sondagem indústria da construção | setembro 2012

12
A indústria da construção mostra ligeira melhora em seu desempenho em setembro. O indicador de atividade em relação ao usual ainda mostra desaquecimento, mas esse indicador vem crescendo nos últimos meses. Em comparação ao mês anterior, o nível de atividade ainda mostra retração. A UCO, que chegou a situar-se em 69% (junho e julho), manteve-se nos 70% no mês. Por outro lado, o número de empregados caiu em comparação ao mês anterior, principalmente entre as pequenas empresas e as empresas do setor Construção de edifícios. O desempenho no trimestre é melhor que no trimestre anterior com relação aos aspectos financeiros. A margem de lucro continua sendo avaliada como insatisfatória e o acesso ao crédito foi considerado difícil, mas essas percepções estão menos disseminadas. A situação financeira foi avaliada como satisfatória, invertendo a avaliação do trimestre anterior. Para os próximos seis meses, os indicadores são ambíguos. Os indicadores de expectativa com relação à atividade da indústria da construção (nível de atividade e novos empreendimentos e serviços) mostram crescimento do otimismo, enquanto que os indicadores de meios de produção (número de empregados e compras de insumos e matérias-primas) mostram queda no otimismo. Indústria da construção mostra pequenos sinais de melhora Destaques ANÁLISE ECONÔMICA Desempenho menos negativo ainda não aponta para retomada do crescimento Pág. 2 CAPACIDADE DE OPERAÇÃO UCO fica estável em setembro Pág. 3 NÍVEL DE ATIVIDADE Atividade cai pelo quinto mês consecutivo Pág. 4 EMPREGO Cai número de empregados em setembro Pág. 5 SITUAÇÃO FINANCEIRA Situação financeira é satisfatória no trimestre Pág. 6 PRINCIPAIS PROBLEMAS Falta de trabalhador qualificado e elevada carga tributária crescem entre os principais problemas Pág. 7 EXPECTATIVAS Expectativas com relação à atividade começam a ficar mais otimistas Pág. 8 ANÁLISE SETORIAL Obras de infraestrutura apresenta melhor desempenho no mês Pág. 10 Nível de atividade em relação ao mês anterior Nível de atividade em relação ao usual 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Queda Aumento 49,2 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 Abaixo Acima 47,0 Ano 3 Número 9 setembro de 2012 www.cni.org.br Informativo da Confederação Nacional da Indústria SONDAGEM I NDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

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Page 1: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

A indústria da construção mostra ligeira melhora em seu desempenho em setembro.

O indicador de atividade em relação ao usual ainda mostra desaquecimento, mas esse

indicador vem crescendo nos últimos meses. Em comparação ao mês anterior, o nível de

atividade ainda mostra retração.

A UCO, que chegou a situar-se em 69% (junho e julho), manteve-se nos 70% no mês. Por

outro lado, o número de empregados caiu em comparação ao mês anterior, principalmente

entre as pequenas empresas e as empresas do setor Construção de edifícios.

O desempenho no trimestre é melhor que no trimestre anterior com relação aos aspectos

financeiros. A margem de lucro continua sendo avaliada como insatisfatória e o acesso ao

crédito foi considerado difícil, mas essas percepções estão menos disseminadas. A situação

financeira foi avaliada como satisfatória, invertendo a avaliação do trimestre anterior.

Para os próximos seis meses, os indicadores são ambíguos. Os indicadores de expectativa com

relação à atividade da indústria da construção (nível de atividade e novos empreendimentos

e serviços) mostram crescimento do otimismo, enquanto que os indicadores de meios de

produção (número de empregados e compras de insumos e matérias-primas) mostram

queda no otimismo.

