (UPC) é a manutenção da capacidade de resposta face à crescente pressão de produção. Há uma expectativa de resposta “imediata” difícil de compatibi-lizar com os requisitos de qualidade e segurança exigidos para o produto e a constante falta de recursos sentida pelos Serviços Farmacêuticos (SF). É crítico que as Instituições consigam adotar estratégias que permitam atuar de forma célere na correção de desvios à capacidade produtiva. As novas tecnologias da informação permitem a utilização de ferramentas de tratamento de dados, em tempo real, que respondem a esta necessidade de monitorização. Simultaneamente permitem a divulgação, de forma transparente, do desempenho das UPC a doentes, clientes internos e órgãos de gestão.

OBJETIVOS Desenvolvimento de uma aplicação de monitorização da atividade da UPC, em tempo real, para as sessões de ambulatório, em parceria com o Serviço Gestão de Sistemas e Tecnologias de Informação (SGSTI).

MÉTODOS Definição dos requisitos da aplicação e métricas de produção a monitorizar. Foi selecionado o principal serviço consumidor, Hospital de dia Hemato -Oncologia, para a fase piloto com roll--out previsto para outras especialidades.A aplicação foi desenvolvida utilizando a framework Asp.Net Webforms em conjunto com as bibliotecas Open Source, JQuery e Chart.js que combinadas formam a interface gráfica com os utilizadores.

RESULTADOS Foram definidas como métricas de produção: Indicadores de produtividade (n.º de preparações solicitadas, em curso e realizadas), Indicadores de eficiência (Tempo médio de resposta) e Indicadores de capacidade acopla-dos a medidores de desempenho.Está em curso a transposição para a base de dados interna, avaliação das métricas obtidas e otimização do layout do dashboard.A fase seguinte pressupõe a parametrização de relatórios automáticos com base nos dados recolhidos pela aplicação. O último passo será a otimização de estratégias para correção de desvios à capacidade produtiva e medição do impacto da sua operacionalização.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A colaboração dos SF com o SGSTI foi fundamental na operacionalização deste projeto que exigia os requisitos técnicos de ambas as áreas. O desenvolvimento desta aplicação viabilizou a apresentação de métricas de produção e medidores de desem-penho, num dashboard, com elementos gráficos de leitura visual intuitiva. A disponibilidade dos dados pela intranet do hospital confere facilidade de acesso à informação e transmissão transparente da mesma a todos os parceiros e colaboradores. É nosso entendimento que a monitorização da atividade, em tempo real, acresce valor ao processo de tomada de decisão. Esta ferramenta será um facilitador na gestão de recursos e na melhoria da capacidade de resposta nas áreas de produção do SF.

BIBLIOGRAFIA Kinney A, Bui Q, Hodding J, Le J. Pharmacy Dashboard: An Innovative Process for Pharmacy Workload and Productivity. Hosp Pharm. 2017;52(3):198–206. doi:10.1310/hpj5203 -198

N71MÉTRICAS DE PRODUÇÃO EM TEMPO REAL

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PoSTERS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201936

AUTORESAna Lúcia Reis; Catarina CavacoHospital Particular do Algarve

INTRODUÇÃO A mucosite oral (MO) é uma reacção aguda comum que se desenvolve após tratamentos de radioterapia e/ou quimioterapia. A severidade da MO pode variar de eritema superficial a ulceração mucosal completa da cavi-dade oral, faringe e esófago. A MO afecta a qualidade de vida do paciente, estando associada a dor intensa e disfagia, contribuindo para um défice nutricional, aumentando a susceptibilidade de infecções e de interrupção do tratamento oncológico impactando na eficácia no combate à doença.Actualmente, não existe tratamento aprovado pelo Infarmed, para o tratamento da MO induzida por radiote-rapia e/ou quimioterapia. As estratégias utilizadas são limitadas ao tratamento da sintomatologia, essencial-mente no alívio da dor. As formulações orais utilizadas apenas provocam alívio da dor por cerca de 30 minutos. Neste contexto a doxepina (DOX), não sendo um analgésico, tem demonstrado resultados superiores no trata-mento da dor quando comparado com as alternativas utilizadas actualmente.

OBJETIVOS O presente estudo foi iniciado com o objectivo de desenvolver uma nova formulação à base de doxepina para ser administrada na MO associada ao tratamento de radioterapia e/ou quimioterapia.

MÉTODOS Foi desenvolvida uma suspensão oral de doxepina 5mg/ml , com as seguintes matérias -primas: doxepina em pó, mentol cristais, Transcutol HP, e água para preparação de injectáveis.Foi solicitado apoio a uma Universidade para realizar um estudo de estabilidade para determinar o prazo de validade de a estabilidade após abertura.

RESULTADOS A formulação deu origem a uma suspensão esbranquiçada e homogénea, com odor moderado a mentol.Os estudos de estabilidade encontram -se a decorrer.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Esta formulação será aplicada aos doentes a realizar radioterapia e num estudo futuro pretende -se avaliar a eficácia da DOX nos doentes tratados através de scores de avaliação da dor. Pretende -se ainda comparar a DOX com a formulação oral mais utilizada atualmente nos hospitais, que corresponde à solução oral de bicarbonato de sódio 1,4% com nistatina e lidocaína 2%.

BIBLIOGRAFIA Roser Sanz; Ana Calpena; Mireia Mallandrich; Alvaro Gimeno; Lyda Halbut; Beatriz Clares. – Development of a buccal doxepin platform for pain in oral mucositis derived from head and neck cancer treatment. European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics 117 (2017) 203 -211. Terence T. Sio,MD, MS; Jennifer G. Le -Rademacher, PhD; James L. Leenstra. – Effect of Doxepin Mouthwash or Diphenhydramine -Lidocaine -Antacid Mouthwash vs Placeboon Radiotherapy -Related Oral Mucositis PainThe Alliance A221304 Randomized Clinical Tria. JAMA 321 (2019) 1481 -1490.

N1DESENVOLVIMENTO DE UMA SUSPENSÃO ORAL DE DOXEPINA PARA O TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL ASSOCIADA AO TRATAMENTO DE RADIOTERAPIA E/OU QUIMIOTERAPIA EM DOENTES COM CANCRO NA CABEÇA E PESCOÇO

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3712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Ana Lúcia Reis; Catarina Cavaco Hospital Particular do Algarve

INTRODUÇÃO A doença de Kawasaki (DK) é vasculite sistémica aguda de etiologia desconhecida, que ocorre na infância. Em casos graves, pode originar aneurismas e rupturas da artéria coronária ou miocardite aguda com insuficiên-cia cardíaca. A DK tem maior prevalência entre os 6 meses e os 5 anos de idade.O diagnóstico é efectuado através de febre e 4 critérios clínicos específicos.O tratamento de 1.ª linha passa pelo uso precoce de dose elevada de ácido acetilsalicílico (AAS) oral e imuno-globulina (IG) humana normal IV. O tratamento com esteróides é utilizado nos doentes com elevado risco de desenvolver anomalias coronárias.

OBJETIVOS O presente trabalho tem como objectivo a descrição de um caso clínico, ocorrido numa Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais. Assim como demonstrar a intervenção dos Serviços Farmacêuticos na rápida aquisição do medicamento mais adequado para tratar o doente.

MÉTODOS Consulta do processo clínico do doente para descrição do caso prático. Consulta de artigos científicos para en-quadramento da doença.

RESULTADOS Lactente, sexo masculino com 2 meses e 22 dias, deu entrada no serviço de urgência (SU) com quadro de febre, hiperémia conjuntival bilateral, eritema maculo -papular, obstrução nasal e rouquidão; Choro vigoroso e algo irritado; Internado para diagnóstico e tratamento antipirético. Assume -se bacteriémia oculta e interna -se du-rante cinco dias para antibioterapia.Dois dias após a alta, recorre ao SU por reinício da febre. Mantém exsudado ocular e períodos de choro suces-sivo; Hipótese diagnóstica: Provável DK; Tendo em conta a apresentação clínica e os exames complementares de diagnóstico interna -se para terapêutica com IG 2 g/kg, AAS 50 mg/kg/dia 4id.No segundo dia de internamento realiza ecocardiograma que demonstra dilatação das coronárias. Inicia prednisolona IV, por ser considerado doente de alto risco (idade + alterações coronárias). Posologia 2mg/ /kg/dia 10 dias e depois 1mg/kg/dia 5 dias e redução progressiva; Mantem AAS na dose de 50mg/kg/dia até 48h de apirexia e depois passa a dose de anti -agregação 5mg/kg/dia. Melhoria clínica após tratamento com imunoglobulina.Consulta de cardiologia pediátrica com diagnóstico final de DK, sem aneurismas lâmina de derrame pericárdico. Doente teve alta e mantém terapêutica com AAS oral por tempo indeterminado.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A DK é uma doença que actualmente ainda representa vários desafios, sendo que um deles é a identificação de doentes com alto risco de desenvolver eventos coronários. A etiologia da doença permanece desconhecida apesar de alguns estudos sugerirem propostas como exposição ambiental a toxinas, manifestação auto -imune e agentes infecciosos.

BIBLIOGRAFIA Rupal M. Patel PharmD, Stanford T. Shulman MD. – Kawasaki disease: a comprehensive review of treatment options. Journal of Clinical Pharmacy and Therapeutics. 40 (2015) 620 -625.

N2DOENÇA DE KAWASAKI: CASO CLÍNICO E REVISÃO SISTEMÁTICA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201938

AUTORESInês Neves; Sara Rodrigues; Vera RelvasCentro Hospitalar de Entre o Douro e Vouga

INTRODUÇÃO O cancro da mama é o tumor maligno mais frequente nas mulheres, sendo a primeira causa de morte no sexo feminino. O cancro da mama localizado nos ductos ou nos lóbulos, com sobre -expressão de HER, está, habitualmente, associado a menor tempo de sobrevivência livre de progressão (PFS) e a uma diminuição da sobrevivência global (1).O Lapatinib é um medicamento antineoplásico indicado para o tratamento de doentes adultos com cancro da mama, que sobre -expressem o HER2, entre outras situações, em associação com um inibidor da aromatase para mulheres pós -menopáusicas com doença metastizada com recetores hormonais positivos, não elegíveis no presente para quimioterapia (2).

OBJETIVOS Relato de um caso clínico do uso de Lapatinib associado a Letrozol no cancro da mama ductal invasor, estadio IV, com metastização óssea e ganglionar.

MÉTODOS Este trabalho foi realizado através da consulta do processo clínico informático.

RESULTADOS Mulher, de 51 anos, diagnosticada em abril de 2010 com carcinoma ductal invasor da mama direita HER2+, estadio IV, com metastização ganglionar e óssea. Proposta inicialmente para quimioterapia com Trastuzumab, tendo sido adicionado Fulvestrant após metastitazação óssea. No início de 2011, após redução da doença a nível ganglionar, iniciou Tamoxifeno. Em setembro desse ano, verificou -se ligeira progressão óssea, pelo que a equipa médica optou por iniciar Lapatinib – 1500 mg/dia, em associação com Letrozol 2,5mg/dia, que mantém até à data. A primeira avaliação foi indicativa de doença estável, tendo demonstrado resposta completa à me-tastização ganglionar e resposta parcial à metastização óssea, que mantém no presente.A doente não demonstrou ao longo dos anos efeitos colaterais significativos, mantendo a terapêutica oral com-binada há 8 anos sem evidência de progressão da doença.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Vários estudos clínicos demonstram um efeito benéfico da associação de Lapatinib com Letrozol, no que respei-ta à PFS e ao benefício clínico, em mulheres que sobre -expressam HER2 (3,4). O ensaio de Fase III na génese da aprovação do medicamento demonstrou uma PFS mediana de 35,4 semanas com este regime terapêutico. No caso clínico apresentado tratando -se de um caso com um mau prognóstico inicial, veio a revelar - se de suces-so, verificando -se uma elevada longevidade terapêutica – PFS, para já, fixada nos 8 anos –, e com um impacto positivo significativo na qualidade de vida da doente.

BIBLIOGRAFIA (1) SILVA, Marta Helena – Estudo da sobrevivência das doentes com cancro da mama, atendidas nas Unidades de Oncologia do Centro Hospitalar Médio Ave, EPE. 2010. Dissertação de Mestrado em Oncologia.(2) RCM Lapatinib, consultado em 26 de junho de 2019.(3) SCHWARTZBERG, Lee et al – Lapatinib plus Letrozole as First -Line Therapy for HER -2+ Hormone Receptor–Positive Metastatic Breast Cancer. The oncologist. 2010. 15(2): pp. 122 -129.(4) JOHNSTON, S. et al – Lapatinib combined with letrozole versus letrozole and placebo as first -line therapy for postmenopausal hormone receptor -positive metastatic breast cancer. J Clin Oncol. 2009. 27(33): pp. 5538 -5546.

N3 LAPATINIB, EM ASSOCIAÇÃO COM LETROZOL, NO CANCRO DA MAMA: UM CASO CLÍNICO DE SUCESSO

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3912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Andreia Gaspar; Inês Serra; Inês Eusébio; Sandra Morgado; Olimpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO A Investigação Clínica assume um papel cada vez mais importante em Portugal. O desenvolvimento de ensaios clínicos (EC) tem um relevante impacto a nível social e económico do país. É uma atividade fundamental para o desenvolvimento do conhecimento e inovação em saúde, contribuindo para a melhoria da saúde da população e facilitando o acesso precoce a terapêuticas inovadoras. Em 2003 realizava -se o primeiro EC neste hospital, tendo -se verificado um aumento ano após ano do número de doentes. Devido ao crescente número de EC e à publicação da lei n.º 46/2004 de 19 Agosto que torna obrigatório a participação dos serviços farmacêuticos hos-pitalares (SFH) nos EC, foi criado em 2006 o Setor de Ensaios Clínicos (SEC). A criação deste setor levou a que o farmacêutico hospitalar (FH) desempenhe um papel crucial em todo o circuito do medicamento experimental.

OBJETIVOS Avaliar o papel do FH na participação de EC e traduzir a realidade atual no nosso hospital.

MÉTODOS Descrever a organização do SEC e o papel que o FH desempenha em todo o processo.

RESULTADOS Com a criação do SEC foi criado um espaço físico dedicado aos EC, onde todos os procedimentos relacionados com o medicamento experimental são realizados. Os FH afetos a este setor são responsáveis por todo o cir-cuito do medicamento experimental desde a receção até à devolução ao promotor. É neste espaço que toda a medicação experimental é rececionada e armazenada em armários designados para o efeito seguindo as diretrizes do protocolo e realizada a monitorização da temperatura. Além disso, é aqui que é feita a dispensa do medicamento experimental, bem como avaliada a compliance do participante de EC.Atualmente toda a organização e participação do SEC dos SFH conta com a colaboração de quatro FH a tempo parcial. Desde a criação do SEC em 2006, os SFH já participaram em 32 EC, em especialidades médicas diversas como Cardiologia, Ginecologia, Medicina Interna, Pneumologia e Imunohemoterapia. Atualmente temos 37 partici-pantes em EC, sendo que 28 são em cardiologia, 3 em medicina interna, 1 em ginecologia e 5 em Neurologia.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A presença do FH como profissional de saúde e especialista do medicamento é indispensável na gestão do cir-cuito do medicamento experimental (receção, armazenamento, preparação, dispensa, monitorização de tem-peratura, recolha, devolução ou destruição) garantindo a segurança e transparência de todo o processo. Os EC permitem o acesso a terapêuticas inovadoras mais precocemente e sem encargos para as unidades hospitala-res.

N4O PAPEL DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR NOS ENSAIOS CLÍNICOS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201940

AUTORESSandra Morgado1; Andreia Gaspar1; Tânia Correia2; João Paiva2; Diana Lopes2; Olimpia Fonseca1

1Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira2Farmácia Modelar

INTRODUÇÃO Os novos anticoagulantes orais (AOs) apresentam um perfil de segurança mais favorável relativamente às terapêuticas convencionais, por causarem, em geral, menos hemorragias. No entanto, os ensaios clínicos dis-poníveis não permitem concluir qual o anticoagulante oral mais seguro, dado que cada estudo comparou indi-vidualmente cada um dos novos AOs com as terapias convencionais. O papel da farmacovigilância é essencial, para se conseguir avaliar a utilização de cada um dos novos AOs num contexto real de utilização.1

OBJETIVOS Monitorizar e comparar o perfil de segurança dos novos AOs (apixabano, dabigatrano, edoxabano e rivaroxaba-no) utilizados nos serviços de internamento do hospital e numa farmácia comunitária da região, através de um sistema de farmacovigilância ativa.

MÉTODOS Estudo observacional, aleatório, no período de abril a agosto de 2019, em doentes internados no hospital e seguidos em regime de ambulatório na farmácia comunitária com prescrição de AOs.Para cada um dos AOs em estudo foi elaborado um impresso que contempla a seguinte informação: efeitos secundários referidos no Resumo das Características do Medicamento (RCM) por nível de frequência, campo de preenchimento para RAMs não descritas no RCM e identificação do doente. A informação foi recolhida dire-tamente com o doente, no caso da farmácia comunitária e com o médico/enfermeiro nos serviços de interna-mento do hospital.

RESULTADOS Foram avaliados 67 doentes, 30 em contexto de farmácia comunitária e 37 em ambiente hospitalar. Na farmácia comunitária, dos doentes sob tratamento com apixabano (n=9), apenas 1 manifestou epistaxe e outro hiper-tensão como RAMs sem posterior seguimento. Nos doentes submetidos a edoxabano (n=6), dabigatrano (n=2) e rivaroxabano (13) verificou -se que, em cada um dos AOs, 1 doente manifestou hemorragia genitourinária, obrigando à suspensão do medicamento. Relativamente à monitorização dos AOs administrados nos serviços de internamento do hospital (apixabano, n=12; dabigatrano, n=4; edoxabano, n=10; rivaroxabano, n=11) não se verificou o registo de nenhuma RAM.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES É necessário um período de seguimento mais alargado e uma amostra maior para concluir qual o anticoagu-lante oral mais seguro. O número de RAMs registadas na farmácia comunitária poderá estar relacionado com o rastreamento direto com o doente. Em ambiente hospitalar, essa pesquisa foi realizada com os prestadores de cuidados (médico/enfermeiro) que por vezes não valorizam as RAMS ocorridas e ainda não estão devidamente sensibilizados para a sua notificação. Seria igualmente importante existirem mais estudos que comparassem os AOs entre si de forma a perceber qual o mais seguro para cada doente.

BIBLIOGRAFIA 1. MARTINEZ, Jorge; MORGADO, Manuel; FERNANDES, Marta – Anticoagulantes orais diretos. Boletim CIM. Out/Dez (2018), p.1 -3. [Consult. 10 Set.2019]. Disponível em https://www.ordemfarmaceuticos.pt/pt/publicacoes/boletim -do -cim/boletim -do -cim -out -dez -2018/

N5 AVALIAÇÃO DO PERFIL DE SEGURANÇA DOS NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS EM CONTEXTO DE FARMÁCIA HOSPITALAR E COMUNITÁRIA

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4112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Carolina Lopes1; Sandra Morgado2; Olímpia Fonseca2; Fátima Roque3; Manuel Morgado2

1Faculdade de Ciências da Saúde, UBI2Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira3Escola Superior de Saúde, IPG

INTRODUÇÃO Os inibidores dos checkpoint imunitários (ICIs) são anticorpos monoclonais que inativam as moléculas inibido-ras dos checkpoint, restaurando a atividade das células T citotóxicas. Estes demostraram resultados clínicos melhorados em vários tipos de cancro mas podem provocar eventos adversos imunitários severos como, por exemplo, miocardite.

OBJETIVOS Proceder a uma revisão da cardiotoxicidade associada à utilização de ICIs.

MÉTODOS Pesquisa de artigos que correlacionam cardiotoxicidade e terapêutica com ICIs, publicados entre 01/janei-ro/2017 e 30/junho/2019 na base de dados eletrónica da PubMed. Também foi realizada análise de dados na FDA Adverse Events Reporting System (FAERS).

RESULTADOS Foram reportados 17881 efeitos adversos do ipilimumab e desses 5% (n=895) foram desordens cardíacas. Dos 5%, 99,22% (n=888) foram casos severos e 36,87% (n=330) tiveram desfecho fatal; a miocardite representou 13,63% dos casos (n=122) dos quais 100% (n=122) foram casos severos e 57,74% (n=68) resultaram em morte. O nivolumab teve 35234 efeitos adversos reportados, dos quais 7,16% (n=2521) foram desordens cardíacas. Desses 7,16%, 99,44% (n=2507) foram casos severos e 36,14% (n=911) resultaram em morte; a miocardite representou 11,74% (n=296) dos casos, dos quais 100% (n=296) foram severos e 48,99% (n=145) resultaram em morte.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A miocardite é uma reação adversa rara mas potencialmente fatal. A monitorização cardíaca não é realizada rotineiramente na maioria dos tratamentos de imunoterapia, sendo a real incidência de miocardite induzida por ICI, desconhecida. É importante estar -se alerta para o efeito cardiotóxico porque a miocardite imunomediada tem início precoce, sintomatologia inespecífica e um progresso fulminante, tornando -se importante a monito-rização por ECG, pelos níveis de troponina e outros testes.

BIBLIOGRAFIA Postow MA, et. al. Immune -Related Adverse Events Associated with Immune Checkpoint Blockade, N Engl J Med. 2018 Jan 11;378(2):158 -168.

N7CARDIOTOXICIDADE DOS INIBIDORES DOS CHECKPOINT IMUNITÁRIOS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201942

AUTORES Carolina Lopes1; Sandra Morgado2; Olímpia Fonseca2; Fátima Roque3; Manuel Morgado2

1Faculdade de Ciências da Saúde, UBI2Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira3Escola Superior de Saúde, IPG

INTRODUÇÃO O nivolumab é um inibidor dos checkpoint imunitários (ICI) que se liga e bloqueia a ativação do recetor PD -1, reativando as células T e a imunidade mediada por células. A diabetes fulminante tipo 1 é uma endocrinopatia imunitária resultante de um ataque imunitário violento que, consequentemente, destrói completamente as células beta pancreáticas. A diabetes fulminante pode ser uma reação adversa imunitária resultante da tera-pêutica com nivolumab.

OBJETIVOS Rever a informação existente sobre diabetes fulminante associada à terapêutica com nivolumab.

MÉTODOS Pesquisa de artigos que correlacionem a diabetes tipo 1 fulminante com o nivolumab e publicados entre janeiro de 2014 e janeiro de 2019 na base de dados eletrónica da PubMed.

RESULTADOS A maioria das reações adversas imunitárias são tratadas com doses elevadas de esteroides, que no caso da diabetes fulminante devem ser evitados porque têm potencial de exacerbação da hiperglicemia. Na diabetes fulminante, os pacientes apresentam hiperglicemia severa ou cetoacidose diabética mas níveis de hemoglo-bina A1C (HbA1c) baixos – que pode ser considerado como consequência do início abrupto da diabetes. Deve analisar -se a cetose na urina e o intervalo aniónico. Parâmetros altamente específicos para diabetes autoimune também devem ser determinados: glutamato descarboxilase; anticorpos anti -insulina; anticorpos anti -ilhéus. A ausência destes últimos autoanticorpos sugere a destruição completa das células beta por um processo di-ferente do da diabetes tipo 1 autoimune clássica, sendo as células beta atacadas por células T auto -reativas. Os níveis do péptido -C estarão baixos ou serão indetetáveis. Os pacientes tornam -se insulinodependentes para o resto da vida. Recomenda -se a medição dos níveis de base da HbA1c antes do início do tratamento e a medição dos níveis de glucose rotineiramente.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Devem ser realizados testes laboratoriais de rotina para detetar e tratar a diabetes fulminante o mais rapida-mente possível, evitando possíveis complicações e/ou morte.

BIBLIOGRAFIA National Comprehensive Cancer Network (NCCN) in partnership with the American Society of Clinical Oncology (ASCO), Management of Immunotherapy -Related Toxicities (Immune Checkpoint Inhibitor -Related Toxicities), NCCN Clinical Practice Guidelines in Oncology (NCCN Guidelines®), Version 1.2018 — February 14, 2018.

N8 DIABETES TIPO 1 FULMINANTE INDUZIDA PELO NIVOLUMAB

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4312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Carolina Lopes1; Sandra Morgado2; Olímpia Fonseca2; Fátima Roque3; Manuel Morgado2

1Faculdade de Ciências da Saúde, UBI2Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira3Escola Superior de Saúde, IPG

INTRODUÇÃO A imunoterapia anti -PD1 (programmed cell death protein 1), uma das classes dos inibidores dos checkpoint imu-nitários (ICIs), é eficaz no tratamento do melanoma avançado, do cancro do pulmão de não -pequenas células e carcinoma de células renais. Os ICIs causam marcada regressão tumoral em alguns doentes elegíveis para o tratamento mas não em outros. A eficácia da imunoterapia é afetada por vários fatores como as características do tumor por si só (genómica do cancro, microambiente e epigenoma), componentes da imunidade do hospe-deiro e influências externas como o microbioma.

OBJETIVOS Rever a importância do microbioma nos resultados clínicos dos pacientes tratados com imunoterapia anti -PD1.

MÉTODOS Pesquisa de artigos que correlacionam o microbioma e a inibição anti -PD1, publicados entre janeiro de 2015 e janeiro de 2019 na base de dados eletrónica da PubMed.

RESULTADOS Os pacientes que responderam à terapêutica com fármacos anti -PD1 (nivolumab ou pembrolizumab) tinham maior diversidade do microbioma, que é responsável por: maior densidade de células T CD8+ tanto periferi-camente como no microambiente tumoral e vias anabólicas, respostas sistémicas e anti -tumorais melhoradas quando comparadas com pacientes que não responderam à terapêutica. Os pacientes que não responderam à terapêutica tiveram infiltração linfoide intra -tumoral e mieloide limitada e uma diminuição na capacidade de apresentação de antigénios.A administração de antibióticos, sobretudo os de largo -espetro, a pacientes tratados com anti -PD1, diminuiu a eficácia da imunoterapia devido à destruição do microbioma. O microbioma está também associado à resistên-cia aos ICIs.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A composição do microbioma influencia a resposta à terapêutica anti -PD1. É crucial ter cuidado na administra-ção de antibióticos a estes pacientes, já que resulta em modificação do microbioma ótimo e pode prejudicar o resultado clínico. Assim, o microbioma tem potencial para se tornar um biomarcador da resposta à imunotera-pia anti -PD1.

BIBLIOGRAFIA Gopalakrishnan, V., Helmink, B. A., Spencer, C. N., Reuben, A., & Wargo, J. A. (2018). The Influence of the GutMicrobiome on Cancer, Immunity, and Cancer Immunotherapy. Cancer Cell, 33(4), 570–580.

N9MICROBIOMA INTESTINAL COMO POTENCIAL BIOMARCADOR DA EFICÁCIA DA TERAPIA ANTI ‑PD1

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201944

AUTORES Carolina Lopes1; Andreia Gonçalves1; Cristiana Almeida1; Elisabete Catarino1; Isabel Oliveira1; Olímpia Fonseca2; Manuel Morgado2

1Faculdade de Ciências da Saúde, UBI2Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO O uso de anticorpos monoclonais para inibição dos checkpoints tem vindo a revolucionar o tratamento de vários cancros nos últimos anos. No entanto, devido à sua inespecificidade de ação, podem ocorrer eventos adversos imunitários (EAi) prejudiciais e até mesmo fatais. Os corticosteroides são a primeira estratégia farmacológica a utilizar em caso de EAi, contudo, existem EAi refratários a estes fármacos.

OBJETIVOS Pretende -se, através de uma revisão da literatura, analisar abordagens terapêuticas alternativas a corticoste-roides para EAi refratários aos corticosteroides.

MÉTODOS Para a realização deste trabalho procedeu -se a uma pesquisa bibliográfica na base de dados científica PubMed, utilizando a combinação das palavras -chave “immune checkpoint inhibitors” e “steroid -refractory”, entre os anos de 2014 e 2019.

RESULTADOS A imunotoxicidade decorrente da terapêutica com inibidores dos checkpoints imunitários é tratada, em primeira linha, com corticosteroides. Contudo, nem sempre este tratamento é eficaz e as guidelines existentes não indi-cam alternativas terapêuticas para a resolução dos EAi quando os esteroides não são suficientes. Fármacos que inibam os recetores: anti -IL -1 (anakinra, canakinumab), anti -IL -6 (tocilizumab), anti -IL -17 (ixekizumab, brodalu-mab, secukinumab), anti -IL -23 e IL -12 (ustekinumab), anti -integrina 4 (natalizumab); que provoquem depleção anti -CD20 (rituximab, ofatumumab, obinutuzumab, ocrelizumab); que sejam imunoglobulinas intravenosas; ou que sejam inibidores das janus kinase (tofacatinib), são alternativas aos corticosteroides mas que têm indica-ção para EAi específicos. Contudo, os fármacos mais vezes descritos na literatura em caso de EAi refratários a esteroides são: o infliximab e o vedolizumab, inibidores do fator de necrose tumoral alfa; a azatioprina e o micofenolato de mofetil, inibidores da inosina monofosfato desidrogenase (IMDH); e a ciclosporina, um inibidor da calcineurina.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Devido ao uso crescente de imunoterapia em oncologia, torna -se indispensável não só, a inclusão destas al-ternativas nas guidelines, como a formação contínua das equipas clínicas. Tendo em conta que a imunoterapia é relativamente recente, ainda há muito para aprofundar sobre os EAi e a sua resolução, sendo importante o desenvolvimento de biomarcadores preditivos da imunotoxicidade refratária a esteroides e de regimes tera-pêuticos apropriados para a sua gestão.

BIBLIOGRAFIA Postow MA, et. al. Immune -Related Adverse Events Associated with Immune Checkpoint Blockade, N Engl J Med. 2018 Jan 11;378(2):158 -168.

N10 INIBIDORES DOS CHECKPOINTS: PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS PARA A RESOLUÇÃO DA IMUNOTOXICIDADE REFRATÁRIA A CORTICOSTEROIDES

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4512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORESFilipa Cosme Silva1,2; Sérgio Nobre1; Sara Dias1; Joana Marto2; AJ Almeida2; João Paulo Cruz3,2

1Unidade de Farmácia Pediátrica, Hospital de Santa Maria, CHULN2Research Institute for Medicine (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa 3Director Serv. Farm. Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte

INTRODUÇÃO “As crianças não são pequenos adultos” - frase amplamente divulgada mas nem sempre devidamente conside-rada. A população pediátrica, além de vasta (desde o nascimento até aos 18 anos), tem características farmaco-cinéticas e farmacodinâmicas distintas dos adultos. Em acréscimo, e porque não existem ensaios clínicos pediá-tricos em n.º suficiente, a informação sobre os medicamentos em uso pediátrico é frequentemente extrapolada dos adultos e são utilizadas muitas indicações off -label. Frequentemente existe necessidade de descondicionar especialidades farmacêuticas para ajustes de dose ou até mesmo para possibilitar a sua administração. Todos estes factores tornam crucial a existência de farmacêuticos especializados em pediatria.

OBJETIVOS Optimização da prescrição; redução do n.º de problemas associados ao medicamento quando utilizado em pe-diatria; promoção da literacia em saúde; farmacovigilância, promoção da investigação e ensino.

MÉTODOS Informatização das prescrições médicas; validação da terapêutica sempre que possível na enfermaria; registo das intervenções efectuadas; desenvolvimento de novas formulações pediátricas com o apoio da FFUL; pro-moção da consulta farmacêutica para doentes em ambulatório; actualização de protocolos terapêuticos; noti-ficação de RAMs.

RESULTADOS A UFP foi criada em Maio de 2019 e conta com três farmacêuticos. Estes participam na visita clínica semanal dos serviços pediátricos de Nefrologia, Infecciologia, Gastroenterologia, Neonatologia, Cuidados Intensivos e Cuidados Paliativos. Até ao momento foram registadas 85 intervenções farmacêuticas, maioritariamente por necessidade de ajustes de dose e interacções medicamentosas. De salientar que com a presença física do far-macêutico na enfermaria, algumas das intervenções foram efectuadas antes da prescrição. Alguns dos medicamentos manipulados atualmente produzidos foram reformulados com o objetivo de remover a sacarose, evitar o uso de propilenoglicol, álcool benzílico e essências na Neonatologia. De momento estão a ser seguidas 8 crianças na consulta farmacêutica por polimedicação, necessidade de ajuste de dose ou fraca adesão/literacia em relação à terapêutica. Os protocolos de nutrição parentérica pediátrica estão em revisão/ /actualização segundo novas recomendações ESPGHAN. Foram notificadas reacções adversas, nomeadamente, casos de intoxicações medicamentosas, e medicamentos com AIM recente.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A criação de uma unidade funcional com farmacêuticos vocacionados para a pediatria tem sido indubitavel-mente útil para a resolução de questões específicas desta população. Algumas das actividades desenvolvidas pela UFP foram solicitadas pelos Serviços Clínicos, o que revela o interesse e o reconhecimento da intervenção do farmacêutico por parte de outros profissionais de saúde. Considerando a experiência desde já adquirida no nosso centro hospitalar, pensamos que possa ser útil expandir esta ideia a outros centros hospitalares.

BIBLIOGRAFIA 1. ASHP–PPAG Guidelines for Providing Pediatric Pharmacy Services in Hospitals and Health Systems.

N12A CRIAÇÃO DE UMA UNIDADE DE FARMÁCIA PEDIÁTRICA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201946

AUTORES Ana Lima; Pedro Freire; Paula Linhares; Rita RodriguesHospital de Santo Espírito da Ilha Terceira, E.P.E.R.

INTRODUÇÃO Neste hospital são seguidos, em consultas de especialidade, doentes de outras ilhas da Região Autónoma dos Açores (RAA), sendo que, em alguns casos é instituída terapêutica cuja cedência se enquadra legalmente na dispensa pela farmácia de ambulatório (AMB). A periodicidade das consultas ou existência de consultas por te-lemedicina inviabilizam a dispensa dos medicamentos diretamente ao doente na AMB. Assim, por uma questão de gestão de stocks e financeira foi estipulado pelos Serviços Farmacêuticos (SF) o envio mensal da medicação, através de um transitário, para os respetivos Centros de Saúde (CS) da sua residência. De ressalvar que o início de uma nova terapêutica terá sempre dispensa presencial na AMB.

