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FRENT ANO IV Número 103

PULAR Petrópolis, 15 a 21 de julho de 1994 R$ 0,20

Vila Inhomírím Inaugura Sopão para as Crianças

Dia 10 de julho foi inaugurado, com

muita festa e alegria, o sopão da Vila Inhomirim, 6o Distrito de Magé. Mais de 450 crianças serão beneficiadas pelo projeto que tem o apoio do SEOP (Serviço de Educação e Organização Popular) PgJ}

A solidariedade atenderá 450 crianças. Os pais. Imradores, querem mesmo reforma agrária

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Pg.5

Rocio

A Beleza e a Arte da Criação de Trutas

P£LA

FRENTE POPULAR 15/7/1994

Editorial

Criação de Empregos: Um Plano Real Um dos benefícios apresentados

em alto e bom tom no atual Plano Real é o fim da inflação.

Os políticos que tentam tirar proveito da nova moeda não se can- sam de dizer que essa é a solução para os pobres, que, finalmente, hão verão mais o dinheiro desaparecer em suas mãos.

Talvez, nesse começo de plano - no início tudo funciona - os resultados do "fim" da inflação se aproximem das previsões dos políticos. Porém, o que se esque- cem esses políticos - até porque nunca estiveram próximos do povo - é que grande parte de nossa popu- lação carente ou não tem nenhum emprego, ou está subempregada, sem direitos sociais e recebendo menos que o salário mínimo. E, para eles, com ou sem Real, a vida não vai mudar.

Em Petrópolis caminhamos pelos mesmos trilhos. O desemprego in- vade a cidade e cada vez mais con-

vivemos com uma situação deses- peradora. A grande diferença é que aqui, em alguns casos, pode-se criar frentes de emprego, se houver vontade política para tanto. Exem- plos disso: na Estrada da Saudade os moradores querem que as obras do Banco Mundial sejam feitos por operários desempregados da própria comunidade.

Na zona rural, sobra vontade de trabalhar, faltam incentivos. Até então o atual governo, que se diz socialista, não áe deu conta de que existem produtores rurais, e que Petrópolis pode se tornar um grande pólo agrícola. Comprome- teu-se apenas, junto ao Conselho de Agricultura, a encaminhar um pequeno projeto de pavimentação de alguns trechos mais críticos na estradas vicinais. A "patrulha rural", distribuição de sementes e outras promessas, de campanha - lembra Fadei? -, que poderiam incrementar a agropecuária, abrindo

frentes de trabalho no campo, con- tinuam como "cartuchos" para no- vas campanhas eleitorais.

Agora seria o momento para se praticar uma verdadeira "economia de guerra". Abrir frentes de trabalho nos campos, produzir alimentos, criar condições para que esse alimento chegue mais barato na mão do consumidor, sem a inter- ferência do atravessador.

No momento, o povo não quer grandes obras. Deseja sobreviver e trabalhar com dignidade. Também não se interessa com as grandes festas, pois não pode participar e não tem dinheiro para gastar em "comes e bebes".

A Copa do mundo está para ter- minar e também as festas locais, e com seu fim todos voltam a colocar o pé no chão. Terminado o circo, o povo lembra que precisa de pão, mas não do pão dado, esmolado, expropriado... O povo quer pão produzido, trabalhado, conquistado.

São Francisco de Assis

Eleição da Diretoria da Associação de Moradores

A direção da FAMPE acompanhou, no dia 10 de julho, a eleição da nova diretoria da Associação de Moradores da Comunidade São Francisco de Assis, no Moinho Preto, para o biênio 94/%. Con- correram ao pleito duas chapas, uma en- cabeçada por Vanderlei Câmara Vieira e Luís Henrique Duarte, e outra por Yedo Vieira de Aquino. Os 230 eleitores que compareceram às umas elegeram a cliapa de Vanderici e Luís Henrique, que venceu com apenas um voto de diferença. Obteve 114 votos, contra 113 de sua con- corrente e 3 nulos.

Nova Diretoria

Presidente: Vanderlei Câmara Vieira * Vice-presidente: Luís Henri- que Duarte * 1" secretária: Sônia Mara * 2a Secretária: Ana Lúcia Wc- inchutz * Io Tesoureiro: João Élcio Teixeira * 2o Tesoureiro: Carlos Edcsio de Oliveira * Patrimônio: Luís Fernando Duarte e Carlos Mainho * Obras: Severino * Esportes: Raimundo Marcelo dos Santos e Luís Antônio Duarte ♦ Cultura: Paulino Renato Serafim.

FAMPE

Reuniões da Executiva e do Conselho

Lstá confirmada para o dia 19. terça- feira da próxima semana, a reunião do mês de julho da Diretoria Executiva da FAMPE (Federação das Associações de Moradores de Petrópolis). Será em sua sede, à Rua do Imperador, 540. salas 2/3, com início às 19 horas. Prevista para acontecer na primeira quinta-feira do mês. dia 7, a reunião foi transferida devido aos diretores estarem ocupados com a barraca que a FAMPE teve na Bauemfcst.

Quanto ao Conselho de Repre- sentantes da Federação, formado pelos delegados de todas as Asso- ciações de Moradores filiadas c pela Comissão do Movimento dos Scm-te- tos. sua próxima assembléia será no dia 21 de julho, às 19 horas, no auditório do Sindicato dos Metalúrgi- cos, à Rua Floriano Peixoto.

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O Jornal da FRENTE POPULAR c uma publlcavão do SEOP - Seniço de Educação c OrSani/ação Popular. Rua Carlos Gomes - 180, CEP.: 25.680-020 - Petrópolis - RJ Tel/FAX.: (0242)31-2340. '

Editor: Francisco Siirian ilustração: Alexandre Rivcro Fotografias: Guadalupe Corrca Mola, Regina Barbosa c Francisco ferreira Digitação: Divina Maciel Edit. Eletrônica e Arte Final: Lins Fernando Barenco Jornalista Responsável: Mana I leiena Guimarães Pereira - keg.: 11872-R.I Fotolito e Impressão: RSDEVA - Juiz de i-ora - MG. 1 ei.: (032) 215-7722

15/7/1994 FRENTE POPULAR Página 3

Vila Inhomirim

Copa & Cozinha • II

Deus criou o mundo e o diabo, o mercado, idolatria em moda, como se fosse uma entidade in- trinsecamente dotada de poderes para regular a distribuição de ri- quezas. Enquanto isso, o Brasil das privatizações ocupa, segundo a ONU, o 2° lugar em concentração de renda, atrás de Botswana, e o 63° em desenvolvimento social. Alarmada com o risco de perder sua hegemonia no governo federal, a elite que se locupletou com a especulação financeira corre, agora, em busca de uma receita monetarista que opere a mágica de preservar a copa e aplacar o fogo inflacionário que sufoca a cozinha. Se essa elite não pode perder um centavo de sua margem de lucro, como a imensa maioria de assalariados pode ganhar em sua margem de vida?

Sem fiscais e preços tabe- lados ou congelados, policia e punição dos especuladores, o real não passa de um plano imaginário, tipicamente elei- toreiro, a ser sustentado com a queima das reservas cambiais de que o Brasil dispõe hoje, cerca de US$ 38 bilhões. Quantia sufi- ciente para erradicar a miséria, se fosse aplicada em políticas sociais respaldadas por mudanças de estrutura, como a reforma agrária. Mas é exatamente isto que se quer evitar; a quebra da barreira entre a copa e a cozinha, pondo fim à segregação social que submete 100 milhões de brasileiros.

Somos campeões mundiais em variação de moedas, a curto prazo. Reduz-se a inflação no supremo esforço de dar ao presidente Itamar Franco o gostinho de fazer seu sucessor, assegu- rando o emprego de todos que hoje se encontram no governo federal.

Ora. se dolarização fosse a solução, o Panamá, onde a moeda americana é corrente, seria o pais mais avançado da America Latina. A solução vai depender da eleição do próximo 3 de outubro Não c óbvio nem ululante que terá mais votos quem deixa os eleitores com menso salário c demonstra com- placência com quem insiste em obter mais lucros.