Indústria da construção mostra pequenos sinais de melhora

Destaques

ANÁLISE ECONÔMICADesempenho menos negativo ainda não aponta para retomada do crescimentoPág. 2

CAPACIDADE DE OPERAÇÃOUCO fica estável em setembro Pág. 3

NÍVEL DE ATIVIDADEAtividade cai pelo quinto mês consecutivoPág. 4

EMPREGOCai número de empregados em setembroPág. 5

SITUAÇÃO FINANCEIRA Situação financeira é satisfatória no trimestrePág. 6

PRINCIPAIS PROBLEMASFalta de trabalhador qualificado e elevada carga tributária crescem entre os principais problemasPág. 7

EXPECTATIVASExpectativas com relação à atividade começam a ficar mais otimistasPág. 8

ANÁLISE SETORIALObras de infraestrutura apresenta melhor desempenho no mêsPág. 10

Nível de atividade em relação ao mês anterior

Nível de atividade em relação ao usual

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Queda Aumento49,2

0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Abaixo Acima47,0

Ano 3 Número 9 setembro de 2012 www.cni.org.brInformativo da Confederação Nacional da Indústria

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

Page 2: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

2

Ano 3, n.9, setembro de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

Desempenho menos negativo ainda não aponta para retomada do crescimento

ANÁLISE ECONÔMICA

A indústria da construção não vem vivendo um bom momento em 2012. A desaceleração do setor acompanha

o desaquecimento da economia como um todo, principalmente da indústria. Em comparação com a indústria da

transformação a desaceleração da construção é menos intensa.

Esse desempenho menos positivo que o observado em anos anteriores (principalmente 2010) pode ser

evidenciado pelos indicadores da Sondagem Indústria da Construção. O nível de atividade foi avaliado como

abaixo do usual (atividade desaquecida) em sete dos nove meses do ano (até setembro). Esse é o quinto mês

consecutivo com atividade nessa situação.

Apesar disso, os resultados dos últimos meses começam a mostrar pequenos indicativos que esse desempenho

possa ser superado. O indicador de atividade em relação ao usual, apesar de ainda bastante abaixo dos 50 pontos

(situou-se em 47 pontos em setembro), cresceu nos últimos três meses. Como comparação, em julho o indicador

situou-se em 45,5 pontos, o menor da série histórica.

Os indicadores financeiros também mostraram leve melhora. A margem de lucro ainda foi considerada

insatisfatória (46,8 pontos), mas de forma menos intensa que no trimestre anterior. A situação financeira foi

avaliada como satisfatória (50,3 pontos), invertendo a avaliação negativa do trimestre anterior. O acesso ao

crédito, contudo, continua difícil.

Apesar da melhora em alguns indicadores, o cenário até fim do ano é incerto. As expectativas para os próximos

seis meses continuam mostrando expectativa de crescimento, e ficaram mais positivas nos indicadores de nível

de atividade e novos empreendimentos e serviços. Por outro lado, ficaram menos otimistas nos indicadores de

compras de insumos e matérias-primas e número de empregados.

O cenário está menos negativo, mas a indústria da construção ainda não voltou a crescer. No curto prazo, a

retomada do crescimento dependerá de um reaquecimento do setor imobiliário com o crescimento nas vendas

de imóveis, afetando o setor Construção de edifícios, e de um aumento nos desembolsos públicos, impulsionando

o setor Obras de infraestrutura. O setor Serviços especializados é beneficiado indiretamente com a melhora dos

outros dois setores.

No longo prazo, os desafios são maiores. Um cenário de crescimento sustentado, próximo ao observado em 2010,

necessita de medidas que proporcionem um ambiente de negócios mais favorável ao setor, com simplificação de

processos, ganhos de produtividade e maior nível de investimento tanto público como privado.

Page 3: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

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Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.9, setembro de 2012

UCO fica estável em setembroCAPACIDADE DE OPERAÇÃO

A Utilização da Capacidade de Operação (UCO) da indústria da construção

manteve-se em 70% em setembro, repetindo o desempenho de agosto.

É um nível inferior ao observado no início do ano, quando a UCO chegou a

atingir 72% (abril).

Entre os portes, apenas as pequenas empresas mostraram alteração em

setembro. A UCO desse porte passou de 62% em agosto para 64% em

setembro. As médias mantiveram-se nos 70% e as grandes nos 72%, que

continuam a ser as de maior UCO entre os portes.

