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UFPE – UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CAC – CENTRO DE ARTES E COMUNICAÇÃO DAU – DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMO DOCENTE: FERNANDO DINIZ EDMILSON SOUSA TEORIA DA ARQUITETURA, URBANISMO E PAISAGISMO VI

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Eduardo Elísio Machado Souto de Moura (1952), arquiteto Português, é uma das referências da chamada Escola de Arquitetura do Porto. Formando-se na Escola de Belas Artes do Porto, colaborou no ateliê de Álvaro Siza Vieira. Sua carreira é repleta de obras bem sucedidas. Foi o segundo arquiteto português, depois de Siza Vieira, a vencer o Prêmio Pritzker (2011).

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UFPE UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCAC CENTRO DE ARTES E COMUNICAODAU DEPARTAMENTO DE ARQUITETURA E URBANISMODOCENTE: FERNANDO DINIZ

EDMILSON SOUSA

TEORIA DA ARQUITETURA, URBANISMO E PAISAGISMO VI

RECIFE, SETEMBRO DE 2013Expresso Tectnica

Eduardo Souto de Moura1952- Arquiteto e professor universitrio

"()Souto Moura refundou a arquitectura moderna em Portugal e, agora, est a reinvent-la, com as dvidas e complexidades que a vida para l do "minimalismo" exibe".(Jos Figueira, 2004)

Eduardo Elsio Machado Souto de Moura (1952), arquiteto Portugus, uma das referncias da chamada Escola de Arquitetura do Porto. Formando-se na Escola de Belas Artes do Porto, colaborou no ateli de lvaro Siza Vieira. Sua carreira repleta de obras bem sucedidas. Foi o segundo arquiteto portugus, depois de Siza Vieira, a vencer o Prmio Pritzker (2011).Nos seus trabalhos procura respeitar a construo, a estrutura, a infraestrutura e os acabamentos. Gostaria de ter desenhado o Partnon e o Pavilho de Barcelona de Mies van der Rohe, por tanto admirar as duas obras. Por estas razes, foi escolhido para ser abordado neste ensaio, que procura caracterizar sua obra dentro do tema de estudo Expresso Tectnica. Em seguida ser apresentado um de seus grandes trabalhos, o Estdio Municipal de Braga, em Portugal. O ensaio foi produzido tendo como base principal uma entrevista publicada originalmente na revistaLinha, encarte doJornal Expresso, Lisboa, 29 de novembro de 2003. A entrevista foi disponibilizada em Vitruvius em agosto de 2004.

Estdio de Futebol de BragaH algumas semanas, o estdio foi tema de um Congresso da Ordem dos Engenheiros em Braga. Eu fiz uma apresentao mas falei em termos de engenharia pois no sei explicar a arquitetura do estdio sem falar da maneira como trabalhei com os engenheiros. Depois falaram os engenheiros, que disseram: 'Ento, j que o arquiteto explicou a engenharia, ns vamos falar da arquitetura'. O presidente da Cmara fechou: 'Gostava de dizer uma coisa: isto uma loucura completa e eu sou louco porque aderi a outro louco que aquele senhor que est ali com barba, mas s queria dizer que, se fosse hoje, eu repetia tudo desde o incio'.

Antes de tudo, deixa-se claro que este ensaio est fundamentado nestas consideraes: a busca pela expresso tectnica proporciona a elaborao de detalhes autnticos que, pela sua forma e localizao no conjunto, torna sua razo inteligvel. No sentido literal, detalhe definido como uma parte pequena com relao ao todo, porm, na arquitetura, essa definio inadequada, j que o mesmo independe de escala. Esses detalhes podem ser juntasmateriais, como, por exemplo, o Capitel, que a ligao entre o fuste de uma coluna e a arquitrave; ou juntas formais, como um prtico, que articula espaos. Pode-se afirmar, ento, que todo elemento arquitetnico definido como detalhe sempre uma juno, sendo um resultado da diversidade de funes existentes na arquitetura. Frascari deixa claro quando afirma:"Cada detalhe conta a histria de sua feitura, localizao e dimensionamento. Aseleo dos detalhes adequados consequncia da escolha de papis funcionais. Os detalhes da arquitetura no se resolvem apenas funes prticas, mas tambm funes histricas, sociais e individuais".

