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7 895323 401718 e d i t a l A T U A L I Z A D O 2013 Concurso Público: ASSEMBLEIA LEGISLATIVA - RN TÉCNICO LEGISLATIVO HABILITAÇÃO TÉCNICO LEGISLATIVO CONHECIMENTOS GERAIS História do Rio Grande do Norte Legislação Institucional (Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte) Constituição do Estado do Rio Grande do Norte CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS Língua Portuguesa Redação Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático Testes de Todas as Matérias Dicas Para Concursos Glossário Jurídico Nova Ortografia e muito mais... Acesse: www.apostilasolucaoonline.com.br Autores: Andrea Regiane dos Santos ● Paulo Edson Marques Edson José Pinheiro ● Leonardo Tassinari Viveiros

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7 895323 401718

edital

ATUALIZADO

2013

Concurso Público:

ASSEMBLEIALEGISLATIVA - RNTÉCNICO LEGISLATIVOHABILITAÇÃO TÉCNICO LEGISLATIVOCONHECIMENTOS GERAISHistória do Rio Grande do Norte

Legislação Institucional (Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte)

Constituição do Estado do Rio Grande do Norte

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOSLíngua Portuguesa

Redação

Matemática e Raciocínio Lógico-Matemático

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Dicas Para Concursos

Glossário Jurídico

Nova Ortografia

e muito mais...

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Autores:Andrea Regiane dos Santos ● Paulo Edson Marques Edson José Pinheiro ● Leonardo Tassinari Viveiros

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“Muito obrigado pela preferência e bons estudos.”

Ficha Técnica: Concurso:Assembleia Legislativa - RN Cargo:Técnico Legislativo Autores:Andrea Regiane dos SantosPaulo Edson MarquesEdson PinheiroLeonardo Tassinari

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Sumário

História do Rio Grande do NorteA Presença Portuguesa No Rio Grande Do Norte 8

A Fundação De Natal 9

Natal No Inicio Do Sec Xix. 9

A Presença Francesa No Rio Grande Do Norte 10

Segunda Guerra Mundial No Rio Grande Do Norte 20

Testes 27

Respostas Com Comentários 32

Conhecimentos GeraisConhecimentos Gerais - Legislação Institucional 35

Legislação Institucional 35

Regimento Interno Da Assembleia Legislativa Do Rio Grande Do Norte 35

Título I Disposições Preliminares 35

Das Comissões De Representação 65 81

Regulamentar Ou Da Delegação Legislativa 118

Capítulo Xx Do Pedido De Intervenção Federal 118

Título Ix Da Participação Da Sociedade Civil 119

Título X Da Interpretação E Observância Do Regimento 119

Título Xi Da Polícia Da Assembléia 120

Título Xii Das Atas E Dos Anais 120

Título Xiii Das Disposições Gerais E Transitórias 121

Constituição Do Estado Do Rio Grande Do Norte 122

Título I Dos Princípios Fundamentais 122

Título Ii Dos Direitos E Das Garantias Fundamentais 123

Capítulo I Dos Direitos E Deveres Individuais E Coletivos 123

Capítulo Ii Dos Direitos Sociais 123

Capítulo Iii

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Dos Direitos Políticos 124

Título Iii Da Organização Do Estado 124

Capítulo I Da Organização Político-Administrati va 124

Capítulo Ii 155

Seção Ii Da Procuradoria Geral Do Estado 157

Capitulo Viii Da Segurança Pública 158

Título V Da Tributação E Do Orçamento 159

Capítulo V Da Comunicação Social 176

Capítulo Vi Do Meio Ambiente E Dos Recursos Hídricos 177

Capítulo Vii Da Família, Da Criança, Do Adolescente E Do Idoso 179

T E S T E S

Língua Portuguesa 182

Língua Portuguesa 187

Ortografia Oficial 187

Vício Na Fala 187

Fonemas Não São Letras 187

Representação Gráfica Dos Fonemas 188

Alfabeto 189

Notações Léxicas 189

Hífen 189

Uso Do Hífen 190

Exercícios 191

Emprego Das Letras Maiúsculas 192

Orientações Ortográficas 193

Exercícios 198

Acentuação Gráfica 200

Exercícios 202

Emprego 210

Pronomes Demonstrativos 211

Situação No Espaço 211

Situação No Tempo 211

Situação No Contexto Linguístico 211

Emprego Dos Pronomes Demonstrativos 212

Pronomes Relativos 213

Antecedente 213

Emprego Dos Pronomes Relativos 214

Pronome Indefinido 215

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Emprego Dos Pronomes Indefinidos 215

Pronomes Interrogativos 217

Emprego Dos Pronomes Interrogativos 217

Formas De Tratamento 218

Colocação Pronominal 220

Uso Da Próclise 220

Uso Da Mesóclise 221

Uso Da Ênclise 221

Casos Especiais 280

Emprego De Há E A 281

Pontuação 283

Emprego Dos Sinais De Pontuação 283

A Vírgula Entre Orações 284

Nãrtação 302

Planejando A Dissertação 305

Tese E Argumentação 305

O Esquema-Padrão 306

A Gramática Da Dissertação 307

O Texto Dissertativo-Argumentativo 308

O Texto Dissertativo-Argumentativo: 309

O Parágrafo 309

O Tos 343

Níveis De Linguagem E Variações Linguísticas 344

Norma Culta 344

Padrão Coloquial 345

Variação Linguística 345

A Língua E Suas Modalides 346

Adequação Linguística 347

Exercícios 348

Gabarito 353

Bibliografia 353

Questões Elaboradas Pela Fundação Carlos Chagas Retiradas De Provas Anteriores 355

Analista Judiciário – Pernambuco – 2007 355

Analista Judiciário – Tre/Sp - 2012 359

Gabaritos 365

MatemáticaMatemática E Rociocínio Lógico 366

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A PRESENÇA PORTUGUESA NO RIO GRANDE DO NORTE

As origens históricas do Estado do Rio Grande do Norte estão ligadas à chegada do portugueses no Brasil, em 1535, por ocasião da distribuição das capitanias hereditárias a João de Barros pelo Rei Dom João III de Portugal. A formação de elementos característicos étnicos, econômicos e geográficos se deu aos poucos, havendo ainda a contribuição de valores e costumes de outros povos, porem, a exemplo dos franceses, por dois motivos: fracasso do modelo português na região e interesse dos franceses relacionado diretamente à exploração e tráfico do pau-brasil na região.

As causas ligadas à expansão marítima eram a necessidade da Europa de expandir seu comércio no sec XV, no setor de especiarias, em especial Portugal prejudicada pelo monopólio desses produtos pela Itália no Mediter râneo. Portugal se lançou pioneira em 1415 dC na época contra esse monopólio, mesmo porque sua economia agrícola não era promissora nos resultados, ao que se lançou à expansão marítima como última via, estendendo-a ao Oriente Médio inclusive. Espanha se lançou em seguida na conquista, dominando o mundo esses dois países a partir de então. O Tratado de Tordesilhas definiu os limites dessas conquistas

Meridiano de Tordesilhas (à esquerda) de 1494 e o seu antimeridiano (à direita) estabelecido pelo Tratado de Saragoça em 1529.

A princípio, entretanto, os franceses dominaram a área extrativista até 1598, quando então foram iniciadas as obras de construção do Forte dos Reis Magos por Manuel de Mascarenhas Homem e Jerônimo de Albuquerque, como consequência da estratégia da coroa de Portugal para garantir a posse da terra, o que perdurou até o ano de 1634. Lutas foram travadas nas região, porque o interesse na capitania era decorrente de sua posição bem firmada na costa brasileira, a qual facilitava o impedimento de invasões estrangeiras. Sendo assim, os portugueses insistiram na colonização do território sem suas proximidades, atingindo o rei seus objetivos retomando a posse da Capitania das mãos dos franceses.

Tal estratégia fora abalada mais tarde pela tomada do Forte dos Reis Magos pelos holandeses, fato que permaneceu até o ano de 1654, quando finalmente os holandeses foram definitivamente expulsos. O período foi marcado por grande conturbação social, de modo que, todos os arquivos, documentos e registros do governo português foram destruídos, fato que dificulta os trabalhos de reconstituição da historia da época até os dias de hoje.

Legitimou-se assim o processo de ocupação euro peia, firmando-se à presença portuguesa no território, que apenas no sec. XX, durante a década de 1940 viria a receber uma nova contribuição cultural e étnica dos Estados Unidos da América

Em 1701, o Rio Grande do Norte mostrou sua soberania, após ser dirigidos por muitos anos pelo governo da Bahia, passando a posição de comando da Capitania de Pernambuco, ao ponto de aderir à Revolução Pernambucana em 1817, instalando-se na cidade de Natal uma junta do Governo Provisório. Com o fracasso da rebelião, aderiu ao Império e tornou-se Província em 1822. Em 1889, com a República, a Provincia do Rio Grande do Norte foi elevada à categoria de Estado.

O Rio Grande do Norte passou a ser mais conhecido assim a partir da participação na 2ª. Guerra Mundial, por causa do estabelecimento de relações diplomáticas dos norte-americanos que propiciou a captação de recursos para a industrialização da região, consolidada graças à construção da Companhia Siderurgica Nacional, refletindo-se no crescimento econômico e populacional.

Getúlio Vargas (esquerda) e Franklin Delano Roosevelt (à direita) durante a Conferência de Natal em janeiro de 1943.

Em 28 de janeiro de 1943, foi a vez de Natal ser a sede de uma conferência, que contou com a participação de Getúlio Vargas (presidente do Brasil) e Franklin Delano Roosevelt (presidente dos Estados Unidos). Nessa mesma data, houve um acordo sobre a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial e, posteriormente, iniciou-se a construção de uma base aérea estadunidense, que mais tarde viria a receber o nome de “Trampolim da Vitória”. Atualmente, esta base está localizada em Parnamirim

Coluna Capitolina, relíquia romana da antiguidade doada por Benito Mussolini.

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A FUNDAÇÃO DE NATAL

Natal é um município brasileiro, capital do estado do Rio Grande do Norte, pertencente à Mesorregião do Leste Potiguar. Com uma área de 167,263 km², é a segunda capital brasileira com a menor área territorial fazendo desta a sexta maior capital do país em densidade populacional, proxima à Brasília. A história da Capitania do Rio Grande do Norte teve início a partir de 1535, com a chegada de uma frota comandada por Aires da Cunha, a serviço do donatário João de Barros e do Rei de Portugal. O objetivo era colonizar as terras da região, dificultada pela resistencia dos indígenas potiguaras e dos piratas franceses que traficavam pau-brasil. Fundada em um dia de Natal, em 25 de dezembro de 1599, o nome do município tem origem nessde fato que no latim natale significa algo parecido a “local de nascimento”), localizada às margens do Rio Potenji, a cidade é conhecida mundialmente por seus monumentos turísticos, como o Centro Histórico, o Museu Câmara Cascudo, o Parque da Cidade, o Museu de Cultura Popular, o Parque das Dunas, a Catedral Metropolitana. A população de Natal é distribuida em torno de 800 mil habitantes. A maioria da população é catolica (cerca de 57%). O indice de analfabetismo é o segundo menor do Estado do Rio Grande do Norte. Concentra 40% do PIB de todo o Rio Grande do Norte.

Todas as caracteristicas sócio-economicas e politicas de Natal, são reflexos das influências no processo de colonização do passado e relações diplomaticas durante o sec. XX., fruto do crescente processo de industrialização. As condiçoes sociais são boas, tais como serviços de saneamento basico, fornecimento de agua e esgoto, habitação (cerca de 64% dos imoveis são proprios e quitados). Os serviços de comunicação (Internet) e transporte apresentam nivel satisfatorio de atendimento, apesar da cidade ainda não dispor de Metrô.

O nivel de educação, arte e cultura (teatro) é satisfatorio, rico em belas paisagens naturais trabalhadas artisticamente e monumentos historicos. A cultura musical natalense varia em vários ritmos, e destes são influenciados vários grupos musicais e artistas.

Flora do Parque das Dunas, reserva da mata atlântica e o segundo maior parque urbano do Brasil

Na flora original natalense, há predomínio de plantas como o pau-brasil (Caesalpinia echinata), o ipê-roxo (Tabebuia impetiginosa), a mangabeira (Hancornia speciosa), o cajueiro (Anacardium occidentale), a orquídea catleia, etc.

Na fauna, destacam-se a presença de espécies como o lagartinho-de-folhiço (Coleodactylus natalensis), o lagarto-de-folhiço (Dryadosaura nordestina), o lagarto-de-cauda-azul (Micrablepharus maximiliani), a iguana/camaleão (Iguana iguana), a cobra-de-duas-cabeças o anu-preto (Crotophaga ani), a coruja-buraqueira (Athene cunicularia), o cachorro-do-mato (Cerdocyon thous), o sagui (Callithrix jacchus), o fungo-em-forma-de-flor (Aseroë floriformis), o fungo estrela-da-terra (Geastrum saccatum) e a orelha-de-pau (Pycnoporus sanguineus).

O clima foi classificado como um dos melhores do mundo em “ar puro`, com temperatura que `. oscila entre 16 a 33 o C.

Por ocasião das invasões holandesas, entre 1633 a 1654 dC, passou a ser chamada de “Nova Amsterdã”, tendo o Forte dos Reis Magos sido reformado da madeira para alvenaria, batizado com nome novo de Forte Kenlen

NATAL NO iNiciO DO sEc XiX.

. É também conhecida como a “Capital Espacial do Brasil”, devido às operações com Hidroaviões em 1927, da primeira base de foguetes da América do Sul, o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, atualmente localizada no município limítrofe de Parnamirim. A cidade se projetou mais especificamente em 1942 com a Operação Tocha, já que os aviões da base aliada americana se abasteciam com combustível no lugar que hoje é o Aeroporto Interna cional Augusto Severo, sendo classificada como “um dos quatro pontos mais estratégicos do mundo”, juntamente com o Canal de Suez (Egito), o Estreito de Bósforo (Turquia) e o Estreito de Gibraltar (entre a África e a Europa).

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Abriga três das sete maravilhas do Rio Grande do Norte: a Fortaleza dos Reis Magos, o Frasqueirão, o Morro do Careca. Segundo dados do IBGE em 2012, sua população é de 817 590 habitantes, sendo o vigésimo município mais populoso do país. Sua região metropolitana, formada por Natal e outros nove municípios do Rio Grande do Norte, possui uma população de quase 1,4 milhões de habitantes, formando a quarta maior aglomeração urbana do Nordeste. À epoca da fundação, no sec XVI, predominavam potiguaras na região (espécie de índio tupi), os quais forçaram a saida de povos tapuias. No ano 1000dC.

A tese mais aceita hoje sobre a fundação de Natal é a de que teria sido Manuel Mascarenhas Homem o seu padrinho, por duas razôes principais: a) sua presença no evento de solenidade da ratificação da paz com os nativos e a data da fundação; b) o fato de constar a sua doação da primeira sesmaria no Rio Grande do Norte a João Rodrigues Colaço (ato administrativo que provaria que estava à frente do governo da capitania) e os objetivos de uma missão outorgada que reunia três motivos documentados (a expulsão os franceses, construção de uma fortaleza e fundação de uma cidade). A confusão começou por ocasião da destruição dos documentos oficiais por holandeses na época. Porém, no documento de doação da sesmaria, Manuel Mascarenhas não faz qualquer tipo de citação de que recebera o mandato do dito Senhor para fundar a cidade.

A expedição armada, comandada por Mascarenhas Homem, fracassou, porém, Jerônimo de Albuquerque, os jesuítas e os líderes nativos conseguiram, através de navegações, a pacificação da região. Expulsos os franceses, e construída a fortaleza no dia 25 de dezembro de 1599, João Rodrigues Colaço fundou Natal, que deveria funcionar como núcleo inicial de colonização.

Atualmente, é uma cidade moderna, que apresenta os melhores índices socioeconômicos do Nordeste, uma das menores desigualdades sociais do país e uma economia moderna e dinâmica.

Memorial Câmara Cascudo, onde está preservada uma boa parte da obra de Luís da Câmara Cascudo.

A PREsENÇA FRANcEsA NO RiO GRANDE DO NORTE

Além da presença holandesa nas costas brasileiras, a historiografia brasileira atesta a presença do elemento francês durante o período colonial. Dois episódios marcam essa tentativa de dominação no territorio: a visita de Nicolas Durand de Villegagnon no Rio de Janeiro entre 1555 e 1567 que chegou a formar uma comunidade de colonos e após a destruição dessa incursão, o retorno em 1612 ao Maranhão, onde fundaram a cidade de São Luís e iniciaram o povoamento até serem derrotados por tropas portuguesas em 1615. Historiadores apontam ainda a presença francesa no litoral do futuro Rio Grande do Norte, mas justificando que seria anterior a qualquer tentativa efetiva de colonização, fato que teria ocorrido por volta do ano de 1516, quinze anos depois do primeiro contato oficial dos portugueses com a região local. Ao que constam nos arquivos históricos, navegadores daquele país europeu já negociavam com os nativos potiguares nesse período. È que a França mandava seus corsários em busca de terras sem colonização efetiva para poder explorar. O tratado de Tordesilhas, entre Portugal e Espanha, mesmo tendo a chancela do Papa Alexandre VI, não era respeitado pela monarquia francesa, que financiava expedições marítimas para estabelecer contatos comerciais com os nativos da América, bem como pilhar navios espanhóis e portugueses que levassem riquezas aos seus países.

As frotas francesas que chegaram à capitania do Rio Grande do Norte dispunham de corsários, flibusteiros e comerciantes que praticavam o escambo com os índios potiguares, principalmente na região do rio Potengi, cujos produtos visados eram: pau-Brasil e outras madeiras, com objetivos medicinais e tintura para tecidos, tabaco, animais e aves exóticas como o papagaio. A base Naval no topônimo Rifoles recebeu esse nome em razão de uma dessas incursões francesas na região, realizada pelo corsário Jacques Riffault. Consequências desses contatos foram algumas miscineganações, muito bem relatadas no livro História da Geral da Civilização Brasileira, de Sergio Buarque de Holanda, atestando igualmente o nível de promiscuidade semelhante ao de aventureiros da Normandia e da Bretanha.

Nesse sentido, cabe ressalvar que franceses unidos a indígenas, estratégia igualmente adotada pelos holandeses na época, criaram forte resistência contra a colonização liderada pelos filhos de João de Barros no século XVI. Documentos atestam a presença de “casas de pedra” em alusão a idéia de comercio realizado em feitorias próximas ao rio Pirangui por franceses com indígenas.

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Portanto, de nenhum modo foi fácil a colonização portuguesa no território brasileiro daquela época. Varias foram as lutas pela conquista estrangeira na região do Rio Grande do Norte, como a batalha de Cabedelo, em 1597. Consequência desses episódios na região é a elaboração de um mapa do Rio Grande (1579), feito em Dieppe (França) por um normando chamado Jacques de Vaude claye, revelando conhecimentos dos acidentes geográficos, tribos e economia local. As defesas de Portugal nessas costas brasileiras só se efetivaram por ocasião da formação da União Ibérica, de modo que em 25 de dezembro de 1597, os portugueses principalmente de Pernambuco iniciaram um ataque contra os franceses, situados no lado norte do rio Potengi dando seguimento à construção do forte dos Santos Reis. Em 1599, a região estava pacificada (houve a chamada “retomada “ do Rio Grande), graças à atuação do frei Bernardino das Neves, pois conseguiu aliar os nativos aos portugueses, consolidando uma força militar suficiente, a partir da qual a capitania tornar-se-ia o local de onde partiriam expedições com o objetivo de derrotar a presença francesa, inclusive em outras regiões como o Maranhão.

Cabe destacar que somente com a expulsão dos franceses das costas brasileiras, é que Natal foi fundada apresentando um quadro de desenvolvimento econômico que se espalhou por toda região do Rio Grande do Norte.

Foz atual do Rio Potengi.

Como visto anteriormente, expulsos os franceses de Natal, João Rodrigues Colaço fundou a cidade, consolidando a hegemonia portuguesa na região. Antes da colonização, o território do atual Estado do RN era ocupado por indígenas, como os potiguaras no litoral e os tararius no sertão.

Os potiguaras (termo tupi que significa “comedores de camarão”, pela junção dos termos potï, “camarão” e ‘war, “comedor”) são um grupo indígena que habitava o litoral do estados do Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba, quando os portugueses e outros povos europeus chegaram ao Brasil, no século XVI.

O território Potiguara situa-se no meio do caminho entre João Pessoa e Natal, abriga uma colônia de pescadores na Baía da Traição e os restos da Fábrica de Tecidos Rio Tinto na Vila Monte-Mor. A origem desse homem primitivo da região, nascido em terras potiguares antes da vinda dos europeus no sec XVI ao Nordeste, teria sido possivelmente ligada às raizes provavelmente da Àsia, através do Estreito de Bering ou outras vias, contribuindo com elementos novos culturas a partir da comunicação como a invenção da escrita chamada de “ inscrição rupestre”, uma linguagem formada por traços, círculos, pontos e até pinturas. Com a colonização devido a interesses imperialistas europeus no séc. XVI, o elemento português, espanhol, holandês e francês veio integrar essa cultura potiguar indígena. Mais tarde, essa origem potiguar foi alterada pelo contato com os europeus, recebendo influências de elementos étnicos galegos, mouros, judeus (cristão-novos), portugueses, tupis e africanos que se espalharam pelos vales dos grandes rios (como o Potengui e Mossoró) ou pelas regiões serranas do Sertão. Isso se refletiu na sua economia e religião, dominada pelo couro e algodão, e costumes católicos. A cultura da cana-de-açucar ao leste do Estado favoreceu a fixação de quilombos, cujos agrupamentos viraram três grandes pólos culturais: a Região do Litoral Leste do Estado, o Seridó e o Oeste potiguar. Bandas de música, poesia popular, artesanato, artes plásticas são algumas das manifestações culturais que refletem o modo de ser do potiguar na região, sua sensibilidade e seu imaginário, como o Congo, Pastoril, Boi de Reis, etc.

A pacificação da população potiguara foi feita a partir da educação cristã. O destaque vai para os Católicos, batistas, betéis, fiéis da Assembléia de Deus, da Igreja Universal do Reino de Deus, Brasil para Cristo, dentre outras. O catolicismo é a religião institucionalizada mais antiga entre os potiguaras, remontando ao período colonial e fonte dos símbolos étnicos, históricos e territoriais representados pelas velhas igrejas de Nossa Senhora dos Prazeres e São Miguel, com seus oráculos e festas anuais. O movimento de Renovação Carismática é o que predomina entre esses católicos. Os umbandistas e juremeiros são alvo de muitos estigmas, sendo acusados de feitiçaria e classificados como catimbó., havendo apenas um centro espírita kardecista reconhecido em Monte-Mor. O tratamento com plantas medicinais e o recurso aos poderes sobrenaturais das entidades da natureza e aos antepassados fazem parte das formas de construção da etnicidade. A proximidade dos centros urbanos e os contatos turísticos favoreceram uma miscigenação em que se acham índios com traços loiros ou aspectos negróides. Hoje, essas famílias potiguaras habitam o norte do estado da Paraíba, próximos aos munícipios do Rio Tinto, Marcação, Terra Indígena Potiguara de Monte-Mor, etc, e também no Ceará perto da cidade de Crateus (atual terra indígena Monte Nebo). Terra Indigena Potigatapuia, Mundo Novo e Serra das Matas. O idioma, espécie de língua tupi-guarani é ainda falado, conservando suas tradições. Alguns assumiram o sobrenome de “Camarão”, sendo o mais famoso deles o combatente Filipe Camarão, por causa da religião cristã, daí ser um dos maiores ameríndios da história luso-americana. Sua população atual está confinada ao número de alguns poucos mil habitantes, cerca de 13.547 pessoas, a maior do Nordeste e também os ùnicos indígenas reconhecidos no estado da Paraíba por onde se espalharam em aldeias, dentre Piauí, Ceará, Alagoas, Sergipe e parte setentrional da Bahia. Dos poucos municípios habitados pelos potiguaras, destacam-se ainda do Paraíba João Pessoa, Rio de Janeiro, Cabedelo e Santa Rita, juntamente com Baía Formosa, Vila Flor e Canguaretama no Rio Grande do Norte.

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A organização dessas tribos deriva de um modelo de representação politica do sec XIX, em forma de aldeias de familias numerosas vizinhas umas às outrras, com distribuição de poder delegada a um cacique que intermedia conflitos com a FUNAI (Fundação Nacional do Ìndio) e entidades comerciais como usinas, guias de turismo, criadores de camarôes, etc e a Justiça., resultado das adaptações. Destacam-se entre as aldeias potiguaras:: Galego, Forte, Lagoa do Mato, Cumaru, São Francisco, Vila São Miguel, Laranjeiras, Santa Rita, Jaraguá, Vila Monte-Mor, Jacaré de São Domingos, Lagoa Grande, Grupiúna, Caieira, Nova Brasília e Três Rios ligada a Marcação. As terras indígenas da região ocupam um espaço de 33 757 hectares distribuídos em três áreas contíguas, nos municí pios de Baía da Traição, Rio Tinto e Marcação. A Terra Indígena Potiguara situa-se nos três municípios anteriormente referidos e possui 21.238 há desde 1983. A Terra Indígena Jacaré de São Domingos tem 5 032 hectares nos municípios de Marcação e Rio Tinto, cuja homologação se deu em 1993. Por fim, a Terra Indígena Potiguara de Monte-Mor, com 7 487 hectares, em Marcação e Rio Tinto, está em processo de demarcação, em razão de conflitos com as usinas de açúcar e a Companhia de Tecidos Rio Tinto.

As principais atividades econômicas desenvolvidas pelos índios são conforme suas tradições mantidas entre: a pesca marítima na Baía da Traição, por exemplo e nos mangues por quase todas as aldeias com a criação de camarões inclusive em viveiros, o extrativismo vegetal com o produto do dendê e caju, a agricultura de subsistência (milho, feijão, mandioca, macaxeira, inhame, frutas etc.), a criação de animais em pequena escala (galinhas, patos, cabras, bovinos, e cavalos), o plantio comercial de cana-de-açúcar, o assalariamento rural (nas usinas de cana) e urbano incluindo funcionalismo público em prefeituras. O destaque vai para as atividades de exploração da cana-de-açúcar, turismo e criação de camarões.

As invasões holandesas e o massacre de Cunhaú e Uruassu.

Durante o sec XVI, o Brasil foi palco de exploração econômica de diversas nações européias. Dentre elas, as invasões holandesas As invasões holandesas foram o maior conflito político-militar da colônia. Representaram o esforço e luta pelo controle do açúcar, internacionalmente distribuída pelo mundo entre: Brasil, Europa e África. Invasões holandesas é o nome normalmente dado, na historiografia brasileira, ao projeto de ocupação da Região Nordeste do Brasil pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais durante o século XVII.

As motivações das invasões holandesas nas costas do Brasil, entre 1630 - 1654, relacionam-se ao novo ideal capitalista do periodo que vai se expandindo com a busca de novos mercados, em razão da adoção da politica mercantilista na Europa do inicio da Idade Moderna, aliada ao enfraquecimento de Portugal que saíra arruinada da dominação espanhola, tendo por consequência sua marinha destruída. A região dos paises baixos era de dominio espanhol e tambem sofrera desmembramento territorial no periodo de 1581 a 1640 dC, o que fazia da Europa um lugar não muito estavel financeiramente. A Espanha bloqueou o comercio holandes com o Brasil, prejudicando os seus investimentos, forçando a Holanda a criar a Companhia das Indias Ocientais em 1602dC, o que levou-a a buscar as matérias-primas na fonte por serem assim mais baratas, de modo que houve a exploração do nordeste nessas condições. Os holandeses tentaram conquistar o Nordeste, primeiro procurando se apossar da capital da colônia em 1624, pensando nos fartos cofres de 8.000 florins que a Bahia arrecadava anualmente, expandindo seu dominio para o resto do pais a partir de suas capitanias. Fracas saram nesse momento e então se permitiram uma segunda tentativa: escolheram a terra do açúcar, Pernambuco. A região do Rio Grande, por outro lado, possuía um vasto rebanho de gado bovino, necessário para abastecer os invasores. A fortaleza da Barra do Rio Grande (Reis Magos) aparecia como um grande obstáculo, mas foi facilmente tomada na conquista, onde os holandeses agiram de uma maneira bem diferente: nenhuma preocupação pela arte, ciência, cultura. A capitania de lá foi transformada numa fornecedora de carne bovina para Pernambuco. A idéia de expansão deu certo, somente a partir dos investimentos do conde de Nassau na costa nordestina, na medida em que este agiu sabiamente como se fosse um “mecenas” incentivando a arte, a ciência e a cultura. Mostrou-se, ao mesmo tempo, hábil político e bom administrador.

Por outro lado, os paises baixos aderiram à Reforma Protestante na Europa, enquanto os paises da União Iberica aderiram à Contra-Reforma, motivando causas de conflito social no Brasil, na região do Rio Grande do Norte. Foi nesse contexto que surgiram os Massacres de Cunhaú e Uruaçu. O principal fator a ensejar o conflito, segundo os historiadores, foi o econômico. Isso porque evidências apontam que durante as principais incursões holandesas no pais, Mauricio de Nassau teria se destacado, mostrando extrema tolerância com luso-brasileiros e catolicos, enquanto foi governador em Pernambuco, atendendo tanto ricos quanto pobres sem discriminação, mesmo sendo calvinista. Concedia emprestimos, era amante da liberdade religiosa, etc e revelando-se pessoa de extrema sabedoria.

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Massacre de Cunhaú e Uruaçu é o nome dado a dois massacres ocorridos no Rio Grande do Norte, nos dias 16 de julho e 3 de outubro em 1645, ambos executados por holandeses. O “Massacre de Uruaçu” foi a expressão da resistência em particular contra os holandeses de um povoado chamado “Engenho Potengi” da familia do Sr Estevão Machado de Miranda, que vivia onde hoje é atualmente o município de São Gonçalo do Amarante. O movimento se caracterizou pela defesa ímpar da fé e dos princípios de liberdade contra o dominio militar e religioso holândes na região. O termo massacre se deve ao modo como 70 pessoas membros das familias envolvidas no conflito foram cercadas e assassinadas.

. Em anos anteriores, por volta de 1698, os holandeses afastaram-se do povoado e começaram a chegar no ano de 1710 os primeiros grupos de exploradores, vindos de Pernambuco que eram de origem portuguesa, tais como Ambrósio Miguel de Sirinhaém e Pascoal Gomes de Lima, daí o retorno ter sido marcado pelo predominio das evidências econômicas.

Outro conflito envolvendo questões religiosas, de igual envergadura teria ocorrido no território em 16 de julho de 1645, mas que recebeu outro nome, o “Massacre de Cunhaú”, porque ocorreu no Engenho de Cunhaú, tendo como vitimas o padre André de Soveral e outros 70 fiéis católicos que foram cruelmente mortos por centenas de soldados holandeses e índios potiguares, por motivos de intolerância religiosa. Os fiéis participavam da missa dominical na Capela de Nossa Senhora das Candeias, no Engenho Cunhaú, município de Canguaretama. Os holandeses eram calvinistas e teriam promovido o massacre por intolerância ao catolicismo. No contexto tivemos a insurreição pernambucana contra o dominio holandês, temendo o levante na capitania do Rio Grande. Há outra versão que assim justifica o massacre quando Jacob Rabbi e uma tropa de Tapuias, potiguaras e holandeses teriam chegado ao engenho de Cunhaú, com ordens de Recife, para matarem todos os moradores de lá, segundo os relatos do frei Rapahel de Jesus.

A presença do elemento indigena no conflito se relaciona provavelmente com a historia de colonização do passado. Há teses que defendem que todos esses se revoltaram devido noticias de crueldade cometidas pelos portugueses para com os indigenas, segundo o qual onde estes passavam e estabeleciam seu dominio usavam de crueldade. Os indios tupis nativos tinham que fugir para fortificações holandesas, que eram dificieis de serem atacadas e destruidas. Logo, o ódio foi entranhado nas relações sociais, de modo a motivar tais conflitos. Parte da população indigena do Rio Grande do Norte era tapuia, de indios antropófagos, o que levava facilmente a população a se defender pegando em armas. Os holandeses eram considerados como libertadores da opressão portuguesa, e assim os indios quiseram aproveitar-e da situação de derrota destes para vingar-se da suposta violência do passado realizada pelos portugueses contra seus ances trais. A resistência foi possível com o apoio de recursos locais e externos, inicialmente fixados em gastos de dois terços da produção local e ao final integrando todos os recursos 100% de verba brasileira. O movimento foi um marco do nativismo no pais.

O conflito neerlandês (da Holanda) iniciou-se no contexto da chamada Dinastia Filipina (“União Ibérica”, no Brasil), período que decorreu entre 1580 e 1640, quando Portugal e as suas colônias estiveram inscritos entre os domínios da Coroa da Espanha, pois desejavam a separação da Espanha de Felipe II, o que ocorreu em 1648, daí a proibição do comércio espanhol com os neerlandeses, o que afetava diretamente o comércio do açúcar do Brasil, uma vez que os neerlandeses eram tradicionais investidores na agro-manufatura açucareira e onde possuíam pesadas inversões de capital. Consequência desses conflitos foi que a Holanda deslocou seus esforços financeiras à exploração do açucar em outros locais, criando a Companhia Neerlandesa das Indias Orientais para comer cialização com esses territórios. Passaram a ter o monopólio de escravos na América e Àfrica, com desejo de retornar ao Brasil, através da criação mais tarde da Companhia Neerlandesa das Indias Ocidentais. O maior objetivo da nova Companhia, entretanto, era retomar o comércio do açúcar produzido na Região Nordeste do Brasil.

As principais expedições foram as do almirante Olivier van Noort na baía de Guanabara e van Spielbergen. Noort partiu de Roterdã, nos Países Baixos, a 13 de setembro de 1598, com frota integrada por quatro navios e 248 homens, padecendo de escoburto, tentando por isso o desembarque nas costas, tendo sido repelida a esquadra pela metrópole e por indígenas, bem como pela artilharia da Fortaleza de Santa Cruz da Barra. A resistência na Patagônia foi fortemente sentida também, do qual apenas uma embarcação sobreviveu aos conflitos com 45 homens, donde se atribui a Noort a descoberta da Antártida. Spielbergen realizava circum-navegação neerlandesa, entre 1614 e 1618, aportando em Cabo Frio, ilha Grande e São Vicente, enfrentando resistência portuguesa ao tentar reabastecer nesta última em 1615, chamado Incidente de Santos.

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Resumindo as linhas gerais das invasões holandesas do Brasil, temos:

a) A invasão de Salvador (1624-1625dC): ocorreu na capitania da Bahia, contando com um efetivo de 1.700 homens sob o comando do almirante Jacob Willekens conquistando a capital. O governador-geral Diogo de Mendonça Furtado, seu filho e oficiais foram presos e mandados para os Países Baixos, sendo que a população da cidade fugiu para o interior. O fidalgo holandês Johan Van Dorth assumiu o governo então. A Espanha reagiu mandando 52 navios sob comando do marquês de Villanueva, D. Fadrique de Toledo Osório, e do general da armada, D. Manuel de Meneses, cuja expedição ficou conhecida como Jornada dos Vassalos, com quase quatorze mil homens, que derrotou os invasores.

b) A invasão de Olinda e Recife (1630-1654): o corsário e Almirante Piet Heyn, a serviço da Companhia Holandesa das Indias Ocidentais interceptou e saqueou a frota espanhola que transportava o carregamento anual de prata extraída nas colônias americanas, nas antigas costas baianas, com objetivo de restaurar o comércio do açúcar com os Países Baixos, proibido pela Coroa da Espanha. Reforços foram enviados para assegurar a posse e investir na Capitania de Pernambuco conquistando Olinda e depois Recife. O efetivo de homens chegou a somar 10.000 homens. O movimento de resistência foi marcado pela liderança de Matias de Albuquerque, que concentrou-se no Arraial do Bom Jesus, nos arredores do Recife. Através de táticas indígenas de combate (campanha de guerrilhas ou “companhias de emboscada” composta de 40 homens ágeis), confinou-se o invasor às fortificações no perímetro urbano de Olinda e seu porto, Recife. Nomes de destaque na resistência nesse período foram Martim Soares Moreno, Antônio Felipe Camarão e Henrique Dias. Em 1634, em retirada para a Capitania da Bahia, Matias de Albuquerque derrota os holandeses em Porto Calvo Algumas resistências foram minadas por Domingos Fernandes Calabar, por perceber que a aliança com os holandeses era mais frutífera aos negócios, confinando Matias Albuquerque nas proximidades do rio São Francisco, a partir da invasão da Paraíba em 1634, bem como do Arraial do Bom Jesus e e cabo de Santo Agostinho em 1635. Nesse mesmo ano, as Forças neerlandesas, comandadas pelo coronel polonês Crestofle d’Artischau Arciszewski, foram as que capturaram o Arraial do Bom Jesus, após um longo assédio, ao mesmo tempo em que outra força, comandada pelo coronel Sigismundo von Schkoppe, cercava e capturava o Forte de Nazaré, no Cabo de Santo Agostinho. No ano seguinte, em 1636, Arciszewski derrotava D. Luís de Borja na batalha da Mata Redonda.

A aquisição de mão de obra escrava tornou-se imperativa para o sucesso da colonização neerlandesa. Por essa razão, a Companhia Holandesa começou a traficar escravos da África para o Brasil, onde os holandeses detiveram o monopólio por vinte e quatro anos na América e África. As invasões foram sucedidas por um período de resistência que foi de 1630 a 1637, somente sendo interrompido com o governo de Maurício de Nassau entre os anos de 1637 a 1644, cujo episódio posterior foi marcado pelo movimento da Insurreição pernambucana entre os anos de 1644 a 1654.

c) período do governo de Maurício de Nassau (1637 - 1644): vencida a resistência luso-brasileira, com o auxílio de Calabar, a Companhia de Comércio Holandesa nomeou o conde Maurício de Nassau Siegen para administrar as conquistas, a qual expandiu até o Sergipe, tendo desembarcado na Bahia sem sucesso de capturar Salvador, apesar de ser um bom administrador, culto e de visão, tolerante com a diversidade dos povos residentes no Brasil da época. Conquistou então os centros fornecedores de escravos e africanos de São Tomé, Princípe e de Angola por volta de 1638. Investiu em intelectuais, bom estrategista que era, que funcionou como uma espécie de base de sustentação da bonomia de seu regime de governo, onde concentrou esforços na economia do açúcar, concedendo créditos e vendendo em hasta pública os engenhos conquistados, promovendo reformas urbanísticas em Recife e facilitando a liberdade religiosa, o que favoreceu a invasão de São Luís do Maranhão, em 1641. A resistência foi representada por Antônio Teixeira de Melo até 1644dC. Nessa época, a Espanha se separara de Portugal, assim formando entretanto uma aliança para poderem combater a Holanda.

d) Insurreição Pernambucana (1644 - 1654dC): trata-se da chamada Guerra da Luz Divina, que expulsou os holandeses do Brasil, tendo por líderes os senhores de engenho André Vidal de Negreiros, João Fernandes Vieira, Henrique Dias e o indígena Felipe Camarão. Na Europa desse período uma a assinatura de um acordo de paz (trégua) entre Portugal e os Países Baixos (a Holanda) em 1640, graças à Restauração Portuguesa. A Companhia Holandesa substituiu Maurício de Nassau, acusado de improbidade administrativa, onde os novos sócios exigiam a liquidação das dívidas aos senhores de engenho inadimplentes, ao mesmo tempo que o Brasil se manifestava a favor do Duque de Bragança, política que conduziu à Insurreição Pernambucana de 1645 e que culminou com a extinção do domínio holandês na Batalha dos Guararapes, cuja rendição somente foi plena com com a assinatura da Paz de Haia em 1661 dC. Por esse acordo Portugal pagaria oito milhões de Florins a Holanda, o equivalente a sessenta e três toneladas de ouro durante quarenta anos, sob ameaça de ataque da Marinha de

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Guerra, caso houvesse o descumprimento legal. Pela Campanha do Taborda (1654) foram fixados os termos da entrega da cidade de Recife (conhecida como Maurícia) ao general Francisco Barreto de Menezes, Governador da Capitania de Pernambuco. Sete anos depois, o Ceilão (Sri Lanka) e Ilhas Molucas eram entregues também a título de compensação e indenização. A hegemonia holandesa no comércio de açúcar se estabeleceu definitivamente nesse período, passando esses a investir agora nas Antilhas pelo custo de produção mais barato por causa de isenção de impostos da mão -de-obra e transporte, o que levou Portugal junto com o Brasil a uma crise, somente superada anos depois com o ciclo do outro de Minas Gerais.

Holanda foi envolvida em um fato histórico conhecido como “Guerra de Navegação”, com a Inglaterra. Amargando logo em seguida uma crise. A Inglaterra passou a ajudar a Coroa Portuguesa., visando a sua hegemonia politica e econômica no cenário europeu Oliver Cromwell, líder do exército revolucionário durante a Guerra Civil Inglesa decretou, em 1651, o Ato de Navegação, documento no qual estabelecia-se que todas as mercadorias importadas por qualquer país europeu fossem transportadas por navios ingleses. Assim, os holandeses ficaram sem nenhuma liberdade de ação no mar. Em 1654, ocorreu de fato a expulsão dos holandeses da Colônia do Brasil, fato que gerou uma grande vitória não somente para os portugueses, mas também para os negros e os mestiços.

Acredita-se que o povoamento da região teria ocorrido inicialmente após a onda de migração destes para os Andes, vindo posteriormente em direção à Bacia Amazônica, Planalto do Brasil, e região Nordeste, respectivamente, até chegar ao Rio Grande do Norte. Segundo os historiadores, tal ocupação territorial teria se iniciado entre os 10.000 anos atrás, em plena era Cenozóica ainda portanto. A região seria composta de uma paisagem dotada de uma megafauna e povos de economia caçadora-coletora, segundo os vestigios achados no sítio arqueológico de “ Angicos” pelo arqueólogo Laroche, com a extinção mais recente do que se acredita dos dinossauros. Cerâmicas atestam a fase posterior dos povos que se tornaram sedentários na Idade Megalítica. Escavações feitas próximas ao local da Fortaleza dos Reis Magos e na antiga catedral metropolitana de Natal, resultaram na descoberta do túmulo de André de Albuquerque Maranhão.

Praça André de Albuquerque.

O Rio Grande do Norte, por sua localização estratégica de acesso ao litoral, sofreu por isso inúmeras invasões de povos estrangeiros, sendo os principais os franceses e holandeses. O termo “invasões” se deve ao fato da ocupação do território ter sido feita à revelia do Tratado de Tordesilhas, que garantia a divisão das terras do Brasil e América do Sul de um modo geral entre os países de Portugal e Espanha, detendo estes legitimamente a posse da terra.

O local onde a frota comandada por Cabral teria desembarcado ainda gera controvérsias. Alguns pesquisadores afirmam que a expedição teria desembarcado pela primeira vez na praia de Touros, local onde o litoral do Rio Grande do Norte forma o ângulo de 90° entre as direções norte e leste.

Com a chegada dos portugueses, parte dos nativos se miscigenou com os europeus, adquirindo a população local características próprias e novas dentro do território brasileiro. Na época da descoberta do Brasil, o território potiguar era habitado por índios tupis, naturais e originários do Paraná e Paraguai. Esses povos falam a língua abanheenga, língua aglutinada e com reflexões verbais. No interior, residiam os tapuias, povos indígenas que andavam totalmente nus, sem nenhuma cobertura, sem barbas e que depilavam todos os pelos existentes em seus corpos. As mulheres dessa tribo eram baixas em relação à altura dos homens, e eram submissas aos seus maridos. As principais áreas habitadas correspondem hoje às regiões do Seridó, Chapada do Apodi e zona serrana do Rio Grande do Norte.

Primeiramente, o governo do Rio Grande do Norte foi subordinado ao governo da Bahia e somente posteriormente passou a ser subordinado à Capitania de Pernambuco. Em 1598, o Poder Executivo era exercido por um capitão-mor, que fôra descomposto durante a invasão holandesa. O capitão-mor era um chefe nomeado por meio de um documento chamado Carta-Patente, com exceção de João Rodrigues Colaço, que havia sido nomeado pelo governador geral do Brasil na época e confirmado no cargo por um Alvará Régio.

Existia o cargo de Capitão-Mor do Rio Grande (1739) e Capitão-Mor do Rio Grande do Norte, para diferenciar de outra capitania localizada no extremo sul da colônia. Os impostos, ao contrário do que muitos pensam, era exercido pelo provedor de fazenda. Uma junta foi adotada como forma de governo anos mais tarde. Nessa época, a capitania era formada por apenas um município: Natal. Depois, veio Vila Flor e outros.

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O Poder Judiciário tinha o ouvidor como representante máximo, antes nomeado pelos donatários das capitanias e depois, pelo próprio rei.

Em 1822, quando o Brasil conquistou sua independência do Império Português, o Rio Grande do Norte elevou-se à categoria de Província e, com a queda da monarquia e a consequente Proclamação da república, a província se transformou em um Estado, tendo como primeiro governador Pedro de Albuquerque Maranhão.

A Independência do Brasil criou um conflito, a partir do momento que D. Pedro I, dissolveu a Assembleia Constituinte cuja função era elaborar uma Cosntituição para o Brasil. A esse conflito por essas razões deu-se o nome de

Confederação do Equador que contou com a participação de Tomás Araújo |Pereira do Rio Grande do Norte e províncias como Alagoas, Piauí e Paraíba para pacificar os rebeldes de Pernambuco. Esse episódio marcou a luta de Frei Caneca (Joaquim do Amor Divino) onde foi torturado e condenado à pena de morte. A Constituição de 1824 é fruto desse episódio, tendo sido imposta (outrogada) entretanto. D. Pedro I não demorou a abdicar em favor de seu filho e retornar à Europa, sendo o Brasil administrado por um sistema de poder designado de Regência, pois D. Pedro II tinha apenas 5 anos de idade.

No Brasil, a abdicação do Pedro I deu início à primeira experiência republicana do Brasil. Em razão disso, em 1840, houve o “Golpe da Maioridade” em que D. Pedro II assumiu o poder com apenas quatorze anos de idade, antes do prazo previsto.

Foi assim que no Rio Grande do Norte, a primeira adesão às ideias republicanas ocorreu cinco anos antes da independência do Brasil, em 1817.

Fazendeiros, comerciantes e senhores de engenho foram responsáveis por assinaturas em documentos, cartas, recibos, etc que lhe permitiram um exercício de autonomia politica nunca antes visto, fortalecendo a hegemonia de partidos como o Liberal e Conservador.

A ausência do poder centralizador nas mãos de D. Pedro II, devido a idade, contribuiu para facilitar a transição do regime monárquico para o republicano no Brasil.

O jornal Jaguarari de Manuel Brandão no Rio Grande do Norte seria expressão das primeiras formas de manifestação ou de propaganda republicana na província do Rio Grande do Norte em 1851. A idéia foi seguida mais tarde por Joaquim Cisneiro Albuquerque por volta de 1870, até que se consolidou um núcleo republicano em Seridó, tendo como líderes Januncio Nóbrega e Manuel Sabino da Costa.

O Partido Republicano foi fundado logo em seguida no Rio Grande do Norte a 27 de janeiro de 1889, por Pedro de Albuquerque Maranhão (conhecido como Pedro Velho). Após a fundação do partido, foi criado o jornal “A República”.

Entre as causas defendidas nas idéias republicanas da região estava o combate à escravidão que ainda existia nos sertões. As idéias abolicionistas tiveram expressão, a ponto de a 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel assinar a Lei Áurea, extinguindo definitivamente a escravidão no país.

O partido era composto por jovens idealistas da região oeste potiguar, destacando-se nesse contexto Mossoró.

Com a abolição da escravatura, um novo perfil de país começara a se traçar no cenário histórico, pois os pilares em que se sustentava a Monarquia corroborou.

Após alguns anos foi inevitável a Proclamação da República Brasileira, mesmo porque toda a Europa do período sofria com as definições de novas fronteiras, impérios ruíam nas mãos do general Otto Von Bismarck nessa época.

Nesse sentido, para manter o controle da situação e a ordem econômica do país, deram o golpe republicano em 15 de Novembro de 1889, os Marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. O mundo parecia um barril de pólvora e precisava de mãos fortes para ser governado.

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Pedro de Albuquerque Maranhão, o “Pedro Velho”, se tornou o primeiro governador potiguar assim a assumir o poder após a Proclamação da República do Brasil, fato que ocorreu em 17 de novembro de 1889, mas durou pouco seu governo porque resolveu entrar na campanha como candidato a deputado federal, se elegendo em 1892, igualmente pelo Rio Grande do Norte.

Iniciava-se assim a Era Oligárquica. A primeira destas foi encabeçada por Pedro Velho. Contra o regime novo, insurgiu-se o capitão José da Penha Alves de Souza que lançou a candidatura do tenente Leônidas Hermes da Fonseca, filho do presidente da República da época; mas que não tinha interesse na região. Como recompensa foi eleito deputado estadual do Ceará.

O Rio Grande do Norte teve três períodos oligárquicos:

a) Primeira Fase: o eixo foi restrito apenas ao litoral potiguar, marcado por uma longa disputa por terras na região durante a República devido a rivalidades cuja origem remontava aos anos finais do século XVIII, entre os estados do Ceará e o Rio Grande do Norte devido à ausência de melhor definição das fronteiras. Assu e Mossoró passaram a ser rivais das oficinas cearenses. Medidas como fechamento dos portos das duas cidades foram tomadas pois o Ceará precisava do sal produzido nas salinas do Rio Grande do Norte para poder produzir a carne de sol. A Câmara de Aracati, no Ceará foi radical avançando em terras do potiguares. Em 1901, a Assembleia Estadual do Ceará elevou Grossos (Rio Grande do Norte) à condição de vila. Os governos cearense e potiguar reagiram e enviaram tropas para a região disputada. A controvérsia foi levada para decisão final por meio de arbitramento, e o resultado favorável para o Ceará rendeu a Pedro Velho uma única saída que foi convidar Rui Barbosa para defender a causa do Rio Grande do Norte. O jurista Augusto Petrônio, por meio de três acórdãos, deu ganho de causa em definitivo ao Rio Grande do Norte pondo fim à “Questão de Grossos”. Do ponto de vista econômico na República, o Rio Grande do Norte desse período possuia mais indústrias do que o Piauí e o Maranhã, com predomínio da indústria têxtil e alimentícia. Os primeiros bancos vieram a surgir em 1909, com sede na capital graças a Juvenal Lamartine. A primeira agência do Banco do Brasil foi instalada em 14 de abril de 1917, sendo que quase toda a região do nordeste já dispunha de agências, com destaque para as agências rurais em alguns municípios do interior potiguar. Cooperativas surgiram mais tarde com linhas de crédito, graças a Ulisses de Góis e Jovino dos Anjos.

b) Segunda Fase oligárquica: ocorreu em 1920 e teve por eixo econòmico o interior do Estado, graças a José Augusto Bezerra de Medeiros.

c) Terceira Fase: ocorreu após a Revolução de 1930, em virtude de acontecimentos que revolucionaram o período anterior como a Coluna Prestes em 1926, cujos líderes eram Luís Carlos Prestes e Miguel Costa que atingiu o Rio Grande do Norte com a sua propaganda na região oeste. Como medida, o governador Bezerra de Medeiros reforçou a segurança na região potiguar, a exemplo em Seridó. Outros acontecimentos marcaram o Rio Grande do Norte como o banditismo de Lampião (Virgulino Ferreira da Silva) e Maria Bonita em Mossoró no ano de 1927 dC. Teria chegado lá o cangaceiro mais famoso do Nordeste, entrando no Estado pelo município de Luís Gomes, arrasando muitas cidades com atos de vandalismo. A idéia era saquear o Banco do Brasil, indústria, comércio e residên cias para obter boa colheita. O tenente Laurentino de Morais foi contatado pelo prefeito para defender do ataque a Mossoró, mas a força policial era inexpressiva e parte da população notificada do perigo não se precaveu e teve de fugir do local. Trincheiras foram montadas em plena cidade. Lampião invadiu a cidade mesmo após o recebimento de um bilhete com pedido para que a poupasse que estavam todos preparados para o ataque. Dividiu seu grupo para atacar a casa do prefeito, a estação ferroviária e por fim o cemitério. O bando recuou porém logo em seguida.

Após o episódio de Lampião, em 1930, o Rio Grande do Norte viria a assistir à tomada de um acontecimento novo, o fim da República Velha.

As motivações partiam da última corrida eleitoral pela Presidência da República. A fraude nas eleições e o assassinato de João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque em Recife teriam motivado o impedimento de Júlio Prestes ao cargo de Presidente. Getúlio Vargas assumiu o poder, assim, movimento que foi conhecido como Revolução de 1930, onde ficou na presidência por quinze anos.

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O governador do Rio Grande do Norte, Lamartine, era dependente do governo federal da época e conhecido pela falta de tolerância ao combater adversários, o que motivou o aparecimento no cenário político rio grandense de Café Filho, principal personagem de atuação da Revolução de 1930 na região que, ao ser perseguido se projetou politicamente pela Paraíba, onde fez parte da “Aliança Liberal”, movimento defendendo Getúlio Vargas na presidência e João Pessoa como vice. A Coluna Prestes deixara suas sementes na região prejudicando a candidatura getulista.

Com a tomada de Getúlio do poder, o governador abandonou o Rio Grande do Norte, em 5 de outubro de 1930, assumindo em seu lugar uma junta governativa de três pessoas (Luís Tavares Guerreiro, Abelardo Torres da Silva e o Júlio Perouse Pontes), que ficou no poder durante uma semana.

No dia 1º de janeiro de 1931, foi nesse contexto político que chegou ao Brasil como presente do governo da Itália doado por Mussolini ao Brasil, a Coluna Capitolina para comemorar o “raid” Roma-Natal, realizado pelos aviadores Del Prete e Ferrarin, tendo a capital norte-riograndense recebido a visitada da esquadrilha da Força Aérea italiana dias mais tarde.

O Rio Grande do Norte enfrentou na época com as agitações em Natal da Intentona Comunista que saiu vitoriosa temporariamente. Houve muitos assaltos a bancos e o assassinato de várias pessoas devido à insatisfação com o governo do Estado. A resistência foi representada pelas autoridades policiais, comandadas pelo major Luís Júlio e pelo coronel Pinto Soares. O fracasso da Intentona nas cidades de Recife (capital de Pernambuco) e Rio de Janeiro (capital federal da época), provocaram o abandono de Natal pelos rebeldes, que deslocaram rumo à região do Seridó. Nessa região, a repressão foi drástica encerrando a Intentona Comunista.

A posição estratégica da capital facilitou seu destaque na história da aviação também, incluindo a presença de hidroaviões a ponto de se tornar conhecida durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Os estadunidenses construíram uma megabase, que desempenhou um papel bastante significativo durante o conflito, que se tornou conhecida como “O Trampolim da Vitória”, como já dito anteriormente.

A Conferência de Natal é um marco da presença norte-americana a partir de então na região. Contou com a presença de ilustres autoridades como os presidentes do Brasil Getúlio Vargas e dos Estados Unidos Franklin Delano Roosevelt, o que estimulou uma mudança de hábitos econômicos na região, levando ao desenvolvimento de Natal, influenciando então a cultura com novos ritmos a partir de bailes.

Com a saída de Getúlio do poder em 1945, o Rio Grande do Norte experimentou um período de democracia nunca antes visto. Com sua volta à presidência em 1954, após o suicídio, assumiu no seu lugar o batalhador e aliado Café Filho, primeiro e único potiguar a ocupar a presidência.

Na década de 1960, o populismo se impôs na região através de Aloísio Alves que modernizou o Estado e Djalma Maranhão, mas a alegria seria logo interrompida com o Golpe Militar de 1964 que pôs fim ao governo de João Goulart que durou de até 1985, impondo severas restrições intelectuais e políticas ao Rio Grande do Norte. Esse golpe representou perseguições a jovens e intelectuais da terra. A repressão política pelo AI-5 (Ato Institucional no.5 de 1968) chegava com a suspensão de direitos políticos de Aloísio Alves, Garibaldi Alves e Agnelo Alves,

O Rio Grande do Norte voltou a crescer em 1974, porém, graças a descoberta do petróleo, a economia do estado, que até então era prejudicada pelos longos períodos secos, começou a crescer. O turismo é também um dos setores que mais crescem no estado. Governos recentes têm feito importantes mudanças, como ocorreu na gestão de Garibaldi Alves, que elevou a irrigação como uma das metas prioritárias, com o objetivo de interligar bacias hidrográficas e levar água de boas qualidade às famílias sobreviventes em regiões secas e irrigar uma densa área do território norte-riograndense.

Atualmente, o Rio Grande do Norte se divide em 167 municípios, tendo Natal como capital. Na maioria das análises historiográficas, falta a contextualização dos acontecimetos para se compreender

o processo histórico no que se refere a abolição da escarvatura no Rio Grande do Norte, mas sabe-se que o Rio Grande do Norte não chegou a ser um Estado que dependesse da mão de obra escrava para o seu desenvolvimento.

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O movimento não teve grandes colaboradores porque não encontrou proprietários de escravos receosos de perderem seu patrimônio, ou exigindo indenização para libertar seus escravos. Poucos são os registros históricos das causas e manifestações a esse respeito.

A cidade às vesperas da Abolição vivia do comércio. Mossoró havia conquistado a condição de empório comer cial; até mesmos as secas na região contribuíram para a expansão das atividades do comércio local.

A população vivia da atividade da pesca, por outro lado também devido à proximidade com o litoral. Estas condições não permitiram que a utilização da mão-de-obra escrava proliferasse, o que ocorreu também na economia criatória que deu origem ao povoamento e à evolução de Mossoró.

Poucas fazendas fazendas de gado podem ser citadas com mão-de-obra escrava. Além da criação de gado, teve lugar nas fazendas outras atividades que dependiam desta principal, tais como: a indústria da carne seca e o ciclo do couro. Todas contribuíram direta ou indiretamente com vultosos lucros para os seus proprietá rios, os quais, por esta época, em sua maioria, eram também comerciantes em Mossoró. Estas e outras atividades do cotidiano da fazenda eram assumidas por trabalhadores livres com presença sempre mais numerosa que a dos escravos.

Por estas condições os habitantes das fazendas mantiveram uma convivência neste espaço de moradia e trabalho que fez desaparecer a fiscalização rígida e a utilização dos castigos tão comuns, os quais eram aplicados aos escravos rebeldes dos canaviais ou cafezais. Na realidade, o Rio Grande do Norte não chegou a possuir grande número de escravos.

Até mesmo no período de ascensão da produção açucareira que ocorreu entre as décadas de quarenta e sessenta, não há registros que comprovem ter o trabalho compulsório predominado nos engenhos de açúcar dos vales do Ceará-Mirim, São José de Mipibu, Canguaretama e São Gonçalo.

Assim sendo, a mão-de-obra escrava não foi uma determinante na vida econômica das fazendas criatórias. Com as secas, os escravos eram um peso. O que não facilitou a escravidão. outros fatores contribuiram para o abolicionismo: o aumento dos impostos no tráfico de escravos devido à interdição no Porto de Fortaleza.

A reunião desses fatores fizeram a cidade de Mossoró no Rio Grande do Norte ter um movimento aboli-cionista que i iniciado em janeiro de 1883 em menos de um ano, em 30 de setembro de 1883 já estava a decretar o fim da escravidão.

Os abolicionistas foram favorecidos pelas condições locais, onde praticamente não houve reação à realização dos seus objetivos.

O ciclo do cangaço durou de 1870 a 1940 mais ou menos. A tese de que o movimento de Cangaço iniciado por Lampião seja popular, desfrutando de carisma junto a alguns segmentos da população nordestina, é equivocada, pois a idéia de um justiçeiro defensor dos pobres e dos mais fracos, usando da Justiça pelas próprias mãos afronta com os Princípios de um Estado Democrático de Direito, uma vez que pressupostos básicos como direitos e garan-tias fundamentais previstos a todos os cidadãos no art 5o. da Constituição Federal de 1988 são violados, a exemplo do direito a ampla defesa e contraditório, presunção de inocência e devido processo legal., etc

Lampião representou um movimento de confronto às forças de organização política do Estado e aos Princípios da Soberania e Justiça Republicana. Simbolizou em sua época uma ameaça aos direitos individuais e à policia estatal, que desse modo organizou táticas especiais como forças chamadas “volantes”, compostas por policiais de carreira e “soldados” temporários.

Resultado do conflito que adquiriu grandes proporções na época, governos estatais passaram a investir incisivamente para desenraizar o grupo. Entre os delitos dos cangaçeiros estavam invasão de domicílios, saque a bancos, ataques a fazendas, casa de políticos e cemitérios. O Estado do Alagoas investiu na sua captura em 1938 e sob a liderança do volante João Bezerra conseguiu -se cercar Lampião na fazenda Angicos no Estado de Sergipe. Quarenta cangaçeiros fugiram, mas Virgulino e Maria Bonita acabaram mortos dentre os 11 mortos. Um de seus homens continuou os ataques em nome de Virgulino, jurando vingança até que foi morto em 1940. Em demonstração da represália estatal, suas cabeças foram decapitadas e expostas até 1968 no Museu Nina Rodrigues em Salvador (BA).

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O cangaço é resultado de politicas adotadas como o coronelismo no interior dos Estados e das fazendas do séc. XIX, as quais levaram à população local a acreditar em Lampião como uma espécie de Robin Hood da Historia brasileira. que roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e região. Foi assim que o cangaço adquiru força mitológica e poder para instaurar o banditismo no Nordeste., semelhantes ao que acontece no imaginário popular de algumas periferias e morros do Rio de Janeiro e São Paulo, onde chefes de quadrilhas também são considerados muitas vezes benfeitores das comunidades carentes.

Os ataques de Lampião no Rio Grande do Norte tiveram por alvo Mossoró e regiões próximas, por onde parte de seu bando havia passado, a exemplo de Trovão que esteve próximo a Assu e possuía passagem na polícia por malandragem e Coqueiro que chegou a trabalhar em Mossoró. O que despertou a cobiça de Lampião era o fato da cidade apresentar-se rica e próspera, com o maior salineiro da região abastecendo inclusive Estados vizinhos com seu complexo empório comercial, fruto do progresso industrial.

No dia 2 de maio de 1927 Lampião e seu bando partiram de Pernambuco, em direção ao Rio Grande do Norte. Atravessaram a Paraíba próximo à fronteira com o Ceará, com destino a cidade potiguar de Luiz Gomes. Antes, porém, atacaram a cidade paraibana de Belém do Rio do Peixe. Na ocasião, Lampião não dispunha de seu grupo completo, pois o chefe Massilon havia combinado de atacar a cidade de Apodi., já no Rio Grande do Norte, no dia 11 de junho daquele ano. Depois do assalto, deveria se juntar a Lampião em lugar pré-determinado, onde deveriam terminar os preparativos para o outro grande assalto. Essa reunião se deu na fazenda Ipueira, na cidade de Aurora, no Ceará, de onde partiram com destino a Mossoró. E ai começou a devastação por onde o bando passava. Assaltaram sítios, fazenda, lugarejos e cidades, roubando tudo o que encontravam, inclusive jóias e animais, queimando o que encontravam pela frente e fazendo refém de todos os que podiam pagar um resgate. Entre os seqüestrados estavam o coronel Antônio Gurgel, ex-Prefeito de Natal, Joaquim Moreira, proprietário da Fazenda Nova, no sopé da serra de Luis Gomes, dona Maria José, proprietária da Fazenda Arueira e outros. Coube ao coronél Antônio Gurgel, um dos seqüestrados, escrever uma carta ao prefeito de Mossoró, Rodolfo Fernandes, fazendo algumas exigências para que a cidade não fosse invadida. Era a técnica usada pelos cangaceiros ao atacar qualquer cidade. Antes, porém, cortavam os serviços telegráficos da cidade, para evitar qualquer tipo de comunicação. Quando a cidade atendia o pedido, exigiam além de dinheiro e jóias, boa estadia durante o tempo que quisessem, incluindo músicos para as festas e bebidas para as farras. Quando o pedido não era aceito, a cidade era impiedosamente invadida. Nessa altura dos acontecimentos, o povo começou a se organizar. O mossoroenses já convencidos do intento dos cangaceiros, tratavam de preparar a defesa da cidade. O tenente Laurentino era o encarregado dos preparativos. E como tal, distribuía os voluntários pelos pontos estratégicos da cidade. Haviam homens instalados nas torres das igrejas matriz, Coração de Jesus e São Vicente, no mercado, nos correios e telégrafos, companhia de luz, Grande Hotel, estação ferroviária, ginásio Diocesano, na casa do prefeito e demais pontos. O plano de lampião era chegar a uma localidade conhecida como Saco, que ficava a uma distância de dois quilômetros de Mossoró, onde abandonariam as montarias e prosseguiriam a pé até a cidade. A cena era dantesca daqueles que desesperadamente fugiam da cidade para fugir da invasão dos cangaçeiros. Não foi um combate longo; iniciou-se as quatro horas da tarde, aproximadamente, sendo os últimos disparos dados por volta das cinco e meia da mesma tarde. Lampião havia fugido, deixando estirado no chão o Cangaceiro Colchete e dando por desaparecido o Jararaca, que depois seria preso e justiçado em Mossoró

A industrialização mudou o perfil da região, alterando o quadro do coronelismo nordestino, de modo que o movimento do banditismo do cangaço desapareceu aos poucos, com a maior urbanização das antigas metrópoles, melhoria dos transportes e comunicação. As oportunidades econômicas de outros grandes centros como São Paulo e Rio de Janeiro, deslocaram a população local para essas outras áreas de emprego, pondo definitivamente fim aos costumes culturais atrelados a esse tipo de movimento.

sEGUNDA GUERRA MUNDiAL NO RiO GRANDE DO NORTE

No dia 1º de setembro de 1939, iniciava -se a 2a. Guerra Mundial, com a invasão da Polônia pelo nazistas alemãs de Adolf Hitler. Getúlio Vargas, presidente do Brasil na época manteve-se neutro, resolvendo entrar apenas em 1942. A motivação teria sido o ataque a navios brasileiros, o que levou Getúlio a negociar com o Presidente Franklin Delano Roosevelt as condições da ajuda.

Monumento dos Mortos na 2a. Guerra Mundial (RJ).

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O Brasil que era simpático ao Fascismo era comandado de forma ditatorial, já que era a fase do Estado Novo getulista. A neutralidade brasileria era teórica, pois havia sido recentemente assinado a Carta do Atlântico, que desautorizava ataque a navios brasileiros. Devido à pressão popular, após meses de torpedeamento de navios mercantes brasileiros, finalmente o Brasil entrou na Guerra. A população majoritária era analfabeta vivendo no campo, politica econômica isolacionista.

O cenário político e econômico era complexo. De um lado, Alemanha e Itãlia veladamente interferiam nos assuntos internos com a implantação do Estado Novo, de outro o Pres. Roosevelt prometia incentivos econômicos e comerciais como a construção da Companhia Siderúrgica Nacional e proteção com uma base aerea na região Nordeste. O fato é que os Estados Unidos intencionavam uma invasão caso Getúlio Vargas se mantivesse na posição de neutralidade.

Uma base foi construida nessas condições em Parnamirim, cidade vizinha de Natal, no Rio Grande do Norte, conhecida hoje com o nome de “Trampolim da Vitória”, que foi de especial importância para o esforço de guerra aliado antes do desembarque de tropas Anglo-Americanas no Norte da África, em novembro de 1942 na Operação Tocha.

Outro destaque na Guerra foi para a aviação brasileira. O Brasil se destacou com o 1º Grupo de Aviação de Caça criado em 18 de dezembro de 1943, juntamente ao. Curtiss P-40 Warhawk, onde pilotos voluntários seguiram para Suffolk, sendo apresentados ao P-47 Thunderbolt e adaptados ao Republic P-47 ficando o grupo conhecido por “Senta a Pua!” com a missão de pacificar o norte da Itãlia.

Imagem de Marcelo Breyne

Tropas territoriais da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foram enviadas à Italia por ocasião do conlito em 1944. Os pracinhas, diminuto de praça, que é soldado, deram sua importante contribuição. Foi um total de 25 milo homens, 42 pilotos e 400 homens da Força Aérea Brasileira (FAB).

Os pracinhas conseguiram vitórias importantes contra os alemães, tomando cidades e regiões estratégicas que estavam no poder destes.

A consequência direta da entrada do Brasil na segunda Guerra Mundial foi o fim do regime do Estado Novo, fato que era avisavado pelo Manifesto dos Mineiros em 1943.

A Presença Norte - Americana no Rio Grande do Norte

Natal, a capital do estado do Rio Grande do Norte, no nordeste brasileiro, possui uma posição estratégica geográfica global muito importante, fato que levou a cidade a receber as duas principais bases militares americanas durante a Segunda Guerra Mundial: a Base Naval e Parnamirim Field, a maior estrangeira da época em 1943 Ao todo, contabilizou-se um contingente de 100.000 soldados norte-americanos que chegaram a Natal para lutarem durante o conflito mundial, que mudou radicalmente os hábitos dos.55.000 cidadãos de lá. Natal colaborou assim com as forças de combate dos aliados, pois introduziram ritmos músicais novos nos bailes. Os norte-americanos altos, louros e de olhos azuis exibiam seus dólares, chicles, eletrodomésticos, música, festas (muitas festas) alterando profundamente a economia e o cotidiano local.

Natal serviu de base aérea para o exército norte-americano na Segunda Guerra Mundial.

Porém o Brasil não teve grande participação na Segunda Guerra Mundial, tendo apenas auxiliando os Aliados (Reino Unido, França e Estados Unidos) em algumas ações. O fato rendeu à capital potiguar o apelido de “Trampolim da Vitória”.

As bases foram mantidas até 1945 nessas regiões, sendo desativadas logo em seguida. A presença dos norte-americanos na região durou até 1961 na ilha de Fernando de Noronha, porém, um pouco antes do Golpe Militar de 1964.

Os impactos da presença norte-americana no território brasileiro foram negativos por outro lado. A vida noturna foi alterada significativamente: o consumo de álcool, cigarro e prostituição aumentaram exponencialmente. Várias mulheres potiguares ficaram grávidas de combatentes americanos, sendo a primeira cidade a conhecer os hábitos do chicletes e coca-cola.

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Decorrentes das políticas expansionistas do século XX, após a 2a. Guerra Mundial, os Estados Unidos tentou estabelecer sua hegemonia perante o mundo, a partir do modelo da “Guerra Fria “

A reação imediata em todo mundo a esse modelo nos países foi a instauração de um regime de poder conhecido por “Ditadura Militar”.

Em 31 de março de 1964, um golpe militar depôs o então presidente da República João Belchior Marques Goulart (RS, 1/3/1918 - 6/12/1976) que se exilou no Uruguai. Os militares acreditavam que ele era notadamente comunista, alinhado com as forças de esquerda composta pelos partidos e organizações sociais que lutavam por reformas na área da educação, saúde, agrária e econômicas, objetivando a redução dos alarmantes índices de desigualdade, analfabetismo e miséria em nosso país, cujo estopim teria sido uma visita realizada à China para estabelecer relações de comércio. O ambiente de acirramento político e social se intensificou quando o presidente elaborou um plano de reformas de base para promover com o objetivo de reduzir os problemas existentes no país. Um conjunto de reformas que afetava diretamente os latifundiários e empresários ligados ao capital internacional, tendo em vista que a reforma agrária e fiscal era prevista por João Goulart. Setores conservadores se mobilizaram sob a liderança dos militares e políticos - especialmente os membros da União Democrática Nacional (UDN), liderada por Carlos Lacerda, governador da Guanabara, setores conservadores da Igreja católica e grandes jornais do país

Determinou-se a censura e as eleições indiretas para presidente da República. A repressão chegou ao apogeu com o AI-5. (Ato Institucional no.5)

No período em que foi deflagrado o golpe militar, o Rio Grande do Norte era governado por Aluízio Alves. Eleito em 1960 através de uma aliança que também elegeu o prefeito Djalma Maranhão, seu governo recebia apoio e recursos de um programa americano presente em diversos países da América latina., chamado “Aliança para o Progresso”, motivou que ensejou a visita do irmão do presidente John Kennedy ao Rio Grande do Norte.

No período em que foi deflagrado o golpe militar, o Rio Grande do Norte era governado por Aluízio Alves. Eleito em 1960 através de uma aliança que também elegeu o prefeito Djalma Maranhão, seu governo contava com recursos oriundos da Aliança para o Progresso, programa americano presente em diversos países da América latina.

O então governador Aluízio Alves, com o irmão do presidente Kennedy, o senador Robert Kennedy, no saguão da TN.

O episódio levou o prefeito de Natal, nacionalista que era, Djalma Maranhão, a se afastar politicamente dso governador Aluízio Alves

A frente da prefeitura do Natal, Djalma Maranhão comandou o programa educacional “De Pé no Chão Também se Aprende a Ler”, que contava com recursos próprios e tinha como objetivo alfabetizar as crianças carentes da capital. Com um perfil nacionalista, o slogan do programa era “Escola Brasileira com Dinheiro Brasileiro”.

Prefeito Djalma Maranhão no programa De Pé no Chão Também se Aprende a Ler.

Com o Golpe de 64, o Governador do Rio Grande do Norte como era de se imaginar ficou a favor do regime, sendo que o prefeito Djalma Maranhão se posicionou contra, e se manifestou sua ajuda ao presidente João Goulart, publicando uma nota informando que a partir daquele momento a prefeitura de Natal tornava-se o “quartel-general da legalidade e da resistência política “., ponto de encontro de lideranças políticas, sindicais e estudantis que se opuseram ao golpe. Investigações, prisões e perseguições das Forças Armadas e do próprio governador foram realizadas, com apoio da Politica Federal do Pernambuco, contratada para esse fim. Sindicatos, organizações estudantis e as ligas camponesas que operavam no interior do estado foram acusadas de promover a anarquia e invasões de terras. O prefeito Djalma maranhão foi deposto, preso, torturado e exilado no Uruguai onde faleceu em 30 de julho de 1971. Sua obra foi ter lutado contra o analfabetismo de milhares de crianças. Um legado que infelizmente não foi honrado por muitos dos gestores

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Nova República é o nome do período da História do Brasi que se seguiu ao fim da ditadura militar. Trata-se da fase de Redemocratização do país, cujas características são a Reforma Política, Reforma do Judiciário, a a estabilização econômica. Seu início foi com as Diretas-Já em 1984.

as causas que levaram à Redemocratização estavam ligadas à mudança do cenário econômico internacional, fim da Guerra Fria e uma política desenvolvimentista apoiada na superação da Crise do petróleo de 1973. A crise do Petróleo minou o crescimento econômico do Brasil e outras nações,. O reflexo disso foram as altas taxas inflacionárias na economia, cuja população sentindo os efeitos de arrochos salariais passou a fazer pressão social desestabilizando o governo a partir das críticas.

Logo após a promulgação da Emenda Dante de Oliveira, vieram as eleições presidenciais se elegendo ao poder o mineiro Tancredo Neves, cumprindo os militares sua promessa de entregar a democracia de volta ao povo brasileiro a partir do general do exército João Figueiredo eleito pelo Colégio Eleitoral brasileiro em 1979. Entretanto, o mesmo viria a falecer logo em seguida, sem tomar posse. No seu lugar assumiu o seu Vice, José Sarney, cujas primeiras medidas foram de mudar o nome da moeda e aplicar um plano anti-inflacionário denominado “Plano Cruzado” através do Ministro Dilson Funaro que, sem sucesso, foi substituído pelo Ministro Bresser Pereira que criou o “Plano Bresser`, que igualmente não atingiu as metas esperadas.

Um amplo movimento de abertura politica iniciou-se então, culminando com a promulgação da Constituição Federal de 1988, tendo à frente o Dr Ulysses Guimarães do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) que editou a Carta Documento, intitulada de “Constituição Cidadã”.

Prepararam-se novas eleições, agora disputando o cargo a Presidencia da Republica, o Dr. Ulysses Guimarães e Fernando Collor, do recém partido criado PRN (Partido da Reconstrução Nacional), saindo este último vencedor. Fora o primeiro prisidente eleito mais jovem, com 40 anos, a chegar à Presidência da República, eleito por voto popular

Entre as medidas adotadas por Collor, estavam a contenção da inflação e modernização do país. Denúncias de corrupção levaram-no à Renúncia, assumindo o governo seu vice-Itamar Franco que idealizou o Plano Real. Itamar Franco promoveu a estabilização macroeconômica no país. Com o Plano Real executado por seu ministro Fernando Henrique Cardoso (FHC). Percebendo que a hiperinflação brasileira era também um fenômeno emocional de separação da “unidade monetária de troca” da “unidade monetária de contas”, o plano concentrou todos os índices de reajuste de preços existentes em um único índice, a Unidade Real de Valor, ou URV. Esta, posteriormente, foi transformada em moeda corrente, o real, iniciando assim o controle do maior problema econômico do Brasil: a inflação. Fernando Henrique Cardoso iniciou o processo de modernização do Brasil com as reformas econômicas iniciadas por Fernando Collor.

O governo seguinte ao de Fernando Henrique, o de |Luís Inácioda Silva avançou com as reformas, a partir da busca do equilibrio nos aspectos da Justiça Social, colocando o Brasil entre uma das potências econômicas mais promissoras do mundo em termos de distribuição de riqueza para os próximos anos. Alguns dos novos desafios de seu governo, porém, ficaram para serem resolvidos pela atual presidenta, e sua sucessora, Dilma Roussef. Entre os principais desafios assumidas pelo atual governo no país estão um salto qualitativo na educação e saúde, a desburocratização do empreendedorismo e uma resposta eficiente aos problemas de segurança pública e favelização dos centros urbanos.

No contexto das políticas públicas voltadas ao Rio Grande do Norte, o compromisso assumido pelo atual governo integra esses últimos projetos de modernização do Estado, com ênfase nos direitos sociais.

No Rio Grande do Norte, o Setor que vem mais avançando no contexto da politicas públicas na região é o turismo,

As políticas públicas podem ser entendidas como o conjunto de ações e omissões do Estado para resolver problemas que afligem a sociedade, porém, em razão das demandas superarem a capacidade do Estado de responder às mesmas, se faz necessário estabelecer prioridades. Dessa forma, as políticas de turismo, que podem ser entendidas como os conjuntos de decisões em matérias turísticas integradas harmonicamente no contexto da política nacional de desenvolvimento, orientam a condução do “setor”.

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A área de turismo vem ganhando importância e ampliando seus horizontes de forma acelerada no cenário nacional e internacional, pois é uma atividade com grande capacidade de geração de emprego e de renda, contribuindo significativamente para o crescimento e desenvolvimento da região. Essa atividade envolve uma diversidade muito grande de negócios, desde aqueles relacionados diretamente ao turismo até os negócios indiretos necessários para a viabilização da atividade.

O Rio Grande do Norte é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado na Região Nordeste e tem por limites o Oceano Atlântico a norte aleste, a Paraíba a sul e o Ceará a oeste. É dividido em 167 municípios e sua área total é de 52796,791km², o que equivale a 3,42% da área do Nordeste e a 0,62% da superfície do Brasil, sendo um pouco maior que a Costa Rica. Sua localização é considerada “esquina dos Continentes”. Está inserido na região chamada polígono das Secas.

Mapa da localização geográfica do Rio Grande do Norte.

Sua bandeira traz a idéia dessa inscrição representada pela estrela Shaula (λ Scorpius).

Bandeira Oficial do Estado do Rio Grande do Norte.

Relativo às paisagens, domina a Mata Atlântica, apesar do Estado estar localizado dentrto do Polígono das Secas. Predominam na vegetação: floresta subperenifólia ou floresta ciliar sem carnaúba:,

“floresta subcaducifólia ou floresta decídua:, caatinga hipoxerófila, caatinga hiperxerófila:, florestas e campos de várzea:, formação de praias (litorais) e dunas:, formações halófilas ou campos salinos: e finalmente manguezais. Com relação ao clima e relevo, predominam: planícies costeiras, dunas. formações de argila, Planalto da Borborema, Chapada do Apodi e Depressão Sertaneja, destacando -se quatro tipos de clima árido, semiárido, subúmido e úmido. Os principais tipos de solos associados são os luvissolos, atossolo, os neossolos - planossolos argissolos, cambis solos e chernossolos

A hidrografia do estado é marcada por rios que, em sua maioria, são temporários, pois permanecem secos durante o período sem chuvas, sendo os principais o Apodi / Mossoró, o rio Piranhas / Açu, e o rio Potenji,

Na politica atual, comanda a atual governadora do Rio Grande do Norte é Rosalba Ciarlini Rosado

A população do estado recenseada em 2010 foi de 3 168 027 habitantes, Há predomínio de elemento dos tupis notáveis por ser capaz de resistir por tanto tempo utilizando um complexo sistema de alianças com ingleses e principalmente franceses comerciantes de pau-brasil. Das cinco expedições ibéricas contra os potiguaras, quatro foram rechaçadas e vencidas pelos nativos. Segundo o censo de 2000 do IBGE, a população de potiguares está composta por pardos (52,48%), brancos 41,15%), negross (5,24%), amarelos (1,04%), indígenas (0,08%) e sem declaração (0,01%).81A população do Rio Grande do Norte está distribuída de maneira desigual pelo território do estado, visto que as áreas próximas ao litoral são bastante povoadas, enquanto o interior é pouco habitado. Esse fato se deve ao grau de desenvolvimento socioeconômico das regiões litorâneas, que é maior que o do interior, atraindo mais pessoas. A maioria dos habitantes reside em áreas urbanas (77,8%). Natal, capital do estado, é a cidade de maior concentração populacional, com 803.739 habitantes. Existem outros 166 municípios, sendo que os mais populosos são: Mossoró (259.815), Parnamirim (202.456), São Gonçalo do Amarante (87.668), Macaíba (69.467), Ceará-Mirim (68.141), Caicó (62.709), Açu (53.227). O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Rio Grande do Norte é o terceiro melhor entre os estados da Região Nordeste, estando atrás somente da Bahia e de Sergipe

A religião predominante na região é o Catolicismo. Segundo o censo de 2000 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, dos 2,7 milhões de habitantes que residiam no estado naquele ano, a maioria dos potiguares declaram-se católicos (2,3 milhões). É possível encontrar também alguns praticantes de religiões evangélicas,

De acordo com dados do “Mapa da Violência 2011”, publicado pelo Instituto Sangari e pelo Ministério da Justiça, a taxa de homicídios por 100 mil habitantes do estado do Rio Grande do Norte é a nona menor do Brasil. O número de homicídios registrados em território potiguar, que era de 8,5 para cada cem mil habitantes em 1998, subiu para 23,2 por 100 mil habitantes em 2008.

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Em termos absolutos o Rio Grande do Norte registrou o segundo menor déficit habitacional da região (107.617 domicílios), acima apenas do déficit de Sergipe. Aproximadamente 45% do mesmo, cerca de 50,8 mil domicílios, deve-se a coabitação familiar. A principal causa apontada pelas estatísticas é o excessivo e oneroso aluguel.

O PIB do Rio Grande do Norte é o vigésimo estado mais rico do país, destacando-se na área de prestação de serviços. De acordo com dados relativos a 2008, o PIB potiguar era de R$25,4 bilhões, enquanto o PIB per capita era de 8 203 reais A economia local da região atualmente não é das melhores, considerando seu grandioso passado. A Repúbica parece ter sido um pouco ingrata com o Rio Grande do Norte. Nos últimos anos tem ocorrido uma queda dos investimentos públicos.

As estatísticas são calculadas em torno de 10% de perda do poder aquisitivo da região.

Gráfico dos últimos investimentos públicos na região potiguar.

Por outro lado, a produção de gasolina tem se apresentado com indíces positivos de desenvolvimento, graças a Refinaria Potiguar Camarão: 152 mil metros cúbicos de gasolina (acréscimo de 23%), 211,9 mil m³ de óleo diesel, 36,4 mil m³ de querosene de aviação (QAV) e 21 mil m³ de óleo combustível.

Niveis de produção da Refinaria Camarão.

A partir de 1974, com a abertura do poço pioneiro, o petróleo começou a crescer na economia estadual. Fala-se, agora, no “Pologás-sal”, que caso venha a se tornar realidade, trará grandes benefícios para o Rio Grande do Norte.

O Rio Grande do Norte continua apresentando crescimento no setor de exportação, com destaque para alguns setores da economia potiguar, cerca de R$ 96,3 milhões em vendas externas. O setor mineral se destaca e o do agronegócio é bem representado pela fruticultura, com o melão em primeiro lugar. Seguido da melancia, cajú e acerola A agricultura no Estado é a que mais se desenvolve atualmente. com a cana-de-açucar. As principais atividades depois do cultivo da cana são da castanha de caju, coco-da-baía, arroz, mandioca (esses últimos em processo de expansão), cultivo de algodão, banana, feijão, milho, batata-doce, sisal, fumo, abacaxi e mamona.

A atividade agropecuária caracteriza-se pelo baixo grau de mecanização, e ocupa cerca de 70% da área do estado.

A indústria têxtil passou por uma crise aguda e está em recuperação. Um fator que vem contribuindo muito para o fortalecimento do setor industrial é o Programa Governamental de Apoio ao Desenvolvimento Industrial (PROADI), que instalou o Centro Industrial Avançado (CIA) localizado nas regiões de Natal e Mossoró. Segundo dados da Secretaria da Indústria, do Comércio, da Ciência e da Tecnologia, no períoo de 1997 a 2001,84 empresas foram beneficiadas com este mecanismo de incentivo concedido pelo Estado, com destaque para a indústria têxtil e de alimentos.

O Estado conta, até o presente momento, com duas antologias, reunindo os poetas do Rio Grande do Norte: a primeira, organizada por Ezequiel Wanderley, foi publicada em 1922 sob o título “Poetas do Rio Grande do Norte” e a segunda, escrita por Romulo Chaves Wanderley, que publicou, em 1965, o “Panorama da Poesia Norte-Rio-Grandense”.

Com relação à cultura no Estado, novas antologias estão sendo preparadas. Uma delas organizada por Constância Lima Duarte, juntamente com a poetisa Diva Cunha. A cultura no Rio Grande do Norte apresenta páginas brilhantes. Desde a fundação do seu primeiro jornal, “O Natalense”, em 1832, pelo padre Francisco de Brito Guerra, até o presente momento, a imprensa escrita ocupou um lugar de destaque, Importantes. Em 2004 a taxa de analfabetismo no estado era de 22,3%, uma das mais altas no Brasil. Da população, 34,4% dos potiguares são analfabetos funcionais. O Rio Grande do Norte tem a 5ª pior educação do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,810.

De acordo com uma pesquisa realizada pelo IBGE em 2008,70,4% da população potiguar avalia sua saúde como boa ou muito boa; 68,8% da população realiza consulta médica periodicamente; 41,3% dos habitantes consultam dentista regularmente e 7,1% da população esteve internado em leito hospitalar nos últimos doze meses.29,4% dos habitantes declarou ter alguma doença crônica e apenas 15,6% tinham plano de saúde. Outro dado significante é o fato de 59,9 % dos habitantes declararem necessitar sempre do Programa Unidade de Saúde da Família - PUSF

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O sistema de transportes do Estado é razoável. A frota estadual no ano de 2009 era composta de automoveis, caminhões, motocicletas, ônibus, tratores, etc. Natal e Mossoró, as duas maiores cidades do estado em população, concentram juntas pouco mais de 50% da frota de veículos do estado. No Rio Grande do Norte existe apenas um aeroporto administrado pela Infraero:, o Aeroporto Internacional Augusto Severo. Há duas ferrovias: uma começa no município paraibano de Sousa, construída em 1915 percorrendo o Oeste Potiguar até chegar a Mossoró; atualmente, a ferrovia encontra-se desativada e a outra é aquela que vem do estado da Paraíba, entrando no Rio Grande do Norte

O turismo é apontado pelos especialistas como um setor que tende a crescer, pela potencialidade que a terra potiguar possui. Foi construída uma rede de hotéis na Via Costeira

A Secretaria de Estado do Esporte e do Lazer (SEEL-RN), por meio do decreto 7, é o órgão do governo estadual com a missão principal de estabelecer diretrizes, desenvolver e executar ações relativas à prática de esporte no Estado.

A culinária potiguar é influenciada tanto pela colonização portuguesa e quanto pela cultura indígena, sendo basicamente dividida em duas partes: aquela dos frutos do mar, além dos pratos feitos com produtos da terra como a tapioca, milho verde, coco, entre outro

BiBLiOGRAFiA

Atlas Geografico: Ed Folha de São Paulo: SP; 1995.

Atlas Historico; Ed Folha de São Paulo; SP; 1995.

cAscUDO, L. da c. História do Rio Grande do Norte. Rio de Janeiro. Departamento de Imprensa Nacional, 1954.

Fundação Vingt-un Rosado, A Abolição da Escravidão em Mossoró. Pioneirismo ou Manipulação do Fato: Mossoró, RN: 1999.

FUNDAÇÃO JOsÉ AUGUsTO. Centro de estudos e pesquisas Juvenal Lamartine. Personalidades históricas do Rio Grande do Norte. Natal: Fundação José Augusto, 1999.

LOPEs, F. M. Índios, colonos e missionários na colonização da Capitania do Rio Grande. Natal, 1999. 210p. Dissertação (Mestrado em História) - Centro de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal do Rio Grande do Norte. (cap.1)

LYRA, Tavares de. História do Rio Grande do Norte.3ª ed. Natal: EDUFRN, 2008.

MELLO, Evaldo cabral de. O Negócio do Brasil. Portugal, os Países Baixos e o Nordeste, 1641-1669. Rio de Janeiro: Editora Topbooks, 1998.

MONTEiRO, D. M. Índios, terras e armas: a luta pelo território (séculos XVI e XVII). In: _____. Introdução à história do Rio Grande do Norte.3ª ed. Natal: EDU FRN, 2007.

sOUZA, itamar de. Natal: Editora O Diário S/A, 1999. Coleção Diário do Rio Grande do Norte. Fascículo 3.

TRiNDADE, sérgio Luiz Bezerra. Introdução à História do Rio Grande do Norte. Natal: Sebo Vermelho, 2007.

VARNHAGEN, Francisco Adolfo de, Visconde de Porto Seguro. Historia das lutas com os Hollandezes no Brazil desde 1624 a 1654. Impr. de C. Finsterbeck, Viena.1871.

E-Mail para dúvidas sobre esta matéria:[email protected]

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TESTES

1) As origens históricas do Rio Grande do Norte ligadas à chegada dos portugueses ao litoral brasileiro em 1535. A formação de elementos característicos étnicos, econômicos e geográficos, bem como culturais se fizeram notar pela presença de:

a) portugueses, ingleses e espanhóisb) canadenses, portugueses e potiguaresc) franceses, ingleses, portugueses e potiguaresd) portugueses, franceses, holandeses e potiguarese) franceses, tupis, ingleses e espanhóis

2) A tomada do território potiguar pelos portugueses foi dificultada em parte pela estratégia de dominação utilizada por franceses e holandeses nas costas brasileiras, por vários motivos, sendo que se destacam como movimentos de resistência de cunho nacionalista na região potiguar e norte -rio grandense:

a) Revolução Farroupilha, Confederação do Equador e Cabanagemb) Sabinada, Balaiada e Guerra do Contestadoc) Revolução Pernambucana e Confederação do Equadord) Guerra do Contestado, Inconfidência Mineira e Sabinadae) Cangaço, Confederação do Equador e Sabinada

3) Um dos mais importantes pontos geográficos da região do Rio Grande do Norte trata-se da chamada “esquina dos Continentes” que fica localizada nas costas do nordeste potiguar. A respeito de sua localização favorável ao comercio e comunicação com Europa e Àfrica, foram realizadas construções para abrigar o processo de colonização que viria a se instaurar na região. Monumento que expressa esse objetivo de ocupação territorial pelos europeus foi:

a) o Trampolim da Vitóriab) Coluna Capitolinac) Base Aérea de Parnamirim.d) o Memorial Câmara Cascudoe) Forte dos Reis Magos

4) Entre as iniciativas estratégicas do holandês Maurício de Nassau, estavam incluídas medidas de proteção e incentivo à cultura, ciência e tecnologia da região, bem como o respeito e a tolerância religiosa. Acusado, porém, de improbidade administrativa, Maurício de Nassau foi afastado de seu governo pela Companhia das Indias Ocidentais, o que foi causa de um importante movimento nativista e de rebeldia na região potiguar contra os holandeses que foi:

a) Insurreição Pernambucanab) Sabinadac) Guerra do Contestadod) Confederação do Equadore) Balaiada

5) A pacificação da população potiguara foi feita a partir da educação cristã, destacando-se a supremacia de:

a) católicos d) espíritasb) batistas e) maçonsc) assembleianos

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6) Os massacres de Cúnhaú e Uruassu tiveram por causa principal dos conflitos, os seguintes fatores:

a) religiososb) econômicosc) étnico-raciaisd) políticose) revanchismos do passado

7) O Rio Grande do Norte contribuiu com a Proclamação da República, na medida em que Mossoró uniu-se à causa abolicionista. Destacarm-se nessa luta:

a) Manuel Brandãob) Joaquim Cisneiro Albuquerquec) Januncio Nóbrega e Manuel Sabino da Costa.d) Pedro de Albuquerque Maranhãoe) todas alternativas são corretas

8) A Era Oligárquica fôra inaugurada no Rio Grande do Norte por:

a) Frei Canecab) Pedro Velhoc) Virgulino Ferreirad) Cláudio Manoel da Costae) Ulisses de Góis

9) O cangaço foi um movimento de reação ao coronelismo no Nordeste. Por outro lado, fôra também por esse apoiada por vezes, destacando-se:

a) Trovãob) Coqueiroc) Maria Bonitad) Lampiãoe) Tibiriçá

10) Um importante acontecimento marca a vida da população rio-grandense que foi a visita de um ilustre presidente norte-americano ao presidente Getúlio Vargas da década de 1930 que negociou progresso para a região, que foi:

a) Benito Mussolini que doou a Coluna Capitolina a Getúlio Vargasb) John Kennedyc) Franklin Delano Rooseveltd) Adolf Hitlere) nenhuma das alternativas

11) A visita do irmão do Pres. John Kennedy marca decisivamente um momento de mudanças no sistema educacional do Rio Grande do Norte, a partir do qual diretrizes norte-americanas passariam a integrar o contexto das políticas públicas na área. Trata-se tal projeto do:

a) “De Pé no Chão Também se Aprende a Lerb) “Senta a Pua”c) A “Cobra vai Fumar”d) “Aliança para o Progreso`e) O Brasil quer todos na Escola”

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12) O Movimento de Resistência à Política Norte-Americana, afrontando a Soberania Nacional, na segunda onda de colonização imperialista estrangeira no Rio- Grande do Norte contou com o apoio do prefeito de Natal Djalma Maranhão que foi torturado e exilado junto com o então Pres. João Goulart no Uruguai em razão de seu projeto educacional, o qual é conhecido como:

a) “De Pé no Chão Também se Aprende a Lerb) “Senta a Pua”c) A “Cobra vai Fumar”d) “Aliança para o Progreso`e) O Brasil quer todos na Escola

13) Na década de 1960, o Populismo voltou a crescer no Rio Grande do NOrte, mas foi interrompido pelo Golpe Militar de 1964, deixando para trás a economia potiguara que somente voltou a crescer em razão de:

a) “ Aliança para o Progresso”b) projeto USAID-Kennedyc) Coluna Capitolina (de Mussolini)d) Estado Novoe) descoberta do petróleo

14) Entre as medidas da Ditadura militar determinando a censura que atingiu o Rio Grande do Norte, estavam:

a) Constituição Federal de 1967b) Constituição Federal de 1937c) Ato Institucional no.5d) Ato Institucional no.2e) Constituição Federal de 1988

15) Nova República é o nome do período da História do Brasil que se seguiu ao fim da Ditadura Militar de 1964. Entre as causas que contribuíram para a Redemocratização do país e do Rio grande do Norte, temos:

a) fim da Guerra Fria (corrida armamentista entre EUA e URSS)b) mudança de paradigma econômico internacional (Capitalismo Social)c) filosofia da Globalizaçãod) politica desenvolvimentista apoiada na superação da Crise do Petróleo (Petrobrás)e) todas as alternativas estão corretas

16) Quanto ao clima de Natal, podemos afirmar que domina:

a) temperadob) tropical úmidoc) equatoriald) desérticoe) subtropical

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17) A hidrografia do Rio Grande do Norte foi marcada no passado pela presença de grandes rios, que favorecem a fixação do homem e a colonização na região, tal como:

a) Potenguib) São Franciscoc) Rio das Pedrasd) Rio Negroe) Rio Solimões

18) Entre as atividades econômicas mais promissoras do Rio Grande do Norte, encontramos:

a) agropecuária, indústria têXtil e turismob) Cultura, Arte, Esporte e lazer aliada ao Turismoc) Culinária e Modinhas (variados ritmos)d) agropecuária, extrativismo e turismoe) nenhuma das alternativas está correta

19) O”mapa “ da Criminalidade no Rio Grande do Norte revela que a região melhorou muito desde o fim do cangaço e o banditismo, os quais eram marcas dominantes da região. Isso se deve em parte, à adoção nas politicas públicas do Nordeste de uma austeridade em que contribuiram fatores como:

a) crescimento econômico da regiãob) religião do catolicismo e protestantismoc) projetos educacionais nacionalistasd) turismo e a pescae) todas as alternativas estão corretas

20) Relativamente às invasões holandesas, o Brasil conheceu quatro fases de dominação do território potiguar por estrangeiros:

a) Insurreição Pernambucana (1624 - 1625dC) b) Invasão de Salvador (1630 - 1654)c) Invasão de Olinda (1644- 1654dC)d) Governo de Maurício de Nassau (1644 - 1654)e) nenhuma das alternativas está correta

21) A Insurreição Pernambucana foi um movimento também conhecido pelo nome:

a) Guerra da Chibatab) Guerra da Luz Divinac) Guerra de Navegaçãod) Guerra Friae) nenhuma alternativa está correta

22) A História da fundação de Natal conta com a chegada em 1535 da frota comandada por:

a) Pedro Alvares Cabralb) João de Barrosc) Manuel Mascarenhas Homemd) João Rodrigues Colaçoe) Aires da Cunha

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23) O nivel educacional de Natal pode ser considerado satisfatório, considerando-se as seguintes atividades intelectuais:

a) belas paisagens trabalhadas artisticamenteb) monumentos fhistóricosc) cultura musical com vários ritmosd) teatro, arte e cultura em gerale) todas as alternativas estão corretas

24) As causas ligadas à expansão marítima na Europa eram:

a) a vitória nas Cruzadasb) Feudalismoc) Mercantilismod) Liberalismo Econômicoe) somente as alternativas c e d estão corretas

25) “Potiguara” é termo que se aproxima da expressão:

a) cortador de coqueirob) acendedor de lampiãoc) provocador de trovãod) comedor de camarãoe) nenhuma das alternativas está correta

26) Consequência da Batalha de Cabedelo em 1597 e lutas na região potiguara contra estrangeiros foi:

a) escravização indigena na regiãob) libertação dos escravosc) elaboração de um mapa do Rio Granded) invasão holandesae) nenhuma das alternativas está correta

27) As “Casas de Pedra” formam uma expressão da resistência estrangeira na região à colonização portuguesa. O termo foi criado em alusão a:

a) idéia do comércio fixo realizado em feitorias estabelecido na região potiguar pelos invasoresb) idéia da fixação do elemento étnico português relativamente à colonização indigenac) idéia de dominação espanhola na região potiguard) idéia de colonização do elemento étnico pirata ou inglês no litoral nordestinoe) nenhuma das alternativas está correta

28) Destaque da Fauna de Natal vai para as espécies dominantes na região, tais como:

a) lagarto de folhiço, coruja -buraqueira e bicho preguiçab) sagui, coruja -buraqueira e fungo -em-forma-de-florc) onça pintada, sagui e cobra-de-duas-cabeçasd) iguana, gato selvagem e fungo estrela-da-terrae) camaleão, catleia e anu-preto

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29) A flora dominante na região de Natal é bem representada na sequência abaixo:

a) ipê-roxo, mangabeira e pau - brasilb) cajueiro, bananeira e orquídea catleiac) pau-brasil, coqueiro e mangabeirad) jacarandá, jaboticabeira e pau-brasile) pereira, amoreira e cajueiro

REsPOsTAs cOM cOMENTÁRiOs

1) Resposta: letra “d”. O Tratado de Tordesilhas destinava a disputa de terras nas costas litorais brasileiras a portugueses e espanhóis, o que facilitou a chegada de Cabral ao Brasil e a tomada de pssse da terra pelos portugueses. A política mercantilista, porém, forçava a busca de novos mercados e matérias -primas baratas, o que motivou a exploração marítima das costas brasileiras também por franceses e holandeses nessa época, o que contribuiu com a miscigenação da população local nativa, garantindo a caracteristica própria do povo rio- grandense atual.

2) Resposta: letra “c”. Somente a Confederação do Equador e Insurreição Pernambucana foram movimentos nativos ligados à cultura potiguar. e norte-rio grandense.

3) Resposta: letra “e”. A fase de colonização foi por volta do sec XVI como se vê a motivação do termo. Não se trata nem de neocolonialismo ou dominação imperialista. Naquela época, somente havia sido construída na região o Forte dos Reis Magos como estratégia de fixação do europeu na região.

4) Resposta: letra “a”. Os holandeses se fixaram naquela região por conta do comércio de açúcar onde se produziam grandes extensões de cultura de cana.

5) Resposta: letra “a”. A proteção dos indigenas foi garantida nas costas brasileiras em sua dominância por jesuítas, seguidas de outras denominações católicas.

6) Resposta: letra “ b”. A principal razão foi econômica. O povoado era obstáculo para às ambições dos mercados imperialistas entre as principais nações euroéias que aportaram nas costas marítimas norte-rio grandenses.

7) Resposta: letar “e”. Todos esses idealistas do movimento participaram, de modo direito ou indireto, na política da região com a publicação de jornais e outras manifestações, etc

8) Resposta: letra “b”. Pedro Albuquerque Maranhão, o Pedro Velho

9) Respsota: letra “d”. Lampião foi considerado o rei do cangaço na região, desempenhando um papel de justiçeiro, porém, um tanto controvertida essa questão.

10) Resposta: letra “c”. A visita foi realizada na conferência de Natal em janeiro de 1943.

11) Resposta: letra “d”. Originalmente, tal projeto teria sido lançado com o nome de “Aliança para o Progresso”, embora suas raízes e fundamentos sejam de politicas e idéias mais abrangentes para todo o país.

12) Resposta: letra “a”. Foi o prefeito Djalma Maranhão que escolheu esse nome para o projeto ao entender que o Brasil não precisa de verbas (recursos) estrangeiros para criar seu próprio projeto de educação nacional, o que compreendia como a venda do país aos norte-americanos.

13) Resposta: letra “e”. Desde a década de 1930, o presidente Getúlio Vargas investia na Politica de criação e exploração de recursos próprios como petróleo e outras fontes de energia através da Petrobrás, o que motivou sua propaganda populista no país e altamente nacinalista. Em conseqùência da política adotada pelos governos anteriores no Rio Grande do Norte, a região conseguiu se equipar e desenvolver de modo que o dominio de novas tecnologias levou à emancipação desse setor extrativista e à descoberta de petróleo, recuperando a economia da região, prejudicada pelas secas na agricultura.

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14) Resposta: letra “ AI-5”. Entre as medidas que o AI-5 determinava à população estavam a censura, suspensão de direitos politicos, etc

15) Resposta: letra “e”. O fim da Guerra Fria ocorreu devido à mudança de paradigma mundial, apoiado na visão do capitalismo social contemporâneo, defendido pelos movimentos religiosos da Igreja Católica de Roma, cuja filosofia de sustentação é a de Martin Heidegger, atualmente conhecida pelo nome de Globalização (movimento notadamente marcado nos anos 90) e que vigorou nas encíclicas papais para dignidade do homem, encontrando sua expressão máxima na figura do Papa Karol Wojtyla (mais conhecido como João Paulo II)

16) Resposta: letra “b”. O clima da região é resultado das correntes de ar oceânicas na região, e reflexo da umidade decorrente da flora local, culminando com o tropical úmido.

17) Resposta: letra “a”. Tratou-se de um importante rio para navegação e exploração de atividades comer ciais e de susbsistência como a pesca na região.

18) Resposta: letra “d”. Vêm se mantendo mais promissores esses setores para abastecer a economia da região

19) Respota: Letra “e”. Todos esses fatores contribuiram de um certo modo com a melhoria da educação do povo, reduzindo taxas de analfabetismo, melhorando os níveis de emprego e consequentemente levando a uma diminuição dos indices de criminalidade na região

20) Respsota: letra “e”. Todos os movimentos fizeram parte das fases de evolução da dominação holandesa, durante as invasões. Porém, a sequência correta dos acontecimentos nas datas respectivas é Invasão de Salvador, Olinda, o governo de Mauricio de Nassau e Insurreição Pernambucana, nos seus tempos respecitovs 1624, 1630, 1637 e 1644.

21) Resposta: letra “b”. Nessa, o movimento adquiriu a conotação de Guerra da Luz Divina, porque uma das causas que levaram à Insurreição foram o afastamento de Mauricio de Nassau do governo da região, já que ele lá havia investido muito na cultura e crescimento econômico, tratando com dignidade os nativos da região. O movimento culminou com a expulsão dos invasores imperialistas, cuja nova politica era de simples e fria exploração econômica, mesmo porque os novos neerlandeses mantinham a politica da escravidão, aviltando a dignidade da pessoa humana.

22) Resposta: letra “e”. A frota que acostou

23) Resposta: letra “e”. Natal dispõe de um bom nivel geral de cultura, por evidência dos diversos setores citados.

24) Resposta: letra “e”. Entre as causas que vigoraram na Europa, apenas o Mercantilismo e o Liberalismo econômico vão de encontro com a necessidade desta de expandir seu comercio nosec XV

25) Resposta: letra “d”. A palavra é a justaposição de radicais da lingua tupi, dos termos “poti” e “war” que significam, camarão e comedor, respectivamente

26) Resposta: letra “c”. Consequência desses episódios na região é a elaboração de um mapa do Rio Grande (1579), feito em Dieppe (França) por um normando chamado Jacques de Vaudeclaye, revelando conhecimentos dos acidentes geográficos, tribos e economia local

27) Resposta: letra “a”. Documentos atestam a presença de “casas de pedra” em alusão a idéia de comercio realizado em feitorias próximas ao rio Pirangui por franceses com indígenas

28) Resposta: letra “b”. A única seqûência correta de animais da flora da região de Natal é: sagui, coruja -buraqueira e fungo -em-forma-de-flor

29) Resposta: letra “a”. Apenas essa sequência justifica a flora de natal

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CONHECIMENTOS GERAIS - LEGISLAÇãO INSTITUCIONAL

LEGisLAÇÃO iNsTiTUciONAL

REGiMENTO iNTERNO DA AssEMBLEiA LEGisLATiVA DO RiO GRANDE DO NORTE

TÍTULO i DisPOsiÇÕEs PRELiMiNAREs

cAPÍTULO i DA sEDE

Art.1º - A Assembléia Legislativa tem sede na cidade do Natal e funciona no Palácio “JOSÉ AUGUSTO”.

§ 1º - No Palácio José Augusto não se realizarão atos estranhos à Assembléia sem autorização da Mesa.

§ 2º - Havendo motivo relevante, a Assembléia poderá reunir-se em qualquer outro local do território do Estado, desde que assim delibere a maioria absoluta dos Deputados.

TÍTULO ii DOs DEPUTADOs

cAPÍTULO i DO EXERcÍciO DO MANDATO

Art.15 - O Deputado deve comparecer às sessões plenárias e reuniões de Comissões de que faça parte à hora regimental, ou no horário constante da convocação, só se escusando do cumprimento de tal dever em caso de licença, enfermidade, luto, missão autorizada ou investidura em cargo previsto neste Regimento.

§ único - Nos casos de enfermidade ou luto, o Deputado fará prévia comunicação ao Presidente, com a comprovação que for necessária, sendo cientificado o Plenário.

Art.16 - A todo Deputado compete:

I - oferecer proposições, discutir as matérias, votar e ser votado;

II - encaminhar, através da Mesa, pedidos de informações a autoridades estaduais sobre fatos relativos ao serviço público ou úteis à elaboração legislativa, observados os artigos 211 a216 deste Regimento;

III - usar da palavra, nos termos regimentais;

IV - integrar as Comissões e representações externas e desempenhar missão autorizada;

V - examinar quaisquer documentos em tramitação ou existentes no arquivo, podendo deles tirar cópias ou obter certidões;

VI - utilizar-se dos serviços da Assembléia, desde que para fins relacionados com suas funções;

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VII - receber em sua residência ou em seu gabinete o Diário Oficial do Estado e o Boletim Informativo da Assembléia, bem como, em Plenário, os avulsos de toda a matéria incluída na ordem do dia;

VIII - promover, perante quaisquer autoridades, entidades ou órgãos da administração estadual ou municipal, direta ou indireta, os interesses públicos ou reivindicações coletivas de âmbito estadual ou das comunidades representadas;IX - Indicar à Mesa, para nomeação em Comissão, servidores de sua confiança, bem como requisitar servidores da Assembléia para a sua assessoria, nos termos da Lei ou Resolução, ficando os serviços dos mesmos sob sua inteira responsabilidade;

X - realizar outros cometimentos inerentes ao exercício do mandato ou atender a obrigações Político-partidárias decorrentes da representação.

Art.17 - O Deputado que se afastar do exercício do mandato para ser investido em cargos referidos no artigo41, I, da Constituição do Estado, deverá fazer comunicação escrita à Mesa, bem como ao reassumir seu lugar.

Art.18 - O comparecimento efetivo do Deputado à Assembléia será registrado diariamente nas atas das sessões.

§ 1º - Havendo votação nominal, o Deputado que não responder à chamada será considerado ausente, salvo se declarar impedimento ou manifestar-se em obstrução. Esta presença, entretanto, não se computará para efeito de quorum.

§ 2º - Nos dias em que não houver sessão plenária, mas houver reunião de Comissões, a presença do Deputado será registrada pelo controle das mesmas Comissões, sob a responsabilidade de seus Presidentes.

cAPÍTULO ii DA iNViOLABiLiDADE E DA iMUNiDADE

Art.19 - Os Deputados são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos.

Art.20 - Desde a expedição do diploma, os Deputados não poderão ser presos, salvo em flagrante por crime inafiançável.

§ 1º - O auto de prisão em flagrante será remitido à Assembléia dentro de vinte e quatro horas (24:00 hrs.), sob pena de responsabilidade da autoridade que tiver mandado recolher o Deputado à prisão, cuja apuração será procedida de ofício pela Mesa.

§ 2º - Recebido o auto, o Presidente ordenará a apresentação do preso, que ficará sob sua custódia até o pronunciamento da Assembléia sobre o relaxamento ou não da prisão.

§ 3º - O auto de prisão em flagrante será despachado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que, em vinte e quatro horas (24:00 hrs.), oferecerá parecer sobre a manutenção ou não da prisão, propondo o projeto de Decreto Legislativo respectivo, devendo ser facultada ao Deputado ou seu defensor oportunidade de alegações escritas ou orais, em reuniões secretas para tal fim convocadas.

§ 4º - Deverão ser despachadas à Comissão de Constituição, Justiça e Redação todas as peças de informações que chegarem à Assembléia até a reunião prevista no parágrafo anterior, devendo sobre elas se manifestar, querendo, a defesa.

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§ 5º - Encaminhado à Mesa o projeto de Decreto Legislativo, será ele submetido, em sessão do dia seguinte, à deliberação do Plenário. O projeto será votado em sessão e por escrutínio secretos, e só será aprovado, seja qual for a solução que dê à prisão, por voto da maioria absoluta da composição da Assembléia, mantendo-se aquela até que delibere essa maioria.

§ 6º - Se, antes da deliberação da Assembléia, o preso for libertado, todos os papéis referentes ao assunto serão arquivados.

§ 7º - Deliberando a Assembléia relaxar a prisão, o Presidente expedirá, imediatamente, o respectivo alvará, fará comunicação à autoridade competente, e promulgará o respectivo Decreto Legislativo.

§ 8º - Se a Assembléia decidir libertar o Deputado, esta deliberação não implica pronunciamento acerca da formação de culpa.

§ 9º - Mantida a prisão, o Deputado preso permanecerá sob custódia do Presidente da Assembléia, que poderá mandar recolhê-lo aprisão especial.

§ 10 - Se o auto de prisão em flagrante não for remetido à Assembléia no prazo do parágrafo 1º, a Mesa,de ofício ou a requerimento de qualquer Deputado, proporá ao Plenário projeto de Decreto Legislativo para orelaxamento da prisão.

Art.21 - Feita comunicação de recebimento de denúncia contra Deputado, Partido Político com representação na Assembléia pode propor a sustação do andamento da ação penal.

§ 1º - Recebida a proposta de sustação, o Presidente a despachará à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, onde o relator ordenará o fornecimento de cópia de todas as peças do processo ao acusado, que terá prazo de dez dias para apresentar suas alegações e indicar provas.

§ 2º - Apresentada ou não a defesa, a Comissão procederá às diligências ou instrução probatória que entender necessárias, e oferecerá parecer no prazo de dez dias, propondo projeto de Decreto Legislativo a respeito.

§ 3º - Na reunião secreta em que a Comissão houver de tomar sua decisão, o relator se limitará a fazer relatório dos autos. Em seguida, os Deputados, por escrutínio secreto, votarão a favor ou contra o pedido de sustação. Conforme o resultado da votação, o relator redigirá parecer escrito, do qual constará o resumo do que consta dos autos, e a conclusão pela sustação ou não da ação penal, não se identificando qualquer manifestação dos Deputados.

§ 4º - O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação será lido no expediente, em sessão pública, e distribuído em avulsos, após o que será incluído na ordem do dia, para votação em sessão convocada para daí a três (03) dias.

§ 5º - Os Deputados poderão examinar o processo, que permanecerá à disposição no gabinete do Presidente.

§ 6º - O projeto de Decreto Legislativo que concluir pela sustação da ação será aprovado se assim votar a maioria absoluta da composição da Assembléia. Se o projeto for pelo prosseguimento da ação, só será rejeitado se assim votar a mesma maioria absoluta, sendo aprovado o projeto mesmo não alcançada essa maioria. Se do pronunciamento do Plenário resultar solução diversa da proposta pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, o Presidente promulgará Decreto Legislativo de acordo com a decisão plenária, independentemente de nova votação.

§ 7º - A votação se fará em sessão e por escrutínio secretos.

§ 8º - No dia seguinte, o Presidente comunicará a decisão ao Juízo processante, após expedir alvará de soltura, se for ocaso.

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§ 9º - O pedido de sustação deve ser apreciado definitivamente pelo Plenário no prazo de quarenta e cinco (45) dias.

Art.22 - O Deputado acusado e seu defensor poderão estar presentes às sessões a que se referem o parágrafo 5º do artigo 20, e o parágrafo 4º do artigo 21, sendo-lhes facultado ouso da palavra por trinta (30) minutos.

§ único - O Deputado acusado não poderá votar, e sua presença não será contada para efeito de quorum.

Art.23 - O Suplente de Deputado em exercício goza da inviolabilidade e imunidade constitucionais, e não as perde o Deputado que, por qualquer razão, esteja afastado do mandato.

cAPÍTULO iii DA VAcÂNciA

Art.24 - Ocorre vaga na Assembléia em virtude de:

a) renúncia;b) falecimento;c) perda do mandato.

Art.25 - A declaração de renúncia será feita por escrito à Mesa, com firma reconhecida, e só se tornará efetiva e irretratável depois de lida no expediente e publicada no Diário Oficial do Estado, embora não dependa de deliberação da Assembléia.

§ único - Na hipótese do parágrafo 7º do artigo 5º, o Presidente declarará a vaga em sessão, salvo se o interessado apresentar justificativa, aceita pela maioria absoluta do Plenário.

Art.26 - Verificada a vaga, o Presidente publicará aviso no Diário Oficial do Estado, dando-se posse ao Suplente, nos termos da Legislação Eleitoral.

cAPÍTULO iV DAs PENALiDADEs

Art.27 - O Deputado está sujeito às seguintes penalidades:

I - censura;

II - suspensão temporária do exercício do mandato, não excedente de trinta dias;

III - perda do mandato.

Art.28 - Incide em pena de censura o Deputado que:

I - usar de expressões descorteses ou insultuosas:

II - agredir, por atos ou palavras, outro Deputado ou a Mesa, nas dependências da Assembléia;

III - insistir em usar da palavra, sendo-lhe a mesma negada ou retirada pelo Presidente;

IV - perturbar a ordem das sessões da Assem bléia ou das reuniões das Comissões;

V - negar-se a deixar o recinto do Plenário, quando determinado pelo Presidente.

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Art.29 - Nos casos do artigo anterior, o Deputado será censurado oralmente, em sessão pública, pelo Presidente.

§ único - Reincidindo o Deputado nas infrações previstas no artigo 28, a Mesa instaurará processo, facultará defesa pelo prazo de cinco (05) dias, e decidirá pela imposição de pena de censura escrita que, lida em sessão pública, será publicada no Diário Oficial do Estado.

Art.30 - Incorre na pena de suspensão temporária do exercício do mandato até trinta (30) dias o Deputado que:

I - reincidir em infração prevista no artigo 28, se já recebeu pena de censura escrita durante a Legislatura;

II - praticar, nas dependências da Assembléia, ato incompatível com a compostura pessoal;

III - praticar transgressão grave ou reiterada aos preceitos constitucionais, legais ou regimentais;

IV - revelar conteúdo de debates ou deliberações que, por disposição regimental ou decisão da Assembléia, devam permanecer secretos;

V - revelar informações e documentos de caráter reservado;

VI - faltar, sem motivo justificado, a dez (10) sessões ordinárias consecutivas ou a trinta (30) intercaladas, dentro da Sessão Legislativa Ordinária ou Extraordinária.

Art.31 - Para apuração das infrações previstas no artigo anterior, a Mesa, de ofício ou a requerimento de qualquer Deputado ou Comissão, baixará Ato ou deferirá representação, abrindo prazo de dez (10) dias para a defesa.

§ 1º - Apresentada a defesa, a Mesa dará seu parecer e submeterá projeto de Resolução ao Plenário, que deliberará por escrutínio secreto e maioria simples. O projeto da Mesa poderá ser emendado pelo Plenário, para aumentar ou reduzir a duração da pena.

§ 2º - Aplicada a pena de suspensão, e publicada a Resolução no Diário Oficial do Estado, com as razões da decisão, o Deputado não receberá qualquer remuneração enquanto durarem seus efeitos.

Art.32 - Perde o mandato o Deputado:

I - que infringir qualquer das proibições constantes no artigo39 da Constituição do Estado;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada Sessão Legislativa Ordinária ou Extraordinária, à terça parte das sessões ordinárias da Assembléia, salvo licença ou missão autorizada,

IV - que tiver suspensos os direitos Políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral;

VI - que sofrer condenação criminal por sentença transitada em julgado.

Art.33 - Considera-se procedimento incompatível com o decoro parlamentar:

I - o abuso de prerrogativas asseguradas aos Deputados;

II - apercepção de vantagens indevidas;

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III - o uso, em discurso ou proposição, de expressões que configurem crime contra a honra ou contenham incitamento à pratica de crime;

IV - a prática de atos que afetem a dignidade do mandato ou da Assembléia;

V - a reincidência nas infrações previstas no artigo 30.

Art.34 - Nos casos dos incisos I, II e VI do artigo 32, a perda do mandato será decidida pela Assembléia, pela maioria absoluta de seus membros, mediante provocação da Mesa ou de Partido com representação na Assembléia.

§ único - A representação será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que obedecerá as seguintes normas:

I - recebida a representação, a Comissão remeterá cópia da mesma ao acusado, que terá o prazo de cinco (05) dias para apresentar defesa escrita e indicar provas;

II - se a defesa não for apresentada, o Presidente da Comissão nomeará defensor dativo, que não poderá ser Deputado, que terá o mesmo prazo de cinco (05) dias para oferecê-las;

III - apresentada a defesa, a Comissão procederá às diligências e à instrução probatória necessárias, findas as quais emitirá parecer no prazo de cinco (05) dias, concluindo pela procedência da representação ou por seu arquivamento, com as razões de seu convencimento, propondo projeto de Resolução a respeito;

IV - em seguida, e pelo prazo de cinco (05) dias, todo o processado irá com vista à defesa para alegações finais, não sendo admitidas novas diligências;

V - apresentadas as alegações finais, o processo será encaminhado à Mesa, sendo lidos no expediente o parecer, o projeto e as alegações finais da defesa, em sessão pública para tal fim especialmente convocada;

VI - distribuídos em avulsos o parecer, o projeto de Resolução e as alegações finais de defesa, será o projeto publicado no Diário Oficial do Estado, após o que será incluído na ordem do dia para sessão convocada para daí a cinco (05) dias;

VII - a sessão de julgamento será secreta, não podendo os Deputados dar as razões de seus votos;

VIII - lido o projeto, terá a palavra a defesa por trinta (30) minutos, após o que deliberará o Plenário, em escrutínio secreto;

IX - só pelo voto da maioria absoluta da composição da Assembléia, será decretada a perda de mandato; não obtida a maioria absoluta, o Plenário será consultado sobre a aplicação de pena de suspensão ou censura, sucessivamente, caso não tenham sido estas as conclusões da Comissão de Constituição, Justiça e Redação;

X - as penas de suspensão e censura serão impostas por decisão da maioria simples do Plenário;

XI - de acordo com o resultado das votações, o Presidente promulgará Resolução, independentemente de nova votação.

Art.35 - O acusado e seu defensor poderão estar presentes a todos os atos do processo.

§ único - O Deputado acusado não poderá votar, nem sua presença será computada para efeito de quorum.

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Art.36 - Nos casos dos incisos III, IV e V, do artigo32, a perda do mandato será declarada pela Mesa, de ofício ou mediante provocação de qualquer Deputado, ou de Partido Político com representação na Assembléia.

§ 1º - Decidindo a Mesa instaurar o processo de ofício, ou recebida a representação, o acusado receberá, no prazo de três (03) dias, cópia integral dos autos, podendo apresentar defesa e requerer diligências no prazo de cinco (05) dias.

§ 2º - Não recebida a defesa, será nomeado defensor dativo, que terá o mesmo prazo para as providências do parágrafo anterior. O defensor não será Deputado membro da Mesa.

§ 3º - Recebida a defesa, a Mesa ordenará as diligências que entender necessárias, e deliberará por maioria simples, baixando o Ato respectivo, que será comunicado ao Plenário.§ 4º - O acusado pode estar presente a todos os atos do processo, mas, se for membro da Mesa, não poderá votar, nem sua presença contará para efeito de quorum.

§ 5º - A decisão deverá ser tomada no prazo improrrogável de trinta (30) dias, a partir da decisão inicial da Mesa ou do recebimento da representação.

Art.37 - Quando, no curso de uma discussão, um Deputado for acusado de ato que ofenda sua honra, pode pedir ao Presidente que mande apurar a veracidade da acusação e o cabimento de censura ao ofensor, caso seja improcedente a argüição.

cAPÍTULO V DA sUsPENsÃO DAs iMUNiDADEs

Art.38 - As imunidades constitucionais dos Deputados subsistem durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas pelo voto de dois terços (2/3) dos membros da Assembléia, em escrutínio secreto, restrita a suspensão aos atos praticados fora do recinto da Assembléia, e incompatíveis com a execução da medida.

§ 1º - Recebida pela Mesa a solicitação de suspensão, aguardar-se-á que o Congresso Nacional autorize a decretação do estado de sítio ou de sua prorrogação.

§ 2º - Aprovada a decretação, a solicitação será encaminhada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que dará parecer e elaborará projeto de Resolução a respeito.

§ 3º - Na apreciação do pedido, adotar-se-ão as disposições sobre a tramitação de matérias em regime de urgência.

§ 4º - Ficarão automaticamente suspensas as imunidades dos Deputados quando o Congresso Nacional suspender, na vigência do estado de sítio, as dos Senadores e Deputados Federais.

cAPÍTULO Vi DAs AUsÊNciAs E DAs LicENÇAs

Art.39 - Considera-se ausente, para os efeitos do artigo40, III, da Constituição do Estado, e artigo 30, VI, deste Regimento, o Deputado, cujo nome não constar da ata, ou que não responder à chamada para votar (artigo 18 e seus parágrafos 1º e2º).

§ 1º - A ausência não será considerada se o Deputado estiver no exercício de cargo previsto no artigo41, I, da Constituição do Estado (artigo 17), tiver obtido licença, ou estiver no desempenho de missão autorizada ou de representação externa.

§ 2º - Também não se considerará a ausência do Deputado que comprovar, mediante atestado médico, sua impossibilidade de comparecer por razões de saúde.

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§ 3º - Igualmente não será tido como ausente o Deputado que faltar a, no máximo, cinco sessões, em razão de falecimento de familiar seu.

§ 4º - Se, por qualquer razão, o Deputado não puder comparecer a dez (10) ou mais sessões, deverá obter licença.

§ 5º - Para justificar sua ausência, nos casos dos parágrafos 2º e 3º deste artigo, o Deputado fará prévia comunicação ao Presidente, apresentando no ato, ou logo a seguir, a devida comprovação, de tudo sendo cientificado o Plenário na primeira sessão.

Art.40 - O Presidente, ou qualquer Deputado por ele designado, será tido como presente ao representar a Assembléia em atos oficiais, solenidades, encontros, debates ou conferências de interesse público, para os quais a Assembléia haja sido convidada.

Art.41 - O Plenário e as Comissões podem autorizar o Deputado a desempenhar missão externa no interesse da Assembléia, considerando-se sua presença.

Art.42 - As presenças presumidas, previstas neste Capítulo, não se contam para efeito de quorum.

Art.43 - As licenças serão concedidas para:

I - tratamento de saúde;

II - participação em congressos, missões culturais ou cursos de curta duração;

III - tratar de interesses particulares

§ 1º - As licenças serão concedidas pela Mesa, cabendo recurso ao Plenário em caso de indeferimento, e dependem de requerimento fundamentado, acompanhado da comprovação necessária, o qual será lido em Plenário na primeira sessão.

§ 2º - O Ato da Mesa, ou a Resolução do Plenário, que concederem licença, serão publicados no Diário Oficial do Estado.

§ 3º - Não se concederá, no decorrer de cada Sessão Legislativa Ordinária, ainda que parceladamente, mais de cento e vinte (120) dias de licença para tratar de interesses particulares.

§ 4º - A licença para tratamento de saúde só será concedida mediante atestado e laudo médico fornecidos, respectivamente, pelo Serviço Médico da Assembléia Legislativa e por uma junta nomeada pela Mesa Diretora.

§ 5º - As Deputadas poderão, ainda, obter licença-gestante, e os Deputados, licença paternidade, nos termos previstos no art. 7°, incisos XVIII e XIX, da Constituição Federal. ( parágrafo acrescido pela Resolução nº 056/2013)

Art.44 - Em caso de incapacidade civil absoluta, julgada por sentença de interdição ou comprovada por laudo médico passado por junta nomeada pela Mesa, será o Deputado suspenso do exercício do mandato, sem perda de remuneração, enquanto durarem seus efeitos.

§ 1º - No caso de o Deputado se negar a se submeter ao exame médico, poderá o Plenário, em sessão e escrutínio secretos, por deliberação da maioria absoluta da composição da Assembléia, aplicar-lhe a medida suspensiva.§ 2º - A junta deverá ser constituída de, no mínimo, três médicos, não pertencentes aos serviços do Estado.

§ 3º - A suspensão do exercício do mandato terá duração mínima de cento e vinte e um (121) dias, convocando-se o Suplente.

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Art.45 - Considera-se como licença concedida, para os efeitos do artigo40, III, da Constituição do Estado, e do artigo 50, deste Regimento, a ausência do Deputado temporariamente privado da liberdade, em virtude de processo criminal em curso.

cAPÍTULO Vii DA cONVOcAÇÃO DOs sUPLENTEs

Art.46 - Em caso de vaga, investidura nos cargos previstos no artigo 41, I, da Constituição do Estado, ou licença por mais de cento e vinte (120) dias, o Presidente anunciará a ocorrência no Diário Oficial do Estado, dando conta da legenda partidária do Deputado que deva ser substituído, convocando o Suplente.

§ 1º - O Deputado não pode desistir de licença, antes do prazo para ela originariamente fixado, se houver assumido o Suplente.

§ 2º - A licença, para ensejar a convocação de Suplente, deverá ser originariamente concedida por prazo superior a cento e vinte (120) dias, vedada a soma de períodos para esse efeito, estendendo-se a convocação por todo o período de licença e suas prorrogações.

§ 3º - Assiste ao primeiro Suplente, ou aos demais, se esse já estiver em exercício, o direito de se declarar impossibilitado de assumir o exercício do mandato, dando ciência por escrito à Mesa.

§ 4º - Ressalvada a hipótese do parágrafo anterior, bem como a investidura nos cargos de que trata o artigo 41, I, da Constituição do Estado, o Suplente que não assumir no prazo do artigo 5º, parágrafo 6º, perde definitivamente o direito à suplência.

§ 5º - O Suplente, que não assumir o exercício do mandato no termos dos parágrafos 3º e 4º, só poderá fazê-lo depois de transcorridos cento e vinte (120) dias da ocorrência da vaga.

§ 6º - O Suplente de Deputado não poderá ser eleito para os cargos da Mesa, nem para Presidente ou Vice-Presidente de Comissão Permanente.

§ 7º - Antes de prestar o compromisso, o Suplente, pela primeira vez convocado, tomará as providências do caput do artigo 5º, e seu parágrafo 1º, deste Regimento.

§ 8º - Ao Suplente em exercício só se concederá licença para tratamento de saúde.

cAPÍTULO Viii DA REMUNERAÇÃO

Art.47 - O Deputado, desde a posse, faz jus a subsídio mensal, fixado por Lei de iniciativa da Mesa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, setenta e cinco por cento (75%) daquele estabelecido, em espécie, para os Deputados Federais, observado o que dispõem os artigos 39, parágrafo 4º, 57, parágrafo 7º, 150, II, 153, III, e 153, parágrafo 2º, I, da Constituição da República.

§ 1º - Além do subsídio, o Deputado tem direito a:

I - ajuda de custo; (redação dada pela Resolução nº 054/2013)

II - auxílio para complementação de despesa de moradia, em decorrência do exercício da atividade parlamentar.

§ 2º - A ajuda de custo, que corresponde à soma do subsídio e do auxílio para complementação de despesa de moradia, é devida no início e no final do mandato. (redação dada pela Resolução nº 054/2013)

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§ 3º - A verba para atender às despesas com o funcionamento dos gabinetes parlamentares, definidos em Resolução como unidades administrativas autônomas (Resolução nº 20, de 22 de novembro de 2001, artigo 82), é repassada, mensalmente, pela Mesa da Assembléia, a cada gabinete, através da Secretaria Administrativa.

Art.48 - O Presidente da Assembléia terá direito a uma gratificação de representação equivalente a um subsídio mensal.

Art.49 - O imposto previsto no artigo 153, III, da Constituição da República, incide sobre o subsídio e os pagamentos relacionados no parágrafo 1º do artigo 47.

Art.50 - Ao Deputado, quando investido nos cargos de que trata o inciso I, do artigo 41, da Constituição Estadual, ou no gozo de licença para tratamento de saúde, ou para participar de congressos, missões culturais ou cursos de pequena duração, é assegurada a percepção integral da remuneração fixada no artigo 47,e seu parágrafo 1º, bem como ao repasse da verba prevista no mesmo artigo 47, parágrafo 3º, todos deste Regimento.

§ único - Não será remunerada a licença para tratar de interesses particulares.

Art.51 - Enquanto estiver no exercício do mandato o suplente recebe remuneração integral, bem como a ajuda de custo na forma prevista pelo inciso I, §1º e §2º do art. 47, não sendo devida esta verba em eventual reconvocação. (redação dada pela Resolução nº 054/2013)

§ 1º - Convocado o suplente, os servidores do gabinete do deputado afastado serão exonerados, cabendo ao suplente as novas indicações. (Renumerado pela Resolução nº 085/2010)

§ 2º - O suplente convocado faz jus à verba de que trata o § 3º do artigo 47. (acrescentado pela Resolução nº 085/2010)

Art.52 - Ao Deputado que, por designação do Presidente ou deliberação do Plenário ou de Comissão, se ausentar do Estado em representação ou no desempenho de missão da Assembléia, serão assegurados os meios de transporte e ajuda de custo, cujo valor será fixado por Ato da Mesa.

cAPÍTULO iX DA PREViDÊNciA

Art.53 - Os Deputados que deixarem definitivamente o exercício do mandato serão aposentados, nos termos da Lei.

§ único - Para esse fim, são descontadas da remuneração total dos Deputados contribuições fixadas nos percentuais previstos em Lei.

TÍTULO iii DAs BANcADAs E DOs LÍDEREs

Art.54 - Os Deputados são agrupados por representação partidária ou Blocos Parlamentares, que constituem as Bancadas, cabendo-lhes escolher o Líder.

§ 1º - A escolha do Líder será comunicada à Mesa, no início de cada Legislatura, ou após a criação do Bloco Parlamentar, em documento subscrito pela maioria absoluta dos integrantes da respectiva Bancada.

§ 2º - Os Líderes permanecerão no exercício da Liderança até que nova indicação seja feita.

§ 3º - Os Líderes podem indicar à Mesa até dois (02) Vice-Líderes, que os substituem.

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§ 4º - Enquanto não indicado o Líder, a Mesa assim considerará o Deputado mais idoso, dentre os de maior número de Legislaturas. Igual procedimento adotará a Mesa em caso impedimento ou ausência do Líder e do Vice-Líder.

§ 5º - Não tem Líder a Bancada com apenas um Deputado.

Art.55 - O Líder, além de outras atribuições regimentais, tem as seguintes prerrogativas:

I - fazer uso da palavra, pessoalmente ou por intermédio de integrante de sua Bancada, para defesa da respectiva linha política, no período das Comunicações de Lideranças;

II - participar dos trabalhos de qualquer Comissão de que não seja membro, sem direito a voto, mas podendo requerer diligências, levantar questões de ordem e pedir verificação de votação;

III - encaminhar a votação de qualquer proposição sujeita à deliberação do Plenário, para orientar sua Bancada;

IV - indicar à Mesa os membros da Bancada para compor as Comissões, e, a qualquer tempo, substituí-los;

V - participar das Reuniões de Lideranças;

VI - usar da palavra, em qualquer fase da sessão e por tempo não superior a cinco (05) minutos, para fazer comunicações que julgue urgentes sobre matéria de relevante interesse público.

Art.56 - As representações de dois ou mais Partidos, por deliberação das respectivas Bancadas, poderão constituir Bloco Parlamentar, sob Liderança comum.

§ 1º - O Bloco Parlamentar terá, no que couber, as mes-mas atribuições das representações partidárias.

§ 2º - As Lideranças dos Partidos que se coligarem em Bloco Parlamentar perdem suas atribuições e prerrogativas regimentais, exceto para indicação dos membros das Comissões e o uso da faculdade prevista no inciso I, do artigo 55, deste Regimento.

§ 3º - O Bloco Parlamentar tem existência limitada à Legislatura, devendo os atos de sua criação e as alterações posteriores serem apresentados à Mesa para publicação.

Art.57 - Constitui a Maioria o Partido ou Bloco Parlamentar integrado pela maioria absoluta dos membros da Assembléia, considerando-se Minoria a Bancada imediatamente inferior que, em relação ao Governo, expresse posição diversa da Maioria.

§ único - A Bancada que, constituindo a Maioria ou a Minoria, tenha posição divergente com relação ao Governo, será Oposição. Seu Líder será o Líder da Oposição.

Art.58 - Se nenhuma Bancada atingir a Maioria absoluta, assume as funções regimentais e constitucionais da Maioria o Partido ou Bloco Parlamentar que tiver o maior número de Deputados.

Art.59 - O Governador do Estado pode indicar Deputado para exercer a Liderança do Governo, com as prerrogativas constantes dos incisos I,II,IIIe VI, do artigo 55.

Art.60 - Os Líderes são os intermediários autorizados entre as Bancadas ou o Governo e os órgãos da Assembléia.

Art.61 - O Deputado que se desvincular de sua Bancada perde, para todos os efeitos regimentais, o direito a cargos e funções que ocupar em razão da mesma, exceto em relação aos cargos da Mesa.

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TÍTULO iV DOs ÓRGÃOs DA AssEMBLÉiA

cAPÍTULO i DO PLENÁRiO

Art.62 - O Plenário, composto por todos os Deputados, exerce com exclusividade a função legislativa da Assembléia, exceto nos casos em que este Regimento atribui tal competência às Comissões.

cAPÍTULO ii DA MEsA

Art.63 - À Mesa incumbe a direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrativos da Assembléia, e se compõe de Presidência e Secretaria, a primeira com Presidente, Primeiro Vice-Presidente e Segundo Vice-Presidente, e a segunda com Primeiro, Segundo, Terceiro e Quarto Secretários.

Art.64 - O mandato de membro da Mesa termina:

I - com nova eleição, ou término da Legislatura;

II - por renúncia;

III - por licença por prazo superior a cento e vinte (120) dias;

IV - pela assunção em cargo previsto no artigo 41, I, da Constituição do Estado;

V - pelo não comparecimento a mais de cinco (05) reuniões ordinárias da Mesa sem causa justificada e aceita pela própria Mesa.

Art.65 - Revogado pela Resolução nº 001/2007.

Art.66 - Os Secretários substituir-se-ão conforme a numeração ordinal, e, nessa mesma ordem, substituirão o Presidente, na falta dos Vice-Presidentes.

Art.67 - Enquanto não eleita a nova Mesa no início da terceira Sessão Legislativa Ordinária, o mandato da Mesa anterior ficará prorrogado.

§ único - O último Presidente da Legislatura que se tiver encerrado, se reeleito Deputado, terá seu mandato prorrogado até a eleição do novo Presidente. Se o último Presidente não tiver sido reeleito Deputado, assume a Presidência outro membro da Mesa anterior, segundo a ordem da precedência dos cargos, ou, caso nenhum tenha sido reeleito, o Deputado mais idoso, dentre os de maior número de Legislaturas. Em todas as hipóteses, o Presidente exerce regularmente suas atribuições administrativas, e aquelas previstas nas Seções I e II, do Capítulo III, do Título I, deste Regimento.

Art.68 - As funções da Mesa não se interrompem durante os recessos parlamentares.

Art.69 - Com pete à Me sa:

I - providenciar no sentido da regularidade dos trabalhos legislativos;

II - dar parecer em todas as proposições que interessem aos serviços administrativos da Assembléia, ou alterem este Regimento;

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III - elaborar o Regulamento dos Serviços Administrativos da Assembléia, sujeito à aprovação do Plenário;

IV - conceder licença aos Deputados;

V - aplicar penalidades aos Deputados, nos limites da competência estabelecida neste Regimento, e representar ao Plenário quando a imposição da pena for da competência deste;

VI - declarar a perda de mandato de Deputado;

VII - encaminhar pedidos de informações ao Poder Executivo (Constituição do Estado, artigo 36, parágrafo 2º), apurando, de ofício, a responsabilidade pelo não atendimento;

VIII - promulgar as emendas à Constituição do Estado;

IX - dirigir todos os serviços administrativos da Assembléia;

X - dar conhecimento ao Plenário, na última sessão ordinária do ano, de todas as atividades realizadas;

XI - propor ação de inconstitucionalidade (Constituição Federal, artigo 103, IV, e Constituição do Estado, artigo 71, parágrafo 2º, II), por iniciativa própria ou a requerimento de qualquer Deputado;

XII - conferir a seus membros atribuições ou encargos referentes aos serviços legislativos e administrativos;

XIII - fixar diretrizes para a divulgação dos trabalhos da Assembléia;

XIV - adotar medidas adequadas para a promoção e valorização do Poder Legislativo e resguardo de seu conceito perante a opinião pública;

XV - adotar as providências cabíveis para a defesa judicial e extrajudicial de Deputado contra a ameaça ou a prática de ato atentatório ao livre exercício e às prerrogativas constitucionais do mandato parlamentar;

XVI - fixar, ouvidos os Líderes, o número de Deputados em cada Comissão, e a participação das Bancadas;

XVII - promover ou adotar as providências necessárias para cumprimento de decisão judicial tomada em decorrência do artigo71, I, g, e parágrafo 4º, da Constituição do Estado, quando se tratarde atribuição de sua alçada ou da competência legislativa da Assembléia;

XVIII - propor privativamente à Assembléia projeto de Resolução dispondo sobre a organização e funcionamento dos sues serviços administrativos e polícia, criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções nos seus quadros;

XIX - tomar a iniciativa de propor à Assembléia projeto de Lei para a fixação da remuneração do pessoal de sua Secretaria, observados os parâmetros estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias;

XX - prover os cargos e funções dos serviços administrativos da Assembléia, observado o artigo 26, II, e parágrafo 6º, da Constituição do Estado, bem como conceder licença, aposentadoria e vantagens devidas aos servidores, colocá-los em disponibilidade, aplicar-lhes penalidades ou demiti-los;

XXI - requisitar servidores da administração direta, indireta ou fundacional para qualquer de seus serviços;

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XXII - aprovar a proposta orçamentária da Assembléia e encaminhá-la ao Poder Executivo;

XXIII - propor à Assembléia autorização para abertura de créditos adicionais necessários ao seu funcionamento;

XXIV - autorizar a assinatura de convênios e de contratos de prestação de serviços;

XXV - aprovar o orçamento ana lítico da Assembléia;

XXVI - autorizar licitações, dispensá-las, quando autorizada por Lei, homologar seus resultados e aprovar o calendário de compras;

XXVII - encaminhar ao Tribunal de Contas do Estado a prestação de contas da Assembléia em cada exercício financeiro;

XXVIII - prover a polícia interna da Assembléia e requisitar o reforço policial, nos termos do artigo 321, deste Regimento;

XXIX - proibir que sejam irradiados, gravados, filmados ou televisados os trabalhos da Assembléia;

XXX - determinar a abertura de sindicâncias e inquéritos administrativos ou policiais;

XXXI - interpretar conclusivamente, em grau de recurso, o Regulamento dos Serviços Administrativos da Assembléia;

XXXII - exercer outras atribuições previstas na Constituição do Estado, em Lei ou neste Regimento.