Frei licito c escritor

Sopão Garante Refeição Diária para Crianças Regina Barbosa

No último dia 10 de abril, a Associação de Moradores de Vila Inhomirim - 6o Dis- trito de Magé - inaugurou o sopão comu-

nitário, que servirá 450 refeições diárias para as crianças. "As crianças estão necessitando de uma alimentação balanceada e aqui a comida vai ter bastante legumes", contou Creusa Maria Vaz da Silva, cozinheira do Centro Comunitário. O projeto de alimentação surgiu como resultado do trabalho de con- scientização junto á comunidade, que vem sendo desenvolvido pelo educador Paulo Proença, do SEOP (Serviço de Educação e Or- ganização Popular).

SOLIDARIEDADE

Um dos momentos mais emocionantes da confraternização foi a presença de dois meninos de rua. de aproximadamente 10 e 13 anos de idade, que, de origem desconhecida, foram acol- hidos pela comunidade. "Essas crianças foram encontradas perdidas. É um quadro que machuca qualquer um, A partir de agora terão onde comer, tomar banho, dormir e, principalmente, o afeto de todos nós", disse Salomão Carreiro, líder do movimento dos sem-terra de Vila Inhomirim.

O sociólogo Waldemar Boff reforçou as palavras de Salomão:. "Não queremos rótulos e nem somos políticos. Queremos que todos sejam encaminhados ao trabalho. Qualquer criança que não tenha para onde ir. aqui terá um lugar de proteção e amparo", enfatizou.

Vale dos Esquilos

Sem Reforma Agrária, crianças sobrevivem dacaridaãealheia

Manoel Baibosa, morador, chorou ao re- latar a vida cotidiana dos meninos e meninas de rua da Baixada Fluminense.

CONQUISTAS

Segundo Salomão, "os trabalhos em Vila Inhomirim se desenvolveram sensivelmente depois que a comunidade se organizou. O sopão foi uma grande conquista, mas ainda faltam outras. Hoje estamos inaugurando também a rede elétrica, mas precisamos ampliá-la para expandir nossa produção rural", lembrou.

A Associação de Moradores e Produtores Rurais estão reivindicando mais três projetos de eletrificação: extensão para a Raiz da Serra, a instalação do projeto Uma Luz na Escuridão

e um Monofásico Rural.

"E não vamos desistir. Ainda precisamos conquistar o título definitivo de nossas ter- ras. Sem ele, viveremos sempre na insegu- rança. E o lavrador só quer paz para poder trabalhar e ter comida para dar aos nossos filhos", enfatizou Salomão.

A Secretaria Extraordinária de Assuntos Fundiários e Assentamentos Humanos esteve representada por Manoel Meirelles pinheiro, diretor-geral de administração, c Áurea Maria Monteiro, Diretora de Apoio à Produção. "A vinda é para reforçar e para- benizar a luta dos moradores. E mais uma vez ratificar o apoio aos atendidos pela SEAF", disse Áurea.

Moradores Elegem Comissão Provisória para Associação Ângelo Augusto Zanatta

Diretor de Divulgação da FAMPE

A comunidade do Vale dos Esquilos, região adiante dos bairros do Retiro e Chácara das Rosas, em assembléia geral realizada na noite do último dia 12. fundou a Associação de Moradores e Amigos da Rua Sebastião Pinho da Silva e Adjacências. A iniciativa foi resultado de uma série de reuniões e debates, realizados nos últimos 40 dias. que contou com a participação e assessoria da FAMPE (Fed- eração das Associações de Moradores de Pelrópolis).

No ato da fundação, foi estabelecida a comissão que redigirá uma proposta de es-

tatuto e administrará a Associação até o dia 21 de agosto próximo. Nessa oportunidade, será discutido e votado o estatuto e eleita a primeira diretoria.

Oito pessoas compõem a comissão, que ficou assim constituída: José Carlos de Jesus Vieira (presidente), Ednéia Irene Barbosa Simões (secretária), Elizabeth Terezinha da Silva Vieira, Alba Aparecida da Silva Hang, Manoel Cunha, Ivanir Souza Lima, Fran- cisco de Assis do Nascimento e Bruno do Nascimento.

CIDADANIA O movimento de organização daquela

comunidade começou quando várias pessoas

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i Dr9 Eiiane Martins Alves PsIcoloQia - Aduttoa e Crianças

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se deram conta da acomodação em que se encontravam e da inexpressiva atuação da diretoria da Associação de Moradores de Vila Isabel, que abrangia a área. A primeira medida concreta ocorreu na noite de 7 de junho, quando promoveram uma mani- festação contra a precariedade do estado dos ônibus que ligam o bairro ao centro da cidade. Na oportunidade, retiveram durante cerca de quatro horas dois coletivos da Viação Petrópolis.

No dia da retenção, dirigentes da FAMPE foram chamados ao local e, junto com um grupo de moradores, fizeram contatos com a Prefei- tura, a Companhia Petropolitana de Transportes (CPT) e o proprietário da empresa. Conseguida a garantia de que seus representantes seriam re- cebidos na manhã seguinte pela CPT, os mani- festantes liberaram os carros.

Os resultados da manifestação apare- ceram já no dia seguinte. A comissão e a FAMPE foram muito bem recebidas por Os- mar Burger, diretor da CPT. Esse pressionou a Viação Petrópolis a colocar, dentro de um mês, ônibus novos para o local. Dois dias após, a própria empresa recebeu em sua gar- agem pessoas da comunidade para mostrar os carros que, pouco tempo depois, começaram a servir o bairro.


Rocio

0 Reale os Dinossauros U aparecimento da civilização nos mostra algo mais do que árvores e frutos. A nova raiz se chama Ciência - Tecnolo- gia da qual cresce uma árvore cujos frutos se chamam produtos. Então, após a colheita destes frutos tecnológicos, os colocamos num caminhão chamado Economia. Bares, supermercados e todos os cantos recebem a visita daquilo que chamamos de riqueza. Não c apenas as luzes eletromagnéticas da Física que ilu- minam uma cidade, a circulação de riqueza também a retira da escuridão.

A sua divindade está no seu poder de universalidade. Dada uma nota de dinheiro pode-se adquirir qualquer produto. Uma irresistível universalidade acontece com alguém que possui uma nota em seu bolso. Contudo, a circulação da riqueza ainda precisa ser compreendida, tal como a circulação de energia da matéria foi es- tudada nesses últimos 350 anos pós- Galileu. Falta-lhe ganhar credibilidade. Enquanto a Física nos leva a uma capacidade de previsão dos eventos, a economia ainda engatinha. Basta notar que desde 1856 quando Mavweil começou a escrever as leis do eletromag- netismo até os gols do Romário que as- sistimos nas poltronas de nossos lares um inconteslável credito foi alcançado pelo conhecimento científico gerado pela Física. Enquanto isso, o domínio da cir- culação da riqueza parece ainda viver um período pré-galileano.

E, neste julho, dois eventos atraves- sarão o céu de nossa civilização. Um no dia 16 de julho quando um cometa irá se chocar em Júpiter oferecendo uma ex- plosão maior do que todo reservatório de bombas atômicas que existem na Terra. Outro foi neste Io de julho no céu econômico brasileiro quando surgiu uma nova moeda, o real. A diferença está no fato de que enquanto o evento da Física tem uma previsão concreta, o evento da Economia... quem viver, verá!

Surge o cometa real em nosso céu. O povo está a esperar por alguma alvissareira novidade. Espera que a sua ca- beça esteja a trazer um ponto de vista a graça de empregos prevaleça sobre a avidez de lucro. As exigências atuais da civilização são que se desenvolva um Estado com diretriz, um livre arbítrio realizado por uma economia de mercado e um regime democrático. Entre- tanto, o momento é de vazio. Aprovei- tam-se os bmxos econômicos e enviam, através de planos mirabolantes, o seu "não há dúvida". Resta-nos lembrar que os dinossauros também desapareceram devido a tais choques e pergunta-se: quem desaparecerá agora? A inflação, as classes dominantes não-produtivas ou o nosso salário?

Jlêík

Criação de Trutas numa das Últimas r

Áreas Florestais de Petrópolis Francisco Aí. Ferreira

Atruticultura vem sendo de- senvolvida no Rocio há cerca de dez anos. "É extre-

mamente necessário a manutenção da Mata Atlântica de Petrópolis. Temos que encontrar maneiras não destrutivas de produzir alimentos nas regiões onde ainda há muita floresta", afirmou o truticultor José Gouveia Vieira Aguirre, que mantém o restaurante "Trutas do Rocio" e já soma uma larga experiência na criação desse tipo de peixe. Apaixonado pela natureza, ele também defende o turismo ecológico. '

A região do Rocio (Vargcm Grande) é uma das últimas grandes áreas de floresta da Mala Atlântica que existe no município. Isso é fator essencial para a criação de üutas. Esse tipo de peixe exige águas limpas e frias.

