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Som na caixa

Não somente pelas flo-res e morangos é co-nhecida Atibaia. Quem

também faz sucesso por aqui é a fanfarra municipal, campeã mundial em 2005 e medalha de ouro nos campeonatos dispu-tados na Alemanha e Holanda. As conquistas despertaram o

reconhecimento e os olhos da Associação Mundial de Bandas de Marcha (Wamsb na sigla em inglês) e selou a parceria para que a cidade sediasse o campe-onato Sulamericano de Bandas 2012, disputado em maio, no campo Salvador Russani.

No total, 1.961 músicos e 18

bandas de quatro países (Ve-nezuela, Uruguai, Colômbia e Brasil) disputaram a competição. Atibaia, porém, fi cou de fora. O vencedor, no caso a fanfarra de Bragança Paulista, garantia vaga para os jogos mundiais de 2014, nos quais Atibaia já tem carimbada sua classifi cação.

CULTURA E EDUCAÇÃO

Atibaia sedia o Sulamericano de Fanfarras e se prepara para o Mundial de Bandas de 2014

Por Vinicius Cintra Repórter

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Os primeiros passos

Mais uma vez o mundial acontecerá no Brasil (a edição de 2005 aconteceu em Taubaté), no mês de julho. Expec-tativa de mais um título para a FAMA (Fanfarra Municipal de Atibaia), que promete usar o fator “jogar em casa” para mostrar porque é considerada uma das melhores bandas de marcha do mundo.

Das delegações estrangeiras, destaque maior para os venezuelanos. Ambiciosos, saíram da competição com a medalha de ouro na categoria Drum Major. “Dois meses de trabalho duro. Temos tudo para ser campeões”, entoava o diretor Oscar Gonzales pouco antes de sua apresentação.

Defendendo a bandeira colombia-na, a jovem Katerine Jordan participou da competição focada na superação. “Sabemos que não será fácil vencer, mas faremos um esforço. Levaremos boas impressões das pessoas, da or-ganização e da cidade como um todo para o nosso país”. Às pressas para sua entrada no campo onde aconte-ciam as mostras, a moça corria ao encontro de sua delegação, já devi-

damente posicionada. O resultado foi mais uma apresentação de qualidade.

Para os jogos mundiais, a experi-ência obtida com o Sulamericano ser-viu de laboratório. Atibaia está cotada para auxiliar a Wamsb em 2014, por isso foi escolhida para esta prelimi-nar. “Sendo registrado o interesse de um município de sediar eventos da WAMSB Brasil, é feito uma avaliação envolvendo todas as questões neces-sárias. Este processo abrange desde a parte de logística até os locais de shows com metragem adequada, para que os participantes desenvolvam bem suas atividades e o público se benefi cie disto”.

Seis grupos saíram classifi cados para os jogos mundiais nesta edição do Sulamericano. São elas: Brazilian Vanguard Drum & Bugle Corps (São Paulo), Dom Oton Mota Marching Band (Rio de Janeiro), Colégio Nossa Senhora das Mercês (Rio de Janeiro), Colégio Paroquial La Asuncion (Co-lômbia), Corporação Musical Lyra de Mauá (São Paulo) e Banda Municipal de Bragança Paulista (São Paulo).

A tradição de Atibaia na história das fanfarras come-çou no início dos anos 70. A principal formada foi a fanfarra da escola Major Juvenal Alvim, motivo de prestígio e orgulho de quem a acompanhava como integrante ou mero espectador. O grupo era regido pelo maes-tro Antonio Domingos Sacco, e os integrantes eram alunos do colégio.

A frente do grupo, Sr. Domingos conduziu a fanfarra do Major a três campeonatos nacionais. Um aperitivo em meio a tantas outras conquis-tas que os anos seguintes a reservavam.

Na ausência do maestro principal, quem assumia a batuta era o aluno instrutor Reginaldo Assaf. Quem teve a oportunidade de ver a fanfar-ra de perto, não esconde a admiração.

Em 1990 surgiu a FAMA, a fanfarra municipal, dando início a uma nova era de conquistas. O diferencial nesta formação foi o repertório, com versões de músicas imortalizadas em filmes de Hollywood ou marcadas na história da MPB. A banda se consagrou campeã mundial em 2005, além dos títulos estaduais e nacionais, conquistados ao longo destes 15 anos.

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