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SAÚDE PÚBLICA 3 – intensivo HUPE Doenças transmissíveis

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SAÚDE PÚBLICA 3 – intensivo HUPE

Doenças transmissíveis

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Prof. Ismael Costa

[email protected]

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HANSENÍASE

By Ismael Costa 4

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HANSENÍASE (LEPRA)

� Doença infecto-contagiosa, crônica, curável, causada pelobacilo de Hansen. Esse bacilo é capaz de infectar grandenúmero de pessoas (alta infectividade), mas poucosadoecem, (baixa patogenicidade). O poder imunogênico dobacilo é responsável pelo alto potencial incapacitante da

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bacilo é responsável pelo alto potencial incapacitante dahanseníase.

� O comprometimento dos nervos periféricos é acaracterística principal da doença, dando-lhe um grandepotencial para provocar incapacidades físicas que podem,inclusive, evoluir para deformidades.

by Ismael Costa

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DEFINIÇÃO DE CASO DE HANSENÍASE

• Um caso de hanseníase é umapessoa que apresenta uma ou maisde uma das seguintes característicase que requer quimioterapia:

• lesão(ões) de pele com alteração desensibilidade;

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sensibilidade;

• espessamento de nervo(s)periférico(s), acompanhado dealteração de sensibilidade;

• baciloscopia positiva para bacilo deHansen.

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AGENTE ETIOLÓGICO

• A hanseníase é causada pelo Mycobacterium leprae,ou bacilo de Hansen, que é um parasita intracelularobrigatório, com afinidade por células cutâneas epor células dos nervos periféricos, que se instala no

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organismo da pessoa infectada, podendo semultiplicar.

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MODO DE TRANSMISSÃO� A principal via de eliminação do bacilo, pelo

indivíduo doente de hanseníase, e a maisprovável porta de entrada no organismopassível de ser infectado são as vias aéreassuperiores, o trato respiratório. Noentanto, para que a transmissão do baciloocorra, é necessário um contato diretocom a pessoa doente não tratada.

� O aparecimento da doença na pessoa

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� O aparecimento da doença na pessoainfectada pelo bacilo, e suas diferentesmanifestações clínicas dependem dentreoutros fatores, da relação parasita /hospedeiro e pode ocorrer após um longoperíodo de incubação, de 2 a 5 anos. Ahanseníase pode atingir pessoas de todasas idades, de ambos os sexos, no entanto,raramente ocorre em crianças.

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Epidemiologia

• Além das condições individuais, outros fatores relacionados aos níveis de endemia e às condições socioeconômicas desfavoráveis, assim como condições precárias de vida e de saúde e o elevado número de pessoas convivendo em um mesmo ambiente, influem no risco de adoecer.

• Dentre as pessoas que adoecem, algumas apresentam resistência ao bacilo, constituindo os casos Paucibacilares (PB), que abrigam um pequeno número de bacilos no organismo, insuficiente para infectar outras pessoas. Os casos

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Paucibacilares, portanto, não são considerados importantes fontes de transmissão da doença devido à sua baixa carga bacilar. Algumas pessoas podem até curar-se espontaneamente.

• Um número menor de pessoas não apresenta resistência ao bacilo, que se multiplica no seu organismo passando a ser eliminado para o meio exterior, podendo infectar outras pessoas. Estas pessoas constituem os casos Multibacilares (MB), que são a fonte de infecção e manutenção da cadeia epidemiológica da doença.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Manchas esbranquiçadas (hipocrômicas), acastanhadas ouavermelhadas, com alterações de sensibilidade (a pessoa senteformigamentos, choques e câimbras que evoluem paradormência – se queima ou machuca sem perceber);

• Pápulas, infiltrações, tubérculos e nódulos, normalmente semsintomas ;

• Diminuição ou queda de pêlos, localizada ou difusa,

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• Diminuição ou queda de pêlos, localizada ou difusa,especialmente sobrancelhas;

• Falta ou ausência de sudorese no local - pele seca.

• As lesões da hanseníase geralmente iniciam com hiperestesia -sensação de queimação, formigamento e/ou coceira - no local,que evoluem para ausência de sensibilidade e, a partir daí, nãocoçam e o paciente refere dormência - diminuição ou perda desensibilidade ao calor, a dor e/ou ao tato - em qualquer partedo corpo.

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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS

• Outros sintomas e sinais que têm sido também observados:

• Dor e/ou espessamento de nervos periféricos;

• Diminuição e/ou perda de sensibilidade nas áreas dos nervos afetados, principalmente nos olhos, mãos e pés;

• Diminuição e/ou perda de força nos músculos inervados por estes nervos, principalmente nos membros superiores e inferiores e por vezes, pálpebras;

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principalmente nos membros superiores e inferiores e por vezes, pálpebras;

• Edema de mãos e pés;

• Febre e artralgia;

• Entupimento, feridas e ressecamento do nariz;

• Nódulos eritematosos dolorosos;

• Mal estar geral;

• Ressecamento dos olhos.

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Diagnóstico Diferencial

• As principais doenças dermatológicas são:

• Eczemátide (Pitiríase alba, dartro volante)

• Pitiríase Versicolor (“pano branco”)

• Vitiligo

• Dermatofitoses (Tinea corporis):

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• • Doenças neurológicas: as principais são a:

• síndrome do túnel do carpo; meralgiaparestésica;

• neuropatia alcoólica,

• neuropatia diabética ,

• lesões por esforços repetitivos (LER/DORT).

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Classificação operacional para fins detratamento quimioterápico.

Paucibacilar (PB): casos com até cinco lesões de pele.

Formas: Indeterminada e Tuberculoide – Não contagiosa

Multibacilar (MB): casos com mais de cinco lesões de pele. Formas: Dimorfa e Virchowiana - Contagiosa

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• ATENÇÃO (ANOTAR!) : CASOS COM BAAR + , MESMO COMMENOS DE 5 LESÕES SÃO CONSIDERADOS MULTIBACILARES!

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Classificação – formas clínicas

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indeterminada

tuberculóidedimorfa

virchowiana

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AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA

� A avaliação neurológica deve ser realizadano momento do diagnóstico,semestralmente e na alta do tratamento,na ocorrência de neurites e reações ouquando houver suspeita das mesmas,durante ou após o tratamento PQT esempre que houver queixas.

� Os principais nervos periféricosacometidos na hanseníase são os que

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� Os principais nervos periféricosacometidos na hanseníase são os quepassam:

� pela face - trigêmeo e facial, que podemcausar alterações na face, nos olhos e nonariz;

� pelos braços - radial, ulnar e mediano,que podem causar alterações nos braços emãos;

� pelas pernas - fibular comum e tibialposterior, que podem causar alteraçõesnas pernas e pés.

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DIAGNÓSTICO LABORATORIAL

� A baciloscopia é o exame microscópico onde seobserva o Mycobacterium leprae, diretamentenos esfregaços de raspados intradérmicos daslesões hansênicas ou de outros locais de coletaselecionados: lóbulos auriculares e/oucotovelos, e lesão quando houver.

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cotovelos, e lesão quando houver.

� A baciloscopia negativa não afasta odiagnóstico da hanseníase. Mesmo sendo abaciloscopia um dos parâmetros integrantes dadefinição de caso, ratifica-se que o diagnósticoda hanseníase é clínico.

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SITUAÇÕES ESPECIAIS

• Hanseníase e gravidez

• As alterações hormonais da gravidez causamdiminuição da imunidade celular, fundamentalna defesa contra o Mycobacterium leprae.Portanto, é comum que os primeiros sinais dehanseníase, em uma pessoa já infectada,

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hanseníase, em uma pessoa já infectada,apareçam durante a gravidez e puerpério,quando também podem ocorrer os estadosreacionais e os episódios de recidivas.

• A gravidez e o aleitamento materno nãocontra-indicam a administração dos esquemasde tratamento poliquimioterápico dahanseníase que são seguros tanto para a mãecomo para a criança.

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• Hanseníase e tuberculose

• Existe uma alta incidência de tuberculose no país, por issorecomenda-se especial atenção aos sinais e sintomas da mesma, antese durante o tratamento de hanseníase, a fim de evitar cepas deMycobacterium tuberculosis resistentes à rifampicina. Na vigência detuberculose e hanseníase, a rifampicina deve ser administrada nadose requerida para tratar tuberculose, ou seja, 600 mg/dia.

SITUAÇÕES ESPECIAIS

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dose requerida para tratar tuberculose, ou seja, 600 mg/dia.

• Hanseníase e aids

• A rifampicina na dose utilizada para tratamento da hanseníase (600mg/mês), não interfere nos inibidores de protease usado notratamento de pacientes com aids. Portanto, o esquema PQT padrãonão deve ser alterado nesses doentes.

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TRATAMENTO QUIMIOTERÁPICO PQT

� A poliquimioterapia (PQT) é constituída peloconjunto dos seguintes medicamentos: rifampicina,dapsona e clofazimina, com administraçãoassociada.

� Para crianças com hanseníase, a dose dosmedicamentos do esquema-padrão é ajustada, de

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medicamentos do esquema-padrão é ajustada, deacordo com a sua idade. Já no caso de pessoas comintolerância a um dos medicamentos do esquema-padrão, são indicados esquemas alternativos.

� A alta por cura é dada após a administração donúmero de doses preconizadas pelo esquematerapêutico.

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Esquemas

Paucibacilar (PB) Multibacilar (MB)

Até 5 lesões de peleMais de 5 lesões de pele, ou com

baciloscopia positiva.

Tratamento TratamentoRifampicina mensal supervisionada (600mg)

Rifampicina mensal supervisionada (600mg)

Dapsona* - 1 dose mensal, Dapsona - 1 dose mensal,

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Dapsona* - 1 dose mensal, supervisionada de 100mg. Doses diárias auto-administradas de 100 mg

Dapsona - 1 dose mensal, supervisionada de 100mg. Doses diárias auto-administradas de 100 mg

***Clofazimina - 1 dose mensal superviso nada de 300mg, doses diárias auto-administradas de 50 mg.

Critério de alta Critério de alta

6 doses em até 9 meses 12 doses em até 18 meses

* Também conhecida como Sulfona

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Esquema alternativo

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EFEITOS COLATERAIS -RIFAMPICINA

� - cutâneos: rubor de face e pescoço, prurido erash cutâneo generalizado;

� - gastrointestinais: diminuição do apetite enáuseas. Ocasionalmente, podem ocorrervômitos, diarréias e dor abdominal leve;

� - hepáticos: mal-estar, perda do apetite, náuseas,podendo ocorrer também icterícia. São descritosdois tipos de icterícias: a leve ou transitória e agrave, com danos hepáticos importantes.

