som do rock magazine 7

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Neste numero: História do Heavy Metal parte V, entrevista com Christophe Correia Biografia dos DERRAME, Foto Reportagem Wall of Death , Coluna do Dico, Nocias, Cinema, Agenda, eventos e muita informação HeadBang.

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Neste numero: História do Heavy Metal parte V, entrevista com Christophe Correia Biografia dos DERRAME, Foto Reportagem Wall of Death , Coluna do Dico, Noticias, Cinema, Agenda, eventos e muita informação HeadBang.

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Page 1: Som do rock magazine 7

Neste numero: História do Heavy Metal parte V, entrevista com Christophe Correia

Biografia dos DERRAME, Foto Reportagem Wall of Death , Coluna do Dico, Noticias,

Cinema, Agenda, eventos e muita informação HeadBang.

Page 2: Som do rock magazine 7
Page 3: Som do rock magazine 7

O Som do Rock Música edita este verão mais um CD de compilação de

Metal Português. O SunSet Metal 2015 é composto por várias bandas nacionais em que

algumas participam com um tema ou mesmo dois em alguns casos.

Os CD´s do Som do Rock Música tem como definição promover a boa

música que se faz.

Tens uma banda e gostavas de a promover e ou fazer parte de uma

proxima compilação entra em contacto connosco atravez do e-mail:

[email protected].

Dia 13 de Julho o Som do Rock faz o seu primeiro aniversário será

nesse dia em que faremos o lançamento do SunSet Metal 2015, podes

baixar de forma gratuita na nossa pagina do BandCamp.

Paulo Teixeira

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 03

Page 4: Som do rock magazine 7

Ficha Técnica:

Propriedade: Som do Rock

Administração

Paulo Teixeira

Data : Julho de 2015

Preço: Grátis (Proibido a sua

impressão e venda)

Colaboradores:

Redação / Paginação e conteúdos:

Paulo Teixeira

Reportagem/ Entrevistas:

Lunah Costa

Carolina Lobo

Cronicas:

Ricardo Pato

Colunista

Dico

Jornalista

Bruno Sousa

É proibido a reprodução total e ou

parcial de texto / Fotos sem a previa

autorização. Pedidos de

Autorização.

Contactos: [email protected]

[email protected]

[email protected]

[email protected]

Editorial:

O numero 7 aqui está.

Este mês no Som do Rock Magazine continuamos a ter foto

reportagem, vamos lançar o CD SunSet Metal 2015,

entrevistas, história do Metal e notícias.

Todos os meses haverá novidades.

Paulo Teixeira

Indice:

Pagina 3

Noticias:

Pag 06—EMBASSY OF SILENCE - NOVO SINGLE E ALBUM A 28 de AGOSTO

Pag 07—MIURA APRESENTA NOVO GUITARRISTA... E NOVO VIDEO

Pag 08—DESCOBRIR OS KARBONSOUL

Pag 09—GATES OF HELL

Pag 10—HeavenWood en estúdio.

Pag 11– História do Heavy Metal parte V

Foto-Reportegem

Pag 17—Wall of Death em imagens

Entrevista:

Pag 19- Entrevista exclusiva com Christopher Correia

Coluna do Dico:

Pag 23—Alto e Bom Som

Biografia:

Pag 24—DERRAME

Pag 26– Eventos

Pag 27—Cinema

Page 5: Som do rock magazine 7
Page 6: Som do rock magazine 7

Noticias:

"O terceiro álbum está cheio de tudo que

você mais gosta da banda; melodias

cativantes, belas composições, sons

progressivos, ótimas letras e humor

dissimulado. Tão longe quanto a imaginação

o deixar ir, o registo é uma viagem no tempo

a partir da década de 70 até hoje .. " “Verisimilitude” já está disponivel para pré-

encomenda a partir de, Record

Store AX:http://www.recordshopx.com/

artist/embassy_of_silence/verisimilitude/

Embassy of Silence já tinham lançado dois

álbuns completos, Euphorialight (2010) e

Velvet Antler (2012).

EMBASSY OF SILENCE - NOVO SINGLE E ALBUM A 28 de AGOSTO

Embassy of Silence - lançamento novo

álbum

Rock progressivo / metal , Embassy of

Silence lançou um segundo single,

"Pendure Me High" de seu terceiro álbum

“Verisimilitude”, a sair em 28 de agosto de

2015.

O único represente do lado mais acelerado

do álbum, e é descrito como uma

continuação ou uma sequela para a

canção “I Ride Alone” do primeiro álbum de

orquestra," Euphorialight ".

Ouça 'Hang Me High ": Spotify:

https://open.spotify.com/

album/5Ct3LNy5mKAbjz3w3sEuD8

YouTube:

https://youtu.be/9_zGv4jZZDs

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 06

Page 7: Som do rock magazine 7

Noticias:

MIURA APRESENTA NOVO GUITARRISTA... E NOVO VIDEO

Miura apresenta o novo elemento para

"reforçar o grunhir das guitarras". Ao

baterista Luís Saraiva, vocalista Nelson Afonso,

baixista Nuno Marques e guitarrista André

Calhau, junta-se o guitarrista Ivo Gil.

Em Julho, no dia 31, MIURA vai subir ao palco

pela primeira vez com este novo guitarrista.

Em breve a banda anuncia datas dos próximos

concertos.

Novo video está em fase de produção

O sucessor de "Já Ninguém Escreve Cartas de

Amor" está a ser cozinhado e diz MIURA que "vai

instalar o pânico".