OBJETIVOS Descrever o circuito de dispensa da medicação da AMB a doentes dos CS das outras ilhas da RAA e sua otimi-zação.

MÉTODOS No final de cada ano são definidas as datas dos envios mensais do ano seguinte, para as ilhas Flores, Graciosa, Pico e S.Jorge. Os SF dispõem de uma base de dados (ficheiro Excel) onde são agendados todos os envios dos medicamentos para cada doente. Desta base constam: identificação dos doentes (nome e n.º de utente); terapêutica; serviço/ /médico prescritor; posologia; observações (ex: data de início da terapêutica); quantidade a enviar e data da próxima consulta. Toda a informação registada na base de dados deve constar nas respetivas receitas médicas organizadas por CS e mês de envio.Existe um contato telefónico regular com os doentes de forma a promover e monitorizar a adesão à terapêu-tica, bem como, com os CS que confirmam se os medicamentos foram entregues. Os farmacêuticos da AMB preparam e acondicionam a medicação conforme a base de dados e um técnico fica responsável por reunir toda a medicação, documentação e fechar as encomendas. De forma a monitorizar a cadeia de frio, a medicação refrigerada faz -se acompanhar por um termohigrómetro.Um assistente técnico fica responsável por pesquisar os voos disponíveis, nas datas definidas e por contactar e agendar com o transitário a recolha da medicação no hospital.A medicação enviada por transitário segue diretamente para cada CS, sendo que, este deve ficar com o registo da hora e a identificação da pessoa que recebe a medicação.Os responsáveis pela receção da medicação nos CS devem conferir a medicação, com base no documento resu-mo que segue com a encomenda e devolver os termohigrómetros aos SF.

RESULTADOS A definição deste circuito permitiu uma maior rastreabilidade, uniformização de procedimentos, e uma distri-buição com qualidade e segurança da terapêutica aos doentes de outras ilhas.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Cumpriram -se os objetivos inicialmente propostos, uma vez que todo o circuito está operacional e a funcionar com fluidez. Perante uma situação de erro conseguimos detetar prontamente a sua origem e resolver a incon-formidade, sem que o doente seja prejudicado. Todo este procedimento exige muito trabalho de planeamento e dedicação aos doentes, para que no final estes tenham acesso à terapêutica instituída, ainda que deslocados.

N14 DISPENSA DE MEDICAÇÃO DA FARMÁCIA DE AMBULATÓRIO NOS CENTROS DE SAÚDE – A REALIDADE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES

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4712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORESRute Isabel Ramos Cavaco Salvador; Maria Lisete Lemos; José Feio; Cristina Frutuoso; Alice Pêgo; Carmelita Ribeiro; Patricia Pereirinha; Miguel DiasCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra

INTRODUÇÃO A dessensibilização em Quimioterapia permite que o doente oncológico, que sofreu uma reacção adversa ao citotóxico, possa realizar o esquema terapêutico proposto pelo seu médico. O protocolo é estabelecido indivi-dualmente e visa eliminar as reacções adversas que o doente possa ter.

OBJETIVOS Avaliar se a realização de protocolos de dessensibilização à quimioterapia conduz ao cumprimento dos esque-mas terapêuticos de quimioterapia propostos para os diversos diagnósticos.

MÉTODOS Estudo retrospectivo (com consulta dos processos clínicos) dos doentes que realizaram dessensibilização à quimioterapia, entre junho de 2017 e julho de 2019 (após terem sofrido uma reacção adversa ao citotóxico), cumprindo o protocolo de dessensibilização de 3 sacos em 12 paços. Os doentes que sofreram reacção adversa ao citotóxico, no Hospital de dia de Quimioterapia, foram referenciados para o serviço de Alergologia, tendo aí realizado o protocolo de dessensibilização.

RESULTADOS Realizaram protocolos de dessensibilização 10 doentes. Foi excluído 1 doente por ser exterior à instituição e não ter sido possível recolher dados. (9 mulheres, idade média: 58,7 anos, máx:77 e min:31, e um homem de idade 57 anos). Os doentes encontravam -se, maioritariamente no estádio IV da doença, destes 2 apresentavam his-tória de alergias prévias. Anteriormente ao episódio de RAM os doentes já tinham tido contacto com o medica-mento em causa, tendo realizado, em média 5,2 administrações desse mesmo medicamento (máx. 10 e min:0). Realizaram -se um total de 54 dessensibilizações. Os citotóxicos preparados foram: Carboplatina – 6 doentes com cancro ginecológico (35 dessensibilizações), Docetaxel – 1 doentes com cancro de pulmão (4 dessen-sibilizações) e 1 doente cancro ginecológico (6 dessensibilizações), Cisplatina -1 doente cancro ginecológico (3 dessensibilizações), Doxorrubicina peguilhada – 1 doente cancro ginecológico (6 dessensibilização). Dos doentes estudados, 2 apresentaram RAM moderada durante a dessensibilização, tendo retomado o trata-mento de seguida; 7 doentes não apresentaram RAM durante a administração do protocolo de dessensibiliza-ção e 1 doente não estava descrita. Dos doentes estudados, 2 apresentavam história de alergias prévias. Todos os doentes concluíram o esquema terapêutico de quimioterapia proposto. Maioritariamente tiveram resposta clínica/ imagiológica completa.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A dessensibilização permite uma abordagem multidisciplinar. A realização do protocolo de dessensibilização de quimioterapia em 12 passos permitiu que todos os doentes (100%) concluíssem a tratamento de quimioterapia proposto.

BIBLIOGRAFIA Carboplatin Desensitization Protocol and hipersensitivity Prolong Overall Survival. Catlin Nalley. Oncology Times. May ,10, 2017.

N15DADOS REAIS DE DESSENSIBILIZAÇÃO EM QUIMIOTERAPIA, NUM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201948

AUTORES Idalina Freire; Marta Mendes; Maria Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira, E.P.E.

INTRODUÇÃO A validação farmacêutica da prescrição médica é da responsabilidade do farmacêutico e, neste contexto, a vali-dação de prescrições de medicamentos citotóxicos presume a realização de uma análise de forma sistemática, para que se possa garantir o cumprimento das normas aprovadas na instituição e a promoção da segurança e eficácia da terapêutica instituída.De entre vários requisitos definidos para a aceitação de uma prescrição de medicamentos citotóxicos e de parâmetros recomendáveis de serem analisados aquando da validação desta, encontra -se demarcada a con-firmação de doses cumulativas. Neste âmbito, torna -se importante desenvolver estratégias que permitam o cálculo das doses cumulativas de citotóxicos e a sinalização dessas mesmas doses aos profissionais de saúde aquando da prescrição e validação.

OBJETIVOS Desenvolvimento de estratégias informáticas para sinalização de doses cumulativas, doente a doente, a todos os profissionais de saúde que acedam à prescrição de protocolos de medicamentos citotóxicos.

MÉTODOS Foi efetuada uma pesquisa em fontes bibliográficas da área da medicina oncológica e no Resumo das Características do Medicamento (RCM) de cada medicamento citotóxico para identificar os que se encontram documentados com doses cumulativas. Foram listados os fármacos citotóxicos e as respetivas doses cumulati-vas e foram identificados todos os doentes com protocolos prescritos e em curso com esses mesmos fármacos para sinalização informática das respetivas doses cumulativas.

RESULTADOS Em 10 dos fármacos utilizados na nossa instituição, foram documentadas dose máximas cumulativas na biblio-grafia consultada, tendo sido compilada uma tabela contendo as informações e referências de suporte biblio-gráfico. Após a identificação de todos os doentes com terapêutica em curso com fármacos cuja dose cumulativa máxima esteja documentada, foi calculada, para cada doente, a dose cumulativa do fármaco citotóxico após o último ciclo de quimioterapia. Esta dose foi comparada e validada com a apresentada informaticamente. A dose cumulativa foi escrita no campo de “observações de receção da prescrição”, sendo visível para o médi-co quando abre a prescrição e para o farmacêutico quando procede à validação. A cada novo ciclo do doente, a dose cumulativa é atualizada e, em caso de necessidade, o médico é sempre contactado.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A validação da prescrição médica de protocolos de quimioterapia por parte do farmacêutico é um ato primordial e de grande importância para aumentar a segurança na cadeia do medicamento citotóxico. A validação e cál-culo da dose cumulativa de citotóxicos por parte do farmacêutico, de forma informatizada e sistematizada, vem facilitar este processo, que se reveste de extrema importância por garantir a segurança do doente.

BIBLIOGRAFIA Edward Chu, Vincent T. DeVita, “Physicians’ Cancer Chemotherapy Drug Manual 2015”, Jones & Bartlett Learning, 15 edition, 2015. Manual de Preparação de Citotóxicos, Conselho do Colégio da Especialidade em Farmácia Hospitalar, Ordem dos Farmacêuticos, 2013. ISBN: 978 -989 -98069 -2 -4.

N16 VALIDAÇÃO DE DOSES CUMULATIVAS DE MEDICAMENTOS CITOTÓXICOS

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4912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Filipa Cosme Silva1,2; Rui Marques2,3; Sara Dias1; Vanda Pacheco3; Ana Matias3; Filomena Marques3; Vasco Rodrigues3; Cláudia Moreira3; Tânia Guedelha3; Paula Silva3; Isabel Felix3; Ana Paula Carrondo3; Clara Gaspar5; Eduarda Lima5; Teresa Moreno4; Ana Isabel Lopes6; João Paulo Cruz2,7

1Unidade de Farmácia Pediátrica, Hospital de Santa Maria, CHULN2Research Institute for Medicine (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa3Serviços Farmacêuticos CHULN -HSM4Departamento de Pediatria, Unidade de Neuropediatra, CHULN – Hospital de Santa Maria5Equipa de Enfermagem, Departamento de Pediatria, CHULN – HSM6Directora do Departamento de Pediatria CHULN7Director Serviços Farmacêuticos Hospital de Santa Maria, CHULN

INTRODUÇÃO Duas doentes (4 e 10 meses de idade) com o diagnóstico de atrofia muscular espinal tipo 1, em terapêutica com nusinersen (Biogen BV), foram autorizadas a realizar tratamento com o ONASEMNOGENE ABEPARVOVEC--XIOI (AveXis), fármaco aprovado pela FDA mas sem autorização da EMA. Os ensaios clínicos já terminados envolvem apenas 15 doentes mas as melhorias parecem ser rápidas e consistentes, nomeadamente ao nível da função respiratória e a nível bulbar com capacidade de alimentação oral da fala. Em acréscimo, a administração é única e por via ev.

OBJETIVOS Aquisição do fármaco, financiamento, transporte e armazenamento; Apoio na prescrição, administração e mo-nitorização clínica; Preparação e manipulação seguras do fármaco; Monitorização de segurança e efectividade do fármaco pós -administração.

MÉTODOS Os kits foram individualizados ao peso real das crianças e o fármaco foi adquirido através do laboratório AveXis tendo sido enviado, sob congelamento, dos EUA. O armazenamento pós descongelamento foi efectuado entre 2 -8ºC (validade máxima de 14 dias). O preço ainda se encontra em negociação. Atendendo às características especiais de transporte e à onerosidade do fármaco, foi efectuada uma simulação que contemplou o envio de um placebo pelo laboratório. A simulação foi a posteriori estendida a todo o circuito do medicamento, pelo que este foi armazenado, preparado, e transportado até ao Serviço de Pediatria, onde foi efectuada uma simulação da administração.Ultrapassados os problemas ocorridos durante a simulação, procedeu -se à manipulação e envio do fármaco real. A dose administrada a cada criança foi de 1,1 x 10 14 vectores genómicos/ kg. O medicamento foi prepa-rado em sala limpa de pressão negativa, no interior de uma câmara de fluxo de ar la minar vertical de classe II B2. Em D0 e D1 foi administrada metilprednisolona ev e posteriormente prednisolona oral. Após alta hospitalar, diversos parâmetros analíticos das doentes foram periodicamente analisados.

RESULTADOS A simulação revelou algumas fragilidades em todo o processo, nomeadamente questões alfandegárias. Surgiram ainda dúvidas durante a simulação da administração. O transporte do fármaco real decorreu sem complicações. No dia do tratamento, a preparação decorreu sem constrangimentos e a administração foi efectuada através de uma perfusão de 1h, tendo decorrido sem qualquer reacção adversa. As crianças tiveram alta 24h após administração do fármaco e permanecerão em terapêutica com prednisolona oral por pelo menos 30 dias. Registaram -se alterações das transaminases e trombocitopenia.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O facto desta terapêutica ser recente suscitou várias questões ao longo do circuito. Estas puderam ser ultra-passadas através de uma boa articulação entre as equipa médicas, de enfermagem e a Farmácia, e de um cuidado planeamento de todas as etapas do processo. A evolução clínica das doentes decorre de acordo com o previsto, com as reacções adversas descritas, esperando obter -se resposta clínica 30 dias após administração do fármaco.

BIBLIOGRAFIA – RCM ZOLGENSMA

N17ATROFIA MUSCULAR ESPINAL TIPO 1 E O FÁRMACO CUJA DCI É IMPOSSÍVEL DE PRONUNCIAR: DOIS CASOS CLÍNICOS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201950

AUTORESDaniela Brites1; Cátia Abrantes1; Celina Rodrigues1; João Alves2

1Hospital Santo António dos Capuchos2Hospital São José

INTRODUÇÃO O cancro colo -rectal é o terceiro tipo de cancro mais comum em Portugal. A trifluridina / tipiracil é indicado para o tratamento de doentes adultos com cancro colo -rectal metastático (CCR) que tenham sido tratados previa-mente com, ou não tenham tido indicação para, terapêuticas disponíveis incluindo quimioterapia baseada em fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano, agentes anti -VEGF e agentes anti -EGFR, e que apresentem um bom estado de performance (ECOG 0 ou 1). O estudo RECOURSE apresentou um ganho de 1,8 meses de sobrevida global no grupo trifluridina + tipiracilo quando comparado com placebo (5,3 vs 7,1 meses).

OBJETIVOS Avaliar a eficácia e segurança do tratamento com trifluridina / tipiracil no cancro colo -rectal metastático, sob determinadas condições clínicas.

MÉTODOS Análise retrospetiva dos doentes tratados com trifluridina/ tipiracil desde Agosto 2016 até ao momento, com-parando com o estudo RECOURSE, no qual resultou avaliação económica positiva. Todos os dados foram reti-rados a partir do Sclinic e SGICM (GHPH3530 – Ambulatório), nomeadamente quais os tratamentos realizados anteriormente, qual a linha terapêutica, toxicidade relacionada com o fármaco e qual a razão da suspensão do tratamento. A toxicidade foi avaliada de acordo com os dados CTCAE v. 4.0.

RESULTADOS Foram identificados 17 doentes (8 mulheres e 9 homens), com média de idade de 70 anos, ECOG 0 em 3 doen-tes e ECOG 1 em 14 doentes. O tumor primário está localizado 70,59% (n=12) no colon e os restantes 29,41% (n=5) no recto. Todos os doentes haviam recebido 3 ou mais linhas terapêuticas de quimioterapia à base de fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano, agentes anti -VEGF e agentes anti -EGFR, tendo a maioria recebido em linha imediatamente anterior Capecitabina + Bevacizumab. 3 dos 17 doentes (17,6%) são RAS não mutado, tendo feito também fármacos anti -VEGF, como o cetuximab e/ou panitumumab. Após progressão de doença com TAS -102, só um doente passou para outra linha terapêutica. Actualmente só 1 doente está em tratamento com trifluridina/tipiracilo. Após acompanhamento verificámos que os doentes realizam tratamento com TAS--102 em média até ao 2,41 ciclo, tendo a progressão de doença e toxicidade hematológica causa da suspensão do tratamento (94,1%). Cerca de 30% necessitou de redução de dose em algum ciclo do tratamento e 100% teve toxicidade associada ao medicamento. As reacções adversas mais frequentes foram astenia G1 -2 (n=5), toxicidade gastrointestinal (n=10), com náuseas e vómitos G1 -2 e diarreia G1 -2, mucosite G1 (n=1) e neutropenia G2 (n=3).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Apesar de ser uma pequena amostra de doentes, podemos concluir neste estudo retrospetivo, que os dados de efectividade e segurança de trifluridina/tipiracilo são semelhantes aos do ensaio clínico. O estudo da eficácia do fármaco é condicionado pela qualidade de vida dos doentes.

BIBLIOGRAFIA https://www.ema.europa.eu/en/documents/product -information/lonsurf -epar -product -information_pt

N18 ESTUDO RETROSPETIVO DA EFICÁCIA CLÍNICA DO TRIFLURIDINA ‑TIPIRACIL EM DOENTES COM CANCRO DO COLO ‑RECTAL METASTÁTICO

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5112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Fernanda Cristina Merino Valério; Ana Sofia dos Santos Valongo; Domingas Maria Porfirio da PalmaHospital de Cascais, Dr. José de Almeida

INTRODUÇÃO Segundo o guia do Pharmaceutical Inspection Co -operation scheme (PIC/S) e as Boas Práticas de Fabrico de Medicamentos, a limpeza e desinfecção das salas limpas (SL) é um requisito importante que deve ser realizado de acordo com um procedimento escrito e monitorizado periodicamente a sua eficácia através da detecção de contaminação microbiológica (CM).1Em Julho 2017, observou -se pela primeira vez, nos Serviços Farmacêuticos (SF) do hospital 3 Não Conformidades (NC) nos testes do conteúdo da bolsa de nutrição parentérica (BNP) efectuados com Brain Heart Infusion (BHI). Após estas NC e de acordo com o PIC/S que obriga a utilização de um desinfectante estéril e isento de esporos na Classe A das SL1, solicitou -se a substituição de Álcool etílico 70% não estéril usado na desinfecção dentro da Câmara de Fluxo Laminar Horizontal (CFLH) por Álcool isopropílico 70% estéril para melhorar o perfil desin-fecção das SL.

OBJETIVOS Avaliar e comparar a eficácia do álcool isopropílico estéril em relação ao álcool etílico não estéril na desinfecção na classe A das SL.

MÉTODOS O PIC/S recomenda a monitorização microbiológica das SL referindo o tipo de ensaios a realizar e os limites de CM aceites em cada classe. Nos ensaios realizados na classe A, o limite aceite de CM é inferior a 1 unidade formadora de colónias em valor médio.1De acordo com o PIC/S, os SF do hospital efectuam a monitorização microbiológica da classe A da SL através da realização diária de 3 ensaios durante a preparação de nutrição parentérica: teste com placa de exposição passiva de gelose de sangue na CFLH durante a preparação (CFON) e das luvas do operador (LUOP) no final da preparação e teste com BHI do conteúdo da BNP por amostragem.

RESULTADOS Durante o uso de Álcool etílico não estéril na CFLH em 2016, realizaram -se os seguintes ensaios: 263 BNP, 190 LUOP e 192 CFON. Não se obteve nenhuma NC (0%) nos testes do BNP, tendo -se obtido 12 NC (6,3%) nos testes da LUOP e 18 NC (9,4%) nos testes da CFON.Em 2018, com o uso na CFLH de Álcool isopropílico estéril, realizaram -se os seguintes ensaios: 281 BNP, 205 LUOP e 205 CFON. Não se obteve nenhuma NC (0%) nos testes do BNP e CFON e apenas 1 NC (0,5%) nos testes da LUOP.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Após alteração do tipo de desinfectante observou -se uma diminuição da CM detectada nos ensaios efectuados, tendo diminuído 5,8 pontos percentuais [equivalente a uma descida de 92%] nos testes de LUOP e 9,4 pontos percentuais [equivalente a uma descida de 100%] nos testes de CFON. Até Agosto 2019 não voltou a registar--se nenhuma NC no teste do BNP.

BIBLIOGRAFIA 1. Guide to good practices for the preparation of medicinal products in healthcare establishments. Pharmaceutical Inspection Co -operation scheme. Março 2014.

N20COMPARAÇÃO DA EFICÁCIA DO ÁLCOOL ETÍLICO NÃO ESTÉRIL VERSUS ÁLCOOL ISOPROPÍLICO ESTÉRIL NA DESINFECÇÃO NA CLASSE A DAS SALAS LIMPAS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201952

AUTORES Ana Sofia dos Santos Valongo; Domingas Maria Porfirio da PalmaHospital de Cascais, Dr. José de Almeida

INTRODUÇÃO Os fármacos anticolinérgicos estão associados à diminuição da motilidade intestinal, visão turva, xerostomia, obstipação, impactação fecal, retenção urinária e deterioração da função cognitiva (1). Assim, a determinação da carga anticolinérgica, ou seja, do efeito cumulativo de múltiplos medicamentos com diferentes graus de propriedades anticolinérgicas, através da utilização de escalas de estratificação de risco associados a estes fármacos, constitui um método para revisão da farmacoterapia neste grupo de medicamento.

OBJETIVOS Avaliar a carga anticolinérgica recorrendo à aplicação das escalas Anticholinergic Cognitive Burden scale (ACB) e Anticholinergic Risk Scale (ARS), dos fármacos prescritos no terceiro dia de internamento, num serviço de medicina interna.

MÉTODOS Estudo observacional, transversal, com vertente descritiva no qual se incluíram os doentes com idade igual ou superior a 65 anos, internados num serviço de Medicina Interna e admitidos durante o período de janeiro de 2019 a março de 2019. Para o cálculo da carga anticolinérgica total foram aplicadas as escalas ACB e ARS.

RESULTADOS Foram incluídos 164 doentes dos quais 88 eram homens (53,7%) e 76 (46,3%) mulheres com uma média de idades de 82 ± 8,5 anos. Na determinação da carga anticolinérgica, recorrendo à escala ACB verificou -se que 134 doentes (81,7%) apresentavam a prescrição de pelo menos um fármaco com propriedades anticolinérgicas, dos quais 43 doentes (26,2%) apresentavam baixa carga anticolinérgica, 31 (18,9%) moderada e 59 (36,0%) elevada. Quando aplicada a escala ARS na amostra em estudo, 76 doentes (46,3%) tinham prescrito pelo me-nos um fármaco com propriedades anticolinérgicas. Verificou -se também, que 56 doentes (34,1%) apresenta-vam carga anticolinérgica baixa, 15 doentes (9,1%) moderada e 5 (3,1%) elevada.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES No estudo realizado a população de doentes sem risco anticolinérgico é bem distinta entre as duas escalas analisadas. Estes resultados são consubstanciados pelas diferenças, do ponto de vista qualitativo e da inerente pontuação que cada escala considera. A carga anticolinérgica do perfil terapêutico deve ser considerada, agora facilitada pelo conhecimento do universo de fármacos anticolinérgicos mais prescritos. A otimização da farma-coterapia com vista à redução da polimedicação requer, enquanto desafio futuro, a elaboração de orientações relativas a alternativas aos fármacos com elevada carga anticolinérgica e mecanismos que visem a desprescri-ção segura dos fármacos.

BIBLIOGRAFIA 1. Veteran’s mates – Thinking clearly about the anticholinergic burden [Em Linha]. Topic 39 2014: 45 -87. [Consult. Em 20 Mai 2019]. Disponível em: https://www.veteransmates.net.au/VeteransMATES/documents/module_materials/M39_T herBrief.pdf.

N21 AVALIAÇÃO DA CARGA ANTICOLINÉRGICA NO DOENTE IDOSO

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5312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Jesus Cotrina Luque; Ana Sofia dos Santos Valongo; Domingas Maria Porfirio da PalmaHospital de Cascais, Dr. José de Almeida

INTRODUÇÃO A reconciliação precisa e completa da terapêutica é um dos principais desafios para o farmacêutico hospitalar sendo fundamental para evitar erros de medicação.

OBJETIVOS Determinar o impacto económico das intervenções realizadas pelo farmacêutico e aceites pela equipa médica durante o processo de reconciliação terapêutica em doentes internados num serviço de cirurgia.

MÉTODOS estudo descritivo e retrospectivo ( Julho 2018 – Janeiro 2019), onde foram analisados os relatórios de admis-são e de alta hospitalar dos doentes internados no Serviço de Cirurgia. Identificaram -se e classificaram -se os Problemas Relacionados com Medicamentos (PRMs) realizando -se intervenção farmacêutica. A gravidade dos PRMs foi correlacionada com o risco de aumento da permanência hospitalar de acordo com escala adaptada de Bates DW et al, estimando -se o custo potencialmente evitado naquelas intervenções aceites pela equipa médica. Outras variáveis registadas foram idade e género dos doentes, número de medicamentos domiciliares, dias de internamento hospitalar, tipos de PRMs e medicamentos envolvidos.

RESULTADOS Foram incluídos 185 doentes com idade média de 76,16 anos, dos quais 107 eram mulheres (57,83%). O número médio de medicamentos domiciliares foi de 3,84 e 62 doentes (33,51%) foram considerados polimedicados (> 5 medicamentos). 52 PRMs foram identificados em 57 doentes (30,81%), dos quais 25 foram resolvidos (48,07%), sendo a sua gravidade classificada como “significativa” (o risco de aumento do internamento hospi-talar para cada medicamento foi de 10%). Estimou -se um custo evitado de € 4180 (para mais 38 dias potenciais de internamento). O custo evitado por doente foi maior no grupo com idade superior a 65 anos. O PRM mais frequente foi a omissão da medicação (100%). A insulina foi o medicamento mais implicado, 4 vezes (16.00 %).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A integração do Farmacêutico na equipa multidisciplinar possibilita a identificação de potenciais PRMs e a pre-venção da sua ocorrência, reduzindo o risco do aumento do internamento hospitalar e dos gastos relacionados com os cuidados de saúde, contribuindo assim para uma maior sustentabilidade do sistema de saúde.

BIBLIOGRAFIA Reconciliação da medicação. - Norma DGS n.º 018/2016 de 30/12/2016.National Institute for Health and Clinical Excellence. Technical Patient Safety Solutions for Medicines Reconciliation on Admission of Adults to Hospital. National Patient Safety Agency, 2007. Impacto económico de la intervención del farmacéutico clínico en la división de medicina del Hospital Nacional de la Policía Nacional del Perú “Luis N. Sáenz”, en el año 2014.

N22IMPACTO ECONÓMICO DA INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO NA RECONCILIAÇÃO DA MEDICAÇÃO DE DOENTES INTERNADOS NUM SERVIÇO DE CIRURGIA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201954

AUTORES Leila Costa1; Daniela Martins1; Laura Clarimundo1; Vasco Rodrigues1; João Paulo Cruz1; Pedro Miguel Neves2; Teresa Santos3; Manuel Luís Capelas4; Paula Ravasco1; Ana Paula Carrondo1

1Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte, E.P.E.2Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde (CIIS) da Universidade Católica Portuguesa3Faculdade de Medicina, Instituto de Saúde Ambiental4Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa

INTRODUÇÃO Introdução A terapêutica citotóxica oral apresenta desafios crescentes para os profissionais de saúde: regimes posológicos complexos, perfis de toxicidade, reacções adversas e monitorização, risco associado a erros na toma, falta de adesão terapêutica, interacções com medicamentos e alimentos. O tratamento oncológico é cada vez mais multidisciplinar e inclusivo e com isso, mais exigente. A malnutrição é comum em oncologia e associa--se a redução da Qualidade de Vida, pior reposta ao(s) tratamento(s) e pior sobrevida.

OBJETIVOS Avaliar a adesão terapêutica, o risco nutricional e testar a viabilidade de uma área de intervenção farmacêutica na equipa multidisciplinar em regime de Hospital de Dia (Oncologia e Hematologia).

MÉTODOS Estudo prospectivo, observacional e analítico em doentes adultos consecutivos, submetidos a tratamento em regime de ambulatório, com neoplasias sólidas ou hematológicas. Parâmetros: questionário baseado no Teste de adesão terapêutica Morisky/Green e avaliação nutricional Patient -Generated Subjective Global Assessment.

RESULTADOS Dos 72 doentes com 66±13(20 -92) anos, 57% eram mulheres. Patologias prevalentes: mieloma múltiplo (12/72), neoplasia da mama (13/72) e próstata (8/72); 30/72(42%) doentes apresentaram dúvidas quanto à terapêutica citotóxica prescrita: posologia, efeitos adversos, interacções, dieta adequada durante o tratamento, correcta administração dos fármacos e diferenças entre terapêuticas. De notar que 49% afirmou já ter tido reacções adversas durante a terapêutica oncológica: rash cutâneo generalizado, alteração da pressão arterial ou fre-quência cardíaca, sintomas GI ou sistémicos. Dado relevante nesta população foi que 17% dos doentes não ade-riram ao tratamento, tendo iniciado mas descontinuaram -no sem notificação por reacções adversas limitativas. Globalmente, 33% dos doentes perderam peso nos últimos 6 meses, e contrariamente 25% aumentou signifi-cativamente de peso. Relativamente a sintomatologia, 63% doentes referiu limitação significativa da ingestão nutricional associada a fadiga, dor e xerostomia; destes doentes, 30% referiram necessidade de intervenção nutricional e melhor controlo/tratamento sintomático para adequada alimentação.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os resultados deste estudo consubstanciam a necessidade de optimizar o acompanhamento de doentes on-cológicos sob terapêutica activa em ambulatório. Mais de metade dos doentes teve alterações ponderais cli-nicamente relevantes, uma vez que extremos de oscilações ponderais são deletérios durante os tratamentos oncológicos. Dado que os doentes recorrem ao ambulatório da farmáciahospitalar para levantamento da medicação, este timing assume -se como a oportunidade de excelência para intervenção farmacêutica, dado que existe local, tempo, recursos físicos e os recursos humanos mais adequa-dos neste contexto.

N23 TERAPÊUTICA ANTINEOPLÁSICA EM AMBULATÓRIO E IMPACTO NUTRICIONAL: QUAL O PAPEL DA INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA?

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5512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Patrícia Alexandra Asper Banha Marques Afonso; João Paulo Garcia Lopes da CruzCHULN – Hospital Santa Maria

INTRODUÇÃO No tratamento e profilaxia de hemorragias em doentes com hemofilia A estão a surgir, nos últimos tempos, novas terapêuticas sendo uma delas fármacos com longo tempo de semivida. O efmoroctocog alfa é uma proteína de fusão recombinante com uma semivida prolongada. É constituído pelo fator VIII da coagulação humano com deleção do domínio B unido por ligação covalente ao domínio Fc da imu-noglobulina humana G1.(1) Tendo o relatório de avaliação prévia do medicamento para uso humano em meio hospitalar concluído que o efmoroctocog alfa apresentou vantagem económica versus o comparador (octocog alfa)(2) surge a necessidade de comparar este fármaco, face a outras moléculas, em contexto de utilização real.

OBJETIVOS Analisar qual o impacto económico, para o hospital, da mudança para efmoroctocog alfa dos doentes que se encontravam previamente sob outras terapêuticas.

MÉTODOS Foram selecionados informaticamente todos os doentes em terapêutica com o fármaco à data de setembro de 2019 (cut -off) e que simultaneamente cumprissem os seguintes critérios: 1) estivessem anteriormente sob ou-tras alternativas terapêuticas; 2) as posologias de ambos os fármacos estejam estáveis e regulares, quer antes da mudança para efmoroctocog alfa, quer antes do cut -off.

RESULTADOS Dos 16 doentes em terapêutica com efmoroctocog alfa, em setembro de 2019, apenas 12 cumpriram todos os critérios de seleção. Em 9 casos (75%), a mudança originou poupança para o hospital e em 2 casos não (16,7%). Registou -se, assim, uma poupança mensal global de 39480,30 €. Houve 1 caso de imunotolerância (8,3%) com o fármaco em estudo. Os custos foram analisados, independen-temente dos outros casos, tendo -se verificado, nas duas situações possíveis face à terapêutica prévia (estabi-lidade do doente e crise hemorrágica), igualmente poupança para o hospital.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os resultados permitem concluir que, nos doentes analisados até setembro de 2019, a mudança das terapêu-ticas instituídas, para o fármaco efmoroctocog alfa, originou, como balanço global, poupança para o hospital (39480,30 € mensais sem incluir o caso particular do doente em imunotolerância). No entanto, este estudo tem algumas limitações: 1) os Resultados podem ou não manter -se no futuro para estes doentes; 2) podem surgir mais mudanças, em outros doentes, cujos custos mensais não sejam novamente favoráveis, tal como verifica-do apenas em duas situações; 3) não se avaliou quantos doentes desenvolveram inibidores com este fármaco e seu consequente impacto económico. Este último ponto deverá, no futuro, ser monitorizado e avaliado.

BIBLIOGRAFIA (1) Resumo das Características do Medicamento de Efmoroctocog alfa. Última atualização em 25/07/2019. (2) Relatório de avaliação prévia do medicamento para uso humano em meio hospitalar Efmoroctocog alfa de 22/02/2018.

N24ANÁLISE DO IMPACTO ECONÓMICO DA UTILIZAÇÃO DE EFMOROCTOCOG ALFA NO TRATAMENTO DA HEMOFILIA A.

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201956

AUTORESJoana Pereira; António J Almeida; Helena Margarida Ribeiro; Joana Marques MartoResearch Institute for Medicines (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa, Lisbon, Portugal

INTRODUÇÃO Para selecionar uma base adequada para um medicamento manipulado é necessário ter em consideração as características da patologia, como por exemplo a sua localização e distribuição, do efeito pretendido (oclusivo, hidratante, entre outras) e das características das substâncias ativas. No caso de lesões cutâneas superficiais é necessário formular uma base que apresente pouca capacidade de permeação, ou seja, que mantenha a substância ativa a nível superficial. Desta forma, as emulsões A/O desempenham um papel importante neste tipo de patologias. De modo a desenvolver uma base com atributos de qualidade adequados à aplicação tópica e que incrementem a adesão à terapêutica, é importante ter em atenção a sua composição nomeadamente, a escolha dos emolientes.

OBJETIVOS Desenvolvimento de emulsões A/O, como bases para medicamentos manipulados de aplicação tópica com qualidade farmacêutica e que melhorem a adesão à terapêutica.

MÉTODOS Foram formuladas três emulsões A/O contendo 10% (m/m) do emulsionante, polyglyceryl -3 polyricinoleate, sorbitan sesquiolate, cetyl ricinoleate, glyceryl caprate, cera alba, magnesium stearate, aluminium tristearate, diferindo apenas no emoliente usado (oleyl eurocate, olive oil e squalane) a 10% (m/m). A caracterização físico -química das emulsões, nomeadamente a caracterização reológica, a análise do tamanho da gotícula e o estudo de estabilidade foram realizados ao longo de 6 meses. Também se avaliou a eficácia biológica do veí-culo com squalane in vivo, em voluntários humanos saudáveis (n=10), após aprovação pela comissão de ética, complementada com uma análise sensorial (n= 20).

