"somos mais que vencedores"

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A doutrina bíblica da oração Estudo 07 “Somos mais que vencedores” A oração no Novo Testamento (Os ensinos de Paulo) Textos bíblicos: Rm8,11; 1Co1; 2Co1; Ef3,5; Cl3 Texto áureo: Romanos 8.37 ”Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.

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Estudo 07 – A Doutrina Bíblica da Oração - EBD - JUERP

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Page 1: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oraçãoEstudo 07

“Somos mais que vencedores”

A oração no Novo Testamento

(Os ensinos de Paulo)

Textos bíblicos:

Rm8,11; 1Co1; 2Co1; Ef3,5; Cl3

Texto áureo: Romanos 8.37

”Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.”

Page 2: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oraçãoIntrodução I

Depois dos ensinos de Cristo, as igrejas vão

começar a se organizar em toda a parte por onde o

ministério evangelístico de Paulo o levava e os seus

ensinos sobre a oração, vão dar continuidade ao

aprendizado que a igreja desenvolvia do melhor falar

com Deus.

Isto fica evidente quando em uma de suas cartas ele a inicia com esta afirmativa

(Cl 1.3):

“Graças damos a Deus, Pai de nosso Senhor Jesus

Cristo, orando sempre por vós"

Page 3: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oraçãoIntrodução II

Assim, a terceira etapa do estudo da oração no NT,

depois de passarmos pelos ensinos que podemos

abstrair dos tempos que antecedem o nascimento de

Cristo, e dos ensinos que ele mesmo nos legou,

veremos o que o apóstolo Paulo, o principal líder do Evangelho de Cristo em seus tempos pioneiros

ensinou a respeito dela à igreja nascente.

Veremos que praticamente, em todas as suas cartas, o apóstolo dos gentios nos

deixou algum ensinamento precioso sobre o cultivo da oração na vida da igreja e

do crente.

Page 4: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oraçãoIntrodução III

Depois de Cristo, vamos ver como o segundo

personagem mais importante do NT se

posicionou a respeito da oração. Estamos no início da prática da oração pela igreja de Cristo, quando

muitos crentes, principalmente os advindos

do judaismo não sabiam como dirigir-se diretamente ao Pai. Afinal de contas, até

então, eles tinham a linhagem sacerdotal para os

conduzir ao Senhor. Já os egressos do paganismo, gentios na sua maioria,

estes mesmo é que precisavam ser ensinados

sobre a forma como poderiam falar com o Deus

que os salvara.

Page 5: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

Primeiro ensino

A maneira como ele faz isto é muito inteligente e hábil,

pois ao escrever suas cartas vai entremeando aqui e ali, trechos que são verdadeiras orações, sem que para isto chame atenção específica.

Num texto da carta aos Romanos ele fala sobre a batalha do crente em face

do mal e mesmo da realidade diante da morte. É

quando então, em meio a esses dois temas, (vida e

morte) escreve aquela que seria uma das mais belas

orações sobre a vitória dos crentes em Cristo sobre a

morte:

Page 6: "Somos mais que vencedores"

1. Uma oração de triunfo – Rm 8.31-39 31 Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por

nós, quem será contra nós? 32 Aquele que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por

todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas? 33 Quem intentará acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica; 34

Quem os condenará? Cristo Jesus é quem morreu, ou antes quem ressurgiu dentre os mortos, o qual está à

direita de Deus, e também intercede por nós;35 quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação,

ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada? 36 Como está

escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o

matadouro. 37 Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou.

38 Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem anjos, nem principados, nem coisas

presentes, nem futuras, nem potestades, 39 nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra

criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor.

Page 7: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

Em um outro texto na mesma carta, Paulo disserta sobre a situação do povo judeu, povo

escolhido de Deus, e que diante da vinda do Messias,

Jesus Cristo, se mostrava tão irredutível em suas convicções da velha dispensação que não

tinha condição agora para abrir os olhos e enxergar a

redenção de Israel, que Cristo trouxera ao mundo. Digamos

que extasiado com as revelações que vinha fazendo,

mostrando a soberania de Deus e o seu amor para com

todos, por meio de Cristo, ele não se conteve e proclama

uma das mais belas orações de louvor do texto bíblico:

Segundo ensino

Page 8: "Somos mais que vencedores"

2. Uma oração de louvor - Rm 11.33-36

33 Ó profundidade das riquezas, tanto da sabedoria, como da ciência de Deus! Quão

insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis os seus caminhos!