Podemos dar uma pista em relação ao nome do

tema escolhido para o novo vídeo: já foi usado

por um famoso lutador brasileiro de MMA. E mais

não podemos revelar. Fiquem atentos e

acompanhem as novidades de MIURA

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 07

Page 8: Som do rock magazine 7

Noticias:

DESCOBRIR OS KARBONSOUL

Os KarbonSoul, conhecidos pelos exitos como

"Frozen Bodies" e "Decadent Empire", são uma

banda portuguesa formada em Março de 2007

em Sintra (Portugal). Esta banda teve um

percurso que passou pelo Death Metal até ao

Gothic Metal, passando pelo black metal,

notando-se nas suas musicas as influências

destes dois estilos. Pode-se denotar influências

de Novembers Doom, Enslaved, Satyricon,

Arch Enemy e BEHEMOTH! nas musicas

produzidas por esta banda. Os membros que

estão com a banda desde o seu inicio são o

Rvid (baixo), Rstein (guitarra e teclas) e Muffy

(vocais) e em 2010 Sir Nightfall (bateria)

juntou-se a este grupo que tem feito sucesso,

não só em Portugal mas também lá fora. Esta

banda lancou no periodo de 2007 a 2010

vairos singles como "The Void of Love" e "Tear

of Agony" com grande sucesso na internet. Em

2010 lançou o seu primeiro split "Concilium

13" juntamente com as bandas Invore,

Incoming Chaos e Entropia, onde popularizou

os temas "Frozen Bodies" e "The Siren".

Entretanto a bando participou em varios

concertos e festivais realizados em Portugal.

Desde de 2011 esta banda tem trabalhado no EP

"3LOGY" que foi lançado dia 25 de janeiro de

2014 com os singles, "Decadent Empire",

"Construction Through Destruction" e Bleeding

Sorrow" sendo singles de grande qualidade que

demostram um estilo bem vincado e o know-how

que esta banda tem adquirindo ao longo do seu

percurso. Este EP está a venda em varios sites e

pode ser ovido gratuitamente no site

Reverbnation, e tem muito boas critias em toda a

internet.

Fontes: http://www.reverbnation.com/karbonsoul

http://www.metal-archives.com/bands/

Karbonsoul/3540307435

http://www.discogs.com/Invoke-Incoming-Chaos

-Karbonsoul-Entropia-Concilium-13/

release/6312145

Para ouvir novo EP e outros singles: http://www.reverbnation.com/karbonsoul

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 08

Page 9: Som do rock magazine 7

Noticias:

GATES OF HELL

Os GATES OF HELL juntaram-se

ao produtor André Matos [WEB, EQUALEFT,

TALES FOR THE UNSPOKEN, BLAME

ZEUS] no estúdio da Raising Legends para

iniciar a gravação de um single que

apresentará o seu novo vocalista. O colectivo

de thrash/death/hardcore garante que as

novidades, a revelar já este mês, são

"bombásticas", ao que André

Matos reforça: "Não posso revelar o

futuro frontman dos GATES OF HELL, mas

posso dizer que vai surpreender muita

gente".

Em Dezembro, a banda afirmou: "Estamos

de volta à parte que mais gostamos de

fazer: a composição para o nosso próximo

álbum. Vai ser muito trabalhoso,

cansativo e desgastante, mas com calma

tudo se consegue e é esse o nosso

objectivo".

Rui Alves, mais conhecido

como Raça, abandonou o grupo logo após o

concerto no Vagos Open Air 2014 para se

dedicar exclusivamente

aos REVOLUTION WITHIN.

A banda tem lugar assegurado no 22º

Mangualde Hardmetalfest que decorre a 9

de Janeiro de 2016 noCentro Cultural Santo

André com os italianos BULLDOZER, os

checos MALIGNANT TUMOR, os

finlandeses LORD VICAR, os

austríacos DISASTROUS MURMUR, os

espanhóis APOSENTO e os

nacionais DECAYED, BOOBY TRAP, CLOCKW

ORK BOYS, TALES FOR THE

UNSPOKEN, SKINNING e HIPERION.

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 09

Page 10: Som do rock magazine 7

Noticias:

HEAVENWOOD em Estúdio

Depois de Franky Costanza e Daniel

Cardoso, Sandra Oliveira é confirmada

como convidada no novo disco dos

icónicos HEAVENWOOD. A professora de

canto, promotora e vocalista dos

portuenses BLAME ZEUS já esteve em estúdio

e garante que "foi um grande prazer e uma

grande honra participar" no tema «The

High Priestess». Já o produtor do

disco, André Matos, sublinha que Sandra

Oliveira "é sem dúvida das melhores e

mais versáteis vozes femininas do

panorama nacional".

Franky Costanza, baterista dos

franceses DAGOBA, já prestou o seu

contributo nos temas «The

Lovers» e «Wheel Of Fortune», enquanto o

baterista e produtor Daniel Cardoso, dos

britânicosANATHEMA, estará encarregue das

restantes faixas, ele que regressa após

gravar «Redemption» e«Abyss

Masterpiece».

Os HEAVENWOOD encontram-se em estúdio

a gravar «The Tarot Of The

Bohemians», cujo lançamento está previsto

para o final de Setembro pela Raising

Legends (em território nacional)

A bateria foi captada nos Ultrasound

Studios, em Braga, com Pedro

Mendes [SULLEN, W.A.K.O.] e o restante

trabalho de estúdio será concluído por André

Matos [WEB, EQUALEFT, TALES FOR THE

UNSPOKEN, BLAME ZEUS] no estúdio

da Raising Legends, no Porto.

«The Tarot Of The Bohemians» será

composto por doze faixas, entre material

bónus. O disco é considerado pela banda

como "uma experiência musical e lírica

única, carregada de sabedoria,

simbolismo e humanismo".

Conceptualmente é inspirado em Gerard

Encausse, também conhecido como Papus,

um físico e hipnotista franco-espanhol que

popularizou o ocultismo e fundou a corrente

moderna do Martinismo.

