soluções reais
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Valentim M. B. Nunes Departamento de Engenharia Química e do Ambiente Março de 2010. Soluções Reais. Introdução. Para soluções liquidas é vantajoso descrever as soluções como ideais, e os desvios à idealidade através de funções de excesso. - PowerPoint PPT PresentationTRANSCRIPT
Soluções Reais
Valentim M. B. Nunes
Departamento de Engenharia Química e do Ambiente
Março de 2010
Introdução
Para soluções liquidas é vantajoso descrever as soluções como ideais, e os desvios à idealidade através de funções de excesso.
De modo a manter o formalismo utilizado para as soluções ideais, define-se o potencial químico de um componente 1 numa solução real da seguinte forma:
1*11 ln)( aRTl
onde a1 é a actividade do componente 1 (ideais: a1 = x1)
satp
pxa
1
1111
Funções de Excesso
As funções de excesso são propriedades termodinâmicas das soluções que estão em excesso relativamente a uma solução ideal, ou diluída ideal, nas mesmas condições de temperatura, pressão e composição.
),,(),,( xpTidealxpTrealE GGG
Relações entre propriedades termodinâmicas mantêm-se:
EEE
EEE
TSHG
pVUH
Derivadas parciais
As derivadas parciais de propriedades extensivas também se mantém.
E
xT
E
E
xp
E
E
xp
E
Vp
G
T
H
T
TG
ST
G
,
2
,
,
/
Funções de excesso parciais molares
As funções de excesso parciais molares são definidas da mesma forma. Se M é uma propriedade termodinâmica extensiva, então a respectiva propriedade parcial molar, mi vem:
j
j
nTpi
EE
i
nTpii
n
Mm
n
Mm
,,
,,
Teorema de Euler: E
ii
iE mnM
Actividade e coeficientes de actividade
O coeficiente de actividade de um componente i é dado por:
i
ii x
a
A T e p constantes: idealreallnidealreal iiii ffRTgg
ideal
realln
i
iE
i f
fRTg
ii
iE
i RTx
aRTg lnln
Resultados fundamentais
i
E
i RTg lnComo,
ii
iEE
ii
iE RTnGgnG ln
ou:
ii
iEm xRTG ln
Normalização dos coeficientes de actividade
Convenção simétrica
1 quando 1 ii x
Convenção anti-simétrica
(soluto) 0 quando 1
(solvente) 1 quando 1
2*2
11
x
x
Desvios à idealidade
A baixas pressões:
1,22
2*2
22
22 ;
Hx
p
px
psat
Obtenção dos i
i a partir de funções de excesso
Misturas binárias
A pressões baixas ou moderadas (longe do ponto crítico) o efeito da pressão é diminuto no GE
Há que relacionar o GE com a composição da mistura! A expressão mais simples é:
21xAxGEm
A =A(T) Constante empírica com unidades de energia, função da temperatura, mas independente da composição.
Equações de Margules de dois sufixos
jnTpi
Em
i n
nGRT
,,
ln
212
221 ln e ln x
RT
Ax
RT
A
Misturas simples
Moléculas semelhantes Forma Estrutura químicaem tamanho
ln
x1
A/RT
0.5
Variação dos coeficientes de actividade
Exemplos
Expansão em série de Redlich-Kister
A equação de Margules é muito simples. Geralmente é necessária uma equação mais complexa para representar de forma adequada a energia de Gibbs em excesso.
....321
2212121 xxDxxCxxBAxxG E
m
DdDd
DCcDCc
dCBbDCBb
DCBAaDCBAa
xcxbxaRT
xcxbxaRT
32 ; 32
512 ; 512
)94(4 ; 944
753 ; 753
...ln
...ln
)2()1(
)2()1(
)2()1(
)2()1(
41
)2(31
)2(21
)2(2
42
)1(32
)1(22
)1(1
Complexidade das misturas
O número de parâmetros necessários para representar os coeficientes de actividade dá uma indicação da complexidade da solução. Se o número de parâmetros é grande, (4 ou mais) a solução é complexa. Se só é necessário um parâmetro a solução é simples. A maioria das soluções mais utilizadas em engenharia química necessitam de dois ou três parâmetros na expansão de Redlich-Kister.
Para soluções simples, B = C = D =0
12
1 2ln AxART
x1
0
ln(1/2)
Equação de Gibbs-Duhem aplicada aos i
A p e T constantes,
i
E
i
E
ii
iii
i
RTg
mdxmdx
ln
0 e 0
0ln ii
idx
Mistura binária
12
22
12
12
2211
ln1
ln
lnln
0lnln
dx
xd
dx
xd
dxdx
1
0 2
22 ln
1ln
1
dx
xx
Expansão de Wohl
A expansão de Wohl constitui um método geral para expressar a energia de Gibbs em excesso em termos de parâmetros com significado físico.