RESULTADOS As emulsões A/O produzidas apresentaram uma aparência homogénea de cor branca brilhante. O estudo reo-lógico revelou estar em concordância com a microestrutura das emulsões, nomeadamente na distribuição do tamanho da gotícula. De entre as três emulsões A/O desenvolvidas apenas a emulsão com squalane se man-teve estável ao longo do estudo de estabilidade, demonstrando ser eficaz na hidratação (com um aumento nos valores de hidratação) e na manutenção da barreira cutânea (a perda transepidérmica de água não sofreu alterações). A emulsão apresentou uma boa aceitabilidade por parte do consumidor.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Uma emulsão A/O, como base de medicamentos manipulados, pode ser uma solução para o o tratamento de doenças superficiais de pele, substituindo determinados tratamentos e os seus efeitos secundários. Neste caso, a emulsão A/O constituiu uma forma farmacêutica promissora, reforçando a barreira lipídica da pele sem efei-tos oclusivos, o que pode levar a uma maior adesão à terapêutica.

BIBLIOGRAFIA Helm MF, Farah JB, Carvalho M, Farah FS, Farah RS. Compounded Topical Medications for Diseases of the Skin: A Long Tradition Still Relevant Today. North Am J Med Sci. 2017;10:3.

N25 COMO FORMULAR UMA BASE PARA MEDICAMENTOS MANIPULADOS DE APLICAÇÃO NA DERMATOLOGIA?

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5712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Beatriz Santos de Almeida; António José Almeida; Helena Margarida Ribeiro; Joana Marques MartoResearch Institute for Medicine (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa, Portugal

INTRODUÇÃO Atualmente, a aplicação tópica de medicamentos é uma via de administração alternativa à subcutânea por permitir uma libertação prolongada do fármaco e evitar o efeito de primeira passagem. As bases em gel patch--like são formas farmacêuticas alternativas às injeções subcutâneas, indolores, levando ao aumento da adesão à terapêutica. A formação de filme in situ permite a libertação do fármaco ao longo do tempo, conferindo uma ação local de forma controlada. Estas bases permitem aplicações menos frequentes, sendo por isto uma opção mais cómoda para o doente e menos dispendiosa em termos de recursos hospitalares.

OBJETIVOS Desenvolvimento e caracterização de um gel patch -like, como base inovadoras, para a administração tópica de fármacos.

MÉTODOS Foram desenvolvidos hidrogeles para administração tópica, tendo -se procurado a utilização de excipientes com propriedades formadoras de filme e não imunogénicos para que o veículo possa ser utilizado mesmo em peles não saudáveis. Os estudos incluíram a otimização das propriedades físico -químicas para administração tópica através da utilização de diversos polímeros, acompanhada de um controlo farmacotécnico de acordo com os requisitos das preparações semi -sólidas para aplicação cutânea (Ph. Eur. 9). Foram também realizados ensaios de caracterização reológica, adesividade e ensaios in vitro para avaliar os perfis de libertação de um fármaco modelo (cafeína) através de membranas artificiais, utilizando células de difusão verticais do tipo Franz.

RESULTADOS Os geles finais apresentavam -se translúcidos com aspeto homogéneo e com um valor de pH final adequado à administração tópica. Os hidrogeles demonstram ainda características farmacotécnicas adequadas à aplicação tópica, nomeadamente, adesividade e viscosidade. A caracterização reológica prevê uma fácil aplicação da base e o teste de libertação in vitro revelou uma libertação controlada da cafeína.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O desenvolvimento de um gel tópico, patch -like, com características filmogéneas, permite facilitar a adminis-tração de várias substâncias ativas, como a cafeína, demostrando possuir capacidade de libertação prolongada do fármaco. Este veículo, apesar de ainda não constar no Formulário Galénico Português, é uma opção ideal, dado que é fácil de produzir e de garantir a sua qualidade nos serviços farmacêuticos hospitalares, podendo ser implementado com poucos recursos, representando assim uma mais valia económica para o hospital e para o doente.

BIBLIOGRAFIA Kathe K, Kathpalia H. Film forming systems for topical and transdermal drug delivery. Asian J Pharm Sci. Elsevier B.V.; 2017;12(6):487–97.

N26DESENVOLVIMENTO DE UMA BASE PATCH ‑LIKE PARA PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS PARA DERMATOLOGIA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201958

AUTORES Joana Pereira1; Rita Goncalves2; Margarida Barreto2; Clarisse Dias2; Fátima Godinho Carvalho2; António José Almeida1; Helena Margarida Ribeiro1; Joana Marques Marto1

1Research Institute for Medicines (iMed.ULisboa), Faculdade de Farmácia, Universidade de Lisboa2LEF -Infosaúde, S.A.,

INTRODUÇÃO A hipopigmentação é uma patologia dermatológica progressiva, adquirida por redução do pigmento da pele, a melanina. Efetivamente, o seu tratamento é considerado um desafio, uma vez que ainda não existe uma terapêutica única com elevada eficácia. Atualmente, esta passa principalmente por fotoquimioterapia, aplica-ção de corticoides e imunossupressores e laser. As emulsões A/O com quelina surgem como uma alternativa promissora visto que garantem uma concentração da substância ativa no local pretendido (superfície da pele) recorrendo a uma furanocromona natural, a quelina. Esta substância ativa promove a repigmentação pois for-ma um complexo de coloração escura após irradiação solar.

OBJETIVOS Desenvolvimento de dois veículos adequados e inovadores como base de medicamentos manipulados para o tratamento da hipopigmentação.

MÉTODOS Foram desenvolvidas duas emulsões tópicas A/O que serviram como base para incorporação de 2% (m/m) de quelina constituindo dois medicamentos manipulados. Foram realizados estudos in vitro para avaliar os perfis de libertação e permeação da sustância ativa através de membranas artificiais e de pele humana excisada, utilizando células de difusão verticais tipo Franz. Os estudos foram realizados ao longo de 8 e 28 horas, res-petivamente. As amostras de pele humana adulta (24 -43 anos de idade) foram obtidas através de cirurgias de redução de mama de mulheres caucasianas. A quantificação do fármaco foi realizada por HPLC e o método foi validado de acordo com a “guideline” ICH Q2 “Validation of analytical procedures: Text and Methodology”.

RESULTADOS As “emulsões base A/O” desenvolvidas apresentaram aparência macroscópica, adequada à aplicação tópica. Foi também demonstrada compatibilidade física e química com a quelina. Os resultados dos estudos in vitro revelaram valores de permeação de quelina de 1% através do estrato córneo. As duas formulações não apre-sentaram diferenças significativas entre elas.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O desenvolvimento de uma emulsão A/O adequada e eficiente para aplicação tópica de 2% (m/m) quelina, representa uma estratégia inovadora de melhorar a terapêutica da hipopigmentação. Os estudos in vitro de-monstram que ambas as formulações apresentam capacidade de libertar o fármaco com baixa permeação na epiderme sendo por isto promissoras para a realização de estudos pré -clínicos e clínicos de modo a comprovar a eficácia destes novos medicamentos manipulados para administração de quelina em doentes com hipopig-mentação.

BIBLIOGRAFIA Shivasaraun UV, Sureshkumar R, Karthika C, Puttappa N. Flavonoids as adjuvant in psoralen based photochemo-therapy in the management of vitiligo/leucoderma. Medical Hypotheses. 2018;121:26–30

N27 DESENVOLVIMENTO DE BASES INOVADORAS DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS PARA VEICULAÇÃO DE QUELINA PARA O TRATAMENTO DA HIPOPIGMENTAÇÃO

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5912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORESAdriana Machado1; Sandra Morgado2; Olímpia Fonseca2; Manuel Morgado2

1Faculdade de Ciências da Saúde, UBI2Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO A falta de adesão à terapêutica medicamentosa é um dos principais fatores para uma reduzida eficácia e efi-ciência da ação dos fármacos. É importante a existência de um sistema de vigilância e controlo dessa mesma adesão, por parte dos profissionais de saúde, de modo a otimizar o efeito terapêutico, bem como impedir ou minimizar a progressão de doenças crónicas.

OBJETIVOS O objetivo deste trabalho consiste em descrever sistemas digitais inovadores para avaliar a adesão à terapêu-tica medicamentosa em regime de hospitalização domiciliária, com vista a garantir maior rapidez na deteção de falta de adesão e uma implementação atempada de medidas corretivas.

MÉTODOS Revisão da literatura envolvendo artigos publicados na PubMed que descrevem a utilização de sistemas digitais para a avaliação da adesão à terapêutica medicamentosa.

RESULTADOS Dois sistemas digitais parecem preencher os requisitos para a avaliação da adesão à terapêutica em regime de hospitalização domiciliária: circuitos integrados (CIs) digeríveis e cassetes descartáveis. O primeiro sistema consiste num sensor digerível que é incorporado nas formas farmacêuticas orais sólidas. Após a administra-ção do medicamento, o sensor é ativado pelo fluido gástrico e emite um sinal para um detetor portátil, o qual permite o registo da hora/data da toma do medicamento, bem como de diversos dados fisiológicos do doente (p. ex. pressão arterial). Posteriormente, estes, são transmitidos, via rede móvel, a um servidor que permite o seu acesso, tanto ao doente como aos profissionais de saúde. O sistema digital apresentou uma elevada sensibilidade (97,0%) e especificidade (97,7%). O segundo sistema consiste numa unidade dispensadora de medicamentos carregada com comprimidos ou cápsulas. No horário adequado, o sistema alerta o doente e fica disponível para libertar o comprimido. Posteriormente, o doente carrega no botão de libertação e coloca o bocal do dispositivo na boca até que o comprimido caia diretamente na língua. Os dados são registados e armazenados num sistema informático. O sistema digital apresentou uma elevada segurança (100%) e uma elevada facilidade de uso (87%).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Estes sistemas, já disponíveis em diversos países, mas não, ainda, em Portugal, constituem uma prática ino-vadora para a avaliação da adesão à terapêutica medicamentosa administrada por via oral, apresentando, um grande potencial para aumentar a eficácia e a segurança da terapêutica medicamentosa.

BIBLIOGRAFIA 1. Shtrichman R, Conrad S, Schimo K et al.,Use of a Digital Medication Management System for Effective Assessment and Enhancement of Patient Adherence to Therapy (ReX): Feasibility Study. JMIR Hum Factors. 2018 Nov 26;5(4):e10128. 2. Au -yeung, K. Y., Robertson, T., Hafezi, et al. (2010). A Networked System for Self -Management of Drug Therapy and Wellness. Wireless Health 10, October 5 -7, 2010, San Diego, USA.

N29SISTEMAS DIGITAIS DE APOIO À TOMA DA MEDICAÇÃO PARA UTILIZAÇÃO EM DOENTES EM REGIME DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201960

AUTORES Anaísa Silva1; Sara Azevedo2; João Paulo Cruz2

1Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa2Hospital de Santa Maria

INTRODUÇÃO A Síndrome de Sly ou Mucopolissacaridose tipo VII é uma doença rara hereditária de transmissão autossómica recessiva. É caracterizada pela deficiência da enzima β -glucuronidase que resulta na acumulação de glucosami-noglicanos (GAGs) dentro dos lisossomas das células de todo o corpo provocando lesões em múltiplos tecidos e órgãos. (1)A terapêutica de substituição enzimática com a enzima Vestronidase -α é o tratamento de primeira linha para esta patologia (2) e requer aprovação da Comissão Coordenadora do Tratamento das Doenças Lisossomais de Sobrecarga.

OBJETIVOS Descrição de um caso clínico de um doente com síndrome de Sly, acompanhado na Unidade Pediátrica de Doenças Metabólicas.Análise do plano farmacoterapêutico e respetiva intervenção farmacêutica.

MÉTODOS Consulta do processo clínico do doente, análises bioquímicas e estudo bioquímico lisossomal. Avaliação e monitorização da terapêutica e dos seus resultados.

RESULTADOS Doente do sexo masculino com 4 anos, seguido desde os 9 meses por atraso no desenvolvimento psicomotor, convulsões e manifestações de doença hepática colestática. Diagnosticado com síndrome de Sly com 1 ano, através do doseamento de GAGs na urina e avaliação da atividade da β -glucuronidase. Apresentava também um quadro de hepatoesplenomegalia. Inicia terapêutica de substituição enzimática com Vestronidase -α, em regime quinzenal. Antes de cada administração, faz Paracetamol e Clemastina para minimizar o risco de reações de hipersensibilidade. Associado à síndrome de Sly, surgem episódios de epilepsia, pelo que inicia terapêutica com Carbamazepina. Administra também Ácido Ursodesoxicólico para tratamento da doença colestática hepá-tica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A terapêutica de substituição enzimática demonstrou melhorar os sintomas físicos, mas não atua a nível cog-nitivo, por não atravessar a barreira hematoencefálica. O plano farmacoterapêutico demonstra -se adequado, melhorando a qualidade de vida do doente. O acompanhamento farmacêutico revela -se fundamental, não só na preparação da Vestronidase -α garantindo a qualidade e segurança da sua preparação, mas também na otimização de doses e deteção de possíveis reações adversas, nomeadamente no contexto da polimedicação deste doente.

BIBLIOGRAFIA 1. Germaine L Defendi, et al. – Sly Syndrome (Mucopolysaccharidosis Type VII), https://emedicine.medscape.com2. Emma H. McCafferty et al. – Vestronidase Alfa: A Review in Mucopolysaccharidosis VII, BioDrugs, 004/2019, Volume 33, pág. 233–240.

N30 SÍNDROME DE SLY – CASO CLÍNICO

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6112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES António Lopes; Célia Bidarra; Jorge ApertaULS Guarda

INTRODUÇÃO A farmacocinética é um ramo da farmacologia que descreve os processos de absorção, distribuição, metabolis-mo e excreção de um fármaco, considerando uma equação matemática em função do tempo e da concentração.A farmacocinética clínica assume um papel fundamental, não só na determinação de doses terapêuticas ade-quadas a cada paciente, assim como na prevenção de potenciais reacções adversas associadas a toxicidade farmacológica.A monitorização de vancomicina, gentamicina e amicacina é realizada desde 2015 diariamente.

OBJETIVOS Análise do número de doseamentos efectuados pelos Serviços Farmacêuticos durante o período de um ano (Setembro de 2018 a Agosto de 2019);Percentagem de aceitação por parte dos Clínicos relativamente aos ajustes de dose propostos pelo Farmacêutico;Impacto das doses prescritas e ajustadas sobre alguns parâmetros: variação da clearance de creatinina, leucó-citos e PCR, tendo em conta os valores iniciais e finais para cada tratamento.

MÉTODOS Recolha de informação sobre cada doente (parâmetros demográficos, duração de tratamento, doses prescritas/ /ajustadas) a partir do programa informático de prescrição electrónica GHAF e de uma base de dados em Access, criada para suporte da monitorização farmacocinética desenvolvida pelos Serviços Farmacêuticos;Recurso ao programa modulab para obtenção de valores de creatinina sérica, leucócitos e PCR iniciais e finais.

RESULTADOS De Agosto de 2018 a Agosto de 2019 houve 332 doentes com prescrição de vancomicina, gentamicina e ami-cacina dos quais 53 não reuniram critérios de monitorização (período de tratamento insuficiente que permi-tisse a realização de um primeiro doseamento). Dos 279 doentes com critérios de monitorização, 79,2% (221) foram monitorizados. Durante este período foram realizadas 515 monitorizações farmacocinéticas e efetuados 315 ajustes de posologia. A taxa de aceitação pelos médicos foi de 95%. O fármaco com maior número de monitorizações farmacocinéticas realizadas foi a vancomicina (90,0%), seguindo -se a gentamicina (8,6%) e a amicacina (1,4%). Os serviços de internamento com mais doentes monitorizados foram: Medicina A (74), Medicina B (70), Cirurgia (31) e Ortopedia (17).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A monitorização farmacocinética é uma das áreas diferenciadoras da Farmácia Hospitalar com intervenção direta do Farmacêutico, contribuindo para uma maior eficácia dos tratamentos, assim como na prevenção de potenciais reacções adversas.Os resultados obtidos são reveladores de um reconhecimento crescente por parte dos Clínicos nas competên-cias técnico -científicas do Farmacêutico Hospitalar, realçando a importância da sua participação em equipas multidisciplinares.

BIBLIOGRAFIA – “Guía de Terapéutica Antimicrobiana 2012”, Editorial Antares, J. Mensa et al.;– Therapeutic monitoring of vancomycin in adult patients: A consensus review of the American Society of Health -System Pharmacists, the Infectious Diseases Society of America, and the Society of Infectious Diseases Pharmacists. Ribak et al. Am J Health -Syst Pharm. 2009; 66:82 -98.

N31MONITORIZAÇÃO FARMACÓCINÉTICA: UMA EXPERIÊNCIA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201962

AUTORES Clementina Varelas; Ana Marina Sales; Andrea Silva; Maria Inês Costa; Gabriela SousaIPO Coimbra

INTRODUÇÃO O ácido zoledrónico é um fármaco altamente potente pertencente à classe de medicamentos bifosfonatos. (1) Sendo um fármaco nefrotóxico a sua utilização tem sido associada a relatos de disfunção renal, preconizando--se no Resumo das Características do Medicamento o ajuste da sua dose consoante a função renal do doente. (1)(2) A sensibilização da classe médica e a implementação de medidas que garantam a correta utilização deste medicamento, nomeadamente, a validação farmacêutica destas prescrições é fundamental para a sua utiliza-ção segura.

OBJETIVOS Verificar o impacto da validação e intervenção farmacêuticas no ajuste de dose das prescrições de ácido zole-drónico em doentes do Serviço de Oncologia Médica.

MÉTODOS Por consulta do processo clínico eletrónico e da informação introduzida no programa de prescrição eletrónico, foram recolhidos os dados necessários à validação farmacêutica destas prescrições. Os dados recolhidos foram registados num ficheiro Excel® destinado à sua análise. Foram analisados dois períodos temporais (Março a Abril de 2018 versus Novembro de 2018), entre os quais se realizou uma ação de sensibilização junto da equipa médica e se implementou, no sistema informático de prescrição, uma ferramenta de ajuda à prescrição, que permite ajustar automaticamente a dose de ácido zoledrónico, tendo em conta o valor de creatinina inserido no programa. Iniciou -se a validação farmacêutica de todas as prescrições.

RESULTADOS Durante o período inicial de análise, num total de 138 prescrições foi prescrita a dose de 4 mg de ácido zo-ledrónico. Verificou -se que 20% destas doses (27 prescrições) necessitavam de um ajuste à função renal do doente. Na segunda análise, de um total de 121 prescrições, 9% (11 prescrições) não tinham a dose mais ajus-tada. Estas prescrições foram alvo de intervenção farmacêutica por contacto com o médico no sentido de um novo ajuste. Apenas 4% (5 prescrições) não foram alteradas, mantendo intencionalmente a dose de 4 mg pelo médico.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES As análises realizadas em dois tempos distintos permitiram verificar o impacto de uma validação e intervenção farmacêuticas no ajuste de dose deste medicamento. Nas prescrições, a dose de ácido zoledrónico passou a estar ajustada à função renal dos doentes ou à sua situação clínica, o que confirma a importância da implemen-tação de medidas com vista à maior segurança na utilização do medicamento.

BIBLIOGRAFIA 1. PEÑA, J. M., VICENTE, C., PERNAUTE, R.,VIVES, P., Fracaso renal agudo inducido por ácido zoledrónico (zometa), NEFROLOGÍA. Vol. 26. N.º 4 (2006), p.502 -503.2. Resumo das Características do Medicamento Ácido Zoledrónico (Zometa®). Disponível em https://www.ema.europa.eu/en/documents/product -information/zometa -epar -product -information_pt.pdf. Acedido em Dezembro de 2018.

N32 INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NAS PRESCRIÇÕES DE ÁCIDO ZOLEDRÓNICO NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA MÉDICA

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6312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Joana Marto1; Leonor Mira2; Ana Margarida Freitas2; Helena M Ribeiro1

1Research Institute for Medicines (iMed.ULisboa), Faculty of Pharmacy, Universidade de LisboaHospital Cuf Descobertas

INTRODUÇÃO A alopécia androgenética, é um dos problemas dermatológicos mais comuns, afetando diariamente a qualidade de vida e a autoestima dos pacientes. Esta patologia caracteriza -se por miniaturização progressiva, não cicatri-cial, do folículo piloso, distribuída num padrão característico.O tratamento com mesoterapia em pacientes com alopecia androgenética masculina e feminina tem obtidos bons resultados. Esta técnica consiste na aplicação de injeções subcutâneas de substâncias inibidoras da en-zima envolvida no processo da calvície, a 5 alfa -redutase, como minoxidil, finasterida e mais recentemente dutasterida em pacientes com o diagnóstico da calvíce.

OBJETIVOS Desenvolvimento de medicamentos manipulados com dutasterida para aplicação em mesoterapia para o tra-tamento da alopécia.

MÉTODOS Foram efetuados ensaios de solubilização de dutasterida em excipientes adequados à administração parental. Para tal, foram usados vários solubilizantes, polisorbato, PEG -400, óleos vegetais, glicóis entre outros. Foi pos-sível formular um medicamento manipulado para administração em mesoterapia, recorrendo a um processo de esterilização por filtração. Os estudos físico -químicos realizados incluíram a avaliação dos caracteres organolé-ticos, determinação da osmolalidade, avaliação do pH e ensaios.

RESULTADOS A solubilidade é um dos parâmetros que influencia a dissolução e a absorção dos fármacos. Fármacos pouco so-lúveis apresentam baixa biodisponibilidade e consequente ausência de efeito terapêutico. A solução contendo Transcutol HP (Diethylene glycol monoethyl ether), PEG -400 e água em proporções iguais é a mais promissora. A solução foi preparada utilizando metodologias aplicáveis em farmácia hospitalar e apresenta características farmacotécnicas adequadas à administração subcutânea.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O desenvolvimento de uma formulação com dutasterida para aplicação em mesoterapia para o tratamento da alopécia foi atingido. Para tal, foi necessário solubilizar o fármaco, caraterizar a formulação e assegurar que a farmácia hospitalar consegue produzir este medicamento manipulado de modo a dar resposta às solicitações do corpo médico. A formulação desenvolvida está em condições para ser administrada após aprovação da comissão de ética.

BIBLIOGRAFIA Saceda -Corralo D, Rodrigues -Barata AR, Vano -Galvan S, Jaen -Olasolo P. Mesotherapy with dutasteride in the treatment of androgenetic alopecia. Int J Trichol 2017;9:143 -5.Kelly Y, Blanco A, Tosti A. Androgenetic Alopecia: An Update of Treatment Options. Drugs.2016 Sep; 76(14): 1349 -64.Varothai S, Bergfeld WF. Androgenetic alopecia: an evidence -based treatment update. Am J.Clin Dermatol. 2014 Jul; 15(3): 217 -30.

N33DESENVOLVIMENTO DE UMA FORMULAÇÃO INDIVIDUALIZADA DE DUTASTERIDA PARA TRATAMENTO DA ALOPÉCIA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201964

AUTORES Marília Ganhão; Cátia Fernandes; Sara Portugal; Joaquina Sanganha; Rita MarquesCentro Hospitalar de Leiria, EPE

INTRODUÇÃO As reações de hipersensibilidade (RH) a medicamentos antineoplásicos (MA) põem em causa o tratamento de doentes oncológicos. A identificação da possibilidade de ocorrência de RH e o conhecimento das suas carate-rísticas permite aos profissionais de saúde uma melhor abordagem de atuação, mantendo o tratamento com o MA quando este é essencial ou a melhor opção de tratamento (1).

OBJETIVOS Identificação das caraterísticas e da gestão das RH causadas por MA.

MÉTODOS Pesquisa bibliográfica no Centro de Informação do Medicamento da Ordem dos Farmacêuticos, nos últimos dez anos.Palavras -chave: antineoplastic agent, hypersensitivity, cross -reativity.

RESULTADOS As platinas e os taxanos foram identificados como os MA associados a um maior risco de ocorrência de RH (2,3,4). A abordagem a efetuar nos utentes com RH a um MA varia conforme o grau de gravidade (1 a 5), a necessidade de continuar o tratamento atual e as alternativas terapêuticas disponíveis. As estratégias para prevenir as RH são pré -medicação, reduzir velocidade de administração, aumentar o volume do solvente, rea-lização de testes cutâneos, desenvolvimento de protocolos de dessensibilização (1).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Com o aumento progressivo de utilização de MA, é previsível um aumento de RH (1). Nas de grau 3 deve -se substituir o tratamento. No entanto, quando esta opção não é possível, recomenda -se a pré -medicação e redu-ção da velocidade de administração, ou aplicar protocolos de dessensibilização (2,5). Nas de grau 4 é obrigató-rio suspender o tratamento. A colaboração entre o Oncologista, Imunoalergologista e o Farmacêutico constitui um modelo de atuação indispensável no cuidado a doentes com RH a MA.

BIBLIOGRAFIA 1. Cortijo -Cascajares S, Jiménez -Cerezo MJ, Herreros de Tejada A. – Revisión de las reacciones de hipersensibili-dad a antineoplásicos. Farm Hosp. 36:3 (2012) 148 -58.2. Miyamoto S, Okada R, Ando K. – Platinum hypersensitivity and desensitization. Jpn J Clin Oncol. 45:9 (2015) 795 -804.3. Makrilia N, Syrigou E, Kaklamanos I, Manolopoulos L, Saif MW. – Hypersensitivity reactions associated with platinum antineoplastic agents: a systematic review. Met Based Drugs. (2010) pii: 207084.4. Picard M, Castells MC. – Re -visiting Hypersensitivity Reactions to Taxanes: A Comprehensive Review. Clin Rev Allergy Immunol. 49:2 (2015) 177 -91.5. Aoyama T, Takano M, Miyamoto M, Yoshikawa T, Soyama H, Kato K, Ishibashi H, Iwahashi H, Nakatsuka M, Yajima I, Shimizu Y, Aizawa Y, Suguchi Y, Moriiwa M, Goto T, Sasa H, Nagaoka I, Tsuda H, Furuya K. – Is there any predictor for hypersensitivity reactions in gynecologic cancer patients treated with paclitaxel -based therapy? Cancer Chemother Pharmacol. 80:1 (2017) 65 -69.

N34 REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE A MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS ADMINISTRADOS POR VIA IV

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6512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Andreia Gaspar; Idalina Freire; Maria Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO É frequente a administração por via parenteral de eletrólitos para correção de desequilíbrios hidroeletrolíticos. Na nossa instituição são frequentemente colocadas questões sobre o modo de administração destes medica-mentos aos serviços farmacêuticos. Deste modo, torna -se essencial melhorar a informação disponível relativa à administração de eletrólitos, considerados medicamentos de alerta máximo pela Direção Geral de Saúde, para minimizar a ocorrência de erros com estes medicamentos.

OBJETIVOS Elaborar um guia de administração de eletrólitos utilizados na instituição contendo informação relativa ao modo de administração por via periférica e por via central de modo a melhorar a segurança na utilização destes me-dicamentos.

MÉTODOS Foi efetuada uma pesquisa bibliográfica relativa ao modo de administração dos eletrólitos disponíveis na ins-tituição com recurso aos resumos de características dos medicamentos (RCMs) e outras fontes bibliográficas complementares.

RESULTADOS Na nossa instituição estão disponíveis os eletrólitos cloreto de sódio 20%, sulfato de magnésio 20% e 50%, cloreto de potássio 7,45 %, cloreto de cálcio 10%, gluconato de cálcio 10%, fosfato monopotássico 136.13 mg/ /ml e bicarbonato de sódio 8,4%. Em 4 dos 7 RCMs consultados encontrava -se descrita informação sobre concentrações e velocidades máximas de administração relativa à administração periférica, em nenhum es-tava disponível informação acerca da administração por via central. Com a informação recolhida nos RCMs e outras fontes bibliográficas foi elaborado um guia de administração de eletrólitos contendo informação sobre concentrações e velocidades máximas de administração por via periférica e por via central, compatibilidade físico -química com fluidos de diluição e outras recomendações/precauções.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A disponibilização de informação sobre a administração de eletrólitos, na forma de guia divulgado na institui-ção, visa reduzir o potencial de risco associado à utilização destes medicamentos.

BIBLIOGRAFIA Resumos das características dos medicamentos consultados na base de dados Infomed - Infarmed.Kraft MD, Btaiche IF, Sacks, et al. Treatment of electrolyte disorders in adult patients in the intensive care unit. Am J Health -Syst Pharm 2005;62:1663 -82.Rhoda KM, Porter MJ, Quintini C. Fluid and electrolyte management: putting a plan in motion. JPEN J Parenter Enteral Nutr. Nov 2011;35(6):675 -685.Medford -Davis L and Rafique A. Derangements of potassium. Emerg Med Clin N Am 2014; 32: 329 -47.Couture J, Letourneau A, Dubuc A, Williamson D. Evaluation of an electrolyte repletion protocol for cardiac sur-gery intensive care patients. The Canadian journal of hospital pharmacy. Mar 2013;66(2):96 -103.Jiménez Torres NV, Cholvi Llovell M, Almeja Tejedo M, Quintana Vargas M.ªI, Martínez Romero G, Pérez Ruixo JJ. Directrizes para el uso intravenoso de potássio. Aten Farm. 2001;3(1): 57 -69.American Hospital Formulary Service Drug Information 2012, Bethesda, American Society of Health -System Pharmacists, 2012.Handbook on Injectable Drugs. 18th ed. Bethesda, MD: American Society of Health -System Pharmacists; 2015.

N35GUIA DE ADMINISTRAÇÃO DE ELETRÓLITOS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201966

AUTORES Ana Catarina de Almeida Alves Pereira; Armandina Esteves Fernandes; Ana Maria Vinagre; Pedro Miguel Ferreira Almeida; Maria Catarina Magalhães; Marta Sofia Queiroz; Ana Paula Beires Plácido; Maria Teresa Aires PereiraHospital Cuf Porto

INTRODUÇÃO Os Serviços Farmacêuticos de uma unidade hospitalar substituíram as habituais câmaras de fluxo laminar verti-cal (CFLV) utilizadas na preparação da quimio/imunoterapia por isoladores. Esta alteração teve por objetivo aliar um forte acréscimo da protecção do operador à preparação de medicamentos em sistema fechado, promotora de uma maior assepsia durante o processo de preparação, e com a garantia de dupla validação. Os isoladores estão capacitados de um sistema de videotransmissão (CCTV), que permite a dupla validação em tempo real a partir do exterior da sala limpa, e a gravação de imagens.

OBJETIVOS Descrever o funcionamento do isolador na preparação de medicamentos citotóxicos e imunomoduladores e verificar a redução de contaminação microbiológica associada ao processo de preparação.

MÉTODOS Isolador; Sistema CCTV para transmissão e gravação de imagem; Monitor do isolador; Intercomunicador; Controlo microbiológico diário em meios de Sabouraud e de gelose de sangue.

RESULTADOS Após um ano de utilização do isolador (Maio 2018 a Maio 2019) obtiveram -se apenas 3 Resultados positivos no controlo microbiológico diário: 2 em dedos de luva do operador prévia à validação do processo e 1 na superfície do transfer lateral. O sistema CCTV e o intercomunicador permitem que apenas um farmacêutico se encontre dentro da unidade de preparação de estéreis, comunicando com o farmacêutico responsável pela validação situado no exterior. O monitor do isolador permite ainda que o farmacêutico possa visualizar a prescrição ou mapa de produção do que está a preparar.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A preparação de citotóxicos em sistema fechado garante uma maior protecção e segurança ao operador, e confere ao medicamento preparado também maior salvaguarda de protecção – algo que resulta da aferição indirecta do número de Resultados positivos de contaminação microbiológica. Por outro lado, a simples exis-tência de isoladores diminui a exigência da classificação da sala de preparação onde este está instalado (classe B para CFLV e classe D para isolador, de acordo com as PIC/S PE 010 -4 (1). A barreira física que isola o operador do processo minimiza a possibilidade de contaminação do produto pelo operador e o risco de falsos -positivos, ao garantir total integridade do ar no ambiente interno. Adicionalmente, diminui a exposição do operador aos fármacos que são preparados. A presença de um segundo elemento para a dupla validação alocado à unida-de de preparação é assegurada pela transmissão CCTV. A implementação de um sistema de transmissão e de comunicação inovadores contribuiu para melhorar a comunicação entre os elementos da equipa farmacêutica envolvidos no circuito, acrescido de uma optimização dos recursos humanos.

BIBLIOGRAFIA 1. MELO, António Paulo– Manual de Preparação de Citotóxicos .OF: Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar, 2013. ISBN 978 -989 -98069 -2 -4. 2. PIC/S Guide PE 009 – Pic/s Guide to Good Practices for the Preparation of Medicinal Products in Healthcare establishments. Suíça: PIC/S Secretariat, 2013. [Consul. 12 Set. 2019]. Disponível na internet: .

N36 ISOLADORES NA PREPARAÇÃO DE TRATAMENTOS PARA DOENTES ONCOLÓGICOS – UMA NOVA REALIDADE EM PORTUGAL

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6712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Vanessa Pamplona Gouveia; Andreia Cristina Laranjeira Areias; Juliana Oliveira de Matos; Daniela Maria Goulart Garcia; Maria Manuel Leitão Esteves Morão; Joana Santos Leiria GomesHospital de Santo Espirito da Ilha Terceira EPER

INTRODUÇÃO O medicamento Trifluridina+Tipiracilo (TAS) é um agente quimioterapêutico oral, aprovado para o tratamento de doentes com cancro colo -rectal metastático previamente tratados com, ou que não tenham tido indicação para, terapêuticas disponíveis incluindo quimioterapia baseada em fluoropirimidina, oxaliplatina e irinotecano, agentes anti -VEGF e agentes anti -EGFR e que apresentem um bom estado de performance (ECOG 0 ou 1). Atendendo ao histórico recente da utilização deste medicamento na instituição e ao seu elevado custo, importa analisar os resultados obtidos para melhor otimizar o seu uso futuro.