Em Julho de 2014

os HEAVENWOOD divulgaram a nova

faixa «The Juggler» acompanhada de um

vídeo (abaixo) baseado em imagens do filme

mudo de horror «Häxan», de 1922, que

aborda a Inquisição e a caça às bruxas no

século XV.

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 10

Page 11: Som do rock magazine 7

Parte v

Antecedentes: fim dos anos 1950 e meados da década de 1960

Enquanto o estilo de guitarra típico do heavy

metal, construído em torno de riffs e acordes

pesados e distorcidos, pode ter suas origens

encontradas nos instrumentais

doamericano Link Wray, no fim da década de

1950, a linhagem direta do gênero se inicia no

meio da década seguinte. O blues americano

se tornou uma grande influência para os

primeiros músicos do gênero na Grã-Bretanha,

e bandas como Rolling Stones e The

Yardbirds desenvolveram o blues-rock,

gravando covers de muitas canções clássicas

doblues, frequentemente acelerando

seus andamentos. À medida que

experimentavam com a música, estas bandas

britânicas influenciadas pelo blues — e as

bandas americanas que elas influenciavam, por

consequência — desenvolveram o que se

tornaria posteriormente a marca registrada

do heavy metal, em especial o som alto e

distorcido da guitarra. O Kinks desempenhou

um papel crucial ao popularizar este som em

seu hit de 1964, "You Really Got Me".

Uma contribuição significante para este som

emergente nas guitarras era a microfonia,

fenômeno facilitado por uma nova geração

de amplificadores que surgia. Além de Dave

Davies, do Kinks, outros guitarristas,

como Pete Townshend (The Who) e Jeff

Beck (Tridents), experimentavam com a

microfonia. Enquanto o estilo

de bateria do blues-rockconsistia, na maior

parte das bandas, de batidas simples, shuffle,

em kits pequenos, os bateristas passaram a

usar gradualmente técnicas mais vigorosas,

complexas e amplificadas, para se equiparar e

poder ser ouvido diante do som cada vez mais

alto da guitarra. Os vocalistas passaram

também a modificar, da mesma maneira, sua

técnica, aumentando sua dependência na

amplificação, e muitas vezes tornando sua

performance mais estilizada e dramática. Em

termos de volume, especialmente nas

apresentações ao vivo, a postura da banda

britânica The Who e sua "parede de Marshalls"

foi seminal. Avanços simultâneos na

amplificação e na tecnologia de gravação

tornaram possível capturar com sucesso em

disco o peso deste novo enfoque que surgia.

A combinação do blues-rock com

o rock psicodélico formou boa parte da base

original do heavy metal. Uma das bandas mais

influentes nesta fusão de gêneros foi o power

trio Cream, que formou um som característico,

pesado e maciço, através

de riffs em uníssono tocados pelo

guitarrista Eric Clapton e o baixista Jack Bruce,

bem como o uso extensivo

dos bumbos de Ginger Baker. Seus dois

primeiros LP, Fresh Cream (1966) e Disraeli

Gears (1967), são tidos como protótipos

essenciais do futuro estilo. O álbum de estreia

do Jimi Hendrix Experience, Are You

Experienced (1967), também foi extremamente

influente. Atécnica virtuosística de Hendrix seria

emulada por muitos guitarristas do metal, e

o single de maior sucesso do álbum, "Purple

Haze", é identificado por muitos como o

primeiro hit do gênero. As bandas de acid rock,

uma vertente do rock psicodélico, ajudaram a

definir o heavy metal; e as bandas do gênero

que não deixaram de existir acabaram por se

tornar bandas de heavy metal, como o Blue

Cheer e oSteppenwolf.

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 11

Page 12: Som do rock magazine 7

Parte v

Origens: fim da década de 1960 e início da década de 1970

Em 1968 o som que se tornaria conhecido

como heavy metal começou a coalescer. Em

janeiro daquele ano Blue Cheer, uma banda

de São Francisco, Califórnia, lançou

umcover do clássico de Eddie Cochran,

"Summertime Blues", retirado de seu álbum de

estreia, Vincebus Eruptum — canção que

muitos consideram a primeira gravação

legítima de heavy metal. Naquele mesmo mês

outra banda americana, Steppenwolf, lançou

seu álbum de estreia, que continha o clássico

"Born to Be Wild", cuja letra se refere ao termo

"heavy metal". Em julho daquele ano, duas

outras gravações que marcaram época foram

lançadas: "Think About It", dos Yardbirds —

lado B do último single da banda — com uma

performance do guitarrista Jimmy Page que

antecipou o estilo de metal que lhe tornaria

famoso; e In-A-Gadda-Da-Vida, do Iron

Butterfly, com sua faixa-título de 17 minutos,

um dos principais concorrentes pelo título de

primeiro álbum de heavy metal. Em agosto, a

versão single de "Revolution", dos Beatles,

com sua bateria e guitarra reverberantes,

levou estes novos padrões de distorção a um

contexto de alta vendagem.

O Jeff Beck Group, cujo líder havia sido o

antecessor de Page nos Yardbirds, lançou seu

álbum de estreia naquele mesmo

mês; Truth continha alguns dos "ruídos mais

derretidos, farpados e absolutamente

divertidos de todos os tempos", abrindo

caminho para gerações de guitarristas do

gênero. Em outubro a nova banda de

Page, Led Zeppelin, tocou pela primeira vez ao

vivo. Em novembro o Love Sculpture, do

guitarrista Dave Edmunds, lançou Blues

Helping, onde interpretavam uma versão

agressiva e pulsante da "Dança do Sabre",

do compositor de música

clássica armênio Aram Khachaturian. O

chamado Álbum Branco dos Beatles saiu no

mesmo mês, e continha "Helter Skelter", uma

das canções mais pesadas já lançadas por uma

banda até então. A ópera rock S.F. Sorrow, da

banda inglesa The Pretty Things, foi lançada

em dezembro, e apresentava canções de

"proto-heavy metal", como "Old Man Going."