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grave, com danos hepáticos importantes.� A medicação deve ser suspensa e o paciente

encaminhado à unidade de referência se astransaminases e/ou as bilirrubinas aumentaremmais de duas vezes o valor normal;

� A coloração avermelhada da urina não deve serconfundida com hematúria. A secreçãopulmonar avermelhada não deve ser confundidacom escarros hemoptóicos. A pigmentaçãoconjuntival não deve ser confundida comicterícia.

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Efeitos colaterais da Clofazimina

• cutâneos: ressecamento da pele, quepode evoluir para ictiose, alteração nacoloração da pele e suor. Nas pessoasde pele escura a cor pode se acentuar, eem pessoas claras a pele pode ficar comuma coloração avermelhada ou adquirirum tom acinzentado, devido à

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um tom acinzentado, devido àimpregnação e ao ressecamento.

• Estes efeitos ocorrem maisacentuadamente nas lesões hansênicase regridem, muito lentamente, após asuspensão do medicamento;

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Efeitos colaterais da Dapsona:

• - cutâneos: síndrome de Stevens-Johnson, dermatite esfoliativa oueritrodermia;

• - hepáticos: icterícias, náuseas evômitos;

• - hemolíticos: tremores, febre, náuseas,cefaléia, às vezes choque, podendo

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• - hemolíticos: tremores, febre, náuseas,cefaléia, às vezes choque, podendotambém ocorrer icterícia leve,metahemoglobinemia, cianose, dispnéia,taquicardia, cefaléia, fadiga, desmaios,náuseas, anorexia e vômitos;

• - outros efeitos colaterais raros podemocorrer, tais como insônia e neuropatiamotora periférica.

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Efeitos colaterais - outros

� • efeitos colaterais da talidomida:� - teratogenicidade;� - sonolência, edema unilateral de membros inferiores,

constipação intestinal, secura de mucosas e, maisraramente, linfopenia;

� - neuropatia periférica, não é comum entre nós, podemocorrer em doses acumuladas acima de 40 g, sendo maisfreqüente em pacientes acima de 65 anos de idade.

� • efeitos colaterais dos corticosteróides:

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� • efeitos colaterais dos corticosteróides:� - hipertensão arterial;� - disseminação de infestação por Strongiloides

stercoralis;� - disseminação de tuberculose pulmonar;� - distúrbios metabólicos: redução de sódio e depleção de

potássio, aumento das taxas de glicose no sangue,alteração no metabolismo do cálcio, levando àosteoporose e à síndrome de Cushing;

� - gastrointestinais: gastrite e úlcera péptica;� - outros efeitos: agravamento de infecções latentes, acne

cortisônica e psicoses.

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ACOMPANHAMENTO DAS INTERCORRÊNCIAS PÓS-ALTA

• É importante diferenciar um quadro de estado reacional deum caso de recidiva. No caso de estados reacionais a pessoadeverá receber tratamento anti-reacional, sem reiniciar,porém, o tratamento PQT. No caso de recidiva, o tratamentoPQT deve ser reiniciado.

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PQT deve ser reiniciado.

• Somente os casos graves, assim como os que apresentaremreações reversas graves, deverão ser encaminhados parahospitalização.

• É considerado um caso de recidiva, aquele que completarcom êxito o tratamento PQT, e que depois de curado venhaeventualmente desenvolver novos sinais e sintomas dadoença. A maior causa de recidivas é o tratamento PQTinadequado ou incorreto.

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ESTADOS REACIONAIS OU REAÇÕES HANSÊNICAS

� Os estados reacionais ou reações hansênicas são reaçõesdo sistema imunológico do doente ao Mycobacteriumleprae. Apresentam-se através de episódios inflamatóriosagudos e sub-agudos.

� Os estados reacionais ocorrem, principalmente, durante

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� Os estados reacionais ocorrem, principalmente, duranteos primeiros meses do tratamento quimioterápico dahanseníase, mas também podem ocorrer antes ou depoisdo mesmo, nesse caso após a cura do paciente. Quandoocorrem antes do tratamento, podem induzir aodiagnóstico da doença.

� Os estados reacionais são a principal causa de lesõesdos nervos e de incapacidades provocadas pelahanseníase.

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Reações Hansênicas

Tipo 1 (reação reversa)Tipo 2 (Eritema nodoso

hansênico)

Dor e Espessamento de nervos periféricos

Dor e Espessamento de

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nervos periféricos (neurites)

Dor e Espessamento de nervos periféricos (neurites)

Novas lesões dermatológicas, alterações das lesões antigas.

Eritema Nodoso Hansênico (ENH) que se caracteriza por apresentar nódulos vermelhos e dolorosos, febre, dores articulares e mal estar generalizado.

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Tipos de desenlace

• Cura: paciente com avaliação médica, após 6 doses tomadas em até 9 meses para os pacientes PB ou 12 doses tomadas em até 18 meses para os MB.

• Completou tratamento: paciente com 6 doses tomadas em 9 meses para PB ou 12 doses em 18 meses para MB, sem avaliação clínica.

• Óbito.

• Transferência: saída do paciente da esfera de responsabilidade da base geográfica que definiu a coorte.

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geográfica que definiu a coorte.

• Em tratamento: paciente que, por irregularidade, reiniciou o esquema terapêutico e está ainda em tratamento no momento da avaliação da coorte.

• Abandono: paciente que não completou o número de doses no prazo previsto, e que não compareceu ao serviço de saúde nos últimos 12 meses.

• OBS: casos que retornam ao mesmo ou a outro serviço de saúde após abandono do tratamento devem ser notificados como outros reingressos.

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Referência e contra-referência

• Na presença de intercorrências clínicas,reações adversas ao tratamento, estadosreacionais e dúvida no diagnóstico, o casodeverá ser encaminhado ao serviço de

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deverá ser encaminhado ao serviço dereferência, conforme o sistema de referênciae de contra-referência estabelecido pelomunicípio.

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VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

• Hanseníase é Doença de Notificação Compulsória emtodo o Território Nacional.

• Considera-se como contato intradomiciliar toda equalquer pessoa que resida ou tenha residido com o

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qualquer pessoa que resida ou tenha residido com odoente, nos últimos cinco anos.

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Investigação de contato

• A investigação consiste no exame dermatoneurológicode todos os contatos intradomiciliares dos casosdetectados.

• Deve-se ter especial atenção na investigação doscontatos de menores de 15 anos, já que esta situação deadoecimento mostra que há transmissão recente e ativa

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adoecimento mostra que há transmissão recente e ativaque deve ser controlada.

• Após a avaliação, se o contato for considerado indene(não-doente), avaliar cicatriz vacinal de BCG e seguir arecomendação às novas condutas preconizadas, que nãomais deve fazer aprazamento do contato para asegunda dose

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Vacinação BCG

Nenhuma cicatriz 1 dose de BCG

1 cicatriz 1 dose de BCG

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1 cicatriz 1 dose de BCG

2 cicatrizes nenhuma dose de BCG

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QUESTÕES

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1 Uma mulher, grávida no 4º mês, compareceu ao setor de pré-natal de uma unidade de saúde, referindo uma lesão esbranquiçada no rosto e outra no tórax posterior, com perda de sensibilidade e com baciloscopia positiva; o que, então, foi definido caso de hanseníase. Diante do caso e seguindo as recomendações do Ministério da Saúde com relação ao tratamento, a conduta adequada do profissional de saúde seria(A) tratar a cliente com o esquema PQT para paucibacilar.

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(A) tratar a cliente com o esquema PQT para paucibacilar.(B) tratar a cliente com o esquema PQT para multibacilar.(C) contraindicar o tratamento com a PQT para a cliente.(D) encaminhar a cliente a uma unidade de referência para avaliação.(E) tratar a cliente com esquema alternativo.

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1 Uma mulher, grávida no 4º mês, compareceu ao setor de pré-natal de uma unidade de saúde, referindo uma lesão esbranquiçada no rosto e outra no tórax posterior, com perda de sensibilidade e com baciloscopia positiva; o que, então, foi definido caso de hanseníase. Diante do caso e seguindo as recomendações do Ministério da Saúde com relação ao tratamento, a conduta adequada do profissional de saúde seria(A) tratar a cliente com o esquema PQT para paucibacilar.

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(A) tratar a cliente com o esquema PQT para paucibacilar.(B) tratar a cliente com o esquema PQT para multibacilar.(C) contraindicar o tratamento com a PQT para a cliente.(D) encaminhar a cliente a uma unidade de referência para avaliação.(E) tratar a cliente com esquema alternativo.

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Conceição 20122) Hanseníase é uma doença humana, transmissível e curável, que ataca os nervos periféricos e apele. A hanseníase (antigamente conhecida como lepra) é uma doença infecto contagiosa causadapor um microorganismo (bactéria) denominado Mycobacterium leprae. Assinale a(s) alternativa(s)CORRETA (s):I. Sua transmissão ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes,eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio as secreções nasais egotículas da fala, tosse e espirro.II. Seus principais sinais e sintomas são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nasextremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor,

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extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor,frio, dor e ao toque.III. A hanseníase tem cura e seu tratamento é realizado através de medicamentos via oral. Estadoença é tratada nas unidades de saúde e seu tratamento é gratuito.IV. Uma importante medida de prevenção é a informação sobre os sinais e sintomas da doença, pois,quanto mais cedo for identificada, mais fácil e rápida ocorrerá a cura. Uma outra medida preventiva,é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas que vivemcom os portadores desta doença.Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas;B) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas;C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas;D) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas;E) Todas as afirmativas estão corretas.

