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BOLETIM TÉCNICO SOLDAGEM Rev. 5 – 05/11 FOLHA 01 de 25 SOLDAGEM 1. Posições de Soldagem a) Solda de Topo Posição 1G: plana (chapas e tubos) Posição 2G: Horizontal (chapas e tubos) Posição 3G: vertical (chapas) Posição 4G: sobre cabeça (chapas) Posição 5G: posições múltiplas (tubo) Posição 6G: posições múltiplas (tubo)

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  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 01 de 25

    SOLDAGEM

    1. Posies de Soldagem

    a) Solda de Topo

    Posio 1G: plana (chapas e tubos) Posio 2G: Horizontal (chapas e tubos) Posio 3G: vertical (chapas) Posio 4G: sobre cabea (chapas) Posio 5G: posies mltiplas (tubo) Posio 6G: posies mltiplas (tubo)

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 02 de 25

    b) Solda em ngulo (filete)

    Posio 1F: plana (chapas e tubos) Posio 2F: horizontal (chapas e tubos) Posio 2FR: horizontal (tubos) Posio 3F: vertical (chapas) Posio 4F: sobre cabea (chapas e tubos) Posio 5F: posies mltiplas (tubos)

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 03 de 25

    2. Tipos de Junta de Topo

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 04 de 25

    3. Principais Elementos de um Chanfro

    4. Dimenses das Soldas de Topo e de Filete

    5. Regies das Soldas de Topo

    S nariz f = fresta (abertura de raiz) r = raio do chanfro = ngulo do chanfro = ngulo do bisel

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 05 de 25

    6. Sopro Magntico

    Desvio do arco de sua posio normal de operao, que resulta de uma distribuio assimtrica do campo magntico em torno do arco; a soldagem envolvendo arcos mais curtos, correntes de soldagem menores e o uso de corrente alternada minimizam ou evitam seu aparecimento.

    7. Pr Aquecimento/Ps Aquecimento

    Pr Aquecimento: Visa reduzir a velocidade de resfriamento da junta soldada possibilitando evitar a tempera e aumentar a intensidade de difuso do hidrognio na junta soldada. O pr aquecimento tambm atenua as tenses de contrao na junta soldada; o pr aquecimento tem como desvantagem aumentar a zona afetada termicamente.

    Ps Aquecimento: Consiste em manter a junta soldada a temperatura acima da ambiente, por um determinado tempo, com o principal objetivo de aumentar a difuso do hidrognio na solda.

    8. Algumas Definies

    Solda heterognea:

    Solda Homognea:

    Junta Dissimilar:

    Fluxo:

    Eletrodo Revestido:

    Solda cuja composio qumica da zona fundida, difere significativamente do(s) metal(is) base no que se refere aos elementos de liga.

    Solda cuja composio qumica da zona fundida prxima a do metal base.

    Junta soldada cuja composio qumica dos metais base, diferem significativamente entre si.

    Composto mineral granular cujo objetivo proteger a poa de fuso, purificar a zona fundida, modificar a composio qumica do metal de solda, influenciar as propriedades mecnicas.

    Metal de adio composto, consistindo de uma alma de eletrodo no qual um revestimento aplicado, suficiente para produzir uma camada de escoria no metal de solda. O revestimento do eletrodo exerce importante ao durante a soldagem, a saber:

    Funes eltricas de isolamento e ionizao - Evita a abertura de arcos laterais e ionizam a atmosfera do

    arco, facilitando a passagem da corrente eltrica.

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 06 de 25

    Polaridade Direta: (CC-)

    Polaridade Inversa: (CC+)

    Especializao do Procedimento de Soldagem (EPS)

    Registro de Qualificao de Procedimento de Soldagem (RQP)

    Qualificao de Soldador:

    Funes Fsicas e Mecnicas - Fornece gases para formao da atmosfera protetora do metal

    depositado contra a ao do hidrognio da atmosfera - Funde-se formando a escoria no metlica que protege o

    cordo de solda da oxidao pela atmosfera, quando a solda est resfriando.