Evolução da Utilização da Capacidade de Operação

Indicador varia no intervalo de 0% a 100%.

70%

0%

100%

Set 2012

70%

0%

100%

Ago 2012

69%

0%

100%

Jul 2012

Utilização da capacidade de operação – UCO (%) Mensal

64%

70%

72%

jan/12 fev/12 mar/12 abr/12 mai/12 jun/12 jul/12 ago/12 set/12

Pequenas Médias Grandes

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4

Ano 3, n.9, setembro de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

A atividade da construção caiu pelo quinto mês consecutivo em

setembro. O indicador da evolução do nível de atividade situou-se em

49,2 pontos no mês, abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Entre

os portes, a queda mais acentuada se deu nas pequenas empresas

(indicador de 48,7 pontos).

Nível de atividade efetivo em relação ao usualMensal

Abaixo Acima

46,4

45,5

0 10050

Set 2012

Ago 2012

Jul 2012

47,0

NÍVEL DE ATIVIDADE

Evolução do nível de atividade efetivo em relação ao usual

Atividade cai pelo quinto mês consecutivo

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam atividade acima do usual.

Evolução do nível de atividadeMensal

Queda Aumento

48,1

48,3

0 10050

Set 2012

Ago 2012

Jul 2012

49,2

A atividade da construção manteve-se desaquecida no mês. O indicador

do nível de atividade efetivo em relação ao usual situou-se mais uma vez

abaixo dos 50 pontos, em 47 pontos. Contudo, esse indicador apresentou

crescimento pelo terceiro mês consecutivo, mostrando relativa melhora.

54,7

53,9 53,8

49,3

50,9

45,6

48,8 48,5

45,346,4

47,0

jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12

Acima

Abaixo

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5

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.9, setembro de 2012

49,7 49,7

51,7 51,6

50,6

48,7

47,4

51,0

49,0

47,0

49,0

50,8

51,751,0

50,1

47,848,2

49,348,8

mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12

A indústria da construção reduziu o quadro de empregados em

setembro. O indicador de evolução do número de empregados situou-

se em 48,8 pontos no mês, abaixo da linha divisória de 50 pontos.

Entre os portes, a redução foi mais intensa nas pequenas empresas,

com indicador de 46,8 pontos, contra 49,5 para as médias e 49,2 para

as grandes.

Evolução do número de empregadosMensal

Queda Aumento

49,3

48,2

0 10050

Set 2012

Ago 2012

Jul 2012

48,8

EMPREGO

Evolução do número de empregados

Cai número de empregados em setembro

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento.

Aumento

Queda

Page 6: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

6

Ano 3, n.9, setembro de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

40

45

50

55

60

IV-09 I-10 II III IV I-11 II III IV I-12 II III

Margem de lucro operacional Situação financeira Acesso ao crédito

Os empresários da construção mantiveram-se insatisfeitos com

a margem de lucro operacional no terceiro trimestre. O indicador

situou-se em 46,8 pontos, abaixo da linha divisória dos 50 pontos.

Em comparação ao trimestre anterior percebe-se melhora, com

crescimento no indicador de 2 pontos.

SITUAÇÃO FINANCEIRA

A situação financeira foi avaliada como satisfatória pelos empresários

no terceiro trimestre. O indicador situou-se em 50,3 pontos, 1,5 ponto

acima do segundo trimestre, quando a avaliação era insatisfatória.

O acesso ao crédito continua sendo avaliado como difícil no trimestre.

O indicador situou-se em 47,1 pontos, abaixo da linha divisória dos

50 pontos. Contudo, entre as grandes empresas a percepção foi de

acesso normal com indicador em 50,0 pontos, contra 43,8 para as

pequenas e 44,3 para as médias.