Localizado em Braga, o estdio atrai excurses de arquitetos e engenheiros vindos de vrias partes do mundo. uma obra multidisciplinar com vrias figuras compartilhando o mrito: Eduardo Souto de Moura (arquiteto e autor do projeto), Daniel Monteiro (arquiteto paisagista), AFA (engenharia de estruturas) e Soares da Costa (empreiteiro geral), dentre outros.

uma obra em que todos os elementos tm funes espaciais, estruturais e estticas, como exemplo o sistema de balces das arquibancadas ( esquerda) que compem as duas fachadas.

Houve uma proposta de estdio anterior, no elaborada por Solto de Moura, mas por um engenheiro da cidade que fez um desenho a pedido da Cmara de Vereadores, com intuito de sediar a Euro 2004. O projeto em questo foi aprovado e j tinha at verba. Mas, a Cmara sabia que tal projeto no tinha uma boa qualidade arquitetnica, de modo que contactaram Souto de Moura, porm, no para encomendar um projeto, mas para o mesmo passar o contato do arquiteto e engenheiro Santiago Calatrava. No fim da conversa, o prprio Souto de Moura ficou responsvel pelo projeto.

O arquiteto tomou partido das pedreiras para orientar a edificao, de modo que aquelas, ao mesmo tempo que tm funo de apoio estrutural, do um efeito de background adequado ao seu propsito de fazer um estdio que tivesse a funo de um estdio televisivo.Disse Souto de Moura: Mas o que o futebol? So as duas ou trs mil pessoas que vo ver o jogo ou a transmisso televisiva desse desafio a que assistem dois milhes de pessoas? A que est a questo. Colocamos a hiptese de suspender um rob, nos cabos da cobertura, que deslizasse longitudinalmente sobre o relvado. Esse rob pode filmar a cara do jogador como depois inverter a posio e filmar a cara do guarda-redes no momento da defesa. A partir da, o espetculo deixa de ser aquele que observa um tipo sentado a 45 metros de altura que v o canto que um pontinho. Passa a ter os grandes planos. Para mim o futuro o futebol feito num estdio de televiso.Abaixo, se v que o conjunto das coberturas das arquibancadas e os cabos de ao sobre o gramado (aos quais se referiu o arquiteto, acima) lembram a cobertura do ptio do Pavilho de Portugual, De Siza Vieira. Esses elementos so de grande importncia para a leitura arquitetnica do edifcio.(a pala) que em princpio era para ser contnua, e a a referncia era a pala do Pavilho de Portugal do Siza, mas enquanto a do Siza tem 60 metros, a do estdio tem 220. Existe ousadia por parte do arquiteto por dizer: ' assim'. Para os engenheiros era 'um problema complicado porque nunca se fez nada igual, seria a maior pala do mundo.

EscadariaObservando este detalhe de articulao espacial, vale repetir o que disse Frascari: "Cada detalhe conta a histria de sua feitura, localizao e dimensionamento. A seleo dos detalhes adequados consequncia da escolha de papis funcionais.

Corredor de acesso arquibancada

Sala debaixo do gramado. Colunas possuem espcie de capitel para aumentar rea de contato com a laje. Detalhe que lembra a arquitetura grega.O arquiteto fala que no projeto do estdio, a preocupao com o detalhe o levou a tomar uma deciso: Simplesmente, tive de reduzir a variedade de detalhes, ou enlouquecia. Ele afirma que um estdio uma obra de sistematizao de muitos detalhes. Para l chegar tive de trabalhar duramente e testar prottipos, fizemos quase tudo numa dimenso real.