Em janeiro de 1969 o Led Zeppelin lançou o

seu álbum homônimo de estreia, que atingiu o

10.º lugar na parada de

sucessos da revistaamericana Billboard. Em

julho, o Led Zeppelin e um power trio inspirado

no Cream, porém com um som mais cru,

o Grand Funk Railroad, tocou no Atlanta Pop

Festival. Naquele mesmo mês outro trio com

raízes no Cream, liderado por Leslie West,

lançouMountain — um álbum repleto de

guitarras pesadas de blues-rock, e vocais

rugidos. Em agosto, o grupo — que a esta

altura se chamaMountain — tocou um set de

uma hora no Festival de Woodstock. O álbum

de estreia do Grand Funk, On Time, também

saiu no mesmo mês. No outono o álbum Led

Zeppelin II atingiu a primeira posição, e o seu

single "Whole Lotta Love" chegou à quarta

posição na parada pop da Billboard.

O Led Zeppelin definiu aspectos centrais do

gênero que emergia, com o estilo altamente

distorcido de guitarra de Page, e os vocais

dramáticos e lamuriosos deRobert Plant.

Robert Plant, vocalista

do Led Zeppelin.

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 12

Page 13: Som do rock magazine 7

Parte v

Origens: fim da década de 1960 e início da década de 1970

Segundo o Allmusic, o Led Zeppelin foi a banda

definitiva do gênero, não apenas pela sua

interpretação agressiva e pesada do blues, mas

também por terem incorporado a mitologia, o

misticismo e uma variedade de outros gêneros

ao seu som. Ao fazer isso, eles teriam

estabelecido o formato dominante do gênero.

Outras bandas, com um som de metal mais

"puro", mais consistentemente pesado,

também se revelariam igualmente importantes

na codificação do gênero. Os lançamentos em

1970 do Black Sabbath (Black

Sabbath e Paranoid) e Deep Purple(In Rock)

foram cruciais neste ponto. O Black Sabbath

havia desenvolvido um som particularmente

pesado, em parte devido a um acidente

industrial que o guitarrista Tony Iommi havia

sofrido antes de cofundar a banda, e feriu sua

mão; incapaz de tocar normalmente seu

instrumento, Iommi tinha que utilizar afinações

mais graves em sua guitarra, para que seus

dedos pudessem alcançar as notas desejadas,

e usava power chords, que exigiam dedilhados

mais simples. O Deep Purple, que havia

flutuado entre diversos estilos no seu início, foi

levado rumo ao heavy metal, com a entrada,

em 1969, do vocalista Ian Gillan e do

guitarrista Richie Blackmore. Em 1970 o Black

Sabbath e o Deep Purple conseguirem grande

sucesso nas paradas britânicas com "Paranoid"

e "Black Night", respectivamente. Naquele

mesmo ano, três outras bandas britânicas

lançaram álbuns de estreia no estilo: Uriah

Heep, com Very 'eavy… Very 'umble, UFO,

com UFO 1, e Black Widow,

com Sacrifice. O Wishbone Ash, embora não

fosse comumente identificado como metal,

introduziu um estilo duplo de guitarra-solo/

guitarra-base que muitas bandas de metal das

gerações posteriores adotariam, enquanto a

banda Budgie trouxe o novo som do metal para

um contexto do power trio. As letras e o

imaginário de ocultismo empregados por

bandas como Black Sabbath, Uriah Heep e

Black Widow se provariam particularmente

influentes; o Led Zeppelin também começou a

experimentar com estes elementos em

seu quarto álbum, lançado em 1971

No outro lado do Atlântico quem ditava as

tendências era o Grand Funk Railroad, "a banda

de heavy metal mais bem-sucedida dos Estados

Unidos desde 1970 até o seu fim, em 1976,

[eles] estabeleceram a fórmula de sucesso dos

anos 1970: turnês contínuas." Outras bandas

identificadas com o metal surgiram nos Estados

Unidos, como Dust (primeiro LP em 1971), Blue

Öyster Cult (1972), e Kiss (1974). NaAlemanha,

o Scorpions estreou com Lonesome Crow, em

1972. Richie Blackmore, que havia despontado

como um solista virtuoso emMachine

Head (1972), do Deep Purple, abandonou o

grupo em 1975 para formar o Rainbow. Estas

bandas construíram seu público através

de turnês constantes, e shows cada vez mais

elaborados. Como mencionado anteriormente,

no entanto, ainda existe muito debate acerca de

quais bandas merecem realmente o rótulo de

"heavy metal", e quais se encaixam apenas na

categoria do "hard rock". Aqueles que estão

mais próximos das raízes do estilo, no blues, ou

que dão maior ênfase à melodia, costumam

receber a segunda categorização. O AC/DC, que

estreou com High Voltage, em 1976, é um

exemplo; seu verbete na enciclopédia de 1983

da Rolling Stone se inicia com "a banda

deheavy metal australiana AC/DC…" O

historiador do rock Clinton Walker escreveu que

"chamar o AC/DC de uma banda de heavy

metalnos anos 1970 era tão pouco preciso como

é hoje em dia.... [Eles] eram uma banda

de rock 'n' roll que apenas calhava ser pesada o

bastante para o metal. A questão envolve não

apenas definições em constante alteração,

porém também uma distinção permanente

entre estilo musical e identificação do público;

Ian Christe descreve como a banda "se tornou a

escada que levou grandes números de fãs

do hard rock para a perdição doheavy metal."

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 13

Page 14: Som do rock magazine 7

Parte v

Origens: fim da década de 1960 e início da década de 1970

Em certos casos, já existe maior concordância.