Situação financeira é satisfatória no trimestreTerceiro trimestre de 2012

Margem de lucro operacionalTrimestral

46,8Ruim

0 100

Boa

50

Situação financeiraTrimestral

50,3Ruim

0 100

Boa

50

Acesso ao créditoTrimestral

47,1Difícil

0 100

Fácil

50

Acesso ao crédito e satisfação com a margem de lucro operacional e com a situação financeira

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam satisfação com o lucro e a situação financeira ou facilidade no acesso ao crédito.

Page 7: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

7

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.9, setembro de 2012

PRINCIPAIS PROBLEMAS

Falta de trabalhador qualificado e elevada carga tributária crescem entre os principais problemas Os dois principais problemas da indústria da constru-

ção (falta de trabalhador qualificado e elevada carga

tributária) apresentaram aumento no número de assi-

nalações. A falta de trabalhador qualificado, principal

problema entre as grandes empresas, passou de 54,6%

no segundo trimestre para 61,7% no terceiro nesse por-

te. A elevada carga tributária, principal problema entre

as pequenas, passou de 50,8% para 56,2% no mesmo

período, nesse porte.

Outro destaque entre os problemas que mais cresce-

ram foi a competição acirrada do mercado, que passou

de 19,6% para 24,5% entre as grandes e de 18,9% para

24,7% entre as pequenas. Esse já é o quarto principal

problema levantado, tanto entre pequenas como gran-

des empresas.

Entre as pequenas, destaca-se também o crescimento

no número de assinalações de licenciamento ambien-

tal, de 7,4% para 14,4%, enquanto que as de condições

climáticas caíram 15,1 pontos percentuais.

Entre as grandes, destacam-se o alto custo da mão de

obra, que cresceu de 30,9% para 38,3%, e o licencia-

mento ambiental, que caiu 6,8 pontos percentuais. Con-

tudo, esse último está ainda 8,1 pontos percentuais aci-

ma do observado no mesmo trimestre do ano anterior.

Principais problemas enfrentados pela indústria da construção no 3O trimestre de 2012 (%)

7,4

0,0

8,5

4,3

3,2

11,7

10,6

12,8

12,8

17,0

10,6

22,3

24,5

38,3

61,7

48,9

2,1

2,7

3,4

7,5

7,5

10,3

13,7

14,4

17,1

17,1

21,2

24,7

24,7

34,2

43,8

56,2

Falta de matéria-prima

Falta de equipamentos de apoio

Outros

Falta de financiamento de longo prazo

Disponibilidade de terrenos

Condições climáticas

Alto custo da matéria-prima

Licenciamento ambiental

Inadimplência dos clientes

Falta de capital de giro

Taxas de juros elevadas

Falta de demanda

Competição acirrada de mercado

Alto custo da mão de obra

Falta de trabalhador qualificado

Elevada carga tributária

Pequenas Grandes

Page 8: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

8

Ano 3, n.9, setembro de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

EXPECTATIVAS

O otimismo em outubro em relação à atividade nos próximos seis

meses cresceu. O indicador de expectativa do nível de atividade

passou de 57,0 pontos em setembro para 57,4 em outubro. É o

segundo crescimento consecutivo no indicador.

A expectativa com relação aos novos empreendimentos e serviços

também ficou mais positiva. O indicador situa-se em 57,5 pontos em

outubro, acima da linha divisória dos 50 pontos, crescendo 0,8 ponto

em comparação ao mês anterior.

Expectativas com relação à atividade começam a ficar mais otimistasNível de atividadeMensal

Novos empreendimentos e serviçosMensal

Queda Aumento

56,7

56,3

0 10050

Out 2012

Set 2012

Ago 2012

57,5

Queda Aumento

57,0

56,3

0 10050

Out 2012

Set 2012

Ago 2012

57,4

Expectativa de evolução do nível de atividade e de novos empreendimentos e serviços

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa positiva.

45

50

55

60

65

70

75

jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12

Nível de atividade Novos empreendimentos e serviços Linha divisória

Page 9: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

9

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.9, setembro de 2012

45

50

55

60

65

70

75

jan/10 abr/10 jul/10 out/10 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12

Compras de insumos e matérias-primas Número de empregados Linha divisória

No sentido contrário aos indicadores de atividade, a expectativa com

relação à compra de insumos e matérias-primas ficou menos otimista.