O manancial do Rio da Cidade fica no Rocio, e desemboca no Rio Piabanha. Sua conservação é essencial para uma melhor qualidade de vida dos moradores da região. A criação de trutas foi uma solução ideal, já que altera pouco o meio ambiente e não provoca o desmalamento.

Parte da truta criada por José é comercializada no restaurante localizado na propriedade do produtor e outra parte é vendida no Hortomercado Mu- nicipal de Itaipava como peixe fresco ou defumado. "Petrópolis se caracteriza pela existência de pequenos produtores. Precisamos de maior apoio das autori- dades locais, na construção de mais hor- tomercados e apoio que facilite a compra de material para o nosso trabalho. Visamos principalmente o mercado de Petrópolis e queremos ter condições de servi-lo melhor", afirmou a produtora e cozinheira Luciana Martins Lopes Aguirre.

Vários restaurantes da cidade já acres- centaram esse saboroso e nutritivo peixe aos seus cardápios.

I*J$

Criação de trutas pode incrementar o turismo ecológico

COMO CRIAR TRUTAS

A truta é um peixe carnívoro, se alimenta de peixes menores e insetos. A ração utilizada é feita com farinha de peixe. Para se conseguir criar tmtas é ne- cessário águas com temperatura abaixo de 150c. Por isso os produtores de truta procuram áreas próximas às nascentes dos rios. Vários tanques são necessários. "As üutas maiores comem as menores e por isso é essencial a separação de acordo com as fases de crescimento", explicou José. O último e maior tanque é utilizado para a comerciali- zação. O tipo de truta que melhor se adaptou às condições brasileiras é a Arco-íris.

As pessoas interessadas em maiores informações podem procurar em Petrópolis a As- sociação de Trutícultores, que tem um boxe no Hortomer- cado de Itaipava.

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S. Sebastião

2* Encontro da Terceira idade Nos dias 17 e 18 de setembro acontece o 2o Enconüo da Terceira Idade em Petrópolis. O Encontro está sendo or- ganizado pela paróquia do São Se- bastião e as inscrições podem ser feitas na secretaria da Igreja.

Maiores informações com Maria da Glória Machado, na secretaria.


Secretário

Regulamento da II Conferência Municipal de Saúde

Nos dias 15 e 16 de julho de 1994 estarão sendo discutidas e votadas as propostas apresentadas pelos grupos de estudos que participam dos trabalhos iniciais da 11 Conferência nos dias 6.8,13.15 e 22 de junho de 1994. Nesses 5 (cinco) dias, os temas discu- tidos foram os seguintes:

I - Perfil da saúde do município;

II - Políticas de saúde

III - Organização da Secretaria de Saúde

IV - Recursos Humanos

Para votar nas propostas apresentadas sobre os temas acima citados, teremos 68 representantes de insti- tuições, que se inscreveram na con- dição de Delegados, sendo que 34 destes, representam os usuários.

Os trabalhos do mês de julho foram distribuídos da seguinte forma:

15/07/94:

9 h - Apresentação do cronograma das atividades

Apresentação, à plenária da Con- ferência, dos delegados e suplentes.

10 h - Reunião dos grupos de estudo

12 h - Almoço.

1.3:30 h - Apresentação dos re- latórios dos grupos de estudo, com subseqüente discussão e deliberação dos delegados.

16/07/94:

9 h - Apresentação dos relatórios dos grupos de estudos, com sub- seqüente discussão c deliberação dos delegados.

Eleição dos novos membros do Conselho Municipal de Saúde.

Sc você inscreveu a sua Entidade domo delegada, c importante a sua participação nesses dois dias. posto que com a sua discussão e o seu voto coiiscicnlc poderemos modificar a política de saúde atualmente em vigor

Rosângela SlUmpfíle Linia .\ forques . \ssessoria Jurídica do ('DDII

Agricultores Querem Central de Abastecimento Francisco M. Ferreira

A região produtora de Secretário está sendo descaracterizada por causa do aumento do turismo de veraneio e da

especulação imobiliária. Apesar das di- ficuldades, vários produtores estão incre- mentando uma agropecuária moderna e eficiente. A região apresenta um potencial muito grande para hortifrutigranjeiros e para a pecuária leiteira.

A Associação dos Produtores de Horti- frutigranjeiros do Rio de Janeiro - Setor Petrópolis (APHERJ), e a Empresa De Ex- tensão Rural (EMATER) estão implan- tando um pólo frutífero em Secretário, e esse ano a região já conseguiu desenvolver a produção de maracujá de alta qualidade

"Petrópolis precisa diversificar a sua produção. Nós importamos frutas de outros municípios e até de outros estados. Se- cretário pode produzir frutas tropicais e temperadas, como cítricas. mamão, goiaba, pêssego, caqui e nectarina". enfatizou o técnico agrícola da EMATER. Nelson Buarque Cavalcanti Jr.

ATACADÃO MUNICIPAL

Uma das maiores reivindicações dos produtores de Secretário é a instalação de um hortomercado para atacado em Itai- pava. "Infelizmente, a prefeitura ainda não se sensibilizou com a importância do projeto O governo Fadei gerou grande expec- tativa para o campo, mas estamos frustra- dos. O atual Hortomercado limita o produtor ao comércio de final de semana e de varejo O atacadão. uma espécie de CEASA. poderia também atender aos mu- nicípios vizinhos, criando um grande pólo de distribuição de alimentos em Petrópolis A prefeitura teria mais facilidade no abastecimento das creches e escolas mu- nicipais. O atacadão pode ser um galpão simples e a obra não é cara", afirmou o presidente da APHERJ e produtor em Se- cretário. Jcrson Nagel.

HISTÓRICO A região de Secretário sofreu alterações

expressivas nos últimos tempos. No século passado, foi grande produtora de café. Com a decadência desse produto, a área foi transformada em pastos extensivos e a terra ficou desgastada. Nos meados desse século. Secretário tornou-se numa bacia leiteira, mas nos anos 70 surgiu um novo período de decadência e a região virou área de veraneio.

Hoje. muitos produtores procuram al- ternativas, como a produção de ervas de tempero, peixes tropicais, hortifrutigranjeiros e o retorno da atividade leiteira.

LEI DO LEITE

A Fa/cnda de Secretário vem produ/.- indo leite integral de boa qualidade, utili- zando o gado intensivo (estabulado) c alta tecnologia para pasteurização e ensa-

Equipaniento moderno e venda direta garantem qualidade e preços baixos

camento. Graças à Lei do Leite vários pecuaristas estão sendo beneficiados. "É uma resposta do produtor a uma ação posi- tiva da Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento. A lei permite que o produtor venda diretamente o leite no mercado desde que cumpra com as normas sanitárias adequadas", explicou Jerson.

Infelizmente os pequenos e médios produtores que se concentram nos hortifrutigranjeiros não esperam muito dos gover- nos e procuram sobreviver através de or- ganizações independentes. "Toda política agrícola visa os produtores de grãos. Não existe nenhum apoio para os hortifrutigranjeiros. Nossa defesa é a criação de as- sociações e de agroindústrias artesanais para evitar o desperdício do excedente", comentou Jerson.

Cadastramento do Produtor Rural

U produtor devidamente legalizado e cadastrado pode emitir nota fiscal, so- licitar auxilio oficial e estar em dia com as leis trabalhistas. Isso facilita a comercialização dos produtos e benefi- cia a arrecadação do município.

Procure a EMATER no Hortomer- cado de Itaipava e solicite uma visita oficial. A APHERJ também oferece serviço de contabilidade para os produtores devidamente legalizados e registrados. A EMATER vai constatar a produção e o vínculo de propriedade, por isso leve o seu contrato de arrendamento, de meeiro ou escritura do terreno.

Conheça as Propriedades dos Legumes e Hortaliças

Abóbora - taxativa e diurética

Agrião - purifica o sangue

Aipo - excelente para os dias de muito calor e para distúrbios nervosos e insônia

Alface - estimula o metabolismo e a digestão

Alho - purifica o sangue e é diurético Alho-poró - estimula o aparellio di-

gestivo Aspargo - purificador dos rins e bexiga

Brócolis - ajuda em regimes

Cebola - protege as mucosas

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Cenoura - para a pele e vista

Espinafre - para o aparelho diges- tivo, células, tecidos, nervos e músculos.