OBJETIVOS Analisar as situações clínicas de utilização do TAS no nosso contexto hospitalar e o perfil de efetividade e segu-rança que apresenta, caracterizar a população -alvo e comparar os resultados obtidos com os ensaios clínicos e outras análises de Real World Data (RWD), para avaliação da conformidade de resultados.

MÉTODOS Estudo observacional e retrospetivo, que incluiu todos os doentes que realizaram terapêutica com TAS, desde abril de 2018 até agosto de 2019. Caracterizou -se a população -alvo com a informação da base de dados da Comissão de Farmácia e Terapêutica, tendo sido também analisadas as variáveis demográficas, bem como outros fatores relacionados com o tratamento, e as variáveis clínicas como a sobrevida global (OS) e sobrevida livre de progressão (PFS). Efetuou -se ainda uma comparação não ajustada com os ensaios clínicos disponíveis (RECOURSE e TERRA) e RWD de outros hospitais.

RESULTADOS No período referido foi aprovada a utilização de TAS em sete doentes, com uma média de idades de 58 anos, sendo que 71,4% apresentava um ECOG 1. Os doentes, antes de iniciarem TAS haviam realizado uma média de 2,3 linhas de tratamento prévias, com um tempo médio desde o diagnóstico até ao tratamento de 2 anos. Em termos de efetividade constatou -se uma OS de 7,2 meses e uma PFS de 3,7 meses. Os efeitos adversos foram relatados em 85,7% dos doentes, sendo os mais referidos a Trombocitopenia (G1 -G2) e, em 57% dos casos, a Neutropenia (G1 -G3).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os resultados obtidos na nossa prática diária são consistentes com os Resultados obtidos nos ensaios clínicos do TAS, com um OS no estudo RECOURSE de 7,1 meses e um PFS de 2,0 meses e no estudo TERRA com um OS de 7,8 meses e um PFS de 2,0 meses. Embora a comparação não seja ajustada ao número da amostra, os Resultados de efetividade são sobreponíveis, tendo -se verificado uma ligeira diferença na nossa PFS, que pode ser explicada por um maior intervalo entre exames imagiológicos relativamente aos ensaios, que os rea-lizavam com uma periodicidade de 8 semanas.Relativamente ao perfil de segurança verificou -se igualmente uma concordância com os ensaios clínicos, com reporte dos efeitos adversos mais frequentes. Com esta análise verificou -se que o TAS está a ser utilizado nas situações clínicas para os quais foi considerado custo -efetivo contribuindo para um uso racional do medicamen-to na instituição.

BIBLIOGRAFIA RCM LonsurfRECOURSE trial of trifluridine/tipiracil. Eur J Cancer. 2018 Feb;90:63 -72TERRA Study. J Clin Oncol. 2018 Feb 1;36(4):350 -358

N37REAL WORLD DATA DA UTILIZAÇÃO DE TRIFLURIDINA+TIPIRACILO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201968

AUTORES Miriam Silva; Nadine Ribeiro; Claudia Elias; Alice Santos; Ana Paula Abreu; Daniel Amaral; Filomena Vaz; Fátima Cimadeira; Helena Martinho; Mónica Bernardo; Sandra MartinsARSLVT

INTRODUÇÃO A polimedicação é uma necessidade em doentes crónicos com múltiplas patologias. No entanto, vários fato-res, incluindo a cultura de prescrição, falta de conhecimento, resistência à desprescrição e a fragmentação dos cuidados de saúde, contribuem para a sua inadequação, originando múltiplos problemas com medicamentos. No idoso polimedicado cada medicamento adicional pode aumentar o risco de efeitos adversos, alterações cognitivas, quedas e mortalidade. Os Cuidados de Saúde devem oferecer um serviço proactivo de revisão da terapêutica dos doentes complexos e polimedicados.

OBJETIVOS Implementação de um projeto piloto de um Programa de Gestão da Polimedicação no Doente Crónico nos Cuidados de Saúde Primários.

MÉTODOS Implementação do projeto com uma equipa de médicos de Medicina Geral e Familiar (MGF) numa Unidade de Saúde Familiar (USF). Inclusão de doentes idosos (>65 anos), crónicos e polimedicados (>7 medicamentos) durante um período >3 meses, por referenciação médica. Acesso ao processo clínico pelo farmacêutico e en-trevista com o doente focando conhecimentos sobre medicamentos e doenças, adesão, necessidades de infor-mação e prioridades do doente. Revisão farmacoterapêutica avaliando necessidade, efetividade e segurança e deteção de problemas relacionados com o medicamento. Discussão clínica com o médico de MGF e acordo relativamente ao Plano de Cuidados Farmacoterapêutico mais indicado. Monitorização de resultados.

RESULTADOS O projeto piloto que foi iniciado numa USF, tem 5 meses de implementação e encontra -se em fase de aferição e expansão para outra Unidade de Cuidados de Saúde Primários. A equipa da USF foi toda envolvida no processo desde os médicos, a enfermeiros e administrativos. Até à data foram selecionados, por uma equipa de 8 médi-cos, 15 doentes, com uma média de 77,8 anos, 12,9 medicamentos e 8,4 comorbilidades. Das 60 possibilidades de otimização sugeridas 85% foram acordadas com o médico e com o doente.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os primeiros meses do piloto foram uma oportunidade para mapear desafios e afinar soluções (usando me-todologias de melhoria contínua), estabelecer relações e criar a base para a futura avaliação de impacto. Identificaram -se algumas limitações na articulação da dinâmica interna da USF com a implementação do proje-to, como acesso aos sistemas de informação, espaços de trabalho e dinâmicas de consultas. Estamos a otimizar o circuito de referenciação de doentes e a monitorizar o plano terapêutico acordado. O objetivo final deste estudo piloto é que esta oferta de serviço seja alargada a todos os Cuidados Saúde Primários.

BIBLIOGRAFIA Medication overload: America’s other drug problema. LOWN Institute, America, 2019 tamanho da letra 10 o restante está a 12.Medicines optimisation: the safe and effective use of medicines to enable the best possible outcomes. NICE, UK, 2015.

N38 GESTÃO DA POLIMEDICAÇÃO NO DOENTE CRÓNICO DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS

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6912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORESIsabel Varela Dias; Carlos Santos; Joaquina Sanganha; João Morais; Sónia Guerra; Marina TavaresC.H. Leiria, EPE

INTRODUÇÃO A Investigação Clínica (IC) é uma atividade fundamental para o desenvolvimento do conhecimento e inovação na saúde, contribuindo para o aprofundamento de conhecimentos fundamentais para a melhoria dos cuidados de saúde, facilitando o acesso precoce a medicamentos inovadores, sendo uma das atividades com maior re-torno de investimento do país (APIFARMA, 2019)1.Para desenvolver esta actividade o Hospital (H) cria em agosto de 2014 o Centro de Investigação (CI), passa a integrar a rede PtCRIN como observer member e assina um protocolo com uma empresa da área dos Ensaios Clínicos (EC), que oferece um serviço completo de Contract Research Organization (CRO).Para apoio ao CI, do qual faz parte um elemento do Serviço Farmacêutico (SF), é criada uma estrutura perma-nente de suporte à investigação, o Gabinete de Apoio Técnico ao CI (GATCI).Na análise e reflexão de questões relacionadas com a ética e bioética, a Comissão de Ética para a Saúde (CES) do H desempenha um papel ativo no circuito de aprovação dos EC e da qual faz parte um elemento do SF.Fazendo parte da equipa de investigação, o farmacêutico é o profissional responsável pelo circuito do medica-mento experimental, gerindo este processo desde a receção até à devolução do medicamento experimental, garantindo todo o processo com segurança, responsabilidade, transparência e rastreabilidade (Lei n.º 21/2014, 2014)2.

OBJETIVOS Avaliar a evolução do número de EC no H, das áreas terapêuticas abrangidas, do número de serviços envolvidos e do número de utentes em seguimento.

MÉTODOS Entre agosto de 2014 e dezembro de 2018, recolheram -se os dados junto do CI e GATCI relativos à evolução do número de EC no H, das áreas terapêuticas abrangidas, do número de serviços envolvidos e do número de utentes em seguimento, efectuando -se uma análise retrospectiva desta evolução.

RESULTADOS Verifica -se um aumento exponencial de EC com o correspondente envolvimento dos profissionais de saúde e utentes associado, o qual se traduz num crescendo do interesse na investigação no H, sendo as áreas terapêu-ticas com mais EC a insuficiência cardíaca, a hipertensão arterial, o síndrome coronário agudo, o edema macular diabético, a diabetes mellitus tipo 2, a esclerose múltipla, a dermatite atópica, a doença de Crohn e a colite ulcerosa.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A criação do CI, do GATCI e o estabelecimento de um protocolo de colaboração com uma CRO, potenciou o cres-cimento da área dos EC permitindo o acesso a terapêuticas inovadoras aos doentes da região, colocando o H no conjunto de centros em Portugal com condições reconhecidas pelos promotores para o desenvolvimento da IC, reconhecendo -se a participação ativa dos farmacêuticos nos EC, na sua área de competência.

BIBLIOGRAFIA 1. APIFARMA – Ensaios Clínicos em Portugal. Lisboa, 20192. Lei n.º 21/2014, de 16 de abril – Lei da Investigação Clínica (LIC)

N39EVOLUÇÃO DOS ENSAIOS CLÍNICOS NO HOSPITAL

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201970

AUTORES Lúcia Maia; Maria Martins; Inês Resende; Sandra Martins; Ricardo CarvalhoCentro Hospitalar Universitário São João EPE

INTRODUÇÃO A Ferropénia consiste no défice de Fe no sangue sendo um problema de Saúde Pública constituindo a principal causa de anemia a nível mundial e a deficiência nutricional mais prevalente.As fomulações de Fe ev comercializadas em Portugal são: óxido férrico sacarosado, carboximaltose férrica e Ferro III isomaltosido 1000.A decisão de prescrição deve basear -se nos critérios definidos pela Norma DGS 030/2013 atualizada a 09/04/2015.O Farmacêutico Hospitalar tem um papel fundamental na validação desta terapêutica verificando: parâmetros analíticos, estado clínico do doente, comorbilidades, alergias conhecidas e outras terapêuticas em curso.

OBJETIVOS Definição de um algoritmo de validação de tratamento com Fe endovenoso na Ferropénia.

MÉTODOS Revisão Sistemática da pesquisa bibliográfica.

RESULTADOS Elaboração de um algoritmo de suporte à validação da prescrição de ferro endovenoso e intervenção farma-cêutica na equipa clínica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O Farmacêutico desempenha um papel ativo na monitorização da prescrição de Fe ev. O algoritmo de valida-ção deverá contemplar parâmetros analíticos: níveis de Fe, parâmetros do metabolismo do Fe (IST - Índice da Saturação da Transferrina, Transferrina e Ferritina), situação clínica que necessita de uma substituição rápida e segura de ferro como: pré e pós cirurgia (Norma PBM DGS 011/2018), estádios finais da gravidez; insuficiência cardíaca; má absorção (doenças inflamatórias intestinais), não tolerância ou não reposta à terapêutica com Fe oral; deficiência funcional em Fe durante a teraperatêutica com eritropoetina.Desta forma, o Farmacêutico contribui para uma optimização e acompanhamento adequado da terapêutica com o objetivo de melhorar a eficácia e segurança no tratamento da Ferropénia.

BIBLIOGRAFIA 1. Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde, I.P. – Ferro para administração intravenosa – Risco reações alérgicas. Circular informativa n.º 151/CD/8.1.7. (28/06/2013)2. Comissão de Farmácia e Terapêutica da Administração Regional de Saúde do Norte, I.P. – Anemia Ferropénica: sugestões terapêuticas ( julho 2015);3. Direção -Geral da Saúde (DGS) – Abordagem, Diagnostico e Tratamento da Ferropénia no Adulto. Norma DGS. N.º 030/2013 (atualização em 09/04/2015);4. Direção -Geral da Saúde (DGS) – Gestão do sangue do doente; Patient Blood Management (PBM) em cirurgia eletiva. Norma DGS. N.º 011/2018 (11/06/2018);5. Resumo das características do medicamento Ferrinject®;6. Resumo das características do medicamento Monofar®;7. Resumo das características do medicamento Venofer®.

N40 ALGORITMO DE VALIDAÇÃO DO TRATAMENTO DA FERROPÉNIA COM FERRO (FE) ENDOVENOSO (EV)

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7112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Paula Cristina Martins Marques; Ana Rita Rolim Farinha Marques; Sara Mendes; Antonieta Isabel Longo; Machado Silva; Sara Margarida Vila -Chã Barroso; Ana Rita Tinoco; Catarina Gomes; Andreia Leite; Paula Cristina MartinsHospital de Braga

INTRODUÇÃO Em ambiente hospitalar existe uma grande variedade de fármacos que representam um elevado risco para a saúde dos profissionais que os manuseiam. Estes fármacos estão listados como medicamentos perigosos (MP) pelo National Institute for Occupational Safety and Health (NIOSH). Os medicamentos assim classificados apresentam uma ou mais das seguintes características: carcinogenicidade, teratogenicidade, toxicidade re-produtiva, toxicidade em órgãos em doses baixas, genotoxicidade. Todos os novos medicamentos com perfis de estrutura e toxicidade similares a MP existentes são também inseridos automaticamente nesta categoria. De acordo com as características de perigo para a saúde humana, os MP são classificados em 3 grupos: 1) me-dicamentos antineoplásicos; 2) medicamentos não antineoplásicos que cumprem pelo menos uma das carac-terísticas indicadas na definição; 3) medicamentos que representam risco para quem procura engravidar e para mulheres grávidas ou a amamentar.

OBJETIVOS Criar uma tabela onde estejam identificados todos os fármacos utilizados no hospital que pertençam aos 3 gru-pos NIOSH. Sensibilizar os profissionais e dar a conhecer os riscos para a saúde decorrentes da manipulação e administração de MP. Propor medidas para prevenir a exposição durante a manipulação e administração destes fármacos.

MÉTODOS Foi efetuado o cruzamento da listagem de fármacos disponíveis no hospital com a lista de MP publicada pelo NIOSH. Esta fonte serviu também de orientação para a criação da tabela de recomendações e cuidados na ma-nipulação e administração de MP, consoante o tipo de formulação utilizada.

RESULTADOS Foram identificados no arsenal terapêutico do hospital 91 fármacos do Grupo 1, trinta do Grupo 2 e vinte e um do Grupo 3. Todos os fármacos do Grupo 1 são manipulados em Câmaras de Fluxo Laminar Vertical, com exce-ção de três que são manipulados nos serviços clínicos com sistemas fechados (SFC) e dois sem SCF. Do Grupo 2 foram identificados quatro MP manipulados sem SFC nos serviços clínicos e do Grupo 3 sete. Foram ainda enumeradas as recomendações e cuidados na manipulação e administração de MP.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O hospital tem um elevado número de fármacos que fazem parte da lista de MP do NIOSH. Para minimizar a exposição dos profissionais que manipulam MP é necessário sensibilizá -los dos riscos para a sua saúde e propor medidas para prevenir a exposição durante a manipulação e administração destes fármacos. Pretende -se com este trabalho divulgar, junto dos serviços clínicos, a listagem dos MP do hospital e a tabela com as recomenda-ções e cuidados na manipulação e administração de MP.

BIBLIOGRAFIA Centers for Disease Control and Prevention (2016). NIOSH – List of Antineoplastic and Other Hazardous Drugs in Healthcare Settings. Department of health and human services. Acedido em Junho 2019, https://www.cdc.gov/niosh/docs/2016 -161/pdfs/2016 -161.pdf?id=10.26616/NIOSHPUB2016161

N41MEDICAMENTOS PERIGOSOS QUE REQUEREM CUIDADOS DE MANIPULAÇÃO ESPECIAIS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201972

AUTORESRita Mó1; Daniel Gomes2; Manuel Morgado3; Olímpia Fonseca3; Rosa Carlos4; Carlos Martins4; Maria Teresa Herdeiro5; Fátima Roque6

1Faculdade de Ciências da Saúde, UBI2Unid. Investigação para o Desenvolvimento do Interior, Instituto Politécnico da Guarda (UDI/IPG)3Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira4ACeS Cova da Beira5Departamento de Ciências Biomédicas, Instituto de Biomedicina, Universidade de Aveiro (iBIMED/UA)6Escola Superior de Saúde, Instituto Politécnico da Guarda

INTRODUÇÃO As alterações fisiológicas ocorridas com o envelhecimento, bem como a frequência de comorbilidades nos idosos, conduzem a que a polimedicação seja muito frequente nesta população. Alguns estudos têm indicado que a maioria dos idosos tem dificuldades na gestão da sua medicação e não tomam corretamente os medica-mentos, com impacto negativo nos outcomes terapêuticos.

OBJETIVOS Identificar problemas com o uso e a organização de medicamentos pela população idosa de uma região da Beira interior.

MÉTODOS Aplicou -se um questionário a utentes com idade ≥65 anos polimedicados inscritos em unidades de cuidados de saúde primários de uma região do interior de Portugal.

RESULTADOS Numa amostra de 303 idosos, a maioria afirma que identifica os medicamentos pelo nome (55,0%) ou pela caixa (73,0%). A altura do dia onde é mais frequente o esquecimento da toma é ao pequeno -almoço (16,0%) e ao almoço (14,0%). As estratégias mais usadas para reduzir o esquecimento são o uso de uma caixa dispen-sadora onde são colocados os medicamentos da semana (29,0%) ou embalagens em sacos/locais separados de acordo com o horário de toma (18,5%). Quanto às dificuldades na rotina diária, foram identificadas, como as mais frequentes, a dificuldade em engolir alguns medicamentos (14,2%) e problemas na gestão dos me-dicamentos (16,2%). Os motivos mais comuns para o idoso não tomar os medicamentos exatamente como o prescrito foram o esquecimento (33,0%) e preocupação com os efeitos secundários (20,8%). Observou -se que nos utentes com maior consumo de inibididores da enzima de conversão da angiotensina e diuréticos (p=0,02) está associada uma maior preocupação com os efeitos secundários e que, aos utentes com maior consumo de biguanidas (p=0,044) e pirazolonas (p<0,001) está associada a dúvida na necessidade de tomar esses medicamentos. Os idosos com o maior consumo de antiinflamatórios derivados de ácido acético admitem preocupar -se mais com os efeitos secundários (p=0,01) e ter mais dificuldades em gerir os horários de toma (p=0,012). Medicamentos antitrombóticos, corticosteróides, antagonistas hormonais, relaxantes musculares e expectorantes apresentaram diferenças de consumo entre os idosos que admitiram não tomar a medicação exatamente como prescrito devido ao preço.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os idosos mostraram ter alguma dificuldade na gestão e utilização dos seus medicamentos. Alguns problemas poderão estar mais relacionados com alguns grupos de medicamentos.

NOTAS Projeto MedElderly, cofinacidado pela FCT, Centro 2020 e FEDER.

N43 ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA TERAPÊUTICA PELO IDOSO POLIMEDICADO

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7312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORESSara Barroso; Catarina Gomes; Paula Marques; Ana Rita Tinoco; Ana Rita DurãesHospital de Braga

INTRODUÇÃO Os medicamentos administrados por via parentérica requerem frequentemente manipulação, uma vez que não se encontram prontos a ser administrados aos doentes e/ou porque não existem no mercado formulações que satisfaçam as suas necessidades. Durante a manipulação estes medicamentos apresentam risco considerável de contaminação microbiológica podendo causar danos graves ao paciente. Por esta razão, várias diretrizes de qualidade recomendam que a preparação de medicamentos estéreis a administrar por via parentérica sejam realizadas centralmente nos Serviços Farmacêuticos e os fármacos sejam distribuídos prontos a serem adminis-trados. Em 2014 foi proposto pela Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar (SEFH) um modelo de análise de risco que avalia e classifica as preparações. Sendo o farmacêutico hospitalar responsável por garantir o circuito do medicamento, impõe -se a adoção de um sistema de garantia de qualidade nas unidades de preparação de medicamentos.

OBJETIVOS Classificar o nível de risco das preparações efetuadas na Unidade de Preparação de Estéreis (UPE) da instituição em estudo, através da aplicação da matriz de risco (MR) proposta pela SEFH. Avaliar a qualidade e segurança instituída na UPE. Sensibilizar os profissionais quanto ao nível de risco das preparações efetuadas.

MÉTODOS Adaptação da matriz de risco à língua portuguesa. Classificação do nível de risco das preparações por utilizado-res distintos. Comparação das condições de conservação e de utilização referidas na ficha de preparação (FP) e as equivalentes ao grau de risco obtido. Revisão dos documentos em utilização na instituição.

RESULTADOS A classificação dos níveis de risco das preparações utilizadas na UPE foi realizada em 9 FP. Apenas 7 FP apresen-taram nível de risco médio e 2 nível de risco elevado. Quando comparada a MR com a bibliografia de suporte, foram encontradas discrepâncias em 8 FP. As diferenças encontradas referem -se às condições de utilização, em que 2 das preparações apresentaram um prazo de validade menor que o referido pela MR enquanto 6 FP apresentaram um PV maior. Esta diferença foi analisada e justificada pela Bibliografia de suporte.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A aplicação da MR permitiu classificar todas as preparações, e, assim, avaliar o controlo de qualidade e a segu-rança na UPE. Este trabalho contribuiu também para a sensibilização dos profissionais relativamente ao nível de risco das preparações, tendo sido atualizadas as respetivas FP.Pretende -se o alargamento desta análise a todas as preparações efetuadas na instituição para permitir adequar medidas por parte dos profissionais de saúde, no que diz respeito à segurança do doente e também do mani-pulador, e ainda adequar os recursos existentes às necessidades assistenciais.

BIBLIOGRAFIA A. M.a Martín de Rosales Cabrera, C. López Cabezas y P. García Salom. Diseño de una matriz de riesgo para la valoración de los preparados estériles en los centros sanitarios.Farm Hosp. 2014;38(3):202 -210.

N44ANÁLISE DE RISCO NA UNIDADE DE PREPARAÇÃO DE ESTÉREIS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201974

AUTORES Sara Azevedo; Vasco Rodrigues; João Paulo CruzHospital de Santa Maria

INTRODUÇÃO A Doença de Gaucher é uma patologia rara e hereditária de transmissão autossómica recessiva. É a patologia mais comum das doenças lisossomais de sobrecarga, caracterizando -se pela deficiência da enzima β -Gluco-cerebrosidase, enzima do metabolismo dos lípidos.(1) A acumulação de substrato acontece maioritariamente nos macrófagos presentes no baço, fígado, medula óssea e pulmões. As suas manifestações clínicas são extre-mamente variáveis. Podem ser distinguidos três fenótipos principais, o tipo 1, forma crónica não -neurológica, e os tipos 2 e 3, as formas neurológicas. (2) A terapêutica de substituição enzimática (TSE) representa a primei-ra linha de tratamento, sendo a terapêutica de redução de substrato (TRS) uma segunda linha alternativa. (1)

OBJETIVOS Análise e caracterização de uma população de doentes de Gaucher num centro de referência nacional.

MÉTODOS Consulta do processo clínico, para obtenção de dados individuais de cada doente, respetivo tratamento e forma de administração. Análise estatística dos Resultados obtidos.

RESULTADOS A população total de doentes é de 26, sendo 4 doentes pediátricos. Dos 22 doentes adultos, 11 são homens, sendo a média de idade destes de 52,1 anos e a mediana de 49 anos. Relativamente às 11 mulheres, a média de idade é de 48,6 anos e a mediana de 50 anos. Da totalidade dos adultos, apenas 1 realiza TRS com Miglustate e os restantes 21 doentes realizam TSE. Dentro destes, 19 administram Imiglucerase e 1 administra Velaglucerase -α. A TSE é administrada em 15 doentes através de infusor elastomérico, sendo que, aos restantes 6 doentes, a enzima é administrada em perfusão clássica. Os 4 doentes pediátricos apresentam uma média de idade de 10,5 anos e uma mediana de 11,5. Todos realizam TSE com Imiglucerase, através de perfusão clássica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A TSE é o tratamento de eleição, sendo maioritariamente administrado através de infusor elastomérico. Este método de administração traz enumeras vantagens, dado que o doente não necessita de permanecer no hos-pital durante a perfusão, sendo o próprio a retirar o infusor no final da administração. Doentes adultos idosos ou ansiosos preferem a administração da enzima em perfusão clássica. Outro condicionamento verifica -se quando o volume total de enzima excede o volume suportado pelo infusor. Todos os doentes pediátricos administram Imiglucerase através de perfusão clássica como medida de segurança, caso ocorram reações adversas durante a perfusão. Por fim, verificou -se uma elevada adesão à terapêutica na população estudada. Aguardam -se os resultados analíticos do biomarcador liso -glicosilesfingosina, que permitirão um acompanhamento mais preciso da eficácia do tratamento.

BIBLIOGRAFIA 1. Stirnemann, J. et al, A Review of Gaucher Disease Pathophysiology, Clinical Presentation and Treatments, nt. J. Mol. Sci. 2017, 18(2), 4412. Hagit N. Baris, M.D et al, Gaucher Disease: The Metabolic Defect, Pathophysiology, Phenotypes And Natural History, Pediatr Endocrinol Rev. 2014 September ; 12(0 1): 72–81

N45 ANÁLISE DE UMA POPULAÇÃO DE DOENTES DE GAUCHER NUM CENTRO DE REFERÊNCIA NACIONAL

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7512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Ana Sofia Barosa Homem de Mello Pidwell Silva; Alexandra Maria Marto Antunes Luís; Domingas Maria Porfírio da PalmaHospital de Cascais, Dr. José de Almeida

INTRODUÇÃO A gravidez ectópica (GE) é a implantação do blastocisto fora do endométrio da cavidade uterina. Apesar da diminuição da mortalidade nas últimas décadas por diagnóstico precoce, é a causa mais comum de morte du-rante o primeiro trimestre de gravidez. O tratamento com metotrexato (MTX) intramuscular, é uma alternativa off label, não invasivo com elevada evidência científica. Pretendeu -se caraterizar, no hospital, a população com GE tratada com MTX, doses administradas e sua efectividade/falha terapêutica. De acordo com protocolo clínico instituído, avaliaram -se os critérios de indicação para MTX relativos à gonadotrofina coriónica humana (ßeta -hCG), a existência de consentimento informado (CI), doses e efectividade do MTX e seguimento da mo-nitorização da ßeta -hCG.

OBJETIVOS Caracterizar a utilização do MTX na GE no hospital e verificar a concordância com o protocolo clínico.

MÉTODOS Estudo retrospectivo observacional das prescrições de MTX no serviço de urgência obstétrica, consultando as análises e diários clínicos, utilizando uma amostra de 32 prescrições em 28 doentes, no período entre 1 Setembro de 2016 a 1 Setembro de 2019. As variáveis estudadas foram a idade das doentes, as semanas de gestação, os valores de ßeta -hCG, existência de CI, as doses de MTX, n.º total de administrações e de falhas terapêuticas.

RESULTADOS Foram submetidos ao tratamento com MTX 28 doentes com GE, referindo duas GE para a mesma doente. A média da idade foi de 33,2 anos (20 – 44), da idade gestacional 5,3 semanas (3 -9), da ßeta -hCG à data do início da terapêutica 3116,7 mUI/mL (808 - 8806) e a dose média de MTX foi de 83,8 mg (60 -110). Dos doentes em estudo, 18 (62%) fizeram uma administração, 5 (17,2%) repetiram o tratamento com MTX ao fim do 7.º dia, ambos com efectividade comprovada e 6 (20,6%) foram sujeitas a salpingectomia por insucesso do MTX após a primeira administração. Verificaram -se 26 (98%) doentes com dose correta e 2 (7%) doentes com dose de-sajustada porém com sucesso terapêutico. Em simultâneo avaliou -se a monitorização da ßeta -hCG até valores negativos em 25 doentes (89,2%), 3 (10,7%) faltaram à monitorização. Confirmou -se a existência de CI para todas as doentes.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O MTX na GE com valores de ßeta -hCG inferiores a 5000m UI/ml é uma opção menos invasiva e radical, com sucesso terapêutico evidenciado nas 23 doentes (79,4%) submetidas ao tratamento. O protocolo clínico da GE estabelece claramente os critérios de indicação, tratamento com doses adequadas e mecanismos de monitori-zação da efectividade do tratamento.

BIBLIOGRAFIA Cecchino GN, Araujo Júnior E, Elito Júnior J.Metotrexate for ectopic pregnancy; when and how. Archives of Gynecologia and Obstetrics 2014; 290:417 -423. Protocolo clínico -Ginecologia Obstetrícia (Norma de orientação Clínica -Gravidez Ectópica, Março de 2015-

N48ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO OFF LABEL DO METOTREXATO NA GRAVIDEZ ECTÓPICA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201976

AUTORES Jéssica José; Rui Relvas; Ana Roque; Carla Ponte; Maria do Carmo Gonçalves; Maria José Camba; Maria Rita Gardete; Rita Moras; Sofia Jesus; Sandra QueimadoULS Castelo Branco

INTRODUÇÃO Um medicamento biossimilar define -se como aquele que é produzido por um novo fabricante e que demonstra a sua semelhança, quer a nível farmacocinético quer a nível farmacodinâmico, com um medicamento biológico que já tenha sido aprovado. Apesar do sucesso dos medicamentos biológicos e seus biossimiliares, nem sem-pre se conseguem alcançar os resultados expectáveis no controlo da doença, com remissão da sintomatologia, sendo que, mesmo quando essa remissão ocorre, nem sempre se prolonga, ocorrendo falência secundária do tratamento.

OBJETIVOS Identificação de existência de relação causal entre o desenvolvimento de RAMs e o tratamento com biossi-milares; Identificação do intervalo temporal decorrido entre o início da terapêutica e a ocorrência de switch entre medicamentos; Identificação dos motivos das trocas entre agentes biológicos de forma a proceder à sua quantificação; Avaliação da imputação de causalidade após notificação das RAMs ao Sistema Nacional de Farmacovigilância.

MÉTODOS Análise dos pedidos de alteração de terapêutica com medicamentos biológicos.

RESULTADOS Foram identificados 28 doentes: 12 do sexo masculino e 16 do sexo feminino. Verificou -se que a doença mais prevalente foi Doença de Crohn. Relativamente ao Adalimumab e Etanercept nenhum doente realizava tera-pêutica com medicamento biossimilar. Quanto ao Infliximab, 7 doentes realizavam tratamento com medica-mento original e 6 com biossimilar. O principal motivo de troca identificado foi a falência secundária, sendo que em 5 doentes foi por desenvolvimento de anticorpos. O segundo motivo identificado com maior frequência foi a ocorrência de efeitos adversos, efeitos esses que motivaram a descontinuação do medicamento. De entre os efeitos adversos manifestados, encontram -se presentes: Síndrome Lupus -like; Infeções do trato urinário (ITUs) de repetição; Episódios de uveíte; Síncope; Diarreia e dor abdominal.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Não foi possível identificar uma relação causal entre o desenvolvimento de RAMs e o tratamento com biossi-milares. A partir da análise de todos os dados recolhidos, não se verifica que existam diferenças significativas na ocorrência de RAMs ou falência terapêutica tendo em conta a administração de medicamento original ou biossimilar. Após a notificação das RAMs foi atribuída causalidade ”Definitiva” em 1 caso, “Provável” em 5 ca-sos, e as restantes foram consideradas como “Não Graves”.

N49 FALÊNCIA DE TERAPÊUTICA COM MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS – NOTIFICAÇÃO DE RAMS

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7712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Rita Marques; Marília Ganhão; Cátia Fernandes; Sara Portugal; Joaquina SanganhaCentro Hospitalar de Leiria, EP

INTRODUÇÃO O aumento de peso da população é uma realidade que se estende aos doentes do foro oncológico. A falta de dados farmacocinéticos e de estudos clínicos para doentes obesos pode contribuir para a toxicidade grave nalguns doentes ou para a prescrição sub -terapêutica noutros, comprometendo os Resultados do tratamento. Acresce ainda que a obesidade está associada a piores Resultados no tratamento do cancro, que podem estar relacionados com subdosagem que advém da prática de não usar o peso real para o cálculo da dose ou do ajus-te das doses dos agentes quimioterápicos (1). Em 2012 a ASCO (American Society of Clinical Oncology) publicou uma instrução de trabalho sobre este assunto:“Clinical practice guideline for appropriate chemotherapy dosing for obese adult patients with cancer”(2), que usamos como base de trabalho.

OBJETIVOS Avaliar o ajuste posológico para doentes obesos com cancro no nosso hospital.

MÉTODOS Revisão retrospectiva das prescrições médicas de ciclos de quimioterapia no sistema informático (GHAF) dos doentes com Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 25 no período de Janeiro de 2018 a Julho de 2019, de acordo com a instrução da ASCO.

RESULTADOS No nosso hospital havia 214 doentes em tratamento de quimioterapia. Destes, 70 apresentavam um IMC entre 25 e 30, 25 entre 30 e 33 e 4 tinham IMC maior que 35. Os restantes apresentavam IMC abaixo de 25. A avaliação dos doentes com IMC superior a 30 revelou que 11 doentes tiveram redução na dose inicial.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Na instrução da ASCO recomenda -se a prescrição de doses de quimioterapia baseadas no peso real dos doen-tes obesos com cancro, especialmente quando a intenção é curativa. As razões para a prescrição da dose inicial com redução, foram o uso do peso ajustado para o cálculo da superfície corporal, a existência de comorbilidades que condicionam a dose prescrita e o nivelamento da dose total. A contribuição do farmacêutico clínico é fun-damental na optimização dos Resultados obtidos com a terapêutica oncológica nos doentes obesos.

BIBLIOGRAFIA 1. Eaton K, Lyman G. Dosing of anticancer agents in adults. UpToDate®, Last updated, Aug 03, 2017 Disponível em: www.uptodate.com2.Griggs JJ, Mangu PB, Anderson H, Balaban EP, Dignam JJ, Hryniuk WM, et al. Appropriate chemotherapy dos-ing for obese adult patients with cancer: American Society of Clinical Oncology clinical practice guideline.J Clin Oncol. 2012; 30(13): 1553 -61. doi: 10.1200/JCO.2011.39.9436.