    - Proporciona o controle da taxa de resfriamento e contribui no acabamento do cordo.

    Funes Metalrgicas - Pode contribuir com elementos de liga, de molde a alterar as

    propriedades da solda.

    Defeitos causados pela aplicao de eletrodos midos: - Porosidades (principalmente vermiformes) e trincas na margem e

    sob o cordo (reteno de hidrognio na solda)

    Tipo de ligao para soldagem com corrente contnua, onde os eltrons se deslocam do eletrodo (polo negativo) para a pea (polo positivo); tem-se, nesta ligao, maior taxa de fuso do eletrodo mas menor penetrao.

    Tipo de ligao para soldagem com corrente contnua onde os eltrons se deslocam da pea (polo negativo) para o eletrodo (polo positivo); tem-se, nesta ligao, menor taxa de fuso do eletrodo mas maior penetrao.

    Documento emitido pelo executante dos servios descrevendo detalhadamente todos os parmetros e as condies da operao de soldagem para uma aplicao especfica para garantir repetibilidade.

    Demonstrao pela qual soldas executadas por um procedimento especfico podem atingir os requisitos estabelecidos.

    Demonstrao da habilidade de um soldador em executar soldas aceitveis de acordo com um procedimento de soldagem.

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 07 de 25

    Variveis Essenciais: So variveis que, se alteradas, requerem requalificao do processo.

    Variveis no Essenciais: Variveis que, se alteradas, no requerem requalificao do processo.

    9. Soldagem a Arco com Eletrodo Revestido SMAW (Shielded Metal Arc Welding)

    a) Definio:

    Consiste na unio de metais pelo aquecimento oriundo de um arco eltrico estabelecido entre a ponta de um eletrodo revestido e a superfcie do metal de base, na junta que est sendo soldada; uma escria lquida de densidade menor que a do metal lquido, que formada do revestimento do eletrodo e das impurezas do metal de base, sobrenada a poa de fuso protegendo-a da contaminao atmosfrica; uma vez solidificada, essa escoria controlar a taxa de resfriamento do metal de solda, auxiliando assim a difuso de hidrognio.

    Nesse processo o soldador deve estar habilitado a controlar: - O comprimento do arco - ngulo de trabalho e de deslocamento do eletrodo - Velocidade de deslocamento do eletrodo - Amperagem

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 08 de 25

    b) Vantagens/Desvantagens do Processo

    Grande versatilidade, em oficina e no campo.

    Custo relativamente baixo.

    Simplicidade do equipamento.

    Uso em locais de difcil acesso ou abertos, sujeitos ao de ventos.

    Baixa produtividade.

    Necessidade de treinamento especfico.

    Necessidade de cuidados especiais com os eletrodos, principalmente os do tipo bsico.

    Grande volume de fumos e gases gerados no processo, que podem ser prejudiciais sade.

    Utilizado em grande nmero de materiais: aos carbono, aos de baixa, mdia e alta liga, aos inoxidveis, ferros fundidos, Al, Cu, Ni e suas ligas.

    No utilizvel em metais de baixo ponto de fuso (Pb, Sn, Zn) e metais muito reativos como o Titnio, Zircnio, Molibdnio e Nibio.

    No aplicvel a espessuras muito finas (2mm) pois o calor gerado pode perfurar o material.

    c) Classificao dos eletrodos de aos ao carbono (AWS A.5.1) e baixa liga (A.5.5) para soldagem manual a arco com eletrodo revestido.

    A classificao genrica de um eletrodo tem a seguinte forma:

    AWS E X X X X - X 1 2 3 4 5 (*)

    (*): Utilizado apenas quando o eletrodo de baixa liga (AWS A.5.5)

    Dgito 1: a letra E designa um eletrodo para soldagem arco.

    Dgito 2: Esses dgitos em nmeros de dois ou trs, indicam o limite de resistncia trao mnima do metal de solda em ksi (1 ksi = 1000 psi).