Uma alimentação rica em vitaminas e sais minerais, encontrados nos legumes e hortaliças, proporciona uma boa saúde e evita doenças Lembre-se de lavar bem esses produtos e evite o cozimento em ex- cesso, que reduz as propriedades nutritivas.

E o que é melhor: todos esses produtos podem ser encontrados na região. Procure as verduras e legumes da época que são mais frescos e, com isso, você estará in- centivando os agricultores de Petrópolis.


Sindical Ângelo Augusto Zanaíía

Trabalhadores em Padarias Reivindicam Melhorias 0 Sindicato da Alimentação, desde

meados de junho, está buscando, até então sem sucesso, estabelecer nego-

ciações com os empresários do setor de panificaçào e confeitaria de Petrópolis. Com data-base em Io de agosto, os trabalhadores em padarias da cidade ainda não conseguiram demover o pouco-caso que lhes dispensam seus patrões.

Encaminhada ao patronal no dia 20 do mês passado pelo presidente Carlos Roberto do Alto, a pauta de reivindi- cação contém 35 cláusulas. Reivindica, basicamente, a reposição plena do INPC/IBGE ocorrido no período de Io de agosto de 1993 a 30 de julho de 1994 e mais 15% de aumento real. Sobre o mon- tante corrigido, outros 10% a título de produtividade. E. a partir de Io de setembro, o reajuste salarial pela inflação do mês anterior.

Quanto aos pisos, a Categoria reclama R$ 145.00 para balconista, R$ 171.00 para caixa, ajudante de padeiro e for- neiro, e R$ 188,00 para padeiro e con- feiteiro. Há também a solicitação de 5% sobre o salário-base para cada grupo de três anos trabalhados na mesma empresa.

AVANÇOS

A novidade da pauta é a pedida de partici- paçao dos trabalhadoics em 5% nos lucros líquidos obtidos por suas respectivas empresas no período de agosto/93-julho/94. E se. após celebrada a Convenção Coletiva ocorrer al- teração na política salarial ou econômica do país. o Sindicato-exige que sejam reabertas as negociações para ajustes dos salários e preser- vação de seu poder aquisitivo.

A saúde também foi contemplada pela pauta de reivindicação. Assim, pede que cada empresa reembolse o trabalhador em suas despesas com a aquisição de medicamentos. Quanto à assistência médica, hospitalar e odontológica, solicita aos patrões a concessão gratuita de convênios com planos de saúde a seus funcionários e dependentes. Essa as- sistência, inclusive, deverá ser prestada aos demitidos durante 90 dias.

Construção Civil, Cerâmica e Mobiliário

Sindicato Celebra Convenção Coletiva Com data-base em Io de

julho, os trabalhadores na Construção Civil, Cerâmica

e Mobiliário de Petrópolis acabam de celebrar a Convenção Coletiva de 94/95. Em campanha desde 31 de maio. quando re- alizaram a assembléia que discu- tiu e aprovou a pauta de reivindi- cação, mantiveram as conquistas sociais dos últimos anos e in- auguraram algumas outras. Con- seguiram também, nas questões econômicas, elevar as faixas salariais.

Segundo o secretário do Sindicato, Luiz Carlos Pereira da Silva (Branco), a Categoria obteve reajuste integral pelo INPC/IBGE do período de julho/93ajunho/94.quefoide5.013.85%. No entanto, em termos de reposição salarial, a Categoria apresentou duas si- tuações. Os trabalhadores da Construção Civil e da Cerâmica chegaram à data-base com as perdas praticamente zeradas. Isso porque, tão logo surgiu a URV. conseguiram a reposição parcelada de 52.51% Os do Mobiliário, no entanto, só tinham ob- tidocercade20%.

O aumento real foi de 6%. embora ten- ham reivindicado 20%. Porém, significa- tiva foi a conquista, a título de anuênio. de 1% por ano trabalhado na mesma empresa.

BENEFÍCIOS Apesar da conjuntura nacional c local

muito adversa à Categoria, espccialmcnlc ao setor da construção civil, com alio índice de desemprego, o presidente Paulino Cassemiro Lino não lem muito do que re-

clamar. Pode até comemorar a Convenção como a melhor celebrada até então, neste ano. em Petrópolis. Na verdade, os frutos desta negociação ultrapassaram as realizadas por outros Sindíca-

' CV^ los nos nicses ^c vigência da í ^ <? URV e de indefinições quanto

SS**^ ao "plano econômico" que acabou sendo implantado.

A partir de agora, com as negociações da data-base encerradas, o Sindicato intensi- ficará sua vigilância e fiscali- zação sobre as empreiteiras c subempreileiras das obras da Reconstrução-Rio em Petrópo- lis. Consideradas como as maiores transgressoras dos direitos trabalhistas, serão obri-

gadas, por força da presente Convenção Coletiva, a garantirem aos trabalhadores todos os equipamentos e condições de segurança. Além disso, deverão fornecer graluilamcntealimcntação.vale-lransporte c seguro de vida. Um outro avanço foi o direito aos dirigentes sindicais de terem livre acesso às obras e fábricas a fim de garantirem o cumprimenlo do acordo c da legislaçãolrabalhísla.

0 Real e os Salários

O- Nestes tempos da recém-inaugurada era do Real, os trabalhadores precisam observar as seguintes questes;

Contracheques - Como a URV no existe mais, desde 1° de julho último, os salários sero pagos em Real. Assim um Real vai ter o mesmo valor de uma URV. Se um dctermuiado salário era em junho de 100 URVs. passa a valer, a partir de julho. R$ 100.00 (cem reais).

Revisão e reposição - A lei prevê a reviso salarial e a reposiço de perdas somente na data-base de cada Cate- goria através da Convenção Coletiva.

Aumentos - Poderão haver aumentos salariais, se o patrão conceder, ou se os trabalhadores tiverem verdadei- ramente força de reivindicação.

"Gatilho" - Não haverá nenhum tipo de "gatilho", a exemplo de planos econômicos antenores, para "proteger" os salários de uma já certa inflação em Real. Ou o patrão concede antecipações ou os traballiadorcs se mobilizam c forçam a barra para haver reposição antes mesmo da própria data-base.

Cálculo das perdas - As perdas salariais serão calculadas levando em consideração a desvalorização dos salários frente à inflação dos doze meses anteriores à data-base.

Benefícios - O pagamento será feito em Real. na proporção de R$ 1,00 para cada uma URV.

FGTS - No dia Io de julho, os cin- zeiros reais depositados nas contas do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) foram automaticamente convertidos em Reais. A partir daí. o saldo continua a ser corrigido pela TR (Taxa Referencial) e a render juros de 3% ao ano.

CORREÇÃO ao parágrafo final cio artigo "Os Salários em Tempo cie Real", publicado no último número do Jornal da Frente Popular (n. 102, de 8-14/7/1994), p. 6:

Agora, com a nova moeda, um Real vai ter o mesmo valor de uma URV. Assim, se um determinado salário era em junho de 100 URVs. passa a valer, a partir de julho. R$ 100.00 (cem reais) - e não "R$ 300.00 (irezenlos reais)", como saiu publicado


Notícias Colaboração CDDH

ABORTOS CLANDESTINOS PASSAM DE UM MILHÃO

Nova Iorque. — Pelo menos 1,5 mil- hão de abortos clandestinos são realizados anualmente no Brasil, segundo o relatório Aborto Clandestino: Uma Realidade Lat- ino-Americana, preparado pelo Alan Guttmacher Institute (AGI), dos EUA. De acordo com essa estimativa. 31% das brasileiras grávidas abortam e 29% desse total têm problemas de saúde causados pela interrupção da gestação. O texto final do relatório diz que as mulheres latino- americanas estão tendo menos filhos do que suas mães. O número médio de filhos caiu de seis. nos anos 60. para três, no início da década de 90. A pesquisa conclui, também, que os serviços de planejamento familiar e o acesso das mulheres a esses serviços são inadequados.