O estdio uma surpresa porque fotognico. Isto , se eu entro por cima, pela praa, mete medo porque impressionante. Tem a praa que se prolonga visualmente sobre a cobertura onde esto as fixaes dos cabos, que parecem uma espcie de lees. Depois, deso e entro num espao fechado, sob a pala, e logo mais adiante encontro-me num jogo de escadas como num ambiente do Piranesi. Realmente, se se entrar pela praa, o estdio tem um carter, se se entrar por baixo ou se se subir encontram-se as galerias com os buracos, Kahn, com uma perspectiva que varia de piso para piso. A imagem mais forte do estdio so os montantes da arquibancada poente metidos dentro da pedra e que so fixados com cabos que entram 25 metros no terreno. Esses montantes vo segurar a cobertura de 220 metros que tem de agentar um vento com 200 km/hora. impressionante a tenso provocada pela pedra entre cada dois montantes. o beto a querer socorrer-se da pedra e a pedra a responder, os dois esto"de mo dada".

Arquibancada em meio pedreira. Estdio de Futebol de Braga, arquiteto Eduardo Souto de Moura

Novo Pragmatismo

" l, nas margens da periferia que devemos observar como as coisas tomam forma. A cidade contempornea, aquela que constituda por essas periferias, deveria gerar uma espcie de manifesto, uma homenagem prematura a uma forma de modernidade que, confrontada com as cidades do passado, talvez parecesse desprovida de qualidades, mas na qual um dia haveremos de reconhecer ao mesmo tempo vantagens e desvantagens. Esqueam Paris e Amsterdan, olhem para Atlanta, logo e sem preconceitos - tudo o que posso dizer".

Assa considerao de Ren Koohass, apresentada no escrito Por uma Cidade Contempornea, mostra como as periferias dos centros urbanos tornaram-se campos de experimento da arquitetura, no sentido da consolidao da cidade contempornea.

As obras a seguir, uma dos arquitetos Sadar+Vuga e trs dos arquitetos Gigon e Guyer, ilustram esse fenmeno arquitetnico / urbano a que Koohas se refere.

Sadar+VugaCriado em 1996 por Jurij Sadar e Botjan Vuga, em Ljubljana, o escritrio busca uma arquitetura desprendida de dogmas, sensvel s demandas mutveis da sociedade, a fim de encontrar solues inovadoras, na escala da arquitetura e urbanismo, de maneira integrada. "Nossa produo arquitetnica pode ser definida como : intencionalmente imperfeita e desajeitada , robusta e ambgua, intencionalmente incoerente e contraditria , onde um nico projeto arquitetnico pode ser descrito como monumental e informal ao mesmo tempo . " Essa afirmao acima tem uma certa afinidade com o que disse Ren Koolhaas, ao comentar sobre um projeto seu em Hong Kong: "A frmula libertadora para esse grupo de edifcios talvez fosse no nos preocuparmos em ser muito rgidos quanto necessidade de fazer edifcios para finalidades especficas (...) uma acomodao permanente de atividades provisrias. No precisamos mais andar em busca de uma rgida coincidncia entre forma e programa, e assim nos dedicarmos simplesmente a projetar novos volumes que sejam capazes de absorver o que quer que nossa cultura gere". importante, tambm, destacar que o escritrio simpatizante aos conceitos da arquitetura social do leste europeu, dos anos 60 e 70: We are especially interested in great modern socialist architecture from the 1960ies and 70ies form ex-Yugoslavia and other east European countries. We like a bold use of materials and colours , an expressive heaviness and robustness of its appearance. We like its unfeasible formal play that reflects creativity of an architect and provide a strong point of identification and social reference at the same time.Este ensaio pretende analisar a postura do escritrio em questo com base nesses dois pressupostos inter-relacionados: espaos adaptveis s demandas mutveis da sociedade; e interao social.O edifcio Soag o primeiro novo edifcio projetado dentro do plano diretor do campus Marsen Clean. A proposta visa a um novo tipo de edifcio escolar, hbrido, mesclando atividades institucionais e pblicas. O fato de a faculdade ser voltada aos estudos sociais inspirou a concepo do projeto em busca de uma integrao social e novas maneiras de vivenciar os espaos. Possui uma concepo espacial no tradicional, como se v direita da ilustrao:O edifcio um volume monoltico, criando um espao aberto e servindo como transio entre residncias ao longo da rua e do grande eixo verde do masterplan. O Edifcio se comunica com os seus arredores imediatos por meio de uma membrana permevel, lamelas horizontais, que envolvem igualmente o volume envidraado. O envoltrio abre no lado noroeste do edifcio em frente a praa como um grande arco de entrada , revelando o interior do edifcio, no andar trreo . A grande entrada-arco atua como elemento convidativo que direciona as pessoas para o interior do edifcio.O projeto busca uma variedade de usos e interaes sociais no edifcio e de modo que os alunos , professores , visitantes e pblico em geral, interajam, estudem, trabalhem e pratiquem atividades de lazer. Para obter sucesso na proposta, foi necessrio algumas mudanas de paradigmas. "Portanto, precisamos mudar primeiro a circulao do prdio . Nossa proposta evita corredores no edifcio , bem como a separao entre a circulao vertical e horizontal. Dois trios redondos grandes fornecem conexo visual entre os pavimentos.