Depois do Black Sabbath, o principal exemplo é

a banda britânica Judas Priest, que debutou

com Rocka Rolla, em 1974, e viria se tornar

uma das bandas mais influentes do gênero. Na

descrição de Christie,

a plateia do Black Sabbath ficou… a ver

navios, atrás de sons com um impacto similar.

No meio da década de 1970, a estética do

heavy metal podia ser identificada, como uma

criatura mítica, no baixo temperamental e nas

guitarras duplas complexas do Thin Lizzy, na

teatralidade de Alice Cooper, nas guitarras

estridentes e nos vocais exibidos do Queen, e

nas questões medievais tonitruantes do

Rainbow.... o Judas Priest chegou para unificar

e amplificar todas estas características

diferentes da paleta de sons do hard rock. Pela

primeira vez o heavy metal se tornava um

gênero de verdade, por si só.

Embora o Judas Priest não tenha conseguido

colocar um álbum no Top 40 dos Estados

Unidos até 1980, para muitos ela foi a banda

definitiva de heavy metal pós-Sabbath; seu

ataque duplo na guitarra, com andamentos

rápidos e um som metálico, mais limpo e sem

influências do blues, passou a ser uma grande

influência nos artistas que se seguiram à

banda. Enquanto o heavy metal crescia em

popularidade, a maior parte dos críticos não

parecia ter se apaixonado pela música;

levantaram objeções quanto à adoção que o

estilo havia feito dos espetáculos visuais e de

outros artifícios comerciais, porém a principal

ofensa parecia ser o seu suposto vazio musical,

e em suas letras: ao criticar um álbum do

Black Sabbath no início da década de 1970, o

importante crítico Robert Christgau o

descreveu como uma "exploração amoral,

tola… enfadonha e decadente".

Tony Iommi e Ozzy Osbourne,

do Black Sabbath, em show de

janeiro de 1973.

Fotos e Texto da Wikipedia

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 14

Page 15: Som do rock magazine 7

REVIEW AO ÁLBUM EVERYTHING ENDS DOS WEB

Em Mais uma review, mais uma banda, mais

um álbum.

Não é verdade, trata-se de uma review que me

deu bastante prazer fazer, não é uma banda

qualquer são os Web e o álbum á Everything

Ends.

Antes de começar a façar sobre o álbum em si,

vou fazer um apanhado do percusrso da

banda.

Outubro de 1986 nasce a banda Web. Numa

altura em faziam par com outros grandes

nomes do Metal tais como, os Tarantula.

Os Web estiveram presentes em várias

compilações e com duas Demo Tape.

Sendo em 2005 lançado o álbum World Wild

Web, outro álbum completo só seria lançado

em 2011 com o nome Deviance.

Para mim este é o terceiro trabalho completo

da formação do Porto.

Estou a ouvir o álbum pelo enéssima vez e

estou a escrever esta review. Não consigo fazer as duas coisas ao mesmo

tempo, ou escvrevo ou oiço.

Este trabalho tem uma Qualidade e maturidade

de nivel superior, não deixa a dever nada ao

que se faz lá fora. Acordem os que acham bem

gastar dezeenas de euros por uma banda

estranjeira (coisa que eu também faço) e

virem-se, apoiem o que se faz por cá (isso

também eu faço). Temos muito e bom Metal.

Este álbum dos Web é a prova suprema disso

mesmo, notas nas letras das canções, na sua

poésia e embrulha-se muito bem com a

melodia que nos porcorre os espirito enquanto

se ouve estes ritomos, baixos, percurssão, voz.

Normalmente fala-se das musicas uma por

uma e destaca-se as que caem melhor ao

nosso ouvido e as que caem pior.

Neste trabalho vai ser muito dificil de fazer

isso. A banda apresenta uma maturidade

inegavel, feita por muitos anos de experiencia

na estrada no estudio, são muiscos e não

curiosos os Web não tem que fazer musica

para provar o seu valor, somos nós que nos

temos que dar por gratos ao ser brindados com

este som.

Destaco só duas para não o fazer com todo o

álbum.

As musicas que dão o nome ao trabalho

Everythings Ends I e II.

A voz bem colocada e audivel na perfeição,

todo o ritmo e sequencia bem distribuido com

os solo tal como eu gosto, para é melodia para

os meus ouvidos.

Para finalizar só posso dizer, comprem que vão

muito bem servidos, vão aos eventos que não

são desfraudados e façam como eu gastem o

MP3 todo.

Paulo Teixeira Som do Rock

Review:

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 15

Page 17: Som do rock magazine 7

Reportagem: WALL OF DEATH LIVE. Foto Reportagem

Continuando com reportagem em imagens,

este mês temos os Wall of Death.

As palavras valem o que valem mas as

imagens são sempre um documento de

precisão, por isso se diz que vale mais uma

imagem do que mil palavras.

Fica aqui em forma de Foto-Reportagem,

um trabalho de

Carolina Lobo

An

Be

Analepsy

Besta

Besta

Carolina Lobo

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 17

Page 18: Som do rock magazine 7

Reportagem:

Since Today

Since Today

WALL OF DEATH LIVE. Foto Reportagem

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 18

Page 19: Som do rock magazine 7

Christophe Correia é o Fundador da

pagina Undreground Voice

Olá

Christophe Correia quero desde já

agradecer a disponibilidade para dar esta

entrevista.

Som do Rock - Para começar gostava que

nos contasses quem é o Christophe

Correia.