0 BRASIL QUER 0 FIM DOS TESTES NUCLEARES

Cidade do México. — Com a aprovação pelo Senado brasileiro do Tratado de Tlatelolco. a América Latina torna-se "um exemplo para o mundo", ao ser a primeira região "a banir totalmente as armas nucleares", disse na Cidade do México o ministro das Relações Exteriores do Brasil, chanceler Celso Amorim, ao participar da cerimônia de conclusão do acordo. O próximo passo, acrescentou, será negociar a proibição total dos testes nucleares, na Conferência de Desarma- mento, cm Genebra. O ministro afirmou ainda que o Tratado de Tlatelolco é um exemplo "da ordem intcmacional que Brasil e México, c os países latino-americanos cm geral, querem ver constituída. Nasceu de um impulso autóctone, independente e pioneiro. Trata-se de um regime livre- mente escolhido, sem imposições".

INDÍGENA É ORDENADO PADRE NO AMAZONAS

Manaus. — O Amazonas tem o seu primeiro índio ordenado padre salesiano. Trata-se do índio tuiuka Justino Sarmento Resende, ordenado padre em uma cerimônia católica celebrada em sua língua (tukana), em Pari-Cachoeira (AM), na pre- sença de bispos e líderes indígenas.

BRASIL PEDE DINHEIRO PARA COMBATER TRÁFICO, v

Belém, PA. — O Ministro das Relações Exteriores. Celso Amorim, pediu mais recursos dos países ricos para o combate ao tráfico de drogas. O pedido foi feito em entrevista após o discurso de encerramento da 24a Assembléia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), em Belém. A principal novidade da Assem- bléia foi a criação de um grupo de trabalho para elaborar metas de combate à cor- rupção, tema nunca antes debatido na OEA. Foram aprovadas duas convenções, uma contra a violência sobre a mulher e outra contra o desaparecimento de pessoas, principalmente por motivos políticos. A OEA adotou também severas sanções contra o governo militar comandado pelo gen- eral Raul Cedras, do Haiti, que tomou o poder há quase três anos. Os países-membros da organização esperam que os deten- tores do poder no Haiti cedam ao embargo econômico e aceitem o regresso ao poder do presidente eleito Jean-Bertrand Aris- tide.

POPULAÇÃO TEM MENOS RECURSOS QUE A DEFESA

Genebra. — O mundo gasta mais com a segurança de suas fronteiras do que com a da sua população, diz o relatório de De- senvolvimento Humano de 1994. publi- cação anual do Programa das Nações Uni- das para o Desenvolvimento (Pnud). Segundo o documento, os países gastam milhões de dólares em armamentos para defender seus territórios, enquanto a segu- rança pessoal, ou humana como chama a ONU. se deteriora dentro de suas fronteiras, causando crises como a da Somália. "A insegurança humana é um problema universal. Os países pobres estão mais pre- ocupados com a fome e as doenças e os ricos, com as drogas e a delinqüência". afirma o relatório. O informe indica que a probabilidade de um cidadão de um país cm desenvolvimento inorrer de fome ou de

uma doença que poderia ter sido evitada é 33 vezes superior à de morrer numa guerra. Apesar disso, as nações pobres têm em média 19 soldados para cada médico. Depois do fim da guerra fria, os gastos militares anuais no mundo foram reduzi- dos em 3,6% mas o dinheiro economizado — US$935 bilhões —, que o relatório da ONU define como dividendo de paz, não foi aplicado em programas de desenvolvimento social ou na segurança da população.

SINDICATO INTERVÉM EM HOSPITAL PSIQUIÁTRICO

Rio de Janeiro. — O Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro vai pedir ao Ministério da Saúde intervenção federal no Hospital Psiquiátrico de Vargem Alegre, mantido pelo governo do Estado do Rio de Janeiro. A solicitação alega que 480 inter- nos estão sendo mantidos encarcerados na instituição. Um vídeo que comprova a denúncia também será encaminhado ao Ministério. Suas imagens mostram doentes mentais privados de ar livre durante dias seguidos.

MORTALIDADE INFANTIL VOLTA A CRESCER NO NE

Fortaleza. — A Pastoral da Criança, da Igreja Católica, registrou crescimento de 25% a 30% na taxa de mortalidade de cri- anças de zero a um ano. na região Nor- deste, nos primeiros meses do ano, em comparação com igual período do ano passado. Em todo o país, o crescimento é de quase 15%. O levantamento abrange 2.068 municípios (39% do total) de todos os estados brasileiros. Foram acompanhadas 1,9 milhão de crianças De 1989 a 1993, a taxa apurada pela Pastoral vinha caindo. Em 89. de cada mil crianças nascidas vi- vas, 53 morreram antes de completar um ano. Em 93, a taxa foi de 28 por mil. A taxa oficial no pais é de 54 por mil (1992). Com base nos resultados do primeiro trimestre, a Pastoral prevê que a média nacional vá pular de 28 por mil para 33 por mil (aumento de 17.8%) este ano. E no Nordeste, de 38 por mil para 49 por mil (28.9%). Os médicos da Pastoral ainda estão estudando as causas desse aumento: prolongada seca. o cólera, a desnutrição provocada pelo aumento do desemprego e, em especial, a crise do sistema de atendimento público de saúde.

HOLANDESES QUEREM N0BEL PARA BETINHO

Amsterdã. —O articulador nacional da campanha Ação da Cidadania Contra a Miséria e Pela Vida, sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, vai ganhar um grande empurrão na sua candidatura ao Prêmio Nobel da Paz: 30 organizações não-gover- namentais (ONGs) da Holanda estão or- ganizando uma campanha pela sua escolha. Os holandeses mandarão cinco mil cartas a ONGs de todo o mundo ped- indo apoio à candidatura de Betinho.

ITAMAR DEFENDE FIM 00 ISOLAMENTO DE CUBA

Cartagena. — Ao discursar na abertura da IV Conferência Ibero-Americana de chefes de governo e de Estado, em Cartagena (Colômbia), o presidente Itamar Franco condenou a adoção de políticas de isolamento e assumiu a defesa da reinte- gração de Cuba aos organismos de repre- sentação dos países da América Latina. Participam da Conferência 23 chefes de Estado e de governo de 22 países. Apenas o presidente da República Dominicana, Joaquim Balaguer, não foi ao encontro. "Representamos uma comunidade de nações caracterizada por sua vocação para a paz. No entanto, as visões de fraternidade que compartilhamos convivem com imagens contrastantes de exclusão e violên- cia. A política de isolamento e dos cordões sanitários já não corresponde ao mundo pluralista e dinâmico em que vivemos", disse Itamar. Presente à Conferência Ibero- Americana, o presidente de Cuba, Fidel Castro, disse que os EUA não podem con- trolar o mercado da América Latina e Caribe, e criticou duramente a decisão do presidente Bill Clinton de convocar para dezembro, em Miami, uma cúpula hemis- férica sem a participação de Cuba.


Cai a tarde e vaga o lume da eterna saudade embargada nas palavras embaralhadas, presas na garganta profunda, fazendo um lamento com o ecoque não finda Cai o pano da mágica e glamurosa cena, retardada pelas ambigüidades, das contradições tão plenas Cai a máscara pálida, pesada, embrutecida, disfarçada em prantos e gargalhadas, representadas numa face oculta e criada Cai a ira no âmago da sina de revelar presente a infinda angústia de ter-te explicitamente ausente

Solançc Morlins Alves

Fala, povo! <&»j-m.wmjm>x&f/MS»

Não Quero Ver Ninguém Puxando Carroça Maria Augusta Lourenço do Valle nasceu no dia

5 de maio de 1910 em Petrópolis. Filha de José Abrão do Valle e Idalina Lourenço, Vó Augusta,

como é conhecida na comunidade da Vila Ipanema - Quitandinha-Amazonas -, vive seus 84

anos com muita disposição e alegria. Dividida, não sabe se a vida é melhor agora ou "no seu

tempo". Numa coisa não hesita: "Para mim está tudo bem. Só não quero ver ninguém puxando

carroça", arremata:

"Minha mãe só conseguiu criar 4 filhos. •■ Os maiores morreram todos. Diz ela que eu não conheci pai. não Quando a gente era criança, aprontava era muita arte... eu gostava de subir nos paus, nas árvores, fazer balanço de cipó... cta. vida gostosa! Levava umas surrai no couro de vez em quando... Mas eu ajudava minha mãe tam- bém: quando peguei saber das coisas, ia apanhar lenha no mato pra ela fazer fogo.