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Conceição 20122) Hanseníase é uma doença humana, transmissível e curável, que ataca os nervos periféricos e apele. A hanseníase (antigamente conhecida como lepra) é uma doença infecto contagiosa causadapor um microorganismo (bactéria) denominado Mycobacterium leprae. Assinale a(s) alternativa(s)CORRETA (s):I. Sua transmissão ocorre através do contato direto com doentes sem tratamento, pois estes,eliminam os bacilos através do aparelho respiratório superior em meio as secreções nasais egotículas da fala, tosse e espirro.II. Seus principais sinais e sintomas são: sensação de formigamento, fisgadas ou dormência nasextremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor,

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extremidades; manchas brancas ou avermelhadas, geralmente com perda da sensibilidade ao calor,frio, dor e ao toque.III. A hanseníase tem cura e seu tratamento é realizado através de medicamentos via oral. Estadoença é tratada nas unidades de saúde e seu tratamento é gratuito.IV. Uma importante medida de prevenção é a informação sobre os sinais e sintomas da doença, pois,quanto mais cedo for identificada, mais fácil e rápida ocorrerá a cura. Uma outra medida preventiva,é a realização do exame dermato-neurológico e aplicação da vacina BCG nas pessoas que vivemcom os portadores desta doença.Está(ão) CORRETA(s) a(s) afirmativa(s):A) Apenas as afirmativas I e III estão corretas;B) Apenas as afirmativas II, III e IV estão corretas;C) Apenas as afirmativas I e II estão corretas;D) Apenas as afirmativas I e IV estão corretas;E) Todas as afirmativas estão corretas.

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3-Uma enfermeira, na consulta de enfermagem em hanseníase, observou que a cliente apresentava dor neural aguda. O procedimento que a enfermeira deve adotar em relação a essa incapacidade física é:a) orientação para imobilização do membro até a remissão do sintoma e encaminhamento imediato para consulta médicab)acompanhamento da alteração da sensibilidade e exercícios, após remissão dos sinais e sintomas.

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dos sinais e sintomas.c) encaminhamento imediato ao ortopedista e acompanhamento da alteração de sensibilidaded) encaminhamento para imobilização do membro afetado e retorno para consulta em 15 dias

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3-Uma enfermeira, na consulta de enfermagem em hanseníase, observou que a cliente apresentava dor neural aguda. O procedimento que a enfermeira deve adotar em relação a essa incapacidade física é:a) orientação para imobilização do membro até a remissão do sintoma e encaminhamento imediato para consulta médicab)acompanhamento da alteração da sensibilidade e exercícios, após remissão dos sinais e sintomas.

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dos sinais e sintomas.c) encaminhamento imediato ao ortopedista e acompanhamento da alteração de sensibilidaded) encaminhamento para imobilização do membro afetado e retorno para consulta em 15 dias

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Cambé 2012Questão 4) A hanseníase pode apresentar- se sob quatro formas diferentes, comduas subdivisões: paucibacilares (poucos bacilos) ou multibacilares (muitosbacilos). Assinale a única alternativa que melhor caracteriza a formatuberculoide.A) É a forma mais branda da hanseníase. O doente pode apresentar manchasplanas, esbranquiçadas e com alterações de sensibilidade pelo corpo.B) Nem sempre há manchas na pele do doente. Quando aparecem, podem ser

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B) Nem sempre há manchas na pele do doente. Quando aparecem, podem seracastanhadas com bordos bem definidos, podendo apresentar alopécia. Podeafetar apenas os nervos, sendo chamada então de forma neural pura.C) O doente pode apresentar manchas avermelhadas ou arroxeadas pelo corpo,sem bordos definidos, com edema, algumas vezes semelhantes à formatuberculoide ou a virchowiana.D) É considerada a forma mais grave de hanseníase. O doente apresentadeformações no nariz e orelhas, podendo haver queda dos pelos dassobrancelhas. Há espessamento e formações de granulomas em várias partesdo corpo, aparentando “caroços” na pele.E) Sempre aparece com manchas avermelhadas e deformações no corpo todo.

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Cambé 2012Questão 4) A hanseníase pode apresentar- se sob quatro formas diferentes, comduas subdivisões: paucibacilares (poucos bacilos) ou multibacilares (muitosbacilos). Assinale a única alternativa que melhor caracteriza a formatuberculoide.A) É a forma mais branda da hanseníase. O doente pode apresentar manchasplanas, esbranquiçadas e com alterações de sensibilidade pelo corpo.B) Nem sempre há manchas na pele do doente. Quando aparecem, podem

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B) Nem sempre há manchas na pele do doente. Quando aparecem, podemser acastanhadas com bordos bem definidos, podendo apresentaralopécia. Pode afetar apenas os nervos, sendo chamada então de formaneural pura.C) O doente pode apresentar manchas avermelhadas ou arroxeadas pelo corpo,sem bordos definidos, com edema, algumas vezes semelhantes à formatuberculoide ou a virchowiana.D) É considerada a forma mais grave de hanseníase. O doente apresentadeformações no nariz e orelhas, podendo haver queda dos pelos dassobrancelhas. Há espessamento e formações de granulomas em várias partesdo corpo, aparentando “caroços” na pele.E) Sempre aparece com manchas avermelhadas e deformações no corpo todo.

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5-A hanseníase pode ser confundida com outras doenças de pele e com outras doenças neurológicas que apresentam sinais e sintomas semelhantes aos seus. As principais doenças de pele, que fazem diagnóstico diferencial com hanseníase, são:A) vitiligo, pitiríase alba, tinha do corpo; doença de LymeB) pitiríase versicolor; eczematide; tinha do corpo; vitiligoC) pitiríase alba; herpes zoster; lúpus eritematoso; tungíase

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C) pitiríase alba; herpes zoster; lúpus eritematoso; tungíaseD) lúpus eritematoso; pitiríase versicolor; impetigo; doença de Lyme

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5-A hanseníase pode ser confundida com outras doenças de pele e com outras doenças neurológicas que apresentam sinais e sintomas semelhantes aos seus. As principais doenças de pele, que fazem diagnóstico diferencial com hanseníase, são:A) vitiligo, pitiríase alba, tinha do corpo; doença de LymeB) pitiríase versicolor; eczematide; tinha do corpo; vitiligoC) pitiríase alba; herpes zoster; lúpus eritematoso; tungíase

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C) pitiríase alba; herpes zoster; lúpus eritematoso; tungíaseD) lúpus eritematoso; pitiríase versicolor; impetigo; doença de Lyme

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TUBERCULOSE

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Introdução

• A tuberculose é um problema de saúde prioritário noBrasil, que juntamente com outros 21 países emdesenvolvimento, albergam 80% dos casos mundiaisda doença.

• No Brasil, estima-se que ocorram 129.000 casos porano, dos quais são notificados cerca de 90.000. Em1998, o coeficiente de mortalidade foi de 3,5 por100.000 habitantes. Esses números, entretanto, nãorepresentam a realidade do País, pois parte dos

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representam a realidade do País, pois parte dosdoentes não são diagnosticados nem registradosoficialmente.

� Agente etiológico: Mycobacterium tuberculosis,também conhecido como bacilo de Koch.

� O reservatório principal é o homem. Em algumasregiões, o gado bovino doente.

� Em geral, a fonte de infecção é o indivíduo com aforma pulmonar da doença, que elimina bacilos parao exterior (bacilífero). Calcula-se que durante umano, numa comunidade, um indivíduo bacilíferopoderá infectar, em média, de 10 a 15 pessoas.

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Modo de transmissão� A tuberculose é transmitida de pessoa a

pessoa, principalmente através do ar. Afala, o espirro e, principalmente, a tosse deum doente de tuberculose pulmonarbacilífera lança no ar gotículas, de tamanhosvariados, contendo no seu interior o bacilo.

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� Período de incubação: Após a infecção peloM. tuberculosis, transcorrem, em média, 4 a12 semanas para a detecção das lesõesprimárias. A maioria dos novos casos dedoença pulmonar ocorre em torno de 12meses após a infecção inicial.

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• A probabilidade de o indivíduo vir a ser infectado, e de queessa infecção evolua para a doença, depende de múltiplascausas, destacando-se, dentre estas, as condiçõessocioeconômicas e algumas condições médicas (diabetes

mellitus, silicose, uso prolongado de corticosteróide ououtros imunossupressores, neoplasias, uso de drogas einfecção pelo HIV).

• A evolução do quadro clínico dependerá de o indivíduo

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• A evolução do quadro clínico dependerá de o indivíduoestar sendo infectado pela primeira vez (primo-infecção)ou reinfectado (reinfecção exógena). A primo-infecçãopode causar a doença dependendo da virulência do bacilo,da fonte infectante e das características genéticas dosindivíduos infectados. Em novo contato, após uma infecçãonatural ou induzida pela BCG, a resistência dependerá daresposta imunológica.

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• A transmissão é plena enquanto o doente com aforma clínica de tuberculose pulmonar bacilíferaeliminar bacilos e não tiver iniciado o tratamento.

• Com o esquema terapêutico recomendado, atransmissão é reduzida, gradativamente, a níveis

Período de transmissibilidade

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transmissão é reduzida, gradativamente, a níveisinsignificantes, ao fim de poucos dias ou semanas.As crianças com tuberculose pulmonar geralmentenão são infectantes.

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Susceptibilidade e imunidade

• A infecção pelo bacilo da tuberculose podeocorrer em qualquer idade, mas no Brasilgeralmente acontece na infância.

• Nem todas as pessoas expostas ao bacilo da

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• Nem todas as pessoas expostas ao bacilo datuberculose se tornam infectadas. A infecçãotuberculosa, sem doença, significa que osbacilos estão presentes no organismo, mas osistema imune está mantendo-os sobcontrole.

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Manifestações clínicas

� comprometimento do estado geral,� febre baixa vespertina com sudorese,� inapetência e emagrecimento.� Quando a doença atinge os pulmões:� dor torácica e tosse produtiva,

acompanhada ou não de escarroshemoptóicos. A tosse produtiva é o sintomamais freqüente da forma pulmonar.

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hemoptóicos. A tosse produtiva é o sintomamais freqüente da forma pulmonar.

� Nas crianças, também é comum ocomprometimento ganglionar mediastínicoe cervical (forma primária).

� Remissão – apesar de ocorrer a curaespontânea, em alguns casos, a remissão dossintomas e a respectiva cura do paciente sóocorre após o tratamento apropriado.Devido à remissão dos sintomas, algunspacientes abandonam o tratamento no início.