§ único - Em caso de matéria inadiável, poderá o Presidente, ou quem o estiver substituindo, decidir, ad referendum da Mesa, sobre assunto da competência desta.

Art.70 - A Mesa realizará reuniões ordinárias todas as quartas-feiras, após a sessão plenária.

§ 1º - Sempre que necessário, o Presidente convocará reuniões extraordinárias da Mesa.

§ 2º - A Mesa delibera por maioria de votos, presente a maioria de seus membros.

Art.71 - O Presidente é o representante da Assembléia quando ela se pronuncia coletivamente, o supervisor de seus trabalhos e fiscal de sua ordem, competindo-lhe:

I - convocar extraordinariamente a Assembléia, nos casos previstos neste Regimento, bem como tornar efetiva a convocação feita pelo Governador do Estado ou pela maioria absoluta dos Deputados, no prazo máximo de quarenta e oito horas (48:00hrs.) do recebimento da mensagem ou do requerimento de convocação;

II - promulgar as Leis, nas hipóteses do artigo49, parágrafo 7º, da Constituição do Estado;

III - exercer o cargo de Governador do Estado nos casos de vacância ou impedimento do Governador e do Vice-Governador, nos termos dos artigos 60 e 61 da Constituição do Estado;

IV - dar posse aos Deputados, nos termos deste Regimento;

V - justificar ausências e aplicar penalidades a Deputados, tudo nos limites da competência que lhe atribui este Regimento;

VI - declarar a vacância em casos de renúncia ou falecimento;

VII - convocar Suplentes;

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VIII - dirigir, com suprema autoridade, a polícia da Assembléia;

IX - convocar e presidir a Reunião de Lideranças, com direito a voz e voto em suas deliberações (artigo 86, parágrafo 5º);

X - promulgar os Decretos Legislativos e Resoluções da Assembléia, bem como os Atos da Mesa;

XI - assinar a correspondência da Assembléia dirigida ao Governador e Vice-Governador do Estado, Presidente do Tribunal de Justiça, Presidente e Vice-Presidente da República, aos Presidentes do Senado Federal, da Câmara dos Deputados, do Supremo Tribunal Federal, dos Tribunais Superiores da União, inclusive o Tribunal de Contas, ao Presidente do Tribunal Regional Eleitoral, ao Procurador Geral da República, aos Governadores de Estado, do Distrito Federal e de Território, aos Presidentes de Assembléias Legislativas, aos Chefes de Governos estrangeiros e seus representantes no Brasil, e às autoridades judiciárias, em resposta a pedidos de informações sobre assunto pertinentes à Assembléia, no curso de feitos judiciais;

XII - deliberar ad referendum da Mesa, nos termos do artigo 69, parágrafo único;

XIII - cumprir e fazer cumprir este Regimento, sendo o guardião de sua fiel execução;

XIV - assinar os autógrafos dos projetos de Lei e remetê-l os à san ção;

XV - avocar a representação de Assembléia quando se trate de ato se cerimônias de especial relevância, ou designar Deputado para representá-la;

XVI - resolver qualquer caso não previsto neste Regimento (artigo 334);

XVII - presidir as reuniões da Mesa, podendo discutir e votar, distribuindo as matérias que dependam de parecer;

XVIII - autorizar as despesas, sendo por elas responsável nos termos da Lei.

Art.72 - Compete, ainda, ao Presidente, quanto às sessões da Assembléia:

I - presidi-las, mantendo a ordem necessária ao bom andamento dos trabalhos;

II - conceder a palavra aos Deputados, advertindo o orador ou o aparteante quanto ao tempo de que dispõem, não permitindo que seja ultrapassado o tempo regimental;

III - interromper o orador que se desviar da questão, falar sobre o vencido ou, em qualquer momento, proferir expressões que configurem crime contra a honra ou incitem à prática de crime, advertindo-o e, em caso de insistência, retirar-lhe apalavra;IV - determinar que discurso, ou parte dele, que contrarie o Regimento, não conste da ata, nem do apanhamento taquigráfico;

V - convidar Deputado ase retirar do recinto do Plenário, quando perturbar a ordem;

VI - suspender a ses são quan do necessário;

VII - impedir que os assistentes se manifestem durante as sessões, evacuando a assistência quando preciso;

VIII - decidir as questões de ordem;

IX - anunciar o número de Deputados em Plenário, tanto no início da sessão, quanto da ordem do dia;

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X - anunciar as matérias apreciadas conclusivamente pelas Comissões e a fluência do prazo para recurso;

XI - anunciar a pauta da ordem do dia, sempre com antecedência de um (01) dia;

XII - submeter à discussão e votação a matéria a isso destinada, bem como estabelecer o ponto da questão que será objeto de votação;

XIII - proclamar o resultado da votação e declarar a prejudicialidade;

XIV - convocar as sessões, sempre com antecedência de um (01) dia, tanto ordinárias, quanto extraordinárias ou solenes;

XV - votar como qualquer Deputado;

XVI - desempatar as votações, quando ostensivas, não se computando o voto de desempate para obtenção de maioria qualificada exigida pela Constituição ou por este Regimento;

XVII - determinar, em qualquer fase dos trabalhos, de ofício ou a requerimento de Deputado, a verificação de quorum;

XVIII - propor a transformação da sessão pública em secreta;

XIX - retirar matéria da pauta para cumprimento de despacho, correção de erro ou omissão no avulso, ou para sanar falhas da instrução;

XX - fazer ao Plenário, em qualquer momento, comunicação do interesse da Assembléia ou do Estado;

XXI - assinar as atas;

XXII - determinar o destino do expediente lido;

XXIII - designar oradores para as sessões solenes e homenagens;

XXIV - decidir os requerimentos sujeitos a seu despacho;

XXV - marcar data para comparecimento de Secretários de Estado, Procurador Geral ou Comandante da Polícia Militar ao Plenário, por convocação da Assembléia ou iniciativa própria;

XXVI - anunciar o número de Deputados presentes, imediatamente antes do encerramento da sessão.

Art.73 - Quanto às proposições, cabe ao Presidente:

I - distribuí-las às Comissões, no prazo de vinte e quatro horas (24:00 hrs.) a contar da leitura do expediente;

II - determinar arquivamento ou desarquivamento, nos termos regimentais;

III - anunciar, logo após a votação, ou o transcurso do prazo recursal, o destino a ser dado às proposições aprovadas ou rejeitadas;

IV - determinar a leitura de qualquer proposição no expediente, na primeira sessão após o seu recebimento;

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V - devolver ao autor proposição que não estiver devidamente formalizada, e em termos que permitam perceber a vontade legislativa, ou aquelas que versem matéria alheia à competência da Assembléia, e ainda emendas que contrariem o artigo 229, cabendo recurso ao Plenário, com efeito suspensivo;

VI - velar pelo cumprimento dos prazos regimentais de tramitação;

VII - mandar arquivar as proposições que não tenham sido objeto de deliberação na Legislatura encerrada, salvo as exceções regimentais;

VIII - dar destino às conclusões e pareceres das Comissões Especiais e de Inquérito;

IX - anexar uma proposição a outra que trate de idêntica matéria, tendo prioridade a mais antiga sobre a mais recente, e a mais sobre a menos abrangente.

Art.74 - Compete ao Presidente, quanto às Comissões:

I - nomear seus membros, à vista das indicações dos Líderes;

II - declarar a perda de lugar nas Comissões, nos termos regimentais;

III - designar Deputado para oferecer parecer oral em substituição à Comissão, quando esta não o fizer no prazo regimental, nem o designar o Presidente da Comissão faltosa, ou no caso do artigo 86, parágrafo 4º, IV, deste Regimento;

IV - convocar os membros nomeados para, no dia e hora que designar, elegerem Presidente e Vice-Presidente;

V - julgar recurso contra decisão de Presidente de Comissão em questão de ordem;

VI - propor ao Plenário a constituição de Comissão de representação externada Assembléia.

Art.75 - Cabe ao Presidente indicar à Mesa quem deva ser nomeado para os cargos de confiança, nos termos da Lei ou de Resolução.

Art.76 - Compete, ainda, ao Presidente zelar pelo prestígio e decoro da Assembléia, bem como pela liberdade e dignidade de seus membros, assegurando a estes o devido respeito às imunidades e prerrogativas constitucionais.

Art.77 - O Presidente adotará procedimento judicial cabível nos casos de calúnia, difamação ou injúrias feitas à Assembléia, e defenderá em Juízo, ou fora dele, a autoridade das decisões que a Assembléia houver tomado.

Art.78 - O Presidente não poderá, senão na qualidade de membro da Mesa, apresentar proposições, salvo aquelas que dependam de sua iniciativa, nos termos deste Regimento.

Art.79 - O Presidente só se dirigirá ao Plenário da cadeira presidencial, não lhe sendo lícito dialogar com os Deputados em sessão, nem os apartear, podendo interrompê-los para:

I - comunicações importantes (artigo 72, XX);

II - adverti-los quanto à observância do Regimento;

III - deliberação acerca da prorrogação da sessão ou da ordem do dia;

IV - prestar esclarecimentos que interessem à boa ordem dos trabalhos;

V - para cumprimento do artigo 248, parágrafo 6º.

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§ único - O Presidente deixará a cadeira presidencial sempre que queira, como Deputado, participar das discussões, e não a reassumirá enquanto não se encerrar a votação da matéria que se propôs debater.

Art.80 - Ausentando-se do Estado, o Presidente passará o exercício da Presidência a outro membro da Mesa, na ordem de precedência dos cargos.

§ único - À hora do início dos trabalhos das sessões, não se encontrando presente o Presidente, será substituído, sucessivamente, pelos Vi ce-Presidentes e Secretários, ou, finalmente, pelo Deputado mais idoso, dentre os de maior número de Legislaturas, procedendo-se da mesma forma quando tiver necessidade de deixar a cadeira presidencial. Chegando ou retornando o Presidente ao recinto do Plenário, poderá assumir a Presidência.

Art.81 - Aos Vice-Presidentes, segundo sua numeração ordinal, incumbe substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos.

§ único - Ao primeiro Vice-Presidente cabe exercer as atribuições previstas no artigo 49, parágrafo 7º, da Constituição do Estado, quando não o fizer o Presidente.

Art.82 - Compete ao Primeiro Secretário:

I - ler em Plenário o resumo da correspondência recebida pela Assembléia, despachando-a;

II - ler em Plenário, na íntegra, as mensagens e ofícios recebidos dos demais Poderes do Estado, bem como do Tribunal de Contas e do Procurador Geral de Justiça, e a súmula das proposições em geral;

III - assinar a correspondência da Assembléia, exceto aquela que deva ser assinada pelo Presidente, e fornecer certidões sobre matéria legislativa em trâmite ou constante do arquivo, visando as de caráter administrativo;

IV - assinar as atas;

V - receber a correspondência dirigida à Assembléia, tomando as providências dela decorrentes;

VI - proceder à chamada dos Deputados para a votação ou verificação de quorum, depois da determinação do Presidente;

VII - comunicar ao Presidente o resultado da chamada;

VIII - assinar a lista de resultado de votação, com a indicação dos votos e das ausências;

IX - certificar nos autos as deliberações do Plenário e os despachos orais do Presidente;

X - ter sob sua guar da cópia de todas as proposições em curso;

XI - superintender os serviços administrativos da Assembléia;

XII - exercer todas as atribuições administrativas não reservadas à Mesa ou ao Presidente por este Regimento, podendo delegar competência ao Secretário Administrativo;

XIII - dar posse aos servidores da Assembléia;

XIV - fazer a leitura de documentos em sessão, quando determinado pelo Presidente.

Art.83 - Com pete ao Segundo Secretário:

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I - ler as atas das sessões em Plenário, redigidas sob sua orientação, assinando-as depois do Presidente e do Primeiro Secretário;

II - fazer elaborar as atas das reuniões da Mesa, assinando-as com os demais membros e fazendo-as publicar;

III - encaminhar à publicação no Diário Oficial do Estado e no Boletim da Assembléia as matérias que devam ter tal destinação;

IV - redigir as atas das sessões secretas, cuidando pelo resguardo de todos os documentos pertinentes às matérias discutidas e votadas em tais sessões;

V - auxiliar o Primeiro Secretário em suas atribuições;

VI - organizar os anais da Assembléia.

Art.84 - Os Secretários substituir-se-ão conforme sua numeração ordinal e, nessa ordem, substituirão o Presidente nas faltas e impedimentos dos Vice-Presidentes.

§ 1º - Para compor a Mesa, durante as sessões, ausentes os Secretários, o Presidente convidará quaisquer Deputados.

§ 2º - Os Secretários não poderão usar da palavra, ao integrarem a Mesa, senão para a chamada dos Deputados ou para a leitura do expediente, atas e documentos, depois da determinação do Presidente.

cAPÍTULO iii DA REUNiÃO DE LiDERANÇAs

Art.85 - O Presidente da Assembléia, os Líderes da Maioria, da Minoria e das Bancadas constituem a Reunião de Lideranças, competente para deliberar acerca de matéria prevista neste Capítulo.

§ 1º - Os Líderes de Partidos com até dois Deputados, ou de Partidos que participem de Bloco Parlamentar e o Líder do Governo terão direito a voz, mas não a voto na Reunião de Lideranças.

§ 2º - A Reunião de Lideranças se faz por solicitação direta ao Presidente por qualquer de seus membros, devendo ser previamente cientificados os seus demais integrantes.

§ 3º - Em virtude de Reunião de Lideranças a ordem do dia não pode ser adiada, suspensa, ou prorrogada (artigo 181e seus parágrafos, e artigo 198, parágrafos 2º e 3º, todos deste Regimento).

Art.86 - Compete à Reunião de Lideranças:

I - opinar sobre a fixação do número de membros de cada Comissão, bem como sobre a representação das Bancadas nas diversas Comissões;

II - estabelecer entendimentos políticos entre as Bancadas, sem prejuízo da competência legislativa do Plenário e das Comissões;

III - dispensar exigências e formalidades regimentais para agilizar a tramitação das proposições (artigo 246, parágrafo único);

IV - aprovar manifestação de pesar, regozijo, congratulações, apoio ou repúdio a acontecimento de relevante importância para o País, o Estado, ou seus Municípios, bem como sugestão aos Poderes Públicos.

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§ 1º - A Reunião de Lideranças delibera acerca da matéria constante do inciso IV de ofício ou por requerimento de qualquer Deputado.

§ 2º - O requerimento deve ser escrito e devidamente justificado, e, depois de lido em Plenário, independentemente de publicação, é submetido aos Líderes na primeira oportunidade, podendo o Presidente consultá-los oralmente em sessão.

§ 3º - Aprovadas as manifestações ou sugestões, o Presidente ou o Primeiro Secretário fará as devidas comunicações, das quais constará a informação de que foram aprovadas por deliberação das Lideranças.

§ 4º - A Reunião de Lideranças, ao exercer a competência prevista no inciso III deste artigo, não pode dispensar:

I - exigências e formalidades decorrentes de imperativo constitucional;

II - leitura, no expediente, da proposição (artigo 231, parágrafo único);

III - distribuição da proposição principal e das emendas em avulsos antes da inclusão na ordem do dia;

IV - parecer oral, em substituição ao das Comissões, emitido em Plenário por um único Deputado designado pelo Presidente;

V - anúncio da inclusão da matéria na pauta da ordem do dia com antecedência de, pelo menos um (01) dia, e convocação de sessão extraordinária, com a mesma antecedência.

§ 5º - Quando deliberar acerca da matéria prevista no inciso III do caput deste artigo, as decisões da Reunião de Lideranças devem ser tomadas por unanimidade de votos, presentes todos os seus membros. No caso do inciso IV, presente a maioria dos membros da Reunião de lideranças, o voto de cada Líder vale pelo número de integrantes de sua Bancada, prevalecendo a maioria assim apurada, não podendo votar o Presidente.

§ 6º - O Presidente, na primeira oportunidade, comunicará ao Plenário as decisões da Reunião de Lideranças.

cAPÍTULO iV DAs cOMissÕEs

sEÇÃO i DAs DisPOsiÇÕEs GERAis

Art.87 - As Comissões da Assembléia são:

I - permanentes, as que subsistem através das Legislaturas, com caráter técnico legislativo ou especializado, tendo por finalidade apreciar os assuntos ou proposições submetidos a seu exame e sobre eles deliberar, assim como exercer o acompanhamento dos planos e programas governamentais e a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta, e da execução orçamentária do Estado;

II - temporárias, as constituídas com finalidade especial, que se extinguem ao término da Legislatura, ou quando alcançado o fim a que se destinam ou expirado o prazo de sua duração.

§ único - As Comissões Temporárias são:

I - Especiais;II - de Representação; III - de Inquérito.

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sEÇÃO ii DA cOMPOsiÇÃO DAs cOMissÕEs

Art.88 - Na composição de qualquer Comissão assegurar-se-á a representação proporcional dos Partidos ou Blocos Parlamentares (artigo 43, parágrafo 1º, da Constituição do Estado).

§ 1º - Todo Deputado, exceto o Presidente, deve pertencer a pelo menos uma Comissão Permanente como titular.

§ 2º - Cada Bancada, se o número de seus integrantes o permitir, terá em cada Comissão tantos suplentes quantos titulares. Não sendo possível a uma Bancada indicar suplente, será nomeado Deputado de outra Bancada, de preferência do mesmo Bloco Parlamentar do titular.

§ 3º - As alterações numéricas ocorridas nas Bancadas, que importem modificações em suas participações nas Comissões, só prevalecerão na Sessão Legislativa seguinte, sem prejuízo da imediata aplicação dos artigos 61 e 92 deste Regimento, mesmo que o Deputado fique sem lugar em qualquer Comissão.

§ 4º - Para efeito de composição das Comissões, e participação nelas, Bancada é legenda partidária ou Bloco Parlamentar, observada, entretanto, a necessidade de caracterização da Maioria e da Minoria.

Art.89 - O número de membros de cada Comissão Permanente será fixado por Ato da Mesa no início da Sessão Legislativa Ordinária, ouvida a Reunião de Lideranças, prevalecendo o quantitativo anterior enquanto não modificado.

§ 1º - A fixação, inclusive no caso de Comissão Temporária, levará em conta a composição da Assembléia, de modo a permitir a observância dos princípios estatuídos no artigo anterior e seus parágrafos.

§ 2º - Revogado pela Resolução nº 001/2007.

§ 3º - A distribuição das vagas nas Comissões Permanentes entre as Bancadas será definida pela Mesa, ouvida a Reunião de Lideranças, observadas as regras dos parágrafos seguintes, deve concretizar-se logo após a fixação da respectiva composição numérica, e se mantém por toda a Sessão Legislativa.

§ 4º - A Representação das Bancadas nas Comissões será estabelecida dividindo-se o número total de membros da Assembléia pelo número de lugares em cada Comissão, e, em seguida, o número de membros de cada Bancada, excluído o Presidente, pelo quociente assim obtido. O inteiro do quociente final, dito quociente partidário, será o número de lugares a que a Bancada tem direito na Comissão.

§ 5º - A Bancada de maior quociente partidário indicará a ordem pela qual as Comissões terão seus lugares preenchidos, podendo optar por reduzir sua participação em determinada Comissão para acrescê-la em outra, tanto por tanto.

§ 6º - Para os fins do parágrafo anterior, havendo empate recorre-se às frações do quociente partidário, prevalecendo a maior; persistindo o empate, decide-se por sorteio.

§ 7º - Se houver vaga em qualquer Comissão depois de aplicado o quociente partidário, serão elas destinadas às Bancadas, segundo a mesma ordem anteriormente estabelecida, de acordo com os respectivos quocientes partidários, incluídas as frações, do maior para o menor, e sucessivamente. Concorrem todas as Bancadas, inclusive as que já têm representação na Comissão, desde que ainda tenham Deputados desimpedidos. Em caso de empate, não havendo acordo entre os interessados, resolve-se por sorteio.

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§ 8º - As operações referidas nos parágrafos anteriores são feitas uma vez em cada Comissão e por todas as Bancadas, passando-se à Comissão seguinte mesmo que ainda haja vagas a preencher. Neste último caso, feita a operação na derradeira Comissão, volta se à primeira ou à seguinte, e assim sucessivamente até que não haja mais lugares vagos.

§ 9º - A representação de uma Bancada em determinada Comissão pode ser aumentada ou reduzida, fora dos critérios estabelecidos nos parágrafos anteriores, se for necessário abrir vaga em outra Comissão para assegurar a participação da Minoria ou de um Deputado, mesmo sem legenda partidária, em uma Comissão. A Comissão em cuja composição uma representação partidária haja de ser aumentada ou diminuída será escolhida pela Bancada de maior quociente partidário, observando-se, quando necessário, as regras do parágrafo 6º.

§ 10 - Os critérios estabelecidos neste artigo só podem ser desprezados, total ou parcialmente, por unânime decisão da Reunião de Lideranças.

§ 11 - Depois de fixada a participação das Bancadas nas Comissões, os Líderes interessados podem permutar vagas, cientificada a Mesa.

Art.90 - Tomadas pela Mesa as providências do artigo anterior, os Líderes comunicarão ao Presidente da Assembléia os nomes dos membros de suas Bancadas que, como titulares e suplentes, irão integrar cada Comissão.

§ 1º - Não sendo feitas tais indicações no prazo de três (03) sessões, o Presidente fará as nomeações de ofício.

§ 2º - O Ato de nomeação dos membros das Comissões será lido em Plenário e publicado no Diário Oficial do Estado, designando o Presidente, desde já, dia e hora para a reunião de eleição dos Presidentes e Vice-Presidentes.

Art.91 - As Comissões Temporárias compor-se-ão do número de membros que for previsto no ato ou requerimento de sua constituição, nomeados pelo Presidente por indicação dos Líderes, ou independentemente dela se, no prazo de duas (02) sessões após criar-se a Comissão, não se fizer a escolha.

§ único - Na constituição das Comissões Temporárias, observar-se-ão, tanto quanto possível, os critérios do artigo 89, parágrafos 4º e 7º, bem como rodízio entre as Bancadas não contempladas, cumprindo-se, também, o artigo 90, parágrafo 2º.

Art.92 - O Líder da Bancada poderá pedir, em documento escrito, a substituição, em qualquer circunstância ou oportunidade, de titular ou suplente indicado por ele, seu substituto ou antecessor.

Art.93 - Eleitos o Presidente e o Vice-Presidente das Co-missões, tanto Permanentes quanto Temporárias, imediatamente decidirão elas quais os dias e ho-rários em que realizarão suas reuniões ordinárias.

§ 1º - As Comissões realizarão pelo menos uma (01) reunião ordinária por semana, em horário não coincidente com o das sessões plenárias.

§ 2º - Dia e hora das reuniões ordinárias das Comissões serão publicados uma vez no Diário Oficial do Estado, e constarão de todas as edições do Boletim Oficial da Assembléia, nos quais se publicarão, também, os nomes dos Deputados titulares e suplentes.

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sEÇÃO iii DAs AUsÊNciAs E DAs VAGAs

Art.94 - O suplente substituirá o Deputado titular de sua Bancada, quando, ao iniciar-se a reunião, este não estiver presente.

§ único - O suplente participará dos trabalhos da Comissão até o fim da reunião, mesmo que durante seu transcurso compareça o titular.

Art.95 - O suplente na Comissão assumirá sempre que o titular estiver ausente do País, licenciado ou desempenhando cargo no Poder Executivo.

Art.96 - O suplente só será relator se a substituição se der nos termos do artigo anterior, ou se tratar de matéria em regime de urgência, caso em que participará da reunião apenas para relatar e votar, se presente estiver o titular.

Art.97 - Impossibilitado de comparecer à reunião da Comissão, o titular deverá fazer comunicação nesse sentido ao Presidente, para que se faça a convocação do suplente.

Art.98 - As vagas na Comissão se dão:

I - com a renúncia, considerada ato perfeito e acabado com sua comunicação por escrito ao Presidente da Comissão;

II - com a perda do lugar.

Art.99 - A perda do lugar na Comissão será declarada pelo Presidente da Assembléia, à vista da comunicação do Líder, ou do Presidente da Comissão, quando o Deputado faltar a cinco (05) reuniões consecutivas, ou no caso do artigo 141, c.

Art.100 - Sempre que a ausência de titulares e suplentes estiver impedindo o funcionamento regular da Comissão, o Presidente da Assembléia nomeará substitutos eventuais, que funcionarão até que se normalize a atividade da Comissão.

sEÇÃO iV

DAs PREsiDÊNciAs DAs cOMissÕEs

Art.101 - As Comissões terão Presidente e Vi ce-Presidente, eleitos por seus pares, com mandato até 15 de fevereiro do ano seguinte à eleição, salvo as Comissões Temporárias, nas quais os mandatos dos Presidentes e Vi ce-Presidentes perdurarão por todo o prazo de sua duração.

§ único - Os Presidentes de Comissões não podem ser reeleitos para a Sessão Legislativa imediatamente seguinte.

Art.102 - A reunião de eleição do Presidente e Vi ce-Presidente de Comissão, convocada pelo Pre-sidente da Assembléia, de ofício, será presidida pelo último Presidente, ou Vice-Presidente, se reconduzidos à mesma Comissão, ou, caso con-trário, pelo Deputado mais idoso, dentre os de maior número de Legislaturas.

Art.103 - O Presidente, em suas falta se impedimentos, será substituído pelo Vice-Presidente, ou, em sua ausência, por Deputado nas condições do artigo anterior.

§ único - Se vagar o cargo de Presidente ou de Vi ce-Presidente, proceder-se-á a nova eleição para escolha do sucessor.

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Art.104 - Importa renúncia à Presidência ou Vi ce-Presidência de Comissão a licença por mais de cento e vinte (120) dias, bem como a investidura em cargo do Poder Executivo.

Art.105 - Compete ao Presidente de Comissão:

I - ordenar e dirigir os trabalhos, presidindo as reuniões;

II - receber e expedir a correspondência, observado o artigo 71, XI;

III - convocar as reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento da maioria da Comissão;

IV - fazer afixar aviso, na sala da Comissão, sobre o andamento das matérias em tramitação;

V - designar relatores e distribuir-lhes as matérias sobre que devam emitir parecer, ou avocá-las;

VI - fazer ler, pelo Secretário, a ata da reunião anterior, bem como a correspondência recebida;

VII - conceder a palavra aos Deputados, bem como adverti-los pelos excessos cometidos, interrompendo-os quando estiverem falando sobre o vencido ou se desviando da matéria em debate;

VIII - submeter a votos as questões sujeitas à deliberação da Comissão, e proclamar o resultado;

IX - assinar em primeiro lugar os pareceres e projetos, convidando os demais membros a fazê-lo;

X - comunicar ao Presidente da Assembléia as vagas verificadas, bem como as ausências não justificadas;

XI - resolver as questões de ordem;

XII - dar conhecimento à Comissão de toda a matéria recebida e despachá-la;

XIII - conceder vista das proposições aos membros da Comissão;

XIV - dar destino regimental a toda matéria sobre a qual se haja pronunciado a Comissão;

XV - determinar a publicação das atas das reuniões no Boletim da Assembléia;

XVI - fazer publicar no Diário Oficial do Estado o dia e hora das reuniões ordinárias;

XVII - representar a Comissão nas suas relações com a Mesa, a Reunião de Lideranças e os Líderes individualmente, e as demais Comissões;

XVIII - remeter à Mesa, ao fim de cada Sessão Legislativa Ordinária, relatório das atividades da Comissão;

XIX - determinar a gravação ou o registro taquigráfico dos debates, quando julgar necessário;XX - determinar aos órgãos de assessoramento da Assembléia a prestação de assessoria ou consultoria técnico-legislativa especializada, durante a reunião da Comissão ou para instruir as matérias sujeitas à sua apreciação;

XXI - organizar a ordem do dia.

§ 1º - O Presidente convocará reuniões extraordinárias por solicitação ao Presidente da Assembléia, em sessão plenária, ou na própria reunião da Comissão, sempre com antecedência de um (01) dia pelo menos.

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§ 2º - O Presidente de Comissão poderá funcionar como relator, e terá voto em todas as deliberações, mas não presidirá a discussão e votação de matéria de que seja autor.

§ 3º - Das decisões do Presidente de Comissão, em questões de ordem, cabe recurso para o Presidente da Assembléia, interposto imediatamente por qualquer membro da Comissão, ou Líder da Maioria ou da Minoria.

§ 4º - No âmbito da Comissão, o seu Presidente tem todas as atribuições conferidas ao Presidente da Assembléia, quanto ao processo legislativo.

sEÇÃO V DOs RELATOREs

Art.106 - O Presidente designará relator para cada matéria sujeita à apreciação da Comissão.

§ 1º - O autor da proposição não pode ser designado relator.

§ 2º - A designação de relator independe de reunião da Comissão e deve ser feita dentro de vinte e quatro horas (24:00 hrs.) do recebimento da matéria na Comissão, salvo disposição em contrário deste Regimento.

§ 3º - O mesmo relator da proposição principal será o das emendas oferecidas a estas em Plenário, salvo ausência ou recusa.

§ 4º - Se o relator oferecer emenda em Plenário, outro relator será designado para relatá-la, sendo tal circunstância referida no parecer.

§ 5º - O relator pode, com seu parecer, apresentar emendas ou sub-emendas, relatando as em conjunto.

§ 6º - O relator tem, para apresentar seu relatório e parecer, a metade do prazo atribuído à Comissão.

sEÇÃO Vi DAs cOMissÕEs PERMANENTEs

Art.107 - A Assembléia tem as seguintes Comissões Permanentes:

I - de Constituição, Justiça e Redação;

II - de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior;

III - de Administração, Serviços Públicos e Trabalho;

IV - de Educação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Social;

V - de Finanças e Fiscalização;

VI - de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania.

VII - de Minas e Energia;

VIII - de Saúde.

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Art.108 - As Comissões Permanentes têm os seguintes campos temáticos e áreas de atividade:

I - Comissão de Constituição, Justiça e Redação:

a) aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de proposições sujeitas à apreciação da Assembléia ou de suas Comissões, para efeito de admissibilidade e tramitação;

b) admissibilidade de proposta de emenda à Constituição;

c) matéria regimental;

d) assunto de natureza jurídica, constitucional ou regimental que lhe seja submetido, em consulta ou indicação, pelo Presidente da Assembléia, pelo Plenário ou Comissão, ou em razão de recurso contra decisão do Presidente em questão de ordem, ainda que a decisão originária seja de Presidente de Comissão; assuntos pertinentes aos direitos e garantias fundamentais constitucionalmente previstos, ou decorrentes do regime democrático, à organização do Estado e de seus Poderes, às funções essenciais da Justiça e à segurança pública;

e) matérias relativas a direito constitucional, penitenciário e processual, e à divisão e organização judiciárias;

f) matérias relativas a juntas comerciais, custas dos serviços forenses, criação, funcionamento e processo de Juizados Especiais e assistência judiciária;

g) transferência temporária da sede do Governo ou da Assembléia;

h) declaração de inconstitucionalidade de Leis do Estado ou dos Municípios;

i) direitos e deveres do mandato parlamentar; perda de mandato de Deputado; suspensão de imunidade e incorporação às Forças Armadas; prisão e processo criminal contra Deputado; aplicação de penalidades;

l) licenças ao Governador e ao Vi ce-Governador para interromperem o exercício de suas funções, ou se ausentarem do Estado ou do País;

m) admissão de acusação contra o Governador do Estado, o Vice-Governador e os Secretários de Estado;

n) sustação de atos normativos do Poder Executivo, que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação de competência;

o) preservação da competência legislativa da Assembléia em face das atribuições normativas dos demais poderes do Estado;

p) destituição do Governador, do Vi ce-Governador e dos Secretários de Estado;

q) escolha, pelo Governador, de Desembargadores e Procurador Geral de Justiça;

r) destituição do Procurador Geral de Justiça;

s) solicitação de intervenção federal;

t) redação final das proposições em geral.

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II - Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior:

a) economia popular e repressão ao abuso do poder econômico;

b) medidas de defesa do consumidor;

c) instituição de regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões; auxílios aos Municípios;

d) proteção de bens de valor artístico, histórico e cultural, monumentos, paisagens naturais notáveis e sítios arqueológicos;

e) proteção do meio ambiente e combate à poluição em todas as suas formas;

f) preservação da flora e fauna; conservação da na-tureza e defesa do solo e dos recursos naturais;

g) preservação e proteção das culturas populares e étnicas do Estado;

h) política e desenvolvimento urbanos; uso e ocupação do solo urbano; habitação, infra-estrutura urbana e saneamento; direito urbanístico;

i) política e desenvolvimento municipais;

j) sistema estadual de defesa civil; política de combate à seca;

l) política de educação para segurança do trânsito;

m) Revogado Resolução nº 001/2007;

n) criação, fusão e desmembramento de Municípios e Distritos; limites e denominação de Municípios;

o) intervenção nos Municípios;

p) assuntos de interesse institucional dos Municípios;

q) transporte e viação; comunicações.

III - Comissão de Administração, Serviços Públicos e Trabalho:

a) política salarial no serviço público;

b) organização político-administrativa do Estado e reforma administrativa; direito administrativo;

c) matérias relativas ao serviço público da administração estadual direta e indireta, inclusive fundacional;

d) regime jurídico dos servidores públicos civis e militares, ativos e inativos;

e) regime jurídico-administrativo dos bens públicos;

f) prestação de serviços públicos em geral e seu regime jurídico;

g) transporte e viação;

h) tarifas e preços públicos,

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i) relações de trabalho; sistema estadual de emprego;

j) atividade econômica estatal em regime empresarial; programas de privatização.

IV - Comissão de Eduação, Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Social:

a) política agrícola e assuntos pertinentes à agricultura; pesca;

b) organização do setor rural; cooperativismo;

c) estímulos fiscais, financeiros e creditícios à atividade econômica;

d) extensão rural;

e) abastecimento;

f) eletrificação rural; irrigação;

g) Revogado Resolução nº 001/2007

h) uso de defensivos agrotóxicos;

i) desenvolvimento científico e tecnológico;

j) ordem econômica estadual; atividade industrial e comercial; setor econômico terciário; turismo;

l) tratamento preferencial às microempresas e empresas de pequeno porte;

m) direito econômico; junta comercial;

n) educação;

o) esportes;

p) desenvolvimento cultural;

q) lazer e diversão pública;

r) datas comemorativas e homenagens cívicas;

s) Revogado Resolução nº 001/2007t) Revogado Resolução nº 001/2007u) Revogado Resolução nº 001/2007

v) assistência social, inclusive à maternidade, à criança, ao adolescente e ao idoso; direitos dos portadores de necessidades especiais;

x) regime jurídico das entidades civis de finalidades sociais e assistenciais.

V - Comissão de Finanças e Fiscalização:

a) aspectos financeiros e orçamentários públicos de quaisquer proposições, quanto à sua compatibilidade ou adequação com o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual;

b) dívida pública interna e externa;

c) fixação da remuneração dos membros da Assembléia, do Governador, do Vice-Governador do Estado e dos Secretários de Estado;

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d) sistema tributário, direito tributário e financeiro;

e) tributação, arrecadação, fiscalização; administração fiscal; contribuições sociais;

f) prestação de contas pelo Governador do Estado; tomada de contas, no caso do artigo 35, XV da Constituição do Estado;

g) fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado, inclusive de todas as entidades da administração direta e indireta, conforme o parágrafo 2º do artigo 52 da Constituição do Estado;

h) Plano Plurianual; Lei de Diretrizes Orçamentárias; Orçamento Anual; projetos de autorização para abertura de créditos;

i) organização, atribuições e funcionamento do Tribunal de Contas do Estado; escolha de Conselheiros;

j) acompanhamento do emprego de dotações, subsídios ou auxílios aos Municípios e entidades públicas privadas, e prestações de contas respectivas;

l) sustação dos atos a que se refere o artigo 54, parágrafo 2º, da Constituição do Estado;

m) comunicação a que se refere o artigo 53,IX, da Constituição do Estado, tomando as providências que julgar cabíveis;

n) relatório operacional do Tribunal de Contas (Constituição do Estado, artigo 53, parágrafo 4º);

o) determinação à autoridade responsável para que preste esclarecimentos, no prazo de cinco (05) dias, acerca de despesas não autorizadas; solicitação de parecer conclusivo do Tribunal de Contas sobre o assunto;

p) acompanhamento e fiscalização orçamentários, sem prejuízo da atuação das demais Comissões.

VI - Comissão de Defesa dos Direitos Humanos:

a) recebimento, avaliação e investigação de denúncias relativas a ameaças ou violações de direitos humanos;

b) fiscalização e acompanhamento de programas governamentais relativas à proteção dos direitos humanos;

c) colaboração com entidades não-governamenta is nacionais e internacionais, que atuem na defesa dos direitos humanos;

d) pesquisa e estudos relativos à situação dos direitos humanos no Estado.

VII - Comissão de Minas e Energia:

a) minas e energia; fomento à atividade mineral; geração e distribuição de energia elétrica;

b) incentivos às fontes alternativas de geração de energia;

c) subsídios públicos ao consumo de energia rural, especialmente energia elétrica destinada à irrigação;

d) exploração de petróleo e gás natural no território do Estado, na plataforma continental e mar territorial;

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e) compensação ao Estado pela exploração de petróleo, gás natural, recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais;

f) registro, acompanhamento e fiscalização das concessões de direitos de pesquisa e lavra de recursos minerais e hídricos;

g) exploração dos serviços locais de gás canalizado.

VIII - Comissão de Saúde:

a) saúde pública; Sistema Único de Saúde;

b) vigilância e defesa sanitária animal e vegetal;

c) uso de defensivos agrotóxicos;

d) produtos agrícolas geneticamente modificados;

e) higiene; educação e assistência sanitária;

f) proteção à maternidade e à infância;

g) assistência aos portadores de necessidades especiais;

h) saneamento; resíduos urbanos em geral.

Art.108-A - No âmbito da Comissão de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior, funcionará a Defesa Parlamentar do Consumidor, com atribuição de zelar pelos direitos dos consumidores de bens e serviços, podendo, para tanto, tomar providências administrativas e propor medidas judiciais, através dos órgãos competentes, inclusive em casos concretos, oferecer assistência jurídica e apoio interdisciplinar aos que estiverem sofrendo lesão ou ameaça de lesão em seus direitos de consumidor, e indicar à Comissão as ações legislativas oportunas.

§ único - A estrutura operacional da Defesa Parlamentar do Consumidor será definida por Ato da Mesa.

sEÇÃO Vii DAs cOMissÕEs EsPEciAis

Art.109 - As Comissões Especiais serão constituídas para:

a) dar parecer sobre proposta de emenda à Constituição;

b) elaborar projetos sobre assunto determinado;

c) estudar assunto específico da conjuntura estadual, propondo medidas pertinentes.

§ único - Estas Comissões serão criadas de ofício pela Mesa, no caso da alínea a, ou por deliberação do Plenário, por requerimento de Deputado ou Comissão.

Art.110 - As Comissões Especiais se regem, no que couber, pelas regras estabelecidas para as Comissões Permanentes, devendo cumprir sua missão no prazo estabelecido no ato de sua criação.

Art.111 - As Comissões Especiais apresentarão relatório de suas atividades para conhecimento do Plenário, anexando aos mesmos os projetos que entendam convenientes ao interesse público.

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sEÇÃO Viii DAs cOMissÕEs DE REPREsENTAÇÃO

Art.112 - As Comissões de Representação, criadas por deliberação do Plenário, a requerimento de qualquer Deputado, destinam-se à representação da Assembléia em acontecimentos de excepcional interesse público.

sEÇÃO iX DAs cOMissÕEs PARLAMENTAREs DE iNQUÉRiTO

Art.113 - A Assembléia Legislativa instituirá Comissão Parlamentar de Inquérito para apuração de fato determinado, a qual terá poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos em Lei e neste Regimento.

§ 1º - Independe de deliberação do Plenário o requerimento de Constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito subscrito por 1/3 (um terço) dos membros da Assembléia.

§ 2º - O requerimento que não atenda ao disposto no parágrafo anterior será submetido ao Plenário na sessão seguinte à de sua apresentação à Mesa.

§ 3º - Do requerimento deverá constar, com clareza e precisão, o fato a ser investigado, considerando-se tal o acontecimento, devidamente caracterizado, de relevante interesse para a vida pública e a ordem constitucional, legal, econômica ou social do Estado.

§ 4º - Não se admitirá Comissão Parlamentar de Inquérito sobre matéria pertinente às atribuições do Governo Federal ou do Poder Judiciário.

§ 5º - Só serão objeto de investigação por Comissão Parlamentar de Inquérito as matérias pertinentes às atribuições dos Municípios quando houver razoáveis indícios da ocorrência de fatos que autorizem a decretação da intervenção do Estado (Constituição do Estado, artigo 25).

Art.114 - Recebido ou aprovado o requerimento de constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito, a Mesa tomará as providências para a fixação do número de seus membros, observados os artigos 88, 89 e91 deste Regimento, no que couberem.

§ único - Na sessão seguinte ao recebimento ou à aprovação de requerimento, o Presidente consultará os Líderes sobre a indicação dos membros das respectivas Bancadas, observando os parágrafos 1º e2° do artigo 90.

Art.115 - A Comissão Parlamentar de Inquérito terá prazo de sessenta (60) dias, prorrogáveis por mais trinta (30), mediante deliberação do Plenário.

§ único - A Comissão poderá atuar também durante os recessos parlamentares.

Art.116 - O ato de nomeação dos membros da Comissão, sob a forma de Resolução, publicado no Diário Oficial do Estado, fixará local, dia e hora para a reunião de eleição do Presidente e Vice-Presidente, e designação do relator, reunião esta que se realizará dentro de dois (02) dias.

§ único - O relator será designado pelo Presidente da Comissão, devendo integrar a Bancada da Minoria se aquele for da Maioria, e vice-versa.

Art.117 - Da Resolução constarão, também, a provisão de meios ou recursos administrativos, as condições organizacionais e o assessoramento necessários ao bom desempenho da Comissão, incumbindo à Mesa e à administração da Assembléia o 39atendimento preferencial das providências que solicitar o Presidente da Comissão ou seu relator.

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§ único - Cabe ao Presidente ou ao relator solicitar diretamente à Mesa as providências referidas neste artigo, inclusive a alteração ou reforço dos meios, recursos e assessoramento originariamente destinados à Comissão.

Art.118 - Na hipótese de ausência do relator a qualquer ato do inquérito, poderá o Presidente da Comissão dar-lhe substituto para a ocasião, mantida a escolha original na Maioria ou na Minoria.

Art.119 - A Comissão Parlamentar de Inquérito poderá:

I - requisitar funcionários dos serviços administrativos da Assembléia, bem como, em caráter transitório, os de qualquer órgão ou entidade da administração pública direta ou indireta, do Poder Judiciário e do Tribunal de Contas, exceto Magistrados, Conselheiros e Auditores;

II - solicitar ao Procurador-Geral de Justiça a designação de um Representante do Ministério Público para acompanhar o inquérito (artigo 84 da Constituição do Estado);

III - determinar diligências, ouvir indiciados, inquirir testemunhas sob compromisso, requisitar de órgãos da administração pública informações, documentos e realização de perícias, e os serviços de autoridades estaduais, inclusive policiais;

IV - incumbir qualquer de seus membros, ou funcionários requisitados, da realização de sindicâncias ou diligências necessárias aos seus trabalhos;

V - deslocar-se a qualquer ponto do território do Estado para a realização de investigações e audiências públicas;

VI - estipular prazo para o atendimento de qualquer providência ou realização de diligências sob as penas da Lei, exceto quando da alçada de autoridade judicial;

VII - convocar Secretários de Estado, Procurado res-Gerais e Comandante da Polícia Militar, fixando-lhes, hora e local para comparecimento, informando-lhes, previamente, quais as informações que deseja sejam prestadas pessoalmente (Constituição do Estado, artigo 36);

VIII - pedir, por intermédio da Mesa, informações escritas a órgãos do Poder Executivo (Constituição do Estado, artigo 36, parágrafo 2º);

IX - determinar ao Tribunal de Contas a realização de inspeções e auditorias de natureza financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos três (03) Poderes do Estado, do Ministério Público e demais órgãos da administração pública, inclusive fundações, empresas públicas, autarquias e sociedades instituídas ou mantidas pelo Poder Público, e dos Municípios, bem como requisitar informações sobre inspeções e auditorias já realizadas;

X - se forem diversos os fatos inter-relacionados objeto do inquérito, dizer em separado sobre cada um, mesmo antes de finda a investigação dos demais.

§ 1º - A Comissão observará no inquérito, subsidiariamente, as regras da legislação processual penal.

§ 2º - Em caso de não comparecimento de testemunha, devidamente intimada, nova intimação será solicitada ao Juiz criminal da Comarca de residência do faltoso, na forma e para os fins do artigo 218 do Código de Processo Penal.

§ 3º - Em caso de desobediência a qualquer determinação da Comissão, seu Presidente imediatamente comunicará o fato à Mesa, para os efeitos constitucionais, ou diretamente ao Ministério Público quando houver indícios de prática de crime comum.

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Art.120 - No dia de reunião, não havendo número para deliberar, a Comissão poderá tomar depoimentos das pessoas intimadas, convocadas ou convidadas, desde que presentes o Presidente e o relator, ou seus substitutos.

Art.121 - Ao término de seus trabalhos, a Comissão elaborará relatório circunstanciado, com suas conclusões, que será distribuído em avulsos, publicado no Diário Oficial do Estado, aí em síntese feita pela própria Comissão, e encaminhado diretamente:

I - à Mesa, para as providências de sua competência ou do Plenário, oferecendo a Comissão projeto de Lei, de Decreto Legislativo ou de Resolução, ou indicação, que serão incluídos na ordem do dia dentro de cinco (05) dias após a distribuição dos avulsos;

II - ao Ministério Público ou à Procuradoria Geral do Estado, com cópia de toda a documentação necessária, para que promovam a responsabilidade civil ou criminal por delitos ou danos apurados, e adotem as medidas decorrentes de suas funções institucionais;

III - ao Poder Executivo, para adotar as providências saneadoras de caráter disciplinar e administrativo decorrentes dos artigos 4º, 6º, 25 e 26, parágrafos 2º a 6º, da Constituição do Estado, e demais regras constitucionais e legais aplicáveis, fixando prazo hábil para cumprimento;

IV - à Comissão Permanente que tenha maior pertinência com a matéria, à qual incumbirá fiscalizar o atendimento do prescrito no inciso anterior;

V - à Comissão de Finanças e Fiscalização para os fins do artigo 52daConstituição do Estado;

VI - ao Tribunal de Contas para as providências do artigo 53, da mesma Constituição;

VII - ao Prefeito e à Câmara Municipal, quando as conclusões do inquérito tiverem relação com o Município.

§ único - No caso do inciso III, a remessa será feita pelo Presidente da Assembléia, no prazo de três (03) dias da publicação dos avulsos.

Art.122 - Qualquer Deputado pode comparecer às reuniões da Comissão Parlamentar de Inquérito e participar dos debates, bem como sugerir diligências.

Art.123 - As reuniões da Comissão serão públicas.

§ 1º - Todos os debates serão gravados por processo magnético, ficando os registros sob a guarda e responsabilidade do Presidente da Comissão, que não os poderá ceder, nem autorizar cópia ou transcrição, sem deliberação específica do Plenário da Assembléia para cada caso.§ 2º - Nenhuma gravação de imagem ou som, além da referida do parágrafo anterior, pode ser feita durante as reuniões da Comissão ou de diligências por ela determinadas, não sendo permitidas, igualmente, transmissões de rádio ou televisão.

§ 3º - Todos os depoimentos serão reduzidos a termo, cópia dos quais serão postos à disposição dos órgãos de comunicação social credenciados na Assembléia. Também devem estar disponíveis à imprensa cópia de laudos de exames e perícias, bem como das demais peças de informação.

§ 4º - Em casos excepcionais, para não ficar prejudicado o inquérito, as reuniões podem ser secretas, aplicando-se, também, o artigo 153, tudo por deliberação da Comissão.

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sEÇÃO X DAs ATRiBUiÇÕEs GERAis DAs cOMissÕEs

Art.124 - Às Comissões Permanentes, em razão da matéria de sua competência (artigo 108), e às demais Comissões, no que lhes for aplicável, cabe:I - discutir e votar as proposições, oferecendo parecer para a deliberação do Plenário;

II - discutir e votar projeto de Lei, dispensada a deliberação do Plenário, salvo os casos de:

a) Lei Complementar;b) iniciativa popular;c) regime de urgência;d) manifestações divergentes das Comissões;e) concessão de títulos, homenagens, favores e privilégios;

III - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

IV - convocar Secretários de Estado, Procurado res-Gerais e Comandante da Polícia Militar para prestarem informações sobre assunto inerente a suas atribuições, fixando dia, hora e local de comparecimento, ou conceder-lhes audiência para que exponham temas de relevância dos órgãos que dirigem;

V - encaminhar, através da Mesa, pedidos escritos de informações a titulares de órgãos do Poder Executivo;

VI - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VII - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

VIII - acompanhar e apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer, em articulação com a Comissão de Finanças e Fiscalização;IX - exercer a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

X - propor ao Plenário a sustação dos atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites da delegação legislativa, elaborando o respectivo projeto de Decreto Legislativo, ouvida a Comissão de Constituição, Justiça e Redação;

XI - acompanhar junto ao Poder Executivo a elaboração da proposta orçamentária, bem como sua execução;

XII - estudar qualquer assunto compreendido nas atribuições da Assembléia, propondo as medidas cabíveis, inclusive de ordem legislativa;

XIII - solicitar audiência ou colaboração de órgãos ou entidades da administração pública direta e indireta, e da sociedade civil, para elucidação de matéria sujeita a seu exame ou pronunciamento.

§ 1º - As diligências determinadas pelas Comissões ou pelos relatores não implicam dilação dos prazos. A requerimento da Comissão, ou do relator, o Plenário da Assembléia pode prorrogar o prazo inicialmente concedido por mais outro tanto.

§ 2º - A atribuição contida no inciso V deste artigo não exclui a iniciativa individual de Deputado, que pode, também, propor ao Plenário as providências previstas nos incisos IV e X.

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sEÇÃO Xi DOs TRABALHOs

sUBsEÇÃO i DA ORDEM DOs TRABALHOs

Art.125 - Os trabalhos das Comissões se iniciam com a presença de qualquer número de membros, mas as deliberações de quaisquer espécies dependem da presença da maioria dos membros da Comissão, e são tomadas por maioria de votos.

§ único - Havendo empate, desempata o Presidente.

Art.126 - As reuniões obedecerão à seguinte ordem:

I - leitura da ata da reunião anterior;

II - sinopse da correspondência recebida;

III - comunicação das proposições e demais matérias recebidas e distribuídas aos relatores;

IV - ordem do dia:

a) conhecimento, exame ou instrução de matéria de natureza legislativa, fiscalizatória ou informativa, propostas de atuação, diligências ou outros assuntos da alçada da Comissão;b) discussão e votação de requerimentos ou relatórios em geral;

c) discussão e votação de proposições e pareceres sujeitos à deliberação do Plenário da Assembléia;

d) discussão e votação de proposições e respectivos pareceres que dispensarem a deliberação do Plenário.

§ 1º - A ordem prevista neste artigo pode ser alterada pela Comissão nos casos de comparecimento de autoridades ou realização de audiência pública.

§ 2º - O Deputado pode participar, sem direito a voto, dos trabalhos e debates de qualquer Comissão de que não seja membro.

Art.127 - O Deputado só será considerado presente à reunião de Comissão se, em qualquer das fases dos trabalhos, estiver no recinto da mesma.

Art.128 - As reuniões ordinárias das Comissões se realizam nos dias e horas previamente designados e anunciados (artigo 93).

§ único - Serão convocadas tantas reuniões extraordinárias quantas forem necessárias, a critério do Presidente, observado o disposto no artigo 105, parágrafo 1º.

Art.129 - As deliberações terminativas das Comissões (artigo 124, II) serão tomadas pelo processo de votação nominal, salvo quando deva ser secreta a votação.

Art.130 - As reuniões serão públicas, salvo caso expresso neste Regimento, ou quando diversamente deliberar a Comissão.

§ único - Nas reuniões secretas só se admitirá a presença de Deputados no exercício do mandato e das pessoas a serem ouvidas sobre a matéria em debate, durante o tempo necessário ao depoimento e interpelações, bem como do acusado e seus defensores, e de funcionários, quando assim entender indispensável a Comissão.

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sUBsEÇÃO ii DOs PRAZOs

Art.131 - Excetuados os casos expressamente indicados neste Regimento, cada Comissão deverá obedecer aos seguintes prazos para examinar as proposições e sobre elas decidir:

I - dois (02) dias, quando se tratar de matéria em regime de urgência, observadas as regras do artigo 242;

II - quatro (04) dias, quando se tratar de matéria em regime de prioridade; III - quinze (15) dias, quando se tratar de matérias em tramitação ordinária.

§ 1º - Apresentada emenda em Plenário, a matéria volta às Comissões, que têm o mesmo prazo que tiveram para examinar a proposição principal, mas correndo em conjunto para todas elas (artigo 225 e parágrafos).

§ 2º - Emendada numa Comissão, a matéria seguirá sua tramitação regular, naquela e nas demais Comissões que se devam manifestar, voltando, após a última destas, àquelas que ainda não se tenham manifestado sobre a emenda, cumprindo-se o prazo do parágrafo anterior. Só na primeira ida à Comissão pode uma proposição nela receber emenda.

§ 3º - Antes de esgotar-se seu prazo, pode a Comissão pedir ao Plenário quer a sua suspensão, para cumprimento de diligência ou envio de informações, quer sua prorrogação por mais outro tanto.

§ 4º - Esgotado o prazo concedido a uma Comissão, sem deliberação ou parecer, a matéria passa à Comissão seguinte, ou à Mesa.

§ 5º - No caso do parágrafo anterior, consideram-se divergentes as manifestações das Comissões, devendo a matéria ser submetida à decisão do Plenário (artigo 124, II,d).

§ 6º - Não apresentado parecer em tempo hábil, o Presidente da Comissão poderá substituir o relator, mas tal providência não importará, por si, em dilatação do prazo concedido à Comissão.

Art.132 - Os prazos concedidos às Comissões ficam suspensos nos recessos parlamentares, voltando a correr, pelo tempo que lhes restar, com o início ou retomada da Sessão Legislativa Ordinária ou Extraordinária.

§ único - Todos os prazos se renovam por inteiro no início de uma nova Legislatura.

Art.133 - O Presidente da Comissão, de ofício ou a requerimento de qualquer Deputado, pode submeter à Comissão matéria que, embora distribuída, não tenha sido relatada no prazo regimental (artigo 106, parágrafo 6º), devendo comunicar a sua decisão ao relator.

§ único - No caso deste artigo, não havendo tempo hábil para apresentação do parecer escrito da Comissão no prazo regimental, o Presidente da Comissão designará qualquer de seus membros para relatar em Plenário, de acordo com o vencido (artigo 151, parágrafo 2º).

Art.134 - Os membros da Comissão poderão obter vista das matérias em apreciação, observados os seguintes prazos máximos:I - um (01) dia, quando em regime de prioridade;

II - três (03) dias, quando em regime de tramitação ordinária.

§ 1º - Não se concederá vista de proposições em regime de urgência. Entretanto, o membro de Comissão, que o desejar, pedirá ao Presidente a suspensão da reunião por até uma (01) hora para melhor exame, sempre o atendendo o Presidente.

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§ 2º - Para o fim previsto no parágrafo anterior, para cada matéria em apreciação a reunião só poderá ser suspensa uma vez.

§ 3º - A vista será conjunta, e na secretaria da Comissão, quando houver mais de um pedido, sempre respeitados os prazos previstos neste artigo.

§ 4º- Concedida vista uma vez, novamente não se a concederá, quer ao mesmo, quer a outro Deputado. Devolvida, entretanto, a matéria ao debate, depois de vista, outro Deputado poderá pedir a suspensão da reunião por até uma hora para melhor exame de nova argumentação, oque só se fará uma única vez.

§ 5º - Os pedidos de vista serão indeferidos pelo Presidente se, caso deferidos, forem ultrapassados os prazos concedidos à Comissão.

Art.135 - As reuniões das Comissões durarão o tempo necessário ao exame da pauta respectiva, a juízo do seu Presidente.

sUBsEÇÃO iii DA ADMissiBiLiDADE E DA APREciAÇÃO DAs

MATÉRiAs PELAs cOMissÕEs

Art.136 - Antes da deliberação do Plenário, ou dispensada esta, todas as proposições, salvo expressa exceção regimental, pendem de manifestação das Comissões a que a matéria estiver afeta.

Art.137 - Cabe à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, em caráter preliminar, o exame da admissibilidade das proposições quanto aos aspectos de constitucionalidade, legalidade, juridicidade, regimentalidade e de técnica legislativa, sem prejuízo do exame do mérito, sendo ocaso.

Art.138 - Cabe à Comissão de Finanças e Fiscalização, quando a matéria envolver aspectos financeiros e orçamentários públicos, manifestar-se previamente quanto à sua compatibilidade ou adequação com o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual.

Art.139 - Ressalvado o recurso previsto no artigo 149, será terminativo o parecer de admissibilidade:

I - da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, quanto à constitucionalidade, legalidade e juridicidade da matéria;

II - da Comissão de Finanças e Fiscalização, quanto à adequação financeira ou orçamentária da proposição.

Art.140 - No desenvolvimento de seus trabalhos, os relatores e as Comissões observarão as seguintes normas:

I - os pareceres versarão sobre a proposição principal e aquelas que lhes forem acessórias, oferecendo opinião conclusiva sobre todas elas;

II - os pareceres conterão ementas indicativas da matéria a que se refiram, vedada a simples e única remissão a dispositivos constitucionais, legais ou regimentais;

III - havendo pedido de informações ao Poder Executivo, o mesmo será encaminhado à Mesa, devendo o Plenário manifestar-se sobre a suspensão dos prazos regimentais até sua satisfação;

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IV - se houver pedido de convocação de Secretário de Estado, Procurador-Geral ou Comandante da Polícia Militar, a respeito deliberará a Comissão, cabendo a seu Presidente marcar dia e hora para o comparecimento (Constituição do Estado, artigo 43, parágrafo 2°, III), cumprindo, entretanto, ao Plenário, se o requerer a Comissão, deliberar acerca da suspensão dos prazos regimentais de tramitação;

V - conhecendo a Comissão de proposição idêntica a outra já aprovada, proporá ao Presidente da Assembléia seu arquivamento por prejudicialidade;

VI - se as Comissões conhecerem de matéria de projeto de Lei anteriormente rejeitado na mesma Sessão Legislativa, igualmente proporão ao Presidente da Assembléia seu arquivamento, salvo se assinado o novo projeto pela maioria absoluta dos membros da Casa;

VII - se duas ou mais matérias forem idênticas, ou de tal forma semelhantes que seja recomendável tramitação conjunta, a Comissão proporá ao Presidente da Assembléia a devida anexação;

VIII - quando a Comissão julgar que petição, memorial, representação ou outro documento qualquer não devam ter andamento, manda-los-á arquivar, salvo se sobre eles deva pronunciar-se o Plenário por expressa determinação constitucional ou regimental, sempre comunicando o fato à Mesa, para que seja cientificado o Plenário;

IX - ao apreciar qualquer matéria, a Comissão poderá aprová-la ou rejeitá-la total ou parcialmente, arquivá-la, formular projeto dela decorrente, dar-lhe substitutivo, emenda ou subemenda, ou, conforme o caso, propor idênticas providências ao Plenário, à Mesa ou ao Presidente;

X - para orientar e encaminhar a deliberação da Comissão, o parecer conclusivo do relator pode ser:

a) pela aprovação total;

b) pela rejeição total;

c) pela aprovação parcial, indicando as partes ou dispositivos que devam ser rejeitados;

d) pela anexação;

e) pelo arquivamento;

f) pelo destaque, para tramitação como proposição separada, de parte da proposição principal, ou de emenda ou sub-emenda (artigo 145);

g) pela apresentação:

1- de projeto;2- de requerimento ou indicação;3- de emenda ou sub-emenda.

XI - optando por apresentar emenda ou sub-emenda, ou opinando pela aprovação de emenda ou sub-emenda de outros autores, o relator deverá reunir a matéria da proposição principal e das emendas ou sub-emendas num único texto, com os acréscimos e alterações que visem a seu aperfeiçoamento;

XII - ao deliberar a Comissão ou o Plenário sobre matérias nas condições do inciso anterior, a votação versará sobre o único texto apresentado, salvo os destaques regimentalmente permitidos;

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XIII - as matérias que devam ser objeto de decisão terminativa das Comissões serão, pelos respectivos Presidentes, incluídas na pauta da ordem do dia, sendo feito seu anúncio em sessão Plenária e distribuídos avulsos com uma(01) sessão de antecedência, pelo menos, não implicando essa providência indispensável em dilatação dos prazos concedidos a qualquer Comissão;

XIV - lido o parecer, será ele imediatamente submetido a discussão;

XV - durante a discussão, podem usar da palavra o autor da proposição ou o Líder do Governo, após o que a palavra será facultada aos membros da Comissão e demais Deputados, todos com prazo de dez (10) minutos;

XVI - encerrada a discussão, a palavra será facultada ao relator por vinte (20) minutos para a réplica;

XVII - em seguida, passa-se à votação do parecer;

XVIII - se for aprovado o parecer do relator em todos os seus termos, será tido como da Comissão e, desde logo, assinado pelo Presidente, relator e demais membros, constando da ata o nome dos votantes e respectivos votos;

XIX - se ao parecer do relator forem oferecidas sugestões, com as quais ele concorde, ser-lhe-á concedido prazo até a reunião ordinária seguinte para redação de novo texto, quando necessário, e, desde que a matéria esteja em regime de tramitação ordinária, prorrogado automaticamente, se for ocaso, o prazo concedido à Comissão;

XX - no caso do inciso anterior, se a matéria estiver em regime de urgência ou prioridade, o novo prazo a ser concedido ao relator não implicará dilatação do prazo da Comissão, salvo deliberação do Plenário;

XXI - se o voto do relator não for adotado pela Comissão, a redação do parecer vencedor será feita por outro Deputado designado pelo Presidente, observando-se as regras dos incisos XIX e XX quanto aos prazos;

XXII - não restando tempo hábil à Comissão para oferecer parecer escrito, o seu Presidente designará o Deputado que o apresentará oralmente em Plenário, se for ocaso;

XXIII - na hipótese de a Comissão adotar parecer diverso do voto do relator, o deste constituirá voto em separado;

XXIV - para efeito da contagem dos votos relativos aos pareceres, serão considerados:

a) favoráveis os que os aprovarem integralmente, os “pelas conclusões”, os “com restrições” e os “em separado não divergentes das conclusões”;

b) contrários os “vencidos” e os “em separado divergentes das conclusões”.

XXV - os membros da Comissão podem oferecer voto em separado, que será anexado aos autos em qualquer fase da tramitação, bem como assinar os pareceres com as declarações de “pelas conclusões”, “com restrições” ou “vencido”;

XXVI - sendo favorável o parecer sobre indicação, mensagem, ofício, memorial ou qualquer outro documento contendo sugestão ou solicitação que dependa de projeto de Lei, de Decreto Legislativo ou de Resolução, será este ao mesmo anexado;XXVII - devendo ser proferido parecer oral em Plenário, por relator designado pelo Presidente da Assembléia ou de Comissão, o texto de indicação, requerimento, projeto ou emenda deverá ser remetido à Mesa, assinado pelo relator;

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XXVIII - os pareceres, votos, emendas e quaisquer pronunciamentos dos relatores e demais membros de Comissão, salvo pequenos despachos de ordenação da tramitação, serão datilografados, ficando cópia nos arquivos da Comissão;

XXIX - concluída a tramitação de uma matéria em determinada Comissão, será ela encaminhada imediatamente à Mesa ou à Comissão que em seguida deva pronunciar-se.

Art.141 - Quando algum membro de Comissão retiver indevidamente papéis a ela pertencentes, ou sobre os quais deva a Comissão pronunciar-se, adotar-se-á o seguinte procedimento:

a) frustrada a reclamação do Presidente da Comissão, o fato será comunicado à Mesa;

b) o Presidente da Assembléia fará apelo ao Deputado para que atenda à reclamação, fixando-lhe para isso prazo de vinte e quatro horas (24:00 hrs.);

c) se, vencido o prazo, o apelo não for atendido, o Presidente da Assembléia nomeará substituto na Comissão para o membro faltoso, por indicação do Líder da Bancada respectiva, e mandará proceder à restauração dos autos.

Art.142 - O membro de Comissão e os Líderes podem levantar questão de ordem sobre a ação ou omissão do órgão técnico, que será resolvida conclusivamente pelo Presidente da Comissão em causa, cabendo recurso ao Presidente da Assembléia, por escrito e no prazo de vinte quatro horas (24:00 hrs.), sem prejuízo do andamento da matéria em trâmite.

Art.143 - Quando o parecer se referir a matéria que deva ter tramitação secreta, ou deva ser apreciada pelo Plenário em sessão secreta, o relator lerá o relatório, que não será conclusivo, deliberando, em seguida, a Comissão em escrutínio secreto, complementandose o parecer com o resultado da votação, não sendo consignadas restrições, declarações de voto ou votos em separado, nem o número dos votos favoráveis e contrários, salvo expressa determinação regimental.

§ 1º - As Comissões podem propor a apreciação da matéria em sessão secreta da Assembléia.

§ 2º - Nas hipóteses previstas neste artigo, o respectivo processo será entregue ao Presidente da Assembléia com o devido sigilo.Art.144 - Sempre que a Comissão convocar Secretário de Estado, Procurador-Geral ou Comandante da Polícia Militar, será feita comunicação ao Presidente da Assembléia, para que seja cientificado o Plenário.

Art.145 - No caso do artigo 140, X,f, a decisão da Comissão depende de aprovação do Plenário, salvo concordância do autor da proposição.

§ único - Não se admitirá a providência referida neste artigo se a proposição não for de iniciativa parlamentar.

Art.146 - Sendo permitida a deliberação terminativa das Comissões (artigo 124,II), a aprovação dos pareceres importa aprovação ou rejeição da matéria pela Assembléia, de acordo com suas conclusões.

§ 1º - A Comissão que por último tiver deliberado, verificando não ocorrer manifestação divergente das Comissões, encaminhará a matéria à Mesa até a sessão seguinte, para ser anunciada na forma do artigo 182, I.

§ 2º - Anunciada a matéria aprovada ou rejeitada terminativamente pelas Comissões, até o término da ordem do dia da sessão ordinária seguinte pode ser apresentado recurso para que a proposição seja submetida à decisão do Plenário.

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§ 3º - O recurso deve ser interposto por documento escrito dirigido ao Presidente da Assembléia, subscrito por, no mínimo três (03) Deputados, e indicará expressamente, dentre as matérias apreciadas pelas Comissões, aquela que deva ser objeto de deliberação do Plenário.

48§4º - Recebido o recurso, e desde que devidamente formalizado, o Presidente o submeterá ao Plenário na mesma sessão.

§ 5º - O recurso será provido para o único efeito de possibilitar discussão e votação da matéria pelo Plenário, se este o acolher pelo voto favorável da maioria, presente a maioria absoluta dos Deputados.

§ 6º - Não é permitida discussão, mas um dos recorrentes pode encaminhar a votação por cinco (05) minutos, também podendo encaminhá-la um outro Deputado que se oponha ao provimento do recurso.

§ 7º - Recebido o recurso, mas não havendo quorum para deliberar, sua apreciação será sobrestada até que aquele se complete, na mesma ou nas sessões seguintes.

§ 8º - Persistindo a falta de quorum por três (03) sessões ordinárias, o recurso estará definitivamente prejudicado.§ 9º - Provido o recurso, a matéria aguardará inclusão na ordem do dia.

§ 10 - Não provido o recurso, ou ficando prejudicado, a matéria irá ao arquivo ou à sanção, conforme ocaso.

§ 11 - Iguais providências serão tomadas pelo Presidente da Assembléia se fluído o prazo sem interposição de recurso.

Art.147 - Havendo necessidade de redação final, a matéria vai à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que a elaborará definitivamente, sem possibilidade de qualquer recurso, enviando-se a mesma à Mesa para promulgação ou encaminhamento à sanção.

Art.148 - Aplicam-se à tramitação dos projetos e demais proposições submetidas à deliberação terminativa das Comissões as disposições relativas a turnos, prazos e demais formalidades, ritos e exigências previstos para as matérias submetidas à apreciação do Plenário.

§ único - Deliberando a Reunião de Lideranças por unanimidade, formalidades, ritos e exigências regimentais podem ser dispensados em todas ou em alguma das Comissões, exceto a leitura da proposição no expediente da sessão plenária, sua impressão e distribuição em avulsos também em sessão plenária, o parecer oral na Comissão e o anúncio da inclusão da matéria na ordem do dia da Comissão, com antecedência de pelo menos um (01) dia, e a convocação de reuniões extraordinárias também com antecedência de um (01) dia. Em tais casos, emendas ou subemendas apresentadas serão imediatamente apreciadas pelas Comissões, independentemente de qualquer formalidade.

Art.149 - Se o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação for pela inconstitucionalidade de qualquer proposição, ou o da Comissão de Finanças e Fiscalização for por sua inadequação financeira ou orçamentária, a matéria estará rejeitada, devendo ser arquivada pelo Presidente da Assembléia, salvo, não tendo sido unânime o parecer, recurso ao Plenário nos termos do artigo 146, parágrafo 2º e seguintes, deste Regimento.

§ 1º - Para os fins deste artigo, havendo parecer nas condições nele previstas, a Comissão enviará imediatamente a matéria à Mesa para ser anunciada na ordem do dia.

§ 2º - Provido o recurso, a matéria volta às Comissões para exame do mérito.

§ 3º - Tratando-se de inconstitucionalidade parcial, a Comissão de Constituição, Justiça e Redação pode oferecer emenda corrigindo o vício.

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§4º - Se o parecer de inconstitucionalidade ou inadequação se referir apenas a emenda ou subemenda, o recurso será interposto quando a matéria principal for anunciada na ordem do dia, dispensando-se a providência preliminar de que trata o parágrafo 1º.

Art.150 - Tratando-se de emenda ou subemenda, só se admite recurso para a deliberação do Plenário se a decisão, sobre o mérito, não tiver sido unânime em qualquer Comissão.

Art.151- Esgotados sem parecer os prazos concedidos a uma Comissão, esta perde automaticamente sua competência para apreciar a matéria, que deve ser imediatamente encaminhada à Mesa ou à Comissão seguinte, na ordem do despacho de distribuição da Presidência.

§ 1º - Ocorrendo a hipótese deste artigo, qualquer Deputado pode pedir ao Presidente da Assembléia que torne efetivo oque nele se determina.

§ 2º - No caso deste artigo, o Presidente de Comissão, que não emitiu parecer, pode designar relator para oferecê-lo oralmente em Plenário em nome da Comissão. Não o fazendo, a designação cabe ao Presidente da Assembléia.

§ 3º- A requerimento de qualquer Deputado, o Plenário pode decidir constituir Comissão Especial para examinar a proposição deficientemente instruída.

Art.152 - Todas as matérias devem ir primeiro à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, em seguida, se for o caso, à Comissão de Finanças e Fiscalização, sendo encaminhadas depois às demais Comissões.

Art.153 - Quando qualquer Comissão conhecer de documento de natureza sigilosa, obser var-se-ão as seguintes regras:

a) não será lícito transcrevê-lo, no todo ou em parte, nos pareceres, atas e expedientes de curso ostensivo;

b) se houver sido encaminhado à Assembléia em virtude de requerimento formulado perante a Comissão, seu Presidente dele dará conhecimento ao requerente, em particular;

c) se a matéria interessar a toda a Comissão, ser-lhe -á dada a conhecer em reunião secreta;

d) se destinado a instruir o estudo de matéria em curso na Assembléia, será encerrado em sobrecarta, rubricada pelo Presidente da Comissão, a qual acompanhará o processo em toda a sua tramitação;

e) sempre que parecer ou depoimento contiver matéria de natureza sigilosa, será objeto das cautelas da alínea anterior.

sUBsEÇÃO iV DA FiscALiZAÇÃO E cONTROLE

Art.154 - Constituem atos ou fatos sujeitos à fiscalização e controle da Assembléia Legislativa:

I - os de fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial dos três (03) Poderes do Estado, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e das autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público;

II - os atos de gestão administrativa do Poder Executivo, incluídos os das autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, seja qual for a autoridade ou servidor que os haja praticado;

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III - os atos do Governador, do Vice-Governador do Estado, dos Secretários de Estado, do Procurador-Geral do Estado e do Comandante da Policia Militar que importarem, tipicamente, crime de responsabilidade;

VI - os de que trata o artigo 313.

Art.155 - A Assembléia exerce a fiscalização e controle referidos no artigo anterior através de suas Comissões Permanentes, ou de Comissão Especial ou de Inquérito instituída para cada caso específico.

§ 1º - No desempenho dessa atribuição, as Comissões obedecerão às seguintes regras:

I - a proposta de fiscalização ou controle poderá ser apresentada por qualquer Deputado, ao Plenário ou diretamente à Comissão Permanente, com indicação do ato ou fato, e fundamentação da previdência objetivada;

II - a proposta será relatada previamente, quanto à oportunidade e conveniência da medida e o alcance jurídico, administrativo, político, econômico, social e orçamentário do ato impugnado, definindo-se os planos de execução e a metodologia de avaliação;

III - aprovado pela Comissão o relatório prévio, o mesmo relator ficará encarregado de sua implementação, requisitando-se à Mesa a provisão de meios e recursos administrativos e o assessoramento necessários, inclusive a celebração de contrato de prestação de serviços temporários com empresas, entidades ou profissionais especializados;

IV - o relatório final da fiscalização ou controle, em termos de comprovação da legalidade, avaliação política, administrativa, social e econômica do fato, ato ou omissão, e quanto a seus reflexos na gestão orçamentária, financeira e patrimonial, atenderá, no que couber, ao disposto no artigo 121.

§ 2º - A Comissão poderá requisitar do Tribunal de Conta as providências ou informações previstas no artigo 53, IV e VI, da Constituição do Estado, bem como tomar outras providências indicadas no artigo 119 deste Regimento.

§ 3º - Serão assinados prazos nunca inferiores a cinco (05) dias para o cumprimento das convocações, prestação de informações, atendimento às requisições de documentos públicos e para arealização de diligências e perícias.

§ 4º - O descumprimento do disposto no parágrafo anterior ensejará a apuração da responsabilidade do infrator, na forma da Lei.

sEÇÃO Xii DOs sEcRETÁRiOs E DAs ATAs

Art.156 - Cada Comissão terá uma secretaria incumbida dos serviços de apoio administrativo.

§ único - À Secretaria compete:

I - a redação da ata das reuniões;

II - sinopse dos trabalhos, com o andamento de todas as proposições em curso na Comissão;

III - a organização do protocolo de entrada e saída de matérias;

IV - a organização dos processos legislativos na forma de autos judiciais, com a numeração das páginas por ordem cronológica, rubricadas pelo Secretário da Comissão onde forem inseridas;

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V - a entrega do processo referente a cada proposição ao relator, ou a seu gabinete, no mesmo dia da distribuição;

VI - o acompanhamento sistemático dos prazos regimentais, mantendo o Presidente constantemente informado a respeito;

VII - o envio imediato das proposições apreciadas à Mesa e às outras Comissões;

VIII - o desempenho de outros encargos determinados pelo Presidente.

Art.157 - De cada reunião se lavrará ata, a ser lida na reunião seguinte, discutida e votada pela Comissão, e assinada pelo Presidente, da qual constarão:I - data, hora e local da reunião;

II - nomes dos membros presentes e ausentes, com expressa referência às faltas justificadas;

III - resumo do expediente;

IV - registro das proposições apreciadas e das respectivas conclusões.

TÍTULO V DAs sEssÕEs DA AssEMBLÉiA

cAPÍTULO i DisPOsiÇÕEs GERAis

Art.158 - As sessões da Assembléia são:

I - preparatórias, as que precedem a instalação dos trabalhos da primeira e da terceira Sessões Legislativas de cada Legislatura;

II - ordinárias, as de qualquer Sessão Legislativa, realizadas apenas uma vez por dia, todos os dias úteis, de terça a sexta-feira;

III - extraordinárias, as realizadas em dias e horários diversos dos prefixados para as ordinárias;

IV - solenes, as destinadas a comemorações e homenagens, à instalação da Sessão Legislativa Ordinária e à posse do Governador e do Vi ce-Governador do Estado.

§ único - Nos sessenta (60)dias anteriores às eleições gerais, as sessões da Assembléia só se realizam nos dias previamente estabelecidos pelo Plenário.

Art.159 - As sessões ordinárias só não se realizam:

I - por falta de quorum;

II - por deliberação do Plenário;

III - no dia de falecimento de Deputado da Legislatura em curso, ou no primeiro dia após o falecimento; (inciso renumerado pela Resolução nº 010/2011)

IV - em face de tumulto grave, ou qualquer ocorrência que ponha em risco a liberdade ou a incolumidade dos Deputados. (inciso renumerado pela Resolução nº 010/2011)

Art.160 - As sessões serão públicas, salvo expressa disposição em contrário deste Regimento, ou se a maioria absoluta dos Deputados decidir por realização de sessão secreta.

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Art.161 - À hora do início das sessões, o Presidente tomará assento à Mesa, juntamente com os Primeiro e Segundo Secretários, ou quem os haja de substituir (arts. 80, parágrafo único, e84, parágrafo 1º).§ único - O Presidente não deixará a cadeira presidencial enquanto não chegar à Mesa seu substituto. Os Secretários permanecerão à Mesa durante a leitura da ata e do expediente, nas verificações de quorum e chamadas nominais para votações, e por todo o tempo das sessões preparatórias e solenes.

Art.162 - Achando-se na Casa pelo menos um terço (1/3) dos Deputados, o Presidente anunciará o número de presentes, declarará aberta a sessão, e proferirá as seguintes palavras: “Invocando a proteção de Deus e em nome do Povo do Rio Grande do Norte, iniciamos nossos trabalhos”.

§ único - Não havendo quorum, o Presidente anunciará tal circunstância e aguardará, durante meia hora, que ele se complete, prorrogado automaticamente o tempo da sessão, e de suas diversas fases, pelo que se tiver esperado. Persistindo a falta de quorum, o Presidente declarará que não pode haver sessão, mandará lavrar o termo respectivo, e determinará a atribuição de falta aos ausentes para todos os efeitos constitucionais e regimentais.

Art.163 - As sessões da Assembléia, uma vez iniciadas, só se suspendem:

I - para se aguardar que se complete o quorum de deliberação na ordem do dia, ou que chegue a sua hora;

II - por conveniência da manutenção da ordem;

III - para que sejam recebidos o Presidente ou o Vice-Presidente da República, o Governador ou o Vice-Governador do Estado, o Presidente do Tribunal de Justiça, os Presidentes da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Supremo Tribunal Federal, os Ministros de Estado, os Presidentes de Assembléias Legislativas ou Governadores de outros Estados, os Chefes de Estado estrangeiros e seus embaixadores, bem como embaixadores de organismos internacionais de que o Brasil participe, ou ainda para cumprimentos a homenageados ou seus familiares.

Art.164 - As sessões só poderão ser encerradas, antes do prazo previsto para seu término:

I - em caso de tumulto grave, ou outra ocorrência que ponha em risco a liberdade ou a incolumidade dos Deputados;

II - por falecimento de Deputado da Legislatura em curso, de Chefe de um dos Poderes do Estado ou de Congressistas do Rio Grande do Norte, também da Legislatura em curso;

III - não havendo matéria a dis cutir ou votar, ou Deputado que queira usar da palavra.

Art.165 - O prazo de duração das sessões será prorrogado pelo Plenário, a requerimento de qualquer Líder, por tempo nunca superior a uma (01) hora.

§ 1º - O requerimento será verbal e imediatamente submetido a votação, sem discussão ou encaminhamento.

§ 2º - O esgotamento do prazo da sessão não interrompe o processo devotação, ou de sua verificação, nem o inicio da votação do próprio requerimento de prorrogação obstado pelo surgimento de questões de ordem.

Art.166 - Para a manutenção da ordem, respeito e austeridade das sessões, observam-se as seguintes regras:

I - durante as sessões preparatórias, ordinárias e extraordinárias, somente tem assento no Plenário Deputados Estaduais, Secretários de Estado e Congressistas, e a ainda ex-Deputados e ex-Congressist as do Estado;

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II - só os funcionários da Casa com atribuições no Plenário podem ter acesso a este;

III - excepcionalmente, o Presidente pode permitir acesso ao Plenário, para rápidos registros, de fotógrafos e equipes de gravação de televisão credenciados perante a Mesa;

IV - não é permitida conversação que perturbe a leitura de documento, chamada nominal, comunicações, discursos e debates;

V - os Deputados podem falar sentados ou da tribuna, de pé;

VI - a nenhum Deputado é permitido falar sem pedir a palavra e sem que o Presidente a conceda, ou apartear sem concessão do orador;

VII - se o Deputado pretender falar ou permanecer falando anti-regimentalmente, o Presidente adverti-lo-á; se, apesar dessa advertência, o Deputado insistir em falar, o Presidente dará seu discurso ou aparte por encerrado;

VIII - se o Deputado perturbar a ordem ou o andamento regimental da sessão, o Presidente lhe aplicará pena de censura oral e, conforme a gravidade, promoverá a aplicação de outras penalidades previstas neste Regimento;

IX - quando necessário para a manutenção da ordem ou preservação da dignidade da Assembléia, o Presidente convidará o Deputado que estiver transgredindo o Regimento a se retirar do Plenário;

X - ao falar, o Deputado dirigirá a palavra ao Presidente, ou aos Deputados de modo geral;

XI - referindo-se a colega, o Deputado deverá fazer preceder o seu nome do tratamento de Senhor Deputado; quando a ele se dirigir, dar-lhe-á o tratamento de Excelência;

XII - nenhum Deputado poderá referir-se de forma descortês ou insultuosa a membros do Poder Legislativo ou às autoridades dos demais Poderes da República e do Estado, ou às instituições nacionais;

XIII - o orador não pode ser interrompido, salvo quando conceder aparte, ou pelo Presidente, quando autorizado por este Regimento.

Art.167- Em qualquer fase da sessão, o Deputado poderá fazer uso da palavra para contestar acusação pessoal à própria conduta, feita durante discurso ou aparte, ou para contradizer opinião que lhe foi indevidamente atribuída.

§ único - O Presidente, após a indicação da acusação ou opinião indevidamente atribuída, decidirá acerca do pedido do Deputado para falar na mesma, ou em outra sessão.

Art.168 - Ao público será franqueado o acesso às galerias circundantes para assistir às sessões.

§ 1º - A assistência deve conservar-se em silêncio, sem dar qualquer sinal de aplauso ou de reprovação ao que nas sessões se passar, inclusive por meio de escritos, desenhos ou símbolos.

§ 2º - O Presidente fará retirar das galerias quem infringir o parágrafo anterior, devendo mandar evacuá-las sempre que necessário.

Art.169 - Haverá lugar reservado na galeria para os jornalistas credenciados.

§ único - Durante as sessões, não é permitida, no lugar reservado aos jornalistas, a presença de pessoa estranha à imprensa.

Art.170 - A transmissão por rádio ou televisão, e a gravação de som e imagens das sessões podem ser proibidas pelo Presidente, em razão do interesse público.

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cAPÍTULO ii DAs sEssÕEs ORDiNÁRiAs

sEÇÃO i DisPOsiÇÕEs PRELiMiNAREs

Art.171 - As sessões ordinárias têm duração de três horas (3h), e se iniciam às dez horas e trinta minutos (10h30). (redação dada ao artigo pela Resolução nº 010/2011)Art.172 - As sessões ordinárias constam de:I - expediente, destinado à leitura da ata da sessão anterior e do expediente, e aos oradores que tenham assunto a tratar;

II - ordem do dia, para apreciação da pauta da sessão;

III - comunicações de Lideranças, para exposição da posição política ou partidária acerca de assunto de relevância.

IV - comunicações parlamentares, desde que haja tempo disponível, para que sejam tratados temas diversos.

sEÇÃO ii DO EXPEDiENTE

Art.173 - Aberta a sessão, durante uma (01) hora cuida-se do expediente, que constará de:

I - leitura da ata da sessão ordinária anterior, bem como das demais atas ainda não lidas (artigo 323);

II - leitura das proposições, mensagens, ofícios, representações, petições e toda a correspondência dirigida à Mesa ou ao Presidente, de interesse do Plenário, observado o artigo 82, II;

III - discursos dos Deputados inscritos.

Art.174 - Lida a ata, o Presidente indagará se algum Deputado tem retificações afazer.

§ 1º - Se algum Deputado quiser retificar a ata, fará comunicação oral neste sentido, podendo o Presidente ou o Segundo Secretário dar as explicações que julgar necessárias, tudo constando da ata da sessão.

§ 2º - A ata será assinada pelo Presidente e pelos Secretários.

Art.175 - Não será lido, nem constituirá objeto de registro, em sessão pública, documento de caráter sigiloso, observando-se, quanto ao expediente dessa natureza, as seguintes normas:

I - se houver sido remetido à Assembléia a requerimento de Deputado, ainda que em cumprimento à manifestação do Plenário, o Presidente dele dará conhecimento, em particular, ao requerente;

II - se o documento se destinar a instruir estudo de matéria em trâmite, transitará em sobrecarta fechada, rubricada pelo Presidente da Assembléia e pelos Presidentes de Comissões que dele tomarem conhecimento, feita no anverso a devida anotação.

Art.176 - Terminadas as leituras da ata e da correspondência, o Presidente anunciará o tempo que resta ao expediente, se concederá a palavra aos oradores inscritos, observadas as seguintes normas: (redação dada pela Resolução nº 010/201 1)

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I - os Deputados que quiserem falar no expediente farão inscrição de próprio punho, em livro especial, antes do inicio da sessão;

II - podem inscrever-se até quatro (4) oradores por dia, sendo entre eles dividido o tempo disponível;

III - os Deputados inscritos podem ceder seu tempo a outro Deputado que esteja ou não na tribuna, bastando para isto fazer comunicação oral à Mesa, admitindo-se apenas uma cessão;

IV - improrrogavelmente às onze horas e trinta minutos (11h30), o Presidente encerrará o expediente, mesmo que haja orador na tribuna, que imediatamente terminará seu discurso; (redação dada pela Resolução nº 010/2011)

V - se o último orador concluir seu pronunciamento, e ainda restar tempo ao expediente, o Presidente voltará a facultar a palavra, sempre advertido o orador que a solicitar do tempo de que disporá;

VI - improrrogavelmente às dezesseis e trinta horas (16:30 hrs.), ou às onze horas (11:00 hrs.) nas sextas-feiras, o Presidente encerrará o expediente, mesmo que haja orador na tribuna, que imediatamente terminará seu discurso;

VII - restando tempo ao expediente, mas não havendo quem queira usar da palavra, o Presidente passará à fase seguinte da sessão, salvo se houver matéria a discutir ou votar na ordem do dia, hipótese em que o Presidente suspenderá a sessão até que chegue a hora regimental.

Art.177 - A requerimento de qualquer Deputado, anuindo o Plenário, o tempo do expediente pode ser destinado a comemorações e homenagens, caso em que os Líderes de Bancada indicarão os Deputados que falarão em nome de seus Partidos ou Blocos Parlamentares.

§ 1º - Quando houver comemorações ou homenagens, nenhum outro assunto será tratado no expediente, nem se lerão ata ou correspondência.

§ 2º - Findos os discursos, o Presidente suspenderá a sessão para cumprimentos aos homenageados ou seus familiares (artigo 163, III, parte final).

§ 3º - Na hipótese deste artigo, os homenageados poderão tomar assento à Mesa ou em lugar destacado no Plenário, fora das bancadas dos Deputados, a critério do Presidente.

sEÇÃO iii DA ORDEM DO DiA

Art.178 - Às onze horas e trinta minutos (11h30), o Presidente anunciará a ordem do dia e convidará os Deputados que tiverem proposições a apresentar a fazê-lo, facultando a cada um cinco minutos (5min), não permitidos apartes (redação dada pela Resolução nº 010/2011)

§ único - O período de apresentação de proposições não se prolongará por mais de quinze (15) minutos, mas os Deputados que ainda tiverem proposições a apresentar à Mesa poderão fazê-lo, assegurando-se-lhes justificá-las na sessão seguinte.

Art.179 - A ordem do dia tem duração de noventa (90) minutos, podendo qualquer Deputado requerer sua prorrogação por até uma (01) hora. Prorrogada a ordem do dia, não se admite prorrogação simultânea da sessão.

§ 1°- O requerimento de prorrogação será oral, sendo imediatamente submetido a votação, sem discussão ou encaminhamento, aplicando-se o parágrafo 2.º do artigo 165.

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§ 2° - Encerrada a ordem do dia, por esgotamento do tempo normal, ou de prorrogação, ou por falta de orador ou matéria, passa-se à fase seguinte da sessão, desde que ainda reste tempo, salvo prorrogação da própria sessão.

Art.180 - Só durante a ordem do dia pode o Plenário deliberar sobre qualquer matéria.

§ único - São nulas, por vício insanável do processo legislativo, qualquer deliberação do Plenário tomada fora da ordem do dia.

Art.181 - Não pode deliberar o Plenário se, por qualquer motivo, a ordem do dia não se iniciar no horário regimental, de acordo com o relógio do Plenário, admitida uma tolerância de cinco (5) minutos, observado o disposto no parágrafo único do artigo 162.

§ 1º- Também não pode deliberar o Plenário depois de esgotado o horário regimental da ordem do dia, igualmente pelo relógio do Plenário.

§ 2º - A deliberação do Plenário, tomada em desacordo com o disposto no caput deste artigo, e no parágrafo anterior, é nula de pleno direito, por vício insanável do processo legislativo.

§ 3º - A prova do fato pode ser feita por qualquer meio juridicamente admissível.

§ 4º - O Presidente, a Reunião de Lideranças ou o Plenário não podem dispensar a estrita observância do disposto neste artigo e seus parágrafos.§ 5º - As suspensões das sessões, desde que expressamente autorizadas neste Regimento, adiam automaticamente, pelo tempo da suspensão, o início e o fim da ordem do dia.

Art.182 - Terminado o período de apresentação de proposições, o Presidente dará conhecimento ao Plenário da existência de:

I - proposições constantes da pauta e aprovadas ou rejeitadas terminativamente pelas Comissões, para efeito de interposição de recurso;

II - proposições sujeitas à deliberação privativa do Plenário, também constantes da pauta, para oferecimento de emendas.

Art.183 - Feitas tais comunicações, o Presidente anunciará o número de Deputados presentes, passando-se à votação das matérias, observando-se rigorosamente a seguinte ordem na organização da pauta:

I - projetos em regime de urgência com discussão encerrada em sessões anteriores;

II - recursos contra as decisões terminativas das Comissões;

III - projetos em regime de prioridade com discussão encerrada em sessões anteriores;

IV - projetos em tramitação ordinária com discussão encerrada em sessões anteriores;

V - requerimentos diversos;

VI - relatórios e pareceres que independam de projeto;

VII - recursos em questão de ordem.

Art.184 - Encerradas as votações previstas no artigo anterior, passa-se à discussão das matérias em pauta, observada a ordem do artigo anterior, no que couber.

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§ único - Terminada a discussão de uma matéria, passa-se imediatamente à votação da mesma, salvo ausência de quorum de deliberação. A votação só pode ser suspensa se esgotado o tempo da ordem do dia, ficando automaticamente transferida para a sessão seguinte (artigo 183).

Art.185 - Se durante o tempo destinado à ordem do dia não houver quorum de deliberação, nem matéria para discutir, e desde que alguma proposição penda de votação, o Presidente suspenderá a sessão por até trinta (30) minutos, não implicando tal suspensão em automática prorrogação do tempo regimental. Persistindo a falta de quorum, passar-se-á à outra fase da sessão, transferindo-se as votações para a sessão seguinte.§ único - Se as votações não se tiverem iniciado, ou forem suspensas por falta de quorum, completando-se este o Presidente interromperá as discussões e passará às votações.

Art.186 - A ordem estabelecida no artigo 183 só pode ser alterada:

I - por unânime decisão da Reunião de Lideranças, desde que não contrarie decisão do Plenário, quanto à concessão de urgência;

II - em casos de preferência, adiamento ou retirada da ordem do dia.

§ 1º - Qualquer Deputado pode pedir preferência para a discussão ou votação de uma proposição antes de outras, desde que do mesmo grupo definido no artigo 183. O requerimento será oral e feito à Presidência logo no início da ordem do dia, e será sempre deferido.

§ 2º - O adiamento de discussão ou votação depende de requerimento oral, feito à Presidência logo que anunciada a discussão ou votação, sendo imediatamente submetido à deliberação do Plenário. Tratando-se de adiamento de discussão, e não havendo número para deliberar, tem-se por prejudicado o requerimento.

§ 3º - O adiantamento de discussão ou votação será por, no máximo, cinco (05) sessões, não sendo admitido se a matéria estiver em regime de urgência.

§ 4º - O requerimento de retirada da ordem do dia, para que se complete a tramitação regular, ou novamente sejam ouvidas as Comissões, ou ainda para que se aguardem informações, é oral ou escrito, dirigido à Presidência logo no inicio da ordem do dia, sendo imediatamente submetido ao Plenário. O requerimento indicará o objetivo da retirada.

Art.187 - Qualquer Deputado pode pedir verbalmente a verificação do quorum de deliberação durante a ordem do dia, sendo sempre atendido.

§ 1º - Pedida a verificação imediatamente após a proclamação do resultado de uma votação, que não se fez pelo processo nominal, faz-se, desde já, a chamada para nova votação.

§ 2º - Aplica-se à verificação de quorum a regra do parágrafo 2º , do artigo 252, deste Regimento.

Art.188 - As votações independem de comprovação de quorum por chamada nominal, louvando-se o Presidente nas informações da Secretaria quanto ao numero de presentes, ressalvado o pedido de verificação.

Art.189 - O Presidente organizará a pauta da ordem do dia de cada sessão, observada a seguinte ordem:

I - projetos de Lei, apreciados terminativamente pelas Comissões, para simples anúncio do artigo 182, I;

II - proposições sujeitas à deliberação privativa do Plenário, em fase de recebimento de emendas (artigo 182, II);

III - proposições em fase de votação, segundo o artigo 183;

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IV - discussão de:

a) projetos em regime de urgência, obedecida a ordem cronológica de entrada ou concessão;

b) projetos em regime de prioridade;

c) projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias;

d) proposições de iniciativa da Mesa;

e) proposições em tramitação ordinária;

f) propostas de emenda à Constituição;

g) requerimentos diversos;

h) relatórios e pareceres desacompanhados de projetos;

i) indicações.

§ único - O veto será apreciado em sessão extraordinária, especialmente convocada.

Art.190- Qualquer Deputado pode pedir a inclusão de matéria na pauta da ordem do dia, por requerimento dirigido ao Presidente, sendo sempre atendido, salvo se não estiverem cumpridas as exigências regimentais, observado o artigo 151, parágrafo 1º.

Art.191- Constarão obrigatoriamente da ordem do dia as matérias não discutidas ou votadas na pauta da sessão ordinária anterior, com precedência sobre outras do grupo a que pertençam, conforme o artigo 189.

Art.192 - As proposições anexadas figurarão na ordem do dia em série, iniciada pela proposição preferida pelas Comissões, ou pela de maior antiguidade na Assembléia, de modo que a decisão sobre esta prejudique as demais.

Art.193 - Somente podem ser incluídas na ordem do dia, em cada Sessão Legislativa, as proposições protocoladas junto à Mesa até o dia cinco (5) de dezembro, salvo unânime deliberação da Reunião de Lideranças.

Art.194 - A ordem do dia será anunciada ao término da sessão anterior, desde que hajam sido publicados os avulsos respectivos, dispensada nova publicação no caso do artigo 191.

sEÇÃO iV DAs cOMUNicAÇÕEs DE LiDERANÇAs

E PARLAMENTAREs

Art.195- Esgotada a ordem do dia ou terminado seu prazo (artigo 179), o Presidente facultará apalavra aos Líderes, que podem dispor de até trinta (30) minutos.

§ único - Falando um Líder, aos demais é assegurado igual direito na mesma sessão. Esgotado, entretanto, o tempo da sessão, ou de sua prorrogação, é garantido aos Líderes, que não puderam falar, usar da palavra nas sessões seguintes.

Art.196 - Se, após a palavra dos Líderes, ainda restar tempo à sessão, a palavra será facultada a qualquer Deputado, dispondo de dez (10) minutos cada um.

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sEÇÃO V DO ENcERRAMENTO DA sEssÃO

Art.197 - Às treze horas e trinta minutos (13h30), ou, em caso de prorrogação da sessão ou da ordem do dia, no máximo às quatorze horas e trinta minutos (14h30), o Presidente declarará encerrada a sessão, ressalvadas as hipóteses do artigo 164 (redação dada pela Resolução nº 010/2011)

§ 1º - Antes de encerrar a sessão, porém, o Presidente anunciará:

I - a pauta da ordem do dia da sessão seguinte;

II - a pauta da ordem do dia das Comissões com matérias em condições de nelas serem decididas terminativamente (artigo 140, XIII);

III - a convocação da próxima sessão ordinária;

IV - a convocação de sessões preparatória, solenes e extraordinárias;

V - os Deputados que com pareceram (artigo 72, XXVI).

§ 2º - As matérias só podem ser discutidas ou votadas, mesmo em se tratando de adiamento, se forem anunciadas com um (01) dia de antecedência, pelo menos (artigo 86, parágrafo 4º, V).

§ 3º - Quando convocar sessões preparatórias, solenes ou extraordinárias, o Presidente anunciará o fim a que se destinam.

cAPÍTULO iii DAs sEssÕEs EXTRAORDiNÁRiAs

Art.198 - O Presidente da Assembléia convocará sessões extraordinárias sempre que necessário, para discussão e votação de matérias em condições regimentais de figurarem na ordem do dia. (redação dada pela Resolução nº 010/2011)

§ 1º - As sessões extraordinárias devem ser convocadas com, pelo menos, um (01) dia de antecedência (artigo 86, parágrafo 4º, V).

§ 2º - As sessões extraordinárias constam exclusivamente de ordem do dia, com duração de noventa (90) minutos, prorrogáveis por mais duas (02) horas.

§ 3º - As sessões extraordinárias se devem iniciar rigorosamente no horário da convocação, aplicando-se a elas, e ao que nelas tiver de ser decidido, o disposto no artigo 181 e seus parágrafos, deste Regimento.

§ 4º - Aplica-se também às sessões extraordinárias o disposto no artigo185 deste Regimento.

§ 5º - As sessões extraordinárias podem ser convocadas para logo após o término das sessões ordinárias, hipótese em que não se podem iniciar antes das onze horas e trinta minutos (11h30). (redação dada pela Resolução nº 010/2011)

§ 6º - Nas sessões extraordinárias só se discutem e votam as matérias objeto da convocação, vedada a apresentação de proposição a ela estranhas.

§ 7º - Para decidir sobre prisão de Deputado, conhecer da renúncia do Governador e do Vi ce-Governador, ou declarar a vacância dos mesmos cargos, ou, ainda, em casos de intervenção federal no Estado ou grave comoção social, a Assembléia pode, a juízo do Presidente, realizar sessões extraordinárias sem cumprimento do disposto no parágrafo 1° deste artigo, tomando urgentes e inadiáveis providências acerca de tais fatos, devendo o Presidente usar de todos os meios a seu alcance para cientificar previamente os Deputados.

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cAPÍTULO iV DAs sEssÕEs sOLENEs

Art.199 - Deliberando o Plenário, a requerimento de qualquer Deputado, será realizada sessão solene para comemoração de evento relevante ou ho-menagem a pessoas ou instituições.

§ 1º - Independem de deliberação do Plenário as ses-sões para instalação da Sessão Legislativa Ordinária e a posse do Governador e do Vice-Go-vernador.

§ 2º - Em sessão solene podem ser admitidos convidados à Mesa e ao recinto do Plenário.

§ 3º - Nas sessões solenes de comemorações e homenagens, só falarão os Deputados designados pelo Presidente, à vista das indicações dos Líderes, e os homenageados ou seus representantes.

§ 4º - As sessões solenes serão realizadas em horários diversos dos prefixados para as ordinárias.(parágrafo acrescido pela Resolução nº 010/2011)

cAPÍTULO V DAs sEssÕEs sEcRETAs

Art.200 - A Assembléia pode realizar em caráter secreto as sessões, tanto ordinárias, quanto extraordinárias.

§ 1º - Serão sempre secretas as sessões em que a Assembléia deva deliberar sobre:

I - prisão de Deputado;

II - sustação de processo criminal contra Deputado;

III - perda de mandato de Deputado;

IV - suspensão das imunidades parlamentares;

V - eleição ou aprovação de escolha de Conselheiros do Tribunal de Contas, Desembargadores e Procurador-Geral de Justiça.

§ 2º - Serão ainda secretas as sessões quando assim deliberar o Plenário, por maioria absoluta de votos, por proposta do Presidente, ou a requerimento de qualquer Deputado.

§ 3º - A finalidade da sessão secreta deverá expressamente figurar no requerimento, mas não será divulgada, assim como o nome do requerente.

§ 4º - Recebido o requerimento de sessão secreta, a Assembléia passará a funcionar secretamente para sua votação.

§ 5º - Antes de encerrar-se uma sessão secreta, o Plenário resolverá, por simples votação e sem debates, se deverão ser conservados em sigilo o nome do requerente, a finalidade da sessão, os pareceres e demais documentos constantes do processo.

§ 6º - Somente em sessão secreta poderá ser dado a conhecer ao Plenário documento de natureza sigilosa.

§ 7º - Durante as sessões secretas, no recinto do Plenário, só permanecerão os Deputados no exercício do mandato.

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§ 8º - Antes de encerrar-se a seção secreta, a ata será lavrada pelo Segundo Secretário, emendada, se for o caso, e assinada, e colocada, com os demais papéis referentes ao assunto, em invólucro fechado, no qual se mencionará apenas a matéria de que se trata, datado e assinado pelo Presidente e Secretários, e remetido ao arquivo.

cAPÍTULO Vi DA sEssÃO DE POssE DO GOVERNADOR E

DO VicE-GOVERNADOR DO EsTADO E DA AUDiÊNciA cONcEDiDA AO GOVERNADOR

Art.201 - Aberta a sessão, e composta a Mesa com as autoridades convidadas, o Presidente designará Comissão de Líderes para introduzir os empossandos no recinto.

§ 1º - Feito isto, o Governador eleito tomará assento à direita do Presidente, e o Vice-Governador elei-to, à esquerda.

§ 2º - O Presidente, em seguida, convidará o Governador eleito a prestar o compromisso constitucional, e depois o Vice-Governador eleito.

§ 3º - Prestados os compromissos, o Presidente declarará, em nome da Assembléia, empossados o Governador e o Vice-Governador do Estado, mandando que o Primeiro Secretário faça a leitura dos respectivos termos de posse, que serão assinados pelos empossados, pelo Presidente e pelos Secretários.§ 4º - Será facultada a palavra ao Governador do Estado para dirigir-se à Assembléia, findo o que o Presidente encerrará a sessão, acompanhando as autoridades até a saída do edifício.

§ 5º - Quando o Governador do Estado pedir audiência à Assembléia, nos termos do artigo 35, XXII, da Constituição do Estado, o Presidente convocará sessão extraordinária para tal fim.

§ 6º - A sessão não terá caráter solene, mas o Governador deve ser introduzido no recinto do Plenário por Comissão de Líderes, tomando assento à direita do Presidente, sendo por este acompanhado até a saída do edifício.

§ 7º - Na sessão só pode usar da palavra o Governador.

TÍTULO Vi DAs PROPOsiÇÕEs

cAPÍTULO i DisPOsiÇÕEs GERAis

Art.202 - Proposição é toda a matéria sujeita à deliberação da Assembléia.

§ 1º - As proposições podem consistir em proposta de emenda à Constituição, projeto de Lei, projeto de Decreto Legislativo, projeto de Resolução, emenda, sub-emenda, indicação, requerimento, recurso, parecer, relatório e proposta de fiscalização e controle.

§ 2º - O Presidente não fará tramitar a proposição que não esteja redigida com clareza, em termos explícitos e concisos, de forma a identificar a vontade legislativa ou a providência objetivada, ou a que contenha expressões ofensivas a quem quer que seja.

§ 3º - Autor da proposição é o Governador do Estado, o Tribunal de Justiça, o Tribunal de Contas, a Mesa ou Comissão da Assembléia, o Procurador-Geral de Justiça, o cidadão que primeiro assinar o projeto de iniciativa popular, ou o Deputado que a assinar em primeiro lugar, sendo de apoiamento as assinaturas que se seguirem, salvo se o Regimento exigir determinado número delas.

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§ 4º - Ao signatário de proposição, só é lícito dela retirar sua assinatura antes da publicação.

§ 5º - Se, com a retirada de assinatura, o número mínimo de subscritores ficar desfalcado, o Presidente devolverá a proposição ao autor.

§ 6º - As proposições devem ser fundamentadas por escrito, ou verbalmente no momento da apresentação.

§ 7º - Só o autor pode retirar definitivamente a proposição de sua autoria, desde que não se haja iniciado a votação em uma Comissão ou no Plenário, nem se trate de iniciativa popular.

§ 8º - Finda a Legislatura, arquivar-se-ão todas as proposições em curso, salvo as com parecer favorável de alguma Comissão, as propostas de emenda à Constituição já aprovadas em primeiro turno, as de iniciativa popular, do Poder Executivo, do Poder Judiciário, do Tribunal de Contas ou do Procurador-Geral de Justiça.

§ 9º - Quando, por extravio ou retenção indevida, não for possível a tramitação de uma proposição, a Mesa fará reconstituir o respectivo processo pelos meios a seu alcance.

Art.203 - As proposições de Deputados devem ser apresentadas em Plenário, no início da ordem do dia, mas as propostas de fiscalização e controle, bem como emendas e sub-emendas a projetos de Lei, cuja apreciação não seja privativa do Plenário, devem ser apresentadas nas Comissões (artigo 222, parágrafo 1°).

§ 1º - O Presidente dará conhecimento ao Plenário, em qualquer fase da sessão, do recebimento de mensagens ou ofícios oriundos de outros Poderes, do Tribunal de Contas ou do Procura dor-Geral de Justiça, mandando que sejam lidos no expediente da sessão seguinte.

§ 2º - Também em qualquer fase da sessão, o Presidente anunciará o recebimento de requerimentos de urgência ou de não realização de sessão ordinária, de realização de sessão secreta, de transformação da sessão em secreta e de votação secreta.

Art.204 - Recebida uma proposição, será ordenada em processo, com todas as folhas numeradas e rubricadas, sendo-lhe atribuído número de ordem, que seguirá indefinidamente por toda a Legislatura, de acordo com sua espécie, com indicação do ano de apresentação.

§ 1º - As emendas serão numeradas pela ordem dos artigos da proposição principal emendados, guardada a seqüência determinada por sua natureza: supressivas, aglutinativas, substitutivas, modificativas ou aditivas.

§ 2º - Ao número correspondente a cada emenda de Comissão, acrescentar-se-ão as iniciais desta.

§ 3º - A emenda que substituir integralmente a proposição terá, em seguida ao número, a indicação “substitutivo”.

§ 4º - Às sub-emendas serão atribuídos os mesmos números das emendas a que se refiram, com o acréscimo de letras e na ordem do alfabeto.

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cAPÍTULO ii DOs PROJETOs

Art.205 - Além da proposta de emenda à Constituição, os projetos são:

I - de Lei, destinados a regular as matérias de competência do Poder Legislativo, com sanção do Governador do Estado;

II - de Decreto Legislativo, destinados a regular as matérias da exclusiva competência do Poder Legislativo, sem sanção do Governador do Estado;

III - de Resolução, destinados a regular, com eficácia de Lei ordinária, matérias da competência privativa da Assembléia, que interessem apenas à sua economia interna, tais como:

a) aplicação de penalidade a Deputado;

b) criação de Comissão Temporária, suas conclusões e as referentes à fiscalização e controle, petições, representações, ou reclamações da sociedade civil;

c) Regimento Interno;

d) organização dos serviços administrativos;

e) delegação legislativa.

§ único - A matéria constante de projeto de Lei rejeitado somente poderá constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta de maioria absoluta dos Deputados (Constituição do Estado, artigo 50).

Art.206 - Os projetos serão precedidos de ementa, resumindo seu conteúdo e alcance, vedada a simples referência a números de textos legais e de seus dispositivos, e não podem conter matéria estranha à enunciada objetivamente na ementa, ou dela decorrente.

Art.207 - Aprovado definitivamente um projeto, é encaminhado à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para redigir o vencido (artigo 147).

§ 1º - A redação será dispensada se o projeto houver sido aprovado sem emenda ou com substitutivo integral, salvo se houver vício de linguagem, defeito ou erro manifesto a corrigir.

§ 2º - A Comissão deve ultimar a redação em um (01) dia para os projetos em regime de urgência; em dois (02) dias para aquelas em regime de prioridade; e em cinco (05)dias para os projetos com tramitação ordinária.

Art.208 - Encaminhada à Mesa a redação final, ou dispensada esta, o projeto será enviando em autógrafos à sanção ou à promulgação, conforme ocaso.

§ 1º - Quando, mesmo após a redação final, se verificar inexatidão do texto, a Mesa procederá à respectiva correção, da qual dará conhecimento ao Plenário ou às Comissões, fazendo a devida comunicação ao Governador do Estado, se o projeto já tiver subido à sanção. Não havendo impugnação, considerar-se-á aceita a correção; em caso contrário, decidirá o Plenário.

§ 2º - As Resoluções e os Decretos Legislativos da Assembléia são promulgados pelo Presidente no prazo de dois (02) dias após aprovados; não o fazendo, caberá aos Vice-Presidentes, segundo a sua numeração ordinal, exercer essa atribuição.

§ 3º - A promulgação de Resoluções e Decretos Legislativos independem de sessão da Assembléia.

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cAPÍTULO iii DAs iNDicAÇÕEs

Art.209 - Indicação é a proposição em que o Deputado sugere a manifestação de uma ou mais Comissões acerca de determinado assunto, visando providências ou estudos para seu esclarecimento ou elaboração de projeto.

§ 1º - Lida no expediente, irá a indicação à Comissão competente, independentemente de deliberação do Plenário.

§ 2º - O Plenário decide sobre o parecer de Comissão em indicação, salvo a manifestação da Comissão de Constituição, Justiça e Redação sobre assunto de natureza jurídica, constitucional ou regimental.

cAPÍTULO iV DOs REQUERiMENTOs

sEÇÃO i DOs REQUERiMENTOs sUJEiTOs APENAs A DEsPAcHO DO PREsiDENTE

Art.210 - Serão verbais ou escritos, e imediatamente despachados pelo Presidente, os requerimentos nos quais se solicitem:

I - a palavra;

II - leitura de qualquer matéria sujeita ao conhecimento do Plenário;

III - observância do Regimento;

IV - retirada definitiva de proposição (artigo 202, parágrafo 7º);

V - discussão de uma proposição por partes;

VI - informações sobre a ordem dos trabalhos;

VII - inclusão na ordem do dia de matéria em condições regimentais de nela figurar (artigo 190);

VIII - preferência (artigo 186, parágrafo 1º);

IX - verificação de quorum (artigo 187);

X - verificação de votação;

XI - destaque;

XII - convocação de sessão extraordinária;

XIII - requisição de documentos arquivados ou em trâmite na Assembléia;

XIV - preenchimento de lugar em Comissão;

XV - esclarecimento sobre ato da administração ou da economia interna da Assembléia;

XVI - suspensão ou encerramento da sessão, antes do prazo previsto, nas hipóteses dos artigos 163 e164, deste Regimento;

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XVII - retirada de proposição de Comissão com prazo esgotado, e designação de relator para parecer oral (artigo 151, parágrafo 1º);

XVIII - anexação e arquivamento por prejudicialidade;

XIX - constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito.

sEÇÃO ii DO REQUERiMENTO DE iNFORMAÇÕEs

Art.211 - Serão escritos e despachados no prazo de cinco (05) dias pelo Presidente, ouvida a Mesa, e publicados com a respectiva decisão no Boletim Oficial da Assembléia, os Requerimentos de informações a Secretários de Estado ou a titulares de órgãos do Poder Executivo (Constituição do Estado, artigo 36, parágrafo 2°).

§ 1º - Na hipótese de não apreciação do requerimento no prazo deste artigo, o autor poderá recorrer ao Plenário na primeira sessão após seu esgotamento.

§ 2º - O recurso será interposto por requerimento escrito, sendo votado na mesma sessão de sua apresentação, independentemente de publicação ou anúncio prévio, permitido o encaminhamento da votação.

Art.212 - Só é licito à Mesa deixar de encaminhar pedido de informações se o fato ou ato em questão não se relacionar com matéria legislativa em trâmite, ou com qualquer assunto submetido à apreciação da Assembléia ou de suas Comissões, ou não for sujeito à fiscalização e controle da Assembléia ou de suas Comissões.

§ 1º - Por matéria legislativa em trâmite entende-se a que seja objeto de proposta de emenda à Constituição ou de projeto de Lei, de Decreto Legislativo ou de Resolução.

§ 2º - Constituem atos ou fatos sujeitos à fiscalização e controle da Assembléia Legislativa, ou de suas Comissões, os definidos no artigo 154, deste Regimento.

Art.213 - É licito à Mesa não encaminhar pedido de informações, além da hipótese de caput do artigo anterior, quando o requerimento se limitar a indicar providências a tomar, ou contiver consulta, sugestão, conselho ou interrogação sobre propósitos da autoridade a que se dirige.

Art.214 - O requerimento de remessa de documentos equipara-se ao de pedido de informações.

Art.215 - A Mesa considerará prejudicado o pedido de informações se estas chegarem espontaneamente à Assembléia, ou se já tiverem sido prestadas em resposta a pedido anterior, fornecendo-se cópia ao interessado.

Art.216 - Ao fim de trinta (30) dias, não sendo prestadas as informações, a Assembléia se reunirá em sessão extraordinária, especialmente convocada para dentro de dois (2) dias, com a finalidade de declarar a ocorrência do fato e adotar as providências decorrentes do disposto no parágrafo 2º, do artigo 36, da Constituição do Estado, servindo a ata da sessão como denúncia, para todos os efeitos legais.

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sEÇÃO iii DOs REQUERiMENTOs sUJEiTOs À DELiBERAÇÃO DO PLENÁRiO

Art.217 - Independem de publicação, serão escritos e, depois lidos no expediente, submetidos ao Plenário na mesma sessão, dispensado anúncio prévio, os requerimentos nos quais se solicitem:

I - constituição de Comissão Parlamentar de Inquérito, quando não subscrito por um terço (1/3) dos Deputados (artigo 113, parágrafos 2º e3º);

II - constituição de Comissões Especiais e de Representação;

III - prorrogação do prazo concedido às Comissões, ou sua suspensão;

IV - destaque de parte da proposição principal, ou acessória, ou de proposição acessória integral, para ter tramitação como proposição independente (artigo 145);

V - audiência de Comissão sobre determinada matéria em tramitação.

Art.218 - Serão orais ou escritos e imediatamente submetidos à decisão do Plenário os requerimentos em que se solicitem:I - adiamento de discussão ou votação (artigo 186, parágrafos 2º e3º);

II - retirada de proposição na ordem do dia (artigo 186, parágrafo 4º);

III - prorrogação da sessão (artigo 165);

IV - prorrogação de ordem do dia (artigo 179, parágrafo 1º).

Art.219 - Serão escritos e submetidos ao Plenário na mesma sessão em que forem apresentados, os requerimentos de urgência, de não realização de sessão em determinado dia, de votação secreta, transformação da sessão em secreta e convocação de sessão secreta (artigo 200, parágrafos 2º, 3º e4°).

Art.220 - Serão escritos, e decididos pelo Plenário depois de inclusão na pauta da ordem do dia, os requerimentos de:

I - convocação de Secretário de Estado, Procura dor-Geral e Comandante da Polícia Militar;

II - destinação do expediente a comemorações e homenagens;

III - realização de sessão solene.

§ único - Todos os requerimentos não referidos nos artigos anteriores, cumprem as exigências do caput deste artigo, exceto os previstos no artigo 86, IV, deste Regimento.

cAPÍTULO V DAs EMENDAs

Art.221 - As emendas são proposições acessórias de outras, e se classificam em supressivas, aglutinativas, substitutivas, modificativas ou aditivas.

§ 1º - Emenda supressiva é a que manda erradicar qualquer parte de outra proposição.

§ 2º - Aglutinativa é a emenda que resulta da fusão de outras emendas, e destas com o texto da proposição principal, por transação entre os autores respectivos, tendente à aproximação de seus objetivos.

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§ 3º - Emenda substitutiva é aquela apresentada como sucedânea a parte de outra proposição.

§ 4º - Considera-se e denomina-se “substitutivo” a emenda que alterar, substancial ou formalmente, toda uma proposição. É apenas formal a alteração que vise exclusivamente ao aperfeiçoamento da técnica legislativa.

§ 5º - Emenda aditiva é a que se acrescenta a outra proposição.

§ 6º - Sub-emenda é a emenda apresentada a outra emenda, que pode ser, por sua vez, substitutiva ou aditiva.

Art.222 - Só podem ser apresentadas em Plenário emendas que se refiram às proposições elencadas no inciso II, do artigo 124, até duas (02) sessões após o anúncio do artigo 182, II, deste Regimento (artigo 224).

§ 1º - As demais emendas devem ser apresentadas à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, à Comissão de Finanças e Fiscalização, no caso de projeto de Lei do Plano Plurianual, Diretrizes Orçamentárias, ou Orçamento Anual, e suas alterações e créditos adicionais, ou à Comissão Especial, na hipótese de proposta de emenda à Constituição, até dois (02) dias após a publicação da proposição principal.

§ 2º - A emenda oferecida por membro de Comissão será tida como desta, desde que verse matéria de seu campo temático ou área de atividade, e haja sido aprovada pela Comissão, observando-se o artigo 131, parágrafo 2º.

Art.223 - Aprovada uma proposição terminativamente pelas Comissões, a ela não se admitem emendas quando de sua apreciação pelo Plenário em grau de recurso, mas os destaques para a votação em separado de partes, dispositivos ou expressões serão admitidos.

Art.224 - Às proposições urgentes, ou que se tomarem urgentes por deliberação do Plenário, só podem ser apresentadas emendas na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, admitindo-se, porém, emenda em Plenário se subscrita por dois terços (2/3) dos membros da Assembléia.

Art.225 - O prazo a que se refere o artigo 131, parágrafo 1º, deste Regimento, conta-se da chegada das proposições à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, e corre na Secretária desta.

§ 1º - Para apreciar emenda com prazo comum, as Comissões podem reunir-se conjuntamente, concordando seus Presidentes, com um ou mais relatores, com discussão única, mas votações distintas dos membros de cada Comissão envolvida, presidindo a reunião o Presidente mais idoso, dentre os de maior número de Legislaturas.

§ 2º - Ocorrendo a hipótese do parágrafo anterior, as decisões e os pareceres serão considerados conforme o resultado das votações em cada Comissão, embora o parecer possa ser redigido em texto único, com as devidas especificações.

Art.226- As emendas apresentadas em Plenário serão encaminhadas à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, independentemente de publicação.

Art.227 - Apresentada em Plenário (artigo 222) emenda aglutinativa assinada pelos autores das emendas objeto da fusão, o Presidente a submeterá a discussão e votação, independentemente de leitura no expediente e de parecer de qualquer Comissão, salvo parecer contrário de alguma Comissão com referência a uma ou mais das emendas a serem fundidas.Art.228 - Não serão admitidas emendas que impliquem aumento da despesa prevista:

I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador do Estado, salvo o disposto no artigo 107, parágrafo 2º, da Constituição do Estado, quanto aos projetos de Orçamento Anual, de suas alterações e de autorização para abertura de crédito adicional, e no artigo 107, parágrafo 5º, da Constituição do Estado, quanto ao projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias;

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II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembléia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

Art.229 - O Presidente da Assembléia ou de Comissão pode recusar emenda que:

I - não tenha relação com a matéria do dispositivo que se pretende emendar, ou verse assunto estranho à proposição principal;

II - disponha em sentido contrário à proposição principal, na íntegra;

III - diga respeito a mais de um dispositivo, a não ser que se trate de modificações correlatas, de forma que a aprovação, relativamente a um dispositivo, envolva a necessidade de se alterarem outros;

IV - contrarie o dispositivo no artigo 205, parágrafo único, deste Regimento.

§ único - A recusa deve ser manifestada até uma (01) sessão após o recebimento, ou na primeira reunião da Comissão que se seguir à apresentação, podendo o autor, por requerimento oral ou escrito, imediatamente recorrer para o respectivo plenário, sendo o recurso apreciado na ordem do dia da mesma sessão ou reunião, sem discussão.

TÍTULO Vii DA APREciAÇÃO DAs PROPOsiÇÕEs

cAPÍTULO i DA TRAMiTAÇÃO

Art.230 - Cada proposição, salvo emenda, sub-emenda, recurso ou parecer, tem tramitação própria.

Art.231 - Exceto os requerimentos orais, e os previstos no parágrafo 2º, do artigo 203, todas as proposições apresentadas à Mesa serão lidas no expediente da mesma ou da sessão seguinte, publicadas no Boletim Oficial ou em avulsos, e despachadas pelo Presidente.

§ único - A proposição que, de iniciativa de Deputado, haja sido apresentada na ordem do dia de sessão plenária, não depende de leitura no expediente.Art.232 - Cumprido o artigo anterior, a proposição, será objeto de decisão:

I - do Presidente, nos casos do artigo 210;

II - da Mesa, nas hipóteses dos artigos 211 e 43, parágrafo 1º;

III - das Comissões, em se tratando de projeto de Lei, que dispense a deliberação do Plenário, nos termos do artigo 124, II;

IV - do Plenário, nos demais casos.

§ único - Antes da deliberação do Plenário, haverá manifestação das Comissões competentes para o estudo da matéria, por parecer escrito ou oral, exceto quando se tratar de requerimento.

Art.233 - Logo que volte das Comissões a que haja sido distribuída, a proposição é publicada em avulsos e incluída na pauta da ordem do dia.

Art.234 - Os requerimentos de urgência, de não realização de sessão em determinado dia e os que devam ser imediatamente apreciados serão decididos pelo Plenário ou pelo Presidente no mesmo dia da apresentação. As demais proposições serão apreciadas mediante inclusão na pauta da ordem do dia.

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Art.235 - A distribuição de matérias às Comissões será feita por despacho do Presidente, dentro de um (01) dia da publicação, observadas as seguintes normas:

I - antes da distribuição, o Presidente mandará verificar se existe proposição em trâmite, que trate de matéria análoga ou conexa, e, se houver, fará a distribuição por dependência, determinando a sua apensação, após ser numerada:

II - a proposição será distribuída:

a) obrigatoriamente, à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, para exame de admissibilidade constitucional, legal, jurídica e regimental;

b) quando houver aspectos financeiros e orçamentários públicos, à Comissão de Finanças e Fiscalização, para exame de sua compatibilidade ou adequação com o Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Orçamento Anual;

c) às Comissões referidas nas alíneas anteriores e às demais Comissões, quando a matéria de seu campo temático e área de atividade tiver relação com o mérito da proposição;

III - a remessa de uma proposição à Comissão de Constituição, Justiça e Redação se faz por intermédio da Secretária Legislativa, devendo chegar a seu destino dentro de um (01) dia ou imediatamente em caso de urgência;IV - feita a distribuição por dependência (inciso I), obedecem-se às seguintes regras:

a) a proposição do Poder Executivo tem precedência sobre as demais;

b) não havendo proposição do Poder Executivo, a mais antiga na Assembléia tem precedência sobre a mais recente;

c) o regime especial a que estiver sujeita uma proposição estende-se às que lhe estejam apensas;

V - o prazo do caput deste artigo independe de entendimentos entre os Líderes, e não se suspende em virtude deles.

Art.236 - O Presidente considerará prejudicada a proposição que:

I - seja idêntica a outra já aprovada na mesma Sessão Legislativa, ou cuja matéria haja sido regulada pela Assembléia por qualquer meio;

II - esteja apensa a outra, quando esta, sendo aprovada, for idêntica ou de finalidade oposta àquela;

III - apensa a outra, for esta rejeitada, sendo idênticas;

IV - tiver substitutivo aprovado, incluídas na prejudicialidade emendas e sub-emendas, ressalvados os destaques;

V - sendo emenda ou sub-emenda, tratar de matéria idêntica à de outra já aprovada ou rejeitada;

VI - ainda sendo emenda ou sub-emenda, dispuser em sentido absolutamente contrário ao de outra, ou de dispositivo, já aprovados;

VII - sendo requerimento, tenha a mesma, ou oposta finalidade de outro já aprovado;

VIII - trate da mesma matéria de outra, cujo veto haja sido mantido pela Assembléia, salvo se assinada pela maioria absoluta dos Deputados;

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IX - houver perdido a oportunidade para surtir os efeitos objetivados.

§ 1º - A decisão presidencial sobre a prejudicialidade será comunicada em Plenário, ou em reunião da Comissão, podendo o autor interpor, imediatamente, recurso ao respectivo Plenário, que decidirá na ordem do dia da mesma sessão, ou reunião.

§ 2º - A proposição dada como prejudicada será definitivamente arquivada.

cAPÍTULO ii DOs TURNOs

Art.237 - As proposições estão sujeitas, na sua apreciação, a turno único, exceto as propostas de emenda à Constituição.

§ único - Cada turno é constituído de discussão e votação, exceto no caso de requerimento, em que não haverá discussão.

cAPÍTULO iii DO REGiME DE TRAMiTAÇÃO

Art.238 - Quanto à tramitação, são:

I - urgentes as proposições:

a) sobre suspensão das imunidades parlamentares na vigência do estado de sítio ou de sua prorrogação;

b) sobre transferência temporária da sede do Governo ou da Assembléia (Constituição do Estado, artigos 37, X, e35, VI);

c) sobre intervenção em Município, ou modificações das condições de intervenção em vigor, e sobre pedido de intervenção federal;

d) sobre autorização ao Governador e ao Vi ce-Governador para se ausentarem do País ou do Estado (Constituição do Estado, artigo 35, III, e artigo 62, II);

e) sobre declaração da vacância dos cargos de Governador e Vice-Governador do Estado;

f) de iniciativa do Governador do Estado, com solicitação de urgência (Constituição do Estado, artigo 47, parágrafo 1º), após quarenta e cinco (45) dias da data de sua leitura no expediente;

g) reconhecidas, por deliberação do Plenário, de caráter urgente, nos termos do artigo 241.

II - com prioridade:

a) os projetos de Leis complementares ou ordinárias que se destinem a regulamentar disposições constitucionais, e suas alterações;

b) as proposições referidas no artigo 69, XVII, da própria Mesa, Comissão ou Deputados;

c) os projetos de Lei com prazo determinado, ressalvada tramitação especial.

III - de tramitação ordinária, as proposições não incluídas nos incisos anteriores.

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cAPÍTULO iV DA TRAMiTAÇÃO EM REGiME DE URGÊNciA

Art.239 - Não pode tramitar em regime de urgência a proposta de emenda à Constituição, nem de alteração ou reforma deste Regimento.

Art.240 - O regime de tramitação urgente importa em considerar desde logo uma proposição, dispensadas exigências e formalidades regimentais, até decisão final.

§ 1º - Não se dispensam:

I - leitura da proposição em Plenário;

II - publicação, pelo menos em avulsos, e sua distribuição antes da ordem do dia;

III - pareceres das Comissões ou de relator, ou relatores designados.

§ 2º - As proposições urgentes em virtude da natureza da matéria ou que forem consideradas urgentes por decisão do Plenário, na forma do artigo seguinte, têm o mesmo tratamento e tramitação regimental.

Art.241- O requerimento de urgência (artigo 219)deve ser aprovado por dois terços (2/3) dos membros da Assembléia.

§ 1º - Se não responderem à chamada dois terços (2/3) dos Deputados, a votação deve ser repetida, na mesma ou nas sessões seguintes, quando se encontrar aquele número em Plenário.

§ 2º - Negada urgência, novo requerimento não será admitido para a mesma proposição.

§ 3º - O requerimento de urgência pode ter sua votação encaminhada pelo autor e por um Líder que lhe seja contrário.

Art.242 - Lida a proposição urgente, ou aprovado o requerimento de urgência, vai ela às Comissões, observadas as seguintes regras:

I - as Comissões se reúnem conjuntamente, sob a Presidência do Presidente mais idoso, dentre os de maior número de Legislaturas, o qual designará relatores entre os membros de cada Comissão que deva opinar;

II - as Comissões, em reunião conjunta, tem prazo de dois (02) dias para emitir parecer;

III - as decisões e pareceres serão considerados conforme o resultado das votações entre os membros de cada Comissão, embora o parecer possa ser redigido em texto único, com as devidas especificações;

IV - qualquer dilatação do prazo dado às Comissões só pode ser concedida por dois terços (2/3) do Plenário da Assembléia;

V - em reunião conjunta, as Comissões, ou alguma delas, podem decidir por se fazerem representar por relator, ou relatores, que darão parecer oral em Plenário;

VI - as emendas só podem ser apresentadas nas Comissões, e desde que não iniciada a discussão da matéria (artigo 224);

VII - as Comissões não se podem reunir, para os fins previstos neste artigo, no dia seguinte ao recebimento da proposição na Comissão de Constituição, Justiça e Redação, em cuja secretaria correm todos os prazos e trâmites referentes às matérias em regime de urgência;

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VIII - aprovado requerimento de urgência para a matéria que, anteriormente, já tramitava nas Comissões, no dia seguinte passa a correr o prazo do inciso II, devendo, neste mesmo dia, ser apresentadas emendas;

IX - esgotado o prazo, ou sua dilatação, o Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Redação enviará, imediatamente, o processo à Mesa, independentemente de despacho ou qualquer outra formalidade, ou comunicará ao Presidente que o mesmo lá não se encontra, dando ciência da designação do relator, ou relatores, que devam dar parecer oral.

Art.243 - Recebida a proposição, ou esgotado o prazo das Comissões, o Presidente incluirá a matéria na ordem do dia da mesma sessão, dispensado o anúncio a que se refere o artigo 197, parágrafo 2°, observados, entretanto, os preceitos dos artigos 180, 181, 198, parágrafos 1º e3º, e 74, III, todos deste Regimento.

Art.244 - Se as Comissões, nos termos do artigo 140, XI, optarem por redigir novo texto, apenas este será submetido ao Plenário, não se admitindo destaques para as emendas ou sub-emendas assim incorporadas à proposição, podendo ser objeto de votação destacada tão somente dispositivos ou expressões do texto oferecido pelas Comissões.

§ único - Aplica-se o disposto neste artigo à hipótese de apresentação de parecer oral (artigo 140, XXVII ), salvo se forem vários os relatores, e divergentes seus pareceres.

Art.245 - As emendas com parecer contrário das Comissões serão submetidas em bloco ao Plenário, assim como as com parecer favorável que não tenham sido ainda incorporadas ao texto, salvo requerimento de destaque.

cAPÍTULO V DA TRAMiTAÇÃO EM REGiME DE PRiORiDADE

Art.246 - O regime de prioridade importa em que uma proposição seja incluída na ordem do dia na sessão seguinte, nela figurando logo após aquelas em regime de urgência, desde que oferecidos os pareceres pelas Comissões, ou esgotados seus prazos.

§ único - São prioritárias as matérias referidas no artigo 238, II, e as que assim forem consideradas por unânime deliberação da Reunião de Lideranças, observado o disposto no artigo 86, III, deste Regimento.

cAPÍTULO Vi DA DiscUssÃO

Art.247 - Discussão é a fase do turno de apreciação das proposições destinada aos debates.

§ único - A discussão se fará sobre o conjunto da proposição e emendas, mas o Presidente, não se opondo o Plenário, pode ordenar os debates por títulos, capítulos, seções ou grupos de artigos.

Art.248 - Todos os Deputados podem discutir qualquer matéria, pelo tempo de dez (10) minutos, falando cada um apenas uma vez.

§ 1º - O primeiro subscritor do projeto de iniciativa popular, ou o representante que houver previamente designado, pode falar à Assembléia para defendê-lo, antes de a palavra ser facultada aos Deputados, não se permitindo apartes.

§ 2º - Quando mais de um Deputado pedir, simultaneamente, a palavra para discutir, o Presidente deve concedê-la na seguinte ordem:

I - ao autor;

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II - ao Líder do Governo; III - aos relatores;IV - aos autores das emendas;V - aos Líderes;VI - aos demais Deputados.

§ 3º - Quando a discussão se fizer por partes (artigo 247, parágrafo único), o Deputado pode falar na discussão de cada uma delas.

§ 4º - O tempo do orador pode ser prorrogado por outro tanto pelo Presidente, salvo se já tiverem falado cinco (5) Deputados.

§ 5º - O Deputado, na discussão, não pode desviar-se da questão em debate, nem falar sobre o vencido.

§ 6º - O Presidente interromperá o orador que estiver debatendo:

I - quando se completar o quorum de deliberação, para se proceder à votação adiada;

II - para leitura de requerimento de urgência, ou trans formação da sessão em secreta;

III - para urgente comunicação à Assembléi a;

IV - para suspender a sessão, nos casos regimentalmente permitidos.

§ 7º - Qualquer Deputado, com o consentimento do orador, pode aparteá-lo para:

I - fazer esclarecimento ou indagação sobre a matéria em debate, de forma breve e oportuna;

II - suscitar questão de ordem;

III - requerer prorrogação;

IV - informar à Assembléia assunto de natureza urgentíssima.

§ 8º - Não se permitem apartes:

I - à palavra do Presidente;

II - paralelo a discurso;

III - aparecer oral;

IV - por ocasião do encaminhamento de votação e da apresentação de proposições;

V - quan do o orador declarar, de modo geral, que não os admite;

VI - quando o orador estiver suscitando questão de ordem.

§ 9º - Todos os apartes se incluem no tempo destinado ao orador.

Art.249 - Encerra-se a discussão pela ausência de oradores.

Art.250 - Esgotado o prazo do artigo 222, caput, sem emendas, a matéria será discutida na sessão seguinte. Emendada a proposição, porém, volta ela às Comissões, saindo da pauta da ordem do dia.

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cAPÍTULO Vii DA VOTAÇÃO

sEÇÃO i DAs DisPOsiÇÕEs GERAis

Art.251 - A votação completa o turno de apreciação das proposições.

Art.252 - O Deputado pode escusar-se de votar, registrando sua abstenção.

§ 1º - Tratando-se de causa própria ou de assunto em que tenha interesse individual, deverá o Deputado dar-se por impedido e fazer comunicação à Mesa, sendo seu voto considerado, para efeito de quorum, como abstenção ou em branco, quer se trate de votação ostensiva ou por escrutínio secreto.

§ 2º - O Deputado que não votar será considerado ausente à sessão para todos os efeitos constitucionais e regimentais, salvo o caso de obstrução legítima, assim considerada a que for declarada pessoalmente pelo Deputado na própria sessão, ou por Líder, aproveitando a declaração do Líder aos integrantes de sua Bancada.

§ 3º - O voto e qualquer manifestação do Deputado, mesmo que contrários ao da respectiva Bancada ou sua Liderança, serão acolhidos para todos os efeitos.

§ 4º - Havendo empate em votação ostensiva cabe ao Presidente desempatá-la. Se o Presidente declarar abstenção, seu substituto desempatará a votação.

§ 5º - Não se desempata votação para se atingir quorum qualificado.

§ 6º - Os votos em branco e as abstenções só serão computados para efeito de quorum.

§ 7º - Terminada a votação, o Presidente proclamará o resultado.

74§8º - O Deputado pode, depois da votação ostensiva, enviar à Mesa, para que conste dos anais, declaração escrita de voto, sem lhe ser permitido lê-la ou comentá-la na mesma sessão.

Art.253 - Salvo expressa disposição constitucional ou regimental em contrário, as deliberações da Assembléia e de suas Comissões são tomadas por maioria de votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

§ único - O projeto de Lei complementar somente é aprovado se obtiver maioria absoluta dos votos dos membros da Assembléia.

Art.254 - A votação se faz sobre toda a proposição, salvo destaques.

sEÇÃO ii DOs DEsTAQUEs

Art.255 - Anunciada a votação de uma matéria, qualquer Deputado pode requerer destaque de partes da proposição, emendas ou sub-emendas.

§ 1º - O pedido de destaque pode referir-se a:

I - dispositivos ou expressões da proposição principal, de substitutivo, de emenda ou sub-emenda;

II - emenda, para votação fora do bloco a que pertencer;

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III - sub-emenda.

§ 2º - A rejeição da proposição principal prejudica todos os destaques antes deferidos.

§ 3º - Aprovada a proposição, com destaques, submete-se a votos a matéria destacada, que somente integrará o texto se for aprovada.

§ 4º - O quorum para aprovação da proposição principal é o mesmo para a aprovação de seus destaques.

§ 5º- Aprovado um projeto terminativamente pelas Comissões, e o recurso, provido pelo Plenário, se tiver referido a apenas partes dele ou emendas, não se admitem destaques, na apreciação final, para o que não foi objeto do recurso.

§ 6º - Também não se admite destaque para expressão cuja retirada do texto lhe inverta o sentido ou o deixe incompleto, ou importe em mutilação tal que torne a vontade legislativa ininteligível.

§ 7º - Igualmente não se admite destaque quando o texto, se aprovado, não se possa ajustar ao da proposição em que deva ser integrado, formando sentido completo.

Art.256 - O Presidente deferirá o requerimento de destaque, só lhe sendo lícito indeferi-lo por intempestividade, por ofensa ao artigo 244, ou, ainda, nos casos dos parágrafos 5º, 6º e7º, do artigo anterior.

Art.257 - Destacada uma emenda, sê-lo-ão automaticamente, suas sub-emendas, e as emendas com a primeira relacionadas.

Art.258 - Aprovado o requerimento a que se refere o artigo 217, IV, deste Regimento, o autor da proposição tem prazo de dois (02) dias para oferecer à Comissão o texto com que deverá tramitar a nova proposição, sob pena de arquivamento.

sEÇÃO iii DAs MODALiDADEs DE VOTAÇÃO

Art.259 - A votação pode ser ostensiva, pelo processo simbólico ou nominal, ou secreta.

Art.260 - Pelo processo simbólico, utilizado na votação das proposições em geral, o Presidente, ao submeter a votos a matéria, convidará os Deputados a favor a permanecerem como se encontram, proclamado o resultado manifesto dos votos.

§ único- Se algum Deputado requerer verificação, repete-se a votação pelo processo nominal.

Art.261- O processo nominal, além da hipótese do parágrafo do artigo anterior, será utilizado nos casos em que se exija quorum especial de votação, e quando este Regimento expressamente determinar.

§ 1º - Os Deputados serão chamados pelo Primeiro Secretário e responderão “sim” ou “não”, conforme sejam favoráveis ou contrários ao que se estiver votando, ou declararão abstenção, devendo chamar-se em primeiro lugar os Líderes de Bancadas, na ordem decrescente do número de seus integrantes.

§ 2º - Enquanto não proclamado o resultado pelo Presidente, os Deputados que não tiverem respondido à chamada poderão votar junto à Mesa, ou alterar seu voto.

§ 3º- Da ata da sessão constarão os nomes dos Deputados que votaram “sim”, “não” ou “abstenção”.

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Art.262 - A votação secreta se fará através de cédulas impressas, com as expressões “sim” e “não”, antecedidas de pequeno quadrilátero, e postas à disposição dos Deputados em lugar indevassável no recinto do Plenário, com sobrecartas em número suficiente.

§ 1º - Chamados os Deputados pelo Primeiro Secretário, dirigir-se-ão ao lugar onde se encontram as cédulas e sobrecartas, assinalarão seus votos, porão a cédula na sobrecarta, e a depositarão em urna à vista do Plenário.

§ 2º - A apuração se fará por dois (2) Deputados convidados pelo Presidente.

Art.263 - Será pelo processo secreto a votação nos seguintes casos:

I - deliberação sobre suspensão das imunidades parlamentares durante o estado de sítio;

II - deliberação sobre veto;III - autorização para instauração de processo, nas infrações penais comuns, ou nos crimes de responsabilidade, contra o Governador do Estado, o Vice-Governador e os Secretários de Estado;

IV - destituição do Procurador-Geral de Justiça;

V - perda de mandato de Deputado;

VI - prisão de Deputado, e sustação de ação penal contra Deputado;

VII - eleição;

VIII - aprovação de escolha de Desembargadores, Conselheiros do Tribunal de Contas, Procurador-Geral de Justiça, e demais autoridades indicadas em Lei;

IX - imposição de penalidade a Deputado;

X - julgamento das contas do Governador do Estado;

XI - concessão de honrarias;

XII - quando assim decidir o Plenário.

§ 1º - Não serão objeto de votação por meio de escrutínio secreto a proposição que trate de matéria tributária, ou a que disponha sobre concessão de favores, privilégios ou isenções.