N50DOENTES ONCOLÓGICOS OBESOS: O PESO CONTA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201978

AUTORES Diana Monteiro; António Mendes; Bárbara Santos; Anabela Caldeira; Cristina Soares; Patrocínia RochaCentro Hospitalar Universitário do Porto

INTRODUÇÃO Os Serviços Farmacêuticos (SF) são responsáveis pelo circuito do medicamento em meio hospitalar, incluindo a seleção, preparação, armazenamento, manipulação e distribuição do mesmo, garantindo em todas as etapas a sua qualidade, eficácia e segurança. No caso dos medicamentos termolábeis, este circuito tem de ser feito a temperaturas entre os 2 -8ºC, sendo isto designado de cadeia de frio (1).A rutura da cadeia de frio tem consequências a nível clínico e financeiro, o que traduz a necessidade dos SF dis-porem de informação atualizada, relevante e de fácil acesso sobre a estabilidade dos medicamentos em caso de rutura da cadeia de frio (2,3).

OBJETIVOS Pretende -se elaborar uma base de dados atualizada com a informação compilada e também estabelecer e im-plementar uma classificação normalizada, de carácter visual, para identificação dos fármacos em caso de rutura da cadeia de frio por categorias relacionadas com a temperatura e o tempo de exposição.

MÉTODOS Este estudo incidiu em todos os medicamentos existentes na instituição que exigem conservação entre os 2 -8ºC, excluindo os medicamentos experimentais e os manipulados. Com isto, foi feita uma revisão bibliográ-fica e, com os dados recolhidos, construída uma base de dados como ferramenta de consulta e implementado um sistema de gestão visual.

RESULTADOS Tendo em conta o previamente referido, foram analisados no total 242 medicamentos. De acordo com a classi-ficação implementada, foram identificados 53 medicamentos da categoria A, 41 medicamentos da categoria B, 41 medicamentos da categoria C, 23 medicamentos da categoria D e 84 medicamentos da categoria E.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O trabalho desenvolvido facilita a tomada de decisões no caso de uma possível rutura da cadeia de frio, per-mitindo gerir de forma célere e fundamentada qualquer rutura, assim como fornecer rapidamente informação a outros profissionais de saúde ou utentes da instituição sobre o tema, contudo, tem um carácter orientativo, devendo ser usada como uma ferramenta de consulta, recomendando -se sempre o contacto com o laboratório de modo a avaliar a viabilidade do medicamento em questão.O desenvolvimento deste trabalho permite demonstrar o papel fundamental do farmacêutico como especialis-ta do medicamento.

BIBLIOGRAFIA (1). Ricote -Lobera, I. [et al.] – Estabilidad de los medicamentos termolábiles ante una interrupción accidental de la cadena de frío. Farmacia Hospitalaria. ISSN 1130 -6343. 38:3 (2014) 169 -192. (2). Parraga, L. [et al.] – Medicamentos termolábiles. Protocolo de actuación en la rotura de la cadena de frío. Farmacia Hospitalaria. ISSN 1130 -6343. 35:4 (2011) 190.e1—190.e28.(3). Carmona, J. [et al.] – Conservación de Medicamentos Termolábiles Actualización 2017. Virgen de la Arrixaca, 2017. 187 p. ISBN 9788417306243.

N51 ESTUDO DA ESTABILIDADE DOS MEDICAMENTOS DA CADEIA DE FRIO

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7912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Diana Monteiro; António Mendes; Bárbara Santos; Anabela Caldeira; Cristina Soares; Patrocínia RochaCentro Hospitalar Universitário do Porto

INTRODUÇÃO Nos Serviços Farmacêuticos (SF) a preparação de manipulados, como preparações estéreis, nutrição parentéri-ca e citotóxicos, rege -se por guias de orientação como o capítulo <797> e <1116> da USP 40, a ISO 14644 -4 e, ainda, a PIC/S PE 009 -14 (Parte I).Para garantir a alta qualidade e segurança destes produtos é realizado regularmente um controlo físico e mi-crobiológico às áreas limpas necessárias para a manipulação.No controlo microbiológico é monitorizada a presença de bactérias e fungos, sendo avaliadas as superfícies da sala branca e da câmara de fluxo laminar, as luvas dos operadores e outros pontos que os responsáveis consi-derem relevantes.Este controlo microbiológico ambiental é de extrema importância, permitindo detetar precocemente possíveis contaminações e, assim, originar a implementação de medidas corretivas (1,2).

OBJETIVOS Analisar os controlos microbiológicos no sector de produção de manipulados estéreis e nutrição parentérica e implementar estratégias de melhoria contínua.

MÉTODOS De 01 de janeiro a 30 de junho de 2019 foram recolhidas diária e aleatoriamente amostras de diferentes locais. Para recolha forma usadas zaragatoas, passando estas pela superfície/luvas a analisar com movimentos de semi -rotação da própria, sendo colocadas em tubos de análise. Posteriormente, a amostra foi identificada e enviada para análise.A análise foi feita por um laboratório externo, estando os resultados publicados online na página do prestador do serviço.

RESULTADOS Das 376 amostras recolhidas, 67 foram consideradas não conforme para a pesquisa de bactérias e 21 para a pesquisa de fungos. Quanto à recolha, existe uma grande variabilidade no local e tempo de recolha. Tanto na pesquisa de bactérias como fungos verifica -se uma evolução variável, sem normalização ao longo do tempo. O valor médio de resultados não conforme é elevado (17,8%) no caso das bactérias. Para os fungos este valor é inferior (5,9%).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Este trabalho traduz a necessidade de implementação de um plano de monitorização no qual parâmetros como a identificação da amostra, local e frequência de recolha estão definidos e padronizados, permitindo a obtenção de resultados estatisticamente significativos. Resultados não conforme devem incentivar uma reavaliação das práticas de trabalho, procedimentos de limpe-za e eficácia dos filtros HEPA. Uma análise de causa -raiz, como o diagrama de Ishikawa, deve ser considerada com o objetivo de concluir a origem desses resultados. Em suma, a monitorização ambiental contribui para a segurança dos doentes e a eficácia dos fármacos, sendo o controlo microbiológico um indicador precoce de uma possível contaminação dos manipulados estéreis.

BIBLIOGRAFIA (1). American Society of Health System Pharmacists – ASHP guidelines on compounding sterile preparations. Am J Health Syst Pharm. 71:2 (2014) 145 -166.(2). Gupta, R. – Role of Environmental Monitoring and Microbiological Testing during Manufacture of Sterile Drugs and Biologics. American Pharmaceutical Review. 17:6 (2014) 46 -55.

N52ANÁLISE DO CONTROLO MICROBIOLÓGICO NA PRODUÇÃO DE ESTÉREIS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201980

AUTORES Ana Filipa Pereira Ferreira; Nuno Manuel Ribeiro Landeira; Sara Sofia Martins Machado; Gonçalo Colaço Cainé da Silva; Frederico Guerreiro Fonseca; Ana Catarina Prates Felismino; Maria Luísa Grenho PereiraHospital Espírito Santo de Évora

INTRODUÇÃO A lenalidomida (LEN) tem demostrado benefícios na sobrevida dos doentes com Mieloma Múltiplo (MM). (1,2) A identificação de reações adversas medicamentosas (RAM´s) e interações medicamentosas (IMs) em consul-ta farmacêutica (CF) tem um grande impacto na eficácia e segurança do tratamento e consequentemente na redução de custos. (3)

OBJETIVOS Foi proposto identificar RAM´s e IMs nos doentes sob LEN da instituição.

MÉTODOS Incluíram -se todos os doentes com diagnóstico de MM que iniciaram LEN entre fevereiro 2018 e julho 2019. Fez--se a análise retrospetiva dos valores das análises laboratoriais (neutrófilos, linfócitos, plaquetas e hemoglo-bina) e na informação obtida do processo clínico e do doente. As IM´s foram analisadas através do Lexicomp® Drug Interactions.

RESULTADOS Nos 6 doentes incluídos, foram identificadas 35 RAM´s (100%) e notificadas posteriormente, nomeadamente RAM´s muito frequentes: neutropenia grau 2 (2,9%), grau 3 (5,7%) e grau 4 (11,4%), trombocitopenia (14,3%), anemia (11,4%), astenia (5,7%), fadiga (2,9%), perda de peso (2,9%), perda de apetite (2,9%), náuseas (2,9%), diarreia (8,6%), cataratas (2,9%); e RAM´s frequentes: pancitopenia (11,4%), hiperuricemia (2,9%), vómitos (5,7%), hipoacusia (2,9%) e acuidade visual reduzida (2,9%). Não foram encontradas IM´s significativas neste estudo, contudo é de esperar um maior risco tromboembólico na associação de LEN com dexametasona.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Verificou -se que as RAM´s e IM´s identificadas estão de acordo com a literatura (4). A CF é essencial para a deteção precoce de RAM´s, bem como para a supervisão e promoção da adesão ao esquema terapêutico. A implementação de um livro do doente de suporte à CF e às consultas das várias especialidades será uma boa estratégia, uma vez que estes doentes geralmente apresentam comorbilidades que comprometem o perfil de segurança da LEN.

BIBLIOGRAFIA (1) Sarah A. Holstein, Vera J. Suman and Philip L. McCarthy, Update on the role of lenalidomide in patients with multiple myeloma, Ther Adv Hematol,2018, Vol. 9(7) 175 -190;(2) Moreau P. Sn Miguel J. et.al. Multiple Myeloma: ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis treatment and follow up, annals of oncology 28, clinical practice guidelines, published online 27 april 2017;(3) Norma n.º 18/2016, de 30/12/2016 – Direção Geral de Saúde;(4) Lenalidomida – Resumo das Características do Medicamento.

N53 ANÁLISE DO PERFIL DE SEGURANÇA DA LENALIDOMIDA

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8112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Maria Rita Gardete; Rita Susana Moras; Sandra Queimado; Carla Ponte; Ana RoqueULSCB

INTRODUÇÃO O principal objetivo da implementação do PAI é garantir a qualidade dos cuidados de saúde prestados nas Unidades do Serviço Nacional de Saúde (SNS). Neste, deve figurar uma metodologia organizacional que visuali-za a prestação de cuidados de saúde como um processo contínuo de assistência, adequando os cuidados pres-tados ao utente às suas necessidades e expectativas e racionalizando e otimizando a utilização de recursos.A neoplasia da próstata (NP) é o segundo tipo de cancro e a quinta causa de morte masculina mais comum, englobando um grande número de serviços e profissionais e com elevados custos para o SNS. Dado o seu im-pacto, considerou -se importante estabelecer um PAI para esta patologia.

OBJETIVOS A implementação de um PAI direcionado para a NP metastizada.

MÉTODOS Foi adaptada a Orientação da Direção Geral de Saúde (DGS) ao PAI com descrição das diferentes áreas funcio-nais do SF.O PAI NP metastizada foi implementado no âmbito dos processos de acreditação com o modelo nacional e ofi-cial de acreditação (ACSA) de acordo com a orientação da DGS n.º 002/2013.

RESULTADOS Foram definidos todos os procedimentos inerentes ao desenvolvimento do processo. Deste modo, foram des-critas as expectativas dos doente, atividades e competências da equipa multidisciplinar, terapêutica e procedi-mentos de cedência, acções de farmacovigilância, definição de indicadores de qualidade e riscos ao longo de todo processo.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A implementação do PAI nos SF vai permitir aumentar a qualidade da prestação de cuidados farmacêuticos ao utente com NP metastizada e medir o outcome, com a monitorização dos indicadores definidos no processo a nível económico, assistencial e de segurança durante todo o circuito do medicamento.

BIBLIOGRAFIA Orientação da DGS n.º 002/2013.

N54IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROCESSO ASSISTENCIAL INTEGRADO (PAI) NUM SERVIÇO FARMACÊUTICO (SF)

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201982

AUTORES Maria Rita Gardete; Rita Moras; Ana Roque; Maria José Camba; Carla Ponte; Sara Esteves; Sofia Santos; Maria Carmo Gonçalves; Sandra Queimado; Sofia JesusULSCB

INTRODUÇÃO O processo de certificação está orientado para impulsionar a melhoria contínua de prestação de cuidados de saúde. Deste modo, observou -se o que se está a fazer bem e detetou -se as áreas ou aspetos da atividade da unidade que necessitam de acções de melhoria.

OBJETIVOS O objectivo foi a implementação dos Standards do Manual Unidades De Gestão Clínica nos SF de uma Unidade Local de Saúde.

MÉTODOS O Manual de Standards está estruturado em cinco blocos e onze critérios. Assim, foi definido plano de ação, nomeação do responsável interno, seleção da equipa de autoavaliadores para revisão e reflexão dos standards, preenchimento das respetivas fichas da aplicação informática @credita e partilha de evidências positivas.

RESULTADOS Foram identificados os pontos fortes com o propósito de os manter e de os melhorar, e identificadas as áreas de melhoria com a finalidade de as reforçar até conseguir transformá -las em pontos fortes.Foram implementadas medidas concretas na unidade para dar resposta aos blocos: Cidadão como centro do sistema de saúde, Organização da atividade centrada na pessoa, os profissionais, processos de suporte e resul-tados através da elaboração de novos procedimentos escritos e desenvolvimento de ações que aumentam a qualidade da prestação de cuidados.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Apesar do Manual implementado não ser específico para a Farmácia Hospitalar, a sua adaptação aos SF mu-dou o paradigma da área assistencial, com otimização do circuito do medicamento, estando o foco principal de atuação no utente, na promoção da saúde e prevenção da doença.A implementação deste modelo de acreditação levou a inúmeras alterações em todas as áreas funcionais dos SF com melhorias claras para o utente atendido em ambulatório, serviços clínicos, organizacionais e colabora-dores do serviço.

BIBLIOGRAFIA Manual de Standards – UNIDADES DE GESTÃO CLÍNICA – Estratégia Nacional para a Qualidade na Saúde da Direção Geral de Saúde.

N55APLICAÇÃO DO MANUAL DE STANDARDS – UNIDADES DE GESTÃO CLÍNICA – ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A QUALIDADE NA SAÚDE DA DIREÇÃO GERAL DE SAÚDE A UM SERVIÇO FARMACÊUTICO (SF)

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8312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Margarida Alexandra Correia do Nascimento Pereira1; Ana Mirco1; Teresa de Macedo1; Antonio Martinho1; Fátima Falcão2

1HSC, CHLO, EPE2CHLO, EPE

INTRODUÇÃO Vários estudos demonstram que a consulta farmacêutica (CF) proporciona melhores cuidados aos doentes através da optimização da terapêutica farmacológica, promoção da saúde e prevenção da doença. Este estudo pretende descrever a implementação da CF no serviço de cirurgia geral de um hospital central. Esta consulta veio permitir a monitorização da terapêutica do doente no que se refere à utilização racional dos fármacos e a promoção de hábitos de vida e nutrição saudáveis.

OBJETIVOS Monitorização e reconciliação da terapêutica na CF associada à consulta de cirurgia geral de um hospital central.

MÉTODOS Estudo prospectivo e observacional, realizado de Fevereiro a Setembro de 2019, na cirurgia geral. Foram in-cluídos todos os doentes seguidos em consulta. A CF realizou -se com a presença do médico e farmacêutico. Os dados foram obtidos por consulta do processo clínico do doente, contacto com o médico assistente, sempre que necessário, e entrevista ao doente no decorrer da CF. Recolheram -se os seguintes dados: parâmetros ana-líticos, terapêutica medicamentosa, problemas relacionados com medicamentos, interacções medicamentosas (IM) e adesão à terapêutica.

RESULTADOS Foram realizadas 71 consultas e monitorizados 55 doentes, 60% do género feminino com média de idades de 60.9±16.1 anos. Os principais diagnósticos foram: metástase de adenocarcinoma oculto, tromboflebite, lipoma, colecistite, neoplasia da tiróide, neoplasia cólon, hérnia do hiato e hérnias da parede abdominal. Foi elaborado o perfil farmacoterapêutico para todos os doentes incluídos no estudo. Foram analisados 303 fár-macos, sendo que, em média, cada doente tinha 5.2 [1 -16] fármacos prescritos. Foram avaliadas as IM utilizando a ferramenta Lexicomp® Drug Interaction, tendo sido identificadas um total de 148, sendo 127 (86%) IM tipo C (recomendação de monitorização) e 21 (14%) interacções tipo D (recomendação de alteração terapêutica). As IM tipo D originaram alteração da prescrição ou envio de informação para o médico de família. Foram ainda efectuadas as seguintes intervenções farmacêuticas, divulgação de 3 alertas de segurança do INFARMED refe-rentes aos fármacos prescritos (fibratos e celecoxib e paracetamol), alteração de fármaco por reacção alérgica cutânea e disponibilização, a um doente com suspeita de insulinoma, de informação escrita sobre hidratos de carbono de absorção lenta.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A CF parece permitir efectuar a monitorização do perfil farmacoterapêutico, assegurar maior segurança e eficá-cia dos fármacos prescritos e melhores resultados para a saúde dos doentes.

N56CONSULTA FARMACÊUTICA NO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL CENTRAL

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201984

AUTORES Ana Lúcia Reis; Catarina CavacoHospital Particular do Algarve

INTRODUÇÃO A porfiria intermitente (PI) é um distúrbio metabólico raro na produção do heme, um grupo prostético da liga-ção do oxigênio da hemoglobina.A doença resulta da deficiência de porfobilinogénio deaminase (PBGD), que catalisa a 3.ª etapa da síntese do heme, resultando em sobreprodução hepática dos percursores do heme o porfobilinogénio (PGB), e o acido delta -amilolevulínico (ALA) por indução do gene ALA sintetase 1 (ALA1).A PI apresenta uma disfunção aguda do sistema nervoso central (SNC) autónomo e periférico (SNP). A doença manifesta -se por dor abdominal, taquicardia, hipertensão, convulsões, alterações psiquiátricas e hiponatrémia. A afectação do SNP pode incluir neuropatia motora, que pode ocasionar tetraparesia incluindo paralisia respi-ratória.A agudização da doença pode resultar da associação do defeito genético /enzimático com factores hormonais precipitantes como uma dieta hipocalórica, stress, fármacos, infecções etc.O tratamento com PI aguda consiste na administração intravenosa de hemina que restaura a reserva hepática de heme e reduz a indução do gene ALA1. A administração de glicose também tem um efeito inibidor do ALA1.

OBJETIVOS Descrição de um caso clínico, ocorrido numa Unidade de Cuidados Intensivos; Demonstrar a intervenção dos Serviços Farmacêuticos na rápida aquisição do medicamento mais adequado para tratar o doente.

MÉTODOS Consulta do processo clínico do doente para descrição do caso prático. Consulta de artigos científicos para en-quadramento da doença.

RESULTADOS – Doente do sexo feminino, 17 anos, nacionalidade estrangeira, vem ao Serviço de Atendimento Permanente orientada onde deu entrada por dores abdominais mais acentuadas à esquerda, náuseas e hemiparesia esquer-da.– Doente com antecedentes de relevo de diagnóstico congénito de PI mas nunca tinha tido episódios de agudi-zação (ultima avaliação em consulta 3 anos antes).– Encontrava -se de férias em Portugal há uma semana, com exposição solar e alimentação em regime diferente do habitual.– Hipótese diagnóstica: provável crise aguda de porfiria com défice neurológico motor focal.– É internada na UCI, inicia aporte de dextrose a 10% e dá -se início ao processo dos SF para aquisição da hemina IV.– Inicia a hemina no dia seguinte com esquema posológico de 250 mg/dia durante 4 dias.– Tratamento decorreu sem intercorrências ou reacções de perfusão, com progressiva melhoria de força mus-cular e parestesias.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O presente caso clínico descreve uma patologia rara que se manifestou por hemiparesia, náusea e dor abdomi-nal. Doente reverteu a situação clínica após tratamento com hemina.

BIBLIOGRAFIA C. Herrero, et al. Porfiria aguda intermitente: seguimento a largo término de 35 pacientes. Med Clin (Barc). 2014. http://dx.doi.org/10.1016/j.medcli.2014.06

N57 CASO PRÁTICO DE PORFIRIA AGUDA INTERMITENTE

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8512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Paulo Tavares de Almeida; Ana Soares; Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO As mais -valias dos ensaios clínicos na contribuição para o avanço científico, acesso precoce a novos fármacos e tratamentos experimentais são sobejamente conhecidas. Sendo estes benefícios intangíveis óbvios, a van-tagem económica decorrente dos mesmos não se encontra devidamente documentada. O impacto económico positivo ocorre sempre que o doente recebe medicação do ensaio clínico em alternativa à adquirida pelo hos-pital.

OBJETIVOS O objectivo do nosso estudo foi avaliar a potencial poupança económica que advém da utilização dos medica-mentos experimentais na despesa com medicamentos na nossa instituição.

MÉTODOS Análise retrospectiva desde Junho de 2017 a Junho de 2018. Como referência para o cálculo do custo com a medicação foi considerado o montante que seria gasto no tratamento utilizando o standard of care. Para medi-camentos com preço oficial, este foi utilizado, independentemente da indicação aprovada. Foram excluídos 20 ensaios clínicos, uma vez que os seus medicamentos não são de dispensa hospitalar exclusiva. Foram consul-tados os registos de contabilização da medicação dos doentes dos ensaios clínicos.O nosso estudo incluiu 67 doentes (dts) oriundos de 13 ensaios clínicos distintos (1 fase II, 11 fase III e 1 fase IV).

RESULTADOS O impacto económico global no período analisado foi de menos 455.620€: 92.683€ relativos a ensaios da Oncologia (20%, 10 dts); 111.610,5€ relativos à Reumatologia (24,5%, 9 dts); 169.336,8€ na Infeciologia (37,2%, 17 dts) e 235.038€ relativos aos restantes ensaios (51.6%, 31 dts) que incluiu o ensaio de fase IV da Neurologia (9 dts), 1 ensaio da Cardiologia (20 dts) e um ensaio da Urologia (2 dts).A poupança, em média, relativa ao único ensaio de fase IV foi de 10.563€ por doente.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os ensaios clínicos são muitas vezes considerados um processo logístico complexo, consumidores de tempo e recursos com benefícios intangíveis conhecidos. Em tempos de severas restrições financeiras, este estudo demonstrou benefícios mensuráveis, com uma considerável poupança económica sobretudo com a utilização de fármacos antineoplásicos, neuromoduladores e fármacos utilizados em doenças metabólicas.

BIBLIOGRAFIA Bredin C, Eliasziw M, Syme R. Drug cost avoidance resulting from cancer clinical trials. Contemp Clin Trials. 2010; 31: 524–529.Li -Jiuan Shen et al. Economic benefits of sponsored clinical trials on pharmaceutical expenditures at a medical center in Taiwan. Contemp Clin Trials. 2011; 32: 485–491.

N59IMPACTO ECONÓMICO DOS ENSAIOS CLÍNICOS: UM ANO DE AVALIAÇÃO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201986

AUTORES Cristina Rita de Figueiredo Raposo Barreiras; Pedro GomesCentro Hospitalar Barreiro -Montijo

INTRODUÇÃO O trabalho visa analisar a evolução do Consumo de medicamentos oncológicos no primeiro semestre de 2019 versus o período homólogo de 2018.

OBJETIVOS Conhecimento da evolução do consumo de medicamentos oncológicos e seu impacto no orçamento do hospital.

MÉTODOS Foi efectuado a recolha de dados referente ao consumo de medicamentos oncológicos no nosso Hospital du-rante o periodo de 2018 e 2019 (1.º semestre) recorrendo ao programa informático CPC -HS. Foi realizado tra-tamento estatístico dos dados recorrendo ao programa EXEL e avaliado o peso económico dos medicamentos oncológicos (25+) no total de medicamentos consumidos no Hospital. Procurou -se identificar quais os fármacos envolvidos.

RESULTADOS Apesar de ter existido um decréscimo da despesa total com medicamentos no Hospital, existiu um incremento da despesa com estes fármacos. Constatou -se que o peso relativo a este grupo de fármacos aumentou signifi-cativamente de 20,18% para 25,42%.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O desenvolvimento de novas moléculas tem oferecido novas esperanças para o tratamento de doenças onco-lógicas mas o seu elevado custo determina que o seu uso deva ser realizado com base em estudos de custo--eficácia. Constatou -se que o impacto económico dos medicamentos oncológicos no orçamento do Hospital é cada vez maior.

N60 EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS

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8712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Catarina Diogo Candeias; Armanda Correia; Carla Silva; Catarina Vieira; Djamila Santos; Diana Silva; Joana Ferreira; Joana Ribeiro; Marta Mendes; Sónia SousaUnião das Misericórdias Portuguesas

INTRODUÇÃO As benzodiazepinas (BZD) e análogos são fármacos eficazes como ansiolíticos e hipnóticos, pelo que são utili-zados no tratamento de situações de ansiedade e distúrbios de sono, para além de estarem também indicados como adjuvantes da anestesia, relaxamento muscular e anticonvulsivantes.Todavia, a utilização das BZD e análogos tem sido alvo de alerta por diferentes organismos, através de reco-mendações nacionais e internacionais [1], nomeadamente em idosos, tornando -se numa preocupação para instituições de saúde como as Unidades de Cuidados Continuados Integrados (UCCI).

OBJETIVOS Os objetivos foram: avaliar a utilização de BZD e análogos em Unidade de Cuidados Continuados Integrados (UCCI) e comparar os resultados por Administração Regional de Saúde (ARS), de acordo com a localização geo-gráfica das UCCI.

MÉTODOS Recolha de dados relativos à utilização de BZD e análogos e análise de utilização de BZD e análogos em 78 Unidades de Cuidados Continuados Integrados, que representam 2521 camas de internamento, durante o ano de 2018.

RESULTADOS Em 2018, o total de 620769 saídas de 39 BZD e análogos representou 53804 saídas médias mensais, ajustado em função do número de meses de reporte de cada UCCI. A prevalência mensal de utilização dos 21 CHNM de BZD e análogos mais utilizados (saída mensal superior a 100 unidades), considerando as 2521 camas das 78 UCCI, expressou uma preferência por fármacos de inter-média e longa duração de ação: lorazepam 1 mg comprimido (7980 unidades), alprazolam 0,5 mg comprimido (6368), lorazepam 2,5 mg comprimido (6132) e diazepam 5 mg comprimido (6102).Relativamente às 5 ARS nacionais, a utilização média mensal de BZD e análogos por utente foi superior na ARS Centro (24), seguida da ARS Lisboa e Vale do Tejo (LVT) (23), ARS Norte (21), ARS Alentejo (18) e, por último, da ARS Algarve (14). Concretamente, o maior destaque surgiu para: lorazepam 1 mg na ARS Norte (4,4), diazepam 5 mg na ARS de Lisboa e Vale do Tejo (3,5), alprazolam 0,5 mg na ARS Centro (3,7), zolpidem 10 mg na ARS Algarve (3,1) e ARS Alentejo (2,8).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A utilização de BZD é frequente e diversificada. As BZD de ação curta (brotizolam e midazolam), com maior potencial de adição, foram as menos prescritas. O CHNM mais prescrito foi o lorazepam (considerando ambas as dosagens), com metabolização por conjugação e, por isso, preferível no doente idoso.Em função da ARS, variou a saída média mensal de BZD por utente e o perfil de prescrição, notando -se dife-renças regionais.

BIBLIOGRAFIA 1. Direcção-Geral da Saúde. Tratamento Sintomático da Ansiedade e Insónia com Benzodiazepinas e Fármacos Análogos. Norma n.º 055/2011; Jan. 2015.

N61UTILIZAÇÃO DE BENZODIAZEPINAS E ANÁLOGOS EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201988

AUTORES Catarina Diogo Candeias1; Jorge Gama2; Amílcar Falcão3; Gilberto Alves1,4

1CICS -UBI – Health Sciences Research Centre, University of Beira Interior2CMA -UBI – Centre of Mathematics and Applications, University of Beira Interior3CIBIT – Coimbra Institute for Biomedical Imaging and Translational Research; Laboratory of Pharmacology, Faculty of Pharmacy, University of Coimbra4UFBI – Pharmacovigilance Unit of Beira Interior, University of Beira Interior

INTRODUÇÃO Inappropriate prescribing (IP) was defined as the use of drugs in which the risk outbalance the benefit or when a safer or more effective alternative is available. It has been a subject increasingly explored due to its relation with negative clinical outcomes and important adverse drug reactions [1, 2]. Thus, STOPP (Screening Tool of Older People’s Prescriptions) and START (Screening Tool to Alert to Right Treatment) criteria [3] are considered as an important tool to detect the prescription of potentially inappropriate medications (PIMs) and poten-tial prescribing omissions (PPOs). Due to de particularities of RNCCI (Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados) inpatients, especially the advanced age and comorbidities, it is essential to assess the prevalence of PIMs and PPOs.

OBJETIVOS The main objective was to determine the prevalence of PIPs and PPOs (overall and per individual STOPP and START criteria, respectively) in a PAC/LTC population.

MÉTODOS STOPP and START criteria were applied to 161 inpatients aged ≥ 65 years old of eight Integrated Continuous Care Units (Unidades de Cuidados Continuados Integrados, UCCI). Data were collected from GestCare CCI’s online platform and clinical history was complemented with other documents whenever it was possible and neces-sary.

RESULTADOS In this population (mean age 82, 67% female) the median number of drugs per patients were 9.0 [6.0; 11.0]. Most common comorbidities were hypertension (68%), cerebrovascular disease (35%), depression (34%), diabetes mellitus (34%) and constipation (34%). The screening detected PIMs in 85.1% of patients and PPOs in 81.4%. PIMs were mainly related with central nervous system and psychotropic drugs (67%), and PPOs were mainly associated with drugs acting on musculoskeletal (55%) and cardiovascular (40%) systems. Most common PIMs involved benzodiazepines in patients prone to falls (52%) and for ≥ 4 weeks (54%), while more frequent PPOs involved vitamin D (46%) or calcium -vitamin D (27%) supplementation.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES PIMs and PPOs are highly prevalent in analyzed population, but further studies at a national level are required. New interventions focused on this aspect should be gradually implemented in the RNCCI and then assessed for their clinical importance and economic impact.

BIBLIOGRAFIA Lindley, C.M., et al., Inappropriate medication is a major cause of adverse drug reactions in elderly patients. Age Ageing, 1992. 21(4): p. 294 -300.Hedna, K., et al., Potentially inappropriate prescribing and adverse drug reactions in the elderly: a population--based study. Eur J Clin Pharmacol, 2015. 71(12): p. 1525 -33.O Mahony, D., et al., STOPP/START criteria for potentially inappropriate prescribing in older people: version 2. Age Ageing, 2015. 44(2): p. 213 -8.

N62 STOPP AND START CRITERIA: PREVALENCE IN PORTUGUESE POST ‑ACUTE AND LONG ‑TERM CARE

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8912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Andreia Filipa Loba; Raquel Oliveira; Tiago Lobo; Ana Clara Aparício; Carolina Magalhães; Cláudia Santos; Miriam CapoulasHospital Beatriz Ângelo

INTRODUÇÃO No internamento (INT), o regime farmacoterapêutico (TX) é um processo dinâmico, com múltiplas alterações de acordo com a evolução clínica do doente, o que favorece a ocorrência de PRM. Estudos revelam que 56% dos doentes geriátricos apresentam pelo menos uma discrepância não intencional na terapêutica (DTXNI) após o INT.1 A alta hospitalar é por isso considerada um ponto crítico de transição de cuidados, sendo frequente iden-tificar DTXNI com potencial para causar dano e/ou aumentar o n.º de reINT nos primeiros 30 dias após a alta. A fragilidade destes doentes, resultante das múltiplas comorbilidades e polimedicação associado ao risco de queda, motivou a criação da Unidade de Ortogeriatria (UOG) no HBA que faz o seguimento do doente geriátrico com fratura do cólo do fémur.

OBJETIVOS Avaliar a presença de DTXNI na alta hospitalar e o risco de interações farmacológicas da TX prescrita no INT frente ao perfil TX do domicílio.

MÉTODOS Análise retrospectiva do perfil TX do doente ortopédico INT na enfermaria 2.3, com nota de alta (NA) em Agosto de 2019. Os dados foram recolhidos do processo clínico, tendo sido considerada a TX descrita na admissão, ati-va no último dia de INT e prescrita NA. Na análise do risco de interações foram apenas consideradas as novas prescrições no momento da alta e com maior probabilidade de impacto clínico.

RESULTADOS Foram incluídos 57 doentes, 66% do sexo feminino e 64% com > de 65 anos. A maioria tinha fratura dos membros inferiores (78%), das quais 44% eram do cólo do fémur. Cerca de 52% dos doentes apresentaram uma discrepância TX na NA, em que 32% eram documentadas e intencionais, sendo 83% da responsabilidade da UOG. Apesar de apenas 18% dos doentes terem uma DTXNI, cerca de 50% foram consideradas graves pelo potencial de causar lesão, um destes casos motivou a entrada na urgência por hemorragia de difícil controlo. Importa referir que todas foram detectadas no receituário entregue ao doente e eram referentes a anticoagu-lação e/ou profilaxia de TEV.Após análise do perfil TX de cada doente, verificou -se que cerca de 23% teve alta com novas prescrições capazes de interargir farmacológicamente com a TX domiciliária, 68% com aumento do risco de toxicidade iatrogénica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A alta hospitalar é um ponto crítico da transição de cuidados, pela ausência de monitorização e seguimento especializado. Todas as DTXNI graves foram detetadas no receituário, o que evidencia a necessidade da sua validação antes da alta. Ambas, as DTXNI e as interações farmacológicas tem impacto negativo na segurança do doente e são preveníveis.

BIBLIOGRAFIA Moro M. [et al.],Analysis of an electronic medication reconciliation and information at discharge programme for frail elderly patients. Int J Clin Pharm.;38(4):996 -1001.(2016)

N63PROBLEMAS RELACIONADOS COM A MEDICAÇÃO (PRM) – A REALIDADE DO DOENTE ORTOPÉDICO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201990

AUTORES Joana Pereira; Rafael Mateus; Sara Pires; Susana Sernache; Humberto Gonçalves; António Gouveia Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil E.P.E.

INTRODUÇÃO A dispensa e manuseamento de fármacos citotóxicos em ambulatório reveste -se de grande relevo na Farmácia Hospitalar. Os estudos de contaminação de superfícies, com estes compostos, incidem maioritariamente nas áreas de preparação. À medida que a terapêutica oral ganha expressão é critico avaliar se é uma potencial fonte de contaminação e quais os padrões de dispersão em ambientes de não -preparação.