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DEFINIÇÃO DE CASO

• Suspeito

• • Todo indivíduo com sintomatologia clínica sugestiva detuberculose pulmonar: tosse por três ou mais semanas,febre, perda de peso e apetite, ou suspeito ao exameradiológico.

• • Paciente com imagem compatível com tuberculose.

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• • Paciente com imagem compatível com tuberculose.

• Confirmado (Critério clínico-laboratorial): Tuberculosepulmonar bacilífera:

• duas baciloscopias positivas ou

• uma baciloscopia positiva e cultura positiva ou

• uma baciloscopia direta positiva e imagem radiológicasugestiva de tuberculose.

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• Tuberculose pulmonar escarro negativo (BK-) – pacientecom duas baciloscopias negativas, com imagemradiológica sugestiva e achados clínicos ou outros examescomplementares que permitam ao médico efetuar umdiagnóstico de tuberculose.

• Tuberculose extrapulmonar – paciente com evidênciasclínicas e achados laboratoriais, inclusive

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clínicas e achados laboratoriais, inclusivehistopatológicos, compatíveis com tuberculoseextrapulmonar ativa, ou paciente com, pelo menos, umacultura positiva para M.tuberculosis, de materialproveniente de uma localização extrapulmonar.

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PROCURA DE CASOS DE TUBERCULOSE

• Busca ativa:

• os sintomáticos respiratórios (das pessoasmaiores de 15 anos)

• contatos de casos de tuberculose

• Atenção especial deve ser dada às populações demaior risco de adoecimento:

• como os residentes em comunidades fechadas ,os

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• como os residentes em comunidades fechadas ,osindivíduos etilistas, usuários de drogas, mendigos,imunodeprimidos e ainda os trabalhadores emsituações especiais que mantêm contato próximocom doente com TB pulmonar bacilífera.

• os suspeitos radiológicos (pacientes com imagenssuspeitas de TB que chegam ao serviço de saúde).

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DIAGNÓSTICO DE TB PULMONAR

• A história clínica

• Exame bacteriológico (baciloscopia diretae Cultura de escarro ou de outrassecreções )

• Exame radiológico

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• Exame radiológico

• Prova tuberculínica

• O EXAME SOROLÓGICO ANTI-HIV: A tododoente com diagnóstico de tuberculoseconfirmado, deve ser oferecido o testesorológico anti-HIV.

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Prova tuberculínica

� A prova tuberculínica cutânea está indicada como método auxiliar,no diagnóstico da tuberculose, em pessoas não vacinadas com BCG.A técnica de aplicação (a mais empregada é a de Mantoux) . Aleitura da prova tuberculínica é realizada de 48 a 72 horas após aaplicação, podendo este prazo ser estendido para 96 horas, caso opaciente falte à consulta de leitura na data agendada.

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paciente falte à consulta de leitura na data agendada.

� No Brasil, a tuberculina usada é o PPD RT23, aplicado por viaintradérmica no terço médio da face anterior do antebraçoesquerdo, na dose de 0,1 ml, equivalente a 2UT (unidades detuberculina).

� Quando conservada em temperatura entre 4ºC e 8°C, a tuberculinamantém-se ativa por seis meses. Não deve, entretanto, sercongelada nem exposta à luz solar direta.

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• O maior diâmetro transverso da área de endurecimentopalpável deve ser medido com régua milimetrada, e oresultado, registrado em milímetros. (Não será mais utilizadaa classificação de forte ou fraco reator).

• Obs: todos os indivíduos infectados pelo HIV devem sersubmetidos ao teste tuberculínico. Nesses casos, considera-sereator aquele que apresenta endurecimento de 5 mm ou mais

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reator aquele que apresenta endurecimento de 5 mm ou maise não reator aquele com endurecimento entre 0 e 4 mm.

• Para pacientes não reatores e em uso de terapia antiretroviral,recomenda-se fazer o teste seis meses após o início da terapia,devido a possibilidade de restauração da respostatuberculínica;

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Tratamento

• A tuberculose é uma doença grave, porém curável, empraticamente 100% dos casos novos, desde que os princípiosda quimioterapia sejam seguidos.

• O tratamento dos bacilíferos é a atividade prioritária decontrole da tuberculose, uma vez que permite anular

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controle da tuberculose, uma vez que permite anularrapidamente as maiores fontes de infecção. Poucos dias apóso início da quimioterapia correta, os bacilos da tuberculosepraticamente perdem seu poder infectante. Assim, os doentes“pulmonares positivos” não precisam, nem devem, sersegregados do convívio familiar e da comunidade.

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Tratamento

� Principal estratégia do novo modelo de atenção ao pacientecom tuberculose, o DOTS, Estratégia de TratamentoDiretamente Observado, é fator essencial para se promover oreal e efetivo controle da tuberculose. A estratégia DOTS visa oaumento da adesão dos pacientes, maior descoberta dasfontes de infecção (pacientes pulmonares bacilíferos), e oaumento da cura, reduzindo-se o risco de transmissão da

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aumento da cura, reduzindo-se o risco de transmissão dadoença na comunidade. Tem como elemento central oTratamento Supervisionado.

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• A hospitalização só está indicada nas seguintes situações: meningitetuberculosa; indicações cirúrgicas em decorrência da doença; complicaçõesgraves; intolerância medicamentosa incontrolável em ambulatório;intercorrências clínicas e/ou cirúrgicas graves; estado geral que não permitatratamento em ambulatório; em casos sociais, como ausência de residênciafixa, ou grupos especiais, com maior possibilidade de abandono,especialmente se for caso de retratamento ou de falência. O período de

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internação deve ser reduzido ao mínimo necessário, independentemente doresultado do exame bacteriológico.

• As drogas usadas, nos esquemas padronizados, são as seguintes:

• Isoniazida – H;

• Rifampicina – R;

• Pirazinamida – Z;

• Etambutol – E.

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• Considera-se “caso novo” ou sem tratamento anterior os pacientes quenunca se submeteram à quimioterapia antituberculosa, fizeram pormenos de 30 dias. Verificar insistentemente com o paciente e seusfamiliares, se não houve tratamento antituberculoso prévio, superior a 30dias.

• Define-se como retratamento a prescrição de um esquema de drogas parao doente já tratado por mais de 30 dias, que venha a necessitar de novao doente já tratado por mais de 30 dias, que venha a necessitar de novaterapia por recidiva após cura (RC), retorno após abandono (RA) ou porfalência dos esquema I ou esquema IR. Considera-se caso de abandono, odoente que depois de iniciado o tratamento para tuberculose, deixou decomparecer à unidade de saúde por mais de 30 dias consecutivos, após adata aprazada para seu retorno.

• Considera-se caso de recidiva, o doente com tuberculose em atividadeque já se tratou anteriormente e recebeu alta por cura.

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• Esquema I – Básico – Indicado para Casos novos e retratamentos – Pacientes Adolescentes e Adultos.

• – 1º Fase: 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e Etambutol

• – 2º Fase: 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.

• 2RHZE/4RH• 2RHZE/4RH

• Esquema I – Básico – Indicado para Casos Novos e Retratamentos – Crianças Menores de 10 anos.

• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.

• – 2º Fase – 4 meses de Rifampicina e Isoniazina.

• 2RHZ/4RH

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• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Pacientes Adolescentes e Adultos.

• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida e Etambutol.

• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.

• 2RHZE/7RH

• Esquema II – Tuberculose Meningoencefalica – Crianças Menores de 10 anos.

• – 1º Fase – 2 meses de Rifampicina, Pirazinamida Isoniazida.

• – 2º Fase – 7 meses de Rifampicina e Isoniazina.

• 2RHZ/7RH

• Estão abolidos os esquemas IR e III70by Ismael Costa

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• Tuberculose Meníngea (observações)

• A internação é mandatória, sempre que se suspeitar dodiagnóstico de tuberculose meningoencefálica.

• Nos casos de tuberculose meningoencefálica, em qualqueridade, recomenda-se o uso de corticosteróides (prednisona,dexametasona ou outros), por um período de 1 a 4 meses, nodexametasona ou outros), por um período de 1 a 4 meses, noinício do tratamento. Na criança, a prednisona é administradana dose de 1 a 2mg/kg de peso corporal, até a dose máxima de30mg/dia. No caso de se utilizar outro corticosteróide, aplicar atabela de equivalência entre eles.

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INTERVALO

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Reações adversas

• A maioria dos pacientes submetidos ao tratamento deTuberculose, consegue completar o tempo recomendado, semsentir qualquer efeito colateral relevante.

• Os fatores relacionados às reações são diversos. Todavia, osmaiores determinantes dessas reações se referem à dose,

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maiores determinantes dessas reações se referem à dose,horários de administração da medicação, idade do doente,seu estado nutricional, alcoolismo, condições da funçãohepática e renal e co-infecção pelo HIV.

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Unidade de referência

• Além dos suspeitos de falência aos tuberculostáticos, ospacientes que apresentam as seguintes condições tambémdeverão ser encaminhados para uma unidade de referência:

• evidências clínicas de hepatopatia aguda (hepatitemedicamentosa ou menos comumente viral), ou crônica

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medicamentosa ou menos comumente viral), ou crônica(cirrose, hepatopatia alcoólica, hepatite viral B ou C);

• evidências clínicas de nefropatias (insuficiência renal crônica,pacientes em regime de diálise);

• infecção pelo HIV ou aids (para esta situação a referência seráo SAE;

• manifestação clínica de efeitos adversos maiores ouIntolerância medicamentosa de difícil manejo.

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Tratamento preventivo da tuberculose (antiga quimiprofilaxia)

• Recomenda-se a prevenção da infecção tuberculosaem recém-nascidos co-habitantes de caso índicebacilífero. Nestes casos, o recém-nascido não deveráser vacinado ao nascer.

• A Isoniazida (H) é administrada por três meses e, apósesse período, faz-se a prova tuberculínica. Se a criançativer PT ≥5mm, a quimioprofilaxia deve ser mantida

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tiver PT ≥5mm, a quimioprofilaxia deve ser mantidapor mais três meses; caso contrário, interrompe-se ouso da Isoniazida e vacina-se com BCG.