§ 2º - Ocorrendo empate em votação secreta, observa-se o seguinte:

I - tratando-se de eleição, elege-se o candidato mais idoso;

II - na aprovação da escolha de autoridade, a aprovação está recusada;

III - julgando-se as contas do Governador, as contas ficam aprovadas;

IV - no caso do inciso I, deste artigo, as imunidades ficam suspensas;

V - na destituição do Procurador-Geral de Justiça, a destituição é recusada;

VI - nos processos criminais, e na imposição de penalidades, prevalece a solução mais favorável ao acusado;

VII - em caso de prisão de Deputado, ou sustação de processo criminal contra Deputado, observam-se as regras do artigo 20, parágrafo 5º, e artigo 21, parágrafo 6º, deste Regimento;

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VIII - nos demais casos, repete-se a votação até o desempate, salvo se for exigido quorum especial de votação, quando a proposição fica rejeitada.

sEÇÃO iV DO PROcEssAMENTO DA VOTAÇÃO

Art.264 - Anunciada a votação de uma matéria, salvo expressa disposição em contrário, qualquer Deputado pode pedir apalavra para encaminhá-la, dispondo de cinco (5) minutos.

§ 1º - O encaminhamento da votação é medida preparatória desta, que só se considera iniciada quando encerrado o encaminhamento.

§ 2º - Falando para encaminhar votação, o Deputado não pode conceder apartes.

§ 3º - Para dar as razões de seu voto, o Deputado só pode falar no encaminhamento da votação, não lhe sendo lícito fazer qualquer manifestação ou comentário quando chamado para votar.

Art.265 - A proposição ou seu substitutivo serão votados sempre globalmente, ressalvada a matéria destacada.

§ 1º - As emendas serão votadas em bloco, conforme tenham parecer favorável ou contrário de todas as Comissões.

§ 2º - A emenda que tenha parecer divergente e as emendas destacadas de seu bloco serão votadas uma a uma.

Art.266 - Além das normas gerais previstas neste Regimento, observam-se nas votações as seguintes regras de preferência ou prejudicialidade:

I - o substitutivo é votado antes do projeto;

II - aprovado o substitutivo, ficam prejudicados o projeto e as emendas a este oferecidas, ressalvadas as emendas ao substitutivo e todos os destaques;

III - não havendo substitutivo, ou sendo este rejeitado, vota-se a proposição original, ressalvados emendas e destaques;

IV - aprovada a proposição, votam-se os destaques dela requeridos, as emendas e os destaques às emendas;

V - havendo sub-emendas, estas são votadas antes das respectivas emendas, ficando prejudicadas estas com a aprovação daquelas;

VI - a rejeição do projeto prejudica as emendas a ele oferecidas;

VII - a rejeição de qualquer artigo do projeto prejudica os demais artigos que forem uma conseqüência daquele;

VIII - dentre as emendas de cada bloco, oferecidas ao substitutivo ou à proposição original, e as emendas destacadas, serão votadas, pela ordem, as supressivas, as aglutinativas, as substitutivas, as modificativas e, finalmente, as aditivas;

IX - as emendas com sub-emendas serão votadas uma a uma;

X - quando, ao mesmo dispositivo, forem apresentadas várias emendas da mesma natureza, terão preferência as de Comissões; havendo emendas de mais de uma Comissão, a precedência será regulada pela ordem inversa de apresentação.

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TÍTULO Viii DA TRAMiTAÇÃO EsPEciAL

cAPÍTULO i DA PROPOsTA DE EMENDA À cONsTiTUiÇÃO

Art.267 - A Assembléia pode emendar a Constituição do Estado, desde que não se esteja na vigência de intervenção federal ou de estados de defesa ou de sitio.

§ único - Não será objeto de deliberação a proposta de emenda à Constituição que proponha a separação do Estado da República Federativa do Brasil, ou a abolição do voto direto, secreto, universal e periódico, da independência e harmonia dos Poderes ou dos direitos e garantias individuais.

Art.268 - A proposta de emenda à Constituição pode ser apresentada por um terço (1/3) dos Deputados ou pelo Governador do Estado.

Art.269 - A proposta, depois de lida no expediente e publicada, vai à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que se pronunciará sobre sua admissibilidade, no prazo de vinte (20) dias.

§ 1º - Se o parecer for pela inadmissibilidade da proposta, poderá um terço (1/3) dos Deputados requerer o pronunciamento do Plenário a respeito.

§ 2º - Admitida a proposta, com o simples pronunciamento da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, ou por decisão do Plenário, o Presidente designará Comissão Especial para exame do mérito, a qual terá o prazo de trinta (30) dias, a partir de sua nomeação, para proferir parecer.

§ 3º - Somente perante a Comissão poderão ser apresentadas emendas, desde que subscritas por um terço (1/3) dos Deputados.

§ 4º - O prazo para apresentação de emendas é de cinco (05) dias a partir da nomeação da Comissão.

§ 5º - O relator ou a própria Comissão, no parecer, podem oferecer emenda sem a exigência de número de assinaturas e observância do prazo do parágrafo anterior.

§ 6º - Publicado o parecer no Diário Oficial do Estado e no Boletim Oficial da Assembléia, e distribuído em avulsos, duas (02) sessões depois a proposta será incluída na pauta da ordem do dia.

§ 7º - A proposta será submetida a dois (02) turnos de discussão e votação, com interstício de cinco (05) dias entre um e outro.

§ 8º - Será aprovada a proposta que obtiver, em ambos os turnos, três quintos (3/5) dos votos dos membros da Assembléia.

78§9º - Aplicam-se à proposta de emenda à Constituição, no que não colidirem com o estatuído neste artigo, as disposições regimentais relativas ao trâmite e apreciação dos projetos de Lei.

Art.270 - A matéria constante de proposta de emenda à Constituição rejeitada ou havida por prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa.

Art.271 - Aprovada a proposta, será convocada sessão solene para promulgação pela Mesa da Assembléia.

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cAPÍTULO ii DA iNiciATiVA DE EMENDA À cONsTiTUiÇÃO FEDERAL

Art.272 - Qualquer Deputado ou Comissão podem propor a iniciativa da Assembléia para que o Congresso Nacional emende a Constituição Federal (Constituição Federal, artigo 60, III).

§ único - O Deputado ou Comissão apresentará projeto de Resolução com as razões que justifiquem a medida e o texto da emenda.

Art.273 - Lido e publicado o projeto, vai a parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação para exame de admissibilidade e mérito, com prazo de quinze (15) dias.

§ 1º - À Comissão podem ser apresentadas emendas ao texto proposto, no prazo de cinco (5) sessões a partir da publicação.

§ 2º - Oferecido o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, será a matéria incluída na pauta da ordem do dia, depois de publicados o projeto e o parecer em avulsos.

§ 3º - Aprovado o projeto, cópia autêntica dele e da ata da sessão serão enviados à Câmara dos Deputados, cientificadas as Assembléias Legislativas dos demais Estados da Federação.

Art.274 - Recebida comunicação do Congresso Nacional ou de Assembléia Legislativa sobre proposta de emenda à Constituição Federal, para a manifestação prevista no artigo , III, da mesma Carta, será, depois de lida e publicada, submetida a parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, que redigirá projeto de Resolução a respeito, cumprindo-se as regras do artigo anterior.

cAPÍTULO iii DOs PROJETOs DE iNiciATiVA DO GOVERNADOR

DO EsTADO cOM sOLiciTAÇÃO DE URGÊNciA

Art.275 - Se o Governador do Estado solicitar que projeto de sua iniciativa seja apreciado com urgência, nos termos do artigo 47, parágrafo 1º, da Constituição, observam-se as regras seguintes:

I - findo o prazo de quarenta e cinco (45) dias da leitura do projeto no expediente, sem manifestação definitiva do Plenário, será incluído automaticamente na pauta da ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto a todos os demais assuntos, ressalvadas as matérias que tenham prazo constitucionalmente determinado, até que se ultime sua votação;

II - se, depois de haver remetido projeto à Assembléia, o Governador solicitar urgência, o prazo de quarenta e cinco (45) dias se conta a partir da solicitação da urgência;

III - incluído o projeto na ordem do dia sem parecer de alguma Comissão, este será dado oralmente em Plenário.

§ único - Os prazos previstos neste artigo se contam em dias corridos, não se aplicam a projetos de código, e são suspensos nos recessos parlamentares.

cAPÍTULO iV DO VETO

Art.276 - Recebida, pelo Presidente da Assembléia, comunicação de veto, será lida no expediente de sessão extraordinária especialmente convocada para o dia seguinte, e publicada no Boletim Oficial.

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Art.277 - Se o Governador do Estado houver alegado apenas questões constitucionais, a matéria vai a parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Se o Governador houver considerado o projeto contrário ao interesse público, devem pronunciar-se Comissões de mérito com competência para opinar sobre a matéria vetada, dispensada a audiência da Comissão de Constituição, Justiça e Redação se não for ventilada questão constitucional.

Art.278 - Cada Comissão tem prazo de quatro (04) dias para emitir parecer.

§ 1º - Oferecidos os pareceres, serão publicados em avulsos, juntamente com as razões do veto e o projeto vetado, e incluídos na pauta de sessão extraordinária especialmente convocada para discussão e votação.

§ 2º - Decorridos trinta (30) dias do recebimento da comunicação do veto pelo Presidente da Assembléia, com ou sem parecer é ele incluído na pauta de sessão extraordinária especialmente convocada, sobrestando-se todas as demais deliberações enquanto não se decidir sobre o veto.

§ 3º - Incluído veto na ordem do dia sem parecer de alguma Comissão, este será dado oralmente em Plenário.

§ 4º - Os prazos previstos neste artigo contam-se em dias corridos, mas não correm nos recessos parlamentares.

§ 5º - Submetido o veto a votação, estará rejeitado se votarem contra o mesmo a maioria absoluta dos Deputados, em escrutínio secreto.

§ 6º - Rejeitado o veto, o Presidente faz a devida comunicação ao Governador do Estado, para os fins constitucionais.

§ 7º - Tendo sido vetados mais de um artigo, parágrafo, inciso ou alínea, a discussão será única, mas haverá tantas votações quantos forem os dispositivos vetados, ressalvados os casos de prejudicialidade.

cAPÍTULO V DA FiXAÇÃO DA REMUNERAÇÃO DOs DEPUTADOs,

DO GOVERNADOR E DO VicE-GOVERNADOR DO EsTADO E DOs sEcRETÁRiOs DE EsTADO

Art.279 - À Comissão de Finanças e Fiscalização incumbe a elaboração de projeto de Lei, fixando o subsídio dos Deputados, do Governador, do Vi ce-Governador e dos Secretários de Estado.

§ único - Os projetos de que trata este artigo ficam na ordem do dia por duas (02) sessões para recebimento de emendas, sobre as quais a Comissão de Finanças e Fiscalização emitirá parecer no prazo improrrogável de duas (02) sessões.

cAPÍTULO Vi DA PREsTAÇÃO DE cONTAs DO GOVERNADOR

DO EsTADO E DA APREciAÇÃO DOs RELATÓRiOs sOBRE A EXEcUÇÃO DOs PLANOs DE GOVERNO

Art.280- Cópias dos planos de Governo remetidos à Assembléia pelo Governador do Estado serão encaminhadas a todas as Comissões, para fins de acompanhamento de sua execução.

Art.281 - Remetidos pelo Governador relatórios sobre a execução dos planos de Governo, irão à Comissão de Finanças e Fiscalização, que, solicitando subsídios às demais Comissões, emitirá parecer sobre os mesmos, propondo, se julgar conveniente, as providências necessárias da competência do Poder Legislativo.

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§ 1º - Não enviados relatórios sobre a execução dos planos de Governo, a Comissão de Finanças e Fiscalização emitirá parecer à luz dos dados de conhecimento da Assembléia, e proverá como for conveniente ao interesse público.

§ 2º - O pronunciamento da Comissão de Finanças e Fiscalização pode ser emitido em conjunto com a apreciação das contas do Governador do Estado.

Art.282 - Recebidas, no prazo do artigo 64, XVIII, da Constituição, as contas do Governador do Estado relativas ao exercício anterior, serão publicadas no Boletim Oficial e encaminhadas à Comissão de Finanças e Fiscalização, cujo Presidente as remeterá ao Tribunal de Contas, para os fins do artigo 53, I, da Constituição.

§ 1º - Restituídas as contas pelo Tribunal de Contas, seu parecer será publicado em avulsos, aguardando-se por dez dias (10) pedidos de informações.

§ 2º - Os pedidos de informações são encaminhados diretamente à Comissão de Finanças e Fiscalização, que, depois de decidir soberanamente sobre se aguarda as respostas, os enviará à Mesa para os fins do artigo 211 a216, deste Regimento.

§ 3º - Prestadas as informações, e cumpridas as diligências determinadas pela Comissão, esta dará parecer conclusivo sobre as contas, redigindo projeto de Decreto Legislativo a respeito.

§ 4º - A Comissão de Finanças e Fiscalização exerce as atribuições previstas neste Capítulo de acordo com as normas dos artigos 119, 154 e155, deste Regimento.

§ 5º - Cabe privativamente à Comissão elaborar o calendário de seus trabalhos, sem prazo prefixado, mas o Plenário, passados noventa (90) dias da restituição das contas pelo Tribunal de Contas (parágrafo 1°), pode, a requerimento de qualquer Deputado, fixar prazo de quinze (15) dias, no mínimo, para apresentação do parecer.

§ 6º - Apresentado o parecer, ou esgotado o prazo previsto na parte final do parágrafo anterior, será ele publicado em avulsos, juntamente com as contas, os esclarecimentos prestados pelo Poder Executivo, e todos os documentos coletados ou produzidos pela Comissão.

§ 7º- Na terceira sessão subseqüente à distribuição dos avulsos, a matéria será incluída na ordem do dia do Plenário.

§ 8º - O projeto de Decreto Legislativo será submetido a votação por escrutínio secreto.

§ 9º - Rejeitadas as contas, todo o processo será encaminhado ao Ministério Público, para os fins constitucionais, sem prejuízo da instauração pela Assembléia, de ofício, de processo por crime de responsabilidade, e de tomada de contas.

cAPÍTULO Vii DA TOMADA DE cONTAs

DO GOVERNADOR DO EsTADO

Art.283 - À Comissão de Finanças e Fiscalização incumbe proceder à tomada de contas do Governador do Estado, quando não apresentadas à Assembléia dentro de sessenta (60) dias após a abertura da Sessão Legislativa, ou rejeitadas as contas apresentadas.

§ 1º - A Comissão organizará as contas com o auxílio do Tribunal de Contas, cabendo-lhe convocar os responsáveis pelo sistema de controle interno e todos os ordenadores de despesa da administração pública direta, indireta e fundacional dos três Poderes do Estado, para comprovar, no prazo que estabelecer, as contas do exercício findo, na conformidade da respectiva Lei orçamentária e das alterações havidas na sua execução.

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§ 2º - Para a tomada de contas aplicam-se, no que couberem, as regras do Capítulo anterior.

Art.284 - A prestação de contas, após iniciada a tomada de contas, não será óbice à adoção e continuidade das providências relativas ao processo por crime de responsabilidade, nos termos da Lei.

cAPÍTULO Viii DOs PROJETOs DE LEi DO PLANO PLURiANUAL,

DE DiRETRiZEs ORÇAMENTÁRiAs E DOs ORÇAMENTOs ANUAis

Art.285 - Salvo disposição legal em contrário, o projeto de Lei do Plano Plurianual deve ser devolvido para sanção até o dia 15 de dezembro do primeiro ano de cada Legislatura; projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, até o encerramento do primeiro período de cada Sessão Legislativa; e o projeto de Lei orçamentária, até o término da Sessão Legislativa.

Art.286 - A mensagem do Governador do Estado será lida em sessão ordinária dentro de dois (2) dias de sua entrega ao Presidente da Assembléia.

§ 1º - Lida a mensagem, a matéria será imediatamente despachada à Comissão de Finanças e Fiscalização, sendo publicada, com o respectivo projeto, no Boletim Oficial da Assembléia.

§ 2º - Tratando-se de projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, o Presidente da Assembléia remeterá cópias ao Presidente do Tribunal de Justiça, Presidente do Tribunal de Contas e Procurador-Geral de Justiça, abrindo-lhes oportunidade de apresentar, em dez (10) dias, sugestões do interesse do Poder Judiciário, do Tribunal de Contas e do Ministério Público.

§ 3º - As sugestões recebidas serão encaminhadas ao relator na Comissão de Finanças e Fiscalização.

82§4º - Dentro de vinte e quatro horas (24:00 hrs.) do recebimento do projeto na Comissão de Finanças e Fiscalização, seu Presidente designará relator.

§ 5º - Passa a correr prazo de dez (10) dias, a partir da publicação (parágrafo 1°), para o oferecimento de emendas por qualquer Deputado, diretamente à Comissão.

§ 6º - Findo o prazo de apresentação de emendas, são elas, e quaisquer sugestões recebidas, encaminhadas ao relator, que em três (03) dias apresentará à Comissão relatório prévio acerca do projeto, emendas e sugestões, indicando as providências que devem ser tomadas para a instrução da matéria.

§ 7º - Com tal objetivo, a Comissão pode decidir pela audiência de outras Comissões Permanentes, bem como de órgãos dos Poderes Públicos, inclusive dos Municípios, de entidades da sociedade civil e de cidadãos.

§ 8º - A Comissão pode realizar audiências públicas para ouvir as autoridades e demais pessoas convidadas, procedendo de forma que possibilite a exposição das diversas correntes de opinião sobre o tema em debate.§ 9º - Compete ainda à Comissão, se entender necessário, convocar Secretários de Estado, Procuradores-Gerais e Comandante da Policia Militar para prestar, pessoalmente, informações sobre assunto previamente determinado.

§ 10 - A convocação se fará mediante ofício do Presidente da Comissão, que definirá dia e hora do comparecimento, com a indicação das informações pretendidas.

§ 11 - O não comparecimento será comunicado ao Presidente da Assembléia, para os fins previstos na Constituição.

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§ 12 - Os Secretários de Estado, Procuradores-Gerais e Comandante da Policia Militar podem comparecer espontaneamente à Comissão, mediante entendimento com seu Presidente.

§ 13 - À Comissão, a requerimento de qualquer de seus membros, pode pedir informações escritas a órgãos do Poder Executivo, por seus titulares e por intermédio do Presidente da Assembléia, que ouvirá a Mesa, sobrestando a deliberarão final sobre o projeto até o atendimento, se necessário.

§ 14 - A Comissão poderá aguardar resposta a seu pedido de informações pelo prazo máximo de trinta (30) dias.

§ 15 - Cabe ainda à Comissão pedir informações ao Tribunal de Contas sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, os resultados de auditorias e inspeções realizadas, ou determinar sua realização.

Art.287 - Para o cumprimento das diligências previstas no artigo anterior, o Presidente da Comissão fixará calendário, podendo a Comissão representar ao Plenário sobre a necessidade de prorrogação do período da Sessão Legislativa, ou convocação extraordinária da Assembléia.

§ único - Não anuindo o Plenário, o relator deve apresentar seu parecer à Comissão até o dia 15 de junho, tratando-se de projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, ou até 1º de Dezembro, nos demais casos.

Art.288 - Cumpridas as diligências, ou esgotado o prazo e elas destinado, o relator apresentará à Comissão parecer circunstanciado sobre o projeto, emendas e sugestões, acolhendo estas como emendas suas, se assim julgar conveniente, ou desprezando-as definitivamente.

§ 1º - O Relator emitirá sua opinião conclusiva sobre o projeto, inclusive quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa, igualmente o fazendo com referência a cada uma das emendas.

§ 2º - Apresentado o parecer, será discutido em reunião única da Comissão, podendo usar da palavra os autores das emendas e os membros da Comissão, pelo prazo de cinco (05) minutos.

§ 3º - Encerrada a discussão do projeto, passa-se imediatamente à sua votação; em seguida, discutem-se e votam-se as emendas do relator; e finalmente, as emendas dos demais Deputado. A cada votação, o relator pode usar da palavra por cinco (05) minutos, para encaminhá-la.

§ 4º - Aprovado integralmente o parecer do relator, será este tido como parecer da Comissão.

§ 5º - Vencido o relator em algum ponto de seu parecer, terá ele o prazo de dois (02) dias para redigir o parecer da Comissão, no qual fará constar, querendo, sua opinião divergente.

Art.289 - O Presidente da Comissão de Finanças e Fiscalização não pode ser relator dos projetos tratados neste Capitulo, mas pode apresentar emendas e presidir todos os debates e votações.

Art.290 - Não se concederá vista do projeto, parecer ou emendas.

Art.291- Aprovado o parecer da Comissão, a matéria é encaminhada à Mesa, sendo distribuída em avulsos, e, duas (02) sessões após, incluída na ordem do dia para discussão e votação.

§ 1º - As emendas com parecer contrário da Comissão de Finanças e Fiscalização não são apreciadas pelo Plenário, salvo, não tendo sido unânime o parecer, recurso subscrito por, no mínimo, três (03) Deputados, interposto até o inicio da ordem do dia da sessão em que se iniciar a discussão.

§ 2º - Interpostos tempestivamente recursos, às emendas neles incluídas serão votadas pelo Plenário uma a uma, aprovada desde já a emenda se o Plenário der provimento ao recurso, não se aplicando, neste caso, o parágrafo 5º, do artigo 146.

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§ 3º - A discussão do projeto e de todas as emendas será única, podendo usar da palavra os Deputados que o desejarem, pelo prazo de dez (10) minutos.

§ 4º - Os Deputados só poderão falar uma vez na discussão, assegurando-se ao relator falar por último.

§ 5º - Encerrada a discussão, passa-se à votação, observando-se o seguinte:

I - vota-se em primeiro lugar o projeto, cuja aprovação não prejudicará as emendas com parecer favorável, aquelas objeto de recurso, e os destaques oportunamente requeridos;II - votam-se, em seguida, os destaques ao projeto;

III - as emendas e respectivas sub-emendas com pareceres favoráveis são votadas em seguida e em bloco, ressalvados seus destaques, votados logo após;

IV - as sub-emendas são votadas antes das emendas, e, aprovadas, as prejudicam;

V - finalmente são votadas, uma a uma, as emendas com parecer contrário, objeto de recurso, não admitidos destaques.

§ 6º - Para encaminhar cada votação, cada Deputado pode usar da palavra por cinco (05) minutos, assegurando-se a palavra por último ao relator, este com prazo de dez (10) minutos.

Art.292 - Aprovado o projeto com emendas, vai à Comissão de Finanças e Fiscalização para a redação final.

§ único- A redação final será aprovada terminativamente pela Comissão no prazo de cinco (05) dias.

Art.293 - Aplicam-se aos projetos previstos neste Capítulo as regras estabelecidas para os demais projetos de Lei, quando não contrariarem o que neste Capítulo se dispõe.

Art.294 - Tratando-se de projeto de Lei do Plano Plurianual (artigo 106, parágrafo 1º, da Constituição), todos os prazos fixados neste Capítulo contam-se em dobro.

Art.295 - O Governador do Estado pode enviar mensagem à Assembléia, propondo modificações nos projetos referidos neste Capítulo, desde que a Comissão de Finanças e Fiscalização não haja iniciado a votação da parte do parecer do relator que se refira à alteração proposta.

cAPÍTULO iX DA DELEGAÇÃO LEGisLATiVA

Art.296 - Lida a mensagem do Governador do Estado, pedindo delegação para elaboração legislativa, será publicada e enviada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para emitir parecer.

§ 1°- A Comissão tem prazo de dez (10) dias para oferecer seu parecer, ao qual anexará projeto de Resolução que especificará o conteúdo da delegação, os termos para seu exercício e fixará prazo não superior a quarenta e cinco (45) dias para promulgação da Lei delegada ou remessa do projeto para apreciação da Assembléia.

§ 2º - Publicado o parecer em avulsos, será incluído o projeto na ordem do dia, seguindo tramitação regular, conforme previsto neste Regimento.

§ 3º - Aprovado o projeto de Resolução, será promulgado e feita a comunicação devida ao Governador do Estado.

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Art.297 - Se o parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação for pela recusa da delegação para elaboração legislativa, será votado pelo Plenário, e, se rejeitado, o Presidente nomeará Comissão Especial para redigir o projeto de Resolução, com prazo de cinco (05) dias.

Art.298 - As Leis delegadas, elaboradas pelo Governador do Estado, serão por este promulgadas, salvo se a Resolução da Assembléia houver determinado a votação do projeto pelo Plenário.

§ 1º - Se o projeto tiver de ser votado pelo Plenário, dentro de quarenta e oito (48) horas de sua publicação, o Presidente o remeterá à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para, no prazo de cinco (05) dias, emitir seu parecer sobre sua conformidade, ou não, com o conteúdo da delegação.

§ 2º - São vedadas emendas ao projeto.

§ 3º - Publicado em avulsos o projeto e o parecer, será votado em bloco, admitindo-se a votação destacada apenas de partes consideradas, pela Comissão, em desacordo com a delegação.

§ 4º - Aprovado o projeto, irá à sanção.

cAPÍTULO X DA sUsPENsÃO DA EXEcUÇÃO

DE LEi iNcONsTiTUciONAL

Art.299 - A Assembléia conhecerá da declaração de inconstitucionalidade de Lei estadual ou municipal, consoante decisão definitiva do Tribunal de Justiça, através de comunicação do Presidente do Tribunal, de representação do Procura dor-Geral de Justiça ou de projeto de Decreto Legislativo de iniciativa da Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

§ 1º - A comunicação, representação ou projeto devem ser instruídos com o texto da Lei cuja execução se deva suspender, do acórdão do Tribunal de Justiça, do parecer do Procurador-Geral de Justiça, e com certidão do trânsito em julgado da decisão.

§ 2º - Lida e publicada a comunicação ou a representação, vão à Comissão de Constituição, Justiça e Redação para apresentar projeto de Decreto Legislativo, suspendendo a execução da Lei, no todo ou em parte.

cAPÍTULO Xi DO REGiMENTO iNTERNO

Art.300 - O projeto de Resolução que altere ou reforme o Regimento Interno, depois de lido e publicado, será submetido a parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação e da Mesa.

§ 1º - Não se admite urgência nos projetos de Resolução para alteração ou reforma do Regimento.

§ 2º - A Resolução que altere ou reforme o Regimento só vigorará na Sessão Legislativa Ordinária seguinte àquela em que foi promulgada, salvo se sua aprovação em Plenário se deu pela votação favorável de dois terços (2/3) dos membros da Assembléia.

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cAPÍTULO Xii DA AUTORiZAÇÃO PARA iNsTAURAÇÃO DE

PROcEssO cRiMiNAL cONTRA O GOVERNADOR, O Vi cE-GOVERNADO

E Os sEcRETÁRiOs DE EsTADO

Art.301 - A solicitação do Presidente do Tribunal constitucionalmente competente para instauração de processo, nas infrações penais comuns, contra o Governador, o Vice-Governador do Estado, e os Secretários de Estado, será instruída com a cópia integral dos autos da ação penal originária.

§ 1º - Recebida a solicitação, o Presidente a despachará à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, observando-se as seguintes normas:

I - perante a Comissão, o acusado ou seu defensor, terá o prazo de dez (10) dias para apresentar defesa escrita ou indicar provas;

II - se a defesa não for apresentada, o Presidente da Comissão nomeará defensor para fazê-lo no mesmo prazo, não podendo ser designado Deputado para defensor;

III - Apresentada a defesa, a Comissão procederá às diligências e à instrução probatória que entender necessárias, findas as quais proferirá parecer, concluindo pelo deferimento ou indeferimento do pedido de autorização e oferecendo o respectivo projeto de Decreto Legislativo;

IV - o parecer será lido no expediente de sessão ordinária, publicado no Diário Oficial do Estado, distribuído em avulsos e incluído na ordem do dia da sessão seguinte à distribuição dos avulsos.

§ 2º - O parecer da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, salvo decisão do Plenário em contrário, deve ser apresentado à Mesa, com o projeto, no prazo de sessenta (60) dias, findo o qual, sem parecer, a própria solicitação será submetida ao Plenário.

§ 3º- Se da aprovação do projeto ou da solicitação por dois terços (2/3) dos membros da Assembléia, resultar admitida a acusação, considerar-se-á autorizada a instauração do processo, promulgando o Presidente Decreto Legislativo neste sentido, independentemente de qualquer outra formalidade.

§ 4º - Promulgado Decreto Legislativo, quer concedendo, quer negando a autorização, o Presidente comunicará a decisão ao Presidente do Tribunal solicitante, no prazo de dois (02) dias.

§ 5º - Na sessão em que o projeto for votado, o acusado ou seu defensor podem usar da palavra por uma (01) hora, antes de iniciada a discussão pelos Deputados.

§ 6º - A deliberação dar-se-á em sessão pública, por escrutínio secreto.

cAPÍTULO Xiii DO PROcEssO NOs cRiMEs DE REsPONsABiLiDADE DO GOVERNADOR,

DO VicE-GOVERNADOR E DOs sEcRETÁRiOs DE EsTADO

Art.302 - Nos crimes de responsabilidade, o processo obedecerá às disposições de Lei federal, e mais as seguintes regras:

I - se a Assembléia, por dois terços (2/3) de seus membros, decretar a procedência da acusação, considerar-se-á instaurado o processo e suspenso o acusado de suas funções, promulgando o Presidente Decreto Legislativo a respeito, e comunicando o fato ao substituto constitucional ou legal da autoridade suspensa;

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II - a deliberação a que se refere o inciso anterior se fará em sessão pública e votação ostensiva, pelo processo nominal;

III - decretada a procedência da acusação, o Presidente enviará todo o processo ao Presidente do Tribunal de Justiça, para ser submetido ao Tribunal Especial;

IV - tomada a providência do inciso anterior, o Presidente convocará sessão extraordinária para o dia seguinte, quando serão eleitos os três (03) membros da Comissão Acusadora, e os cinco (05) membros do Tribunal Especial;

V - para cada vaga na Comissão Acusadora procede-se a um escrutínio, elegendo-se o Deputado que obtiver a maioria simples dos votos;

VI - eleitos os três (03) membros da Comissão Acusadora, passa-se à eleição dos membros do Tribunal Especial, estando impedidos de votar os membros eleitos da Comissão Acusadora, sendo seus votos considerados em branco para efeito de quorum;

VII - para cada vaga no Tribunal Especial elege-se o Deputado que obtiver maioria simples dos votos;

VIII - são nulos os votos dados a Deputado já eleito para vaga, quer na Comissão Acusadora, quer no Tribunal Especial;

IX - em ambas as eleições, havendo empate entre os dois Deputados mais votados para qualquer vaga, elege-se o mais idoso, dentre os de maior número de Legislaturas;

X - encerradas as eleições, o Presidente promulgará ato, sob forma de Decreto Legislativo, com a indicação dos eleitos, enviando cópia autêntica ao Presidente do Tribunal de Justiça.

§ único - O julgamento de Secretário de Estado em crime não conexo com o do Governador é privativo do Tribunal de Justiça.

cAPÍTULO XiV DA ELEiÇÃO DE cONsELHEiROs DO TRiBUNAL

DE cONTAs

Art.303 - Publicado ato no Diário Oficial do Estado de que decorra vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas, que deva ser preenchida pela Assembléia, o Presidente comunicará o fato na sessão ordinária seguinte.

§ 1º - A partir da comunicação do Presidente ao Plenário, as Bancadas escolherão seus candidatos, observando as seguintes regras:

I - a escolha se fará na forma estabelecida no Estatuto de cada Partido, ou no ato de constituição do Bloco Parlamentar, ou, ainda, conforme dispuser a própria Bancada;

II - omitindo-se a Bancada, a escolha será feita pelo respectivo Líder;

III - a escolha constará de ata ou outro documento hábil, que será encaminhado à Mesa até cinco (05) dias após a comunicação a que se refere este artigo;

IV - só podem concorrer à eleição os candidatos indicados pelas Bancadas, sendo nulos os votos dados a quaisquer outros;

V - a Mesa não receberá a indicação de candidatos com menos de trinta e cinco (35) ou mais de sessenta e cinco (65) anos de idade.

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§ 2º - Feitas as indicações, por todas ou por algumas Bancada, o Presidente fará publicar os nomes dos candidatos, dentro de dois (02) dias, no Diário Oficial do Estado, e convocará sessão extraordinária para daí a três (03) dias.

§ 3º - Proceder-se-á à eleição por escrutínio secreto, por meio de cédulas uninominais, elegendo-se o candidato que obtiver maioria simples dos votos.

§ 4º - Havendo empate, elege-se o candidato mais idoso.

§ 5º - O Presidente promulgará ato, sob forma de Decreto Legislativo, que servirá de título para a posse do eleito.

cAPÍTULO XV DA APROVAÇÃO DE NOMEAÇÃO DE AUTORiDADEs

Art.304 - Na apreciação pela Assembléia da escolha de autoridades, conforme determinação constitucional ou legal, observar-se-ão as seguintes regras:

I - a mensagem governamental, que deverá ser acompanhada de amplos esclarecimentos sobre o candidato e de seu curriculum vitae, será lida no expediente, publicada e encaminhada:

a) à Comissão de Finanças e Fiscalização, tratando-se de escolha de Conselheiro do Tribunal de Contas;

b) à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, nos demais casos.

II - a Comissão convocará o candidato para, em prazo estipulado, não inferior a dois (02) dias, nem superior a cinco (05) dias, ouvi-lo, em argüição pública, sobre assuntos pertinentes ao desempenho do cargo a ser ocupado;

III - além da argüição do candidato, a Comissão poderá realizar investigações e requisitar, da autoridade competente, informações complementares, devendo o parecer ser apresentado à Mesa no prazo improrrogável de dez (10) dias;

IV - o parecer deverá:

a) conter relatório sobre o candidato com os elementos informativos recebidos ou obtidos pela Comissão;

b) concluir pela aprovação ou rejeição do nome indicado, como respectivo projeto de Decreto Legislativo;

V - será secreta a reunião da Comissão em que se processarem o debate e a decisão, sendo a votação procedida por escrutínio secreto, vedadas declarações ou justificativas escritas de votos, salvo quanto a aspectos constitucionais ou legais;

VI - o Plenário aprecia o parecer da Comissão em sessão secreta, deliberando por escrutínio secreto, sem encaminhamento de votação, e admitida discussão apenas sobre aspectos constitucionais ou legais, promulgando o Presidente a decisão do Plenário através de Decreto Legislativo;

VII - não apresentado o parecer no prazo do inciso III, a matéria será submetida a Plenário independentemente dele, e improrrogavelmente dentro de dois (02) dias do encerramento do prazo concedido à Comissão. Neste caso, a argüição pública do indicado se faz na mesma sessão plenária em que for votada a indicação;

VIII - oferecido o parecer, dentro de dois (02) dias improrrogáveis será submetido a Plenário.

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cAPÍTULO XVi DA sUsTAÇÃO DE cONTRATO iMPUGNADO PELO TRiBUNAL DE cONTAs E DE DEsPEsA

NÃO AUTORiZADA

Art.305 - No caso previsto no artigo 53, parágrafo 1º, da Constituição, recebida a solicitação do Tribunal de Contas, é lida e publicada, indo a parecer da Comissão de Finanças e Fiscalização.

§ 1º - A Comissão terá prazo de cinco(5) sessões para emitir parecer, que deverá concluir pela apresentação de projeto de Decreto Legislativo, sustando a execução do contrato, considerando improcedente a impugnação, ou determinando providências necessárias ao resguardo dos objetivos legais.

§ 2º - Publicado o parecer, mas emendado o projeto em Plenário, volta à Comissão para se pronunciar sobre as emendas, no prazo de três (3) dias.

§ 3º - Publicado o parecer sobre as emendas, o Presidente convocará sessão extraordinária para dentro de dois (2) dias, para discussão e votação.

§ 4º - Decidindo a Assembléia sustar a execução do contrato, o Presidente comunicará imediatamente a decisão à autoridade competente, bem como ao Governador do Estado, para as providências indicadas no Decreto Legislativo.

Art.306 - Recebido projeto de Decreto Legislativo da Comissão de Finança se Fiscalização, para os fins do artigo 54, parágrafo 2º, da Constituição, será publicado e distribuído em avulsos, convocando o Presidente sessão extraordinária para dois (2) dias após a publicação, para discussão e votação.

§ único - Não são admitidas emendas, nem a votação pode ser feita com destaques.

cAPÍTULO XVii DA DEsTiTUiÇÃO DO PROcURADOR-GERAL

DE JUsTiÇA

Art.307 - Recebida mensagem do Governador do Estado, pedindo autorização para destituir o Procurador-Geral de Justiça, será lida e publicada, e, imediatamente, despachada à Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

§ 1º - O Relator na Comissão, no prazo de dois (2) dias de sua designação, remeterá cópia da mensagem e de todos os documentos que a instruírem ao Procurador-Geral de Justiça, para, querendo, oferecer suas alegações, no prazo de dez (10) dias.

§ 2º - Recebidas alegações, ou não, e realizadas as diligências julgadas necessárias, a Comissão oferece seu parecer, anexando projeto de Decreto Legislativo de acordo com suas conclusões.

§ 3º - Aplicam-se na tramitação da mensagem as regras previstas neste artigo, e no que couber, o disposto neste Regimento para a aprovação de nomeação de autoridades, mas a destituição somente será autorizada pelo voto da maioria absoluta da Assembléia.

Art.308- Além da hipótese do artigo anterior, o Procurador-Geral de Justiça pode ser destituído pela Assembléia, mediante proposta do órgão competente do Ministério Público, indicado em Lei, ou iniciativa de qualquer Deputado ou Comissão.

§ único - Recebida a proposta, ou o projeto de Decreto Legislativo, com a justificativa adequada, seguem-se os trâmites do artigo anterior, exigidos, igualmente, os votos da maioria absoluta para a destituição.

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cAPÍTULO XViii DA iNTERVENÇÃO NOs MUNicÍPiOs

Art.309 - Recebida mensagem com decreto de intervenção em Município, o Presidente convoca sessão extraordinária para o dia seguinte, na qual a matéria será lida.

§ único - Se a Assembléia estiver em recesso, o Presidente a convocará extraordinariamente no prazo de vinte e quatro horas (24:00 hrs.).

Art.310 - Publicada em avulsos, a mensagem vai a parecer das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior, com prazo improrrogável de cinco (5) dias.

§ 1º - As Comissões devem pronunciar-se sobre a intervenção, formulando projeto de Decreto Legislativo:

I - recusando aprovação à intervenção, para sua suspensão imediata;

II - aprovando-a nos termos do decreto do Poder Executivo;

III - aprovando-a, mas alterando a amplitude, o prazo ou as condições de sua execução;

IV - apro vando-a, mas negando apro vação ao nome do interventor nomeado.

§ 2º - O projeto é elaborado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação e revisto pela de De-fesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior.

§ 3º - Publicado o projeto em avulsos, é incluído em pauta da ordem do dia de sessão extraordinária do dia seguinte.

§ 4º - Só se admitem emendas nas Comissões.

§ 5º - Promulgado o Decreto Legislativo, serão feitas as devidas comunicações ao Governador do Estado, ao Interventor, ao Prefeito do Município e à Câmara Municipal.

§ 6º - Se a Assembléia negar aprovação ao nome do interventor nomeado, fica ele imediata e automaticamente afastado da função, aguardando-se a nomeação de outro Interventor.

§ 7º - Qualquer Deputado pode apresentar projeto de Decreto Legislativo, propondo a suspensão da intervenção, desde que haja decorrido mais de um terço (1/3) do prazo inicial da medida.

§ 8º - Negada uma vez a suspensão da intervenção, não pode ser novamente proposta.

§ 9º - Recebido projeto sobre suspensão de intervenção, o Presidente da Assembléia enviará mensagem ao Governador do Estado, que, no prazo de dez (10) dias, poderá, querendo, manifestar-se sobre a proposta.

§ 10 - Recebida a manifestação do Governador, ou esgotado o prazo, a matéria vai a parecer das Comissões de Constituição, Justiça e Redação e de Defesa do Consumidor, Meio Ambiente e Interior.

§ 11- Para efeito de tramitação e deliberação, consideram-se distintas a intervenção na Câmara Municipal e na Prefeitura.

§ 12 - A intervenção na Câmara Municipal atinge apenas seus serviços administrativos, ressalvadas suas atribuições legislativas, o que ficará explícito no Decreto Legislativo que a aprovar.

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cAPÍTULO XiX DA sUsTAÇÃO DE ATOs EXORBiTANTEs DO PODER REGULAMENTAR OU DA DELEGAÇÃO LEGisLATiVA

Art.311- Qualquer Comissão, Deputado ou a Mesa podem propor projeto de Decreto Legislativo, para sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar, ou dos limites da delegação legislativa.

§ 1º - Lido e publicado o projeto, vai a parecer das Comissões competentes, em tramitação ordinária.

§ 2º - Aprovado o Decreto Legislativo, o Presidente tomará as medidas, inclusive judiciais, para a preservação da autoridade da decisão da Assembléia e para fazer valer a força da Lei, de seus Decretos e Resoluções.

§ 3º - Descumprida a decisão da Assembléia pelo Poder Executivo, o Presidente ou qualquer Deputado podem propor projeto de Resolução, autorizando o pedido de intervenção federal no Estado.

cAPÍTULO XX DO PEDiDO DE iNTERVENÇÃO FEDERAL

Art.312 - Além do caso do parágrafo 3º do artigo 311, qualquer Deputado ou Comissão podem propor projeto de Resolução, autorizando o Presidente a solicitar intervenção federal no Estado quando:

I - houver embaraço ilegítimo à tomada de contas do Governador, ou ao exercício do poder de fiscalização e controle da Assembléia;

II - for reiteradamente desrespeitada a competência legislativa da Assembléia, em face das atribuições normativas dos demais Poderes;

III - descumprir o Poder Executivo os Decretos Legislativos e Resoluções da Assembléia, regularmente promulgados no desempenho das atribuições privativas ou exclusivas do Poder Legislativo;

IV - praticar o Poder Executivo, sem autorização da Assembléia, qualquer ato que, constitucional ou legalmente, dependa daquela autorização, ou de autorização legislativa;

V - necessária para garantir o livre exercício do mandato parlamentar;

VI - for descumprido o artigo 109 da Constituição do Estado.

§ 1º - No caso do inciso V deste artigo, o Presidente ou seu substituto podem solicitar a intervenção federal, ad referendum da Assembléia.

§ 2º - Lido e publicado o projeto, vai a exame da Comissão de Constituição, Justiça e Redação, em regime de urgência, não se admitindo emendas no Plenário.

§ 3º - Aprovada a Resolução, o Presidente ou seu substituto darão cumprimento à decisão, solicitando a intervenção ao Presidente da República, enviando-lhe, e ao Presidente do Senado Federal, cópia autêntica do processo.

§ 4º - Autorizado o Presidente a pedir a intervenção federal, não lhe é lícito recusar-se a fazê-lo.

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TÍTULO iX DA PARTiciPAÇÃO DA sOciEDADE ciViL

Art.313 - A iniciativa popular no processo legislativo será regulada em Lei (Constituição, artigo 46, parágrafo 2º).

Art.314 - As petições, representações ou reclamações de pessoa física ou jurídica contra atos ou omissões de quaisquer autoridades e entidades públicas, ou imputados aos Deputados, serão recebidas e examinadas pelas Comissões competentes ou pela Mesa, respectivamente, desde que:

I - encaminhadas por escrito, vedado o anonimato;

II - o assunto envolva matéria de competência da Assembléia Legislativa.

§ único - O relator, exaurida a fase de instrução, apresentará relatório na forma do artigo 121, cientificados os interessados, observadas as regras dos artigos 119 e 154, todos deste Regimento.

Art.315 - A participação da sociedade civil poderá, ainda, ser exercida através do oferecimento de pareceres técnicos, exposições e propostas oriundas de entidades cientificas e culturais, de associações e sindicatos, e demais instituições representativas.

§ único - A contribuição da sociedade civil será examinada por Comissão cuja área de atuação tenha pertinência com a matéria contida no documento recebido.

Art.316 - As Comissões podem, inclusive em reuniões conjuntas, realizar audiência pública com cidadão ou entidade da sociedade civil para instruir matéria legislativa em trâmite, bem como para tratar de assunto de interesse público relevante, mediante proposta de qualquer Deputado, ou apedido da entidade interessada.

§ único - O Presidente da Comissão organizará a audiência pública, cuidando para que as diversas correntes de opinião sejam ouvidas.

TÍTULO X DA iNTERPRETAÇÃO E OBsERVÂNciA

DO REGiMENTO

Art.317 - Questão de ordem é toda a dúvida sobre a interpretação deste Regimento ou reclamação para sua observância, na sua prática exclusiva ou relacionada com a Constituição.

§ 1º- Nenhum Deputado pode falar mais de uma vez sobre a mesma questão de ordem, salvo por solicitação do Presidente.

§ 2º - A questão de ordem deve ser objetiva, claramente formulada, e indicar precisamente as disposições regimentais e constitucionais cuja interpretação se pretenda elucidar, ou cujo cumprimento se deseja efetivar.

§ 3º - Formulada uma questão de ordem, um outro Deputado pode usar da palavra para contra-argumentar.

§ 4º - A questão de ordem será resolvida pelo Deputado que estiver presidindo a sessão, não sendo lícito a qualquer Deputado opor-se à decisão ou criticá-la na mesma sessão.

§ 5º - Pode qualquer Deputado, porém, recorrer imediatamente para o Plenário, fazendo simples declaração neste sentido.

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§ 6º - O recurso não tem efeito suspensivo, devendo o recorrente, até a sessão seguinte, apresentar ao Presidente suas razões escritas, as quais, juntamente com a ata da sessão em que a decisão foi proferida, irão à Comissão de Constituição, Justiça e Redação, para parecer no prazo de cinco (5) dias.

§ 7º- Publicado o parecer da Comissão, o recurso será submetido ao Plenário na sessão seguinte.

TÍTULO Xi DA POLÍciA DA AssEMBLÉiA

Art.318 - A Mesa fará manter a ordem e a disciplina no edifício da Assembléia e suas adjacências.

Art.319 - Quando, no âmbito da Casa, for cometido qualquer delito, o Presidente designará servidor estável do quadro da Assembléia para presidir o inquérito.

§ 1º - Se o indiciado ou preso for Deputado, o inquérito será presidido por outro Deputado designado pelo Presidente.

§ 2º - Será observado no inquérito o Código de Processo Penal.

§ 3º - O Presidente do inquérito poderá solicitar a cooperação técnica dos órgãos policiais especializados, e requisitar servidores da Polícia Civil do Estado para auxiliar na sua realização.

§ 4º - Servirá de escrivão servidor estável da Assembléia.

§ 5º - Em caso de flagrante de crime inafiançável, efetuada a prisão do agente, será ele entregue à autoridade competente, com o auto respectivo.

§ 6º - Se o preso for Deputado, será entregue à guarda do Presidente da Assembléia, comunicando-se a prisão ao Presidente do Tribunal de Justiça, e procedendo-se, a seguir, de acordo com o artigo 20.

§ 7º - Findo o inquérito, será enviado ao Tribunal de Justiça ou à Justiça Criminal da Capital, quer se trate, ou não, de Deputado.

Art.320 - O policiamento do edifício da Assembléia e seus acessos compete exclusivamente à Mesa, sob a suprema direção do Presidente, sem intervenção de qualquer outro Poder.

§ único - Este serviço será feito, ordinariamente, com a segurança própria da Assembléia ou por esta contratada, e, se necessário, por efetivos da Policia Militar do Estado, requisitados pelo Presidente ao respectivo Comandante, e postos à inteira e exclusiva disposição da Mesa.

Art.321 - Ninguém, a não ser os membros da segurança, pode entrar com arma de qualquer espécie no edifício da Assembléia, ou postar-se com arma em suas adjacências, incumbindo a qualquer membro da Mesa mandar revistar e desarmar quem descumprir esta proibição.

TÍTULO Xii DAs ATAs E DOs ANAis

Art.322 - Lavrar-se-á ata com o resumo dos trabalhos de cada sessão, cuja redação obedecerá a padrão uniforme adotado pela Mesa.

§ único - Da ata de cada sessão, a ser lida na sessão seguinte, constarão:

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I - o nome dos Deputados ausentes e dos presentes;

II - súmula das mensagens, ofícios e todos os demais documentos lidos no expediente, bem como das proposições e declarações de votos;

III - registro sumário dos pronunciamentos dos oradores, dos incidentes da sessão, e das declarações da Presidência;

IV - indicação das matérias discutidas e votadas, bem como o nome dos Deputados que votaram sim, não, ou abstenção, e o resultado das votações por escrutínio secreto;

V - o nome dos Deputados que presidiram e secretariaram os trabalhos;

VI - a hora do início e do término da ordem do dia.

Art.323 - Lida e assinada a ata, será publicada no Boletim Oficial da Assembléia.

Art.324 - A ata da última sessão da Legislatura será redigida e assinada antes de encerrada a sessão.

Art.325- Será feito o registro taquigráfico de tudo quanto ocorrer nas sessões, com a íntegra de todos os pronunciamentos, o que, depois de datilografado, constituirá a ata completa da sessão.

§ único - As atas completas serão organizadas em anais, por ordem cronológica, encadernadas por Sessão Legislativa, e recolhidas ao arquivo.

Art.326- Por determinação do Presidente, ou deliberação do Plenário, o texto integral das proposições, bem como de documentos não lidos na íntegra da tribuna, podem ser incluídos nos anais.

TÍTULO Xiii DAs DisPOsiÇÕEs GERAis E TRANsiTÓRiAs

Art.327 - As publicações ordenadas neste Regimento serão feitas no Boletim Oficial da Assembléia, editado diariamente sob responsabilidade da Mesa.

Art.328 - Determinada por este Regimento a publicação em avulsos, serão eles distribuídos em Plenário, durante sessão ordinária ou extraordinária.

§ 1º - Dos avulsos constarão os textos das proposições, inclusive emendas e sub-emendas, os pareceres, votos em separado, informações prestadas e o teor da legislação citada.

§ 2º - Igualmente constarão dos avulsos o nome do autor da proposição principal e das acessórias, bem como a informação sobre a fase da tramitação, inclusive se se trata de matéria já decidida terminativamente pelas Comissões, e sujeita a recurso, ou de matéria apta a receber emendas.

§ 3º - Os avulsos serão numerados e estamparão a data de sua distribuição.

Art.329 - Salvo expressa disposição em contrário, os prazos assinalados neste Regimento em dias computar-se-ão por dias úteis, excluídos sábados, domingos e feriados.

§ 1º - Os prazos por sessão contam-se por sessão ordinária efetivamente realizada.

§ 2º - Nenhum prazo corre nos recessos parlamentares, salvo convocação de Sessão Legislativa Extraordinária, quanto à matéria objeto da convocação. Na Sessão Legislativa Extraordinária, todos os prazos se contam por dias úteis.

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§ 3º - Na contagem dos prazos, não se inclui o dia do começo.

Art.330 - A concessão de títulos e honrarias pessoais depende de projeto de Resolução, assinado por um terço (1/3) dos Deputados, e aprovado por dois terços (2/3) deles.

§ 1º - Cabe à Comissão de Ciência e Tecnologia, Desenvolvimento Econômico e Social pronunciar-se sobre o projeto, depois de admitido pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação.

§ 2º - A tramitação do projeto referido neste artigo se faz em caráter secreto, sendo em sessão e por escrutínio secretos a deliberação do Plenário a respeito.

§ 3º - Só se dará divulgação à matéria tratada neste artigo se aprovado o projeto pelo Plenário.

Art.331 - Quando este Regimento se refere a Legislaturas anteriormente exercidas, só a Deputados titulares em tais legislaturas se aplicam essas disposições regimentais.

Art.332 - Este Regimento se aplica a todos os processos em curso, exceto aqueles que já se encontram em fase de apreciação pelo Plenário, segundo as normas regimentais anteriores.

Art.333 - As omissões deste Regimento serão supridas pelo Regimento Interno da Câmara dos Deputados, ou, não sendo isto possível, pelo Presidente, salvo diversa deliberação do Plenário.

Art.334 - Esta Resolução entra em vigor no dia1° de fevereiro de 1991, revogadas as disposições em contrário, especialmente a Resolução nº 04/83, de 02 de dezembro de 1983, e suas alterações posteriores. Obs.: O conteúdo deste Regimento Interno foi extraído do site da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, cujo endereço - na internet é: http://www.al.rn.gov.br - legislação - regimento interno. Segundo o referido site o texto deste Regimento está aAtualizado até Resolução nº 056/2013.

cONsTiTUiÇÃO DO EsTADO DO RiO GRANDE DO NORTE

TÍTULO i DOs PRiNcÍPiOs FUNDAMENTAis

Art.1° - O Estado do Rio Grande do Norte, Unidade Federada integrante e inseparável da República Federativa do Brasil, rege-se por esta Constituição e pelas leis que adotar, respeitados os princípios da Constituição da República Federativa do Brasil, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

I - a autonomia do Estado e seus Municípios;II - a cidadania;III - a dignidade da pessoa humana;IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;V - o pluralismo político.

§ único - Todo o poder emana do povo, que o exerce, por meio de representantes eleitos, ou diretamente, nos termos desta Constituição.

Art.2° - São Poderes do Estado, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.

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TÍTULO ii DOs DiREiTOs E DAs GARANTiAs FUNDAMENTAis

cAPÍTULO i DOs DiREiTOs E DEVEREs iNDiViDUAis

E cOLETiVOs

Art.3° - O Estado assegura, nos limites de sua competência, os direitos e garantias fundamentais que a Constituição Federal reconhece a brasileiros e estrangeiros.

Art.4° - A lei adota procedimento sumário de apuração de responsabilidade por desrespeito à integridade física e moral dos presos, cominando penas disciplinares ao servidor estadual, civil ou militar, encontrado em culpa.

Art.5° - Lei complementar regula as condições de cumprimento de pena no Estado, cria Fundo Penitenciário com a finalidade de assegurar a efetividade do tratamento legal previsto aos reclusos e dispõe sobre a instalação de comissões técnicas de classificação.

§ 1°- O poder Judiciário, pelo Juízo das Execuções Penais, publica, semestralmente, relação nominal dos presos, fazendo constar a pena de cada um e o início de seu cumprimento.

§ 2° - Na elaboração dos regimentos internos e disciplinares dos estabelecimentos penais do Estado, além do órgão específico, participam o Conselho Penitenciário do Estado, o Juízo das Execuções Penais e o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil, observando-se, entre outros princípios, a resolução da Organização das Nações Unidas acerca do tratamento de reclusos.

Art.6° - A lei coíbe a discriminação política e o favorecimento de partidos ou grupos políticos pelo Estado, autoridades ou servidores estaduais, assegurando ao prejudicado, pessoa física ou jurídica, os meios necessários e adequados à recomposição do tratamento igual para todos.

Art.7° - Quem não receber, no prazo de dez (10) dias, informações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, requeridas a órgãos públicos estaduais, pode, não sendo hipótese de “habeas data”, exigi-las, judicialmente, devendo o Juiz competente, ouvido quem as deva prestar, no prazo de vinte e quatro (24) horas, decidir, em cinco (5) dias, intimando o responsável pela recusa ou omissão a fornecer as informações requeridas, sob pena de desobediência, salvo a hipótese de sigilo imprescindível à segurança da sociedade ou do Estado.

cAPÍTULO ii DOs DiREiTOs sOciAis

Art.8° - São direitos sociais a educação, a saúde, a habitação, o trabalho, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, consoante definidos no Art.6° da Constituição Federal e assegurados pelo Estado.

Art.9° - O Estado garante, nos limites de sua competência, a inviolabilidade dos direitos assegurados pela Constituição Federal aos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social.

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cAPÍTULO iii DOs DiREiTOs POLÍTicOs

Art.10 - A soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

I - plebiscito;II - referendo;III - iniciativa popular.

§ 1° - São condições de elegibilidade, na forma da lei:

I - a nacionalidade brasileira;II - o pleno exercício dos direitos políticos;III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária;

VI - a idade mínima de:

a) trinta (30) anos para Governador e Vice-Governador do Estado;

b) vinte e um (21) anos para Deputado Estadual, Prefeito, Vice- Prefeito e Juiz de Paz;

c) dezoito (18) anos para Vereador.

§ 2° - São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

§ 3° - São inelegíveis, para os mesmos cargos, no período subseqüente, o Governador do Estado, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído, nos seis (6) meses anteriores ao pleito.

§ 4° - Para concorrerem a outros cargos, o Governador do Estado e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis (6) meses antes do pleito.

§ 5° - São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes con-sangüíneos ou afins, até o segundo grau, ou por adoção, do Governador do Estado ou do Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dos seis (6) meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e can didato à reeleição.

TÍTULO iii DA ORGANiZAÇÃO DO EsTADO

cAPÍTULO i DA ORGANiZAÇÃO POLÍTicO-ADMiNisTRATi VA

Art.11 - A cidade de Natal é a Capital do Estado.

Art.12 - São símbolos do Estado a bandeira, o brasão de armas e o hino, existentes na data da promulgação desta Constituição.

§ único - Os Municípios podem ter símbolos próprios.

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Art.13 - A organização político-administrativa do Estado do Rio Gran de do Norte com preende o Estado e seus Municípios, todos autônomos, nos termos da Cons tituição Federal, desta Cons tituição e de suas leis orgânicas.

Art.1 4 - A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios devem preservar a continuidade e a unidade histórico- cultural do ambiente urbano, fazem-se por lei estadual, obe-decidos os requisitos previstos em lei complementar a esta Constituição, e dependem de consulta prévia, mediante plebiscito, às populações diretamente interessadas.

Art.15 - É vedado ao Estado e aos Municípios:

I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público;

II - recusar fé aos documentos públicos;

III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.

cAPÍTULO ii DOs BENs DO EsTADO

Art.16 - São bens do Estado:

I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos;

II - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União;

IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União.

Art.17 - A alienação, a qualquer título, de bens imóveis do Estado, depende de licitação e prévia autorização legislativa.

§ 1° - Depende de licitação a alienação, a qual quer título, de bens móveis e semoventes do Estado.

§ 2º - Dispensa-se licitação quan do o adquirente for pessoa jurídica de direito público interno ou entidade de sua administração indireta.

cAPÍTULO iii DA cOMPETÊN ciA DO EsTADO

Art.18 - O Estado exerce em seu território todo o poder que lhe não seja vedado pela Constituição Federal, competindo-lhe, especialmente:

I - explorar, diretamente ou mediante concessão a empresa estatal, com exclusividade de distribuição, os serviços locais de gás canalizado;

II - explorar, diretamente ou mediante concessão, permissão ou autorização, os serviços de transporte rodoviário de passageiros, ferroviário e aquaviário de qualquer espécie, que não ultrapassem os limites do território estadual.

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III - instituir, mediante lei complementar, regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, constituídas por agrupamentos de Municípios limítrofes, para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum;

IV - celebrar convênios com a União, outros Estados ou Municípios, para execução de leis, serviços ou decisões, por servidores federais, estaduais ou municipais;

V - cooperar com a União, Estados e Municípios para o desenvolvimento nacional equilibrado e o fomento de bem-estar de todo o povo brasileiro.

Art.19 - É competência comum do Estado e dos Municípios:

I - zelar pela guarda da Constituição Federal, desta Constituição, das leis e das instituições democráticas e conservar o patrimônio público;

II - cuidar da saúde e da assistência pública, da proteção e garantia das pessoas portadoras de deficiência;

III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;

IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural;

V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência;

VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas;

VII - preservar as florestas, a fauna e a flora:

VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento alimentar; Constituição Federal:

IX - promover programas de construção de moradias e a melhoria das condições habitacionais e de saneamento básico, inclusive no meio rural;

X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;

XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seu território;

XII - estabelecer e implantar política de educação para a segurança do trânsito.

Art.20 - Com pete ao Estado, concorrentemente com a Uniã o, legislar sobre:

I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e urbanístico;

II - orçamento;

III - junta comercial;

IV - custas dos serviços forenses;

V - produção e consumo;

VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição;

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VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turístico e paisagístico;

VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turístico e paisagístico;

IX - educação, cultura, ensino e desporto;

X - criação, funcionamento e processo dos Juizados Especiais;

XI - procedimentos em matéria processual;

XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;

XIII - assistência judiciária e defensoria publica;

XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de deficiência;

XV - proteção à infância e à juventude;

XVI - organização, garantias, direitos e deveres da polícia civil.

§ 1° - Compete ao Estado legislar, suplementarmente, sobre normas gerais acerca das matérias elencadas neste artigo.

§ 2º- Inexistindo lei federal sobre normas gerais, o Estado exerce a competência legislativa plena, para atender a suas peculiaridades.

§ 3° - A superveniência de lei federal sobre normas gerais suspende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrária.

cAPiTULO iV DOs MUNicÍPiOs

Art.21- Os Municípios se regem por suas leis orgânicas respectivas, votadas em dois (2) turnos, com o interstício mínimo de dez (10) dias, e aprovadas por dois terços (2/3) dos membros da Câmara Municipal, que a promulgam, atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Constituição Federal e os seguintes preceitos:

I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores para mandato de quatro (4) anos, mediante pleito direto e simultâneo realizado em todo o País;

II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito até noventa (90) dias antes do término do mandato dos que devam suceder, aplicadas as regras do Art.29, II, da Constituição Federal;

III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1° de janeiro do ano subseqüente ao da eleição;

IV - número de Vereadores proporcional à população do Município, observados os limites previstos na Constituição Federal;

V - remuneração do Prefeito, do Vice- Prefeito e dos Vereadores fixada pela Câmara Municipal, em cada legislatura, para a subseqüente, observado o que dispõem os arts. 26, XI, e 110;

VI - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, palavras e votos, no exercício do mandato e na circunscrição do Município;

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VII - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança similares, no que couber, ao disposto na Constituição Federal, para os membros do Congresso Nacional e, nesta Constituição, para os membros da Assembléia Legislativa;

VIII - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;

IX - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câmara Municipal;

X - cooperação das associações representativas no planejamento municipal;

XI - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de, pelo menos, cinco por cento (5%) do eleitorado;

XII - perda do mandato do Prefeito, nos termos do Art.28, parágrafo único, da Constituição Federal;

§ único- Os orçamentos municipais prevêem despesa de custeio da política agropecuária a ser executada no exercício.

Art.22- A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial de Município é exercida pelo Poder Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei.

§ 1º - O controle externo do Poder Legislativo Municipal é exercido com o auxílio do Tribunal de Con-tas do Estado, ao qual incumbem, no que couber, as competências previstas nos arts. 53 e 54.§ 2º- O parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre as contas que o Prefeito deve, anualmente, prestar, só deixa de prevalecer por decisão de dois terços (2/3) dos membros da Câmara Municipal.

§ 3° - As contas dos Municípios ficam, durante sessenta (60) dias, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e apreciação, o qual pode questionar-lhes a legitimidade, nos termos da lei.

Art.23- A alienação, a qualquer título, de quaisquer espécies de bens dos Municípios, depende de prévia autorização legislativa e licitação.

§ único - É dispensada a licitação quando o adquirente for pessoa jurídica de direito público interno ou entidade de sua administração indireta.

Art.24- Os Municípios exercem, no seu peculiar interesse, todas as competências não reservadas à União ou ao Estado.

§ 1° - Os Distritos são criados, organizados e suprimidos pelos respectivos Municípios, observada lei com plemen tar.

§ 2º- A criação de distrito municipal depende da implan tação e funcionamento de, no mínimo, um posto policial, um posto de saúde, um posto de serviço telefônico e uma escola pública para aten der à população.

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cAPÍTULO V DA iNTER VEN ÇÃO NOs MUNicÍPiOs

Art.2 5- O Estado não intervém em seus Municípios, exceto quan do:

I - deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois (2) anos consecutivos, a dívida fundada;

II - não forem prestadas contas devidas, na forma da lei;

III - não tiver sido aplicado o mínimo exigido da receita municipal na manutenção e desenvolvimento do ensino;

IV - o Tribunal de Justiça der provimento a representação para assegurar a observância de princípios indicados nesta Constituição, ou para prover a execução de lei, de ordem ou de decisão judicial.

§ 1° - O decreto de intervenção, que especifica a amplitude, o prazo as condições de execução e que, se couber ,nomeia o interventor, é submetido à apreciação da Assembléia Legislativa do Estado, no prazo de vinte e quatro (24) horas.

§ 2° - Se a Assembléia Legislativa não estiver funcionando, faz- se convocação extraordinária, no mesmo prazo de vinte e quatro (24) horas.

§ 3° - Cessados os motivos da intervenção, as autoridades afastadas de seus cargos a estes voltam, salvo impedimento legal.

cAPÍTULO Vi DA ADMiNisTRAÇÃO PÚBLicA

sEÇÃO i DisPOsiÇÕEs GERAis

Art.26- A administração pública direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes do Estado e dos Municípios, obedece aos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, observando-se:

I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei;

II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado, em lei, de livre nomeação e exoneração;

III - o prazo de validade de concurso público é de até dois (2) anos, prorrogável uma vez, por igual período;

IV - durante o prazo improrrogável, previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos é convocado com prioridade sobre novos concursados para ir cargo ou emprego, na carreira;

V - os cargos em comissão e as funções de confiança são exercidos, preferencialmente, por servidores ocupantes de cargo de carreira técnica ou profissional, nos casos e condições previstos em lei;

VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;

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VII - o direito de greve é exercido nos termos e nos limites definidos em lei complementar federal;

VIII - a lei reserva percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e define os critérios de sua admissão;

IX - a lei estabelece os casos de contratação, por tempo determinado, para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público, que não pode ser feita para o desempenho de cargo, emprego ou função em atividade de caráter permanente do Estado;

X - a revisão geral da remuneração dos servidores públicos, sem distinção de índices entre servidores públicos civis e militares, faz-se sempre na mesma data;

XI - a lei fixa o limite máximo e a relação de valores entre a maior e a menor remuneração dos servidores públicos, observados, como limites máximos e no âmbito dos respectivos Poderes, os valores percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, pelos Deputados Estaduais, Secretários de Estado, Desembargadores do Tribunal de Justiça e, nos Municípios, os valores percebidos como remuneração, em espécie, pelo Prefeito;

XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não podem ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo;

XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de vencimentos, para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público, ressalvado o disposto no inciso anterior e no Art.28, § 1º;

XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não são computados nem acumulados, para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fundamento;

XV - os vencimentos dos servidores públicos, civis e militares, são irredutíveis, e a remuneração observa o que dispõem os incisos XI e XII, e o Art.110;

XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de horários:

a) a de dois (2) cargos de professor;

b) a de um (1) cargo de professor com outro técnico ou científico;

c) a de dois (2) cargos privativos de médico;

Obs.: A Constituição Federal determina que a cumulação de cargos para cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas (art.37, inciso XVI) - e não mais, somente para os cargos de médico.

XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo Poder Público;

XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais têm, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;

XIX - somente por lei específica podem ser criadas empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação pública;

XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada;

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XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações são contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permite as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.

§ 1° - A publicidade dos atos, programas, obra s, serviços e cam panhas dos órgãos públicos deve ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo cons tar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.

§ 2º- A não observância do disposto nos incisos II e III implica a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos da lei.

§ 3° - As reclamações relativas à pres tação de serviços públicos são disciplinadas em lei.

§ 4° - Os atos de improbidade administrativa importam a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

§ 5° - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado, pres tadoras de serviços públicos, respondem pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável, nos casos de dolo ou culpa.

§ 6º- Na composição de comissão de concurso público, para investidura em cargo ou emprego na administração direta ou indireta do Estado, exceto para ingresso na Magistratura, é obrigatória, sob pena de nulidade, a inclusão de um (1) membro do Ministério Público e de um (1) representante eleito, por voto direto e secreto, pelos servidores do órgão para o qual é feito o concurso.

Art.27- Ao servidor público, em exercício de mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições:

I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, fica afastado de seu cargo, emprego ou função;II - investido no mandato de Prefeito, é afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;

III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, percebe as vantagens do seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, é aplicada a norma do inciso anterior;

IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço é contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;

V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores são determinados como se no exercício estivesse.

sEÇÃO ii DOs sERViDOREs PÚBLicOs ciVis

Art.28- No âmbito de sua competência, o Estado e os Municípios devem instituir regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.

§ 1° - A lei assegura aos servidores da administração direta, autárquica e das fundações públicas, isonomia de vencimentos e salários para cargos ou empregos de atribuições iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre servidores dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho.

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§ 2º- Só com sua concordância, ou por comprovada necessidade de serviço, pode o servidor da administração direta ou indireta ser transferido de seu local de trabalho, de forma que acarrete mudança de residência.

§ 3° - Não é admitida a dispensa sem justa causa de servidor da administração direta, indireta, autárquica, fundacional ou de empresa pública ou sociedade de economia mista.

§ 4° - Integram, como vantagens individuais, os vencimentos ou remuneração dos servidores estaduais, da administração direta, indireta, autárquica e fundacional, aquelas percebidas, a qualquer título, a partir do sexto (6°.) ano da sua percepção, à razão de um quinto (1/5) por ano, calculadas pela média de cada ano, ou do último ano, se mais benéfica.

§ 5° - Os vencimentos dos servidores públicos estaduais e municipais, da administração direta, indireta, autárquica, fundacional, de empresa pública e de sociedade de economia mista, são pagos até o último dia de cada mês, corrigindo-se monetariamente os seus valores, se o pagamento se der além desse prazo.

§ 6° - Aplica-se aos servidores do Estado o disposto no Art.7°., IV, VI VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII, XXIII, XXV, XXX e XXXI, da Constituição Federal.

Art.29 - O servidor é aposentado:

I - por invalidez permanente, sendo os proventos integrais quando decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;

II - compulsoriamente, aos setenta (70) anos de idade, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

III - voluntariamente:

a) aos trinta e cinco (35) anos de serviço, se homem, e aos trinta (30), se mulher, com proventos integrais;

b) aos trinta (30) anos de eletivo exercício em funções de magistério, se professor, e vinte e cinco (25), se professora, com proventos integrais;

c) aos trinta (30) anos de serviço, se homem, e aos vinte e cinco (25), se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;

d) aos sessenta e cinco (65) anos de idade, se homem, e aos sessenta (60), se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

Obs.: o novo sistema previdenciário, instaurado pela Reforma da Previdência (Emenda Constitucional nº 20/98 ), tem caráter contributivo, e, doravante, o tempo para a aposentadoria só será contado em função das contribuições pagas, ou seja, “tempo de contribuição” e não mais tempo de serviço (artigo 40 - Constituição Federal)

§ 1° - O servidor público aposenta-se com proventos correspondentes à remuneração do cargo da clas-se imediatamente superior ou, quando ocupante de cargo da última classe da respectiva car-reira ou de cargo isolado, com acréscimo de vinte por cento (20%).

§ 2º- O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal é computado, integralmente, para os efeitos de aposentadoria, disponibilidade e de gratificação adicional.

§ 3° - Para efeito de aposentadoria, é assegurada a contagem recíproca do tempo de serviço efetivamente prestado na administração pública e na atividade privada, rural e urbana.

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§ 4° - Integram o cálculo dos proventos:

I - os adicionais por tempo de serviço, na forma estabelecida em lei;

II - o valor das vantagens percebidas em caráter permanente, ou que estejam sendo pagas, até a data da aposentadoria, há mais de cinco (5) anos.

§ 5º- Os proventos da aposentadoria dos servidores da administração pública direta, autárquica e das fundações públicas são revistos, na mesma proporção e na mesma data, sempre que se modificar a remuneração dos servidores em atividade, sendo também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou vantagens posteriormente concedidos aos servidores em atividade, inclusive quando decorrentes de transformação ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a aposentadoria, na forma da lei.

§ 6º- O benefício da pensão por morte corresponde à totalidade dos vencimentos ou proventos do servidor falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o disposto no parágrafo anterior.

Art.30 - São estáveis, após dois (2) anos de efetivo exercício, os servidores nomeadas em virtude de concurso público.

Obs.: o período durante o qual o servidor iniciante estará sob avaliação — que este texto constitucional menciona como de 02 anos — foi alterado pela Reforma Administrativa (Emenda Constitucional nº 19/98) para três anos, conforme se constata na seguinte nova redação dada ao art.41/CF: “São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público”.

§ 1° - O servidor público estável só perde o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa.

§ 2º- Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, é ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade.

§ 3° - Extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade, o servidor estável fica em disponibilidade remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. Seção III Dos servidores Públicos Militares

sEÇÃO iii DOs sERViDOREs PÚBLicOs MiLiTAREs

Art.31 - São servidores militares do Estado os integrantes da Polícia Militar.

§ 1° - O acesso ao Quadro de Oficiais da Polícia Militar é privativo de brasileiro nato e tem, entre outros requisitos, o da conclusão, com aproveitamento, de curso de formação de oficiais.

§ 2º- As patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são asseguradas, em plenitude, aos oficiais da ativa, da reserva ou aos reformados, da Polícia Militar do Estado, sendo-lhes privativos os títulos, postos e uniformes militares.

§ 3° - As patentes dos oficiais da Polícia Militar do Estado são conferidas pelo Governador do Estado.

§ 4° - O militar, em atividade, que aceitar cargo público civil permanente, é transferido para a reserva, exceto os oficiais do Quadro de Saúde, nos termos de inciso XVI, do Art.26.

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§ 5° - O militar da ativa que aceitar cargo, emprego ou função pública temporária, não eletiva, ainda que da administração indireta, fica agregado ao respectivo quadro e somente pode, enquanto permanecer nessa situação, ser promovido por antigüidade, contando-se-lhe o tempo de serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo, depois de dois (2) anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a inatividade.

§ 6º - Ao militar são proibidas a sindicalização e a greve.

§ 7° - Ao aluno-soldado é garantido soldo nunca inferior ao salário mínimo vigente.

§ 8° - O militar, enquanto em efetivo serviço, não pode estar filiado a partido político.

§ 9° - O oficial da Polícia Militar do Estado só perde o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão do tribunal competente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de guerra.

§ 10 - O oficial condenado, na justiça comum ou militar, a pena privativa de liberdade superior a dois (2) anos, por sentença transitada em julgado, é submetido ao julgamento previsto no parágrafo anterior.

§ 11- A lei dispõe sobre os limites de idade, estabilidade e outras condições de transferência do servidor militar para a inatividade.

§ 12- Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, e a seus pensionistas, o disposto no Art.4 0, §§ 4°, e 5°, da Constituição Federal.

§ 13- O tempo de serviço público federal, estadual ou municipal, é computado, integralmente, para os efeitos de transferência para a inatividade.

§ 14- Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo o disposto no Art.7º, VII, VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXIII, da Constituição Federal.

TÍTULO iV DA ORGANiZAÇÃO DOs PODEREs

cAPÍTULO i DO PODER LEGisLATiVO

sEÇÃO i DA AssEMBLÉiA LEGisLATiVA

Art.32- O Poder Legislativo é exercido pela Assembléia Legislativa, com sede na capital do Estado.

§ único- Ao Poder Legislativo é assegurada autonomia financeira, mediante percentual da receita orçamentária do Estado, fixado em lei complementar.

Art.33- A Assem bléia Legislativa se com põe de Deputados, representantes do povo do Estado do Rio Gran de do Norte, eleitos por sufrágio universal e voto direto e secreto.

§ 1° - Cada legislatura tem a duração de quatro (4) anos.

§ 2º- O número de Deputados à Assembléia Legislativa corresponde ao triplo da representação do Estado na Câmara dos Deputados e, atingido o número de trinta e seis (36), é acrescido de tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze (12).

§ 3° - É de quatro (4) anos o mandato dos Deputados Estaduais, aplicando-se-lhes as regras da Constituição Federal sobre sistema eleitoral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda do mandato, licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas.

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§ 4° - A eleição dos Deputados Estaduais realiza-se, simultaneamente, com a dos Deputados Federais e Senadores.

Art.34- Salvo disposição constitucional em contrário, as deliberações da Assembléia Legislativa e de suas Comissões são tomadas por maioria dos votos, presente a maioria absoluta de seus membros.

sEÇÃO ii DAs ATRiBUiÇÕEs DA AssEMBLÉiA LEGisLATiVA

Art.35- Compete privativamente à Assembléia Legislativa:

I - eleger a Mesa e constituir suas Comissões;

II - dispor sobre seu regimento interno, sua organização, funcionamento, polícia, criação, transformação, extinção e provimento dos cargos, empregos e funções de seus serviços e fixação da respectiva remuneração, observados os parâmetros estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias;

III - autorizar o Governador e o Vice-Governador a se ausentarem do País, quando a ausência exceder a quinze (15) dias;

IV - aprovar a intervenção municipal ou suspendê-la;

V - sustar os atos normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa;

VI - mudar temporariamente sua sede;

VII - fixar, para cada exercício financeiro, a remuneração do Governador, Vice-Governador, Secretário de Estado e, para a legislatura seguinte, a remuneração dos Deputados Estaduais, observado o que dispõem os arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2°,I, da Constituição Federal;

VIII - julgar, anualmente, as contas prestadas pelo Governador do Estado e conhecer os relatórios sobre a execução dos planos de Governo;

IX - fiscalizar e controlar, diretamente, ou por qualquer de suas Comissões, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta;

X - zelar pela preservação de sua competência legislativa em face da atribuição normativa dos outros Poderes;

XI - escolher quatro (4) dos membros do Tribunal de Contas do Estado;

XII - aprovar iniciativas do Poder Executivo referentes a atividades nucleares;

XIII - autorizar referendo e convocar plebiscito;

XIV - autorizar, por dois terço (2/3) de seus membros, a instauração de processo contra o Governador do Estado, o Vice-Governador e os Secretários de Estado;

XV - proceder à tomada de contas do Governador do Estado, quando não apresentadas dentro de sessenta (60) dias após a abertura da sessão legislativa;

XVI - dar posse ao Governador e ao Vice-Governador;

XVII - conhecer da renúncia do Governador e do Vice-Governador;

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XVIII - destituir do cargo o Governador ou Secretário de Estado, após condenação por crime comum ou de responsabilidade;

XIX - aprovar:

a) os decretos e outros atos expedidos pelo Governador, “ad referendum” da Assembléia, inclusive os de intervenção em Municípios;

b) os convênios intermunicipais de fixação de limites;

c) previamente, por voto secreto, a nomeação de Desembargadores do Tribunal de Justiça, e a indicação de três (3) Conselheiros do Tribunal de Contas, pelo Governador;

XX - expedir decretos legislativos e resoluções;

XXI - solicitar a intervenção federal, nas hipóteses dos arts. 34, IV, e 36, I, da Constituição Federal;

XXII - receber o Governador, em reunião previamente designada, sempre que ele manifeste o propósito de relatar, pessoalmente, assunto de interesse público;

XXIII - determinar o sobrestamento da execução dos atos a que se referem os arts. 53, §1°, e 54, § 2º.;

XXIV - fixar, até cento e oitenta (180) dias antes das eleições, a composição das Câmaras Municipais, em função do número de habitantes dos respectivos Municípios.

Art.36- A Assembléia Legislativa pode convocar Secretário de Estado, Procurador-Geral e Comandante da Polícia para prestarem, pessoalmente, informações sobre o assunto previamente determinado, importando crime de responsabilidade o não comparecimento sem justificativa comprovada.

§ 1° - Os Secretários de Estado, Procuradores Gerais e Comandante da Polícia Militar podem comparecer à Assembléia Legislativa ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante entendimentos com a Mesa, para expor assunto de relevância atinente às suas funções.

§ 2º- A Mesa da Assembléia Legislativa pode encaminhar pedidos escritos de informações a órgãos do Poder Executivo, por seus titulares, importando crime de responsabilidade a recusa, ou o não, atendimento no prazo de trinta (30) dias, bem como a prestação de informações falsas.

Art.37- Cabe à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, não exigida esta para o especificado no Art.35, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado, especialmente sobre:

I - orçamento anual e plurianual;

II - sistema tributário, arrecadação e distribuição de rendas;

III - dívida pública, abertura e operações de crédito;

IV - planos e programas de desenvolvimento econômico e social;

V - licitações e contratos administrativos;

VI - criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções públicas e fixação dos respectivos vencimentos, salários e vantagens;

VII - regime jurídico dos servidores públicos, seus direitos, deveres e sistema disciplinar e de previdência;

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VIII - bens do domínio do Estado, inclusive, no caso de imóveis, sua aquisição onerosa, alienação ou oneração, respeitado o disposto no Art.17;

IX - efetivo da Polícia Militar;

X - transferência temporária da sede do Governo Estadual observado o disposto no Art.64, VIII;

XI - concessão de auxílio aos Municípios e forma de sua aplicação;

XII - perdão de dívida, anistia e remissão de crédito tributário;

XIII - organização e divisão judiciárias;

XIV - organização, atribuições e o estatuto do Ministério Público e da Defensoria Pública do Estado;

XV - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado, Procuradorias Gerais, Defensoria Pública, Polícia Militar, Polícia Civil e órgãos da Administração Pública;

XVI - matéria financeira e orçamentária;

XVII - normas gerais para a exploração, concessão, permissão ou autorização para exploração de serviços públicos, bem como para a fixação das respectivas tarifas ou preços;

XVIII - previdência social dos Deputados Estaduais. Seção III Dos Deputados

Art.38- Os Deputados são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos.

§ 1° - Desde a expedição do diploma, os membros da Assembléia Legislativa Estadual não podem ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem prévia licença da Casa.

§ 2º - O indeferimento do pedido de licença ou a ausência de deliberação suspende a prescrição enquanto durar o mandato.

§ 3° - No caso de flagrante de crime inafiançável, os autos são remetidos, dentro de vinte e quatro (24) horas, à Assembléia Legislativa, para que, pelo voto secreto da maioria dos seus membros, resolva sobre a prisão e autorize, ou não, a formação de culpa.§ 4° - Os Deputados são submetidos a julgamento perante o Tribunal de Justiça do Estado.

§ 5° - Os Deputados não são obrigados a testemunhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes confiaram ou deles receberam informações.

§ 6º- A incorporação às Forças Armadas, de Deputado, embora militar e ainda que em tempo de guerra, depende de prévia licença da Assembléia Legislativa.

§ 7° - As imunidades dos Deputados subsistem durante o estado de sítio, só podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços (2/3) dos membros da Assembléia Legislativa, nos casos de atos praticados fora do recinto da Casa, que sejam incompatíveis com a execução da medida.

Art.39 - Os Deputados não podem:

I - desde a expedição do diploma:

a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, autarquia, empresa pública, sociedade de economia mista, fundação instituída pelo Poder Público, ou empresa concessionária de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes;

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b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive os de que sejam demissíveis “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior;

II - desde a posse:

a) ser proprietários, controladores ou diretores de empresas que gozem de favor decorrente de contrato com pessoa jurídica de direto público, ou nelas exercer função remunerada;

b) ocupar cargo ou função de que sejam demisssíveis “ad nutum’’, nas entidades referidas no inciso I, “a”;

c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se refere o inciso I, “a”;

d) ser titulares de mais de um (1) cargo ou mandato público eletivo.

Art.40 - Perde o mandato o Deputado:

I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior;

II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentar;

III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Assembléia Legislativa, salvo licença ou missão por esta autorizada;

IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;

V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na Constituição Federal ou nesta;

VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em julgado.

§ 1° - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro da Assembléia Legislativa ou a percepção de vantagens indevidas.

§ 2º- Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato é decidida pela Assembléia Legislativa, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da Mesa ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

§ 3° - Nos casos previstos nos incisos III a V, a perda é declarada pela Mesa da Assembléia Legislativa, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros, ou de partido político representado na Casa, assegurada ampla defesa.

Art.41- Não perde o mandato o Deputado:

I - investido no cargo de Ministro de Estado, Secretário deste Estado, da Prefeitura da Capital ou chefe de missão diplomática temporária;

II - licenciado pela Assembléia Legislativa, por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte (120) dias por sessão legislativa.

§ 1° - O suplente é convocado nos casos de vaga, de investidura em funções previstas neste artigo ou de licença superior a cento e vinte (120) dias.

§ 2º- Ocorrendo vaga e não havendo suplente, faz-se eleição para preenchê-la, se faltarem mais de quinze (15) meses para o término do mandato.

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§ 3° - Na hipótese do inciso I, o Deputado pode optar pela remuneração do mandato. Seção IV Das Reuniões.

Art.42- A Assembléia Legislativa reúne-se, anualmente, na Capital do Estado, de 15 de fevereiro a 30 de junho e de 1° de agosto a 15 de dezembro.

§ 1° - As reuniões marcadas para essas datas são transferidas para o primeiro dia útil subseqüente, quando recaiam em sábados, domingos ou feriados.

§ 2º- A sessão legislativa não é interrompida sem a aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias.

§ 3° - Além de outros casos previstos nesta Constituição, a Assembléia Legislativa se reúne em sessão especial para:

I - inaugurar a sessão legislativa;

II - receber o compromisso do Governador e do Vice-Governador;

III - conhecer de veto e sobre ele deliberar. *

§ 4° - A Assembléia Legislativa se reúne em Sessão Preparatória, a partir de 1° de fevereiro, no primeiro ano da Legislatura, para dar posse aos seus Mem bros e eleger a Mesa, para man dato de dois (2) anos, permitida a reeleição. *( § 4º com nova redação dada pela Emen da Cons titucional nº 03, de 28.04.1999 .)

§ 5° - Por motivo de conveniência pública e mediante deliberação da maioria absoluta dos seus membros, pode a Assembléia Legislativa reunir-se, temporariamente, em qualquer cidade do Estado.

§ 6º- A convocação extraordinária da Assembléia Legislativa faz-se:

I - pelo Presidente da Assembléia Legislativa;

II - pelo Governador do Estado ou a requerimento da maioria dos seus membros, em caso de urgência ou interesse público relevante.

§ 7° - Na sessão legislativa extraordinária, a Assembléia Legislativa somente delibera sobre a matéria para a qual foi convocada.

sEÇÃO V DAs cOMissÕEs

Art.43- A Assembléia Legislativa tem Comissões permanentes e temporárias, constituídas na forma e com as atribuições previstas no seu regimento ou no ato de que resultar sua criação.

§ 1º- Na constituição da Mesa e de cada Comissão, é assegurada, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da Casa. *( § 1º Com nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 01, de 03.12.1993 ).

§ 2º- Às Comissões, em razão da matéria de sua competência, cabe:

I - discutir e votar projeto de lei que dispensar, na forma do regimento, a competência do Plenário, salvo se houver recurso de um décimo (1/10) dos membros da Casa;

II - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil;

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III - convocar Secretários de Estado, Procuradores Gerais e Comandante da Polícia Militar para prestarem informações sobre assuntos inerentes a suas atribuições;

IV - receber petições, reclamações, representações ou queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas;

V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou cidadão;

VI - apreciar programas de obras, planos estaduais, regionais e setoriais de desenvolvimento e sobre eles emitir parecer.

§ 3° - As Comissões Parlamentares de Inquérito têm poderes de investigação, próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no regimento, são criadas pela Assembléia Legislativa, mediante requerimento de um terço (1/3) de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

cAPÍTULO ii DO PROcEssO LEGisLATiVO

sEÇÃO i DisPOsiÇÃO GERAL

Art.44 - O processo legislativo estadual compreende a elaboração de:

I - emendas à Constituição;II - leis complementares;III - leis ordinárias;IV - leis delegadas;V - decretos legislativos;VI - resoluções.

sEÇÃO ii DA EMENDA À cONsTiTUiÇÃO

Art.45- A Constituição pode ser emendada mediante proposta:

I - de um terço (1/3), no mínimo, dos membros da Assembléia Legislativa;

II - do Governador do Estado.

§ 1° - A Constituição não pode ser emendada na vigência de intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

§ 2° - A proposta de emenda é discutida e votada em dois (2) turnos, considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, três quintos (3/5) dos votos dos respectivos membros.

§ 3° - A emenda à Constituição é promulgada pela Mesa da Assembléia Legislativa, com o respectivo número de ordem.

§ 4° - Não é objeto de deliberação a proposta de emenda que atente contra os princípios da Constituição Federal.

§ 5° - A matéria constante de proposta de emenda, rejeitada ou havida por prejudicada, não pode ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. Seção III Das Leis

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Art.46- A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer Deputado ou Comissão da Assembléia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça e de Contas, ao Procurador Geral de Justiça e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

§ 1° - São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que:

I - fixem ou modifiquem o efetivo da Polícia Militar;

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica, ou aumentem a sua remuneração;

b) servidores públicos do Estado, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade e aposentadoria de civis, reforma e transferência de militares para a inatividade;

c) criação, estruturação e atribuições das Secretarias, Polícia Militar, Polícia Civil e órgãos da administração pública.

§ 2º - A lei dispõe sobre a iniciativa popular no processo legislativo estadual.

Art.47- Não é admitido aumento da despesa prevista:

I - Nos projetos de iniciativa exclusiva do Governador, ressalvado o disposto no Art.107, §§ 2º. e 5°.;

II - Nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Assembléia Legislativa, dos Tribunais estaduais e do Ministério Público.

§ 1° - O Governador do Estado pode solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

§ 2º- Se, no caso do parágrafo anterior, a Assembléia Legislativa não se manifestar, em até quarenta e cinco (45) dias, sobre a proposição, é esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos, para que se ultime a votação.

§ 3° - O prazo de quarenta e cinco (45) dias, de que trata o § 2º., não corre nos períodos de recesso da Assembléia Legislativa, nem se aplica aos projetos de código.

Art.48- As leis com plementares são aprovadas por maioria absoluta.

§ único - Além daquelas previstas na Constituição Federal e nesta Constituição, dependem de lei complementar as seguintes matérias:

I - organização do Poder Executivo;

II - organização e divisão judiciárias;

III - organização do Ministério Público e do Tribunal de Contas;

IV - organização da Polícia Militar, estatuto dos policiais militares seu código de vencimentos e vantagens;

V - estatuto dos servidores públicos civis.

Art.49- O projeto de lei aprovado pela Assembléia Legislativa é enviado à sanção do Governador ou arquivado, se rejeitado.

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§ 1° - Se o Governador do Estado considerar o projeto, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, pode vetá-lo, total ou parcialmente, no prazo de quinze (15) dias úteis, contados da data do recebimento, comunicando, dentro de quarenta e oito (48) horas, ao Presidente da Assembléia Legislativa os motivos do veto.

§ 2° - O veto parcial somente pode abranger texto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

§ 3° - Decorrido o prazo de quinze (15) dias, o silêncio do Governador do Estado importa em sanção.

§ 4° - O veto é apreciado em sessão, dentro de trinta (30) dias a contar do seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados, em escrutínio secreto.

§ 5° - Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no parágrafo anterior, o veto é colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua votação final.§ 6° - Se o veto não for mantido, é o projeto enviado, para promulgação, ao Governador do Estado.

§ 7° - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta e oito (48) horas pelo Governador do Estado, nos casos dos §§ 3° e 5°., o Presidente da Assembléia Legislativa a promulga, e, se este não o fizer em igual prazo, cabe ao Vice-Presidente da Assembléia Legislativa fazê-lo.

Art.50 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente pode constituir objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa.

Art.51 - As leis delegadas são elaboradas pelo Governador do Estado, que deve solicitar a delegação à Assem bléia Legislativa.

§ 1° - Não podem ser objeto de delegação os atos de competência exclusiva da Assembléia Legislativa, matéria reservada a lei complementar, nem a legislação sobre:

I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;

II - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias e orçamentos.

§ 2º - A delegação ao Governador do Estado tem forma de resolução da Assembléia Legislativa, que deve especificar seu conteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3° - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pela Assembléia Legislativa, esta o faz, em votação única, vedada qualquer emenda.

cAPÍTULO iii DA FiscALiZAÇÃO cONTÁBiL, FiNANcEiRA, ORÇAMENTÁRiA, OPERAciONAL E PATRiMONiAL

Art.52 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado e de todas entidades da administração direta e indireta, quanto aos aspectos de legalidade, legitimidade e economicidade, assim como a aplicação das subvenções e renúncias de receitas, é exercida pela Assembléia Legislativa, mediante o controle externo e pelo sistema de controle interno de cada um dos Poderes.

§ 1° - Presta contas qualquer pessoa física ou entidade pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou, por qualquer forma, administre dinheiros, bens e valores públicos, ou pelos quais o Estado responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de natureza pecuniária.

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§ 2º - A fiscalização de que trata este artigo compreende:

I - a legalidade dos atos geradores de receita ou determinantes de despesas, bem como os de que resulte o nascimento ou a extinção de direitos e obrigações;

II - a fidelidade funcional dos agentes responsáveis por bens e valores públicos;

III - o cumprimento do programa de trabalho expresso em termos monetários e em termos de realização de obras e prestação de serviços;

IV - a proteção e o controle do ativo patrimonial;

V - o cumprimento dos procedimentos, das competências, das responsabilidades e dos encargos dos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta.

Art.53 - O controle externo, a cargo da Assembléia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

I - apreciar as contas prestadas, anualmente, pelo Governador do Estado, mediante parecer prévio, a ser elaborado em sessenta (60) dias, a contar do seu recebimento;

II - julgar as contas dos administradores dos três Poderes do Estado e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, inclusive das fundações, empresas públicas, autarquias e sociedades instituídas ou mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário;

III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão e contratação de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, bem como as concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório;

IV - realizar, por iniciativa própria, da Assembléia Legislativa, de Comissão técnica ou de inquérito, ou em razão de denúncia, inspeções e auditorias de natureza financeira, contábil, orçamentária, operacional e patrimonial nas unidades administrativas dos Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário e demais entidades referidas no inciso II;

V - fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado a Município e a instituições públicas ou privadas;

VI - prestar as informações solicitadas pela Assembléia Legislativa sobre a fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial e sobre resultados de auditorias e inspeções realizadas;

VII - aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de desposa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelece, dentre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário;

VIII - assinar prazo para que o órgão ou entidade fiscalizada adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade;

IX - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à Assembléia Legislativa;

X - representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados, sugerindo, se for o caso, intervenção em Município.

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§ 1° - No caso de contrato, o ato de sustação é privativo da Assembléia Legislativa, que solicita, de imediato, ao Poder Executivo, as medidas cabíveis.

§ 2º - Se a Assembléia Legislativa ou o Poder Executivo, no prazo de noventa (90) dias, não efetivarem as medidas previstas no parágrafo anterior, o Tribunal decide a respeito.

§ 3º - As decisões do Tribunal de Contas, de que resulte imputação de débito ou multa, têm eficácia de título executivo.

§ 4º - O Tribunal de Contas encaminha à Assembléia Legislativa, relativamente às suas atividades, trimestral e anualmente, relatório operacional.

§ 5° - O julgamento da regularidade das contas, pelo Tribunal de Contas, baseia-se em levantamentos realizados através de inspeções e auditorias, e em pronunciamentos dos administradores, emitindo os respectivos certificados.

§ 6° - As decisões do Tribunal de Contas do Estado, relativas à legalidade dos atos referentes às atribuições de que tratam os incisos II, III, IV, V, VI e VII, deste artigo, inclusive no tocante aos Municípios, são tomadas no prazo de sessenta (60) dias, contados da data em que for concluído o trabalho da sua secretaria, o qual não pode ultrapassar noventa (90) dias.

Art.54 - A Comissão Permanente de Finanças da Assembléia Legislativa diante de indícios de despesa não autorizada, ainda que sob forma de investimentos não programados ou de subsídios não aprovados, pode solicitar à autoridade governamental responsável que, no prazo de cinco (5) dias, preste os esclarecimentos necessários.§ 1° - Não prestados os esclarecimentos, ou considerados insuficientes, a Comissão solicita ao Tribunal de Contas pronunciamento conclusivo sobre a matéria, no prazo de trinta (30) dias.

§ 2° - Entendendo o Tribunal de Contas irregular a despesa, a Comissão, se julgar que o gasto pode causar dano irreparável ou grave lesão à economia pública, propõe à Assembléia Legislativa sua sustação.

Art.55 - Os Poderes do Estado mantêm, de forma integrada, sistema do controle interno, com a finalidade de:

I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de Governo e dos orçamentos do Estado;

II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial, nos órgãos e entidades da administração pública estadual, bem como da aplicação de recursos públicos por entidade privada;

III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como dos direitos e haveres do Estado;

IV - apoiar o controle externo, no exercício de sua missão institucional.

§ 1° - O controle interno, do Tribunal de Contas do Estado e do Ministério Público, fica sujeito aos sistemas normativos do Poder Legislativo e do Poder Executivo, respectivamente.

§ 2° - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela dão ciência ao Tribunal de Contas do Estado, sob pena de responsabilidade solidária.

§ 3° - Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato, é parte legítima para, na forma da lei, denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas do Estado.

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cAPÍTULO iV DO TRiBUNAL DE cONTAs

Art.56 - O Tribunal de Contas do Estado tem sede na Capital, quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território estadual, exercendo as seguintes atribuições administrativas, além de outras conferidas em lei:

I - eleger seu presidente e demais titulares de sua direção, para mandato de dois (2) anos;

II - elaborar seu regimento interno e organizar os respectivos serviços auxiliares;

III - propor ao Poder Legislativo sua lei orgânica, a criação ou a extinção de cargos em seus serviços auxiliares e a fixação dos vencimentos de seus membros e demais servidores;

IV - conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e servidores, nos termos da lei;

V - prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto nos arts. 26, § 6°., e 110, os cargos, empregos e funções necessários à sua administração, dispensando o concurso para provimento dos cargos de confiança, assim definidos em lei.

§ 1° - Os Conselheiros do Tribunal de Contas, em número de sete (7), são escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco (35) e menos de sessenta e cinco (65) anos de idade, de idoneidade moral, reputação ilibada e notórios conhecimentos jurídicos, contábeis, econômicos, financeiros ou de administração pública, com mais de dez (10) anos de exercício de função ou de efetiva atividade profissional que exija os conhecimentos mencionados.

§ 2º - Os Conselheiros do Tribunal do Contas são escolhidos:

I - três (3), pelo Governador do Estado, com aprovação da Assembléia Legislativa, sendo dois, alternadamente, dentre Auditores e Membros do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas, mediante lista tríplice encaminhada pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;

II - quatro (4), pela Assembléia Legislativa.

§ 3° - A nomeação dos Conselheiros do Tribunal de Contas, indicados pelo Governador, é precedida de argüição pública, deliberando a Assembléia por voto secreto.

§ 4° - Os Conselheiros têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça e somente podem aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tenham exercido efetivamente por mais de cinco (5) anos.

§ 5° - Os Auditores são nomeados mediante concurso público de provas e títulos, dentre portadores de título de curso superior em Ciências Contábeis e Atuariais, Ciências Jurídicas e Sociais, Ciências Econômicas ou Administração, observando-se o disposto nos arts. 26, §6º. e 110, quando em substituição a Conselheiros, têm as mesmas garantias e impedimentos dos titulares e, quando no exercício das demais atribuições da judicatura, as de Juiz da mais alta entrância.

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cAPÍTULO V DO PODER EXEcUTiVO

sEÇÃO i DO GOVERNADOR E DO VicE-GOVERNADOR DO EsTADO

Art.57 - O Poder Executivo, com sede na Capital do Estado, é exercido pelo Governador, auxiliado pelos Secretários de Estado.

§ 1º - A eleição do Governador e do Vice-Governador do Estado, para mandato de quatro (4) anos, realiza-se noventa (90) dias antes do término do mandato de seus antecessores, e a posse ocorre no dia 1° de janeiro do ano subseqüente, observando-se:

I - a eleição do Governador importa a do Vice-Governador com ele registrado;

II - é considerado eleito Governador o candidato que, registrado por partido político, obtenha a maioria absoluta de votos, não computados os em brancos e os nulos;

III - se nenhum candidato alcançar a maioria absoluta na primeira votação, faz-se nova eleição em até vinte (20) dias após a proclamação do resultado, concorrendo os dois (2) candidatos mais votados e considerando-se eleito aquele que obtenha a maioria dos votos válidos;

IV - se, antes de realizado o segundo turno, ocorrer morte, desistência ou impedimento legal de candidato, convoca-se, dentre os remanescentes, o de maior votação;

V - se, na hipótese dos incisos anteriores, remanescer, em segundo lugar, mais de um (1) candidato com a mesma votação, qualifica-se o mais idoso.

§ 2º - O Governador perde o mandato se assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público e observado o disposto noArt.38, I, IV e V, da Constituição Federal.

Art.58 - O Governador e o Vice-Governador do Estado tomam posse em sessão especial perante a Assembléia Legislativa, prestando o compromisso de manter, defender e cumprir as Constituições da República e do Estado, observar as leis, promover o bem geral do povo e exercer o cargo com lealdade e honra.

§ único - Se, decorridos dez (10) dias da data fixada para a posse, o Governador ou o Vice-Governador, salvo motivo de força maior, não tiver assumido o cargo, é este declarado vago.

Art.59 - Substitui o Governador, no caso de impedimento, e o sucede, no caso de vaga, o Vice-Governador.

§ único - O Vice-Governador do Estado, além de outras atribuições que lhe forem conferidas por lei complementar, auxilia o Governador, sempre que por ele convocado para missões especiais.

Art.60 - Em caso de impedimento do Governador e do Vice-Governador, ou vacância dos respectivos cargos, são sucessivamente chamados ao exercício do cargo o Presidente da Assembléia Legislativa e o do Tribunal de Justiça.

Art.61 - Vagando os cargos de Governador e Vice-Governador do Estado, nos dois (2) primeiros anos do período governamen tal, faz- se eleição direta, noventa (90) dias depois de aber ta a última vaga.

§ 1° - Ocorrendo a vacância no terceiro ano do período governamental, a eleição para ambos os cargos é feita, trinta (30) dias depois da última vaga, pela Assembléia Legislativa, na forma da lei.

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§ 2º - Ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, o cargo é exercido pelo Presidente da Assembléia Legislativa e, na sua recusa, pelo Presidente do Tribunal de Justiça.

§ 3° - Em qualquer dos casos, os eleitos ou sucessores devem completar o período dos seus antecessores.

Art.62 - É declarado vago o cargo de Governador pela maioria absoluta da Assembléia Legislativa, nos seguintes casos:

I - não investidura, nos dez (10) dias seguintes à data fixada para a posse, ou imediatamente, quando se tratar de substituição, salvo, em qualquer caso, motivo de força maior;

II - ausência do território do Estado, por mais de trinta (30) dias, ou do País, por mais de quinze (15) dias, sem prévia licença da Assembléia Legislativa.

Art.63 - Aplicam-se ao Governador e ao Vice-Governador do Estado os impedimentos previstos na Constituição Federal para o Presidente da República.

§ único - É ainda vedado ao Governador e ao Vice-Governador, bem assim aos seus ascendentes, descendentes, irmãos, cunhados, durante o cunhadio, e cônjuges, ou a empresas de que participem, contrair empréstimo em instituição financeira na qual o Estado seja detentor de mais da metade das respectivas ações, com direito a voto. Seção II Das Atribuições do Governador do Estado

Art.64 - Compete privativamente ao Governador do Estado:

I - representar o estado nas suas relações políticas, jurídicas e administrativas;

II - nomear e exonerar os Secretários de Estado, os dirigentes de autarquias e fundações instituídas ou mantidas pelo Estado e os demais ocupantes de cargos ou funções de confiança;

III - exercer, com auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração estadual;

IV - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

V - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel execução;

VI - vetar projetos de lei, total ou parcialmente;

VII - dispor sobre a organização e o funcionamento da administração estadual, na forma da lei;

VIII - transferir, temporariamente, com prévia autorização da Assembléia Legislativa, a sede do Governo, ressalvados os casos de guerra, comoção interna ou calamidade pública, em que a transferência pode ser feita “ad referendum” da Assembléia;

IX - fixar preços públicos;

X - decretar intervenção em Município, executá-la e nomear interventor, “ad referendum” da Assembléia Legislativa;

XI - remeter mensagem e plano de Governo à Assembléia Legislativa, por ocasião da abertura da sessão legislativa, expondo a situação do Estado e solicitando as providências que julgar necessárias;

XII - julgar recursos administrativos legalmente previstos;

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XIII - exercer o comando supremo da Polícia Militar do Estado, promover seus oficiais e nomeá- los para os cargos que lhes são privativos;

XIV - nomear, após aprovação pela Assembléia Legislativa, os Desembargadores do Tribunal de Justiça e outros servidores, quando determinado em lei;

XV - nomear,, observado o disposto noArt.56, § 2º., I, os Conselheiros do Tribunal de Contas do Estado;

XVI - enviar à Assembléia Legislativa o plano plurianual, projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento, previstos nesta Constituição;

XVII - conferir condecorações e distinções honoríficas;

XVIII - prestar, anualmente, à Assembléia Legislativa, dentro de sessenta (60) dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao exercício anterior;XIX - prover os cargos públicos estaduais, na forma da lei;

XX - participar da composição do organismo regional responsável pelos planos de desenvolvimento econômico e social da Região Nordeste;

XXI - exercer outras atribuições e praticar, no interesse do Estado, quaisquer outros atos que não estejam, explícita ou implicitamente, reservados a outro Poder, pela Constituição Federal, por esta Constituição ou por lei;

§ único - O Governador pode delegar as atribuições previstas nos incisos VII e XIX aos Secretários de Estado e outros auxiliares de igual hierarquia, fixando, previamente, os limites da delegação.

sEÇÃO iii DA REsPONsABiLiDADE DO GOVERNADOR DO EsTADO

Art.65 - São crimes de responsabilidade do Governador os definidos em lei federal, que estabelece as normas de processo e julgamento.

§ 1º - Admitida acusação contra o Governador do Estado, por dois terços (2/3) da Assembléia Legislativa, é ele submetido a julgamento perante o Superior Tribunal de Justiça, nos crimes comuns, ou perante tribunal especial, nos crimes de responsabilidade, e, quando conexos com aqueles, os Secretários de Estado.

§ 2º - O Tribunal Especial a que se refere o parágrafo anterior se constitui de cinco (5) Deputados eleitos pela Assembléia e cinco (5) Desembargadores, sorteados pelo Presidente do Tribunal de Justiça, que o preside.

§ 3º - O Governador fica suspenso de suas funções:

I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Superior Tribunal de Justiça;

II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Tribunal Especial.

§ 4º - Se, decorrido o prazo de cento e oitenta (180) dias, o julgamento não estiver concluído, cessa o afastamento do Governador, sem prejuízo do regular prosseguimento do processo.

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sEÇÃO iV DOs sEcRETÁRiOs DE EsTADO

Art.66 - Os Secretários de Estado são escolhidos dentre brasileiros maiores de vinte e um (21) anos e no exercício dos direitos políticos.

§ único - Compete ao Secretário de Estado, além de outras atribuições estabelecidas nesta Constituição e na lei:I - exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos e entidades da administração estadual e referendar os atos e decretos assinados pelo Governador do Estado, na área de sua competência;

II - expedir instruções para execução das leis, decretos e regulamentos;

III - apresentar ao Governador do Estado relatório anual de sua gestão na Secretaria;

IV - praticar os atos pertinentes às atribuições que lhe forem outorgadas pelo Governador do Estado.

Art.67 - A lei dispõe sobre criação, estruturação e atribuições das secretarias.

sEÇÃO V DA cONsULTORiA GERAL DO EsTADO

Art.68 - A Consultoria Geral do Estado, órgão diretamente subordinado ao Governador, estruturado em lei, tem por finalidade:

I - assessorar o Governador em assuntos de natureza jurídica, de interesse da administração estadual;

II - pronunciar-se, em caráter final, sobre as matérias de ordem legal que lhe forem submetidas pelo Governador;

III - orientar os trabalhos afetos aos demais órgãos jurídicos do Poder Executivo, com o fim de uniformizar a jurisprudência administrativa;

IV - elaborar e rever projetos de lei, decretos e outros provimentos regulamentares, bem como minutar mensagens e vetos governamentais.

Art.69 - O Consultor geral do Estado é de livre nomeação e exoneração pelo Governador, devendo sua escolha recair em bacharel em Direito, brasileiro, de reconhecido saber jurídico e reputação ilibada.

cAPÍTULO Vi DO PODER JUDiciÁRiO

Art.70 - São órgãos do Poder Judiciário do Estado:

I - O Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Norte; * (Inciso I do artigo 70, com nova redação dada pela Emenda Constitucional nº 02, de 21.10.1997).

II - Tribunais de Júri;

III - Juizes de Direito e Conselho de Justiça Militar;

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IV - Juizados especiais formados por Juizes de Direito e Colegiados Regionais de Recursos;

V - Juizes de Paz.

§ único - O Tribunal de Justiça compõe-se de 15 (quinze) Desembargadores. * (Parágrafo único do artigo 70, acrescentado pela Emenda Constitucional nº 02, de 21.10.1997).

Art.71 - O Tribunal de Justiça tem sede na Capital e Jurisdição em todo o território estadual, competindo-lhe, precipuamente, a guarda desta Constituição, com observância da Constituição Federal, e:

I - processar e julgar, originariamente:

a) a argüição de descumprimento de preceito fundamental decorrente desta Constituição, na forma de lei;

b) a ação direta de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, estadual ou municipal, em face desta Constituição, bem como medida cautelar parta suspensão imediata dos efeitos de lei ou ato;

c) nas infrações penais comuns, o Vice-Governador e os Deputados, e os Secretários de Estado nestas e nos crimes de responsabilidade, ressalvada a competência do Tribunal Especial previsto noArt.65, e a da Justiça Eleitoral;

d) nas infrações penais comuns e nos crimes de responsabilidade, os Juizes de Primeiro Grau, os membros do Ministério Público, o Procurador Geral do Estado, os Auditores do Tribunal de Contas e os Prefeitos Municipais, ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

e) os mandados de segurança e os “habeas-data” contra atos do Governador da Assembléia Legislativa, seu Presidente, Mesa ou Comissão, do próprio Tribunal, suas Câmaras ou Turmas, e respectivos Presidentes, bem como de qualquer de seus membros, do Tribunal de Contas, suas Câmaras, e respectivos Presidentes, dos Juizes de Primeiro Grau, ressalvada a competência dos Colegiados Regionais de Recursos, do Conselho de Justiça Militar, dos Secretários de Estado, Procuradores-Gerais e Comandantes da Polícia Militar;

f) os “habeas-corpus”, sendo coator ou paciente qualquer dos órgãos ou autoridades referidos na alínea anterior, ou funcionários cujos atos estejam sujeitos diretamente à jurisdição do próprio Tribunal, ressalvada a competência dos Tribunais Superiores da União;

g) o mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora competir à Assembléia Legislativa, sua Mesa ou Comissão, ao Governador do Estado, ao próprio Tribunal, ao Tribunal de Contas, ou a órgãos, entidade ou autoridade estadual, da administração direta ou indireta;

h) as revisões criminais e ações rescisórias de julgados seus e dos Juízos que lhe são vinculados;

i) a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas decisões;

j) a representação para assegurar, pela intervenção em Município, a observância dos princípios indicados nesta Constituição, ou para prover a execução de lei, ordem ou decisão judicial;

l) a execução de sentença nas causa de sua competência originária, facultada a delegação de atribuições a Juízo de Primeiro Grau, para a prática de atos processuais;

m) os conflitos de competência entre suas Câmaras e Turmas ou entre Juízos de Primeiro Grau a ele vinculados;

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n) nos conflitos de atribuições entre autoridades administrativas estaduais ou municipais e autoridades judiciárias do Estado;

o) as causas e os conflitos entre Estado e os Municípios, bem como entre estes, inclusive as respectivas entidades da administração indireta;

p) os processos relativos à perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação dos praças da Polícia Militar;

II - representar ao Supremo Tribunal Federal para a decretação de intervenção no Estado;

III - julgar, em grau de recurso, ou para observância de obrigatório duplo grau de jurisdição, as causas decididas pelos Juizes de Primeiro Grau, ressalvado o disposto noArt.77, § 2º., I;

IV - as demais questões sujeitas, por lei, à sua competência.

§ 1º - Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros, pode o Tribunal de Justiça declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público.

§ 2º - Podem propor a ação de inconstitucionalidade:

I - o Governador do Estado;

II - a Mesa da Assembléia Legislativa;

IV - o Procurador-Geral de Justiça;

V - Prefeito Municipal;

VI - Mesa de Câmara Municipal;

VII - o Conselho Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil;

VIII - partido político com representação na Assembléia Legislativa;

IX - partido político com representação em Câmara Municipal, desde que a lei ou ato normativo seja do respectivo Município;

X - federação sindical ou entidade de classe de âmbito estadual.

§ 3º - O Procurador-Geral de Justiça é previamente ouvido na ação direta de inconstitucionalidade e demais causas em que, no Tribunal de Justiça, se discuta matéria constitucional.

§ 4º - Declarada a inconstitucionalidade por omissão de medida para tornar efetiva norma constitucional, o Tribunal de Justiça dá ciência ao Poder competente para a adoção das providências necessárias e, em se tratando de órgão administrativo, para fazê-lo em trinta (30) dias.

§ 5º - Quando o Tribunal de Justiça apreciar, em tese, a inconstitucionalidade de norma legal ou ato normativo, estadual ou municipal, em face desta Constituição, cita, previamente, o Procurador-Geral do Estado ou, conforme o caso, o Prefeito ou Câmara Municipal, que defendem a norma ou ato impugnado.

§ 6º - O Tribunal de Justiça comunica à Assembléia Legislativa suas decisões definitivas que declarem a inconstitucionalidade de lei estadual ou municipal, para que suspenda sua execução, no todo ou em parte.

Art.72 - Compete privativamente ao Tribunal de Justiça:

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I - eleger seus dirigentes e elaborar seu regimento interno, com observância das normas de processo e das garantias processuais das partes, dispondo sobre a competência e o funcionamento dos órgãos jurisdicionais e administrativos;

II - organizar sua secretaria e serviços auxiliares e os Juízos que lhe são vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

III - prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de Juiz de carreira;

IV - prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o disposto nos arts. 26, § 6º., e 110, os cargos, empregos e funções necessários à administração da Justiça, dispensado concurso para o provimento de cargo de confiança, assim definido em lei;

V - conceder férias, licenças e outros afastamentos a seus membros, Juizes e servidores que lhe forem imediatamente vinculados;

VI - propor à Assembléia Legislativa, observado o disposto no Art.110:

a) a Lei de Organização e Divisão Judiciárias do Estado e sua alteração;

b) a criação e a extinção de Comarcas, Termos, Distritos e Varas Judiciárias;

c) a criação ou extinção de tribunais inferiores, bem como a alteração do número dos membros desses tribunais;

d) a criação ou extinção de cargos de Juiz, inclusive de tribunais inferiores, bem como os demais cargos, empregos e funções de sua secretaria e serviços auxiliares e os dos Juízos que lhe são vinculados, e outros necessários à administração da Justiça;

e) a fixação dos vencimentos de seus membros, Juizes, inclusive de tribunais inferiores, e pessoal do Poder Judiciário.

Art.73 - Lei complementar, de iniciativa do Tribunal de Justiça, dispõe sobre a organização e divisão judiciárias do Estado, observado o Estatuto da Magistratura, editado em lei complementar federal, e os seguintes princípios:

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial é o Juiz substituto, através de concurso público de provas e títulos, com a participação da Secção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil, em todas as suas fases, obedecendo-se, nas nomeações, a ordem de classificação;

II - promoção de entrância para entrância, alternadamente, por antigüidade e merecimento, atendidas as seguintes normas:

a) obrigatoriedade de promoção do Juiz que figure por três (3) vezes consecutivas ou cinco (5) alternadas em listas de merecimento;

b) promoção por merecimento, pressupondo dois (2) anos de exercícios na respectiva entrância e integrar o juiz a primeira quinta parte da lista de antigüidade desta, salvo se não houver, com tais requisitos, juiz que aceite o lugar vago;

c) aferição do merecimento pelos critérios da presteza e da segurança no exercício da jurisdição e pela freqüência e aproveitamento em cursos reconhecidos de aperfeiçoamento, considerada, com prioridade, a participação em Colegiado Regional de Recursos;

d) apuração de antigüidade, só podendo o Tribunal recusar o Juiz mais antigo pelo voto de dois terço (2/3) de seus membros, conforme procedimento próprio, repetindo-se a votação até fixar-se a indicação;

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III - acesso ao Tribunal de Justiça por antigüidade e merecimento, alternadamente, apurados na úl-tima entrância, de acordo com o inciso anterior;

IV - previsão de cursos oficiais de preparação e aperfeiçoamento de magistrados como requisitos para ingresso e promoção na carreira;

V - vencimentos dos magistrados fixados com diferença, não superior a dez por cento (10%), de uma para outra das categorias da carreira, não podendo, a título nenhum, exceder os dos Ministros do Supremo Tribunal Federal;

VI - aposentadoria, com proventos integrais, compulsória por invalidez ou aos setenta (70) anos de idade, e facultativa aos trinta (30) anos de serviço, após cinco (5) anos de exercício efetivo na judicatura;

VII - residência do Juiz titular na respectiva comarca;

VIII - remoção, disponibilidade e aposentadoria do magistrado, por interesse público, decidida por voto de dois terços (2/3) do Tribunal de Justiça, assegurada ampla defesa;

IX - julgamentos públicos e fundamentadas todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e a seus advogados, ou somente a estes;

X - decisões administrativas motivadas, sendo as disciplinares dos colegiados tomadas pelo voto da maioria absoluta de seus membros;

XI - garantia, aos magistrados, de;

a) vitaliciedade, que, no primeiro grau, só é adquirida após dois (2) anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de liberação do Tribunal de Justiça e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do inciso VIII;

c) irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 26, XI, e 95, II desta Constituição e 153, § 2º., I, da Constituição Federal;

XII - vedação, aos magistrados, de:

a) exercício, ainda que em disponibilidade, de outro cargo, emprego ou função, salvo um de magistério;

b) recepção, a qualquer título ou pretexto, de custas ou participação em processo;

c) atividade político-partidária. Art.74 - Os Desembargadores do Tribunal de Justiça são nomeados pelo Governador do Estado, após a aprovação pela Assembléia Legislativa, sendo:

I - doze (12), mediante acesso de Juizes de carreira, da última entrância;

II - três (3), dentre membros do Ministério Público, com mais de dez (10) anos de carreira e advogados de notório saber jurídico e reputação ilibada, com mais de dez (10) anos de efetiva atividade profissional.

§ 1º - Compete ao Tribunal de Justiça indicar ao Governador o Juiz de carreira mais antigo, bem como organizar lista tríplice para acesso, por merecimento, obedecendo ao disposto no inciso III, do artigo anterior.

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§ 2º - O Ministério Público, conforme dispõe o estatuto próprio, bem como a Secção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil organizam listas sêxtuplas indicando membros das categoria respectivas do Tribunal de Justiça, que delas forma listas tríplices, enviando-as ao Governador.

§ 3º - No acesso por merecimento, de juizes de carreira, e nos casos da parágrafo anterior, o Governador, em dez (10) dias, contados do recebimento da lista, escolhe um nome, e, após sua aprovação pela Assembléia Legislativa, nos dez (10) dias subseqüentes, faz a nomeação.

§ 4º - No preenchimento das vagas a que se refere o inciso II, deste artigo, nomeado representante de uma das categorias, a nomeação seguinte recai em membro da outra, e assim sucessivamente.

Art.75 - Cabe ao Presidente do Tribunal de Justiça prover os cargos de Juiz de Primeiro Grau, escolhendo, no caso de primeira investidura para Comarcas vagas, ou promoção por merecimento, um dentre os integrantes da lista tríplice organizada para esse fim pelo Tribunal, sempre que possível.

Art.76 - O Conselho de Justiça Militar, com participação de Juiz Auditor, organizado nos termos de lei complementar, tem sede na Capital e jurisdição em todo o território do Estado, com competência para julgar os policiais militares nos crimes militares.

§ único - O Tribunal de Justiça é a instância recursal da Justiça Militar Estadual.

Art.77 - São criados Juizados Especiais em todas as Comarcas do Estado tendo, como titulares, Juízes de Direito designados pelo Tribunal de Justiça, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução das causas cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos, oral sumaríssimo, permitida a transação nas hipóteses previstas em lei.§ 1º - O Juiz designado para titular de Juizado Especial acumula essas atribuições com as de sua Comarca ou Vara, dispondo a lei sobre a remuneração dessas funções.

§ 2º - Lei complementar regula a competência dos Juizados Especiais, sua organização e o processo a ser obedecido no julgamento das causa a eles submetidas, observados os seguintes princípios:

I - julgamento dos recursos por Colegiado Regional de Recursos, formado por Juizes de Direito, competente para cada Região, com sedes nas Comarcas de Natal, Mossoró, Caicó, Currais Novos, Pau dos Ferros Santo Antônio, Açu, Santa Cruz, João Câmara, Apodi e Pedro Avelino;

II - reunião dos Colegiados Regionais de Recursos, pelo menos uma vez por mês, para realização de julgamentos;

III - participação de representante do Ministério Público nos julgamentos, com oferecimento de parecer oral.

Art.78 - Fica criada a Justiça de Paz, remunerada, composta de cidadãos eleitos pelo voto direto, universal e secreto, com mandato de quatro (4) anos e competência, definida em lei complementar, para celebrar casamentos, verificar, de ofício ou em fase de impugnação apresentada, o processo de habilitação e exercer atribuições conciliatórias, sem caráter jurisdicional.

Art.79 - O Tribunal de Justiça designa Juizes de Direito, de entrância especial, para dirimir conflitos fundiários, com competência exclusiva para questões agrárias.

Art.80 - Ao Poder Judiciário é assegurada autonomia administrativa e financeira.

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§ 1º - O Tribunal de Justiça elabora a proposta orçamentária do Poder Judiciário, dentro dos limites estipulados, conjuntamente, com os demais Poderes, na Lei de diretrizes orçamentárias, cabendolhe, ainda, propor à Assembléia Legislativa os créditos adicionais, suplementares e especiais de que necessitar.

§ 2º - Os recursos consignados no orçamento, bem como aqueles correspondentes aos créditos adicionais, suplementares e especiais, destinados ao Poder Judiciário, são entregues ao Tribunal de Justiça, na forma e no prazo do Art.109.

§ 3º - Cabe ao Tribunal de Justiça gerir o Fundo de Desenvolvimento da Justiça, ao qual são recolhidas as custas judiciais, os depósitos prévios decorrentes de ajuizamento, nunca inferiores a um por cento (1%) sobre o valor da causa, bem como as multas impostas na jurisdição criminal, além de outros recursos definidos em lei, destinando-se à melhoria dos serviços judiciários. Art.81 - Excetuando-se os créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, fazem-se, exclusivamente, na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para esse fim.

§ 1º - É obrigatória a inclusão no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos constantes de precatórios apresentados até 1º de julho, data em que são atualizados os seus valores, fazendo-se o pagamento até o final do exercício seguinte.

§ 2º - As dotações orçamentárias e os créditos abertos são consignados ao Poder Judiciário, recolhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, cabendo ao Presidente do Tribunal de Justiça determinar o pagamento, segundo as possibilidades de depósito e autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à satisfação do débito.

cAPÍTULO Vii DAs FUNÇÕEs EssENciAis À JUsTiÇA

sEÇÃO i DO MiNisTÉRiO PÚBLicO

Art.82 - O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a independência funcional.

§ 2º - Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção de seus cargos e serviços auxiliares, provendo-se por concurso público de provas ou de provas e títulos, observado o disposto o Art.110.

§ 3º - O Ministério Público elabora sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias.

§ 4º - As funções do Ministério Público na primeira segunda instâncias são assemelhadas às de membros do Poder Judiciário.

Art.83 - O Ministério Público do Estado tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado, dentre integrantes da carreira, indicados em lista tríplice formada por seus membros, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa, para mandato de dois (2) anos, permitida uma recondução.

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§ 1º - A destituição do Procurador-Geral de Justiça, por iniciativa do Governador, depende de prévia autorização da maioria absoluta da Assembléia Legislativa.

§ 2º - O Procurador-Geral de Justiça pode ser destituído por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar.

§ 3º - Lei complementar, cuja iniciativa é facultada ao Procurador-Geral de Justiça, estabelece a organização, as atribuições e o estatuto do Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros:

I - as seguintes garantias:

a) vitaliciedade, após dois (2) anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença judicial transitada em julgado;

b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto de dois terços (2/3) de seus membros, assegurada ampla defesa;

c) irredutibilidade de vencimentos, observado, quanto à remuneração, o que dispõem os arts. 26, XI, e 95, II desta Constituição 153, § 2°., I, da Constituição Federal;

d) vencimentos fixados com diferença, não excedente a dez por cento (10%) de uma para outra entrância ou categoria e da categoria ou entrância mais elevada para o cargo de Procurador-Geral de Justiça, garantindo-se aos Procuradores de Justiça não menos de noventa e cinco por cento (95%) dos vencimentos atribuídos àquele;

e) promoção voluntária por antigüidade e merecimento, alternadamente, de uma para outra entrância ou categoria, e da entrância ou categoria mais elevada para o cargo de Procurador de Justiça;

II - as seguintes vedações:

a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorário, percentagens ou custas proces-suais;

b) exercer a advocacia;

c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;

e) exercer atividade político-partidária, salvo exceções previstas na lei.

Art.84 - São funções institucionais do Ministério Público:

I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;

II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos assegurados na Constituição da República e nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias à sua garantia;

III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;

IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção do Estado nos Municípios, nos casos previstos na Constituição Federal e nesta Constituição;

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V - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar;

VI - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no artigo anterior;

VII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicando os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;

VIII - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade, sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.

§ 1° - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de terceiros, nas mesma hipóteses, segundo o disposto constitucionalmente ou em lei.

§ 2º - As funções de Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que devem residir na comarca da respectiva lotação.

§ 3° - O ingresso na carreira faz-se mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a participação da Secção Estadual da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, observando-se o disposto no Art.110, e, nas nomeações, a ordem de classificação.

§ 4° - Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no Art.93, II e VI, da Constituição Federal.

Art.85 - Ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas aplicam-se, no que couber, as disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações, forma de investidura e de nomeação do seu Procurador-Geral.

sEÇÃO ii DA PROcURADORiA GERAL DO EsTADO

Art.86 - A Procuradoria Geral do Estado é a instituição que exerce a representação judicial e extrajudicial do Estado, cabendo-lhe, nos termos da lei complementar que dispuser sobre sua organização e funcionamento, as atividades de assessoramento jurídico ao Poder Executivo.

Art.87 - A Procuradoria Geral do Estado tem por chefe o Procurador-Geral do Estado, nomeado pelo Governador, dentre integrantes da carreira.

§ 1° - Lei complementar estabelece a organização, as atribuições e o estatuto da Procuradoria Geral, observando, quanto ao ingresso na classe inicial da carreira da instituição, concurso público de provas e títulos e o disposto nos arts. 26, § 6º. e 110, desta Constituição, e 135, da Constituição Federal.

§ 2º - Os vencimentos dos Procuradores do Estado são fixados com diferença não superior a dez por cento (10%) de uma para outra das classes da carreira, não podendo os da classe mais alta ser inferiores aos de Procurador de Justiça.

Art.88 - Para assessoramento jurídico auxiliar aos órgãos da administração direta, indireta, fundacional e autárquica, o Estado organiza, nos termos da lei, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, observado o disposto nos arts. 26, 6º., e 110, a Assessoria Jurídica Estadual, vinculada diretamente à Procuradoria Geral do Estado.

§ único - Nas mesmas condições do “caput” deste artigo, para assessoramento jurídico auxiliar aos órgãos administrativos do Poder Legislativo, a Assembléia Legislativa organiza a sua Assessoria Jurídica, vinculada diretamente à Procuradoria Geral da Assembléia Legislativa. Seção III Da Defensoria Pública

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Art.89 - A Defensoria Pública é instituição permanente e essencial à função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação jurídica e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do Art.5°., LXXIV, da Constituição Federal.

§ 1° - Lei complementar organiza a Defensoria Pública do Estado, observadas as normas gerais prescritas pela União e o disposto nos arts. 26, § 6º., e 110, em cargos de carreira, providos, na classe inicial, mediante concurso público de provas e títulos, assegurada a seus integrantes a garantia da inamovibilidade e os princípios prescritos nos arts. 37, XI, e 39, §1°., da Constituição Federal, vedado o exercício da advocacia fora das atribuições institucionais.

§ ° - Os vencimentos dos Defensores Públicos são fixados com diferença, não superior a dez por cento (10%) de uma para outra das classes dá carreira, não podendo os da classe mais alta ser inferiores aos vencimentos de Procurador de Justiça.

cAPiTULO Viii DA sEGURANÇA PÚBLicA

Art.90 - A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos seguintes órgãos:

I - Polícia Civil;II - Polícia Militar.

§ 1° - A Polícia Civil, dirigida por Delegado de Polícia de carreira, escolhido e nomeado pelo Governador do Estado, dentre os integrantes da última classe, incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as militares.

§ 2º - Os vencimentos dos Delegados de Polícia são fixados com diferença} não superior a dez por cento (10%) de uma para outra classe da carreira, não podendo os da classe mais alta ser inferiores aos de Procurador de Justiça.

§ 3º - A Polícia Militar é comandada por oficial da ativa, do último posto da Corporação.

§ 4° - À Polícia Militar cabe o policiamento ostensivo e a preservação da ordem pública.

§ 5° - A polícia militar, força auxiliar e reserva do Exército, subordina-se, juntamente com a Polícia Civil, ao Governador do Estado.

§ 6° - A lei disciplina a organização e o funcionamento dos órgãos responsáveis pela segurança pública, de maneira a garantir a eficiência de suas atividades.

§ 7° - O Delegado de Polícia reside no Município de sua lotação.

§ 8º - Os Municípios podem constituir guardas municipais destinadas à proteção de seus bens, serviços e instalações, conforme dispuser a lei complementar.

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TÍTULO V DA TRiBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO

cAPÍTULO i DO sisTEMA TRiBUTÁRiO

sEÇÃO i DOs PRiNcÍPiOs GERAis

Art.91 - O sistema tributário estadual é regido pela Constituição Federal, por leis federais, por resoluções do Senado Federal, por esta Constituição e por leis estaduais.

Art.92 - Compete ao Estado instituir os seguintes tributos:

I - impostos;

II - taxas, em razão do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;

III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas, observado o disposto no Art.95, I e III.

§ 1° - Sempre que possível, os impostos têm caráter pessoal e são graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte. A administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, pode identificar, respeitados os direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

§ 2° - As taxas não podem ter base de cálculo própria de impostos.

Art.93 - Adota-se o que dispuser lei complementar federal:

I - sobre conflitos de competência, em matéria tributária entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;

II - regulamentação das limitações constitucionais ao poder de tributar;

III - estabelecimento de normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:

a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;

b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;

c) o ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas e seu tratamento tributário.

Art.94 - O Estado e os Municípios podem instituir contribuição, cobrada de seus servidores, para custeio, em benefício destes, de sistema de previdência e assistência social.

sEÇÃO ii DAs LiMiTAÇÕEs DO PODER DE TRiBUTAR

Art.95 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado ao Estado:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

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II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;

III - cobrar tributos:

a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

IV - utilizar tributo com eleito de confisco;

V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público Estadual;

VI - instituir impostos sobre:

a) patrimônio, renda ou serviços da União, dos demais Estados, do Distrito Federal e de Município;

b) templos de qualquer culto;

c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais de trabalhadores e das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;

d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

§ 1° - A vedação expressa no inciso VI, “a” é extensiva às autarquias e às fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços vinculados às suas finalidades essenciais ou delas decorrentes, não se aplicando ao patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contra prestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonerando o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.

§ 2º - A vedação expressa no inciso VI, alíneas “b” e “c”, compreende somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.

§ 3° - A lei determina medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidem sobre mercadorias e serviços.

§ 4° - O julgamento administrativo de recursos em procedimentos fiscais é realizado por órgão próprio.

Art.96 - Qualquer anistia ou remissão que envolva matéria tributária ou previdenciária só pode ser concedida através de lei específica.

Art.97 - É vedado ao Estado estabelecer diferença tributária entre bens e serviços de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino. Seção III Dos Impostos do Estado

Art.98 - Compete ao Estado instituir e cobrar:

I - impostos sobre.

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a) transmissão “causa mortis” e doação, de quaisquer bens ou direitos;

b) operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações ou prestações se iniciem no exterior;

c) propriedade de veículos automotores;

II - adicional de até cinco por cento (5%) do que for pago à União por pessoas físicas ou jurídicas domiciliadas no Estado, a título de imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza, incidente sobre lucros, ganhos e rendimentos de capital;

III - outros impostos que sejam atribuídos à competência do Estado.

§ 1° - O imposto sobre a transmissão” causa mortis” e doação, de quaisquer bens ou direitos, não tem alíquotas superiores às fixadas pelo Senado Federal.

§ 2º - O imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, atende ao seguinte:

I - é não cumulativo, compensando-se o que foi devido, em cada operação relativa à circulação de mercadoria ou prestação de serviços, com o montante cobrado nas anteriores por este, outro Estado ou pelo Distrito Federal;

II - a isenção ou não incidência, salvo determinação em contrário da legislação:

a) não implica crédito para compensação com o montante devido nas operações de circulação de mercadorias ou prestações de serviços seguintes;

b) acarreta a anulação do crédito relativo às operações anteriores;

III - pode ser seletivo, em função da essencialidade das mercadorias e dos serviços;

IV - as alíquotas aplicáveis às operações e prestações interestaduais e de exportação, correspondem às que forem estabelecidas por resolução do Senado Federal;

V - as alíquotas aplicáveis às operações internas não podem ser inferiores às alíquotas mínimas, nem superiores às alíquotas máximas, fixadas pelo Senado Federal;

VI - as alíquotas nas operações internas não podem ser inferiores às previstas para operações interestaduais, salvo deliberação em contrário dos Estados e Distrito Federal, nos termos de lei complementar federal;

VII - em relação às operações de circulação de mercadorias e prestações de serviços que destinem bens e serviços a consumidor final fora do Estado, adota-se:

a) a alíquota interestadual, quando o destinatário for contribuinte do imposto;

b) a alíquota interna, quando o destinatário não for contribuinte dele;

VIII - nas operações de circulação de mercadorias e de prestações de serviços, iniciadas em outro Estado ou no Distrito Federal, que destinem bens e serviços a consumidor final localizado neste Estado, é cobrado o imposto correspondente à diferença entre a alíquota interestadual e a interna, quando o adquirente for contribuinte do imposto;

IX - Incide também sobre:

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a) a entrada de mercadoria importada do exterior, ainda quando se tratar de bem destinado a consumo ou ativo fixo do estabelecimento, assim como sobre serviço prestado no exterior, desde que o estabelecimento destinatário da mercadoria ou serviço esteja localizado no Estado;b) o valor total da operação, quando as mercadorias forem fornecidas com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

X - não incide sobre:

a) operações que destinem ao exterior produtos industrializados, excluídos os semi-elaborados definidos em lei complementar federal;

b) operações que destinem a outros Estados petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica;

c) o ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou instrumento cambial;

XI - não compreende, em sua base de cálculo, o montante do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à industrialização ou comercialização, configure fato gerador dos dois (2) impostos.

§ 3° - Adota-se o que dispuser lei complementar federal, quanto ao imposto de que trata o inciso I, “b”, do “caput” deste artigo, sobre:

I - definição dos seus contribuintes;

II - substituição tributária;

III - regime de compensação do imposto;

IV - fixação, para efeitos de sua cobrança e definição do estabelecimento responsável, do local das operações relativas à circulação de mercadorias e das prestações de serviços;

V - exclusão da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, de serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso X, “a”, do parágrafo anterior;

VI - manutenção de crédito, relativamente à remessa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços e de mercadorias;

VII - forma como isenções, incentivos e benefícios são concedidos e revogados.

§ 4° - As Fazendas Públicas do Estado e dos Municípios prestam-se, mutuamente, assistência para fiscalização dos tributos de suas competências e permutam informações consoante estabeleçam em convênios.

sEÇÃO iV DOs iMPOsTOs DOs MUNicÍPiOs

Art.99 - Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

I - propriedade predial e territorial urbana;

II - transmissão “inter vivos” a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direito reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição;

III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;

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IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos noArt.98, I, “b’’, definidos em lei complementar federal.

§ 1° - O imposto previsto no inciso I pode ser progressivo, nos termos de lei municipal, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade.

§ 2º - O imposto previsto no inciso II:

a) não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de imóveis ou arrendamento mercantil;

b) compete ao Município da situação do bem.

§ 3° - 0 imposto previsto no inciso III não exclui a incidência do imposto estadual previsto noArt.98, I, “b”.

§ 4° - A fixação das alíquotas máximas dos impostos previstos nos incisos III e IV depende de lei complementar federal.

§ 5° - A competência tributária dos Municípios é exercida com observância dos princípios gerais relativos ao sistema tributário estadual.

sEÇÃO V DA REPARTiÇÃO DAs REcEiTAs

Art.100 - Pertencem ao Estado:

I - o produto da arrecadação do imposto sobre renda e proventos de qualquer natureza incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por ele próprio, suas autarquias e pelas fundações que instituir ou mantiver;

II - a quota que lhe cabe, de acordo com lei complementar federal, no Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal, de que trata oArt.15 9, I, ‘’a”, da Constituição Federal;

III - a quota que lhe cabe, proporcionalmente ao valor de suas exportações de produtos industrializados, no produto da arrecadação do imposto sobre produtos industrializados prevista no Art.159, II, da Constituição Federal;

IV - trinta por cento (30%) do produto da arrecadação do imposto sobre operações de crédito, cambio e seguro ou relativas a títulos ou valores mobiliários, incidentes sobre ouro, originário do Estado, quando definido como ativo financeiro ou instrumento cambial;

V - a quota que lhe cabe no produto da arrecadação de imposto que a União instituir, no exercício da competência que lhe é atribuída pelo Art.154, I, da Constituição Federal.

Art.101 - 0 Estado entrega aos Municípios:

I - cinqüenta por cento (50%) do produto da arrecadação do imposto sobre a propriedade de veículos automotores licenciados em seus territórios, e na proporção, também, das exportações respectivas;

II - vinte e cinco por cento (25%) do produto da arrecadação do imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação;

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III - vinte e cinco por cento (25%) dos recursos que receber, nos termos doArt.100, III.

§ 1° - As parcelas de receita pertencentes aos Municípios, mencionadas nos incisos II e III deste artigo, são creditadas conforme os seguintes critérios:

I - três quartos (3/4), no mínimo, na proporção do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas prestações de serviços realizadas em seus territórios e na proporção, também, das exportações respectivas;

II - até um quarto (1/4), de acordo com o que disponha a lei estadual.

§ 2º - O Poder Executivo, através dos órgãos responsáveis pela arrecadação dos tributos, efetua o cálculo das participações e das parcelas pertencentes aos Municípios.

§ 3º - O Tribunal de Contas do Estado homologa os cálculos das quotas atribuídas aos Municípios, com base nos critérios previstos no § 1°,

§ 4° - Observa-se o disposto em lei complementar federal quanto:

I - à definição de valor adicionado a que se refere o § 1°., I;

II - às disposições sobre o acompanhamento, pelos Municípios, do cálculo e da liberação das quotas de que trata este artigo.

Art.102 - É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega e ao emprego dos recursos atribuídos aos Municípios na forma do artigo anterior, neles compreendidos adicionais e acréscimos relativos a impostos.

§ único - Essa vedação não impede o Estado de condicionar a entrega de recursos ao pagamento de seus créditos.

Art.103 - O Estado divulga, discriminando por Município, no que couber, até o último dia do mês subseqüente ao da arrecadação, montante de cada um dos tributos arrecadados, os recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio.

§ único - O disposto neste artigo aplica-se, no que couber, aos Municípios.

cAPÍTULO ii DAs FiNANÇAs PÚBLicAs

sEÇÃO i NORMAs GERAis

Art.104 - O Estado e os Municípios adotam o disposto em lei complementar federal, sobre:

I - finanças públicas;

II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público Estadual ou Municipal;

III - concessão de garantias pelas entidades públicas;

IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública.

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Art.105 - As disponibilidades de caixa do Estado e dos Municípios, bem como de qualquer dos seus órgãos ou entidades da administração direta e indireta, são depositadas em instituições financeiras oficiais, preferencialmente controladas pelo Poder Público Estadual, ressalvados os casos previstos em lei. Seção II Dos Orçamento

Art.106 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecem:

I - o plano plurianual;II - as diretrizes orçamentárias;III - os orçamentos anuais do Estado.

§ 1° - A lei que instituir o plano plurianual estabelece as diretrizes, objetivos e metas da administração pública estadual para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias define as metas e prioridades da administração pública estadual, detalha as despesas de capital, para o exercício financeiro subseqüente, orienta a elaboração da lei orçamentária anual, dispõe, justificadamente, sobre as alterações na legislação tributária e estabelece a política de aplicação das instituições financeiras oficiais de fomento.

§ 3° - Os planos e programas setoriais são elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pela Assembléia Legislativa.

§ 4° - A lei orçamentária anual compreende:

I - o orçamento fiscal referente aos Poderes do Estado seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta;

II - orçamento de investimentos das empresas em que o Estado, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto;

III - o orçamento da seguridade social, observado o disposto noArt.94, abrangendo todas as entidades e órgãos a elas vinculados, da administração direta e indireta.

§ 5° - O projeto de lei orçamentária é acompanhado de demonstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.

§ 6º - A proposta do orçamento da seguridade social é elaborada, de forma integrada, pelos órgãos responsáveis pela saúde, previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, assegurada a cada área a gestão de seus recursos.

§ 7° - O Poder Executivo publica, até trinta (30) dias após o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamentária.

§ 8° - A lei orçamentária anual não pode conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.

Art.107 - Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais são apreciados pela Assembléia Legislativa, na forma de seu Regimento.

§ 1° - As emendas são apresentadas na Comissão permanente e específica, que sobre elas emite parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário da Assembléia Legislativa.

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§ 2º - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual e aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas quando:

I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias;

II - indiquem os recursos necessários, admitidos somente os provenientes de anulação de desposas, excluídas as que incidem sobre dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e transferências tributárias constitucionais para os Municípios; ou

III - sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do texto do projeto de lei.