OBJETIVOS a) Mapeamento das superfícies críticas por análise dos fluxos de trabalho;b) Definição de tabela de nível de risco em função do valor doseado (ng/cm2);c) Implementação de medidas corretivas e periodicidade de amostragem em função do nível de risco obtido.

MÉTODOS Foram selecionados dois fármacos, 6 -Mercaptopurina (6 -MP) e Capecitabina (CPC), em função do potencial de risco para o operador (n.º dispensas X nível manipulação) e identificadas 4 zonas críticas (gaveta armaze-namento; hotte; bancada de reembalagem; balcão de dispensa). Aplicou -se o método de wipe sampling para recolha de amostras, que foram enviadas para doseamento por LC -MS/MS, em laboratório certificado (IUTA)[1]. Realizados 2 períodos de amostragem (3+2 amostras) intercalados por medidas corretivas.

RESULTADOS Das 5 amostras recolhidas 2 apresentaram resultados acima do valor de referência de 0,1ng/cm2[1]: gaveta de armazenamento (CPC) e hotte (6 -MP). Após procedimento de limpeza na gaveta de armazenamento (CPC) obteve -se o valor de 0,014ng/cm2. Os restantes Resultados estavam abaixo do limite de quantificação.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Sinalizaram -se as áreas de armazenamento como zonas de risco acrescido. No entanto as restrições no número de amostras condicionaram o total mapeamento das zonas críticas. A análise dos primeiros resultados conduziu à definição dos seguintes níveis de risco: BAIXO RISCO < limite de quantificação; MÉDIO RISCO entre o limite de quantificação e 0,1ng/cm2; ALTO RISCO >0,1ng/cm2. Pretende -se estender a amostragem ao restante circuito. O desenvolvimento e avaliação das medidas corretivas e periodicidade de amostragem está dependente dos futuros resultados, independentemente da metodologia de limpeza ter revelado eficácia.Há evidência de contaminação decorrente do manuseamento das formulações orais. A falta de perceção de ris-co conduz à desvalorização de procedimentos de rotina, como a limpeza, que potencia a exposição ocupacional.Este projeto ambiciona garantir que o nível de exposição dos profissionais seja reduzido a um valor tão baixo quanto tecnicamente possível.

BIBLIOGRAFIA [1] Kiffmeyer TK, Tuerk J, Hahn M, Stuetzer H, Hadtstein C, Heinemann A, Eickmann U. Application and Assessment of a Regular Environmental Monitoring of the Antineoplastic Drug Contamination Level in Pharmacies – The MEWIP Project. Ann OccupHyg (2013) 57 (4): 444 -455 publicado online Novembro 2, 2012 doi:10.1093/annhyg/mes081(acedido a partir de http://annhyg.oxfordjournals.org/ a 3 de Abril de 2014).

EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A CITOTÓXICOS NO AMBULATÓRIO HOSPITALAR – ANÁLISE RISCON66

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9112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Gabriela Ribeiro; Raquel Vieira; Maria Baptista; Rita Oliveira; Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO O Eritema Pigmentado Fixo (EPF) é um tipo de reação adversa cutânea, desencadeado maioritariamente por uma reação de Hipersensibilidade Retardada (HR) a medicamentos. Caracteriza -se pelo aparecimento de uma lesão eritematosa, que posteriormente evolui para lesão hiper -pigmentada, como resultado da exposição sis-témica a um medicamento, que reaparece na mesma zona da pele quando existem exposições repetidas(1). Estas reações são desencadeadas por um mecanismo de hipersensibilidade imunológica e estima -se que re-presentem entre 6 a 10% do total de reações adversas a medicamentos(1). O EPF está classificado como uma reação de hipersensibilidade do tipo IV, não -imediata, mediada por linfócitos T CD8+ intraepiteliais. Para avaliar uma suspeita de EPF, o clínico deve proceder à recolha da anamnese do doente, e de acordo com a mesma, realizar exames complementares de diagnóstico, cujo gold standard são as Provas Epicutâneas (PE)(1). As PE são realizadas pela área da Dermatologia e com recurso a baterias adquiridas à Indústria Farmacêutica (IF), que contêm os alergenos que mais frequentemente despoletam hipersensibilidade. Por esse motivo, os alergenos disponíveis são limitados e podem não suprir as necessidades de todos os doentes.

OBJETIVOS Criação de uma formulação de um alergeno de contacto de forma a permitir o diagnóstico de uma HR específi-ca, para a qual não existe PE comercializada.

MÉTODOS Após selecção de doentes, que o clínico suspeita terem hipersensibilidade a alergenos não disponíveis na IF para PE, o farmacêutico valida a possibilidade da formulação do alergeno em questão. Segue -se a manipulação laboratorial dos mesmos com recurso a pesquisa bibliográfica e de acordo com as Boas Práticas a observar na Preparação de Medicamentos Manipulados em Farmácia de Oficina e Hospitalar (Portaria n.º 594/2004 de 2 de Junho). Por último, execução da PE pelo clínico, com aplicação do manipulado na zona do eritema e observação do doente 72 horas depois para aferição dos resultados.

RESULTADOS Foi realizada uma PE a uma doente com um EPF, suspeito de ser resultado de HR ao Meloxicam. Foi manipulado pelo farmacêutico um alergeno de Meloxicam a 2% em vaselina, que foi utilizado numa PE que confirmou o diagnóstico.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A individualização da terapêutica é parte integrante do conceito de medicina personalizada. Relativamente ao EPF, que se observa mais frequentemente em reações de hipersensibilidade não -imediata a antibióticos, corti-cóides e anti -epilépticos(1), as baterias fornecidas pela IF podem não colmatar as necessidades de cada doente. Neste caso, a formulação do alergeno revelou -se fundamental para o diagnóstico de HR ao Meloxicam.

BIBLIOGRAFIA 1. ANTUNES, João, et al. - Alergia a Fármacos com Manifestações Cutâneas. Abordagem Diagnóstica. Revista da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia (2012): 277 -289.

N68FORMULAÇÃO DE UM ALERGENO PARA PROVAS EPICUTÂNEAS DE CONTACTO: CASO CLÍNICO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201992

AUTORES ASSOCIADOS AO TRABALHORute Miranda; Inês Ratão; Ana Paula GuimarãesCHBM

INTRODUÇÃO Os Sistemas LEAN são reconhecidos como uma abordagem eficaz de eliminar desperdícios e garantir uma gestão eficiente. Este conceito, originalmente concebido na indústria automóvel, expandiu as suas práticas e princípios para os mais diversos segmentos, entre eles a Saúde. Nos Serviços Farmacêuticos (SF) do Centro Hospitalar a discrepância temporal entre o número de encomendas entregues/rececionadas face ao armaze-namento e informatização diários foi identificada como um dos constrangimentos para uma eficaz gestão de stocks.

OBJETIVOS Otimizar o processo de gestão da informatização e armazenamento diário dos medicamentos rececionados.

MÉTODOS Tendo por base os conceitos LEAN foram analisadas as fases do processo que integram a receção de medi-camentos/produtos farmacêuticos/dispositivos médicos nos SF até ao seu armazenamento e informatização. Após realização de “diagrama de esparguete”, foram efetuadas 31 observações no período de funcionamento normal da Farmácia, entre as 9 e as 17h, a partir das quais calculou -se a Moda do tempo entre a receção e armazenamento, a Moda do tempo entre a conferência e validação documental, o Cycle Time e o Lead Time. As observações foram realizadas pelos profissionais que por rotina participam nessas funções. Desses dados obteve -se o Value Stream Map que permite alcançar uma visão global do processo e identificar as fases críticas onde é possível atuar e melhorar.

RESULTADOS Do total de 31 observações, a Moda do tempo entre a receção e armazenamento bem como a Moda do tempo entre a conferência e validação documental são ambas de 31minutos, o Cycle Time é de 26 minutos e Lead Time de 88 minutos.Estes dados possibilitaram identificar os problemas no processo, permitindo atuar nos desperdícios de tempo relacionados com a informatização e armazenamento dos produtos. Nesse sentido, concluiu -se que essas fases do processo deviam ocorrer numa sequência única, definindo -se um horário ao qual se alocou recursos huma-nos priorizando esta tarefa em detrimento de outras menos importantes. Foram definidos indicadores de modo a permitir a monitorização do processo inicialmente de modo diário passando a semanal até estabilização do mesmo.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Atingiram -se melhorias ao nível do processo pois minimizou -se o risco de o produto estar rececionado sem conhecimento da sua chegada. Dado que o número de recursos humanos não se modificou houve necessidade de reorganização de tarefas mediante estabelecimento de prioridades. A motivação e o envolvimento de toda a equipa são cruciais para uma implementação com sucesso. O impacto que uma transformação LEAN pode ter na capacidade produtiva de uma equipa e na organização de um serviço, vai sendo sentida ao longo do tempo da sua implementação em todos os processos. Não é uma tática, mas uma maneira de pensar e atuar para uma organização inteira

BIBLIOGRAFIA https://www.virginiamasoninstitute.org/2016/01/what -is -lean -health -care/

N69 LEAN … UM PARCEIRO NA OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS

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9312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Teresa Cabeças; Sara Franco; Rita Oliveira; Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO A nutrição parentérica (NP) representa uma alternativa ou complemento em doentes cujo o aporte nutricional por via oral e/ou entérica seja inadequado/inseguro ou sempre que o tubo digestivo esteja não funcionante ou esta via contraindicada. O sucesso na escolha da NP mais adequada depende de uma equipa multidisciplinar especializada que possa fornecer um suporte nutricional que se traduza numa melhoria de resultados clínicos e na segurança do doente. Com a criação de protocolos de decisão terapêutica, o Farmacêutico Clínico Hospitalar intervém no cálculo das necessidades nutricionais do doente e consequentemente no aconselhamento da bol-sa de NP mais adequada e monitorização clínica e bioquímica do doente.

OBJETIVOS Definição e implementação de metodologia de abordagem ao doente com necessidade de nutrição parentérica.

MÉTODOS Descrição da metodologia:1. Validação da opção nutricional de suporte parentérico de acordo com fluxograma de decisão;2. Preenchimento de folha de cálculo das necessidades nutricionais do doente – avaliação antropométrica; dados bioquímicos; cálculo das necessidades proteicas; cálculo das necessidades energéticas não proteicas; cálculo das necessidades energéticas totais; escolha do volume adequado; validação da via de administração;3. Seleção da bolsa de NP mais adequada pertencente ao Formulário do Hospital (preferencialmente após cor-reções iónicas);4. Sugestão da bolsa de NP ao médico prescritor;5. Aceitação e alteração/ou não por parte do médico prescritor;6. Monitorização clínica e bioquímica do doente;7. Otimização da terapêutica nutricional quando aplicável.

RESULTADOS Entre janeiro a agosto de 2019 os Serviços Farmacêuticos interviram em 100% das prescrições de NP (21 inter-venções). Neste universo, 71% (15) foram em contexto de cirurgia de gastroenterologia, 24% (5) por infeção e 5% (1) por doença oncológica não gastrointestinal. Em apenas 5 casos, a intervenção não foi aceite.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O Farmacêutico clínico desempenha um papel fundamental no apoio à prescrição da nutrição parentérica, sen-do que o futuro revela -se desafiante, nomeadamente na avaliação dos outcomes e qualidade de vida dos doentes, assim como na dimensão económico -financeira.Será também imprescindível a criação de uma Comissão de Nutrição Clínica que tenha como âmbito a NP, en-térica e a alimentação oral.

BIBLIOGRAFIA Ordem dos Farmacêuticos – Conselho do Colégio de Especialidade de Farmácia Hospitalar: Manual de Nutrição Artificial. 2003. Disponível em ttps://www.ordemfarmaceuticos.pt/pt/publicacoes/manuais/manual -de -nutricao--artificial/;ESPEN Guidelines & Consensus Papers – disponível em https://www.espen.org/guidelines -home/espen -guidelines

N70INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA NUTRIÇÃO PARENTÉRICA: METODOLOGIA E RESULTADOS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201994

AUTORES Ana Brito; Andreia Fernandes; Laura Lourenço; Sónia Domingos; Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta.

INTRODUÇÃO Os farmacêuticos são responsáveis pela distribuição de medicamentos em regime de ambulatório. O objetivo prende -se, não só com a cedência, mas também com a prevenção identificação e resolução dos problemas relacionados com a medicação (PRM). A mais -valia das Intervenções Farmacêuticas (IF) reflete -se na adesão, educação em saúde e promoção da qualidade de vida dos doentes.

OBJETIVOS Avaliação e caraterização das IF efetuadas nos doentes em regime de ambulatório, seus cuidadores e outros profissionais de saúde.

MÉTODOS Estudo longitudinal retrospetivo. Foram incluídos todos os doentes atendidos no setor do ambulatório entre novembro 2018 e agosto 2019. As IF foram registadas e classificadas de acordo com o tipo, motivo, tempo e resultado da intervenção.

RESULTADOS No período estudado foram registadas 663 IF (n=38057 doentes).As especialidades com maior número de intervenções foram: infeciologia 41.9% e oncologia 26.5% gastrente-rologia 14.6%. Os alvos das IF foram os doentes (62.7%), cuidadores (12.2%), médicos (22.9%) e outros profis-sionais de saúde (2.2%).Destacam -se as IF relacionadas com ensino terapêutico (37.1%), verificação/reforço da adesão (21.1%) e con-sulta farmacêutica (7.4%).Os motivos mais relevantes das IF foram doente/fármaco novo (44.5%), má adesão/levantamento irregu-lar (21,5%), toma incorreta/conhecimentos insuficientes da terapêutica (4.9%), prescrição de fármaco errado (4.1%) e suspeita de Reação Adversa Medicamentosa (1.1%).67.3% das IF demoraram 5 -15 minutos e 19.1% > 15 minutos.A taxa de aceitação das recomendações farmacêuticas foi 92.9%.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os Farmacêuticos são essenciais aquando da dispensa dos medicamentos, não só para cedência de informa-ção e ensino terapêutico, mas também para detetar ativamente os PRM. Face ao número de atendimentos efetuados (cerca de 200 doente/dia) e escassez de recursos humanos, admite -se uma subnotificação das IF realizadas.A comunicação entre os diferentes profissionais de saúde demonstra ser essencial na resolução dos PRM con-tribuindo para melhoria da segurança e otimização da terapêutica.As IF apresentam uma elevada taxa de aceitação que revela a importância e reconhecimento do papel do Farmacêutico.

BIBLIOGRAFIA 1. Boorman, S. et al., Another way forward for pharmaceutical care: a team –based clinical Pharmacy Service. The Pharmaceutical Journal. 2000. Vol 264

N72 INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA DISPENSA DE MEDICAÇÃO NO SETOR DE AMBULATÓRIO

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9512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Teresa Cabeças; Joana Cardoso; Rita Oliveira; Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO O Farmacêutico Clínico assegura, mediante aplicação de conhecimentos técnico -científicos, a utilização eficaz e racional dos medicamentos. A residência na UCIP permite uma maior proximidade ao doente e à equipa multidisciplinar, resultando num apoio rápido e eficiente em todos os temas relacionados com o medicamento.

OBJETIVOS Descrição e caracterização das intervenções desenvolvidas pelo Farmacêutico Clínico residente na UCIP, e desta forma demonstrar a mais valia do mesmo, nomeadamente no seguimento farmacoterapêutico e no apoio in loco, rápido e assertivo, em ambiente multidisciplinar.

MÉTODOS Reestruturação logística dos Serviços Farmacêuticos, com consequente transferência do posto de trabalho do Farmacêutico Clínico para a UCIP de um hospital privado em Lisboa, com 12 camas de internamento. Durante o período de tempo de 10 meses (novembro 2018 a agosto 2019), a unidade apresentou uma média mensal de 165 doentes internados, dos quais 115 (70%) em recobro pós -cirúrgico e 50 (30%) em estado crítico. Todas as intervenções farmacêuticas referentes aos doentes críticos foram registadas em ficheiro excel e/ou em progra-ma informático BSimple, categorizadas e analisadas.

RESULTADOS Num total de 384 intervenções (77% do total de doentes críticos no período referido): 86 (17%) foram refe-rentes a ajustes dose e posologia; 49 (10%) na categoria diluição/reconstituição; 46 (9%) ações formativas e elaboração de material técnico -científico de apoio; 44 (9%) relacionadas com via de administração; 40 (8%) referentes a questões logísticas e de aprovisionamento; 30 (6%) sobre interações, compatibilidade e estabili-dade; 27 (5%) no âmbito de nutrição clínica; 19 (4%) registos de alergias medicamentosas; 18 (4%) apoios na instituição de terapêutica baseada em guidelines; 13 (3%) auditorias internas aos estupefacientes, hemoderi-vados e carro de urgência; 11 (2%) esclarecimentos de questões sobre material de penso; 7 (1%) pedidos de medicamentos extra -formulário hospitalar e 4 (1%) reconciliações terapêuticas.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A residência do farmacêutico clínico na UCIP é fundamental para o seguro e eficaz uso do medicamento. A evidência da intervenção farmacêutica apresentada neste trabalho demonstra a mais -valia da prestação dos Serviços Farmacêuticos centrados no doente, numa lógica multi e interdisciplinar, acrescentando assim valor aos cuidados prestados pelos restantes profissionais de saúde. Esta proximidade permite uma rápida interven-ção na resolução das diversas questões do dia -a -dia, de âmbito farmacoterapêutico e/ou relacionadas com o circuito do medicamento.

BIBLIOGRAFIA Fideles, Giovanni Montini Andrade, et al. “Pharmacist recommendations in an intensive care unit: three -year clinical activities.” Revista Brasileira de terapia intensiva 27.2(2015): 149 -154.;Ho, Claudia K., et al. “Assessment of clinical pharmacy interventions in the intensive care unit.” The Canadian journal of hospital pharmacy 66.4 (2013): 212.

N73FARMACÊUTICO CLÍNICO RESIDENTE NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS POLIVALENTES (UCIP): ÂMBITO E RELEVÂNCIA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201996

AUTORES Ana Brito; Ana Simões; Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO As UHD são um modelo de assistência hospitalar alternativo ao internamento convencional. São constituídas por uma equipa multidisciplinar em que o papel do farmacêutico é preponderante na redução de erros de me-dicação.1,2A UHD do nosso hospital foi formada em 2015, tendo até agosto de 2019 acompanhado cerca de 1340 doentes.

OBJETIVOS Avaliação das intervenções farmacêuticas (IF) efetuadas nos doentes internados na UHD.

MÉTODOS Estudo retrospetivo realizado entre dezembro 2018 e agosto 2019 na UHD. Foram incluídos todos os doentes internados na UHD, tendo sido excluídos os doentes com idade <65anos ou com <5 medicamentos prescritos. Foram registadas todas as IF realizadas por email e notificações no sistema eletrónico de prescrições, sendo excluídas as IF telefónicas por falta de registo.As IF foram classificadas de acordo com o tipo de intervenção (revisão de medicação, monitorização terapêu-tica, validação da prescrição, cedência de informações e reconciliação terapêutica), motivo de intervenção e recomendação farmacêutica.

RESULTADOS No período estudado foram admitidos 425 doentes na UHD. No total foram efetuadas 80 intervenções, nos 53 doentes incluídos. A maioria dos doentes tinham ≥10 fármacos prescritos (63.5%) e apresentavam em média 74.7 anos.Destacam -se as IF relacionadas com monitorização terapêutica de fármacos (45.0%), revisão terapêutica (28.8%) e ocorridas durante a validação da prescrição (23.8%).As principais recomendações farmacêuticas foram relativas a ajuste de dose de medicamentos de estreita margem terapêutica (34.6%), pedido de análises para doseamento de fármacos (23.5%) e alteração de me-dicamentos prescritos (16.0%).Em 13 casos foram detetadas interações graves, das quais, 69.2% resultaram em alteração do medicamento e 30.8% em desprescrição.A taxa de aceitação das recomendações farmacêuticas foi 96.3%.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES As IF incidiram maioritariamente sobre doentes polimedicados, demonstrando a necessidade de atenção far-macêutica face ao risco acrescido nestas prescrições. Apesar da população intervencionada ser reduzida quan-do comparada com a total admitida, foram realizadas IF de alto impacto, reduzindo risco potencial para o doente (monitorização de antibióticos de elevada toxicidade, deteção interações graves e moderadas).A elevada taxa de aceitação representa a importância e reconhecimento das IF.A integração de um farmacêutico na equipa multidisciplinar das UHD contribui para aumentar segurança do doente e qualidade de prescrição com diminuição dos erros relacionados com a medicação.

BIBLIOGRAFIA 1. Satti AE et al., Impact of Clinical Pharmacist Interventions in the Medical Ward – A study at Alkhor Hospital. American Journal of PharmTech Research 2014.2. Cardoso CK et al., Atenção farmacêutica domiciliar: série de casos de usuários do programa práticas integra-das em saúde coletiva. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada 2013.

N74 INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NUMA UNIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA (UHD)

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9712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Francisco Sá; Ana Maria Ventim; Rita Oliveira; Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO O tratamento de feridas agudas e crónicas é um grande desafio nas unidades de cuidados de saúde. Em am-biente hospitalar a diversidade de etiologia das feridas e a escassez de guidelines ou procedimentos institu-cionalizados dificulta a abordagem ao problema. A gestão empírica da ferida, quando feita no dia -a -dia e sem a definição de um plano de ação, pode comprometer a eficácia do tratamento. O material de penso com ação terapêutica é uma das muitas áreas de conhecimento da farmácia clínica. Reveste -se, assim, da maior impor-tância a necessidade de não só prestar aconselhamento aos demais profissionais de saúde, mas também de participar na decisão terapêutica no que concerne ao tratamento e prevenção de feridas. A criação da comissão de tratamento de feridas passa a ser o garante de uma continuidade terapêutica consistente, acompanhando todo o processo de evolução da ferida.

OBJETIVOS Demonstrar a mais -valia e o valor do conhecimento farmacêutico na decisão terapêutica para o tratamento e prevenção de feridas.

MÉTODOS Planeamento em contexto multidisciplinar: 1) Método de desinfeção, antiséticos e agentes antimicrobianos; 2) Tipo de material de penso; 3) Gestão do uso de antibióticos (quando aplicável); 4) Possíveis terapêuticas adjuvantes; Monitorização do doente: 1) visita regular e análise do leito de ferida: olhar, tocar, cheirar; 2) parâ-metros analíticos; 3) monitorização de antibióticos; Plano de prevenção de feridas: formação contínua dos restantes profissionais de saúde, criação de protocolos de atuação.

RESULTADOS Doente, sexo masculino, 71 anos com infeção de prótese total do joelho de há 17 anos e com loca no trocânter ipsilateral. Referenciação por parte do Ortopedista ao Farmacêutico para escolha da abordagem terapêutica. Selecionado material desbridante de forma a preparar a loca para posterior enxerto. Atuação a nível dos bor-dos da ferida e preenchimento da loca de forma a contribuir para desbridamento dos tecidos e manutenção da integridade da mesma. Gestão da antibioterapia e da dor. Utilização de diversos materiais consoante evolução da ferida. Inicialmente hidrogel e espuma cavitária, seguido de polihexanida+betaína gel para promoção de desbridamento químico mais eficaz. Depois de 4 semanas, alcançada maior viabilidade tecidular e feito auto--enxerto. Alta passados 6 meses com evolução favorável e ainda em recuperação.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O Farmacêutico clínico, sendo o especialista do medicamento, revela -se um elo fundamental na prestação de cuidados ao doente, tanto no tratamento de feridas agudas e crónicas como na prevenção de úlceras de pres-são no doente acamado. Tal mais valia traduziu -se na criação da Comissão de feridas e material de penso, que inclui 1 Médico especialista em cirurgia plástica, 1 Farmacêutico clínico e 1 Enfermeiro representante de cada um dos serviços do Hospital.

N75PARTICIPAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA DECISÃO CLÍNICA NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE FERIDAS – CASO CLÍNICO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 201998

AUTORES Ana Simões; Ana Brito; Armando AlcobiaHospital Garcia de Orta

INTRODUÇÃO A administração de antibióticos endovenosos (AB EV) no domicílio aumentou significativamente com a imple-mentação das UHD no SNS desde 2015. Este incremento deveu -se, em grande parte: pela versatilidade de AB EV em toma única diária, avanços nos acessos vasculares e sistemas de infusão, alta aceitação pelos doentes e profissionais de saúde. Demonstrando a diminuição de custos, segurança e eficácia num grande número de doenças infecciosas.1,2Em 2018 foi formado um grupo de trabalho TADE na UHD do hospital com o objetivo de otimizar a terapêutica AB EV, elaborar protocolos terapêuticos e melhorar os procedimentos de administração de AB EV no domicílio do doente.

OBJETIVOS Avaliação da importância da integração de um farmacêutico no grupo de trabalho TADE da UHD para otimizar a terapêutica AB EV.

MÉTODOS Revisão bibliográfica e análise dos RCM dos AB EV existentes no hospital para avaliar as propriedades, posolo-gia, dose, vias de administração e estabilidade após reconstituição e/ou diluição.Avaliação do perfil dos doentes tratados com AB EV na UHD durante o 1.º semestre de 2017 e identificação das principais diferenças comparativamente aos doentes internados no serviço de Medicina convencional que recusaram internamento na UHD, no período homólogo.

RESULTADOS A revisão bibliográfica permitiu a elaboração de uma tabela resumo com a informação mais relevante: recons-tituição, diluição, estabilidade, vias de administração, incompatibilidades, interações e alertas.Em abril de 2018 foram implementados os protocolos terapêuticos na UHD, de acordo com a seleção de AB EV e vias de administração mais adequados, assim como a utilização de sistemas de infusão programáveis que permitem a perfusão contínua ou intermitente de acordo com as estabilidades de cada AB EV.Foi feita uma avaliação 6 meses depois da implementação destas medidas demonstrando que se conseguiu descalar a utilização de cefalosporinas de 3.ª geração para cefalosporinas de 2.ª geração em quase 30% dos doentes.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A revisão bibliográfica contribuiu para otimizar a seleção e utilização de AB EV promovendo o seu uso racional, facto comprovado pela diminuição da utilização de cefalosporinas de 3.ª geração. O estudo das vias de admi-nistração e estabilidade após reconstituição e/ou diluição permite uma minimização da ocorrência de efeitos adversos. Desta forma, a integração de um farmacêutico no grupo de trabalho TADE da UHD contribuiu assim, para aumentar a eficácia na utilização de AB EV e a segurança do doente.

BIBLIOGRAFIA 1. Chung, E et al., Development and Implementation of a Pharmacist -managed Outpatient Parenteral Antimicrobial Therapy Program. Scholarship and Professional Work 2016.2. González -Ramallo, VJ et al., Costs of outpatient parenteral antimicrobial therapy (OPAT) administered by hos-pital at home units in Spain. International Journal of Antimicrobial Agents 2017.

N76PAPEL DO FARMACÊUTICO NO GRUPO TADE (TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DOMICILIÁRIA ENDOVENOSA) NUMA UNIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA (UHD)

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9912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Beatriz Pinto; Maria Baptista; Sara Franco; Rita Oliveira; Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO A farmacovigilância, como um método de monitorização sistemática do processo de pré -venda e vigilância pós -mercado e que inclui todos os medicamentos usados no quotidiano hospitalar, revela -se de grande im-portância, tendo por fim o acesso seguro ao medicamento. Os protagonistas da prescrição, dispensa e admi-nistração devem estar sensibilizados para a prevenção e deteção de qualquer Problema Relacionado com o Medicamento (PRM). Diariamente somos confrontados com diversas atualizações de medidas de farmacovigi-lância, quer por parte dos laboratórios, quer por parte das entidades reguladoras do medicamento. No sentido de melhorar a comunicação e alertar para a prevenção de qualquer PRM, os Serviços Farmacêuticos enviam, mensalmente, uma edição “Farmacovigilância Flash News” como resposta à necessidade de garantir um circui-to do medicamento mais seguro, melhorando a comunicação entre os profissionais de saúde.

OBJETIVOS Informação e sensibilização dos profissionais de saúde para o uso mais seguro do medicamento e melhoria de práticas farmacoterapêuticas.

MÉTODOS Divulgação mensal de edição “Farmacovigilância Flash News”, abordando temáticas de forma resumida e es-quematizada: atualizações de Resumos de Características do Medicamento, reforço de informação de doses máximas diárias e posologias recomendadas, interações importantes, efeitos secundários, entre outros.

RESULTADOS Este projeto teve início em novembro de 2018 e tem recebido vários inputs técnico -científicos assim como feedback positivo por parte dos médicos. Existem já exemplos de alterações de práticas farmacoterapêuticas sustentadas por informação veiculada por esta iniciativa (alteração da posologia do metamizol magnésico 2g IV de 8h/8h para 12h/12h).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A comunicação revela -se fundamental, em ambiente multidisciplinar, na modificação de comportamentos. A monitorização contínua dos medicamentos, nomeadamente nos riscos associados à sua administração, per-mite a implementação de ações no âmbito da gestão de risco assim como na gestão da qualidade. Assim, as edições lançadas pelos Serviços Farmacêuticos têm -se tornado, todos os dias, numa solução que melhora a prescrição e permite o uso seguro do medicamento, melhorando também a experiência do doente e formando os profissionais de saúde.

BIBLIOGRAFIA PITTS, PJ et al. – 21st century pharmacovigilance: efforts, roles, and responsibilities. Lancet Oncology. 11 (2016) e486 -e492.

N77FARMACOVIGILÂNCIA FLASH NEWS: O DESAFIO DA COMUNICAÇÃO EM AMBIENTE HOSPITALAR

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019100

AUTORES Rute Miranda; Inês RatãoCHBM

INTRODUÇÃO Nos últimos anos tem -se assistido a extraordinários progressos, dos quais se destaca a simplificação da tera-pêutica para regimes de toma única e terapêutica dupla aliados à redução de efeitos adversos com impactos expressivos na adesão à terapêutica.Este relatório pretende dar a conhecer o consumo da terapêutica antiretroviral (TARV) no 2.º quadrimestre de 2019.

OBJETIVOS Elaborar a análise comparativa da evolução da TARv bem como analisar os principais desafios e estratégias.

MÉTODOS Elaboração de listagem dos levantamentos de TARv cedidos no ambulatório hospitalar, desde Maio de 2019 até Agosto de 2019.Foram compilados os esquemas atuais para cada doente, o switch de esquemas de TARV e contabilizados os novos doentes que iniciaram TARV no 2.º quadrimestre de 2019.

RESULTADOS Em Agosto de 2019 (2º Q), existiam 823 doentes sob TARV, distribuídos por 57 esquemas terapêuticos dife-rentes, dos quais DRV/c/FTC/TAF:131 dts; DTG/ABC/3TC: 248 dts; RPV/FTC/TAF121) representam 61% do total. Todos eles constituem um regime de toma única e todos apresentam um custo mensal médio que não ultra-passa os 500 €/mês.Relativamente à terapêutica dupla, embora o numero de dts seja reduzido (52) verificou -se um incremento na sua adoção a qual é equacionada como uma das opções de simplificação terapêutica. O esquema DTG+3TC é o que apresenta maior n.º de dts (5,22%).48 novos doentes (41,6%) iniciaram TARv, dos quais: 27,08% (13 dts) com DRV/c/FTC/TAF; 14,58% (7 dts) com DTG/ABC/3TC. As escolhas da terapêutica são concordantes com as guidelines europeias atuais verificando -se que assentam num esquema de toma única.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Constata -se que existem várias opções de switch que permitirão poupanças significativas. Se todas as mudan-ças fossem consideradas, iria gerar uma poupança anual de 331 664 €. Considerando que nem todos os doentes terão critérios de mudança, há no entanto opções que não sugerem alteração de fármacos e que apenas se prendem com a quebra da co -formulação (passando de um regime de um comprimido de toma única diária para 2 comprimidos/dia) ou o inverso (passando de 2 comprimidos/dia para um comprimido toma única diária). Se considerarmos apenas estas duas alterações a poupança anual será de 257 580 €. Os desafios futuros conducentes à sustentabilidade da TARV, devem ter em consideração não só a efetividade, segurança e comodidade da TARV, mas também a vertente económica, motivo pelo qual considera -se essen-cial que esta premissa esteja presente no ato de prescrição. É também essencial a consulta farmacêutica e a comunicação entre farmacêutico e doente para que a aliança estratégica custo -eficácia seja possível. Sendo esta, uma área em que a inovação é uma constante, consideramos fundamental que seja assegurada a moni-torização regular dos esquemas terapêuticos, com feedback ativo para os clínicos, bem como o alinhamento de estratégias entre ambos os Serviços (Farmacêutico e de Infeciologia) que devem acompanhar a evolução dos preços decorrentes de futuras negociações.

BIBLIOGRAFIA Guidelines EACS version 9.1 – European AIDS Clinical Society. October 2018.

N78 CUSTO ‑EFICÁCIA: UMA ALIANÇA ESTRATÉGICA NA TARv. CAMINHOS PARALELOS ...?

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10112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Sara Margarida Vila -Chã Barroso; Antonieta Isabel Machado Longo Machado SilvaHospital de Braga

INTRODUÇÃO O estágio curricular tem por objetivo garantir uma formação adequada ao exercício farmacêutico de modo a que este venha a ser desempenhado de forma competente e responsável, nas suas vertentes técnica e deon-tológica. Os Serviços Farmacêuticos (SF) Hospitalares assumem um papel preponderante naquele que é o pri-meiro contacto com a realidade profissional de muitos alunos.

OBJETIVOS Caracterizar o ensino farmacêutico nos SF da instituição e fornecer uma perspetiva da adaptação face às neces-sidades dos alunos e da profissão. Identificar oportunidades de melhoria com o objetivo de prestar um serviço de excelência.

MÉTODOS Estudo retrospectivo descritivo em que foram analisados entre 2012 e 2018 os seguintes itens relativos ao es-tágio dos alunos de Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas (MICF) no Serviço: número de alunos, ins-tituição de ensino superior, realização de trabalhos, trabalhos apresentados, inclusão dos alunos nos projetos em curso dos SF e o grau de satisfação dos alunos face à orientação entre 2012 e 2018.