• O tratamento da infecção latente com isoniazidareduz em 60 a 90% o risco de adoecimento. Estavariação se deve à duração e à adesão ao tratamento.

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• O número de doses tomadas tem se revelado maisimportante do que o uso diário do medicamento.

• Portanto, mesmo que o indivíduo não use a H todos osdias, é importante insistir para que complete o númerode doses do tratamento, mesmo depois de decorrido o

Tratamento preventivo da tuberculose (antiga quimiprofilaxia)

SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS

de doses do tratamento, mesmo depois de decorrido otempo pré-estabelecido pelo médico.

• O número mínimo de doses preconizadas é de 180(podendo ser tomado num período entre 6 e 9 meses).

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Fármaco utilizado• Isoniazida - Na dose de 5 a 10 mg/kg de peso, até a dose máxima de 300

mg/dia.

• Indicações - A indicação do uso da H para tratamento da ILTB depende detrês fatores: a idade, a probabilidade de infecção latente e o risco deadoecimento.

• Em adultos e adolescentes - Em adultos e adolescentes (>10 anos) cominfecção latente por M. tuberculosis, a relação risco-benefício do

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infecção latente por M. tuberculosis, a relação risco-benefício dotratamento com H deve ser avaliada. A idade é um dos fatores de risco parahepatoxicidade pela isoniazida. Pelo elevado risco de hepatoxicidade ereduzido risco acumulado de adoecimento, recomenda-se:

• Mais de 65 anos apenas em caso de alto risco de adoecimento.

• Idade entre 50 e 65 anos devem ser tratados em caso de risco moderadoou alto

• Menos de 50 anos devem ser tratados em caso de risco leve, moderado oualto.

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Alto RiscoRisco Relativo

Estimado

AIDS* 110-170

HIV* 50-110

Transplantados em terapia imunossupressora 20-74

Silicose 30

Insuficiência Renal em Diálise 10-25

Neoplasia de Cabeça e Pescoço 16Neoplasia de Cabeça e Pescoço 16

Contatos 15

Infecção Latente Adquirida Recentemente (há

menos de 2 anos)

6-19

Uso de Inibidores do TNF-α 1,7-9

Indígenas 5,8-22

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Risco Moderado Risco Relativo Estimado

Uso de Corticosteróides (>15mg prednisona por

>1 mês)

4,9

Diabetes Mellitus 2-3, 6

Crianças que adquiram Infecção Latente Até os 4

anos

2,2-5

Risco Leve Risco Relativo Estimado

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Risco Leve Risco Relativo Estimado

Baixo peso (<85% do Peso Ideal) 2-3

Tabagistas (1 maço/dia) 2-3

Calcificação Isolada (sem fibrose) na radiografia 2

Referência (risco muito baixo) Risco relativo estimado

Indivíduo com ILTB sem fatores de risco e

radiografia de tórax normal

1

Page 82: Sp3 hupe-doenças transmissíveis [modo de compatibilidade]

• Radiografia normal e:• - PT maior ou igual a 5mm;• - contatos intradomiciliares ou institucionais de

pacientes bacilíferos independentemente da PT;• - PT < 5mm com registro documental de ter tido PT

maior ou igual a 5mm e não submetido a tratamentoou quimiprofilaxia na ocasião.

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maior ou igual a 5mm e não submetido a tratamentoou quimiprofilaxia na ocasião.

• Radiografia de tórax anormal e:• -presença de cicatriz radiológica de TB sem

tratamento anterior (afastada a possibilidade de TBativa através de exames de escarro, radiografiasanteriores e se necessário TC de tórax),independentemente da PT

Page 83: Sp3 hupe-doenças transmissíveis [modo de compatibilidade]

Acompanhamento do caso

• Alta por cura

• Alta por completar o tratamento

• Alta por abandono de tratamento

• Alta por mudança de diagnóstico

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• Alta por óbito

• Alta por falência

• Alta por transferência

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Medidas para reduzir a transmissão do M tuberculosis (extra)

• A TB pulmonar e laríngea são classificadas como doenças de transmissão aérea e requerem medidas administrativas e ambientais que diminuam o risco de transmissão da doença.

• Pressupostos:

• A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela

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• A transmissão da tuberculose se faz por via respiratória, pela inalação de aerossóis produzidos pela tosse, fala ou espirro de um doente com tuberculose ativa de vias aéreas, salvo raríssimas exceções;

• Quanto maior a intensidade da tosse e a concentração de bacilos no ambiente e, quanto menor a ventilação do mesmo ambiente, maior será a probabilidade de infectar os circunstantes;

By Ismael Costa

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• Com o início do tratamento adequado e uso correto demedicamentos anti-TB em pacientes infectados com cepassensíveis, a transmissibilidade diminui rapidamente em duas atrês semanas - portanto, a prioridade na instituição das açõespreventivas deve ser dada para os pacientes com maior risco

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preventivas deve ser dada para os pacientes com maior riscode transmissibilidade, que são aqueles não diagnosticados(sintomático respiratório) ou nos primeiros dias detratamento;

• Ocorrendo infecção pelo bacilo da tuberculose, as pessoascom maior risco de adoecer são aquelas com a imunidadecomprometida.

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Medidas de controle em instituições de saúde.

• A magnitude do risco de transmissão da tuberculose difere deuma instituição para outra e, numa mesma instituição, deum ambiente para outro.

• As medidas de controle de transmissão dividem-se em trêscategorias: administrativas, também chamadas gerenciais;

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categorias: administrativas, também chamadas gerenciais;de controle ambiental (ou de engenharia) e proteçãorespiratória.

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Medidas administrativas

• É consenso que as medidas administrativas isoladamente são as maisefetivas na prevenção da transmissão da TB. Analisando-se o percurso dobacilífero e o seu tempo de permanência nos diferentes locais da unidadedeve-se propor mudanças na organização do serviço, treinamento dosprofissionais e reorganização do atendimento.

• Essas providências, além de serem pouco onerosas, têm grande efeito na

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• Essas providências, além de serem pouco onerosas, têm grande efeito naredução do risco de transmissão da doença.

• As medidas administrativas visam:

• Desenvolver e implementar políticas escritas e protocolos para assegurar arápida identificação, isolamento respiratório, diagnóstico e tratamento deindivíduos com provável TB pulmonar.

• Educação permanente dos profissionais de saúde para diminuir o retardono diagnóstico de TB pulmonar e promover o adequado tratamentoantiTB.

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Medidas de controle ambiental

• Escolher ambiente de permanência de possíveis sintomáticos respiratórioso mais ventilado possível.

• Posicionar exaustores ou ventiladores de forma que o ar dos ambientespotencialmente contaminados se dirija ao exterior e não aos demaiscômodos da instituição.

• Em unidades hospitalares e de emergência é considerada de elevada

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• Em unidades hospitalares e de emergência é considerada de elevadaprioridade a definição de locais de isolamento respiratório em númerosuficiente para atender a demanda da unidade.

• Estes locais devem dispor de renovação do ar de pelo menos seis vezespor hora e pressão negativa em relação aos ambientes contíguos.

• Uma alternativa é a utilização de filtros de alta eficiência para arparticulado (filtros HEPA- High Efficiency Particulate Air), que eliminam os

bacilos suspensos no ar, permitindo que o ar seja descarregado emambientes onde circulem pessoas.

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Medidas de proteção individual

• O uso de máscaras (respiradores) no atendimento de SR ou pacientes comTB deve ser feito de forma criteriosa.

• O uso de máscaras tipo PFF2, padrão brasileiro e da União Européia ouN95, padrão dos EUA é recomendado para profissionais de saúde ouvisitantes (acompanhantes) ao entrarem em áreas de alto risco detransmissão (quartos de isolamento respiratório, ambulatório paraatendimento referenciado de SR, bacilíferos e portadores de TB com

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atendimento referenciado de SR, bacilíferos e portadores de TB comsuspeita de ou resistência comprovada aos fármacos antiTB).

• O uso de máscaras cirúrgicas é recomendado para pacientes com TBpulmonar ou SR em situação de potencial risco de transmissão como porexemplo: falta de estrutura de ventilação adequada em salas de espera eemergências enquanto aguarda definição do caso (atendimento,resultado de exames, internação em isolamento) ou no deslocamento depacientes do isolamento para exames ou procedimentos (neste caso opaciente deve ter seu atendimento no outro setor priorizado).

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Controle de infecção na AB

• Não há necessidade de ambientes especiais para atendimento do pacientede TB diagnosticados nestas unidades.

• Atendimento em horários diferenciados e com o oferecimento demáscara cirúrgica após identificação do SR ou do paciente com TBpulmonar, são medidas administrativas que diminuirão ainda mais o riscode contaminação na unidade de saúde.

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de contaminação na unidade de saúde.

• Lembrar que paciente com boa evolução clínica e baciloscopias decontrole negativas já não contaminam em geral após 2 a 3 semanas, e queas medidas de biossegurança são prioritárias antes do diagnóstico(qualquer SR – portanto mesmo em unidades que não tratam TB, o risco jáestá instituído e deve ser conduzido com medidas administrativas).

• O TDO, em acordo com o paciente, deverá ser realizado preferencialmenteno domicílio nas primeiras semanas de tratamento.

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QUESTÕES

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IFCE 20126. Em relacao a biosseguranca da tuberculose em instituicoes de saude, e incorreto afirmar-se que:A) a magnitude do risco de transmissao da tuberculose difere de uma instituicao para outra e, numa mesma instituicao, de um ambiente para outro.B) as medidas de controle ambiental visam desenvolver e implementar politicas escritas e protocolos para assegurar a rapida identificacao, isolamento

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escritas e protocolos para assegurar a rapida identificacao, isolamento respiratorio, diagnostico e tratamento de individuos com provavel TB pulmonar.C) os nucleos das particulas infectantes possuem um diametro de aproximadamente um a cinco micrometros, podendo se manter em suspensao durante horas.D) as medidas de controle de transmissao dividem-se em tres categorias: administrativas, de controle ambiental e protecao respiratoria.E) os aerossois infectantes sao produzidos pela fala, pelo espirro ou pela tosse do enfermo, como tambem pelos aerossois produzidos durante os procedimentos laboratoriais com os seus materiais biologicos, principalmente o escarro..