34 Pois, quem jamais conheceu a mente do Senhor? ou quem se fez seu conselheiro?

35 Ou quem lhe deu primeiro a ele, para que lhe seja recompensado?

36 Porque dele, e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente.

Amém..

Page 9: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

Terceiro momento

O apóstolo Paulo, em quase todas as suas cartas às igrejas, inicia-as sempre

com uma palavra de gratidão a Deus pelo que

aquela igreja e seus crentes significavam para ele em

seu ministério. É interessante verificar que com esta saudação inicial que se transforma numa

palavra de ação de graças a Deus por aquela igreja, ele traça basicamente o perfil de cada uma delas. Nesta oração de ação de graças pelos crentes em Corinto,

podemos perceber isto claramente, versículo a

versículo:

Page 10: "Somos mais que vencedores"

3. Uma oração de gratidão – 1Co 1.4-9 • 8 1 No décimo quinto ano do reinado d

4 Sempre dou graças a Deus por vós, pela graça de Deus que vos foi dada em Cristo

Jesus;5 porque em tudo fostes enriquecidos nele, em toda palavra e em todo o conhecimento,6 assim como o testemunho de Cristo foi

confirmado entre vós;7 de maneira que nenhum dom vos falta,

enquanto aguardais a manifestação de nosso Senhor Jesus Cristo,

8 o qual também vos confirmará até o fim, para serdes irrepreensíveis no dia de nosso

Senhor Jesus Cristo.9 Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados para

a comunhão de seu Filho Jesus Cristo nosso Senhor

.

Page 11: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

Nesta segunda carta aos coríntios Paulo não precisa

começar como o fez na anterior, dando graças a

Deus pelos crentes daquela igreja. Pouco tempo o

separava daquela primeira carta e no intervalo entre ambas, muitas situações

adversas ocorreram na vida do apóstolo, e mesmo

daquela igreja, razão pela qual ele inicia esta carta com uma oração em que expõe o

livramento que o Senhor lhes concedera. No texto o

apóstolo glorifica a Deus por sua misericórdia e amor, por sua consolação e até mesmo

pela tribulação que aperfeiçoa o caráter cristão:

.

Quarto ensino

Page 12: "Somos mais que vencedores"

4. Uma oração de livramento – 2Co 1.3-7

uando o Senhor estava para tomar3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda a consolação, 4 que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos

consolar os que estiverem em alguma tribulação, pela consolação com que nós

mesmos somos consolados por Deus. 5 Porque, como as aflições de Cristo transbordam para conosco, assim também por meio de Cristo transborda a nossa consolação. 6 Mas, se

somos atribulados, é para vossa consolação e salvação; ou, se somos consolados, para vossa consolação é a qual se opera suportando com paciência as mesmas aflições que nós também padecemos; 7 e a nossa esperança acerca de

vós é firme, sabendo que, como sois participantes das aflições, assim o sereis

também da consolação.

Page 13: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

Quinto ensino

O apóstolo vai nos ensinar nesta carta aos efésios que devemos orar pelos nossos amigos, vizinhos, irmãos,

familiares, enfim, por todas as pessoas que de alguma

forma estão ligadas ao nosso dia-a-dia, mais ou menos próximos. Muitas vezes nos tornamos um

tanto egoistas em nossas orações. Paulo escrevendo

aos efésios, vai nos dar uma lição sobre a oração

intercessória. No texto dele vemos como o crente deve ter o coração aberto para interceder, interrompendo ele a sua carta, para fazer

uma oração pelos seus amigos de Éfeso.

Page 14: "Somos mais que vencedores"

5. Uma oração intercessória - Ef 3.14-21

uao Senhor estava para tomar

14 Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai,

15 do qual toda família nos céus e na terra toma o nome,

16 para que, segundo as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com poder

pelo seu Espírito no homem interior; 17 que Cristo habite pela fé nos vossos corações, a fim de que,

estando arraigados e fundados em amor, 18 possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e a

profundidade,19 e conhecer o amor de Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais

cheios até a inteira plenitude de Deus. 20 Ora, àquele que é poderoso para fazer tudo muito mais

abundantemente além daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder que em nós opera, 21 a esse seja glória na igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o sempre. Amém.