RESULTADOS No período em estudo, os SF da instituição receberam 89 alunos: 32.6% dos alunos da Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto, 10.1% da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, 6.7% da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra e 0.6% da Faculdade de Ciências e Tecnologia do Algarve.Foi elaborado um guia de receção ao aluno com informações úteis, entregue a cada aluno com o cronograma a cumprir e identificados os farmacêuticos responsáveis de cada área de atividade.Assistimos a 19 apresentações em reunião de Serviço, foram efetuadas 21 pesquisas bibliográficas, os alunos foram integrados em cerca de 25 projetos ou atividades em curso. Quanto ao relatório final de estágio, 93.3% apresentaram um relatório descritivo, enquanto 6.7% apresentaram uma análise SWOT.Cerca de 49% classificaram como 5 numa escala de 1 a 5 a qualidade do ensino na instituição em estudo, 43% como 4 e 8% como 3. Dos 37 alunos que responderam ao inquérito, 10 deixaram sugestões de melhoria. Foi elaborado um procedimento interno aprovado pelo Departamento de Qualidade, no âmbito do processo de reacreditação.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Nos últimos anos os SF viram a sua atividade aumentada o que, naturalmente, impôs novos modelos organiza-cionais. O cronograma tentou refletir o circuito do medicamento, permitindo ao aluno acompanhar o papel do farmacêutico. O estágio curricular, por definição observacional, tornou -se mais integrado, sensibilizando para a mais valia da intervenção farmacêutica.São limitações do estudo a ausência de registos, o ajuste do cronograma de estágio, em função do número de alunos e a baixa adesão ao questionário de satisfação.Atentos à inovação e a uma nova realidade da Farmácia Hospitalar, os SF posicionam -se com o objetivo de continuar a sua missão. A interação com os alunos tem -se revelado profícua e estimuladora, servindo como ala-vanca para novos desafios. Espera -se uma aliança cada vez mais forte entre os SF Hospitalares e as Instituições de Ensino Superior, em que ambos beneficiem da experiência do “mundo real” e da capacidade tecnológica e científica.

BIBLIOGRAFIA Decreto -Lei n.º 109/2017 de 30 de agosto

N79O ENSINO FARMACÊUTICO – A NOSSA EXPERIÊNCIA

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019102

AUTORES Maria Fátima Grenho1; Ana Lourenço1; Beatriz Pinto1; Rita Oliveira1; Maria Teresa Aires Pereira1; Carlos Almeida2; João Campos3

1Hospital CUF Infante Santo2SUSY – Ministério dos Remédios3Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto

INTRODUÇÃO Inflammatory bowel diseases are chronic inflammatory disorders of unknown etiology involving the gastroin-testinal tract. Crohn’s Disease (CD) is more prevalent in female individuals. One of the most frequent complica-tions in CD is the intestinal obstruction with clinical manifestations such as fever, abdominal pain and diarrhea. Malabsorption problems make difficult the treatment with conventional oral corticoids. Thus, it is presented a case of a successful formulation switch as an alternative to tablets or intravenous corticoids, in a patient with CD. A 24 years old woman presented with abdominal pain in the right iliac fossa, food and biliary vomiting and bloating sensation/abdominal fullness. Computed Tomography describes significant thickening of a short ter-minal segment of the ileum, associated with slight upstream dilatation and densification of the surrounding fat. This may suggest terminal ileitis, suggesting CD. The first therapeutic option was ciprofloxacin, metronidazole and mesalamine granules q.d.. During the colonoscopy, it was observed that in the cecum the ileocecal valve was deformed and progression to the ileum was impossible due to stenosis induced by inflammation. From the rectum up to 30cm, multiple aphthous erosions with hyperaemic borders were observed. On day 5 of hospital-ization, the patient presented diarrhea. As there was a doubt of poor absorption of mesalamine granules be-cause they were seen in stools and an illeon obstruction was possible with pills, physicians asked the pharmacy for an alternative, because there is not an oral suspension available in Portugal. Although it is recommended the use of an intravenous corticoid in these situations, the patient wanted to be discharged.

OBJETIVOS Evaluate if an oral suspension of prednisolone would be a good alternative to CD patients with risk of bowel occlusion.

MÉTODOS Based on the literature, the pharmacy team prepared an oral suspension of prednisolone 5mg/mL with 7 days of stability when stored between 2 -8ºC. The patient was discharged with the prednisolone oral suspension 20mg prescribed b.i.d. for 7 days.

RESULTADOS During follow up appointment, 7 days later, satisfactory clinical progression was presented, diarrhea and ab-dominal pain were resolved.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES An oral suspension of prednisolone has shown to be a good alternative to CD patients with risk of bowel occlu-sion. The switch described makes evident the role of the clinical pharmacist on the healthcare multidisciplinary team. Further investigation is needed, especially in order to try to increase suspension stability and evaluate the bioavailability of these formulations.

BIBLIOGRAFIA FOURIE, S. et al. – Living with Inflammatory Bowel Disease: A review of qualitative research studies. Int J Nurs Stud. (2018);FEUERSTEIN, JD et al. – Crohn Disease: Epidemiology, Diagnosis, and Management. Mayo Clin Proc. (2017);

N80 PREDNISOLONE ORAL SOLUTION FORMULATION FOR CROHN DISEASE: A CASE REPORT

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10312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Vera Pires; Maria João Teixeira; António Melo GouveiaIPO Lisboa

INTRODUÇÃO O Palbociclib (P) é um inibidor reversível, das cinases dependentes da ciclina (CDK) 4 e 6 [1]. Está indicado no tratamento do carcinoma da mama HR+, HER2 - avançado ou metastático que progrediu com terapia hormo-nal.[2] Com a recente aprovação em linhas mais precoces prevê -se um aumento da utilização deste fármaco. Segundo os ensaios este medicamento possui um perfil de toxicidades (T) que permite a implementação algo-ritmos de monitorização.

OBJETIVOS Este estudo pretende caracterizar o perfil de T e seu manejo nos doentes da nossa Instituição que iniciem P, com vista a uma otimização na vigilância de efeitos adversos (EA’s) por parte do médico e do farmacêutico.

MÉTODOS Efetuamos um estudo retrospetivo e incluímos os doentes que realizaram pelo menos uma dose de P, entre janeiro de 2017 e setembro de 2019. Recolhemos os dados através do processo clínico. Os EA’s foram classifi-cados de acordo com Critérios Comuns de Terminologia para Eventos Adversos (CTCAE), em comparação com o Resumo das Características do Medicamento (RCM).

RESULTADOS Incluímos 20 doentes, com uma média de idades de 58,5 anos e tempo médio de folow up de 143,8 dias. O EA qualquer grau (QG) mais comum foi a neutropenia (N) 85% (17/20), superior ao verificado no RCM 80,6%; sen-do que 55% (11/20) tiveram N G3 vs 55,3%. Não houve nenhum caso de N febril e observamos 20% (4) doentes com infeção (QG) vs 54,7% do RCM. O EA não hematológico mais frequente (QG) foi o cansaço 55% (11/20) vs 39,2%, 1 doente teve G3 e os restantes G1 -2. Observamos alguns EA’s não descritos no RCM que carecem de investigação, como T pulmonar e agravamento da síndrome pernas inquietas. 25% necessitaram de um atraso no início do ciclo subsequente, devido a N G3. (4) 20% doentes tiveram N G2, com atraso no ciclo seguinte e, 2 (10%) necessitaram de redução de dose. 3 doentes suspenderam a terapêutica, 2 por T e 1 por não ter bene-fício clínico. Verificou -se que as interrupções da terapêutica, devido a T e reduções de dose, aconteceram entre 1.º e 4.º ciclo, coincidente com a literatura.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Verificamos que a população estudada tem um perfil de T muito similar ao encontrado nos estudos o que evidência a necessidade de uma vigilância destes doentes. Apesar de poucos doentes, obtivemos dados fora do contexto de ensaios clínicos, que irão contribuir para a definição de um protocolo de vigilância de EA’s num processo colaborativo que reforça a intervenção farmacêutica.

BIBLIOGRAFIA [1] G. Taylor -Stokes et al.; Treatment patterns and clinical outcomes among patients receiving P in combination with an aromatase inhibitor or fulvestrant for HRþ/HER2 - advanced/metastatic breast cancer in realworld set-tings in the US, The Breast 43 (2019) 22e27 [2] Teresa M. McShane et al.; Updates on managing advanced breast cancer with P combination therapy, Ther Adv Med Oncol 2018, Vol. 10: 1–17

N81CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL E MANEJO DE TOXICIDADES DO PALBOCICLIB – EXPERIÊNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019104

AUTORES Beatriz Pinto; Joana Cardoso; Rita Oliveira; Maria Teresa Aires PereiraHospital CUF Infante Santo

INTRODUÇÃO A residência e a integração do farmacêutico clínico na equipa multidisciplinar de saúde de um serviço têm -se revelado de grande importância na segurança do circuito do medicamento. No serviço de urgência, todos os profissionais de saúde trabalham sob um ambiente de maior pressão, mais suscetível ao erro, sendo o objetivo manter os cuidados de saúde ao nível de excelência habitual. Assim, a residência do farmacêutico clínico no serviço traz benefício relativamente à comunicação mais eficaz entre os profissionais de saúde, na uniformiza-ção dos processos, na adequação da prescrição do doente, acrescentando eficácia e segurança ao circuito do medicamento e melhorando a experiência do doente.

OBJETIVOS Descrever o impacto da residência do farmacêutico clínico no serviço de urgência através da enumeração das intervenções efetuadas.

MÉTODOS Registo de todas as intervenções do farmacêutico clínico residente no serviço de urgência ao longo de 20 me-ses ( janeiro 2018 – agosto 2019).

RESULTADOS Registaram -se 229 intervenções (32%), no período de janeiro de 2018 a agosto de 2019, numa amostra de 720 doentes internados em Sala de Observação num período mínimo de 12 horas: 95 relativas à avaliação da justificação de antibióticos de reserva, 33 ações formativas e elaboração de material técnico -científico de apoio, 32 reconciliações terapêuticas, 27 auditorias internas aos estupefacientes, hemoderivados, carros de urgência e armazenamento e administração de medicamentos, 11 esclarecimentos de questões acerca de diluição e reconstituição, 10 relativas a dose, posologia e cinética, 9 aconselhamentos a doentes, 6 registos de alergias medicamentosas, 5 esclarecimentos a questões logísticas e de aprovisionamento e 1 apoio na prescrição de nutrição clínica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES O farmacêutico clínico residente representa um projecto de valor acrescentado em ambiente multidisciplinar com foco no tratamento personalizado ao doente e com benefício no circuito seguro do medicamento em ambiente de urgência e na transição entre este e outros serviços/domicílio. O futuro traz o enraizamento des-te projecto com a manutenção das actividades já existentes e com novos desafios como o reporte activo de Problemas Relacionados com o Medicamento em ambiente de urgência e a distribuição de cartão informativo ao doente do episódio sucedido, a verificação de verdadeiras alergias com a realização na entrada de testes rápidos de alergias a penicilinas em colaboração com a imunoalergologia e a avaliação do impacto da residência do farmacêutico clínico através da distribuição de inquéritos de satisfação aos restantes profissionais de saúde.

BIBLIOGRAFIA NICHOLS, J. et al – Clinical Care Pharmacists in Urgent Care in North East England: A Qualitative Study of Experiences after Implementation. Pharmacy (Basel) (2019).CHOI, YJ et al – Effect of pharmacy -led medication reconciliation in emergency departments: A systematic re-view and meta -analysis. J Clin Pharm Ther (2019).

N82 RESIDÊNCIA NO SERVIÇO DE URGÊNCIA: O FARMACÊUTICO CLÍNICO COMO PARTE INTEGRANTE DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR

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10512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Cristina Carvalho; João Paulo G Lopes da CruzServiço de Gestão Técnico -Farmacêutica, Hospital de Santa Maria, Centro Hospitalar Lisboa Norte, EPE

INTRODUÇÃO A introdução dos medicamentos biológicos no armamentário terapêutico da psoríase moderada a grave alterou o paradigma do tratamento desta patologia. A terapêutica com biológicos permite um tratamento continuado até perda de eficácia ou surgimento de eventos adversos (Torres et al., 2018). A persistência no tratamento é definida como o intervalo de tempo entre o início e a descontinuação do medicamento (Sbidian et al.,2019). Vários factores podem condicionar a persistência no tratamento, tais como: eficácia, segurança, tolerabilidade e comodidade para o doente. Habitualmente medida sob condições óptimas nos ensaios clínicos, pode não coincidir necessariamente com a observada na prática clínica (Pogácsás et al., 2017).

OBJETIVOS Pretendeu -se determinar a persistência no tratamento com ustecinumab, como marcador de efectividade no longo prazo, nos doentes seguidos na consulta externa de Dermatologia com psoríase moderada a grave.

MÉTODOS Análise retrospectiva dos dados de dispensa de ustecinumab na farmácia de ambulatório, desde a disponibili-zação do medicamento até 31 julho de 2019. Análise estatística através da curva de sobrevivência de Kaplan--Meier e regressão de Cox (IBM SPSS Statistics 21).

RESULTADOS Foram analisados todos os doentes [N=64; Homens 68.8%; Mulheres 31.3%; Idade (média anos; DP) 47.56; 13.3)]. Do total analisado, 42.2% descontinuaram o tratamento, o tempo máximo em tratamento foi de 110 meses e 37.5% haviam levantado pelo menos um outro biológico antes do ustecinumab, e destes 12.5% levan-taram mesmo dois biológicos. A taxa de persistência no tratamento foi de 69% no 1.º ano, 54% no 3.º ano e de 48% ao fim de 5 anos. Verificou -se que quer o género quer a “experiência” em biológicos não têm impacto significativo na taxa de persistência (p=0.502, p=0.368, respectivamente).

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os resultados demonstram uma queda acentuada na taxa de persistência no tratamento logo no 1.º ano, que suaviza com o tempo, atingindo 48% ao fim de 5 anos. Comparativamente à taxa de doentes que completaram o tratamento à 244.ª semana do estudo PHOENIX 1 (68.7%), este estudo demonstrou um resultado inferior. Ao analisar os dados da vida real, verificou -se uma menor efectividade no longo prazo, questionando -se a relação custo -efectividade do ustecinumab.

BIBLIOGRAFIA KIMBALL, A.B. et al. Long -term efficacy of ustekinumab in patients with moderate -to -severe psoriasis treated for up to 5 years in the PHOENIX 1 study. JEADV. 27 (2013)1535–1545.POGÁCSÁS, Lilla et al. Long -term survival and predictor analysis of the whole psoriatic patient population on biological therapy in Hungary. J Dermatol Treat. 28:7 (2017) 635–641.SBIDIAN, Emilie et al. Persistence of treatment with biologics for patients with psoriasis: a real world analysis of 16 545 biologic -naïve patients from the French National Health Insurance database (SNIIRAM). Br J Dermatol. 180 (2019) 86–93.TORRES, Tiago et al. The DRAGON study: biologic DRug survival in PortuGuese psoriasis patieNts. EJD. 28:5 (2018) 685–686.

N83PERSISTÊNCIA NO TRATAMENTO COM USTECINUMAB

EM DOENTES COM PSORÍASE MODERADA A GRAVE SEGUIDOS NA CONSULTA EXTERNA DE DERMATOLOGIA DE UM HOSPITAL CENTRAL

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019106

AUTORES Ana Moleiro; Paula SadioULSBA – Beja

INTRODUÇÃO O Cloreto de Potássio (KCL), está classificado pela Organização Mundial de Saúde, como medicamento de alerta máximo ou de alto risco “medicamento que possui um risco aumentado de provocar dano significativo ao doen-te, em consequência de falhas no seu processo de utilização”. De acordo com as recomendações, as prescrições de KCL, devem conter obrigatoriamente informação relativa à sua administração.

OBJETIVOS Avaliar o cumprimento das boas práticas de prescrição de KCL e identificar eventuais necessidades de interven-ção farmacêutica neste âmbito.

MÉTODOS Análise das prescrições de KCL provenientes dos serviços de medicina e cirurgia, entre Junho e Agosto de 2019.Verificação da conformidade das prescrições no que respeita a dose, volume de diluição, tempo de adminis-tração, velocidade de administração e concentração máxima permitida, tendo como referencial o Resumo das Características do Medicamento (RCM).

RESULTADOS Do total das 107 prescrições analisadas, 100% referem dose, 57% (61) apresentam informação relativa à solu-ção de diluição e respetivo volume. Destas, só 33% (20) cumprem a concentração recomendada (40 mEq/L), sendo que as restantes 67% (41) excedem a mesma.A solução de diluição utilizada em 87% (53) das prescrições foi ou soro fisiológico ou glucose. Nas restantes foram utilizadas soluções não recomendadas.Relativamente ao tempo de infusão só 29% (31) prescrições o referenciaram.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Discussão:Da análise dos resultados verifica -se que na globalidade as prescrições cumprem com o parâmetro “dose”. Apesar dos alertas parametrizados no sistema informático, foram detetadas elevadas percentagens de omis-sões no que respeita à prescrição de soluções de diluição e respetivo volume, assim como do tempo e veloci-dade de administração.A introdução de campos obrigatórios para definição destes parâmetros na prescrição, permitiria eliminar gran-de parte das não conformidades detetadas.Foram utilizadas concentrações superiores ao máximo permitido em 67% (41) das prescrições e em 13% (8) foi indicada uma solução de diluição não recomendada.Conclusões:Os resultados apresentados sustentam o potencial de intervenção do Farmacêutico Hospitalar neste âmbito. Com base na revisão sistemática das prescrições de KCL e com o objetivo de otimizar práticas e minimizar po-tenciais riscos para o doente, a estratégia a implementar deve passar pela sensibilização e divulgação de infor-mação aos prescritores, pelo envolvimento da Comissão de Farmácia e Terapêutica e elaboração de protocolos.

BIBLIOGRAFIA Norma 14/2015 relativa a Medicamentos Alerta Máximo da Direção Geral da Saúde de 6/8/2015RCM Cloreto de Potássio 7,45% solução injetável B.BraunRCM Cloreto de potássio 7,5% solução injetável Labesfal

N84 ASPETOS CRÍTICOS NA PRESCRIÇÃO DE CLORETO DE POTÁSSIO ENDOVENOSO – POTENCIAL DE INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA

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10712.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Filipa Bernardes; José Miguel Dinis de Mesquita; Maria Teresa Charneco CostaHospital Lusíadas Porto

INTRODUÇÃO Os erros de medicação podem ter consequências graves para os doentes como o aumento de eventos adversos e prolongamento do tempo de internamento. A administração do medicamento é a etapa que fecha o circuito e, por isso, é o último momento para detetar erros que até aí não foram detetados. Uma das estratégias adotadas pelo hospital para reduzir os erros na administração de medicamentos foi a implementação de um sistema de validação eletrónica da medicação através de código de barras bidimensional (QR code) no momento da admi-nistração de fármacos, utilizando um dispositivo móvel.

OBJETIVOS Avaliar o impacto de um sistema de validação eletrónica de medicação na administração de medicamentos.

MÉTODOS Os medicamentos são reembalados ou etiquetados com um QR code que contém informação relevante sobre o medicamento: princípio ativo, dosagem, forma farmacêutica, lote e prazo de validade. Este código é compara-do, no momento da administração, com o código de barras na pulseira do doente e respetiva prescrição. Foram analisados a taxa de utilização da aplicação, taxa de near misses e taxa de motivos de near misses no período entre novembro de 2017 e setembro de 2019 em dois serviços de internamento médico -cirúrgico. Estes dados foram recolhidos da aplicação Ph, da B.

RESULTADOS Foi verificada uma taxa de utilização por parte da enfermagem de 93%, dos quais 8% são near misses. Destes, o erro mais frequente é a quantidade a administrar exceder a quantidade prescrita (47,2%). Seguem -se o me-dicamento errado (46,5%), o doente errado (6,2%) e o prazo de validade expirado (0,1%).O hospital não dispõe de dados relativos aos erros de administração antes da implementação do sistema ele-trónico de validação, por isso foi feita a comparação com os erros mais descritos na literatura. A taxa média de erros de administração é de 25%, sendo que o erro mais frequente é a hora de administração superior a 60 mi-nutos (8,6%). O medicamento errado corresponde a 5,3% dos erros e o prazo de validade expirado a 0,7%.(1)

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A aceitação e adesão por parte das equipas de enfermagem são fundamentais para o sucesso do sistema. No hospital, a adesão da enfermagem é elevada (93%). A taxa de near misses (8%) é bastante baixa comparati-vamente ao descrito na literatura (25%). Os motivos de near misses são reveladores dos erros evitados na ad-ministração de fármacos. A incapacidade do sistema identificar, em medicamentos administrados por perfusão contínua, a velocidade de perfusão e, consequentemente, a hora para iniciar nova perfusão, é uma limitação da ferramenta.

BIBLIOGRAFIA (1) Berdot, S., Gillaizeau, F., Caruba, T., Prognon, P., Durieux, P., Sabatier, B. – Drug Administration Errors in Hospital Inpatients: A Systematic Review. PLoS One. Vol 8, n.º 6 (2013), p. 1 -11. [Consult. 23 Set. 2019].Disponivel em: < https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23818992>. DOI: 0.1371/journal.pone.0068856.

N85VALIDAÇÃO ELETRÓNICA DA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019108

AUTORES Inês Eusébio; João Ribeiro; Maria Olímpia FonsecaCentro Hospitalar Universitário Cova da Beira

INTRODUÇÃO No início de 2017 a Comissão Europeia (CE) aprovou Pembrolizumab um anticorpo monoclonal humanizado, antirrecetor da proteína de morte programada -1 (PD -1) em primeira linha para o tratamento de carcinoma do pulmão de células não -pequenas (CPCNP) metastático cujos tumores expressam PD -L1 com TPS superior a 50% (sem mutações tumorais positivas EGFR ou ALK) somando à indicação de segunda linha, para o tratamento do CPCNP localmente avançado ou metastático com um TPS superior a 1% e que receberam pelo menos um esquema de tratamento prévio com quimioterapia. Estas duas indicações encontram -se já financiadas para uso nos hospitais do SNS após conclusão do respetivo processo de avaliação fármaco -económica.

OBJETIVOS Avaliação do peso da utilização de Pembrolizumab desde a sua introdução em maio de 2017 até setembro de 2019 na despesa com citotóxicos e imunomoduladores e na despesa geral com medicamentos e outros produ-tos de saúde na instituição. Relação com o número de doentes tratados e em que patologias.

MÉTODOS Consulta da aplicação SGCIM para identificação dos doentes tratados com Pembrolizumab e obtenção de valo-res de consumos no período temporal em estudo. Consulta da aplicação SClínico e autorizações da Comissão de Farmácia e Terapêutica para identificação das patologias dos doentes tratados.

RESULTADOS Verificou -se que, no período em análise, foram tratados 28 doentes com Pembrolizumab. Destes, 27 tinham CPNPC, correspondendo às duas situações financiadas pelo SNS para cancro do Pulmão (9 como primeira linha e 18 que já tinham recebido pelo menos um esquema de tratamento prévio com quimioterapia); apenas um doente tinha carcinoma urotelial em estadio IV, indicação aprovada para o fármaco em questão mas ainda não financiada pelo SNS, tendo sido adquirido por autorização excecional via portal do SINATS.Da análise de consumos verificámos que o investimento em Pembrolizumab corresponde a 10,4% da despesa com Citotóxicos e Imunomoduladores e a 5,05% da despesa total com medicamentos no período analisado.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A utilização de Pembrolizumab e de outros inibidores de checkpoint imunológicos em patologia oncológica constitui um inegável avanço terapêutico que tem permitido enormes ganhos de saúde, que se refletem quer num aumento de sobrevivência global e sobrevivência livre de progressão, quer numa melhor qualidade de vida dos doentes tratados, fruto da menor toxicidade destas novas terapêuticas. No entanto, sem colocar em causa o enorme benefício que estas novas opções terapêuticas acarretaram para a sociedade em geral, a sua introdução na prática clínica corrente, tem conduzido também a um enorme aumento da despesa com medica-mentos por parte das instituições de saúde.

N87 AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÓMICO DA UTILIZAÇÃO DE PEMBROLIZUMAB NUM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO

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10912.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Joana Isabel Faustino1; Mario Forrester Quesada2; Jorge Aperta1

1Hospital Sousa Martins2Universidade Da Beira Interior

INTRODUÇÃO Problemas relacionados com o uso do medicamento são uma realidade frequente e que podem resultar em complicações preveníeis nos doentes. É uma área onde o farmacêutico possui conhecimentos técnicos cien-tíficos para atuar mas que devido ao número escasso de profissionais e tempo levanta a questão de quais os doentes da população internada que mais pode beneficiar com uma intervenção. O algoritmo de MERIS per-mite através de uma score identificar os doentes de alto risco, utilizando para isso dados como a função renal, número de medicamentos prescritos, existência de medicamentos de alto/médio/baixo dano e existência de medicamentos de alto/médio/baixo risco de interação.

OBJETIVOS Testar o algoritmo MERIS na sua aplicabilidade para utilização na rotina hospitalar.Registar as scores obtidas e inferir a percentagem de doentes de alto risco.

MÉTODOS Durante um período de 1 mês foi aplicado o algoritmo MERIS aos doentes que deram entrada num serviço de medicina durante o horário das 9:00 as 16:00, sendo registado o sexo, idade e valor de score MERIS obtido.

RESULTADOS Os doentes tinham uma idade média de 82 anos com um desvio padrão de 11 anos, dos 60 doentes 30 eram mulheres.A média de número de medicamentos prescritos foi de 9 com um desvio padrão de 3.Após aplicado algoritmo aos 60 pacientes, 33 obtiveram score MERIS superior a 14 e 27 com score inferior a 14.O que resulta em 55% dos doentes internados no serviço serem de alto risco.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Conseguimos utilizar o algoritmo de MERIS em todos os doentes que deram entrada de forma rápida e simples conseguindo identificar os doentes com alto risco para erros de medicação de forma exequível. É um algoritmo que devido ao número de fatores do doente que avalia nos permite selecionar os doentes de uma forma menos subjetiva e mais criteriosa, os que podem beneficiar de uma intervenção farmacêutica como por exemplo uma reconciliação terapêutica ou mesmo procura preventiva de possíveis interações medicamentosas na tabela de prescrição do doente. Encontramos alguns medicamentos de uso no nosso hospital que não constavam na lista dos calculo do score pelo que seria uma melhoria futura incluir e classifica -los pelo método de Delphi. Concluímos que o algoritmo MERIS é aplicável para utilização na rotina do dia a dia de um farmacêutico hospi-talar

BIBLIOGRAFIA Saedder EA, Lisby M, Nielsen LP, Rungby J, Andersen LV, Bonnerup DK, et al. Detection of patients at high risk of medication errors : development and validation of na algorithm. Basic Clin Pharmacol Toxicol. 2016;118(2):143 -9.

N88DETEÇÃO DE DOENTES DE ALTO RISCO PARA ERROS DE MEDICAÇÃO COM O ALGORITMO MERIS

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019110

AUTORES Filipa Ching; Sara Castro; Raquel Figueiredo; Cláudia SantosHospital Beatriz Ângelo

INTRODUÇÃO A miopia infantil tem tido uma prevalência crescente nos últimos anos a nível mundial, um dos tratamentos mais eficazes passa pela utilização de um colírio de sulfato de atropina em baixa concentração (0,01%). A au-sência no mercado Europeu desta apresentação e a utilização crónica do mesmo numa população pediátrica levou o serviço de oftalmologia a questionar a farmacotecnia hospitalar para a possibilidade e viabilidade de formulação de um colírio de atropina isento de conservantes que permitisse cedências com pelo menos 3 se-manas de espaçamento entre deslocações aos serviços hospitalares.

OBJETIVOS Avaliação de formulação de colírio de Atropina 0.01% sem conservantes e teste de estabilidade microbiológica em frasco de colírio multidose refrigerando enquanto selado e em utilização.

MÉTODOS Estudo bibliográfico, controlo de pH e avaliação da manutenção de esterilidade quando refrigerado de 2 -8ºC em frasco selado por 28 dias e em utilização, 2 gotas diárias, no 7.º dia e 14.º dia. Métodos analíticos aplicados foram os descritos pela Farmacopeia Portuguesa 9.0 capítulo 2.6.1, sendo escolhido, pelo tipo de recipiente em análise, o método de sementeira directa ao t0,t7, t14, t21 e t28. A incubação dos meios semeados foi feita por 14 dias.

RESULTADOS O método analítico utilizado mostrou ser preciso tanto inter como intra dia. O valor de pH da formulação não variou durante os 28 dias de período de ensaio. Não houve crescimento bacteriano nos frascos selados durante o período do estudo e a capacidade do frasco minimizar a contaminação interna do produto em utilização con-tínua, pelo desperdício de 2 gotas por dia após abertura – simulando a utilização real do colírio de acordo com protocolo de administração médico, foi comprovada recorrendo a amostragens no dia de produção ao 7.º dia de utilização e ao 14.º dia de utilização.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Os resultados obtidos permitem adoptar uma rotina exequível tanto económica como tecnicamente para a dis-ponibilização a cada 21dias de frascos de colírio multidose de sulfato de atropina 0,01%. A validade da formula-ção nos frascos testados foi de 28 dias, com indicação de refrigeração e descarte após 7 dias de utilização. Não estando isenta de riscos a utilização numa população tão específica, uma segunda fase passará pela análise microbiológica de frascos devolvidos pelos utentes de modo a avaliar a concordância de comportamento com as condições testadas.

BIBLIOGRAFIA Martin, M et al. Desarrollo y Evaluación de una Formulación oftálmica de atropina al 0,01%.Ed Univ de Salamanca; FarmaJournal, vol3, n.º1 (2018),pp. 133 -142Lee C,et al. Effects of topical atropine on intraocular pressure and myopia progression: a prospective compara-tive study.BMC Ophtalmol.2016;16(1):1 -7Farmacopeia Portuguesa IX - Edição -2008 Lisboa: INFARMED,I.P

N89AVALIAÇÃO DE FORMULAÇÃO E ESTABILIDADE MICROBIOLÓGICA DE COLÍRIO DE SULFATO DE ATROPINA 0.01%, SEM CONSERVANTES PARA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA

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11112.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Diana Duarte; Joana Pimentel; Olga MartinsHospital de Braga, EPE

INTRODUÇÃO O olho humano é afetado por diversas patologias existindo, assim, diferentes tratamentos. Na regulação da angiogénese (processo fisiológico complexo relacionado com o desenvolvimento de vasos sanguíneos), inter-vêm moléculas antigénicas específicas, entre as quais o Fibroblast Growth Factor (FGF), o Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) e o Tumor Necrosis Factor -alpha (TNF -α). O processo angiogénico patológico ocular designa -se Neovascularização Ocular (NVO)[1].

OBJETIVOS Pretende -se analisar episódios de Bloco de Ambulatório do 1.º semestre de 2019 relacionados com patologias oculares e seus tratamentos.

MÉTODOS Foram analisados os planos operatórios do Bloco de Ambulatório do 1.º semestre de 2019 e contabilizadas as cirurgias com referência à necessidade de uso de um dos fármacos em estudo.

RESULTADOS Tendo em conta as diferentes patologias e, segundo dados relativos ao período analisado, usaram -se os se-guintes fármacos, de acordo com a adequabilidade aos doentes: de entre aqueles cujo alvo é o VEGF destacam--se o bevacizumab, o aflibercept e o ranibizumab que, por possuírem afinidade de ligação para os seus receto-res, inibem a sua expressão, diminuindo a NVO. De forma semelhante, o implante intravítreo de dexametasona atua na inibição deste fator[2].Em doentes cujo objetivo era tratar e prevenir a proliferação celular anormal – Pterígio – a mitomicina foi uma opção, dado que este agente alquilante, ao atuar no ADN, interfere na divisão celular[3].Adicionalmente, foram usados fármacos potenciadores dos resultados das técnicas cirúrgicas oculares, como a associação de fibrinogénio e trombina e a triamcinolona acetonido intraocular, favorecendo, respetivamente, a hemostáse e a visualização da anatomia ocular durante o procedimento cirúrgico[2;4].Em patologias do foro muscular, Blefarospasmo, Espasmo Hemifacial e Estrabismo, usou -se um relaxante mus-cular – toxina botulínica[5].

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Considerando 3438 cirurgias, afirmamos que o fármaco mais utilizado foi o bevacizumab e o menos utilizado a toxina botulínica, sendo o Edema da Retina a patologia mais prevalente, entre as estudadas.

BIBLIOGRAFIA 1. Miranda, A., Loureiro, C., Bastos Carvalho, A., Castanheira Dinis, A., Monteiro Grillo, M. -Neovascularização Ocular do Segmento Posterior: Fisiopatologia (PARTE I). Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. 35:4 (2011) 291 -296.2. Miranda, A., Loureiro, C., Bastos Carvalho, A., Castanheira Dinis, A., Monteiro Grillo, M. -Neovascularização Ocular do Segmento Posterior: Tratamento (PARTE II). Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. 35:4 (2011) 297 -309.3. Alves S., Ferraria L., Caixa M., Santos M., Antunes L. -Aplicações da mitomicina -c em rinologia -Caso clínico e revisão da literatura. Revista Portuguesa de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico -Facial. 54:1 (2016) 47 -50.4. Trincão, F., Maduro, V., Alves, N., Paixão, A., Candelária, P. -Excisão de Pterígio Primário com Autotransplante Conjuntival e Cola Biológica -Revista da Sociedade Portuguesa de Oftalmologia. 35:1 (2011) 61 -66.5. Varandas, R. -Toxina Botulínica: Aplicações Terapêuticas em Oftalmologia Pediátrica. NASCER E CRESCER. 6:3 (2007) 188 -190.

N90TRATAMENTO DE PATOLOGIAS OFTÁLMICAS EM REGIME HOSPITALAR

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019112

AUTORES Mariana da Costa Gonçalves Rui Caetano Cosme1; Ana Placido2; Teresa Aires Pereira3

1Hospital CUF Viseu2Hospital CUF Porto3José de Mello Saúde

INTRODUÇÃO Com este trabalho, foi avaliado o estado da adequação da prescrição de antibioterapia profiláctica cirúrgica num hospital generalista, tendo como referência a norma da Direção Geral de Saúde (DGS) n.º 031/2013, atualizada em 18/12/2014.aA existência de um sistema informatizado para o circuito do medicamento permite um maior dinâmica entre todos os envolvidos. O farmacêutico hospitalar intervém de forma decisiva neste circuito e, no caso particular da profilaxia cirúrgica, avalia a adequação do antibiótico, a dose, frequência, via de administração. Esta cuidada avaliação tem como objectivo reduzir o dano colateral do antimicrobiano, quer em termos de efeitos adversos e/ou toxicidade, quer em termos de potencial indução/seleção de resistências.

