spe enafit iii

11

Click here to load reader

Upload: ronaldslides

Post on 01-Jul-2015

181 views

Category:

Documents


1 download

TRANSCRIPT

Page 1: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Ausência de personalidade e definição de responsabilidade

O consórcio não possui personalidade jurídica própria (art. 278, 1º, da LSA), embora tenha inscrição no CNPJ, e cada consorciada responde pelas obrigações previstas no contrato de consórcio. Inexiste solidariedade legal entre elas, salvo em relação às licitações (art. 33, inc. V, da Lei 8.666/93), às obrigações tributárias federais (art. 1º, § 1º, da Lei 12.402/2011), em matéria de consumidor (art. 28, § 3º, do CDC) e no âmbito trabalhista (art. 2º, § 2º, da CLT).

Daí por que o consórcio não pode celebrar acordo coletivo em nome próprio.

AFT Ronald Sharp Jr

Page 2: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Ausência de personalidade e definição de responsabilidade

Egberto Lacerda Teixeira e José Alexandre Tavares Guerreiro deixam certo que o consórcio não é sujeito de direitos, não assumem obrigações em nome próprio, e que sua atuação no mundo jurídico se dá por intermédio das empresas que o constituem. As obrigações contraídas pelo consórcio perante terceiros o são pelas próprias consorciadas, nos termos definidos no respectivo contrato.

Aduzem eles: “O recebimento de receitas far-se-á à conta das consortes, e em seu nome, e a partilha de resultados decorre da previsão contratual que se estipule. A administração e a contabilidade própria (art. 279, inciso VI) têm objetivos e características puramente internas, não induzindo de per se a capacidade jurídica do consorcio”. (Das Sociedades Anônimas no Direito Brasileiro, Livraria e Editora Jurídica José Bushatsky, 1979, vol. 2, p. 797).

AFT Ronald Sharp Jr

Page 3: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Ausência de personalidade e definição de responsabilidade

Por não dispor de personalidade jurídica, o consórcio não recolhe em nome próprio tributos como ICMS, IPI, ISS, PIS, Cofins e IR. Os tributos decorrentes das atividades do consórcio são de responsabilidade de cada uma das consorciadas, na razão de suas atividades e arrecadações, conforme definido no contrato. A exigência de CNPJ decorre da necessidade prática de controle da obrigação tributária acessória de reter na fonte o IR relativo aos pagamentos que efetua. A exposição de motivos da MP 510, convertida na sobredita Lei 10.402/2011, reafirma que o consórcio “não tem personalidade jurídica, não integra a relação jurídico-tributária e não possui patrimônio próprio”, advindo daí a razão pela qual o normativo passou a estabelecer a solidariedade tributária das empresas consorciadas em relação às operações decorrentes do consórcio.

AFT Ronald Sharp Jr

Page 4: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Constituição

O consórcio é formalizado por meio de contrato escrito, público ou particular, deve ser registrado na Junta Comercial e apresentar os requisitos constantes do art. 279 da LSA:

        I - a designação do consórcio se houver;        II - o empreendimento que constitua o objeto do consórcio;        III - a duração, endereço e foro;        IV - a definição das obrigações e responsabilidade de cada sociedade consorciada, e das prestações específicas;        V - normas sobre recebimento de receitas e partilha de resultados;        VI - normas sobre administração do consórcio, contabilização, representação das sociedades consorciadas e taxa de administração, se houver;        VII - forma de deliberação sobre assuntos de interesse comum, com o número de votos que cabe a cada consorciado;        VIII - contribuição de cada consorciado para as despesas comuns, se houver.

AFT Ronald Sharp Jr

Page 5: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Definições da Instrução Normativa 971/2009 da RFB (art. 322):

- consórcio, a associação de empresas, sob o mesmo controle ou não, sem personalidade jurídica própria, com contrato de constituição e suas alterações registrados em junta comercial, formado com o objetivo de executar determinado empreendimento (inc. XXVI).

AFT Ronald Sharp Jr

Page 6: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Funcionamento

Ary Azevedo Franco Neto adverte que “É essencial para o funcionamento do consórcio que este regule a sua administração. Em regra, uma das consorciadas, referida como líder, tem atribuições de administrar e representar perante terceiros ...”.(Direito das Companhias, Coordenadores Alfredo Lamy Filho e José Luiz Bulhões Pedreira, Forense, 2009, p. 2094). A empresa designada líder no contrato fica incumbida da escrituração contábil, guarda dos livros e documentos relativos às operações praticadas ao amparo do consórcio.

AFT Ronald Sharp Jr

Page 7: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Faturamento e emissão de nota fiscal

Conforme o art. 4º da Instrução Normativa RFB 834/2008, cada consorciada deverá emitir nota fiscal da qual conste a sua participação proporcional no empreendimento.

“Esse ato normativo da Receita Federal prevê, no entanto, a possibilidade de consórcio emitir nota fiscal ou fatura nas hipóteses autorizadas pela legislação do ICMS e do ISSQN, sendo-lhe imposto, nessa hipótese, remeter cópia da nota fiscal ou fatura para às suas participantes, indicando no documento fiscal as parcelas de receitas correspondentes a cada uma das consorciadas (§§ 1º e 2º do art. 4).” (Sérgio Botrel, op. cit, p. 68)

AFT Ronald Sharp Jr

Page 8: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Falência

O consórcio não está sujeito à falência e, conforme o § 2º, do art. 278, da LSA, são incomunicáveis os efeitos da falência de uma consorciada às demais partes do consórcio, sendo apurados e pagos na forma prevista no contrato de consórcio os créditos que eventualmente a falida tiver.

AFT Ronald Sharp Jr

Page 9: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Extinção

A extinção do consórcio ocorre mediante acerto de contas entre as consorciadas, devendo ser arquivada na Junta Comercial o instrumento do distrato do consórcio (art. 3º da Instrução Normativa DNRC nº 74/98)

AFT Ronald Sharp Jr

Page 10: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

Consórcio

Conclusão

Pela construção de edificação em condomínio, a obra é executada sob o regime condominial na forma da Lei nº 4.591, de 1964, contratada e de responsabilidade de condôminos pessoas físicas ou jurídicas, titulares do terreno, com convenção de condomínio arquivada em cartório de registro de imóveis e sujeita à matrícula própria.Tanto a incorporadora quanto a construtora podem ser uma única Sociedade de Propósito Específico – SPE (caberá a ela tanto a construção quanto a venda das unidades de um empreendimento específico) ou compor cada uma delas distinta SPE (comercialização por uma e construção por outra), ou, ainda, a atividade de comercialização e construção estar concentrada numa determinada sociedade que tenha no seu objeto diversas obras e empreendimentos. Admite-se, mais ainda, a formalização de um contrato de consórcio pelo qual as sociedades construtoras, reunidas sob a figura do consórcio, sejam contratadas pelo incorporador, proprietário ou condômino, para a execução da obra.

AFT Ronald Sharp Jr

Page 11: Spe enafit iii

Sistema Nacional de Treinamento

FIM.

Muito obrigado!

AFT Ronald Sharp Jr