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IFCE 20126. Em relacao a biosseguranca da tuberculose em instituicoes de saude, e incorreto afirmar-se que:A) a magnitude do risco de transmissao da tuberculose difere de uma instituicao para outra e, numa mesma instituicao, de um ambiente para outro.B) as medidas de controle ambiental visam desenvolver e implementar politicas escritas e protocolos para assegurar a rapida identificacao,

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politicas escritas e protocolos para assegurar a rapida identificacao, isolamento respiratorio, diagnostico e tratamento de individuos com provavel TB pulmonar.C) os nucleos das particulas infectantes possuem um diametro de aproximadamente um a cinco micrometros, podendo se manter em suspensao durante horas.D) as medidas de controle de transmissao dividem-se em tres categorias: administrativas, de controle ambiental e protecao respiratoria.E) os aerossois infectantes sao produzidos pela fala, pelo espirro ou pela tosse do enfermo, como tambem pelos aerossois produzidos durante os procedimentos laboratoriais com os seus materiais biologicos, principalmente o escarro..

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IFCE 20127. Sobre o novo esquema de tratamento para a tuberculose, e verdadeiro dizer-se queA) nao sera mais necessaria a supervisao do tratamento do paciente.B) houve a introducao de Estreptomicina como quarto farmaco nos dois primeiros meses do esquema basico.C) nessa fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses) os comprimidos

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C) nessa fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses) os comprimidos sao formulados com doses aumentadas de Isoniazida e Pirazinamida em relacao as atualmente utilizadas no Brasil.D) essas mudancas se aplicam para individuos com menos de 10 anos de idade.E) ainda para a fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses), os comprimidos se apresentam com dose fixa combinada dos 4 farmacos (4 em 1).

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IFCE 20127. Sobre o novo esquema de tratamento para a tuberculose, e verdadeiro dizer-se queA) nao sera mais necessaria a supervisao do tratamento do paciente.B) houve a introducao de Estreptomicina como quarto farmaco nos dois primeiros meses do esquema basico.C) nessa fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses) os comprimidos

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C) nessa fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses) os comprimidos sao formulados com doses aumentadas de Isoniazida e Pirazinamida em relacao as atualmente utilizadas no Brasil.D) essas mudancas se aplicam para individuos com menos de 10 anos de idade.E) ainda para a fase intensiva do tratamento (dois primeiros meses), os comprimidos se apresentam com dose fixa combinada dos 4 farmacos (4 em 1).

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8-O fármaco utilizado para tratamento de tuberculose que pode ser causa de hiperuricemia é:A) etambutolB) isoniazidaC) pirazinamidaD) estreptomicina

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8-O fármaco utilizado para tratamento de tuberculose que pode ser causa de hiperuricemia é:A) etambutolB) isoniazidaC) pirazinamidaD) estreptomicina

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FHEMIG -20099-Segundo a Organização Mundial de Saúde a tuberculose (TB) persiste como uma preocupaçãosanitária internacional. E o Brasil, juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, retrata80% dos casos mundiais da doença. Dessa forma, o controle da TB é fundamental para sealcançar um nível de excelência em saúde pública no nosso País. Considerando a situação acimadescrita e baseando-se nas orientações do Ministério da Saúde, analise as seguintes afirmativas eassinale com V as verdadeiras e com F as falsas.( ) A transmissão da TB ocorre quando gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente comTB pulmonar ao tossir, espirrar ou falar em voz alta são inaladas por pessoas sadias.( ) A propagação da TB está intimamente ligada às condições de vida da população, tende a

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( ) A propagação da TB está intimamente ligada às condições de vida da população, tende aproliferar em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestruturaurbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria.( ) A hospitalização para o tratamento de TB não é recomendada como protocolo a não ser emcasos especiais como, por exemplo, complicações graves ou intolerância medicamentosa.( ) A vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças de zero a 10 anos de idade, sendoobrigatória para menores de um ano.Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.A) (V) (V) (F) (F)B) (F) (F) (F) (V)C) (V) (V) (V) (F)D) (F) (F) (V) (V)

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FHEMIG -20099-Segundo a Organização Mundial de Saúde a tuberculose (TB) persiste como uma preocupaçãosanitária internacional. E o Brasil, juntamente com outros 21 países em desenvolvimento, retrata80% dos casos mundiais da doença. Dessa forma, o controle da TB é fundamental para sealcançar um nível de excelência em saúde pública no nosso País. Considerando a situação acimadescrita e baseando-se nas orientações do Ministério da Saúde, analise as seguintes afirmativas eassinale com V as verdadeiras e com F as falsas.( ) A transmissão da TB ocorre quando gotículas contendo os bacilos expelidos por um doente comTB pulmonar ao tossir, espirrar ou falar em voz alta são inaladas por pessoas sadias.( ) A propagação da TB está intimamente ligada às condições de vida da população, tende a

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( ) A propagação da TB está intimamente ligada às condições de vida da população, tende aproliferar em áreas de grande concentração humana, com precários serviços de infraestruturaurbana, como saneamento e habitação, onde coexistem a fome e a miséria.( ) A hospitalização para o tratamento de TB não é recomendada como protocolo a não ser emcasos especiais como, por exemplo, complicações graves ou intolerância medicamentosa.( ) A vacina BCG é prioritariamente indicada para as crianças de zero a 10 anos de idade, sendoobrigatória para menores de um ano.Assinale a alternativa que apresenta a sequência de letras CORRETA.A) (V) (V) (F) (F)B) (F) (F) (F) (V)C) (V) (V) (V) (F)D) (F) (F) (V) (V)

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São Mateus do sul 201210. A prova-padrão utilizada para identificar indivíduo infectado com o bacilo da tuberculose é o teste:A ( ) Cutâneo de histoplasmina;B ( ) Mantoux;C ( ) VDRL;D ( ) De soroaglutinação;

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D ( ) De soroaglutinação;E ( ) Intradérmico BCG.

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São Mateus do sul 201210. A prova-padrão utilizada para identificar indivíduo infectado com o bacilo da tuberculose é o teste:A ( ) Cutâneo de histoplasmina;B ( ) Mantoux;C ( ) VDRL;D ( ) De soroaglutinação;

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D ( ) De soroaglutinação;E ( ) Intradérmico BCG.

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DENGUE

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• Doença infecciosa febril aguda, que pode ser de cursobenigno ou grave, a depender de sua forma de apresentação:

• formas inaparentes, dengue clássico (DC), febrehemorrágica da dengue (FHD) ou síndrome do choque dadengue (SCD), podendo evoluir para o óbito.

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dengue (SCD), podendo evoluir para o óbito.

• Considera-se a dengue um dos maiores problemas de saúdepública do mundo, especialmente nos países tropicais, cujascondições sócio-ambientais favorecem o desenvolvimento e aproliferação de seu principal vetor o Aedes aegypti.

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Vetores• No Brasil, a principal espécie vetora é o Aedes aegypti,

havendo também o Aedes albopictus, o qual não se tem até omomento comprovação de sua importância como transmissordessa doença no Brasil. A transmissão ocorre pela picada dafêmea do mosquito vetor.

• No seu ciclo de vida, o Aedes apresenta quatro fases: ovo,

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larva, pupa e adulto. O mosquito adulto vive, em média, de30 a 35 dias.. Um ovo do Aedes aegypti pode sobreviver poraté 450 dias (aproximadamente 1 ano e 2 meses), mesmoque o local onde ele foi depositado fique seco. Se esserecipiente receber água novamente, o ovo volta a ficar ativo

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Agente etiológico

• Agente etiológico: É um vírus RNA.Arbovírus do gênero Flavivirus,pertencente à família Flaviviridae.São conhecidos quatro sorotipos: 1,2, 3 e 4.

• Reservatório: A fonte da infecção e

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• Reservatório: A fonte da infecção ereservatório vertebrado é o serhumano. Foi descrito na Ásia e naÁfrica um ciclo selvagem envolvendomacacos.

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Modo de transmissão

• Período de incubação• Varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.• Período de transmissibilidade• O período de transmissibilidade da doença

compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre no

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compreende dois ciclos: um intrínseco, que ocorre noser humano, e outro extrínseco, que ocorre no vetor.A transmissão do ser humano para o mosquito ocorreenquanto houver presença de vírus no sangue do serhumano, chamado período de viremia.

• O homem está apto a infectar o mosquito a partir de1º dia antes do aparecimento dos sintomas até o 6ºdia da doença.

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Manifestações da doença

• Dengue clássico (DC): a febre é o primeiro sintoma, sendo geralmente alta(39º a 40°C), com início abrupto, associada à cefaléia, prostação, mialgia,artralgia, dor retroorbitária, exantema maculo papular e acompanhadoou não de prurido. Também pode haver quadros diarréicos, vômitos,náuseas e anorexia. A doença tem duração média de 5 a 7 dias; o períodode convalescença pode se estender de poucos dias a várias semanas,

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de convalescença pode se estender de poucos dias a várias semanas,dependendo do grau de debilidade física causada pela doença.

• Febre hemorrágica da dengue (FHD): os sintomas iniciais da FHD sãosemelhantes aos do DC, até o momento em que ocorre a defervescênciada febre, o que ocorre geralmente entre o 3° e o 7° dias de evolução dadoença, com posterior agravamento do quadro, aparecimento demanifestações hemorrágicas espontâneas ou provocadas,trombocitopenia (plaquetas <100.000/mm3) e perda de plasma.

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• Síndrome do choque da dengue (SCD): nos casos graves de FHD, ochoque ocorre geralmente entre o 3° e o 7° dias de doença,freqüentemente precedido por dor abdominal. O choque ocorredevido ao aumento da permeabilidade vascular, seguida dehemoconcentração e falência circulatória.

• A sua duração é curta e pode levar a óbito em 12 a 24 horas ou àrecuperação rápida frente terapia antichoque oportuna e

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recuperação rápida frente terapia antichoque oportuna eapropriada. Caracteriza-se essa síndrome por pulso rápido e fraco,com diminuição da pressão de pulso e arterial, extremidades frias,pele pegajosa e agitação.

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• Os casos que não se enquadram nos critérios de FHD equando a classificação de dengue clássica é insatisfatória,dado à gravidade do quadro apresentado, devem serconsiderados para fins de vigilância, como dengue comcomplicações.