Obrigado eu, é uma honra para mim poder

responder a esta entrevista, agradeço a

oportunidade! Bem, no fundo sou um gajo

normal que em vez de estar no sofá a ver TV

ou nas redes sociais a falar mal dos outros

ocupa o seu tempo a divulgar bandas e dar-

lhes espaço para mostrarem o seu trabalho,

darem-se a conhecer. Achei que faltava algo

diferente do habitual no apoio a bandas... não

queria fazer biografias, ou partilhar

videoclips, discografias, etc porque é algo que

já existe em grande número (e feito de forma

bem competente) e decidi criar a

Underground’s Voice. Este é o Christophe,

alguém que está constantemente à procura

de melhorar, de evoluír sempre disposto a

contribuir de alguma maneira para o

crescimento das nossas bandas e do nosso

meio underground. E repito duas frases que

já tenho dito imensas vezes: como não tenho

talento para estar em palco, dou o meu

contributo fora dele ; fazer este trabalho não

me faz achar melhor nem pior que ninguém,

apenas me dá vontade de deixar a minha

marca.

SdR – Podes dizer nos como e quando

descobriste esta tua face de entrevistador?

Sinceramente, foi meio por acaso, numa mistura

de demasiado tempo livre com muito amor à

música. Apesar de nunca ter sido um objectivo e

não ter qualquer formação na área sempre tive

um enorme interesse por saber mais sobre o que

se faz em Portugal, dentro e fora do Metal e

percebi que há imensas bandas com qualidades,

mas cheia de dificuldade e pouquíssimos apoios

e foi aí que comecei a pensar em criar algo que

pudesse divulgar a dar a conhecer essas bandas

que bem merecem. Isso começou à pouco mais

de 3 anos e o formato entrevista foi o primeiro

que me veio à cabeça porque achei a melhor

forma de apresentar uma banda: Dando-lhes

voz e tempo de antena. Como disse

anteriormente não tenho qualquer formação na

área... Por isso, inicialmente nem sempre foi

fácil para divulgar a Underground’s Voice,

arranjar bandas e principalmente fazer uma

entrevista de jeito. O tempo foi passando e 3

anos depois já ultrapassei a marca das 300

entrevistas publicadas em meu nome e agradeço

a cada uma das bandas por isso!

Entrevista: ENTREVISTA EXCLUSIVA COM CHRISTOPHE CORREIA

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 19

Page 20: Som do rock magazine 7

SdR – O que é que te liga á música, o que

sentes quando tens música na tua vida e

quando não tens.

Para mim música é algo completamente

indispensável, é arte em forma de melhor

amigo. A música no seu geral e algumas

bandas em particular já se tornaram meus

confidentes e já me acompanharam em todos

os estados de espírito possíveis.

Provavelmente é uma frase que irá soar

estranha a alguns mas que irá fazer todo o

sentido para outros. É algo que em Portugal é

dificil trabalhar a sério, salvo algumas

excepções andamos quase todos por aqui por

amor à camisola o que mostra a não-

valorização do meio cá em Portugal. Cá

estamos todos para tentar contrariar isso.

Não me consigo imaginar sem a música... até

porque isso implicaria eu não ter criado a

Underground’s Voice que foi algo meio criado

por acaso mas que se tornou em algo que

nunca me vou conseguir separar. No final do

ano passado fiz uma pausa que era suposto

durar pelo menos 3 ou 4 meses mas ao fim

de 3 semanas quebrei a pausa e voltei ao

trabalho e com ainda mais dedicação. Acho

que no fundo a Underground’s Voice para

além de ser algo que amo verdadeiramente e

me orgulho imenso é também o meu maior

escape, o meu refúgio das coisas menos boas

que vão acontecendo. Acho que isso resume

bem aquilo que a música significa para mim.

SdR – Uma pergunta que se impõe, porqué

o Metal?

O Metal surgiu na minha adolescência, numa

altura que ainda ouvia aquelas coisas todas da

moda algures nos meus 14 ou 15 anos. E surgiu

numa noite de trovoada (até dá um ar mais trve

à cena, mas aconteceu mesmo) em que estava a

dar o mítico Headbangers Ball na MTV e

apaixonei por uma das músicas que deu nesse

programa: Korn – Did My Time. Aquela música

conseguiu cativar-me de tal maneira que desde

aí comecei a interessar-me pelo estilo e fui

sempre pesquisando mais coisas. Korn foi

provavelmente a banda da minha adolescência,

passava dias inteiros a ouvir! Ainda hoje é uma

das minhas bandas favorita. Comecei a conhecer

outras coisas como System Of a Down,

Rammstein, Green Day e outras bandas mais Nu

-Metal que estavam completamente a bombar

na altura. A “Did My Time” foi o ponto de

viragem para mim a nível musical e hoje em dia

ouço imensas bandas metal e um mesmo

número de bandas que nada tem a ver com

Metal (tenho vários guilty pleasures que

espantariam muito boa gente ahah). E toda

essa variedade reflectiu-se na Underground’s

Voice que no principio era claramente ligada a

bandas metal mas que mais tarde abriu as

portas a outros estilos, já recebi bandas/artistas

ligadas ao hip-hop, rap, pop e muitos outros. Por

isso digo tantas vezes que a UV não é uma

página metal mas sim uma página de música.

Entrevista: ENTREVISTA EXCLUSIVA COM CHRISTOPHE CORREIA

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 20

Page 21: Som do rock magazine 7

SdR – Para além da parceria que tens

connosco no Som do Rock, tens mais

alguma?