OBJETIVOS Avaliação do estado da taxa de adequação e tempo de prescrição dos antimicrobianos na profilaxia cirúrgica.

MÉTODOS Foram recolhidos os dados de todos os doentes operados no Bloco Operatório do hospital no período com-preendido entre Junho de 2018 e Maio de 2019. A adequação e o tempo de prescrição adequado, foram re-presentados sob a forma de taxa, de acordo com o indicado na norma n.º 031/2013 da DGS.O farmacêutico hospitalar recolhe e regista os dados de cada utente operado incluído no período de tempo definido, através da consulta das listagens de doentes operados no Bloco Operatório, dos registos de prescrição e administração feitos em sistema informático (BSIMPLE B -anesthesic para o período intraoperatório e Glintt Globalcare para o período pós -operatório.

RESULTADOS No período definido foram realizadas 2024 cirurgias e retirados os dados de cada doente operado neste perío-do de tempo. Sempre que a cirurgia não está expressa na norma da DGS, foi considerada como Não Aplicável (NA) e não foi contabilizada neste trabalho. A taxa de adequação do antibiótico prescrito foi de 77% e a taxa do tempo de adequação de cada antibiótico foi de 75%. A conformidade temporal das duas taxas evoluiu fa-voravelmente com o tempo, mostrando menos variação entre o total de cirurgias e os parâmetros medidos.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A recolha e análise periódica de determinados parâmetros da prescrição dos medicamentos é uma das estraté-gias que permitem melhorar a utilização dos mesmos e, neste caso em particular, foi monitorizado o grupo dos antimicrobianos no contexto cirúrgico e pós -cirúrgico. É nosso entender que o objectivo é obter uma conformi-dade de 100% e, para tal, devem ser criados mecanismos como:a aprovação da norma da DGS n.º 031/2013, na sua versão actual, para todas as especialidades, a criação e aprovação de Protocolos Terapêuticos de prescrição informática para todos os tipos de cirurgias, de forma a que a intervenção dos diferentes profissionais possa estar validada e automatizada. Outras medidas que poderão ser tomadas é a justificação obrigatória de todos os antimicrobianos (o que permite uma análise posterior pelo GPL -PPCIRA) e analisar a tendência de utilização por especialidade e o seu impacto nas resistências identifica-das.

BIBLIOGRAFIA https://nocs.pt/profilaxia -antibiotica -cirurgica -na -crianca -e -no -adulto/ http://www.infarmed.pt/documen-ts/15786/1816213/Recomenda%C3%A7%C3%B5es+CNFT+sobre+Antibioterapia/ed0f1313 -dd35 -4745 -8ca3--f90eb0ab9106

N91 ADEQUAÇÃO PROFILAXIA ANTIMICROBIANA CIRÚRGICA

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11312.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

AUTORES Adelaide Espadinha1; Nídia Matias1; Tiago Gonçalves Marques2; João Paulo Garcia Lopes da Cruz3

1Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa2Hospital de Santa Maria/Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte3Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte/Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa

INTRODUÇÃO A Síndrome de Hipersensibilidade induzida por Fármacos (DRESS) é uma reação adversa grave a um fármaco, com um longo período de latência, o qual pode começar entre 2 a 8 semanas após o início desse mesmo fárma-co. Esta patologia é caracterizada por múltiplas lesões cutâneas e envolvimento sistémico que varia de doente para doente. De acordo com a bibliografia publicada não está descrita a ocorrência de síndrome de DRESS com o Raltegravir (RAL).

OBJETIVOS O presente artigo pretende descrever o caso de ocorrência de síndrome de DRESS associado ao Raltegravir.

MÉTODOS Descreve -se uma doente de raça negra, 52 anos, diagnosticada com doença de Crohn em 2007 e VIH -2 (clas-sificação CDC A2) em julho de 2017, que recebeu tratamento com RAL, combinado com Abacavir e Lamivudina (ABC/3TC), e que desenvolveu, após 1 mês de tratamento, lesões cutâneas, prurido, rash, febre, sinequias em ambos os olhos, trombocitose, miopatia, alterações nas funções hepática e renal e agravamento das lesões cutâneas após 2 meses de tratamento. A doente foi diagnosticada com síndrome de DRESS com base nos cri-térios do projeto RegiSCAR (European Registry of Severe Cutaneous Adverse Reactions) e na biópsia cutânea efetuada.

RESULTADOS A terapêutica incluiu Azatioprina e Mesalazina para o controlo da doença de Crohn, ABC/3TC e RAL iniciados em agosto de 2017 para o VIH -2, Tibolona como terapia hormonal na menopausa, Bromazepam e Hidroxizina em SOS.Um mês após o início da RAL, a doente foi internada com lesões cutâneas por descamação em todo o corpo, erupção cutânea, prurido grave, febre 39°C, elevação das transaminases (AST:208 U/L e ALT:489 U/L) e taxa de filtração glomerular diminuída (23,7 mL/min/1,73m2) A biópsia cutânea realizada revelou uma camada epidér-mica com acantose irregular e formação de vesículas sub -córneas que continham linfócitos e eosinófilos, e uma camada dérmica superficial com infiltrado inflamatório composto principalmente por eosinófilos (compatível com dermatite tóxica – síndrome de DRESS). Foi consequentemente iniciado tratamento com corticoide intra-venoso tendo sido descontinuados o RAL e ABC/3TC, alcançando -se uma melhoria gradual do estado clínico da doente e dos sintomas sistémicos.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES Restaram duas opções como origem da síndrome de Dress: ABC ou RAL. O ABC pode causar hipersensibilidade em 5% a 8% dos doentes durante as primeiras 6 semanas de tratamento sendo mediado pela apresentação do antigénio MHC -I e ativação do HLA -B*5701. Este alelo ocorre em menos de 1% nas populações africanas [1]. Foi realizado um teste para o HLA -B*5701 tendo sido negativo. Assim, excluiu -se o ABC como fator causal da síndrome de Dress, tendo sido atribuído ao RAL. Desta forma, é importante reconhecer que o RAL, embora ra-ramente, pode causar esta Síndrome. O aumento da consciencialização sobre a associação entre esta patologia e o RAL ajudará no diagnóstico de casos futuros em tempo útil e evitará a morbidade do atraso no diagnóstico.

BIBLIOGRAFIA [1] Torkamani A et al. Abacavir and HLA -B*5701: Overview, Clinical Implications and Genetic Testing. Medscape, 2015.

N92SÍNDROME DE HIPERSENSIBILIDADE INDUZIDA POR FÁRMACOS (DRESS) ASSOCIADO AO RALTEGRAVIR: DESCRIÇÃO DE UM CASO

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12.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional |‹| Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019114

AUTORES Marisa Rodrigues1; João Paulo Lopes da Cruz2; Paula Ferreira3; Rui Tato Marinho3

1CHULN – Hospital Pulido Valente2CHULN – Hospital de Santa Maria3CHULN

INTRODUÇÃO O método de micro -eliminação da infeção crónica por vírus da hepatite C (VHC), dirigido à população reclusa constitui uma abordagem pragmática e eficiente na erradicação vírica. É reconhecida a importância da inter-venção farmacêutica (IF) na gestão da terapêutica antivírica de ação direta (AAD) e na melhoria dos resultados clínicos – resposta virológica sustentada (RVS). Adicionalmente, uma abordagem de gestão da doença, mul-tidisciplinar e em proximidade, permite um acesso mais equitativo, com vantagens humanas e económicas. A priorização do acesso à terapêutica AAD em ambiente prisional abre horizontes para a implementação de novos modelos de tratamento.

OBJETIVOS Avaliar a implementação e efetividade de um modelo normalizado de tratamento da infeção por VHC na po-pulação reclusa, assente numa abordagem sistematizada, multidisciplinar e descentralizada, tendo em foco a Intervenção farmacêutica.

MÉTODOS Protocolou -se a colaboração entre um hospital central e um estabelecimento prisional e constituída a equipa responsável pela prestação de cuidados de saúde deslocalizados (hepatologistas, farmacêuticos, enfermeiros e assistente administrativo).Após rastreio dos reclusos, foi executada uma avaliação pré -tratamento dos doentes mono -infectados por VHC e procedeu -se à seleção da terapêutica AAD em reunião conjunta médico/farmacêutico. Procedeu -se à revisão e validação farmacêutica da terapêutica concomitante, tendo sido identificados os Problemas relacionados com a terapêutica (PRM) e registadas as IF no processo clínico.

RESULTADOS Em Junho de 2018, foram diagnosticados 33 reclusos com hepatite C sendo o genótipo 1A o mais prevalente e cerca de 24,3% apresentava fibrose grave (F3 -F4). Foi prescrito um regime AAD pangenotípico em 94% dos doentes e em 72,8% com a duração de oito semanas, sendo 21,2% doentes experimentados. Todos os doentes atingiram a cura funcional, com uma taxa de RVS de 100%.Relativamente ao perfil de segurança da terapêutica AAD, 76% dos doentes não descreveram nenhuma reação adversa e os restantes apresentaram reações ligeiras. Foram prevenidos dois PRM associados à efetividade e identificados 8 PRM relativos à segurança, por interação entre medicação concomitante e AAD (n=2) e por necessidade de ajuste de dose ou suspensão por contra -indicação em doentes com disfunção hepática (n=6). As IF consistiram na sugestão de monitorização adicional, revisão de horário e substituição por outro fármaco, tendo sido todas aceites pela equipa médica.

DISCUSSÃO/CONCLUSÕES A prática de cuidados farmacêuticos integrados num modelo normalizado e multidisciplinar de micro -eliminação da infeção por VHC, revelou ser efetiva e segura, contribuindo para a elevação do padrão de qualidade na pres-tação de cuidados ao doente com hepatite C.

N93 UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE SUCESSO NA MICRO ‑ELIMINAÇÃO DA HEPATITE C: A TRANSPOR FRONTEIRAS?

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11512.ª Semana APFH - XII Congresso Nacional || Centro de Congressos do Estoril, 20 a 23 de novembro 2019

ÍNDICES

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N6 || MELHORAR A ADESÃO À TERAPÊUTICA EM PEDIATRIA – DESENVOLVIMENTO DE UM VEÍCULO DE ADMINISTRAÇÃO ORAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26

N11 || ADEQUAÇÃO DE FORMULAÇÕES LÍQUIDAS ORAIS PARA A NEONATOLOGIA – ESTUDO DE OSMOLALIDADES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .27

N46 || REAVALIAÇÃO DO PLANO DE AMOSTRAGEM PARA CONTROLO MICROBIOLÓGICO DAS BOLSAS DE NUTRIÇÃO PARENTÉRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .28

N47 || EVIDÊNCIA EM CONTEXTO REAL DA MONITORIZAÇÃO DOS INIBIDORES DE TNFα NA DOENÇA INFLAMATÓRIA INTESTINAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .29

N58 || ANÁLISE DE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS MUITO GRAVES NOS INTERNAMENTOS DE UMA UNIDADE HOSPITALAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .30

N64 || PROGRAMA MEDICAMENTO PRÓXIMO (PMP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31

N65 || APPMEUSMEDICAMENTOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .32

N71 || MÉTRICAS DE PRODUÇÃO EM TEMPO REAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .33

N1 || DESENVOLVIMENTO DE UMA SUSPENSÃO ORAL DE DOXEPINA PARA O TRATAMENTO DA MUCOSITE ORAL ASSOCIADA AO TRATAMENTO DE RADIOTERAPIA E/OU QUIMIOTERAPIA EM DOENTES COM CANCRO NA CABEÇA E PESCOÇO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .36

N2 || DOENÇA DE KAWASAKI: CASO CLÍNICO E REVISÃO SISTEMÁTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .37

N3 || LAPATINIB, EM ASSOCIAÇÃO COM LETROZOL, NO CANCRO DA MAMA: UM CASO CLÍNICO DE SUCESSO . .38

N4 || O PAPEL DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR NOS ENSAIOS CLÍNICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .39

N5 || AVALIAÇÃO DO PERFIL DE SEGURANÇA DOS NOVOS ANTICOAGULANTES ORAIS EM CONTEXTO DE FARMÁCIA HOSPITALAR E COMUNITÁRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .40

N7 || CARDIOTOXICIDADE DOS INIBIDORES DOS CHECKPOINT IMUNITÁRIOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .41

N8 || DIABETES TIPO 1 FULMINANTE INDUZIDA PELO NIVOLUMAB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .42

N9 || MICROBIOMA INTESTINAL COMO POTENCIAL BIOMARCADOR DA EFICÁCIA DA TERAPIA ANTI-PD1 . . . . . . .43

N10 || INIBIDORES DOS CHECKPOINTS: PRINCIPAIS ESTRATÉGIAS PARA A RESOLUÇÃO DA IMUNOTOXICIDADE REFRATÁRIA A CORTICOSTEROIDES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .44

N12 || A CRIAÇÃO DE UMA UNIDADE DE FARMÁCIA PEDIÁTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .45

N14 || DISPENSA DE MEDICAÇÃO DA FARMÁCIA DE AMBULATÓRIO NOS CENTROS DE SAÚDE – A REALIDADE NA REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .46

N15 || DADOS REAIS DE DESSENSIBILIZAÇÃO EM QUIMIOTERAPIA, NUM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO . . . . . . . . . . . .47

N16 || VALIDAÇÃO DE DOSES CUMULATIVAS DE MEDICAMENTOS CITOTÓXICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .48

N17 || ATROFIA MUSCULAR ESPINAL TIPO 1 E O FÁRMACO CUJA DCI É IMPOSSÍVEL DE PRONUNCIAR: DOIS CASOS CLÍNICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .49

N18 || ESTUDO RETROSPETIVO DA EFICÁCIA CLÍNICA DO TRIFLURIDINA-TIPIRACIL EM DOENTES COM CANCRO DO COLO-RECTAL METASTÁTICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .50

N20 || COMPARAÇÃO DA EFICÁCIA DO ÁLCOOL ETÍLICO NÃO ESTÉRIL VERSUS ÁLCOOL ISOPROPÍLICO ESTÉRIL NA DESINFECÇÃO NA CLASSE A DAS SALAS LIMPAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .51

N21 || AVALIAÇÃO DA CARGA ANTICOLINÉRGICA NO DOENTE IDOSO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .52

N22 || IMPACTO ECONÓMICO DA INTERVENÇÃO DO FARMACÊUTICO NA RECONCILIAÇÃO DA MEDICAÇÃO DE DOENTES INTERNADOS NUM SERVIÇO DE CIRURGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .53

N23 || TERAPÊUTICA ANTINEOPLÁSICA EM AMBULATÓRIO E IMPACTO NUTRICIONAL: QUAL O PAPEL DA INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54

ÍNDICE DE TRABALHOS

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ÍNDICE DE TRABALHOS

N24 || ANÁLISE DO IMPACTO ECONÓMICO DA UTILIZAÇÃO DE EFMOROCTOCOG ALFA NO TRATAMENTO DA HEMOFILIA A. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .55

N25 || COMO FORMULAR UMA BASE PARA MEDICAMENTOS MANIPULADOS DE APLICAÇÃO NA DERMATOLOGIA? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .56

N26 || DESENVOLVIMENTO DE UMA BASE PATCH-LIKE PARA PREPARAÇÃO DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS PARA DERMATOLOGIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .57

N27 || DESENVOLVIMENTO DE BASES INOVADORAS DE MEDICAMENTOS MANIPULADOS PARA VEICULAÇÃO DE QUELINA PARA O TRATAMENTO DA HIPOPIGMENTAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .58

N29 || SISTEMAS DIGITAIS DE APOIO À TOMA DA MEDICAÇÃ O PARA UTILIZAÇÃO EM DOENTES EM REGIME DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .59

N30 || SÍNDROME DE SLY – CASO CLÍNICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .60

N31 || MONITORIZAÇÃO FARMACÓCINÉTICA: UMA EXPERIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .61

N32 || INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA NAS PRESCRIÇÕES DE ÁCIDO ZOLEDRÓNICO NO SERVIÇO DE ONCOLOGIA MÉDICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .62

N33 || DESENVOLVIMENTO DE UMA FORMULAÇÃO INDIVIDUALIZADA DE DUTASTERIDA PARA TRATAMENTO DA ALOPÉCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .63

N34 || REAÇÕES DE HIPERSENSIBILIDADE A MEDICAMENTOS ANTINEOPLÁSICOS ADMINISTRADOS POR VIA IV . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .64

N35 || GUIA DE ADMINISTRAÇÃO DE ELETRÓLITOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .65

N36 || ISOLADORES NA PREPARAÇÃO DE TRATAMENTOS PARA DOENTES ONCOLÓGICOS – UMA NOVA REALIDADE EM PORTUGAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .66

N37 || REAL WORLD DATA DA UTILIZAÇÃO DE TRIFLURIDINA+TIPIRACILO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .67

N38 || GESTÃO DA POLIMEDICAÇÃO NO DOENTE CRÓNICO DOS CUIDADOS DE SAÚDE PRIMÁRIOS . . . . . . . . . . . . . .68

N39 || EVOLUÇÃO DOS ENSAIOS CLÍNICOS NO HOSPITAL . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .69

N40 || ALGORITMO DE VALIDAÇÃO DO TRATAMENTO DA FERROPÉNIA COM FERRO (FE) ENDOVENOSO (EV) . . . .70

N41 || MEDICAMENTOS PERIGOSOS QUE REQUEREM CUIDADOS DE MANIPULAÇÃO ESPECIAIS . . . . . . . . . . . . . . . . .71

N43 || ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DA TERAPÊUTICA PELO IDOSO POLIMEDICADO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .72

N44 || ANÁLISE DE RISCO NA UNIDADE DE PREPARAÇÃO DE ESTÉREIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .73

N45 || ANÁLISE DE UMA POPULAÇÃO DE DOENTES DE GAUCHER NUM CENTRO DE REFERÊNCIA NACIONAL . . . . .74

N48 || ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO OFF LABEL DO METOTREXATO NA GRAVIDEZ ECTÓPICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .75

N49 || FALÊNCIA DE TERAPÊUTICA COM MEDICAMENTOS BIOLÓGICOS – NOTIFICAÇÃO DE RAMS . . . . . . . . . . . . . . .76

N50 || DOENTES ONCOLÓGICOS OBESOS: O PESO CONTA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .77

N51 || ESTUDO DA ESTABILIDADE DOS MEDICAMENTOS DA CADEIA DE FRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .78

N52 || ANÁLISE DO CONTROLO MICROBIOLÓGICO NA PRODUÇÃO DE ESTÉREIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .79

N53 || ANÁLISE DO PERFIL DE SEGURANÇA DA LENALIDOMIDA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .80

N54 || IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROCESSO ASSISTENCIAL INTEGRADO (PAI) NUM SERVIÇO FARMACÊUTICO (SF) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .81

N55 || APLICAÇÃO DO MANUAL DE STANDARDS – UNIDADES DE GESTÃO CLÍNICA – ESTRATÉGIA NACIONAL PARA A QUALIDADE NA SAÚDE DA DIREÇÃO GERAL DE SAÚDE A UM SERVIÇO FARMACÊUTICO (SF) . . . . .82

N56 || CONSULTA FARMACÊUTICA NO SERVIÇO DE CIRURGIA GERAL DE UM HOSPITAL CENTRAL . . . . . . . . . . . . . . .83

N57 || CASO PRÁTICO DE PORFIRIA AGUDA INTERMITENTE . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .84

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ÍNDICE DE TRABALHOS

N59 || IMPACTO ECONÓMICO DOS ENSAIOS CLÍNICOS: UM ANO DE AVALIAÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .85

N60 || EVOLUÇÃO DO CONSUMO DE MEDICAMENTOS ONCOLÓGICOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .86

N61 || UTILIZAÇÃO DE BENZODIAZEPINAS E ANÁLOGOS EM UNIDADES DE CUIDADOS CONTINUADOS INTEGRADOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .87

N62 || STOPP AND START CRITERIA: PREVALENCE IN PORTUGUESE POST-ACUTE AND LONG-TERM CARE . . . . . . .88

N63 || PROBLEMAS RELACIONADOS COM A MEDICAÇÃO (PRM) – A REALIDADE DO DOENTE ORTOPÉDICO . . . . . .89

N66 || EXPOSIÇÃO OCUPACIONAL A CITOTÓXICOS NO AMBULATÓRIO HOSPITALAR – ANÁLISE RISCO . . . . . . . . . . .90

N68 || FORMULAÇÃO DE UM ALERGENO PARA PROVAS EPICUTÂNEAS DE CONTACTO: CASO CLÍNICO . . . . . . . . . . .91

N69 || LEAN … UM PARCEIRO NA OTIMIZAÇÃO DE PROCESSOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .92

N70 || INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA NUTRIÇÃO PARENTÉRICA: METODOLOGIA E RESULTADOS . . . . . . . . . .93

N72 || INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NA DISPENSA DE MEDICAÇÃO NO SETOR DE AMBULATÓRIO . . . . . . . . . . .94

N73 || FARMACÊUTICO CLÍNICO RESIDENTE NA UNIDADE DE CUIDADOS INTENSIVOS POLIVALENTES (UCIP): ÂMBITO E RELEVÂNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .95

N74 || INTERVENÇÕES FARMACÊUTICAS NUMA UNIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA (UHD) . . . . . . . . . . .96

N75 || PARTICIPAÇÃO DO FARMACÊUTICO NA DECISÃO CLÍNICA NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DE FERIDAS – CASO CLÍNICO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .97

N76 || PAPEL DO FARMACÊUTICO NO GRUPO TADE (TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DOMICILIÁRIA ENDOVENOSA) NUMA UNIDADE DE HOSPITALIZAÇÃO DOMICILIÁRIA (UHD) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .98

N77 || FARMACOVIGILÂNCIA FLASH NEWS: O DESAFIO DA COMUNICAÇÃO EM AMBIENTE HOSPITALAR . . . . . . . .99

N78 || CUSTO-EFICÁCIA: UMA ALIANÇA ESTRATÉGICA NA TARv. CAMINHOS PARALELOS ...? . . . . . . . . . . . . . . . . . .100

N79 || O ENSINO FARMACÊUTICO – A NOSSA EXPERIÊNCIA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .101

N80 || PREDNISOLONE ORAL SOLUTION FORMULATION FOR CROHN DISEASE: A CASE REPORT . . . . . . . . . . . . . . . .102

N81 || CARACTERIZAÇÃO DO PERFIL E MANEJO DE TOXICIDADES DO PALBOCICLIB – EXPERIÊNCIA DE UMA INSTITUIÇÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .103

N82 || RESIDÊNCIA NO SERVIÇO DE URGÊNCIA: O FARMACÊUTICO CLÍNICO COMO PARTE INTEGRANTE DA EQUIPA MULTIDISCIPLINAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .104

N83 || PERSISTÊNCIA NO TRATAMENTO COM USTECINUMAB EM DOENTES COM PSORÍASE MODERADA A GRAVE SEGUIDOS NA CONSULTA EXTERNA DE DERMATOLOGIA DE UM HOSPITAL CENTRAL . . . . . . . . . .105

N84 || ASPETOS CRÍTICOS NA PRESCRIÇÃO DE CLORETO DE POTÁSSIO ENDOVENOSO – POTENCIAL DE INTERVENÇÃO FARMACÊUTICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .106

N85 || VALIDAÇÃO ELETRÓNICA DA ADMINISTRAÇÃO DE FÁRMACOS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .107

N87 || AVALIAÇÃO DO IMPACTO ECONÓMICO DA UTILIZAÇÃO DE PEMBROLIZUMAB NUM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .108

N88 || DETEÇÃO DE DOENTES DE ALTO RISCO PARA ERROS DE MEDICAÇÃO COM O ALGORITMO MERIS . . . . . . . .109

N89 || AVALIAÇÃO DE FORMULAÇÃO E ESTABILIDADE MICROBIOLÓGICA DE COLÍRIO DE SULFATO DE ATROPINA 0.01%, SEM CONSERVANTES PARA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .110

N90 || TRATAMENTO DE PATOLOGIAS OFTÁLMICAS EM REGIME HOSPITALAR . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .111

N91 || ADEQUAÇÃO PROFILAXIA ANTIMICROBIANA CIRÚRGICA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .112

N92 || SÍNDROME DE HIPERSENSIBILIDADE INDUZIDA POR FÁRMACOS (DRESS) ASSOCIADO AO RALTEGRAVIR: DESCRIÇÃO DE UM CASO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .113

N93 || UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR DE SUCESSO NA MICRO-ELIMINAÇÃO DA HEPATITE C: A TRANSPOR FRONTEIRAS? . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .114

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Adelaide Espadinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113Adriana Machado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 59AJ Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26, 27, 45Alexandra Maria Marto Antunes Luís . . . . . . . . 75Alice Pêgo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Alice Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Amílcar Falcão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88Ana Brito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94, 96, 98Ana Capela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Ana Catarina de Almeida Alves Pereira . . . . . . 66Ana Catarina Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Ana Catarina Prates Felismino . . . . . . . . . . . . . . 80Ana Clara Aparício . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89Ana Filipa Pereira Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . 80Ana Isabel Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Ana Lima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Ana Lourenço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102Ana Lúcia Reis . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36, 37, 84Ana Margarida Freitas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63Ana Maria Ventim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97Ana Maria Vinagre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30, 66Ana Marina Sales . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Ana Matias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Ana Mirco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Ana Moleiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106Ana Paula Abreu . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Ana Paula Beires Plácido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Ana Paula Carrondo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49, 54Ana Paula Guimarães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92Ana Paula Plácido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Ana Placido . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112Ana Rita Durães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73Ana Rita Rolim Farinha Marques . . . . . . . . . . . . 71Ana Rita Tinoco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71, 73Ana Roque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76, 81, 82Ana Simões . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 96, 98Ana Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85Ana Sofia Barosa Homem de Mello Pidwell Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 75Ana Sofia dos Santos Valongo . . . . . . . . 51, 52, 53Anabela Caldeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78, 79Andrea Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Andreia Barroso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Andreia Cristina Laranjeira Areias . . . . . . . . . . . 67Andreia Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Andreia Filipa Loba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89Andreia Gaspar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39, 40, 65Andreia Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Andreia Leite . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Andreia Loba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29

Antonieta Isabel Longo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Antonieta Isabel Machado Longo Machado Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101António Gouveia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30, 90 António J Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56António José Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57, 58António Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61Antonio Martinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83António Melo Gouveia . . . . . . . . . . . . . . . 31, 32, 103António Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78, 79Armanda Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Armandina Esteves Fernandes . . . . . . . . . . . . . . 66Armandina Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Armando Alcobia . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85, 94, 96, 98Bárbara Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78, 79Beatriz Pinto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 99, 102, 104Beatriz Santos de Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . 57Caio Rosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33Carla Ponte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76, 81, 82Carla Sampaio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Carla Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Carlos Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102Carlos Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72Carlos Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69Carmelita Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Carolina Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41, 42, 43, 44Carolina Magalhães . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89Catarina Cavaco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36, 37, 84Catarina Diogo Candeias . . . . . . . . . . . . . . . . . 87, 88Catarina Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71, 73Catarina Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Cátia Abrantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Cátia Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64, 77Cátia Salomé . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Célia Bidarra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61Celina Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50Clara Gaspar . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Clarisse Dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Claudia Elias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Cláudia Moreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Cláudia Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29, 89, 110Clementina Varelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Cristiana Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Cristina Carvalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 105Cristina Frutuoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Cristina Rita de Figueiredo Raposo Barreiras 86Cristina Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78, 79Daniel Amaral . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Daniel Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72Daniela Brites . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50

ÍNDICE DE AUTORES

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ÍNDICE DE AUTORES

Daniela Maria Goulart Garcia . . . . . . . . . . . . . . . . 67Daniela Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Diana Duarte . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Diana Lopes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Diana Monteiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78, 79Diana Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Djamila Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Domingas Maria Porfirio da Palma . . . . 51, 52, 53Eduarda Lima . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Elisabete Catarino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Fátima Cimadeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Fátima Falcão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Fátima Godinho Carvalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Fátima Roque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41, 42, 43, 72Fernanda Cristina Merino Valério . . . . . . . . . . . . 51Filipa Bernardes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 107Filipa Ching . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110Filipa Cosme Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . 26, 27, 45, 49Filomena Marques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Filomena Vaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Francisco Sá . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 97Frederico Guerreiro Fonseca . . . . . . . . . . . . . . . . 80Gabriela Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91Gabriela Sousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Gilberto Alves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88Gonçalo Colaço Cainé da Silva . . . . . . . . . . . . . . 80Helena M Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63Helena Margarida Ribeiro . . . . . . . . . . 26, 56, 57, 58Helena Martinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Humberto Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . 31, 32, 33, 90Idalina Freire . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48, 65Inês Eusébio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39, 108Inês Neves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Inês Ratão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92, 100Inês Resende . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Inês Serra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39Isabel Felix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Isabel Oliveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44Isabel Varela Dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69Jéssica José . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76Jesus Cotrina Luque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53Joana Cardoso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95, 104Joana Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Joana Isabel Faustino . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109Joana Marques Marto . . . . . . . . . . . . . . . . . 56, 57, 58Joana Marto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26, 27, 45, 63Joana Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56, 58, 91Joana Pimentel . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Joana Pinto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Joana Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87

Joana Santos Leiria Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67João Alves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50João Campos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102João Morais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69João Paiva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40João Paulo Cruz . . . . . . . . . . . 26, 27, 45, 49, 54, 60, 74João Paulo G Lopes da Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . 105João Paulo Garcia Lopes da Cruz . . . . . . . . 55, 113João Paulo Lopes da Cruz . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114João Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 108Joaquina Sanganha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64, 69, 77Jorge Aperta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 61, 109Jorge Félix . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Jorge Gama . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88José Feio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47José Miguel Dinis de Mesquita . . . . . . . . . . . . . 107Juliana Oliveira de Matos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67Laura Clarimundo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Laura Lourenço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Leila Costa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Leonor Mira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63Lúcia Maia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Machado Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Manuel Luís Capelas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Manuel Morgado . . . . . . . . . . . . 41, 42, 43, 44, 59, 72Margarida Alexandra Correia do Nascimento Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Margarida Barreto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Margarida Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26Maria Baptista . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91, 99Maria Carmo Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91Maria Catarina Magalhães . . . . . . . . . . . . . . . 30, 66Maria do Carmo Gonçalves . . . . . . . . . . . . . . . . . 76Maria Fátima Grenho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 102Maria Francisca Dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Maria Inês Costa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62Maria João Ribeiro Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . 31Maria João Teixeira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33, 103Maria José Camba . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76, 82Maria Lisete Lemos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Maria Luísa Grenho Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . 80Maria Manuel Leitão Esteves Morão . . . . . . . . 67Maria Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Maria Olímpia Fonseca . . . . . . . . . . . . . . . 48, 65, 108Maria Rita Gardete . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76, 81, 82Maria Teresa Aires Pereira . . . . . . . . 66, 91, 93, 95, 98, 100, 103, 105Maria Teresa Charneco Costa . . . . . . . . . . . . . . 107Maria Teresa Herdeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72Maria Teresa Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30

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ÍNDICE DE AUTORES

Mariana Arêde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31, 32Mariana da Costa Gonçalves Rui Caetano Cosme . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112Marília Ganhão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64, 77Marina Tavares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69Mario Forrester Quesada . . . . . . . . . . . . . . . . . . 109Marisa Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114Marta Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Marta Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48, 87Marta Queiroz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Marta Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Marta Sofia Queiroz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66Miguel Dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Miriam Capoulas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29, 89Miriam Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Mónica Bernardo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Nadine Ribeiro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68Nídia Matias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 113Nuno Manuel Ribeiro Landeira . . . . . . . . . . . . . . 80Olga Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111Olimpia Fonseca . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39, 40Patrícia Alexandra Asper Banha Marques Afonso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55Patricia Pereirinha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47Patrocínia Rocha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 78, 79Paula Cristina Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Paula Cristina Martins Marques . . . . . . . . . . . . . 71Paula Ferreira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114Paula Linhares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Paula Marques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73Paula Ravasco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Paula Sadio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 106Paula Silva . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Paulo Tavares de Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . 85Pedro Almeida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30Pedro Freire . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Pedro Gomes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 86Pedro Miguel Ferreira Almeida . . . . . . . . . . . . . . 66Pedro Miguel Neves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Rafael Mateus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90Raquel Figueiredo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110Raquel Oliveira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89Raquel Vieira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 91Renata Barbosa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Ricardo Carvalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 70Rita Goncalves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58Rita Marques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64, 77Rita Mó . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72Rita Moras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76, 82Rita Oliveira . . . . . . . . . . . . 91, 93, 95, 97, 99, 102, 104

Rita Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46Rita Susana Moras . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 81Rosa Carlos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 72Rui Marques . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Rui Relvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76Rui Tato Marinho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 114Rute Isabel Ramos Cavaco Salvador . . . . . . . . . 47Rute Miranda . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 92, 100Sandra Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68, 70Sandra Morgado . . . . . . . . . . . . . 39, 40, 41, 42, 43, 59Sandra Queimado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79, 81, 82Sara Azevedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60, 74Sara Barroso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73Sara Castro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 110Sara Dias . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45, 49Sara Esteves . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82Sara Fernandes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27Sara Franco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93, 99Sara Margarida Vila-Chã Barroso . . . . . . . . 71, 101Sara Mendes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71Sara Pires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 90Sara Portugal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64, 77Sara Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38Sara Sofia Martins Machado . . . . . . . . . . . . . . . . 80Sérgio Nobre . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45Sofia Jesus . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76, 82Sofia Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 82Sónia Domingos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 94Sónia Guerra . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69Sónia Sousa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 87Susana Fraga . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Susana Sernache . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33, 90Tânia Correia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40Tânia Guedelha . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Teresa Aires Pereira . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 112Teresa Cabeças . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 93, 95Teresa de Macedo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83Teresa Moreno . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Teresa Santos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 54Teresa Soares . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28Tiago Gonçalves Marques . . . . . . . . . . . . . . . . . 113Tiago Lobo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 89Valeska Andreozzi . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29Vanda Pacheco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49Vanessa Pamplona Gouveia . . . . . . . . . . . . . . . . 67Vasco Rodrigues . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49, 54, 74Vera Pires . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 103Vera Relvas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38

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