O indicador situa-se em 56,8 pontos em outubro, abaixo dos 57,8

pontos de setembro.

A expectativa com relação ao número de empregados também

se reduziu em outubro. O indicador passou de 56,0 pontos em

setembro para 54,5 pontos em outubro, ainda acima da linha

divisória dos 50 pontos.

Compras de insumos e matérias-primasMensal

Evolução do número de empregadosMensal

Queda

Queda

Aumento

Aumento

57,8

56,0

56,2

55,7

0

0

100

100

50

50

Out 2012

Out 2012

Set 2012

Set 2012

Ago 2012

Ago 2012

56,8

54,5

EXPECTATIVAS

Expectativa de evolução da compra de insumos e matérias-primas e do número de empregados

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa positiva.

Page 10: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

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Ano 3, n.9, setembro de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

ANÁLISE SETORIAL

Obras de infraestrutura apresenta melhor desempenho no mês

O setor Obras de infraestrutura mostra desempenho em setembro ligeiramente superior aos demais setores da indústria da

construção (Construção de edifícios e Serviços especializados).

Os três setores apresentam nível de atividade abaixo do usual (o que indica desaquecimento), mas essa percepção é menor em

Obras de infraestrutura (47,8 pontos, contra 45,8 para Construção de edifícios e 45,3 para Serviços especializados). Com relação

à evolução do nível de atividade, esse é o único setor que não mostrou queda no mês, repetindo o observado no mês anterior

(indicador de 50,4 pontos).

Sob o aspecto financeiro, contudo, o setor Construção de edifícios mostra desempenho superior no trimestre. Os três setores

mostram insatisfação com a margem de lucro, mas esse é o setor em que esse sentimento é menos disseminado. Com relação

à situação financeira, os empresários de Serviços especializados estão insatisfeitos (indicador de 48,3 pontos), os de Obras de

infraestrutura estão satisfeitos (49,8 pontos) e os de Construção de edifícios estão mais que satisfeitos (52,3 pontos).

Para os próximos seis meses, os empresários de Construção de edifícios estão também mais otimistas que os dos outros dois

setores com relação ao nível de atividade, novos empreendimentos e serviços e compra de insumos e matérias-primas.

Nível de atividade efetivo em relação ao usual

Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam atividade acima do usual.

40

45

50

55

60

jun/10 set/10 dez/10 mar/11 jun/11 set/11 dez/11 mar/12 jun/12 set/12

Construção de edifícios Obras de infraestrutura Serviços especializados Linha divisória de 50 pontos

Acima

Abaixo

Page 11: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

11

Sondagem IndúStrIa da ConStruçãoAno 3, n.9, setembro de 2012

RESULTADOS POR PORTE E SETOR

1 Indicador varia no intervalo de 0% a 100%. Série iniciada em janeiro de 2012. 2 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam aumento.3 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam atividade acima do usual.4 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam situação mais que satisfatória.5 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam fácil acesso ao crédito.6 Indicador varia no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 indicam expectativa positiva.

SITUAÇÃO FINANCEIRA

Margem de lucro operacional4 Situação financeira4 Acesso ao crédito5

Trimestral Trimestral Trimestral

III-11 II-12 III-12 III-11 II-12 III-12 III-11 II-12 III-12

CONSTRUÇÃO CIVIL 45,8 44,8 46,8 49,5 48,8 50,3 45,9 46,7 47,1

POR PORTEPEQUENA 47,5 44,1 46,5 52,8 46,3 50,8 45,1 44,9 43,8MÉDIA 47,5 46,2 47,6 50,2 50,5 51,3 43,8 44,5 44,3GRANDE 43,8 44,3 46,5 47,3 48,7 49,5 47,8 48,6 50,0