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complicações.

• Nessa situação, a presença de um dos itens a seguircaracteriza o quadro: alterações neurológicas; disfunçãocardiorespiratórias; insuficiência hepática; plaquetopeniaigual ou inferior a 50.000/mm3; hemorragia digestiva;derrames cavitários; leucometria < 1.000/mm3 e/ou óbito.

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Aspectos clínicos na criança

• A dengue na criança, na maioria das vezes, apresenta-secomo uma síndrome febril com sinais e sintomasinespecíficos: apatia ou sonolência, recusa daalimentação, vômitos, diarréia ou fezes amolecidas. Nosmenores de dois anos de idade, os sintomas cefaléia,mialgia e artralgia, podem manifestar-se por choropersistente, adinamia e irritabilidade, geralmente comausência de manifestações respiratórias.

• As formas graves sobrevêm geralmente após o terceirodia de doença, quando a febre começa a ceder. Na

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• As formas graves sobrevêm geralmente após o terceirodia de doença, quando a febre começa a ceder. Nacriança, o início da doença pode passar despercebido e oquadro grave ser identificado como a primeiramanifestação clínica.

• Observa-se inclusive a recusa de líquidos, podendoagravar seu estado clínico subitamente, diferente doadulto no qual a piora é gradual. O exantema, quandopresente, é maculo-papular, podendo apresentar-se sobtodas as formas (pleomorfismo), com ou sem prurido,precoce ou tardiamente.

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Caso suspeito da doença

• Todo paciente que apresente doença febril agudacom duração máxima de até 7 dias, acompanhadade, pelo menos, dois dos seguintes sintomas:cefaléia, dor retroorbitária, mialgia, artralgia,prostação ou exantema, associados ou não à

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prostação ou exantema, associados ou não àpresença de hemorragias.

• Além desses sintomas, o paciente deve ter estado,nos últimos 15 dias, em área onde esteja ocorrendotransmissão de dengue ou tenha a presença doAedes aegypti.

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Sinais de alarme

• dor abdominal intensa e continua;• vômito persistente;• hipotensão postural ou hipotímia;• pressão diferenciada <20mmHg (PA convergente);• hepatomegalia dolorosa;

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• hepatomegalia dolorosa;• hemorragia importantes (hematêmese e/ou melena);• agitação e/ou letargia;• diminuição da diurese;• diminuição repentina da temperatura corpórea ou hipotermia;• aumento repentino do hematócrito;• desconforto respiratório.

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Sinais de choque

• hipotensão arterial;

• pressão arterial convergente (PA diferencial < 20 mmhg);

• extremidades frias, cianose;

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• extremidades frias, cianose;

• pulso rápido e fino;

• enchimento capilar lento ( > 2 segundos).

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Diagnóstico

• É importante que as pessoas com suspeita da doença sejamatendidas nas Unidades Básica de Saúde (UBS). A confirmaçãoda suspeita de DC pode ser realizada através de critérioslaboratoriais (sorologia ou isolamento viral) ou clínico-epidemiológico, em períodos de epidemia.

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epidemiológico, em períodos de epidemia.

• A dengue possui um amplo espectro clínico, sendo importanteconsiderar no seu diagnóstico diferencial, algumas doençasprincipais: gripe, rubéola, sarampo e outras infecções virais,bacterianas e exantemáticas. Além dessas doenças, deve-seobservar o perfil epidemiológico local.

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Prova do laço

• A prova do laço deve ser realizada obrigatoriamente em todos os casos suspeitos de dengue, durante o exame físico. Ela é de vital importância para triagem de pacientes suspeitos de dengue, pois pode ser a única manifestação hemorrágica de casos complicados ou FHD, podendo representar a presença de plaquetopenia ou de fragilidade capilar. A sua realização se dá da seguinte forma:

• desenhar um quadrado de 2,5cm de lado (ou uma área ao redor do polegar) no

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antebraço da pessoa e verificar a pressão arterial (deitada ou sentada);

• calcular o valor médio (PAS+PAD/2);

• insuflar novamente o manguito até o valor médio e manter por cinco minutos

(em crianças, 3 minutos) ou até o aparecimento de petéquias;

• contar o número de petéquias no quadrado;

• a prova será positiva se houver mais de 20 petéquias em adultos e mais de 10 petéquias em crianças.

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DENGUE - TRATAMENTO• Não há tratamento especifico para a dengue, o que o torna

eminentemente sintomático ou preventivo das possíveis complicações. Asmedicações utilizadas são analgésicos e antitérmicos, que controlam ossintomas, como a dor e a febre. As drogas antivirais, o interferon alfa e agamaglobulina, testada até o momento, não apresentaram resultadossatisfatórios que subsidiem sua indicação terapêutica. Até o momento, nãohá uma vacina eficaz contra a dengue.

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• O doente não pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, umavez que essa substância aumenta o risco de hemorragia.

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FHD – CLASSIFICAÇÃO DA OMS

� Grau I – febre acompanhada de sintomas inespecíficos, emque a única manifestação hemorrágica é a prova do laçopositiva;

� Grau II – além das manifestações constantes do Grau I,somam-se hemorragias espontâneas (sangramentos de pele,petéquias, epistaxe, gengivorragia e outras);

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petéquias, epistaxe, gengivorragia e outras);

� Grau III – colapso circulatório com pulso fraco e rápido,diminuição da pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosae fria e inquietação;

� Grau IV – choque profundo, com pressão arterial e pulsoimperceptíveis (síndrome do choque da dengue).

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Observações

• Períodos Epidêmicos – Notificar, de acordo com o fluxoestabelecido para o estado. Recomenda-se a realização dasorologia em apenas uma amostra dos pacientes comdengue clássico, pois a confirmação da maioria dos casosserá feita pelo critério clínico-epidemiológico após aconfirmação laboratorial da circulação viral na área.

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confirmação laboratorial da circulação viral na área.

• Em geral, tem-se estabelecido que se colha um a cada dezpacientes com suspeita de dengue. A coleta é obrigatóriapara 100% dos casos suspeitos de FHD e para os casos dedengue grave. Realizar monitoramento viral, conforme rotinaestabelecida pela vigilância epidemiológica estadual/Lacen, einvestigar imediatamente os óbitos notificados para aidentificação e correção dos seus fatores determinantes.

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Coleta de dados

• Casos de Dengue Clássico – no período não-epidêmico, preencher todosos campos dos itens da ficha de investigação epidemiológica do Sinan,relativos aos dados gerais, notificação individual e dados de residência,exames laboratoriais e conclusão do caso. Durante epidemias, o municípiopode adotar o preenchimento apenas da notificação, não preenchendo aficha de investigação.

• Casos de Dengue com Complicações e FHD – sempre preencher a ficha de

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• Casos de Dengue com Complicações e FHD – sempre preencher a ficha deinvestigação, com especial atenção para os campos referentes aos exameslaboratoriais e conclusão do caso. Consultar o prontuário dos casos e omédico assistente para completar as informações sobre exameslaboratoriais inespecíficos realizados (principalmente plaquetas ehematócrito).

• Busca Ativa de Casos Graves – deve ser realizada busca ativa de casossuspeitos de FHD nas unidades de saúde, não devendo se aguardarapenas a notificação passiva.

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Medidas de controle

• Vigilância Entomológica – as atividades de rotina têm como principalfunção reduzir os criadouros do mosquito, empregando-sepreferencialmente métodos mecânicos.

• Os larvicidas, quando indicados, devem ser empregados somente nosrecipientes que não possam ser removidos, destruídos, descartados,cobertos ou manipulados de forma que se tornem incapazes de

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cobertos ou manipulados de forma que se tornem incapazes depermitir a reprodução do vetor. As ações de rotina, além de contribuirpara a redução da infestação por Aedes aegypti, podem evitar a suareintrodução em outras áreas. Atividades: Determinação e/ouacompanhamento dos níveis de infestação vetorial, intensificação docombate ao vetor.

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Vigilância epidemiológica

• Risco de urbanização de febre amarela – A atual situação de dispersãoe a elevada densidade do Aedes aegypti aumentam o risco dereurbanização da febre amarela. Atualmente, um dos principaisobjetivos da VE do país é o de impedir esta ocorrência, a partir dadetecção oportuna de casos suspeitos. A conduta a ser adotada frentea casos suspeitos deve seguir as orientações detalhadas no capítulo

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a casos suspeitos deve seguir as orientações detalhadas no capítulosobre febre amarela.

• Encerramento de Casos – Os dados de notificação, junto com osresultados dos exames laboratoriais e, nos casos em que foramindicadas, as investigações epidemiológicas, trarão os subsídios para odiagnóstico final, considerando as alternativas constantes da definiçãode caso.

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Ações de enfermagem

• Ações de Enfermagem – Atendimento deenfermagem ao paciente com suspeita de dengue:

• Cabe ao profissional de enfermagem coletar eregistrar dados da forma mais detalhada possível no

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prontuário do paciente. Esses dados são necessáriospara o planejamento e a execução dos serviços deassistência de enfermagem.

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Roteiro

• Histórico de enfermagem (entrevista e exame físico):

• a) Data do início dos sintomas.

• b) Verificar pressão arterial, pulso, enchimento capilar, freqüência respiratória, temperatura.

• c) Realizar medidas antropométricas (peso, altura, índice de massa corporal (IMC).

• d) Pesquisar sinais de alarme.

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• d) Pesquisar sinais de alarme.

• e) Realizar prova do laço na ausência de manifestações hemorrágicas.

• f) Segmento da pele: pesquisar pele fria ou quente, sinais de desidratação, exantema, petéquias, hematomas, sufusões e outros.

• g) Segmento cabeça: observar sensibilidade à luz, edema subcutâneo palpebral, hemorragia conjuntival, petéquias de palato, epistaxe e gengivorragia.

• h) Segmento torácico: pesquisar sinais de desconforto respiratório, de derrame pleural e pericárdico.

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Roteiro

• i) Segmento abdominal: pesquisar dor, hepatomegalia, ascite, timpanismo, macicez e outros.

• j) Segmento neurológico: pesquisar cefaléia, convulsão, sonolência, delírio, insônia, inquietação, irritabilidade e depressão.