§ 3° - Cabe a Comissão Permanente de Deputados:

I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste artigo e sobre as contas apresentadas, anualmente, pelo Governador do Estado;

II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas estaduais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais Comissões da Assembléia Legislativa, constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo Regimento ou no ato de que resultar sua criação.

§ 4° - A limitação contida no inciso II, do § 2°., se refere, tão somente, às dotações para atender às despesas com pessoal existente no primeiro dia útil da execução do orçamento do exercício anterior ao da proposta orçamentária, acrescidas das nomeações e contratações previstas e realizadas nesse mesmo exercício.

§ 5° - As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não podem ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual.

§ 6º - O Governador do Estado pode enviar mensagem à Assembléia Legislativa para propor modificação nos projetos a que se refere este artigo, enquanto não iniciada a votação, na Comissão Permanente de Deputados, da parte cuja alteração é proposta.

§ 7° - O projeto de lei do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual são enviados à Assembléia Legislativa, nos termos de lei complementar.

§ 8º - Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que não contrariem o disposto nesta Seção, as demais normas relativas ao processo legislativo.

§ 9° - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de orçamento anual, ficarem sem despesas correspondentes, podem ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.

Art.108 - São vedados:

I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual;

II - a realização de despesas ou assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;

III - a realização de operações de crédito que excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pela Assembléia Legislativa por maioria absoluta;

IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos destinados aos Municípios, a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino e a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita a que se refere o Art. 10 6, § 8°.;

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V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes;

VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa;

VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados;

VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir “déficit” de empresas, fundações ou fundos, inclusive os mencionados noArt.106, § 4°.;

IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização legislativa.

§ 1° - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um (1) exercício financeiro pode ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade.

§ 2º - Os créditos especiais e extraordinários têm vigência no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro (4) meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites dos seus saldos, são incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente.

§ 3° - A abertura de crédito extraordinário somente é admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

Art.109 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos suplementares e especiais destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e do Ministério Público, são entregues até o dia vinte (20) de cada mês.

Art.110 - A despesa com pessoal ativo e inativo do Estado não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar federal.

§ único - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreiras, bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta, indireta, autárquica ou fundacional, só podem ser feitas:

I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes;

II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as sociedades de economia mista.

TÍTULO Vi DA ORDEM EcONÔMicA E FiNANcEiRA

cAPÍTULO i DOs PRiNcÍPiOs GERAis

DA ATiViDADE EcONÔMicA

Art.111 - A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os princípios previstos na Constituição Federal, cabendo ao Estado, no âmbito de sua competência, tudo fazer para assegurar sua realização.

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§ 1° - E assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

§ 2º - A intervenção do Estado na economia é, sempre, precedida de consulta às entidades de classe interessadas na atividade objeto da intervenção.

§ 3° - A exploração pelo Estado ou Município de atividade econômica só é permitida quando necessária à segurança pública ou para atender relevante interesse social, nos termos da lei.

§ 4º - Na análise de licitações, para averiguação da proposta mais vantajosa, são considerados, entre outros itens, os valores relativos aos impostos pagos à Fazendo Pública deste Estado.

Art.112 - Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.

§ 1° - Através de órgão especializado, nos termos da lei, o Estado elabora, de modo a garantir a racional utilização desses recursos e a preservação do meio ambiente:

I - Plano Estadual de Recursos Hídricos;II - Plano Estadual de Recursos Energéticos;III - Plano Estadual de Recursos Minerais;IV - Plano Estadual de Saneamento Básico.

§ 2° - O Estado apoia e estimula o cooperativismo e outras formas de associativismo.

§ 3° - O Estado favorece a organização de atividades garimpeiras em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e a promoção econômico-social dos garimpeiros.

§ 4° - O Estado incentiva a atividade agrícola, pastoril, pesqueira e artesanal.

§ 5° - O Estado pode, mediante lei complementar, instituir áreas ou regiões metropolitanas, aglomerados urbanos e microrregiões, constituídos por agrupamentos de Municípios limítrofes para integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, observando:

I - incentivo, através de isenções e outros benefícios fiscais, às empresas industriais e agroindustriais instaladas pioneiramente na região e que utilizem recursos e mão-de-obra locais, extensivo às empresas ou pessoas físicas que se dediquem às atividades agrícolas e pecuárias de alta tecnologia;

II - redução de tarifas e preços públicos em razão dos requisitos do inciso anterior;

III - custos de financiamento favorecidos por bancos estaduais para compatibilizar as desigualdades decorrentes do local da produção;

IV - proporcionalidade dos benefícios, em razão da quantidade de emprego da mão-de-obra local;

V - outros incentivos que assegurem a interiorização do desenvolvimento no território do Estado.

§ 6º - O Estado participa, em articulação com os órgãos de desenvolvimento regional, da elaboração de seus planos e programas.

Art.113 - O Estado e os Municípios dispensam às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas, por meio de lei.

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§ 1° - A lei cria fundo de desenvolvimento, a ser gerido por banco estadual, para apoiar as atividades das micro e pequenas empresas agrícolas e industriais.

§ 2º - A certidão do registro de microempresa ou de empresa de pequeno porte, assim definidas em lei, na Junta Comercial ou no Registro Civil das Pessoas Jurídicas é documento para inscrição cadastral em todos os órgãos da administração estadual e municipal, independentemente de qualquer outra formalidade.

§ 3° - Não é permitido o registro, pela Junta Comercial do Estado, de ato constitutivo ou alteração contratual de empresa que, atuando na mesma área de atividade que outra de registro anterior, utilize, parcial ou totalmente, nome ou expressão que possa confundir a opinião pública, quanto à identificação das mesmas.

Art.114 - O Estado e os Municípios promovem e incentivam o turismo como fator de desenvolvimento social e econômico, devendo fazê-lo em harmonia com a preservação dos recursos paisagísticos, o equilíbrio da natureza e o respeito às tradições culturais de cada localidade.

Art.115 - O sistema financeiro estadual, composto de instituições controladas pelo Poder Público, essencial para promover, harmonicamente, o desenvolvimento de todas as regiões do Estado e para servir como instrumento de desconcentração econômico-financeira, catalizador de poupança e fator de integração estadual, é regulado em lei com plemen tar, que dispõe, inclusive, sobre:

I - a criação de fundos orçamentários estáveis de recursos para aplicação em programas de fomento a empresas sediadas no Estado;

II - a criação de fundo ou seguro, com o objetivo de proteger a economia popular, garantindo créditos, aplicações e depósitos até determinado valor;

III - requisitos para participação dos empregados nos órgãos de administração, na proporção mínima de um terço (1/3) dos seus membros.

cAPÍTULO ii DA POLÍTicA URBANA

Art.116 - A política de desenvolvimento urbano, executada pelo Poder Público Municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-est ar de seus habitantes.

§ 1° - O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obrigatório para cidades com mais de vinte mil (20.000) habitantes, é o instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana.

§ 2º - A propriedade urbana cumpre sua função social quando atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expressas no plano diretor,

§ 3° - As desapropriações de imóveis urbanos são feitas com prévia e justa indenização em dinheiro.

§ 4° - É facultado ao Poder Público Municipal, mediante lei específica, para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei federal, do proprietário de solo urbano não edificado, sub-utiliza do ou não-utilizad o, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, sucessivamente, de:

I - parcelamento ou edificação compulsórios;

II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana progressivo no tempo;

III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez (10) anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.

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cAPÍTULO iii DA POLÍTicA AGRÍcOLA E FUNDiÁRiA

E DA REFORMA AGRÁRiA

Art.117 - A política agrícola é planejada e executada na forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores de comercialização, de armazenamento e de transportes, observado o disposto noArt.187, da Constituição Federal.

§ único No planejamento da política agrícola, o Estado disciplina e estimula a exploração sócio-econômica dos vales úmidos e das regiões serranas, nos termos da lei, visando ao interesse coletivo e considerando os aspectos fundiário, agrário, extravista, social e ecológico.

Art.11 8 - São isentas dos impostos estaduais e municipais as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins de reforma agrária.

Art.119 - A lei regula a alienação ou cessão de uso de terras públicas, dispensadas prévia licitação e autorização legislativa específica, para a legitimação da posse de quem explorar área inferior a cinqüenta (50) hectares, com atividade agrícola ou pastoril, tornada produtiva pelo seu trabalho e de sua família.

Art.120 - Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais em reforma agrária recebem títulos de domínio ou de concessão de uso inegociáveis pelo prazo de dez (10) anos.

§ único - O título de domínio e a concessão de uso são conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei.

Art.121 - É instituído o Fundo Estadual de Permanente Controle às Secas, devendo o orçamento do Estado fazer constar recursos a seu crédito para a construção permanente de obras de açudagem e irrigação, com a participação dos Municípios.

TÍTULO Vii DA ORDEM sOciAL

cAPÍTULO i DisPOsiÇÃO GERAL

Art.122 - A ordem social tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.

cAPÍTULO ii DA sEGURiDADE sOciAL

sEÇÃO i DisPOsiÇÕEs GERAis

Art.123 - A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência a à assistência social.

§ único - Compete ao Poder Público, nos termos da lei, organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:

I - universalidade da cobertura e do atendimento;

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II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais;

III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços;

IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;

V - eqüidade na forma de participação no custeio;

VI - diversidade da base de financiamento;

VII - caráter democrático e descentralizado da gestão administrativa, com a participação da comunidade, em especial de trabalhadores, empresários e aposentados.

Art.124 - As receitas do Estado e dos Municípios destinadas à seguridade social, constam dos respectivos orçamentos.

§ 1° - A instituição, administração e operação de concursos de prognósticos, em qualquer de suas modalidades, ressalvados os da competência da União, são privativos do Estado, em seu território, nos termos da lei.

§ 2° - A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade social, como estabelecido em lei, não pode contratar com o Poder Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios.

§ 3° - Nenhum benefício ou serviço da seguridade social pode ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.

sEÇÃO ii DA sAÚDE

Art.125 - A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.

§ único - Lei estadual define formas de estímulo à doação de órgãos e ao cadastramento de voluntários doadores, observado o disposto no § 4°., doArt.199, da Constituição Federal.

Art.126 - Aos residentes no Estado é assegurada assistência farmacêutica básica, provida pelo Poder Público.

Art.127 - São de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de Direito Privado.

Art.128 - As ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

I - descentralização, com direção única em cada esfera de Governo;

II - atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços assistências;

III - participação da comunidade, assegurada, na forma da lei, eleição direta e democrática dos diretores das instituições de saúde o Estado;

IV - valorização dos profissionais de saúde, garantida, na forma da lei, por tratamento remuneratório diferenciado, quando do exercício de suas atividades nas localidades não metropolitanas, em dedicação exclusiva e tempo integral.

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§ 1° - A lei dispõe sobre a criação de conselhos estaduais e municipais de saúde, com participação de representantes da sociedade civil.

§ 2º - São prioritários os serviços de controle das epidemias e o atendimento aos casos de agravo à saúde geral, nos termos da lei.

Art.129 - As instituições privadas, prioritariamente, as entidades filantrópicas sem fins lucrativos, podem participar do sistema estadual de saúde, mediante contrato de Direito Público ou convênio.

§ único - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou subvenções a instituições privadas com fins lucrativos. Seção III Da Previdência Social

Art.130 - Os planos estaduais de previdência social, mediante contribuição, atendem, nos termos da lei, a:

I - cobertura dos eventos de doença, invalidez e morte, incluídos os resultantes de acidentes do trabalho, velhice e reclusão;

II - ajuda à manutenção dos dependentes dos segurados de baixa renda;

III - proteção à maternidade, especialmente à gestante;

IV - pensão integral por morte de segurado, homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e dependentes, obedecido o disposto noArt.201, § 5°., da Constituição Federal, independentemente da “causa mortis”.

§ 1° - É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.

§ 2º - Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho do segurado tem valor mensal inferior ao salário mínimo.

§ 3º- A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas tem por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.

§ 4° - É vedada subvenção ou auxílio do Poder Público às entidades de previdência privada com fins lucrativos.

Art.131 - Fica o Estado autorizado a estender às Prefeituras os benefícios e encargos de seu Plano de Previdência Social, mediante instrumentos definidos em lei.

Art.132 - A concessão de pensões especiais é regulada por lei complementar, que estabelece as condições de sua outorga pelo Poder Executivo Estadual ou Municipal.

sEÇÃO iV DA AssisTÊNciA sOciAL

Art.133 - As ações governamentais na área da assistência social são realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, previstos noArt.124, além de outras fontes, e organizadas com base nas seguintes diretrizes:

I - descentralização político-administrativa, cabendo ao Estado e ao respectivo Município onde se realiza a assistência, bem como a entidades beneficentes e de assistência social, a coordenação e a execução dos respectivos programas;

II - participação da população, por meio de organizações representativas, na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis.

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cAPÍTULO iii DA EDUcAÇÃO, DA cULTURA E DO DEsPORTO

sEÇÃO i DA EDUcAÇÃO

Art.134 - A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, é promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

Art.135 - O ensino é ministrado com base nos seguintes princípios:

I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber;

III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;

IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso, exclusivamente, por concurso público de provas e títulos, observados os arts. 26, § 6°., e 110, assegurado regime jurídico único para todas as instituições mantidas pelo Estado e melhor remuneração ao exercício do magistério nas localidades não metropolitanas;

VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei, assegurada a eleição direta da respectiva direção pelos corpos docente, discente, servidores e pais de alunos de cada estabelecimento de ensino estadual ou municipal;

VII - garantia de padrão de qualidade;

VIII - adequação do ensino à realidade estadual e, circunstancialmente, local.

Art.136 - 0 ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes condições:

I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;

II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.

Art.137 - São fixados conteúdos mínimos para o ensino fundamental, de modo a assegurar formação básica comum e respeito aos valores culturais, cívicos e artísticos, nacionais e regionais.

§ 1° - O ensino religioso, de matrícula facultativa, constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino de primeiro e segundo graus.

§ 2º - As escolas públicas, de primeiro e segundo graus, incluem entre as disciplinas oferecidas o estudo da cultura norte-rio-grandense, envolvendo noções básicas da literatura, artes plásticas e folclore do Estado.

§ 3° - O ensino fundamental regular é ministrado em língua portuguesa.

Art.138 - O Estado e os Municípios organizam, em regime de colaboração com a União, seus sistemas de ensino visando à garantia de:

I - ensino fundamental obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiverem acesso na idade própria;

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II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio;

III - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;

IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero (0) a seis (6) anos de idade;

V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, considerando-se o ritmo de aprendizagem e as potencialidades individuais;

VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando;

VII - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas suplementares de material didático - escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.

§ 1° - Os Municípios atuam prioritariamente no ensino fundamental e pré-escolar.

§ 2º - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela freqüência à escola.

§ 3° - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Público ou sua oferta irregular importam responsabilidade da autoridade competente.

§ 4° - O Município assegura à criança de quatro (4) a seis (6) anos a educação pré-escolar obrigatória, laica, pública e gratuita, com o objetivo de promover o seu desenvolvimento bio-socia l, psico-afetivo e intelectual.

Art.139 - O Estado e os Municípios aplicam, anu almente, nunca menos de vinte e cinco por cento (25%) da receita resultante de impostos, compreendida a proveniente de trans ferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino.

§ 1° - A parcela da arrecadação de impostos transferida pelo Estado aos respectivos Municípios não é considerada, para efeito do cálculo previsto neste artigo, receita do Governo Estadual.

§ 2° - Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste artigo, são considerados os sistemas de ensino estadual e municipal e os recursos aplicados na forma do Art.140.

§ 3º - A distribuição dos recursos públicos assegura prioridade ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos termos do Plano Nacional de Educação.

Art.140 - Os recursos públicos são destinados às escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas em lei, que:

I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus excedentes financeiros em educação;

II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no caso de encerramento de suas atividades.

§ 1° - Os recursos de que trata este artigo podem ser destinados a bolsas de estudo para ensino fundamental e médio, na forma da lei, para os que demonstrem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas em cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público obrigado a investir, prioritariamente, na expansão de sua rede na localidade.

§ 2° - As atividades universitárias de pesquisa e extensão podem receber apoio financeiro do Poder Público.

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Art.141 - As universidades estaduais gozam de autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, obedecido o princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, na forma da lei.

Art.142 - A lei estabelece os planos estadual e municipais de educação, de duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder Público que conduzam à:

I - erradicação do analfabetismo;

II - universalização do atendimento escolar;

III - melhoria da qualidade do ensino;

IV - formação para o trabalho;

V - promoção humanística, científica e tecnológica do Estado;

VI - profissionalização educacional em todos os níveis, pelo ensino de um ofício. Seção II Da Cultura

Art.143 - O Estado garante a todos o pleno exercício dos direitos culturais e o acesso às fontes da cultura nacional, apoia e incentiva a valorização e a difusão das manifestações culturais.

§ 1° - O Estado protege as manifestações das culturas populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros participantes do processo civilizatório nacional.

§ 2º - A lei dispõe sobre a fixação de datas comemorativas de alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais.

Art.144 - Constituem patrimônio cultural estadual os bens de natureza material e imaterial, tomados, individualmente ou em conjunto portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade norte-rio-grandense, nos quais se incluem:

I - as formas de expressão;

II - os modos de criar, fazer e viver;

III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais;

V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.

§ 1° - O Poder Público, com a colaboração da comunidade, promove e protege o patrimônio cultural estadual, por meio de inventário, registro, vigilância, tombamento e desapropriação, e de outras formas de acautelamento e preservação.

§ 2° - Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão da documentação governamental e as providências para franquear sua consulta a quantos dela necessitem.

§ 3° - A lei estabelece incentivos para a produção e o conhecimento de bens e valores culturais.

§ 4° - Os danos e ameaças ao patrimônio cultural são punidos, na forma da lei.

Art.145 - Cabe ao ensino fundamental criar as bases para formação de culturas técnica e associativista.

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sEÇÃO iii DO DEsPORTO

Art.146 - É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como direito de cada um, observados:

I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associações, quanto a sua organização e funcionamento;

II - a destinação de recursos públicos para a promoção prioritária do desporto educacional e, em casos específicos, para o do desporto de alto rendimento;

III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o não-profissional;

IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de criação nacional.

§ único - O Poder Público incentiva o lazer, como forma de promoção social.

cAPÍTULO iV DA ciÊNciA E TEcNOLOGiA

Art.147 - O Estado promove e incentiva o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.

§ 1° - A pesquisa científica básica recebe tratamento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso da ciência.

§ 2° - A pesquisa tecnológica volta-se, preponderantemente, para a solução dos problemas estaduais e para o desenvolvimento do sistema produtivo.

§ 3° - O Estado apoia a formação de recursos humanos nas áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concede aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho.

§ 4° - A lei estimula as empresas que investem em pesquisa, criação de tecnologia adequada ao Estado, formação e aperfeiçoamento de seus recursos humanos e que praticam sistemas de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produtividade de seu trabalho.

Art.148 - O Estado cria o Fundo de Desenvolvimento Científico-Tecnológico, ao qual destina, anualmente, percentual de sua receita orçamentária, a ser gerida conforme dispuser a lei.

cAPÍTULO V DA cOMUNicAÇÃO sOciAL

Art.149 - A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrem qualquer restrição, observado o disposto na Constituição Federal e nesta Constituição.

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cAPÍTULO Vi DO MEiO AMBiENTE E DOs REcURsOs HÍDRicOs

Art.150 - Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo, e de harmonizá-lo, racionalmente, com as necessidades do desenvolvimento sócio - econômico, para as presentes e futuras gerações.

§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder Público:

I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;

II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do Estado e fiscalizar, nos limites de sua competência, as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;

III - definir, supletivamente à União, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos que justifiquem sua proteção;

IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dá publicidade, garantida a participação de representantes da comunidade, em todas as suas fases;

V - fazer cumprir as ações compensatórias indicadas no estudo de impacto ambiental a que se refere o inciso anterior, compatíveis com o restabelecimento do equilíbrio ecológico;

VI - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;

VII - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente;

VIII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.

§ 2º - Aquele que explora recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.

§ 3º - A legislação estabelece os casos em que as necessidades excepcionais de empreendimento de superior interesse para o desenvolvimento econômico estadual afetem, de alguma forma, o meio ambiente, definindo as condições para o restabelecimento do equilíbrio ecológico.

§ 4º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitam os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados.

§ 5º - É estimulado, na forma da lei, o reflorestamento de áreas degradadas, objetivando o restabelecimento de índices mínimos de cobertura vegetal, necessários à restauração do equilíbrio ecológico.

§ 6º - É obrigatório o reflorestamento, pela respectiva indústria ou empresa, em áreas de vegetação rasteira de onde retire matéria-prima para combustão.

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§ 7º - As autoridades estaduais e municipais incluem nos projetos rodoviários o plantio de essências florestais à margem das estradas, obrigando-se ao mesmo procedimento nas estradas já existentes.

§ 8º - O proprietário rural é obrigado, sob pena de impedimento de crédito e financiamento em bancos ou instituições financeiras do Estado, a reflorestar suas terras, nos termos da lei, à razão de dez por cento (10%) das áreas desmatadas de sua propriedade.

§ 9º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelo Estado, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.

§ 10 - É direito de todo cidadão ter acesso às informações relativas às agressões ao meio ambiente e às ações de proteção ambiental promovidas pelo Poder Público, devendo o Estado divulgar, sistematicamente, os níveis de poluição e situações de risco e desiquilíbrio ecológico para a população.

§ 11 - A lei disciplina a restrição à participação em concorrência pública e ao acesso a benefícios fiscais e créditos oficiais, no âmbito do Estado, às pessoas físicas e jurídicas condenadas por atos de degradação do meio ambiente.

§ 12 - A lei disciplina a utilização de agrotóxicos e defensivos agrícolas no território do Estado, vedada a concessão de qualquer benefício fiscal a produtos potencialmente causadores de poluição ou degradação do meio ambiente.

§ 13 - O processamento de petróleo e gás natural, o complexo químico-metalúrgico, a expansão e modernização do parque salineiro estadual, a agricultura irrigada e a agroindústria, entre outras que a lei define, são atividades econômicas do mais elevado interesse ao desenvolvimento sócio-econômico do Estado.

Art.151 - O Pico do Cabugi, a Mata da Estrela e o Parque das Dunas são patrimônio comum de todos os rio-grandenses do norte, merecendo, na forma da lei, especial tutela do Estado, dentro de condições que assegurem a preservação e o manejo racional dos ecossistemas.

Art.152 - A Mata Atlântica, a Zona Costeira, a Chapada do Apodi e as Serras de Portalegre e Martins são objeto de zoneamento econômi co-ecológico que especifique compensações quanto a empreendimentos de relevante importância para a economia estadual e que importem em qualquer forma de agressão ambiental.

Art.153 - Lei estadual, observada a limitação imposta por lei federal, dispõe sobre o depósito temporário ou permanente de resíduos de material atômico de qualquer origem no território do Estado.

Art.154 - A gestão ambiental é executada pelo Poder Público, na forma da lei.

§ 1º - Cabe ao Estado o exercício do poder de polícia ambiental.

§ 2º - A Polícia Militar do Estado participa, através de organismos especializados, da defesa do meio ambiente.

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cAPÍTULO Vii DA FAMÍLiA, DA cRiANÇA, DO ADOLEscENTE E DO iDOsO

Art.155 - A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado.

§ 1º - Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo a lei facilitar sua conversão em casamento.

§ 2º - Entende-se, também, como entidade familiar a comunidade formada por qualquer dos pais e seus descendentes.

§ 3º - Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma coercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.

§ 4º - O Estado assegura a assistência à família na pessoa de cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a violência no âmbito de suas relações.

Art.156 - A proteção e a assistência à família baseiam-se nos seguintes princípios:

I - prevalência dos direitos humanos;

II - prioridade dos valores éticos e sociais;

III - atenção especial à gestante e à nutriz, inclusive através de subsídios.

Art.157 - É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à moradia, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

§ 1º - O Estado promove programas de assistência integral à saúde da criança e do adolescente, admitida a participação de entidades não governamentais e obedecendo os seguintes preceitos:

I - aplicação percentual dos recursos públicos destinados à saúde na assistência materno-infantil;

II - criação de programas de prevenção e atendimento especializado para os portadores de deficiência física, sensorial ou mental;

III - promoção de oportunidades de integração social do portador de deficiência, mediante preparação para o trabalho e para a convivência social, visando a eliminar os preconceitos;

IV - facilitação do acesso aos bens e serviços coletivos para o portador de deficiência, eliminado as barreiras arquitetônicas.

§ 2º - O direito à proteção especial abrange os seguintes aspectos:

I - idade mínima de quatorze (14) anos para admissão ao trabalho, observado o disposto no Art.7º., XXXIII, da Constituição Federal;

II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;

III - garantia de acesso do trabalhador adolescente à escola;

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Assembleia Legislativa - Rn Técnico Legislativo

IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica por profissional habilitado, segundo dispõe a legislação tutelar específica;

V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quando da aplicação de qualquer medida privativa de liberdade.

VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica, incentivos fiscais a subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandonado;VII - programas de prevenção e atendimento especializado à criança e ao adolescente dependentes de entorpecentes e drogas afins;

VIII - respeito aos direitos humanos;

IX - tendo discernimento, ser ouvido sempre que esteja em causa direito seu;

X - não ser submetido a intromissões indevidas na vida privada, na família, no domicílio ou em sua correspondência;

XI - priorização do atendimento no âmbito familiar e comunitário, relegada a institucionalização a último recurso;

XII - Juizado de Proteção com especialização e competência exclusiva nas Comarcas com mais de cem mil (100.000) habitantes, e plantão permanente do Juiz, Ministério Público e Defensoria Pública;

XIII - não ser institucionalizado, salvo nos casos expressos em lei, com observância do devido processo legal;

XIV - processo administrativo ou judicial sigiloso para proteção da intimidade;

XV - processo sumaríssimo, preferentemente oral, assegurada ampla defesa, com os recursos a ela inerentes;

XVI - quando institucionalizado, observada completa separação de adultos condenados ou presos.

§ 3º - No atendimento dos direitos da criança e do adolescente leva-se em consideração o disposto no Art.133.

§ 4º - O Estado promove programas especiais de proteção e amparo aos menores abandonados de rua e adolescentes em situação de vulnerabilidade por abandono, orfandade, deficiência física, sensorial ou mental, infração à lei, dependência de droga, vitimação por abuso ou exploração sexual ou maus tratos, aos quais destina, anualmente, no orçamento da seguridade social, percentual dos recursos provenientes da atividade prevista no § 1º., do Art.124, na forma da lei.

§ 5º - A lei cria Conselho Estadual e Comissões Municipais de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente.

Art.158 - A lei dispõe sobre as condições de uso e condução de veículos automotores aos maiores de dezesseis (16) anos.

§ único - A autorização para uso e condução de veículos referidos neste artigo, no caso de menores de dezoito (18) anos e maiores de dezesseis (16), pode ser concedida, a título precário, dependendo de permissão do Juizado de Menores, concordância dos pais ou responsáveis e da condição de eleitor do interessado.

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Art.159 - A família, a sociedade e o Estado têm o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida.

§ 1º - Os programas de amparo aos idosos são executados, preferencialmente, em seus lares.

§ 2º - Aos maiores de sessenta e cinco (65) anos é garantida a gratuidade dos transportes coletivos urbanos neste Estado.

§ 3º - Nos Municípios com população urbana superior a vinte mil (20.000) habitantes, o Poder Público Estadual mantém estabelecimento com a finalidade de dar abrigo ao idoso maior de sessenta (60) anos que dele necessitar Obs.: O conteúdo deste Regimento Interno foi extraído do site da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, cujo endereço - na internet é: http://www.al.rn.gov.br - legislação.

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T E S T E S

1Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, a todo Deputado compete:a) promover, perante quaisquer autoridades, entidades ou órgãos da administração estadual ou municipal,

direta ou indireta, os interesses públicos ou reivindicações coletivas de âmbito estadual ou das comunidades representadas

b) Indicar à Mesa, para nomeação em Comissão, servidores de sua confiança, bem como requisitar servidores da Assembléia para a sua assessoria, nos termos da Lei ou Resolução, ficando os serviços dos mesmos sob sua inteira responsabilidade

c) examinar quaisquer documentos em tramitação ou existentes no arquivo, podendo deles tirar cópias ou obter certidões

d) todas as alternativas estão corretas

2Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, desde a expedição do diploma, os Deputados não poderão ser presos, salvo:

a) em flagrante por qualquer crime ou contravençãob) em flagrante por crime inafiançávelc) em flagrante por crime afiançáveld) todas as alternativas estão corretas

3Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, ocorre vacância na Assembléia em virtude de:

a) renúnciab) falecimentoc) perda do mandatod) todas as alternativas estão corretas

4Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, o abuso de prerrogativas asseguradas aos Deputados, configura:

a) crime políticob) infração disciplinarc) procedimento incompatível com o decoro parlamentard) todas as alternativas estão corretas

5Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, a licença, para ensejar a convocação de Suplente, deverá ser originariamente concedida por prazo superior a:

a) 30 dias vedada a soma de períodos para esse efeito, estendendo-se a convocação por todo o período de licença e suas prorrogações

b) 120 dias vedada a soma de períodos para esse efeito, estendendo-se a convocação por todo o período de licença e suas prorrogações

c) 90 dias vedada a soma de períodos para esse efeito, estendendo-se a convocação por todo o período de licença e suas prorrogações

d) todas as alternativas estão corretas

6Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, proceder à chamada dos Deputados para a votação ou verificação de quorum, depois da determinação do Presidente, compete:

a) Primeiro Secretáriob) Presidentec) Vice-Presidented) todas as alternativas estão corretas

1 D (Art.16/Res. nº 46/90)

2 B (art.20/Res. nº 46/90)

3 D (art.24/Res. nº 46/90)

4 C (art.33/Res. nº 46/90)

5 B (art.#46,§2º/Res. nº 46/90)

6 A (art.82,VI/Res. nº 46/90)

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7Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, as Comissões Temporárias são: a) especiaisb) de representaçãoc) de inquéritod) todas as alternativas estão corretas

8Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, convocar as reuniões extraordinárias, de ofício ou a requerimento da maioria da Comissão, compete:

a) Primeiro Secretáriob) Presidente de Comissãoc) Vice-Presidented) todas as alternativas estão corretas

9Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, as Comissões Especiais serão constituídas para:

a) dar parecer sobre proposta de emenda à Constituiçãob) elaborar projetos sobre assunto determinadoc) estudar assunto específico da conjuntura estadual, propondo medidas pertinentesd) todas as alternativas estão corretas

10Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, esgotada a ordem do dia ou terminado seu prazo, o Presidente facultará apalavra aos Líderes, que podem dispor de até:

a) 10 minutosb) 20 minutosc) 30 minutosd) 15 minutos

11Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, as sessões extraordinárias devem ser convocadas com, pelo menos:

a) 3 dias de antecedênciab) 1 dia de antecedênciac) 2 dias úteis de antecedênciad) todas as alternativas estão corretas

12Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, serão sempre secretas as sessões em que a Assembléia deva deliberar sobre:

a) prisão de Deputadob) sustação de processo criminal contra Deputadoc) perda de mandato de Deputadod) todas as alternativas estão corretas

13Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, toda a matéria sujeita à deliberação da Assembléia, denomina-se:

a) Deliberaçãob) Proposição c) Requerimentod) todas as alternativas estão corretas

7 D (art.87,§ú/Res. nº 46/90)

8 B (art.105,III/Res. nº 46/90)

9 D (art.109/Res. nº 46/90)

10 C (art.195/Res. nº 46/90)

11 B (art.198,§1º/Res. nº 46/90)

12 D (art.200/Res. nº 46/90)

13 B (art.202/Res. nº 46/90)

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14Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, proposições acessórias de outras, que se classificam em supressivas, aglutinativas, substitutivas, modificativas ou aditivas, são:

a) emendasb) despachosc) decisõesd) todas as alternativas estão corretas

15Segundo o RI da Assembléia Legislativa do Estado do Rio Grande do Norte, nos crimes de responsabilidade, o processo obedecerá às disposições de Lei federal, e mais as seguintes regras:

a) se a Assembléia, por dois terços (2/3) de seus membros, decretar a procedência da acusação, considerar-se-á instaurado o processo e suspenso o acusado de suas funções, promulgando o Presidente Decreto Legislativo a respeito, e comunicando o fato ao substituto constitucional ou legal da autoridade suspensa

b) tomada a providência do inciso anterior, o Presidente convocará sessão extraordinária para o dia seguinte, quando serão eleitos os três (03) membros da Comissão Acusadora, e os cinco (05) membros do Tribunal Especial

c) eleitos os três (03) membros da Comissão Acusadora, passa-se à eleição dos membros do Tribunal Especial, estando impedidos de votar os membros eleitos da Comissão Acusadora, sendo seus votos considerados em branco para efeito de quorum

d) todas as alternativas estão corretas

16Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, a soberania popular é exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:

a) plebiscitob) referendoc) iniciativa populard) todas as alternativas estão corretas

17Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, são inelegíveis, para os mesmos cargos, no período subseqüente, o Governador do Estado, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou substituído, nos:

a) 10 meses anteriores ao pleitob) 06 meses anteriores ao pleitoc) 03 meses anteriores ao pleitod) todas as alternativas estão corretas

18Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, o parecer prévio, emitido pelo Tribunal de Contas do Estado sobre as contas que o Prefeito deve, anualmente, prestar, só deixa de prevalecer por decisão de:

a) dois terços (2/3) dos membros da Câmara Municipalb) um terços (1/3) dos membros da Câmara Municipalc) metade (½) dos membros da Câmara Municipald) todas as alternativas estão corretas

19Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, o Estado não intervém em seus Municípios, exceto quan do:a) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por três (3) anos consecutivos, a dívida fundadab) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por dois (2) anos consecutivos, a dívida fundadac) deixar de ser paga, sem motivo de força maior, por um (1) ano consecutivos, a dívida fundadad) todas as alternativas estão corretas

14 A (art.221/Res. nº 46/90)

15 D (art.302/Res. nº 46/90)

16 D (art.10/Const-Estadual-RN)

17 B (art.10,§3º/Const-Estadual-RN)

18 A (art.22,§2º/Const-Estadual-RN)

19 B (art.25,I/Const-Estadual-RN)

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20Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, perde o mandato o Deputado:a) cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro parlamentarb) que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à terça parte das sessões ordinárias da Assembléia

Legislativa, salvo licença ou missão por esta autorizadac) que perder ou tiver suspensos os direitos políticosd) todas as alternativas estão corretas

21Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, não perde o mandato o Deputado:a) investido no cargo de Ministro de Estado, Secretário deste Estado, da Prefeitura da Capital ou chefe de

missão diplomática temporáriab) licenciado pela Assembléia Legislativa, por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de

interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cem (100) dias por sessão legislativac) licenciado pela Assembléia Legislativa, por motivo de doença, ou para tratar, sem remuneração, de

interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse trinta (30) dias por sessão legislativad) todas as alternativas estão corretas

22Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, o projeto de lei aprovado pela Assembléia Legislativa é enviado à sanção do:

a) Governador do Estadob) Presidente da Repúblicac) Presidente da Câmarad) todas as alternativas estão corretas

23Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, o controle externo, a cargo da Assembléia Legislativa, é exercido com o auxílio do Tribunal de Contas do Estado, ao qual compete:

a) julgar as contas dos administradores dos três Poderes do Estado e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, inclusive das fundações, empresas públicas, autarquias e sociedades instituídas ou mantidas pelo Poder Público, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário

b) apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão e contratação de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, bem como as concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório

c) aplicar aos responsáveis, em caso de ilegalidade de desposa ou irregularidade de contas, as sanções previstas em lei, que estabelece, dentre outras cominações, multa proporcional ao dano causado ao erário

d) todas as alternativas estão corretas

24Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, os Conselheiros têm as mesmas garantias, prerrogativas, impedimentos, vencimentos e vantagens dos Desembargadores do Tribunal de Justiça e somente podem aposentar-se com as vantagens do cargo quando o tenham exercido efetivamente por mais de:

a) 2 anosb) 3 anosc) 5 anosd) todas as alternativas estão corretas

25Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, ocorrendo a vacância no último ano do período governamental, de Governador e Vice-Governador, o cargo é exercido pelo Presidente da Assembléia Legislativa e, na sua recusa, pelo:

a) Presidente do Tribunal de Justiçab) Deputado Estadual mais antigoc) Corregedor Geral da Justiçad) todas as alternativas estão corretas

20 D (art.40/Const-Estadual-RN)

21 A (art.41/Const-Estadual-RN)

22 A (art.49/Const-Estadual-RN)

23 D (art.53/Const-Estadual-RN)

24 C (art.56,§4º/Const-Estadual-RN)

25 A (art.61,§2º/Const-Estadual-RN)

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26Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, o Tribunal de Justiça compõe-se de: a) 12 Desembargadoresb) 15 Desembargadoresc) 17 Desembargadoresd) todas as alternativas estão corretas

27Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, o Ministério Público do Estado tem por chefe o Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado, dentre integrantes da carreira, indicados em lista tríplice formada por seus membros, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros da Assembléia Legislativa, para mandato de:

a) 4 anos permitida a reconduçãob) 2 anos permitida uma reconduçãoc) 5 anos não permitida a reconduçãod) todas as alternativas estão corretas

28Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, são funções institucionais do Ministério Público:a) zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos

assegurados na Constituição da República e nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias à sua garantia

b) promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção do Estado nos Municípios, nos casos previstos na Constituição Federal e nesta Constituição

c) requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicando os fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais

d) todas as alternativas estão corretas

29Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, instituir impostos sobre propriedade predial e territorial urbana, compete:

a) ao Estadob) ao Municípioc) ao Distrito Federald) todas as alternativas estão corretas

30Tendo em vista a Constituição Estadual -RN, as ações e serviços públicos de saúde integram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único, organizado de acordo com as seguintes diretrizes:

a) descentralização, com direção única em cada esfera de Governob) atendimento integral, com prioridade para as atividades preventivas, sem prejuízo dos serviços

assistênciasc) participação da comunidade, assegurada, na forma da lei, eleição direta e democrática dos diretores das

instituições de saúde o Estadod) todas as alternativas estão corretas

Caro Candidato,

Alguns erros de “digitação” podem ocor rer... Pensando nisso, colocamos ao lado de cada resposta (de Legislação) o texto legal referente à questão. Assim, em caso de dúvida quanto à resposta, você poderá conferir na apostila - de acordo com texto legal indicado - qual a resposta correta (o que vale é o texto da lei - sem pre!!!)

26 B (art.70,§ú/Const-Estadual-RN)

27 B (art.83/Const-Estadual-RN)

28 D (art.84/Const-Estadual-RN)

29 B (art.99/Const-Estadual-RN)

30 D (art.128/Const-Estadual-RN)

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LÍNGUA PORTUGUESA

ORTOGRAFiA OFiciAL

Ortografia (palavra formada por dois elementos gregos: “orthós”, correta, e “grafia”, escrita) é a parte da gramática que se preocupa com o emprego correto de letras e palavras na língua escrita.

Você já deve ter notado que os erros ortográficos aparecem com frequência no nosso dia a dia, nos mais diversos segmentos da sociedade: campanhas publicitárias, placas comerciais, propagandas políticas e até mesmo em jornais e revistas. E por que isso acontece, se a língua que falamos é uma só? É simples. Infeliz-mente, na língua portuguesa, como em outras línguas, não há a correspondência exata entre fonema (língua oral) e letra (língua escrita). O ideal seria que cada som correspondesse a uma única letra e vice-versa.

Observe o poema de Oswald de Andrade:

VÍciO NA FALA

Para dizerem milho dizem mioPara melhor dizem mióPara pior pióPara telha dizem teiaPara telhado dizem teiadoE vão fazendo telhados(Oswald de Andrade. Poesias reunidas.Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1971)

Nesse poema, Oswald de Andrade mostra a diferença entre língua falada e língua escrita e a dificulda-de que pode haver entre elas.

Falar e escrever bem a língua portuguesa exige, de quem a estuda, muito cuidado com o uso das le-tras e dos sons. Para isso, devemos recorrer à ortografia e seguir suas orientações a fim de que possamos elimi-nar dúvidas e principalmente erros.

FONEMAs NÃO sÃO LETRAs

Segundo Evanildo Bechara em seu livro Moderna Gramática Portuguesa: “desde logo uma distinção se impõe: não se há de confundir fonema com letra. Fonema é uma realidade acústica, realidade que nosso ou-vido registra: enquanto letra é o sinal empregado para representar na escrita o sistema sonoro de uma língua. Não há uma identidade perfeita, muitas vezes, entre os fonemas e a maneira de representá-los na escrita, o que nos leva facilmente a perceber a impossibilidade de uma ortografia ideal. Temos sete vogais orais tônicas, mas apenas cinco símbolos gráficos (letras).

Quando queremos distinguir um e tônico aberto de um e tônico fechado – pois são dois fonemas distintos – geralmente utilizamos sinais subsidiários: o acento agudo (fé) ou o circunflexo (vê). Há letras que se escrevem por várias razões, mas que não se pronunciam, e portanto não representam a vestimenta gráfica do fonema; é o caso do h, em homem ou oh! Por outro lado, há fonemas que se ouvem e que não se acham registrados na escrita; assim no final de cantavam, ouvimos um ditongo em –am cuja semivogal não vem assi-nalada /amávãw/. A escrita, graças ao seu convencionalismo tradicional, nem sempre espelha a evolução foné-tica.”

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REPREsENTAÇÃO GRÁFicA DOs FONEMAs

Quando você pronuncia, por exemplo, a palavra “casa”, cada som da fala é chamado de fonema. Te-mos, portanto, quatro fonemas, /c/ /a/ /s/ /a/. As representações gráficas desses fonemas são chamadas letras ou grafemas. Temos, portanto, quatro letras, c - a - s - a.

Conforme mencionamos, a relação entre os fonemas e as letras não é de correspondência exata e per-manente, pode ocorrer de uma palavra apresentar números de letras e fonemas diferentes. Veja, por exemplo, a palavra “guerra”, possui 6 letras e 4 fonemas (/gu/ /e/ /rr/ /a/); enquanto que “táxi” possui 4 letras e 5 fone-mas (/t/ /á/ /k/ /s/ /i/).

Um mesmo fonema, também pode ser representado por diferentes letras. Veja alguns exemplos:

FONEMA / cHÊ /

Pode ser representado por x ou ch.Exemplos: caixa, enxugar, chuva, chinelo

FONEMA / sÊ /

Pode ser representado por cçs, ss, x, sc, xc.Exemplos: obedecer, cigarro, poço, carroça, secar, ensino, pressa, esse, máximo, próximo, piscina, nascer, exce-ção, excelente

FONEMA / ZÊ /

Pode ser representado por x, s, zExemplos: exemplo, exigente, casa, vaso, zinco, bazar

FONEMA / JÊ / ANTEs DE E OU i

Pode ser representado por j, gExemplos: berinjela, jiló, gelo, gigante

Uma mesma letra pode ter sons diferentes, ou seja, representar diferentes fonemas.

LETRA s

Pode ser representado por / sê / , / zê /Exemplos: sapato, sino, casaco, presente

LETRA X

Pode ser representado por / ks /, / chê /, / zê /, / sê /Exemplos: tóxico, sexo, apaixonar, xadrez, êxito, examinar, auxílio, próximo

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ALFABETO

Ao conjunto de letras com as quais se escrevem as palavras e que representam os fonemas chamamos alfabeto. De acordo com as novas regras de ortografia, nosso alfabeto tem 26 letras: a (á), b (bê), c (cê), d (dê), e(é), f (efê), g (gê), h (agá), i (i), j ( jota), k (ká), l (ele), m (eme), n (ene), o (o), p (pê), q (quê), r (erre), s (esse), t (tê), u (u), v (vê), w (dáblio), x (xis), y (ípsilon), z (zê).

Além dessas letras, empregamos o ç (cê cedilhado), que representa o fonema /s/ diante de a, o ou u em determinadaspalavras. Empregamos também, os seguintes dígrafos: rr (erre duplo), ss (esse duplo), ch (cê-agá), gu (guê-u), qu (quê-u).

NOTAÇÕEs LÉXicAs

Muitas vezes, as letras não são suficientes para representar os fonemas, há necessidade de recorrer a sinais gráficos denominados notações léxicas. As principais notações léxicas são:

1) Acento agudo ( ‘ ) - indica o som aberto das vogais (é e ó) ou destaca a sílaba tônica da palavra. Exemplos: máximo, médico, sílaba, vovó, açúcar.

2) Acento circunflexo ( ^ ) - indica o som fechado das vogais (ê e ô) ou destaca a sílaba tônica sobre as vogais a, e, o. Exemplos: trânsito, você, robô.

3) Acento grave ( ` ) - indica a fusão de dois as (a + a) denominada crase. Exemplos: Vou a a feira. → Vou à feira. Assisti a aquele filme. → Assisti àquele filme.

4) Til ( ~ ) - indica a nasalização de vogais (a e o).Exemplos: irmã, limões.

5) cedilha ( ¸ ) - é usada no c ( ç ) antes de a, o, u, para indicar o som do fonema / sê /. Exemplos: cabeça, poço, açude.

6) Trema ( λ ) - sinal usado para indicar que o u dos grupos gu e qu devem ser pronunciados, foi abolido em palavras portuguesas ou aportuguesadas. Por exemplo, a palavra cinqüenta que era escrita com trema, pela nova regra é cinquenta. O trema permanece em nomes próprios estrangeiros e seus derivados. Exemplos: Müller – mülleriano / Hübner – hübneriano.

7) Apóstrofo ( ̕) - é usado para indicar que uma letra foi retirada. Exemplos: copo d’água, galinha-d’angola.

HÍFEN

O hífen (-) é empregado em palavras compostas (guarda-chuva), na união do pronome ao verbo (amo-te), na separação de sílabas (pi- tan- ga) e na separação de sílaba no final de linha.

No Acordo Ortográfico, o hífen foi o que mais sofreu alterações.

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UsO DO HÍFEN

1) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogais

Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal igual ou por h: anti-inflamatório, arqui-inimigo, micro-ondas, micro-ônibus, anti-higiênico.

2) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente

Não se emprega o hífen: autoajuda, extraescolar, infraestrutura, semiaberto, ultraelevado.

3) Prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segundo elemento começa por s ou r

Não se emprega o hífen, devendo duplicar as consoantesr ou s: autorretrato, antissocial, contrarregra, ultrassom, antirrugas.4) Prefixos terminados em b

Emprega-se o hífen quando o segundo elemento é iniciado por b, h ou r: sub-bloco, sub-humano, ab-reação.

O hífen não deve ser usado nos outros casos: obstar, subescrever, subalterno.

5) Prefixo co (m)

Emprega-se o hífen quando o segundo elemento é iniciado por h: co-herdar, co-herdeiro.

Nos outros casos, o uso do hífen desaparece: coedição,coautor, cooperar.

6) Prefixos terminados em r

O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter aparecem combina-dos com elementos também iniciados por r ou pela letra h: super-resistente, hiper-realista, inter-racial, super-homem, super-herói.

Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: internacional, hipersensível, supercílio.

7) Prefixo ad

Emprega-se o hífen quando o segundo elemento é iniciado por d, h ou r: ad-digital, ad-renal, ad-ro-gar.

Nos outros casos, o hífen não deve ser usado: adjacente, adjunto, adjudicação.

8) Prefixo circum e pan

Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n: circum-ambiente, circum-murado,circum-navegação, pan-americano.

Nos outros casos, o hífen não deve ser empregado: circunvizinhança, circunferência, circunscrever.

9) Prefixo mal

Emprega-se o hífen quando o segundo elemento começa com vogal, l ou h: mal-estar, mal-limpo, mal-humorado.

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Nos outros casos, o hífen não deve ser empregado: malcriado, maldizer, malparado.

10) Prefixo bem

O hífen desaparece nas palavras citadas no Acordo Ortográfico e nas suas correlatas: benfazer, benfeito,benquerer, benquerido.

11) Prefixo re-

Permanece a aglutinação com o segundo elemento, mesmo quando este começar por o ou e: reabas-tecer, reescrever, recarregar, reorganizar.

12) Compostos que perderam a noção de composição

Não se emprega o hífen: mandachuva, paraquedas, paraquedista.

O uso do hífen permanece nas palavras compostas que não contêm um elemento de ligação, manten-do um acento próprio, bem como aquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, guarda-chuva, segunda-feira, couve-flor, mal-me-quer, formiga-branca, etc.

13) O uso do hífen permanece

• nos compostos com os prefixos ex-, vice-, soto-: ex-marido, vice-presidente, soto-pôr.

• nos compostos com os prefixos tônicos acentuados pré-, pró- e pós- quando o segundo elemento tem vida própria na língua: pré-molar, pró-labore, pós-eleitoral.

• nos compostos terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como -açu, -guaçu e -mirim, quando o primeiro elemento acaba em vogal acentuada graficamente ou quando a pronún-cia exige a distinção gráfica entre ambos: jacaré-açu, amoré-guaçu, paraná-mirim.

• nos topônimos iniciados pelos adjetivos grão e grã ou por forma verbal ou por elementos que incluam artigo: grão-de-bico, Santa Rita do Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos.

• nos compostos com os elementos além, aquém, recém e sem: além-túmulo, aquém-oceano, recém-nascido, sem-teto.

14) Não se emprega o hífen nas locuções de qualquer tipo (substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, ad-verbiais, prepositivas ou conjuntivas): cão de guarda, fim de semana, café com leite, pão de mel, à vontade, a fim de que.

Com exceção de algumas locuções já consagradas pelo uso: água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-meia, à queima-roupa, etc.

EXERcÍciOs

1) Assinale a alternativa incorreta quanto ao emprego do hífen:

a) Emprega-se o hífen nos compostos em que o prefixo ou falso prefixo termina em vogal e o segundo ele-mento começa por vogal igual ou por h.b) Não se emprega o hífen nos prefixos e falsos prefixos terminados em vogal e o segundo elemento começa-do por vogal diferente.c) O uso do hífen permanece nos compostos em que os prefixos super, hiper, inter aparecem combinados com elementos também iniciados por r ou pela letra h.d) Emprega-se o hífen com o prefixo re-.

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2) Assinale a alternativa incorreta:

a) micro-ondas c) anti-inflamatóriob) contra-regra d) circum-navegação

3) Assinale a alternativa em que deve se deve usar o hífen:

a) contrarregrab) antirrugasc) interrelaçãod) autorretrato

REsPOsTAs

1 - D 2 - B 3 - c

EMPREGO DAs LETRAs MAiÚscULAs

Emprega-se letra inicial maiúscula:

1) No início de frase: Era uma vez uma linda princesa . . .

2) Nos substantivos próprios de qualquer espécie, inclusive apelidos e nomes de animais: João, Maria, Brasil, Portugal, Deus, Zeca, Lulu, etc.

3) Nos nomes de épocas históricas, datas e fatos importantes: Idade Média, Modernismo, Proclamação da Re-pública, Natal, Dia das Mães, etc.

4) Nos nomes de vias e lugares públicos: Avenida Ipiranga, Largo São Francisco, Praça da Sé.

5) Nos nomes que designam altos conceitos políticos e religiosos: Estado, Nação, Pátria, Igreja.

6) Nos nomes de repartições, edifícios ou corporações públicas e particulares: Banco do Brasil, Governo Estadu-al, Ministério do Trabalho, etc.

7) Nos títulos de livros, jornais, revistas: Os Lusíadas, Folha de São Paulo, Veja, etc.

8) Nos pronomes de tratamento: Vossa Majestade, Meritíssimo, Vossa Excelência, etc.

9) Nos nomes comuns, quando usados para personificar: Amor, Ódio, Lobo, Morte, etc.

10) Nos nomes que designam artes, ciências, ou disciplinas:Arquitetura, Engenharia, Português, etc.

11) Nos nomes dos pontos cardeais, quando designam regiões: Os povos do Norte.

12) Nas fórmulas respeitosas empregadas em carta: meucaro Amigo, minha querida Mãe, etc.

Observações:

• Em regra geral, usamos a letra maiúscula no começo da frase. Entretanto, na poesia, alguns escritores usam letra inicial minúscula no início de todos os versos com a finalidade de deixá-los soltos para que o leitor leia o poema a seu modo.• Os nomes dos meses devem ser escritos com inicial minúscula. Assim: janeiro, fevereiro, março, abril, etc.

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ORiENTAÇÕEs ORTOGRÁFicAs

A melhor solução, quando se tem dúvida sobre a grafia de uma palavra, é consultar um dicionário. Abaixo, apresentamos alguns problemas que podem surgir no momento de escrever.

1) Emprego da letra h

É uma letra que não é pronunciada, não representa fonema. Assim, lemos: (h)abitação, (h)oras, (h)oje, etc.

A letra h é empregada:

• no início de palavras, por razão etimológica: humano, hélice, homem , hidrogênio, hoje, etc.• no interior das palavras, como parte integrante dos dígrafos ch, lh, nh: chave, malha, pinheiro, etc.• no meio das palavras compostas, depois de hífen: pré-histórico, super-homem, anti-hemorrágico.

Observação: nos compostos sem hífen, o h é eliminado: desonesto, desumano, desidratar.

• no final de algumas interjeições: Ah!, Argh!, Oh!• no nome do estado brasileiro Bahia. Já em seus derivados o h é retirado. Assim: baiano, baião, baianada.• quando os derivados das palavras inverno e erva tiverem a letra b, serão sempre iniciados com h.Assim:

inverno – hibernação erva – herbívoro

2) Emprego das letras k, w e y

Estas letras são empregadas:

• em abreviaturas e símbolos:K = potássio; Kg = quilograma; km = quilômetro;W = watt; y = ítrio (elemento químico).

• em palavras estrangeiras em sua forma original: show, Kaiser, playground, smoking.

• em nomes próprios estrangeiros e seus derivados: Kant, Franklin, Darwin, York, darwinismo, kantismo.

3) Emprego das letras e e i

A letra e pode ser confundida, na língua oral, com a letra i, portanto siga as seguintes orientações.

Grafam-se com a letra e:

• palavras com o prefixo ante- (que indica anterioridade): anteontem, antebraço, antediluviano.

• algumas formas dos verbos com infinitivos terminados em -oar e -uar: abençoe (abençoar), perdoe (perdoar), continue (continuar), efetue (efe-tuar).

• as palavras: periquito, umedecer, confete, empecilho, cadeado, paletó, disenteria, seringa, mexerico, quase, campeão, geada, creolina, apear.

Grafam-se com a letra i:

• palavras com o prefixo anti- (que indica ação contrária): antiácido, anticristão, antiestético.

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• algumas formas dos verbos com infinitivos terminados em -air, -oer e -uir: cai (cair), sai (sair), dói (doer), mói (moer), possui (possuir), atribui (atri-buir).

• as palavras: pátio, crânio, privilégio, pontiagudo, esquisito, feminino, pinicar, perônio, réstia, inigualável, di-gladiar, júri, ridículo, úmido.

Algumas palavras apresentam semelhança na pronúncia e na escrita. São chamadas de parônimas. Veja alguns parônimos em e e i:

arrear = pôr arreiosarriar = abaixar

deferimento = aprovaçãodiferimento = adiamento

descriminar = inocentardiscriminar = distinguir

peão = trabalhador ruralpião = espécie de brinquedo

4) Emprego das letras o e u

Geralmente, na língua oral, a letra o confunde-se com a letra u. Porém, na escrita, deve-se ter o cuida-do de não confundi-las, pois podem produzir significados diferentes.

• Escrevem-se com a letra o: abolição, bobina, bússola, caos, coelho, capoeira, caçoar, cochicho, engolir, focinho, goela, moela, polir, poleiro, polenta, toalha, zoada.

• Escrevem-se com a letra u: acudir, bueiro, bulir, cueiro, curtume, cuspir, cutia, entupir, escapulir, fêmur, íngua, jabuti, jabuticaba, régua, tábua, tabuada, tabuleiro, usufruto.

Veja algumas palavras parônimas em o e u:

assoar = limpar o narizassuar = vaiar

comprimento = extensãocumprimento = saudação

soar = produzir somsuar = transpirar

5) Emprego de ou, u e l

• Escrevem-se com ou: couro (pele de animal – não confunda com coro, grupo de vozes), bebedouro, cenoura, estourar, dourado, lousa, louro, roubar, tesoura, vassoura.

• A letra l, em final de sílaba, em muitas regiões do Brasil, soa como u, gerando dificuldades gráficas.

Para eliminar as dúvidas, compare com palavras mais conhecidas da mesma família:

alto-falante / alturaradical / radicalizarautomóvel / autodefesacaudaloso / cauda

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Abaixo, relacionamos algumas palavras com l e u:

L U

cálculolastimávelpernaltaresolveufebrilteatralsoltou

mingauaudáciaauraberimbauauditóriosumiueucaristia

6) Emprego das letras g e j

Escrevem-se com g:

• os substantivos terminados em -agem, -igem, - ugem: aragem, contagem; origem, vertigem; ferrugem, rabu-gem.Exceções: pajem e lambujem

• as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio: contágio, estágio; colégio, egrégio; litígio, prestí-gio; necrológio, relógio; refúgio, subterfúgio.• as palavras derivadas de outras já grafadas com g: faringite (de faringe), ferrugento (de ferrugem), engessar (de gesso), massagista (de massagem).

• as palavras: agenda, algema, agiota, argila, auge, bege, bugiganga, cogitar, fugir, gengiva, gengibre, gíria, he-rege, ligeiro, megera, monge, rígido, sargento, sugestão, tigela, viagem (substantivo).

Escrevem-se com j:

• as palavras de origem árabe, tupi-guarani ou africana: alfanje, alforje, jê, jiboia, canjica, manjericão, caçanje, mujique.

• as formas dos verbos terminados em -jar ou -jear: arranje (arranjar), viajem (viajar), suje (sujar), gorjeio (gorjear).

• as palavras derivadas de outras já grafadas com j: gorjeta (de gorja), lisonjeiro (de lisonja), sarjeta (de sarja), enrijecer (de rijo), varejista (de varejo).

• as palavras: ajeitar, berinjela, cafajeste, jeito, jiló, granja, jejum, jerimum, laje, majestade, objeção, ojeriza, tra-je, trejeito.

7) Emprego das letras x ou ch

Escrevem-se com x:

• palavras de origem indígena ou africana: abacaxi, caxambu, xavante, capixaba, pixaim.

• palavras aportuguesadas do inglês: xampu (de shampoo), xerife (de sheriff).

• depois de ditongo, em certas palavras: ameixa, abaixo, caixa, frouxo, feixe, paixão, rouxinol.

• depois da sílaba inicial en-: enxame, enxada, enxaqueca, enxugar, enxadrista, enxofre, enxurrada.

Exceções: encher, encharcar e seus derivados, enchova, enchiqueirar, enchouriçar, enchumaçar.

• depois da sílaba inicial me-: mexer, mexilhão, mexicano, mexerica.

Exceções: mecha e seus derivados.

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• as palavras: almoxarife, bexiga, bruxa, baixela, caxumba, engraxate, faxina, laxativo, maxixe, puxar, relaxar, rixa, roxo, vexame, xícara, xingar.

Escrevem-se com ch:

• palavras de origem latina, francesa, espanhola, alemã e inglesa: chave, chuva; chalé, chapéu; apetrecho, mo-chila; chope, charuto; cheque, sanduíche.

• as palavras: arrocho, bochecha, boliche, cachaça, cacho, cachimbo, chimarrão, chafariz, chimpanzé, chuchu, chumaço, colcha, coqueluche, flecha, inchar, mancha, nicho, pichar, piche, rachar, salsicha, tacho, tocha.

Algumas palavras apresentam a mesma pronúncia, mas com grafia e significado diferentes.

São chamadas de homônimas.

Veja alguns homônimos em x e ch:

X CH

broxa = pincelbuxo = arbustocartuxo = religiosoxá = antigo soberano do Irãxácara = narrativa em versoxeque = lance no jogo de xadrezcoxa = parte da pernacoxo = aquele que mancaluxar = deslocartaxa = imposto

brocha = prego pequenobucho = estômagocartucho = embalagemchá = bebidachácara = quintacheque = ordem de pagamentococha = vasilha de madeiracocho = recipienteluchar = sujartacha = prego pequeno

8) Emprego das letras c, ç, s, x e os dígrafos sc, sç, ss, sx e xc com o fonema / s /

Observe os seguintes procedimentos na representação gráfica desse fonema.

• Usa-se c antes de e e i: cebola, cédula, cear, célula, centopeia, alicerce, cacique, penicilina, cigarro, cipó, circo, ciúme.

• Usa-se ç antes de a, o, u: alça, vidraça, aço, almoço, açúcar, açude.

• Nos vocábulos de origem árabe, tupi e africana, usa-se c e ç: açaí, araçá, caiçara, caçula, criciúma, Iguaçu, mi-çanga, paçoca, Paraguaçu.

• Depois de ditongos, grafam-se c e ç: beiço, coice, feição, foice, louça, refeição, traição.

• A correlação gráfica entre ter e tenção em nomes formados a partir de verbos: abster, abstenção; ater, atenção; conter, contenção; deter, detenção; reter, retenção.

• A correlação gráfica entre nd e ns na formação de substantivos a partir de verbos: pretender, pretensão; ex-pandir, expansão, expansivo; tender, tensão, tenso; suspender, suspensão.

• Escrevem-se com s as palavras: aversão, cansaço, conselho (aviso), consenso, descanso, misto, pensão, pulsei-ra, senso ( juízo), valsa, esplendor, espontâneo.

• Em algumas palavras, o fonema / s / é representado pela letra x: auxílio, contexto, expectativa, experiência, expor, extravagante, sexta, têxtil, texto, trouxe.

• Por razões etimológicas usam-se sc e xc entre vogais: ascender, crescer, efervescente, discernir, exceto, exces-so, excêntrico, exceder, excitar.

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• Escrevem-se com sç as palavras: cresço, cresça, desço, desça, nasço, nasça.

• Nos substantivos derivados dos verbos terminados em -der, -dir, -tir e -mir, usa-se ss, ou s, depois de n e r: ceder, cessão; interceder, intercessão; regredir, regressão; agredir, agressão; repercutir, repercussão; ascender, ascensão; compreender, compreensão.

• Escrevem-se com ss as palavras: assar, asseio, assento (banco), assobiar, aterrissagem, avesso, dezesseis, en-dossar, pressão, tosse, vassoura.

• Pode ocorrer, ainda que raramente, o dígrafo xs com fonema / s /: exsicar, exsolver, exsudar.9) Emprego das letras s, z, x com o fonema /z/

Usa-se a letra s:

• nas palavras que derivam de outra em que já existe s:

casa - casinha, casebre, casarãoanálise - analisar, analisado, analisávelliso - alisar, alisamento, alisantepesquisa - pesquisador, pesquisado

• nos sufixos -ês, -esa, na indicação de nacionalidade, título, origem: português, portuguesa; irlandês, irlande-sa; marquês, marquesa; camponês, camponesa; calabrês, calabresa.

• nos sufixos -ense, -oso, -osa, na formação de adjetivos: paranaense, fluminense, catarinense; carinhoso, ga-soso, espalhafatoso; estudiosa, horrorosa, dengosa.

• no sufixo -isa, na indicação de ocupação feminina: poetisa, profetisa, pitonisa, papisa.

• após ditongos: causa, náusea, lousa, faisão, maisena, mausoléu, ausência, coisa.

• na conjugação dos verbos pôr e querer e derivados: pus, pusera, pusesse, puséssemos; quis, quisera, quises-se, quiséssemos.

• nas palavras: abuso, asa, asilo, atrás, através, bis, brasa, brasão, colisão, decisão, extravasar, evasão, fusível, hesitar, lilás, revisão, rasura, catequese, gás, gasolina, dose, jesuíta, usina, usura, vaso.

Usa-se a letra z:

• nas palavras que derivam de outra em que já existe z:

baliza - abalizado, balizado, balizadorgozo - gozar, gozação, gozadorraiz - enraizar, raizamerazão - razoável, arrazoado

• nos sufixos -ez, -eza, formadores de substantivos abstratos derivados de adjetivos: avaro, avareza; certo, certe-za; inválido, invalidez; macio, maciez; nobre, nobreza; rígido, rigidez; singelo, singeleza; viúvo, viuvez.

• nos sufixos -izar (formador de verbos) e –ização (formador de substantivos):

atual - atualizar - atualizaçãocivil - civilizar - civilizaçãohumano - humanizar - humanizaçãomental - mentalizar - mentalização

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Não confunda os casos em que se acrescenta o sufixo -ar a palavras já grafadas com s:

paralisia - paralisarabuso - abusarpesquisa - pesquisar

Exceções: batismo - batizar catequese - catequizar

• nas palavras: assaz, alcoolizar, apaziguar, aprendiz, azar, azia, bazar, bizarro, capuz, cuscuz, desprezo, eficaz, fugaz, gaze, jazigo, lazer, meretriz, ozônio, rezar, sagaz, trapézio, vazio, xadrez. Em muitas palavras, o fonema / z / é representado pela letra x: exagero, exame, exemplo, exercer, exibir, êxito, exonerar, exorcismo, exótico, exumação, inexistente, inexorável.

10) Emprego das letras c e qu

Existem palavras que podem ser escritas com c e também com qu: catorze ou quatorze; cociente ou quociente; cota ou quota; cotidiano ou quotidiano; cotizar ou quotizar.

11) Emprego das terminações iano e iense

Conforme o Acordo Ortográfico, algumas terminaçõeseano e eense mudam para iano e iense:

acriano (do Acre),torriense (de Torres).

Se a palavra original for oxítona e terminar em e tônico, prevalecerão as terminações eano e eense: guineense (de Guiné-Bissau).

EXERcÍciOs

1) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:

a) gelo, exemplo, basarb) pressa, giló, exceçãoc) beringela, enxugar, máximod) xadrez, piscina, encharcar

2) A letra maiúscula foi mal empregada em:

a) João trabalha como camelô na Praça da República;b) Aos poucos ele sentia a Morte chegar;c) Em Março, encerram-se as chuvas de verão;d) Muitas instituições recebem ajuda no Natal.

3) Assinale a alternativa que contém uma palavra mal grafada:

a) antebraço, criolina, anticristãob) geada, abençoe, apearc) possui, digladiar, disenteriad) antiestético, periquito, mexerico

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4) A ...................... do mágico ...................... a plateia.

a) proeza – extaziou b) proesa – extasiou c) proesa – estaziou d) proeza – extasiou e) proeza – estasiou

5) Meu vizinho ................ uma ............. .Ontem, algumas galinhas ......... e isso o deixou com uma enorme.............. .

a) possui; chácara; escapoliram; enxaquecab) possui; chácara; escapoliram; enchaquecac) possui; xácara; escapuliram; enchaquecad) possui; chácara; escapuliram; enxaqueca

6) Assinale a alternativa em que todas as palavras devem iniciar pela letra h:

a) ..... élice; ..... arpa; ..... armoniab) ..... avana; ..... árido; ..... ervac) ..... ermético; ..... ebreu; ..... ardild) ..... úmido; ..... idratar; ..... umilde7) Todas as palavras estão grafadas corretamente, exceto uma da alternativa:

a) berimbau, mingau, cálculob) roubar, polir, sumiuc) teatral, alto-falante, caudad) moela, calda, jaboticaba

8) O ............... que possuo não cobrirá a ................ que devo pagar amanhã.

a) cheque; tachab) xeque; tachac) cheque; taxad) xeque; taxa

9) Apenas uma frase das alternativas abaixo está correta quanto à ortografia. Aponte-a:

a) A fábrica dispensou vários funcionários por contensão de despesas;b) Haverá aula nas férias por causa da paralização dos professores;c) A mãe castigou o filho, após a sua suspensão na escola;d) Gosto de pizza meia mussarela e meia calabreza.

10) Assinale a alternativa correspondente à grafia correta dos vocábulos: cateque.....e; bati.....ar; discu.....ão; e.....pontâneo.

a) z, s, ç, sb) s, z, ss, sc) s, s, ss, xd) z, z, ss, s

11) Aponte a alternativa correta:

a) esceder, extravagante, exceção, esplendorb) exceder, extravagante, exceção, esplendorc) exceder, estravagante, exeção, explendord) exceder, estravagante, exceção, explendor

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12) Assinale a alternativa que contém uma palavra mal grafada:

a) goela, acudir, bulirb) bússola, tábua, poleiroc) caos, jaboti, zoadad) régua, toalha, cochicho

13) Assinale a alternativa que preencha corretamente aslacunas:

I - Após o ........, abandonou o jogo e pediu um ............... .II - O vereador foi .............. de desonesto.

a) xeque, chá, tachadob) cheque, chá, taxadoc) xeque, xá, taxadod) cheque, chá, tachado

14) Grafam-se com s todas as palavras da alternativa:

a) asilo, através, rigidesb) brasão, decisão, gasolinac) nobresa, certesa, dosed) usina, singelesa, basar

REsPOsTAs

1 - D 2 - c 3 - A 4 - D 5 - D 6 - A 7 - D

8 - c 9 - c 10 - B 11 - B 12 - c 13 - A 14 - B

AcENTUAÇÃO GRÁFicA

1) Acentuação dos monossílabos tônicos

Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em:

• - a, - as: má, más; pá, pás• - e, - es: fé, mês, dê, pés• - o, - os: pó, sós, dó, pôs

Observação: Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos ter e vir. Ex.: eles têm, eles vêm

2) Acentuação dos vocábulos oxítonos

Acentuam-se os vocábulos oxítonos terminados em:

• - a, - as: sofá, atrás, maracujá, ananás• - e, - es: café, canapés, você, vocês• - o, - os: cipó, avô, avós, robôs• - em, - ens: também, parabéns, alguém, armazéns

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Observações:1 - Algumas formas verbais seguidas de pronome são incluídas nesta regra: revê-lo, amá-lo, compô-lo.

2 - Recebe acento circunflexo a terceira pessoa do plural do presente do indicativo dos compostos dos verbos ter e vir: eles obtêm, eles retêm.

3) Acentuação dos vocábulos paroxítonos

Acentuam-se os vocábulos paroxítonos terminados em:

• ã, - ãs, - ão, - ãos: ímã, órfãs, órgão, órgãos• i, - is, - us: júri, tênis, vírus• l, - n, - r, - x, - ps: amável, pólen, néctar, látex, bíceps• um, - uns: álbum, álbuns• ditongo: ânsia, régua, sério, nódoa, bênção, níveis

Observação: Os prefixos paroxítonos terminados em i e r não são acentuados: semi-eixo, super-homem.

4) Acentuação dos vocábulos proparoxítonos

Todas as palavras proparoxítonas são acentuadas com acento agudo (se o som da vogal for aberto) ou circunflexo (se o som da vogal for fechado): lâmpada, ínterim, pêssego, análise, cronômetro, realizássemos.

5) Acentuação dos ditongos abertos

Conforme o Acordo Ortográfico, acentuam-se os ditongos –éi e –ói das palavras oxítonas e monossíla-bos tônicos de som aberto: herói, constrói, dói, anéis, papéis, anzóis.

Permanece também o acento no ditongo aberto –éu: chapéu, véu, céu, ilhéu.

Não se acentuam os ditongos abertos –ei e –oi nas palavras paroxítonas: assembleia, ideia, colmeia, Coreia, paranoia, jiboia, heroico, etc.

6) Acentuação dos hiatos

Acentuam-se as oxítonas terminadas em i e u, seguidas ou não de s: Piauí, piraiú, tuiuiús.

Conforme o Acordo Ortográfico, não se acentuam:

• o hiato –oo: voo, enjoo, perdoo, abençoo.

• o hiato –ee dos verbos crer, dar, ler, ver e seus derivados na terceira pessoa do plural: creem, deem, leem, veem, descreem, releem.

• o –i e –u tônicos das palavras paroxítonas quando precedidas de ditongo: feiura, saiinha, baiuca.

7) Acentuação dos grupos gue, gui, que, qui

Conforme o Acordo Ortográfico, desaparece o acento agudo em algumas formas dos verbos apaziguar, arguir, averiguar, obliquar. Mas mesmo sem o acento agudo, a pronúncia das palavras em que ele era usado não sofre alteração: argui, apazigue, averigue, enxague, oblique.

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8) Acento diferencial

Conforme o Acordo Ortográfico, o acento diferencial permanece nos homógrafos:

• pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo do verbo poder) e pôde (3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo).

• pôr (verbo) em oposição a por (preposição).

• fôrma (substantivo) e forma (verbo formar). Poderá ser usado fôrma para distinguir de forma, mas não é obrigatório.

Não se acentuam as palavras paroxítonas que são homógrafas: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo).

EXERcÍciOs

1) As palavras Jundiaí, Macapá e já são acentuadas por serem, respectivamente:

a) oxítona terminada em i, oxítona terminada em a e monossílabo tônico terminado em a.b) hiato, oxítona terminada em a e monossílabo tônico em a.c) ditongo tônico, trissílabo tônico e monossílabo tônico.d) hiato, trissílabo tônico, monossílabo átono.

2) Assinale a opção em que todas as palavras são acentuadas pela mesma regra de “ninguém”, “solúvel” e “mártir”, respectivamente:

a) hífen, temível, índiceb) ínterim, níveis, hábilc) contém, inverossímil, caráterd) armazém, abdômen, calvície

3) Indique a única alternativa em que nenhuma palavra é acentuada graficamente:

a) juizes, alibi, paulb) amendoa, ruim, docec) taxi, rainha, miudod) urubu, item, rubrica

4) Os dois vocábulos de cada alternativa devem ser acentuados graficamente, exceto:

a) faisca, halitob) forceps, azaleasc) ambar, epopeiad) Pacaembu, higiene

5) Assinale o uso correto quanto ao acento diferencial:

a) O menino nervoso pára de repente.b) Toda manhã, ela côa o café.c) Gosto de pêra madura.d) Preciso pôr as coisas em ordem.

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6) Assinale a forma incorreta quanto à acentuação:

a) Eles leem o jornal todos os dias.b) As meninas têm muitos brinquedos.c) Os jovens crêem no futuro.d) Sempre que ando de ônibus, eu enjoo.

7) Assinale a forma verbal mal acentuada:

a) distribuí-losb) chamá-lac) partí-lod) recompô-las

8) Assinale a alternativa em que todos os hiatos não precisam ser acentuados:

a) raíz, taínha, caírdesb) paúl, juízo, ateísmoc) juíz, Raúl, balaústred) raínha, caída, Avaí

9) Assinale a alternativa incorreta quanto à acentuação:

a) heróib) heroicoc) jóiad) centopeia

10) Uma das palavras abaixo não é proparoxítona, portanto não pode ter acento.Aponte-a:

a) ínterimb) rúbricac) ênfased) ícone

11) Dadas as palavras:

1) bênção2) Inglêsa3) equilátero,

verificamos que está/estão devidamente acentuada(s):

a) apenas a palavra 1.b) apenas a palavra 2.c) apenas a palavra 3.d) apenas as palavras 1 e 3.

REsPOsTAs

1 - B 2 - c 3 - D 4 - D 5 - D 6 - c

7 - c 8 - A 9 - c 10 - B 11 - D

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FLEXÃO NOMiNAL E VERBAL

Flexão é a variação de forma e, consequentemente, de significado, de uma palavra.

As palavras são submetidas à flexão apenas quando empregadas num enunciado.

Duas observações importantes:

a) somente podem ser flexionadas as palavras variáveis;

b) cada tipo de flexão é sistemático, ou seja, vale para todas ou quase todas as palavras da mesma classe.

Por exemplo: todos os substantivos podem se flexionar em número, com raras exceções.

Em português, as palavras podem apresentar flexões de gênero, número, grau, tempo, modo e pessoa.

1 . FLEXÕEs DE TEMPO, MODO E PEssOA

Só os verbos apresentam esses tipos de flexão.

a) tempo

É a mudança da forma para indicar o momento em que ocorre o fato.

O jesuíta assiste à chegada dos órfãos. (presente)O jesuíta assistiu à chegada dos órfãos. (pretérito)O jesuíta assistirá à chegada dos órfãos. (futuro)

b) modo

É a mudança da forma para indicar as diferentes atitudes do emissor em relação ao fato que se deseja expressar. São três os modos: indicativo, subjuntivo e imperativo.

indicativo: O menino desligou-se da tribo.subjuntivo: É possível que o menino se desligue da tribo.imperativo: Menino, ouça um conselho: desligue-se da tribo.

c) pessoa

Esse tipo de flexão permite que o verbo se relacione com as três pessoas gramaticais:

1ª pessoa: eu, nós2ª pessoa: tu, vós3ª pessoa: ele(s), ela(s)

A flexão de pessoa indica a concordância do verbo com a pessoa gramatical que lhe serve de sujeito. Compare:

Forma não-flexionada: comprar não se refere a qualquer sujeito.Formas flexionadas do presente, modo indicativo:

Eu compro Nós compramosTu compras Vós compraisEle compra Eles compram

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As desinências verbais são morfemas que carregam dos significados simultâneos: de tempo e pessoa. Na forma amávamos, por exemplo, o morfema –mos indica 1ª pessoa (flexão de pessoa) do plural (flexão de número).

2.FLEXÃO DE GÊNERO

Gênero é o termo que a gramática utiliza para enquadrar as palavras variáveis da língua em masculi-nas ou femininas. Na gramática, há, portanto, gênero masculino e gênero feminino. Apresentam flexão de gênero as seguintes classes de palavras: substantivo, adjetivo, artigo, pronome e numeral.

Não se deve confundir gênero com sexo, pois a noção de gênero se aplica não só a seres animais (pro-vidos de sexo) como também a coisas (logicamente, desprovidas de sexo). Exemplos:

PALAVRAs DO GÊNERO MAscULiNO

seres animais: moço, menino, leão, gato, cantor

coisas: pente, lápis, disco, amor, mar

PALAVRAs DO GÊNERO FEMiNiNO

seres animais: moça, menina, leoa, gata, cantora

coisas: colher, revista, fumaça, raiva, chuva

As demais palavras que admitem esse tipo de flexão (artigo, adjetivo, pronome e numeral) acompa-nham o gênero do substantivo a que se referem.

Exemplos:

as crianças órfãs pequenos índiosesses meninos duas crianças

3. FLEXÃO DE NÚMERO

As palavras variáveis podem mudar sua terminação para indicar singular ou plural. Apresentam flexão de número o substantivo, o artigo, o adjetivo, o numeral e o verbo.

Exemplos:

Sua irmã sofreu um arranhão (singular)

Suas irmãs sofreram uns arranhões. (plural) Observação:

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A concordância que se estabelece entre o substantivo e o adjetivo é obrigatória segundo a gramática normativa. Por isso, a flexão de gênero e de número do substantivo implica flexão correspondente do adjetivo.

alunos espertos ↓ ↓ substantivo adjetivo masculino plural masculino plural

Mas a concordância de número pode não acontecer de fato e um dos termos ficar sem flexão numéri-ca. Nesse caso, a gramática normativa assinala a ocorrência de erro de concordância.

Tinha mãos grande.Achei coisas meio esquisita por aqui...

4. FLEXÃO DE GRAU

São as mudanças efetuadas na terminação para indicar tamanho (nos substantivos) e intensidade (nos adjetivos).

O menino estava nervoso.O menininho estava nervoso.O menino estava nervosíssimo.

O grau, algumas vezes, não indica intensidade ou tamanho, mas expressa apenas estado emotivo.

Que doutorzinho, hein! (ironia)Filhinho, vem cá. (carinho)

O advérbio, embora seja uma palavra invariável, admite flexão de grau:

O fato aconteceu cedo. (advérbio não flexionado)

O fato aconteceu cedinho. (advérbio flexionado)

EXERcÍciOs

1 – Observe o texto abaixo:

Brancas, verdes, rajadinhasAmarelaAs bolinhasVão rodandoVão dançandoSeja liso ou seja rudeO chão onde vão rolandoLá vão elas, lá vão elas...As bolinhas de gude.

(Maria Eugênia Celso. Bolinha de Gude. São Paulo, Ática, 1992)

Assinale a alternativa incorreta:a) brancas e amarelas são adjetivosb) bolinhas é substantivoc) rolando é verbod) onde é substantivo

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2 – Observe as frases:

A professora corrige a lição. A professora corrigiu a lição.

Que tipo de flexão permite informar o tempo do fato narrado?

a) flexão de gênerob) flexão de númeroc) flexão de tempod) flexão de grau

3 – Observe o texto abaixo:

Se quiser fugirPra qualquer lugar que forNem precisa me chamarTão perto que eu estou

Mas seu medo de perderNão te deixa me olharEsqueça o que passouQue tudo vai mudar

Agora eu posso ser seu anjoSeus desejos sei de corPro bem e pro mal você me temNão vai se sentir só, meu amor

(...)Cláudio Rabello

Assinale a alternativa incorreta:

a) fugir é palavra variávelb) agora é palavra invariávelc) anjo é palavra variáveld) você é palavra invariável

REsPOsTAs

1 - D 2 - c 3 - D

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PRONOMEs: EMPREGO, FORMAs DE TRATAMENTO E cOLOcAÇÃO

Pronomes são palavras que substituem os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso. A interpretação de um pronome depende de suas relações textuais. De acordo com essas funções de representar, retomar ou anunciar, o pronome pode ser:

a) pronome substantivo:

• quando identifica a pessoa gramatical;• quando retoma um substantivo a que já se fez referência no contexto linguístico ou antecipa termos a que se fará ainda referência. As duas funções podem ocorrer ao mesmo tempo.

“Fiquei muito tempo sem saber que eu tinha mãe e que ela estava muito tempo perto de mim”, diz Sally.

No trecho acima, eu remete a Sally, a autora do enunciado; ela representa ao substantivo mãe, ante-riormente expresso.

b) pronome adjetivo: quando acompanha um substantivo explícito no texto. Funciona como um adjetivo, em-bora não atribua qualidade ao ser designado pelo substantivo.

Aquela fazenda fica tão longe daqui...

O pronome destacado é um pronome adjetivo, já que acompanha um substantivo.

cLAssiFicAÇÃO E EMPREGO DOs PRONOMEs

PRONOMEs PEssOAis

São palavras que substituem os substantivos e representam as pessoas do discurso.• As pessoas do discurso são três:

1ª pessoa – a que fala: eu, nós 2ª pessoa - a com quem se fala: tu, vós 3ª pessoa – a de que se fala: ele, ela, eles, elas

• Os pronomes pessoais se dividem em retos e oblíquos.

Os pronomes retos funcionam, em regra, como sujeito da oração, e os oblíquos, como objetos ou complementos. Exemplos:

sujeito objeto verbo Eu te convido. Ela me chamou.

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Quadro dos pronomes pessoais – singular e plural

pessoas dodiscurso retos oblíquos

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

eutuele / ela

me, mim, comigote, ti, contigoo, a, lhe, se, si, consigo

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

nósvóseles / elas

nos, conoscovos, convoscoos, as, lhes, se, si, consigo

• Quanto à acentuação, os pronomes oblíquos monossilábicos dividem-se em:

a) tônicos: mim, ti, sib) átonos: me, te, se, lhe, lhes, o, a, os, as, nos, vos

• Associados a verbos terminados em –r, -s ou –z e à palavra eis, os pronomes o, a, os, as assumem an-tigas formas lo, la, los, lãs, caindo aquelas consoantes. Exemplos:

Mandaram prendê-lo.Ei-lo aqui!

Associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), os ditos pronomes tomam a forma no, na, nos, nas:

Trazem-no.Dão-nos de graça.

• Pronomes oblíquos reflexivos são os que se referem ao sujeito da oração, sendo da mesma pessoa que este. Exemplos:

Alexandre só pensa em si.Eu me machuquei na escada.

Com exceção de o, a, os, as, lhe, lhes, os demais pronomes oblíquos podem ser reflexivos.

• Os pronomes migo, tigo, sigo, nosco, vosco, do português antigo, se combinaram com a preposição com, dando as formas atuais: comigo, contigo, conosco, convosco.

PRONOMEs POssEssiVOs

Os pronomes possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa. Por exemplo, na frase:

Meu paletó é azul-marinho.

A palavra meu informa que o paletó pertence à 1ª pessoa (eu). Meu, portanto, é um pronome posses-sivo.

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Quadro dos pronomes possessivos

pronomes possessivos

singular1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

meu, minha, meus minhasteu, tua, teus, tuasseu, sua, seus, suas

plural1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

nosso, nossa, nossos, nossasvosso, vossa, vossos, vossasseu, sua, seus, suas

EMPREGO

• Os possessivos seu(s), sua(s) tanto podem referir-se à 3ª pessoa (seu pai = o pai dele), como à 2ª pessoa, do discurso (seu pai = o pai de você).

Por isso toda vez que os ditos possessivos derem margem à ambiguidade, devem ser substituídos pelas expressões dele(s), dela(s).

Você sabe bem que eu não sigo a opinião dele.• Os possessivos devem ser usados com critério. Substituí-los pelos pronomes oblíquos comunica à fra-

se desenvoltura e elegância

O vento vindo do mar acariciava-lhe os cabelos.

• Além da ideia de posse, podem ainda os possessivos exprimir:

1) cálculo aproximado, estimativa:

Ele poderá ter seus quarenta e cinco anos.

2) familiaridade ou ironia, aludindo-se à personagem de uma história:

O nosso homem não se deu por vencido.

3) o mesmo que os indefinidos certo, algum:

Cornélio, como sabemos, teve suas horas amargas.

4) afetividade, cortesia:

Como vai, meu menino?

• No plural se usam os possessivos substantivados no sentido de parentes, família:

É assim que um moço deve zelar o nome dos seus?

Podem os possessivos serem modificados por um advérbio de intensidade:

Levaria a mão ao colar de pérolas, com aquele gesto tão seu, quando não sabia o que dizer.

• Quando desnecessários, omitem-se os pronomes possessivos, principalmente antes de nomes de par-tes do corpo:

Estendi o braço para apanhar a flor.

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PRONOMEs DEMONsTRATiVOs

Pronomes demonstrativos são os que indicam o lugar, a posição ou a identidade dos seres, relativa-mente às pessoas do discurso. Exemplos:

siTUAÇÃO NO EsPAÇO

Vou fechar esta porta. (A porta está perto do falante.) Por favor, feche essa porta! (A porta está perto do ouvinte.)

Quem poderia fechar aquela porta? (A porta está afastada do falante e dos ouvintes.)

siTUAÇÃO NO TEMPO

Neste momento, todos os bares estão repletos. (tempo presente em relação ao falante.)

Essa noite eu o procurei e contei a verdade. (tempo passado pouco distante em relação ao falante.)

Naquele tempo ainda não havia microcomputadores. (tempo distante em relação ao falante.)

siTUAÇÃO NO cONTEXTO LiNGUÍsTicO

- O Sr. é casado há 69 anos. Como é essa experiência? (a experiência de ser casado há 69 anos)

O pronome situa a palavra no contexto linguístico, ou seja, retoma uma informação previamente for-necida. No caso seguinte, diferente dos anteriores, o pronome introduz um elemento novo no enunciado:

Creio que o grande desafio é justamente este, tornar feliz a infância.

Neste caso, o pronome antecede a nova informação.

Quadro dos pronomes demonstrativos

pronomes demonstrativos

1ª pessoa este, esta, estes, estas, isto

2ª pessoa esse, essa, esses, essas, isso

3ª pessoa aquele, aquela, aqueles, aquelas, aquilo

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EMPREGO DOs PRONOMEs DEMONsTRATiVOs

1 – De modo geral, os demonstrativos este(s), esta(s), isto se aplicam a pessoas ou coisas que se acham perto da pessoa que fala ou lhe dizem respeito; ao passo que esse(s), essa(s), isso aludem a coisas que ficam próximas da pessoa com quem se fala ou a ela se referem.

Exemplos:

Leve este livro para você. Esta é a minha opinião. Não sei onde andas com essa cabeça. “Praxinoa, esse teu vestido de pregas te vai muito bem.” (Cecília Meireles) Isto (que eu tenho) é o que há de melhor. Isso (que dizes) não me parece certo. “Campanhas de vacinação sempre provocaram resistência, mas isso era antigamente.” (João Ubaldo Ribeiro)

2 – Usa-se nisto adverbialmente, como sinônimo de nesse momento, nesse entretempo.

“Nisto deu um vento e uma folha caiu.” (Monteiro Lobato) Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em construções redundantes, com finalidade expressi-va, para salientar algum termo anterior: “Bernardina, essa é que dera em cheio casando com o Manuel da Ventosa.” (Alexandre Herculano) “A estrada do mar, larga e oscilante, essa, sim, o tentava.” (Jorge Amado) “Ora o povo, esse o que precisa é saber que existe Deus.” (Camilo Castelo Branco) Subindo pelo Vale do Itajaí, alcançamos Brusque e, depois, Blumenau, cidades essas que nos impres-sionaram pela sua avançada indústria fabril. Ter sede e não poder beber, isso é que é atroz!4 – O pronome demonstrativo neutro o pode representar um termo ou conteúdo de uma oração inteira, caso em que aparece geralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto. Exemplos:

Ia dizer-lhe umas palavras duras, mas não o fiz. Quiseram gratificar-me, o que me deixou constrangido. “Ninguém teve coragem de falar antes que ela o fizesse.” (José Conde) “Era uma bela ponte, ele próprio o reconhecia.” (Aníbal Machado) “Era meu o universo; mas, ai triste! não o era de graça.” (Machado de Assis) “Se lagoa existiu, pouca coisa o indica.” (Carlos Povina Cavalcanti) “Dirás que sou ambicioso? Soubo deveras, mas...” (Machado de Assis) “O jantar ia ser um desastre. Todos o pressentiam.” (Fernando Namora)

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Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, chamado, então, verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de). Exemplos:

Ia dizer-lhe umas palavras duras, mas não o fiz. Ele ajudava os pobres e o fazia sem alarde. “O jornal informa e o faz corretamente, afirmava, vitorioso, o editorial.” (Jorge Amado)

5 – Em frases como a seguinte, este refere-se à pessoa mencionada em último lugar, aquele à mencionada em primeiro lugar:

“O referido advogado e o Dr. Tancredo Lopes eram amigos íntimos: aquele casado, solteiro este.” (Va-lentim Magalhães)

PRONOMEs RELATiVOs

Pronomes relativos são palavras que representam substantivos já referidos, com os quais estão relacio-nadas. Daí denominarmos relativos.

ANTEcEDENTE

O termo já referido anteriormente, retomado na nova oração pelo pronome relativo, chama-se antecedente.

As mãos que dizem adeus são pássaros... (Mário Quintana) (mãos =antecedente) (que = pronome relativo)

O antecedente pode estar expresso ou não na oração.

1. Antecedente expresso

O pássaro legendário uirapuru, que imita todos os demais, canta para aqueles que amam as aves e a sua música. (Luiz Carlos Lisboa)

Os italianos dirigem-se principalmente para o Sul da província, onde se dedicam à lavoura de subsis-tência e à vitivinicultura. (Almanaque Abril)

É uma velha mesa esta sobre a qual bato hoje a minha crônica. (Vinícius de Moraes)

2. Antecedente não-expresso

Quem não tem cão, caça com gato. Onde eu nasci passa um rio.

Quadro dos pronomes relativos

pronomes relativos

variáveis invariáveis

o qual, os quais, a qual, as quaiscujo, cujos, cuja, cujasquanto, quantos, quanta, quantas

quequemonde

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EMPREGO DOs PRONOMEs RELATiVOs

1 – O antecedente do pronome relativo que pode ser nome de coisa ou de pessoa, ou o demonstrati-vo o, ou outro pronome. Exemplos:

Há coisas que aprendemos tarde. “Vi-a falar com desdém, e um pouco de indignação, da mulher de que se tratava, aliás sua amiga.” (Machado de Assis) “Bendito o que, na terra, o fogo fez, e o teto.” (Olavo Bilac)

O relativo que às vezes equivale a o que, coisa que, e se refere a uma oração:

“Não chegou a ser padre, mas não deixou de ser poeta, que era a sua vocação natural.” (Machado de Assis)

2 – Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a elipse do relativo que: “A sala estava cheia de gente que conversava, ria, fumava.” (Lúcio de Mendonça)

3 – O relativo quem é sempre regido de preposição e, na língua moderna, se refere exclusivamente a pessoas ou coisas personificadas:

O funcionário por quem fui atendido mostrou-se gentil.

Ao encontro malsoante sem quem deve-se preferir sem o qual:

Estávamos esperando Otávio, sem o qual não podíamos sair.

4 – Cujo (e suas flexões) é pronome adjetivo e equivale a do qual, da qual, dos quais, das quais:

O cavalo é um animal cujo pelo é liso. (= o pelo do qual é liso)

O substantivo determinado por este pronome não virá precedido de artigo: cujo pelo (e não cujo o pelo).

5 – O relativo o qual (e suas flexões), principalmente quando regido de preposição, pode substituir o pronome que:

É um passado extinto e de que (ou do qual) ninguém se lembra. Por amor da clareza usa-se o qual em vez de que, quando este vier distanciado de seu antecedente, ensejando falsos sentidos: Regressando de Ouro Preto, visitei o sítio de minha tia, o qual me deixou encantado. 6 – As preposições ante, após, até, desde, durante, entre, perante, mediante, segundo (vale dizer, pre-posições com duas ou mais sílabas), bem como as monossílabas sem e sob e todas as locuções prepositivas, constroem-se com o pronome, o qual e nunca com o pronome relativo que. As preposições contra, para e so-bre usam-se, de preferência, com o pronome o qual. Exemplos:

Perguntei-lhe quantos eram os temas sobre os quais ele devia falar. “Teve então início um breve cerimonial contábil, durante o qual só se ouvia o ruído da pena arranhan-do o papel.” (Herberto Sales) “E Luísa estaria presente – a última testemunha perante a qual ele seria invisível ao vexame.” (Fernando Namora)

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As preposições monossilábicas a, com, de, em e por, quando iniciam orações adjetivas restritivas, empregam-se, de preferência, com o pronome que:

A moça [a que me refiro] não é desta cidade. Não encontrei os livros [de que precisava].

PRONOME iNDEFiNiDO

Os pronomes indefinidos são os que se referem à terceira pessoa do discurso, de modo vago ou im-preciso.

Alguém arrematou a obra de Portinari no leilão. Todos cumpriram seu dever cívico.

pronomes indefinidos

variáveis invariáveis

algum, alguma, alguns, algumasnenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumastodo, toda, todos, todasmuito, muita, muitos, muitaspouco, pouca, poucos, poucascerto, certa, certos, certasoutro, outra, outros, outrasquanto, quanta, quantos, quantastanto, tanta, tantos, tantasvário, vária, vários, váriasdiverso, diversa, diversos, diversasqualquer, quaisquer

algoalguémnadaninguémtudocadaoutremquemmaismenosdemais

Quadro dos pronomes indefinidos

Locuções pronominais indefinidas

cada um / cada uma / cada qual quem quer que / quantos quer que toda aquela que / todo aquele queseja quem for / seja qual for qualquer um / qualquer um um ou outro / uma ou outratal e tal / tal qual / tal e qual / tal ou qual

EMPREGO DOs PRONOMEs iNDEFiNiDOs

1) algum

Anteposto ao substantivo, tem significação positiva; proposto, apresenta valor negativo:

Algum amigo os traiu. (= um amigo) Amigo algum os traiu. (=nenhum amigo)

2) cada

Pode apresentar-se na frase com valor:

a) distributivo: Cada livro custou dez dólares!b) Intensivo: Lá na cidade tem cada moça bonita!

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3) demais

Significa os outros, os restantes:

Dos quadros que fiz só tenho dois: os demais eu vendi.

4) menos, mais

Menos é invariável:

É preciso gastar menos água.

Mais significa muitos, uma infinidade, em frases como:

Os índios avançavam, atirando flechas e mais flechas.

5) nenhum

Proposto ao substantivo, aviva a negação:

“Seu Ivo não mora em parte nenhuma.” (Graciliano Ramos)

6) certo

Antepõe-se ao substantivo, podendo, em alguns casos, vir precedido do artigo um:

Tinha certo ar de superioridade. Chegamos ao sítio de um certo Eufrásio.

7) qual

Como pronome indefinido, tem o sentido de cada qual:

“Em seguida desceram, e já não eram dois, mas sim dez meninos, qual mais fagueiro, e todos diziam que iam acabar com a ratazana.” (Luís Henrique Tavares)

8) qualquer

O plural deste pronome é quaisquer:

Executamos quaisquer serviços.

Pode apresentar-se com sentido depreciativo:

“A intenção dele é mostrar que não é criado de qualquer.” (Machado de Assis)

9) todo

Modernamente, costuma-se distinguir todo (= cada, qualquer) e todo o (= inteiro, completo):

Li todo o livro. (= o livro todo ou inteiro) Li todo livro que encontrasse. (= cada ou qualquer livro)

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Usa-se como advérbio, no sentido de completamente, mas geralmente flexionando-se em gênero e número:

Os ipês estavam todos floridos. A roupa estava toda molhada.

10) tudo

Pode-se dizer, indiferentemente, tudo que ou tudo o que:

Esqueça tudo que ficou atrás. Esqueça tudo o que ficou atrás.

PRONOMEs iNTERROGATiVOs

Os pronomes interrogativos são os pronomes indefinidos usados na formulação de perguntas diretas ou indiretas.

Que país é este? Quem vem lá? Quero saber quem vem lá

Quadro dos pronomes interrogativos

pronomes interrogativos

quequem

qual e quaisquanto, quantos, quanta, quantas

EMPREGO DOs PRONOMEs iNTERROGATiVOs

1) que

É pronome substantivo quando equivaler a que coisa. Nesse caso, admite também a forma o que.

Mas que significa isso? perguntou o moço insatisfeito... (Carlos Drummond de Andrade)

2) quem

É pronome substantivo e refere-se a pessoas.

- Quem sou eu? – ele perguntou num último esforço. (Otto Lara Resende)

3) qual

Pode ser pronome adjetivo ou substantivo:

- Quais são os símbolos da pátria? (pronome adjetivo) - Leve esses livros daqui!! Agora! - Quais? (pronome substantivo)

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4) quanto

Pode ser pronome substantivo ou pronome adjetivo:

Perguntei quanto era. (pronome substantivo) - Quanto tempo faz que a gente não se encontra? (pronome adjetivo) 5) cadê?

A expressão que é feito de, reduzida para que é de, deu origem aos interrogativos cadê, quede e que-dê, bastante utilizados na linguagem coloquial e já incorporados pela literatura.

E cadê doutor? Cadê remédio? Cadê jeito? (Monteiro Lobato)

Quedê o meu dinheiro? (O que é feito do meu dinheiro?)

FORMAs DE TRATAMENTO

Entre os pronomes pessoais incluem-se os pronomes de tratamento, que são palavras ou expressões utilizadas para as pessoas com quem se fala. São, portanto, pronomes de 2ª pessoa, embora sejam emprega-dos com verbo na 3ª pessoa.

Esses pronomes, que aparecem apenas na linguagem formal, expressam uma atitude cerimoniosa do emissor em relação ao interlocutor ou à pessoa de quem se fala.

Vossa Alteza precisa descansar.

Quando se referir à 3ª pessoa, o pronome de tratamento é precedido de sua:

Sua Alteza retornará em Breve.

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Quadro dos pronomes de tratamento

pronomes detrata mento

abreviatura

singular plural

Você v. v v.

Usado para pessoas familiares, íntimas.

Senhor, Senhora Sr., Sr.a Srs., Sr.as

Usados para manter uma distância respeitosa.

Vossa Senhoria V.S.a V.S.as

Usado para correspondências comerciais.

Vossa Excelência V.Ex.a V.Ex.as

Usado para altas autoridades: presidente, etc.

Vossa Eminência V.Em.a V.Em.as

Usado para cardeais.

Vossa Alteza V.A. V V.A A.

Usado para príncipes e duques

Vossa Santidade V.S. -

Usado para o Papa

Vossa Reverendíssima V.Rev.ma V.Rev.mas

Usado para sacerdotes e religiosos em geral.

Vossa Magnificência V.Mag.a V.Mag.as

Usado para reitores de universidades.

Vossa Majestade V.M. V V.M M.

Usado para reis e rainhas.

O pronome você

O pronome você perdeu seu caráter de tratamento cerimonioso sendo hoje, no Brasil, utilizado em situações informais, substituindo o pronome de segunda pessoa tu.

Você sempre foi resistente à ideia de gravar discos. O que o fez mudar de ideia?

Como se vê pelo exemplo, você faz referência à segunda pessoa, mas exige verbo na terceira.

Este pronome resulta das transformações fonéticas pelas quais passou o pronome de tratamento Vos-sa Mercê.

Apesar de ser considerado pela NGB como pronome de tratamento, você enquadra-se mais apropria-damente na categoria de pronome pessoal, visto que substitui tu em quase todo o território brasileiro. Deve-se notar ainda o emprego de você como pronome que indetermina o sujeito:

Mas o que você pode fazer contra as forças da natureza?

A norma culta da língua condena esse emprego do termo, preferindo a impessoalização com o prono-me se:

O que se pode fazer contra as forças da natureza?

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A expressão “a gente”

Na linguagem coloquial, o pronome nós é frequentemente substituído por a gente.

Um segurança nos xingou e queria nos agredir para que a gente saísse da estação.

A expressão pode ainda apresentar valor impessoal, indeterminado:

Eu sabia os riscos que estava correndo. A gente sempre pensa: comigo não vai acontecer. Aí aconte-ceu”, diz.(a gente pensa = pensa-se)

A norma culta da língua tende a rejeitar essas construções, comuns na fala coloquial.

senhor, senhora, senhorita

Os pronomes senhor, senhora e senhorita são largamente utilizados no Brasil como forma de respeito e cortesia.

cOLOcAÇÃO PRONOMiNAL

Os pronomes oblíquos átonos (o, a, os, as, lhe, lhes, me, te, se, nos, vos) podem ocupar três posições na oração em relação ao verbo:

a) antes do verbo – neste caso tem-se a próclise e diz-se que o pronome está proclítico.

Nunca se fala nestas coisas aqui. Quero que todos me acompanhem.

b) no meio do verbo – tem-se a mesóclise, e o pronome está mesoclítico.

Ajudar-te-ei amanhã sem falta. Dir-lhe-ei depois o que desejo.

c) depois do verbo – tem-se, então, a ênclise, e o pronome está enclítico.

Ouviu-se um alarido. Faltavam-me alguns relógios.

UsO DA PRÓcLisE

A próclise será obrigatória:

• quando houver palavra de sentido negativo antes do verbo.

Nada lhe posso dizer. Ninguém me procurou.

• quando conjunção subordinativa e pronome relativo estiverem presentes na oração.

Quero que me entendas. Ainda que a encontre, não conversaremos. O recibo que lhe deram não é válido.

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• em orações iniciadas por palavras interrogativas.

Quando nos enviarão as passagens? Quem te perdoou a dívida?

• em orações que exprimem desejo, iniciadas por palavras exclamativas.

Deus me acuda! Como me recordo daquele feriado!

• quando se usar gerúndio com em.

Em se tratando de medicina, ele é especialista. Em se apresentando condições, faremos o que pedes.

UsO DA MEsÓcLisE

Usa-se a mesóclise os seguintes tempos verbais:

• futuro do presente:

Dir-lhe-ei a verdade na ocasião certa.

• futuro do pretérito:

Dir-lhe-ia a verdade na ocasião certa.

Observação: Se houver partícula atrativa, deverá ser usada a próclise. Assim:

Não o compreenderia.

UsO DA ÊNcLisE

Emprega-se, geralmente, a ênclise:

• com verbos no início do período:

Sabe-se que a temperatura global está em média cerca de meio grau Celsius mais alta do que há 100 anos.

• com verbos no modo imperativo afirmativo:

Diga, diga-lhe toda a verdade. Levante-se daí, senhor Belchior...

• com verbos no gerúndio, desde que não venham precedidos da preposição em:

Para tratar o enfermo, não basta ter pena dele, consolando-o e ouvindo-o com interesse.

• com verbos no infinitivo impessoal:

Não sou desumano, não traria o bicho aqui para maltratá-lo.

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cAsOs EsPEciAis

A seguir, alguns casos em que o pronome oblíquo vem acompanhado de locução verbal.

a) Quando o verbo principal de uma locução verbal encontra-se no infinitivo ou no gerúndio, coloca-se o pronome oblíquo depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:

Quero-lhe pedir dinheiro. Quero pedir-lhe dinheiro.v. auxiliar v. principal v. auxiliar v. principal no infinitivo no infinitivo

Observação:

Se a locução verbal vier precedida de partícula atrativa, o pronome deverá vir antes do verbo auxiliar ou depois do verbo principal:

Não lhe quero pedir dinheiro. Não quero pedir-lhe dinheiro.partícula v. auxiliar partícula v. principalatrativa atrativa

b) Quando o verbo principal de uma locução verbal encontra-se no particípio, coloca-se o pronome oblíquo depois do verbo auxiliar:

Tinha-me consultado sobre a sua decisão. v. auxiliar v. principal no particípio

Observação:

Se a locução verbal vier precedida de partícula atrativa, o pronome oblíquo deverá vir antes do verbo auxiliar:

Não me tinha consultado sobre a sua decisão.partícula v. auxiliaratrativa

EXERcÍciOs

1 – Identifique a alternativa em que todas as palavras destacadas são pronomes:

a) Um só aluno nos prestou nenhuma colaboração.b) Quem a ajudará a alcançar todo o sucesso?c) Aquele ao qual se entregou o prêmio ficou muito feliz.d) Todos os que ajudam são nossos amigos.

2 – Assinale a alternativa que completa, corretamente, a frase:

Era para _______ falar _______ ontem, mas não _______ localizei em parte alguma.

a) mim – comigo – ob) eu – com ele – oc) eu – com ele – lhed) mim – consigo – lhe

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3 – Assinale a alternativa em que o pronome destacado foi empregado corretamente:

a) Aguarde um instante. Quero falar consigo.b) É lamentável, mas isso sempre ocorre com nós dois.c) O processo está aí para mim examinar.d) Vossa Senhoria preocupa-se com problemas cuja solução foge a vossa alçada.

4 – Identifique a série de pronomes que completa adequadamente as lacunas do seguinte período:

Os desentendimentos entre ______ e _____ advêm de uma insegurança que a vida estabeleceu para _______traçar um caminho que vai de _______ a ______ .

a) eu – tu – eu – mim – tub) mim – ti – mim – mim – tuc) mim – ti - eu – mim – tid) eu – ti – mim – mim – tu

5 – Considere os enunciados a seguir:

I. O senhor não deixe de comparecer. Precisamos do seu apoio.

II. Você quer que te digamos a verdade?

III. Vossa Excelência conseguiu realizar todos os vossos intentos?

IV. Vossa Majestade não deve preocupar-se unicamente com os problemas dos seus auxiliares diretos.

Verifica-se que há falta de uniformidade no emprego das pessoas gramaticais nos enunciados:

a) II e IVb) III e IVc) I e IVd) II e III

6 – Assinale a alternativa correta quanto ao emprego do pronome relativo:

a) É um homem em cuja honestidade se pode confiar.b) Machado de Assis foi um escritor que as obras ficaram célebres.c) Comprou uma casa suntuosa, cuja casa lhe custou uma fortuna.d) Preciso de um pincel delicado, sem o cujo não poderei assinar minha obra.

7 – A colocação do pronome átono está incorreta apenas em:

a) Não poderia consultá-lo à fraca luz da masmorra.b) Nunca mais vê-los-ia, nunca!c) Quaresma, porém, enganava-se em parte.d) O que o fazia sofrer era aquela semivida de moça, mergulhada na loucura e na modéstia.

8 – Assinale a alternativa em que o pronome oblíquo esteja colocado de maneira correta, segundo a norma culta gramatical.

a) Talvez tenha solicitado-me o pedido.b) Jamais convidei-o para compor minha equipe.c) Se for necessário, calarei-me.d) Até lá muitos só se terão arrependido.

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9 – Assinale a alternativa em que ocorre ênclise:

a) Os senadores cujos mandatos se prorrogaram foram cassados.b) Repetir-se-á, assim, o que neste ano já aconteceu com tantos outros feriados.c) Para assustá-lo, os soldados atiram a esmo.d) Não nos iludamos, o jogo está feito.

10 – Assinale a alternativa em que ocorre próclise:

a) Apanhei-te, cavaquinho.b) Quem te viu, quem te vê.c) Até o final do ano, abster-me-ei da meditação contemplativa.d) Faça-se logo o que precisa ser feito.

11 - “As fotos que ................ estão ótimas; ................ em breve conforme ................ por telefone.”

a) me mandaram; devolvê-las-ei; lhes informei.b) mandaram-me; devolverei-as; informei-lhesc) me mandaram; devolverei-as; lhes informeid) mandaram-me; devolvê-las-ei; informei-lhes

12 - Assinale a afirmação incorreta:

a) Usa-se a próclise quando o verbo vem precedido de expressões negativas;b) Usa-se a próclise com verbo no infinitivo;c) Usa-se a mesóclise com o verbo no futuro do presente e no futuro do pretérito;d) Usa-se a ênclise quando a frase se inicia com o verbo.

13 - Assinale a alternativa em que há erro de colocação do pronome pessoal átono:

a) Ela deve passar no vestibular porque se esforçou o ano inteiro.b) Não venha-me dizer que não tem dinheiro.c) Era meu desejo reencontrar-te um dia.d) Mostrar-lhe-ia todos os encantos do Rio de Janeiro.

14 - Há um erro de colocação pronominal em:

a) Nunca o decepcionei.b) Passe-me a manteiga, por favor.c) Não se faça de bobo.d) Entrarei no baile, se deixarem-me.

15 - Em uma das alternativas o uso do pronome oblíquo está incorreto. Aponte-a:

a) Não o obedeci porque estava com a razão.b) Nós o respeitamos muito.c) Convidei-o para o jantar.d) Olhei bem, mas não o reconheci.

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16 - “Por favor, empreste-me .......... lápis que está aí perto de você. .......... aqui está com a ponta quebrada para .......... fazer o exercício.”

a) este; Esse; mimb) este; Esse; euc) esse; Este; eud) esse; Este; mim

REsPOsTAs1 - D 2 - B 3 - B 4 - c5 - D 6 - A 7 - B 8 - D9 - c 10 - B 11 - A 12 - B

13 - B 14 - D 15 - A 16 - c

EMPREGO DE TEMPOs E MODOs VERBAis. VOZEs DO VERBO

Verbo é uma palavra que exprime ação, estado, fato ou fenômeno.

Dentre as classes de palavras, o verbo é a mais rica em flexões. Com efeito, o verbo possui diferentes flexões para indicar a pessoa do discurso, o número, o tempo, o modo e a voz. O verbo flexiona-se em número e pessoa:

singular plural

1ª pessoa2ª pessoa3ª pessoa

eu trabalhotu trabalhasele trabalha

nós trabalhamosvós trabalhaiseles trabalham

EMPREGO DE TEMPOs E MODOs VERBAis

Tempo é a variação que indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Os três tempos naturais são o Presente, o Pretérito (ou Passado) e o Futuro.

O Presente designa um fato ocorrido no momento em que se fala; o Pretérito, antes do momento em que se fala; e o Futuro, após o momento em que se fala.

Leio uma revista instrutiva. (Presente)Li uma revista instrutiva. (Pretérito)Lerei uma revista instrutiva. (Futuro)

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TEMPOs DO MODO iNDicATiVO

1) Presente: estudo

2) Pretérito:– Imperfeito: estudava– Perfeito: estudei– Mais-que-perfeito: estudara

3) Futuro:– do Presente: estudarei– do Pretérito: estudaria

Dados os tempos do modo indicativo, veremos, em seguida, o emprego dos mesmos e sua correlação.

PREsENTE DO iNDicATiVO

O presente do indicativo emprega-se:1) Para enunciar um fato atual:

Cai a chuva.O céu está limpo.

2) Para indicar ações e estados permanentes:A terra gira em torno do próprio eixo.Deus é Pai!

3) Para expressar uma ação habitual do sujeito:Sou tímido.Como muito pouco.

4) Para dar vivacidade a fatos ocorridos no passado(presente histórico):

“A Avenida é o mar dos foliões. Serpentinas cortam o ar..., rolam das escadas, pendem das árvores e dos fios ...” (M. Rebelo)

5) Para marcar um fato futuro, mas próximo; neste caso, para impedir qualquer ambiguidade, se faz acompa-nhar geralmente de um adjunto adverbial:

“Outro dia eu volto, talvez depois de amanhã...“(A. Bessa Luís)

PRETÉRiTO iMPERFEiTO DO iNDicATiVO

A própria denominação deste tempo – Pretérito Imperfeito – ensina-nos o seu valor fundamental: o de designar um fato passado, mas não concluído (imperfeito = não perfeito, inacabado).

Podemos empregá-lo assim:

1) Quando, pelo pensamento, nos transportamos a uma época passada e descrevemos o que então era pre-sente: O calor ia aumentando e o vento despenteava meu cabelo.

2) Pelo futuro do pretérito, para denotar um fato que seria consequência certa e imediata de outro, que não ocorreu, ou não poderia ocorrer: Se eu não fosse mulher, ia também!

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PRETÉRiTO MAis-QUE-PERFEiTO DO iNDicATiVO

1) O Pretérito Mais-Que-Perfeito indica uma ação que ocorreu antes de outra já passada: A conversa ficara tão tediosa, que o homem se desinteressou.

2) Na linguagem literária emprega-se, às vezes, o mais-que-perfeito em lugar:

a) do futuro do pretérito (simples ou composto):“Um pouco mais de sol – e fora (= teria sido) brasa,Um pouco mais de azul – e fora (= teria sido) além,Para atingir ... (Sá Carneiro)

b) do pretérito imperfeito do subjuntivo: Quem me dera! (= quem me desse) Prouvera a Deus! (= prouvesse a Deus)

FUTURO DO PREsENTE DO iNDicATiVO

1) o futuro do presente emprega-se para indicar fatos certos ou prováveis, posteriores ao momento em que se fala: As aulas começarão depois de amanhã.

2) Como forma polida de presente:Não, não posso ser acusado. Dirá o senhor: mas o que aconteceu? E eu lhe direi: sei lá! (= digo)

3) Como expressão de uma súplica, desejo ou ordem; neste caso, o tom de voz pode atenuar ou reforçar o cará-ter imperativo:

Honrarás pai e mãe!“Lerás porém algum diaMeus versos, d’alma arrancados, ... “(G. Dias)

FUTURO DO PRETÉRiTO DO iNDicATiVO

1) O futuro do pretérito emprega-se para designar ações posteriores à época em que se fala:

Depois de casado, ele se transformaria em um homem de bem.2) Como forma polida de presente, em geral denotadora de desejo.

Desejaríamos cumprimentar os noivos.

3) Em certas frases interrogativas e exclamativas, para denotar surpresa ou indignação: O nosso amor morreu... Quem o diria?

TEMPOs DO MODO sUBJUNTiVO

1) Presente: estude

2) Pretérito:– Imperfeito: estudasse– Perfeito: tenha (ou haja) estudado– Mais-que-perfeito: tivesse (ou houvesse) estudado

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3) Futuro:– Simples: estudar– Composto: tiver (ou houver) estudado

Quando nos servimos do modo indicativo, consideramos o fato expresso pelo verbo como real, certo, seja no presente, seja no passado, seja no futuro.

Ao empregarmos o modo subjuntivo, encaramos a existência ou não existência do fato como uma coisa incerta, duvidosa, eventual ou, mesmo, irreal.

Observemos estas frases:

Afirmo que ela estuda. (modo indicativo)Duvido que ela estude. (modo subjuntivo)Afirmei que ela estudava. (modo indicativo)Duvidei que ela estudasse. (modo subjuntivo)

PREsENTE DO sUBJUNTiVO

Pode indicar um fato:

1) Presente: Não quer dizer que se conheçam os homens quando se duvida deles.

2) Futuro:“No dia em que não faça mais uma criança sorrir, vou vender abacaxi na feira.”(A. Bessa Luís)

PRETÉRiTO iMPERFEiTO DO sUBJUNTiVO

Pode ter o valor de:

1) Passado: Todos os domingos, chovesse ou fizesse sol, estava eu lá.

2) Futuro: Aos sábados, treinava o discurso destinado ao filho que chegasse primeiro.

3) Presente:Tivesses coração, terias tudo.

PRETÉRiTO PERFEiTO DO sUBJUNTiVO

Pode exprimir um fato:

1) Passado (supostamente concluído): Espero que você tenha encontrado aquele endereço.

2) Futuro (terminado em relação a outro futuro): Espero que ela tenha feito a lição quando eu voltar.

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PRETÉRiTO MAis-QUE-PERFEiTO DO sUBJUNTiVO

Pode indicar:

1) Uma ação anterior a outra passada: Esperei-a um pouco, até que tivesse terminado seu jantar.

2) Uma ação irreal no passado: Se a sorte os houvesse coroado com os seus favores, não lhes faltariam amigos.

FUTURO DO sUBJUNTiVO siMPLEs

Este tempo verbal marca a eventualidade no futuro e emprega-se em orações subordinadas: Se quiser, irei vê-lo. Farei conforme mandares. Quando puder, venha ver-me.

FUTURO DO sUBJUNTiVO cOMPOsTO

Indica um fato futuro como terminado em relação a outro fato futuro (dentro do sentido geral do modo subjuntivo): D. Flor, não leia este livro; ou, se o houver lido até aqui, abandone o resto.

MODOs DO VERBO

Os modos indicam as diferentes maneiras de um fato se realizar. São três:

1º) o indicativo: Exprime um fato certo, positivo: Vou hoje. Sairás cedo.

2º) o imperativo: Exprime ordem, proibição, conselho, pedido: Volte logo. Não fiquem aqui. Sede prudentes.

3º) o subjuntivo: Enuncia um fato possível, duvidoso,hipotético: É possível que chova. Se você trabalhasse...

Além desses três modos, existem as formas nominais do verbo (infinitivo, gerúndio, particípio), que enunciam um fato de maneira vaga, imprecisa, impessoal.

1º) infinitivo: plantar, vender, ferir.2º) Gerúndio: plantando, vendendo, ferindo.3º) Particípio: plantado, vendido, ferido.

Chamam-se formas nominais porque, sem embargo de sua significação verbal, podem desempenhar as funções próprias dos nomes substantivos e adjetivos: o andar, água fervendo, tempo perdido.

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O infinitivo pode ser Pessoal ou impessoal.

1º) Pessoal, quando tem sujeito: Para sermos vencedores é preciso lutar. (sujeito oculto nós)

2º) impessoal, quando não tem sujeito: Ser ou não ser, eis a questão.

O infinitivo pessoal ora se apresenta flexionado, ora não flexionado:

Flexionado: andares, andarmos, andardes, andarem

Não flexionado: andar eu, andar ele. Quanto à voz, os verbos se classificam em:

1) Ativos: O sujeito faz a ação. O patrão chamou o empregado.

2) Passivos: O sujeito sofre a ação. O empregado foi chamado pelo patrão.

3) Reflexivos: O sujeito faz e recebe a ação. A criança feriu-se na gangorra.

Verbos Auxiliares são os que se juntam a uma forma nominal de outro verbo para constituir os tempos com-postos e as locuções verbais: ter, haver, ser, estar.

Tenho estudado muito esta semana.Jacinto havia chegado naquele momento.Somos castigados pelos nossos erros.O mecânico estava consertando o carro.O secretário vai anunciar os resultados.

Os verbos da língua portuguesa se agrupam em três conjugações, de conformidade com a terminação do infinitivo:1) Os da 1ª conjugação terminam em – ar: cantar2) Os da 2ª conjugação terminam em – er: bater3) Os da 3ª conjugação terminam em – ir: partir. Cada conjugação se caracteriza por uma vogal temática: A (1ª conjugação), E (2ª conjugação), i (3ª con-jugação).

Observações:

– O verbo pôr (antigo poer) perdeu a vogal temática do infinitivo. É um verbo anômalo da segunda conjugação.– A nossa língua possui mais de 11 mil verbos, dos quais mais de 10 mil são da primeira conjugação.

Num verbo devemos distinguir o radical, que é a parte geralmente invariável e as desinências, que variam para denotar os diversos acidentes gramaticais.

radical desinência radical desinência

cant-cant-bat-bat-

aorerias

part-part-diz-diss

irimosereram

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Há a desinência modo-temporal, indicando a que modo e tempo a flexão verbal pertence e há a desi-nência número-pessoal indicando a que pessoa e número a flexão verbal pertence.

Ex.: canta - re – mos →DNP ↓ DMT A DNP (desinência número-pessoal) indica que o verbo está na 1ª pessoa do plural. A DMT (desinên-cia modo-temporal indica que o verbo está no futuro do presente do indicativo.

Dividem-se os tempos em primitivos e derivados.São tempos primitivos:

1) o Infinitivo Impessoal.

2) o Presente do Indicativo (1ª e 2ª pessoa do singular e 2ª pessoa do plural).

3) o Pretérito Perfeito do Indicativo (3ª pessoa do plural).

FORMAÇÃO DO iMPERATiVO

O imperativo afirmativo deriva do presente do indicativo, da segunda pessoa do singular (tu) e da se-gunda do plural (vós), mediante a supressão do s final; as demais pessoas (você, nós, vocês) são tomadas do presente do subjuntivo.

O imperativo negativo não possui, em Português, formas especiais; suas pessoas são iguais às corres-pondentes do presente do subjuntivo.

O infinitivo, em português, pode ser pessoal (quando tem sujeito) ou impessoal (quando não tem sujeito). Veja:

impessoalcantar

pessoalcantar eucantares tucantar elecantarmos nóscantardes vóscantarem eles

FORMAÇÃO DOs TEMPOs cOMPOsTOs

Eis como se formam os tempos compostos:

1) Os tempos compostos da voz ativa são formados pelos verbos auxiliares ter ou haver, seguidos do particípio do verbo principal:

Tenho falado. Haviam saído.

2) Os tempos compostos da voz passiva se formam com o concurso simultâneo dos auxiliares ter (ou haver) e ser, seguidos do particípio do verbo principal:

Tenho sido maltratado.Tinham (ou haviam) sido vistos no cinema.

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Outro tipo de conjugação composta – também chamada conjugação perifrástica – são as locuções verbais, constituídas de verbo auxiliar mais gerúndio ou infinitivo:

Tenho de ir hoje.Hei de ir amanhã.Estava lendo o jornal.

Quanto à conjugação, dividem-se os verbos em:

1) Regulares: os que seguem um paradigma ou modelo comum de conjugação. Cantar, bater, partir, etc.

2) irregulares: os que sofrem alterações no radical e nas terminações afastando-se do paradigma. Dar, ouvir, etc.

Entre os irregulares, destacam-se os anômalos, como o verbo pôr (sem vogal temática no infinitivo), ser e ir (que apresentam radicais diferentes).

São verbos que possuem profundas modificações em seus radicais.

3) Defectivos: os que não possuem a conjugação completa, não sendo usados em certos modos, tempos ou pessoas: abolir, reaver, precaver, etc.

cONJUGAÇÃO DOs VERBOs AUXiLiAREs

MODO iNDicATiVO

Presente

souésésomossoissão

estouestásestáestamosestaisestão

tenhotenstemtemostendestêm

heihásháhavemoshaveishão

Pretérito perfeito simples

fuifostefoifomosfostesforam

estiveestivesteesteveestivemosestivestesestiveram

tivetivestetevetivemostivestestiveram

houvehouvestehouvehouvemoshouvesteshouveram

Pretérito perfeito composto

tenho sidotens sidotem sidotemos sidotendes sidotêm sido

tenho estadotens estadotem estadotemos estadotendes estadotêm estado

tenho tidotens tidotem tidotemos tidotendes tidotêm tido

tenho havidotens havidotem havidotemos havidotendes havidotêm havido

Pretérito imperfeito

eraeraseraéramoséreiseram

estavaestavasestavaestávamosestáveisestavam

tinhatinhastinhatínhamostínheistinham

haviahaviashaviahavíamoshavíeishaviam

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Pretérito mais-que-perfeito simples

foraforasforafôramosfôreisforam

estiveraestiverasestiveraestivéramosestivéreisestiveram

tiverativerastiverativéramostivéreistiveram

houverahouverashouverahouvéramoshouvéreishouveram

Pretérito mais-que-perfeito composto

tinha sidotinhas sidotinha sidotínhamos sidotínheis sidotinham sido

tinha sidotinhas sidotinha sidotínhamos sidotínheis sidotinham sido

tinha sidotinhas sidotinha sidotínhamos sidotínheis sidotinham sido

tinha sidotinhas sidotinha sidotínhamos sidotínheis sidotinham sido

Futuro do presente simples

sereiserásseráseremossereisserão

estareiestarásestaráestaremosestareisestarão

tereiterásteráteremostereisterão

havereihaveráshaveráhaveremoshavereishaverão

Futuro do presente composto

terei sidoterás sidoterá sidoteremos sidotereis sidoterão sido

terei estadoterás estadoterá estadoteremos estadotereis estadoterão estado

terei tidoterás tidoterá tidoteremos tidotereis tidoterão tido

terei havidoterás havidoterá havidoteremos havidotereis havidoterão havido

Futuro do pretérito simples

seriaseriasseriaseríamosseríeisseriam

estariaestariasestariaestaríamosestaríeisestariam

teriateriasteriateríamosteríeisteriam

haveriahaveriashaveriahaveríamoshaveríeishaveriam

Futuro do pretérito composto

teria sidoterias sidoteria sidoteríamos sidoteríeis sidoteriam sido

teria estadoterias estadoteria estadoteríamos estadoteríeis estadoteriam estado

teria tidoterias tidoteria tidoteríamos tidoteríeis tidoteriam tido

teria havidoterias havidoteria havidoteríamos ha-vidoteríeis havidoteriam havido

MODO sUBJUNTiVO

Presente

sejasejassejasejamossejaissejam

estejaestejasestejaestejamosestejaisestejam

tenhatenhastenhatenhamostenhaistenham

hajahajashajahajamoshajaishajam

Pretérito imperfeito

fossefossesfossefôssemosfôsseisfossem

estivesseestivessesestivesseestivéssemosestivésseisestivessem

tivessetivessestivessetivéssemostivésseistivessem

houvessehouvesseshouvessehouvéssemoshouvésseishouvessem

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Pretérito perfeito composto

tenha sidotenhas sidotenha sidotenhamos sidotenhais sidotenham sido

tenha estadotenhas estadotenha estadotenhamos estadotenhais estadotenham estado

tenha tidotenhas tidotenha tidotenhamos tidotenhais tidotenham tido

tenha havidotenhas havidotenha havidotenhamos havidotenhais havidotenham havido

Pretérito mais-que-perfeito composto

tivesse sidotivesses sidotivesse sidotivéssemos sidotivésseis sidotivessem sido

tivesse estadotivesses estadotivesse estadotivéssemos es-tadotivésseis estadotivessem estado

tivesse tidotivesses tidotivesse tidotivéssemos tidotivésseis tidotivessem tido

tivesse havidotivesses havidotivesse havidotivéssemos havidotivésseis havidotivessem ha-vido

Futuro simples

forforesforformosfordesforem

estiverestiveresestiverestivermosestiverdesestiverem

tivertiverestivertivermostiverdestiverem

houverhouvereshouverhouvermoshouverdeshouverem

Futuro composto

tiver sidotiveres sidotiver sidotivermos sidotiverdes sidotiverem sido

tiver estadotiveres estadotiver estadotivermos estadotiverdes estadotiverem estado

tiver tidotiveres tidotiver tidotivermos tidotiverdes tidotiverem tido

tiver havidotiveres havidotiver havidotivermos havidotiverdes havidotiverem havido

MODO iMPERATiVO

Afirmativo

sê (tu)seja (você)sejamos (nós)sede (vós)sejam (vocês)

está (tu)esteja (você)estejamos (nós)estai (vós)estejam (vo-cês)

tem (tu)tenha (você)tenhamos (nós)tende (vós)tenham (vo-cês)

há (tu)haja (você)hajamos (nós)havei (vós)hajam (vo-cês)

Negativo

não sejas (tu)não seja (você)não sejamos (nós)não sejais (vós)não sejam (vocês)

não estejas (tu)não esteja (você)não estejamos (nós)não estejais (vós)não estejam (vocês)

não tenhas (tu)não tenha (você)não tenha-mos (nós)não tenhais (vós)não tenham (vocês)

não hajas (tu)não haja (você)não haja-mos (nós)não hajais (vós)não hajam (vocês)

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FORMAs NOMiNAis

infinitivo impessoal

ser estar ter haver

infinitivo impessoal composto

ter sido ter estado ter tido ter havido

infinitivo pessoal

ser (eu)seres (tu)ser (ele)sermos (nós)serdes (vós)serem (eles)

estar (eu)estares (tu)estar (ele)estarmos (nós)estardes (vós)estarem (eles)

ter (eu)teres (tu)ter (ele)termos (nós)terdes (vós)terem (eles)

haver (eu)haveres (tu)haver (ele)havermos (nós)haverdes (vós)haverem (eles)

infinitivo pessoal composto

ter sidoteres sidoter sidotermos sidoterdes sidoterem sido

ter estadoteres estadoter estadotermos estadoterdes estadoterem estado

ter tidoteres tidoter tidotermos tidoterdes tidoterem tido

ter havidoteres havidoter havidotermos havidoterdes havidoterem havido

Gerúndio

sendo estando tendo havendo

Gerúndio composto

tendo sido tendo estado tendo tido tendo havido

Particípio

sido estado tido havido

O processo verbal pode ser representado por uma locução verbal (verbo auxiliar + verbo principal em uma de suas formas nominais). Nas locuções verbais, o verbo auxiliar aparece desprovido de sua significação; no entanto, é o responsável pela indicação das flexões de tempo, pessoa, modo e número.

cONJUGAÇÃO DOs VERBOs REGULAREs

PARADiGMAs DAs cONJUGAÇÕEs REGULAREs

Modelos

1ª conjugação - so-nhar

2ª conjugação - receber

3ª conjugação - decidir

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MODO iNDicATiVO

Presente

sonhosonhassonhasonhamossonhaissonham

receborecebesreceberecebemosrecebeisrecebem

decidodecidesdecidedecidimosdecidisdecidem

Pretérito perfeito simples

sonheisonhastesonhousonhamossonhastessonharam

recebirecebesterecebeurecebemosrecebestesreceberam

decididecidistedecidiudecidimosdecidistesdecidiram

Pretérito perfeito composto

tenho sonhadotens sonhadotem sonhadotemos sonhadotendes sonhadotêm sonhado

tenho recebidotens recebidotem recebidotemos recebidotendes recebidotêm recebido

tenho decididotens decididotem decididotemos decididotendes decididotêm decidido

Pretérito imperfeito

sonhavasonhavassonhavasonhávamossonháveissonhavam

recebiarecebiasrecebiarecebíamosrecebíeisrecebiam

decidiadecidiasdecidiadecidíamosdecidíeisdecidiam

Pretérito mais-que-perfeito simples

sonharasonharassonharasonháramossonháreissonharam

receberareceberasreceberarecebêramosrecebêreisreceberam

decidiradecidirasdecidiradecidíramosdecidíreisdecidiram

Pretérito mais-que-perfeito composto

tinha sonhadotinhas sonhadotinha sonhadotínhamos sonhadotínheis sonhadotinham sonhado

tinha recebidotinhas recebidotinha recebidotínhamos recebidotínheis recebidotinham recebido

tinha decididotinhas decididotinha decididotínhamos decididotínheis decididotinham decidido

Futuro do presente simples

sonhareisonharássonharásonharemossonhareissonharão

recebereireceberásreceberáreceberemosrecebereisreceberão

decidireidecidirásdecidirádecidiremosdecidireisdecidirão

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Futuro do presente composto

terei sonhadoterás sonhadoterá sonhadoteremos sonhadotereis sonhadoterão sonhado

terei recebidoterás recebidoterá recebidoteremos recebidotereis recebidoterão recebido

terei decididoterás decididoterá decididoteremos decididotereis decididoterão decidido

Futuro do pretérito simples

sonhariasonhariassonhariasonharíamossonharíeissonhariam

receberiareceberiasreceberiareceberíamosreceberíeisreceberiam

decidiriadecidiriasdecidiriadecidiríamosdecidiríeisdecidiriam

Futuro do pretérito composto

teria sonhadoterias sonhadoteria sonhadoteríamos sonhadoteríeis sonhadoteriam sonhado

teria recebidoterias recebidoteria recebidoteríamos recebidoteríeis recebidoteriam recebido

teria decididoterias decididoteria decididoteríamos decididoteríeis decididoteriam decidido

MODO sUBJUNTiVO

Presente

sonhesonhessonhesonhemossonheissonhem

recebarecebasrecebarecebamosrecebaisrecebam

decidadecidasdecidadecidamosdecidaisdecidam

Pretérito imperfeito

sonhassesonhassessonhassesonhássemossonhásseissonhassem

recebesserecebessesrecebesserecebêssemosrecebêsseisrecebessem

decidissedecidissesdecidissedecidíssemosdecidísseisdecidissem

Pretérito perfeito composto

tenha sonhadotenhas sonhadotenha sonhadotenhamos sonhadotenhais sonhadotenham sonhado

tenha recebidotenhas recebidotenha recebidotenhamos recebidotenhais recebidotenham recebido

tenha decididotenhas decididotenha decididotenhamos decididotenhais decididotenham decidido

Pretérito mais-que-perfeito composto

tivesse sonhadotivesses sonhadotivesse sonhadotivéssemos sonhadotivésseis sonhadotivessem sonhado

tivesse recebidotivesses recebidotivesse recebidotivéssemos recebidotivésseis recebidotivessem recebido

tivesse decididotivesses decididotivesse decididotivéssemos decididotivésseis decididotivessem decidido

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Futuro simples

sonharsonharessonharsonharmossonhardessonharem

receberreceberesreceberrecebermosreceberdesreceberem

decidirdecidiresdecidirdecidirmosdecidirdesdecidirem

Futuro composto

tiver sonhadotiveres sonhadotiver sonhadotivermos sonhadotiverdes sonhadotiverem sonhado

tiver recebidotiveres recebidotiver recebidotivermos recebidotiverdes recebidotiverem recebido

tiver decididotiveres decididotiver decididotivermos decididotiverdes decididotiverem decidido

MODO iMPERATiVO

Afirmativo

sonha (tu)sonhe (você)sonhemos (nós)sonhai (vós)sonhem (vocês)

recebe (tu)receba (você)recebamos (nós)recebei (vós)recebam (vocês)

decide (tu)decida (você)decidamos (nós)decidi (vós)decidam (vocês)

Negativo

não sonhes (tu)não sonhe (você)não sonhemos (nós)não sonheis (vós)não sonhem (vo-cês)

não recebas (tu)não receba (você)não recebamos (nós)não recebais (vós)não recebam

(vocês)

não decidas (tu)não decida (você)não decidamos (nós)não decidais (vós)não decidam (vocês)

FORMAs NOMiNAis

infinitivo impessoal

sonhar receber decidir

infinitivo impessoal composto

ter sonhado ter recebido ter decidido

infinitivo pessoal

sonhar (eu)sonhares (tu)sonhar (ele)sonharmos (nós)sonhardes (vós)sonharem (eles)

receber (eu)receberes (tu)receber (ele)recebermos (nós)receberdes (vós)receberem (eles)

decidir (eu)decidires (tu)decidir (ele)decidirmos (nós)decidirdes (vós)decidirem (eles)

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infinitivo pessoal composto

ter sonhadoteres sonhadoter sonhadotermos sonhadoterdes sonhadoterem sonhado

ter recebidoteres recebidoter recebidotermos recebidoterdes recebidoterem recebido

ter decididoteres decididoter decididotermos decididoterdes decididoterem decidido

Gerúndio

sonhando recebendo decidindo

Gerúndio composto

tendo sonhado tendo recebido tendo decidido

Particípio

sonhado recebido decidido

VERBOs iRREGULAREs

A seguir, apresentamos algumas conjugações dos principais verbos irregulares:

1ª cONJUGAÇÃO - AR

Aguar

Presente do indicativo: águo, águas, água, aguamos, aguais, águam.Pretérito perfeito: aguei, aguaste, aguou, aguamos, aguastes, aguaram.Presente do subjuntivo: águe, águes, águe, aguemos, agueis, águem.

Verbo regular nos demais tempos. Assim se conjugam desaguar, enxaguar e minguar.

Dar

Presente do indicativo: dou, dás, dá, damos, dais, dão.Pretérito perfeito: dei, deste, deu, demos, destes, deram.Pretérito imperfeito: dava, davas, dava, dávamos, dáveis, davam.Pretérito mais-que-perfeito: dera, deras, dera, déramos, déreis, deram.Futuro do presente: darei, darás, dará, daremos, dareis, darão.Futuro do pretérito: daria, darias, daria, daríamos, daríeis, dariam.Presente do subjuntivo: dê, dês, dê, demos, deis, deem.Pretérito imperfeito do subjuntivo: desse, desses, desse, déssemos, désseis, dessem.Futuro do subjuntivo: der, deres, der, dermos, derdes, derem.imperativo afirmativo: dá, dê, demos, dai, deem.infinitivo impessoal: dar.infinitivo pessoal: dar, dares, dar, darmos, dardes, darem.Gerúndio: dando.Particípio: dado.

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Moscar (desaparecer)

Presente do indicativo: musco, muscas, musca, moscamos, moscais, muscam.Presente do subjuntivo: musque, musques, musque, mosquemos, mosqueis, musquem.

Nomear

Presente do indicativo: nomeio, nomeias, nomeia, nomeamos, nomeais, nomeiam.Pretérito imperfeito: nomeava, nomeavas, nomeava, nomeávamos, nomeáveis, nomeavam.Pretérito perfeito: nomeei, nomeaste, nomeou, nomeamos, nomeastes, nomearam.Presente do subjuntivo: nomeie, nomeies, nomeie, nomeemos, nomeeis, nomeiem.imperativo afirmativo: nomeia, nomeie, nomeemos, nomeai, nomeiem.

É regular o resto da conjugação.

Assim se conjugam: apear, atear, cear, folhear, frear, passear, gear, bloquear, granjear, hastear, lisonjear, semear, arrear, recrear, estrear, etc.

Odiar

Presente do indicativo: odeio, odeias, odeia, odiamos, odiais, odeiam.Pretérito imperfeito: odiava, odiavas, odiava, odiávamos, odiáveis, odiavam.Pretérito perfeito: odiei, odiaste, odiou, odiamos, odiastes, odiaram.Pretérito mais-que-perfeito: odiara, odiaras, odiara, odiáramos, odiáreis, odiaram.Presente do subjuntivo: odeie, odeies, odeie, odiemos, odieis, odeiem.imperativo afirmativo: odeia, odeie, odiemos, odiai, odeiem.

Assim se conjugam: mediar, remediar, incendiar, ansiar, etc.

Optar

Presente do indicativo: opto, optas, opta, optamos, optais, optam.Presente do subjuntivo: opte, optes, opte, optemos, opteis, optem.

Obs.: No caso do verbo optar a irregularidade está na pronúncia. Nas três pessoas do singular e na tercei-ra do plural do presente do indicativo e do presente do subjuntivo, a vogal o do radical é pronunciada aberta e fortemente.

2ª cONJUGAÇÃO - ER

Abster-se

Presente do indicativo: abstenho-me, absténs-te, abstém-se, abstemo-nos, abstendes-vos, abstêm-se.Pretérito imperfeito: abstinha-me, abstinhas-te, etc.Pretérito perfeito: abstive-me, etc.Pretérito mais-que-perfeito: abstivera-me, etc.Futuro do presente: abster-me-ei, etc.Futuro do pretérito: abster-me-ia, etc.imperativo afirmativo: abstém-te, abstenha-se, abstenhamo-nos, abstende-vos, abstenham-se.Presente do subjuntivo: que me abstenha, que te abstenhas, etc.Pretérito imperfeito do subjuntivo: se me abstivesse, se te abstivesses, etc.Futuro do subjuntivo: se me abstiver, etc.Gerúndio: abstendo-se.Particípio: abstido.

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caber

Presente do indicativo: caibo, cabes, cabe, cabemos, cabeis, cabem.Pretérito perfeito: coube, coubeste, coube, coubemos, coubestes, couberam.Pretérito imperfeito: cabia, cabias, cabia, cabíamos, cabíeis, cabiam.Pretérito mais-que-perfeito: coubera, couberas, coubera, coubéramos, coubéreis, couberam.Futuro do presente: caberei, caberás, caberá, caberemos, cabereis, caberão.Futuro do pretérito: caberia, caberias, caberia, caberíamos, caberíeis, caberiam.Presente do subjuntivo: caiba, caibas, caiba, caibamos, caibais, caibam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: coubesse, coubesses, coubesse, coubéssemos, coubésseis, coubessem.Futuro do subjuntivo: couber, couberes, couber, coubermos, couberdes, couberem.

Observação: O verbo caber não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperati-vo negativo.

crer

Presente do indicativo: creio, crês, crê, cremos, credes, creem.Pretérito perfeito: cri, creste, creu, cremos, crestes, creram.Pretérito imperfeito: cria, crias, cria, criamos, crieis, criam.Pretérito mais-que-perfeito: crera, creras, crera, crêramos, crêreis, creram.Presente do subjuntivo: creia, creias, creia, creiamos, creiais, creiam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: cresse, cresses, cresse, crêssemos, crêsseis, cressemFuturo do subjuntivo: crer, creres, crer, crermos, crerdes, crerem.imperativo afirmativo: crê, creia, creiamos, crede, creiam.imperativo negativo: não creias (tu), não creia (você), não creiamos (nós), não crede (vós), não creiam (vocês)

Assim se conjugam: ler e descrer.

Dizer

Presente do indicativo: digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, dizem.Pretérito perfeito: disse, disseste, disse, dissemos, dissestes, disseram.Pretérito mais-que-perfeito: dissera, disseras, dissera, disséramos, disséreis, disseram.Futuro do presente: direi, dirás, dirá, diremos, direis, dirão.Futuro do pretérito: diria, dirias, diria, diríamos, diríeis, diriam.Presente do subjuntivo: diga, digas, diga, digamos, digais, digam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: dissesse, dissesses, dissesse, disséssemos, dissésseis, dissessem.Futuro: disser, disseres, disser, dissermos, disserdes, disserem.Particípio: dito.