A faixa central, com os dois trios, se torna um novo tipo de espao escolar . Ele desenvolvido em quatro nveis , desde o nvel de entrada para o telhado habitado. Este um espao para reunies, encontros , eventos informais , performances e espetculos , bem como de estudo e trabalho. Torna-se uma espcie de espao interior semi pblica , uma sala vertical, onde as atividades em cada andar so igualmente estimuladas pela conexo visual atravs do espao trio . Em cada nvel , h entradas para salas de aula em ambas as faixas laterais , levando da tarja central. O novo edifcio Soag recebe um carter de um edifcio pblico , onde as atividades da escola no so apenas apresentados ao campus , mas tambm para o pblico em geral e os habitantes de Ghent . Este ambiente pblico no aconteceria apenas no piso trreo : o caminho pblico - o passeio se estende , atravs de todos os nveis , passando por uma rea de exposies, mesas , cmaras de estudo e uma cafetaria de trabalho , terminando no telhado. O passeio funciona como uma via de apresentao da vida da escola .A permeabilidade social, visual e espacial do edifcio e a sua hibridizao entre a escola e o carter pblico so proporcionados pelo carter ambiental / atmosfrico do edifcio. Os dois trios , bem como os demais recursos de controle o ambiente, proporcionaram o isolamento no inverno e outono e sombreamento no vero, estimulando a migrao de pessoas e atividades no edifcio - Sua tendncia para encontrar o lugar mais confortvel ao longo do passeio em uma determinada poca , bem como a hora do dia , proporciona um ambiente sempre em mudana no prdio.Como se viu, este projeto se alinha com a proposta levantada por Ren Koolhaas, citada na introduo e repetida aqui: "...No precisamos mais andar em busca de uma rgida coincidncia entre forma e programa, e assim nos dedicarmos simplesmente a projetar novos volumes que sejam capazes de absorver o que quer que nossa cultura gere".

Gigon GuyerOffice Building Prime Tower with Annexes, ZurichAnnette Gigon / Mike GuyerProjeto / Construo: 2004 - 2011O arranha-cu est localizado em uma antiga zona industrial que passa por um processo de renovao, de modo que o setor vai ser convertido em um plo que mescla uso empresarial, residencial e servios. Situado no entorno imediato da estao ferroviria Disco Bridge, o edifcio agora o mais alto da Sua.Trata-se de uma edificao com aparncia variada em cada ngulo de observao, mas simples na forma e estrutura. O projeto visou, por um lado , uma orientao que proporcionasse um nmero mximo de aberturas para entrada de luz. Por outro lado, buscou uma forma que proporciona surpresas geomtricas a partir de diferentes direes. O resultado um edifcio de planta octogonal irregular, que alarga na direo do topo, contrariando a expectativa comum de estreitar medida que sobe.