Nunca fui na escola. Com oito anos. Banha mãe me colocou pra morar na casa de uma família portuguesa. Eu fui acabada de criar lá. Os filhos do patrão tinham pro- fessor cm casa. e nas horas de folga eu sentava na sala pra aprender alguma coisa. Só que eu tinha ido trabalhar como babá do caçula, mas me colocaram pra fazer tudo quanto c serviço...

COMIA NA MINHA MÃO Eu amimava a casa. ia buscar cavalo no

pasto prós rapazes, dava milho prós porcos, levantava cedo pra tirar leite, arrancava in- liame. os cavalas comiam sal grosso na minha nulo. ia pra roça... fazia de tudo! Era dureza, mas eu gostava daquela vida. Tinha outras crianças com quem eu brincava, nada me faltava, comida era em fartura. Às vezes o pessoal matava porco e eu ia ajudar a patroa a fritar o loicinlio em fogão de pé de ti- jolo grande, fazia lingüiça, cliouriço... eu sei que nessa de ajudar, fui aprendendo. Aprendi a fazer pão alemão, cuca, biscoito, broa .. sei fazer até lioje. Não faço mais porque não tenlio dinlieiro para comprar o material.

DOR DA PARTIDA ACIK) que fiquei lá uns seis. sete anos E

eu só sai porque um tio meu foi contar pra

minha mão que eu não era babá coisa nenhuma. E ele não gostava que eu fizesse tantas coisas. Minha mãe quando soube ficou chateada e resolveu me tirar de lá. Eu gostava, já tmlia me «icoslunvTdo com aquela vida. No dia de ir embora foi aquela choradeira. Minlia patroa cliorou muito, os meninos nem quiseram de despedir, mas não leve jeito, a mãe queria, e eu não me mandava.

Fiquei um tempo em casa. triste da vida. só pensando na fazenda. Morria de saudades! Até que uma ocasião apareceu um emprego, mas eu não me interessei por ele. Minha mãe insistiu até que eu fui. Mas não teve jeito, não me acostumei, queria mesmo era voltar pra fazenda.

NÃO ESTOU GRÁVIDA, NÃO Finalmente eu fui trabalhar numa casa

onde eu gostei. Era de uma professora. Fiquei lá 14 anos. Apesar de já ser mo- cinlia. eu era "bicho-do-mato". morria de vergonha de tudo. Namoro? nem pensar! Só do rapaz, olhar pra mim eu já queria me enfiar no primeiro buraco que aparecesse. Nem amigas eu linha! Só saia com minha patroa ca filha dela.

Um dia eu conheci a empregada de uma vizinha e ficamos amigas. Era uma senhora desquilada. mas muiio rcspcilada. de confi- ança mesmo. Com ela, comecei a ir nos bailes, passear, fui ficando esperta. Passei a gostar de baile que só vendo! Não pendia um. Não tinlia tempo mim Adiava um baile, lá ia eu.

Foi num desses bailes que eu conheci

Salgados para Festas j Aceitamos encomendas de todos os I tipos de salgadinhos para festas,

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lk .

um motorista de ônibus. Eu gostei dele, ele gostou de mim, e começamos a namorar. Salmos algumas vezes, mas ele sumiu. Al- gum tempo depois, eu comecei a me sentir esquisita, fiquei triste, as regras não vin- ham, não queria mais sair de casa... mas nem desconfiava que estava grávida. Eu não sabia dessas coisas, não... Minha patroa me levou no médico, ele fez um monte de perguntas, e eu, que nem boba. fui re- spondendo. Voltei pra casa com uns remédios pra tomar e achei que tinha re- solvido o problema.

Falava pras minhas vizinhas e cada uma me mandava tomar chá disso, chá daquilo, fiz compressa de fubá. cachaça com ar- ruda... c nada das regras voltarem... Um dia resolvi ir na cartomante, que eu sempre procurava. Ela também me fez. várias perguntas e depois de muita prosa, falou que eu estava grávida. Fiquei tão sem graça, porque eu mesma não sabia: "Eu não estou grávida, não. dona Guiomar. Deixe disso. mulher", respondi, desconfiada.

Ela pediu pra eu voltar no dia seguinte com a minha mãe pra gente conversar. Voltamos e ela disse que tinha certeza que eu estava grávida. E completou: "você não é a primeira, nem sera a segunda". Minha mãe concordou: "Tá certo. né'.> Se já tem. deixa vir..." E me deram o maior apoio

Depois disso eu fiquei tranqüila Só quando a barriga apareceu é que eu fui me convencer que era verdade. Minha patroa foi muito generosa, me ajudou a ler a nenc e lá mesmo criei minlia (Ilha.

Eu não sei se é melhor agora, na vel- hice, ou antigamente, na mocidade A vida mudou muito, mas eu não reclamo, não Para num está tudo ótimo. Só quero ver meus netos criados, estudados, tomando o rumo da vida. Mas não quero ver mngiicm puxando carroça, não ."


Como tratar deficientes físicos corretamente -1

1. Errado: Evitar falar com os deficientes sobre coisas que uma pessoa normal pode fazer e elas não.

Certo: Conversar normalmente com o deficiente, falando sobre todos os assuntos, pois é bom para eles saber mesmo das coisas que não podem ouvir, ver ou participar.

2. Errado: Elogiar ou depreciar uma pessoa deficiente, somente por ela ser limitada.

Certo: tratar o deficiente como al- guém que com limitações específicas da deficiência, porém com as mesmas quali- dades e defeitos de qualquer ser humano.

3. Errado: Superproteger o deficiente, fazendo coisas por ele.

Certo: Permitir que o deficiente desenvolva ao máximo suas poten- cialidades, ajudando-o apenas quando for realmente necessário.

4. Errado: Referir-se à deficiência da pessoa como uma desgraça, como algo que mereça piedade.

Certo: Falar da deficiência como um problema entre outros, que apenas limita a vida em certos aspectos específicos.

5. Errado: Demonstrar pena da pessoa deficiente.

Certo: Tratar a pessoa deficiente como alguém capaz de participar da vida cm todos os sentidos.

6. Errado: Usar adjetivos como "ma- ravilhoso", " fantástico" etc cada vez que se vê uma pessoa deficiente fazendo algo que aparentemente não conseguiria (ex.: ver um surdo falar e/ou compreender o que lhe falam).

Certo: Conscientizar-se de que a pessoa deficiente desenvolve es- tratégias de sobrevivência e habilidades, adaptando suas limitações às necessidades diárias e superando normalmente os obstáculos, e não mostrar espanto diante de um fato que é comum para o deficiente.

7. Errado: Referir-se às habilidades de um deficiente como "sexto sentido" ou como uma "compensação da natureza".

Certo: Encarar como decorrência normal da dçficiência o desenvolvimento de habilidades que pos- sam parecer extraordinárias para uma pessoa comum.

8. Errado: Evitar usar as palavras ver. ouvir, andar etc diante de pessoas que sejam cegas, surdas ou privadas de movimento.

Certo: Comcrsar normalmente com os deficientes para que eles não se sin- tam diferenciados por perceptível con- strangimento no falar do interlocutor.

Exlroulo de O (}l(>ho. sábado. 2 de julho de 1994. Caderno 115

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Um Jornal de Opinião

Convocação

A Associação de Moradores das Vilas Operárias da Fábrica de Tecidos Cometa convoca seus associados para a Assembléia Geral Extraordinária a ser realizada no ia 1° de agosto de 1994, ás 19.30 hs., no Clube Musical Euterpe, afim de deliberar sobre os seguintes assuntos:

- Prestação de contas - Assuntos gerais.

Petrópolis, 22 de julho de 1994 Lucy dos Graças Ferreira

Presidente

Lar J|. Doméstica ou Acompan-

hante - Sueli da Silva Deccico. Morro da Glória, próx. à Maria da índia, Corrêas

Caseiro, auxiliar de serviços gerais, vigia - Carlos Augusto de Almeida Martins. Rua C, Qd. C, Lt. 26, Casa 257, Comunidade Io de Maio - Madame Machado.

Caseira - Lúcia de França e Silva. Rua 24 de Maio, 287-F.

Babá ou Ajudante de Cozinha - Gilma de Paula Gouvea. Contatos: 31-4904 ou Tv. 5. Qd. 7, Casa 5, Vila Rica - Conj. Santa Edwiges.

Saúde

API-AIDS - Associação Petropolítana Interdiciplinar de Aids - Serviços de atendimento psicológico para os doentes de aids e seus familiares. Toda a orientação que você pecisar. Rua Carlos Gomes, 180, das 13 às 18 hs. ou Disque-Aids - 43-1720. Não precisa de identificar.