Assim se conjugam: bendizer, condizer, contradizer, desdizer, predizer, maldizer ...

Escrever

Escrever e seus derivados descrever, inscrever, prescrever, proscrever, reescrever, sobrescrever, subscrever são irregulares apenas no particípio: escrito, descrito, inscrito, prescrito, proscrito, reescrito, sobrescrito, subscrito.

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Fazer

Presente do indicativo: faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fazem.Pretérito perfeito: fiz, fizeste, fez, fizemos, fizestes, fizeram.Pretérito mais-que-perfeito: fizera, fizeras, fizera, fizéramos, fizéreis, fizeram.Futuro do presente: farei, farás, fará, faremos, fareis, farão.Futuro do pretérito: faria, farias, faria, faríamos, faríeis, fariam.Presente do subjuntivo: faça, faças, faça, façamos, façais, façam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: fizesse, fizesses, fizesse, fizéssemos, fizésseis, fizessem.Futuro do subjuntivo: fizer, fizeres, fizer, fizermos, fizerdes, fizerem.imperativo afirmativo: faze, faça, façamos, fazei, façam.

Assim se conjugam: desfazer, refazer, satisfazer.

Ler

Presente do indicativo: leio, lês, lê, lemos, ledes, leem.Pretérito imperfeito: lia, lias, lia, líamos, líeis, liam.Pretérito perfeito: li, leste, leu, lemos, lestes, leram.Pretérito mais-que-perfeito: lera, leras, lera, lêramos, lêreis, leram.Presente do subjuntivo: leia, leias, leia, leiamos, leiais, leiam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: lesse, lesses, lesse, lêssemos, lêsseis, lessem.imperativo afirmativo: lê, leia, leiamos, lede, leiam.

Assim se conjugam: reler, tresler.

Perder

Presente do indicativo: perco (com e fechado), perdes, perde, perdemos, perdeis, perdem.Presente do subjuntivo: perca, percas, perca, percamos, percais, percam.imperativo afirmativo: perde, perca, percamos, perdei, percam.

Regular nos demais tempos e modos.

Poder

Presente do indicativo: posso, podes, pode, podemos, podeis, podem.Pretérito imperfeito: podia, podias, podia, podíamos, podíeis, podiam.Pretérito perfeito: pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam.Pretérito mais-que-perfeito: pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam.Presente do subjuntivo: possa, possas, possa, possamos, possais, possam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem.Futuro: puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem.infinitivo pessoal: poder, poderes, poder, podermos, poderdes, poderem.Gerúndio: podendo.Particípio: podido.

Observação: O verbo poder não se apresenta conjugado nem no imperativo afirmativo nem no imperati-vo negativo.

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Pôr (antigo poer)

Presente do indicativo: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem.Pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.Pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram.Pretérito mais-que-perfeito: pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram.Futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão.Futuro do pretérito: poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam.Presente do subjuntivo: ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham.Pretérito imperfeito do subjuntivo: pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem.Futuro: puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem.imperativo afirmativo: põe, ponha, ponhamos, ponde, ponham.infinitivo pessoal: pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem.infinitivo impessoal: pôr.Gerúndio: pondo.Particípio: posto.

Assim se conjugam os verbos derivados de pôr, como por exemplo: antepor, compor, depor, dispor, im-por, propor, pressupor, repor, etc.

Prover

Presente do indicativo: provejo, provês, provê, provemos, provedes, proveem.Pretérito imperfeito: provia, provias, provia, províamos, províeis, proviam.Pretérito perfeito: provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram.Pretérito mais-que-perfeito: provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram.Futuro do presente: proverei, proverás, proverá, proveremos, provereis, proverão.Futuro do pretérito: proveria, proverias, proveria, proveríamos, proveríeis, proveriam.Presente do subjuntivo: proveja, provejas, proveja, provejamos, provejais, provejam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: provesse, provesses, provesse, provêssemos, provêsseis, provessem.Futuro do subjuntivo: prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem.imperativo afirmativo: provê, proveja, provejamos, provede, provejam.Gerúndio: provendo. Particípio: provido.

Querer

Presente do indicativo: quero, queres, quer, queremos, quereis, querem.Pretérito imperfeito: queria, querias, queria, queríamos, queríeis, queriam.Pretérito perfeito: quis, quiseste, quis, quisemos, quisestes, quiseram.Pretérito mais-que-perfeito: quisera, quiseras, quisera, quiséramos, quiséreis, quiseram.Futuro do presente: quererei, quererás, quererá, quereremos, querereis, quererão.Futuro do pretérito: quereria, quererias, quereria, quereríamos, quereríeis, quereriam.Presente do subjuntivo: queira, queiras, queira, queiramos, queirais, queiram.Pretérito imperfeito do subjuntivo: quisesse, quisesses, quisesse, quiséssemos, quisésseis, quisessem.Futuro do subjuntivo: quiser, quiseres, quiser, quisermos, quiserdes, quiserem.imperativo afirmativo: quer tu, queira você, queiramos nós, querei vós, queiram vocês.imperativo negativo: não queiras tu, não queira você, não queiramos nós, não queirais vós, não queiram vocês.Gerúndio: querendo. Particípio: querido.

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Requerer

Presente do indicativo: requeiro, requeres, requer, requeremos, requereis, requerem.Pretérito perfeito: requeri, requereste, requereu, requeremos, requerestes, requereram.Pretérito mais-que-perfeito: requerera, requereras, requerera, requerêramos, requerêreis, requereram.Futuro do presente: requererei, requererás, requererá, requereremos, requerereis, requererão.Futuro do pretérito: requereria, requererias, requereria, requereríamos, requereríeis, requereriam.Presente do subjuntivo: requeira, requeiras, requeira, requeiramos, requeirais, requeiram.Pretérito imperfeito do subjuntivo: requeresse, requeresses, requeresse, requerêssemos, requerêsseis, reque-ressem.Futuro do subjuntivo: requerer, requereres, requerer, requerermos, requererdes, requererem.imperativo afirmativo: requere, requeira, requeiramos, requerei, requeiram.Gerúndio: requerendo. / Particípio: requerido.

O verbo requerer não se conjuga como querer.

saber

Presente do indicativo: sei, sabes, sabe, sabemos, sabeis, sabem.Pretérito imperfeito: sabia, sabias, sabia, sabíamos, sabíeis, sabiam.Pretérito perfeito: soube, soubeste, soube, soubemos, soubestes, souberam.Pretérito mais-que-perfeito: soubera, souberas, soubera, soubéramos, soubéreis, souberam.Presente do subjuntivo: saiba, saibas, saiba, saibamos, saibais, saibam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: soubesse, soubesses, soubesse, soubéssemos, soubésseis, soubessem.Futuro do subjuntivo: souber, souberes, souber, soubermos, souberdes, souberem.imperativo afirmativo: sabe, saiba, saibamos, sabei, saibam.

Trazer

Presente do indicativo: trago, trazes, traz, trazemos, trazeis, trazem.Pret. imperfeito: trazia, trazias, trazia, trazíamos, trazíeis, traziam.Pretérito mais-que-perfeito: trouxera, trouxeras, trouxera, trouxéramos, trouxéreis, trouxeram.Futuro do presente: trarei, trarás, trará, traremos, trareis, trarão.Futuro do pretérito: traria, trarias, traria, traríamos, traríeis, trariam.Presente do subjuntivo: traga, tragas, traga, tragamos, tragais, tragam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: trouxesse, trouxesses, trouxesse, trouxéssemos, trouxésseis, trouxessem.Futuro do subjuntivo: trouxer, trouxeres, trouxer, trouxermos, trouxerdes, trouxerem.imperativo afirmativo: traze, traga, tragamos, trazei, tragam.infinitivo pessoal: trazer, trazeres, trazer, trazermos, trazerdes, trazerem.Gerúndio: trazendo. Particípio: trazido.

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Valer

Presente do indicativo: valho, vales, vale, valemos, valeis, valem.Pretérito imperfeito: valia, valias, valia, valíamos, valíeis, valiam.Pretérito perfeito: vali, valeste, valeu, valemos, valestes, valeram.Presente do subjuntivo: valha, valhas, valha, valhamos, valhais, valham.Pretérito imperfeito do subjuntivo: valesse, valesses, valesse, valêssemos, valêsseis, valessem.Futuro do subjuntivo: valer, valeres, valer, valermos, valerdes, valerem.imperativo afirmativo: vale, valha, valhamos, valei, valham.imperativo negativo: não valhas, não valha, não valhamos, não valhais, não valham.Gerúndio: valendo. Particípio: valido.

Assim são conjugados: equivaler e desvaler.

Ver

Presente do indicativo: vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem.Pretérito perfeito: vi, viste, viu, vimos, vistes, viram.Pretérito mais-que-perfeito: vira, viras, vira, víramos, víreis, viram.imperativo afirmativo: vê, veja, vejamos, vede, vejam.Presente do subjuntivo: veja, vejas, veja, vejamos, vejais, vejam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: visse, visses, visse, víssemos, vísseis, vissem.Futuro do subjuntivo: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.Gerúndio: vendo. / Particípio: visto.

Assim se conjugam: antever, prever e rever.

3ª cONJUGAÇÃO – iR

Agredir

Presente do indicativo: agrido, agrides, agride, agredimos, agredis, agridem.Presente do subjuntivo: agrida, agridas, agrida, agridamos, agridais, agridam.imperativo afirmativo: agride, agrida, agridamos, agredi, agridam.

cair

Presente do indicativo: caio, cais, cai, caímos, caís, caem.Pretérito imperfeito: caía, caías, caía, caíamos, caíeis, caíam.Pretérito perfeito: caí, caíste, caiu, caímos, caístes, caíram.Pretérito mais-que-perfeito: caíra, caíras, caíra, caíramos, caíreis, caíram.imperativo afirmativo: cai, caia, caiamos, caí, caiam.Presente do subjuntivo: caia, caias, caia, caiamos, caiais, caiam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: caísse, caísses, caísse, caíssemos, caísseis, caíssem.Futuro do subjuntivo: cair, caíres, cair, cairmos, cairdes, caírem.

Assim são conjugados: atrair, recair, sair, trair, subtrair etc.

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cobrir

Presente do indicativo: cubro, cobres, cobre, cobrimos, cobris, cobrem.Presente do subjuntivo: cubra, cubras, cubra, cubramos, cubrais, cubram.imperativo afirmativo: cobre, cubra, cubramos, cobri, cubram.Particípio: coberto.

O verbo cobrir tem o o substituído por u na primeira pessoa do presente do indicativo, nas pessoas do pre-sente do subjuntivo e nas formas derivadas do imperativo. Assim se conjugam: dormir, tossir, descobrir, engolir, etc.

construir

Presente do indicativo: construo, constróis, constrói, construímos, construís, constroem.Pretérito imperfeito: construía, construías, construía, construíamos, construíeis, construíam.Pretérito perfeito: construí, construíste, construiu, construímos, construístes, construíram.Pretérito mais-que-perfeito: construíra, construíras, construíra, construíramos, construíreis, construíram.imperativo afirmativo: constrói, construa, construamos, construí, construam.

Assim se conjugam: destruir e reconstruir.

Ferir

Presente do indicativo: firo, feres, fere, ferimos, feris, ferem.Presente do subjuntivo: fira, firas, fira, firamos, firais, firam.

O verbo ferir tem o e do radical substituído por i na primeira pessoa do singular do presente do indicati-vo, nas pessoas do presente do subjuntivo e nas formas derivadas do imperativo.

Assim se conjugam: competir, divertir, expelir, vestir, inserir e os derivados de ferir.

Frigir

Presente do indicativo: frijo, freges, frege, frigimos, frigis, fregem.Presente do subjuntivo: frija, frijas, frija, frijamos, frijais, frijam.imperativo afirmativo: frege, frija, frijamos, frigi, frijam.Particípio: frito.

O verbo frigir é regular no resto da conjugação.

Fugir

Presente do indicativo: fujo, foges, foge, fugimos, fugis, fogem.imperativo afirmativo: foge, fuja, fujamos, fugi, fujam.Presente do subjuntivo: fuja, fujas, fuja, fujamos, fujais, fujam.O verbo fugir apresenta o g substituído por j antes de a e de o.

ir

Presente do indicativo: vou, vais, vai, vamos, ides, vão.Pretérito imperfeito: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.Pretérito perfeito: fui, foste, foi, fomos, fostes, foram.Pretérito mais-que-perfeito: fora, foras, fora, fôramos, fôreis, foram.Futuro do presente: irei, irás, irá, iremos, ireis, irão.Futuro do pretérito: iria, irias, iria, iríamos, iríeis, iriam.Presente do subjuntivo: vá, vás, vá, vamos, vades, vão.Pretérito imperfeito do subjuntivo: fosse, fosses, fosse, fôssemos, fôsseis, fossem.Futuro do subjuntivo: for, fores, for, formos, fordes, forem.imperativo afirmativo: vai, vá, vamos, ide, vão.imperativo negativo: não vás, não vá, não vamos, não vades, não vão.infinitivo pessoal: ir, ires, ir, irmos, irdes, irem.Gerúndio: indo.Particípio: ido.

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Mentir

Presente do indicativo: minto, mentes, mente, mentimos, mentis, mentem.Presente do subjuntivo: minta, mintas, minta, mintamos, mintais, mintam.imperativo afirmativo: mente, minta, mintamos, menti, mintam.

Assim se conjugam: sentir, cerzir, competir, consentir, pressentir, etc.

Ouvir

Presente do indicativo: ouço, ouves, ouve, ouvimos, ouvis, ouvem.Presente do subjuntivo: ouça, ouças, ouça, ouçamos, ouçais, ouçam.imperativo afirmativo: ouve, ouça, ouçamos, ouvi, ouçam.Particípio: ouvido.

Pedir

Presente do indicativo: peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem.Presente do subjuntivo: peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam.imperativo afirmativo: pede, peça, peçamos, pedi, peçam.

O verbo pedir é regular nas demais formas.Assim se conjugam: medir, despedir, impedir, expedir.

Remir

Presente do indicativo: redimo, redimes, redime, remimos, remis, redimem.Presente do subjuntivo: redima, redimas, redima, redimamos, redimais, redimam.

Rir

Presente do indicativo: rio, ris, ri, rimos, rides, riem.Pretérito imperfeito: ria, rias, ria, ríamos, ríeis, riam.Pretérito perfeito: ri, riste, riu, rimos, ristes, riram.Pretérito mais-que-perfeito: rira, riras, rira, ríramos, ríreis, riram.Futuro do presente: rirei, rirás, rirá, riremos, rireis, rirão.Futuro do pretérito: riria, ririas, riria, riríamos, riríeis, ririam.Presente do subjuntivo: ria, rias, ria, riamos, riais, riam.Pretérito imperfeito do subjuntivo: risse, risses, risse, ríssemos, rísseis, rissem.Futuro do subjuntivo: rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem.imperativo afirmativo: ri, ria, riamos, ride, riam.infinitivo pessoal: rir, rires, rir, rirmos, rirdes, rirem.Gerúndio: rindo.Particípio: rido.

Assim se conjuga: sorrir.

sortir

Presente do indicativo: surto, surtes, surte, sortimos, sortis, surtem.Presente do subjuntivo: surta, surtas, surta, surtamos, surtais, surtam.imperativo afirmativo: surte, surta, surtamos, sorti, surtam.imperativo negativo: não surtas, não surta, não surtamos, não surtais, não surtam.

Sortir significa abastecer, fazer sortimento, combinar. Não confundir com surtir (= ter como resultado, al-cançar efeito, originar), que só tem as terceiras pessoas:

O plano surtiu efeito. As negociações não surtiram efeito.

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sumir

Presente do indicativo: sumo, somes, some, sumimos, sumis, somem.Presente do subjuntivo: suma, sumas, suma, sumamos, sumais, sumam.imperativo afirmativo: some, suma, sumamos, sumi, sumam.

Assim se conjugam: subir, acudir, bulir, escapulir, fugir, consumir, cuspir etc.

Vir

Presente do indicativo: venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.Pretérito imperfeito: vinha, vinhas, vinha, vínhamos, vínheis, vinham.Pretérito perfeito: vim, vieste, veio, viemos, viestes, vieram.Pretérito mais-que-perfeito: viera, vieras, viera, viéramos, viéreis, vieram.Futuro do presente: virei, virás, virá, viremos, vireis, virão.Futuro do pretérito: viria, virias, viria, viríamos, viríeis, viriam.Presente do subjuntivo: venha, venhas, venha, venhamos, venhais, venham.Pretérito imperfeito do subjuntivo: viesse, viesses, viesse, viéssemos, viésseis, viessem.Futuro do subjuntivo: vier, vieres, vier, viermos, vierdes, vierem.infinitivo pessoal: vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.imperativo afirmativo: vem, venha, venhamos, vinde, venham.Gerúndio: vindo.Particípio: vindo.

Assim se conjugam: intervir, advir, convir, provir, sobrevir.

VERBOs ANÔMALOs

Verbos anômalos são aqueles cujos radicais sofrem várias irregularidades e não se enquadram em ne-nhuma classificação. São considerados anômalos os verbos ser, ir, pôr e vir, cujas conjugações já vimos ante-riormente.

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VERBOs ABUNDANTEs

Verbos abundantes são aqueles que possuem duas formas, geralmente no particípio. Veja, a seguir, uma lista de alguns verbos abundantes:

infinitivo particípioregular

particípioirregular

emergirencherentregarenvolverenxugarexpelirexpressarexprimirexpulsarextinguirfixarfrigirfritarganhargastarimprimirincluirisentarinserirlimparmatarmisturarmorrernascerocultarpagarpegarprenderrompersalvarsecarsegurarsoltarsujeitarsuprimirsuspendertingirvagar

emergidoenchidoentregadoenvolvidoenxugadoexpelidoexpressadoexprimidoexpulsadoextinguidofixadofrigidofritadoganhadogastadoimprimidoincluídoisentadoinseridolimpadomatadomisturadomorridonascidoocultadopagadopegadoprendidorompidosalvadosecadoseguradosoltadosujeitado suprimidosuspendidotingidovagado

emersocheioentregueenvoltoenxutoexpulsoexpressoexpressoexpulsoextintofixofritofritoganhogastoimpressoinclusoisentoinsertolimpomortomistomortonatoocultopagopegopresorotosalvosecosegurosoltosujeitosupressosuspensotintovago

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VERBOs DEFEcTiVOs

Verbos defectivos são os que não possuem todas as formas, ou seja, não têm a conjugação completa.

conjugação de alguns verbos defectivos

PREcAVER

Modo indicativo

Presente Pretéritoperfeito

Pretéritoimperfeito

---

precavemosprecaveis

-

precaviprecavesteprecaveuprecavemosprecavestesprecaveram

precaviaprecaviasprecaviaprecavíamosprecavíeisprecaviam

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro dopresente

Futuro dopretérito

precaveraprecaverasprecaveraprecavêramosprecavêreisprecaveram

precavereiprecaverásprecaveráprecaveremosprecavereisprecaverão

precaveriaprecaveriasprecaveriaprecaveríamosprecaveríeisprecaveriam

Modo subjuntivo

PresentePretérito

imperfeito Futuro

-

-----

precavesseprecavessesprecavesseprecavêssemosprecavêsseisprecavessem

precaverprecaveresprecaverprecavermosprecaverdesprecaverem

Modo imperativo

Afirmativo Negativo

---

precavei-

-----

Formas nominais

infinitivo pessoal ® precaverprecaveresprecaverprecavermosprecaverdesprecaverem

infinitivo impessoal ® precaver

Gerúndio ® precavendo

Particípio ® precavido

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REAVER

Modo indicativo

Presente Pretéritoperfeito

Pretéritoimperfeito

---

reavemosreaveis

-

reouvereouvestereouvereouvemosreouvestesreouveram

reaviareaviasreaviareavíamosreavíeisreaviam

Pretérito mais-que-perfeito

Futuro dopresente

Futuro dopretérito

reouverareouverasreouverareouvéramosreouvéreisreouveram

reavereireaverásreaveráreaveremosreavereisreaverão

reaveriareaveriasreaveriareaveríamosreaveríeisreaveriam

Modo subjuntivo

Presente Pretéritoimperfeito Futuro

-

-----

reouvessereouvessesreouvessereouvéssemosreouvésseisreouvessem

reouverreouveresreouverreouvermosreouverdesreouverem

Modo imperativo

Afirmativo Negativo

---

reavei-

-----

Formas nominais

Gerúndio ® reavendo

Particípio ® reavido

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VERBOs PRONOMiNAis

São verbos pronominais aqueles que só se conjugam com os pronomes oblíquos átonos (me, te, se, nos, vos, se) na mesma pessoa gramatical do sujeito, expressando reflexibilidade. Exemplos: pentear-se, queixar-se, lembrar-se, etc.

cONJUGAÇÃO DOs VERBOs PRONOMiNAis:

VERBO LEMBRAR-sE

indicativo Presente: lembro-me, lembras-te, lembra-se, lembramo-nos, lembrai-vos, lembram-se. Pretérito imperfeito: lembrava-me, lembravas-te, lembrava-se,lembrávamo-nos, lembráveis-vos, lembravam-se.Pretérito Perfeito simples: lembrei-me, lembraste-te, lembrou-se, etc. Pretérito Perfeito composto: tenho-me lembrado, tens-te lembrado, tem-se lembrado, temo-nos lembrado, tendes-vos lembrado, têm-selembrado. Pretérito Mais-Que-Perfeito simples: lembrara-me, lembraras-te, lembrara-se, lembráramo-nos, lembráreis-vos, lembraram-se. Pretérito Mais- Que-Perfeito composto: tinha-me lembrado, tinhaste lembrado, tinha-se lembrado, tínhamo-nos lembrado, tínheis-vos lembrado, tinham-se lembrado. Futuro do Presente simples: lembrar-me-ei, lembrar-te-ás, lembrar-se-á, lembrar-nos-emos, lembrar-vos-eis, lembrar-se-ão. Futuro do Presente composto: ter-me-ei lembrado, ter-te-ás lembrado, ter-se-á lembrado, ter-nos-emos lembrado, ter-vos-eis lembrado, ter-se-ão lembrado. Futuro do Pretérito simples: lembrar-me-ia, lembrar-te-ias, lembrar-se-ia, lembrar-nos-íamos, lembrar-vos-íeis, lembrar-se-iam. Futuro do Pretérito composto: ter-me-ia lembrado, ter-te-ias lembrado, ter-se-ia lembrado, ter-nos-íamos lembrado, ter-vos-íeis lembrado, ter-se-iam lembrado. subjuntivo Presente: lembre-me, lembres-te, lembre-se, lembremo-nos, lembreis-vos, lembrem-se. Pretérito imperfeito: lembrasse-me, lembrasses-te, lembrasse-se,lembrássemo-nos, lembrásseis-vos, lembrassem-se.Pretérito Perfeito: nesse tempo não se usam pronomes oblíquos pospostos, mas antepostos ao verbo: que me tenha lembrado, que te tenhas lembrado, que se tenha lembrado, etc. Pretérito Mais-Que-Perfeito: tivesse-me lembrado, tivesses te lembrado, tivesse-se lembrado, tivéssemo-nos lembrado, tivésseis-vos lembrado, tivessem-se lembrado. Futurosimples: neste tempo, os pronomes oblíquos são antepostos ao verbo: se me lembrar, se te lembrares, se se lembrar, etc. Futuro composto: neste tempo os pronomes oblíquos são antepostos ao verbo: se me tiver lembrado, se te tiveres lembrado, se se tiverlembrado, etc. imperativo Afirmativo: lembra-te, lembra-se, lembremo-nos, lembrai-vos, lembrem-se.imperativo Negativo: não te lembres, não se lembre, não nos lembremos, etc. infinitivo Presente impessoal: ter-me lembrado. infinitivo Presente Pessoal: lembrar-me, lembrares-te, lembrar-se, lembrarmo-nos, lembrardes-vos, lembra-rem-se. infinitivo Pretérito Pessoal: ter-me lembrado, teres-te lembrado, ter-se lembrado, termo-nos lembrado, ter-des-vos lembrado, terem-se lembrado. infinitivo Pretérito impessoal: ter-se lembrado. Gerúndio Presente: lembrando-se.Gerúndio Pretérito: tendo-se lembrado. Particípio: não admite a forma pronominal.

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LOcUÇÃO VERBAL

Locução verbal é a combinação de verbos auxiliares (ter, haver, ser e estar, ou outro qualquer que funcio-ne como auxiliar) com verbos nas formas nominais.

Tenho estudado muito.Hei de comprar uma casa.Estou esperando você.

VOZEs DO VERBO

Voz do verbo é a forma que este toma para indicar que a ação verbal é praticada ou sofrida pelo sujeito. Três são as vozes dos verbos: a ativa, a passiva e a reflexiva.

Um verbo está na voz ativa quando o sujeito é agente, isto é, faz a ação expressa pelo verbo.

Ex.: O caçador abateu a ave.

Um verbo está na voz passiva quando o sujeito é paciente, isto é, sofre, recebe ou desfruta, a ação ex-pressa pelo verbo. Ex.: A ave foi abatida pelo caçador.

Obs.: Só verbos transitivos podem ser usados na voz passiva.

FORMAÇÃO DA VOZ PAssiVA

A voz passiva, mais frequentemente, é formada:

1) Pelo verbo auxiliar ser seguido do particípio do verbo principal (passiva analítica).

Ex.: O homem é afligido pelas doenças.

Na passiva analítica, o verbo pode vir acompanhado pelo agente da passiva. Menos frequentemente, pode-se exprimir a passiva analítica com outros verbos auxiliares.

Ex.: A aldeia estava isolada pelas águas. (agente da passiva)

2) Com o pronome apassivador se associado a um verbo ativo da terceira pessoa (passiva pronominal).

Ex.: Regam-se as plantas. Organizou-se o campeonato. ↓ (sujeito paciente)(pronome apassivador ou partícula apassivadora)

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VOZ REFLEXiVA

Na voz reflexiva o sujeito é, ao mesmo tempo, agente e paciente: faz uma ação cujos efeitos ele mes-mo sofre.

Ex.: O caçador feriu-se. A menina penteou-se.

O verbo reflexivo é conjugado com os pronomes reflexivos me, te, se, nos, vos, se. Estes pronomes são reflexivos quando se lhes podem acrescentar: a mim mesmo, a ti mesmo, a si mesmo, a nós mesmos, etc., res-pectivamente.

Ex.: Consideras-te aprovado? (a ti mesmo) ↘ pronome reflexivo Uma variante da voz reflexiva é a que denota reciprocidade, ação mútua ou correspondida. Os verbos desta voz, por alguns chamados recíprocos, usam-se geralmente, no plural e podem ser reforçados pelas ex-pressões um ao outro, reciprocamente, mutuamente.

Ex.: Amam-se como irmãos. Os pretendentes insultaram-se. (Pronome reflexivo recíproco)

cONVERsÃO DA VOZ ATiVA NA PAssiVA

Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancialmente o sentido da frase:

Ex.: Gutenberg inventou a imprensa. A imprensa foi inventada por Gutenberg.

Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo revestirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.

Ex.: Os calores intensos provocam as chuvas.→ As chuvas são provocadas pelos calores intensos. Eu o acompanharei. → Ele será acompanhado por mim.

Obs.: Quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não haverá complemento agente da passiva.

Ex.: Prejudicaram-me. → Fui prejudicado.

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EXERcÍciOs

1 - Se você ............ no próximo domingo e ................ de tempo ............... assistir a final do campeonato.

a) vir / dispor / váb) vir / dispuser / vaic) vier / dispor / vád) vier / dispuser / váe) vier / dispor / vai

2 - Ele ............... que lhe ............... muitas dificuldades, mas enfim ............... a verba para a pesquisa.

a) receara / opusessem / obterab) receara / opusessem / obtiverac) receiara / opossem / obtiverad) receiara / oposessem / obterae) receara / opossem / obtera

3 - A segunda pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo do verbo precaver é:

a) precaviasb) precaviestec) precavested) precavistee) n.d.a.

4 - Assinale a alternativa que se encaixe no período seguinte:

“Se você .......... e o seu irmão ......., quem sabe você ............. o dinheiro.

a) requeresse / interviesse / reouvesseb) requisesse / intervisse / reavessec) requeresse / intervisse / reavessed) requeresse / interviesse / reavessee) requisesse / intervisse / reouvesse

5 - Assinale a opção que completa corretamente as lacunas da seguinte frase:

“Quando ............... mais aperfeiçoado, o computador certamente ............... um eficiente meio de controle de toda a vida social.”

a) estivesse / seráb) estiver / seriac) esteja / erad) estivesse / erae) estiver / será

6 - Quando ............ todos os documentos, ............... um requerimento e ............... a chamada de seu nome.

a) obtiver / redija / aguardab) obteres / rediges / aguardesc) obtiveres / redige / aguardad) obter / redija / aguardee) obtiver / redija / aguarde

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7 - Ele ............... numa questão difícil de ser resolvida e ............... seus bens graças ao bom senso.

a) interviu / reouveb) interveio / rehaveuc) interviu / reaveud) interveio / reouvee) interviu / rehouve

8 - Indique a frase onde houver uma forma verbal incorreta.

a) Os vegetais clorofilados sintetizam seu próprio alimento.b) Se ela vir de carro, chame-me.c) Lembramos-lhes que o eucalipto é uma excelente planta para o reflorestamento.d) Há rumores de que pode haver novo racionamento de gasolina.e) n.d.a.

9 - Aponte a alternativa que contém a forma verbal correta para a seguinte oração:

“Quando eu o .........., ..........-lhe algumas verdades.”

a) ver – digo d) visse - diriab) vir – digo e) ver - direic) vir – direi

10 - Todas as frases estão na voz passiva, exceto:

a) Atualmente se têm conseguido bons resultados na medicina.b) Júlio e Paula olharam-se por um instante.c) A partir de março, abrir-se-ão novas vagas no mercado.d) Ainda não se executaram novos projetos.e) Leciona-se português.

11 - “Se você ............chegado a tempo, ............. visto a briga.

a) tem – tinhab) tinha – tinhac) tem – terád) teria – tinhae) tivesse – teria

12 - “.................... em ti e .................... pelos seus ideais.”

a) Creias – lutas d) Creias – luteb) Crê – lutas e) Crê – lutec) Crê – luta

13 - Assinale a alternativa que não contém locução verbal:

a) Eu estudo e trabalho.b) Você terá de estudar muito.c) Estou pedindo um favor!d) Tenho dito sempre a mesma coisa!e) Ele tem assistido a todas as aulas.

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14 – Aponte a alternativa em que a segunda forma está incorreta como plural da primeira:

a) tu ris – vós ridesb) ele lê – eles leemc) ele tem – eles têmd) ele vem – eles veeme) tu podes – vós podeis

15 – Assinale a alternativa que preencha correta e respectivamente as lacunas das frases apresentadas:

Mesmo que nós ________ , não conseguiríamos que eles _______ os papéis que os chefes __________ em segredo.

a) interviéssemos, requeressem, mantêmb) intervíssemos, requeressem, mantémc) interviéssemos, requisessem, mantêmd) intervíssemos, requisessem, mantéme) intervíssemos, requisessem, mantêem

16 – Assinale a alternativa que contém a forma correta dos verbos medir, valer, caber e datilografar, na primeira pessoa do singular do presente do indicativo, pela ordem:

a) meço, valo, cabo, datilógrafob) meço, valho, caibo, datilografoc) mido, valo, caibo, datilógrafod) mido, valho, caibo, datilografoe) meço, valo, caibo, datilógrafo

REsPOsTAs

1 - D 2 - B 3 - c 4 - A

5 - E 6 - E 7 - D 8 - B

9 - c 10 - B 11 - E 12 - c

13 - A 14 - D 15 - A 16 - B

cONcORDÂNciA NOMiNAL E VERBAL

concordância é o princípio sintático segundo o qual as palavras dependentes se harmonizam, nas suas flexões, com as palavras de que dependem.

“A concordância pode ser estabelecida de palavra para palavra ou de palavra para sentido. A concor-dância de palavra para palavra será total ou parcial (também chamada atrativa), conforme se leve em conta a totalidade ou o mais próximo das palavras determinadas numa série de coordenação. É preciso estar atento a que a liberdade de concordância que a língua portuguesa muitas vezes oferece deve ser cuidadosamente apro-veitada para não prejudicar a clareza da mensagem e a harmonia do estilo. Na língua oral, em que o fluxo de pensamento corre mais rápido que a formulação e estruturação da oração, é muito comum enunciar primeiro o verbo – elemento fulcral da atividade comunicativa – para depois se seguirem os outros termos oracionais. Nestas circunstâncias, o falante costuma enunciar o verbo no singular, porque ainda não pensou no sujeito a quem atribuirá a função predicativa, contida no verbo, se o sujeito, neste momento, for pensado como plura-lidade, os casos de discordância serão aí frequentes. O mesmo ocorre com o concordância nominal, do particí-pio. A língua escrita, formalmente mais elaborada, tem meios de evitar estas discordâncias.” Evanildo Bechara

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Assim:a) os adjetivos, pronomes, artigos e numerais concordam em gênero e número com os substantivos determi-nados (concordância nominal).b) o verbo concordará com o seu sujeito em número e pessoa (concordância verbal).

cONcORDÂNciA NOMiNAL

1º) Quando o adjetivo se referir a um só nome, o substantivo concorda com ele em gênero e número.

Boa árvore não dá maus frutos.

2º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos do mesmo gênero e do singular e vier posposto, toma o gênero deles e vai facultativamente, para o singular ou plural.

Disciplina, ação e coragem digna (ou dignas).

Porém: Dedicado o pai, o filho e o irmão.(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo).

3º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes e do singular e vier pospos-to, poderá ir para o masculino plural ou concordar com o mais próximo.

Escolheste lugar e hora maus.Escolheste lugar e hora má.

Porém: Sinto eterno amor e gratidão.(adjetivo anteposto concordará com o mais próximo).

4º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gêneros diferentes e do plural e vier posposto, tomará o plural masculino ou concordará com o mais próximo.

Rapazes e moças estudiosos (ou estudiosas).5º) Quando o adjetivo se referir a dois ou mais substantivos de gênero e número diferente e vier posposto, poderá concordar com o mais próximo ou ir para o plural masculino.

Primos, primas e irmãs educadíssimas (ou educadíssimos).

6º) Pode o adjetivo ainda concordar com o mais próximo quando os substantivos são ou podem ser considerados sinô-nimos.

Gratidão e reconhecimento profundo.

7º) Quando dois ou mais adjetivos se referem ao mesmo substantivo determinado pelo artigo, ocorrem três tipos de construção:

Estudo as línguas inglesa e francesa.Estudo a língua inglesa e a francesa.Estudo a língua inglesa e francesa.

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8º) As palavras: mesmo, próprio e só (quando equivale a sozinho) concordam segundo a regra geral em gênero e número com a palavra a que se referem. Só quando equivale a somente é advérbio e invariável.

Ela mesma me avisou.Vocês próprios me trouxeram a notícia.Nós não estivemos sós.Só eles não concordaram.

Obs.: A expressão a sós é invariável. Exemplo: Gostaria de ficar a sós por uns momentos.

9º) Anexo, incluso, junto, bastante e nenhum, concordam, normalmente, com os substantivos a que se refe-rem.

Segue anexa a cópia do contrato.Vão inclusos os requerimentos.Seguem juntas as notas.Bastantes pessoas ignoram esse plural.Homens nenhuns, nenhumas causas.

Observações:

a) Alerta e menos são sempre invariáveis.

Estamos alerta.Há situações menos complicadas.Há menos pessoas no local.

b) Em anexo é sempre invariável.

Seguem, em anexo, as fotografias.

10º) Meio - meia, como adjetivo concordam em gênero e número com o substantivo que modificam, mas como advérbio meio permanece invariável.

Obs.: como adjetivo, modifica o substantivo; como advérbio, modifica o adjetivo, o verbo e o próprio advérbio.Já é meio-dia e meia (hora). (substantivo)Comprei dois meios litros de leite. (substantivo)Quero meio quilo de café. (substantivo)Ele sentia-se meio cansado. (adjetivo)Elas pareciam meio tontas. (adjetivo)Minha mãe está meio exausta. (adjetivo)

Estão nesse caso palavras como: pouco, muito, bastante, barato, caro, meio, longe, etc.11º) Dado e visto e qualquer outro particípio, concordam com o substantivo a que se referem.

Dados os conhecimentos (substantivo masculino)Dadas as condições (substantivo feminino)Vistas as dificuldades (substantivo feminino)

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12º) As expressões um e outro e nem um nem outro são seguidas de um substantivo singular.

. . . mas aprovei um e outro ato.

. . . mas uma e outra coisa duraram.

Porém: Quando um e outro for seguido de adjetivo, o substantivo fica no singular e o adjetivo vai para o plu-ral.

Uma e outra parede sujas.Um e outro lado escuros.

13º) A palavra possível em o mais . . . possível, o pior possível, o melhor possível, mantém-se invariável.

Praias o mais tentadoras possível.

Porém: Com o plural os mais, os menos, os piores, os melhores, a palavra possível vai para o plural.

Praias as mais tentadoras possíveis.

14º) A palavra obrigado concorda com o nome a que se refere.

Muito obrigado (masculino singular)Muito obrigada (feminino singular)Eles disseram muito obrigados (masculino plural)

15º) O verbo ser mais adjetivo.

Nos predicados nominais em que ocorre o verbo ser mais um adjetivo, formando expressões do tipo é bom, é claro, é evidente, etc., há duas construções:

– se o sujeito não vem precedido de nenhum modificador, tanto o verbo quanto o adjetivo ficam invariáveis.

Cerveja é bom.É proibido entrada.

– se o sujeito vem precedido de modificador, tanto o verbo quanto o predicativo concordam regularmente.

A cerveja é boa.É proibida a entrada.

16º) concordância do Adjetivo (Predicativo)

a) Predicativo do sujeito: concorda com o sujeito em número e gênero:

As crianças estavam tristonhas.

b) Predicativo do Objeto:

– Se o objeto direto for simples o adjetivo predicativo concorda em gênero e número com o objeto. Trouxeram-na desmaiada.

– Se o objeto direto for composto o adjetivo predicativo deverá flexionar-se no plural e no gênero dos objetos.

A justiça declarou criminosas a atriz e suas amigas.

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17º) Substantivos ligados por ou: o adjetivo concorda com o mais próximo ou, então, vai para o plural.

uma flor ou um fruto saboroso OU saborosos.

18º) Dois ou mais ordinais determinando o substantivo: este ficará no singular ou no plural.

a primeira e segunda ferida (OU feridas) do coração.

EXERcÍciOs

1) Assinale a alternativa em que ocorre erro na concordância do verbo ser e do predicativo.

a) É perigoso contratos muito longos.b) Foi arriscada a sua proposta.c) É necessário atitudes desse tipo.d) Não parecia, mas era claro sua intenção.e) Cerveja gelada é bom para a saúde.

2) Assinale a alternativa em que ocorra algum erro de concordância nominal.

a) Saiba que você cometeu um crime de lesa-majestade.b) Estejam alerta, pois o inimigo não manda aviso.c) Há menos indecisões do que parece.d) Permitiram-me que as deixo só.e) Ele sentiu que precisava ficar a sós.

3) Assinale, dentre as frases abaixo, as opções corretas quanto à concordância nominal.

a) É meio-dia e meia.b) É proibido entrada.c) É proibida a entrada.d) Seguem anexo os documentos.e) Seguem anexo notas fiscais.f) Envio inclusas as faturas.g) É permitido a entrada.

Questões de 4 a 6 - Responda, segundo o código:

a) Apenas correta a I.b) Apenas correta a II.c) Apenas correta a III.d) Todas corretas.e) Todas erradas.

4) I. É expressamente proibido entrada. II. Maçã é muito bom para os dentes. III. Será necessária tal atitude?

5) I. Na sala, havia lugares bastantes para todos. II. Eu mesmo, uma mulher experiente, cometo erros infantis. III. É necessário, neste momento, a exatidão dos fatos.

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6) I. Encontrei uma e outra janela aberta. II. Marta estava meia preocupada. III. Seguia anexo ao envelope uma lista de preços.

7) Assinale o item que apresenta erro de concordância:

a) Os fatos falam por si só.b) Ele estuda a história e a mitologia egípcia.c) Estes produtos custam cada vez mais caro.d) Ela mesma nos agradeceu.e) Ele mesmo construiu sua casa.

8) Elas ............... enviaram os atestados ............... às procurações.

a) mesmos, anexasb) mesmas, anexasc) mesmos, anexosd) mesmas, anexose) mesmo, anexo

9) Apenas uma alternativa preenche corretamente os espaços existentes na sentença abaixo.

Assinale-a:

Aqueles seguranças estão ............... porque encontraram............... marcas de mão.

a) alerta - bastanteb) alerta - bastantesc) alertas - bastantesd) alertas - bastantee) n.d.a.

10) Não foi ............... a nota que receberam. Elas .......fizeram o trabalho.

a) justa - mesmasb) justo - mesmoc) justa - mesmod) justo - mesmase) justas - mesma

11) Assinale a alternativa em que a concordância nominal está incorreta:

a) É vergonhosa a miséria e o desinteresse político.b) Admiro a cultura árabe e a japonesa.c) A aluna foi mal na prova porque estava meia tensa.d) Há bastantes pessoas desempregadas nesta cidade.e) Muito obrigada, respondeu a menina.

12) Todas as alternativas abaixo estão corretas quanto à concordância nominal, exceto:

a) Foi acusado de crime de lesa-pátria.b) As declarações devem seguir anexas ao processo.c) Eram rapazes os mais elegantes possível.d) Seguiram automóveis, cereais e geladeiras exportados.

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13) Em todas as frases a concordância se fez corretamente,exceto em:

a) Os soldados, agora, estão todos alerta.b) Ela possuía bastante recursos para viajar.c) As roupas das moças eram as mais belas possíveis.d) Rosa recebeu o livro e disse: “Muito obrigada”.

REsPOsTAs

1 - D 2 - D 3 – a; b; c; f 4 - D 5 - A 6 - E

7 - A 8 - D 9 - B 10 - A 11 - c 12 - c 13 - B

cONcORDÂNciA VERBAL

O verbo concorda com o sujeito em número e pessoa com as seguintes regras:

1ª) sujeito composto anteposto ao verbo: este fica no plural.

O pai, a mãe e o filho estão ausentes.

2ª) sujeito composto posposto ao verbo: este pode concordar com o núcleo mais próximo ou com todos os núcleos indo para o plural.

Está ausente o pai, a mãe e o filho. Estão ausentes o pai, a mãe e o filho.

3ª) sujeito composto por pronomes pessoais diferentes: o verbo vai para o plural concordando com a pessoa que possui prioridade gramatical (ou seja, 1ª pessoa prevalece sobre 2ª e 3ª; 2ª pessoa prevalece sobre a 3ª).

Eu, tu, ele e ela somos bons amigos. (eu - nós) Tu, ele e ela sois bons amigos. (tu - vós) Ela e tu ireis embora. (tu - vós)

4ª) sujeito composto: tendo seus núcleos ligados por não só ... mas também, tanto ... quanto, não só ... como, o verbo concorda com o mais próximo ou vai para o plural.

Não só a moça, mas também o príncipe estariam pobres.

Obs.: Caso se trate de uma simples comparação, o verbo fica no singular.

Este aumento de salário, assim como o anterior, não compensou.

5ª) sujeito ligado por “com”: o verbo irá para o plural se indicar cooperação na ação, visto que a preposição forma verdadeiro sujeito composto, equivalente a e; se a preposição com exprimir circunstância de companhia, o verbo fica no singular.

Napoleão com seus soldados invadiram a Europa. Egas Monis, com a mulher e os filhos, apresentou-se ao rei da Espanha.

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6ª) sujeito ligado por “ou”: levar-se-á em conta para o verbo ficar:

a) no singular:exclusão: Pedro ou Paulo será eleito.sinonímia: A glotologia ou a linguística é uma ciência que se ocupa da linguagem humana.

b) no plural:inclusão: O calor ou o frio excessivo prejudicam certas plantas. (ou = e)antonímia: O choro ou o riso constituíam o viver daquela gente.retificação: O ladrão ou os ladrões não deixaram nenhum vestígio.

Porém: na antecipação do verbo, dá-se concordância com o mais próximo.

Nenhum vestígio de sua presença deixou o autor ou autores do crime.7ª) sujeitos representados por “um e outro”: o verbo pode ficar no singular ou no plural.

Um e outro testemunho o condenavam (ou condenava).

8ª) sujeitos representados por “um ou outro”: o verbo fica no singular.

Uma ou outra pode alugar a casa.

9ª) sujeito representado por “nem um, nem outro”: exige o verbo no singular.

Afirma-se que nem um, nem outro falou a verdade.

10ª) sujeito representado por expressão como “a maioria de” (a maior parte, parte de) + um nome no plural: o verbo irá para o singular ou plural.

A maioria dos doidos ali metidos estão (ou está) em perfeito juízo.

11ª) sujeito representado por um coletivo: o verbo fica no singular, embora em escritores clássicos se encon-trem exemplos de concordâncias não com o coletivo, mas com a ideia de plural que ele encerra (silepse).

Mas nem sempre o povo acerta.

12ª) sujeito representado pela palavra “que” pronome relativo: o verbo concorda em número e pessoa com o antecedente da palavra “que”.

Fui eu que te vesti do meu sudário. Não és tu que me dás felicidade.

13ª) sujeito representado pelo pronome “quem”: o verbo vai para a 3ª pessoa do singular, ou concorda com o sujeito da oração principal.

Mas não sou eu quem está em jogo. (ou “estou”)

14ª) sujeito composto seguido de um aposto resumidor: o verbo concorda com a palavra resumidora e não com o sujeito composto.

Jogos, convenções, espetáculos, nada o distraía. Desvios, fraudes, roubos, tudo era permitido.

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15ª) Verbo + pronome apassivador “se”: concorda com o sujeito paciente em número e pessoa.

Ouviam-se aplausos no salão. Compram-se livros usados. Vendem-se apartamentos.

16ª) Verbo + índice de indeterminação do sujeito “se”: fica o verbo na 3ª pessoa do singular.

Precisa-se de carpinteiros. Gosta-se de praias naquela região. Necessita-se de outras explicações.

17ª) Verbos impessoais: ficam, normalmente, na 3ª pessoa do singular:

a) O verbo haver no sentido de existir, acontecer.

Havia dois alunos no corredor. Houve fatos estranhos naquela cidadezinha.b) Os que indicam fenômenos da natureza: chover, ventar, nevar, gear, etc.

c) Os verbos haver, fazer, estar, ir, ser (com referência a tempo).

Há três dias que não o vejo.Faz quatro meses que não nado.Vai em dois anos ou pouco mais . . .É cedo.Está frio.

Entretanto:– O verbo ser concorda com o predicativo.

São dez horas. É uma hora.

– Os verbos existir, acontecer, são pessoais, ou seja, admitem sujeito e concordam com ele.

Existem duas manchas na parede.(sujeito = duas manchas)Aconteceram fatos estranhos.(sujeito = fatos)

– Nas locuções verbais, o verbo impessoal transmite a sua impessoalidade para o verbo auxiliar.

Vai haver novas oportunidades.(não há sujeito)Está fazendo dez anos que . . .

Porém:

Vão existir novas oportunidades.(existir = verbo pessoal)

Estavam acontecendo coisas estranhas.(estar = verbo pessoal)

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18ª) O verbo “dar”, “bater” + hora(s): estes verbos concordam com o sujeito expresso hora(s).

Deram há pouco nove horas! Bateram devagar dez horas!

Porém:

Se, na oração, vem a palavra relógio, funcionando como sujeito, o verbo concordará com ela em nú-mero e pessoa.

Que horas deu o relógio? Vai dar dez horas o relógio da Sé.

19ª) O verbo “ser”:

a) Com as palavras tudo, isto, isso, aquilo, o que e o predicativo no plural, o verbo ser também pode ir para o plural ou ficar no singular.

Tudo eram memórias na infância.Isto não são coisas que você possa dizer.Tudo são flores.

b) O sujeito que dá nome à pessoa concorda com o verbo ser.

O filho é as alegrias do pai.

c) O sujeito que dá nome a algo pede o verbo concordando com o predicativo no plural.

O problema são as suas dívidas.

d) O pronome pessoal sujeito ou predicativo pede a concordância do verbo com ele.

Ele era todo ouvidos e angústia.O trouxa neste caso fui eu.

e) As expressões é muito, é pouco, é mais de, é menos de, é tanto, quando indicam preço, quantidade, peso ficam com o verbo no singular.

Duas horas não é tanto assim. Oitocentos gramas é muito.

f) Em horas, datas e distâncias, o verbo ser é impessoal e concorda com o predicativo.

Hoje são quatorze de outubro. predicativoHoje é dia quatorze de outubro. predicativo

É zero hora em São Paulo.São dez horas da manhã.São cem quilômetros daqui até lá.

Obs.: Em datas, o verbo ser pode concordar com a ideia da palavra dia, mesmo que ela não apareça.

Hoje é 2 de outubro.

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EXERcÍciOs

1) Indique a alternativa correta:

a) Tratavam-se de questões fundamentais.b) Comprou-se terrenos no subúrbio.c) Reformam-se ternos.d) Obedeceram-se aos severos regulamentos.e) Precisam-se de datilógrafas.

2) A relação de verbos que completam, convenientemente e respectivamente, as lacunas dos períodos abaixo é:

a) são / são / eram / Devem.b) é / são / era / Deve.c) é / é / era / Devem.d) são / é / era / Deve.e) são / é / eram / Deve.

I. Hoje .......... 24 de janeiro.II. Trinta quilômetros .......... muito.III. Já .......... uma e vinte.IV. .......... ser duas horas.

3) Nas cinco alternativas, há duas concordâncias verbais erradas. Indique-as.

a) Eu, tu e nossos amigos iremos no mesmo avião.b) Tu e meus amigos ireis no mesmo trem.c) Tu e meus amigos irão no mesmo automóvel.d) V. Exª, eles e aqueles garotos seguireis depois.e) Margarida e vossa tia seguireis primeiro.4) O verbo concorda em número e pessoa com o sujeito. Portanto, não está correta a alternativa:

a) Faltam ainda seis meses para o vencimento.b) Existem fortes indícios de melhoria geral.c) Não provém daí os males sofridos.d) Os fatos que o perturbam são bem poucos.e) Serão considerados válidos tais argumentos?

5) Quando ............... dez minutos para o término da aula, ................. na lousa as tarefas de casa.

a) faltar / serão escritos.b) faltar / serão escritas.c) faltar / será escrito.d) faltarem / serão escritas.e) faltarem / será escrito.

6) Conheci-a, ..................... poucos dias, mas não ...............novas oportunidades para encontrá-la.

a) deve haver / faltaráb) devem haver / faltarãoc) deve haver / faltarãod) devem haver / faltarãoe) devem haver / faltará

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7) Assinale a frase que contém um erro no que diz respeito ao emprego do verbo “fazer”:

a) Faz três anos que regressaram.b) Fazem-se muitos trabalhos apressadamente.c) Já deve fazer dois anos que vieram para o Brasil.d) Vão fazer dois anos que lá estive pela última vez.e) Aqui faz verões terríveis.

8) Assinale a alternativa em que a concordância está incorreta, segundo o uso clássico da língua portuguesa.

a) Mais de um jornal publicou a notícia.b) Ele e tu irão ao teatro.c) Sou eu quem paga.d) Não fui eu a que chegou primeiro.e) Cada um dos jogadores daquele quadro já ganhou um prêmio.

9) Este ano, ................ as festas que ................, que eu não comparecerei a nenhuma.

a) pode haver / haverb) podem haver / houveremc) pode haver / houverd) pode haver / houvereme) pode haverem / houver

10) Assinale a alternativa incorreta:

a) Precisam-se alunos especializados.b) Precisa-se de alunos especializados.c) Precisa-se de alunos competentes.d) Assiste-se a filmes nacionais.e) Obedeça-se aos regulamentos.

REsPOsTAs1 - c 2 - c 3 - c 4 - c 5 - D6 - c 7 - D 8 - B 9 - c 10 - A

REGÊNciA NOMiNAL E VERBAL

Regência trata das relações de dependência entre um nome ou um verbo e seus complementos. Quando um termo exige complemento o chamamos de regente e o termo complementar de regido. Há dois tipos: regência verbal e regência nominal.

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REGÊNciA NOMiNAL

Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio).

Tenho amor ao próximo. Termo regente termo regido (substantivo) (complemento nominal)

Estou preocupado com o desemprego. Termo regente termo regido (adjetivo) (complemento nominal)

Agiram favoravelmente à sua decisão. Termo regente termo regido (advérbio) (complemento nominal)

Há nomes que admitem mais de uma preposição sem que o sentido seja alterado:Estou apto a este tipo de trabalho.Estou apto para este tipo de trabalho.

Há outros nomes, que dependendo do sentido, pedem outras preposições:Tenho muita consideração por pessoas que trabalham.Tenho muita consideração sobre o trabalho filantrópico.

Veja alguns nomes com as respectivas regências:

acessível aacostumado a, comadaptado aaflito com, poragradável aalheio a, dealienado dealusão aambicioso deanalogia com, entreanálogo aapto a, paraatento a, emaversão a, para, porávido de, porbenéfico acapaz de, paracompatível comcompreensível acomum a, deconstante de, emconstituído de, por, comcontemporâneo a, decontrário acuidadoso comcurioso de, adesatento adescontente comdesejoso dedevoto a, dediferente dedifícil dedigno deentendido em

equivalente aerudito emessencial paraestranho afácil defalha de, emfalta defavorável afiel afirme emgeneroso comgrato ahábil emhabituado ahorror ahostil aimpossível deimpróprio paraimune a, deincompatível comindeciso emindependente de, emindiferente aindigno deleal amedo a, denecessário apassível deperito empossível depreferível aprejudicial apróximo a, derelacionado com

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EXERcÍciOs

1) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência nominal:

a) Ele sempre foi desfavorável a sua contratação.b) Era uma pessoa curiosa de religião.c) Permaneciam atentos de problemas financeiros.d) A cerveja é preferível ao vinho.e) Sou favorável a uma nova reunião.

2) Assinale a alternativa que não admite ambas as regências:

a) As crianças estão imunes ao / do vírus da gripe.b) Tenho horror a / de insetos.c) Este filme é contemporâneo ao / de outro.d) Sou devoto ao / de Santo Expedito.e) O manual é constituído de / por novas regras de acentuação.

3) Jorge estava habituado ............... trabalhar à noite,mas isto não era benéfico ............... sua saúde,descontente .............. a situação, pediu demissão.

a) por – a – com b) à – à – com c) à – a – pelad) a – à – come) em – à – em

4) As palavras alusão, erudito, passível regem, respectivamente, as preposições:

a) a – em – deb) de – em – comc) por – de – emd) a – de – dee) por – em – de

5) Joana é muito cuidadosa ............... os filhos, já seu marido é desatento ............... tudo.

a) a – com b) com – por c) a – ded) a – pore) com – a

6) Assinale a alternativa incorreta quanto à regência nominal:

a) Sou contrário ao voto dele.B ) Sua atitude não foi compatível ao seu pensamento.c) Ele era entendido em história.d) Fica próximo ao Largo do Paissandu.e) Sou leal aos meus princípios.

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7) Ocorre regência nominal inadequada em:

a) Ele sempre foi insensível a elogios.b) Estava sempre pronta a falar.c) Sempre fui solícito com a moça.d) Estava muito necessitado em carinho.e) Era impotente contra tantas maldades.

REsPOsTAs

1 – c 2 – B 3 – D 4 – A 5 – E 6 – B 7 – D

REGÊNciA VERBAL

Quando o termo regente é um verbo.

Precisamos de alimento. Termo regente termo regido (verbo) (objeto indireto)

Há verbos que admitem mais de uma regência sem que o sentido seja alterado.

Nunca esquecerei os favores que fez. Verbo transitivo direto objeto direto

Nunca esquecerei dos favores que me fez. Verbo transitivo indireto objeto indireto

Há outros verbos que mudando a regência, mudam de significado.

O policial visou o alvo e atirou. Transitivo direto(visar = apontar, mirar)

Ele visava a uma boa colocação na firma. Transitivo indireto (visar = pretender)

REGÊNciA DE ALGUNs VERBOs

Agradar e desagradar

• No sentido de fazer carinho, é transitivo direto.

O pai agradava a filha. VTD OD

• No sentido de contentar, é transitivo indireto (preposição a).

O filme agradou ao público. VTI OI

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Aspirar

• No sentido de respirar, sorver, é transitivo direto.

Aspirei o ar da manhã. VTD OD

• no sentido de pretender, desejar, é transitivo indireto(preposição a).

Ele aspirava ao cargo de diretor. VTI OI

Assistir

• No sentido de ver, é transitivo indireto (preposição a).

Assistimos ao jogo de basquete. VTI OI

• No sentido de prestar assistência, ajudar, é transitivo direto.

A enfermeira assistiu o paciente com muito cuidado. VTD OD

• No sentido de pertencer, caber, é transitivo indireto(preposição a).

Assiste ao diretor comunicar as novas regras. VTI OI

• No sentido de morar, residir é intransitivo.

Há dois anos ele assiste em São Paulo VI

Agradecer

• objeto referindo-se a coisa, é transitivo direto.

Agradeci o presente. Agradeci-o. VTD OD

• objeto referindo-se a pessoa, é transitivo indireto(preposição a).

Agradeci ao médico. Agradeci-lhe. VTI OI

• com os dois objetos, é transitivo direto e indireto.

Agradeci o presente à mamãe.Agradeci-o à mamãe.Agradeci-lhe o presente.

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Ajudar

• é transitivo direto.

Sempre ajudo mamãe nos afazeres de casa. VTD OD

• é transitivo direto e indireto. (preposição a).

Ajudei-a a lavar a louça. VTDI OD OI

Amar

• é transitivo direto.

As crianças amam seus brinquedos. VTD OD

• é intransitivo.

Amei demais e não fui correspondido. VI

Apelar

• é transitivo indireto (preposição para e de).

Não conseguindo resolver seus problemas, apelou para os pais. VTI OI

Atender

• No sentido de levar em consideração, é transitivo indireto (preposição a).

Teobaldo não atendia aos pais. VTI OI• No sentido de satisfazer, atentar, observar, é transitivo indireto (preposição a).

Mamãe atendia a todas as vontades de João. VTI OI

• No sentido de acolher ou receber, é transitivo direto.

O diretor da escola atendeu os pais. VTD OD

• No sentido de conceder ou deferir um pedido, é transitivo direto.

O chefe não atendeu as exigências dos empregados. VTD OD

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Atingir

• é transitivo direto.

O policial não atingiu o alvo. VTD OD

chamar

• No sentido de convidar, convocar, é transitivo direto.

Nós chamamos os acionistas para uma reunião de emergência. VTD OD

• No sentido de denominar, cognominar, é transitivodireto ou transitivo indireto.

Chamaram- no empregadinho.VTDChamaram- no de empregadinho.VTD preposiçãoChamaram- lhe empregadinho.VTIChamaram- lhe de caloteiro.VTDI preposição objeto predicativo do objeto

chegar

• é intransitivo (preposição a).

Cheguei à escola. VI adjunto adverbial

consistir

• é transitivo indireto (preposição em).

O futuro da nossa empresa consiste em nossa honestidade. VTI OI

contentar-se

• é transitivo indireto (preposição com, em, de).

Ela contenta-se com tão pouco. VTI OI

custar

• No sentido de ser custoso, ser difícil, é transitivo indireto.

Custou à mamãe acreditar naquele terrível acidente. VTI OI

• No sentido de acarretar, é transitivo direto e indireto.

O trabalho custou-nos muita atenção. VTDI OI OD

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Ensinar

• É transitivo direto e indireto.

Helena ensina inglês aos alunos. VTDI OD OI

Esquecer e lembrar

• É transitivo direto quando não for pronominal.

Esqueci o seu nome.Lembrei o seu aniversário.

• É transitivo indireto quando for pronominal (preposição de).

Esqueci-me do seu nome.Lembrei-me do seu aniversário.

informar

• É transitivo direto e indireto.

Informou os colegas de seus problemas. VTDI OD OI

Informou aos colegas os seus problemas. VTDI OI OD

ir

• É intransitivo (com preposição).

Fui à escola. VI Fui para Salvador. VI

Namorar

• É transitivo direto.

João namorou Clara durante cinco anos. VTD OD

Obedecer e desobedecer

• É transitivo indireto (preposição a).

Os filhos obedecem aos pais. VTI OI

Aquele motorista desobedeceu aos sinais. VTI OI

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Pagar e perdoar

• É transitivo direto quando o objeto refere-se à coisa.

Vou pagar o livro. VTD OD

Papai perdoou suas falhas. VTD OD• É transitivo indireto quando o objeto refere-se à pessoa (preposição a).

Vou pagar ao dentista. VTI OI

Papai perdoou aos meninos. VTI OI

• É transitivo direto e indireto quando possui os dois objetos.

Papai perdoou as falhas aos meninos. VTDI OD OI

Precisar

• No sentido de marcar com precisão, é transitivo direto. O repórter não precisou o local do acidente. VTD OD

• No sentido de necessitar, é transitivo indireto (preposição de). Eu preciso de silêncio para pensar. VTI OI

Preferir

• É transitivo direto e indireto (preposição a).

Prefiro vinho a cerveja. VTDI OD OI

Prefiro o vinho à cerveja.

Presidir

• É transitivo direto ou transitivo indireto.

Ele presidiu a Câmara dos Deputados. VTD OD

Ele presidiu à Câmara dos Deputados. VTI OI

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Querer

• No sentido de desejar, é transitivo direto.

Quero uma boa casa para morar. VTD OD

• No sentido de estimar, gostar, é transitivo indireto(preposição a).

Quero bem ao Bruno. VTI OI

simpatizar e antipatizar

• É transitivo indireto (preposição com)

Simpatizo com Luísa.

Visar

• No sentido de apontar, mirar, é transitivo direto.

O atirador visou o alvo. VTD OD

• No sentido de passar visto, é transitivo direto.

O gerente visou o cheque. VTD OD

• No sentido de pretender, ter em vista, é transitivo indireto (preposição a).

Sempre visei ao seu bem. VTI OI

EXERcÍciOs

1) Assinale a regência verbal incorreta:

a) Visei um passaporte e fui viajar.b) Quero um bom emprego.c) Aninha sempre obedece a mãe.d) Esqueci-me do endereço.e) Simpatizo com você.

2) Escolha a regência verbal correta do verbo chamar:

a) Chamamo-la de esperta.b) Chamamo-la esperta.c) Chamamos-lhe esperta.d) Todas as alternativas estão corretas.e) Nenhuma das alternativas está correta.

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3) A regência está correta em:

a) Prefiro café do que chá.b) Pedro namora com Joana.c) Informei o endereço ao turista.d) Cheguei na casa de Marta às cinco horas.e) Ele contenta-se por tão pouco.

4) Assinale a alternativa em que o verbo custar tem omesmo significado da oração abaixo:

“Custa-me acreditar que você disse isso.”

a) A ida ao teatro custou-lhe caro.b) Naquela tarde custou-me chegar à escola.c) A perda dos documentos custou-me muito.d) Quanto custa esta joia?e) Os alimentos custam muito caro.

5) Assinale a regência verbal incorreta:a) Não informaram aos alunos sobre as provas.b) Não informaram os alunos sobre as provas.c) Não informaram aos alunos as provas.d) Não informaram os alunos das provas.e) Não informaram das provas aos alunos.

6) Assinale a regência verbal incorreta:a) assistir ao jogo (= ver)b) assistir o paciente (= prestar assistência)c) assistir em Minas Gerais (morar)d) assistir o professor (= caber)e) assiste ao menino (= pertencer)

REsPOsTAs

1-c 2-D 3-c 4-B 5-A 6-D

OcORRÊNciA DE cRAsE

Crase é a fusão de duas vogais a + a (à), indicada pelo acento grave. A crase pode ocorrer com a junção da preposição com:

• o artigo feminino a ou as:

Fomos a a escola. ↙ ↘ preposição artigo

Fomos à escola.

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• o a dos pronomes demonstrativos aquele, aquela, aquilo:

Entreguei os documentos a aquele senhor. ↙ ↘ preposição pronome demonstrativo

Entreguei os documentos àquele senhor.

• o a do pronome relativo a qual (as quais):

A casa a a qual comprei há muitos anos foi demolida. ↙ ↘preposição pronome relativo

A casa à qual comprei há muitos anos foi demolida.

A regência de alguns verbos exige a preposição a.

Veja alguns exemplos:

Fui à feira.Peça à sua mãe que lhe conte uma história.Referi-me à sua atual situação.

cAsOs EM QUE NÃO OcORRE A cRAsE:

• antes de substantivos masculinos: Não assisto a jogo de futebol.

• antes de verbos: Assim que cheguei em casa, começou a chover.

• antes de artigo indefinido: À noite iremos a uma festa.

• antes de pronome indefinido: Desejo a todos boa viagem.

• antes de pronomes pessoais do caso reto, do caso oblíquo e de alguns pronomes de tratamento que não admitem artigo:

Dei um presente a ela.Todos se dirigiram a mim.Contei meus planos a Vossa Majestade.

• quando o a aparece antes de uma palavra no plural, dando um sentido genérico: Ele se referiu a mulheres estranhas.

• nas expressões formadas por palavras repetidas:

cara a cara frente a frente

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cAsOs EM QUE O UsO DA cRAsE É OBRiGATÓRiO

• nas locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas femininas:

à parte em frente ààs vezes à espera deà proporção que à medida que

Exceção:

Locuções adverbiais femininas que indiquem instrumentonão levam o acento de crase.

a máquina a bala

A carta foi escrita a máquina. Ele foi ferido a bala.

• nas expressões à moda de e à maneira de, mesmo quando subentendidas:

Usava sapatos à Luís XV. (à moda de)

• na indicação de horas:

O avião chegará às quinze horas.

cAsOs FAcULTATiVOs

São casos em que pode ou não ocorrer a crase:

• antes de nomes femininos: Não conte isso a ( à ) Carla.

• antes de pronomes possessivos femininos: Obedeço a ( à ) minha mãe.

• depois da preposição até: Fui até a ( à ) escola.

cAsOs EsPEciAis

• antes da palavra casa:

A palavra casa, no sentido de lar, residência, não admite o uso da crase. Se a palavra casa vier determi-nada, leva o acento de crase.

Voltei a casa depois do trabalho. Vou à casa de meus pais nas próximas férias.

• antes da palavra terra:

A palavra terra, no sentido de chão firme, não admite o uso da crase. Se a palavra terra vier determina-da, leva o acento de crase.

Depois de meses no navio, os marinheiros voltaram a terra. Regressarei à terra dos meus avós.

Se estivermos em dúvida quanto ao emprego da crase, basta recorrermos a três regras básicas:

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1ª REGRA: Troca-se a palavra feminina por uma masculina correspondente.Vou à feira. Ela visitou a irmã.Vou ao cinema. Ela visitou o irmão.2ª REGRA:

Troca-se o a craseado por para a:

Irei à Argentina. Irei a Portugal. Irei para a Argentina. Irei para Portugal.

3ª REGRA:

Troca-se cheguei de por a e cheguei da por à:

Cheguei de Belo Horizonte.Irei a Belo Horizonte.Cheguei da Bahia.Irei à Bahia.

EMPREGO DE HÁ E A

Essas duas formas, em relação ao tempo, têm o seguinte uso:

HÁ:

É usado no sentido de tempo decorrido, (verbo haver).

Não o vejo há três semanas.

A:

É usado no sentido de tempo futuro, (preposição).

Daqui a cinco dias, retornaremos ao trabalho.

EXERcÍciOs

1) Fui .......... São Paulo negociar .......... poucas coisas que ainda possuo.

a) à – asb) a – asc) a – àsd) ao – as

2) .......... poucos meses, papai referia-se .......... mamãe com muito carinho.

a) A – àb) Há – ac) A – ad) Há – à

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3) Assinale a alternativa incorreta quanto ao uso do acento de crase:

a) Vou a Paris no próximo ano.b) Partirei às duas horas.c) Gosto de comida a italiana.d) Ele saiu às pressas.

4) Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas das orações abaixo:Ele saiu .......... pé.Ele obedece .......... professora.Peça .......... ela que venha me encontrar.Vou visitar .......... terra dos meus tios.

a) a - à - a - àb) à - a - a - àc) à - à - à - ad) a - a - à - a5) Assinale a alternativa em que todas as locuções devem receber o acento de crase:

a) as vezes – a esmo – a parteb) em frente a – a espera de – a medida quec) a máquina – as vezes – a proporção qued) a espera de – a bala – as pressas

6) Todas as alternativas possuem casos facultativos no uso da crase, exceto:

a) Vou até à farmácia.b) Ela deu um presente à sua melhor amiga.c) Bento entregou a carta à Maria.d) Beatriz devolverá o livro à senhora.

7) Aponte a alternativa em que não ocorre o uso da crase:

a) Ele age as escondidas.b) A mulher a qual me refiro é minha professora.c) Dia a dia, os problemas se tornam mais difíceis.d) Irei a Austrália assim que puder.

8) Fui .......... cidade .......... dez horas para conhecer .......... minhas primas.

a) à - às - asb) a - às - asc) à - as - àsd) à - às - às

9) Aponte a alternativa incorreta quanto ao uso da crase:

a) Ele deve tomar o remédio gota a gota.b) Não conte o meu segredo à ninguém.c) Junto à porta, Roberto esperava ansioso.d) Ele não voltará àquele lugar.

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10) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das orações abaixo:

Eu o conheci .......... muitos anos.Voltarei .......... terra natal.As crianças foram .......... casa.Daqui .......... vinte dias iremos .......... Salvador.

a) há - a - à - há - ab) a - à - à - à - ac) à - a - a - à - àd) há - à - a - a - a

11) Ocorre o uso do acento de crase:

a) antes de artigo indefinidob) antes de verbosc) na indicação de horasd) antes de substantivos masculinos

12) O uso do acento de crase é proibido:

a) nas locuções que indiquem instrumento.b) nas expressões à moda dec) na indicação de horasd) antes de pronomes possessivos femininos.

REsPOsTAs1 - B 2 - D 3 - c 4 - A 5 - B 6 - D7 - c 8 - A 9 - B 10 - D 11 - c 12 - A

PONTUAÇÃO

EMPREGO DOs siNAis DE PONTUAÇÃO

1) VÍRGULA ( , )

Geralmente, a vírgula é utilizada para dar uma breve pausa na leitura.

A vírgula entre os termos de uma oração

Emprega-se a vírgula para:

• separar elementos de uma enumeração: Crianças, jovens e velhos manifestaram-se contra a violência.

• separar o aposto: Madalena, aquela moça alegre, possuía uma vida infeliz.

• separar o vocativo: O jantar está servido, senhor!

• separar o adjunto adverbial antecipado: Logo pela manhã, ouviu-se um terrível estrondo.

Observação: Se o adjunto adverbial viesse no final da frase, não seria necessário o uso da vírgula.

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• isolar o nome do lugar nas datas: São Paulo, 07 de outubro de 1963.

• indicar a omissão de um termo: Todos estavam alegres; eu, muito triste.

Observação: Neste exemplo, foi omitido o verbo estava. “. . . eu estava muito triste.”

• depois do sim e do não, usados como resposta, no início da frase:

– Você vai à escola?– Sim, vou. ou – Não, vou ficar em casa.

• para separar palavras e expressões explicativas ou retificativas como por exemplo, ou melhor, isto é, aliás, além disso, então, etc. Eles foram à praia ontem, aliás, anteontem.

• para separar termos deslocados de sua posição normal na frase: De doce, eu gosto.

• para separar elementos paralelos de um provérbio: Tal pai, tal filho.

A VÍRGULA ENTRE ORAÇÕEs

No período composto, emprega-se a vírgula para:

• separar orações coordenadas assindéticas:

Foi até a cozinha, bebeu um copo de água, pensou por alguns instantes, acendeu seu cigarro.• separar orações coordenadas sindéticas, exceto as iniciadas pela conjunção e, ou e nem: Fez o que pôde, pois sentia-se culpado pelo acidente.

• isolar as orações subordinadas adjetivas explicativas: O homem, que é um ser inteligente, também é passível de erro.

• separar as orações subordinadas adverbiais, principalmentequando vêm antepostas à oração principal: Quando as férias chegaram, todos foram para o Nordeste.

• para separar orações reduzidas: Terminada a aula, os alunos foram dispensados.

NÃO sE UsA VÍRGULA ENTRE:

• o sujeito e o predicado: Os alunos da escola formaram uma comissão. sujeito predicado

• o verbo e seus complementos: O turista pediu informação ao motorista. verbo objeto direto objeto indireto

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• o nome e o complemento nominal: A leitura do jornal é indispensável. nome complemento nominal

• o nome e o adjunto adnominal: A claridade da manhã entrava pelas janelas. nome adjunto adnominal

• a oração principal e a subordinada substantiva, desde que não seja apositiva: Espero que você seja feliz.oração principal oração subordinada substantiva

2) PONTO FiNAL ( . )

O ponto final é usado para representar a pausa máxima com que se encerra o período.

Emprega-se o ponto final:

• no período simples:

A partida de futebol foi emocionante.

• no período composto:

Não quero que você tenha medo de mim.

• nas abreviaturas:

d.C. - depois de CristoAv. – avenida pl. - plural

3) PONTO-E-VÍRGULA ( ; )

O ponto-e-vírgula é utilizado para marcar uma pausa intermediária entre o ponto e a vírgula.

Emprega-se o ponto-e-vírgula para:

• separar orações coordenadas, se uma delas já tiver vírgula:

Fazia muito calor naquela manhã; alguns hóspedes, pensava eu, tinham ido à piscina.• separar orações coordenadas de sentido oposto:

As crianças viajarão hoje; os adultos amanhã.

• separar itens de uma enumeração, de um regulamento, de um decreto, de uma lei, etc.

Art. 17 - Fica vedado:I - fumar em local fechado;II - ter animais de grande e médio porte;III - usar o pátio para promover festas;IV - usar o salão de festas para reuniões.

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4) DOis-PONTOs ( : )

Os dois-pontos são utilizados para marcar uma sensível suspensão da voz de uma frase não concluída.

Emprega-se os dois-pontos:

• para anunciar a fala da personagem: O professor ordenou: — Façam silêncio!

• para anunciar uma enumeração: Os entrevistados do programa serão os seguintes: Jô Soares, Marta Suplicy, Antonio Fagundes e Paulo Maluf.

• para anunciar um esclarecimento: Escute bem isto: só se vive bem quando se tem paz.

• para anunciar uma citação: O filósofo Descartes disse: “Penso, logo existo.”

• na invocação das correspondências: Prezado amigo:

• antes de orações apositivas: Nós defendemos uma ideia: que todos devem ter acesso à saúde, à segurança e à educação.

5) PONTO DE iNTERROGAÇÃO ( ? )

O ponto de interrogação é utilizado para marcar as orações interrogativas diretas. Onde estarão os livros que perdi?

Observações:a) O ponto de interrogação não é empregado nas perguntas indiretas:

Melissa perguntou onde estariam os livros que perdeu.

b) O ponto de interrogação e o de exclamação podem aparecer lado a lado em frases de entonação interrogati-va e exclamativa:

— O senhor outra vez?! Assim não é possível!

6) PONTO DE EXcLAMAÇÃO ( ! )

Emprega-se o ponto de exclamação, geralmente,depois de:

• frases exclamativas: Que dia lindo!

• interjeições e onomatopeias: Puxa! Plim - plim!• verbo no imperativo:

— Venha cá! Apague a luz!

• Depois de vocativo:

— Tenha paciência, João!

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7) RETicÊNciAs (. . .)

As reticências são utilizadas para indicar que a frase foi interrompida. Emprega-se as reticências para indicar:

• dúvida, hesitação ou surpresa:

Eu estava pensando . . . não sei se invisto o dinheiro em ações ou em imóveis.

• interrupção da fala do narrador ou da personagem:

— Eu te amo, disse Luísa em voz baixa. Como Alfredo não escutou, Luísa ia dizer outra vez: “eu te . . .”, mas foi interrompida com a chegada de seu pai.

• supressão de palavras:

Samantha parecia impaciente: — Mamãe, eu quero . . . a senhora sabe . . . eu . . . eu quero muito bem a senhora.

• ao final de uma frase, que o sentido continua:

E a vida continua . . .

8) PARÊNTEsEs ( ( ) )

Os parênteses são usados para intercalar pequenos comentários que não se encaixam na ordem lógica da frase.

Empregam-se os parênteses para:

• isolar palavras explicativas:

A diretora da escola pediu aos alunos que conservassema escola, e todos (menos o Carlos) resolveram ajudar.

• destacar datas:

Gregório de Matos (1633 - 1695) foi a maior expressãodo Barroco brasileiro.

• isolar frases intercaladas:

O senhor Irineu (que Deus o tenha!) era uma pessoa arrogante e mal-humorada.

• indicações cênicas (em peças de teatro, roteiros de tevê etc.):

(Entra Ivone desesperada) — Onde, onde estão as crianças?

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9) TRAVEssÃO ( — )

O travessão é usado para indicar com que pessoa do discurso está a fala.

Emprega-se o travessão para:• indicar a mudança do interlocutor no diálogo:

— Bom dia, José. Como vai? — Bom dia, querida. Eu estou bem.

• isolar a parte final de um enunciado:

Todos nós cometemos erros — erros, às vezes, injustificáveis.

• isolar palavras ou frases, usa-se travessão duplo:

A Chula — dança típica do sul do país — é acompanhadaa sanfona ou violão.

• ligar grupos de palavras que indicam itinerário:

A rodovia Presidente Dutra é a estrada que liga Rio — São Paulo.

10) AsPAs ( “ ” )

As aspas são utilizadas para isolar do contexto frases ou palavras alheias.

Empregam-se as aspas:

• no início e no fim de uma citação:

“Deus, ó Deus! onde estás que não respondes?”(Castro Alves)

• nas palavras ou expressões estrangeiras, arcaísmos, neologismos, gírias, etc.

Fui ao “show” do Roberto Carlos. O novo cd dos Titãs é “sinistro”!

• dar ênfase a palavras e expressões:

Meu irmão não é “isso” que dizem.

• ironizar os termos de uma oração:

Havia sempre um “porquê” em tudo que dizia.

11) cOLcHETEs ( [ ] )

Os colchetes são utilizados com a mesma finalidade dos parênteses, principalmente na linguagem científica e religiosa.

estrábico. Adj. 1. Relativo ao, ou próprio do estrabismo(1). 2. Diz-se de indivíduo atacado de estrabismo(1). [Sin.: caolho, vesgo, zarolho.]

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12) AsTERiscO ( * )

O asterisco é utilizado para chamar a atenção do leitor para alguma nota (observação), ou para substi-tuir um nome que não se quer mencionar.

O Marquês * * *

13) PARÁGRAFO ( § )

O parágrafo é utilizado para indicar um item de um texto ou artigo de lei.Art. 1º. Constituem Princípios Fundamentais de Contabilidade (PFC) os enunciados por esta Resolução.

§ 1º. A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

14) cHAVE ( { ) OU cHAVEs ( { } )

A chave é utilizada para dividir um assunto. As chaves são muito empregadas em matemática.

(Mack / 92) - Sejam os conjuntos

A = {x | x é múltiplo de 7} e 9 = {x 0 ù |12 < x < 864}.

Então o número de elementos de A 1 B é:

a) 78 b) 100 c) 122 d) 146 e) 166Resposta: Alternativa c.

15) BARRA ( / )

A barra é muito utilizada nas abreviações das datase em algumas abreviaturas.

01 / 06 / 94 A/C - ao(s) cuidado(s)

EXERcÍciOs

1) Assinale a alternativa corretamente pontuada:

a) Hoje, em dia, através do avanço da medicina, muitas doenças têm cura.b) Hoje em dia através do avanço da medicina, muitas doenças, têm cura.c) Hoje em dia, através do avanço da medicina, muitas doenças têm cura.d) Hoje em dia, através do avanço da medicina muitas doenças têm cura.

2) Observe as frases:

I - Mamãe sempre dizia: “Cuidado com os falsos amigos.”II - Terminado o discurso, o governador retirou-se.III - Espero, que você alcance seus objetivos.

Verificamos que está (estão) corretamente pontuada( s):

a) apenas a Ib) apenas a IIc) apenas a I e a IId) apenas a III

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3) “Naquele momento só desejava uma coisa: que Alberto retornasse o mais breve possível.”

Assinale a alternativa correta:

a) Os dois-pontos antecipam um desejo do autor.b) Os dois-pontos anunciam uma citação.c) Os dois-pontos anunciam a fala da personagem.d) Os dois-pontos anunciam e introduzem um esclarecimento.

REsPOsTAs

1 - c 2 - c 3 - D

REDAÇÃO (cONFRONTO E REcONHEciMENTO DE FRAsEs cORRETA E iNcORRETAs)

“Mas que ao escrever – que o nome real seja dado às coisas. Cada coisa é uma palavra.E quando não se a tem, inventa-se-a. Esse vosso Deus que nos mandou inventar. Por que escrevo? Antes de tudo porque captei o espírito da língua e assim às vezes a forma é que faz o conteúdo.”

(Do narrador de A hora da estrela, de Clarice Lispector )

As PROVAs ATUAis

É sempre importante estarmos atentos para a realidade mundial e em especial a brasileira, temos de ler e assistir a jornais, ler revistas, etc. em síntese, estar em sintonia com as notícias.

As provas atuais exploram com certo peso essas atualidades, incorporando o aspecto do dia-a-dia. É claro que o racionamento, assim como outros temas, estão cotados para servir de escopo à elaboração de um texto dissertativo, mas, o mais importante é que o candidato esteja preparado para enfrentar a tudo e a todos.

As provas de hoje estão todas intertextualizadas, com a integração de conteúdos comuns à prova de gramática, literatura e interpretação de texto, no qual o senso crítico e de compreensão do candidato farão a diferença.

Escrever bem não é coisa do outro mundo, é alcançável a todos, basta apenas interesse.

Na produção de um texto, o mais importante é como você organiza as ideias, muitas vezes o candidato sabe muito sobre o assunto, todas as suas causas e consequências, porém ele não tem a preocupação de orga-nizar suas ideias, e esse, certamente é o responsável pela reprovação de muitos na prova de redação.

Quanto à opinião pessoal no ato da elaboração de um texto dissertativo, você obrigatoriamente terá de ter um posicionamento, veja bem, é diferente de opinião, você nunca deverá utilizar o termo “na minha opinião”, isso é fatal. Mas terá de ter um posicionamento. O modo de correção da prova é muito rígido, de modo que de-terminado professor não possa também expor sua opinião julgando o aluno ao espelho de seu pensamento. A correção aborda, geralmente, aspectos formais do texto, o emprego da gramática normativa, o senso crítico e a correlação tema/texto.

A EsTÉTicA NA REDAÇÃO

No nosso primeiro contato com a redação, podemos achar que é muito fácil mas, na realidade, surge algo que torna importante o nosso ato de escrever que se mantém na forma de passar a mensagem ao nosso leitor e a estética do trabalho redacional, que mostra o quanto estamos interessados em que nosso pensamento seja bem compreensível com lógica e clareza.

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Surge então a busca por um trabalho mais limpo e com estética para a estrutura. Observando os exem-plos de redações da dica passada, podemos notar que a estética não é tão ordenada, por isso a sequência lógica se perde no meio do caminho e fica sem sentido no que diz respeito ao desenvolvimento de seus argumentos centrais e finais para uma conclusão mais segura e estruturada. Lembre-se sempre que, ao formar um Plano de Trabalho para escrever a redação, deve-se visualizar também a sua estética:

- Nunca comece uma redação com períodos longos. Basta fazer uma frase-núcleo que será a sua ideia geral a ser desenvolvida nos parágrafos que se seguirão;

- Nunca coloque uma expressão que desconheça, pois o erro de ortografia e acentuação é o que mais tira pontos em uma redação;

- Nunca coloque hífen onde não é necessário como em penta-campeão ou separação de sílabas erroneamente como ca-rro (isto só acontece em espanhol e estamos escrevendo na língua portuguesa);

- Nunca use gírias na redação, pois a dissertação é a explicação racional do que vai ser desenvolvido e uma gíria pode cortar totalmente a sequência do que vai ser desenvolvido além de ofender a norma culta da Língua Portuguesa;

- Nunca esqueça dos pingos nos “is” pois bolinha não vale;

- Nunca coloque vírgulas onde não são necessárias;

- Nunca entregue uma redação sem verificar a separação silábica das palavras;

- Nunca comece a escrever sem estruturar o que vai passar para o papel;

- Tenha calma na hora de dissertar e sempre volte à frase-núcleo para orientar seus argumentos;

- Verifique sempre a estética: parágrafo, acentuação, vocabulário, separação silábica e principalmente a pontua-ção que é a maior dificuldade de quem escreve e a maioria acha que é tão fácil pontuar;

- Respeite as margens do papel e procure sempre fazer uma letra constante sem diminuir a letra no final da redação para ganhar mais espaço ou aumentar para preencher espaço;

- A letra tem que ser visível e compreensível para quem lê;

- Prepare sempre um esquema lógico em cima da estrutura intrínseca e extrínseca;

- Não inicie nem termine uma redação com expressões do tipo: “... Eu acho... Parece ser... Acredito mesmo... Quem sabe...” mostra dúvidas em seus argumentos anteriores;

- Cuidado com “superlativos criativos” do tipo: “... mesmamente... apenasmente.” . E de “neologismos incultos” do tipo: “...imexível... inconstitucionalizável...”.

O cONTEÚDO

Algumas dicas para desenvolver o conteúdo de uma redação:

- Não seja extremista ou radical

Por serem mais agressivos em seu temperamento, por terem desenvolvido certas neuroses ou frus-trações durante a sua vida, certos candidatos quando chamados a desenvolver uma redação sobre um tema polêmico como política, religião, moral, esporte, passam a definições ou argumentações violentas e comprome-tedoras.Guarde bem isto: Não é fácil utilizar o verbo sER.

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Se um aluno escreve: “Os governantes são omissos e inoperantes na resolução dos problemas de nossa cidade”, está fixando um posição de agressão a todos os governantes da cidade. É gravíssima a generalização sem provas. Seja mais equilibrado na abordagem do tema, não se deixando levar por atitudes irascíveis.

- Pese bem a força dos vocábulos

Existem profundas diferenças entre a linguagem falada e a linguagem escrita. Às vezes, uma palavra utilizada na expressão escrita adquire uma força negativa acentuada. Se alguém disser numa roda de amigos: candidato cretino aquele, a palavra cretino não resulta tão violenta.

Porém, se você escrever: “Não será este candidato, com toda a sua cretinice, que irá combater a inflação”, a palavra cretinice causa uma estranheza acentuada no leitor do texto.

- A humildade exagerada empobrece a redação

Em todos os manuais de boas maneiras, em todos códigos de conduta social, recomenda-se a modéstia, a simplicidade, a humildade.

Isso não quer dizer que você deva arvorar-se como o mais ignorante dos homens para que o corretor de sua redação simpatize com você. Existe um mínimo de dignidade. Existe aquele orgulho pessoal de se sentir razoavelmente bem informado sobre a realidade que nos cerca. Se diante de um tema você escrever: “Não me julgo suficientemente culto para opinar, porém, vou arriscar algumas ideias...” estará colaborando com a avalia-ção negativa do conteúdo de sua redação.

Assim como o excesso de humildade influencia negativamente, o excesso de nacionalidade, ufanismo, religiosidade pode resultar ridículos aos olhos do corretor da redação.

- A repetição de ideias

Por vezes, o candidato vê-se vazio de ideias. Após titânico esforço mental, aparecem-lhes algumas, sur-radas e insuficientes para preencher as linhas exigidas... Que faz ele? Recurso muito usado é escrever em letras bem maiores ou deixar espaços grande entre as palavras. Nada disso, porém, passará despercebido ao corretor... Estratégia mais comum é a repetição de ideias ou a insistência em pormenores de mesmo importância, ante-riormente expressos. Esses recursos são condenáveis. Não passam de maneiras veladas de disfarçar a incapaci-dade para enfrentar o tema. Não desconhecemos, no entanto, que muitos candidatos poderão encontrar-se em situações semelhantes... É claro que, neste caso excepcional, ele deve apelar para a repetição, desde que feita de maneira habilidosa. É preferível insistir numa ideia, vestindo-a de roupagens novas, a entregar a prova em branco, ou a apresentar algumas poucas linhas, bem abaixo do limite exigido.

O TEMA

Comumente, verificamos que um candidato sente-se angustiado ao perceber que não sabe iniciar uma redação sobre o tema proposto. Essa dificuldade inicial provoca um sentimento, de incapacidade que vai acen-tuando, e provoca um bloqueio mental maior do que os que já existem em qualquer pessoa. Parece que, apesar de certas ideias boas aparecem esparsas em nossa cabeça, as palavras estão presas e não querem sair. Isso acontece não só com o candidato. Mesmo os escritores mais renomados sentem esse “bloqueio” momentâneo.

Às vezes, uma pessoa poderá iniciar uma redação abordando diretamente o assunto, sem introdução isso depende da maneira de cada um. É impossível determinar um padrão imutável para a introdução de uma redação, assim como para as outras partes. Tudo é variável, apesar de obedecer a algumas normas imutáveis.

Exemplo de parágrafo com introdução:

TEMA: A fome de crianças abandonadas

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“Você já parou para pensar na tristeza de uma criança faminta? Ela mastiga as migalhas de pão duro encontradas nas latas de lixo sem entender porque não há o momento do almoço e do jantar como ocorre com as outras crianças”.

Você pode observar que o início do parágrafo traz uma introdução em forma de pergunta. O escritor questiona o leitor sobre o problema, tentando levá-lo a um ato de reflexão.

Exemplo de um parágrafo sem introdução:

TEMA: A fome de crianças abandonadas

“Vasculham as latas de lixo como se estivessem procurando diamantes perdidos. Um pedaço de pão duro, uma fruta podre, um doce estragado, tudo serve para aquele menino que não tem nada para colocar no estômago ansioso”.

No caso deste texto, o escritor entra diretamente no tema que vai desenvolver, sem rodeios introdutó-rios.

Logicamente, existem muitas causas que concorrem para essa inibição no momento da expressão lin-guística. Vejamos algumas delas:

causas objetivas: Em primeiro lugar, você deve saber que nem tudo pode ser traduzido para um código linguís-tico. Há emoções que não podem ser expressas pela língua.

Além disso, a linguagem escrita envolve um condicionamento completamente diferente da linguagem falada:

a) Na escrita não há diálogo do autor com o leitor. Você escreve sozinho e deve conduzir o discurso sem a ajuda de um interlocutor.b) Na escrita, as situações não estão configuradas. Você tem que criá-las.c) Na escrita, enfim, não podemos recorrer aos gestos, que tanto nos auxiliam e tantas palavras poupam.

causas subjetivas ou psicológica: Por influência da média, da normalidade do comportamento social, desen-volvemos em nós mesmos uma autocensura rigorosíssima. Todos nós temos um grau de vergonha, timidez que reprime muitas ações que gostaríamos de realizar.

Considere, por exemplo, as pessoas reunidas em uma festa ou solenidade qualquer, ou mesmo um grupo de pessoas, em determinada situação. As discussões descontraídas e acaloradas acerca de um assunto qualquer cessarão imediatamente se alguém se aproximar e ligar o gravador. Isso acontece também com a linguagem escrita. Você sabe que existe um leitor virtual que exercerá um julgamento de valor do que for produzido. Isso basta para deixá-lo hesitante sobre o que e como escrever. Cons-tatados esses problemas, a atitude correta do aluno está em encarar com otimismo a tarefa que deve realizar. O temor inicial com relação ao tema proposto é natural, porém você deve fazer o seguinte raciocínio: “Eu preciso fazer” - “Eu quero fazer” - “Eu farei”. Não poder haver pré-julgamentos daquilo que você se propõe a realizar. É fundamental que você leia, atenciosamente, a proposição, bem como o texto de apoio, se ele ocorrer. Se o tema for “O clima do Brasil”, não adianta fazer obra-prima versando sobre “O clima de Minas Gerais”, porquanto o seu trabalho resultará inútil. Os corretores vão considerar que houve fuga ao tema proposto.

Cada pessoa possui um temperamento próprio, o que influência sua maneira de escrever. Alguns são sentimentalistas, românticos e nesse caso, os temas mais subjetivos como amor, amizade, carinho, serão tratados com mais desenvoltura. Outros são mais realistas, práticos, com raciocínio mais científico e, nesse caso, os temas como justiça social, poluição, guerras serão preferidos a outros que seja mais emocionais.

Como, nos exames e provas, você não tem oportunidade de escolha, convém que pratique variados te-mas. Você deve tentar ser um “curinga”. O atleta que joga em qualquer posição tem mais chance de ser escalado.

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ADEQUAÇÃO DA LiNGUAGEM AO cONTEXTO

A redação deve ser um ato efetivo de comunicação. Por isso, ao escrever, você deverá levar em conta diversos fatores que determinam o tipo de texto a ser produzido.

Ao escrever, o emissor deverá ter em mente o contexto em que sua mensagem será produzida. Desse contexto, é importante salientar a finalidade do texto e o receptor a que ele se destina.

A finalidade do texto

Você já sabe que, toda vez que o objetivo for simplesmente informar alguma coisa a alguém (como acontece nos jornais, nos textos técnicos, nos livros didáticos etc.), a função predominante da linguagem será a referencial. Entre os dois textos que seguem, o primeiro é o mais adequado para ser utilizado numa aula de geografia. Compare-os.

Texto 1

Brasília, sede administrativa do país, foi inaugurada pelo presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 21 de abril de 1960, após 1000 dias de construção. Em 1987, foi tombada pela Unesco como patrimônio Cultural da Humanidade.

(Folheto da Setur - Secretaria de Turismo do Distrito Federal)

Texto 2 ( Brasília: esplendor, por: clarice Lispector)

Brasília é uma cidade abstrata. E não há como concretizá-la. É uma cidade redonda e sem esquinas. Também não tem botequim para a gente tomar um cafezinho. É verdade, juro que não vi esquinas. Em Brasília não existe cotidiano. A catedral pede a Deus. São duas mãos abertas para receber. Mas Niemeyer é um irônico: ele ironizou a vida. Ela é sagrada. Brasília é uma piada estritamente perfeita e sem erros. (...) Brasília é um futuro que aconteceu no passado. Dependendo então, do seu objetivo como emissor, você escreverá um texto em que predomine função referencial, poética, emotiva, fática, metalinguística ou conativa.

O receptor a quem se destina o texto

Quando escrevemos, precisamos ter em mente, ainda que de forma genérica, o tipo de receptor a quem o nosso texto se destina. Descrever um hipopótamo para uma criança é diferente de fazê-lo para um zoológico. Narrar um jogo de futebol para um leigo é diferente de fazê-lo para um especialista no assunto.

Para tornar-se uma pessoa que se expressa bem em língua portuguesa, você precisa saber quando empregar o nível culto ou o coloquial da linguagem. Adequar o nível de linguagem ao contexto e ao receptor é, pois, requisito básico para se escrever bem

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TÉcNicAs REDAciONAis

iNTRODUÇÃO

O ato de escrever deve ser entendido como a etapa de um longo processo de reflexão. Uma constatação óbvia: escrever é colocar uma ideia no papel, portanto, o primeiro passo é ter uma ideia. Para ter ideias, é preciso ler, ler e ler. Mas não basta ler e fechar o livro, dizer que leu. O mais importante é a leitura ativa que leva à reflexão.

AssOciAÇÃO POR PALAVRAs

O processo de associação de palavras consiste basicamente em escrever uma série de palavras a partir de uma palavra dada a qual mantém algum tipo de relação.

Pode ser uma atividade de sons, ideias, ou uma semelhança de sentidos. Pode até ser uma relação subjetiva: algum acontecimento que realiza a ligação da palavra em nossa memória. Veja o exemplo:

dia calor sOL praia (palavras associadas)(palavra dada) diversão areia

PALAVRAs-cHAVE

As palavras-chave formam um centro de expansão que constitui o alicerce do texto. Tudo deve ajus-ta-ser a elas de forma precisa. A tarefa do leitor é detectá-las, a fim de realizar uma leitura capaz de dar conta da totalidade do texto. Por adquirir muita importância na arquitetura textual, as palavras-chave normalmente aparecem ao longo de todo o texto das mais variadas formas: repetidas, modificadas, retomadas por sinônimos.

Observe o texto abaixo:

Piscinões evitaram o pior, diz Kassab

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, afirmou nesta terça-feira (11) que os piscinões evitaram que os transtornos causados pela chuva que caiu na capital paulista desde a noite desta segunda-feira (10) fossem maiores. Segundo o prefeito, “cada vez mais chove mais” em São Paulo. “Os piscinões corresponderam à expectativa em relação à sua capacidade. Todos eles estavam prepara-dos e ajudaram para que a consequência não fosse maior ainda”, disse Kassab.

A chuva causou o transbordamento dos rios Pinheiro e Tietê. A Marginal Tietê teve pontos de alagamen-to intransitáveis e chegou a ficar nove horas em estado de alerta. Até as 12h desta terça, os bombeiros e a Defesa Civil contabilizavam quatro mortes na capital paulista.

De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergência (CGE), entre o dia 1º de janeiro e as 7h desta terça-feira (11), choveu na cidade de São Paulo 93% do previsto para todo mês. A chuva acumulada até esta ma-nhã era de 221,2 mm, enquanto a média histórica para o mês, calculada pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) com base nas medições no Mirante de Santana, na Zona Norte, é de 239 mm.

“Já choveu aqui na cidade de São Paulo, ao longo do mês de janeiro, 93% da média do mês de janeiro nos últimos anos.O que mostra que cada vez mais chove mais. O que mostra a importância dos nossos investi-mentos”, afirmou Kassab.

Kassab negou falta de investimentos da prefeitura para evitar enchentes. “Existe hoje um volume de investimentos que nunca existiu na cidade de São Paulo,” afirmou.

http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2011/01/piscinoes-evitaram-o-pior-diz-kassab.html

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Além de estar presente no título, a palavra “piscinões” é retomada no texto. É a primeira palavra que nos chama atenção. Mas há outras palavras que com ela formarão os pontos nodais do texto como chuva, transbor-damento, alagamento, enchente.

cOERÊNciA

Quando encontramos a palavra-chave de um texto, estamos de posse de seu alicerce semântico. Para um texto manter-se coerente, é preciso que haja um elo conceitual entre seus diversos segmentos. Essas re-lações internas constroem a coerência. Os substantivos e os verbos devem estar interligados não apenas para acrescentar informações, mas também para alicerçar o sentido do texto.

A coerência diz respeito ao encadeamento organizado e lógico das ideias do texto. Ela decorre da har-monia estabelecida entre as significações, evitando, assim, as contradições.A coerência tem a ver também com o tipo de texto e a sua produção. Podemos, então, falar de uma coerência dissertativa que se dá pela apresentação concatenada de argumentos que sustentam a ideia e o arremate dado pela conclusão, de uma coerência narrativa que se dá através da decorrência lógica das ações e da relação entre a ação e o personagem que a executa e da coerência descritiva que se dá pela relação dos aspectos descritos.

Observe no texto a seguir como as palavras se expandem coerentemente:

Os desenhos a lápis de David Haines

Eles são o retrato dos jovens descolados que imaginamos circulando por ruas e becos de Londres. Ves-tem Adidas, Reebok e Nike. Comem Big Mac ou os frangos empanados da rede KFC. Desfilam aquela postura dúbia, entre o desleixo e o charme, quase uma exclusividade da galera bonita do colégio. Os personagens dos desenhos feitos pelo artista inglês David Haines encarnam o espírito cool, tão louvado pela cultura ocidental. Mais de perto, no entanto, percebemos nos grupos atitudes um tanto estranhas, para dizer o mínimo. Cenas violentas, tristes e enigmáticas não combinam com o clima jubiloso proclamado pe-las grifes. Esse descompasso eleva o trabalho de Haines a um patamar interessante. É crítico e também divertido. Soma-se a isso seu talento excepcional em riscar as imagens hiper-realistas a lápis grafite. As criações, de tão perfeitas, parecem fotos sob o título Cyber Mythologies.

New Balance Sneaker Vs KFC Bucket: parece fotografia, mas é desenho a lápis

Este texto fala sobre os desenhos do artista que de tão reais parecem fotos. A coerência pode ser perce-bida através dos verbos de 3ª pessoa do plural para descrever os jovens desenhados, e na 3ª pessoa do singular para falar sobre o artista.

cOEsÃO

Quando escrevemos um texto, a maior preocupação é como amarrar a frase seguinte à anterior. A cada frase enunciada devemos ver se mantém um vínculo com a anterior para não perdermos o fio do pensamento.

A coesão é a conexão linguística onde as palavras, no texto, ganham sentido pelas relações de depen-dência que estabelecem entre si.

A coesão faz uso de conectivos, ou elementos de coesão, que permitem a ligação das partes do texto. Gramaticalmente, esses elementos de coesão são classificados como pronomes, preposições, advérbios, con-junções. Eles ligam palavras, orações, frases, parágrafos, ao longo do texto, estabelecendo diferentes tipos de relação.

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A sustentação do texto se dá na coesão em dois sentidos: o gramatical e o semântico. O primeiro visa à articulação dos elementos linguísticos, observando a estrutura e as regras das relações sintáticas possíveis e coerentes dentro de um texto; o segundo, a articulação de elementos linguísticos que fazem referência a um determinado campo semântico.

Observe o texto a seguir, nele foram utilizados os conectivos (conjunções).

seu relógio está certo?

Os pontuais que me desculpem, mas a resposta para a pergunta acima é não. Mesmo que você tenha acer-tado os ponteiros hoje pela manhã. Isso porque o tempo é um conceito bem mais abstrato do que imaginamos.

(Revista Superinteressante. Ed. 209, Jan. 2005)

PARÁGRAFO

Antes de redigir, é necessário planejar. E planejar envolve não só a seleção de ideias, mas a estrutu-ração delas dentro de um texto, que será organizado em parágrafos.

O parágrafo padrão está centrado numa ideia principal que, por sua vez está circundada em ideias se-cundárias.

iDEiA cENTRAL E sUBsiDiÁRiA

Os textos narrativos, descritivos ou dissertativos são estruturados em unidades menores, os parágrafos.

Essa unidade mínima de significação do texto apresenta uma ideia central, à qual se agregam outras ideias subsidiárias, relacionadas pelo sentido.

Um texto deve sempre abordar um mesmo assunto. Quando se muda de parágrafo, portanto, não se muda de assunto, mas sim de argumentos, aspectos de abordagem, focos de enunciação (narração) etc.

Para cumprir essa exigência da comunicação verbal, o parágrafo deve apresentar quatro condições básicas:

• Unidade: manutenção de apenas uma ideia principal – as ideias subsidiárias devem girar em torno dela.

• coerência: relação de sentido entre a ideia principal e as subsidiárias.

• concisão: apresentação das ideias sem estender demasiadamente o parágrafo.

• clareza: apresentação clara dos argumentos (escolha de palavras, construção sintática). O texto se organiza em torno de um elemento de referência. A partir dele todo o resto se posiciona. Uma ideia deve levar à outra, sem sobressaltos. Um parágrafo deve ter relação com o anterior e o próximo.

Nas narrações, a ideia central do parágrafo é um incidente, isto é, um episódio curto. Há o predomínio dos verbos de ação que se referem a personagens, além de indicações de circunstâncias relativas ao fato: onde ele ocorreu, quando ocorreu, por que ocorreu, etc.

A ideia central do parágrafo descritivo é um quadro, ou seja, um fragmento daquilo que está sendo descrito (uma pessoa, uma paisagem, um ambiente, etc.), visto sob determinada perspectiva, num determinado momento. Alterado esse quadro, teremos novo parágrafo.

Nas dissertações, os parágrafos são estruturados a partir de uma ideia que normalmente é apresentada em sua introdução, desenvolvida e reforçada por uma conclusão. A ideia central é desenvolvida por ideias sub-sidiárias.

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Observe os parágrafos da fábula abaixo:

A lebre e a tartaruga

A lebre vivia a se gabar de que era o mais veloz de todos os animais. Até o dia em que encontrou a tar-taruga. – Eu tenho certeza de que, se apostarmos uma corrida, serei a vencedora – desafiou a tartaruga. A lebre caiu na gargalhada. – Uma corrida? Eu e você? Essa é boa! – Por acaso você está com medo de perder? – perguntou a tartaruga. – É mais fácil um leão cacarejar do que eu perder uma corrida para você – respondeu a lebre. No dia seguinte a raposa foi escolhida para ser a juíza da prova. Bastou dar o sinal da largada para a lebre disparar na frente a toda velocidade. A tartaruga não se abalou e continuou na disputa. A lebre estava tão certa da vitória que resolveu tirar uma soneca. “Se aquela molenga passar na minha frente, é só correr um pouco que eu a ultrapasso” – pensou. A lebre dormiu tanto que não percebeu quando a tartaruga, em sua marcha vagarosa e constante, pas-sou. Quando acordou, continuou a correr com ares de vencedora. Mas, para sua surpresa, a tartaruga, que não descansara um só minuto, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar. Desse dia em diante, a lebre tornou-se o alvo das chacotas da floresta. Quando dizia que era o animal mais veloz, todos a lembravam de uma certa tartaruga...

Moral: Quem segue devagar e com constância sempre chega na frente. (Do livro: Fábulas de Esopo - Editora Scipione)

A fábula é uma narrativa alegórica, em forma de prosa ou verso, cujos personagens são geralmente animais com características humanas, sustentam um diálogo, cujo desenlace reflete uma lição de moral, carac-terística essencial dessa. A temática é variada e contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a astúcia e a derrota de presunçosos.

Observe que a cada mudança de interlocução, começa-se um parágrafo. O que determina sua extensão é a unidade temática, já que cada ideia central deve corresponder a um parágrafo, por isso encontramos pará-grafos longos e outros curtos.

VOcABULÁRiO

Escreva com simplicidade. Não empregue palavras complicadas ou supostamente bonitas. Escrever bem não é escrever difícil.

O vocabulário deve adequar-se ao tipo de texto que pretendemos redigir.

No nosso caso, devemos escrever com a linguagem padrão e nos afastar dos erros gramaticais, ortográ-ficos, termos chulos, gíria, que não condizem com a boa linguagem.

Observe as inadequações neste exemplo.

Os grevistas refutaram o aumento proposto pelo governo. Enquanto o líder da situação fazia na Câmara os prolegômenos dos novos índices, os trabalhadores faziam do lado de fora o maior auê, achando que o governo não estava com nada.

É preciso ter muito cuidado com as palavras. Nem sempre elas se substituem com precisão. Empregar refutar por rejeitar, prolegômenos por exposição não torna o texto melhor. Não só palavras “bonitas” prejudicam um texto, mas também a gíria (auê) e expressões coloquiais (não estava com nada).

O texto poderia ser escrito da seguinte forma:

Os grevistas rejeitaram o aumento proposto pelo governo. Enquanto o líder da situação fazia na Câmara a exposição dos novos índices, os trabalhadores faziam do lado de fora uma grande manifestação.

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TÍTULO

O título de um texto cria expectativas em relação ao seu conteúdo, levando o autor a formular algumas hipóteses sobre o que ele diz, sobre o posicionamento de quem o produziu. Entretanto, dependendo da experi-ência do próprio leitor ou das intenções do produtor do texto, nem sempre essas hipóteses se confirmam.

Quando, por exemplo, o produtor do texto lança mão de um título irônico, o leitor pode perceber essa ironia só no decorrer da leitura.

O título é uma síntese precisa do texto, cuja função é estratégica na sua articulação: ele nomeia o texto após sua produção, sugere o sentido do mesmo, desperta o interesse do leitor para o tema, estabelece vínculos com informações textuais e extratextuais, e contribui para a orientação da conclusão à que o leitor deverá chegar.

O título também tem uma função prática, orientando resumos, roteiros, catálogos. Os títulos jornalísti-cos cumprem uma função de destaque na veiculação da notícia, salientando seus aspectos significativos.

Outras vezes os títulos apontam para uma ambiguidade, um suspense, podendo mesmo trazer uma ideia contrária ao que o texto vai desenvolver, com o objetivo de quebrar expectativas.

Observe o título utilizado na capa da revista IstoÉ publicada em dezembro de 2010. O autor se utilizou de um assunto polêmico para atrair a curiosidade do leitor.

Através da capa e do título, percebemos que a revista traz uma série de reportagens sobre a violência no Rio de Janeiro, o apoio dos cariocas às ações do governo e contra o crime organizado.

As QUALiDADEs DE UM TEXTO

Há algumas qualidades indispensáveis que acabam ajudando o produtor de texto a redigi-lo de forma coe-rente e coesa. São elas:

1 – correção: a língua utilizada na redação deve estar de acordo com as normas gramaticais vigentes. Alguns desvios que devem ser evitados são:

• Grafia: é importante que o redator preste atenção à grafia correta e à acentuação das palavras. Se houver al-guma palavra que o coloque em dúvida quanto à escrita, o melhor é substituí-la ou, se possível, recorrer ao dicionário.

• concordância: o sujeito e o verbo devem sempre concordar. Os períodos em ordem direta, além de mais sim-ples, evitam erros de concordância.

• Regência: as regências verbal e nominal devem ter, também, atenção especial, principalmente quando exigem a preposição a que pode acarretar no acento indicativo de crase.

• colocação dos pronomes: não se deve começar as frases com pronomes oblíquos átonos.

2 – clareza: escrever de modo simples é preferível para que o texto se torne claro. O emprego de períodos longos e vocabulário desconhecido pode deixar o leitor confuso, sem entendê-lo.

3 – concisão: a prolixidade (antônimo de concisão) ocorre quando o redator se utiliza de palavras em excesso, sendo mais que o necessário. Se o redator fizer o inverso, e usar palavras de menos, terá um texto obscuro. Por isso, a concisão é importante na produção de um texto, isto é, o texto deve conter palavras suficientes, a fim de que seja compreendido pelo leitor.

4 – Elegância: a elegância de um texto está em sua apresentação: letra legível, sem borrões e sem rasuras.

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Os DEFEiTOs DE UM TEXTO

Após conhecermos as qualidades do texto, também devemos conhecer seus defeitos para que possamos evitá-los. São eles:

1 – Ambiguidade: este defeito deve ser evitado quando não for de interesse do autor. Frases com duplo sentido deixam o texto impreciso e sem clareza.

2 – cacofonia ou cacófato: deve-se evitar a reprodução do som desagradável obtido pela união de sílabas finais de uma palavra com as iniciais de outra.

3 – Eco: palavras terminadas com o mesmo som devem ser evitadas.

4 – Obscuridade: parágrafos longos, linguagem rebuscada, a falta de coerência e de coesão tornam o texto obs-curo.

5 – Pleonasmo ou redundância: se o pleonasmo não for usado como recurso estilístico, deve ser evitado, pois a repetição desnecessária de um termo acarretará em um defeito de redação.

6 – Prolixidade: palavras desnecessárias para expressar uma ideia tornam o texto prolixo.

7 – Gerundismo: deve-se evitar o uso de expressões formadas por três verbos, estando o último na forma nomi-nal “gerúndio”. Ex: Vou estar enviando isso amanhã.

TiPOs DE TEXTO

NARRAÇÃO

Narrar é contar um fato, um episódio; todo discurso em que algo é contado possui os seguintes elementos, que fatalmente surgem conforme um fato vai sendo narrado: onde?, quando?, com quem?, como?, etc. Numa narração predomina a ação: a maioria dos verbos que compõem esse tipo de texto são os verbos de ação.

O conjunto de ações que compõem o texto narrativo, ou seja, a história que é contada nesse tipo de texto, recebe o nome de enredo.

A narrativa impõe certas normas:

a) o fato: que deve ter sequência ordenada; a sucessão de tais sequências recebe o nome de enredo, trama ou ação;

b) a personagem;

c) o ambiente: o lugar onde ocorreu o fato;

d) o momento: o tempo da ação

O relato de um episódio implica interferência dos seguintes elementos:

fato - o quê?personagem - quem?ambiente - onde?momento - quando?

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DEscRiÇÃO

Descrever é caracterizar alguém, alguma coisa ou algum lugar através de características que particularizem o caracterizado em relação aos outros seres da sua espécie.

Descrever, portanto, é também particularizar um ser. É “fotografar” com palavras.

No texto descritivo, os tipos de verbos mais comuns são os verbos de ligação.

Num texto descritivo podem ocorrer tanto caracterizações objetivas (físicas, concretas), quanto subjetivas (aquelas que dependem do ponto de vista de quem descreve e que se referem às características não físicas do caracterizado).

PONTO DE VisTA DO AUTOR

O ponto de vista é a posição que escolhemos, enquanto escritores, para melhor observar o ser ou o objeto.

O ponto de vista na narração pode ocorrer nos seguintes casos:

Narração na 1ª pessoa

A narração na 1ª pessoa ocorre quando o fato é contado por um participante, isto é, alguém que se envolva nos acontecimentos ao mesmo tempo em que conta o caso.

A narração na 1ª pessoa torna o texto muito comunicativo porque o próprio narrador conta o fato e assim o texto ganha o tom de conversa amiga. Além disso, esse tipo de narração é muito comum na conversa diária, quando o sujeito conta um fato do qual ele também é participante.

Narração na 3ª pessoa

O narrador conta a ação do ponto de vista de quem vê o fato acontecer na sua frente. Entretanto o contador do caso não participa da ação. Observe:

“Era uma vez um boiadeiro lá no sertão, que tinha cara de bobo e fumaças de esperto. Um dia veio a Curitiba gastar os cobres de uma boiada”.

Você percebeu que os verbos estão na 3ª pessoa (era, veio) e que o narrador conta o caso sem dele participar. O narrador sabe de tudo o que acontece na história e por isso recebe o nome de narrador onisciente. Observe:

“No hotel pediu um quarto, onde se fechou para contar o dinheiro. Só encontrou aquela nota de cem reais. O resto era papel e jornal...”

Você percebeu que o boiadeiro está só, fechado no quarto. Mas o narrador é onisciente e conta o que a per-sonagem está fazendo.

Na descrição, o ponto de vista (físico e psicológico) que adotarmos acabará determinando os recursos expres-sivos (vocabulário, figuras, tipo de frase).

Na descrição de uma pessoa, por exemplo, podemos, inicialmente, passar uma visão geral e depois, aproxi-mando-se dela, a visão dos detalhes: como são seus olhos, seu nariz, sua boca, seu sorriso, o que esse sorriso revela (inquietação, ironia, desprezo, desespero...), o tom de sua voz, etc.

Na descrição de objetos, é importante que, além da imagem visual, sejam transmitidas aos leitores outras referências sensoriais, como as táteis (o objeto é liso ou áspero?), as auditivas (o som que ele emite é agudo ou grave?), as olfativas (o objeto exala algum cheiro?).

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A descrição de paisagens (uma planície, uma praia, por exemplo) ou de ambientes (como uma sala, um escri-tório, uma fábrica) – as cenas – também não deve se limitar a uma visão geral. É preciso ressaltar seus detalhes, e isso não é percebido apenas pela visão. Certamente, numa paisagem ou ambiente haverá ruídos, sensações térmicas, cheiros, que deverão ser transmitidos ao leitor, evitando que a descrição se transforme numa fria e pouco expressiva fotografia. Também poderão integrar à cena pessoas, vultos , animais ou coisas, que lhe dão vida. É, portanto, fundamental destacar esses elementos. Em geral, para se obter maior clareza na exposição de suas ideias, o autor costuma distribuir a matéria em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão. Vejamos cada uma delas:

introdução

Podemos começar uma redação fazendo uma afirmação, uma declaração, uma descrição, uma pergunta, e de muitas outras maneiras. O que se deve guardar é que uma introdução serve para lançar o assunto, delimitar o assunto, chamar a atenção do leitor para o assunto que vamos desenvolver.Uma introdução não deve ser muito longa para não desmotivar o leitor..

Desenvolvimento

A parte substancial e decisória de uma redação é o seu desenvolvimento. É nela que o aluno tem a oportu-nidade de colocar um conteúdo razoável, lógico. Se o desenvolvimento da redação é sua parte mais importante, deverá ocupar o maior número de linhas.

conclusão

Assim como a introdução, o fim deverá ocupar uma pequena parte do texto. Na conclusão, nossas ideias propõem uma solução. O ponto de vista do escritor, apesar de ter aparecido nas outras partes, adquire maior destaque na conclusão.

DissERTAÇÃO

Se descrever é caracterizar e se narrar é contar, o que é dissertar?

Vamos ver um exemplo:

A fim de aprender a finalidade e o sentido da vida, é preciso amar a vida por ela mesma, inteiramente; mergulhar, por assim dizer, no redemoinho da vida; somente então apreender-se-á o sentido da vida, compre-ender-se-á para que se vive. A vida é algo que, ao contrário de tudo criado pelo homem, não necessita de teoria, quem apreende a prática da vida também assimila a sua teoria.

Wilhelm Reich. A revolução sexual. Rio de Janeiro, Zahar, 1974.

O texto expõe um ponto de vista (a finalidade da vida é viver) sobre um assunto-tema (no caso, o sen-tido e a finalidade da vida). Além de apresentar o ponto de vista do autor, o texto faz também a defesa desse ponto de vista, os porquês, os motivos que fundamentam a opinião de que a prática intensa de viver é que revela o sentido da vida; de que a vida não precisa de teoria e que se identifica com o próprio processo de viver intensamente.

À defesa do ponto de vista, à organização dos motivos que o justificam, à exposição dos fundamentos em que uma posição está baseada, chamamos argumentação.

Defender uma opinião com argumentos coerentes e adequados é o aspecto mais importante do texto dissertativo. Além da argumentação articulada, a dissertação deve apresentar também uma linguagem clara e uma estrutura lógica (com introdução, desenvolvimento e conclusão).

A principal técnica da argumentação é aquela que utiliza o raciocínio lógico-causal, que investiga as causas e consequências daquilo que se afirma.

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Em geral, para se obter maior clareza na exposição do ponto de vista, distribui-se o texto em três partes:

• introdução: em que apresenta a ideia ou ponto de vista a ser definido;

• Desenvolvimento ou argumentação: em que se desenvolve o ponto de vista (para convencer o leitor, é preciso usar uma sólida argumentação, citar exemplos, recorrer a opiniões de especialistas, fornecer dados, etc.);

• conclusão: em que se dá um fecho coerente com o desenvolvimento, com os argumentos apresentados.

Vamos ler outro texto dissertativo, procurando determinar o ponto de vista, os argumentos e também a estrutura do texto, isto é, como o raciocínio se desenvolveu e como as ideias foram nele distribuídas.

Eu disse uma vez que escrever é uma maldição. (...) Hoje repito: é uma maldição, mas uma maldição que salva.

Não estou me referindo a escrever para jornal. Mas escrever aquilo que eventualmente pode se trans-formar num conto ou romance. É uma maldição porque obriga e arrasta como um vício penoso do qual é quase impossível se livrar, pois nada o substitui. E é uma salvação.

Salva a alma presa, salva a pessoa que se sente inútil, salva o dia que se vive e que nunca se entende a menos que se escreva.

Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada... Lembro-me agora com saudade da dor de escrever livros.

Clarice Lispector. A descoberta do mundo.

Nesse texto, você pode verificar nitidamente o seguinte esquema:

• Introdução: O primeiro parágrafo apresenta o ponto de vista – escrever é uma maldição e é uma salvação.

• Desenvolvimento: O segundo parágrafo apresenta o primeiro argumento explicando a maldição que é escre-ver. O terceiro parágrafo expõe outro argumento explicando por que escreve é uma salvação.

• Conclusão: No final do último parágrafo, uma ideia sintetiza os dois aspectos que o ato de escrever reúne: a “saudade da dor de escrever”.

Resumindo o que vimos até aqui a respeito da dissertação, temos:

Ponto de vistaElementos básicos ↗ +da dissertação ↘

Argumentação

A dissertação é uma das atividades fundamentais de nossa prática de linguagem e da nossa condição de seres humanos.

Com as experiências dissertativas, pensamos e repensamos a vida, questionamos o que nos é apresen-tado, interrogamos e criticamos a realidade, defendemos os nossos diretos, fazemos propostas de transformação do mundo.

Pelo caráter que tem de transmitir conhecimentos, formular conceitos ou transmitir objetos, o texto dissertativo aproxima-se mais do grupo de gêneros expositivos, como o relatório, o artigo enciclopédico, o texto de apresentação científica, o texto didático, entre outros.

A primeira questão fundamental da atividade dissertativa consiste em identificar o tema a respeito do qual se vai escrever sem saber claramente sobre o que dissertar.

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Sem compreender o tema, sem contextualizar e sem definir o assunto a ser elaborado, pode-se perder inteiramente uma argumentação. Este é, inclusive, o primeiro critério básico para a avaliação de um tema dis-sertativo: a adequação ao tema.

Na abordagem de um tema, é preciso evitar dois erros básicos: a redução e a extrapolação.

A redução acontece quando se aborda apenas uma parte, um elemento do tema ou um aspecto não fundamental. A extrapolação acontece quando a argumentação ultrapassa os limites do tema proposto, tratando de outros assuntos.

Depois de delimitar o tema, o segundo passo no processo dissertativo consiste em assumir uma opinião, um ponto de vista sobre esse tema. Não importa qual seja: o importante é definir um posicionamento diante do assunto.

Assim, de um modo geral, diante de uma proposta de dissertação, dispõe-se de três possibilidades de ponto de vista:

• concordância: quando pensamos do mesmo modo que o autor do texto.• Discordância: quando pensamos de modo diferente do exposto no texto.• concordância (e/ou discordância) parcial: concordamos com algum aspecto e discordamos de outro.

Um método muito funcional para verificar a posição que se vai assumir diante de um tema é trans-formar a proposta em pergunta e, em seguida, procurar a resposta que revele com precisão o ponto de vista adotado.

Observe um trecho da letra da música de Renato Russo, Marcelo Bonfá e Dado Villa-Lobos, dependen-do do tema e da abordagem, pode predominar a intuição, a sensibilidade do autor ou mesmo testemunhos de caráter pessoal; nesse caso, prevalece a 1ª pessoa (caracterizando a dissertação subjetiva).

Pais e filhos

É preciso amar as pessoascomo se não houvesse amanhã

Porque se você parar parapensar , na verdade não há.

Sou uma gota d’águaSou um grão de areia

Você me diz que seus paisnão entendem

Mas você não entendeseus pais

(Dado Villa-Lobos, Renato Russo e Marcelo Bonfá. As quatro estações, EMI, 1995.)

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PLANEJANDO A DissERTAÇÃO

Quando queremos ir a algum lugar a que nunca fomos, costumamos, mesmo que só mentalmente, fazer um roteiro.

Caso não tenhamos em mente o roteiro, corremos o risco de ficarmos rodando à toa e não chegarmos ao destino; se conseguirmos chegar, teremos perdido muito tempo nessa tarefa.

Com a elaboração de uma redação, principalmente no caso do texto dissertativo, não é diferente: se não prepararmos previamente um plano ou um roteiro, correremos o risco de ficarmos dando voltas em torno do tema, sem chegar a lugar nenhum. Por isso, antes de escrever a redação é preciso planejá-la bem, procurando elaborar um esquema.

TEsE E ARGUMENTAÇÃO

Leia mais um texto dissertativo: um depoimento de Herbert de Souza, o Betinho, em sua Ação da Ci-dadania contra a Miséria e pela Vida. Nele, o sociólogo expõe sua posição em relação aos problemas sociais existentes no país no início dos anos 90 e toma partido contra a miséria, dando início a uma luta que tinha como fundamento a ética nas relações sociais, ressaltando a importância da participação e do direito à cidadania.

O Pão Nosso

Pode haver revolta. Mas é improvável que o caminho da mudança no Brasil seja aberto com explosões sociais. A energia que pode ser usada agora para fazer o futuro diferente está, aparentemente, em outras fontes de transformação. Porque há mudança no Brasil. Ela não corre, mas anda. Não corre, mas ocorre.

Seus sinais estão, por exemplo, no melhoramento das cidades em plena crise da administração federal, no basta à corrupção e no movimento pela ética, na política, na emergência dos movimentos em favor da mulher, da criança ou da ecologia, no antirracismo. São antídotos contra a cultura autoritária que sempre ditou a receita do desastre social. Eles estão na confluência de duas tendências. Parte da elite não quer viver no apartheid sul-africa-no. E cada vez mais pobres querem sua cota de cidadania. Essa maré vai empurrando a democracia da sociedade para o estado, de baixo para cima, dos movimentos sociais para os partidos e instituições políticas.

É nela que hoje acredito. E, por causa dela, encontro-me outra vez com a velha questão que me levou à militância política: o que fazer com a miséria? Aceitá-la a título provisório? Não dá: aquilo que produz miséria simplesmente não pode ser aceito. A condenação ética da miséria é um ponto de partida. Para mim, o que era a luta contra o capitalismo para atacar a miséria passou a ser a luta contra a miséria para conquistar a democracia.

No combate à fome há o germe da mudança do país. Começa por rejeitar o que era tido como inevitável. Todos podem e devem comer, trabalhar e obter uma renda digna, ter escola, saúde, saneamento básico, educação, acesso à cultura. Ninguém deve viver na miséria. Todos têm direito à vida digna, à cidadania. A sociedade existe para isso. Ou, então, ela simplesmente não presta para nada. O Estado só tem sentido se é um instrumento dessas garantias. A política, os partidos, as instituições, as leis só servem para isso. Fora disso, só existe a presença do passado e do presente, projetando no futuro o fracasso de mais uma geração.

Quando eu era cristão e queria lutar contra a miséria, meu dia começava com um Padre-Nosso. Tinha fome de divindade. Hoje, ainda luto contra a miséria, mas meu dia começa com um Pão Nosso. Tenho fome de humanidade.

Herbert de Souza. O Pão Nosso. Veja 25 anos.

No primeiro parágrafo de seu texto, Herbert de Souza expõe a tese que será desenvolvida: O caminho para a mudança no Brasil não são as explosões sociais, mas sim as transformações sociais.

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Nos outros parágrafos, passa a discorrer sobre a “energia que pode ser usada (...) para fazer um futuro diferente”, fundamentando a tese inicial. Os “sinais” que ele via naquele momento e que funcionariam como impulsionadores da mudança de-sejada eram os movimentos pela ética, pelos fracos, pelo melhoramento das cidades. Acrescentava-se a isso o desejo da elite, que não queria viver um apartheid (segundo o modelo da África do Sul), e os dos pobres, que queriam “a sua cota de cidadania”. São os movimentos provocando mudanças.

Em seguida expõe sua ação pessoal e sua luta: a não aceitação dos fatos e a condenação da miséria. Da luta contra um regime (capitalismo) passa à luta contra a miséria, passando da militância armada (ou que poderia ser armada) para a militância pela consciência.

Reitera essa posição, mais adiante, expondo conceitos básicos ligados à dignidade da pessoa na socie-dade (“Todos podem e devem comer, trabalhar e obter uma renda digna...”) e rejeitando a postura daqueles que poderiam considerar a miséria um fato inevitável. Reitera seu ponto de vista de que as instituições existem em função do bem-estar das pessoas.

Finaliza comparando dois momentos de sua vida, suas lutas, sua antiga “fome de divindade” e sua atual “fome de humanidade”.

Observe como a palavra luta confere unidade ao texto: está na tese de que a mudança não se dá pela luta (revolta/explosões sociais), está na argumentação, quando o autor opta pela luta contra a miséria e pela cidadania, e na conclusão.

Veja que o desdobramento do significado da palavra ocorre justamente na argumentação, quando ele fundamenta sua tese e apresenta sua verdadeira luta.

O EsQUEMA-PADRÃO

Inicialmente, é preciso não confundir esquema com rascunho.

É importante atentar para um fato: cada dissertação, dependendo do tema e da argumentação, pede um esquema. Uma dissertação subjetiva, por exemplo, permite ao produtor do texto utilizar certos recursos que seriam descabidos numa dissertação objetiva.

Esquema é um guia que estabelecemos para ser seguido, no qual colocamos em frases sucintas (ou mesmo simples palavras) o roteiro para a elaboração do texto. No rascunho, vamos dando forma à redação, por-que nele as ideias colocadas no esquema passam a ser redigidas, tomando a forma de frases até chegar a um texto coerente.

O primeiro passo para a elaboração de um esquema é ter entendido o tema proposto, pois de nada adiantará um ótimo esquema se ele não estiver adequado ao tema.

Por ser um roteiro a seguir, deve-se dividir o esquema em partes de que se compõe a redação. Se formos escrever uma redação dissertativa, o esquema já deverá apresentar as três partes da dissertação: introdução, desenvolvimento e conclusão, que podem vir representadas pela letras a, b e c, respectivamente.

Na letra a, você deverá colocar a tese que vai defender; na letra b, palavras que resumam os argumentos que você apresentará para sustentar a tese; na letra c, uma palavra que represente a conclusão dada.

Quando estamos fazendo o esquema do desenvolvimento, é comum surgirem inúmeras ideias. Regis-tre-as todas, mesmo que mais tarde você não venha a utilizá-las.

Essas ideias normalmente vêm sem ordem alguma; por isso, mais tarde é preciso ordená-las, selecio-nando as melhores e colocando-as em ordem de importância. A esse processo damos o nome de hierarquização das ideias.

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Para não se perder tempo elaborando um outro esquema, a hierarquização das ideias pode ser feita por meio de números atribuídos às palavras que aparecem no esquema, segundo a ordem em que serão utilizadas na produção do texto.

Apresentamos, agora, um exemplo do esquema com as ideias já hierarquizadas:

Tema: A pena de morte: contra ou a favor?

a) Contra, não resolveb) 1. Direito à vida – religião

2. Outros países – EUA3. Erro judiciário4. Classes baixas5. Tradição

c) Ineficaz: solução: erradicação da pobreza.

Feito o esquema, é segui-lo passo a passo, transformando as palavras em frases, dando forma à redação.

No exemplo dado, na introdução você se declararia contrário(a) à pena de morte porque ela não resolve o problema do crescente aumento da criminalidade no país.

No desenvolvimento, você utilizaria os argumentos de que todas as pessoas têm direito à vida, consa-grado pelas religiões; de que nos países em que ela existe, citando os Estados Unidos como exemplo, não fez baixar a criminalidade; de que sempre é possível haver um erro judicial que leve a matar um inocente; de que, no caso brasileiro, ela seria aplicada somente às classes mais baixas, que não podem pagar bons advogados; e, finalmente, de que a tradição jurídica brasileira consagra o direito à vida e repudia a pena de morte.

Como conclusão, retomaria a tese insistindo na ineficácia desse tipo de pena e indicando outras solu-ções para resolver o problema da criminalidade, como a erradicação da miséria.

A GRAMÁTicA DA DissERTAÇÃO

Quanto aos aspectos formais, a dissertação dispensa o uso abusivo de figuras de linguagem, bem como do valor conotativo das palavras.

Por suas características, o texto dissertativo requer uma linguagem mais sóbria, denotativa, sem rodeios; daí ser preferível o uso da terceira pessoa.

Ao contrário da narração, a dissertação não apresenta uma progressão temporal; os conceitos são gené-ricos, abstratos e, em geral, não se prendem a uma situação de tempo e espaço; por isso o emprego de verbos no presente.

Ao contrário da descrição, que se caracteriza pelo período simples, a dissertação trabalha com o período composto (normalmente, por subordinação), com o encadeamento de ideias; nesse tipo de construção, o correto emprego dos conectivos é fundamental para se obter um texto claro, coeso, elegante.

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O TEXTO DissERTATiVO-ARGUMENTATiVO

Grande parte dos concursos do país inteiro propõe aos candidatos a produção de uma dissertação. Contudo, dada a natureza quase sempre polêmica dos temas, o que se espera, na verdade, é que o candidato produza um texto capaz de analisar determinado problema na realidade sob vários ângulos e, ao mesmo tempo, argumentar em defesa de seu ponto de vista. Em suma, espera-se que ele produza um texto dissertativo-ar-gumentativo.

Observe a forma de encaminhamento desse tema, proposta pela Fuvest:

Como você avalia a jovem geração brasileira que constitui a maioria dos que chegam agora ao vestibu-lar? Situada, em sua maior parte, na faixa etária que vai dos dezessete aos vinte e um anos, que características essa geração apresenta? Que opinião você tem sobre Tais características?

Por se tratar desse tema, você poderá, por exemplo, identificar as principais virtudes ou defeitos que even-tualmente essa jovem geração apresente; indicar quais são os valores que, de fato, ela julga mais importantes e opinar sobre eles. Você poderá, também considerá-la quanto à formação intelectual, identificando, aí, os pontos fortes e as possíveis deficiências. Poderá, ainda, observar qual é o grau de respeito pelo outro, de consciência social, de companheirismo, de solidariedade efetiva, de conformismo ou de inconformismo que essa geração manifesta. Refletindo sobre aspectos como os acima sugeridos, escolhendo entre eles os que você julgue mais pertinentes ou, caso ache necessário, levantando outros aspectos que você considere mais relevantes para tratar do tema pro-posto, redija uma dissertação em prosa, apresentando argumentos que deem consistência e objetividade ao seu ponto de vista. Ao propor uma avaliação do tema, dando pistas inclusive sobre como desenvolver essa avaliação, o exame solicita uma análise do tema. Contudo, ao perguntar a opinião do candidato, exigir seu posicionamento e solicitar, ao final, argumentos que fundamentem o seu ponto de vista, o exame solicita uma argumentação. Trata-se, pois, de uma proposta para texto dissertativo-argumentativo.

O texto que segue foi considerado um dos melhores produzidos sobre esse tema.

A eterna missão jovem: transformar utopia em realidade

Identificar uma geração pela faixa etária, é, no Brasil, uma generalização que peca pela simplicidade. Tomar como ponto de referência aqueles que conseguem chegar ao Vestibular é indiscutivelmente discriminante, pois, a partir de então, a análise fica contida a uma amostra privilegiada pelas suas virtudes socioeconômicas, as quais são decisivas para a compreensão de seu comportamento social e intelectual.

Num passado não tão distante, a juventude “Anos 60” saiu às ruas contra a ditadura, adotando uma pos-tura crítica e simbolizada pela “Jovem Guarda”, através das músicas, valores e aspirações. Hoje, a classe média/alta jovem aspira a quê? Julga-se incapaz de mudanças, atribuindo a culpa da situação de miséria e corrupção do país ao governo e à elite (da qual faz parte). Se há alguma manifestação que revele seu posicionamento ideológico, dificilmente esta se dá sem interferência de algum veículo de comunicação. Possui ídolos distantes da realidade brasileira, porque elegeram os “dancings” no lugar do Chico Buarque e insistem em prestar mais atenção no caso amoroso do Bill Clinton a analisar a inserção da economia brasileira no neoliberalismo, confiada ao reeleito pre-sidente FFHHCC. A questão mais crucial, entretanto, circula entre valores morais ao adotar-se num mundo que padece, nas várias sociedades e culturas, do individualismo e marginalização. O que dizer da juventude, que compondo seu caráter nesta fase da vida, vê-se obrigada a começar competindo e, às vezes, renunciando às suas idealizações de sociedade, explicitamente através do Vestibular, que é uma barreira social imposta, das mais segregadoras? A re-alidade humana que o Brasil tem, associada à globalização do consumo massificante, abala o convívio em grupo, o respeito ao semelhante e desvincula o ser humano de ação social da mão de obra no mercado consumidor.

A juventude pode estar carente de parâmetros, mas concentra em si a virtude inerente à condição de ser jovem: a incessante busca do novo, da experiência e da transformação. Ela continua sendo a esperança para que se vislumbre um futuro melhor. A utilização da formação acadêmica em prol da Nação promove conquistas coletivas e, no dia em que a elite intelectualizada conseguir provar as vantagens, a longo prazo, de se dar ao povo saúde, comida e educação, constituir-se-ão as bases da prosperidade. E esse deve ser o ideal do jovem universitá-rio brasileiro.

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O texto que você leu analisa o perfil do jovem brasileiro, identificando-o como individualista e politica-mente apático. Apesar disso, defende o ponto de vista de que é próprio do jovem o espírito transformador e faz um apelo: que os jovens conduzam a sociedade à justiça e ao equilíbrio social. Esse tipo de texto, que analisa um assunto ou um problema e, ao mesmo tempo, defende um ponto de vista, chama-se texto dissertativo-argu-mentativo.

Conforme a maior parte dos textos dissertativos e argumentativos, o texto dissertativo-argumentativo apresenta uma estrutura convencional: introdução, desenvolvimento e conclusão. Quando o texto é desenvol-vido pelo método dedutivo, a tese ou ideia principal do texto é lançada na introdução. Quando pelo método indutivo, a tese coincide com a conclusão, como ocorreu no texto em estudo. A linguagem desse tipo de texto, pelas próprias condições em que é produzido, deve estar de acordo com o padrão culto e formal da língua e ser objetiva, impessoal, com verbos predominantemente no presente do indicativo.

características do texto dissertativo-argumentativo:

• procede à análise de um assunto e, ao mesmo tempo, defende um ponto de vista do autor a respeito desse assunto;

• pode ser construído de forma dedutiva (do geral para o particular) ou indutiva (do particular para o geral);

• convencionalmente apresenta três partes: introdução (na qual é apresentada a tese ou ideia principal, se a construção for dedutiva), desenvolvimento e conclusão;

• linguagem clara, objetiva e impessoal, de acordo com o padrão culto formal da língua;• verbos predominantemente no presente do indicativo.

O TEXTO DissERTATiVO-ARGUMENTATiVO:

O PARÁGRAFO

Todo texto pode ser subdividido em unidades menores: os parágrafos. Independentemente do tipo de texto – argumentativo, explicativo, narrativo, etc. -, os parágrafos, quando devidamente coe-rentes e coesos entre si, garantem a continuidade e a progressão textual.Embora existam diferentes modos de desenvolvimento do parágrafo, é nos textos científicos, jornalísticos e dissertativo-argu-mentativos que se utiliza com maior frequência a sua estrutura padrão. Essa estrutura consiste em três partes: a ideia-núcleo; as ideias secundárias e a conclusão, facul-tativa. Em parágrafos curtos, é raro haver conclusão. Leia o parágrafo que segue, observando o modo como está organizado:

Vale lembrar ainda que a melhoria do transporte anda de par com o planejamento do ocupação do solo, hoje inoperante. Parte da rede ferroviária, muita vez abandonada ou subutilizada, corta zonas mortas, bairros ocupados por fábricas abandonadas. Desperdiça-se equipamento urbano instalado. É recomendável, pois, reorientar os eixos de ocupação do solo para aproveitar essas linhas.

“A direção do trânsito”. Editorial da Folha de S. Paulo.

Note que todo parágrafo lido é desenvolvido a partir da afirmação feita na ideia-núcleo: a re-lação entre a qualidade do transporte e a falta de planejamento para a ocupação do solo. As ideias secundárias demonstram como isso ocorre: a rede ferroviária, com seus equipamentos caros, é aban-donada ou mal aproveitada; às vezes, atende a bairros inexpressivos quanto ao número de usuários. A conclusão, claramente marcada pela conjunção pois, reforça a ideia-núcleo: há necessidade de se retomar o planejamento de ocupação do solo.

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Formas de desenvolvimento do parágrafo dissertativo-argumentativo

Existem diferentes formas de organizar o parágrafo dissertativo-argumentativo. Todas elas de-pendem da relação entre a ideia-núcleo e as ideias secundárias. Os parágrafos mais comuns são os organizados por:

• declaração inicial

Política e televisão são duas instâncias da sociedade brasileira que parecem reunir o maior número de pessoas despreparadas e desqualificadas. É como se escolhessem a dedo as piores pessoas (com raras exceções) para legislar ou executar, animar shows de auditórios ou de entrevistas, etc.

Marilene Felinto. Mulheres infelizes e o código da ética da televisão.

É a forma mais comum de se desenvolver o parágrafo dissertativo-argumentativo. A ideia-núcleo abre o parágrafo com uma afirmação – no caso do parágrafo acima, o baixo nível dos políticos e apresentadores de TV no Brasil – e é desenvolvida por ideias secundárias.

• interrogação

Você já pensou como seria bom ter uma biblioteca escolar aberta a todos, que funcionasse 24 horas por dia, todos os dias da semana, e que pudesse ser visitada de qualquer lugar do mundo? Pois já existe: é a Biblioteca Virtual do estudante Brasileiro – Bibvirt (www.bibvirt.futuro.usp.br). Criada e desenvolvida pela Escola do Futuro da Universidade de São Paulo, a Bibvirt é um exemplo prático de como atender a uma necessidade real e atual da comunidade utilizando-se das novas tecnologias de comunicação e informação.

Andréia ferreira Gonçalves. Uma biblioteca para todos.

Observe que a interrogação de abertura do parágrafo não é essencial. Ela cumpre um papel retórico, uma vez que o próprio autor responde à pergunta. É uma forma simpática de envolver o leitor e despertar sua atenção.

• definição

O calazar é, assim, uma doença, uma endemia grave e um sintoma. Ele é sintoma de um país doente, de cidades sujas, de famintos infectados que fogem dos grotões e acabam relegados a outro tipo de rincão, social e espacial, em mocambos, favelas e ambientes assemelhados das periferias urbanas. E a partir daí o mal se expan-de e contamina regiões até ricas. O calazar é, pois, sintoma das típicas mazelas brasileiras.

Doença social. Editorial da Folha de S. Paulo.

O objetivo do parágrafo é conceituar a doença do ponto de vista da saúde e das condições sociais que a geram. No caso, o sintoma a que faz referência a ideia-núcleo é a miséria e o isolamento de populações que têm vivido em condições subumanas.

• oposição e comparação

O presidente da Companhia Brasileira de Cartuchos sugere, em recente artigo sobre armas de fogo [...], a existência de dois grupos polarizando o debate atual: de um lado estariam os que defendem o direito de se armar e ainda que as armas contribuem para inibir o criminoso. No outro grupo, de pessoas que “se emocionam diante de estatísticas nem sempre apresentadas com o devido rigor”, estariam os defensores do desarmamento, que co-locariam o problema da violência “fora de foco”, ao defender um maior controle sobre as armas de fogo.