Page 15: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

O sexto ensino de Paulo sobre a oração é bem didático e

instrutivo em matéria de vida cristã. Paulo começa a se

aproximar do final da carta e resolve dar alguns conselhos

sobre a atitude de vida que os efésios como crentes em Cristo deveriam tomar. Ele deseja que

aquela igreja seja uma igreja cujos membros tenham um

compromisso com o Senhor Jesus Cristo. O que Paulo nos está

ensinando é que a nossa oração seja comprometida com o Senhor Deus. Não podemos orar ao Pai,

pedindo por isto ou aquilo, rogando esta ou aquela bênção, intercedendo por esta ou aquela situação ou pessoas, sem que a

nossa vida cristã esteja condizente com o espírito da

oração.

Sexto ensino

Page 16: "Somos mais que vencedores"

6. A oração comprometida - Ef 5.15-21

uaenho estava para tomar15 Portanto, vede diligentemente como

andais, não como néscios, mas como sábios,16 usando bem cada oportunidade, porquanto

os dias são maus.17 Por isso, não sejais insensatos, mas

entendei qual seja a vontade do Senhor.18 E não vos embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito,19 falando entre vós em salmos, hinos, e

cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração,

20 sempre dando graças por tudo a Deus, o Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo,

21 sujeitando-vos uns aos outros no temor de Cristo.

Page 17: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

Sétimo ensino

A galeria dos ensinos de Paulo sobre a oração,

encerra-se com a recomendação, para que o

poder de Deus seja incorporado na vida dos crentes em Colossos, por meio da oração (Cl 3.21):

"E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras,

fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças

ao Deus Pai"Esta recomendação final do

apóstolo vem depois de nove conselhos a respeito da vida cristã que deviam adotar os crentes em Colossos e nós

hoje, para evitarmos a presença do pecado em

nosso dia-a-dia:

Page 18: "Somos mais que vencedores"

7. A oração de poder - Cl 3.1-17

uaenho estava para tomar1 Se, pois, fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. 2 Pensai

nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; 3 porque morrestes, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus. 4 Quando

Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então também vós vos manifestareis com ele em glória. 5 Exterminai, pois, as vossas inclinações carnais; a prostituição, a impureza, a paixão, a vil

concupiscência, e a avareza, que é idolatria; 8 mas agora despojai-vos também de tudo isto: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca; 9 não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do homem velho com os seus feitos, 10 e vos vestistes do

novo, que se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou... mas Cristo é tudo em todos. 12 Revesti-vos, pois,

como eleitos de Deus, santos e amados, de coração compassivo, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, 13 suportando-vos e

perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vós também. 14 E, sobre tudo isto, revesti-vos do amor, que é o vínculo da perfeição. 15 E a paz

de Cristo, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos. 16 A palavra de Cristo habite em

vós ricamente, em toda a sabedoria; ensinai-vos e admoestai-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, louvando a Deus com

gratidão em vossos corações. 17 E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus

Pai.

Page 19: "Somos mais que vencedores"

A doutrina bíblica

da oração

Conclusão

Será que em nossas vidas estamos experimentando isto:

1. Vidas espirituais: "Buscai as coisas que são de cima...

2. Vidas de meditação e reflexão: "Pensai nas coisas que são de

cima...3. Vidas de certezas: "A vossa vida

está escondida com Cristo em Deus...

4. Vidas de esperança: "Quando Cristo se manifestar, vós também,

na glória...5. Vidas de renúncia: "Exterminai...

a impureza... a avareza... as paixões...

6. Vidas diferenciadas: "Despojai-vos da ira... coléra...malícia...

7. Vidas de retidão: "Não mintais uns aos outros...

8. Vidas de renovação: "Vos vistais do novo homem que se renova...9. Vidas de igualdade: "Não há

grego nem judeu... Cristo é tudo em todos.