POR SETORCONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 48,5 46,8 48,6 53,1 50,1 52,3 47,3 46,5 45,1OBRAS DE INFRAESTRUTURA 45,6 41,9 46,0 48,5 46,2 49,8 43,9 43,7 45,9SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 43,8 45,3 44,5 46,8 49,2 48,3 42,7 46,5 45,8

EXPECTATIVAS

Nível de atividade6 Novos empreendimentose serviços6

Compras de insumos e matérias-primas6 Número de empregados6

Mensal Mensal Mensal Mensal

out-11 set-12 out-12 out-11 set-12 out-12 out-11 set-12 out-12 out-11 set-12 out-12

CONSTRUÇÃO CIVIL 57,4 57,0 57,4 57,1 56,7 57,5 55,4 57,8 56,8 55,7 56,0 54,5

POR PORTEPEQUENA 59,0 55,1 55,8 57,1 54,9 57,2 54,9 53,3 54,7 56,8 53,1 53,5MÉDIA 55,7 57,4 59,5 56,3 57,2 59,4 54,3 58,1 58,9 55,3 56,0 57,6GRANDE 57,8 57,4 56,8 57,6 57,0 56,5 56,5 59,2 56,3 55,4 57,1 53,1

POR SETORCONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS 57,6 56,4 58,3 56,5 56,4 59,7 55,4 56,9 58,8 56,3 55,5 56,1OBRAS DE INFRAESTRUTURA 55,1 55,7 57,4 55,8 55,1 57,5 52,9 55,0 55,8 52,7 53,1 56,2SERVIÇOS ESPECIALIZADOS 59,3 57,9 56,5 59,2 57,9 54,9 57,3 58,6 54,2 58,8 57,3 51,9

ATIVIDADE

UCO (%)1 Nível de atividade2 Atividade em relação ao usual3

Número de empregados2

Mensal Mensal Mensal Mensal

set-11 ago-12 set-12 set-11 ago-12 set-12 set-11 ago-12 set-12 set-11 ago-12 set-12

CONSTRUÇÃO CIVIL - 70% 70% 47,9 48,1 49,2 45,6 46,4 47,0 47,4 49,3 48,8

POR PORTEPEQUENA - 62% 64% 50,0 46,3 48,7 47,2 45,7 44,3 47,0 47,6 46,8MÉDIA - 70% 70% 48,1 49,0 49,1 46,6 46,3 47,0 48,4 49,6 49,5GRANDE - 72% 72% 46,8 48,2 49,5 44,0 46,7 47,9 46,8 49,8 49,2

POR SETORCONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS - 67% 68% 49,8 47,0 48,5 49,4 45,0 45,8 50,3 48,4 47,8OBRAS DE INFRAESTRUTURA - 66% 66% 46,5 49,7 50,4 42,7 47,2 47,8 44,8 49,8 49,3SERVIÇOS ESPECIALIZADOS - 72% 73% 47,8 47,1 48,4 44,0 47,3 45,3 45,6 48,8 48,9

Page 12: Sondagem Indústria da Construção | Setembro 2012

Ano 3, n.9, setembro de 2012Sondagem IndúStrIa da ConStrução

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO | Publicação Mensal da Confederação Nacional da Indústria - CNI | Gerência Executiva de Política Econômica | Gerente executivo: Flávio Castelo Branco | Gerência Executiva de Pesquisa e Competitividade | Gerente executivo: Renato da Fonseca Análise: Danilo César Cascaldi Garcia e Luis Fernando Melo Mendes (CBIC) | Estatística: Maria Cecília Rabello e Thiago Silva | Supervisão Gráfica: DIRCOM | Normalização Bibliográfica: ASCORP/GEDIN | Assinaturas: Serviço de Atendimento ao Cliente Fone: (61) 3317-9989 [email protected] SBN Quadra 01 Bloco C Ed. Roberto Simonsen Brasília, DF CEP: 70040-903 | www.cni.org.br | Autorizada a reprodução desde que citada a fonte.