Túlio Kahn. Armas de fogo: a peculiaridade brasileira.

Observe que o parágrafo é desenvolvido a partir da contraposição de sois grupos, cada um deles re-presenta uma forma diferente de ver a questão do desarmamento: um que defende o uso da arma de fogo e outro que defende a proibição do uso de armas. Em parágrafos desse tipo, a contraposição pode ser comparativa, apontando aspectos positivos e negativos, ou semelhanças e diferenças. Ela pode envolver duas realidades dis-tintas, no tempo e no espaço.

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• divisão

Dois grupos norte-americanos se debruçaram sobre essa forma de regeneração, obtendo resultados di-ferenciados, mas não inconciliáveis. Uma equipe, da Universidade Princeton, verificou que a reposição aumenta quando camundongos são submetidos a tarefas de aprendizado intenso. Outra, do Instituto Salk, constatou resul-tado semelhante com exercícios físicos continuados.

Mais e melhores neurônios. Editorial da Folha de S. Paulo.

Observe que, nesse parágrafo, a ideia-núcleo apresenta uma divisão, ao fazer referência a dois núcleos de pesquisa neurobiológica. As ideias secundárias desenvolvem essa divisão, expondo as conquistas científicas de cada um desses grupos.

• citação

Quase cinco séculos depois de Thomas More ter defendido o direito de morrer com dignidade como uma das instituições básicas de sua “Utopia”, a civilização ocidental mantém arraigado o conceito judaico-cristão de que só Deus tem o direito de dar e retirar a vida. Na Grécia e na Roma antigas, a eutanásia (“eu thánatos”, boa morte em grego) era aceita com naturalidade.

Carlos Eduardo Lins da Silva. O direito de morrer com dignidade. Nesse parágrafo é visível a posição favorável do autor em relação à eutanásia. Para fazer valer seu ponto de vista, utiliza, como citação, o pensamento de Thomas More, também favorável à eutanásia. A citação pode ser feita de forma indireta, como ocorre no parágrafo lido, ou de forma direta. Neste caso, ela deve ser transmi-tida na íntegra, entre aspas.

• Exemplificação

Não é mais possível escrever a frase “eu subi para cima”, no programa Word da Microsoft, impunemente. “Fui a Bahia”, assim, sem crase, também nem pensar. “Me dê os papéis”, “assistir o filme”, “aluga-se casas” e outros equívocos do gênero também estão proibidos. Isso porque a Microsoft incorporou à última versão do seu proces-sador de texto [...], que já contava com um revisor ortográfico, o software de revisão gramatical desenvolvido pela Itautec com o apoio da USP e da Unicamp.

Cassiano José. “Sem erro”. Educação. Note que o parágrafo é introduzido com o relato de várias situações cotidianas em que alguém redige textos no computador, fazendo uso do programa Word. Esses fatos servem como exemplos da ideia-núcleo, que o autor se propõe a desenvolver: o lançamento de um novo software, com mais recursos de revisão gramatical.

• alusão histórica

No passado, acordos semelhantes traduziram a repugnância da comunidade internacional contra as armas químicas e bacteriológicas, utilizadas de forma cruel e indiscriminada durante a Primeira Guerra Mundial. São esses mesmos acordos que hoje permitem punir a ditadura de Saddam Hussein, suspeita de manter tais ar-senais químicos.

O desenterro das minas. Editorial da Folha de S. Paulo.

A alusão histórica é utilizada quando se deseja explicar algo do presente a partir de fato do passado, como no parágrafo acima. Serve também para comparações com a realidade atual. Ela pode ocupar parte do parágrafo ou o parágrafo inteiro.

• ilustração

Uma menina capixaba de 10 anos foi ontem submetida a uma cirurgia, em ambiente limpo, atendida por profissionais credenciados, com o objetivo de interromper uma gravidez, mais que indesejada, decorrente da inominável violência que é o estupro. Se, após décadas no limbo, não tivesse passado a ter efeitos práticos mais amplos o dispositivo do Código Penal que permite o aborto em certos casos, talvez essa jovem estivesse sujeita a violências ainda maiores.

Sectarismo antiabortista. Editorial da Folha de S. Paulo.

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Diferentemente da estrutura convencional do parágrafo, que se inicia pela ideia-núcleo, esse tipo de parágrafo é introduzido por uma pequena narrativa que serve como ilustração do assunto (no caso do parágrafo acima, o aborto em uma menina de 10 anos).

A ideia-núcleo, coincidindo com a conclusão, é explicitada apenas no final do parágrafo (no caso, a im-portância da lei, que permite abortos como esses, decorrentes de estupro).

Esse tipo de parágrafo causa um efeito emocional direto sobre o leitor, pois o faz vivenciar de perto a questão em análise.

• detalhamento

Clube da luta, de David Fincher, 36 anos, segue um ritmo parecido (com visual e velocidade de um video-game turbinado). As imagens são saturadas de informação. Têm tudo a ver com o enredo, altamente esquizofrê-nico, sobre dois sujeitos que recebem socos para sentir que o sangue ainda está correndo em suas veias. Fincher definiu bem a sua criação: a trama não deve ser acompanhada, e sim “baixada”, como se fosse um arquivo digital.

Isabela Boscov. Veja.

Nesse tipo de parágrafo, as ideias secundárias detalham a afirmação contida na ideia-núcleo.

No parágrafo acima, a autora descreve minuciosamente as características do filme que o aproximam de um “videogame turbinado”.

O TEXTO DissERTATiVO-ARGUMENTATiVO POÉTicO

Os textos dissertativo-argumentativos geralmente são objetivos e impessoais, pois essas características geralmente contribuem para tornar o texto mais persuasivo.

Leia o texto a seguir, produzido a partir do tema Ética e cidadania:

Macunaíma

O Brasil é um filme. O povo, sua plateia. Plateia indiferente; nas raras vezes em que se deixa atingir, perde a memória pouco depois. Esquece a história. Esquece o filme.

Mas o povo não é plateia. Pelo menos não deveria ser. O povo deveria ser o ator principal. Mas, nesta de-mocracia brasileira, que poderia se chamar aristocracia concessionária, o povo é manipulado. O governo é exercido por poucos e muito poderosos. E quanto aos poucos homens do povo a que se concede o poder, esses não sabem aproveitá-lo. Contaminam-se.

A falta de moral contamina. A falta de ética, de cidadania, também. O filme influencia de tal modo a plateia que a cidadania é moribunda, quase inexistente. “Se estão roubando milhões, por que não ultrapassar um sinal vermelho?” Manipula-se o povo sutilmente: as escolas estaduais são um caos, as escolas particulares são frequentadas por uma minoria (a que pode pagar), que estará no poder daqui a pouco, manipulando a maioria, que não teve como estudar. Verdadeiro círculo vicioso.

Círculo vicioso que é ciclone vicioso. Em todas as camadas, entre uma camada e outra, uma coisa ruim leva à outra, e o ciclone nos leva ao caos. O filme é apocalíptico.

Existe um meio de parar a projeção desse filme. É preciso uma mudança de consciência (é, sempre ela) dos que levam o filme adiante. O povo quando for chamado a entrar em cena, nas eleições, que deixe de ser figurante e roube a cena para si.

Mas quando essa revolução acontecer, quando voltar a moral e, por consequência, a cidadania, que esse filme não seja esquecido. Que seja sempre projetado na nossa mente.

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Precisamos deixar de ser Macunaíma, o anti-herói preguiçoso e covarde – e sem moral.

Maurício de Mevo. O texto lido consegue conciliar aspectos do texto dissertativo-argumentativo (como a defesa do ponto de vista do autor a respeito do quadro social e político brasileiro) com recursos poéticos e criativos da linguagem, como o uso de metáforas.

A esse tipo de texto chamamos texto dissertativo-argumentativo poético ou subjetivo.

Embora apresente várias metáforas – como a de filme, plateia, ciclone, filme apocalíptico, projeção, cena, etc. -, o texto concilia as ideias de cidadania e ética, propostas pelo tema, sem que a figuração prejudique a compreensão das ideias.

A estrutura, embora mais livre nesse tipo de texto, não foge ao padrão, apresentando as partes essen-ciais: introdução (com tese ou ideia principal), desenvolvimento e conclusão.

A linguagem, de acordo com o padrão culto, é figurada, poética e frequentemente apresenta recursos como o emprego de imagens, figuras de linguagem (metáforas, metonímias, antíteses, etc.), jogos de palavras, trocadilhos, aliterações e outros recursos.

Justamente por não serem os mais comuns, os textos dissertativo-argumentativos poéticos chamam a atenção pelo estilo e pela originalidade da abordagem.

Porém, é necessário que se lance mão desses recursos com cautela, uma vez que o principal objetivo é expor o ponto de vista do autor a respeito de um assunto.

Assim, é preciso encontrar o ponto de equilíbrio entre o poético e o dissertativo, entre o figurativo e o expositivo, sob risco de o leitor não compreender as ideias gerais do texto ou julgar que o texto fugiu ao texto proposto.

características do texto dissertativo-argumentativo poético:

• texto que concilia a intenção analítica e persuasiva dos textos dissertativo-argumentativos com recursos poéticos de linguagem;

• estrutura geralmente semelhante à dos textos dissertativo-argumentativos em geral;

• linguagem figurada, rica em imagens e recursos expressivos como metáforas, metonímias, antíteses, ali-terações, jogos de palavras, etc;

• linguagem de acordo com o padrão culto formal da língua;

• criatividade e estilo em destaque;

• equilíbrio entre a objetividade e a subjetividade, entre a informação e a figuração, entre a análise crítica e os voos poéticos.

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EXERcÍciOs

1 – Assinale o texto predominantemente dissertativo.

a) Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. (...) A caatinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos. (Graciliano Ramos. Vidas Secas. Rio de Janeiro, Record, 1986.)

b) Sempre fomos explorados. Somos oprimidos, mas não vencidos. Lutamos, pelo elementar direito de a clas-se trabalhadora participar da vida política, social e econômica de sua pátria. Inútil tentar nos calar, nos deter, nos abater. Somos multidão. Estamos nas cidades e nos campos. Renascemos em nossos filhos. Sabemos que, no futuro, estará em nossas mãos a riqueza que agora produzimos. (Panfleto de um sindicato, maio de 1981.)

c) Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quan-do vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de Lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vis-tas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal. (Rubem Braga. Ai de ti Copacabana. Rio de Janeiro, Ed. do Autor, 1960.)

d) Na baixada, mato e campo eram concolores. No alto da colina, onde a luz andava à roda, debaixo do an-gelim verde, de vagens verdes, um boi branco, de cauda branca. E, ao longe, nas prateleiras dos morros cavalgavam-se três qualidades de azul. (Guimarães Rosa. Sagarana. Rio de Janeiro, José Olympio, 1976.)

2 – Assinale a alternativa em que o texto não apresenta uma opinião.

a) “Nunca temos na vida todas as informações necessárias para tomar as decisões corretas.”b) “Antigamente, os casamentos eram feitos aos 20 anos de idade, depois de uns três anos de namoro.”c) “Obviamente, se sua esposa se transformou numa megera ou seu marido num monstro, (...) a situação

muda.”d) “Casamento é o compromisso de aprender a resolver as brigas e as rusgas do dia a dia de forma constru-

tiva...”

Texto para os exercícios 3 e 4

Em uma disputa por terras, em Mato Grosso do Sul, dois depoimentos são colhidos: o do proprietário de uma fazenda e o de um integrante do Movimento dos trabalhadores Rurais Sem Terras.

Depoimento 1

“A minha propriedade foi conseguida com muito sacrifício pelos meus antepassados. Não admito invasão. Essa gente não sabe de nada. Estão sendo manipulados pelos comunistas. Minha resposta será à bala. Esse povo tem que saber que a Constituição do Brasil garante a propriedade privada. Além disso, se esse governo quiser as minhas terras para a Reforma Agrária terá que pagar, em dinheiro, o valor que eu quero” . (Proprietário de uma fazenda no Mato Grosso do Sul)

Depoimento 2

“Sempre lutei muito. Minha família veio para a cidade porque fui despedido quando as máquinas chegaram lá na Usina. Seu moço, acontece que sou um homem da terra. Olho pro céu, sei quando é tempo de plantar e de colher. Na cidade não fico mais. Eu quero um pedaço de terra, custe o que custar. Hoje eu sei que não estou sozinho. Aprendi que a terra tem um valor social. Ela é feita para produzir alimento. O que o homem come vem da terra. O que é duro é ver que aqueles que possuem muita terra e não dependem dela para sobreviver, pouco se preocupam em produzir nela.”

(Integrante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem terra –MST – de Corumbá – MS)

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3 - A partir da leitura do depoimento 1, os argumentos utilizados para defender a posição do proprietário de terras são:

I. A Constituição do país garante o direito à propriedade privada, portanto, invadir terras é crime..II. O MST é um movimento político controlado por partidos políticos.III. As terras são o fruto do árduo trabalho das famílias que as possuem.IV. Este é um problema político e depende unicamente da decisão da justiça.

Estão corretas as proposições:

a) I, apenas.b) I e IV, apenas.c) II e IV, apenas.d) I, II e III, apenas.

4 – A partir da leitura do depoimento 2, quais os argumentos utilizados para defender a posição de um traba-lhador rural sem terra?

I. A distribuição mais justa da terra no país está sendo resolvida, apesar de que muitos ainda não têm acesso a ela.

II. A terra é para quem trabalha nela e não para quem a acumula como bem material.III. É necessário que se suprima o valor social da terra.IV. A mecanização do campo acarreta a dispensa de mão de obra rural.

Estão corretas as proposições:a) I, apenas.b) II, apenas.c) II e IV, apenas.d) I, II e III, apenas.

Texto para o exercício 5

Em material para análise de determinado marketing político, lê-se a seguinte conclusão:

“A explosão demográfica que ocorreu a partir dos anos 50, especialmente no Terceiro Mundo, suscitou teorias ou políticas demográficas divergentes. Uma primeira teoria, dos neomalthusianos, defende que o crescimento de-mográfico dificulta o desenvolvimento econômico, já que provoca uma diminuição na renda nacional per capita e desvia os investimentos do Estado para os setores menos produtivos. Diante disso, o país deveria desenvolver uma rígida política de controle de natalidade. Uma segunda, a teoria reformista, argumenta que o problema não está na renda per capita e sim na distribuição irregular da renda, que não permite o acesso à educação e saúde. Diante disso o país deve promover a igualdade econômica e a justiça social.”5 – Qual dos slogans abaixo poderia ser utilizado para defender o ponto de vista neomalthusiano?

a) “Controle populacional – nosso passaporte para o desenvolvimento.”b) “Sem reformas sociais o país se reproduz e não produz.”c) “População abundante, país forte!”d) “O crescimento gera fraternidade e riqueza para todos.”e) “Justiça social, sinônimo de desenvolvimento.”

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6 - Numere os períodos na ordem em que formem um texto coeso e coerente, e marque o item correspondente.

( ) Essa invenção permitiu o sofisticado gosto dos reis franceses de colecionar livros, e a mesma revolução que os degolou foi responsável por abrir suas coleções ao povo.

( ) Há cerca de 2.300 anos, os homens encontraram uma maneira peculiar de guardar o conhecimento escrito juntando-o num mesmo espaço. A biblioteca foi uma entre outras das brilhantes ideias dos gregos, que perma-necem até hoje.

( ) Apesar da resistência da Igreja, a informação começou a girar mais rápido com a invenção da imprensa de Gutemberg.

( ) Assim, as bibliotecas passaram a ser “serviço de todos”, como está escrito nos anais da maior biblioteca do mundo, a do Congresso, em Washington, que tem 85 milhões de documentos em 400 idiomas diferentes.

( ) Depois deles, a Idade Média trancou nos mosteiros os escritos da antiguidade clássica e os monges copistas passavam o tempo produzindo obras de arte.

a) 1, 3, 5, 2, 4. b) 3, 2, 4, 5, 1. c) 2, 3, 5, 4, 1. d) 4, 1, 3, 5, 2. e) 5, 4, 1, 3, 2.

7 – Leia o texto a seguir:

A crítica no neo-modernismo

“Os críticos do neo-modernismo, longe de se preocuparem com as próprias sensações, como queria o humanismo impressionista, ou com o autor e a obra em que sua globalidade e suas repercussões estéticas e paraestéticas, como queria o expressionismo crítico concentram-se vigorosamente num só elemento, no qual veem a súmula de tudo aquilo que dispersava a atenção dos críticos modernistas ou naturalistas. O novo ele-mento é o estilo, a forma, de modo que é afinal na linguagem, como síntese e finalidade de toda obra literária, que se concentra a atenção formalista. E daí a importância dos estudos de estilística, como base dessa nova crítica.

(Tristão de Athayde)

As características do texto permitem classificá-lo como uma:

a) narração dissertativa. b) dissertação, do tipo expositivo. c) narração crítica. d) descrição literária. e) descrição, do tipo argumentativo. Nas questões 8 e 9, numere os períodos de modo a constituírem um texto coeso e coerente e, depois, indique sequência numérica correta.

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8-

( ) Por isso era desprezado por amplos setores, visto como resquício da era do capitalismo desalmado.

( ) Durante décadas, Friedman - que hoje tem 85 anos e há muito aposentou-se da Universidade de Chicago - foi visto como uma espécie de pária brilhante.

( ) Mas isso mudou; o impacto de Friedman foi tão grande que ele já se aproxima do status de John Maynard Keynes (1883-1945) como o economista mais importante do século.

( ) Foi apenas nos últimos 10 a 15 anos que Milton Friedman começou a ser visto como realmente é: o mais influente economista vivo desde a Segunda Guerra Mundial.

( ) Ele exaltava a ‘liberdade’, louvava os ‘livres mercados’ e criticava o ‘excesso de intervenção governamental.’ (Baseado em Robert J. Samuelson, Exame, 1/7/1998)

a) 4, 2, 5, 1, 3 b) 1, 2, 5, 3, 4c) 3, 1, 5, 2, 4 d) 5, 2, 4, 1, 3e) 2, 5, 4, 3, 1

9-

( ) Na verdade, significa aquilo que um liberal americano descreveria (sem estar totalmente correto, porém) como conservadorismo.

( ) Nos Estados Unidos, liberalismo significa a atuação de um governo ativista e intervencionista, que expande seu envolvimento e as responsabilidades que assume, estendendo-os à economia e à tomada centralizada de decisões.

( ) A guerra global entre estado e mercado contrapõe ‘liberalismo’ a ‘liberalismo’.

( ) No resto do mundo, liberalismo significa quase o oposto.

( ) Esta última definição contém o sentido tradicional dado ao liberalismo.

( ) Esse tipo de liberalismo defende a redução do papel do Estado, a maximização da liberdade individual, da liberdade econômica e do papel do mercado. (Exame, 1/7/1998)

a) 1, 5, 3, 4, 2, 6 b) 3, 1, 4, 5, 6, 2c) 2, 4, 5, 3, 6, 1 d) 4 , 2, 1, 3, 6, 5e) 1, 3, 2, 6, 5, 4

REsPOsTAs

1 - B 2 - B 3 - D

4 - B 5 - A 6 - D

7 - B 8 - c 9 - c

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cONFRONTO E REcONHEciMENTO DE FRAsEs cORRETA E iNcORRETAs

Para escrever e falar corretamente, é necessário observar a escrita e o significado de algumas palavras, que acabam confundindo o escritor por serem parecidas, mas que possuem significados diferentes. Abaixo, seguem algumas palavras que costumam confundir o uso numa redação.

VOcABULÁRiO

1) EM NÍVEL DE

Só podemos usar EM NÍVEL ou NO NÍVEL DE ou AO NÍVEL DE se houver “níveis”: “EM NÍVEL federal” está corre-to porque poderia ser em nível estadual, municipal... “A NÍVEL DE” não existe.

2) TAMPOUcO

TAMPOUCO significa “nem, e não”: “Não trabalha TAMPOUCO estuda”.

TÃO POUCO é “muito pouco”: “Estudou TÃO POUCO que foi reprovado”.

3) PENALiZADO

PENALIZADO = com pena, dó, compaixão.”Ficou PENALIZADO diante de tanta miséria.”

PUNIDO = castigado.”O funcionário foi PUNIDO pelo chefe.”

4) REVERTER

REVERTER = voltar ao que era antes.”O paciente entra em coma. Os médicos tentam REVERTER o quadro.”

INVERTER = mudar para o oposto.”O Detran deve INVERTER a mão desta rua.”

MODIFICAR = simplesmente mudar, alterar.”É preciso MODIFICAR as regras do jogo.”

5) cONFiscAR

CONFISCAR = sem indenização.”A Coroa portuguesa CONFISCOU os bens de Tiradentes.”

DESAPROPRIAR = com indenização.”Para a construção do metrô, vários imóveis foram DESAPROPRIADOS”.

PRONOMEs

1) PARA MiM ou PARA EU

EU é pronome pessoal do caso reto. (Exerce a função de sujeito.)

MIM é pronome pessoal oblíquo tônico. (Nunca exerce a função de sujeito e obrigatoriamente deve ser usado com preposição: a mim, de mim, entre mim, para mim, por mim...)

Exemplos:

“EU li os jornais.” (= sujeito)“Ela trouxe o jornal para MIM.” (= não é sujeito) Entretanto, observe o exemplo abaixo:

“Ela trouxe o jornal para EU ler.”

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Neste caso são duas orações.”Ela trouxe o jornal” é a oração principal e “para EU ler” é oração reduzida de infinitivo (= para que eu lesse).

Devemos usar o pronome pessoal reto (= EU), porque exerce a função de sujeito do verbo infinitivo (= ler).

2) cONOscO ou cOM NÓs ou cOM A GENTE

CONOSCO deve ser usar em textos formais. “Os diretores se reuniram ontem CONOSCO.”

COM A GENTE é característico de linguagem tipicamente coloquial. Não devemos usar em textos formais.

COM NÓS deve ser usado antes de: MESMOS,

PRÓPRIOS, AMBOS, TODOS, NUMERAIS e pronome relativo QUE. “Ele deixou a decisão COM NÓS TODOS”.

3) VOssA EXcELÊNciA ou sUA EXcELÊNciA

Se você está falando diretamente com a pessoa, deve dizer:“Eu preciso falar com VOSSA EXCELÊNCIA.”

Se você está falando a respeito da pessoa, deve usar: “Eu preciso falar com SUA EXCELÊNCIA.”

VOSSA EXCELÊNCIA, VOSSA SENHORIA, VOSSA MAJESTADE -devem ser usados quando nos dirigimos direta-mente à pessoa.

SUA EXCELÊNCIA, SUA SENHORIA, SUA MAJESTADE – devem ser usados quando nos referimos à pessoa:

“Falamos sobre SUA EXCELÊNCIA ontem na reunião.”

“SUA SANTIDADE esteve no Brasil em 1997.”

4) sEU ou VOssO

VOSSA EXCELÊNCIA é um pronome de tratamento. Os pronomes de tratamento são de 3ª pessoa. “VOSSA EX-CELÊNCIA deve comparecer com SEUS convidados à reunião do dia 20. Estamos a SEU dispor para mais escla-recimentos”.

5) ONDE ou AONDE

ONDE significa “no lugar” (= o depósito fica NA RUA): “Esta é a cidade ONDE ela nasceu.”

AONDE significa “ao lugar”. Só pode ser usado com verbos cuja regência pede a preposição “a” (IR, CHEGAR), DIRIGIR-SE, LEVAR...):

“Este é o lugar AONDE ele quer chegar.”

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VERBOs

1) Eu cAiBO ou cABO?

O certo é CAIBO.

No presente do indicativo, a irregularidade está só na 1ª pessoa do singular: eu CAIBO, tu cabes, ele cabe... Portanto, todo o presente do subjuntivo será irregular:que eu CAIBA, tu CAIBAS, ele CAIBA, nós CAIBAMOS, vósCAIBAIS, eles CAIBAM.

Nos tempos derivados do pretérito perfeito do indicativo, ocorre outra irregularidade:Pretérito Perfeito do Indicativo: eu COUBE, tu COUBESTE, ele COUBE...

Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo: COUBERA

Futuro do Subjuntivo: quando eu COUBER

2) Eu cOLORO (“ô”) ou cOLORO (“ó”)?

Nenhum dos dois.

O verbo COLORIR é defectivo. Não possui a 1ª pessoa do singular do presente do indicativo e nada no presente do subjuntivo.

A solução é “eu estou colorindo”.

3) Eu cOMPUTO, tu cOMPUTAs, ele cOMPUTA?

Nenhum dos três.

O verbo COMPUTAR é defectivo. No presente do indicativo, só apresenta plural: nós COMPUTAMOS, vós COMPUTAIS, eles COMPUTAM.

O pretérito e o futuro são regulares.

Se a forma “ele computa” é inaceitável, podemos usar “ele está computando” ou substituir por um sinônimo (= “ele calcula”).

4) Que ele EsTEJA ou EsTEJE?

O certo é ESTEJA.

A desinência do presente do subjuntivo do verboESTAR é “a” (= ter, ser): Que eu ESTEJA, TENHA, SEJA...

Portanto, está errado quem diz “teje preso” talvez “esteje passando mal” ou “seje inguinorante”.

5) Ele iNTERViU ou iNTERVEiO?

O certo é INTERVEIO.

O verbo INTERVIR, como todos os derivados do verbo VIR (= ADVIR, CONVIR, PROVIR, SOBREVIR...), deve seguir o verbo primitivo:

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Eu VENHO INTERVENHOEle VEM INTERVÉMEles VÊM INTERVÊMEu VIM INTERVIMEle VEIO INTERVEIOEles VIERAM INTERVIERAMSe ele VIESSE INTERVIESSEQuando ele VIER INTERVIER

cONcORDÂNciA VERBAL

1) AcONTEcEU ou AcONTEcERAM dois acidentes nesta esquina?

Segundo nossas regras gramaticais, o verbo deve concordar com o sujeito. 2) HOUVE ou HOUVERAM dois acidentes?

O verbo HAVER, quando usado no sentido de “existir”, é impessoal. Isso significa que não tem sujeito e que só pode ser usado no singular. O certo é ‘Houve dois acidentes”. É interessante notar que ninguém diria “hão muitas pessoas aqui”. Todos falam corretamente: “Há muitas pessoas aqui”. O verbo HAVER (= existir) deve ser usado sempre no singular em qualquer tempo verbal: “Havia muitas pessoas na reunião”; “Haverá muitos candidatos no próximo concurso”.

3) Já FAZ ou FAZEM dois anos que não nos vemos?

O certo é “já FAZ dois anos que não nos vemos”.

O verbo FAZER, quando se refere a tempo decorrido, é impessoal. Isso significa que não tem sujeito e que deve ser usado sempre no singular:

“Já FAZ dez anos que ele morreu”;‘“FAZIA oito minutos que ele não tocava na bola”;“VAI FAZER quatro anos que o Vasco não vence o Flamengo numa final”.

4) ALUGA-sE ou ALUGAM-sE apartamentos?

O certo é “ALUGAM-SE apartamentos.”

A presença da partícula apassivadora “SE” faz a frase ser passiva, ou seja, o sujeito é quem sofre a ação do verbo (= apartamentos), e não quem pratica a ação de alugar. É o mesmo que “apartamentos são alugados”.

Quando o sujeito está no singular, o verbo fica no singular: “VENDE-SE este carro”.

5) PREcisA-sE ou PREcisAM-sE de operários?

O certo é “PRECISA-SE de operários”.

Neste caso, a partícula “SE” tem a função de tornar o sujeito indeterminado. Quando isso ocorre, o verbo permanece obrigatoriamente no singular:

“Necessita-se de profissionais competentes”;“Acredita-se em discos voadores”;“Aspira-se a grandes vitórias”.

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EXERcÍciOs

1 – Complete as frases abaixo com a palavra mais adequada:

1) É longa a lista dos atletas ...........................(penalizados ou punidos)2) Ele salvou muitos judeus, mas seu banco guardou riquezas.............. (confiscadas ou desapropriadas)3) As decisões tomadas............. federal poderão (a nível ou em nível) gerar o consenso necessário às mudanças econômicas.4) Ela não pagou a dívida............. deu satisfação. (tampouco ou tão pouco)5) O treinamento é para ............ atender melhor. (mim ou eu)6) Ontem eles se reuniram ............(conosco ou com nós)

REsPOsTAs1 – punidos 4 – tampouco2 – confiscadas 5 - eu3 – em nível 6 – conosco

iNTELEcÇÃO DE TEXTO

Entendemos por texto, um conjunto de ideias expressas através de frases, orações, parágrafos; com um estilo próprio e com uma estrutura própria produzido por um certo sujeito. A estrutura de um texto varia de acordo com sua natureza. Há o texto literário e o não-literário.

TEXTO↙ ↘

Denotação Conotação↓ ↓

Texto não literário Texto literário↓ ↓

Claro, objetivo Figurado, subjetivo,↓ ↓

informativo pessoal

O texto literário expressa a opinião pessoal do autor que também é transmitida através de figuras, im-pregnado de subjetivismo. Já o texto não literário preocupa-se em transmitir uma mensagem da forma mais clara e objetiva possível. Como exemplo, podemos citar uma notícia de jornal como texto não literário e um romance de Eça de Queirós ou José de Alencar como exemplo de texto literário.

Compreender um texto é levar em conta os vários aspectos que ele possui, por exemplo, um texto terá aspecto moral, social, econômico, conforme a intenção do autor; para ratificar esses aspectos o autor se utiliza de um vocabulário condizente com sua intenção. Então ... como compreender textos em prova, se cada pessoa possui um modo específico de ver os fatos? A resposta não é simples. Não obstante o valor subjetivo do texto, ele possui uma estrutura interna que é básica e a qual garantirá uma compreensão objetiva.

Compreender um texto não literário é perceber no texto a opinião, a intenção do autor, onde ele pre-tende chegar com aquele texto. Se o autor é contra ou a favor de um certo tema, quais os aspectos que o autor levanta. Nossa compreensão será sempre a partir das informações que o texto nos oferece.

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Observe o texto a seguir:

É ainda Lorenz, na mesma obra, quem identifica a frustração dos jovens face a uma educação que, em nome da compreensão, baniu a firmeza e a liberdade com responsabilidade. Noções confusas de psicanálise, vagos anseios libertários, muita teoria e pouco conhecimento serviram para reforçar uma tolerância preguiçosa que passou a se constituir em padrão de comportamento para pais e educadores.

Aquela frustração nasce dessa atitude – que Lorenz chama de “muro de borracha” – débil, indefinida e acovardada do adulto diante do jovem, tão nociva quanto a ação punitiva sistemática de antigamente.

Educar tornou-se, há muito tempo, uma arte esquecida. No contato com o adolescente, o pai – ou aque-le que estima alguém como se pode estimar um filho - não projeta apenas uma imagem, mas é ele mesmo. Por obra do amor, é verdadeiro, atento, esquecido de si, profundamente interessado.

Sendo isso, apenas isso, torna-se inevitável a reciprocidade do amor.

A solidão do jovem é, apesar do que se pensa em contrário, real e frequente. Embora acompanhado sempre e em constante movimentação, o adolescente crê que o mundo é dos adultos; e esses estão ocupados demais para ouvir os seus pequenos devaneios. Há uma busca disfarçada de atenção e apoio, que só uns poucos percebem, e raríssimos se apressam em atender. A condição do homem é, em si mesma, de confronto com a solidão, de que ele está, do berço à sepultura, sempre cercado.

A descoberta dessa realidade – que não é triste ou alegre, mas simplesmente um fato – ocorre na pu-berdade, e nem sempre é pacífica. Esse contato pode deixar um travo de melancolia, quando não há apoio com-preensivo de um adulto que se estima e no qual se confia – e que dá a entender que já passou por isso e sabe do que se trata, embora não tenha uma resposta definitiva para os mistérios da vida. (Luiz Carlos Lisboa - Jornal da Tarde)

O texto de Luiz Carlos Lisboa é um texto não literário, porque disserta sobre um certo tema: a descoberta da solidão de forma objetiva, informativa, etc.

Se tivesse dado ao tema um tratamento poético, musical, lírico, por exemplo, seria um texto literário, pois usaria recursos literários, tais como a rima, as figuras de linguagem, a ficção para expressar sua opinião sobre a descoberta da solidão.

A compreensão do texto pode ser feita da seguinte forma, chamada objetiva:

1) Segundo o texto, os jovens:

a) São auto suficientes.b) Vivem no mundo da lua.c) Necessitam de apoio e compreensão.d) Estão sempre muito ocupados.

2) De acordo com o texto, pode-se afirmar que o homem:

a) Sente solidão durante toda a vida.b) Está sozinho apenas no momento da morte.c) Está sozinho apenas no momento do nascimento.d) Nunca está completamente sozinho.

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3) Com relação à solidão, o texto afirma que:

a) O homem fica triste ao descobri-la.b) O homem a descobre durante a adolescência.c) O jovem a encontra por falta de apoio e compreensão.d) O jovem a encontra porque não confia nos adultos.

4) Segundo o texto, o amor:

a) É um problema irrelevante na vida agitada do jovem.b) E uma expressão romântica, uma frase fora de moda.c) É uma atitude hábil e simpática em relação ao jovem.d) É um meio pelo qual os adultos podem compreender as atitudes dos jovens. 5) O texto afirma que:

a) As gerações mais velhas só se preocupam em transmitir os seus valores aos mais jovens.b) Os jovens acham que o mundo está errado e querem destruí-lo.c) A energia e a generosidade dos jovens os levam a querer reformar o mundo.d) É normalmente uma hipocrisia o fato de os jovens quererem reformar o mundo.

6) “... débil, indefinida e acovardada do adulto diante do jovem.” As palavras sublinhadas podem ser substituídas, sem modificar o significado do texto, por:

a) maluco, incoerente, medroso.b) fraco, indeterminado, medroso.c) idiota, indeterminado, inseguro.d) alegre, estúpido, nervoso.

7) No parágrafo “A solidão do jovem é, apesar do que se pensa em contrário, real e frequente.”, a frase sublinhada dá uma ideia de

a) conclusão. c) concessão.b) condição. d) indefinição.

REsPOsTAs

1-c 2- A 3- B 4- D 5- A 6- B 7- c

Para compreendermos o texto é preciso descobrir sua estrutura interna. Nela, encontraremos ideias bá-sicas e acessórias e precisamos descobrir como essas ideias se relacionam. As ideias básicas giram em torno do tema central, de uma ideia núcleo contida no texto, a ela somam-se as ideias acessórias, que só são importantes, enquanto corroboradoras da ideia central.

Por exemplo, a ideia básica do texto é a presença da solidão em nossas vidas, na opinião de Luiz Carlos Lisboa, a ela somam-se outras ideias sobre a educação dos jovens, sobre a psicanálise, sobre o amor que são acessórias, porque não tratam diretamente do assunto da solidão, mas são acessórias, pois colaboram para a compreensão da ideia básica, central.

Geralmente, um texto trata de uma ideia básica acompanhada de várias ideias acessórias. Se há ideias básicas e ideias acessórias como ocorre a inter-relação dessas ideias?

Muitas vezes, a técnica usada é a de explanação de ideias “em cadeia”, ocorre a explanação da ideia bási-ca e a seguir o desdobramento dessa ideia nos parágrafos subsequentes a fim de discutir, aprofundar o assunto.

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Já no texto-exemplo de Luiz Carlos Lisboa vemos que ele vai preparando a introdução da ideia básica com as ideias acessórias, como se estivesse criando um ambiente propício, numa preparação textual onde o clímax seria a ideia básica: a descoberta da solidão. E um crescer de expectativas até chegar ao cerne da questão.

1) sentido oposto: significa a ideia contrária de uma palavra em relação a outra.

2) Análogo ou Equivalente: dizer que uma palavra é análoga à outra, significa dizer que ambas têm semelhan-ças de significados, são equivalentes. Num texto, palavras, orações, frases, expressões são justapostas, colocadas lado a lado visando a uma intenção do autor que produz o texto. Por vezes, usa palavras de significado equivalente; de outra feita, utiliza-se de expressões, palavras com significados opostos, contudo todos esses recursos têm uma intenção, usar o texto como veículo ou de emoção, ou de crítica, de revelação, informação, etc.

Peguemos como exemplo o texto de Luiz Carlos Lisboa.

No texto, há blocos de significados que se equivalem e que têm um certo significado à luz do contexto dado.

Exemplos:

1º Atitude débil (= louca) indefinida, acovardada equivale a ação primitiva, sistemática.2º Muita teoria equivale a pouco conhecimento.3º Solidão real e frequente análoga à acompanhado, constante movimentação.4º Berço análogo à sepultura.

O autor, no primeiro bloco de ideias, torna equivalente a atitude débil, indefinida e acovardada diante do jovem à ação punitiva. Em um outro contexto tal equivalência seria impossível, pois a atitude de liberdade total, num primeiro momento não tem relação alguma à punição sistemática. Contudo, num certo contexto, as palavras assumem significados equivalentes ou não.

No segundo bloco, muita teoria equivale a pouco conhecimento, em outro contexto tais afirmações seriam opostas, contraditórias, contudo no texto-exemplo são equivalentes, pois assumem um significado de “coisas vazias” diante da descoberta da solidão, então mais uma vez temos um termo com um significado espe-cífico num dado contexto.

No terceiro bloco, solidão real e frequente estão lado a lado das palavras acompanhando em constante movimentação. No contexto, elas são compreendidas como análogas, equivalentes, mas já sabemos que num outro contexto são palavras que se opõem. Só assumem sentido análogo devido à ideia do autor, à sua intenção de reforçar a contradição, a confusão em que vive o adolescente.

No quarto bloco, berço é análogo à sepultura, à luz da compreensão do texto são palavras que se equi-valem, que estão lado a lado equiparadas a lugares que contêm a solidão que cerca a vida das pessoas. Em outros contextos são palavras opostas, pois significam vida e morte, mas no texto-exemplo tudo é uma coisa só: lugar de solidão.

A oposição básica do texto é:

O Mundo dos adultos ocupados oposto à busca disfarçada de atenção e apoio.

Onde adultos se ocupam com um mundo à parte dos anseios, carências, dúvidas dos adolescentes cercados de solidão. É importante ressaltar que as oposições, as equivalências, a compreensão de certos termos só acontecem em contextos determinados, pois dependendo da intenção do autor as palavras poderão se opor, equivaler-se, assumir significados específicos, ainda como exemplo, recorremos à expressão “muro de borracha” que poderia significar até um brinquedo em risco para o físico da criança, contudo no texto-exemplo significa a atitude dos pais diante dos filhos – “débil, indefinida e acovardada” sem limites, sem a educação que norteia a vida. O texto poderá utilizar diversos recursos, tudo, no entanto, estará subordinado à ideia do seu autor.

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EsTRUTURA E ORGANiZAÇÃO DO TEXTO

DEFiNiÇÃO DE TEXTO

O texto é uma mensagem, isto é, um fato do discurso: uma passagem falada ou escrita que forma um todo significativo independentemente da sua extensão.

O texto forma um todo, que pode ser:

– uma palavra: Não, talvez, sim ...– uma frase: Antes tarde do que nunca.– algumas ou centenas de páginas: um livro, um relatório, um ofício, etc.

A EsTRUTURAÇÃO TEXTUAL

Um texto se realiza por meio de uma seleção de seu material linguístico, aí compreendidas a seleção vocabular, a seleção da frase e a seleção do modo de organização discursiva, ou seja, a narração, a descrição e a argumentação. Cada um desses modos de organização possui determinadas regularidades que lhe são próprias, além daquelas regularidades que estão acima dessas gramáticas particulares, ou seja, as regularidades gerais do texto.

A estruturação de um texto se faz exatamente entre o esperado, ou seja, o respeito àquelas regularida-des do modo de organização a que pertence e a criatividade do autor.

Portanto, escrever é sempre um processo de seleção: seleção de vocábulos, seleção de estruturas sintá-ticas, seleção de organização das frases na composição do texto, seleção de um modo de organização discursiva... tudo em busca do que parece mais adequado às finalidades do autor do texto.

LiNGUAGEM VERBAL E LiNGUAGEM NÃO VERBAL

Linguagem é a representação do pensamento por meio de sinais que permitem a comunicação e a interação entre as pessoas.

As palavras, os gestos, o desenho, a escrita, a mímica, as notas musicais, o código Morse e o de trânsito, a pintura, a dança, a arquitetura, a escultura, tudo isso é linguagem. As várias linguagens podem ser organizadas em dois grupos: a linguagem verbal, modelo de todas as outras, e as linguagens não verbais.

A linguagem verbal é aquela que tem por unidade a palavra; as linguagens não verbais têm outros tipos de unidade, como os gestos, o movimento, a imagem, etc. Há, ainda, as linguagens mistas, como por exemplo, as histórias em quadrinhos, que normalmente utilizam a imagem e a palavra.

Que tipo de linguagem veicula com maior rapidez uma informação?

Veja estes símbolos abaixo:

Símbolo que se coloca na porta para indicar “sanitário masculino”.

Imagem indicativa de “silêncio”.

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Placas de trânsito λ à frente λproibido andar de bicicleta”,atrás λquebra-molas”.

A linguagem verbal é a mais eficaz, porque transmite a informação de forma mais objetiva e completa. A linguagem visual, entretanto, é a mais econômica, porque veicula a informação com maior rapidez.

EXERcÍciOs

1 – Qual linguagem foi utilizada na figura abaixo?

a) verbalb) não verbal

2 – Qual linguagem foi utilizada na tira de Maurício de Sousa?

(Maurício de Sousa)a) verbalb) não verbal

REsPOsTAs1 - B 2 - A

REEscRiTURA DE TEXTO

Um texto não é construído apenas pelo escritor, mas também pelo leitor. Cada leitor, além de sua cons-ciência e subjetividade, transporta para o texto uma parte das ideias e conhecimentos de sua época, o que inclui também o passado literário, que lhe permite observar as transformações, as permanências.

Estes elementos acabam por produzir diferentes leituras de um texto, condicionadas à vivência, à cul-tura e à psicologia de cada leitor.

A leitura não é apenas recepção de textos, mas ação sobre eles. Por mais passiva que ela seja, proces-sa-se construindo sentidos, avaliando e julgando.

O mesmo se dá com o escritor, pois, sendo um ser social, é determinado pela sociedade, incorporando ao seu texto a herança cultural da humanidade e do seu meio. Daí dizer-se que uma obra não é criada apenas a partir da visão do artista, mas também a partir de outras obras.

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O autor codifica (ou constrói) o texto. O leitor o descodifica (ou desconstrói) no processo de análise e o recodifica (ou reconstrói) no processo de compreensão e interpretação, de acordo com sua individualidade e cultura.

Uma leitura ativa, exploradora e descobridora equivale a um trabalho paralelo ao da escrita, mas pres-supõe um leitor capaz de dominar certas noções teóricas e a análise, necessariamente técnica, dos elementos constitutivos do texto.

Um dos motivos importantes para a reescritura de textos acontecer é o fato de que só aprendemos a escrever quando escrevemos, assim como só aprendemos a ler quando lemos. O indivíduo só passará a dominar a escrita se houver uma prática efetiva desta atividade. Todos nós sa-bemos que não há teorias que ensinem a redigir, do mesmo modo como não existem livros, teorias ou métodos que ensinem a interpretar textos.

Podemos dizer que aprende-se a redigir, redigindo, sem se esquecer, porém, da importância da motiva-ção pessoal.

Vários são os aspectos que podem ser levados em conta na hora de reescrever um texto (coesão, coerên-cia, estilo, etc.), de modo que vários são os tópicos que se podem enfatizar quando do trabalho com a reescritura.

• coesão é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto. Percebemos tal definição quando lemos um texto e verificamos que as palavras, as frases e os parágrafos estão entrelaçados, um dando continuidade ao outro. Os elementos de coesão determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos.

Observe a coesão presente no texto a seguir:

“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a política agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição de terras. Porém o ministro da Agricultura considerou a manifestação um ato de re-beldia, uma vez que o projeto de Reforma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra.”

JORDÃO, R., BELLEZI C. Linguagens. São Paulo: Escala Educacional, 2007, 566 p.

As palavras destacadas no texto têm o papel de ligar as partes do texto, podemos dizer que elas são responsáveis pela coesão do texto.

• A coerência textual é a relação lógica entre as ideias, pois essas devem se complementar, é o resultado da não contradição entre as partes do texto. A coerência de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e intertextualidade. Pode-se concluir que texto coerente é aquele do qual é possível estabelecer sentido, é entendido como um princípio de interpretabilidade.

Veja o exemplo: “As crianças estão morrendo de fome por causa da riqueza do país.”

“Adoro sanduíche porque engorda.”

As frases acima são contraditórias, não apresentam informações claras, portanto, são incoerentes.

A reescrita resulta da autonomia que o texto escrito tem.

Na interação oral, o falante tem o interlocutor presente, cooperando para construir seu próprio discurso, ajudando-o com a sua fala, ou fazendo o falante explicar as suas intenções.

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Na escritura, ao contrário, o redator está sozinho, e a explicitação do sentido fica a seu cargo, atuando também como leitor. A reescritura é muitas vezes confundida com a revisão. A revisão é a correção que ocorre durante a es-crita do texto, e a reescritura é a que acontece depois do texto já estar concluído.

A reescritura consiste na troca de programa de partida e se traduz por modificações qualitativas ou quantitativas. Assim, a reescritura diz respeito a toda a elaboração do texto.

O melhoramento do texto pode levar a várias reescrituras, podendo chegar, por exemplo, à quarta ver-são. Esta pode iniciar um novo ciclo de trabalho; cada etapa define o suporte do trabalho seguinte.

A reescrita, portanto, exige a leitura, a análise, a reflexão e a recriação. O texto pode até ser consequência de uma inspiração, de um primeiro impulso, mas será retomado, repensado e recriado.

É o resultado de um trabalho consciente por parte do produtor, desmistificando a ideia de que um texto produzido não deve ser modificado, ou que as correções linguísticas são suficientes para se ter um bom texto. Mas não basta apenas a correção gramatical.

É preciso, na reescritura do texto, eliminar o supérfluo, buscando a clareza e a eficiência da mensagem. Isto feito, o texto pode ser finalmente considerado pronto.

Na reescritura de textos, recorre-se à paráfrase. As palavras são mudadas, porém a ideia do texto é con-firmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, reafirmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com outras palavras o que já foi dito.

Paráfrase

A paráfrase consiste em reescrever com suas palavras as ideias centrais de um texto. Consiste em um excelente exercício de redação, uma vez que desenvolve o poder de síntese, clareza e precisão vocabular. A pará-frase mantém o sentido do texto original. A paráfrase é um texto que procura tornar mais claro e objetivo aquilo que se disse em outro texto.

Portanto, é sempre a reescritura de um texto já existente, uma espécie de ‘tradução’ dentro da própria língua. O autor da paráfrase deve demonstrar que entendeu claramente a ideia do texto. Além disso, são exi-gências de uma boa paráfrase:

1. Utilizar a mesma ordem de ideias que aparece no texto original.

2. Não omitir nenhuma informação essencial.

3. Não fazer qualquer comentário acerca do que se diz no texto original.

4. Utilizar construções que não sejam uma simples repetição daquelas que estão no original e, sempre que possível, um vocabulário também diferente.

Não confunda “paráfrase” com “perífrase”, este é a substituição de um nome comum ou próprio por um expressão que a caracterize. Nada mais é do que um rodeio de palavras. Por exemplo: última flor do Lácio (língua portuguesa), Cidade Maravilhosa (Rio de Janeiro), o poeta dos escravos (Castro Alves), etc.

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Veja abaixo o exemplo: Texto Original

Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabiá,As aves que aqui gorjeiamNão gorjeiam como lá.(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”)

Paráfrase

Meus olhos brasileiros se fecham saudososMinha boca procura a ‘Canção do Exílio’.Como era mesmo a ‘Canção do Exílio’?Eu tão esquecido de minha terra...Ai terra que tem palmeirasOnde canta o sabiá!(Carlos Drummond de Andrade, “Europa, França e Bahia”)

Este texto de Gonçalves Dias, “Canção do Exílio”, é muito utilizado como exemplo de paráfrase, aqui o poeta Carlos Drummond de Andrade retoma o texto primitivo conservando suas ideias, não há mudança do sentido principal do texto que é a saudade da terra natal.

Paródia

A Paródia é um tipo de paráfrase. É uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição lite-rária, (também existem paródias de filmes), sendo portanto, uma imitação que geralmente possui efeito cômico, utilizando a ironia e o deboche.

Ela geralmente é parecida com a obra de origem, e quase sempre tem sentidos diferentes.

Na literatura, a paródia é um processo de intertextualização, com a finalidade de desconstruir um texto.

A paródia surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma obra já existente e, em geral, consagrada.

Seu objetivo é adaptar a obra original a um novo contexto, passando diferentes versões para um lado mais despojado, e aproveitando o sucesso da obra original para passar um pouco de alegria. A paródia pode ter intertextualidade. A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros textos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto de interesse para os estudiosos da língua e das artes.

Ocorre, aqui, um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse processo há uma inda-gação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica.

Os programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequentemente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da demagogia praticada pela classe dominante. Com o mesmo texto utilizado anteriormente, teremos, agora, uma paródia.

Texto Original

Minha terra tem palmeirasOnde canta o sabiá,As aves que aqui gorjeiamNão gorjeiam como lá.(Gonçalves Dias, “Canção do exílio”)

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Paródia

Minha terra tem palmares onde gorjeia o maros passarinhos daqui não cantam como os de lá.(Oswald de Andrade, “Canto de regresso à pátria”)

O nome Palmares, escrito com letra minúscula, substitui a palavra palmeiras, há um contexto histórico, social e racial neste texto, Palmares é o quilombo liderado por Zumbi, foi dizimado em 1695, há uma inversão do sentido do texto primitivo que foi substituído pela crítica à escravidão existente no Brasil.

Outro exemplo de paródia é a propaganda que faz referência à obra prima de Leonardo Da Vinci, Mona Lisa:

Fonte: www.infoescola.com/portugues/intertextualidade-parafrase-e-parodia/ - 24k -

EXERcÍciOs

1) Leia o poema Oração, de Jorge de Lima:

“- Ave Maria cheia de graças...” A tarde era tão bela, a vida era tão pura, as mãos de minha mãe eram tão doces, havia, lá no azul, um crepúsculo de ouro... lá longe... “- Cheia de graça, o Senhor é convosco, bendita!”

Bendita!

Os outros meninos, minha irmã, meus irmãos menores, meus brinquedos, a casaria branca de minha terra, a burrinha do vigário pastando junto à capela... lá longe...

Ave cheia de graça

- ...”bendita sois entre as mulheres, bendito é o fruto do vosso ventre...”

E as mãos do sono sobre os meus olhos, e as mãos de minha mãe sobre o meu sonho, e as estampas de meu catecismo para o meu sonho de ave!

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E isto tudo tão longe... tão longe...

Assinale a alternativa correta:

a) O poema acima trata-se de uma perífrase.b) O poema acima trata-se de uma paráfrase.c) Pode-se considerar o poema como uma paródia, pois está ridicularizando outro texto.d) O poema acima é um resumo porque expõe, em poucas palavras, o que o autor expressou de uma for-

ma mais longa.

2) Leia o texto publicado na revista IstoÉ Gente em 12/02/2001:

Etiqueta Moderna

Livro satiriza livros de boas maneiras com dicas de etiqueta às avessas

Nas últimas décadas, a onda politicamente correta impulsionou escritores, músicos e cineastas a produ-zir obras com mensagens positivas e cheias de bons exemplos para tornar o mundo melhor. E mais chato. Para sorte da cultura, alguns poucos rebeldes se recusam a dar o braço a torcer ao mau humor.

Esse é o caso de P.J. O’Rourke, um dos mais divertidos escritores norte-americanos, que tem seus textos publicados em revistas como Vanity Fair, Playboy e Rolling Stone, onde trabalha como editor de assuntos inter-nacionais.

Com Etiqueta Moderna – Finas Maneiras para Gente Grossa (Conrad Livros, 272 págs.), O’Rourke traz à tona o que os manuais de etiqueta convencionais costumam varrer para debaixo do tapete. (...)

O livro, na verdade, é uma sátira aos comportamentos hipócritas que costumam permear as relações humanas, portanto, é quase impossível não se reconhecer em pelo menos parte dele.

Os capítulos foram divididos no mesmo formato dos manuais de etiqueta, com páginas dedicadas às festas, aos casamentos, aos funerais, à maneira certa de vestir em cada ocasião, etc., com dicas absurdas, como “Regras para Vomitar”.

A diversão é certa. Bom humor politicamente incorreto.

Observação:

P. J. O´Rourke é o grande satirista da América contemporânea. ´O escritor mais engraçado da América´, diz o Wall Street Journal. Ele foi poeta vanguardista, maoísta e editor de diversas revistas underground.

Assinale a alternativa incorreta:

a) O texto acima é uma paródia, por ser uma imitação, na maioria das vezes cômica, de uma composição literária.

b) O texto acima pode ser considerado uma perífrase, pois é a substituição de um nome comum em uma obra já existente.

c) A Paródia é um tipo de paráfrase.d) A obra acima surge a partir de uma nova interpretação, da recriação de uma já existente e consagrada.

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3) Assinale a alternativa incorreta:

a) A reescritura tem a mesma função da revisão. Ambas ocorrem durante a escrita do texto.b) A reescritura acontece depois do texto já estar concluído.c) A reescritura diz respeito a toda a elaboração do texto.d) A reescrita, portanto, exige a leitura, a análise, a reflexão e a recriação.

4) Observe a tirinha abaixo:

Níquel Náusea (Fernando Gonsales)

Assinale a alternativa correta:

a) Coerência é a conexão, ligação, harmonia entre os elementos de um texto.b) A coesão de um texto inclui fatores como o conhecimento que o produtor e o receptor têm do assunto

abordado no texto, conhecimento de mundo, o conhecimento que esses têm da língua que usam e in-tertextualidade.

c) Os elementos de coerência determinam a transição de ideias entre as frases e os parágrafos. d) As palavras então (que tem valor interjetivo, indicando surpresa, espanto) e que (que liga duas orações).

REsPOsTAs

1 - B 2 - B 3 - A 4 - D

FUNÇÕEs DA LiNGUAGEM

A comunicação não acontece somente quando falamos, estabelecemos um diálogo ou redigimos um texto, ela se faz presente em todos (ou quase todos) os momentos. Desde o passado, o homem tem criado meios para se apropriar de signos, sinais, gestos, desenhos, letras e por fim a palavra oral e escrita na realização deste processo de comunicação.

Para que esses recursos sejam bem empregados precisamos primeiro rever os elementos da comunica-ção. São eles:

a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas). b) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou grupo), também conhecido como destinatário. c) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida. d) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o emissor codifica aquilo que o receptor irá descodificar. e) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.

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A linguagem sempre varia de acordo com a situação, assumindo funções que levam em consideração o que se quer transmitir e que efeitos se espera obter com o que se transmite. Partindo desses seis elementos Roman Jakobson, lingüista russo, elaborou estudos acerca das funções da linguagem, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções são:

1. Função referencial: (ou denotativa) é a mais comum das funções da linguagem e centra-se na informa-ção. A intenção do emissor de uma mensagem em que predomina essa função é transmitir ao interlo-cutor dados da realidade de uma forma direta e objetiva, sem ambiguidades, com palavras empregadas em seu sentido denotativo. Portanto, essa é a função da linguagem que predomina em textos disserta-tivos, técnicos, instrucionais, jornalísticos. Como está centrado no referente, ou seja, naquilo de que se fala, o texto em que prevalece a função referencial normalmente é escrito em terceira pessoa, com frases estruturadas na ordem direta. Observe o exemplo:

instituições de ensino têm até 2012 para seadaptar às novas regras da língua portuguesa

Prevendo que as mudanças ortográficas na língua portuguesa --que entram em vigor neste dia 1º de janeiro de 2009-- devam gerar confusão mesmo entre os professores do idioma, o MEC (Ministério da Educação) estipulou que os livros didáticos do ensino fundamental tenham entre 2010 e 2012 para adotar a nova ortografia em todas as séries. Já no ensino médio, a medida tem início a partir de 2012. Com isso, os estudantes dos ensinos fundamental e médio vão conviver com a dupla ortografia até 2012. Mas a partir de janeiro de 2013, serão corretas apenas as novas grafias. Neste período, a tolerância também será estendida para vestibulares e concursos públicos, cujas provas deverão aceitar como corretas as duas normas ortográficas, segundo o MEC. Para evitar confusões, os professores da rede pública estadual de São Paulo começaram a re-ceber, a partir de outubro de 2008, treinamento para aplicar as regras do acordo ortográfico da língua portuguesa. Segundo a Secretaria de Estado da Educação, cerca de 17 mil professores e professores-coorde-nadores da rede estadual passaram pelos treinamentos sobre as novas regras. http://www1.folha.uol.com.br/folha/educacao/ult305u484910.shtml

A função referencial também é reconhecida na linguagem não verbal sempre que a mensagem estiver centrada na intenção de representar de modo claro, preciso e objetivo o mundo das coisas concretas e reais. É o ocorre, por exemplo, com pinturas, com mapas e outros recursos de representação utilizados em aulas de Geo-grafia, de História, de Biologia. Observe o exemplo:

Independência ou Morte!, de Pedro Américo(óleo sobre tela, 1888).

2. Função emotiva: (ou expressiva) se caracteriza por ter o foco voltado para o próprio falante, expressando e evidenciando sua posição, suas emoções, seus sentimentos. O predomínio da função emotiva evidencia o eu por trás do enunciado. A função emotiva é nitidamente subjetiva. Suas principais marcas gramaticais são: o uso da primeira pessoa e de adjetivos e advérbios (marcas do posicionamento, de juízos de valor, da expressividade do falante). A interjeição e o emprego de alguns sinais de pontuação (reticências, ponto de exclamação) são também indicadores da função emotiva da linguagem. Observe o exemplo:

De tudo, ao meu amor serei atento Antes, e com tal zelo, se sempre, e tanto Quem mesmo em face do maior encanto Dele se encante mais meu pensamento. (Vinícius de Morais. Soneto da fidelidade)

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3. Função conativa: (ou apelativa) centra-se no interlocutor com o intuito de chamar sua atenção, interferir em seu comportamento, conseguir adesão; consequentemente, suas marcas características são o emprego da segunda pessoa do discurso (tu/você, vós/vocês) e das formas verbais ou expressões imperativas. Como é a mais persuasiva das funções, é muito usada nos textos publicitários, no discurso político, em horóscopos e textos de autoajuda. Com a mensagem está centrada no outro, recorre-se de maneira explícita, ao uso de argumentos que façam parte do universo do interlocutor. Observe o exemplo:

Não perca a chance de ir ao cinema pagando menos!

4. Função fática: está orientada para o canal físico que dá suporte à mensagem. A intenção é verificar a “ponte” de comunicação, para se certificar do contato, prolongando-o e/ou testando-o. São exemplos comuns que evi-denciam a função fática alguns cacoetes da oralidade como “né?”, “certo?”, “Ahã”, “sei...”, etc. Além de ser utilizada para testar o canal, a função fática ocorre também quando o emissor quer iniciar uma comunicação. Observe o exemplo:

Olá, como vai ?Eu vou indo e você, tudo bem ?Tudo bem eu vou indo correndoPegar meu lugar no futuro, e você ?Tudo bem, eu vou indo em buscaDe um sono tranquilo, quem sabe ...Quanto tempo... pois é...Quanto tempo...

(Sinal fechado. Paulinho da Viola.)

5. Função metalinguística: quando a linguagem se volta sobre si mesma, transformando-se em seu próprio referente, ocorre a função metalinguística. Na linguagem não verbal, temos metalinguagem quando um filme tem por tema o próprio cinema ou uma pintura retrata o pintor exercendo sua profissão, por exemplo. Na lin-guagem verbal, temos função metalinguística quando uma poesia tem por tema o fazer poético ou quando um texto qualquer discute e/ou explica a língua. Gramáticas e dicionários são exemplos da função metalinguística, já que usam a linguagem verbal para falar sobre a própria linguagem verbal, são palavras que explicam palavras. Observe o exemplo:

Poema que aconteceu

Nenhum desejo neste domingonenhum problema nesta vidao mundo parou de repenteos homens ficaram caladosdomingo sem fim nem começo.

A mão que escreve este poemanão sabe que está escrevendonão é possível que se soubessenem ligasse.Carlos Drummond de Andrade

No exemplo ao lado, o artista holandês Maurits Cornelis Escher apresenta uma reflexão sobre o próprio fazer artístico. A mão do artista que desenha uma outra mão é uma forma de metalinguagem.

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6. Função poética: quando o foco recai sobre o trabalho com a parte material e concreta da mensagem e, par-ticularmente, sobre a sua construção. Essa função é capaz de despertar no leitor prazer estético e surpresa. Im-portante é perceber que a função poética não é exclusiva da poesia, pode ser encontrada em textos escritos em prosa, em anúncios publicitários, em slogans, em ditados e provérbios, e mesmo em certas construções de nossa linguagem cotidiana. Observe o exemplo:

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.” “Deus ajuda quem cedo madruga.”

Essas funções não são exploradas isoladamente, de modo geral, ocorre a superposição de várias delas.

Há, no entanto, aquela que se sobressai, assim podemos identificar a finalidade principal do texto.

EXERcÍciOs

1 – Leia o texto:

A questão é começar

“Coçar e comer é só começar. Conversar e escrever também. Na fala, antes de iniciar, mesmo numa livre conversação, é necessário quebrar o gelo. Em nossa civilização apressada, o “bom-dia”, o “boa-tarde, como vai?” já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.”

Marques, M.O. Escrever é preciso. Observe a seguinte afirmação feita pelo autor: “Em nossa civilização apressada, o ‘bom-dia’, o ‘boa-tarde’ já não funcionam para engatar conversa. Qualquer assunto servindo, fala-se do tempo ou de futebol.” Ela faz referência à função da linguagem cuja meta e “quebrar o gelo”. Que função é essa?

a) Função emotiva d) Função conativab) Função referencial e) Função poéticac) Função fática

2 – Identifique a função da linguagem predominante na figura abaixo:

a) Função fáticab) Função referencialc) Função poéticad) Função conativae) Função emotiva

3 – Há função metalinguística na alternativa:

a) Aquela doença é uma expressão popular do interior do Ceará para substituir o nome de certas enfermida-des incuráveis ou impressionantes, como a lepra, o câncer, a tuberculose.

b) Que frio! Que vento! Que calor! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que bes-teira! Que esperança! Que modos! Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente. (Carlos Drummond de Andrade)

c) Os serviços financeiros do Ministério da Justiça colombiano estão à beira da falência. Por três vezes man-daram construir um muro em torno da prisão de Bogotá e por três vezes o muro desapareceu durante a noite. Os desabrigados do bairro levaram os tijolos para construir suas casas, sem pensar no risco que estavam correndo.

d) O primeiro desastre nuclear foi em 1957, na Inglaterra.

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4 - A rede Globo tornou célebre o seu “plim, plim”, uma mensagem destinada a reforçar junto ao espectador o fato de que ele está sintonizado com a emissora. Trata-se de um exemplo característico da função:

a) Função fáticab) Função referencialc) Função poéticad) Função conativae) Função emotiva

5 – Leia o seguinte texto de Ubirajara Inácio de Araújo:

Todo texto é uma sequência de informações: do início até o fim, há um percurso acumulativo delas. Às informações já conhecidas, outras novas vão sendo acrescidas e estas, depois de conhecidas, terão a si outras novas acrescidas e, assim, sucessivamente. A construção do texto flui como um ir e vir de informações, uma troca constante entre o dado e o novo.

É correto afirmar que, neste texto, predominam:a) Função fática e gênero de conteúdo didáticob) Função referencial e gênero do tipo dissertativoc) Função poética e gênero do tipo narrativod) Função expressiva e gênero de conteúdo dramático

REsPOsTAs

1- c 2- D 3- A 4 - A 5 - B

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GÊNEROs LiTERÁRiOs

Desde a Grécia Clássica, nos tempos de Aristóteles (cerca de 350 a.C.), a classificação das obras literárias em gênero tem sido um desafio para os estudiosos. O filósofo grego distinguiu três gêneros a partir da análise de diferentes “maneiras da imitação”: o épico, o dramático e o lírico. Desde essa época, sempre que os conceitos de arte e sua representação do mundo passam por questionamentos, rupturas, estabelecimento de uma nova ordem, o enquadramento da produção literária em gêneros volta a ser discutido. Foi o que ocorreu, por exemplo, na Roma de Horácio (cerca de 30 a.C.), no Renascimento (início do século XVI), no Romantismo (passagem do século XVIII para o XIX) e ao longo do século XX, com seus movimentos de ruptura.

Assim, chegamos a este início de século muito contaminados pela herança do que se convencionou chamar de arte moderna, que rompeu as barreiras que definiam as fronteiras entre um gênero e outro.

No entanto, ao longo dos séculos, sempre houve uma constante quer seja para reafirmar, quer seja para contestar, a base para todas as reflexões tem sido a classificação aristotélica, e o tempo todo falamos em gênero lírico, épico e dramático.

GÊNERO LÍRicO

O termo lírico vem de lira, instrumento musical usado para acompanhar os cantos dos gregos. Por muito tempo, até o final da Idade Média, os poemas eram cantados (além da lira, a flauta também era usada para acompanhar os cantos líricos). Ao separar-se do acompanhamento musical a poesia viu-se diante de novos desafios em relação à sua estrutura. A métrica (a medida de um verso, definida pelo número de sílabas poéticas), o ritmo das palavras, a divisão das estrofes, a rima, a seleção e a combinação das palavras, a organização da frase passaram, então, a ser mais intensamente cultivados pelos poetas.

Gustave Clarence Rodolphe. Poesia.

Elementos da poesia lírica

• Eu-lírico: voz que expressa suas emoções no poema, um eu-poético, simulado, inventado pelo poeta e que não pode ser confundido com o próprio poeta.

• A subjetividade é a marca do lirismo.

• Se a poesia épica é a poesia da terceira pessoa do tempo passado, a lírica é a poesia da primeira pessoa do tempo presente.

Quanto à matéria, ao conteúdo, as poesias líricas recebem denominações específicas, destacando-se:

• Ode e hino: os dois nomes vêm da Grécia e significam “canto”. Ode é uma poesia entusiástica, de exalta-ção. Hino é a poesia destinada a glorificar a pátria ou louvar divindades.

• Elegia: é uma poesia lírica que fala de acontecimentos tristes ou de morte de alguém. O “Cântico do cal-vário”, do poeta romântico Fagundes Varela, sem dúvida é a mais famosa elegia da literatura brasileira, inspirada na morte prematura de seu filho.

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• idílio e écloga: ambas são poesias bucólicas, pastoris. A écloga difere do Ilídio por apresentar diálogo. Foram bastante cultuadas durante o Renascimento (século XVI) e o Arcadismo (século VXIII)

• Epitalâmio: poesia feita em homenagem às núpcias de alguém.• sátira: poesia que censura os defeitos humanos, mostrando o ridículo de determinada situação.

Quanto ao aspecto formal, as poesias podem apresentar formas fixa ou livre. Das poesias de forma fixa, a que resistiu ao tempo, sendo cultivada até hoje, foi o soneto.

O soneto é uma composição poética de catorze versos distribuídos em dois quartetos e dois tercetos. Apresenta sempre métrica – mais usualmente, versos decassílabos ou alexandrinos (12 sílabas poéticas) – e rima. Soneto significa “pequeno som”; teria sido usado pela primeira vez por Jacopo de Lentini, da Escola Siciliana (sé-culo XIII). Tendo sido, mais tarde, difundido por Petrarca (século XIV).

Dentre os melhores sonetistas de Portugal, destacam-se Camões, Bocage, Antero de Quental. NO Brasil, cultivaram o soneto, entre outros, Gregório de Matos, Cláudio Manuel da Costa, Olavo Bilac, Vinícius de Moraes.

Apesar de ser uma forma poética clássica, o soneto encontra adeptos no Modernismo, como bem nos mostra Vinícius de Moraes.

soneto de fidelidadeVinícius de Morais

De tudo, meu amor serei atentoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momentoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure.

GÊNERO ÉPicO

A palavra epopeia vem do grego épos (verso) + poieô (faço). Constitui em uma narrativa de caráter su-blime, em forma de poesia, que tem como eixo central a figura de um herói e façanhas grandiosas, misturando elementos da vida terrena com elementos lendários e mitológicos.

características temáticas

• Aventura de um herói e suas façanhas guerreiras, tendo como pano de fundo a história de povos e civi-lizações.

• Aristóteles afirmava que epopeia “era a imitação de homens superiores, em verso”.• Presença do maravilhoso: interferência dos deuses da mitologia Greco-romana.

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características de estilo/estrutura

• Poema narrativo (narração em terceira pessoa de fatos passados), dividido em cantos (ou Livros), marcado pela objetividade.

• Via de regra, apresenta as seguintes partes: Introdução, Invocação, Narração, Epílogo.

Entre as mais famosas epopeias, destacamos:

• Ilíada e Odisseia (Homero, Grécia);• Eneida (Virgílio, Roma);• Paraíso perdido (Milton, Inglaterra);• Orlando Furioso (Ludovico Ariosto, Itália);• Os Lusíadas (Camões, Portugal).

Na literatura brasileira, as principais epopeias foram escritas no século XVIII:

• Caramuru (Santa Rita Durão);• O Uraguai (Basílio da Gama);• Vila Rica (Cláudio Manuel da Costa).

Uma epopeia apresenta-se dividida em cinco partes:

• Proposição ou exórdio: é a representação do tema e do herói.• invocação: o poeta pede auxílio às musas inspiradoras.

• Dedicatória: o poeta dedica a obra a um protetor.• Narração: é o desenvolvimento do tema e das aventuras do herói, com exposição de fatos históricos.

• Epílogo: é o remate, o encerramento do poema.

Leia, a seguir, a primeira estrofe de Ilíada:

invocação

Canta, ó deusa, a cólera de Aquiles, filho de Peleu,funesta, que inumeráveis dores aos Aqueus causoue muitas valorosas almas de heróis ao Hadeslançou, e a eles tomou presa de cãese de todas as aves de rapina, cumpriu-se o desígnio de Zeus,o qual desde o princípio separou em discórdiao filho de Atreu, senhor de guerreiros, e o divino Aquiles.

Helena (c. 1925), tela de Von Stuck retratando a famosa rainha de Tróia, considerada a mulher mais bela do mundo, cujo rapto deu origem à Guerra de Tróia e inspirou a Ilíada, de Homero.

GÊNERO DRAMÁTicO

A palavra dramático vem de drama. O gênero dramático abrange os textos literários destinados à repre-sentação. O drama teve sua origem nas festas religiosas em homenagem ao deus grego Dionísio (Baco).

características de estilo/estrutura

• Atores, num espaço especial, apresentam, por meio de palavras e gestos, um acontecimento.• Texto em forma de diálogos, dividido em atos e cenas.• Descrição do ambiente/situação antes de cada ato.• Sequência da ação dramática constituída de exposição, conflito, complicação, clímax, desfecho.• Para Aristóteles, a tragédia é a “imitação de uma ação de caráter elevado que suscita o terror e a piedade

e tem por efeito a purificação dessas emoções”, a comédia era a “imitação de homens inferiores, não to-davia, quanto a toda espécie de vícios, mas só quanto àquela parte do torpe que é ridículo”.

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Elementos da poesia dramática

• Protagonista: personagem central da ação dramática.• Antagonista: personagem que se opõe ao protagonista.• coro: conjunto de atores que comentam a ação ao longo da peça.

O gênero dramático compreende as seguintes modalidades:

• Tragédia: representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Aristóteles afirmava que a tragédia era “uma representação duma ação grave, de alguma extensão e completa, em linguagem figurada, com atores agindo, não narrando, inspirando dó e terror”.

• comédia: representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil, em geral criticando os costumes. Sua origem está ligada às festas populares gregas de celebração à fecundidade da natureza.

• Tragicomédia: modalidade em que se misturam trágicos e cômicos. Originalmente, significava a mistura do real com o imaginário.

• Farsa: pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes; ba-seia-se no lema latino Ridendo castigat mores (Rindo, castigam-se os costumes).

Observe as diferenças entre tragédia e comédia:

Tragédia

• De caráter sério, solene.• Temática singular em que o protagonista tem

que enfrentar a desgraça.• Registro mais formal.• A estrutura interna da ação dramática consiste

em uma situação inicial feliz, mas que acaba em um desfecho fatal.

• Os personagens são humanos que pertencem às classes nobres: reis, príncipes, que sofrem nas mãos dos deuses e do Destino.

comédia

• De caráter cômico, ridículo.• Temática do cotidiano, centrada na sátira da so-

ciedade e dos defeitos humanos.• Registro mais coloquial.• A estrutura interna da ação dramática consiste

em uma situação complicada inicial, mas que acaba num final feliz.

• Os personagens são estereótipos das debilidades humanas: o rabugento, o avaro, o mesquinho, o apaixonado, etc.

No contexto dos gêneros literários, será considerado dramático o texto escrito para ser apresentado em público, com atores, cenário, etc.

Observe um trecho de O noviço de Martins Pena:

Sala ricamente adornada: mesa, consolos, mangas de vidro, jarras com flores, cortinas, etc., etc. No fundo, porta de saída, uma janela, etc.

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AMBRÓsiO (só de calça preta e chambre): “No mundo a fortuna é para quem sabe adquiri-la. Pintam-na cega... Que simplicidade! Cego é aquele que não tem inteligência para vê-la e a alcançar. Todo homem pode ser rico, se atinar com o verdadeiro caminho da fortuna. Vontade forte, perseverança e pertinácia são poderosos auxiliares. Qual o homem que, resolvido a empregar todos os meios, não consegue enriquecer-se? Em mim se vê o exemplo. Há oito anos, eu era pobre e miserável, e hoje sou rico, e mais ainda serei. O como não importa; no bom resultado está o mérito... Mas um dia pode tudo mudar. Oh, que temo eu? Se em algum tempo tiver que responder pelos meus atos, o ouro justificar-me-á e serei limpo de culpa. As leis criminais fizeram-se para os pobres...”

sófocles

Sófocles, poeta ateniense, com Ésquilo e Eurípedes, foi dos mais importantes dramaturgos gregos. Es-creveu mais de 100 peças, entre as quais destacam-se: Édipo Rei, Antígona e Electra.

Édipo e a esfinge, de Gustave Moreau, tela inspirada na tragédia Édipo Rei, de Sófocles.

GÊNERO NARRATiVO

O gênero narrativo é visto como uma variante moderna do gênero épico, caracterizando-se por apresen-tar em prosa. Manifesta-se nas seguintes modalidades:

• Romance: narração de um fato imaginário, mas verossímil, que representa quaisquer aspectos da vida familiar e social do homem. Podemos dividi-lo em romance de cavalaria, romance de costumes, romance policial, romance psicológico, romance histórico, etc.

O romance caracteriza-se por conter:

λ narrativa longa; λ enredo complexo; λ um ou vários conflitos das personagens.

São tidos como romances:

λ Dom Casmurro, de machado de Assis; λ Canaã, de Graça Aranha; λ O Ateneu, de Raul Pompéia, etc.

• Novela: breve mas viva narração de um fato humano notável, mais verossímil que imaginário. É como um pequeno quadro da vida. Em geral, apresenta-se dividida em alguns poucos capítulos.

Elementos que formam a novela:

λ diálogos breve; λ sucessão de conflitos, vistos com mais superficialidade do que no romance; λ enredo não traz complexidade; λ o tempo e o espaço estão conjugados dentro da estrutura novelesca; λ as narrações e as descrições são condensadas, encaminhando-se logo para o desenlace da história.

Camilo Castelo Branco foi considerado o criador da novela passional em Portugal, escreveu várias nove-las, entre elas:

λ Amor de Perdição; λ A Doida do Candal; λ O Regicida.

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• conto: narração densa e breve de um episódio da vida, mais condensada do que a novela e o romance. Em geral, não apresenta divisão em capítulos.

Apresenta as seguintes características:

λ tem mais brevidade dramática do que o romance e a novela; λ poucos personagens intervêm na narrativa; λ cenários limitados, espaço restrito; λ espaço de tempo curto; λ diálogos sugestivos que permitem mostrar os conflitos entre as personagens; λ a ação é reduzida ao essencial, há um só conflito; λ a narrativa é objetiva, por vezes, a descrição não aparece.

• Fábula: narrativa inverossímil, com fundo didático; tem como objetivo transmitir uma lição de moral.

Apresenta as seguintes características:

λ a história envolve a vida de animais; λ apresenta, como o apólogo, uma lição de moral.

• crônica: é um gênero literário antigo e muito cultivado atualmente. Este gênero trata de fatos do dia-a-dia. A ação é rápida e sintética. Há vários tipos de crônicas: humorísticas ou melancólicas, outras primam pela crítica social, algumas apresentam profundos ensinamentos sobre o comportamento humano.

Alguns mestres da crônica:

λ Rubem Braga; λ Luís Fernando Veríssimo λ Lourenço Diaféria; λ Carlos Drummond de Andrade; λ Fernando Sabino; λ Stanislaw Ponte Preta, etc.

EXERcÍciOs

1 – Leia o texto a seguir:

“Édipo: Ó príncipe, meu cunhado, filho de Meneceu, que resposta do deus Apolo tu nos trazes?

Creonte: Uma resposta favorável, pois acredito que mesmo as coisas desagradáveis, se delas nos resulta algum bem, tornam-se uma felicidade.

Édipo: Mas, afinal, em que consiste essa resposta? O que acabas de dizer não nos causa confiança, nem apreensão.

Creonte: (Indicando o povo ajoelhado) Se queres ouvir-me na presença destes homens, eu falarei; mas estou pronto a entrar no palácio, se assim preferires.

Édipo: Fala perante todos eles; isto me causa maior desgosto do que se fosse meu, somente.

Creonte: Vou dizer, pois, o que ouvi da boca do deus. O rei Apolo ordena, expressamente, que purifiquemos esta terra da mancha que ela mantém; que não a deixemos agravar-se até tornar-se incurável.” Sófocles, Édipo rei.

O texto acima pertence ao gênero:

a) épicob) dramáticoc) líricod) narrativo

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2 – Leia o texto a seguir:

Fanatismo

Minh’alma, de sonhar-te, ainda perdidaMeus olhos andam cegos de te ver!Não és sequer a razão do meu viver,Pois que tu és já toda a minha vida!Dal Farra, Maria Lúcia (org.). Poemas de Florbela Espanca.

O texto acima pertence ao gênero:

a) épicob) dramáticoc) líricod) narrativo

3 – O soneto é uma das formas poéticas mais tradicionais e difundidas nas literaturas ocidentais e expressa, quase sempre, conteúdo:

a) dramáticob) narrativoc) líricod) épico

4 - Quando um “eu” nos passa uma emoção, um estado e centra-se no mundo interior do poeta apresentando forte carga subjetiva, temos o gênero:

a) líricob) narrativoc) épicod) dramático

REsPOsTAs

1– B 2 - c 3 - c 4 - A

NÍVEis DE LiNGUAGEM E VARiAÇÕEs LiNGUÍsTicAs

NORMA cULTA

Apesar de haver várias modalidades do emprego de uma língua, uma é tida como padrão, e as regras de sua gramática são consideradas como norma culta.

O domínio do padrão culto da linguagem é uma exigência para o nosso enriquecimento pessoal, profis-sional e social. Entrar no universo da linguagem culta é entender a sociedade que nos cerca. É desfazer as arma-dilhas que nos rodeiam, os embustes que nos envolvem. Diferente da linguagem de todo dia, que chamamos de informal ou coloquial, o padrão culto é a linguagem usada em circunstâncias especiais: textos oficiais (como a Constituição, Código Penal, Decretos...), entrevista para emprego, artigos em jornal, publicações em revistas, conferências, discursos parlamentares, acusação e defesa do júri, relatórios, sermão numa igreja, entrevista na televisão, redação, etc. Não basta dominar esse “dialeto” culto. É preciso desenvolver a capacidade de avaliar a riqueza e expressividade das mais variadas formas de comunicação, principalmente da comunicação linguística. Reconhecer a importância do padrão culto não significa fazer dele uma máquina niveladora que deva esmagar e banir para sempre o falar espontâneo do dia-a-dia. Tudo tem sua hora e lugar. Usar bem a língua não significa necessariamente falar de modo “correto”, mas de modo adequado à circunstância. A principal preocupação não deve ser a de seguir regras, mas a de usar a linguagem adequada à situação em que falamos e ao objetivo que temos em mente.

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A norma culta caracteriza-se pela correção da linguagem em diversos aspectos, entre eles, a ortografia, a concordância, a regência, pontuação, emprego correto das palavras quanto ao significado, organização das ora-ções e dos períodos, relação entre os termos, as orações, os períodos e os parágrafos. Está mais ligada à escrita, é mais planejada e elaborada.

Observe, a seguir, a norma culta presente em um texto informativo:

carros terão selo para indicar emissão de cO²

Todos os carros vendidos no Brasil irão receber um selo do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) de acordo com o que emitem de gás carbônico (CO²) e outros gases poluentes. Anunciada pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a medida depende da formulação de um modelo matemático para classificar os carros com selos nas cores verde, amarelo e vermelho, como já é feito pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) com relação ao consumo de energia de eletrodomésticos.

Agencia Estado - 17/4/2009

PADRÃO cOLOQUiAL

O padrão coloquial pode ser utilizado na linguagem familiar e íntima, na correspondência pessoal, na literatura (para caracterizar personagens), em publicações dirigidas a públicos específicos, histórias em quadri-nhos. São situações que se caracterizam por uma informalidade maior (a linguagem das conversas familiares ou das cartas entre amigos), por intenções mercadológicas (revista e músicas para jovens ou setores específicos da sociedade) ou pela intenção de reprodução, análise ou crítica (música, literatura). Como se caracteriza por uma liberdade maior de expressão, esse padrão aceita gírias ou palavras não dicionarizadas, construções repelidas pela gramática normativa, mas eficazes no ato comunicativo, palavras e fra-ses truncadas, períodos curtos, etc. Está mais ligado à fala, não é muito planejado nem elaborado (estes últimos aspectos não se aplicam, porém, quando se trata de literatura).

VARiAÇÃO LiNGUÍsTicA

Cada um de nós começa a aprender sua língua em casa, em contato com a família, imitando o que ouve e apropriando-se, aos poucos, do vocabulário e das leis combinatórias da língua. Nós vamos, também, treinando nosso aparelho fonador (a língua, os lábios, os dentes, os maxilares, as cordas vocais) para produzir sons que se transformam em palavras, em frases e em textos inteiros. Em contato com outras pessoas, na rua, na escola, no trabalho, observamos que nem todos falam como nós. Há pessoas que falam de modo diferente por serem de outras cidades ou regiões do país, ou por terem idade diferente da nossa, ou por fazerem parte de outro grupo ou classe social. Essas diferenças no uso da língua constituem as variedades linguísticas.

Variedades linguísticas são as variações que uma língua apresenta, de acordo com as condições sociais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada. Todas as variedades linguísticas são corretas, desde que cum-pram com eficiência o papel fundamental de uma língua – o de permitir a interação verbal entre as pessoas.

Apesar disso, uma dessas variedades, a variedade padrão ou norma culta, tem maior prestígio social. É a variedade linguística ensinada na escola, utilizada na maior parte dos livros e revistas e também em textos científicos e didáticos, em alguns programas de televisão, etc. As demais variedades – como a regional, a gíria, o jargão de grupos ou profissões (a linguagem dos policiais, dos jogadores de futebol, dos metaleiros, dos sur-fistas) - são chamadas genericamente de variedades não padrão.

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A LÍNGUA E sUAs MODALiDEs

A língua de uma nação civilizada apresenta várias modalidades, que podem coexistir sem quebra de sua estrutura comum, de sua unidade. Assim, cumpre distinguir:

1 a língua geral ou comum

2 a língua popular

3 a língua culta

4 a língua literária

5 a língua falada

6 a língua escrita

A língua geral é a língua oficial de um país, vivificada pelo uso comum e aceita pela comunidade. So-brepõe-se aos falares regionais, sempre existentes, sobretudo em países de grande extensão geográfica. Para nós, brasileiros, é a língua portuguesa, vista em seu conjunto.

A língua geral tende a carregar-se de tonalidades regionais, na fonética e no vocabulário, resultando dali os falares regionais, que chegam a tingir fortemente a expressão cultural e literária em certas áreas geográ-ficas de um país. Quando as características muito acentuadas vincam um falar regional, temos um dialeto. No Brasil, um caso típico desse fato é o dialeto caipira, condenado a desaparecer ante a ação da escola e dos meios de comunicação. Dentre os falares regionais do Brasil, destacam-se o amazônico, o nordestino, o fluminense, o carioca, o gaúcho, o mineiro e o sulista, cada qual marcado por sensíveis diferenças léxicas (vocabulário) e fo-néticas (sotaque). A língua popular é a fala espontânea e fluente do povo. Mostra-se quase sempre rebelde à disciplina gramatical e está eivada de plebeísmos, isto é, de palavras vulgares e expressões de gíria. É tanto mais incorreta quanto mais incultas as camadas sociais que a falam. Diz-se, com mais propriedade, linguagem popular. Nela se insere a modalidade familiar ou coloquial, em que a preocupação com a correção gramatical é mais ou me-nos sentida, dependendo do grau de escolaridade do falante.

A língua culta é usada pelas pessoas instruídas das diferentes profissões e classes sociais. Pauta-se pelos preceitos vigentes da gramática normativa e caracteriza-se pelo apuro da forma e a riqueza lexical. Seu vocabulário é mais amplo, mais preciso, e a frase mais elaborada que a da língua popular. É ensinada nas es-colas e serve de veículo às ciências, nas quais se apresenta com terminologias típicas. Uma língua pode ser falada ou escrita, conforme se utilizem signos vocais (expressão oral) ou sinais gráficos (expressão escrita). A primeira é viva e atual, ao passo que a segunda é a representação ou imagem daquela. A língua falada é mais comunicativa e insinuante, porque as palavras são fortemente subsidiadas pela sonoridade e inflexões da voz, pelo ritmo da frase, pelo jogo fisionômico e a gesticulação (mímica), recursos estes que a língua escrita desco-nhece.

A comunicação oral ou escrita se efetua em diferentes níveis de expressão. Dependendo das circunstâncias que envolvem o ato da comunicação, o indivíduo utiliza um tipo de linguagem adequado à si-tuação: formal ou informal, culta ou coloquial, corrente ou científica, etc. Na conversação familiar, o modo de falar é um, em ambiente cerimonioso é outro. Ao escrever um livro, o autor diversifica a linguagem, conforme a obra se destine a adultos ou crianças.

O grau de instrução do usuário da língua portuguesa, sua profissão, o meio em que vive e a camada social a que pertence são fatores que atuam fortemente no fenômeno da variação do idioma.

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ADEQUAÇÃO LiNGUÍsTicA

Considere os quatro comentários a seguir:

1. A linguagem de um poema de Drummond (1902-1987) difere muito da linguagem das cantigas de amor, dos séculos XII-XIII. Ao longo da vida de uma pessoa, sua linguagem também sofre modifica-ções. Uma coisa é a língua que se fala aos oito anos, outra a que se fala aos setenta e cinco.

2. Basta comparar a fala de um gaúcho com a fala de um pernambucano, ou a de um paulista com a de um catarinense para se perceberem claras diferenças. Quem mora na roça não fala como quem vive na cidade. E o português do Brasil difere muito do de Portugal. Aquilo a que chamamos de sotaque é, talvez, o indicador mais claro dessas diferenças.

3. A fala de uma pessoa com formação superior (médicos, advogados, jornalistas) tende a ser diferente da linguagem falada por alguém que nunca teve oportunidade de frequentar uma escola. Há um modo mais popular e mais coloquial de falar (variante popular) e um modo mais elaborado (variante culta).

4. Um advogado não fala com seu filho de seis anos da mesma forma como fala no tribunal ou como escreve num artigo para o jornal. Esses diversos modos de alguém usar a língua recebem o nome de registros. Assim, dependendo da situação, e principalmente da pessoa com quem se fala, usa-se um registro mais ou menos formal.

A cada um desses comentários corresponde um dos tipos de variantes a seguir:

a. variantes geográficas ou regionais – são variações que se dão de lugar para lugar;b. variantes situacionais – são as diferenças que se observam no modo como uma mesma pessoa faz

uso da língua, dependendo da situação concreta em que se encontra;c. variantes sociais – são as diferenças que existem de um grupo social para outro;d. variantes históricas - são as variações que, com o passar do tempo, se dão de época para época.

Cada uma das variantes linguísticas pode apresentar-se na modalidade escrita ou falada. Mas é preciso substituir o conceito de erro pelo de adequação.

Na escrita, usam-se as variedades não aleatoriamente, mas no processo de criação das personagens. Assim, são elas meios de figurativizar a identidade do narrador ou das personagens: um surfista, um homem do povo, um malandro, um pedante etc. Por isso, a variante linguística utilizada tem que ser adequada à iden-tidade da personagem e à situação de comunicação. Como cada variante cria um dado efeito de sentido, cada uma delas é adequada a um lugar, um tempo, uma situação de interlocução e um grupo social.

Deve-se estar atento, quando se usam variantes linguísticas, para o fato de que elas devem ser adequadas à identidade de quem as utiliza (não se pode fazer um fluminense de Campos falar como um gaúcho) e de que seu uso deve ser coerente (uma personagem não pode usar uma variante e, na mesma situação, utilizar outra muito diferente; por exemplo, ora fala na variante baiana, ora na gaúcha). A mistura de variantes pode ser feita, mas é trabalho muito complicado, que exige um conhecimento muito grande da língua, para saber como com-biná-las.

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EXERcÍciOs

A tirinha abaixo corresponde aos exercícios 01 e 02

Em uma conversa ou leitura de texto, corre-se o risco de atribuir um significado inadequado a um termo ou expressão e isso pode levar a certos resultados inesperados como se vê nos quadrinhos abaixo.

(Maurício de Sousa)

1 - Nessa historinha, o efeito humorístico origina-se de uma situação criada pela fala da Rosinha no primeiro quadrinho, que é:

a) “Faz uma pose bonita!”b) “Quer tirar um retrato!”c) “Sua barriga está aparecendo!”d) “Olha o passarinho!”

2 – Qual tipo de linguagem foi usado pelo Chico Bento?

a) Linguagem culta b) Linguagem coloquial

REsPOsTAs

1 - D 2 - B

EXERcÍciOs FiNAis

1) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão grafadas corretamente:

a) excelente, pressa, próscimob) basar, exemplo, chineloc) enxugar, jiló, êxitod) zinco, pissina, exigentee) berinjela, auxílio, cazaco

2) Assinale a frase que não está correta de acordo com a Nova Ortografia:

a) Ela para a bicicleta. b) A pera é uma fruta.c) O cão tem pelo negro. d) Ele joga polo.e) O Pólo Sul é frio.

3) Assinale a alternativa correspondente à grafia correta dos vocábulos: fêm.....r, crân.....o, cr.....olina, eng.....lir

a) o, i, i, o b) u, i, e, oc) u, i, i, u d) o, e, e, u

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4) Todas as palavras estão grafadas corretamente, exceto uma das alternativas:

a) humanizar, batizar, paralizarb) expectativa, extravagante, expansivoc) açaí, miçanga, paçocad) alisamento, pesquisar, analisadoe) cuspir, bobina, periquito, paletó

5) Apenas uma frase das alternativas abaixo está incorreta quanto à ortografia, aponte-a:

a) O mecânico consertou o carro após o trágico acidente.b) O prisioneiro foi levado à cela imediatamente.c) O corpo docente adotará um novo método de ensino no próximo ano.d) João trabalha na mesma cessão que seu primo André.e) Vou pedir dispensa do trabalho.

6) As palavras país, você e mês são oxítonas acentuadas por serem respectivamente:

a) oxítona terminada em is, oxítona terminada em e, oxítona terminada em es.b) hiato, dissílaba e monossílaba terminada em es.c) hiato, oxítona terminada em e, monossílabo tônico terminado em es.d) dissílaba terminada em is, oxítona terminada em e, monossílaba.e) paroxítona terminada em is, dissílaba e oxítona

7) Assinale a alternativa em que todas as palavras sejam acentuadas:

a) bambu, armazem, tenis b) lampada, util, sozinhoc) ruim, aquele, açucar d) canapes, pos, maracujae) urubu, debil, daninho

8) Assinale a alternativa incorreta:

a) sub-reitor b) microônibusc) autoescola d) para-brisae) extraescolar9) Assinale a oração correta:

a) Eles têm grande criatividade.b) Espero que eles dêem atenção aos filhos.c) Eu môo café todos os dias.d) Agüei todas as plantas do jardim.e) Todos crêem em alguma coisa.

10) Uma das oxítonas abaixo não deve ser acentuada:

a) jacare b) detem c) urubu d) atráse) sofa

11) Assinale a alternativa corretamente pontuada:

a) Não gosto de alguns de seus amigos, ou melhor de nenhum deles.b) Não, gosto de alguns de seus amigos, ou melhor de nenhum deles.c) Não gosto de alguns, de seus amigos, ou melhor, de nenhum deles.d) Não gosto de alguns de seus amigos, ou melhor, de nenhum deles.e) Não, gosto de alguns, de seus amigos, ou melhor, de nenhum deles.

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12) As frases abaixo estão corretas quanto à sua justificativa,exceto:

a) O Diretor * * * (o asterisco substitui um nome que não se quer mencionar)b) 09/10/89 (a barra é utilizada nas abreviações de data)c) Se a = { x 0 z* / / x / # 2} . . . (as chaves são muito empregadas em matemática)d) Dona Felicidade [ que é muito gorda ] anda sempre doente. (os colchetes têm a mesma finalidade que o ponto-e-vírgula)e) Não deixe o “stress” tomar conta de você. (as aspas são usadas nas expressões estrangeiras).

13) Observe as frases:

I - O rapaz revoltado, começou a agredir o colega.II - Vocês vão à escola; nós ao cinema.III - Na confusão ninguém se lembrou de entregar, os documentos.

Verificamos que está (estão) corretamente pontuada( s):a) apenas a I b) apenas a IIc) apenas a III d) apenas a I e IIe) apenas a II e III

14) Assinale a alternativa em que se usa a vírgula:a) entre o nome e o adjunto adnominalb) entre o sujeito e o predicadoc) entre uma enumeração de palavrasd) entre o verbo e seus complementose) entre o nome e o adjunto adnominal

15) Assinale a alternativa que preencha as lacunas da frase abaixo:..... Papai ..... por que nós temos que nos mudar para o interior ..... perguntou a menina.....

a) travessão, vírgula, ponto de interrogação, pontob) aspas, travessão, ponto de interrogação, aspasc) travessão, vírgula, ponto de exclamação, pontod) travessão, vírgula, ponto, pontoe) aspas, vírgula, ponto de interrogação, aspas16) Assinale a alternativa que preencha corretamente as lacunas das frases abaixo:

I - Se tu vais a escola, irei ......................... .II - Mandaram este comunicado para ...... ler.III - Você trouxe o caderno ......................... .IV - Não existe nada entre ..................... e ele.

a) com você, mim, consigo, eub) contigo, mim, com você, mimc) contigo, eu, consigo, mimd) consigo, eu, consigo, mime) com você, eu, com você, eu

17) Assinale a alternativa que preencha adequadamente a oração:.............................. bola que está perto de você é minha, ....................... aqui é do meu primo.

a) Aquela - estab) Esta - estac) Essa - essad) Essa - estae) Esta - aquela

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18) O homem ......................... mais admiro é o meu pai.

a) a quemb) em quec) do quald) com queme) de quem

19) Assinale a alternativa incorreta quanto a abreviatura do pronome de tratamento correspondente:

a) Papa - V. S.b) Cardeal - V. Emªc) Rei - V. Magªd) Príncipe - V. A.e) Sacerdote - V. Rev.ma

20) Assinale a alternativa incorreta quanto à colocação pronominal:

a) Fiquei observando a mulher que se dirigia à portaria.b) Ninguém o viu desde ontem.c) Procurar-me-iam se precisassem de dinheiro.d) Me contaram que você está desempregado.e) Talvez a encontre na escola.

21) Assinale a alternativa que contém somente verbos pronominais:

a) arrepender, prazer, querer, absterb) dar, apiedar, odiar, aguarc) lembrar, amar, nevar, dignard) atrever, arrepender, fazer, fizere) abster, dignar, lembrar, atrever

22) Aponte a oração em que o verbo está na 2ª pessoa do plural:

a) Contai a vossa história.b) Conte a sua história.c) Conta a tua históriad) Contem a sua história.e) Contemos a nossa história.23) A polícia ............... no caso e ................. o mistério.

a) interviu – resolveram d) interviu - resolveub) interveio – resolveu e) interviu - resolvestec) interveio - resolveste

24) Assinale a oração em que o verbo está incorretamenteempregado:

a) Ele previu o acidente.b) Peça-lhe que intervenha a meu favor.c) Todos se dispuseram a colaborar.d) Ainda que se prevesse o temporal, a enchente ocorreria.e) Quando você o vir, diga-lhe que aguardo sua resposta.

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25) Assinale a alternativa incorreta:

a) O futuro do subjuntivo expressa um fato que vai acontecer relacionado a outro fato futuro.b) O pretérito mais-que-perfeito expressa um fato anterior a outro fato que também é passado.c) O pretérito imperfeito expressa um fato já concluído em época passada.d) O presente do subjuntivo expressa um fato atual, exprimindo suposição, dúvida, possibilidade.e) O futuro do pretérito expressa um fato futuro, mas de forma hipotética em relação a um momento passado.

26) ........ partir daquele momento, senti que ......... minhapreocupação não era necessária.

a) a - ab) à - ac) a - àd) à - àe) à - há

27) Assisti ............... uma peça de teatro ............... cincodias atrás.

a) à - ab) a - àc) a - hád) há - ae) à - há

28) Assinale o uso incorreto quanto ao uso do acento de crase:

a) Chegarei à casa de meus parentes daqui a uma semana.b) João foi andar à cavalo.c) Gosto de arroz à grega.d) Assisto à novela todas as noites.e) Ã noite, viajaremos tranqüilos.

29) Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas das orações abaixo:

I - Romário fez um gol ............... Pelé.II - ............... séculos que não a vejo.III - Muita gente veio ............... reunião.IV - Fui assistir ............... um show de Caetano Veloso.

a) a - há - a - ab) à - à - à - ac) a - há - a - àd) a - a - há - àe) à - há - à - a30) Assinale a alternativa incorreta quanto à concordânciaverbal:

a) Vendem-se casas.b) Pedro ou Fabiano sairá vencedor.c) Eu, você e ele jantam cedo.d) As meninas pareciam gostar de doce.e) Precisa-se de empregados.

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31) Assinale a única alternativa correta quanto à concordância nominal:

a) Comprei bastantes roupas íntimas.b) Era meio-dia e meio.c) É necessário a disciplina em sala de aula.d) Estou quites com a Receita Federal.e) Anexa à carta, seguem os documentos.

32) Assinale a regência verbal incorreta:

a) Quero bem o Felipe.b) Marcelo namora Ana Carla.c) Simpatizo com Samanta.d) Lembrei-me de Melissa.e) Cheguei à escola atrasada.

GABARiTO

1 - c 2 - E 3 - B 4 - A 5 - D 6 - c 7 - D 8 - B9 - A 10-c 11-D 12-D 13-B 14-c 15-A 16-c17-D 18-A 19-c 20-D 21-E 22-D 23-B 24-D25-c 26-A 27-c 28-B 29-E 30-c 31-A 32-A

BiBLiOGRAFiA

• Bechara, Evanildo.Moderna Gramática Portuguesa – Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.

• Cipro Neto, Pasquale.Gramática da língua portuguesa / Pasquale & Ulisses - Nova edição conforme o Acordo Ortográfico - São Paulo: Scipione, 2008.

•Cegalla, Domingos Paschoal.Novíssima Gramática da Língua Portuguesa – São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2002.

• Paschoalin, Maria Aparecida.Gramática: teoria e exercícios / Paschoalin & Spadoto - São Paulo: FTD, 1996.

• Infante, Ulisses.Curso de Gramática Aplicada aos textos São Paulo: Scipione, 1995.

• Melo Mesquita, Roberto.Gramática Pedagógica / Roberto Melo Mesquita & Cloder Rivas Martos - São Paulo: Saraiva, 1992.

• Barbosa de Souza, Jésus.Minigramática / Jésus & Samira - São Paulo: Saraiva, 1997.

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• Terra, Ernani.Minigramática - São Paulo: Scipione, 1995.

• André, Hildebrando A. de.Gramática Ilustrada - São Paulo: Moderna, 1997.

•Abaurre, Maria LuizaPortuguês - Língua e Literatura: volume único, Maria Luiza Abaurre, Marcela Nogueira Pontara, Tatiana Fadel 2. ed. – São Paulo: Moderna, 2003.

• Ferreira, Mauro.Aprender e praticar gramática: teoria, sínteses dasunidades, atividades práticas, exercícios de vestibulares: 2º grau - São Paulo: FTD, 1992.

• Farias, A.A interpretação do texto e o pretexto / A. Farias [ e ] Agostinho Dias Carneiro - Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1979.

• Cereja, William Roberto.Texto e interação: uma proposta de produção textuala partir de gêneros e projetos / William Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães - São Paulo: Atual, 2000.

• Infante, Ulisses.Textos: leituras e escritas: literatura, língua e redação- São Paulo: Scipione, 2000.

• Terra, ErnaniPortuguês para o ensino médio: língua, literatura e produção de textos: volume único / Ernani Terra & José Ni-cola, Floriana Toscano Cavallete. São Paulo: Scipione, 2002.

• Griffi, BethPortuguês 1: literatura, gramática e redação: 2º grau / Beth Griffi - 1.ed. São Paulo: Moderna, 1991.

• Novas Palavras: Literatura, gramática, redação e leitura / Ricardo Leite - São Paulo: FTD, 1997. Outros autores: Emília Amaral, Mauro Ferreira, Severino Antônio.

• Castro, Maria da ConceiçãoLíngua & Literatura - São Paulo: Saraiva, 1996.

• Carneiro, Agostinho DiasTexto em construção: interpretação de texto / Agostinho Dias Carneiro - 2. ed - São Paulo: Moderna, 1996.

• Faraco & MouraLíngua e Literatura / Carlos Emílio Faraco e Francisco Marto Moura - 20. ed - São Paulo: Ática, 2000.

• Sargentim, HermínioRedação - Coleção Horizontes - São Paulo: IBEP

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QUEsTÕEs ELABORADAs PELA FUNDAÇÃO cARLOs cHAGAs RETiRADAs DE PROVAs ANTERiOREs

ANALisTA JUDiciÁRiO – PERNAMBUcO – 2007

Atenção: As questões de números 1 a 15 referem-se ao texto abaixo:

cuidado: o uso desse aparelho pode produzir violência

A revista Science publicou, em 2002, o relatório de uma pesquisa coordenada por Jeffrey Johnson, da Universidade de Colúmbia, em Nova York. O estudo mostra uma relação significativa entre o comportamento violento e o número de horas que um sujeito (adolescente ou jovem adulto) passa assistindo à TV.

Pela pesquisa de Johnson, os televisores deveriam ser comercializados com um aviso, como os maços de cigarros:cuidado, a exposição prolongada à tela desse aparelho podeproduzir violência.

Estranho? Nem tanto. É bem provável que a fonte de muita violência moderna seja nossa insubordina-ção básica: ninguém quer ser ou continuar sendo quem é. Podemos proclamar nossa nostalgia de tempos mais resignados, mas duvido que queiramos ou possamos renunciar à divisão constante entre o que somos e o que gostaríamos de ser.

Para alimentar nossa insatisfação, inventamos a literaturae, mais tarde, o cinema. Mas a invenção mais astuciosa talvez tenha sido a televisão. Graças a ela, instalamos em nossas salas uma janela sobre o devaneio, que pode ser abertaa qualquer instante e sem esforço.

Pouco importa que fiquemos no zapping (*) ou que paremos para sonhar em ser policiais, gângsteres ou apenas nós mesmos (um pouco piores) no Big brother. A TV confirma uma ideia que está sempre conosco: existe outra dimensão, enossas quatro paredes são uma jaula. A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do permitido. Faz sentido.(*) zapping = uso contínuo do controle remoto.

(Contardo Calligaris, Terra de ninguém)

1. Em relação à pesquisa coordenada por Jeffrey Johnson, oautor do texto manifesta

(A) sua inteira estranheza, uma vez que tem convicções diametralmente opostas às do pesquisador.(B) sua inteira concordância, detalhando todos os elementosda pesquisa e colando-se à argumentação dela.(C) o acolhimento da conclusão geral da pesquisa, mas não deixa de trilhar um caminho reflexivo pessoal sobre o fenômeno observado.(D) sua parcial concordância, pois julga que o pesquisador se valeu de uma argumentação bastante estranha, nem sempre coerente.(E) sua plena discordância, uma vez que não vê qualquer relação entre assistir à TV e as eventuais atitudes de violência do público televisivo.

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2. Considere as afirmações abaixo.

I. Na pesquisa de Jeffrey Johnson, ficou claro que é um exagero estabelecer uma relação de causa e efeito entre a exposição prolongada a programas de TV e atitudes de violência.II. De acordo com o autor do texto, a literatura e o cinema já estimulavam, antes do surgimento da TV, os mes-mos níveis de violência social.

III. O autor do texto defende a ideia de que a mídia pode estimular ações de violência que são geradas por nossa insatisfação com nós mesmos.

É correto o que se afirma em

(A) I, II e III.(B) I e II, apenas.(C) II e III, apenas.(D) II, apenas.(E) III, apenas.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se corretamente o sentido de uma expressão do texto em:

(A) exposição prolongada = exibição intermitente.(B) nostalgia de tempos mais resignados = remorsos por antigas submissões.(C) uma janela sobre o devaneio = uma refração da realidade.(D) renunciar à divisão constante = recusar o frequente desacordo íntimo.(E) sacudir as barras além do permitido = ratificar os limites inaceitáveis.

4. Preserva-se plenamente a concordância verbal na frase:

(A) Caberia comercializar-se os televisores com uma advertência expressa sobre o perigo que representa as exposições contínuas à tela de uma TV.(B) Boa parte dos atos de violência provém, de acordo com a pesquisa, do excesso de horas que dedica uma pessoa a assistir à TV.(C) Seria da responsabilidade dos programas de TV certas incitações à violência, a se crer nas conclusões da pesquisa realizada.(D) Todo aquele que, assistindo continuamente à TV, costumam valer-se dos recursos do zapping, abrem jane-las sobre o devaneio.(E) Não se atribua tão-somente à TV as atitudes de violência que se vem disseminando nos grandes centros urbanos.

5. Transpondo-se para voz passiva o segmento Para alimentar nossa insatisfação, a forma verbal resultante será

(A) seja alimentada.(B) alimentemos.(C) seria alimentada.(D) tenha alimentado.(E) fosse alimentado.

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6. Está correto o emprego do elemento sublinhado na frase:

(A) A relação significativa cuja se demonstrou na pesquisase dá entre o comportamento violento e a audiência à TV.(B) A insubordinação básica em que se refere o autor do texto derivaria da insatisfação dos nossos recalcados desejos.(C) A invenção moderna mais astuciosa, de cujos efeitos trata o autor do texto, teria sido não a do cinema, mas a da TV.(D) O hábito do zapping, com cujo nos acostumamos, é um dos responsáveis pela abertura rápida de janelas sobre o nosso devaneio.(E) A conclusão de que nossa sala é uma jaula, com que chegou o autor do texto, não deixa de ser bastante provocadora e radical.

7. Está clara, coerente e correta a redação da seguinte frase:

(A) Sempre haverá quem discorde que a literatura fosse inventada de modo que assim a supríssemos com nos-sas insatisfações, ou vice-versa.(B) Quanto à nostalgia de tempos mais resignados, da qual poucos se insurgem, ela costuma frequentemente ser proclamada.(C) É pela suspeita de haver uma nova dimensão, além da que vivemos, que se chega à conclusão de não pre-cisarmos subordinarmos os devaneios.(D) Julga o autor do texto que nos insubordinamos contra as barras de nossa jaula quando nos alimentamos de devaneios propiciados pela TV.(E) Afirma-se no texto que faz sentido concluir-se de que a pesquisa de Johnson vai de encontro às teses con-firmadas por este pesquisador.

8. A pesquisa de Johnson constata que, à força de olhar, podemos ficar a fim de sacudir as barras além do per-mitido.Preserva-se o sentido essencial dessa frase caso se substituam os elementos sublinhados, respectivamente, por

(A) por mais que olhemos - submetidos a(B) de tanto olharmos - motivados para(C) quanto mais olhamos - impregnados de(D) tão logo olhemos - predispostos a(E) conquanto olhemos - condicionados em

9. Está inteiramente correta a pontuação do período:

(A) Primeiro, inventamos a literatura e em seguida o cinema, mas nenhum desses meios, teria alcançado in-fluenciar-nos tanto como a TV.(B) O fato de imaginarmos que há uma dimensão além das nossas paredes, é decisivo, para que reconheçamos na TV, o poder de abrir tantas janelas.(C) Por mais confortável que seja, o zapping, constitui na verdade, um meio de tentar suprir com rapidez nossa fome, insaciável de imagens.(D) Queremos por vezes imaginar: que somos policiais ou gângsteres, mas, preferiríamos ser nós mesmos, sen-tirmo-nos por assim dizer completos.(E) O autor preocupa-se, sobretudo, com a tese de que nossa violência tem origem em nossa divisão interna, responsável maior por nossas rebeldias.

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10. Jeffrey Johnson realizou uma pesquisa, e o autor do texto, ao comentar essa pesquisa, acrescentou a essa pesquisaelementos de sua convicção pessoal, que tornam essa pesquisa ainda mais instigante aos olhos do público.Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos sublinhados, segundo a ordem emque se apresentam, por

(A) comentá-la - acrescentou-lhe - a tornam(B) a comentar - lhe acrescentou - lhe tornam(C) comentar-lhe - acrescentou-lhe - tornam-a(D) comentá-la - acrescentou-a - tornam-na(E) a comentar - acrescentou-lhe - tornam-lhe11. Está inteiramente correta a articulação entre os tempos emodos verbais da frase:

(A) A pesquisa de Johnson analisou um fenômeno que constituísse uma verdadeira obsessão que caracterize o homem moderno: o fascínio pela TV.(B) Caso fiquemos muito tempo no zapping, estaríamos demonstrando certa agitação íntima que caracterizasse nosso estado de insatisfação.(C) Sugere-se, nessa pesquisa, que o fato de nos aprisionarmos em nossa sala de TV fosse o responsável pela nossa predisposição a que cometêramos atos violentos.(D) Mesmo que não apresente grandes novidades em relação a pesquisas já realizadas, a de Johnson dá corpo à tese de que a exposição contínua à tela de TV torna-nos mais violentos.(E) Se de fato viéssemos a nos contentar com o que somos, as inúmeras janelas abertas pela TV não terão a mesma força de atração que as pesquisas demonstrassem.

12. Estão adequados o emprego e a flexão de todas formasverbais na frase:

(A) Se as pesquisas bem realizadas sempre intervissem no comportamento das pessoas, o estudo ao qual se aplicou Johnson teria algum efeito sobre o público.(B) Imergem da pesquisa de Johnson alguns dados reveladores quanto à ação da TV sobre nós, mas é possível que outros fatores hajam de modo determinante sobre o nosso comportamento.(C) Quem revir as várias pesquisas sobre a relação entre TV e comportamento haverá de se deparar com resul-tados que talvez constituam motivo para algum alarme.(D) Jamais conviu às emissoras de TV divulgar essas pesquisas, que quase sempre as encriminam como res-ponsáveis pela multiplicação da violência social.(E) Se as violências que provêem do hábito de assistir à TV se saneiassem por conta de alguma regulamenta-ção governamental, seria o caso de pedir providências às autoridades.MODELO − Caderno de Prova, Cargo F06, Tipo 001

13. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do singular para preencher corretamen-te a lacuna da frase:

(A) Quase ninguém, entre os que se ...... (valer) do controle remoto, resiste à tentação de passar velozmente por todos os canais de TV.(B) Se aos governantes não ...... (caber) tomar providências para regulamentar a programação de TV, a quem, então, caberá?(C) Se a ninguém ...... (preocupar) os efeitos de se ficar colado a uma tela de TV, a todos intranquiliza a onda crescente de violências.(D) Embora a cada um de nós ...... (afetar) as imagens nostálgicas de um passado íntegro, passamos, na fase adulta, a nos sentir divididos.(E) Os que não gostam de TV jamais ...... (haver) de se lamentar por terem aberto janelas sobre seus próprios devaneios.

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14. É preciso corrigir a redação da seguinte frase:

(A) A menos que hajam outros fatores, boa parte das violências modernas adviram pela atenção excessiva con-signada à TV.(B) Conquanto haja outros fatores responsáveis pela expansão da violência, a responsabilidade da TV não é pequena.(C) Ainda que não seja a única responsável, a TV está entre as causas principais das atitudes violentas que mar-cam nossa sociedade.(D) De programas violentos da TV costuma advir alguma inspiração para atos de violência, tais como os que se multiplicam hoje em dia.(E) Talvez fosse o caso – para se avaliar a pesquisa de Johnson – de se estudar o comportamento de comunida-desque não têm acesso à TV.

15. Considerando-se o contexto, constituem uma causa e seuefeito, nesta ordem, as ações representadas por

(A) número de horas / passa assistindo.(B) proclamar nossa nostalgia / renunciar à divisão constante.(C) fiquemos no zapping / ou que paremos para sonhar.(D) A TV confirma uma ideia / que está sempre conosco.(E) insubordinação básica / muita violência moderna.

ANALisTA JUDiciÁRiO – TRE/sP - 2012

Atenção: As questões de números 1 a 7 referem-se à crônica abaixo, publicada em 28/08/1991.

Bom para o sorveteiro

Por alguma razão inconsciente, eu fugia da notícia. Mas a notícia me perseguia. Até no avião, o único jornal abria na minha cara o drama da baleia encalhada na praia de Saquarema. Afinal, depois de quase três dias se debatendo na areia da praia e na tela da televisão, o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar. Até a União Soviética acabou, como foi dito por locutores especializados em necrológio eufórico. Mas o drama da baleia não acabava. Centenas de curiosos foram lá apreciar aquela montanha de força a se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência. Um belo espetáculo.

À noite, cessava o trabalho, ou a diversão. Mas já ao raiar do dia, sem recursos, com simples cordas e as próprias mãos, todos se empenhavam no lúcido objetivo comum. Comum, vírgula. O sorveteiro vendeu cen-tenas de picolés. Por ele a baleia ficava encalhada por mais duas ou três semanas. Uma santa senhora teve a feliz ideia de levar pastéis e empadinhas para vender com ágio. Um malvado sugeriu que se desse por perdida a batalha e se começasse logo a repartir os bifes.

Em 1966, uma baleia adulta foi parar ali mesmo e em quinze minutos estava toda retalhada. Muitos se lembravam da alegria voraz com que foram disputadas as toneladas da vítima. Essa de agora teve mais sorte. Foi salva graças à religião ecológica que anda na moda e que por um momento estabeleceu uma trégua entre todos nós, animais de sangue quente ou de sangue frio.

Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás. Logo uma estatal, ó céus, num momento em que é preciso dar provas da eficácia da empresa privada. De qualquer forma, eu já podia recolher a minha aflição. Metáfora fácil, lá se foi, espero que salva, a baleia de Saquarema. O maior animal do mundo, assim frágil, à mercê de curiosos. À noite, sonhei com o Brasil encalhado na areia diabólica da inflação. A bordo, uma tripula-ção de camelôs anunciava umas bugigangas. Tudo fala. Tudo é símbolo.

(Otto Lara Resende, Folha de S. Paulo)

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1. O cronista ressalta aspectos contrastantes do caso de Saquarema, tal como se observa na relação entre estas duas expressões:

(A) drama da baleia encalhada e três dias se debatendo na areia.(B) em quinze minutos estava toda retalhada e foram disputadas as toneladas da vítima.(C) se esfalfar em vão na luta pela sobrevivência e levar pastéis e empadinhas para vender com ágio.(D) o filhote de jubarte conseguiu ser devolvido ao mar e lá se foi, espero que salva, a baleia de Saquarema.(E) Até que enfim chegou uma traineira da Petrobrás e logo uma estatal, ó céus.

2. Atente para as seguintes afirmações sobre o texto:

I. A analogia entre a baleia e a União Soviética insinua, entre outros termos de aproximação, o encalhe dos gigantes.

II. As reações dos envolvidos no episódio da baleia encalhada revelam que, acima das diferentes providências, atinham-se todos a um mesmo propósito.

III. A expressão Tudo é símbolo prende-se ao fato de que o autor aproveitou o episódio da baleia encalhada para também figurar o encalhe de um país imobilizado pela alta inflação.

Em relação ao texto, está correto o que se afirma em

(A) I, II e III.(B) I e III, apenas.(C) II e III, apenas.(D) I e II, apenas.(E) III, apenas.

3. Foram irrelevantes para a salvação da baleia estes dois fatores:

(A) o necrológio da União Soviética e os serviços da traineira da Petrobrás.(B) o prestígio dos valores ecológicos e o empenho no lúcido objetivo comum.(C) o fato de a jubarte ser um animal de sangue frio e o prestígio dos valores ecológicos.(D) o fato de a Petrobrás ser uma empresa estatal e as iniciativas que couberam a uma traineira.(E) o aproveitamento comercial da situação e a força descomunal empregada pela jubarte.

4. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente osentido de um segmento em:

(A) em necrológio eufórico (1o parágrafo) = em façanha mortal.(B) Comum, vírgula (2o parágrafo) = Geral, mas nem tanto.(C) que se desse por perdida a batalha (2o parágrafo) = que se imaginasse o efeito de uma derrota.(D) estabeleceu uma trégua entre todos nós (3o parágrafo) = derrogou uma imunidade para nós todos.(E) é preciso dar provas da eficácia (4o parágrafo) = convém explicitar os bons propósitos.

5. Estão plenamente observadas as normas de concordânciaverbal em:

(A) À noite, davam-se aos trabalhos de poucos e à diversãode muitos uma trégua oportuna, para tudo recomeçar na manhã seguinte.(B) Aos esforços brutais da jubarte não correspondiam qualquer efeito prático, nenhum avanço obtinha o gi-gante encalhado na areia.(C) Sempre haverá de aparecer aqueles que, diante de um espetáculo trágico, logram explorá-lo como oportu-nidade de comércio.(D) Como se vê, cabe aos bons princípios ecológicos estimular a salvação das baleias, seja no alto-mar, seja na areia da praia.(E) Da baleia encalhada em 1966 não restou, lembra-nos o autor, senão as postas em que a cruel voracidade dos presentes retalhou o animal.

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6. Está clara e correta a redação deste livre comentário sobre o último parágrafo do texto.

(A) Apesar de tratar do drama ocorrido com uma baleia, o cronista não deixa de aludir a circunstâncias nacio-nais, como o impulso para as privatizações e os custos da alta inflação.(B) Mormente tratando de uma jubarte encalhado, o cronistanão obsta em tratar de assuntos da pauta nacional, como a inflação ou o processo empresarial das privatiza-ções.(C) Vê-se que um cronista pode assumir, como aqui ocorreu, o papel tanto de um repórter curioso como anali-sar fatos oportunos, qual seja a escalada inflacionáriaou a privatização.(D) O incidente da jubarte encalhado não impediu de que o cronista se valesse de tal episódio para opinar diante de outros fatos, haja vista a inflação nacional ou a escalada das privatizações.(E) Ao bom cronista ocorre associar um episódio como o da jubarte com a natureza de outros, bem distintos, sejam os da economia inflacionada, sejam o crescente prestígio das privatizações.

7. Está inadequada a correlação entre tempos e modos verbais no seguinte caso:

(A) Muitos se lembrariam da alegria voraz com que eram disputadas as toneladas da vítima.(B) Foi salva graças à religião ecológica que andava na moda e que por um momento estabelecera uma trégua entre todos.(C) Um malvado sugere que se dê por perdida a batalha e comecemos logo a repartir os bifes.(D) Depois de se haver debatido por três dias na areia da praia a jubarte acabara sendo salva por uma traineira que vinha socorrê-la.(E) Já informado do salvamento da baleia, o cronista teve um sonho em que o animal lhe surgiu com a força de um símbolo.

Atenção: As questões de números 8 a 14 referem-se ao texto abaixo.

A razão do mérito e a do voto

Um ministro, ao tempo do governo militar, irritado com acampanha pelas eleições diretas para presidente da República, buscou minimizar a importância do voto com o seguinte argumento: − Será que os passageiros de um avião gostariam de fazer uma eleição para escolher um deles como piloto de seu voo? Ou prefeririam confiar no mérito do profissional mais abalizado?

A perfídia desse argumento está na falsa analogia entreuma função eminentemente técnica e uma função eminentemente política. No fundo, o ministro queria dizer que o governo estava indo muito bem nas mãos dos militares e que estessaberiam melhor que ninguém prosseguir no comando da nação.

Entre a escolha pelo mérito e a escolha pelo voto há necessidades muito distintas. Num concurso pú-blico, por exemplo, a avaliação do mérito pessoal do candidato se impõe sobre qualquer outra. A seleção e a classificação de profissionais devem ser processos marcados pela transparência do método e pela adequação aos objetivos. Já a escolha da liderança de uma associação de classe, de um sindicato deve ocorrer em confor-midade com o desejo da maioria, que escolhe livremente seu representante. Entre a especialidade técnica e a vocação política há diferenças profundas de natureza, que pedem distintas formas de reconhecimento.

Essas questões vêm à tona quando, em certas instituições, o prestígio do “assembleísmo” surge como absoluto. Há quem pretenda decidir tudo no voto, reconhecendo numa assembleia a “soberania” que a qualifi-ca para a tomada de qualquer decisão. Não por acaso, quando alguém se opõe a essa generalização, lembran-do a razão do mérito, ouvem-se diatribes contra a “meritocracia”. Eis aí uma tarefa para nós todos: reconhecer, caso a caso, a legitimidade que tem a decisão pelo voto ou pelo reconhecimento da qualificação indispensável. Assim, não elegeremos deputado alguém sem espírito público, nem votaremos no passageiro que deverá pilo-tar nosso avião.

(Júlio Castanho de Almeida, inédito)

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8. Deve-se presumir, com base no texto, que a razão do mérito e a razão do voto devem ser consideradas, diante da tomada de uma decisão,

(A) complementares, pois em separado nenhuma delas satisfaz o que exige uma situação dada.(B) excludentes, já que numa votação não se leva em conta nenhuma questão de mérito.(C) excludentes, já que a qualificação por mérito pressupõeque toda votação é ilegítima.(D) conciliáveis, desde que as mesmas pessoas que votam sejam as que decidam pelo mérito.(E) independentes, visto que cada uma atende a necessidades de bem distintas naturezas.

9. Atente para as seguintes afirmações:

I. A argumentação do ministro, referida no primeiro parágrafo, é rebatida pelo autor do texto por ser falaciosa e escamotear os reais interesses de quem a formula.II. O autor do texto manifesta-se francamente favorável à razão do mérito, a menos que uma situação de real impasse imponha a resolução pelo voto.III. A conotação pejorativa que o uso de aspas confere ao termo “assembleísmo” expressa o ponto de vista dos que desconsideram a qualificação técnica.

Em relação ao texto, está correto SOMENTE o que se afirma em

(A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II (E) II e III.10. Considerando-se o contexto, são expressões bastantepróximas quanto ao sentido:

(A) fazer uma eleição e confiar no mérito do profissional.(B) especialidade técnica e vocação política.(C) classificação de profissionais e escolha da liderança.(D) avaliação do mérito e reconhecimento da qualificação.(E) transparência do método e desejo da maioria.

11. O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se numa forma do plural para preencher de modo ade-quado a lacuna da seguinte frase:

(A) As acusações que ...... (promover) quem defende o “assembleísmo” baseiam-se na decantada “soberania” das assembleias.(B) Não ...... (convir) aos radicais da meritocracia admitir que pode haver boas resoluções obtidas pelo critério do voto.(C) Por que ...... (haver) de caber a um simples passageiro as responsabilidades do comando de uma aeronave?(D) O que aos bons políticos não ...... (poder) faltar, sobretudo nos momentos de decisão, é o espírito público.(E) Não ...... (caber) às associações de classe, em assembleias, avaliar o mérito técnico, julgar a qualificação pro-fissional de alguém.

12. Está correto o emprego de ambos os elementos sublinhados na frase:

(A) A argumentação na qual se valeu o ministro baseava-se numa analogia em cuja pretendia confundir fun-ção técnica com função política.(B) As funções para cujo desempenho exige-se alta habilitação jamais caberão a quem se promova apenas pela aclamação do voto.(C) Para muitos, seria preferível uma escolha baseada no consenso do voto do que a promoção pelo mérito onde nem todos confiam.(D) A má reputação de que se imputa ao “assembleísmo” é análoga àquela em que se reveste a “meritocracia”.(E) A convicção de cuja não se afasta o autor do texto é a de que a adoção de um ou outro critério se faça se-gundo à natureza do caso.

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13. Está inteiramente adequada a pontuação do seguinte período:

(A) Em qualquer escalão do governo costuma haver mais cedo, ou mais tarde, atritos entre o pessoal técnico-administrativo estabilizado, por concurso, e o pessoal indicado para cargos de confiança que ficam ao sabor, das conveniências políticas.(B) Em qualquer escalão, do governo, costuma haver mais cedo ou mais tarde, atritos entre o pessoal técni-co-administrativo estabilizado por concurso, e o pessoal indicado para cargos de confiança, que ficam ao sabor das conveniências políticas.(C) Em qualquer escalão do governo, costuma haver, mais cedo ou mais tarde, atritos entre o pessoal técnico-administrativo, estabilizado por concurso, e o pessoal indicado para cargos de confiança, que ficam ao sabor das conveniências políticas.(D) Em qualquer escalão do governo costuma haver, mais cedo ou mais tarde, atritos, entre o pessoal técnico-administrativo, estabilizado por concurso e o pessoal, indicado para cargos de confiança, que ficam ao sabor das conveniências políticas.(E) Em qualquer escalão do governo costuma haver mais cedo, ou mais tarde atritos, entre o pessoal técnico-administrativo estabilizado, por concurso, e o pessoal indicado, para cargos de confiança, que ficam ao sabor das conveniências políticas.

14. Atente para a redação do seguinte comunicado:

Viemos por esse intermédio convocar-lhe para a assembleia geral da próxima sexta-feira, aonde se decidirá os rumos do nosso movimento reinvindicatório.

As falhas do texto encontram-se plenamente sanadas em:

(A) Vimos, por este intermédio, convocá-lo para a assembleiageral da próxima sexta-feira, quando se decidirão os rumos do nosso movimento reivindicatório.(B) Viemos por este intermédio convocar-lhe para a assembleia geral da próxima sexta-feira, onde se decidirá os rumos do nosso movimento reinvindicatório.(C) Vimos, por este intermédio, convocar-lhe para a assembleia geral da próxima sexta-feira, em cuja se decidi-rão os rumos do nosso movimento reivindicatório.(D) Vimos por esse intermédio convocá-lo para a assembleiageral da próxima sexta-feira, em que se decidirá os rumos do nosso movimento reivindicatório.(E) Viemos, por este intermédio, convocá-lo para a assembleia geral da próxima sexta-feira, em que se decidi-rão os rumos do nosso movimento reinvindicatório.

TJ/Pi - 2009

Atenção: As questões de números 1 a 7 referem-se ao texto que segue.

Abstrações

“Deus não joga dados com o Universo”, disse Einstein, para nos assegurar que existe um plano por trás de, literalmente, tudo, e que o comportamento da matéria é lógico e previsível. A física quântica depois revelou que a matéria é mais maluca do que Einstein pensava e que o acaso rege o Universo mais do que gostaría-mos de imaginar. Mas fiquemos com a palavra do velho. Deus não é um jogador, o Universo não está aí para Ele jogar contra a sorte e contra Ele mesmo. Já os semideuses que controlam o capital especulativo do planeta Terra jogam com economias inteiras e podem destruir países com um lance de dados, ou uma ordem de seus computadores, em segundos.

Às vezes eles têm uma cara, e até opiniões, mas quase sempre são operadores anônimos, todos com 28 anos, e umpoder sobre as nossas vidas que o Deus de Einstein invejaria. Deus, afinal, é sempre o ponto supremo de uma cosmogonia organizada, não importa qual seja a religião. Todas as igrejas têm metafísicas antigas e hierarqui-zadas. Todos os deuses podem tudo, mas dentro das expectativas e das tradições de seus respectivos credos. Até a onipotência tem limites.

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A metafísica dos operadores das bolsas de valores, dos deuses de 28 anos, é inédita. Não tem passado nem convenções. É a destilação final de uma abstração, a do capital desassociado de qualquer coisa palpável, até do próprio dinheiro. Como o dinheiro já era a representação da representação de um valor aleatório, o capi-tal transformado em impulso eletrônico é uma abstração nos limites do nada – e éela que rege as nossas economias e, portanto, as nossas vidas. E quem pensava ter liberado o mundo de um ideal inútil, o de sociedades regidas por abstrações como igualdade e solidariedade, se vê prisioneiro do invisível, de um sopro queninguém controla, da maior abstração de todas.

(Adaptado de Luis Fernando Veríssimo, O mundo é bárbaro)

1. A frase de Einstein, citada pelo autor na abertura do texto, contrapõe-se à ideia de que

(A) as religiões materializam metafísicas antigas e bem organizadas.(B) os princípios de igualdade e solidariedade estão fora do mundo material.(C) a matéria é regida por princípios lógicos e inteiramente previsíveis.(D) o comportamento da matéria é regido por forças ocultas e aleatórias.(E) a dinâmica da matéria sempre supõe uma relação de causa e efeito.

2. Atente para as seguintes afirmações:

I. O sentido da frase de Einstein é exemplificado no texto pelo comportamento típico dos operadores das bol-sas de valores.

II. Da manipulação de capital nas bolsas, caracterizada pela abstração, advêm profundos efeitos sobre todos nós.

III. Ao contrário da metafísica das religiões, a conduta dos operadores das bolsas não tem por base uma cos-mogonia antiga e organizada.

Em relação ao texto está correto APENAS o que se afirma em

(A) I.(B) II.(C) III.(D) I e II.(E) II e III.

3. Considerando-se o contexto, traduz-se adequadamente osentido de um segmento do texto em:

(A) a matéria é mais maluca do que Einstein pensava (1o parágrafo) = nem Einstein sabia que a matéria tam-bém não joga dados.(B) destilação final de uma abstração (3o parágrafo) = reversão última da imaterialidade.(C) uma cosmogonia organizada (2o parágrafo) = uma ordem arbitrária do cosmos.(D) fiquemos com a palavra do velho (1o parágrafo) = acolhamos a assertiva de Einstein.(E) se vê prisioneiro do invisível (3o parágrafo) = torna-se refém de sua própria abstração.

4. O segmento que, no contexto, NÃO revela a perspectiva irônica característica do autor é:

(A) (...) Já os semideuses que controlam o capital especulativo do planeta Terra (...) (1o parágrafo)(B) Às vezes eles têm uma cara, e até opiniões (...) (2º parágrafo)(C) Todas as igrejas têm metafísicas antigas e hierarquizadas. (2o parágrafo)(D) (...) um poder (...) que o Deus de Einstein invejaria. (2o parágrafo)(E) (...) são operadores anônimos, todos com 28 anos (...) (2o parágrafo)

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5. A afirmação de que o capital transformado em impulso eletrônico é uma abstração nos limites do nada (3o parágrafo) encontra justificativa no fato de que

(A) as operações financeiras especulativas não dispõem de lastro reconhecível.(B) os jovens operadores das bolsas são pragmáticos e desdenham o acaso.(C) os agentes econômicos superestimam os lucros do setor produtivo.(D) os modernos operadores seguem à risca a referida frase de Einstein.(E) as abstrações econômicas baseiam-se nos mesmos princípios das religiões.

6. As normas de concordância verbal encontram-se plenamente observadas na frase:

(A) Jogar dados com o Universo, segundo Einstein, não estariam nos hábitos e procedimentos de Deus.(B) Parece não caber aos jovens operadores das bolsas outra coisa senão fazer apostas em riquezas puramente virtuais.(C) A metafísica dos jovens operadores, diferentemente das antigas religiões, não contam com hierarquias e valores tradicionais.(D) O que movem os jovens semideuses das bolsas de valores são as apostas em arriscadas especulações fi-nanceiras.(E) Aos que apostam tudo no mercado financeiro caberiam refletir sobre os efeitos sociais de suas operações.

7. Está clara e correta a redação do seguinte comentário sobre o texto:

(A) Os adeptos da física quântica, em oposição a Einstein, acreditam de que o acaso é divino, ao imaginar o Universo qual um jogo de dados.(B) O autor do texto opta em considerar Einstein correto no que afirma, para demonstrar a arrogância com que jogam os jovens semideuses das bolsas.(C) Ao contrário das religiões antigas, em que mesmo a onipotência divina apresentava limites, a metafísica das bolsas implica o plano do absoluto.(D) O dinheiro é só uma representação de um valor fictício, haja visto quando comandado por impulsos eletrô-nicos que se tornam abstratos.(E) É muita ironia quando o autor considera que são abstrações a igualdade e a solidariedade, embora ressalve que nem tanto quanto o capital invisível.

GABARiTOs

ANALisTA JUDiciÁRiO – PERNAMBUcO – 20071 - c 2 - E 3 - D 4 - B 5 - A6 - c 7 - D 8 - B 9 - E 10 - A

11 - D 12 - c 13 - B 14 - A 15 - E

ANALisTA JUDiciÁRiO – TRE/sP - 20121 - c 2 - B 3 - E 4 - B 5 - D 6 - A 7 - D8 - E 9 - A 10 - D 11 - c 12 - B 13 - c 14 - A

TJ/Pi - 20091 - D 2 - E 3 - D 4 - c 5 - A 6 - B 7 - c

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Assembleia Legislativa - Rn Técnico Legislativo MMMMatemática e RRRRaciocínio LLLLógico-MMMMatemático

NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO,MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIA-ÇÃO); EXPRESSÕES NUMÉRICAS; MÚL-TIPLOS E DIVISORES DE NÚMEROSNATURAIS; PROBLEMAS. FRAÇÕES E

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES.

As operações fundamentais em ú abrangem asoperações fundamentais em:

a) Conjunto dos números naturais (Conjunto ù)b) Conjunto dos números inteiros (Conjunto )c) Conjunto dos números racionais (Conjunto )d) Conjunto dos números irracionais (Conjunto )

Com ù, calculamos todas as operações fundamentaisem aritmética, mas, é bom lembrar que o conjunto ù éfechado em relação à adição, ou seja, a soma de doisnúmeros naturais é sempre um número natural. Então,quando calculamos a sua operação inversa, a subtração,notamos que ela não possui a propriedade do fechamento,ou seja:

8 – 6 = 2, mas 6 – 8 = ?

Logo, para que essa operação fosse possível, tornou-se necessário criar novos números que formaram oconjunto chamado Conjunto dos Números InteirosRelativos, ou apenas Conjunto dos Números Inteiros,cujo símbolo é .

CONJUNTO DOS NÚMEROS INTEIROSRELATIVOS (CONJUNTO )

É formado pelos elementos:

a) Números inteiros positivos, cujos numerais são:+1, +2, +3, +4, +5, ..., que são lidos:+1 (mais um ou um positivo),+2 (mais dois ou dois positivos), etc.

b) Números inteiros negativos, cujos numerais são: –1,–2, –3, –4, –5, ..., que são lidos:–1 (menos um ou um negativo),–2 (menos dois ou dois negativos), etc.

c) Número zero (0), que não é positivo nem negativo.

A reunião dos conjuntos dos números inteirosnegativos, do zero e dos números inteiros positivos, formao Conjunto dos Números Inteiros, que é representadopela letra (lê-se: zê) e é escrito:

= {..., –5, –4, –3, –2, –1, 0, +1, +2, +3, +4, +5, ...}

Nota: Pode-se dispensar o sinal + que acompanha osnúmeros inteiros positivos, pois os mesmos se identificamcom os números naturais maiores que zero. Então:

+1=1,+2=2,+3=3, ..., +9=9, ..., +30=30, ..., +50=50, ...

Desta forma, o conjunto , pode ser escrito:

= {..., –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}

Então, nota-se que, todo número natural é tambémum número inteiro, portanto:

ù d ! ù é subconjunto de

SUBCONJUNTOS DE

Além do conjunto ù, podem ser identificados osseguintes:

Nota: o símbolo *(asterisco) indica a ausência dozero no conjunto.

a) Conjunto dos números inteiros não nulos ou diferen-tes de zero = *

* = – {0} ou * = {..., –3, –2, –1, +1, +2, +3, ...}

b) Conjunto dos números inteiros não negativos =+ ! (+ = ù)+ = {0, +1, +2, +3, ...} ou + = {0, 1, 2, 3, ...}

c) Conjunto dos números inteiros não positivos =– (– = {0, –1, –2, –3, ...})

d) Conjunto dos número inteiros positivos é igual a*

+ 6 (*+ = {+1, +2, +3, ... })

e) Conjunto dos números inteiros negativos*

– (*– = {–1, –2, –3, ... })

REPRESENTAÇÃO GEOMÉTRICA:A RETA NUMÉRICA INTEIRA

Pode-se dar outra representação ao conjunto . Paraisso desenhamos uma reta r e sobre ela marcamos o pontoO, correspondendo ao número zero, dividindo-a em duassemi-retas.

A partir do ponto O, marcamos à sua direita e àsua esquerda, segmentos consecutivos, com a mesmamedida (1 cm, por exemplo) e façamos corresponder, acada ponto à direita de O, os números inteiros positi-vos e a cada ponto à esquerda de O, os númerosinteiros negativos.

Deste modo, verificamos que cada número inteiropode ser associado a um ponto da reta r. Esta representa-ção é chamada Representação Geométrica de

Os pontos F’, E’, D’, C’, B’, A’, O, A, B, C, D, E, F sãoas imagens geométricas, respectivamente, dos números–6, –5, –4, –3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6 e os números –6,–5, –4, –3, ... etc. são as abcissas dos pontos F’, E’, D’, C’,..., etc. A reta r sobre a qual estão assinalados os pontos éa reta numerada.

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MATEMáTICA E ROCIOCÍNIO LóGICO

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MMMMatemática e RRRRaciocínio LLLLógico-MMMMatemático

COMPARAÇÃO ENTRE NÚMEROS INTEIROS

Pode-se aceitar que qualquer movimento na retanumerada, para a direita, deve ser considerado comomovimento positivo, e, para a esquerda, um movimentonegativo. Então conclui-se que: qualquer número localiza-do à esquerda, na reta numerada, é menor que qualquernúmero localizado à direita, e vice-versa.

Desta forma, observando a reta numerada da figuraanterior, afirmamos que:

a) –6 < –2b) –3 < +2c) 0 < +5

d) 0 > –3e) +2 < +5f) +5 > +3

g) –3 < +1h) +2 > –6

MÓDULO OU VALOR ABSOLUTODE UM NÚMERO INTEIRO

O módulo ou valor absoluto de um número positivoou negativo é o próprio número sem ser levado em conside-ração o sinal de + ou –. Assim, o módulo de +5 é 5 ou omódulo de –7 é 7. Indica-se o módulo colocando o númerointeiro entre duas barras. Exemplos:

a) *–6* = 6 (lê-se: o módulo de –6 é igual a 6)

b) *+3*=3 (lê-se: o módulo de +3 é igual a 3)NÚMEROS INTEIROS OPOSTOS OU SIMÉTRICOS

São dois números inteiros que possuem o mesmomódulo e sinais contrários, como +5 e –5, 9 e –9, etc. Ozero é oposto dele mesmo. Exemplo:

Núm

ero

–4 +2 –15 7 0 –20 +1 –3 12 –11 –16

Opo

sto

ouS

imét

rico

+4 –2 +15 –7 0 +20 –1 +3 –12 +11 16

DETERMINAÇÃO DE UM SUBCONJUNTO DE

Um novo símbolo: * (lê-se: tal que)

Seja determinar os seguintes subconjuntos de

1) O conjunto dos números inteiros maiores que – 4:

pela nomeação dos seus elementos: {–3, –2, –1, 0, +1, +2, ...}

simbolicamente: {x 0 * x > –4}

Então: {x 0 * x > –4} = = {–3, –2, –1, 0, +1, +2, ...}

2) O conjunto dos números inteiros menores ou iguaisa –5:

pela nomeação dos seus elementos: {–5, –6, –7, –8, –9, ...}

simbolicamente: {x 0 * x # –5}

Então: {x 0 * x # –5} == {–5, –6, –7, –8, –9, ...}

3) O conjunto dos números inteiros maiores ou iguais a–3 e menores que +3: (significa escrever os númerosinteiros compreendidos entre –3 e +3, inclusive o –3)

pela nomeação de seus elementos: {–3, –2, –1, 0, +1, +2}

simbolicamente: {x 0 * –3 # x <+3}

Então: {x 0 * –3 # x < +3} == {–3, –2, –1, 0, +1, +2}

OPERAÇÕES FUNDAMENTAIS EM

ADIÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS (ADIÇÃO EM )

Para que haja um melhor entendimento da adição em, devemos comparar os números inteiros com as opera-ções de crédito e débito, ou seja:

Crédito = números positivos eDébito = números negativos.

Assim, de maneira fácil se verifica que:

a) Crédito com Crédito dá Crédito:(+8) + (+5) = +13

b) Débito com Débito dá Débito:(–8) + (–5) = –13

c) Crédito com Débito dá o que for maior:

Para estabelecer as regras, consideramos os seguin-tes casos:

Primeiro Caso: Um dos números dados é zero.Exemplo:

a) (+4) + 0 = +4b) (–4) + 0 = –4

c) 0 + (+4) = +4d) 0 + (–4) = –4

Regra: Quando um dos números é zero, a soma éigual ao outro número.