...64
4332
22
211122
3211222
2311112
2211222
211122112
2211
zzazza
zzazzazzazzaqxqxRT
GEm
onde,2211
222
2211
111 ;
qxqx
qxz
qxqx
qxz
Significado físico
Parâmetros q – Representam volumes efectivos, ou secções rectas das moléculas = medida da “esfera de influência” das moléculas em solução. Moléculas maiores possuem valores mais elevados de q’s . Em soluções contendo moléculas não polares:
2,
1,
2
1
m
m
V
V
q
q
Parâmetros a – Representam parâmetros de interacção. a12 representa uma interacção 1-2; a112, interacção entre 3 moléculas, etc.
Equação de van Laar
É uma aplicação da expansão anterior. Para soluções binárias de dois componentes, não muito dissemelhantes quimicamente e com diferentes tamanhos moleculares (exº: benzeno + isooctano) os coeficientes a112, a122, etc., podem ser ignorados:
2211
2121122
qxqx
qqxxa
RT
GEm
Coeficientes de actividade
Da equação de van Laar obtém-se:
2
1
2
2
2
2
1
1
1
ln
1
ln
xx
AB
B
xx
BA
A
onde A’ = 2q1a12 e B’ = 2q2a12
Parâmetros da equação
Esta equação é útil para misturas mais complexas. Se A´= B’ obtém-se a equação de Margules.
2
22
112
2
11
221
ln
ln1ln'
ln
ln1ln'
x
xB
x
xA
Modelos de GE
NRTL – “non-random two liquid”
Modelos de GE
UNIQUAC – “Universal quasi-chemical theory”UNIFAC – “Universal quasi-chemical functional group activity coefficients”
Cálculos de ELV
Exemplo
Azeotropia
Desprezando a não idealidade na fase vapor:
sataz
p
p
11
Funções de excesso e miscibilidade parcial
Até aqui admitimos miscibilidade total na fase liquida. Vamos agora considerar casos em que os líquidos são apenas parcialmente miscíveis.
A p e T constantes, a condição de estabilidade equivale a energia de Gibbs mínima.
Miscibilidade parcial
Ocorre miscibilidade parcial quando,
0,
2
2
pT
mist
x
G
x x1 ou x2
)lnln( 2211 xxxxRTGG mistE
011
21,
21
2
xxRT
x
G
pT
E
Para uma solução ideal, GE = 0, logo nunca há separação de fases!
Aplicando a equação de Margules
Considerando GE = Ax1x2
21
21
,
21
2
2
112
2
xx
RTA
xxRTA
Ax
G
pT
E
O mais baixo valor de A que satisfaz a desigualdade é A = 2RT
2RT
A
Temperaturas críticas
A separação entre estabilidade e instabilidade de uma mistura liquida é designada instabilidade incipiente. A condição de instabilidade depende da não idealidade e da temperatura.
Pela equação anterior, a temperatura crítica de (solução) solubilidade vem:
R
AT c
2
Pela equação de Margules a Tc é sempre um máximo!
Exemplos
Equilíbrio liquido-liquido
Equilíbrio liquido-liquido
Teorias de soluções
Quando dois ou mais líquidos se misturam para formar uma solução liquida o objectivo das teorias de soluções é expressar as propriedades da mistura liquida em termos das forças intermoleculares e da estrutura liquida.
Pretende-se prever os valores dos coeficientes de actividade em termos de propriedades com significado molecular, calculadas a partir das propriedades dos componentes puros.
Precursores: van der Waals --- van Laar.
Teoria de Scatchard - Hildebrand
van Laar reconheceu correctamente que teorias simples podiam ser construídas se considerássemos os casos em que VE e SE ~ 0
Posteriormente, Hildebrand verificou experimentalmente que muitas soluções estavam de acordo com aqueles pressupostos, designadas soluções regulares.
Define-se densidade de energia coesiva da seguinte forma:
Lm
vap
V
Uc
,
Uvap – energia de completa vaporização do liquido saturado para o estado de gás ideal (volume infinito)
Desenvolvimento da teoria
Define-se igualmente para uma mistura binária a fracção de volume de 1 e 2:
2211
222
2211
111 ;
VxVx
Vx
VxVx
Vx
Para a UE obtém-se:
221121122211 2 VxVxcccU E
Para moléculas para as quais as forças dominantes são forças de dispersão de London:
21
221112 ccc
Parâmetro de solubilidade
Introduzindo o conceito de parâmetro de solubilidade, :
21
,
21
222
21
,
21
111
Lm
vap
Lm
vap
V
Uc
V
Uc
obtemos:
221212211 VxVxU E
Equações das soluções regulares
Se SE = 0, então:
221
2122
221
2211
ln
ln
VRT
VRT
1 e 2 são função da temperatura, mas 1 - 2 é praticamente independente da temperatura!
A diferença entre os parâmetros de solubilidade de uma mistura dá uma medida da não idealidade da solução.
Parâmetros de solubilidade
Aplicação