Outros m.

ou SEOP,Tel.: 43-9227

Arrematadeira -Kátia Cosme de Oliveira. Rua H, 1618 - Alto Independência ou SEOP, Tel.: 43-9227

Estampador - Gilberto C de Oliveira - 2 anos de experiência. Rua H, 1618 - Alto Independência ou SEOP, Tel.: 43-9227

Serviços Gerais - Leandro de Souza Pereira. Tei.: 43- 4888, recados d Eva.

Auxiliar de Escritório ou Agente Comunitário - Ri- cardo José Rodrigues. Com

■ experiência em escritório e curso de datilografia. Conta- tos na Rua do Encanto, 298 - Valparaiso.

Passadeíra, Arrematadeira ou revendedora - Esmeraldina Perenciolo. Rua Cacilda Becker, 1791, Independência

Passadeira - Rosa Maria Ilário. Rua Cacilda Becker, 2880 - Alto Independência.

Negócios

Instrumentos Musicais - Compra-se para escola de Samba. Paga-se no ato.

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Instrumentos Musicais - Vende-se instrumentos de con- junto e aparelhagem de apoio: mesas de som c/8 canais, caixas e cometas de som, amplificadores, microfones e metais. José Carlos R. Se- bastião Pinho da Silva, L. 304-Bis. Ponto final Vale dos Esquilos.

Terreno - Vendo em Araru- ama. Todo murado, com água e luz, localizado na Rua Wag- ner Rossler. Valor: US$ 1.500. Tratar: (0246)65-2816.

Vendem-se - Duas portas para Pick-Up F-75, precisando de pequenos reparos. Tratar comEloirno tel: 31-2340.

Serviços

Vigia - Jorge Luiz Marinho. Estrada da Saudade. Contatos com SEOP, Tel: 43-9227

Cozinheira ou Aux. Servi- ços Gerais -Marcela de Oliveira, 20 anos. Tratar: R. Vicenzo Rivetti, 42 - Carangola.

Serviços gerais - Margarete Silva. Contatos com SEOP, Tel: 43-9227.

Passadeira - Rosemerc da Silva. Contatos com SEOP. Tel.: 43-9227.

Aprendiz de Confecção - Cássia Cosme de Oliveira. Rua H. 1618 - Alto Independência

Fretes - Auto Frete Pick-up, com Eloir Montes. Transportes em geral - barro, areia, entulho -Tel.: 43-6726

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Contabilidade - Moderna e pontual. Visite-nos e com- prove. Rua 16 de março, 415 -SI.02. Tel 42-4281.

Aulas Particulares de Inglês - Ricardo José Rodrgues. Conta- tos na Rua do Encanto, 298 - Valparaiso.

Amolador de Facas - Del- cio e Oliveira Castro. Locais: N.S.Aparecida (Morro da Pre- feitura), ao lado da creche, ou às sextas-feiras, a partir das 14 horas no SEOP, R. Carlos Gomes, 180 - Bingen.

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Animais - A Soe. Petropolí- tana de Proteção aos Anuimais doa lindas cadelínhas castradas e vermifiigadas. Pessoas que gostam de animais podem participar. Contatos c/ D. Jidita

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Basta ligar para: 31-2340


Curiosidades Cozinha do Povo

Encontre os Bons Caminhos para a Radioatividade

1

Radioatividade - Mistério e Perigo A radioatividade c a propriedade de certos elementos de emitir energia espontânea. Foi primeiramente reportada em 1896. De grande utilidade na indústria e na medicina, c também de grande perigo na contaminação dos seres vivos e na destruição do planeta. Os elementos radioativos agem sobre os organismos vivos alterando os proces- sos biológicos normais.

ENERGIA NATURAL A radioatividade c a capacidade de determinados elementos minerais,

como o urânio e o radio, de desprender os produtos resultantes da desin- tegração dos seus átomos. O elemento radioativo vai. pouco a pouco, se transformando em outro elemento, não radioativo, que c o chumbo. Exis- te, no entanto, a radioatividade natural e inofensiva, presente nas rochas, no solo. na água. no ar. nos alimentos e nos raios cósmicos.

BOMBA ATÔMICA

A radioatividade artificial pode ser produzida através de um reator nuclear Trata-se de um sistema que processa reações de cisão nuclear, em cadeia e controlados, com a finalidade de utilizar-se a energia liberada, ou seja o fluxo de ncutrons Com isso ativamos tufbinas para a produção de energia elétrica ou constmimos bombas atômicas.

Por todo o planeta estão espalhadas diversas usinas nucleares, ameaçando constantemente a vida no planeta, pois estão sujeitas a falhas que podem provocar acidentes inevensiveis.

VÍTIMAS

A radioatividade, no início, era um brinquedo divertido e fascinante para os pesquisadores Porem, logo apareceu o seu lado pernicioso e des- tmtivo. Não podemos esquecer das vítimas de Hiroshima. Nagazaki. Clicmobyl e Goiana O cientista francês Picrrc Curic. que recebeu o Prêmio Nobcl de Física cm 1903 pelas suas pesquisas sobra a radioatividade, disse a scguinlc frase; "A radioali\ idade cm mãos incscmpulosas se tomaria uma ameaça para a humanidade",

Torta de Milho com Abobrinha

1 xícara de fubá 1 xícara de farinha integral 1 colher de (chá) de sal marinho 1 copo de água 1 gema. 1 cebola média 1 colher de (chá) rasa de bicar-

bonato

Modo de Preparar: Bata tudo no liqüidificador. Corte 2

abobrinhas em rodelas, misture uma colher de chá de sal c leve ao fogo alto em panela tampada por 15 minutos. Unte uma forma com manteiga, cubra com abobrinha. Derrame a massa e cubra com o restante das abobrinhas, queijo ralado e orégano. Leve ao forno por 30 minutos.

Chapati

1 xícara de farinha de trigo integral 1/2 xícara de farinha de milho 1 colher de (chá) de sal 1 colher de sobremesa de sementes

gergelim 1 colher de (café) de erva-doce

Modo de Preparar Misture todos os ingredientes, vá

acrescentando a água aos poucos, até formar uma massa fina. Depois, esten- da-se a massa na frigideira untada de óleo e leva-se ao fogo por alguns minutos, dourando de ambos os lados. Sirva quente.

Torta de Banana

2 dúzias de banana d'água 3 xícaras de farinha de trigo integral 1 xícara de aveia 7 colheres de sopa de óleo de milho

ou girassol 1 pitada de sal canela em pó

Modo de Preparar: Misture as farinhas com óleo c sal.

Amasse as bananas c parla 6 rodelas. Unte uma forma com óleo. Espalhe as bananas em rodelas c cubra com 1/3 da mistura das farinhas. Uma camada de bananas amassadas, salpique canela, e finalmente a mistura das farinhas. Leve ao forno quente por 30 minutos mais ou menos.

Opcional: Faça uma calda com ameixas c cubra a lorla ainda quente. Pode servir com coalhada ou creme de leite.

O Restaurante do Tina c' na Rua Rohcrio Silveira. 12 (em frente a Praça

da Liberdade) Tel: 43-7094 - 2l'à 6" feira


Esporte & Lazer Morro do Neylor

Crise no Campeonato da Amizade Apesar do frio e da

chuva, a torcida não arredou pé da

beira do campo durante os jogos de futebol no Morro do Neylor, domingo dia 10, Foi dia de muitos gols e nem as poças d^guas impedi- ram os grandes lances.

A festa ficou com a torcida do time La Bodeguita, que venceu o Colorado por 14 a 2, re- corde do campeonato ate o momento. A estrela do dia é Luciano. que fechou o placar com 5 golaaços. consagrando-se artilheiro da rodada.

Já o Coqueiral, anda devagar, quase parando. Depois de três derrotas consecutivas, resolveu desanimar de vez. Uma grande perda para o campeonato, pois era promessa de esperança. O time, formado por várias categorias, con- grega jogadores de 14 a 50 anos. O júnior é Anderson, Fofinho, e o veterano Alicio Mello, anda cansado de car-

Carangola

-

Bragantino fez o adversário suar a camisa

regar a galera. "Só temos dois pontos ganhos, assim mesmo no WO, por ausência", desabafou.