Segundo Caso: Os números dados têm o mesmo sinal.Exemplos:

Crédito + Crédito = Crédito Maior ! (+7) + (+5) = +12

Débito + Débito = Débito Maior! (–7) + (–5) = –12

Regra: A soma de dois números de mesmo sinal éobtida conservando-se o sinal comum às parcelase somando-se seus módulos. Exemplos:

a) (+4) + (+7) = +11b) (+9) + (+7) = +16

c) (–5) + (–9) = –14d) (–1) + (–6) = –7

Terceiro Caso: Os números dados têm sinais diferentes.Exemplos:

Crédito + Débito Menor = Crédito Menor(+12) + (–4) = +8

Crédito + Débito Maior = Débito Menor(+4) + (–12) = –8

Regra: A soma de dois números de sinais diferen-tes é obtida dando-se o sinal da parcela que temmaior módulo e subtraindo-se seus módulos. Exemplos:

a) (+16) + (–5) = +11b) (–12) + (+7) = –5c) (–4) + (+11) = +7

d) (+3) + (–15) = –12e) (+7) + (–6) = +1f) (–7) + (+6) = –1

Quarto Caso: Os números dados são simétricos.Exemplos:

Crédito + Débito igual = nada(+5) + (–5) = 0

Débito + Crédito igual = nada(–5) + (+5) = 0

Regra: A soma de dois números opostos ou simé-tricos é igual a zero.

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MMMMatemática e RRRRaciocínio LLLLógico-MMMMatemático

PROPRIEDADES DA ADIÇÃO

1ª) Fechamento: A soma de dois números inteiros ésempre um número inteiro.

Se a 0 e b 0 | (a + b) 0

Exemplo: (–7)+(+3)=–4 !! Se (–7) 0 e (+3) 0 !!(–4) 0 .

2ª) Comutativa: A ordem das parcelas não altera asoma.

Se a 0 e b 0 , então a + b = b + a.

Exemplo:

3ª) Associativa: Não importa de que forma as parcelassejam agrupadas ou associadas, a soma é sempre amesma.

Se a 0 , b 0 e c 0 !! (a+b) + c = a + (b+c).

Exemplo:

4ª) Elemento neutro: O zero é o elemento neutro daadição.

Se a 0 | a + 0 =0 + a = a

Exemplo: (–8) + 0 = 0 + (–8) = –8

5º) Elemento oposto ou simétrico: todo número inteiroadmite um oposto ou simétrico e a soma de qualquernúmero inteiro com o seu oposto ou simétrico ésempre igual a zero.

Se a 0 , então existe o elemento oposto (–a) tal que(+a) + (–a) = 0.

ADIÇÃO DE TRÊS OU MAIS NÚMEROS INTEIROS

É feita calculando-se, separadamente, a soma detodas as parcelas positivas e a soma de todas as parcelasnegativas e em seguida soma-se os resultados obtidos.Exemplo:

NOTAÇÃO SIMPLIFICADA

Para simplificar a representação da soma de núme-ros inteiros, basta eliminar os sinais + da operação e osparênteses das parcelas, escrevendo-se apenas as parce-las, uma em seguida da outra, cada qual com o seu própriosinal. Exemplos:

ExpressãoNotação Simplificada

(Soma Algébrica)a) (+5) + (–8)b) (–3) + (+7) + (–6)

| +5 – 8| – 3 +7 – 6

A notação simplificada chama-se soma algébrica.

A soma algébrica é calculada da mesma forma quea soma de três ou mais números inteiros. Exemplo:

SUBTRAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS(SUBTRAÇÃO EM )

A subtração de dois números inteiros é a operaçãoque nos permite adicionar o minuendo ao oposto dosubtraendo, ou seja, toda subtração é substituída por umaadição.

Regra: A diferença de dois números inteiros é a somado primeiro com o simétrico do segundo.Exemplos:

a) (+7) – (+9) =

(transformando na soma do 1º + oposto do 2º)

= (+7) + (–9) =

(passando para notação simplificada)

= +7 – 9 =

(calculando a soma algébrica)

= –2.

b) (–5) – (–8) =

(transformando na soma do 1º + oposto do 2º)

= (–5) + (+8) =

(passando para notação simplificada)

= –5 +8 =

(calculando a soma algébrica)

= +3.

Por esses exemplos, nota-se que as operações emque aparece o sinal negativo antes do parênteses, podemser realizadas facilmente por um raciocínio direto.

Observe nos exemplos a e b esses fatos:

a) – (+9) = –9 6 – (+) = –b) – (–8) = +8 6 – (–) = +

Então, as subtrações podem ser passadas direta-mente para a notação simplificada (sem parênteses),aplicando o raciocínio direto:

– (+) = – e – (–) = +. Exemplos:

a) (+4) – (+9) = +4 – 9 = –5b) (–3) – (+4) = – 3 – 4 = – 7c) (+2) – (–8) =+2 +8 = +10d) (–5) – (–7) =– 5 + 7 = +2

PROPRIEDADES DA SUBTRAÇÃO EM

1ª) Fechamento: a diferença de dois números inteiros ésempre um número inteiro.

Se a 0 e b 0 | (a – b) 0 .Exemplo: (–4) – (–7) = –4 +7 = +3 6

Se (–4) 0 e (–7) 0 | + 3 0

2ª) A subtração em não possui as propriedadescomutativa e associativa e não tem elemento neutro.

SOMA ALGÉBRICA

A adição algébrica é uma expressão numérica ondeaparecem somente as operações de adição e subtração,cujo resultado é chamado soma algébrica. Para resolvê-las, basta eliminar os parênteses, passando-os para anotação simplificada, usando o seguinte raciocínio direto:

+(+) = + ou +(–) = –

ou –(–) = + ou –(+) = –

- 3 -- 3 -- 3 -- 3 -

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Exemplo: Veja (–3) + (–5) – (–6) – (+9) + (+4) =

(o sinal que precede o 1º parêntese, quando nãoestiver escrito, é sempre +)

REGRAS PRÁTICAS PARA A ELIMINAÇÃODE PARÊNTESES

1ª) Parênteses precedidos do sinal +: podem sereliminados juntamente com esse sinal,conservando-se apenas os sinais dos númeroscontidos em seu interior. Exemplos:

a)

b)

2ª) Parênteses precedidos do sinal –: podem sereliminados juntamente com esse sinal, trocando-seos sinais dos números contidos em seu interior.Exemplos:

a)

b)

EXPRESSÕES NUMÉRICAS ENVOLVENDOADIÇÃO E SUBTRAÇÃO EM

São sentenças matemáticas envolvendo operaçõesapenas com números. Resolvê-las é fazer corretamentetodas as operações nelas contidas até se chegar numresultado final, bastando para isso eliminar em primeirolugar os parênteses, depois os colchetes e por último aschaves, seguindo-se as mesmas regras práticas paraeliminação de parênteses, calculando-se, finalmente, asoma algébrica obtida. Exemplo:

(eliminam-se os parênteses)

(eliminam-se os colchetes)

(eliminam-se as chaves)

= – 5 + 1 – 3 + 2+ 3 + 5 – 7 – 1 =

(agrupam-se os negativos e os positivos)

(calcula-se a soma algébrica de cada grupo)

= –16 +11 = –5

(calcula-se a soma algébrica final)

MULTIPLICAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS(MULTIPLICAÇÃO EM )

Ao calcular o produto de dois números inteiros,podemos observar que:

1º) Se os fatores têm sinais iguais (ambos positivos ouambos negativos), então multiplicamos os módulos edamos ao resultado o sinal positivo. Exemplos:

a) (+4) @ (+7) = + 28b) (–5) @ (–7) = +35

2º) Se os fatores têm sinais contrários (um positivo eoutro negativo), então multiplicamos os módulos edamos ao resultado o sinal negativo. Exemplos:

a) (+3) @ (–7) = –21b) (–4) @ (+5) = –20

Em vista dos exemplos dados, podemos estabelecero seguinte resumo dos sinais do produto, que chamamosRegra Prática dos Sinais do Produto:

SINAIS DOS FATORES SINAL DO PRODUTO

(+) @ (+) %

(–) @ (–) %

(+) @ (–) –

(–) @ (+) –

Nota: A multiplicação por zero é sempre nula. Exemplos:

a) (+5) @ 0 = 0 c) 0 @ (+3) = 0b) (–7) @ 0 = 0 d) 0 @ (–9) = 0

MULTIPLICAÇÃO DE TRÊS OU MAISNÚMEROS INTEIROS

Na prática, calculamos o produto dos valores absolu-tos de todos os fatores, contamos o número de fatoresnegativos, e colocamos no produto o sinal, observando oseguinte critério:

a) Se o total de fatores negativos for PAR, o produto éPOSITIVO.

b) Se o total de fatores negativos for ÍMPAR, o produtoé NEGATIVO.

Exemplos:

a) (–3) @ (+2) @ (–1) @ (+3) @ (–5) @ (–2) = +180(4 fatores negativos)

b) (+4) @ (–1) @ (+2) @ (–3) @ (–2) @ (+1) = –48(3 fatores negativos)

PROPRIEDADES ESTRUTURAISDA MULTIPLICAÇÃO EM

1ª) Fechamento: o produto de dois números inteiros ésempre um número inteiro.

Se a 0 e b 0 | (a @ b) 0 Exemplo: (–3) @ (+5) = –15 !

Se (–3) 0 e (+5) 0 || –15 0 .

2ª) Comutativa: a ordem dos fatores não altera o produ-to.

Se a 0 e b 0 | a @ b = @ a.

Exemplo:

- 4 -- 4 -- 4 -- 4 -

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3ª) Associativa: não importa de que forma sejamagrupados ou associados os fatores, o produto ésempre o mesmo.

Se a 0 , b 0 e c 0 | | (a @ b) @ c = a @ (b @ c).

4ª) Elemento Neutro: o número +1 é o elemento neutroda multiplicação.

Se a 0 | a @ (+1) = aExemplo: (–6) @ (+1)=(+1) @ (–6)=–6.

5ª) Distributiva em Relação à Adição e à Subtração:o produto de um número inteiro por uma somaalgébrica pode ser obtido multiplicando-se essenúmero pelos termos da soma e, em seguida,somando-se os produtos parciais.

Se a 0 , b 0 e c 0 |! a @ (b+c) = ab + ac ou a @ (b–c) = ab – ac

Exemplos: a) (–3) @ (2+5) =–6–15=–21b) (–2) @ (4–7) =–8+14=+6c) (+4) @ (–4+5) =–16+20=+4

EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM ADIÇÃO,SUBTRAÇÃO E MULTIPLICAÇÃO EM

Lembre-se que, além de resolver-se em primeirolugar o que está entre parênteses, depois o que está entrecolchetes e por último o que está entre chaves, a operaçãomultiplicação deverá ser efetuada antes das operaçõesadição ou subtração. Exemplos:

a)

(primeiro as multiplicações)

(eliminam-se os parênteses)

= – 3 + 12 – 7 + 10 + 1 =(agrupam-se os negativos e os positivos)

(calcula-se a soma algébrica)

= – 10 + 23 = + 13

b)

(primeiro o que está entre parênteses)

(só as multiplicações)

= (–4) – (–12) = (eliminam-se os parênteses)

= – 4 + 12 = +8 (calcula-se a soma algébrica)

c)

(aplica-se a propriedade distributiva)

= 2x – 8 – 10x – 20 + 3 =(agrupam-se os termos da mesma espécie)

(calcula-se a soma algébrica)

d) 4x – 3xy + 2y = quando x = –2 e y = +1.

(basta substituir cada letra pelo valor atribuído eem seguida calcular a expressão numérica)

Nota: O exercício “d” chama-se cálculo do valor numéricode uma expressão literal.

DIVISÃO DE NÚMEROS INTEIROS (DIVISÃO EM )

O quociente de dois números inteiros, com o segundodiferente de zero, é obtido dividindo-se o módulo do dividen-do pelo módulo do divisor, observando-se que:

1º) Se o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, oquociente é sempre positivo. Exemplos:

a) (+20) : (+5) = +4 b) (–15) : (–3) = +5

2º) Se o dividendo e o divisor têm sinais contrários, oquociente é sempre negativo. Exemplos:

a) (+30) : (–5) = –6 b) (–25) : (+5) = –5

Em vista dos exemplos dados, podemos estabelecero seguinte resumo dos sinais que chamaremos de RegraPrática dos Sinais do Quociente.

SINAIS DOS NÚMEROS SINAL DO QUOCIENTE

(+) : (+) %

(–) : (–) %

(+) : (–) –

(–) : (+) –

Nota: A divisão exata de dois números inteiros só é possí-vel quando o primeiro número é múltiplo do segundo e osegundo é diferente de zero.

PROPRIEDADES DA DIVISÃO EM

É conveniente observar que a divisão nem semprepode ser realizada no conjunto . Por exemplo, (+7) : (–5)ou (–1) : (–4) não podem ser realizadas em . Então, nãovalem, em , as propriedades do Fechamento, Comutati-va, Associativa e Elemento Neutro.

A propriedade Distributiva vale só à direita equando possível. Exemplo:

(18 + 12) : (–6) = 18 : (–6) + 12 : (–6)(+30) : (–6) = – 3 – 2

–5 = –5

Veja que a distributiva à esquerda, em relação àadição e subtração, não é válida. Exemplo:

18 : (3+6) … 18 : 3 + 18 : 618 : 9 … 6 + 3

2 … 9

EXPRESSÕES COM AS QUATRO OPERAÇÕES EM

Valem as mesmas regrinhas estudadas anteriormen-te, agora lembrando que as operações multiplicação oudivisão deverão ser efetuadas antes das operações adiçãoou subtração. Exemplo:

- 5 -- 5 -- 5 -- 5 -

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POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS(POTENCIAÇÃO EM )

A potenciação é uma multiplicação de fatores iguais.Então:

(+2) @ (+2) @ (+2) = (+2)3 ou (+2)3 = (+2) @ (+2) @ (+2) = +8.

Na potência (+2)3 = +8, temos: (+2) é a base; 3 é oexpoente e +8 é a potência.

Para os números inteiros, temos que estabelecerregras de sinais, observando-se dois casos:

Primeiro caso: O expoente é um número par.

Exemplos:

a) (+2)2 = (+2) @ (+2) = +4(a potência é um número positivo)

b) (–2)4 = (–2) @ (–2) @ (–2) @ (–2) = +16(a potência é um número positivo)

Daí, conclui-se a regra: “Quando o expoente é umnúmero par, a potência é sempre um número positivo”. Exemplos:

a) (+4)2 = +16b) (–5)4 = +625

c) (–10)4= +10.000

Segundo caso: O expoente é um número ímpar.Exemplos:

a) (+2)3 = (+2) @ (+2) @ (+2) = +8(a potência tem o mesmo sinal da base)

b) (–4)3 = (–4) @ (–4) @ (–4) = –64(a potência tem o mesmo sinal da base)

Daí, conclui-se a regra: “Quando o expoente é umnúmero ímpar, a potência tem sempre o mesmo sinal dabase”. Exemplos:

a) (+2)5 = +32 b) (–3)3 = –27 c) (–2)5 = –32

CASOS PARTICULARES:

1º) A potência com expoente 1 é igual à própria base.Exemplos:

a) (+3)1 = + 3 b) (–5)1 = –5 c) (–9)1 = –9

2º) A potência com expoente zero e base diferente dezero, vale 1. Exemplos:

a) (+3)0 = +1 b) (–5)0 = +1 c) (–9)0 = +1

Observação Importante:

Note a diferença que há entre (–3)2 e –32.

a) (–3)2 = (–3) @ (–3) = +9

b) –32 = –(3 @ 3) = –9

Veja a explicação:

a) (–3)2 | significa que está sendo elevado ao quadra-do tudo o que está entre os parênteses, ou seja, o–3, donde:

(–3)2 = (–3) @ (–3) = +9.

b) –32 | significa que só está sendo elevado ao quadra-do o 3, sem o sinal –, donde:

–32 = –(3 @ 3) = –9.

OPERAÇÕES COM POTÊNCIAS EM (PROPRIEDADES)

1ª) Produto de potências de mesma base: repete-sea base e somam-se os expoentes. Exemplos:

a) (+5)2 @ (+5)4 = (+5)2+4 = (+5)6

b) (–2)4 @ (–2) @ (–2)3 = (–2)4+1+3 = (–2)8

2ª) Quociente de potências de mesma base: repete-sea base e subtraem-se os expoentes. Exemplos:

a) (–3)6 : (–3)4 = (–3)6–4 = (–3)2

b) (+4)3 : (+4) = (+4)3–1 = (+4)2

3ª) Potência de Potência: repete-se a base emultiplicam-se os expoentes. Exemplos:

a) [(+7)2]3 = (+7)2.3 = (+7)6

b) [(–8)4]2 = (–8)4.2 = (–8)8

4ª) Potência de um produto ou quociente: repetem-seas bases com as operações indicadas e eleva-secada termo à potência constante. Exemplos:

a) [(–3) @ (–5)]4 = (–3)4 @ (–5)4

b) [(–4) : (+2)]3 = (–4)3 : (+2)3

RADICIAÇÃO DE NÚMEROS INTEIROS

Radiciação é a operação inversa da potenciação.Então, temos que:

a)

b)

EXPRESSÕES NUMÉRICAS COM AS QUATROOPERAÇÕES, POTENCIAÇÃO E RADICIAÇÃO EM

As expressões com números inteiros relativos,envolvendo as operações estudadas devem obedecer àseguinte ordem de solução:

1º) Potenciações ou radiciações;2º) Multiplicações ou divisões;3º) Adições ou subtrações.

Lembrando ainda que se deve fazer na ordem, asoperações contidas entre parênteses, entre colchetes eentre chaves. Exemplo:

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EXERCÍCIOS A RESOLVER

1) Nomeando os elementos entre chaves, determinar osconjuntos (pense na reta numerada).

a) A ={X 0 * X > –5}b) B = {X 0 * X < –4}c) E = {X 0 * * –2 # X < +5}d) F = {X 0 * X # +3}

2) Escrever em ordem crescente os elementos dosconjuntos:

a) A = {+5, –4, –3, –8, +3}b) B = {X 0 * * X $ –1}c) D = {X 0 * * –2 < X < +4}d) E = {X 0 * –2 # X < +4}

3) Elimine os parênteses, colchetes e chaves e efetueas operações resultantes.

a) (2–7+1) – (2+5–9) =b) –(–2+9) + (5–8) – 4 =c) –[(10–12)–(–8+9)]–[(4–10)+15] =d) {3 – [(5–8) + 1]} – 2 =

4) Determine o valor das expressões:a) [(–1–4) @ (+3) – 4 @ (–5)] – [(–2–8) : (–1–1) + 2 @ (–6)] =b) x @ y2 + 3x + 2y = quando x = +1 e y = –2c) (–2+3) @ (–3–1)2 – [(–5–2)2

: (–1–6) + (–1)2 @ (–4+5)3] =

d) 10–[5–(4–3)+( – )+(6–7)–(8–9)3+(–2)2] =

TESTES

1) Assinale a afirmação verdadeira:

a) 2 0 sb) –4 0 +

c) 0 0 d) 0 0

2) Qual é a afirmação verdadeira?

a) + d –b) N =+

c) + d *+

d) *+ = N

3) A afirmação verdadeira é:

a) –10 > +2b) –10 > –6

c) –10 > –20d) –10 > 0

4) Somando dois números negativos, temos comoresultado:

a) um número negativob) um número positivoc) não podemos somá-losd) nenhuma dessas afirmações

5) Qual é a igualdade verdadeira?

a) –22 = (–2)2

b) (–4)1 = 41c) (–3)2 = 32

d) (–8)0 = –1

6) A potência (–2)4 é igual a:

a) +16 b) –16 c) +8 d) –8

RESPOSTAS:

1) a) A = {–4, –3, –2, –1, ...}b) B = {–5, –6, –7, –8, ...}c) E = {–2, –1, +1, +2, +3, +4}d) F = {+3, +2, +1, 0, –1, ...}

2) a) A = {–8, –4, –3, +3, +5}b) B = {–1, +1, +2, +3, ...}c) D = (–1, +1, +2, +3}d) E = {–2, –1, 0, +1, +2, +3}

3) a) –2 b) –14 c) –6 d) +34) a) +12 b) +3 c) +22 d) +3

TESTES: 1) c 2) b 3) c 4) a 5) c 6) a

MÚLTIPLOS E DIVISORES

MÚLTIPLOS

Um número natural é múltiplo de um outro, quando adivisão por esse outro é exata. Exemplo:

21 : 7 = 321 é múltiplo de 721 é divisível por 7 7 é divisor de 21

CONJUNTO DOS MÚLTIPLOS DE UM NÚMERO

M(3) = {0; 3; 6; ...}M(5) = {0; 5; 10; ...}

DIVISOR

Um número natural é divisor do outro, quando eledivide esse outro exatamente, isto é, sem deixar resto.

CONJUNTO DOS DIVISORES DE UM NÚMERO

D(8) = {1; 2; 4; 8}D(10) = {1; 2; 5; 10}

CRITÉRIOS DE DIVISIBILIDADE

Um número é divisível:

Por 2: quando for par. Exemplos:

52 é divisível por 2 porque é par.31 não é divisível por 2 porque é ímpar.

Por 3: quando a soma dos valores absolutos de seusalgarismos for divisível por 3. Exemplos:

123 é divisível por 3 porque 1+2+3=6, que é divisível por 3.511 não é divisível por 3 porque 5+1+1=7, que não édivisível por 3.

Por 4: quando dois últimos algarismos for divisívelpor 4 ou quando terminar em 00. Exemplos:

216 é divisível por 4 porque 16 é divisível por 4.600 é divisível por 4 porque termina em 00.

Por 5: quando termina em 0 ou 5. Exemplos:

135 é divisível por 5 porque termina em 5.120 é divisível por 5 porque termina em 0.

Por 6: quando for divisível por 2 e por 3 ao mesmotempo. Exemplos:

168 é divisível por 6 porque é divisível por 2 e 3.213 não é divisível por 6.

Por 8: quando os três últimos algarismos forem 000ou formarem um número divisível por 8. Exemplos:

2000 é divisível por 8 porque termina em 000.1248 é divisível por 8 porque 248 é divisível por 8.

Por 9: quando a soma dos valores absolutos de seusalgarismos for divisível por 9. Exemplos:

234 é divisível por 9 porque 2+3+4=9, que é divisível por 9.123 não é divisível por 9 porque 1+2+3=6, que não édivisível por 9.

Por 10: quando terminar em 0. Exemplos:

110 é divisível por 10 porque termina em 0.214 não é divisível por 10 porque não termina em 0.

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Por 11: quando a diferença entre as somas dosvalores absolutos dos algarismos de ordem ímpar e deordem par for um número divisível por 11. Exemplos:

O número 3619 é divisível por 11 porque a diferençaentre as somas é múltiplo de 11.

O número 612 não é divisível por 11.

NÚMEROS PRIMOS

Um número natural é primo se for divisível pelaunidade e por ele mesmo. O conjunto dos números primosé infinito, e será indicado por: P = {2; 3; 5; 7; ...}

NÚMERO COMPOSTO

Um número natural c é composto se e somente se,admite pelo menos um divisor próprio, que não seja 1 enem c. O conjunto dos números compostos será indicadopor: C = {4; 6; 8; 9; 10; ...}.

Dado o número 149 verificar se é primo ou composto.

Dividimos o número em estudo pela seqüência dosnúmeros primos até que:

a) Ocorra uma divisão exata, neste caso, o núme-ro é composto;

b) O quociente obtido seja menor que o divisor,nesse caso, o número é primo.

(74 > 2) (49 > 3)

(29 > 5) (21 > 7)

(13 > 11) (11 < 13)

Portanto, concluímos que 149 é primo.

DECOMPOSIÇÃO EM FATORES PRIMOS

Decompor o número 60 em fatores primos.

QUANTIDADE DE DIVISORES DE UM NÚMERO

O número de divisores positivos de um número éobtido somando-se uma unidade aos expoentes de seusfatores primos e multipli-cando-se os resultados obtidos.Exemplo:

O número de divisores positivos será:

MÁXIMO DIVISOR COMUM (M.D.C.)

Primeiro processo: por decomposição em fatoresprimos.

O m.d.c. de dois ou mais números é igual ao produtodos fatores comuns, elevado ao menor dos seus expoentes.Exemplo:

Calcular o m.d.c. (20; 24)

Os fatores primos comuns elevados aos menoresexpoentes são:

Portanto o m.d.c. (20; 24) = 4

Segundo processo: por divisões sucessivas.

Esta regra nos recomenda dividir o maior númeropelo menor; em seguida, o menor pelo primeiro resto,depois, o primeiro resto pelo segundo resto, e assim pordiante, até chegarmos a uma divisão exata, o último divisorserá então o m.d.c. procurado. Exemplo:

Calcular o m.d.c. (15; 40)

2 1 2

40 15 10 5

10 5 0

Portanto, o m.d.c. (15; 40) = 5

MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM (M.M.C.)

Primeiro processo:por decomposição em fatores primos.

O m.m.c. de dois ou mais números obtém-se multipli-cando todos os fatores primos comuns e não comuns,elevados cada um deles aos maiores expoentes. Exemplo:

Calcular o m.m.c. (20; 32)

Decompondo cada número dado em fatores primos.

Logo, m.m.c.

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Segundo processo:por decomposição simultânea. Exemplo:

Calcular o m.m.c. (10; 16; 22)

Logo, m.m.c. (10; 16; 22) = 880

PROPRIEDADES DO M.D.C. E DO M.M.C.

1) Dois números são primos entre si, se e somente se,o m.d.c. entre eles for 1.

2) Se a é múltiplo de b (b é divisor de a), então: m.d.c.(a; b)=b e o m.m.c. (a; b)=a

3) Se a e b são primos entre si; então:m.m.c. (a; b) = a @ b e o m.d.c. (a; b) = 1

4) m.d.c. (a; b) @ m.m.c. (a; b) = a @ b

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Decomponha o número 120 em fatores primos.

Solução:

2) Calcule o m.d.c. e o m.m.c. de 12 e 40.

Solução:

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) A decomposição completa do número 360 é:

a)b)c)

d)e) n.r.a.

2) O número de divisores de é:

a) 20 b) 15 c) 30 d) 25 e) n.r.a.

3) Sendo o m.d.c. (a; b)=1, os números a e b são:

a) primos absolutosb) a é múltiplo de bc) b é divisor de a

d) primos entre sie) n.r.a.

4) O m.d.c. e o m.m.c. dos números 36 e 45 respectiva-mente são:

a)b)c)d)e) n.r.a.

RESPOSTAS: 1) a 2) c 3) d 4) a

FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

NOÇÃO DE FRAÇÃO

É obtida quando se divide uma unidade qualquer empartes iguais, como por exemplo, uma pizza dividida emquatro partes iguais.

|

|

um quarto dois quartos três quartos

REPRESENTAÇÃO DAS FRAÇÕES

Os números um quarto, dois quartos, três quartos,são chamados números fracionários ou racionais ou

simplesmente frações e são escritos assim: ou 1/4 (um

quarto), ou 2/4 (dois quartos), ou 3/4 (três quartos).

Então, para se representar uma fração são necessá-rios dois números naturais, com o segundo diferente dezero, que são chamados termos, sendo que o primeiro é onumerador e o segundo é o denominador. Logo, na fração3/4, o 3 é o numerador e o 4 é o denominador, e significam:

O DENOMINADOR INDICA EM QUANTAS PARTES AUNIDADE FOI DIVIDIDA.

O NUMERADOR INDICA O NÚMERO DESSAS PAR-TES QUE FOI TOMADO.

TIPOS DE FRAÇÕES

Podem ser próprias, impróprias e aparentes.

Fração própria: é quando o numerador é menor queo denominador e são todas menores que a unidade.

Exemplos: etc.

Fração imprópria: é quando o numerador é maiorque o denominador e são todas maiores que a unidade.

Exemplos: etc.

Fração aparente: é quando o numerador é igual oumúltiplo do denominador e todas representam númerosnaturais que se obtêm dividindo o numerador pelo denomi-nador.

Exemplos: etc.

NUMERO MISTO

A soma de um número inteiro com uma fração própriachama-se número misto ou fração mista.

Exemplo: .

- 9 -- 9 -- 9 -- 9 -

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Matem

ática

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MMMMatemática e RRRRaciocínio LLLLógico-MMMMatemático

Normalmente, um número misto é representado semo sinal “+” colocado entre o inteiro e a fração.

Então, indica-se e lê-se: três inteiros e

um quarto.

TRANSFORMAÇÃO DE NÚMEROS MISTOSEM FRAÇÕES IMPRÓPRIAS:

Multiplica-se o inteiro pelo denominador, e ao produtosoma-se o numerador, obtendo, assim, o numerador dafração procurada. O denominador é conservado o mesmo.

Exemplo:

TRANSFORMAÇÃO DE FRAÇÕES IMPRÓPRIASEM NÚMEROS MISTOS (EXTRAÇÃO DE INTEIROS):

Divide-se o numerador pelo denominador. O quo-ciente é a parte inteira, o resto é o numerador da partefracionária e o divisor é o denominador da fração própria.Exemplo:

Extrair os inteiros de .

Solução: dividindo-se o numerador pelo denomina-dor, vem:

Então, onde:

FRAÇÕES EQUIVALENTES

São duas ou mais frações que representam a mesmaparte do inteiro.

Exemplo: Observe as figuras

ÿ

ÿ

ÿ

As frações , e representam a mesma parte

do inteiro e são chamadas de frações equivalentes.

PROPRIEDADE FUNDAMENTAL DAS FRAÇÕES

Quando multiplicamos ou dividimos o numeradore o denominador de uma fração por um mesmo númeronatural diferente de zero, obtemos uma fração equivalen-te à fração dada. Exemplo:

Seja a fração 3/4. Se multiplicarmos os seus termos(numerador e denominador) por 2, teremos a fração 6/8 e,observando a figura seguinte, vê-se que essas frações sãoequivalentes.

Veja ainda que:

CLASSES DE EQUIVALÊNCIA

É o conjunto de frações equivalentes à fraçãodada. Para construí-las basta multiplicar ou dividir osseus dois termos pelos números naturais 1, 2, 3, 4, 5, ...Exemplo:

Seja construir a classe de equivalência de 2/3.

Teremos:

Ao conjunto dessas frações equivalentes dá-se onome de classes de equivalência da fração 2/3 e éindicada assim:

SIMPLIFICAÇÃO DE FRAÇÕES

Significa reduzi-las a frações equivalentes cujostermos sejam números primos entre si. São dois osprocessos práticos para isso:

1º) Simplificação pelas divisões sucessivas: consisteem dividir sucessivamente os dois termos da fraçãopor um mesmo divisor comum diferente de 1.Exemplo:

Logo:

Nota: Os termos da fração 3/4 são primos entre si.Então, dizemos que a fração é irredutível.

2º) Simplificação pelo m.d.c.: consiste em calcular om.d.c. entre os dois termos da fração e em seguidadividi-los pelo M.D.C. encontrado. Exemplo:

m.d.c. (36, 48) = 12

Logo:

REDUÇÃO DE FRAÇÕES AO MESMO DENOMINADOR

Consiste em transformar duas ou mais frações emoutras frações equivalentes que tenham denominadoresiguais. Para isso, opera-se assim:

Seja reduzir e ao mesmo denominador.

Faz-se:

1º) Calcula-se o m.m.c. dos denominadores:m.m.c. (4, 6, 2) = 12

2º) Divide-se o m.m.c. pelos denominadores das fraçõesdadas: 12 : 4=3, 12 : 6=2 e 12 : 2 = 6.

3º) Multiplicam-se esses quocientes pelos respectivosnumeradores:

- 10 -- 10 -- 10 -- 10 -

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Mat

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,

Logo:

(denominadores diferentes) (denominadores iguais)

Nota: Se houver números mistos ou inteiros,transformam-se esses números em frações impró-prias ou aparentes e faz-se como no exemplo ante-rior. Exemplo:

transformando, vem:

m.m.c. (2, 5, 10) = 10

ou

COMPARAÇÃO DE FRAÇÕES

Devem ser considerados os casos:

1º) Frações com denominadores iguais: a maior é aque tem o maior numerador. Exemplo:

!

!

Logo:

2º) Frações com numeradores iguais: a maior é a quetem o menor denominador. Exemplo:

!

!

!

Logo:

3º) Frações com numeradores e denominadoresdiferentes: se as frações têm numera-dores edenominadores diferentes é necessário reduzi-las aomesmo denominador para então enquadrá-las noprimeiro caso.

EXERCÍCIOS A RESOLVER

1) Simplificar as frações pelo processo das divisõessucessivas:

a) b) c) d) e)

2) Simplificar as frações pelo processo do m.d.c.:

a) b) c) d) e)

3) Qual é o valor de x, em cada caso, para que asfrações sejam equivalentes:

a) c)

b) d)

TESTES

4) Qual é a fração aparente que representa o número3?

a) b) c) d)

5) A fração equivalente a 2/3, cujo numerador é 6, é:

a) b) c) d)

6) O número misto é igual a qual fração imprópria?

a) b) c) d)

RESPOSTAS:

1) a) ; b) ; c) ; d) ; e) .

2) a) ; b) ; c) ; d) ; e) .

3) a) x = 18; b) x = 20; c) x = 20; d) x = 4.

TESTES: 4) d; 5) a; 6) b

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES ORDINÁRIAS

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO

Devem ser considerados dois casos:

1º) Frações com o mesmo denominador:

Somam-se ou subtraem-se os numeradores, naordem que se apresentam, conservando-se omesmo denominador. Simplifica-se o resultadoencontrado, se for possível. Exemplos:

a)

b)

c)

2º) Frações com denominadores diferentes:

Reduzem-se as frações ao mesmo denominador eem seguida aplica-se a regra anterior. Exemplos:

a)

m.m.c (3, 4, 6) = 12

reduzindo ao mesmo denominador

somando, simplificando e extraindo os inteiros.

b)

Nota: Havendo números mistos ou inteiros, deve-sereduzi-los a frações impróprias ou aparentes. Exem-plo:

- 11 -- 11 -- 11 -- 11 -

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EXERCÍCIOS A RESOLVER

Calcular, simplificando e extraindo os inteiros:

1) 3)

2) 4)

RESPOSTAS:

1) 2) 3) 4)

MULTIPLICAÇÃO DE FRAÇÕES

O produto de frações é obtido pela multiplicaçãodos numerados entre si e dos denominadores entre si.Exemplos:

a)

b)

Cancelamento: sempre que possível, os produtosdevem ser simplificados antes de efetuarmos a multiplica-ção. Essa simplificação, que só pode ser feita na multiplica-ção, chama-se cancelamento. Exemplos:

a)

Cancela-se o fator 3 do numerador e do denomina-dor.

b)

Cancelam-se os fatores 3 e os fatores 7.

c)

Dividem-se os fatores 10 e 15 por 5.

d)

Dividem-se os fatores 3 e 9 por 3 e os fatores 8 e 4por 4.

FRAÇÃO DE FRAÇÃO

Seja calcular os .

Essa expressão pode ser substituída por , ou

seja, substituímos a preposição de pelo sinal de multipli-cação. Então temos:

.

Portanto, para se calcular uma fração de fração,multiplicam-se as duas frações.

NÚMEROS RACIONAIS INVERSOS(FRAÇÕES INVERSAS)

Uma fração é inversa de outra fração diferente dezero quando se troca de lugar o numerador com odenominador. Exemplos:

a) O inverso de é

b) O inverso de é 4

c) O inverso de 6 é

Note-se que:

a)

b)

Quando multiplicamos uma fração pelo seu inverso,o produto é sempre 1.

DIVISÃO DE FRAÇÕES

Divide-se uma fração por outra, ou uma fração porum número inteiro, ou ainda, um número inteiro por umafração, multiplicando-se a primeira pelo inverso dasegunda. Exemplos:

a)

b)

c)

d)

EXERCÍCIOS A RESOLVER

Calcular os produtos:

1) 3)

2) 4)

Calcular:

5) Os de 6) Os de

Calcular os quocientes:

7) 8)

RESPOSTAS:

1) 3) 5) 7)

2) 4) 6) 1 8)

- 12 -- 12 -- 12 -- 12 -

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POTENCIAÇÃO DE FRAÇÕES

É obtida elevando-se tanto o numerador como odenominador ao expoente indicado. Exemplos:

a) b)

Nota: As convenções adotadas para as potências deexpoente 1 e expoente zero com números naturais sãotambém válidas para as frações. Então:

a) Potências de expoente 1 são iguais à própria base.

b) Potências de expoente zero e base diferente de zerosão iguais a 1. Exemplos:

a) b)

RADICIAÇÃO DE FRAÇÕES

A raiz quadrada de uma fração que é quadradoperfeito é obtida extraindo-se a raiz quadrada do numera-dor e do denominador. Exemplos:

a) porque

b) porque

EXPRESSÕES NUMÉRICAS FRACIONÁRIAS

São feitas obedecendo-se às mesmas regras estabe-lecidas para o cálculo com números naturais e inteiros, ouseja:

1º) potenciações e radiciações;2º) multiplicações e divisões, na ordem em que apare-

cem;3º) adições e subtrações, na ordem em que aparecem.

Se a expressão tiver sinais de associação: ( ), [ ] e{ }, estes devem ser eliminados na ordem:

1º) as operações contidas nos parênteses ( ); depois2º) as operações contidas nos colchetes [ ]; e por último3º) as operações contidas nas chaves { }.

Siga os exemplos:

1)

2)

EXERCÍCIOS A RESOLVER

1) Calcular as potências:

a) b) c)

2) Extrair a raiz quadrada de:

a) b) c)

3) Calcular o valor das expressões:

a)

b)

TESTES

4) A potência é igual a:

a) 6/10 b) 9/10 c) 9/25 d) 6/25

5) O inverso da potência é:

a) b) c) d)

RESPOSTAS:

1) a) b) c) 3) a) ; b)

2) a) b) c) TESTES: 4) c 5) c

PROBLEMAS ENVOLVENDO NÚMEROS RACIONAISABSOLUTOS (FRAÇÕES ORDINÁRIAS)

PROBLEMAS RESOLVIDOS (MODELOS):

1) Se 3/7 de uma estrada correspondem a 90 km, qualo comprimento dessa estrada?

Solução:

3/7 ! correspondem a 90 km1/7 ! corresponderá a 30 km |

| (90 km : 3 = 30 km)7/7 ! (estrada toda) tem:

7 @ 30 km = 210 km

Resp.: A estrada tem 210 km de comprimento.

2) Um automóvel já percorreu 2/5 da distância entreduas cidades. Resta ainda percorrer 60 km. Qual é adistância entre essas cidades?

Solução:

Já percorreu ! 2/5

Resta percorrer !

3/5 ! correspondem a 60 km1/5 ! corresponderá a 20 km |

| (60 km : 3 = 20 km)5/5 ! (distância total) é:

5 @ 20 km = 100 km

Resp.: A distância entre as duas cidades é de100 km.

- 13 -- 13 -- 13 -- 13 -

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3) Vários exercícios de um concurso foram conferidospor três candidatos: Armando, Paulo e José. Arman-do conferiu 4/9 dos exercícios; Paulo 3/8 e José, os26 exercícios restantes. Quantos foram os exercíciosconferidos por Paulo? e por Armando?

Solução:

Fração correspondente ao número de exercíciosconferidos por Armando: 32/72 e Paulo: 27/72.

!Fração correspondente aosexercícios conferidos porJosé.

13/72 ! correspondem a 26 exercícios 1/72 ! corresponderá a 2 exercícios !

! (26 exercícios : 13 = 2 exercícios)

Paulo ! exercícios

Armando ! exercícios

Resp.: Paulo conferiu 54 exercícios e Armando 64.

4) 2/3 de uma peça de fazenda custaram R$ 98,00.Qual será o valor de 4/5 da mesma?

Solução:

Se 2/3 custam R$98,00

1/3 custará R$ 98,00 : 2 = R$ 49,003/3 (preço da peça) R$ 49,00 @ 3 = R$ 147,005/5 = R$ 147,00 (peça toda)1/5 = R$ 147,00 : 5 = R$ 29,404/5 = R$ 29,40 @ 4 = R$ 117,60.

Resp.: O valor de 4/5 da peça será R$ 117,60.

5) Dividir a terça parte de 4/5 pela metade de 2/7.

Solução:

Terça parte de

Metade de

Efetuando a divisão, teremos:

Resp.: O resultado da divisão é

6) Um negociante vendeu 3/5 de uma peça de fazendae ainda lhe restaram 32 metros. Quanto media essapeça?

Solução:

Vendendo 3/5 ainda lhe sobraram:

Se 2/5 correspondem a 32 metros1/5 corresponderá a 16 metros ! (32 : 2 = 16)

Os 5/5 que representam a peça inteira terão:5 @ 16 = 80 metros.

Resp.: A peça media 80 metros.

7) Um estudante gastou 2/7 do seu dinheiro numacompra de material escolar. Depois tornou a gastarmais 3/5 e ainda lhe restaram R$ 10,00. Quantopossuía esse estudante?

Solução:

Fração gasta nas duas compras:

Fração do dinheiro que ainda resta:

Se 4/35 correspondem a R$ 10,001/35 corresponderá a R$ 2,50 !(R$ 10,00 : 4 = R$ 2,50)

Os 35/35, que representam todo o dinheiro desseestudante serão: 35 @ 2,50 = R$ 87,50.

Resp.: O estudante possuía R$ 87,50

8) Uma pessoa gastou 1/5 do que tinha; a seguir,metade do que lhe sobrou e depois R$ 600,00; ficoucom R$ 600,00. Quanto tinha primitiva-mente?

Solução:

Gastando 1/5 do que tinha, ainda lhe restaram 4/5.

Gastando novamente 1/2 do resto 4/5, ou seja:

, ainda lhe sobram

Como gastou R$ 600,00 e ainda ficou com R$600,00, então esses 2/5 são iguais a R$ 1.200,00 !(R$600,00+R$600,00=R$ 1.200,00)

Se 2/5 correspondem a R$ 1.200,001/5 corresponderá a R$ 600,00 !(R$ 1.200,00 : 2 = R$ 600,00)

Os 5/5 que representam o que possuía, serão:5 @ 600,00 = R$ 3.000,00.

Resp.: Tinha R$ 3.000,00.

9) Uma peça de fazenda, depois de molhada, encolheu3/14 do seu comprimento, ficando com 33 metros.Quantos metros tinha a peça e qual foi o seu custo,sabendo-se que o metro da fazenda valia R$ 7,25?

Solução:

Encolhendo 3/14, ainda restam:

Se 11/14 correspondem a 33 metros 1/14 corresponderão a 3 metros !

! 33 : 11 = 3

Os 14/14 serão: 14 @ 3 = 42 metros

Se a peça tinha 42 metros e cada metro custa R$7,25, então o seu preço será de:

42 @ R$ 7,25 = R$ 304,50.

Resp.: A peça tinha 42 metros e seu custo foi deR$ 304,50.

10) Duas torneiras enchem um tanque em 4 horas. Umadelas sozinha, enche-o em 7 horas. Em quantosminutos a outra, sozinha, encheria o tanque?

Solução:

As duas torneiras juntas enchem o tanque em 4horas. Portanto, numa hora alimentarão 1/4 dotanque.

- 14 -- 14 -- 14 -- 14 -

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Da mesma forma, se uma das torneiras leva 7 horaspara encher o tanque, em 1 hora ela alimentará 1/7do tanque.

Portanto, a segunda torneira, em 1 hora, encherá3/28 do tanque, pois:

Donde se conclui que esta segunda torneira sozinhaencherá o tanque em 560 minutos, pois

em 60 min. | em 60 min. : 3 = 20 min.

e em 28 @ 20 min. = 560 min.

Resp.: Em 560 minutos.

PROBLEMAS PARA RESOLVER

1) Dividir a quinta parte de 3/5 pela terça parte de .

R = 21/50

2) Calcular os de 120. R = 90

3) Qual é o número cujos valem 40? R = 100

4) Um candidato acertou das questões de um con-

curso e com isso obteve 20 pontos. Quem acertou3/4 das questões, quantos pontos fez?

R = 18 pontos

5) Uma piscina está com da capacidade total. Se

colocarmos mais 9.000 litros de água, ela ficarácompletamente cheia. Qual é a capacidade total?

R=24.000 litros

6) Um operário recebe, pelos de seu trabalho, a

importância de R$ 120,00. Quanto lhe resta aindapara receber? R = R$ 200,00

7) Uma peça de fazenda é dividida em três partes. Uma

é igual a ; outra, . Que fração representa a

terceira parte? R =

8) Os mais de uma peça de fazenda somados

medem 44 metros. Calcular o comprimento da peça.R = 70 metros

9) Uma pessoa gastou do seu dinheiro e ainda ficou

com R$ 600,00. Quanto possuía? R = R$ 1.600,00

10) Um estudante tinha R$ 80,00. Gastou e depois

mais do resto. Quanto ainda lhe restou?

R = R$ 10,00

NÚMEROS RACIONAIS DECIMAIS(FRAÇÕES DECIMAIS)

Fração decimal é toda fração cujo denominador éuma potência de 10, como 10, 100, 1000, etc. Exemplos:

a) (lê-se: sete décimos)

b) (lê-se: quinze centésimos)

c) (lê-se: nove milésimos)

NÚMEROS DECIMAIS

As frações , e , podem ser repre-

sentadas respectivamente, por 0,7; 0,15 e 0,009. Logo:

Os numerais 0,7; 0,15 e 0,009 são exemplos denumerais decimais e são chamados simplesmente denúmeros decimais.

Nos números decimais, a vírgula separa a parteinteira da parte decimal. Observe os exemplos:

a)

b)

LEITURA DE UM NÚMERO DECIMAL

É feita assim: primeiro a parte inteira, e em seguidaa parte decimal acompanhada das palavras:

décimos ! se houver uma casa decimal,centésimos !!!! se houver duas casas decimais,milésimos !!!! se houver três casas decimais,e assim por diante. Exemplos:

a) 3,4 (lê-se: três inteiros e quatro décimos)b) 4,07 (lê-se: quatro inteiros e sete centésimos)c) 12,0016 (lê-se: doze inteiros e dezesseis décimos

de milésimos)

Nota: Quando a parte inteira é zero, pode ser lida apenasa parte decimal.

Então: 0,013 (lê-se: treze milésimos)

TRANSFORMAÇÃO DE NÚMERO DECIMALEM FRAÇÃO DECIMAL

Procede-se assim:

a) o numerador é o número decimal sem a vírgula esem os zeros iniciais.

b) o denominador é o número 1 seguido de tantoszeros quantas forem as casas decimais do númerodecimal. Exemplos:

- 15 -- 15 -- 15 -- 15 -

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a) 5,6 = (uma casa decimal ! um zero)

b) 0,35 = (duas casas decimais ! doiszeros)

c) 0,005 = (três casas decimais ! trêszeros)

TRANSFORMAÇÃO DE FRAÇÃO DECIMALEM NÚMERO DECIMAL

Escreve-se o numerador da fração e separa-se poruma vírgula, a partir da direita, tantas casas decimaisquantos forem os zeros do denominador. Exemplos:

a) = 6,5 (um zero ! uma casa decimal)

b) = 3,47 (dois zeros ! duas casas deci-mais)

c) = 0,003 (três zeros ! três casas deci-mais)

PROPRIEDADES DOS NÚMEROS DECIMAIS:

1ª) O valor de um número decimal não se altera quandose acrescentam ou se suprimem zeros à direitadesses números.Exemplo: 54,65 = 54,650 = 54,65000

2ª) Para multiplicar um número decimal por 10, 100,1000, ... desloca-se a vírgula para a direita uma,duas, três, ... casas. Se faltarem algarismos,acrescentam-se zeros.Exemplos: 18,65 @ 10 = 186,5; 3,582 @ 10000 = 35820

3ª) Para dividir um número decimal por 10, 100, 1000,... desloca-se a vírgula para a esquerda uma, duas,três, ... casas. Se faltarem algarismos, serão elessupridos com zeros.Exemplos: 341,68 : 10 = 34,168; 0,15 : 100 = 0,0015

EXERCÍCIOS A RESOLVER

1) Representar por algarismos os seguintes números:

a) quarenta e dois inteiros e cento e cinco milési-mos.

b) cinco inteiros e cento e trinta e sete milionési-mos.

2) Escrever por extenso os seguintes números:

a) 41,35 b) 0,0001982

3) Converter em números decimais as frações:

a) b)

4) Efetuar as multiplicações e divisões:

a) 31,5 @ 10 c) 4,73 : 1000b) 0,437 @ 1000 d) 38,72 : 1000

RESPOSTAS:

1) a) 42,105; b) 5,000137.2) a) quarenta e um inteiros e trinta e cinco centésimos

b) um mil, novecentos e oitenta e dois décimosmilionésimos

3)4)

a) 0,03a) 315

b) 0,0458b) 437 c) 0,00473 d) .0,03872.

OPERAÇÕES COM NÚMEROS DECIMAIS

ADIÇÃO E SUBTRAÇÃO

Na prática procedemos assim:

a) igualamos o número de casas decimais, acrescen-tando zeros.

b) colocamos vírgula debaixo de vírgula.

c) efetuamos a operação indicada.

Exemplos:

1º)

2º)

4º) Resolver a expressão:

Cálculos:

MULTIPLICAÇÃO

Multiplicamos os números decimais como se fos-semnúmeros naturais, sem nos preocuparmos com asvírgulas e separamos no produto, tantas casas decimaisquantas forem as do multiplicando mais as do multiplica-dor. Exemplo:

5,68 @ 6,3 = temos:

DIVISÃO

Em geral, são observados dois casos:

1º) O divisor é inteiro: Efetua-se a divisão como sefossem números inteiros e, a seguir, separam-seno quociente, tantas ordens decimais quantasexistam no divisor. Exemplo:

157,92 : 42 =

a) Dividindo, como se fossem inteiros, teremos:

b) Separando duas casas decimais no quociente,que são as existentes no dividendo vem:157,92 : 42 = 3,76

2º) O divisor é decimal: Quando o divisor é decimal,multiplicam-se o dividendo e o divisor por umapotência de 10 (conforme a propriedade funda-mental das frações), de modo que o divisor setorne inteiro e assim, recaímos no caso anterior.Exemplo:

- 16 -- 16 -- 16 -- 16 -

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22,016 : 4,3 =

multiplicando o dividendo e o divisor por 10, vem:

220,16 : 43 = 512 (como no caso anterior).

Logo: 220,16 : 43 = 5,12(separando duas casas no quociente)

POTENCIAÇÃO DE NÚMEROS DECIMAIS

É calculada da mesma forma que a potenciação denúmeros naturais, inteiros ou fracionários. Exemplos:

a) b)

Nota: As convenções adotadas para as potências deexpoente 1 e expoente zero nos conjuntos N e Q, sãoválidas para números decimais. Então:

a) ; b) .

REPRESENTAÇÃO DECIMAL DE UMAFRAÇÃO ORDINÁRIA

É feita dividindo-se o numerador pelo denomina-dor da fração. Podem acontecer dois casos:

1º) A divisão é exata: É quando o resto da divisão ézero e o número decimal resultante é chamadodecimal exato. Exemplo:

Converter em decimal a fração

temos:

Logo, a forma decimal da fração é

! que é um número decimal exato,porque o resto da divisão é zero.

2º) A divisão não é exata: É quando o resto da divisãonão é zero, e o número decimal resultante é chama-do dízima periódica ou decimal aproximado.Exemplos:

a)

b)

Então: e

Os números 2,666... e 1,1666... são chamadosdízimas periódicas, pois as divisões não são exatas e onúmero 6, chamado período, se repete infinitamente.

Nota: A dízima 2,666... é chamada dízima periódicasimples porque o período 6 começa logo depois davírgula, e a dízima 1,1666... é chamada dízima periódicacomposta porque entre a vírgula e o período 6, existeuma parte decimal que não se repete (o número 1).

EXERCÍCIOS A RESOLVER

Efetuar as operações:

1) 0,7+1,3+1,054+0,07 =

2) 4,3 – 2,07 =

3) (4,32 – 1,008) – (5,02 – 3,1) =

4) (2,1+1,3 – 1,7) – (3,14 – 2,8) =

5) 3,1415 @ 2,71 =

6) (4,32+1,18) @ 0,07 =

7) 0,0132 : 6 =

8) 1,75 : 2,5 =

9) 3,591 : 0,95 =

10) 0,019 : 7,6 =

Calcular as potências e as expressões:

11) (0,2)4 =

12) (1,12)0 =

13) (7,2)2 : 5,184 =

14) (2,3 – 1,75)2 =

Converter em números decimais as frações:

15) 16) 17)

TESTES

18) O número decimal 0,018 pode ser representado por:

a)

b)

c)

d)

19) A potência (0,03)2 é igual a:

a) 0,0009b) 0,009

c) 0,09d) 0,9

20) O quociente 0,01575 : 0,45 é igual a:

a) 350b) 0,035

c) 0,35d) 3,5

RESPOSTAS:

1) 3,1242) 2,233) 1,3924) 1,365) 8,5134656) 0,385

7) 0,0022 8) 0,7 9) 3,7810) 0,002511) 0,001612) 1

13) 1014) 0,302515) 0,616) 0,777...17) 3,75

TESTES: 18) d; 19) a; 20) b.

- 17 -- 17 -- 17 -- 17 -

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Matem

ática

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NÚMEROS E GRANDEZAS PROPORCIO-NAIS: RAZÕES E PROPORÇÕES

RAZÃO: Considere a afirmação: "No concurso quevocê vai prestar, o número de vagas está para o número decandidatos na razão de 1 para 5"

Essa afirmação diz que para cada vaga existente,correspondem 5 candidatos e pode ser representada emmatemática por 1/5 (lê-se: 1 para 5 ou 1 está para 5).

Afirmações desse tipo, que comparam um númerocom outro, por meio de uma divisão do primeiro pelosegundo, chamam-se razões. Então, dizemos que:

"Razão entre dois números racionais a e b, comb ………… 0, é o quociente de a por b."

Indica-se: ou e lê-se: "a está para b"a : b

ou "a para b".

O número a chama-se antecedente e o número bconseqüente. Exemplos: Calcular a razão do primeironúmero para o segundo:

a) 9 e 3 |

b) 12 e 20 |

c)

d) 2,2 e 3,3 | razão = 2,2 : 3,3 |

|

RAZÃO DE DUAS GRANDEZAS: Chama-se razão deuma grandeza a para uma grandeza b, da mesma espécieao quociente da divisão dos números que exprimem suasmedidas, tomadas na mesma unidade. Exemplos: (asmedidas devem estar todas na mesma unidade)

a) 10 m e 20 m | razão = 10 m : 20 m |

|

b) 2 m e 5 cm | razão = 2 m : 5 cm |

|

c) 4 kg e 5.000 g | razão = 4 kg : 5.000 g ||

RAZÕES INVERSAS: São duas razões em que oantecedente de uma é o conseqüente da outra e vice-versa, tais como:

a) b)

Nelas, devem ser observados os fatos:

a) O seu produto é sempre igual a 1. Exemplo:

b) Razão de antecedente zero não possui inversa.

RAZÕES IGUAIS: São duas razões em que asfrações que as representam são equivalentes, como por

exemplo , pois se:

a) e

b) | !

! (basta multiplicar os termos cruzados)

Em duas razões iguais observa-se sempre o seguinte: "os produtos do antecedente de uma peloconseqüente da outra são sempre iguais." Veja:

Se | !

! (basta multiplicar os termos cruzados)

APLICAÇÕES: Verificar se as razões são iguais:

a) , temos que:

|

b) temos que:

|

ESCALA

É uma razão especial que é usada na representaçãode mapas, maquetes, plantas de construções, etc., e adefinimos assim:

"Escala de um desenho é a razão existente entre ocomprimento representado no desenho e o correspon-dente comprimento real", medidos na mesma unidade decomprimento. Então:

Assim sendo, na escala 1:800 ou 1/800 (lê-se: escalade 1 por 800 ), significa que os comprimentos reais são 800vezes maiores que os correspondentes comprimentos nodesenho. Exemplos de aplicações:

a) Qual é a escala do desenho em que um comprimentoreal de 60 cm está representado por um comprimentode 12 cm?

Resposta: A escala é de 1:5 ou 1/5.

- 18 -- 18 -- 18 -- 18 -

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b) Num desenho de escala 1:50, qual é o comprimentoreal correspondente a um comprimento de 8 cm?Tem-se:

|

!

Então: | 1 @@@@ x = 50 @@@@ 8 cm |

| x = 400 cm

Resp.: O comprimento real é de 400 cm.

EXERCÍCIOS A RESOLVER

Calcular as razões de:

1) 40 e 82) 8 e 12

3)

4)

5) 1,2 e

6) 4 m e 200 cm7) 2,5 m e 0,5 dam8) 2 m2 e 6.000 dm2

9) 20 R e 100 dm3

Verificar se são iguais os pares de razões:

10) 12) 4 : 8 e 3 : 6

11) 13)

Resolver os problemas:

14) Dois quadrados têm respectivamente 3 cm e 6 cm delado. Qual é a razão entre as superfícies do primeiropara o segundo?

15) Numa residência, a razão entre a área construída ea área livre é de 2:3. Sabendo-se que a área cons-truída é de 90 m2, qual é a área livre?

16) Em uma classe mista, a razão entre o número demeninos e o número de meninas é 3:2. Sabendo-seque o número de meninos é 18, qual o número demeninas?

17) Num desenho de escala 1:100, qual é o comprimen-to, no desenho, que corresponde a um comprimentoreal de 8 m?

Escreva razões equivalentes a:

18) , cujo antecedente seja 20.

Sugestão: Estabeleça uma igualdade de razões:

19) , cujo conseqüente seja 32.

20) , cujo antecedente seja 56.

Determine o antecedente das seguintes razões, saben-do que:

21) o conseqüente é 5 e a razão vale

22) o conseqüente é e a razão vale

TESTES

23) Num concurso público concorreram 24.000 candida-tos para 1.200 vagas. A razão entre o número devagas e o número de candidatos foi de:

a) b) c) d)

24) Um clube tem 1.600 sócios, dos quais 900 sãomoças. A razão entre o número de moços e o núme-ro de moças é:

a) b) c) d)

Respostas:

1) 52) 2/33) 3/204) 14/35) 3/26) 27) 1/28) 1/30

9) 1/510) não11) sim12) sim13) não14) 1/415) 135 m2

16) 12 meninas

17) 8 cm18) 20/2819) 12/3220) 56/12821) 15/222) 3/4

Testes: 23) c 24) d

PROPORÇÃO

Sejam os números 3, 6, 4 e 8 e nessa ordem, vamoscalcular:

a) a razão do 1º para o 2º !

b) a razão do 3º para o 4º !

Como a razão do 1º para o 2º é igual à razão do 3ºpara o 4º, escrevemos:

ou 3 : 6 = 4 : 8

e dizemos que os números 3, 6, 4 e 8, nessa ordem,formam uma proporção, donde se conclui que: "proporçãoé uma igualdade de duas razões."

De um modo geral, representam-se as proporçõesdas maneiras:

ou ou a : b = c : d a : b : : c : d

e destacamos:

I - A sua leitura é: a está para b assim como c estápara d.

II - a, b, c e d são os termos, na ordem: a é o 1º, b é o2º, c é o 3º e d é o 4º termo.

III - a e d são os extremos e b e c são os meios.

IV - a e c são os antecedentes e b e d são os conse-qüentes.

- 19 -- 19 -- 19 -- 19 -

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PROPRIEDADE FUNDAMENTALDAS PROPORÇÕES

Por ser uma igualdade de razões, pode-se estabele-cer que:

"Em toda proporção , o produto dosa : b : : c : d

meios (b @ c) é sempre igual ao produto dos extremos (a@ d) e vice-versa", que é a sua propriedade fundamental.

Então, na proporção: temos:

8 @ 15 = 6 @ 20 120 = 120

onde: 8 @ 15 = produto dos meios 6 @ 20 = produto dos extremos

TRANSFORMAÇÕES DE UMA PROPORÇÃO

Transformar uma proporção, significa dispor osseus termos de modos diferentes de maneira que a igual-dade dos produtos dos meios e dos extremos não sofraalteração. Assim, trocando convenientemente a disposiçãodos termos de uma proporção, podemos escrevê-la de oitomaneiras diferentes. Exemplo:

Escrever das oito maneiras diferentes, a proporção:

1ª) | 3 @ 4 = 2 @ 6

permutando os meios da 1ª:

2ª)

permutando os extremos da 1ª:

3ª)

permutando os meios e os extremos da 1ª:

4ª)

invertendo as razões das proporções: 1ª, 2ª, 3ª e 4ª:

5ª)

6ª)

7ª)

8ª)

CÁLCULO DO TERMO DESCONHECIDODE UMA PROPORÇÃO (RESOLUÇÃO)

Resolver uma proporção significa encontrar o valordo seu termo desconhecido e para isso basta aplicar asua propriedade fundamental. Veja os exemplos seguin-tes.

Calcular o termo desconhecido em:

1) x : 8 = 5 : 2

! aplicando a propriedade fundamental:x @ 2 = 8 @ 5 | 2x = 40 | x = 40/2 || x = 20

2)

! aplicando a propriedade fundamental:

x @ 9 = 3 @ 15 | 9x = 45 | x = || x = 5

3) 5 : 6 : : x : 12

! aplicando a propriedade fundamental:

6 @ x = 5 @ 12 | 6x = 60 | x = || x = 10

4)

! aplicando a propriedade fundamental:

3 @ x = 8 @ 6 | 3x = 48 | x = || x = 16

Nota: Pode-se ver que o termo desconhecido pode serqualquer dos meios ou qualquer dos extremos.

Outros exemplos:

5)

6)

7)

! calculam-se as operações entre parênteses:

8)

9)

- 20 -- 20 -- 20 -- 20 -

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QUARTA PROPORCIONAL

Se quatro números, como por exemplo: 9, 4, 18 e 8,formam, nessa ordem, uma proporção, diz-se que o 4ºnúmero (8) é a quarta proporcional dos números 9, 4 e 18.Então, para se encontrar a quarta proporcional dos númerosa, b e c, basta formar com eles uma proporção, tal que: a :b = c : x, onde x é a quarta proporcional de a, b e c.Exemplos:

1) Calcular a quarta proporcional dos números 3, 6 e16.Forma-se com eles, nessa ordem, uma proporçãoonde x é o quarto termo e passa-se a resolvê-la:

3 : 6 = 16 : x | 3 @ x = 6 @ 16 || 3x = 96 | x = | x = 32

2) Qual é a quarta proporcional dos números

Forma-se a proporção:

Proporção contínua: é aquela que tem ou os meiosou os extremos iguais, tais como:

a) b)

MÉDIA PROPORCIONAL OU GEOMÉTRICA

É o meio ou extremo igual de uma proporçãocontínua.

Assim, nas proporções 36 : 12 = 12 : 4 e 9 : 3 = 27 :9, dizemos que 12 é a média proporcional ou geométricados números 36 e 4 e 9 é a média proporcional ougeométrica dos números 3 e 27.

Então, quando se quer calcular a média geométricade dois números, basta formarmos com eles uma propor-ção contínua, onde os números dados figurem ou comomeios ou como extremos, resolvendo-se a proporçãoobtida, em seguida. Exemplos:

1) Calcule a média proporcional dos números 20 e 5.

Forma-se a proporção contínua:

20 : x = x : 5 , onde: x @ x = 20 @ 5 || x2 = 100 | | x = 10

2) Qual é a média geométrica dos números ?

Forma-se a proporção contínua:

Nota: Pode-se concluir que a média proporcional ougeométrica de dois números é igual à raiz quadradado produto desses números.

TERCEIRA PROPORCIONAL

É o quarto termo de uma proporção contínua.Então, se numa proporção contínua ocorrer: 2 : 10 = 10 :x , vemos que x é um terceiro elemento diferente, que comos outros dois (2 e 10) formam essa proporção contínua.Diz-se, então, que x é a terceira proporcional dos núme-ros 2 e 10 e pode-se concluir que, para calcular a terceiraproporcional de dois números, a e b, basta formar comeles, nessa ordem, uma proporção contínua, onde b é omeio igual, ou seja: a : b = b : x. Exemplos:

1) Calcular a terceira proporcional dos números 16 e 8.

Forma-se a proporção contínua onde 8 é o meioigual.

Então: 16 : 8 = 8 : x || 16 @ x = 8 . 8 | 16x = 64 || | x = 4

2) Qual é a terceira proporcional dos números

PROPRIEDADES DAS PROPORÇÕES

1ª) PROPRIEDADE DA SOMA DOS TERMOS

Em qualquer proporção, a soma dos dois primeirostermos está para o primeiro (ou para o segundo), assimcomo a soma dos dois últimos termos está para o terceiro(ou para o quarto).

Então, em , temos:

1 ou 2

2ª) PROPRIEDADE DA DIFERENÇA DOS TERMOS

Em qualquer proporção, a diferença dos doisprimeiros termos está para o primeiro (ou para o segun-do), assim como a diferença dos dois últimos termos estápara o terceiro (ou para o quarto).

Então, em , temos:

(1) ou (2)

APLICAÇÃO: Calcular dois termos de uma propor-ção, desde que sejam conhecidos ou a sua soma ou a suadiferença. Exemplos:

1) Encontrar dois números cuja soma é 48 e que estãoentre si na razão de 3 para 5.Solução:

Chamando de x e y os números procurados, vem:

- 21 -- 21 -- 21 -- 21 -

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Aplicando a propriedade da soma dos termos, vem

, temos:

(1) ou (2)

Como x + y = 48 e substituindo em (1) e (2), vem:

Resp.: Os números procurados são 18 e 30.

2) Calcular dois números cuja diferença entre eles é 20e que estão entre si na razão de 6 : 4.

Solução: Sejam a e b os números procurados.Então:

Aplicando a propriedade da diferença dos termos,vem:

, temos:

(1) ou (2)

Como a – b = 20 , vem:

Resp.: Os números procurados são 60 e 40.

3ª) PROPRIEDADE DA SOMA DOS ANTECEDENTESE DOS CONSEQÜENTES

Em qualquer proporção a soma dos antecedentesestá para a soma dos conseqüentes, assim como cadaantecedente está para o seu conseqüente.

Então em , temos:

(1) ou (2)

4ª) PROPRIEDADE DA DIFERENÇA DOS ANTECE-DENTES E DOS CONSEQÜENTES

Em qualquer proporção a diferença dos anteceden-tes está para a diferença dos conseqüentes, assim comocada antecedente está para o seu conseqüente.

Então em , temos

(1) ou (2)

APLICAÇÃO: Cálculo de dois antecedentes ou doisconseqüentes de uma proporção, desde que sejam conhe-cidos ou a sua soma ou a sua diferença. Exemplo:

1) Resolver a proporção , sabendo-se que x +y = 42.

Solução:

Aplicando a propriedade da soma dos antecedentese conseqüentes, vem:

, temos:

(1) ou (2)

Como x + y = 42 , vem:

Resp.: x = 18 e y = 24.

2) Resolva a proporção , sabendo-se que

a – b = 21.

Solução:

Aplicando a propriedade da diferença dos anteceden-tes e conseqüentes, vem:

, temos:

(1) ou (2)

Como a – b = 21 , vem:

- 22 -- 22 -- 22 -- 22 -

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Resposta: a = 70 e b = 49.

5ª) PROPRIEDADE DO PRODUTO DOS ANTECEDEN-TES E DOS CONSEQÜENTES

Em qualquer proporção o produto dos anteceden-tes está para o produto dos conseqüentes, assim comoo quadrado de cada antecedente está para o quadradodo seu conseqüente.

Então em , temos

(1) ou (2)

CONSEQÜÊNCIA: Em qualquer proporção, osquadrados de seus termos também formam uma propor-ção.

Então, se |

APLICAÇÃO: Cálculo de dois termos de umaproporção, desde que seja conhecido seu produto ou oquadrado de seus termos. Exemplos:

1) Determinar dois números, sabendo que seu produto

é 180 e sua razão é .

Solução:

Chamando de a e b os números procurados e for-mando o sistema, vem:

Aplicando a propriedade do produto dos antece-dentes e conseqüentes, vem:

, temos

(1) ou (2)

Como a @@@@ b = 180 , vem:

Resp.: Os números são 12 e 15.

2) Calcular x e y na proporção , sabendo-se que

x2 + y2 = 52.

Solução:

Forma-se o sistema:

Aplicando a conseqüência, vem:

Logo, o sistema fica:

onde, aplicando a propriedade da soma dos ter-mos (1ª), vem:

, temos:

(1) ou (2)

Como x2 + y2 = 52 , vem:

Resp.: x = 4 e y = 6.

SÉRIE DE RAZÕES IGUAIS (PROPORÇÃO MÚLTIPLA)

Se as razões forem todas iguais, pode-

se escrever: , formando uma série de razões

iguais que são chamadas de proporções múltiplas, nasquais valem também as propriedades da soma (ou diferen-ça) dos antecedentes e dos conseqüentes, ou seja: "Emqualquer proporção múltipla, a soma (ou diferença) dosantecedentes está para a soma (ou diferença) dosconseqüentes, assim como cada antecedente está parao seu conseqüente."

APLICAÇÃO: Calcular a, b e c em ,

sabendo-se que a – b + c = 33.

Solução:

Aplicando a propriedade da soma (ou diferença)dos antecedentes e conseqüentes, vem:

| (1)

ou (2) ou (3)

- 23 -- 23 -- 23 -- 23 -

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Como a – b + c = 33 , vem:

Resp.: a = 24, b = 6 e c = 15.

EXERCÍCIOS A RESOLVER

Resolver as proporções (aplicar a propriedade funda-mental)

1) 5 : 6 = 2x : 3 2) x :

3) 3x : = 0,4 : 4)

5) 6)

7)

8)

Calcular a quarta proporcional de:

9) 8, 12 e 10 10)

11) 0,4; 0,6 e 1,2

Calcular a média proporcional de:

12) 8 e 2 13)

14) 3 e 15) 3,2 e 0,2

Calcular a terceira proporcional de:

16) 3 e 12 17) 5 e 20

18) 1 e 25 19)

Calcular os elementos desconhecidos nas proporções,usando a propriedade cabível em cada caso:

20) 21)

22) 23)

Calcular os termos desconhecidos em:

24) 25)

Resolver os problemas:

26) A diferença entre dois números é 15 e a razão enteeles é 8/5. Calcule-os.

27) A diferença dos quadrados de dois números é 144 eestão entre si na razão de 5 para 3. Quais são osnúmeros?

28) O produto de dois números é 96 e a sua razão é 2para 3. Quais são eles?

29) A soma de dois números é 55 e o maior está para 8assim como o menor está para 3. Calcule-os.

TESTES

30) A quarta proporcional dos números 1/2, 3/4 e 2/3 é:

a) 4 b) 1/2 c) 1/4 d) 1

31) A média proporcional dos números 27 e 3 é:

a) 1458 b) 729 c) 81 d) 9

32) Na proporção , o valor de x é:

a) 9 b) 3 c) –3 d) –9

33) Sabendo-se que x – y = 40 e , então

x + y é igual a:

a) 72 b) 144 c) 36 d) 18

34) Se , então o valor de x é:

a) b) c) 10 d) 5

35) O valor de x na proporção , é:

a) 8 b) 7 c) 6 d) 4

36) Um garoto de 1 m de altura projeta uma sombra de0,5 m. No mesmo instante, um edifício de 18 m iráprojetar uma sombra de:

a) 12 m b) 9 m c) 8 m d) 6 m

37) Sendo e x – y = 15, o valor de x + y é:

a) 41 b) 40 c) 39 d) 37

38) A razão entre a minha idade e a idade do meu primoé de 2 para 5 e juntos temos 42 anos. Então, tenho:

a) 16 anos b) 14 anos c) 12 anos d) 10 anos

39) Cortaram 20 kg de carne em dois pedaços, cujarazão é 2/3. O pedaço maior pesa:

a) 11 kg b) 12 kg c) 14 kg d) 15 kg

RESPOSTAS:

1) 5/4 2) 1 3) 4/75 4) 8 5) 12 6) – 23 7) 182/27 8) 75/16 9) 15 10) 20/27

11) 1,812) 413) 9/514) 2/315) 0,816) 4817) 8018) 62519) 1/18 20) 8 e 12

21) 35 e 722) 8 e 1223) 9 e 1524) 3,9 e 1525) 25, 10 e 15 26) 40 e 2527) 15 e 928) 8 e 1229) 40 e 1530) d

31) d32) b33) a34) a35) d36) b37) c38) c39) b

- 24 -- 24 -- 24 -- 24 -

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DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS

NÚMEROS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS

Sejam os conjuntos A e B de números racionais queestão em correspondência biunívoca (mesma quantidadede elementos):

A = {2, 5, 8, 11} e B = {6, 15, 24, 33}

Formando as razões entre os elementos correspon-dentes de A e B, temos:

, onde:

e

ou seja, essas razões são constantes e todas

iguais a , donde se pode escrever:

Diz-se então que os elementos dos conjuntos A e Bsão diretamente proporcionais ou simplesmente propor-cionais e conclui-se que:

"Duas sucessões de números são diretamenteproporcionais quando as razões existentes entre umelemento qualquer da primeira e o seu correspondentena segunda sucessão são constantes (iguais)."

A razão constante que existe entre os dois conjuntoschama-se fator de proporcionalidade ou coeficiente deproporcionalidade.

APLICAÇÃO:

Calcular os valores de a, b e c dos conjuntos denúmeros diretamente proporcionais:

A = {2, b, 4, 7} e B = {a, 9, c, 21}.

Solução:

Como são diretamente propor-cionais os doisconjuntos, forma-se as razões iguais entre oselementos correspondentes de A e B:

de onde vem:

! coeficiente de proporcionalidade

Igualando cada razão a (coeficiente) e calculan-

do o termo desconhecido, temos:

Resp.: Os valores são: a = 6, b = 3 e c = 12.

DIVISÃO DE UM NÚMERO EM PARTESDIRETAMENTE PROPORCIONAIS

1) Dividir o número 180 em partes diretamente propor-cionais a 3, 4 e 11.

Solução:

a) representar os números por a, b e c.b) considerar as sucessões (a, b, c) e (3, 4, 11)

como diretamente proporcionais

Então:

Calcula-se o coeficiente de proporcionalidade,aplicando-se a propriedade das proporções múltiplas,ou seja:

!

! coeficiente de proporcionalidade, e o valor de cadauma das partes a, b e c será encontrado pelo produ-to de cada um dos números 3, 4 e 11 pelo coeficien-te de proporcionalidade.

Então, vem:

Resp.: As partes são 30, 40 e 110.

2) Dividir o número 372 em partes diretamente propor-

cionais a

Solução:

O número 372 deve ser dividido em três parcelas: a,b, c (a+b+c = 372) em que a série de razões iguaisserá:

Daí o sistema:

Então:

Como uma proporcionalidade não se altera quandose multiplica todos os números do conjunto por ummesmo número, pode-se então reduzir as frações aomesmo denominador e desprezar, em seguida, odenominador, a fim de que as partes sejam substi-tuídas por números inteiros. Então, a expressãoanterior fica:

m.m.c. (2, 3, 5) = 30 (despreza-se o denominador)

E, por conseguinte, o problema agora consiste emdividir 372 em partes diretamente proporcionais a15, 10 e 6, ou seja, como no primeiro exemplo:

- 25 -- 25 -- 25 -- 25 -

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Então:

Resp.: As partes são 180, 120 e 72.

3) (Solução direta) ! Dividir 183 em partes diretamen-

te proporcionais a

Então:

Resp.: As partes são 84, 63 e 36.

NÚMEROS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Sejam agora os conjuntos C e D de números racio-nais que também estão em correspondência biunívoca:

C = {1, 3, 5, 10} e D = {60, 20, 12, 6}

Calculando os produtos entre os números doconjunto C e os correspondentes do conjunto D, temos:1 @ 60; 3 @ 20; 5 @ 12; 10 @ 6, vê-se que esses produtos sãoconstantes e todos iguais a 60, donde se pode escrever:

1 @ 60 = 3 @ 20 = 5 @ 12 = 10 @ 6 = 60

Diz-se então que os elementos dos conjuntos C e Dsão inversamente proporcionais e conclui-se que:

"Duas sucessões de números são inversamenteproporcionais quando os produtos entre um elementoqualquer da primeira pelos correspondentes na segun-da sucessão são constantes (iguais)."

Esses produtos iguais chamam-se também fator deproporcionalidade ou coeficiente de proporcionalidade.

APLICAÇÃO:

Determinar os valores de a, b e c dos conjuntos denúmeros inversamente proporcionais: A = {3, 4, b, 10} e B= {40, a, 20, c}.

Solução:

Como os dois conjuntos são inversamente propor-cionais, forma-se os produtos iguais entre oselementos correspondentes de A e B:

de onde vem:

3 @ 40 = 120 ! coeficiente de proporcionalidade

Igualando cada produto a 120 (coeficiente) ecalculando o termo desconhecido, temos:

Resp.: Os valores são: a = 30, b = 6 e c = 12.

DIVISÃO DE UM NÚMERO EM PARTESINVERSAMENTE PROPORCIONAIS

Dividir um número em partes inversamente propor-cionais a números dados, significa dividi-lo em partesdiretamente proporcionais aos inversos dos númerosdados. Exemplo:

1) Dividir o número 18 em partes inversamente proporci-onais a 2, 3 e 6.

Solução:

O problema consiste em dividir 18 em partes direta-mente proporcionais aos inversos de 2, 3 e 6, quesão: 1/2, 1/3 e 1/6. Então:

Logo:

Resp.: As partes são 9, 6 e 3.

2) Dividir o número 200 em partes inversamente pro-

porcionais a

Solução:

É o mesmo que dividir 200 em partes diretamente

proporcionais aos inversos de , que são: 3

e 5. Então:

Logo:

Resp.: As partes são 75 e 125.

- 26 -- 26 -- 26 -- 26 -

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EXERCÍCIOS A RESOLVER

Verificar se são direta ou inversamente proporcionais asucessão de números que formam os conjuntos A e Bde cada exercício:

1) A={1, 5, 2} 3) A={2, 3, 4, 6}B={3, 15, 6} B={48, 32, 24, 16}

2) A={6, 4, 12, 2}B={8, 12, 4, 24}

Calcular x e y sabendo-se que os conjuntos A e B sãodiretamente proporcionais:

4) A = {5, x, 20} 6) A = {1, x, 7}B = {3, 6, y} B = {5, 15, y}

5) A = {x, 12, 15}B = {28, y, 20}

Calcular m e n sabendo-se que os conjuntos A e B sãoinversamente proporcionais:

7) A = {m, 2, 3} 9) A = {2, 10, n}B = {7, n, 14} B = {m, 9, 15}

8) A = {3, m, 10}B = {5, 25, n}

Dividir:

10) 888 em partes proporcionais a 18, 11, 21 e 24.

11) 3.250 em partes proporcionais a 0,4; 1,2 e 3,4.

12) 4.000 em partes proporcionais a

13) 380 em partes inversamente proporcionais a 2, 5 e 4.

14) 459 em partes inversamente proporcionais a 3, 4, 10e 6.

Problemas:

15) Um pai distribuiu R$ 5.000,00 aos seus três filhos empartes diretamente proporcionais às suas idades, quesão 4, 7 e 9 anos. Quanto coube a cada um?

16) Um tio oferece R$ 6.000,00 para serem repartidosentre seus três sobrinhos, em partes inversamenteproporcionais às faltas à escola que deram duranteo mês. Quanto coube a cada sobrinho, sabendo quedois deles faltaram 2 vezes cada um e outro faltou 5vezes?

17) Um reservatório de 25.200 m3 de capacidade foicompletamente cheio por 3 torneiras que despejarampor minuto 12 R, 8 R e 16 R de água respectivamente.Determinar o volume de água que cada torneiradespejou.

TESTES

18) As sucessões de números são direta-

mente proporcionais. Então, o coeficiente de propor-cionalidade é:

a) 135 c) 75

b) 25 d)

19) As sucessões de números são inversa-

mente proporcionais. Então, o coeficiente de propor-cionalidade é:

a) 60 c)

b) d)

20) As sucessões de números são

inversamente proporcionais. Então, a+b é igual a:

a) 63 c) 28

b) d) 21

21) Quero repartir o número 380 em parcelas que sãoinversamente proporcionais aos números 2, 5 e 4,respectivamente. Essas parcelas serão:

a) 200, 80 e 100b) 150, 130 e 100c) 180, 60 e 140 d) 200, 60 e 120

22) Uma pessoa divide R$ 13.000,00 proporcionalmenteàs idades de seus 3 filhos, que têm respectivamente3, 4 e 6 anos. Quanto receberão o filho mais novo eo mais velho?

a) R$ 2.000,00 e R$ 6.000,00b) R$ 3.000,00 e R$ 6.000,00c) R$ 3.000,00 e R$ 4.000,00d) R$ 4.000,00 e R$ 6.000,00

RESPOSTAS:

1) diretamente proporcionais 2) inversamente proporcionais 3) inversamente proporcionais 4) x = 10 e y = 12 5) x = 21 e y = 16 6) x = 3 e y = 35 7) m = 6 e n = 21 8) m = 3/5 e n = 3/2 9) m = 45 e n = 610) 216, 132, 252 e 28811) 260, 780 e 2.21012) 960, 1.440 e 1.60013) 200, 80 e 10014) 180, 135, 54 e 9015) R$ 1.000,00; R$ 1.750,00 e R$ 2.250,00.16) R$ 2.500,00; R$ 2.500,00 e R$ 1.000,00.17) 8.400 R; 5.600 R e 11.200 R18) d 19) a 20) c 21) a 22) b

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REGRA DE SOCIEDADE

É uma aplicação da divisão em partes diretamenteproporcionais e destacam-se três casos:

1º) TEMPOS IGUAIS E CAPITAIS DIFERENTES

Divide-se o lucro ou prejuízo da sociedade propor-cionalmente aos capitais dos sócios. Exemplo:

Quatro pessoas formam uma sociedade com oscapitais de: R$ 100.000,00, R$ 120.000,00, R$ 150.000,00e R$ 200.000,00, respectivamente. No fim de certo tempo,a sociedade apresentou um lucro de R$ 2.850.000,00.Quanto coube a cada sócio?

Solução:

Para facilitar os cálculos, desprezamos os cincozeros finais de cada importância do problema, acres-centando-os depois nos resultados finais.

Chamando os sócios de a, b, c e d, respectivamente,formando o sistema e aplicando a divisão em partesproporcionais, temos:

Então:

(acrescentando-se os cinco zeros suprimidos noinício do cálculo)

Resp.: Cada sócio recebeu, respectivamente:R$ 500.000,00; R$ 600.000,00; R$ 750.000,00e R$ 1.000.000,00.

2ª) CAPITAIS IGUAIS E TEMPOS DIFERENTES

Divide-se o lucro ou prejuízo da sociedade propor-cionalmente aos tempos de permanência dos sócios.

Exemplo: Três pessoas formam uma sociedade,permanecendo, o primeiro sócio durante 12 meses, osegundo 8 meses e o terceiro 6 meses. Quanto ganhoucada um, se a sociedade teve um lucro de R$ 520.000,00?

Então:

Resp.: O primeiro sócio ganhou R$ 240.000,00; osegundo, R$ 160.000,00 e o terceiro R$120.000,00.

3º) TEMPOS DIFERENTES E CAPITAIS DIFERENTES

Divide-se o lucro ou prejuízo da sociedade propor-cionalmente aos produtos do tempo pelo capital,respectivo de cada sócio. Exemplo:

Três negociantes formam uma sociedade em que oprimeiro entrou com o capital de R$ 300.000,00; o segundocom R$ 200.000,00 e o terceiro com R$ 500.000,00. Oprimeiro permaneceu 12 meses na sociedade; o segundo,9 meses e o terceiro, 4 meses. Qual foi o lucro de cada um,se o lucro total da sociedade foi de R$ 3.700.000,00?

Solução:

1º sócio: 300.000,00 @ 12 ! 3.600.000,00 ! 3.6002º sócio: 200.000,00 @ 9 ! 1.800.000,00 ! 1.8003º sócio: 500.000,00 @ 4 ! 2.000.000,00 ! 2.000

Então:

Logo:

Resp.: Os lucros foram, respectivamente:R$ 1.800.000,00; R$ 900.000,00 e R$ 1.000.000,00.

PROBLEMAS PARA RESOLVER:

1) Três pessoas formam uma sociedade, entrando aprimeira com R$ 30.000,00: a segunda comR$ 40.000,00 e a terceira com R$ 45.000,00. Calcu-lar o lucro de cada uma, sabendo-se que o lucro totalfoi de R$ 230.000,00.

2) Três pessoas formam uma sociedade comercial.A primeira empregou R$ 10.000,00; a segundaR$ 15.000,00 e a terceira, R$ 25.000,00. No fim do ano, o lucro da sociedade foi de R$ 450.000,00. Quala parte de cada uma?

3) A e B formaram uma sociedade com capitais propor-cionais a 4 e 7, respectivamente. No final de certotempo, A recebeu de lucro R$ 15.000,00 menos queB. Qual o lucro de cada um?

4) Duas pessoas formaram uma sociedade com capitaisiguais permanecendo a primeira durante 3 anos e asegunda durante 4 anos. Após esse tempo, foi feitoum balanço geral, pelo qual a segunda recebeu R$12.000,00 a mais do que a primeira. Determinar olucro de cada uma.

TESTES

5) Três pessoas formam uma sociedade, permanecen-do a primeira durante 12 meses; a segunda, 8 mesese a terceira, 6 meses. Quanto ganhou cada uma, sea sociedade apresentou um lucro de R$ 520.000,00?

a) R$ 240.000,00; R$ 160.000,00 e R$ 120.000,00,respectivamente

b) R$ 210.000,00; R$ 190.000,00 e R$ 120.000,00,respectivamente

c) R$ 250.000,00; R$ 150.000,00 e R$ 120.000,00,respectivamente

d) R$ 230.000,00; R$ 160.000,00 e R$ 130.000,00,respectivamente

6) A, B e C formaram uma sociedade. A entrou com R$24.000,00; B com R$ 30.000,00 e C com R$36.000,00. Depois de 3 meses tiveram um lucro deR$ 60.000,00. Quanto recebeu o sócio B?

a) R$ 16.000,00 c) R$ 24.000,00b) R$ 20.000,00 d) R$ 60.000,00

RESPOSTAS:

1) 1ª = R$ 60.000,00; 2ª = R$ 80.000,00 e 3ª = R$ 90.000,00.2) 1ª = R$ 90.000,00; 2ª = R$ 135.000,00; 3ª = R$ 225.000,00.3) A=R$ 20.000,00 e B=R$ 35.000,004) 1ª = R$ 36.000,00 e 2ª = R$ 48.000,00.

TESTES: 5) a 6) b

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REGRA DE TRÊS

GRANDEZAS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS:

São duas grandezas que, quando o valor de umadelas aumenta ou diminui, o valor da outra aumenta oudiminui o mesmo número de vezes. Então, se:

5 m de tecido custam . . . . . . . . . . . . R$ 20,0010 m custarão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 40,0015 m custarão . . . . . . . . . . . . . . . . . . . R$ 60,00

Nota-se que quando o valor da primeira (comprimen-to) torna-se o dobro, o triplo, etc., o mesmo ocorre com ovalor da outra (custo) e por isso mesmo essas duas grande-zas são diretamente proporcionais.

A propriedade que caracteriza a existência degrandezas diretamente proporcionais é: "a razão entreos valores de uma é igual à razão entre os valorescorrespondentes da outra." No exemplo acima, temos:

ou ou

onde as flechas de mesmo sentido indicam que as razõesresultaram de grandezas diretamente proporcionais.

GRANDEZAS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS:

São duas grandezas que, quando o valor de umadelas aumenta ou diminui, o valor da outra diminui ouaumenta o mesmo número de vezes. Então, se:3 operários fazem um serviço em 36 dias6 operários farão o mesmo serviço em 18 dias9 operários o farão em 12 dias

Nota-se que quando o valor da primeira (operários)torna-se o dobro, o triplo, etc., o valor da outra (tempo)torna-se a metade, um terço, etc., e por isso mesmo essasduas grandezas são inversamente proporcionais.

A propriedade que caracteriza a existência degrandezas inversamente proporcionais é: "a razão entreos valores de uma é igual ao inverso da razão entre osvalores correspondentes da outra." No exemplo acima,temos:

ou ou

onde as flechas de sentidos contrários indicam que asrazões resultaram de grandezas inversamente proporcio-nais.

REGRA DE TRÊS SIMPLES

São problemas que envolvem duas grandezas diretaou inversamente proporcionais. Resolvê-los, consiste emformar com os três valores conhecidos e a incógnitaprocurada, uma proporção e dela tirar o valor desejado.Para isso faz-se:

1º) Escreve-se numa mesma coluna as grandezas demesma espécie.

2º) Identifica-se se as grandezas são direta ou inversa-mente proporcionais.

3º) Escreve-se a proporção correspondente e passa-sea resolvê-la. Exemplos:

1) Se 5 operários tecem 800 m de fazenda por dia,quantos metros tecerão 9 operários?

Solução:

Indicando por x a quantidade de metros que farão os9 operários, temos a seguinte disposição prática:

5 operários . . . . . . . . . . . 800 m9 operários . . . . . . . . . . . x

Se 5 operários tecem 800 m, mais operários tecerãomais metros.

Como nesse exemplo as grandezas: número deoperários e quantidade de metros são diretamenteproporcionais, assinalamos essa variação nadisposição prática, através de flechas no mesmosentido. A proporção resultante e sua solução é:

Resp.: 9 operários tecerão 1.440 metros de fazenda.

2) Se 12 operários demoram 15 dias para executar umtrabalho, 10 operários, em quanto tempo farão omesmo trabalho?

12 operários . . . . . . 15 dias10 operários . . . . . . x

É óbvio que, se 12 operários demoram 15 dias,menos operários demorarão mais dias para fazer omesmo trabalho.

Como o tempo necessário para efetuar um trabalhoé inversamente proporcional ao número de operá-rios empregados, assinalamos essa variação, nadisposição prática, com flechas de sentidos contrá-rios.

Invertendo a primeira razão , para que as

flechas tomem o mesmo sentido, temos a proporção:

Resp.: 10 operários farão o mesmo trabalho em 18dias.

3) Certo automóvel percorre 330 km em 5 horas. Con-servando a mesma velocidade quantos quilômetrospercorrerá em 9 horas?

330 km . . . . . . . . 5 horas x . . . . . . . . . . . . 9 horas

Se, em 5 horas percorre 330 km, em mais horaspercorrerá mais km. Portanto, a regra de três édireta ! flechas de mesmo sentido. Então:

Resp.: Percorrerá 594 km.

4) Um avião, com a velocidade de 320 km/h, vence adistância entre duas cidades em 6 horas. Outroavião, com a velocidade de 360 km/h, em quantotempo percorrerá essa mesma distância?

320 km/n . . . . . . . . . . 6 horas360 km/h . . . . . . . . . . x

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Se, voando a 320 km/h demora 6 horas, voando amais km/h, demorará menos horas. Então, a regrade três é inversa ! flechas de sentidos contrários.

Invertendo a razão e resolvendo a proporção,

vem:

Transformando 16/3h em horas e minutos, vem:

|

|

Resp.: O outro avião percorrerá a mesma distânciaem 5 horas e 20 minutos.

REGRA DE TRÊS COMPOSTA

São problemas que envolvem três ou mais grande-zas direta ou inversamente proporcionais. Para resolvê-los, faz-se:

1º) Escreve-se numa mesma coluna as grandezas demesma espécie.

2º) Identifica-se se as grandezas são direta ou inversa-mente proporcionais, considerando as colunas duasa duas, sendo que uma delas deve conter o termodesconhecido.

3º) Escreve-se a proporção correspondente, igualandoa razão que contém o termo desconhecido com oproduto das outras razões, e passa-se a resolvê-la.Exemplos:

1) Se 8 pedreiros constroem em 6 dias um muro de 40m de comprimento, quantos pedreiros serão neces-sários para construir, em 14 dias, um muro de 70 mde comprimento?

Solução

Temos a seguinte disposição prática:

„ 8 9(1º Grupo)8 pedreirosx pedreiros

(2º Grupo) 6 dias14 dias

(3º Grupo)40 m/comp.70 m/comp.

Para resolvermos o problema proposto, comparamoscada grupo de valores com o grupo em que estiver o x (noexemplo, o 1º grupo), colocando-lhe à esquerda, umaflecha de formato diferente das demais para servir comotermo de comparação. Nessa comparação deveremosobservar apenas o grupo comparado com o que tem x,sem preocupação com qualquer outro grupo, para observar-mos se esses valores formam regra de três direta ouinversa. Desta forma, temos:

a) Comparação do 2º com o 1º grupo:

8 „ Se em

em 6 dias são necessários14 dias serão necessários

8 pedreirosx pedreiros

Ora, se em 6 dias são necessários 8 pedreiros parafazer o muro, em mais dias (14) serão necessáriosmenos pedreiros. Regra de três inversa ! flechasde sentidos contrários.

b) Comparação do 3º com o 1º grupo:

9 „Se para fazerpara fazer

40 m de muro são necessários70 m de muro serão necessários

8 pedreirosx pedreiros

Ora, se para fazer 40 metros de muro são necessári-os 8 pedreiros, para fazer mais metros de muro (70)serão necessários mais pedreiros. Regra de trêsdireta ! flechas de mesmo sentido.

Resumindo as letras a e b, vem:

„ 8 9 8 pedreirosx pedreiros

6 dias14 dias

40 m / comp.70 m / comp.

Notamos, na disposição prática, que as flechas quetêm o mesmo sentido da do grupo que contém x, indicamgrandezas diretamente proporcionais e as de sentidocontrário indicam grandezas inversamente proporcio-nais.Então, a razão desse grupo de grandezas inversamenteproporcionais (6 / 14) deve ser invertida, a fim de tomar omesmo sentido das grandezas diretamente proporcionais.

No grupo que contiver x, não se faz alterações.Somente escreve-o como se encontrar, na posição do 1ºgrupo, e, em seguida, transcreve-se os demais grupos,fazendo a inversão dos grupos que forem inversamenteproporcionais. Tem-se então:

Feito isto, conserva-se a razão que tem x emultiplicam-se entre si as demais razões, simplificando-as se for possível. Então vem:

Resp.: Serão necessários 6 pedreiros.

2) Sete operários, em 5 dias de 8 horas, fazem 2.800 mde tecido. Quantos operários serão necessários parafazer 2.160 m do mesmo tecido em 9 dias de 6horas?

„ 8 8 9(1º Grupo)7 operáriosx operários

(2º Grupo)5 dias9 dias

(3º Grupo)8 horas6 horas

(4º Grupo)2.800 m2.160 m

a) Comparação do 2º com o 1º grupo

8 „5 diasmais dias

7 operáriosmenos operários

Regra de três inversa ! flechas de sentidos con-trários.

b) Comparação do 3º com o 1º grupo

8 „8 horasmenos horas

7 operáriosmais operários

Regra de três inversa ! flechas de sentidos con-trários.

c) Comparação do 4º com o 1º grupo

9 „2.800 mmenos metros

7 operáriosmenos operários

Regra de três direta ! flechas de mesmo sentido.

Então:

„ 8 8 97 operáriosx operários

5 dias9 dias

8 horas6 horas

2.800 m2.160 m

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Invertendo as razões

„ 8 8 9Conservando-se a razão com x e multiplicando-seas demais, vem:

Simplificando fica:

Resp.: Serão necessários 4 operários.

3) Foram empregados 24 kg de fio para tecer 120 m defazenda de 0,82 m de largura. Quantos metros damesma fazenda, de 1,23 m de largura serão tecidoscom 30 kg do mesmo fio?

9 „ 824 kg / fio30 kg / fio

120 mx

0,82 m / larg.1,23 m / larg.

| 9 „ 9 Simplificando fica:

Resp.: Serão tecidos 100 metros.

4) Se o transporte, por estrada de ferro, de 15 toneladasde certa mercadoria, à distância de 400 km custa R$90,00, qual será o frete de 32 toneladas, ao mesmopreço por km, em 250 km?

9 9 „ 15 toneladas32 toneladas

400 km250 km

R$ 90,00x

| „ 9 9 Simplificando fica:

Resp.: O frete será de R$ 120,00.

PROBLEMAS PARA RESOLVER:

1) Duas rodas dentadas, engrenadas uma na outra, têmrespectivamente, 24 e 108 dentes. Quantas voltasdará a menor, enquanto a maior dá 16?

R.: 72 voltas.

2) Numa cocheira existem 30 cavalos, para os quaisuma certa quantidade de feno dura 40 dias. Tendosido retirados 10 cavalos, quanto tempo durará agoraaquela quantidade de feno? R.: 60 dias.

3) Uma pessoa, dando 51 passos por minuto, demora15 minutos para percorrer certa distância. Que tempodemorará para percorrer a mesma distância, se, emcada minuto, der 45 passos? R.: 17 minutos.

4) Para forrar as paredes de uma sala, são necessárias30 peças de papel de 60 cm de largura. Quantaspeças de 90 cm de largura seriam necessárias paraforrar a mesma sala? R.: 20 peças.

5) Se, de cada 30 kg de café cru resultam 25 kg de cafétorrado, quantos kg de café cru serão necessáriospara se obter 200 kg de café torrado? R.: 240 kg.

6) Um circo é armado por 15 homens que trabalham 10horas por dia, em 3 dias. Em quanto tempo armariamesse circo, 10 homens que trabalhassem 9 horas pordia? R.: 5 dias.

7) Com uma bomba elétrica, eleva-se 4.200 litros deágua à altura de 12 m, em 1 hora e 20 minutos.Quanto tempo empregará essa bomba para elevar12.600 litros a altura de 8 metros? R.: 2 h 40 min.

8) Com 15 operários, em 18 dias gastou-se R$ 405,00para fazer certo trabalho. Quanto se gastaria para umtrabalho semelhante, dispensando-se 8 operários,sendo que os restantes fariam o trabalho em 12dias? R.: R$ 126,00.

9) Um automóvel com a velocidade média de 60 km / h,rodando 7 horas por dia, leva 20 dias para fazer certopercurso. Quantos dias levaria o mesmo automóvel,para fazer aquele percurso, se viajasse 12 horas pordia, com a velocidade média de 50 km / h?

R.: 14 dias.

10) Um livro tem 250 páginas de 40 linhas cada, sendocada linha composta por 66 letras. Reimprimindo-ocom os mesmos caracteres, porém com páginas de30 linhas de 50 letras cada uma, quantas páginasterá o novo livro? R.: 440 páginas.

11) Se 80 operários, trabalhando 10 horas por dia tece-ram 7.500 m de fazenda em 25 dias, quantos metrosdo mesmo tecido farão 54 operários trabalhando 8horas por dia, durante 30 dias? R.: 4.860 m.

12) Um automóvel gasta 10 litros de gasolina parapercorrer 65 km. Quantos litros gastará num percursode 910 km? R.: 140 litros.

TESTES

12) Uma máquina produz 600 peças em 20 minutos.Quantas peças produzirá em 50 minutos?

a) 675 b) 1500 c) 2000 d) 3000

13) Se 8 tratores realizam certo trabalho em 15 dias, 10tratores realizariam o mesmo trabalho em:

a) 12 dias b) 16 dias c) 6 dias d) 8 dias

14) Na construção de um muro de 24 m de comprimentoforam utilizados 3120 tijolos. Para construir um murode 60 m de comprimento serão necessários quantostijolos:

a) 7728 b) 5184 c) 5400 d) 7800

15) Em 3 dias, 4 máquinas produzem 600 peças. Paraproduzir 900 peças em 2 dias, serão necessáriasquantas máquinas:

a) 24 b) 15 c) 9 d) 6

RESPOSTAS: 12) b 13) a 14) d 15) c

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PORCENTAGEM E PROBLEMAS

A razão entre dois valores quaisquer de uma grande-za pode ser representado com um conseqüente oudenominador qualquer. Suponha então que numa caixa defrutas, contendo laranjas e mexericas, num total de 90frutas, 27 delas sejam laranjas. A razão entre o número delaranjas e o total de frutas será 27/90, que pode serrepresentada de várias formas, como por exemplo:

, etc. . .

Então, se pode dizer, com o mesmo sentido, que nacaixa de frutas, 27/90 das frutas são laranjas; ou 3/10 dasfrutas são laranjas; ou 12/40 das frutas são laranjas; ou30/100 das frutas são laranjas, etc.

RAZÃO CENTESIMAL (OU PERCENTUAL)

É a razão representada com o denominador ouconseqüente 100 e é chamada de percentagem ouporcentagem. No exemplo acima, a razão com forma deporcentagem é 30/100, que pode também ser escrita"30%", em que o símbolo "%" indica porcentagem.

O numerador ou antecedente "30" da razão chama-se taxa de porcentagem e o número total de frutas "90"é chamado principal.

É bom notar que o número de laranjas "27", é umafração do todo "90", ou seja, vale de 90, ou simplesmente30% de 90. Então se diz que 27 é 30% de 90, ou, 30% dasfrutas são laranjas.

Pode-se representar uma razão sob a forma deporcentagem, e, reciprocamente, representar uma porcen-tagem sob a forma de fração irredutível. Observe:

1º) Representar a razão sob a forma de porcentagem.

Solução:

Consiste em achar uma razão igual a 3/5 e de conse-qüente 100. Então, representando por x o antecedenteda razão procurada, forma-se a proporção

, de onde vem:

Logo, a porcentagem procurada será:

Reciprocamente, teríamos: representar 60% sob aforma de fração irredutível.

(após simplificada).

Então, a fração irredutível correspondente a 60% é

2º) Representar sob a forma de porcentagem.

Solução:

Segundo o mesmo critério anterior, vem:

Então: .

O caso inverso é:

(após simplificada).

Logo: .

No comércio, para simplicidade nos cálculos, usa-sedeterminar as comissões, os lucros, os prejuízos, osabatimentos, os juros, as corretagens, etc., em proporçõesa 100 unidades de outra grandeza da mesma espécie. Istosignifica que, quando se diz que um corretor recebeu 7% decomissão, quer-se dizer que, em cada 100 reais, a parteque lhe coube foi 7 reais.

TERMOS DA PORCENTAGEM

Em todo problema de porcentagem, deve-se distin-guir quatro elementos

1º) O PRINCIPAL que é o número total sobre o qual sequer calcular a porcentagem. (todo em espécie). Érepresentado por P.

2º) A PORCENTAGEM que é a parte que se querencontrar do principal e é da mesma espécie doprincipal (parte do principal). É representada por p.

3º) O NÚMERO FIXO 100 que representa o total em %(todo em %). Nunca aparece no problema e érepresentado por 100.

4º) A TAXA DE PORCENTAGEM que é o número departes que devem ser tomadas em cada 100 partesdo principal (parte em %). É representada por i.

RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Os problemas relativos a porcentagem são resolvidosfacilmente, por meio de regra de três simples e direta,seguindo-se o critério:

Ao principal (todo em espécie) ! corresponde !100% (todo em %) e à porcentagem (parte do principal)!!!! corresponde !!!! taxa de porcentagem (parte em %).

PROBLEMAS RESOLVIDOS

Siga, com muita atenção, os modelos:

1º) Calcular quanto deve receber um corretor pela vendade um terreno no valor de R$ 50.000,00, se a comis-são foi estipulada em 3,5%.

Solução:

Distinguindo os quatro elementos do problema,temos:

(P) ! PRINCIPAL = 50.000,00 (todo em espé-cie) ! é o valor total.

(p) ! PORCENTAGEM = x (parte do prin-cipal)! é o que vai ser calculado.

(100) ! NÚMERO FIXO = 100% (todo em %) !nunca aparece escrito no problema.

(i) ! TAXA DE PORCENTAGEM = 3,5% (parteem %) ! é a parte do 100% que o corretorvai ganhar de comissão.

Com esses quatro elementos, arma-se o dispositivo(regra de três simples direta):

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VALOR CORRESPONDE PORCENTAGEM

(P) 50.000,00(p) x

(todo) . . . . . 100(parte) . . . . . (i)

100% (todo) 3,5% (parte)

Estabelecendo a proporção e resolvendo-a, vem:

Resp.: A comissão do corretor é de R$ 1.750,00.

2) Ao pagar uma conta de R$ 48.000,00, uma pessoatem um abatimento de 4%. Quanto pagou pelaconta?

Solução:

Distinguindo os quatro elementos, temos:

(P) ! PRINCIPAL = 48.000,00 (todo em espé-cie) ! valor total.

(p) ! PORCENTAGEM = x (parte do principal)! o que se vai calcular.

(100) ! NÚMERO FIXO = 100% (todo em %) !não aparece no problema.

(i) ! TAXA = 4% (parte do 100%) ! é o quevai ser abatido.

Dispositivo da regra de três:

VALOR CORRESPONDE PORCENTAGEM

(P) 48.000,00(p) x

(todo) . . . . . 100(parte) . . . . . (i)

100% (todo) 4% (parte)

Proporção e cálculo:

O abatimento foi de R$ 1.920,00, então, a pessoapagou:

R$ 48.000,00 – R$ 1.920,00 = R$ 46.080,00

Resp.: A pessoa pagou R$ 46.080,00 pela conta.

OUTROS EXEMPLOS (RESOLUÇÃO DIRETA)

3) Em uma classe de 35 alunos, 40% são meninos.Quantas são as meninas?

9 9

O número de meninos é 14; logo o número de meni-nas é: 35 – 14 = 21

Resp.: As meninas são em número de 21.

4) Sobre uma compra de R$ 68.000,00, se concede umabatimento de R$ 3.400,00. Qual é a taxa do abati-mento?

9 9

Resp.: A taxa do abatimento foi de 5%.

5) Em 35 g de uma solução de iodo, a porção de iodopesa 0,7 g. Qual a taxa percentual de iodo da solu-ção?

9 9

Resp.: A taxa percentual de iodo da solução é de2%.

6) Um rapaz, comprando uma motoneta, conseguiu umdesconto de 3% sobre o preço marcado, e assimobteve um desconto de R$ 18,00. Qual o preçomarcado?

9 9

Resp.: O preço marcado é de R$ 600,00.

7) Em um recipiente contendo álcool puro, derramam-se7,5 R de água para se obter uma mistura que conti-vesse 25% de água. Qual o volume da mistura?

9 9

Resp.: O volume da mistura é de 30 litros.

TAXA MILESIMAL

Se, em lugar de tanto por cento, se tiver tanto pormil, será uma taxa milesimal, cujo símbolo é "%o" e paracalculá-la, basta substituir nos problemas que a contiver,o número 100 por 1.000 e se efetuar os cálculos resultantescomo nos problemas anteriores.

EXERCÍCIOS A RESOLVER

Exprimir, sob a forma de porcentagem, as razões:

1) 2) 3) 4) 5) 6)

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Representar, sob a forma de fração irredutível, asporcentagens:

7) 15% 9) 7,5% 11) 38,25% 8) 4,5% 10) 24,8% 12) 21,875%

Calcular as porcentagens ou taxa milesimal:

13) 8% de 175 18) 2%o de 200 g14) 0,2% de 938 19) 5%o de 500 g

15) de 600 20) 3%o de 145 g

16) 5% de 3/4 21) 12% de R$ 60.000,00

17) de 22) 6% de R$180.000,00

Determinar quanto por cento é:

23) 35 de 700 25) 5 dm3 de 50 daR24) 3 m de 24 m 26) 16 kg de 80 kg

PROBLEMAS

27) O transporte de um objeto custa R$ 864,00 e estaimportância representa 8% do valor do objeto. Qualé o valor desse objeto?

28) Uma conta, ao ser paga à vista, sofre um abatimentode 5% no valor de R$ 200,00. Qual é o valor daconta?

29) Qual o valor de uma fatura pela qual se pagou R$1.900,00, sabendo-se que o vendedor concordou emfazer um abatimento de 5%?

30) Um aluno, ao fazer uma composição de 420 pala-vras, cometeu 21 erros de ortografia. Qual é a taxapercentual de erros da composição?

31) Um negociante comprou 156 kg de mercadorias porR$ 171,60. Por quanto deve revender o quilo, sepretende ganhar 30% sobre o preço da compra?

32) Um comerciante compra 310 toneladas de minério aR$ 45,00 a tonelada. Vende um quinto com lucro de25%; dois quintos com lucro de 15% e o resto comlucro de 10%. Quanto recebe ao todo e qual o seulucro?

33) Uma pessoa compra uma propriedade por R$30.000,00. Paga de taxa, comissões e escritura, R$7.200,00. Por quanto deve revendê-la, para lucrar12%?

34) Um comerciante adquiriu 120 kg de certa mercadoriaà razão de R$ 2,40 o quilograma. Obteve um descon-to de 1% e teve uma despesa de transporte de R$18,80. Revendendo a mercadoria a R$ 3,00 o quilo-grama, qual será sua taxa percentual de lucro?

35) Uma betoneira, depois de trabalhar na construção deum edifício sofre uma depreciação de 27% de seuvalor e é, então, avaliada em R$ 3.650,00. Qual é ovalor primitivo?

36) Uma pessoa compra um apartamento por R$170.000,00 e o revende com o lucro de 15% sobre opreço de venda. Qual é o preço de venda?

37) Numa cidade, a população adulta é de 18.300pessoas, 42% das quais são analfabetas. Quantossão os adultos alfabetizados dessa cidade?

38) Em uma classe com 40 alunos, a taxa de porcenta-gem de comparecimento, certo dia, foi de 90%.Quantos alunos faltaram nesse dia?

TESTES

39) A razão 7/20 na forma percentual é:

a) 7% b) 25% c) 30% d) 35%

40) 9% de 0,8 é igual a:

a) 0,72 b) 0,072 c) 7,2 d) 72

41) Numa classe de 50 alunos, 30 são moças. A taxapercentual de rapazes é:

a) 25% b) 30% c) 40% d) 75%

42) Em sua composição, o feijão tem 22% de proteínas.Quantos gramas de proteínas fornecem 300 g defeijão?

a) 66 b) 6,6 c) 17,6 d) 176

43) Uma jóia contém em seu peso 65% de ouro. Se essajóia pesa 15,4 gramas, a quantidade, em gramas, deouro que esta jóia tem é:

a) 10,10 g b) 10,00 g c) 10,01 g d) 10,11 g

44) Sabe-se que 140 representam 35% de um número x.Este número x é:

a) 400 b) 500 c) 600 d) 300

45) A taxa percentual que corresponde à fração 3/4 é:

a) 80% b) 75% c) 70% d) 65%

46) Numa cidade, as tarifas de ônibus passaram de R$16,00 para R$ 24,00. O percentual de aumento foide:

a) 50% b) 40% c) 60% d) 70%

47) Em certo país, a população atual é de 80 milhões dehabitantes. Sabendo-se que a taxa de crescimentopopulacional é de 40% ao ano, a população daqui a2 anos será:

a) 83,200 milhões c) 156,8 milhõesb) 112 milhões d) 168,5 milhões

48) Em um colégio, 38% dos alunos são meninos e asmeninas são 155. Neste colégio, o número de alunosé:

a) 140 b) 240 c) 150 d) 250

RESPOSTAS:

1) 75% 2) 12,5% 3) 40% 4) 46,87% 5) 160% 6) 302,5% 7) 3/20 8) 9/200 9) 3/4010) 31/12511) 153/400

12)

13) 1414) 1,87615) 5016) 0,037517) 10/918) 4 dg19) 2,5 g

20) 435 mg21) R$ 7.200,0022) R$ 10.800,0023) 5%24) 12,5%25) 1%26) 20%27) R$ 10.800,0028) R$ 4.000,0029) R$ 2.000,0030) 5%31) R$ 1,4332) R$ 16.042,50 e

R$ 2.092,5033) R$ 41.664,0034) 18,45%35) R$ 5.000,0036) R$ 200.000,0037) 10.61438) 4 alunos

TESTES:

39) d 41) c 43) c 45) b 47) c40) b 42) a 44) a 46) a 48) d

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NOÇÕES DE PROBABILIDADEE ESTATÍSTICA

INTRODUÇÃO

A uma pressão de 1 atmosfera, a água sempreferverá a 100ºC quando receber calor e o gelo derreterá a0ºC. Estes são exemplos de experimentos previsíveis oudeterminísticos, porque sempre se repetem nas mesmascondições.

Entretanto, quando lançamos um dado, não podemosprever com certeza o número que será obtido, ou mesmoquando lançamos uma moeda, não temos condições deafirmar previamente que o resultado será cara ou coroa.Experimentos cujos resultados são imprevisíveis sãochamados de aleatórios. Exemplos de experimentosaleatórios:

• sorteio de um número de 0 a 100.C resultado do 2º jogo da loteria esportiva.

Chamamos de experimentos aleatórios equiprová-veis, os experimentos em que qualquer resultado podeocorrer com a mesma chance, assim no lançamento deuma moeda a chance de ocorrer cara ou coroa é a mesma.

ESPAÇO AMOSTRAL (CONJUNTO UNIVERSO)

No lançamento de um dado, os resultados possíveissão 1; 2; 3; 4; 5; 6.

Chamamos de espaço amostral (ou conjunto universoU, o conjunto de todos os resultados possíveis, logo nestecaso U = { 1; 2; 3; 4; 5; 6 }, n(U) será o número de elemen-tos do conjunto U, no caso do dado, n(U) = 6.

EVENTO

É qualquer subconjunto do espaço amostral. Assim,no lançamento de um dado, o evento “obter número primo”é A = {2; 3; 5 }, subconjunto de U = { 1; 2; 3; 4; 5; 6 }.

Quando A = U, o evento é certo.

Quando A = i, o evento é impossível.

EVENTO COMPLEMENTAR

É quando ocorre A c = U e A 1 = i, ou sejatome o dado como exemplo:

A = { 2; 4; 6 } evento obter um número par = { 1; 3; 5 } evento obter um número ímpar

A c = { 1; 2; 3; 4; 5; 6 } = U eA 1 = ientão A e são eventos complementares.

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) No experimento aleatório lançamento de 3 moedas,qual é o espaço amostral?

Solução: Indicando cara por x e coroa por y, te-mos:

U = {(x; x; x), (x; x; y), (x; y; x), (x; y; y),(y; x; x), (y; x; y), (y; y; x), (y; y; y)}

n(U) = 8

2) No lançamento simultâneo de dois dados diferentes,determinar os seguintes eventos:a) números cuja soma seja 8b) números iguaisc) números cuja soma seja 14.

Solução: Seja U o espaço amostral, então tere-mos:

U = {(1; 1) (1; 2) (1; 3) (1; 4) (1; 5) (1; 6) (2; 1) (2; 2) (2; 3) (2; 4) (2; 5) (2; 6) (3; 1) (3; 2) (3; 3) (3; 4) (3; 5) (3; 6) (4; 1) (4; 2) (4; 3) (4; 4) (4; 5) (4; 6) (5; 1) (5; 2) (5; 3) (5; 4) (5; 5) (5; 6) (6; 1) (6; 2) (6; 3) (6; 4) (6; 5) (6; 6)}

O evento é um subconjunto do espaço amostral.

a) A = { (2; 6); (3; 5); (4; 4); (5; 3); (6; 2) }b) A = { (1; 1);(2; 2); (3; 3); (4; 4); (5; 5);

(6; 6) }c) A = i

3) Determinar o espaço amostral do experimentoaleatório no lançamento de um dado e duas moedase o evento coroa e um número par.

Solução: Indicando cara por c e coroa por d,temos:

U = {(c; c; 1), (c; c; 2), (c; c; 3), (c; c; 4), (c; c; 5), (c; c; 6), (c; d; 1), (c; d; 2), (c; d; 3), (c; d; 4), (c; d; 5), (c; d; 6), (d; c; 1), (d; c; 2), (d; c; 3), (d; c; 4), (d; c; 5), (d; c; 6), (d; d; 1), (d; d; 2), (d; d; 3), (d; d; 4), (d; d; 5), (d; d; 6)}

n(U) = 24A = { (d; d; 2) ; (d; d; 4) ; (d; d; 6) }

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) No lançamento de um dado, o complementar doevento “obter um número primo” é:

a) A = { 1; 4; 6 } d) A = { 2; 3; 5 }b) A = { 1; 2; 3; 5 } e) n.r.a.c) A = { 1; 2; 4; 5 }

2) No lançamento de 2 dados obter o evento cuja somados dois números seja igual a 5 aparece quantasvezes?

a) 1 b) 3 c) 4 d) 2 e) n.r.a.

3) Considerando o experimento aleatório nascimento de2 gatos, qual o número de elementos do espaçoamostral considerando que os gatos podem sermacho ou fêmea, nas cores preto, branco, amareloou cinza.

a) n(U) = 8 d) n(U) = 14b) n(U) = 16 e) n.r.a.c) n(U) = 12

4) No lançamento de um dado, o evento obter umnúmero múltiplo de 2 ocorre quantas vezes?

a) 3 b) 2 c) 6 d) 4 e) n.r.a.

5) Considerando o experimento sorteio de um númerode 1 a 15, quais das alternativas representa o eventoobter um número múltiplo de 3.

a) A = { 3; 6; 9; 12; 14 }b) A = { 3; 6; 9; 12; 15 }c) A = { 3; 6; 9; 12; 14; 15 }d) A = { 3; 6; 10; 15 }e) n.r.a.

RESPOSTAS1) a 2) c 3) b 4) a 5) b

PROBABILIDADE DE UM EVENTO

Seja U um espaço amostral equiprovável, de umexperimento aleatório, e A, um evento desse espaçoamostral. A probabilidade de um evento é definida pelonúmero real P(A), tal que:

- 34.a34.a34.a34.a -

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onde: n(A): nº de elementos do evento A.n(U): nº de elementos do espaço amos-

tral U.

PROPRIEDADES DAS PROBABILIDADES

Primeira Propriedade

A probabilidade de um evento certo é igual a 1, istoé:

P(A) = 1

Exemplo: A probabilidade de sair número menor ouigual a 6, no lançamento de um dado.

Segunda Propriedade

A probabilidade de ocorrer um evento A no espaçoamostral U é sempre maior ou igual a zero e menor ou iguala 1, isto é:

0 # P(A) # 1

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) No lançamento de um dado, determine a probabilida-de de se obter

a) o número 3b) um número parc) um número maior que 2.

Solução:

Sendo U = {1; 2; 3; 4; 5; 6 } e n(U) = 6, então:

a) A = { 3 } 6 n(A) = 1 | P(A) =

P(A) =

b) A’ = { 2; 4; 6 } 6 n(A’) = 3

c) A” = { 3; 4; 5; 6 } 6 n (A”) = 4

2) Considere o experimento aleatório:“Lançar dois dados e obter as faces voltadas paracima”. Determine a probabilidade de se obter:

a) A soma dos pontos igual a 10.b) O número em uma das faces igual ao dobro do

nº na outra face.c) A soma dos pontos igual a 13.d) A soma dos pontos menor ou igual a 12.e) sair faces iguais.

Solução:

O espaço amostral U é:

U = {(1; 1), (1; 2), (1; 3), (1; 4), (1; 5), (1; 6),(2; 1), (2; 2), (2; 3), (2; 4), (2; 5), (2; 6),

(3; 1), (3; 2), (3; 3), (3; 4), (3; 5), (3; 6),(4; 1), (4; 2), (4; 3), (4; 4), (4; 5), (4; 6),(5; 1), (5; 2), (5; 3), (5; 4), (5; 5), (5; 6),(6; 1), (6; 2), (6; 3), (6; 4), (6; 5), (6; 6)}

temos n(U) = 36

a) A soma dos pontos igual a 10.

temos: A = {(4; 6), (5; 5), (6; 4)} e n(A) = 3, então

b) A1: obter em uma das faces número igual aodobro do número na outra face.

c) A2: obter soma dos pontos igual a 13, temos A2

= i, então P(A2) = 0 (probabilidade do eventoimpossível).

d) A3 = U = n(U), então, .

Portanto, P(A3) | evento certo.

e) A4 = {(1; 1), (2; 2), (3; 3), (4; 4), (5; 5), (6; 6)}n(A4) = 6

2) No jogo da sena seis números distintos são sortea-dos dentre os números 1; 2; . . . 50. A probabilidadede que, numa extração, os seis números sorteadossejam ímpares, vale aproximadamente:

Solução:

O número de elementos do evento é uma combina-ção de 25 algarismos ímpares tomados 6 a 6.n (E) = C25,6

O espaço amostral é o número de extrações ou seja,uma combinação de 50 algarismos formados 6 a 6.

3) Na escolha de um número de 1 a 25, qual a probabili-dade de que seja sorteado um número múltiplo de 6?

4) Ao jogarmos dois dados distintos, qual a probabilida-de de obtermos pontos diferentes nos dois dados?

Solução:

Como já vimos no segundo exercício, o número deelementos do espaço amostral é 36.

n(U) = 36

Devemos excluir as jogadas {(1; 1), (2; 2),(3; 3), (4; 4), (5; 5), (6; 6)}.

Sobraram, então, 30 jogadas.

- 34.b34.b34.b34.b -

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5) Numa empresa, trabalham 10 homens e 5 mulheres.Para formar uma comissão com 4 pessoas, é feitoum sorteio. Qual a probabilidade de se obter acomissão formada por 2 homens e 2 mulheres?

Solução:

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Retirando uma bola de uma urna que contém 15bolas, numeradas de 1 a 15, qual a probabilidade dese obter um número primo?

a) b) c) d) e) n.r.a.

2) Qual a probabilidade de se obterem dois valetes,num baralho de 52 cartas, extraindo-se simultanea-mente 2 cartas.

a) b) c) d) e) n.r.a.

3) Dois dados, um branco e outro preto, são lançadossimultaneamente sobre uma mesa. Qual a probabili-dade das somas dos valores obtidos nas faces dosdois dados ser igual a 5?

a) b) c) d) e) n.r.a.

4) Numa urna existem 6 bolas vermelhas e 4 pretas.Extraindo-se simultaneamente 6, qual a probabilida-de de se obter 4 vermelhas e 2 pretas?

a) b) c) d) e) n.r.a.

5) Três moedas são lançadas simultaneamente. Qual aprobabilidade de se obter uma cara e 2 coroas?

a) b) c) d) e) n.r.a.

RESPOSTAS1 - a 2 - b 3 - c 4 - a 5 - c

SOMA DE PROBABILIDADES

Se A e B são dois eventos de um espaço amostral U,sabemos que

n(A c B) = n (A) + n (B) – n (A 1 B)

Dividindo-se essa igualdade por n (U) … 0, temos:

Observe que:

Se A 1 B = i, os eventos são mutuamente exclusivos,isto é, P (A 1 B) = 0.

Daí: P (A c B) = P (A) + P (B).

EXERCÍCIOS RESOLVIDOS

1) Sorteando um número de 1 a 30, qual a probabilida-de de que ele seja par ou múltiplo de 5?

Solução: Seja A (número par)B (múltiplos de 5)

2) Lançando-se simultaneamente dois dados nãoviciados, a probabilidade de que suas faces superio-res exibam soma igual a 7 ou 9 é:

a) b) c) d) e) n.r.a.

Solução: Temos:

U = {(1, 1), (1, 2) , . . . (6,5), (6,6) },n(U) = 36

Para a soma igual a 7, temos:A = {(1; 6); (2: 5); (3; 4); (4; 3); (5; 2); (6; 1)}n(A) = 6

Para a soma igual a 9, temos:B = {(3; 6); (4; 5); (5; 4); (6;3)}n(B) = 4

Como A 1 B = i, então:

3) Numa pesquisa feita com 600 pessoas de umacomunidade, verificou-se que 200 lêem o jornal A,300 lêem o jornal B e 150 lêem os jornais A e B. Quala probabilidade de, sorteando-se uma pessoa, elaser leitora do jornal A ou do jornal B?

Solução:

- 34.c34.c34.c34.c -

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4) Extrai-se aleatoriamente uma carta de um baralho de52 cartas. Qual é a probabilidade de a carta extraídaser valete ou carta de paus?

Solução:

Seja A o evento “ocorrência de valete”.n(A) = 4, porque são 4 os valetes.

Seja B o evento “ocorrência de carta de paus”.

n(B) = 13, porque são 13 as cartas de paus.Como só existe um valete de paus,

n(A 1 B) = 1

5) Numa urna há 40 bolas brancas, 25 bolas pretas e 15vermelhas, todas de mesmo formato e indistinguíveispelo tato. Retirando-se uma bola ao acaso, determinea probabilidade de que ela seja preta ou vermelha.

Solução:

EXERCÍCIOS PROPOSTOS

1) Qual a probabilidade de obter, no lançamento de umdado, um número par ou primo?

a) b) c) d) e) n.r.a.

2) De uma coleção de 8 livros de matemática, 5 defísica e 7 de química, retira-se um livro. Calcule aprobabilidade desse livro ser de física ou química.

a) b) c) d) e) n.r.a.

3) Num grupo de 200 estudantes, 60 gostam de mate-mática, 40 gostam de música e 20 gostam tanto dematemática quanto de música. Escolhendo-se umestudante ao acaso, qual é a probabilidade delegostar de matemática ou de música?

a) b) c) d) e) n.r.a.

4) Num lançamento simultâneo de dois dados, qual é aprobabilidade de se obter a soma igual a 3 ou 7?

a) b) c) d) e) n.r.a.

5) Uma escola de 1 200 alunos, 550 gostam de rock;230 gostam de samba e 120 gostam de samba e derock. Escolhendo um aluno ao acaso, qual a probabi-lidade dele gostar de samba ou de rock?

a) b) c) d) e) n.r.a.

6) No sorteio de um número natural de 1 a 15. A proba-bilidade de se obter um número primo ou par é:

a) b) c) d) e) n.r.a.

7) No lançamento de dois dados, qual a probabilidadede se obter soma 5 ou 8?

a) b) c) d) e) n.r.a.

8) Uma urna contém 20 bolas numeradas de 1 a 20.Seja o experimento “retirada de uma bola” e conside-re os eventos:

A = {a bola retirada possui um número múltiplo de 2}B = {a bola retirada possui um número múltiplo de 5}

Então a probabilidade do evento A c B é:

a) b) c) d) e) n.r.a.

9) Retirando uma carta de um baralho, comum, de 52cartas. Qual a probabilidade da carta retirada ser decopas ou um rei?

a) b) c) d) e) n.r.a.

10) A tabela abaixo, dá a distribuição de probabilidadesdos 4 tipos de sangue de indivíduos numa comunida-de.

A probabilidade de que um indivíduo sorteado aoacaso, desta comunidade, não tenha o tipo B ou nãotenha o tipo AB vale:

a) 0,855b) 1,0

c) 1,85d) 0,85

e) n.r.a.

RESPOSTAS1) a2) c

3) b4) c

5) a6) d

7) a8) d

9) a10) d

PROBABILIDADE CONDICIONAL

A probabilidade condicional quantifica a "chance" dedois eventos dependentes e não excludentes ocorrerem emcerta ordem

Seja: 0: lançar um dado e o eventoA = {sair nº 3}.

Então:

Consideremos agora o evento B = {sair um nº ímpar}= {1, 3, 5}.

É de grande importância para o cálculo dasprobabilidades calcularmos as probabilidades condicio-nais.

- 34.d34.d34.d34.d -

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No exemplo, poderíamos estar interessados emavaliar a probabilidade do evento. A condicionada à ocor-rência do evento A.

Em símbolos, designamos por P(A/B): lê-se: "probabi-lidade do evento A condicionada à ocorrência de B", ouainda, "probabilidade de A dado B".

Assim:

Observe: dada a informação da ocorrência de umevento, teremos a redução do espaço-amostra; no exemploS = {1, 2, 3, 4, 5, 6} foi reduzido para S* = {1, 3, 5} e é nesteespaço-amostra reduzido que avaliaremos a probabilidadedo evento.

Formalmente definimos probabilidade condicional daseguinte maneira: "dados dois eventos A e B, denotaremosP(A/B) a probabilidade condicionada do evento A, quandoB tiver ocorrido, por:

,

com P(B) … 0, pois B já ocorreu".Pode-se constatar que P(A/B), assim definida,

satisfaz os postulados da probabilidade já mencionados.

Para aplicações, convém encontrar uma fórmula maisprática para o cálculo da probabilidade condicional; assim:

Dessa maneira, para avaliarmos a probabilidade deA, dado B, basta contarmos o número de casos favoráveisao evento A 1 B: [ncf(A 1 B)]. Exemplo:

Dois dados são lançados. Consideremos os eventos:

A = {(x1, x2)/ x1 + x2 = 10} eB = {(x1, x2)/ x1 > x2}

Avaliar: P(A) ; P(B) ; P(A/B) e P(B/A).

Note:

Apenas o par (6,4) é favorável ao evento (A 1 B).

APLICAÇÕES DA PROBABILIDADE CONDICIONAL

Existem duas aplicações importantes da probabilida-de condicional. Uma delas é a possibilidade de determina-ção da probabilidade de ocorrência simultânea de dois (oumais) eventos; a outra é a chamada regra (ou teorema) deBayes, que relaciona a probabilidade de A ter ocorrido apósB em particular, quando ele poderia ter ocorrido após C, D,E, F, etc.

TEOREMA DO PRODUTO OU PROBABILIDADEDE OCORRÊNCIA SIMULTÂNEA DE 2 EVENTOS

"A probabilidade da ocorrência simultânea de doiseventos, A e B, do mesmo espaço amostral, é igual aoproduto da probabilidade de um deles pela probabilidadecondicional do outro, dado o primeiro."

Assim:

A probabilidade de A e B ocorrerem simultaneamenteé o produto da probabilidade de A pela probabilidade deocorrência de B após ter ocorrido A. Exemplo:

Em um lote de 12 peças, 4 são defeituosas, 2 peçassão retiradas uma após a outra, sem reposição. Qual aprobabilidade de que ambas sejam boas?

Solução:

Dados: A = {a primeira peça é boa}B = {a segunda peça é boa}

Então:

8 = se tem 12 peças e 4 são defeituosas, então 8 sãoboas

7 = se tem 8 peças boas e eu já tirei 1, então 7 aindasão boas

12 = número total de peças

11 = número total de peças já que eu tirei uma.

- 34.e34.e34.e34.e -

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NOÇÕES DE ESTATÍSTICA

INTRODUÇÃO

A Estatística é uma parte da matemática que tratados métodos científicos para uma coleta, organização,descrição, análise e interpretação de dados para a tomadade decisões.

Grande parte das informações divulgadas pelosmeios de comunicação atual provêm de pesquisas eestudos estatísticos.

A parte da Estatística que descreve e analisa umconjunto de dados, sem tirar conclusões, é chamadaEstatística Descritiva e a parte que trata das inferências econclusões a partir dos dados é chamada EstatísticaIndutiva ou Estatística Inferencial.

POPULAÇÃO E AMOSTRA

• População é o conjunto formado por todos osindivíduos que apresentam pelo menos uma caracte-rística comum, cujo comportamento interessa anali-sar. A população pode ser finita ou infinita. É finita,quando possui um número determinado de elemen-tos (exemplo: a população constituída pelos parafu-sos produzidos numa fábrica em certo dia), é infinitaquando possui um número infinito de elementos(exemplo: as temperaturas nos diversos pontos doBrasil).

• Amostra pode ser definida como um subconjunto dapopulação. Exemplo: preferência da população sobrecandidatos ‘a determinada eleição: onde “população”= “todos os cidadãos” e “amostra” = “eleitores entre-vistados”.

VARIÁVEL

É a propriedade ou característica dos elementos deuma população. Essa característica pode ser qualitativa(se os valores estudados não são numéricos, como: meiode transporte, nacionalidade, etc) ou quantitativa (se osvalores estudados são numéricos, como: altura, peso,preço, etc).

As variáveis quantitativas podem ser: contínuas(quando os resultados assumirem valores quaisquer, ouseja, podem ser valores fracionados, como: peso, altura,etc) ou discretas (quando os resultados assumiremvalores inteiros, como: número de filhos, número dealunos, etc).

De maneira geral, as contagens resultam em variá-veis discretas e as medições, em variáveis contínuas.

GRÁFICOS

O gráfico estatístico é uma forma de apresentaçãodos dados que facilita a compreensão dos resultados,devendo ser apresentados de forma clara e objetiva.

• Gráfico de Linha:

Neste gráfico, os dados são colocados num sistemacartesiano ortogonal onde os pontos são ligados através desegmentos de reta. É usado geralmente para identificartendências de aumento ou diminuição de valores numéricosde uma variável.

Exemplos:

1) Índice de audiências de programas, lucros de empre-sas, etc.

2) Venda de CD´s (em milhões)

Anos Vendas

19981999200020012002

43,854,542,063,776,5

3) Porcentagem de votos

MesesCandidato

x y

FevereiroMarçoAbrilMaioJunhoJulhoAgosto

32403630282023

20242133354044

• Gráfico de barras / colunas:

Neste gráfico são usados retângulos com bases demesma medida e separados por distâncias iguais. Asfreqüências são colocadas na altura dos retângulos, casosejam feitos na vertical (gráfico de colunas) e ao contrário,se forem feitos na horizontal (gráfico de barras).

Exemplo: Percentual de notas abaixo da média emdeterminada disciplina em 2007, por bimestre.

- 34.f34.f34.f34.f -

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Bimestres Percentual

1º2º3º4º

40355020

Podemos usar os gráficos de colunas / barras deforma comparativa.

Percentual de notas abaixo da média nas disciplinas x e y.

BimestresPercentual

x y

1º2º3º4º

45352515

40452012

O gráfico de barras pode ser representado porfiguras, como pessoas, objetos e animais e passa a chamarpictórico.

Exemplo: número de alunos do período da manhã daescola Z.

Série Alunos

1ª 33

2ª 36

3ª 38

4ª 44

• Gráfico de setores:

Este gráfico é construído com base em um círculo eé empregado para ressaltar a participação do dado no total.

O total é representado pelo círculo, que fica divididoem tantos setores quantas são as partes e suas áreas sãoproporcionais aos dados da série.

Obtemos cada setor por meio de uma regra de trêssimples e direta, sabendo-se que o total da série correspon-de a 360°. Exemplo:

Produto Venda Valor do setor em °

w 60

x 120

y 300

z 240

TOTAL 720

• Histograma / polígono de freqüência:

Para construir esses dois tipos de gráficos precisa-mos primeiramente compreender o que é freqüência.

- 34.g34.g34.g34.g -

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A primeira fase do estudo estatístico consiste emrecolher dados, contar e classificá-los.

Exemplo: consideremos as notas de matemática de20 alunos de uma classe:

Número do Aluno Nota

1 2 3 4 5 6 7 8 91011121314151617181920

5,0 3,5 4,0 5,0 8,5 6,0 6,0 7,0 4,0 2,0 1,0 1,5 3,5 3,0 8,0 7,5 9,0

10,0 6,5 7,5

Ao colocarmos estes dados em ordem crescente oudecrescente, obteremos um rol.

1,0 - 1,5 - 2,0 - 3,0 - 3,5 - 3,5 - 4,0 - 4,0 - 5,0 - 5,0 - 6,0 - 6,0- 6,5 - 7,0 - 7,5 - 7,5 - 8,0 - 8,5 - 9,0 - 10,0

O número de vezes que os valores se repetem édenominado freqüência.

Notas Freqüências

1,0 1,5 2,0 3,0 3,5 4,0 5,0 6,0 6,5 7,0 7,5 8,0 8,5 9,010,0

111122221121111

Para diminuir a tabela, passaremos a trabalhar coma tabela de *distribuição de freqüência, feita com interva-los de classes.

Para isso, agruparemos de 2 em 2.

Notas Freqüências *Notas utilizadas

0 | 2 2 | 4 4 | 6 6 | 8 8 H 10

24464

1,0 e 1,52,0 - 3,0 e 3,5

4,0 e 5,06,0 - 6,5 - 7,0 e 7,5

8,0 - 8,5 - 9,0 e 10,0

onde: | = fechado à esquerda e aberto à direitaH = fechado à esquerda e à direita

Elementos de uma distribuição de freqüências:

C classes: são os intervalos de variação da variável (i).

C limites de classe: são os extremos de cada classe.O menor número é o limite inferior da classe (RRRRi) eo maior número é o limite superior da classe (Li).

C amplitude: é a diferença entre o limite superior(limite máximo) da última classe e o limite inferior daprimeira classe (limite mínimo).

A = L(máx) – R(mín)

C ponto médio de uma classe é obtido pela médiaaritmética dos limites inferior e superior da classe.

C freqüência absoluta: são os valores que realmenteapresentam o número de dados de cada classe.A soma das freqüências é igual aonúmero total dos dados.

C freqüência relativa: são os valoresde cada classe associado ao percen-tual que ele representa em relação àfreqüência total.

C freqüência acumulada (fa) de cada classe é a somadas freqüências de todas as classes desde a primeiraaté a classe considerada.

Exemplo: notas

x, fi fr (%) fa

x1

x2

x3

x4

x5

0 | 2 2 | 4 4 | 6 6 | 8 8 H 10

46753

1624282012

410172225

Rix1 = 0 A = 10 – 0 = 10 (amplitude) Lix3 = 6

PMx2 (ponto médio) = 3 =

• Histograma:

É formado por um conjunto de retângulos justapos-tos, cujas bases se localizam sobre o eixo horizontal, demaneira que os pontos médios coincidam com os pontosmédios dos intervalos de classe. A largura é igual à amplitu-de do intervalo da classe e a altura é proporcional à fre-qüência das classes. Exemplo: notas.

x f

0 | 22 | 44 | 66 | 88 H 10

46753

• Polígono:

É obtido através dos pontos médios das basessuperiores dos retângulos do histograma, unidos ao pontoanterior à primeira classe e posterior à última.

Exemplo: mesma tabela anterior.

- 34.h34.h34.h34.h -

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MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL E DEDISPERSÃO

Para se analisar uma pesquisa após a coleta erepresentação dos dados, sintetizamos essas informaçõesa parâmetros denominados medidas de tendência centralde dispersão.

C centralização: média, mediana e moda.

C disperção: desvio médio, variância e desvio padrão

MÉDIA ARITMÉTICA:

É o quociente da divisão da soma dos valores pelonúmero de elementos.

ou

Exemplo: para os elementos 1, 3, 4, 6, 7 e 9 temos:

Média aritmética para uma distribuição de fre-qüências:

C sem intervalo de classes:

Exemplo:

Notas( xi )

freqüência( fi )

xi fi

134679

458265

4 15 32 12 42 45

30 3f 150 3 xi fi

C com intervalo de classes: para determinar a média apartir de uma distribuição de freqüência com intervalode classes procedemos da seguinte maneira:

– determinamos o ponto médio xi de cada um dosk (intervalos de classe), depois multiplicamoscada xi pela freqüência de classe fi correspon-dente.

Desta forma a tabela ficará assim:

classexa |||| xb

ponto médiofreqüência

fi

produtoxi @@@@ fi

3 fi = n 3xi @ fi

e a será dada por

Exemplo:

classe fi xi xi fi

0 | 22 | 44 | 66 | 88 H 10

45885

13579

415455645

30 3fn 165 3 xi fi

MEDIANA: Md

O cálculo da mediana tem como objetivo determinaro valor que ocupa a posição central em uma coleção devalores em ordem crescente.

C para um número ímpar de valores, basta ver o queocupa a posição central.

Exemplo:

2, 3, 4, , 7, 8, 10 |

(tem-se 3 valores acima e 3 valores abaixo)

C para um número par de valores, tira-se a dos valores centrais.

Exemplo:

2, 3, 4, , 7, 8, 10

|

Mediana para uma distribuição de freqüência

C sem intervalo de classe: basta considerar a fre-qüência acumulada e localizar o elemento interme-diário.

Exemplo:

Notas( xi )

freqüência( fi )

freqüênciaacumulada

( Fa )

134679

4 5 8 2 6 5

4 917192530

- 34.i34.i34.i34.i -

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A mediana é o 15º elemento e este se encontra nanota 4.

C com intervalo de classe: após encontrar a classe

mediana , calculamos o valor da mediana

através da fórmula:

onde:

Rd = limite inferior da classe mediana

Fant = freqüência acumulada anterior à classemediana

hd = amplitude da classe mediana

fd = freqüência da classe mediana

Exemplo:

classe fi Fa

0 | 22 | 44 | 66 | 88 H 10

45885

4 9172530

o número 15 encontra-se na

classe de 4 | 6.

fd = 8

Ri = 4

hd = 2 (6 – 4)

MODA

É o elemento que ocorre com maior freqüência. Umconjunto de elementos pode ter uma, mais de uma ou nãoter moda. Exemplos:

C 2, 3, 4, 4, 5, 6, 6, 6, 7, 8, 9 | Mo= 6C 2, 3, 3, 3, 4, 5, 6, 6, 6, 7, 8, 8, 8 |

| Mo = 3, 6 e 8C 2, 3, 4, 6, 7, 8, 9 | Mo = Ø

não há elementos que ocorram com maior freqüência.

Moda para uma distribuição de freqüência

A classe modal é a que apresenta maior freqüência.A fórmula é dada, segundo Czuber, por:

onde:Ro = limite inferior da classe modalho = amplitude da classe modal∆1 = freqüência da classe modal menos freqüência

da classe anterior

∆2 = freqüência da classe modal menos freqüênciada classe posterior

Exemplo:

x f

maior freqüência ºººº

0 | 22 | 44 |||| 66 | 88 H 10

45876

DESVIO MÉDIO: dm

É a média aritmética dos valores absolutos dosdesvios para a média, que se indica por dm. Os desvios paraa média são as diferenças entre cada uma das notas e amédia .

Exemplo: notas de matemática de um aluno em 2007.

bimestres notas ( fi )

1º2º3º4º

5869

–2 1–1 2

2112

desvios para a média:

C dados em distribuição de freqüência agrupa-dos

Para se encontrar o desvio médio em dados agrupa-dos numa distribuição de freqüência precisamos de umatabela mais completa:

- 34.j34.j34.j34.j -

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410 Material Digital Editora solução®

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i classeponto médioda classe

fi

12345

0 | 22 | 44 | 66 | 88 H 10

13579

26831

2184021 9

1 – 4,5 = 3,53 – 4,5 = 1,55 – 4,5 = 0,57 – 4,5 = 2,59 – 4,5 = 4,5

7 9 4 7,54,5

20 90 32

C Variância = Va ou S² e Desvio padrão = S

Variância é o valor que corresponde à média aritmética dos quadrados dos desvios em relação à média.

dados agrupados dados não agrupados

Desvio padrão é o valor referente à raiz quadrada da variância .