Em termos de relao com a paisagem, o edifcio, quando visto distncia, parece como um volume abstrato, elegante, formado a partir de vidro esverdeado . O plano da fachada, voltada para vrias direes, refletem a luz e os arredores de diferentes maneiras. O efeito ptico deriva de uma espcie de dilogo entre as linhas de fuga.Alargando em vez de diminuir em direo ao topo , verifica-se uma contrapartida vertical para o desenvolvimento urbano em torno dele. O edifcio tem um programa multiuso, como se observa: o piso trreo abriga lojas e um caf. Nos pisos superiores, possui um restaurante com bar / lounge aberto ao pblico, escritrios, bem como uma rea de conferncias no penltimo andar. Os espaos e circulaes so dispostos de modo que permite uma flexibilidade de ocupao, assim, vrios inquilinos podem ocupar salas em um mesmo andar, ou, inversamente , uma empresa poda ocupar vrios andares. Com relao estrutura da torre, as projees suspensas so suportados por colunas inclinadas que sustemtam mais de dois ou trs andares, por trs da fachada, composta por vidro isolante. As janelas pr-fabricadas tm moldura no exterior . O edifcio poligonal multifacetado tem aparncia de um cristal. Essa esttica de vidro muito pretendida nessa corrente arquitetnica que prega o pragmatismo, de modo que o edifcio no deixa claro que tipo de uso nele existe, por ser capaz de abrigar muitos usos. Um edifcio residencial pode se confundir com um empresarial, ou os dois usos podem coexistir numa nica expresso arquitetnica.

Office Building Platform, ZurichAnnette Gigon / Mike Guyer, Architects, ZurichProjeto / Construco: 2007 - 2011O prdio de sete andares faz parte do mesmo conjunto onde situa-se o Prime Tower, em uma antiga zona industrial em Zurich, nas imediaes de uma estao ferroviria. O conjunto consiste em um ponto de partida para a regenerao urbana desta zona, no oeste de zurich - lembra o conceito de Acupuntura Urbana, de Jayme Lermer? O projeto do edifcio, com a sua variedade de planos angulares uma reao precisa a diferentes situaes urbanas . A estrutura oferece uma ligao coerente entre o atual ptio da estao e da nova praa que os quatro edifcios conformam. O edifcio funciona como uma continuidade horizontal do Prime Tower. A passagem de dois andares atravs da construo conecta a rea central com o caminho pblico ao longo do lado das pistas e a futura passagem subterrnea para pedestres da estao Bridge. Alm disso , a passagem atua como uma generosa rea coberta fora do hall de entrada .Com o seu projeto em camadas horizontais, faz contrastes de construo com o Prime Tower, nas proximidades, criando efetivamente o seu homlogo alongado. A rea til de cada andar aumenta de um nvel para o outro, o que tambm acontece no outro prdio citado. O volume do edifcio subdivido por reas de ptio cortando-o para o oeste e sul e garantindo a boa iluminao dos espaos de escritrio e, devido a variaes angulares na fachada, resultou em espaos exteriores de diferentes formatos . A forma do hall de entrada, vista da rea aberta interna funciona como um trio de altura, inundado de luz natural , proporcionando uma rea central de prestgio, ligando o nvel de entrada com os pisos de escritrios acima .Ao lado do hall de entrada com localizao central no piso trreo, um restaurante, uma cafetaria e auditrio . Uma ampla escadaria conduz do prestigiado hall de entrada para o saguo do cliente no primeiro andar do qual vrias salas de conferncias podem ser acessadas. Os nveis acima Fornecem escritrios com espao para cerca de 1.000 funcionrios . O posicionamento de algumas reas de instalaes nucleares Permite variedade de tipologias de escritrios, incluindo a diviso de cada andar , at um mximo de quatro unidades de aluguel, se necessrio no futuro. Para ser vivel atender s necessidades espaciais ou usos diferentes, sem ter que fazer radical alteraes estruturais , o edifcio foi projetado como uma estrutura de suporte de carga , com as reas do ncleo reforado. A fachada envidraada Constituda por camadas horizontais Formada por faixas entre cada andar e enviraamento duplo nas reas das janelas - Inner, que podem ser abertas para fins de ventilao. A reflexo da camada externa e as bandas entre cada andar sublinham a estrutura dobrada do edifcio e concede toda a leveza e elegncia.Pode-se dizer que o conjunto apresentado acima, bem como a prxima obra, estaria afim com outra considerao de Koolhaas em um projeto seu, que trata da versatilidade que deve ter uma obra arquitetnica:"Alivia muito a tarefa dos arquitetos pensar nesse pequeno grupo de edifcios como, antes de mais nada, um acomodao permanente de atividades provisrias. No precisamos mais andar em busca de uma rgida coincidncia entre forma e programa, e assim nos dedicaremos simplesmente a projetar novos volumes que sejam capazes de absorver o que quer que nossa cultura gere."