Perfil da amostra: 456 empresas, sendo 158 pequenas, 200 médias e 98 grandes. Período de coleta: De 1º a 11 de outubro de 2012.

PRINCIPAIS PROBLEMAS POR PORTE E SETOR

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS OBRAS DE INFRAESTRUTURA SERVIÇOS ESPECALIZADOS

II-12 III-12 II-12 III-12 II-12 III-12

% % Posição % % Posição % % Posição

Falta de trabalhador qualificado 52,1 52,6 1 41,1 53,9 2 51,1 52,2 2

Elevada carga tributária 49,5 48,8 2 56,3 59,4 1 52,1 60,0 1

Alto custo da mão de obra 37,4 36,0 3 25,0 32,0 3 35,1 30,0 3

Falta de demanda 23,7 26,1 4 25,0 19,5 5 24,5 20,0 6

Inadimplência dos clientes 16,8 19,9 5 22,3 16,4 8 16,0 21,1 4

Taxas de juros elevadas 14,2 19,4 6 24,1 12,5 11 12,8 20,0 6

Competição acirrada de mercado 18,4 19,0 7 23,2 28,9 4 23,4 21,1 4

Falta de capital de giro 16,3 15,6 8 24,1 14,8 9 13,8 17,8 8

Licenciamento ambiental 13,2 14,7 9 12,5 14,1 10 10,6 10,0 10

Alto custo da matéria-prima 14,2 12,3 10 11,6 17,2 6 7,4 13,3 9

Disponibilidade de terrenos 8,4 8,5 11 0,9 0,8 15 5,3 3,3 14

Condições climáticas 11,6 8,1 12 20,5 17,2 6 26,6 10,0 10

Outros 7,4 7,1 13 4,5 3,9 13 5,3 4,4 13

Falta de matéria-prima 5,3 6,6 14 2,7 1,6 14 2,1 1,1 15

Falta de financiamento de longo prazo 4,7 5,7 15 8,9 7,0 12 4,3 7,8 12

Falta de equipamentos de apoio 1,6 1,9 16 1,8 0,8 15 2,1 1,1 15

PRINCIPAIS PROBLEMAS ENFRENTADOS PELA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO NO 3O TRIMESTRE DE 2012 (%)

PEQUENAS MÉDIAS GRANDES

II-12 III-12 II-12 III-12 II-12 III-12

% % Posição % % Posição % % Posição

Elevada carga tributária 50,8 56,2 1 54,2 55,6 2 49,5 48,9 2

Falta de trabalhador qualificado 42,6 43,8 2 49,7 55,6 1 54,6 61,7 1

Alto custo da mão de obra 36,1 34,2 3 32,8 30,7 3 30,9 38,3 3

Falta de demanda 23,0 24,7 4 26,6 21,7 5 21,6 22,3 5

Competição acirrada de mercado 18,9 24,7 4 23,2 19,6 6 19,6 24,5 4

Taxas de juros elevadas 18,9 21,2 6 16,4 18,0 7 14,4 10,6 10

Inadimplência dos clientes 19,7 17,1 7 18,1 23,8 4 16,5 12,8 7

Falta de capital de giro 17,2 17,1 7 19,2 14,3 9 16,5 17,0 6

Licenciamento ambiental 7,4 14,4 9 11,9 13,2 10 19,6 12,8 7

Alto custo da matéria-prima 14,8 13,7 10 10,7 15,9 8 10,3 10,6 10

Condições climáticas 25,4 10,3 11 15,8 11,6 11 11,3 11,7 9

Falta de financiamento de longo prazo 7,4 7,5 12 5,1 6,9 12 5,2 4,3 14

Disponibilidade de terrenos 7,4 7,5 12 4,0 4,2 14 6,2 3,2 15

Outros 5,7 3,4 14 7,9 5,8 13 3,1 8,5 12

Falta de equipamentos de apoio 2,5 2,7 15 2,3 1,1 16 0,0 0,0 16

Falta de matéria-prima 0,0 2,1 16 3,4 3,7 15 9,3 7,4 13