• k) Sistema músculo-esquelético: pesquisar mialgias, artragias e edemas.

• l) Realizar a notificação e investigação do caso.

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• l) Realizar a notificação e investigação do caso.

• m) Registrar no prontuário as condutas prestadas de enfermagem.

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Estadiamento

• O manejo adequado do paciente com dengue depende doreconhecimento precoce dos sinais de alarme, do contínuomonitoramento, re-estadiamento dos casos e da prontareposição hídrica.

• Com isso, torna-se necessário a revisão da história clínica,

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• Com isso, torna-se necessário a revisão da história clínica,acompanhado do exame físico completo a cada reavaliação dopaciente, com o devido registro em instrumentos pertinentes(prontuários, ficha de atendimento, cartão deacompanhamento).

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Estadiamento

• Grupo A

• a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias, artralgias) e história epidemiológica compatível.

SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS

epidemiológica compatível.

• b) Prova do laço negativa e ausência de manifestações hemorrágicas espontâneas.

• c) Ausência de sinais de alarme.

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• Grupo B

• a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias, artralgias) e história epidemiológica compatível.

SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS

epidemiológica compatível.

• b) Prova do laço positiva ou manifestações hemorrágicas espontâneas, sem repercussão hemodinâmica.

• c) Ausência de sinais de alarme.

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• Grupos C e D

• a) Febre por até sete dias, acompanhada de pelo menos dois sinais e sintomas inespecíficos (cefaleia, prostração, dor retroorbitária, exantema, mialgias, artralgias) e história epidemiológica compatível.

SAÚDE PÚBLICA, ADMINISTRAÇÃO EM ENFERMAGEM, SUS

epidemiológica compatível.

• b) Presença de algum sinal de alarme (que caracteriza o Grupo C) e/ou manifestações hemorrágicas presentes ou ausentes.

• c) Presença de sinais de choque (o que caracteriza o Grupo D).

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Sinais de Choque

a) Hipotensão arterial.

b) Pressão arterial convergente ( PA diferencial < 20mmHg). c) Extremidades frias, cianose.

d) Pulso rápido e fino. e) Enchimento capilar lento (> 2 segundos).

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QUESTÕES

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Cambé 2012Questão 11) A dengue, atualmente, é considerada um sério problema de saúdepública, principalmente, nos países tropicais, pois as condições do meioambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do vetor. A doençapode apresentar-se sob duas formas: dengue clássica e hemorrágica. Assinalea única alternativa em que são expressos sinais clássicos de hemorragia, quedevem ser observados, a fim de detectar precocemente a dengue hemorrágica.

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devem ser observados, a fim de detectar precocemente a dengue hemorrágica.A) Hipertensão arterial, lipotimia e prurido.B) Dor abdominal, vômito, hepatomegalia, hipotensão arterial, oligúria e letargia.C) Hesplenomegalia, poliúria e cefaleia.D) Palidez, sudorese, vertigem e hipoglicemia.E) Depressão, vertigem e inchaço nos membros inferiores.

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Cambé 2012Questão 11) A dengue, atualmente, é considerada um sério problema de saúdepública, principalmente, nos países tropicais, pois as condições do meioambiente favorecem o desenvolvimento e a proliferação do vetor. A doençapode apresentar-se sob duas formas: dengue clássica e hemorrágica. Assinalea única alternativa em que são expressos sinais clássicos de hemorragia, quedevem ser observados, a fim de detectar precocemente a dengue hemorrágica.

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devem ser observados, a fim de detectar precocemente a dengue hemorrágica.A) Hipertensão arterial, lipotimia e prurido.B) Dor abdominal, vômito, hepatomegalia, hipotensão arterial, oligúria eletargia.C) Hesplenomegalia, poliúria e cefaleia.D) Palidez, sudorese, vertigem e hipoglicemia.E) Depressão, vertigem e inchaço nos membros inferiores.

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12-Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengueclássica: (TJ PE 2007)(A) e a hemorrágica podem levar a pessoa à morte. De acordo com estatísticasdo Ministério da Saúde, cerca de 35% das pessoas com dengue hemorrágicamorrem. O objetivo do Ministério da Saúde é que esse número seja reduzido amenos de 5%.(B) e a hemorrágica são causadas pelo mesmo vírus. Porém, a clássica pelossorotipos DEN-1, DEN-2 e a hemorrágica pelos DEN-3 e DEN-4. A infecção por

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sorotipos DEN-1, DEN-2 e a hemorrágica pelos DEN-3 e DEN-4. A infecção porum deles confere proteção permanente para o outro sorotipo.(C) apresenta os mesmos sintomas da hemorrágica com exceção da presençade sangramento pelo nariz, boca e gengivas freqüentes na denguehemorrágica.(D) apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nasarticulações e por trás dos olhos. A dengue hemorrágica é a forma mais severada doença, além dos sintomas citados, é possível ocorrer sangramento eocasionalmente choque.(E) diferencia-se da hemorragia pela forma de transmissão e pela gravidade doquadro ocasionada pela menor virulência do agente etiológico.

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12-Existem duas formas de dengue: a clássica e a hemorrágica. A dengueclássica: (TJ PE 2007)(A) e a hemorrágica podem levar a pessoa à morte. De acordo com estatísticasdo Ministério da Saúde, cerca de 35% das pessoas com denguehemorrágica morrem. O objetivo do Ministério da Saúde é que esse númeroseja reduzido a menos de 5%.(B) e a hemorrágica são causadas pelo mesmo vírus. Porém, a clássica pelossorotipos DEN-1, DEN-2 e a hemorrágica pelos DEN-3 e DEN-4. A infecção

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sorotipos DEN-1, DEN-2 e a hemorrágica pelos DEN-3 e DEN-4. A infecçãopor um deles confere proteção permanente para o outro sorotipo.(C) apresenta os mesmos sintomas da hemorrágica com exceção dapresença de sangramento pelo nariz, boca e gengivas freqüentes na denguehemorrágica.(D) apresenta-se geralmente com febre, dor de cabeça, no corpo, nasarticulações e por trás dos olhos. A dengue hemorrágica é a forma maissevera da doença, além dos sintomas citados, é possível ocorrersangramento e ocasionalmente choque.(E) diferencia-se da hemorragia pela forma de transmissão e pela gravidadedo quadro ocasionada pela menor virulência do agente etiológico.

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SMSRJ-ESPECIALIZAÇÃO SAÚDE PÚBLICA-201213. Durante o acolhimento numa unidade básica de saúde, o paciente relatouao enfermeiro ter febre com duração de três dias acompanhada de cefaleia,mialgia, artralgia e dor retro-orbitária, sem sinais de alarme. Suspeitando dedengue, o profissional realizou a prova do laço, que foi positiva. Com base noestadiamento da doença, o enfermeiro classificou esse paciente como

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estadiamento da doença, o enfermeiro classificou esse paciente comopertencente ao:(A) grupo A(B) grupo B(C) grupo C(D) grupo D

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SMSRJ-ESPECIALIZAÇÃO SAÚDE PÚBLICA-201213. Durante o acolhimento numa unidade básica de saúde, o paciente relatouao enfermeiro ter febre com duração de três dias acompanhada de cefaleia,mialgia, artralgia e dor retro-orbitária, sem sinais de alarme. Suspeitando dedengue, o profissional realizou a prova do laço, que foi positiva. Com base noestadiamento da doença, o enfermeiro classificou esse paciente como

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estadiamento da doença, o enfermeiro classificou esse paciente comopertencente ao:(A) grupo A(B) grupo B(C) grupo C(D) grupo D

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SMSRJ-ESPECIALIZAÇÃO SAÚDE PÚBLICA-201214. A febre hemorrágica da dengue (FHD) é uma das formas de apresentaçãoda doença e, segundo a Organização Mundial de Saúde, sua definição ébaseada em critérios clínicos e laboratoriais. Os casos suspeitos ouconfirmados da doença são classificados, de acordo com a gravidade, emgraus. Um caso que apresente manifestações hemorrágicas espontâneas deve

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graus. Um caso que apresente manifestações hemorrágicas espontâneas deveser classificado como grau:(A) I(B) II(C) III(D) IV

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SMSRJ-ESPECIALIZAÇÃO SAÚDE PÚBLICA-201214. A febre hemorrágica da dengue (FHD) é uma das formas de apresentaçãoda doença e, segundo a Organização Mundial de Saúde, sua definição ébaseada em critérios clínicos e laboratoriais. Os casos suspeitos ouconfirmados da doença são classificados, de acordo com a gravidade, emgraus. Um caso que apresente manifestações hemorrágicas espontâneas

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graus. Um caso que apresente manifestações hemorrágicas espontâneasdeve ser classificado como grau:(A) I(B) II(C) III(D) IV

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SMSRJ-ESPECIALIZAÇÃO SAÚDE PÚBLICA-201215. A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em todos os casossuspeitos de dengue durante o exame físico, pois é a única manifestaçãohemorrágica da FHD (febre hemorrágica da dengue) representando afragilidade capilar. A prova do laço será positiva, se houver:(A) 05 ou mais petéquias em adultos, e 05 ou mais em crianças

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(A) 05 ou mais petéquias em adultos, e 05 ou mais em crianças(B) 10 ou mais petéquias em adultos, e 20 ou mais em crianças(C) 10 ou mais petéquias em adultos, e 05 ou mais em crianças(D) 20 ou mais petéquias em adultos, e 10 ou mais em crianças

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SMSRJ-ESPECIALIZAÇÃO SAÚDE PÚBLICA-201215. A prova do laço deverá ser realizada obrigatoriamente em todos os casossuspeitos de dengue durante o exame físico, pois é a única manifestaçãohemorrágica da FHD (febre hemorrágica da dengue) representando afragilidade capilar. A prova do laço será positiva, se houver:(A) 05 ou mais petéquias em adultos, e 05 ou mais em crianças

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(A) 05 ou mais petéquias em adultos, e 05 ou mais em crianças(B) 10 ou mais petéquias em adultos, e 20 ou mais em crianças(C) 10 ou mais petéquias em adultos, e 05 ou mais em crianças(D) 20 ou mais petéquias em adultos, e 10 ou mais em crianças

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Prof. Ismael Costa