Resultados do dia 10/7:

Careca 5x2 Realce da Colina

Cruzeiro 4 X 1 Tropicalha

Estamparia 4 X 1 Pássaro Verde

Expressinho 5x4 Dureza

Trago Velho 1 x 8 Desportiva

La Bodeguita 14 X 2 Colorado Dinossauro \vo X 0 Coqueiral

Destaque:

Robertão e Icanor, juizes do dia.

Carlos Antônio Santo, Carlão, jogador do time Careca.

Campeonato no Cidade Nova

Careca garante o titulo

Us jogos esquentaram a moçada no campeonato de futebol soçaite no Cidade Nova domingo dia 10. O time Suquima marcou presença goleando o Magic por 5 a 4. Valeu Claudinho. espalhando "col-

orau". Faltaram pernas para o Nacional concluir os gols contra o Bragantino, que venceu por 3 a 1.

A partir do dia 24 de julho começa a 2° fase. Estão classificados na chave E

: Cidade Nova, Flamenguinho, Car- rasco e Magic. Chave F: Londrina, Suquima, Fluminense e Bragantino. Os times disputarão entre suas chaves as duas vagas para as quartas de finais.

Resultados do dia 10/7:

Nacional 1 x 3 Bragantino

Cidade Nova 4 x 1 Bola de Fogo

Magic 4X5 Suquima

Londrina WO X 0 Balança Rede Carrasco WO X 0 Muniz

Próxima Rodada 24/7

Londrina X Bragantino - 9 horas Fluminense X Suquima - 10:15

horas

Cidade Nova X Flamenguinho - 11:30 horas

Carrasco X Magic - 12:45 horas Destaques:

Luiz Henrique Rodrigues, Comissão de Esporte

Adão da Silva, pela boa atuação como juiz. sempre presentes nos eventos comunitários.

Regina Barbosa

José Soares, o Zé Mulher, foi o jogador que mais marcou gols no campeonato de futebol veterano, Carangola. Em onze partidas sacudiu a rede do adversário onze vezes. Ao lado do presidente do Clube Carangola, Luciano Zil- ves, recebeu a homenagem mais do que mere- cida: um troféu em forma de chuteira. Zé Mul- her, mais uma vez prova que, apesar da idade avançada, veterano tem muito fôlego.

tnquanto a torcida vibra, a bola rola, e o ad- versário não chega, Marcelo Badio, chamado pelos companheiros carinhosamente de Franja, goleiro do time Cruzeiro, conserva a marcação da lateral do campo com uma vassoura. Exem- plo de dedicação de um bom craque ao esporte. Valeu moço, sua presença dá mais luz ao morro do Neylor.


Ontem o rádio anunciou que o açúcar vai subir que os donos das escolas MP não vão cumprir

Aluguel tá indeciso Não se tem menor clareza No país impera abola Só se vive na esperteza.

Tô pensando que o Real Não mudou a vida, não Bastar dar uma olhadinha No precinho do feijão.

Itamar se ofendeu Com o outro da Argentina Mas me digam quem é certo Quem me nega minha sina0

Tò ganhando um salário Bem menor que o deles, lá E se ofende o presidente Cai na vida, Itamar'

A galera mete a mão No dinheiro da "emergência" E a saúde vai falindo Por total incompetência

Como eu quero que a hora "" Chegue logo, alvissareira: O Brasil vai ser então Uma Pátria verdadeira

E por isso, povo meu, Não da mais disfarçar Vem chegando a hora boa, Nossa arma é votar

1 upc

Boca no Trombone

Buracos e Falta de Sinalização Podem Provocar Acidentes

Lm vários pontos da cidade verdadeiras crateras estão se formando nas ruas A Prefei- tura, alem de rúo prov idenciar o conserto, não se preocupa com a sinali/ação para os veículos. O mais crítico buraco fica na Estrada União e Indústria quase cm frente ao Ter- minal de Transbordo de Corroas (foto). O terreno está cedendo cm ritmo acelerado com a passagem de vciculos pesados Outros pontos críticos ficam na Estrada da Saudade. Bin- gen e Estrada de Secretário.

Nacional

Desvio de Verbas Sociais

U deputado federal do PPS. Sérgio Arouca. divulgou documento acusando o Governo Federal de ulili/.ar pane das verbas do Fundo Social de Emergência (FSE) para outros fins. como o pagamento de despesas administrativas e de pessoal. O FSE foi enado para atender as áreas de saúde, educação e previdência

Projeto Canguru

Um novo tratamento para bebês prema- turos está sendo desenvolvido pela Ma- ternidade Central do Recife O bebê fica amarrado na mãe como uni filliolc de Can- gum Assim o bebê encontra o calor ne- cessário através do contalo físico com a mãe O efeito tem sido bem mellior do que o alcançado pelo tratamento em encu- badonis.

Lei Antitruste U ministro da fa/enda. Rubens Ricupero. garantiu que vai utili/ar a Lei Antítmsle contra as prcfeiiuras eçoc praticaram auinenlos abusivos nas passagens de ônibus As escolas particulares que lam-

bem aumentaram abusivamente as men- salidades terão que dev olver o dinheiro.

Um fórum para discutir o plano econômico e a nova moeda, o Real. foi or- ganizado pela Câmara dos Deputados em Brasília. Os parlamentares querem a re- dução do numero de agências bancárias c a queda das taxas de juros

Internacional

Palestinos e Israelenses

U primeiro-ministro de Israel. Yii/Jiak Rabia ordenou o fecliamenio da faixa de Ga/a após v anos conflitos de fronteira. Ga/a foi recentememe devolvida pmi a comunidade palestina. Mais de 20 mil dos liabiuintes da Ga/a atravessam a fronteira diariamente pira imballuirem icmtóno isníelcnsc

Países Ricos Discutem Desemprego

I ermmou no dia 10 de niilio a reunião do G-7 (Gmpo dos sete países mais índustri- ali/ados do mundo - EUA, Canadá. França. Remo Unido. Itália. Alcmanlia e Japão) A reunião foi cm Nápoles, na Itália, c o principal assumo foi o alarmante aumento do desemprego nesses países e a queda do dólar no mercado internacional.

Arraia no Neyíor

A Associação de Moradores do Morro do Neylor convida a comunidade em geral para animado "Arraia no Morro"

Dias: 29.30,31 de julho e 5.6,7 de agosto

Horário: A partir das 18 horas

Local: Morro do Neylor. entrada pelo Sítio São Luiz

Atrações: Comidas e bebidas típi- cas, jogos, brincadeiras, quadrilhas e muito forró.

Quadrilha do GUAPO no SESC

Não perca animada matinê julira. no dia 24 de julho, na quadra social do SESC de Nogueira, a partir das 15 horas.

Atrações: Comidas e bebidas típi- cas, brincadeiras, danças e a partici- pação especial da Quadrilha do GUAPO (Grupo União dos Aposen- tados e Pensionistas de Petrópolis).

Vamos espantar o frio. minlia gente1

Pagode e Seresta Muitas atividadas na sede do

Bloco Oswaldo Cruz. Valparaiso. nos finais de semana.

Programação: Sextas. 17 horas: sábados. 23 horas; e domingos, 18 horas, com; pagode e seresta. O presidente, Francisco Camilo, com ida toda a sociedade petropolitana a prestigiar os ev entos na quadra e agradece a comunidade pelo apoio dado à agremiação.

Programação da I Semana de Inverno - Julho 1994

Dia 16: Coral Municipal nas es- cadarias do Centro de Cultura. Entrada Franca

Logo após: apresentação do pian- ista Arnaldo Cohen

Dia 17: Orquestra dos Canarinhos. Entrada franca

Dia 18: Coral Municipal Entrada Franca

Dia: 19 Apresentação de Idmíss Boudríona. Ingresso - R$ 4.00

Dia 20: Apresentação de João Nogueira. Ingresso - R$ 4.00

Dia 21: Gmpo de Música Latina Shêkere. Ingresso - R$ 4.00

Dia 22: Gmpo Boca Livre. In- gresso R$ 4.00

Dia 23: Gmpo ínslnunental Opus 5. Ingresso R$ 4.00

Os espetáculos serão aprcseniados na Sala Teatro Afonso Arinos. com início ás 20:3(1 horas.

Pacote para iodas as apresentações poderão ser obtidos com dcsconlo na Secreiana de Cullura. Praça Visconde de Maná.

sopão para as crianças · 2013. 2. 2. · fampe (federação das associações de moradores de...

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