O Som do Rock é um projecto que já sigo à

algum tempo e fiquei muito satisfeito quando

fui convidado por ti para esta parceria, é

muito bom para falarmos sobre mais bandas

e de ideias para futuros trabalhos, é com toda

o gosto que dou o meu contributo. Tenho

imensas parcerias e vou tentar não me

esquecer de nenhuma... Primeiramente o

Rock & Metal Worshipers do meu grande

amigo Paulo Guedes que faz um trabalho

fantástico e que pouco a pouco está a

conseguir conquistar o seu espaço no

panorama nacional e com todo o mérito e que

também tem o seu principal foco nas bandas

underground e que é mais um que mostra o

seu amor à camisola. A Metal Media

Management, uma assessoria de comunicação

onde o Rodrigo e a Débora fazem um trabalho

enormíssimo e se dedicam a 100% pela

causa, das pessoas que mais me orgulho de

ter conhecido no meu trajecto e que facilitam

imenso a troca de informação entre bandas

Portuguesas e Brasileiras. A Sunset Press,

uma assessoria de imprensa também

Brasileira que conta com mais um excelente

trabalho do Sandro e da Ellen. Estas 3,

juntamente com o Som do Rock, são as

principais parcerias que conto e que

contribuiram imenso para a visibilidade que

tenho hoje em dia, eternamente agradecido

por todo o apoio e disponibilidade que

demonstram sempre! Depois tenho ainda

parcerias com a CRIA , União Underground

e... espero não me ter esquecido de

nenhuma...

SdR – Como tem sido a adesão das bandas

a este teu projecto?

Tem sido incrível, uma adesão muito maior do

que alguma vez imaginei ser possível. Por vezes

olho para a lista das mais de 300 bandas e ainda

fico a pensar como cheguei a este número. É

uma enorme mistura de bandas que vai desde

bandas nacionais (ainda) completamente

desconhecidas, bandas com algum estatuto e

outras reconhecidas mundialmente, bandas

metal e bandas de outros estilos, nacionais e

internacionais. E todas elas dão um enorme

gozo, se por um lado é brutal quando as bandas

acabadas de formar me procuram porque

querem que a Underground’s Voice seja a

primeira a ter uma entrevista com eles e a

primeira a divulgá-los, por outro lado também é

uma sensação inexplicável quando temos a

oportunidade de entrevistar artistas que

admiramos, como foi o meu caso quando estive

à conversa com lendas do metal como Max

Cavalera ou Mille Petrozza, e muitas outras

enormes bandas que sigo à anos e que estava

apenas habituado a ver em vídeos ou em cima

do palco. Deixa-me muito satisfeito quando a

malta fala comigo para divulgar as suas bandas

quando a Underground’s Voice se limita a ser

uma página de facebook (agora com um Twitter

criado à dias), comparando com outros

excelentes projectos nacionais, com muito mais

visibilidade, longevidade e importância. Sem

esquecer que a Underground’s Voice, para além

de Portugal, passou por quase 30 países

diferentes, sendo que apenas falta uma banda

Africana para ter alcançado todo o globo, desde

os países Europeus mais reconhecidos e Estados

Unidos até outros países como Costa Rica, El

Salvador, China ou Letónia. Só dá mais

motivação para continuar a dar voz a quem não

a costuma ter!

Entrevista: ENTREVISTA EXCLUSIVA COM CHRISTOPHE CORREIA

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 21

Page 22: Som do rock magazine 7

SdR – Apos a tua ida ao Curto Circuito na

Sic Radical notas-te alguma alteração da

forma como veem o teu projecto?

Poder apresentar a Underground’s Voice no

CC All Stars foi uma oportunidade incrível, vai

ser um daqueles dias que nunca irei esquecer

porque sei que surgiu como recompensa pelo

trabalho que tenho vindo a fazer e é um sinal

que o tenho feito bem e essa realização

pessoal satisfaz-me mais que a visibilidade

que o projecto tem. Por outro lado, claro que

isto apenas faz sentido se tiver a atenção das

pessoas, não por mim mas pelas bandas que

merecem divulgadas. Acho que toda a gente

continua a ver a UV da mesma forma que

antes, apenas é seguida por um número

maior de pessoas, por isso objectivo

cumprido! Trouxe-me mais visibilidade, sem

dúvida, mas ao mesmo tempo mais

responsabilidade e isso agrada-me. Se

alguma vez imaginei que chegaria ao CC?

Nunca sequer me passou pela cabeça chegar

a esse patamar mas agora que cheguei não

me vou acomodar, vou à procura de mais,

sempre com novos objectivos e metas pela

frente. É esta a minha forma de estar,

sempre a lutar por mais, passo a passo para

deixar a minha marca.

https://www.facebook.com/

UndergroundsVoice

https://twitter.com/undergrounds_vo

[email protected]

SdR – Em que projectos estás atualmente

envolvido? Podes dar a conhecer alguns?

A minha maior prioridade é e sempre será a

Underground’s Voice mas estou envolvido

noutros projectos de enorme qualidade graças

aos seus responsáveis que fazem um trabalho

incrível.

Para além disso estou envolvido no Rock & Metal

Worshipers que já falei anteriormente bem como

na webzine brasileira Collapse Underground Art

do enorme JP Carvalho, alguém que se dedica

como poucos a este trabalho e com quem é uma

enorme honra trabalhar onde sou responsável

por fazer uma crónica por cada edição... E

prometo fazer trabalhos sempre diferentes uns

dos outros, que possam mostrar a qualidade da

música nacional, dentro e fora do Metal. Isso

para além da minha outra página “Machine Head

Portugal” que é mais um passatempo onde vou

fazendo uns trabalhinhos. Neste momento são

esses os projectos onde estou envolvido mas

estou sempre disponível para coisas novas,

principalmente se forem coisas desafiantes, que

me tirem da minha zona de conforto e me façam

fazer coisas novas, só assim se consegue

evoluír.

é bom poder contar com pessoas como tu

para ajudar e colaborar connosco. Ja fazes

parte do Som do Rock.

Obrigado por esta oportunidade e pelo constante

apoio que o Som do Rock me tem dado.

Mantenham-se atentos porque estão para vir

muitas e boas novidades muito em breve!

Obrigado e um grande abraço a todos!