Conference center Wrth Haus RorschachNa busca por uma arquitetura flexvel s variadas demandas da sociedade atual, os arquitetos tambm projetam o Conference center Wrth Haus Rorschach visando ao edifcio se tornar um espao que pudesse abrigar diversos tipos de eventos, que vo desde aniversrios, exposies de artes e eventos e negcios.Formalmente, trata-se, de novo, de um edifcio recoberto por vidro esverdeado que busca dialogar com o plano de gua do Lago de Constana e Churerstrasse . Os arquitetos tentaram valorizar o cenrio natural atravs da transparncia do vidro e da reflexo de outros materiais que compem o volume. A arquitetura oferece vista para os arredores, bem como proporciona o vislumbre do edifcio.

Internamente, o prdio oferece aos funcionrios e visitantes, sequncias de espaos multiusos com propores generosas: salas, reas de trabalho, reas de convivncia e de lazer, bem como espao para apresentaes de produtos e exposies de arte. Sua forma responde ao edifcio da estao de trem com volumes mais baixos e dialoga com o parque e lago como sendo uma extenso destes elementos. Os volumes do forma a uma srie de espaos externos atravs de projees e recuos: no meio a rea de entrada, a leste do acesso de veculos e zona de oficina, e oeste, praa da estao , que expandida em direo ao lago . Aproximando-se da estao, uma ampla copa sinaliza a entrada principal.

Os vrios grupos de usurios - os visitantes , as pessoas que frequentam os cursos, entram no edifcio atravs de um grande trio e so guiados a partir deste ponto para as diferentes partes do edifcio . No nvel do cho e primeiro andar, as funes pblicas - salas de formao e conferncias , bem como o restaurante - so agrupadas em torno de um hall de entrada com um ptio aberto no centro e so ligadas por uma escada monumental . As reas de conferncias e exposies podem ser acessadas diretamente a partir do exterior , permitindo a opo de us-las independentemente do resto do edifcio. Existem duas salas de exposio que esto localizadas no primeiro andar da parte sul do edifcio e so iluminadas de cima por uma clarabia. Os escritrios se localizam nos quatro ltimos andares, que no so abertos ao pblico em geral. reas para reunies informais com varandas de frente para o lago, salas de reunies e escritrios individuais alternam aqui com reas de escritrios de plano aberto .Um envelope de vidro duplo envolve o edifcio. A camada interna constituda por vidros triplos e isolamento trmico de metais folheados . A predominncia de vidro continua no telhado em forma de painis fotovoltaicos.

BIBLIOGRAFIA: As indicadas na ementa para Novo Pragmatismo e Expresso Tectnica.FONTES NA INTERNEThttp://www.publico.pt/eduardo-souto-de-mourahttp://sigarra.up.pt/up/pt/web_base.gera_pagina?P_pagina=1006509