Em dados não agrupados: Exemplo: notas de matemática / 2007

bimestres nota

calculamos a média, os des-viose os quadrados dos desvios

1º2º3º4º

5869

–2 1–1 2

4 = (– 2)²1 = (1)²1 = (– 1)²4 = (2)²

10

Em dados agrupados:

Exemplo: notas

classesponto médioda classe fi

0 | 22 | 44 | 66 | 88 H 10

13579

26831

2184021 9

– 3,51,50,52,54,5

12,25 2,25 0,25 6,2520,25

24,5013,50 2,0018,7520,25

20 90 41,25 79

- 34.k34.k34.k34.k -

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EXERCÍCIOS A RESOLVER

Assinale a alternativa correta:

1) A variável é discreta quando:

a) dados dois valores reais, podemos encontrarpelo menos um valor entre eles,

b) a menor diferença não nula entre dois valoresdados for finita;

c) dados dois valores reais, a diferença entre elesé zero.

2) Amplitude total é:

a) a diferença entre dois valores quaisquer de umconjunto de valores;

b) a diferença entre o maior e o menor valorobservado da variável dividido por 2;

c) a diferença entre o maior e o menor valorobservado da variável.

3) Para obter o ponto médio de uma classe:

a) soma-se ao seu limite superior, metade de suaamplitude;

b) soma-se ao seu limite inferior metade de suaamplitude;

c) soma-se ao seu limite inferior metade de suaamplitude e divide-se o resultado por 2.

4) Freqüência simples absoluta de um valor da variávelé:

a) o número de repetições desse valor;b) a porcentagem de repetições desse valor;c) o número de observações acumuladas até

esse valor.

5) O cálculo da variância supõe o conhecimento da

a) média c) ponto médiob) mediana d) moda

6) Para a distribuição abaixo, a média será:

Clas-ses 150|200 200|250 250|300 300|350 350|400 400|450 450|500

Fi 5 16 21 28 19 8 3

a) 350 b) 314 c) 16 d) 18

7) Na distribuição abaixo o desvio médio é:

Classes 90 | 110 110 | 130 130 | 150

Fi 2 1 2

a) 12 b) 14 c) 16 d) 18

8) Dada a amostra:

Xi 8 9 10 11

fi 3 6 4 2

Neste caso a variância é:

a) 0,95b) 0,85c) 0,75

d) 1,85e) 1,75

9) Na distribuição:Pontos 4 | 8 8 | 12 12 | 16 16 | 20 20 | 24 24 | 28 28 | 32

Pes-soas 10 25 35 40 25 10 5

O valor 16,5 é:

a) a medianab) a média aritméticac) a moda

d) a média harmônicae) n.d.a.

10) Observe os gráficos:

Alunos aprovados em 3classes de 5ª série

Notas dos alunos de5ª série

Estes dois gráficos são respectivamente:

a) gráficos em barrasb) histogramasc) gráfico em colunas e polígono de freqüênciad) histograma e polígono de freqüênciae) gráfico em colunas e histograma

11) Em uma classe, 10 alunos têm 18 anos, 16 têm 19anos, 14 têm 20 anos e 1 tem 21 anos. A idademédia da classe é:

a) 18 b) 19 c) 20 d) 21

12) Observe a tabela:

Classes 10 | 20 20 | 30 30 | 40 40 | 50 50 | 60

fj 5 10 15 8 2

A moda de Czuber é:

a) 34,44b) 34,36

c) 34,62d) 34,17

13) A tabela abaixo representa os salários pagos a 100operários de uma empresa:

Nº de salários Nº de operários

0 | 22 | 44 | 66 | 88 | 10

40301015 5

O salário Médio dos operários é:

a) 3,30b) 2,67

c) 1,60d) 2,37

e) 1,80

14) A tabela seguinte representa as alturas (em cm) de40 alunos de uma classe.

162164170160166

163165157158169

148159176163152

166175157165170

169155157164172

154163165178165

170171158150162

166172158168164

A amplitude total é:

a) 10 b) 15 c) 20 d) 25 e) 30

15) O desvio padrão dos dados agrupados na seguintedistribuição é:

Intervalo Freqüên-cia

PontoMédio fx f(x – x)2

2 a 34 a 66 a 88 a 10

4 7 6 3

3579

12 35 42 27

31,25 4,48 8,6430,72

Total 20 116 75,20

a) 5,80b) 3,76

c) 5,76d) 3,80

e) 5,83

- 34.l34.l34.l34.l -

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16) Para a distribuição das notas abaixo, determine:

a) o histograma e o polígono de freqüência;b) a média aritmética;c) a moda;d) a mediana;e) o desvio médio;f) o desvio padrão.

17) Construa os gráficos pedidos:

a) linha

Mês unidades vendidas

janeirofevereiromarçoabrilmaiojunho

1220182416 8

b) colunas

Dia da semana atendimento

segundaterçaquartaquintasextasábado

1816161410 6

c) colunas

MêsCandidatos (%)

A B C

janeirofevereiromarçoabrilmaio

1216202430

3025201820

4036403235

d) setores

Produto Porcentagem (%)

milhotrigoarrozbatata

20254510

e) barras

Área de fazendas em 1.000.000 m²

ABCDEF

201215 81610

RESPOSTAS:

1 - b

2 - c

3 - b

4 - a

5 - a

6 - b

7 - c

8 - a

9 - a

10 - e

11 - b

12 - d

13 - c

14 - e

15 - b

16 - a)

histograma para o Polígono de Freqüência une-se os pontosmédios.

b) 5,2 c) 5,25 d) 5,25 e) 1,66 f) 2,18

17 - a)

b)

c)

d)

e)

- 34.m34.m34.m34.m -

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ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕESARBITRÁRIAS ENTRE PESSOAS,

LUGARES, OBJETOS OU EVENTOSFICTÍCIOS.

INTRODUÇÃO AO RACIOCÍNIO LÓGICO

Lógica é a ciência que trata dos princípios válidosdo raciocínio e da argumentação. Seu estudo trata dasformas do pensamento em geral e das operaçõesintelectuais que visam à determinação do que é verdade-iro ou não, ou seja, um encadeamento coerente dealguma coisa que obedece a certas convenções ouregras. Assim, o estudo da Lógica é um esforço nosentido de determinar as condições que permitem tirarde determinadas proposições (ponto ou idéia de que separte para estruturar um raciocínio), também chamadasde premissas, uma conclusão delas derivada.

ESTRUTURAS LÓGICAS

CONECTIVOS

Para iniciarmos o estudo de conectivos é necessárioentendermos previamente alguns conceitos básicos.

Conceitos Básicos

Proposições

A proposição é todo o enunciado com palavras e/ousímbolos que representam um pensamento de sentidocompleto.

Toda proposição é uma representação lógica do juízoque afirma (valor lógico verdadeiro) ou nega (valor lógicofalso) a identidade representativa de dois conceitos. Asregras que determinam quais as proposições que devemser verdadeiras constituem a lógica matemática.

Assim sendo, têm-se exemplos de proposiçõesabaixo:

5 > 1 (valor lógico verdadeiro)5 = 1 (valor lógico falso)

No caso das proposições, a lógica matemática temcomo base dois princípios:

C Princípio da não-contradição: "Uma proposição nãopode ser verdadeira e falsa ao mesmo tempo".

C Princípio do terceiro excluído: "Toda proposição ou éfalsa ou é verdadeira, não existe uma terceira opção".

Outros exemplos de proposições:

r: O número 2 é primo.

s: Marte é o planeta vermelho.

t: No Brasil, fala-se espanhol.

u: Toda ave voa.

v: O número 3 é par.

x: O número 7 é primo.

z: O número 7 é ímpar.

Perceba que estamos utilizando uma letra minúsculapara nomearmos as proposições, desta forma, quando nosreferirmos na proposição r, estamos nos referindo a "Onúmero 2 é primo. "

Valores Lógicos das Proposições

Valor lógico é a classificação da proposição emverdadeiro (V) ou falso (F), pelos princípios da não contradi-ção e do terceiro excluído. Sendo assim, a classificação éúnica, ou seja, a proposição só pode ser verdadeira ou falsa.

Para as proposições utilizadas no tópico anterior, osvalores lógicos são:

r: O número 2 é primo. (Verdadeiro)

s: Marte é o planeta vermelho. (Verdadeiro)

t: No Brasil, fala-se espanhol. (Falso)

u: Toda ave voa. (Falso)

v: O número 3 é par. (Falso)

x: O número 7 é primo. (Verdadeiro)

z: O número 7 é ímpar. (Verdadeiro)

Conectivos

Conectivo é tudo aquilo que estabelece uma cone-xão, isto é, que une uma coisa a outra. Na lógica, o conecti-vo é um termo ou símbolo dele, que relaciona proposiçõesde modo tal que a verdade ou inverdade da afirmaçãoresultante é determinada pela verdade ou inverdade dosseus componentes.

As proposições podem ser conectadas através dosseguintes conectivos: e, ou, não, se... então..., ... se esomente se...

Os conectivos são representados por símbolos, comomostra a tabela abaixo:

Conectivo Símbolo

e v

ou w

não ~ou ¬

se... então 6... se e somente se... :

- 35 -- 35 -- 35 -- 35 -

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DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DASRELAÇÕES FORNECIDAS E AVALIAR ASCONDIÇÕES USADAS PARA ESTABELE-

CER A ESTRUTURA DAQUELASRELAÇÕES.

PROPOSIÇÕES SIMPLES E COMPOSTAS

As proposições são classificadas em simples ecompostas:

Proposições Simples ou Atômica: são as proposi-ções formadas por uma única proposição, ou seja, nãocontém nenhuma outra como parte integrante de si mesma.Essas proposições são nomeadas por letras minúsculas doalfabeto:

a, b, c,..., p, q,...

Proposições Composta ou Molecular: São asproposições formadas por combinações de duas ou maisproposições simples. Tais combinações são feitas atravésdos conectivos. Essas proposições são nomeadas porletras maiúsculas do alfabeto: A, B, C,..., P, Q,...

A partir das proposições simples citadas acima, pode-se gerar, utilizando conectivos, outras compostas como:

W: O número 2 é primo e o número 7 é ímpar.

Y: O número 3 é par ou o número 7 é primo.

D: Se o número 7 é primo então ele é ímpar.

K: O número 3 é par se e somente se for múltiplo de 2.

Utilizando os símbolos que representam os conecti-vos tem-se que as proposições compostas acima podemser escritas como:

W: r v z

Y: v w x

D: x 6 z

K: v : a

Os valores lógicos das proposições W, Y, D e K sãorespectivamente V, V, F, V.

Para se formar proposições compostas utiliza-seapenas os conectivos, e, ou, se... então, se e somente se;não se utiliza o conectivo não; basicamente, a partir de umproposição é possível construir uma negação e com duasou mais proposições pode-se formar estruturas conhecidascomo:

C conjunções (r e z)

C disjunções (r ou z)

C condicionais (se r, então z)

C bicondicionais (r se e somente se z)

Exemplo 1: Considerando as proposições simples:

P: há nuvens hoje

Q: choverá

R: ventará

S: fará bom tempo amanhã

Traduza as proposições moleculares abaixo.

a) P 6 Q

b) P 6 ~ Q

c) ~ S v (Q v R)

d) ~ P 6 S

e) P v (Q w R)

f) (P 6 Q) v R

g) (P : Q) v (~R v S)

h) P : ((Q v Q) w S)

Resolução:

a) Se há nuvens, choverá.

b) Se aparecerem nuvens hoje, amanhã não teremosbom tempo.

c) Não teremos bom tempo amanhã pois choverá eventará.

d) Se não surgirem nuvens hoje, amanhã teremos bomtempo.

e) Há nuvens, de modo que teremos chuva ou vento.

f) Se há nuvens, choverá; ou teremos vento.

g) Teremos nuvens hoje se e somente se chover; masnão teremos vento e teremos bom tempo amanhã.

h) Nuvens hoje se e só se amanhã chover, mas semvento, ou fizer bom tempo.

Exemplo 2: Considerando as proposições simples:

P: O estudante comete erros.

Q: Há motivação para o estudo.

R: O estudante aprende a matéria.

Simbolizar:

a) Se o estudante não comete erros, aprende a matéria.

b) Se há motivação para o estudo, o estudante nãocomete erros.

c) Se não há motivação para o estudo, então o estudan-te comete erros ou não aprende a matéria.

d) Se o estudante comete erros, então, se não hámotivação para o estudo, o estudante não aprende amatéria.

e) O estudante não comete erros ou aprende a matériase há motivação para o estudo.

f) O estudante comete erros; além disso, há motivaçãopara o estudo e o estudante aprende a matéria.

Resolução:

a) ~ P 6 R

b) Q 6 ~ P

c) ~ Q6 (P w ~ R)

d) P 6 (~ Q6 ~ R)

e) Q 6 (~ P w R)

f) P v (Q v R)

- 36 -- 36 -- 36 -- 36 -

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:Conectivos

1) Considerando as proposições simples:

P: Paulo é aprovado no exame.Q: Paulo conclui a sua tese.R: Paulo recebe o título de doutor.S: Paulo lecionará na faculdade.T: Paulo ensinará no colégio.

Traduza as proposições moleculares abaixo.

a) (P v Q) w ~ R

b) (~ P v ~ Q) 6 ~ S

c) (P v Q v R) 6 ~ T

d) R 6 (S v ~ T)

e) R 6 (P v Q)

f) ~ P 6 (~ R v S)

g) S : (P v Q v R)

h) T : ~ R

2) Considerando as proposições simples:

P: Paulo diminui os erros cometidos.Q: Há motivação para o estudo.R: Paulo aprendeu a matéria.S: O professor é bom.

Simbolizar:

a) Se o professor é bom, Paulo aprende a maté-ria.

b) Se o professor não é bom, não há motivaçãopara ao estudar.

c) O professor é bom, há motivação para estudare, além disso, Paulo aprende a matéria

d) Paulo não aprendeu a matéria, ele não dimi-nuiu os erros cometidos.

e) Se Paulo não diminuiu os erros cometidos, oprofessor não era bom ou não havia motiva-ção para estudar.

f) Paulo aprende a matéria ou diminui os erroscometidos.

A TABELA-VERDADE

Da mesma forma que as proposições simples podemser verdadeiras ou falsas, as proposições compostaspodem também ser verdadeiras ou falsas. O valor-verdadede uma expressão que representa uma proposição compos-ta depende dos valores-verdade das subexpressões que acompõem e também a forma pela qual elas foram compos-tas.

As tabelas-verdade explicitam a relação entre osvalores-verdade de uma expressão composta em termosdos valores-verdade das subexpressões e variáveis que acompõem.

Na tabela seguinte, encontra-se todos os valoresLógicos possíveis de uma proposição composta correspon-dente das proposições simples abaixo:

p: Evandro é estudioso.

q: Ele passará no concurso.

p q

1 V V

2 V F

3 F V

4 F F

Teorema do número de linhas da tabela-verdade

A tabela-verdade lista todas as possíveis combinaçõesde valores-verdade V e F para as variáveis envolvidas naexpressão cujo valor lógico deseja-se deduzir. A tabela-verdade de uma proposição composta com n proposiçõessimples componentes contém 2n linhas. Ou seja, cadaproposição simples tem dois valores V ou F, que se excluem.

Para n proposição simples (atômicas) distintas, hátantas possibilidades quantos são os arranjos com repeti-ção de (V e F) elementos n a n. Segue-se que o número delinhas da tabela-verdade é 2n. Assim, para duas proposi-ções são 4 linhas; para três proposições são 8; etc.

Então, para se construir uma tabela-verdade procedese da seguinte maneira:

1 - Determina-se o número de linhas da tabela-verdadeque se quer construir;

2 - Observa-se a precedência entre os conectivos, istoé, determina-se a forma das proposições que ocor-rem no problema;

3 - Aplicam-se as definições das proposições Lógicasque o problema exigir.

Operações lógicas sobre as proposiçõese sua tabela-verdade

Uma série de operações é realizada quando seanalisam as proposições e seus respectivos conectivos.

a - Conjunção (vvvv)

A conjunção de duas proposições p e q, indicada porp v q (lê-se: "p e q") é, por definição, a proposiçãoque é verdadeira só quando o forem verdadeiras asproposições componentes. A tabela-verdade para aconjunção de duas proposições é dada a seguir:

p q p vvvv q

V V V

F V F

V F F

F F F

p vvvv q: Evandro é estudioso e passará no concurso.

b - Disjunção (wwww)

A disjunção de duas proposições p e q, indicada porpwq (lê-se: "p ou q"), é, por definição, a proposiçãoque é verdadeira sempre que pelo menos uma dasproposições componentes o for. A tabela-verdadepara a disjunção de duas proposições é dada aseguir:

- 37 -- 37 -- 37 -- 37 -

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p q p wwww q

V V V

V F V

F V V

F F F

p wwww q: Evandro é estudioso ou ele passará no con-curso.

c - Condicional (6666)

A proposição condicional, indicada por p 6 q (lê-se:"Se p então q") é, por definição, a proposição que éfalsa quando p é verdadeira e q falsa, mas ela éverdadeira nos demais casos. A tabela-verdade paraa proposição condicional é dada a seguir:

p q p 6666 q

V V V

V F F

F V V

F F V

p 6666 q: Se Evandro é estudioso, então ele passa-rá no concurso. Ou seja, p é condiçãosuficiente para q e q é condição necessá-ria para p.

d - Bicondicional (::::)

A proposição bicondicional, indicada por p : q (lê-se:"p se e somente se q") é, por definição, a proposiçãoque é verdadeira somente quando p e q têm omesmo valor lógico. A tabela-verdade para a proposi-ção bicondicional é dada a seguir:

p q p :::: q

V V V

V F F

F V F

F F V

p :::: q: Evandro é estudioso se e somente se elepassar no concurso. Ou seja, p é condi-ção necessária e suficiente para q.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:Tabela-Verdade

1) Determinar o valor verdade de cada qual dos seguin-tes compostos:

a) 2 + 2 = 5 e 3 + 4 = 10.

b) O dobro de 3 é 6 ou o triplo de 4 é 10.

c) Se 2 + 2 = 4, então 3 + 3 = 9.

d) Se 2 + 2 = 4, então 5 + 5 = 10.

e) 3 + 3 = 6 e o triplo de 5 é 15.

f) 3 + 5 é igual a 12 ou 3 + 55 é diferente de 12.

g) 3 + 5 = 10 ou 5 + 3 = 10.

h) Se 2 + 2 = 4, então a Lua é cilíndrica.

i) 6 + 6 = 8 se e somente se a Lua é cilíndrica.

j) 5 é o dobro de 2 se e somente se 9 é o triplode 3.

RESPOSTAS

a) F

b) V

c) F

d) V

e) V

f) V

g) F

h) F

i) V

j) F

NEGAÇÕES

A negação de uma proposição p, indicada por ~ p (lê-se: "não p") é, por definição, a proposição que é verdadeiraou falsa conforme p é falsa ou verdadeira, de maneira quese p é verdade então ~ p é falso, e vice-versa. Os possíveisvalores lógicos para a negação são dados pela tabela-verdade abaixo:

p ~p

F V

V F

p: Evandro é estudioso.~ p: Evandro não é estudioso.

Exemplo 1: Representar as sentenças abaixousando símbolos adequados:

a) Pedro não foi à festa.b) Não é fato que as baleias sejam peixes.c) Não se dá que haja prisioneiros.d) Não é verdade que 2+2=5.

Resolução:

a) não (Pedro foi à festa). ~ Fb) não (as baleias são peixes). ~ Bc) não (haja prisioneiros). ~ Pd) não (2+2=5). ~ C

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO:Negações

1) Passe as proposições para a negativa e simbolize-as.

a) João é bonito.

b) O Brasil foi campeão.

c) Pedro e Ana são namorados.

d) Marta não perdeu a prova.

e) Aline é muito simpática.

f) 2 + 5 = 12.

RESPOSTAS

a) ~ J onde, J: João é bonito.

b) ~ B onde, B: O Brasil foi campeão.

c) ~ P onde, P: Pedro e Ana são namorados.

d) M onde, M: Marta perdeu a prova.

e) ~ A onde, A: Aline é muito simpática.

f) ~ C onde, C: 2 + 5 = 12.

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TAUTOLOGIA

Etimologicamente, a palavra tautologia é formada pordois radicais gregos: taut (o) - que significa "o mesmo" e–logia que significa "o que diz a mesma coisa já dita”. Paraa lógica, a tautologia é uma proposição analítica quepermanece sempre verdadeira, uma vez que o atributo éuma repetição do sujeito, ou seja, o uso de palavrasdiferentes para expressar uma mesma idéia; redundância,pleonasmo.

Exemplo: O sal é salgado.

Uma proposição composta P (p, q, r, ...) é umatautologia se P (p, q, r, ...) tem valor lógico V quaisquer quesejam os valores lógicos das proposições componentes p,q, r, ..., ou seja, uma tautologia conterá apenas V na últimacoluna da sua tabela-verdade.

Exemplo:

A proposição "p ou não p”, isto é, p w (~p) é umatautologia. De fato, a tabela-verdade de p w (~p) é:

p ~p p wwww (~p)

V F V

F V V

CONTRADIÇÃO

A contradição é uma relação de incompatibilidadeentre duas proposições que não podem ser simultaneamen-te verdadeiras nem simultaneamente falsas, por apresenta-rem o mesmo sujeito e o mesmo predicado, mas diferiremao mesmo tempo em quantidade e qualidade.

Exemplo: Todos os homens são mortais e algunshomens não são mortais.

Há uma relação de incompatibilidade entre doistermos em que a afirmação de um implica a negação dooutro e reciprocamente.

Uma proposição composta P (p, q, r, ...) é umacontradição se P (p, q, r, ...) tem valor lógico F quaisquerque sejam os valores lógicos das proposições componentesp, q, r, ..., ou seja, uma contradição conterá apenas F naúltima coluna da sua tabela-verdade.

Exemplo:

A proposição "p e não p”, isto é, p v (~p) é umacontradição. De fato, a tabela-verdade de p v (~p) é:

p ~p p vvvv (~p)

V F F

F V F

CONTINGÊNCIA

Chama-se contingência toda a proposição compostaem cuja última coluna de sua tabela-verdade figuram asletras V e F cada uma pelo menos uma vez. Em outrostermos, contingência é toda proposição composta que nãoé tautologia nem contradição. As contingências são tambémdenominadas proposições contingentes ou proposiçõesindeterminadas.

Exemplo:

C A proposição "se p então ~p”, isto é, p ÷ (~p) é umacontingência. De fato, a tabela-verdade de p ÷ (~p)é:

p ~p p ÷÷÷÷ (~p)

F V V

V F F

Resumidamente, temos:

- tautologia contendo apenas V na última coluna dasua tabela-verdade;

- contradição contendo apenas F na última coluna desua tabela-verdade;

- contingência contendo V e F na última coluna desua tabela-verdade.

Tautologia V

Contradição F

Contigência V / F

Algumas Questões de Concursos Anteriores:

1) (TRT-9R-2004-FCC) Considere a seguinte proposi-ção: "na eleição para a prefeitura, o candidato A seráeleito ou não será eleito”. Do ponto de vista lógico, aafirmação da proposição caracteriza:

a) um silogismo.b) uma tautologia.c) uma equivalência.d) uma contingência.e) uma contradição.

Resolução: Com a finalidade de montarmos a tabelaverdade para verificar se a proposição apresentada noenunciado da questão é uma tautologia ou uma contradi-ção, definiremos a seguinte proposição simples:

p: o candidato A será eleito

Então, a sentença "o candidato A será eleito OUnão será eleito” passará ser representada simbolicamentecomo: p w ~p.

Construindo a tabela- verdade, teremos que:

p ~p p ~p

V F V

F V V

Como a última linha desta tabela-verdade só apre-senta o valor lógico Verdadeiro, temos uma tautologia.Então, a alternativa correta é a letra b.

2) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Um exemplo de tautologiaé:

a) se João é alto, então João é alto ou Guilhermeé gordo

b) se João é alto, então João é alto e Guilherme égordo

c) se João é alto ou Guilherme é gordo, entãoGuilherme é gordo

d) se João é alto ou Guilherme é gordo, entãoJoão é alto e Guilherme é gordo

e) se João é alto ou não é alto, então Guilhermeé gordo

Resolução: Para simplificar e facilitar esta resolução,assumi-se as seguintes proposições simples:

p: João é alto.q: Guilherme é gordo.

- 39 -- 39 -- 39 -- 39 -

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Daí, utilizando essas definições feitas acima para asproposições p e q, as alternativas da questão poderão serreescritas, simbolicamente, como:

a) p ÷ (p wwww q) (=se João é alto, então João é alto ouGuilherme é gordo)

b) p ÷ (p vvvv q) (=se João é alto, então João é alto eGuilherme é gordo)

c) (p wwww q) ÷ q (=se João é alto ou Guilherme é gordo,então Guilherme é gordo)

d) (p wwww q) ÷ (p wwww q) (=se João é alto ou Guilherme égordo, então João é alto e Guilherme é gordo)

e) (p wwww ~p) ÷ q (=se João é alto ou não é alto, entãoGuilherme é gordo)

O que resta ser feito agora é testar as alternativas,procurando por aquela que seja uma Tautologia. Para isso,constrói-se a tabela-verdade de cada opção de resposta.

Teste da alternativa "a”: p ÷÷÷÷ (p wwww q)

p q (p wwww q) p ÷÷÷÷ q

V V V V

V F V V

F V V V

F F F V

Já chegamos à resposta! Observe que a últimacoluna da tabela-verdade acima só apresentou valoreslógicos verdadeiros. Com isso, concluímos: a proposiçãoda opção a – Se João é alto, então João é alto ou Guilher-me é gordo – é uma tautologia.

Resposta: letra a

IMPLICAÇÕES LÓGICAS

Dizemos que uma expressão p implica logicamenteuma expressão q se, e somente se, cada atribuição de valoràs variáveis que torna x verdadeira torna q verdadeiratambém. Utilizamos a notação p | q para dizer que ximplica logicamente q.

Teorema: Uma expressão p implica logicamente qse, e somente se, p ÷ q é uma tautologia.

Prova: x implica logicamente y se, e somente se,sempre que x for verdadeiro, y também seja. Dessa manei-ra, x implica logicamente y se, e somente se, nunca ocorreno caso em que x é verdadeiro e y é falso. Pois issosignifica que a expressão x ÷ y nunca é falsa, ou seja, quex ÷ y é uma tautologia.

IMPLICAÇÕES LÓGICAS ENTRE PROPOSIÇÕES

A implicação lógica entre duas proposições é constru-ída a partir da primeira (antecedente) e da segunda (conse-qüente), de maneira que a nova proposição será verdadeiranos casos que:C O antecedente e o conseqüente são verdadeiros;C O antecedente é falso e o conseqüente é verdadeiro;C O antecedente e o conseqüente são falsos.

E será falsa no caso em que:C O antecedente é verdadeiro e o conseqüente é falso.

Regra da negação de uma implicação: O valor deverdade da negação de uma implicação é o mesmo que oda conjunção entre o antecedente e a negação do conse-qüente.

PROPRIEDADES DAS IMPLICAÇÕES LÓGICAS

As propriedades das implicações lógicas são:

1) p | (p v q)2) (p v q) | p3) (p ÷ q) | ~p (q deve ser uma contradição)4) [p v (p ÷ q) ] | q5) [ (p ÷ q) v ~q] | ~p6) [ (p w q) v ~p] | q7) p | [q÷ (p v q) ]8) [ (p : q) v (q : r) ] | (p : r)9) [ (p ÷ q) v (q ÷ r) ] | (p ÷ r)

RELAÇÕES ENTRE IMPLICAÇÕES

Existem três tipos de relações entre as implicaçõeslógicas, são elas:

1. A implicação recíproca: É aquela que o anteceden-te torna-se o conseqüente e vice-versa.

Exemplo: Se nadei, então me molhei.Recíproca: Se me molhei, então nadei.

2. A implicação contrária: É aquela que nega oantecedente e o conseqüente.

Exemplo: Se nadei, então me molhei.Contrária: Se não nadei, então não me molhei.

3. A implicação contrarrecíproca: É aquela que oantecedente e trocado pela negação do conseqüentevice-versa.

Exemplo: Se nadei, então me molhei.Contrarrecíproca: Se não me molhei, então não

nadei.

EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS

Definição: Tem-se uma equivalência lógica entreduas proposições se uma implicar na outra e vice-versa.

Exemplo: Uma pessoa muda não fala.Uma pessoa que não fala é muda.

Note que uma pessoa muda (antecedente) implicaem não falar (conseqüente) e que não falar (conseqüente)implica em ser muda (antecedente), ou seja, o antecedenteimplica no conseqüente da mesma maneira que o conse-qüente implica no antecedente.

EQUIVALÊNCIA ENTRE PROPOSIÇÕES

A equivalência lógica ocorre quando a tabela-verdadede duas proposições forem idênticas. Essas proposições

são separadas pelo símbolo de equivalência ]. Emlinguagem comum a equivalência é freqüentemente assina-lada, entre outros modos, utilizando palavras como "éequivalente”, "se, e só se” ou "é condição necessária esuficiente”.

Por exemplo, o caráter de equivalência das proposi-ções:

Um ângulo é reto se, e só se, o ângulo for de 90º.

Uma pessoa é rica se, e só se, ela possuir muitodinheiro.

Uma condição necessária e suficiente para quex (y + 1) = 0 é que x = 0 ou y = –1

Ou seja,

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(o ângulo é reto) ] (o ângulo for de 90º)

(a pessoa é rica) ] (a pessoa possui muito dinheiro)

(x (y + 1) = 0 ] (x = 0 w y = –1)

Lembre-se: Y implica logicamente

] logicamente equivalente

EQUIVALÊNCIA ENTRE SENTENÇAS ABERTAS

Sabe-se que em sentenças abertas sempre temosalguma incógnita (valor desconhecido), que é representado,normalmente, por uma letra do alfabeto. Dessa maneira,duas sentenças abertas são equivalentes se possuírem omesmo valor para a incógnita que as tornem verdadeiras.

Exemplo: x + 2 = 7 implica em x = 5, assim comox = 5 implica em x + 2 = 7.

Simbolicamente: x + 2 = 7 | x = 5x = 5 | x + 2 = 7

Ou seja, para que x + 2 = 7 seja verdade, x deve ser5 e se x for igual a 5, x + 2 deve ser igual a 7, logo:

x + 2 = 7 ] x = 5.

PROPRIEDADES DAS EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS

As propriedades das equivalências lógicas são:

Leis Comutativas:

1. p v q ] q v p

2. p w q ] q w p

3. p : q ] q : p

4. p ÷ q … q ÷ p

Leis Associativas:

1. (p v q) v r ] p v (q v r)

2. (p w q) w r ] p w (q w r)

Leis Distributivas:

1. p v (q w r) ] (p v q) w (p v r)

2. p w (q v r) ] (p w q) v (p w r)

Lei da Negação:

1. ~ (~p) ] p

Equivalências da Conjunção e da Disjunção:

1. p w q ] ~p ÷ q ] ~q ÷ p

2. p v q ] ~ (p ÷ ~q) ] ~ (q ÷ ~p)

Equivalências da Condicional:

1. p ÷ q ] ~q ÷ ~p ] ~p w q

Equivalências da Idempotência:

1. p w p ] p

2. p v p ] p

Equivalências da Absorção:

1. p v (p w q) ] p

2. p w (p v q) ] p

3. (p v q) w ~q ] p w ~q

4. (p w q) v ~q ] p v ~q

Equivalências da Tautologia e Contradição:

1. (V w p) ] V

2. (V v p) ] p

3. (F w p) ] p

4. (F v p) ] F

Equivalências do Contrapositivo:

1. ~p ÷ q ] ~q ÷ ~p

LEIS DE DE MORGAN

1. ~ (p w q) ] (~p v ~q)

2. ~ (p v q) ] (~p w ~q)

DIAGRAMAS LÓGICOS

Diagramas lógicos são estruturas auxiliadoras naresolução de problemas que envolvem relações entre asproposições. Para entender como se utilizar esse mecanis-mo é necessário estudar a teoria dos conjuntos.

TÓPICOS SOBRE A TEORIA DOS CONJUNTOS

Definição: Um conjunto é uma "coleção" de elemen-tos que possuem uma ou mais características em comum,são essas características que define o conjunto e o distin-gue dos outros. Exemplos:

1) O conjunto das vogais é formado por cinco elemen-tos: {a, e, i, o, u}.

2) O conjunto dos números pares é formado por infinitoselementos.

3) O conjunto dos países que falam a língua portuguesapossui nove elementos: {Angola, Brasil, Cabo Verde,Timor Leste, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique,Portugal, São Tomé e Príncipe}.

4) O conjunto dos números naturais é formado porinfinitos elementos.

Reescrevendo os quatro exemplos na forma de umatabela:

Ex. Característica Nº de ele-mentos Elementos

1 Ser vogal. 5 a, e, i, o, u.

2 Ser um númeropar.

Infinitos Todos os númerosmúltiplos de 2.

3 País que fala lín-gua portuguesa.

9 Angola, Brasil, Ca-bo Verde, TimorLeste, Guiné-Bis-sau, Macau, Mo-çambique, Portu-gal, São Tomé ePríncipe.

4 Ser um númeronatural.

Infinitos Todos os númerosinteiros e positi-vos.

REPRESENTAÇÃO DE UM CONJUNTO

Existem algumas formas de representar um conjunto,em todas elas os conjuntos são nomeados por uma letramaiúscula do alfabeto latino e os elementos por uma letraminúscula de qualquer alfabeto, não necessariamente olatino.

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A representação que é utilizada para descrever osdiagramas lógicos é conhecida como diagrama de Venn-Euller.

C Diagrama de Venn-Euller: Coloca-se os elementosdo conjunto dentro de uma figura plana fechada,normalmente uma circunferência.

Exemplo: Conjunto das vogais

a e

i

o u

P

Através da representação de Venn-Euller, pode-seexecutar algumas operações com os conjuntos. Essasoperações estão intimamente ligadas com a relação entreas proposições.

DIAGRAMAS LÓGICOS

A correspondência entre as operações com conjuntose as operações lógicas são:

Disjunção (∨) ö União (^)

Conjunção (∧) ö Intersecção (_)

Negação (~) ö Complementação ( )

DISJUNÇÃO (∨∨∨∨) - UNIÃO (^̂̂̂)

A disjunção é representada pela operação de união.A união entre dois conjuntos A e B consiste em montar umnovo conjunto (A ^ B) formado por todos os elementos deA e de B.

Definição:

Exemplo 1:

A = {1, 2, 3, 4, 5}B = {3, 5, 6, 7}A ^ B = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7}

Na forma de diagrama, tem-se:

Observação: A ^ B = B ^ A

Exemplo 2:

Dada a disjunção - "Pedro é estudioso ou esperto",escreva e analise o diagrama lógico associado adisjunção.

Solução: A disjunção pode ser escrita, simbolica-mente, pela proposição composta p ∨∨∨∨ q, onde prepresenta estudioso e q esperto.

Pode-se representar essa disjunção pela união dosconjuntos das pessoas inteligentes com o das pesso-as espertas.

Onde:

I - conjunto das pessoas inteligentes;E - conjunto das pessoas espertas;^ - conjunto de todas as pessoas que existem.

A analise do diagrama resulta em:

C Se Pedro estiver na condição 1, ele é inteligente,então p ∨∨∨∨ q é verdadeira.

C Se Pedro estiver na condição 2, ele é inteligente eesperto, então p ∨∨∨∨ q é verdadeira.

C Se Pedro estiver na condição 3, ele é esperto, entãop ∨∨∨∨ q é verdadeira.

C Se Pedro estiver na condição 4, ele não é inteligentenem esperto, então p ∨∨∨∨ q é falsa.

O resultado obtido foi o mesmo da tabela verdade dadisjunção, representado abaixo:

p q p ∨∨∨∨ q

V V V

V F V

F V V

F F F

CONJUNÇÃO (∧∧∧∧) - INTERSECÇÃO (____)

A conjunção é representada pela operação daintersecção. A intersecção entre os conjuntos A e B consis-te em montar um novo conjunto (A _ B), formado peloselementos que pertencem a A e a B simultaneamente.

Definição:

Exemplo 1:

A = {1, 2, 3, 4, 5}B = {3, 5, 6, 7}A _ B = {3, 5}

No diagrama, a intersecção é a parte que coincideentres os dois conjuntos:

Observação: A _ B = B _ A

Exemplo 2:

Dada a conjunção - "Pedro é estudioso e esperto",escreva e analise o diagrama lógico associado adisjunção.

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Solução:

A conjunção pode ser escrita, simbolicamente, pelaproposição composta p ∧∧∧∧ q, onde p representaestudioso e q esperto.

Pode-se representar essa conjunção pela intersec-ção dos conjuntos das pessoas inteligentes com odas pessoas espertas.

Onde:

I - conjunto das pessoas inteligentes;

E - conjunto das pessoas espertas;

U - conjunto de todas as pessoas que existem.

A análise do diagrama resulta em:

C Se Pedro estiver na condição 1, ele é inteligente,mas não é esperto, então p ∧∧∧∧ q é falsa.

C Se Pedro estiver na condição 2, ele é inteligente eesperto, então p ∧∧∧∧ q é verdadeira.

C Se Pedro estiver na condição 3, ele é esperto, masnão é inteligente, então p ∧∧∧∧ q é falsa.

C Se Pedro estiver na condição 4, ele não é inteligentenem esperto, então p ∧∧∧∧ q é falsa.

O resultado obtido foi o mesmo da tabela verdade daconjunção, demonstrado abaixo:

p q p ∧∧∧∧ q

V V V

F V F

V F F

F F F

NEGAÇÃO (~) - COMPLEMENTAÇÃO ( )

A negação é representada pela operação de comple-mentação. A complementação é tudo aquilo que não fazparte do conjunto.

O complemento de A é denotado por A .

Exemplo 1:

O conjunto complementar dos números pares são osnúmeros ímpares.

Exemplo 2:

Dada a negação -

"Pedro não é estudioso",

escreva e analise o diagrama lógico associado aessa negação.

Solução:

A negação pode ser escrita, simbolicamente, pelaproposição ~p, onde p representa estudioso.

Pode-se representar essa negação pela complemen-tação do conjunto das pessoas inteligentes.

Onde:

I - conjunto das pessoas inteligentes;

^ - conjunto de todas as pessoas que existem.

A análise do diagrama resulta em:

C Se Pedro estiver na condição 1, ele não é inteligente,então ~p é verdadeira.

C Se Pedro estiver na condição 2, ele é inteligente,então ~p é falsa.

O resultado obtido foi o mesmo da tabela verdade danegação, demonstrado abaixo:

p ~p

V F

F V

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COMPREENSÃO DO PROCESSOLÓGICO QUE, A PARTIR DE UMCONJUNTO DE HIPÓTESES, CONDUZ, DEFORMA VÁLIDA, A CONCLUSÕES

DETERMINADAS.

Sabe-se que o objetivo da lógica consiste no estudodas formas de argumentação válidas, pois ela estuda esistematiza a validade ou invalidade da argumentação.

Dessa maneira, o objeto de estudo da lógica édeterminar se a conclusão de um argumento é ou não umaconseqüência lógica das proposições. Lembre-se que umaproposição (declaração/afirmação) é uma sentença quepode ser verdadeira ou falsa.

ARGUMENTO

Um argumento possui uma estrutura de rigorconstituída por proposições em uma seqüência na qualuma delas é a conclusão e as demais são premissas(etimologicamente, "que foram colocadas antes”). Assimsendo, a última proposição (conclusão) é, de algumaforma, justificada pelas anteriores (premissas). A verda-de das premissas de algum modo leva a crer que aconclusão é verdadeira.

Assim, o conjunto de proposições p1, p2, p3, ..., pn quetem como conseqüência outra proposição q. Chamaremosas proposições p1, p2, p3, ..., pn de premissas do argumento,e a proposição q de conclusão do argumento.

O argumento pode ser representado por:

Por exemplo:

p1: Toda baleia é mamífero. " premissa

p2: Ora, nenhum mamífero é peixe. " premissa

q: Logo, a baleia não é peixe. " conclusão

No exemplo, há três proposições em que a última, aconclusão, deriva logicamente das duas anteriores (premissas).

Nem sempre a argumentação se formaliza claramen-te como no exemplo citado. Quando expomos nossasidéias, seja oralmente ou por escrito, às vezes começamospela conclusão, além do mais, com freqüência, omitimospremissas, deixando-as subentendidas. Costumamostambém concatenar argumentos de modo que a conclusãode um pode ser a premissa de outro. Por isso, um dostrabalhos do lógico é montar o raciocínio redescobrindo suaestrutura e avaliando a validade da conclusão.

É importante salientar que embora um argumentoseja um conjunto de proposições, nem todos os conjuntosde proposições são argumentos. Por exemplo, o seguinteconjunto de proposições não é um argumento:

- Eu almoço na minha mãe, mas o Léo não.

- O Gabriel come pipocas no cinema.

- O Rodrigo foi ao museu.

Neste caso, não temos um argumento, porque nãohá nenhuma pretensão de justificar uma proposição combase nas outras. Nem há nenhuma pretensão de apre-sentar um conjunto de proposições com alguma relaçãoentre si. Há apenas uma seqüência de afirmações. E umargumento é, como já vimos, um conjunto de proposi-ções em que se pretende que uma delas seja sustentadaou justificada pelas outras - o que não acontece noexemplo anterior.

CONCLUSÕES

Um argumento pode ter uma ou mais premissas,mas só pode ter uma conclusão.

Exemplos de argumentos com uma só premissa:

1) Premissa: Todos os brasileiros são sul-americanos.

Conclusão: Logo, alguns sul-americanos sãobrasileiros.

2) Premissa: O Victor e o André são alunos do11º ano.

Conclusão: Logo, o Victor é aluno do 11º ano.

Exemplos de argumentos com duas premissas:

1) Premissa 1: Se o André é um aluno do 11º ano,então estuda filosofia.

Premissa 2: O André é um aluno do 11º ano.

Conclusão: Logo, o André estuda filosofia.

2) Premissa 1: Todos os homens são imortais.

Premissa 2: Sócrates é homem.

Conclusão: Portanto, Sócrates é imortal.

Nas proposições, há alguns indicadores de conclu-são. Os dois mais utilizados são "logo" e "portanto". Umindicador é um articulador do discurso, é uma palavra ouexpressão que utilizamos para introduzir uma razão (umapremissa) ou uma conclusão. O quadro seguinte apresentaalguns indicadores de premissa e de conclusão:

Indicadores de premissa Indicadores de conclusão

poisporque

dado quecomo foi dito

visto quedevido a

a razão é queadmitindo que

sabendo-se queassumindo que

por issopor conseguinte

implica quelogo

portantoentão

daí quesegue-se que

pode-se inferir queconseqüentemente

• É claro que nem sempre as premissas e a conclusãosão precedidas por indicadores.

PROPOSIÇÕES E FRASES

Um argumento é um conjunto de proposições. Queras premissas quer a conclusão de um argumento sãoproposições. Mas o que é mesmo uma proposição?

Uma proposição é o pensamento que uma frasedeclarativa exprime literalmente.

Não confunda proposições com frases. Uma frase éuma entidade lingüística, é a unidade gramatical mínima desentido. Por exemplo, o conjunto de palavras "O Brasil é um"não é uma frase. Mas o conjunto de palavras "O Brasil é um

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país” é uma frase, pois já se apresenta com sentido gramati-cal. Há vários tipos de frases: declarativas, interrogativas,imperativas e exclamativas. Mas só as frases declarativasexprimem proposições. Uma frase só exprime uma proposi-ção quando o que ela afirma tem valor de verdade.

Por exemplo, as seguintes frases não exprimemproposições, porque não têm valor de verdade, isto é, nãosão verdadeiras nem falsas:

1) Que horas são?2) Traz a apostila.3) Prometo ir ao shopping.4) Quem me dera gostar de Matemática.

Mas as frases seguintes exprimem proposições,porque têm valor de verdade, isto é, são verdadeiras oufalsas, ainda que, acerca de algumas, não saibamos, nestemomento, se são verdadeiras ou falsas:

1) O Brasil fica na América do Norte.2) Brasília é a capital do Brasil.3) A neve é branca.4) Há seres extraterrestres inteligentes.

A frase 1 é falsa, a 2 e a 3 são verdadeiras. E a 4?Bem, não sabemos qual é o seu valor de verdade, nãosabemos se é verdadeira ou falsa, mas sabemos que temde ser verdadeira ou falsa. Por isso, também exprime umaproposição.

Uma proposição é uma entidade abstrata, é opensamento que uma frase declarativa exprime literalmen-te. Ora, um mesmo pensamento pode ser expresso pordiferentes frases. Por isso, a mesma proposição pode serexpressa por diferentes frases. Por exemplo, as frases "Ogoverno demitiu o presidente da TAP" e "O presidente daTAP foi demitido pelo governo" exprimem a mesma proposi-ção. As frases seguintes também exprimem a mesmaproposição: "A neve é branca" e "Snow is white".

VALIDADE DE UM ARGUMENTO -INFERÊNCIAS

Todos os seres humanos têm algo a dizer sobre arealidade que os rodeia e um conjunto de crenças (nemsempre verdadeiras) acerca do mundo que pretendemtransmitir e partilhar com os seus próximos. Não cabe àlógica estabelecer critérios para aceitar uma proposiçãocomo verdadeira, compete-lhe esclarecer em que medidauma proposição é uma conseqüência de um certo conjuntode outras proposições. Caso o veredicto seja negativo algoexige revisão.

Este fato permite explicar o interesse de algumaspessoas particularmente conscientes da importância daargumentação em propor um método que permitissedeterminar as circunstâncias em que uma inferênciamerece ser considerada válida. A primeira pessoa a fazê-lode uma forma sistemática foi Aristóteles, um filósofo gregoda Antiguidade. O seu exemplo foi seguido por vários outrosfilósofos, entre os quais um lógico medieval portuguêschamado Pedro Hispano. Durante o século XX o temasofreu um desenvolvimento imenso devido, em particular,à descoberta da lógica moderna por Frege.

Nesse sentido, o estudo da lógica desenvolveu-se emtorno de uma idéia principal: a idéia de validade. Esta é umaidéia notável porque nos permite compreender, entre outrascoisas, a razão pela qual, em certas circunstâncias, pode-mos confiar nas conclusões a que chegamos ao efetuaruma inferência, ou seja, a operação intelectual por meio daqual se afirma a verdade de uma proposição em decorrên-cia de sua ligação com outras já reconhecidas comoverdadeiras.

A verdade é uma propriedade das proposições. Avalidade é uma propriedade dos argumentos. É incorretofalar em proposições válidas. As proposições não sãoválidas nem inválidas. As proposições só podem serverdadeiras ou falsas. Também é incorreto dizer que osargumentos são verdadeiros ou que são falsos. Os argu-mentos não são verdadeiros nem falsos. Os argumentosdizem-se válidos ou inválidos.

Diz-se que um argumento é válido na circunstânciaem que: se as suas premissas são todas verdadeiras, entãoa conclusão não pode ser falsa. Repare que, para umargumento ser válido, não basta que as premissas e aconclusão sejam verdadeiras. Pois, sendo as premissasverdadeiras, a conclusão jamais seja falsa.

A validade de um argumento dedutivo depende daconexão lógica entre as premissas e a conclusão doargumento e não do valor de verdade das proposições queconstituem o argumento. Como já foi dito, a validade é umapropriedade diferente da verdade. A verdade é uma proprie-dade das proposições que constituem os argumentos (masnão dos argumentos) e a validade é uma propriedade dosargumentos (mas não das proposições). Sendo assim,pode-se ter as seguintes combinações para os argumentosválidos dedutivos:

a) Premissas verdadeiras e conclusão verdadeira. Exemplo:Todos os apartamentos são pequenos. (V)Todos os apartamentos são lares. (V)ˆ Alguns lares são pequenos. (V)

b) Algumas ou todas as premissas falsas e umaconclusão verdadeira. Exemplo:Todos os peixes têm asas. (F)Todos os pássaros são peixes. (F)ˆ Todos os pássaros têm asas. (V)

c) Algumas ou todas as premissas falsas e umaconclusão falsa. Exemplo:Todos os peixes têm asas. (F)Todos os cães são peixes. (F)ˆ Todos os cães têm asas. (F)

Todos os argumentos acima são válidos, pois sesuas premissas fossem verdadeiras então as conclusõestambém as seriam.

Lembre-se que um argumento é válido somentequando todas as suas premissas forem verdadeiras o queacarretará numa conclusão também verdadeira. Portanto,um argumento é não válido se existir a possibilidade desuas premissas serem verdadeiras e sua conclusão falsa.

Observe que a validade do argumento dependeapenas da estrutura dos enunciados. Exemplos:

Todas os mulheres são bonitas.Todas as rainhas são mulheres.ˆ Todas as rainhas são bonitas.

Observe que não precisamos de nenhum conheci-mento aprofundado sobre o assunto para concluir que oargumento acima é válido. Substituindo mulheres, bonitase princesas por A, B e C teremos respectivamente:

Todos os A são B.Todos os C são A.ˆ Todos os C são B.

Logo o que é importante é a forma do argumento enão o conhecimento de A, B e C, isto é, este argumento éválido para quaisquer A, B e C e, portanto a validade éconseqüência da forma do argumento. O atributo Validadeaplica-se apenas aos argumentos dedutivos.

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DEDUÇÕESARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS

Os argumentos são divididos em dois grupos:

• dedutivos• indutivos

O argumento será dedutivo quando suas premissasfornecerem prova conclusiva da veracidade da conclusão,isto é, o argumento é dedutivo quando a conclusão écompletamente derivada das premissas.

Exemplo: Todo ser humano têm pai.Todos os homens são humanos.

ˆ Todos os homens têm mãe.

O argumento será indutivo quando suas premissasnão fornecerem o apoio completo para ratificar as conclu-sões.

Exemplo: O São Paulo é um bom time de futebol.O Palmeiras é um bom time de futebol.O Corinthians é um bom time de futebol.O Santos é um bom time de futebol.

ˆ Todos os times paulistas de futebol sãobons.

Portanto nos argumentos indutivos a conclusãopossui informações que ultrapassam as fornecidas naspremissas. Sendo assim, não se aplica, então, a definiçãode argumentos válidos ou não válidos para argumentosindutivos.

ARGUMENTOS DEDUTIVOS VÁLIDOS

A noção de argumentos válidos ou não válidos aplica-se apenas aos argumentos dedutivos, e também que avalidade depende apenas da forma do argumento e não dosrespectivos valores verdades das premissas. Vimos tambémque não podemos ter um argumento válido com premissasverdadeiras e conclusão falsa. A seguir exemplificaremosalguns argumentos dedutivos válidos importantes.

O primeiro argumento dedutivo válido que discutire-mos chama-se "afirmação do antecedente”, (tambémconhecido como modus ponens).

Então vejamos:

Se Paulo for reprovado no concurso, então serádemitido do serviço.

Paulo foi reprovado no concurso.

ˆ Paulo será demitido do serviço.

Este argumento é evidentemente válido e sua formapode ser escrita da seguinte forma:

Outro argumento dedutivo válido é a "negação doconseqüente” (também conhecido como modus tollens).

No exemplo anterior, p | q é equivalente a ~p | ~q.Essa equivalência é chamada de contra-positiva.

Exemplo: "Se ele me ama, então casa comigo” éequivalente a "Se ele não casa comigo,então ele não me ama”.

Então, vejamos o exemplo do modus tollens.

• Se aumentamos os meios de pagamentos, entãohaverá inflação.

• Não há inflação

ˆ̂̂̂ Não aumentamos os meios de pagamentos.

Esse argumento é evidentemente válido e sua formapode ser escrita da seguinte maneira:

Existe também um tipo de argumento válido conheci-do pelo nome de dilema.

Geralmente, este argumento ocorre quandoalguém é forçado a escolher entre duas alternativasindesejáveis.

Exemplo: José se inscreveu no concurso da Prefei-tura Municipal de São Paulo, porém nãogostaria de sair de Ribeirão Preto, e seuscolegas de trabalho estão torcendo porele.

Eis o dilema de José:

• Ou José passa ou não passa no concurso.

- Se José passar no concurso vai ter que irembora de Ribeirão Preto.

- Se José não passar no concurso ficará comvergonha diante dos colegas de trabalho.

ˆ̂̂̂ Ou José vai embora de Ribeirão Preto ou Joãoficará com vergonha dos colegas de trabalho.

Este argumento é evidentemente válido e sua formapode ser escrita da seguinte maneira:

ARGUMENTOS DEDUTIVOS NÃO VÁLIDOS

Os argumentos dedutivos não válidos podem combi-nar verdade ou falsidade das premissas de qualquermaneira com a verdade ou falsidade da conclusão.

Assim, podemos ter, por exemplo, argumentos não-válidos com premissas e conclusões verdadeiras, porém aspremissas não sustentam a conclusão.

Exemplo: Todos os mamíferos são mortais. (V)Todos os gatos são mortais. (V)ˆ Todos os gatos são mamíferos. (V)

Este argumento tem a forma:

Todos os A são BTodos os C são Bˆ Todos os C são A

Podemos, facilmente, mostrar que este argumento énão-válido, pois as premissas não sustentam a conclusão,e veremos então que podemos ter as premissas verdadei-ras e a conclusão falsa, nesta forma, bastando substituir Apor mamífero, B por mortais e C por cobra.

Todos os mamíferos são mortais. (V)Todos os as cobras são mortais. (V)ˆ Todas as cobras são mamíferas. (F)

Com as premissas verdadeiras e a conclusão falsanunca pode ocorrer que o argumento seja válido, então esteargumento é não-válido, chamaremos os argumentos não-válidos de falácias.

A falácia é um tipo de raciocínio incorreto, emboratenha a aparência de correção. É conhecida também comosofisma ou paralogismo, e alguns estudiosos fazem adistinção entre eles, dando ao sofisma o sentido pejorativodecorrente da intenção de enganar o interlocutor, enquantono paralogismo não haveria essa intenção.

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A seguir examinaremos algumas falácias conhecidasque ocorrem com muita freqüência.

O primeiro caso de argumento dedutivo não-válidoque veremos é o que chamamos de "falácia da afirmaçãodo conseqüente”.

Por exemplo:Se ele me ama então ele casa comigo.Ele casa comigo.ˆ Ele me ama.

Podemos escrever este argumento como:

Este argumento é uma falácia, podemos ter aspremissas verdadeiras e a conclusão falsa.

Outra falácia que ocorre com freqüência é a conheci-da por "falácia da negação do antecedente”.

Exemplo: Se João parar de fumar ele engordará.João não parou de fumar.ˆ João não engordará.

Observe que temos a forma:

Esse argumento é uma falácia, pois podemos ter aspremissas verdadeiras e a conclusão falsa.

ANALOGIA

A analogia (ou raciocínio por semelhança) é umaindução parcial ou imperfeita, na qual passamos de um oude alguns fatos singulares não a uma conclusão universal,mas a uma outra enunciação singular ou particular, inferidaem virtude da comparação entre objetos que, emboradiferentes, apresentam pontos de semelhança:

Exemplo: Pedro sarou de suas dores de cabeçacom este remédio.

Logo, Antônio há de sarar de suas doresde cabeça com este mesmo remédio.

É claro que o raciocínio por semelhança forneceapenas uma probabilidade, não uma certeza. Grande partede nossas conclusões diárias baseia-se na analogia.

SILOGISMO

Segundo o aristotelismo, silogismo ("ligação”) é oraciocínio dedutivo estruturado formalmente a partir de duasproposições, ditas premissas, das quais, por inferência, seobtém necessariamente uma terceira, chamada conclusão.

Por exemplo, quando dizemos "se x = y, e y = z,então x = z”, há um termo médio (y), que estabelece aligação entre x e z, de modo que a conclusão se tornanecessária, ou seja, tem de ser esta e não outra. Alémdisso, o enunciado da conclusão não excede o conteúdodas premissas, isto é, não diz mais na conclusão do que jáfoi dito.

Assim, quando dizemos: "Todos os homens sãomortais / Sócrates é homem / Logo, Sócrates é mortal”, aconclusão é necessária porque deriva das premissas.

Vejamos esse raciocíniorepresentado no esquema aolado.

Outro exemplo:

Todos os homens são mortais.Os gregos são homens.Logo, os gregos são mortais.

Podemos ainda dizer que o silogismo é um raciocínioque parte de uma proposição geral e conclui outra proposi-ção geral (que também pode ser particular).

Uma proposição é geral quando o sujeito da proposi-ção é tomado na sua totalidade. Por exemplo: "Toda baleiaé mamífero”. É preciso prestar atenção, pois às vezesusamos apenas o artigo definido (o, a) para indicar atotalidade: "O homem é livre”. Observe também que nãoimporta se nos referimos a uma parte de outra totalidade; sena proposição tomamos todos os elementos que a constitu-em, trata-se de uma proposição geral.

Na proposição "Os paulistas são sul-americanos”,não importa que os paulistas sejam uma parte dos brasilei-ros, mas que nesse caso estamos nos referindo à totalidadedos paulistas.

Uma proposição é particular quando o sujeito daproposição é tomado em apenas uma parte indeterminada:"Alguns homens são injustos”; "Certas pessoas são curio-sas”. Uma proposição particular pode ser singular quandoo sujeito se refere a um indivíduo: "Esta flor é bonita”; "SãoPaulo é uma bela cidade”; "Mário é estudante”.

No exemplo, a seguir, a primeira dedução tem conclu-são geral; e no segundo caso, a conclusão é particular:

Todo brasileiro é sul-americano.Algum brasileiro é índioAlgum índio é sul-americano.

É verdade que a dedução é um modelo de rigor. Mastambém é estéril, na medida em que não nos ensina nadade novo, e apenas organiza o conhecimento já adquirido.Portanto, ela não inova, o que não significa que a deduçãonão tenha valor algum.

Em síntese, chamaremos de silogismo o argumentoformado por duas premissas e uma conclusão, de modoque todas as premissas envolvidas são categóricas deforma típica.

Têm-se também os três termos:

• Termo menor – sujeito da conclusão.

• Termo maior – predicado da conclusão.

• Termo médio – é o termo que aparece uma vez emcada premissa e não aparece na conclusão.

Chamaremos de premissa maior a que contém otermo maior, e premissa menor a que contém o termomenor.

Exemplo: Todas as mulheres são bonitas.Todas as rainhas são mulheres.ˆ Todas as princesas são bonitas.

Termo menor: as rainhasTermo maior: bonitasTermo médio: mulheres

Premissa menor:todas as rainhas são mulheres.

Premissa maior:todas as mulheres são bonitas.

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Algumas regras para a validade de um silogismo:

1. Todo silogismo deve conter somente três termos;

2. O termo médio deve ser universal pelo menos umavez;

3. O termo médio não pode constar na conclusão;

4. Nenhum silogismo categórico de forma típica quetenha duas premissas negativas é válido.

5. De duas premissas particulares não poderá haverconclusão;

6. Se há uma premissa particular, a conclusão seráparticular;

7. Se há uma premissa particular negativa a conclusãoserá particular negativa.

EXERCÍCIOS:LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

1) (Questão 66 da Prova de Técnico do MPU) Quandonão vejo Carlos, não passeio ou fico deprimida.Quando chove, não passeio e fico deprimida. Quan-do não faz calor e passeio, não vejo Carlos. Quandonão chove e estou deprimida, não passeio. Hoje,passeio.Portanto, hoje

a) vejo Carlos, e não estou deprimida, e chove, efaz calor.

b) não vejo Carlos, e estou deprimida, e chove, efaz calor.

c) vejo Carlos, e não estou deprimida, e nãochove, e faz calor.

d) não vejo Carlos, e estou deprimida, e nãochove, e não faz calor.

e) vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, efaz calor.

Resolução:

Observe o conectivo "se então” trata-se de umcondicional, que pode ser substituído por Quandocondição suficiente então condição necessária.

O argumento é formado pelas seguintes premissas:

p1: Quando não vejo Carlos então não passeio ou ficodeprimida

p2: Quando chove então não passeio e fico deprimida

p3: Quando não faz calor e passeio então não vejoCarlos

p4: Quando não chove e estou deprimida então nãopasseio

p5: Hoje, passeio

Começaremos da p5 onde sabe-se que passeio. Dap2 sabe-se que o conseqüente do "se então” é negado oantecedente também o será, ou seja, não passeio é falso,o conseqüente (não passeio e fico deprimida), terá valorfalso, independentemente do valor lógico da proposição"fico deprimida”, pois se trata de um "e” que só seráverdadeiro se todas as proposições que o formarem foremverdadeiras, logo chove é falso, portanto, não chove. Da p4tem-se a negação do conseqüente do "se então” logo oantecedente do mesmo deverá ser falso, como se trata deum "e” a já sabemos que "não chove” restou para que o "e”seja falso que estou deprimida seja falso, logo não estoude-primida. Da p1 tem-se que o conseqüente do "se então” temvalor lógico falso (não passeio ou fico deprimida = F w F =

F) logo o antecedente deverá ser falso, ou seja, eu vejoCarlos. Da p3 sendo o conseqüente falso, logo o antece-dente será falso, então (não faz calor e passeio = F v V =F), logo faz calor.

Dentre as alternativas formadas pelo conectivo "e”será verdadeira aquelas em que todas as proposiçõeslógicas forem verdadeiras, ou seja, (vejo Carlos, e nãoestou deprimida, e não chove, e faz calor = V v V v V v V =V)

ALTERNATIVA C

2) (Questão 68 da Prova de Técnico do MPU) SeFulano é culpado, então Beltrano é culpado. SeFulano é inocente, então ou Beltrano é culpado, ouSicrano é culpado, ou ambos, Beltrano e Sicrano,são culpados. Se Sicrano é inocente, então Beltranoé inocente. Se Sicrano é culpado, então Fulano éculpado. Logo,

a) Fulano é inocente, e Beltrano é inocente, eSicrano é inocente.

b) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, eSicrano é inocente.

c) Fulano é culpado, e Beltrano é inocente, eSicrano é inocente.

d) Fulano é inocente, e Beltrano é culpado, eSicrano é culpado.

e) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, eSicrano é culpado.

Resolução:

Temos as seguintes premissas:

p1: Se Fulano é culpado, então Beltrano é culpado

p2: Se Fulano é inocente, então ou Beltrano é culpado,ou Sicrano é culpado, ou ambos, Beltrano e Sicrano,são culpados

p3: Se Sicrano é inocente, então Beltrano é inocente.

p4: Se Sicrano é culpado, então Fulano é culpado

Para que o argumento seja válido todas as premissasdevem ser verdadeiras e a conclusão deverá ser verdadei-ra.

Vamos elaborar uma hipótese inicial: Fulano éculpado, se isto ocorrer, é condição suficiente para queBeltrano seja culpado, logo Beltrano é culpado.

Da p3 tem-se que negando o conseqüente do "seentão” devemos negar seu antecedente, logo: Sicrano éculpado. Da p4, ao afirmar o antecedente, também afirmoseu conseqüente, logo Fulano é culpado. Da p2, conhece-mos alguns valores lógicos, logo: (Se Fulano é inocente,então ou Beltrano é culpado, ou Sicrano é culpado, ouambos, Beltrano e Sicrano, são culpados = F ÷ V w V = V).

Portanto, ao afirmar que os três são culpados,obtemos todas as premissas verdadeiras, tornado oargumento válido.

ALTERNATIVA E

3) (Questão 70 da Prova de Técnico do MPU - Proble-mas com Verdades e Mentiras) Você está à frente deduas portas. Uma delas conduz a um tesouro; aoutra, a uma sala vazia. Cosme guarda uma dasportas, enquanto Damião guarda a outra. Cada umdos guardas sempre diz a verdade ou sempre mente,ou seja, ambos os guardas podem sempre mentir,ambos podem sempre dizer a verdade, ou um sem-pre dizer a verdade e o outro sempre mentir. Você

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não sabe se ambos são mentirosos, se ambos sãoverazes, ou se um é veraz e o outro é mentiroso.Mas, para descobrir qual das portas conduz aotesouro, você pode fazer três (e apenas três) pergun-tas aos guardas, escolhendo-as da seguinte relação:

p1: O outro guarda é da mesma natureza que você(isto é, se você é mentiroso ele também o é, ese você é veraz ele também o é)?

p2: Você é o guarda da porta que leva ao tesouro?

p3: O outro guarda é mentiroso?

p4: Você é veraz?

Então, uma possível seqüência de três perguntasque é logicamente suficiente para assegurar, sejaqual for a natureza dos guardas, que você identifiquecorretamente a porta que leva ao tesouro, é

a) p2 a Cosme, p2 a Damião, p3 a Damião.b) p3 a Damião, p2 a Cosme, p3 a Cosme.c) p3 a Cosme, p2 a Damião, p4 a Cosme.d) p1 a Cosme, p1 a Damião, p2 a Cosme.e) p4 a Cosme, p1 a Cosme, p2 a Damião.

Resolução:

A melhor dica para problemas com verdades ementiras é iniciar pela pessoa que diz a verdade, noentanto, tem-se a dificuldade de termos dois guardasonde cada um deles sempre diz a verdade ou sem-pre mente, ou seja, ambos os guardas podem sem-pre mentir, ambos podem sempre dizer a verdade, ouum sempre dizer a verdade e o outro sempre mentir.

Nesse caso as perguntas 3 e 4 não ajudam muito,pois se você não sabe se Cosme ou Damião estão dizendoverdade ou mentira perguntar se o outro é mentiroso, ouvocê é veraz fica sem efeito.

Mas a pergunta p1 que afirma que "O outro guarda éda mesma natureza que você” é interessante, observe osquadros comparativos abaixo:

O outro guarda é da mesma natureza que você?

Cosme Damião

Fala a verdade (responde sim) Fala a verdade (responde sim)

Fala a verdade (responde não) Fala a verdade (responde sim)

Fala mentira (responde sim) Fala mentira (responde não)

Fala mentira (responde não) Fala mentira (responde não)

Observe que as respostas de Cosme e Damião paratais perguntas já são esperadas, se os dois falam a verdadeos dois respondem sim, se os dois mentem os dois respon-dem não, se um fala a verdade e o outro mente, o que falaa verdade diz não e o que mente diz sim, portanto deacordo com a resposta de ambos a esta mesma pergunta,já saberei se Cosme e Damião estão falando verdade oumentira, só falta perguntar a qualquer um deles se "Você éo guarda da porta que leva ao tesouro”, basta perguntar aoCosme e obteremos a resposta.

ALTERNATIVA D

EXERCÍCIOS:ESTRUTURAS LÓGICAS,

LÓGICA SENTENCIALE LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO.

1) (AFC-STN/2005) Se Marcos não estuda, João nãopasseia. Logo:

a) Marcos estudar é condição necessária paraJoão não passear.

b) Marcos estudar é condição suficiente para Joãopassear.

c) Marcos não estudar é condição necessáriapara João não passear.

d) Marcos não estudar é condição suficiente paraJoão passear.

e) Marcos estudar é condição necessária paraJoão passear.

2) (Fiscal Recife/2003) Pedro, após visitar uma aldeiadistante, afirmou: “Não é verdade que todos osaldeões daquela aldeia não dormem a sesta”. Acondição necessária e suficiente para que a afirma-ção de Pedro seja verdadeira é que seja verdadeiraa seguinte proposição:

a) No máximo um aldeão daquela aldeia nãodorme a sesta.

b) Todos os aldeões daquela aldeia dormem asesta.

c) Pelo menos um aldeão daquela aldeia dorme asesta.

d) Nenhum aldeão daquela aldeia não dorme asesta.

e) Nenhum aldeão daquela aldeia dorme a sesta.

3) (AFC/2002) Dizer que não é verdade que Pedro épobre e Alberto é alto, é logicamente equivalente adizer que é verdade que:

a) Pedro não é pobre ou Alberto não é alto.b) Pedro não é pobre e Alberto não é alto.c) Pedro é pobre ou Alberto não é alto.d) se Pedro não é pobre, então Alberto é alto.e) e Pedro não é pobre, então Alberto não é alto.

4) (MPOG/2001) Dizer que “André é artista ou Bernardonão é engenheiro” é logicamente equivalente a dizerque:

a) André é artista se e somente se Bernardo nãoé engenheiro.

b) Se André é artista, então Bernardo não éengenheiro.

c) Se André não é artista, então Bernardo éengenheiro

d) Se Bernardo é engenheiro, então André éartista.

e) André não é artista e Bernardo é engenheiro

5) (CVM/2000) Dizer que a afirmação “todos os econo-mistas são médicos” é falsa, do ponto de vista lógico,equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadei-ra:

a) pelo menos um economista não é médicob) nenhum economista é médicoc) nenhum médico é economistad) pelo menos um médico não é economistae) todos os não médicos são não economistas

6) (Fiscal Trabalho/98) Dizer que "Pedro não é pedreiroou Paulo é paulista" é, do ponto de vista lógico, omesmo que dizer que:

a) se Pedro é pedreiro, então Paulo é paulistab) se Paulo é paulista, então Pedro é pedreiroc) se Pedro não é pedreiro, então Paulo é paulista

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d) se Pedro é pedreiro, então Paulo não é paulistae) se Pedro não é pedreiro, então Paulo não é

paulista

7) (Fiscal Trabalho/98) A negação da afirmação condi-cional "se estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva"é:

a) se não estiver chovendo, eu levo o guarda-chuva

b) não está chovendo e eu levo o guarda-chuvac) não está chovendo e eu não levo o guarda-

chuvad) se estiver chovendo, eu não levo o guarda-

chuvae) está chovendo e eu não levo o guarda-chuva

8) (SERPRO/96) Uma sentença logicamente equiva-lente a “Pedro é economista, então Luísa é soltei-ra” é:

a) Pedro é economista ou Luísa é solteira.b) Pedro é economista ou Luísa não é solteira.c) Se Luísa é solteira,Pedro é economista;d) Se Pedro não é economista, então Luísa não é

solteira;e) Se Luísa não é solteira, então Pedro não é

economista.

9) (TRT-9R-2004-FCC) Considere a seguinte proposi-ção: "na eleição para a prefeitura, o candidato A seráeleito ou não será eleito”. Do ponto de vista lógico, aafirmação da proposição caracteriza:

(A) um silogismo.(B) uma tautologia.(C) uma equivalência.(D) uma contingência.(E) uma contradição.

10) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Um exemplo de tautologiaé:

a) se João é alto, então João é alto ou Guilher-me é gordo

b) se João é alto, então João é alto e Guilhermeé gordo

c) se João é alto ou Guilherme é gordo, entãoGuilherme é gordo

d) se João é alto ou Guilherme é gordo, entãoJoão é alto e Guilherme é gordo

e) se João é alto ou não é alto, então Guilhermeé gordo

11) (Gestor Fazendário MG/2005/Esaf) Considere aafirmação P:

P: “A ou B

Onde A e B, por sua vez, são as seguintes afirma-ções:

A: “Carlos é dentista”

B: “Se Enio é economista, então Juca é arquiteto”.

Ora, sabe-se que a afirmação P é falsa. Logo:

a) Carlos não é dentista; Enio não é economista;Juca não é arquiteto.

b) Carlos não é dentista; Enio é economista;Juca não é arquiteto.

c) Carlos não é dentista; Enio é economista;Juca é arquiteto.

d) Carlos é dentista; Enio não é economista;Juca não é arquiteto.

e) Carlos é dentista; Enio é economista; Jucanão é arquiteto.

12) (Técnico MPU/2004-2/Esaf) Se Pedro é pintor ouCarlos é cantor, Mário não é médico e Sílvio não ésociólogo. Dessa premissa pode-se corretamenteconcluir que:

a) se Pedro é pintor e Carlos não é cantor, Márioé médico ou Sílvio é sociólogo.

b) se Pedro é pintor e Carlos não é cantor, Márioé médico ou Sílvio não é sociólogo.

c) Se Pedro é pintor e Carlos é cantor, Mário émédico e Sílvio não é sociólogo.

d) se Pedro é pintor e Carlos é cantor, Mário émédico ou Sílvio é sociólogo.

e) se Pedro não é pintor ou Carlos é cantor,Mário não é médico e Sílvio não é sociólogo.

13) (AFC/STN-2005/Esaf) A afirmação “Alda é alta, ouBino não é baixo, ou Ciro é calvo” é falsa. Segue-se,pois, que é verdade que:

a) se Bino é baixo, Alda é alta, e se Bino não ébaixo, Ciro não é calvo.

b) se Alda é alta, Bino é baixo, e se Bino é bai-xo, Ciro é calvo.

c) se Alda é alta, Bino é baixo, e se Bino não ébaixo, Ciro não é calvo.

d) se Bino não é baixo, Alda é alta, e se Bino ébaixo, Ciro é calvo.

e) se Alda não é alta, Bino não é baixo, e se Ciroé calvo, Bino não é baixo.

EXERCÍCIOS:ESTRUTURAS LÓGICAS

14) (AFC 2002 ESAF) Se Carina é amiga de Carol, entãoCarmem é cunhada de Carol. Carmem não é cunha-da de Carol. Se Carina não é cunhada de Carol,então Carina é amiga de Carol. Logo,

a) Carina é cunhada de Carmem e é amiga deCarol.

b) Carina não é amiga de Carol ou não é cunha-da de Carmem.

c) Carina é amiga de Carol ou não é cunhadade Carol.

d) Carina é amiga de Carmem e é amiga deCarol.

e) Carina é amiga de Carol e não é cunhada deCarmem.

15) (ANEEL 2004 ESAF) Surfo ou estudo. Fumo ou nãosurfo. Velejo ou não estudo. Ora, não velejo. Assim,

a) estudo e fumo.b) não fumo e surfo.c) não velejo e não fumo.d) estudo e não fumo.e) fumo e surfo.

16) (Fiscal Recife 2003 ESAF) André é inocente ou Betoé inocente. Se Beto é inocente, então Caio é culpa-do. Caio é inocente se e somente se Dênis é culpa-do. Ora, Dênis é culpado. Logo:

a) Caio e Beto são inocentes b) André e Caio são inocentes c) André e Beto são inocentesd) Caio e Dênis são culpadose) André e Dênis são culpados,

17) (Oficial de Chancelaria MRE 2004 ESAF) Se aprofessora de matemática foi à reunião, nem aprofessora de inglês nem a professora de francêsderam aula. Se a professora de francês não deuaula, a professora de português foi à reunião. Se aprofessora de português foi à reunião, todos osproblemas foram resolvidos. Ora, pelo menos umproblema não foi resolvido. Logo,

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MMMMatemática e RRRRaciocínio LLLLógico-MMMMatemático

a) a professora de matemática não foi à reunião ea professora de francês não deu aula.

b) a professora de matemática e a professora deportuguês não fo ram à reunião.

c) a professora de francês não deu aula e aprofessora de português não foi à reunião.

d) a professora de francês não deu aula ou aprofessora de português foi à reunião.

e) a professora de inglês e a professora de fran-cês não deram aula.

18) (AFC-SFC 2001 ESAF) Se Vera viajou, nem Camilenem Carla foram ao casamento. Se Carla não foi aocasamento, Vanderléia viajou. Se Vanderléia viajou,o navio afundou. Ora, o navio não afundou. Logo,

a) Vera não viajou e Carla não foi ao casamentob) Camile e Carla não foram ao casamentoc) Carla não foi ao casamento e Vanderléia não

viajoud) Carla não foi ao casamento ou Vanderléia

viajoue) Vera e Vanderléia não viajaram

19) (MPOG 2002 ESAF) Se M = 2x + 3y, então M = 4p +3r. Se M = 4p + 3r, então M = 2w– 3r. Por outro lado,M = 2x + 3y, ou M = 0. Se M = 0, então M+H = 1. Ora,M+H … 1. Logo,

a) 2w – 3r = 0b) 4p + 3r … 2w – 3rc) M … 2x + 3yd) 2x + 3y … 2w – 3re) M = 2w – 3r

20) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Se Frederico é francês,então Alberto não é alemão. Ou Alberto é alemão, ouEgídio é espanhol. Se Pedro não é português, entãoFrederico é francês. Ora, nem Egídio é espanhol nemIsaura é italiana. Logo:

a) Pedro é português e Frederico é francêsb) Pedro é português e Alberto é alemãoc) Pedro não é português e Alberto é alemãod) Egídio é espanhol ou Frederico é francêse) Se Alberto é alemão, Frederico é francês

21) (ACExt TCU 2002 ESAF) O rei ir à caça é condiçãonecessária para o duque sair do castelo, e é condi-ção suficiente para a duquesa ir ao jardim. Por outrolado, o conde encontrar a princesa é condiçãonecessária e suficiente para o barão sorrir e é condi-ção necessária para a duquesa ir ao jardim. O barãonão sorriu. Logo:

a) A duquesa foi ao jardim ou o conde encontroua princesa.

b) Se o duque não saiu do castelo, então o con-de encontrou a princesa.

c) O rei não foi à caça e o conde não encontroua princesa.

d) O rei foi à caça e a duquesa não foi ao jardim.e) O duque saiu do castelo e o rei não foi à caça.

22) (AFC 2002 ESAF) Se Iara não fala italiano, entãoAna fala alemão. Se Iara fala italiano, então ou Chingfala chinês ou Débora fala dinamarquês. Se Déborafala dinamarquês, Elton fala espanhol. Mas Elton falaespanhol se e somente se não for verdade queFrancisco não fala francês. Ora, Francisco não falafrancês e Ching não fala chinês. Logo,

a) Iara não fala italiano e Débora não fala dina-marquês.

b) Ching não fala chinês e Débora fala dinamar-quês.

c) Francisco não fala francês e Elton fala espa-nhol.

d) Ana não fala alemão ou Iara fala italiano.e) Ana fala alemão e Débora fala dinamarquês.

23) (MPU_Admnistrativa_2004 ESAF) Quando não vejoCarlos, não passeio ou fico deprimida. Quandochove, não passeio e fico deprimida. Quando não fazcalor e passeio, não vejo Carlos. Quando não chovee estou deprimida, não passeio. Hoje, passeio.Portanto, hoje

a) vejo Carlos, e não estou deprimida, e chove, efaz calor.

b) não vejo Carlos, e estou deprimida, e chove, efaz calor.

c) vejo Carlos, e não estou deprimida, e nãochove, e faz calor.

d) não vejo Carlos, e estou deprimida, e nãochove, e não faz calor.

e) vejo Carlos, e estou deprimida, e não chove, efaz calor.

24) (MPU Controle Interno 2004 ESAF) Sabe-se queJoão estar feliz é condição necessária para Mariasorrir e condição suficiente para Daniela abraçarPaulo. Sabe-se, também, que Daniela abraçar Pauloé condição necessária e suficiente para a Sandraabraçar Sérgio. Assim, quando Sandra não abraçaSérgio,

a) João está feliz, e Maria não sorri, e Danielaabraça Paulo.

b) João não está feliz, e Maria sorri, e Danielanão abraça Paulo.

c) João está feliz, e Maria sorri, e Daniela nãoabraça Paulo.

d) João não está feliz, e Maria não sorri, e Dani-ela não abraça Paulo.

e) João não está feliz, e Maria sorri, e Danielaabraça Paulo.

25) (AFTN 1996 ESAF) José quer ir ao cinema assistirao filme "Fogo contra Fogo" , mas não tem certezase o mesmo está sendo exibido. Seus amigos, Maria,Luís e Júlio têm opiniões discordantes sobre se ofilme está ou não em cartaz. Se Maria estiver certa,então Júlio está enganado. Se Júlio estiver engana-do, então Luís está enganado. Se Luís estiver enga-nado, então o filme não está sendo exibido. Ora, ouo filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibido, ouJosé não irá ao cinema. Verificou-se que Maria estácerta. Logo:

a) o filme "Fogo contra Fogo" está sendo exibidob) Luís e Júlio não estão enganadosc) Júlio está enganado, mas não Luísd) Luís está engando, mas não Júlioe) José não irá ao cinema

26) (TFC-SFC 2001 ESAF) Ou Anaís será professora, ouAnelise será cantora, ou Anamélia será pianista. SeAna for atleta, então Anamélia será pianista. SeAnelise for cantora, então Ana será atleta. Ora,Anamélia não será pianista. Então:

a) Anaís será professora e Anelise não serácantora

b) Anaís não será professora e Ana não seráatleta

c) Anelise não será cantora e Ana será atletad) Anelise será cantora ou Ana será atletae) Anelise será cantora e Anamélia não será

pianista

27) (Assistente de Chancelaria MRE 2004 ESAF) No finalde semana, Chiquita não foi ao parque. Ora, sabe-seque sempre que Didi estuda, Didi é aprovado. Sabe-se, também, que, nos finais de semana, ou Dadá vaià missa ou vai visitar tia Célia. Sempre que Dadá vaivisitar tia Célia, Chiquita vai ao parque, e sempre queDadá vai à missa, Didi estuda. Então, no final desemana,

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MMMMatemática e RRRRaciocínio LLLLógico-MMMMatemático

a) Dadá foi à missa e Didi foi aprovado.b) Didi não foi aprovado e Dadá não foi visitar tia

Célia.c) Didi não estudou e Didi foi aprovado.d) Didi estudou e Chiquita foi ao parque.e) Dadá não foi à missa e Didi não foi apro-

vado.

28) (Oficial de Chancelaria MRE 2004 ESAF) Se X $ Y,então Z > P ou Q # R. Se Z > P, então S # T. Se S #T, então Q # R. Ora, Q > R, logo:

a) S > T e Z # Pb) S $ T e Z > Pc) X $ Y e Z # Pd) X > Y e Z # Pe) X < Y e S < T

29) (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Se não durmo, bebo.Se estou furioso, durmo. Se durmo, não estou furio-so. Se não estou furioso, não bebo. Logo,

a) não durmo, estou furioso e não bebob) durmo, estou furioso e não beboc) não durmo, estou furioso e bebod) durmo, não estou furioso e não beboe) não durmo, não estou furioso e bebo

30) (MPU Administrativa 2004 ESAF) Se Fulano éculpado, então Beltrano é culpado. Se Fulano éinocente, então ou Beltrano é culpado, ou Sicranoé culpado, ou ambos, Beltrano e Sicrano, sãoculpados. Se Sicrano é inocente, então Beltrano éinocente. Se Sicrano é culpado, então Fulano éculpado. Logo,

a) Fulano é inocente, e Beltrano é inocente, eSicrano é inocente.

b) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, eSicrano é inocente.

c) Fulano é culpado, e Beltrano é inocente, eSicrano é inocente.

d) Fulano é inocente, e Beltrano é culpado, eSicrano é culpado.

e) Fulano é culpado, e Beltrano é culpado, eSicrano é culpado.

31) (AFC/CGU 2003/2004 ESAF) Homero não é honesto,ou Júlio é justo. Homero é honesto, ou Júlio é justo,ou Beto é bondoso. Beto é bondoso, ou Júlio não éjusto. Beto não é bondoso, ou Homero é honesto.Logo,

a) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio nãoé justo.

b) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlionão é justo.

c) Beto é bondoso, Homero é honesto, Júlio éjusto.

d) Beto não é bondoso, Homero não é honesto,Júlio não é justo.

e) Beto não é bondoso, Homero é honesto, Júlioé justo.

32) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Se Luís estuda História,então Pedro estuda Matemática. Se Helena estudaFilosofia, então Jorge estuda Medicina. Ora, Luísestuda História ou Helena estuda Filosofia. Logo,segue-se necessariamente que:

a) Pedro estuda Matemática ou Jorge estudaMedicina

b) Pedro estuda Matemática e Jorge estudaMedicina

c) Se Luís não estuda História, então Jorge nãoestuda Medicina

d) Helena estuda Filosofia e Pedro estuda Mate-mática

e) Pedro estuda Matemática ou Helena não estu-da Filosofia

33) (ANEEL 2004 ESAF) Se não leio, não compreendo.Se jogo, não leio. Se não desisto, compreendo. Se éferiado, não desisto. Então,

a) se jogo, não é feriado.b) se não jogo, é feriado.c) se é feriado, não leio.d) se não é feriado, leio.e) se é feriado, jogo.

34) (AFTN 1998 ESAF) Considere as afirmações: A) sePatrícia é uma boa amiga, Vítor diz a verdade; B) seVítor diz a verdade, Helena não é uma boa amiga; C)se Helena não é uma boa amiga, Patrícia é uma boaamiga. A análise do encadeamento lógico dessastrês afirmações permite concluir que elas:

a) são equivalentes a dizer que Patrícia é umaboa amiga

b) implicam necessariamente que Patrícia éuma boa amiga

c) implicam necessariamente que Vítor diz averdade e que Helena não é uma boa amiga

d) são consistentes entre si, quer Patrícia sejauma boa amiga, quer Patrícia não seja umaboa amiga

e) são inconsistentes entre si

35) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Maria tem três carros: umGol, um Corsa e um Fiesta. Um dos carros é branco,o outro é preto, e o outro é azul. Sabe-se que: 1) ouo Gol é branco, ou o Fiesta é branco, 2) ou o Gol épreto, ou o Corsa é azul, 3) ou o Fiesta é azul, ou oCorsa é azul, 4) ou o Corsa é preto, ou o Fiesta épreto. Portanto, as cores do Gol, do Corsa e doFiesta são, respectivamente,

a) branco, preto, azulb) preto, azul, brancoc) azul, branco, pretod) preto, branco, azule) branco, azul, preto

36) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) De três irmãos – José,Adriano e Caio –, sabe-se que ou José é o maisvelho, ou Adriano é o mais moço. Sabe-se, também,que ou Adriano é o mais velho, ou Caio é o maisvelho. Então, o mais velho e o mais moço dos trêsirmãos são, respectivamente:

a) Caio e Joséb) Caio e Adrianoc) Adriano e Caiod) Adriano e Josée) José e Adriano

37) (Técnico MPU_Admnistrativa_2004 ESAF) Ricardo,Rogério e Renato são irmãos. Um deles é médico,outro é professor, e o outro é músico. Sabe-se que:1) ou Ricardo é médico, ou Renato é médico, 2) ouRicardo é professor, ou Rogério é músico; 3) ouRenato é músico, ou Rogério é músico, 4) ou Rogérioé professor, ou Renato é professor. Portanto, asprofissões de Ricardo, Rogério e Renato são, respec-tivamente,

a) professor, médico, músico.b) médico, professor, músico.c) professor, músico, médico.d) músico, médico, professor.e) médico, músico, professor.

38) (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Investigando umafraude bancária, um famoso detetive colheu evidênci-as que o convenceram da verdade das seguintesafirmações:

1) Se Homero é culpado, então João é culpado.2) Se Homero é inocente, então João ou Adolfo

são culpados.3) Se Adolfo é inocente, então João é inocente.4) Se Adolfo é culpado, então Homero é culpado.

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As evidências colhidas pelo famoso detetive indi-cam, portanto, que:

a) Homero, João e Adolfo são inocentes.b) Homero, João e Adolfo são culpados.c) Homero é culpado, mas João e Adolfo são

inocentes.d) Homero e João são inocentes, mas Adolfo é

culpado.e) Homero e Adolfo são culpados, mas João é

inocente.

39) (AFRE MG 2005 ESAF) Se André é culpado, entãoBruno é inocente. Se André é inocente, então Brunoé culpado. Se André é culpado, Leo é inocente. SeAndré é inocente, então Leo é culpado. Se Bruno éinocente, então Leo é culpado. Logo, André, Bruno eLeo são, respectivamente:

a) Culpado, culpado, culpado.b) Inocente, culpado, culpado.c) Inocente, culpado, inocente.d) Inocente, inocente, culpado.e) Culpado, culpado, inocente.

40) (AFC/STN 2005 ESAF) Se Pedro não bebe, ele visitaAna. Se Pedro bebe, ele lê poesias. Se Pedro nãovisita Ana, ele não lê poesias. Se Pedro lê poesias,ele não visita Ana. Segue se, portanto que, Pedro:

a) bebe, visita Ana, não lê poesias.b) não bebe, visita Ana, não lê poesias.c) bebe, não visita Ana, lê poesias.d) não bebe, não visita Ana, não lê poesias.e) não bebe, não visita Ana, lê poesias.

41) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Se Pedro é inocente,então Lauro é inocente. Se Roberto é inocente, entãoSônia é inocente. Ora, Pedro é culpado ou Sônia éculpada. Segue-se logicamente, portanto, que:

a) Lauro é culpado e Sônia é culpadab) Sônia é culpada e Roberto é inocentec) Pedro é culpado ou Roberto é culpadod) Se Roberto é culpado, então Lauro é culpadoe) Roberto é inocente se e somente se Lauro é

inocente

EXERCÍCIOS:LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

42) (TRT-9ª Região/2004/FCC) Observe a construção deum argumento:

Premissas:

Todos os cachorros têm asas.Todos os animais de asas são aquáticos.Existem gatos que são cachorros.

Conclusão:

Existem gatos que são aquáticos.

Sobre o argumento A, as premissas P e a conclusãoC, é correto dizer que:

(A) A não é válido, P é falso e C é verdadeiro.(B) A não é válido, P e C são falsos.(C) A é válido, P e C são falsos.(D) A é válido, P ou C são verdadeiros.(E) A é válido se P é verdadeiro e C é falso.

43) SERPRO-2001/ESAF) Considere o seguinte argu-mento: “Se Soninha sorri, Sílvia é miss simpatia. Ora,Soninha não sorri. Logo, Sílvia não é miss simpatia”.Este não é um argumento logicamente válido, umavez que:

a) a conclusão não é decorrência necessária daspremissas.

b) a segunda premissa não é decorrência lógicada primeira.

c) a primeira premissa pode ser falsa, embora asegunda possa ser verdadeira.

d) a segunda premissa pode ser falsa, embora aprimeira possa ser verdadeira.

e) o argumento só é válido se Soninha na realida-de não sorri.

44) Assinale a alternativa que contém um argumentoválido.

a) Alguns atletas jogam xadrez.Todos os intelectuais jogam xadrez.Conclusão: Alguns atletas são intelectuais.

b) Se estudasse tudo, eu passaria.Eu não passei.Conclusão: Eu não estudei tudo.

45) Considere as premissas:

P1. Os bebês são ilógicos.P2. Pessoas ilógicas são desprezadas.P3. Quem sabe amestrar um crocodilo não é des-

prezado.

Assinale a única alternativa que não é uma conse-qüência lógica das três premissas apresentadas.

a) Bebês não sabem amestrar crocodilos.b) Pessoas desprezadas são ilógicas.c) Pessoas desprezadas não sabem amestrar

crocodilos.d) Pessoas ilógicas não sabem amestrar crocodi-

los.e) Bebês são desprezados.

EXERCÍCIOS:DIAGRAMAS LÓGICOS

46) (Especialista em Políticas Públicas Bahia 2004 FCC)Considerando “todo livro é instrutivo” como umaproposição verdadeira, é correto inferir que:

a) “Nenhum livro é instrutivo” é uma proposiçãonecessariamente verdadeira.

b) “Algum livro é instrutivo” é uma proposiçãonecessariamente verdadeira.

c) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposi-ção verdadeira ou falsa.

d) “Algum livro é instrutivo” é uma proposiçãoverdadeira ou falsa.

e) “Algum livro não é instrutivo” é uma proposi-ção necessariamente verdadeira.

47) (TTN-98 ESAF) Se é verdade que "Alguns A são R"e que "Nenhum G é R", então é necessariamenteverdadeiro que:

a) algum A não é G;b) algum A é Gc) nenhum A é G;d) algum G é A;e) nenhum G é A;

48) (Fiscal Trabalho 98 ESAF) Sabe-se que existe pelomenos um A que é B. Sabe-se, também, que todo Bé C. Segue-se, portanto, necessariamente que

a) todo C é Bb) todo C é Ac) algum A é Cd) nada que não seja C é Ae) algum A não é C49)

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49) (SERPRO 2001 ESAF) Todos os alunos de matemá-tica são, também, alunos de inglês, mas nenhumaluno de inglês é aluno de história. Todos os alunosde português são também alunos de informática, ealguns alunos de informática são também alunos dehistória. Como nenhum aluno de informática é alunode inglês, e como nenhum aluno de português éaluno de história, então:

a) pelo menos um aluno de português é aluno deinglês.

b) pelo menos um aluno de matemática é alunode história.

c) nenhum aluno de português é aluno de mate-mática.

d) todos os alunos de informática são alunos dematemática.

e) todos os alunos de informática são alunos deportuguês.

50) (AFCE TCU 99 ESAF) Em uma comunidade, todotrabalhador é responsável. Todo artista, se não forfilósofo, ou é trabalhador ou é poeta. Ora, não háfilósofo e não há poeta que não seja responsável.Portanto, tem-se que, necessariamente,

a) todo responsável é artistab) todo responsável é filósofo ou poetac) todo artista é responsáveld) algum filósofo é poetae) algum trabalhador é filósofo

51) (AFCE TCU 99 ESAF) Se é verdade que "Algunsescritores são poetas" e que "Nenhum músico époeta", então, também é necessariamente verdadeque

a) nenhum músico é escritorb) algum escritor é músicoc) algum músico é escritord) algum escritor não é músicoe) nenhum escritor é músico

52) (MPOG 2002 ESAF) Na formatura de Hélcio, todosos que foram à solenidade de colação de grauestiveram, antes, no casamento de Hélio. Como nemtodos os amigos de Hélcio estiveram no casamentode Hélio, conclui-se que, dos amigos de Hélcio:

a) todos foram à solenidade de colação de graude Hélcio e alguns não foram ao casamentode Hélio.

b) pelo menos um não foi à solenidade de cola-ção de grau de Hélcio.

c) alguns foram à solenidade de colação degrau de Hélcio, mas não foram ao casamentode Hélio.

d) alguns foram à solenidade de colação degrau de Hélcio e nenhum foi ao casamento deHélio.

e) todos foram à solenidade de colação de graude Hélcio e nenhum foi ao casamento de Hé-lio.

53) (AFC-STN 2000 ESAF) Uma escola de arte ofereceaulas de canto, dança, teatro, violão e piano. Todosos professores de canto são, também, professoresde dança, mas nenhum professor de dança é profes-sor de teatro. Todos os professores de violão são,também, professores de piano, e alguns professoresde piano são, também, professores de teatro. Sabe-se que nenhum professor de piano é professor dedança, e como as aulas de piano, violão e teatro nãotêm nenhum professor em comum, então:

a) nenhum professor de violão é professor decanto

b) pelo menos um professor de violão é profes-sor de teatro

c) pelo menos um professor de canto é profes-sor de teatro

d) todos os professores de piano são professo-res de canto

e) todos os professores de piano são professo-res de violão

54) (MPOG 2002 ESAF) Em um grupo de amigas, todasas meninas loiras são, também, altas e magras, masnenhuma menina alta e magra tem olhos azuis.Todas as meninas alegres possuem cabelos crespos,e algumas meninas de cabelos crespos têm tambémolhos azuis. Como nenhuma menina de cabeloscrespos é alta e magra, e como neste grupo deamigas não existe nenhuma menina que tenhacabelos crespos, olhos azuis e seja alegre, então:

a) pelo menos uma menina alegre tem olhosazuis.

b) pelo menos uma menina loira tem olhos azu-is.

c) todas as meninas que possuem cabelos cres-pos são loiras.

d) todas as meninas de cabelos crespos sãoalegres.

e) nenhuma menina alegre é loira.

55) (SERPRO 2001 ESAF) Todos os alunos de matemá-tica são, também, alunos de inglês, mas nenhumaluno de inglês é aluno de história. Todos os alunosde português são também alunos de informática, ealguns alunos de informática são também alunos dehistória. Como nenhum aluno de informática é alunode inglês, e como nenhum aluno de português éaluno de história, então:

a) pelo menos um aluno de português é alunode inglês.

b) pelo menos um aluno de matemática é alunode história.

c) nenhum aluno de português é aluno de mate-mática.

d) todos os alunos de informática são alunos dematemática.

e) todos os alunos de informática são alunos deportuguês.

56) (SERPRO 2001 ESAF) Todas as amigas de Aninhaque foram à sua festa de aniversário estiveram,antes, na festa de aniversário de Betinha. Como nemtodas amigas de Aninha estiveram na festa deaniversário de Betinha, conclui-se que, das amigasde Aninha,

a) todas foram à festa de Aninha e algumas nãoforam à festa de Betinha.

b) pelo menos uma não foi à festa de Aninha.c) todas foram à festa de Aninha e nenhuma foi

à festa de Betinha.d) algumas foram à festa de Aninha mas não

foram à festa de Betinha.e) algumas foram à festa de Aninha e nenhuma

foi à festa de Betinha.

EXERCÍCIOS GERAIS:

57) (AFTN 96 ESAF) Os carros de Artur, Bernardo eCésar são, não necessariamente nesta ordem, umaBrasília, uma Parati e um Santana. Um dos carros écinza, um outro é verde, e o outro é azul. O carro deArtur é cinza; o carro de César é o Santana; o carrode Bernardo não é verde e não é a Brasília. As coresda Brasília, da Parati e do Santana são, respectiva-mente:

a) cinza, verde e azul b) azul, cinza e verde c) azul, verde e cinzad) cinza, azul e verdee) verde, azul e cinza

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MMMMatemática e RRRRaciocínio LLLLógico-MMMMatemático

58) Um jantar reúne 13 pessoas de uma mesmafamília. Das afirmações a seguir, referentes àspessoas reunidas, a única necessariamenteverdadeira é:

a) pelo menos uma delas tem altura superior a1,90m.

b) pelo menos duas delas são do sexo feminino.c) pelo menos duas delas fazem aniversário no

mesmo mês.d) pelo menos uma delas nasceu num dia par.e) pelo menos uma delas nasceu em janeiro ou

fevereiro.

59) (ANEEL 2004 ESAF) Fátima, Beatriz, Gina, Sílvia eCarla são atrizes de teatro infantil, e vão participar deuma peça em que representarão, não necessaria-mente nesta ordem, os papéis de Fada, Bruxa,Rainha, Princesa e Governanta. Como todas sãoatrizes versáteis, o diretor da peça realizou umsorteio para determinar a qual delas caberia cadapapel. Antes de anunciar o resultado, o diretorreuniu-as e pediu que cada uma desse seu palpitesobre qual havia sido o resultado do sorteio. DisseFátima: “Acho que eu sou a Governanta, Beatriz é aFada, Sílvia é a Bruxa e Carla é a Princesa”.

Disse Beatriz: “Acho que Fátima é a Princesa ou aBruxa”.Disse Gina: “Acho que Silvia é a Governanta ou aRainha”.Disse Sílvia: “Acho que eu sou a Princesa”.Disse Carla: “Acho que a Bruxa sou eu ou Bea-triz”.

Neste ponto, o diretor falou: “Todos os palpites estãocompletamente errados; nenhuma de vocês acertousequer um dos resultados do sorteio”! Um estudantede Lógica, que a tudo assistia, concluiu então,corretamente, que os papéis sorteados para Fátima,Beatriz, Gina e Sílvia foram, respectivamente,

a) rainha, bruxa, princesa, fada.b) rainha, princesa, governanta, fada.c) fada, bruxa, governanta, princesa.d) rainha, princesa, bruxa, fada.e) fada, bruxa, rainha, princesa.

60) (AFC 2002 ESAF) Um agente de viagens atende trêsamigas. Uma delas é loura, outra é morena e a outraé ruiva. O agente sabe que uma delas se chamaBete, outra se chama Elza e a outra se chama Sara.Sabe, ainda, que cada uma delas fará uma viagem aum país diferente da Europa: uma delas irá à Alema-nha, outra irá à França e a outra irá à Espanha. Aoagente de viagens, que queria identificar o nome e odestino de cada uma, elas deram as seguintesinformações:

A loura: “Não vou à França nem à Espanha”.A morena: “Meu nome não é Elza nem Sara”.A ruiva: “Nem eu nem Elza vamos à França”.

O agente de viagens concluiu, então, acertadamente,que:

a) A loura é Sara e vai à Espanha.b) A ruiva é Sara e vai à França.c) A ruiva é Bete e vai à Espanha.d) A morena é Bete e vai à Espanha.e) A loura é Elza e vai à Alemanha.

61) (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Quatro casaisreúnem-se para jogar xadrez. Como há apenas umtabuleiro, eles combinam que:

a) nenhuma pessoa pode jogar duas partidasseguidas;

b) marido e esposa não jogam entre si.

Na primeira partida, Celina joga contra Alberto. Nasegunda, Ana joga contra o marido de Júlia. Naterceira, a esposa de Alberto joga contra o marido deAna. Na quarta, Celina joga contra Carlos. E naquinta, a esposa de Gustavo joga contra Alberto. Aesposa de Tiago e o marido de Helena são, respecti-vamente:

a) Celina e Albertob) Ana e Carlos c) Júlia e Gustavod) Ana e Albertoe) Celina e Gustavo

62) (MPOG 2003 ESAF) Três amigos, Beto, Caio eDario, juntamente com suas namoradas,sentaram-se, lado a lado, em um teatro, paraassistir a um grupo de dança. Um deles é carioca,outro é nordestino, e outro catarinense. Sabe-se,também, que um é médico, outro é engenheiro eoutro é professor. Nenhum deles sentou-se aolado da namorada, e nenhuma pessoa sentou-seao lado de outra do mesmo sexo. As namoradaschamam-se, não necessariamente nesta ordem,Lúcia, Samanta e Teresa. O médico sentou-se emum dos dois lugares do meio, ficando mais próxi-mo de Lúcia do que de Dario ou do que do cario-ca. O catarinense está sentado em uma daspontas, e a namorada do professor está sentada àsua direita. Beto está sentado entre Teresa, queestá à sua esquerda, e Samanta. As namoradasde Caio e de Dario são, respectivamente:

a) Teresa e Samantab) Samanta e Teresac) Lúcia e Samantad) Lúcia e Teresae) Teresa e Lúcia

63) (Fiscal do Trabalho 2003 ESAF) Três amigasencontram-se em uma festa. O vestido de uma delasé azul, o de outra é preto, e o da outra é branco. Elascalçam pares de sapatos destas mesmas três cores,mas somente Ana está com vestido e sapatos demesma cor. Nem o vestido nem os sapatos de Júliasão brancos. Marisa está com sapatos azuis. Dessemodo,

a) o vestido de Júlia é azul e o de Ana é preto.b) o vestido de Júlia é branco e seus sapatos

são pretos.c) os sapatos de Júlia são pretos e os de Ana

são brancos.d) os sapatos de Ana são pretos e o vestido de

Marisa é branco.e) o vestido de Ana é preto e os sapatos de Ma-

risa são azuis.

64) (AFC-SFC 2001 ESAF) Os cursos de Márcia, Bereni-ce e Priscila são, não necessariamente nesta ordem,Medicina, Biologia e Psicologia. Uma delas realizouseu curso em Belo Horizonte, a outra em Florianópo-lis, e a outra em São Paulo. Márcia realizou seucurso em Belo Horizonte. Priscila cursou Psicologia.Berenice não realizou seu curso em São Paulo e nãofez Medicina. Assim, cursos e respectivos locais deestudo de Márcia, Berenice e Priscila são, pelaordem:

a) Medicina em Belo Horizonte, Psicologia emFlorianópolis, Biologia em São Paulo

b) Psicologia em Belo Horizonte, Biologia emFlorianópolis, Medicina em São Paulo

c) Medicina em Belo Horizonte, Biologia emFlorianópolis, Psicologia em São Paulo

d) Biologia em Belo Horizonte, Medicina em SãoPaulo, Psicologia em Florianópolis

e) Medicina em Belo Horizonte, Biologia em SãoPaulo, Psicologia em Florianópolis

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65) (Analista MPU 2004 ESAF) Caio, Décio, Éder,Felipe e Gil compraram, cada um, um barco.Combinaram, então, dar aos barcos os nomes desuas filhas. Cada um tem uma única filha, e todastêm nomes diferentes. Ficou acertado que nenhumdeles poderia dar a seu barco o nome da própriafilha e que a cada nome das filhas corresponderiaum e apenas um barco. Décio e Éder desejavam,ambos, dar a seus barcos o nome de Laís, masacabaram entrando em um acordo: o nome deLaís ficou para o barco de Décio e Éder deu a seubarco o nome de Mara. Gil convenceu o pai deOlga a pôr o nome de Paula em seu barco (isto é,no barco dele, pai de Olga). Ao barco de Caio,coube o nome de Nair, e ao barco do pai de Nair,coube o nome de Olga. As filhas de Caio, Décio,Éder, Felipe e Gil são, respectivamente,

a) Mara, Nair, Paula, Olga, Laís.b) Laís, Mara, Olga, Nair, Paula.c) Nair, Laís, Mara, Paula, Olga.d) Paula, Olga, Laís, Nair, Mara.e) Laís, Mara, Paula, Olga, Nair.

66) (Assistente de Chancelaria MRE 2004 ESAF) Quatromeninas que formam uma fila estão usando blusasde cores diferentes, amarelo, verde, azul e preto. Amenina que está imediatamente antes da menina queveste blusa azul é menor do que a que está imediata-mente depois da menina de blusa azul. A menina queestá usando blusa verde é a menor de todas e estádepois da menina de blusa azul. A menina de blusaamarela está depois da menina que veste blusapreta. As cores das blusas da primeira e da segundamenina da fila são, respectivamente:

a) amarelo e verde. b) azul e verde. c) preto e azul.d) verde e preto.e) preto e amarelo.

67) (MPU_Admnistrativa_2004 ESAF) Em torno de umamesa quadrada, encontram-se sentados quatrosindicalistas. Oliveira, o mais antigo entre eles, émineiro. Há também um paulista, um carioca e umbaiano. Paulo está sentado à direita de Oliveira.Norton, à direita do paulista. Por sua vez, Vasconce-los, que não é carioca, encontra-se à frente de Paulo.Assim,

a) Paulo é paulista e Vasconcelos é baiano.b) Paulo é carioca e Vasconcelos é baiano.c) Norton é baiano e Vasconcelos é paulista.d) Norton é carioca e Vasconcelos é paulista.e) Paulo é baiano e Vasconcelos é paulista.

68) (Analista MPU 2004 ESAF) Ana, Bia, Clô, Déa e Emaestão sentadas, nessa ordem e em sentido horário,em torno de uma mesa redonda. Elas estão reunidaspara eleger aquela que, entre elas, passará a ser arepresentante do grupo. Feita a votação, verificou-seque nenhuma fora eleita, pois cada uma delas haviarecebido exatamente um voto. Após conversaremsobre tão inusitado resultado, concluíram que cadauma havia votado naquela que votou na sua vizinhada esquerda (isto é, Ana votou naquela que votou navizinha da esquerda de Ana, Bia votou naquela quevotou na vizinha da esquerda de Bia, e assim pordiante). Os votos de Ana, Bia, Clô, Déa e Ema foram,respectivamente, para,

a) Ema, Ana, Bia, Clô, Déa.b) Déa, Ema, Ana, Bia, Clô.c) Clô, Bia, Ana, Ema, Déa.d) Déa, Ana, Bia, Ema, Clô.e) Clô, Déa, Ema, Ana, Bia.

69) (MPU 2004 ESAF) Cinco irmãos exercem, cada um,uma profissão diferente. Luís é paulista, como oagrônomo, e é mais moço do que o engenheiro emais velho do que Oscar. O agrônomo, o economistae Mário residem no mesmo bairro. O economista, omatemático e Luís são, todos, torcedores do Flamen-go. O matemático costuma ir ao cinema com Mário eNédio. O economista é mais velho do que Nédio emais moço do que Pedro; este, por sua vez, é maismoço do que o arquiteto.

Logo,

a) Mário é engenheiro, e o matemático é maisvelho do que o agrônomo, e o economista émais novo do que Luís.

b) Oscar é engenheiro, e o matemático é maisvelho do que o agrônomo, e Luís é mais velhodo que o matemático.

c) Pedro é matemático, e o arquiteto é mais velhodo que o engenheiro, e Oscar é mais velho doque o agrônomo.

d) Luís é arquiteto, e o engenheiro é mais velhodo que o agrônomo, e Pedro é mais velho doque o matemático.

e) Nédio é engenheiro, e o arquiteto é mais velhodo que o matemático, e Mário é mais velho doque o economista.

70) (AFC/CGU 2003/2004 ESAF) Três homens sãolevados à presença de um jovem lógico. Sabe-seque um deles é um honesto marceneiro, quesempre diz a verdade. Sabe-se, também, que umoutro é um pedreiro, igualmente honesto e traba-lhador, mas que tem o estranho costume desempre mentir, de jamais dizer a verdade. Sabe-se, ainda, que o restante é um vulgar ladrão queora mente, ora diz a verdade. O problema é quenão se sabe quem, entre eles, é quem. À frente dojovem lógico, esses três homens fazem, ordenada-mente, as seguintes declarações:

O primeiro diz: “Eu sou o ladrão.”O segundo diz: “É verdade; ele, o que acabou defalar, é o ladrão.”O terceiro diz: “Eu sou o ladrão.”

Com base nestas informações, o jovem lógico pode,então, concluir corretamente que:

a) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o tercei-ro.

b) O ladrão é o primeiro e o marceneiro é o se-gundo.

c) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o segun-do.

d) O pedreiro é o primeiro e o ladrão é o terceiro.e) O marceneiro é o primeiro e o ladrão é o se-

gundo.

71) (CGM RJ 2003 FJG) Juca, João e José fizeram asseguintes afirmações:

Juca: Eu fui aprovado no concurso ou José foiaprovado no concurso.João: Se José não foi aprovado no concurso, entãoeu fui aprovado no concurso.José: Eu fui aprovado no concurso ou João foiaprovado no concurso.

Admitindo-se que apenas uma das três afirmaçõesacima seja verdadeira, é correto concluir que:

A) José foi aprovado no concursoB) Juca foi aprovado no concursoC) Juca e João foram aprovados no concursoD) José e João foram aprovados no concurso

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72) (MPOG 2002) Cinco amigas, Ana, Bia, Cati, Dida eElisa, são tias ou irmãs de Zilda. As tias de Zildasempre contam a verdade e as irmãs de Zilda sem-pre mentem. Ana diz que Bia é tia de Zilda. Bia dizque Cati é irmã de Zilda. Cati diz que Dida é irmã deZilda. Dida diz que Bia e Elisa têm diferentes grausde parentesco com Zilda, isto é: se uma é tia a outraé irmã. Elisa diz que Ana é tia de Zilda.

Assim, o número de irmãs de Zilda neste conjunto decinco amigas é dado por:

a) 1b) 2c) 3d) 4e) 5

73) (Analista MPU/ESAF) Fernanda atrasou-se e chegaao estádio da Ulbra quando o jogo de vôlei já estáem andamento. Ela pergunta às suas amigas, queestão assistindo à partida, desde o início, qual oresultado até o momento.

Suas amigas dizem-lhe:

Amanda: “Neste set, o escore está 13 a 12”.Berenice: “O escore não está 13 a 12, e a Ulbra jáganhou o primeiro set”.Camila: “Este set está 13 a 12, a favor da Ulbra”.Denise: “O escore não está 13 a 12, a Ulbra estáperdendo este set, e quem vai sacar é a equipevisitante”.Eunice: “Quem vai sacar é a equipe visitante, e aUlbra está ganhando este set”.

Conhecendo suas amigas, Fernanda sabe que duasdelas estão mentindo e que as demais estão dizendoa verdade.

Conclui, então, corretamente, que

a) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está perden-do este set, e quem vai sacar é a equipe visi-tante.

b) o escore está 13 a 12, e a Ulbra está vencen-do este set, e quem vai sacar é a equipe visi-tante.

c) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra estávencendo este set, e quem vai sacar é a equi-pe visitante.

d) o escore não está 13 a 12, e a Ulbra não estávencendo este set, e a Ulbra venceu o primei-ro set.

e) o escore está 13 a 12, e a Ulbra vai sacar, e aUlbra venceu o primeiro set.

74) (CVM – 2000) Beatriz encontrava-se em viagem porum país distante, habitado pelos vingos e pelosmingos. Os vingos sempre dizem a verdade; já osmingos sempre mentem. Certo dia, vendo-se perdidaem uma estrada, Beatriz dirigiu-se a um jovem quepor ali passava e perguntou-lhe: “Esta estrada leva àAldeia Azul?”. O jovem respondeu-lhe: “Sim, estaestrada leva à Aldeia Azul”. Como não soubesse seo jovem era vingo ou mingo, Beatriz fez-lhe outrapergunta: “E se eu te perguntasse se és mingo, o queme responderias?”. E o jovem respondeu: “Respon-deria que sim”.

Dadas as respostas do jovem, Beatriz pode conclu-ir corretamente que

a) o jovem era mingo e a estrada não levava àAldeia Azul

b) o jovem era mingo e a estrada levava à Alde-ia Azul

c) o jovem era vingo e a estrada não levava àAldeia Azul

d) o jovem era vingo e a estrada levava à AldeiaAzul

e) o jovem poderia ser vingo ou mingo, e a estra-da levava à Aldeia Azul

75) Há três suspeitos de um crime: o cozinheiro, agovernanta e o mordomo. Sabe-se que o crime foiefetivamente cometido por um ou por mais de umdeles, já que podem ter agido individualmente ounão. Sabe-se, ainda, que: A) se o cozinheiro éinocente, então a governanta é culpada; B) ou omordomo é culpado ou a governanta é culpada, masnão os dois; C) o mordomo não é inocente. Logo:

a) a governanta e o mordomo são os culpadosb) somente o cozinheiro é inocentec) somente a governanta é culpadad) somente o mordomo é culpadoe) o cozinheiro e o mordomo são os culpados

RESPOSTAS

1 - e 16 - b 31 - c 46 - b 61 - a

2 - c 17 - b 32 - a 47 - a 62 - b

3 - a 18 - e 33 - a 48 - c 63 - c

4 - d 19 - e 34 - d 49 - c 64 - c

5 - a 20 - b 35 - e 50 - c 65 - e

6 - a 21 - c 36 - b 51 - d 66 - c

7 - e 22 - a 37 - e 52 - b 67 - a

8 - e 23 - c 38 - b 53 - a 68 - b

9 - b 24 - d 39 - c 54 - e 69 - a

10 - a 25 - e 40 - b 55 - c 70 - b

11 - b 26 - a 41 - c 56 - b 71 - b

12 - b 27 - a 42 - c 57 - d 72 - c

13 - c 28 - a 43 - a 58 - c 73 - b

14 - b 29 - d 44 - b 59 - d 74 - a

15 - d 30 - e 45 - b 60 - e 75 - e

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COMPREENSÃO E ELABORAÇÃO DALÓGICA DAS SITUAÇÕES POR MEIO DE:RACIOCÍNIO VERBAL, RACIOCÍNIO MATE-MÁTICO, RACIOCÍNIO SEQUENCIAL, ORI-ENTAÇÃO ESPACIAL E TEM-PORAL, FOR-MAÇÃO DE CONCEITOS, DISCRIMINAÇÃO

DE ELEMENTOS.

Esses elementos são constituídos por alguns tipos deraciocínios, como: verbal, numérico, abstrato e espacial.Essas relações contribuem para a compreensão e elabora-ção do processo lógico de uma situação.

RACIOCÍNIO VERBAL

Definição: É a capacidade de compreender e usar osconceitos verbais para organizar o pensamento e estabele-cer relações abstratas entre conceitos verbais.

As questões relativas ao raciocínio verbal sãoapresentadas sob a forma de analogias. Após a percepçãoda relação entre um primeiro par de palavras, deve-seencontrar uma quarta palavra que mantenha relação comuma terceira palavra apresentada. Exemplos:

1) Homem está para Menino, como Mulher está para_________.

a) Senhora d) Bonecab) Menina e) Nenêc) Jovem

A resposta é Menina.

Os homens na infância são chamados de meninos eas mulheres de meninas.

2) Presidente está para o país assim como o Papa estápara ___________.

a) Igreja d) Missab) Templo e) Europac) Mundo

A resposta é Igreja.

O presidente é o representante do país assim comoo Papa é o representante da Igreja.

3) Pelé está para o futebol assim como Michael Jordanestá para __________.

a) Handball d) Basqueteb) Vôlei e) Automobilismoc) Golf

A resposta é Basquete.

Pelé foi o maior jogador de futebol de todos os temposassim como Michael Jordan foi o de basquete.

4) Televisão está para energia elétrica assim comocarro está para _________.

a) Combustível d) Rodasb) Farol e) Óleoc) Volante

A resposta é Combustível.

Energia elétrica é o que faz a televisão funcionarassim como combustível faz o carro funcionar.

RACIOCÍNIO NUMÉRICO

Definição: É a capacidade de compreender proble-mas que utilizam operações que envolvam números, bemcomo o domínio das operações aritméticas básicas.

As questões relativas a raciocínio numérico sãoapresentadas sob a forma de seqüências de números.Deve-se encontrar a lei de formação da seqüência para darcontinuidade à mesma. Exemplos:

1) Escreva o próximo termo da seqüência:

1 2 3 4 5 6 ?

A resposta é 7. Essa é a seqüência dos númerosnaturais.

2) Escreva o próximo termo da seqüência:

2 4 6 8 10 12 ?

A resposta é 14. Essa é a seqüência dos númerospares.

3) Escreva o próximo termo da seqüência:

1 2 4 8 16 32 ?

A resposta é 64. A lei de formação da seqüência édada pelo dobro do número anterior, perceba que osegundo número é o dobro do primeiro e o terceiro odobro do segundo e assim por diante, então opróximo número será o dobro de 32, ou seja, 64.

4) Escreva o próximo termo da seqüência:

0 1 4 9 25 36 ?

A resposta é 49. A lei de formação dessa seqüênciaé a multiplicação do número por ele mesmo, perceba:

0x0 = 0 1x1 = 1 2x2 = 4 3x3=9 4x4=16

5x5=25 6x6=36 7x7=49

Pode-se dizer também que a lei de formação é elevaro número ao quadrado, alias elevar o número aoquadrado é o mesmo que multiplicar ele por elemesmo.

RACIOCÍNIO ABSTRATO

Definição: É a capacidade de compreender eestabelecer relações entre objetos e situações similares,comparando símbolos, idéias e conceitos.

As questões relativas a raciocínio abstrato exigem aanálise de certa relação de figuras, objetos, etc. Exemplos:

1) Qual das cinco representa a melhor comparação?

está para assim como está para:

a) d)

b) e)

c)

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A resposta é C. Inicialmente temos um circulo dividi-do em duas partes, então a quadrado também deveser dividido em duas partes.

2) Qual das cinco se parece menos com as outrasquatro?

a) d)

b) e)

c)

A resposta é D. Todos as figuras são compostas porsegmentos retos, exceto o círculo.

3) Complete a seqüência abaixo?

?

A B C D

A resposta é D. Perceba que a figura externa gira de90º graus no sentido horário. A barra interna ficatrocando de lado, esquerda – direita, e a outra figurainterna gira em sentido anti-horário de 90º.

4) Qual das cinco se parece menos com as outrasquatro?

Barco – Avião – Carro – Ônibus – Pneu

A resposta é pneu. Todas as palavras são meios detransportes, exceto pneu.

RACIOCÍNIO ESPACIAL

Definição: É a aptidão para visualizar relações deespaço, de dimensão, de posição e de direção, bem comojulgar visualmente formas geométricas.

Exemplos:

1) Os quadrados abaixo têm todos o mesmo tamanho.

I II III IV V

Em qual deles a região sombreada tem a maiorárea?

a) I d) IVb) II e) Vc) III

A resposta é E. Na opção I o quadrado está divididoem quatro triângulos iguais, de modo que a área daregião sombreada é a metade da área do quadrado.Na opção II, a diagonal divide o quadrado em doistriângulos iguais, e outra vez a área da região som-breada é metade da área do quadrado. Na opção IIIo triângulo sombreado tem área menor do que otriângulo sombreado da opção II, ou seja, menor quemetade da área do quadrado. Na opção IV, observa-mos na figura ao lado que a perpendicular MN aosegmento AB divide o quadrado nos pares de triân-gulos iguais AMN, ADN e BMN, BCN; segue mais

uma vez que a área da região sombreada é metadeda área do quadrado. Finalmente, a área do triângulosombreado na opção V é maior do que a área dotriângulo sombreado da opção II, ou seja, é maior doque metade da área do quadrado. Comentário:observamos que na opção IV o ponto N não precisaser o ponto médio do lado CD. De fato, o argumentousado acima para analisar essa opção não dependeda posição de N ao longo de CD.

2) Cinco discos de papelão foram colocados um a umsobre uma mesa, conforme mostra a figura. Em queordem os discos foram colocados na mesa?

a) V, R, S, U, Tb) U, R, V, S, Tc) R, S, U, V, Td) T, U, R, V, Se) V, R, U, S, T

A resposta é A Solução 1: Na figura vê-se que V estáabaixo de R, que está abaixo de S, que está abaixode U, que está abaixo de T. Logo a ordem em que osdiscos foram colocados sobre a mesa é V, R, S, U, T.

EXERCÍCIOS PROPOSTOS:

RACIOCÍNIO VERBAL, NUMÉRICO, ABSTRATOE ESPACIAL

1) Livro está para ler assim como caderno está para_________:

a) Escrever d) Lerb) Copiar e) Colorirc) Pintar

2) Surf está para o prancha assim como tênis está para__________.

a) Quadra d) Shortsb) Bola e) Redec) Raquete

3) Trinco está para tranco assim como brinco está para___________.

a) Banco d) Brancab) Banca e) Brancoc) Brama

4) Rádio está para som assim como televisão está para__________.

a) Imagem d) Telab) Figura e) Canalc) Antena

5) Espetáculo está para teatro assim como filme estápara __________.

a) Câmera d) Cinemab) Radio e) Televisãoc) Antena

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6) Deputado Federal está para o congresso assim comosenador está para _____.

a) Câmara d) Ministériob) Prefeitura e) Senadoc) Assembléia

7) Sapato está para pé assim como luva está para__________.

a) Pescoço d) Dedob) Mão e) Pernac) Braço

8) Botânico está para sociólogo assim como planta estapara _________.

a) Mulher d) Sociedadeb) Problema e) Socialc) Sociologia

9) Calculadora está para calcular assim como tesouraestá para __________.

a) Rasgar d) Abrirb) Cortar e) Colarc) Fatiar

10) Vaca está para estábulo assim como homem estápara _____________.

a) Celeiro d) Fazendab) Leite e) Restaurantec) Casa

11) Escreva o próximo termo da seqüência

a) 0 1 8 27 64 ?b) 2 10 16 17 18 19 ?c) 2 12 21 29 36 42 47 ?d) 68 67 64 59 52 43 32 ?e) 1 11 21 1211 111221 312211 ?

12) Qual dos quatro se parece menos com os outros?

∆ G E M

13) Qual dos quatro se parece menos com os outros?

14) Complete a seqüência com uma das quatro figurasdadas.

15) Qual dos cinco se parece menos com os outros?

16) Complete a seqüência com uma das seis figurasdadas.

17) Para montar um cubo, Guilherme recortou um peda-ço de cartolina branca e pintou de cinza algumaspartes, como na figura ao lado. Qual das figurasabaixo representa o cubo construído por Guilherme?

a)

b)

c)

d)

e)

18) I II III

IV V

Paulo usou quatro peças diferentes dentre as cincoacima para montar a figura indicada. Em qual daspeças está o quadradinho marcado com X?

a) Ib) IIc) IIId) IVe) V

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GABARITO COMENTADODOS EXERCÍCIOS PROPOSTOS: RACIOCÍNIO

VERBAL, NUMÉRICO, ABSTRATO E ESPACIAIS

1) Alternativa A. O Livro é feito ler e o caderno feito paraescrever.

2) Alternativa C. Prancha é um item necessário parapraticar Surf e raquete é necessário para jogar tênis.

3) Alternativa E. Basta trocar o I pelo A.

4) Alternativa A. A principal característica do rádio é ageração de som e da televisão a geração de imagem.

5) Alternativa D. Os espetáculos são apresentados noteatro, já os filmes no cinema.

6) Alternativa E. O congresso é o local de trabalho dosdeputados e o senado o dos senadores.

7) Alternativa B. Sapato se usa nos pés e luva nasmãos.

8) Alternativa D. Botânico estuda as plantas e o soció-logo a sociedade.

9) Alternativa B. A função da calculadora é executarcálculos e da tesoura é cortar.

10) Alternativa C. Estábulo é o local onde as vacasmoram e casa é onde os homens moram.

11) a) Seqüência dos cubos dos números – 03,13,23,33, 43... logo o próximo número é 53 = 125.

b) Seqüência dos números que começam com aletra D. Dois, Dez, Dezesseis, Dezessete,Dezoito, Dezenove.... O próximo será 200(DUZENTOS)

c) Seqüência que se obtém partindo do numero 4e somando 10,9,8,7,....

02 + 10 =1212 + 09= 2121 + 08= 2929 + 07= 3636 + 06= 4242 + 05= 4747 + 04= 51

Assim o próximo número da seqüência é: 51

d) Seqüência que subtrai os números ímpares doanterior para obter o próximo:

68 - 01 = 6767 – 03= 6464 – 05= 5959 – 07= 5252 – 09= 4343 – 11= 3232 – 13= 19

Assim o próximo número da seqüência é: 19

e) A lógica dessa seqüência é contar a formaçãodo número anterior. A seqüência começa como número 1, o segundo número diz que oanterior é formado por um número um (11), opróximo diz que o anterior (o onze) é formadopor dois números um (21), o próximo diz que oanterior (o vinte e um) é formado por um núme-ro dois e um número um (1211) e assim pordiante; então o próximo da seqüência tem quecontar a formação do número 312211, que éformado por um número 3, um número 1, doisnúmeros 2 e dois números 1, assim o próximonúmero será: 13112221.

12) Resposta: Triângulo. Todas as figuras são formadaspor quatro segmentos retos, exceto pelo trianguloque é formado por três.

13) Resposta: Todas as figuras são formadas por doisquadrados e um circulo exceto pela primeira quepossui dois círculos e um quadrado, portanto aprimeira figura é a que menos parece com as outras.

14) Resposta: figura 4. Na última linha todas figuraspossuem apenas uma cor.

15) Resposta: figura 2. A figura 1 e 5 são idênticas, bemcomo a 3 e a 4; a única que não possui par é a 2.

16) Resposta: figura 6. Em cada fileira a cabeça, corpo,perna e rabo devem ser distintos.

17) Resposta: figura C. Ao montar o cubo, a face brancae a face cinza ficam opostas; logo as alternativas (A)e (B) estão excluídas. As alternativas (D) e (E) estãoexcluídas pois no cubo não podem aparecer umretângulo branco e outro cinza com um lado menorem comum.

18) Resposta A. Por tentativa e erro vemos que háapenas duas maneiras de cobrir a figura com quatropeças, conforme mostrado abaixo. Em ambas, acasa com o X é coberta pela peça I.

X X

EXERCÍCIOS GERAIS

1) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) urso d) cachorrob) cobra e) tigrec) vaca

2) Se você reordenar as letras "ECHOOL” o resultadoserá o nome de um:

a) oceano d) estadob) país e) animalc) cidade

3) Qual dos cinco desenhos representa a melhor com-paração?

está para assim como está para:

a) d)

b) e)

c)

4) Qual dos cinco se parece menos com os outros?

a) batata d) feijãob) milho e) maçãc) cenoura

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5) Qual dos cinco desenhos representa a melhorcomparação?

está para assim como está para:

a) d)

b) e)

c)

6) João, que tem doze anos, é três vezes mais velhoque o irmão. Qual será a idade de João quando elefor duas vezes mais velho que o irmão?

a) 15 b) 16 c) 18 d) 20 e) 21

7) Qual dos cinco representa a melhor comparação?

Irmão está para irmã assim como sobrinha está para:

a) mãe d) tiab) tio e) sobrinhoc) filha

8) Qual das cinco letras se parece menos com asoutras?

a) A b) Z c) F d) N e) E

9) Qual das cinco representa a melhor comparação?

Leite está para vidro assim como carta está para:

a) selo d) correiob) caneta e) envelopec) livro

10) Qual dos cinco desenhos se parece menos com osoutros quatro?

a) d)

b) e)

c)

11) Qual das cinco alternativas representa a melhorcomparação?

AMOR está para ROMA assim como 5232 está para:

a) 2523 d) 3225b) 3252 e) 5223c) 2325

12) Se alguns Smaugs são Thors e alguns Thors sãoThrains, então alguns Smaugs serão obrigatoriamen-te Thrains. Esta afirmação é:

a) falsab) verdadeirac) nenhuma das duas

13) Qual dos cinco desenhos se parece menos com osoutros quatro?

a) d)

b) e)

c)

14) Qual dos cinco representa a melhor comparação?

Árvore está para chão assim como chaminé estápara:

a) fumaça d) garagemb) tijolo e) casac) céu

15) Qual dos números não pertence a série?

9 - 7 - 8 - 6 - 7 - 5 - 6 - 3

a) 9 e) 7b) 7 f) 5c) 8 g) 6d) 6 h) 3

16) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) tato d) sorrisob) paladar e) visãoc) audição

17) Qual dos cinco desenhos representa a melhor com-paração?

está para assim como estápara:

a) d)

b) e)

c)

18) João é mais alto que Pedro, e Antônio é mais baixoque João.

Qual das alternativas abaixo estaria mais correta?

a) Antônio é mais alto que Pedro.b) Antônio é mais baixo que Pedro.c) Antônio tem a mesma altura que Pedro.d) É impossível dizer quem é mais alto, se Antô-

nio ou Pedro.

19) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) bolsa d) sapatob) meia e) vestidoc) calça

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20) Qual das cinco alternativas representa a melhorcomparação?

CAACCAC está para 3113313 assim como CACAA-CAC está para:

a) 13133131b) 13133313c) 31311131

d) 31311313e) 31313113

21) Se você reordenar as letras " RAPIS ” o resultadoserá o nome de um:

a) oceanob) país

c) estadod) cidade

e) animal

22) Qual dos cinco desenhos se parece menos com osoutros quatro?

a) d)

b) e)

c)

23) Qual dos cinco representa a melhor comparação?

Bala está para revólver assim como bomba estápara:

a) atiradeirab) pé

c) canhãod) catapulta

e) aríete

24) Se alguns Bifurs são Bofurs e todos os Gloins sãoBofurs, então alguns Bifurs são obrigatoriamenteGloins. Esta afirmativa é:

a) verdadeirab) falsac) nenhuma das duas

25) Qual das cinco figuras se parece menos com asoutras quatro?

a)

b)

c)

d)

e)

26) Qual das letras a seguir não pertence a série?

A – D – G – I – J – N – Q – T

a) A e) Jb) D f) Nc) G g) Qd) I h) T

27) Qual dos cinco desenhos representa a melhorcomparação?

está para assim como está para:

a) d)

b) e)

c)

28) O preço de um produto foi reduzido em 20% numaliquidação, qual deverá ser a percentagem de au-mento do preço do mesmo produto para que ele voltea ter o preço original?

a) 15%b) 20%

c) 25%d) 30%

e) 40%

29) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) cobreb) ferro

c) bronzed) estanho

e) chumbo

30) Qual dos cinco desenhos representa a melhor com-paração?

está para assim como está

para:

a) d)

b) e)

c)

31) Qual das cinco se parece menos com as outrasquatro?

a) garrafab) banheira

c) copod) xícara

e) funil

32) Maria tinha vários biscoitos. Depois de comer um, eladeu a metade para a irmã. Depois de comer maisum, a irmã deu a metade do que sobrou para oirmão. O irmão de Maria ganhou cinco biscoitos.Quantos biscoitos tinha Maria no início?

a) 11b) 22

c) 23d) 45

e) 46

33) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) trigob) feno

c) aveiad) arroz

e) centeio

34) Qual dos números a seguir não pertence a série?

2 – 3 – 6 – 7 – 8 – 14 – 15 – 30

a) 2b) 3c) 6d) 7

e) 8f) 14g) 15h) 30

35) Qual dos cinco desenhos representa a melhor com-paração?

está para assim como está para:

a) d)

b) e)

c)

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36) Uma espaçonave recebeu três mensagens na línguaestranha de um planeta distante. Os astronautasestudaram as três mensagens e descobriram que "ELROS ALDARION LENDIL ” significava " PERIGOFOGUETE EXPLOSÃO ”, que "EDAIN MINYATURELROS ” significava " PERIGO ESPAÇONAVEFOGO ” e que " ALDARION GIMILZOR GONDOR ”significava " HORRÍVEL GÁS EXPLOSÃO ”. O quesignifica " ELENDIL ”?

a) perigo d) nadab) explosão e) gásc) foguete

37) Qual dos cinco se parece menos com os outroquatro?

38) Qual dos cinco representa a melhor comparação?Cinto está para fivela assim como sapato está para:

a) meia d) cadarçob) dedo e) solac) pé

39) Qual dos cinco desenhos se parece menos com osoutros?

40) João recebeu 41 cruzeiros de troco no supermerca-do. Sabendo-se que ele recebeu 7 moedas, umadelas terá sido de:

a) 1 centavo d) 5 cruzeirosb) 20 centavos e) 10 cruzeirosc) 1 cruzeiro

41) Qual dos cinco desenhos se parece menos com osoutros quatro?

42) Se você reordenar as letras " M A N L A A H E ” oresultado será o nome de um:

a) oceano d) cidadeb) país e) animalc) estado

43) Qual dos cinco desenhos representa a melhorcomparação?

44) Se todos os Wargs são Twerps e nenhum Twerp éGollum, então nenhum Gollum poderá ser Warg. Estaafirmativa é:

a) verdadeirab) falsac) nenhuma das duas

45) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) cavalo d) gatob) canguru e) burroc) zebra

46) Qual das figuras a seguir não pertence a série?

47) Qual dos cinco representa a melhor comparação?Dedo está para mão assim como folha está para:

a) árvore d) ramob) fruto e) cascac) flor

48) A mãe de João o mandou ao supermercado comprar9 latas grandes de pêssego. João só consegue levarduas latas de cada vez. Quantas viagens ao super-mercado João teve que fazer?

a) 4 d) 5 ½b) 4 ½ e) 6c) 5

49) Qual das cinco figuras se parece menos com asoutras quatro?

50) Qual dos cinco representa a melhor comparação?

Pé está para joelho assim como mão está para:

a) dedo da mão d) braçob) dedo do pé e) pernac) cotovelo

51) Qual das cinco figuras se parece menos com asoutras quatro?

52) Maria foi ao mesmo tempo a décima terceira melhorclassificada e a décima terceira classificada de umconcurso. Quantos eram os concorrentes?

a) 13 d) 27b) 25 e) 28c) 26

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53) Qual dos cinco representa a melhor comparação?

Água está para gelo assim como leite está para:

a) melb) queijoc) mingau

d) cafée) biscoito

54) Qual dos números a seguir não pertence a série?

1 – 2 – 5 – 10 – 13 – 26 – 48

a) 1b) 2c) 5d) 10

e) 13f) 26g) 48

55) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) presuntob) fígadoc) badejo

d) carne de porcoe) bife

56) Se todos os Fleeps são Sloops e todos os Sloopssão Loopies, então todos os Fleeps serão obrigato-riamente Loopies. Esta afirmativa é:

a) verdadeirab) falsac) Nenhuma das duas

57) Qual dos cinco desenhos representa a melhorcomparação?

58) Qual dos cinco se parece menos com os outrosquatro?

a) metrob) quilômetroc) hectare

d) decímetroe) milímetro

59) Qual das cinco figuras representa a melhor compara-ção?

60) Um peixe tem 9 centímetros de cabeça. A cauda temo tamanho da cabeça mais a metade do tamanho docorpo. O corpo tem o tamanho da cabeça mais acauda. Qual o comprimento do peixe?

a) 27 cmb) 54 cmc) 63 cm

d) 72 cme) 81 cm

GABARITO COMENTADODOS EXERCÍCIOS GERAIS PROPOSTOS:

1) COBRA. Todos os outros têm pernas, os outros sãomamíferos.

2) ANIMAL - COELHO.

3) D. Os triângulos e quadrados mudam de lugar, e afigura vertical se torna horizontal.

4) MAÇÃ. Os outros são legumes.

5) B. Como esta é uma comparação de inversos, otriângulo de linhas contínuas é o inverso do quadradode linhas interrompidas.

6) 16. O irmão de João tem 4 anos. Em 4 anos, o irmãoterá 8 e João terá 16, ou seja, o dobro.

7) SOBRINHO. Irmão e irmã, sobrinha e sobrinho sãoantônimos.

8) E. Todas as outras têm apenas 3 linhas. "E” tem 4linhas.

9) ENVELOPE. O leite vai dentro do copo, a carta vaidentro do envelope.

10) E. O círculo maior tem um pequeno círculo dentro, osoutros tem figuras pequenas diferentes das figurasmaiores.

11) C. AMOR é o contrário de ROMA, o inverso de 5232é 2325.

12) FALSA. Exemplo: Se alguns gatos são animais ealguns animais são cachorros, então alguns gatosserão obrigatoriamente cachorros. Evidentementeesta alternativa não pode ser feita.

13) D. É o único que se compõe de círculos apenas.

14) CASA. A árvore se ergue do chão, a chaminé seergue da casa.

15) TRÊS. A ordem é "menos dois, mais um, menos dois,mais um, etc. ”. Três não se encaixa na seqüência.

16) SORRISO. Todos os outros são sentidos, sorriso éuma expressão facial.

17) B. As duas primeiras figuras apontam na mesmadireção, da mesma forma que o triângulo e a figura Bapontam na mesma direção.

18) D. Sem mais informações, nada se pode concluir.Sabemos apenas que tanto Pedro quanto Antôniosão mais baixos que João.

19) BOLSA. Todos os outros são peças de vestuário.

20) D. Troque letras por números, C = 3 e A = 1.

21) CIDADE. "RAPIS” = PARIS.

22) B. Não se compõe de linhas retas.

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23) CANHÃO. O revólver solta balas, o canhão soltabombas. Nenhum dos outros tem qualquer relaçãocom uma força de explosão.

24) FALSA. Exemplo: Se alguns carros são verdes etodas as folhas são verdes, então alguns carrosserão obrigatoriamente folhas. Evidentemente, estaafirmativa não pode ser feita.

25) B. Os números indicam a posição das letras no alfabe-to. "E” é a quinta letra do alfabeto, e não a sexta.

26) I. A ordem é "A, pulam-se duas letras, D, pulam-seduas letras, G”, etc. I não se encaixa na seqüência.

27) E. As figura geométricas se invertem, e a posiçãodas cruzes e setas por dentro ou por fora das figurasse inverte também.

28) 25%. Exemplo: Um produto de 10 cruzeiros comdesconto de 20% será vendido por 8 cruzeiros. Paraque ele seja vendido outra vez por 10 cruzeiros, oaumento terá que ser de 2 cruzeiros.2 cruzeiros são25% de 8 cruzeiros.

29) BRONZE. Todos os outros são metais. Bronze é umaliga (combinação de dois metais).

30) E.3 figuras se transformam em 3 figuras diferentes,e 5 figuras se transformam em 5 figuras diferentes.

31) FUNIL. Os outros são recipientes, os líquidos pas-sam por dentro do funil.

32) 23.23 – 1 = 22. A metade de 22 = 11.11 – 1 = 10. Ametade de 10 = 5, que é o número de biscoitos querestam.

33) FENO. Todos os outros são grãos, cereais.

34) OITO. A ordem é "mais um, vezes dois, mais um,vezes dois”, etc. Oito sai fora da seqüência.

35) B. As figuras são invertidas, e um dos lados nãoaparece na figura menor.

36) FOGUETE. Elros = Perigo, Aldarion = Explosão,portanto Elendil significa foguete.

37) B. Todos os objetos começam com a letra C, só facacomeça com F.

38) CADARÇO. A fivela fecha o cinto, o cadarço fecha osapato.

39) D. Está dividido em 4 partes, as outras estão dividi-das em três partes.

40) UM CUZEIRO. A única moeda que pode completaros 41 cruzeiros.

41) D. As outras figuras se subdividem no mesmo núme-ro de triângulos que o numero de lados.

42) PAÍS. "MANLAAHE” = ALEMANHA.

43) E. A mão entra na luva, o pé entra no sapato.

44) VERDADEIRA. Exemplo: Se todos os cachorros sãoanimais e nenhum animal é planta, então nenhumaplanta será obrigatoriamente animal. Evidentementeque esta afirmativa pode ser feita.

45) CANGURU. Os outros andam sobre 4 patas.

46) D. As letras de todos os outros quadrados se movi-mentam em sentido horário.

47) RAMO. Os dedos saem da mão, as folhas saem dosramos.

48) 5.9 dividido por 2 = 4,5, mas serão necessários 5viagens, pois numa delas João levará só uma lata.

49) 5. A única que não tem par.

50) COTOVELO. O pé se liga à perna e o joelho é umajunta da perna. A mão se liga ao braço e o cotoveloé uma junta do braço.

51) D. Tem duas faixas pretas. As outras tem uma.

52) Há 12 alunos abaixo e 12 acima de Maria, que comela somam 25.

53) QUEIJO. A água se transforma em gelo, o leite emqueijo.

54) QUARENTA E OITO. A ordem é "vezes dois, maistrês, vezes dois, mais três”, etc. 48 está fora daseqüência.

55) BADEJO. Os outros são carnes de mamíferos.Badejo é um peixe.

56) VERDADEIRA. Exemplo: Se todos os cachorros sãomamíferos e todos os mamíferos são animais, entãotodos os cachorros serão obrigatoriamente animais.Evidentemente, esta afirmativa pode ser feita.

57) D. Os círculos se transformam em quadrados, e assombras aparecem invertidas.

58) HECTARE. Hectare é medida de área. Todos osoutros são medidas de distância.

59) C. O Quadrado, que tem 4 lados, está dividido em 4partes, o triângulo, que tem 3 lados, está dividido em3 partes.

60) 72 cm. A cabeça tem 9 cm. A cauda tem 18 + 9 = 27.O corpo tem 9 + 18 + 9 = 36.9 + 27 + 36 = 72. Esteproblema também pode ser resolvido algebrica-mente.

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