Entrevista: ENTREVISTA EXCLUSIVA COM CHRISTOPHE CORREIA

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 22

Page 23: Som do rock magazine 7

A Coluna de Dico Alto e Bom Som

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 23

Os atentados à liberdade de imprensa são hoje

transversais à generalidade da comunicação social,

independentemente do meio utilizado, do tema do

órgão em questão (generalista ou especializado), da

concentração ou dos meios e do tipo de órgão

(profissional ou amador). Algum jornalismo musical

português, mesmo que underground, por vezes

também é alvo de ataques, uns mais explícitos do

que outros.

De tudo se encontra. Desde bandas/músicos de valor artístico duvidoso que não suportam ser alvo de críticas menos favoráveis ao seu trabalho, até executantes que, envergonhados do seu passado artístico – e apresentando uma manifesta incapacidade de exorcizar os seus fantasmas –, pressionam e ameaçam jornalistas para fazer prevalecer a sua ridícula vontade. Aconteceu-me isso mesmo há uns anos no âmbito da extinta enciclopédia online “A a Z do Metal Português” quando um músico contestava o facto de eu o associar a uma ex-banda sua (de outro género musical) na entrada relativa ao grupo em que na altura militava. A troca de emails acabou por resultar numa ameaça implícita à minha integridade física. Noutra situação, um músico desmentia categoricamente factos concretos da biografia do seu ex-grupo, negando-os epicamente e chegando ao limiar do insulto.

Percebi então de novo que há músicos

underground nacionais (poucos, felizmente) nada

merecedores do esforço que alguns agentes do

meio fazem em prol da cena como um todo (já

chegara a essa conclusão no âmbito do blogue

“Metal Incandescente” mas ainda não aprendera a

lição). Querem tudo nos seus próprios termos,

julgando poder forçar os jornalistas a submergir

num mundo de mentira e manipulação.

O passado e a verdade não se apagam mas, na sua

coloquial inocência, algumas figuras do nosso

underground profundo julgam que a memória

colectiva é efémera, que os fãs esquecem os

factos. Essa é meramente uma forma de se auto-

enganarem. Renegam o passado, como se

pudessem apagá-lo. Triste e inocentemente

querem esquecer a verdade, modificar a história.

Que levante a mão quem não se arrepende de algo

no seu percurso de vida. Contudo, há que aceitá-lo

e apaziguarmo-nos com a nossa própria história.

Os jornalistas/críticos não são terapeutas, não se

encontram vocacionados ou treinados para

solucionar os traumas, dramas, arrependimentos,

falta de auto-estima e conflitos existenciais de

alguns músicos. Para isso existem os psicólogos,

basta procurá-los.

Dico

Liberdade de imprensa amordaçada

Page 24: Som do rock magazine 7

Derrame nasceu em meados de 2008, quando

dois amigos de infância decidiram começar uma

banda. Com Nigel na guitarra, Benny nos vocais

e depois Ruben na bateria, eles começaram a

escrever suas primeiras canções.

Dois meses depois, Ruben deixa a banda e Mike

[infecção crônica ex-] substitui-lo. A banda

começa a escrever canções e procurar um

nome de banda. Por sugestão de Benny, eles

nomearam a banda derrame.

Em 2009, Vitinho se junta à banda como

baterista e guitarrista Ricardo como chumbo.

Com um line-up completo a banda mantém a

escrever canções. Um ano depois, eles fazem

seu primeiro show no "República Real de

Coimbra", em Lisboa.

Após o show, Vitinho e Mike deixar a banda.

Em abril de 2012, Cris se junta à banda para

tocar bateria e Marques pega deveres de

guitarra, mas dois meses depois Benny é

forçado a deixar a banda devido a razões

pessoais. Mais uma vez, encontrou o seu

derrame desfeita line-up.

Poucos meses depois, Fred se juntou à banda

para tarefas de baixo e Pedro juntou-se para

lidar com o departamento vocal.

Biografia:

Em 26 de janeiro de 2013, derrame fez seu

primeiro show com este novo line-up, mas depois

de mais um show Marques deixa a banda e é

substituído por Nelson [Geada Legion].

Em 14 de maio Cris deixou a banda e é substituído

por Hugo Pote.

O EP de estreia "Crawl To Die" foi lançado em

setembro de 2014 e que a banda está

promovendo seu trabalho e, ao mesmo tempo

compondo novas músicas para o primeiro álbum

completo.

Alinhar

Pedro - Vocals

Fred - Bass

Nigel - Guitar

Nelson - Lead guitarra

Hugo Pote - Drums

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 24

Page 25: Som do rock magazine 7

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 25

Page 26: Som do rock magazine 7

Eventos:

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Cinema:

The Gallows (2015)

20 anos após um acidente horrível durante

uma pequena peça na escola da cidade, Os

alunos da escola querem ressuscitar a peça

numa tentativa de homenagear o

aniversário da tragédia - mas logo

descobrem que algumas coisas são

melhores deixadas sozinhas.

Realização: Travis Cluff, Chris Lofing

Escritores: Travis Cluff, Chris Lofing

Estrelas: Cassidy Gifford, Pfeifer Brown,

Ryan shoos

Horror, Thriller | 10 July 2015 (USA)

Outro/Eu (2015)

116 min - Mystery | Sci-Fi | Thriller

Um homem extremamente rico, morrendo

de cancro, sofre um procedimento médico

radical que transfere a sua consciência para

o corpo de um homem jovem e saudável.

Mas nem tudo é o que parece quando ele

começa a desvendar o mistério da origem

do corpo e da organização que vai matar

para proteger a sua causa.

Diretor: Tarsem Singh

Estrelas: Ryan Reynolds, Matthew Goode,

Ben Kingsley, Natalie Martinez

Som do Rock Magazine nº 7 Julho 2015—Pag 27

Page 28: Som do rock magazine 7