    Ex.: Eletrodo E60XX limite de resistncia trao = 60 ksi (ou 60000 psi)

    Eletrodo E 120XX limite de resistncia trao de 120 ksi (ou 120000 psi)

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 09 de 25

    Dgito 3: Designa a posio de soldagem na qual o eletrodo revestido pode ser empregado, como segue:

    E XX1X todas as posies exceto a vertical descendente para os eletrodos EXX-15, EXX-16, EXX-18 e EXX-19.

    E XX2X apenas nas posies plana e horizontal. E XX3X apenas na posio plana E XX4X plana, horizontal, sobre cabea e vertical descendente.

    Dgito 4: Pode variar de 0 a 9; os dois ltimos dgitos designam: O tipo de corrente com que o eletrodo pode ser usado Tipo de revestimento (cido, bsico, rutlico ou celulsico)

    Ex.: E 7018 tenso de ruptura de cordo igual a, mnimo, 70000 psi 1 soldagem em todas as posies 18 CC + CA, revestimento bsico com silicato de K e 25 40% de p de ferro, teor de hidrognio baixo (2ml/100g).

    Dgito 5: So letras e algarismos que indicam a composio qumica do metal depositado (A1, B1, B2, B2L, B3, B3L, B4L, B5, C3, C1, C2, D1, D2, M, G)

    Ex.: E 7010 A1 (teor de 0,5% de Mo) E 10018 M (atende especificaes militares) E 9015 B2L (eletrodos de ao Cr Mo; o sufixo L indica baixo teor de carbono).

    d) Classificao dos eletrodos de ao inoxidvel para a soldagem manual a arco em eletrodo revestido (AWS A.5.4)

    AWS E X X X X X - X X 1 2 3 4

    Onde 1. A letra E significa eletrodo

    2. 3 ou mais algarismos ou letras e indicam uma composio qumica especfica conforme AISI.

    Ex.: E-308, E-309L (L significa baixo carbono), E-310H (H significa alto carbono), E-347

    3. Refere-se s posies que o eletrodo pode ser usado, a saber: 1: todas as posies 2: plana e horizontal

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    FOLHA 10 de 25

    4. Tipo de corrente e em combinao com o dgito 3 indica os tipos de revestimento; a AWS divide os eletrodos em 5 grupos: E-XXX-13, E-XXX-16, E-XXX-17, E-XXX-25 e E-XXX-26.

    Ex.: E-XXX-15: pode se usado em todas as posies, CC+, revestimento bsico E-XXX-16: pode ser usado em todas as posies, CA ou CC+, rutlico

    e) Tipos de Revestimento

    Bsico: Os principais constituintes so carbonato de clcio e fluorita; produzem cordes de solda com baixssimo teor de hidrognio e com excelentes propriedades mecnicas; indicado para aplicaes de alta responsabilidade e para soldagem de grandes espessuras; tambm o mais usado na soldagem de aos com alto teor de carbono e/ou enxofre; apresentam penetrao mdia; por serem altamente higroscpicos esses eletrodos devem ser conservados em ambiente controlados e ressecados antes do uso; o tipo de corrente preferencial CC+.

    Ex.: EXX15, EXX16, EXX18, EXX18M, EXX28, EXX48

    Celulsico: Constitudo de materiais orgnicos, sobretudo a celulose; a escria pouca e fina, o eletrodo pode ser usado na posio vertical descendente; o cordo tem grande penetrao; usado na montagem de oleodutos e gasodutos; a desvantagem que pode induzir grande quantidade de hidrognio na solda e por isso no indicado na soldagem de juntas de grande responsabilidade; esses eletrodos no devem ser ressecados.

    Ex.: EXX10, EXX11

    Rutlico: O constituinte bsico o dixido de titnio (rutilo); apresenta como caracterstica facilitar a abertura e o mantenimento estvel do arco eltrico; produz escria abundante e de fcil destacabilidade; podem ser usados tanto em CC quanto em CA, em qualquer posio; so eletrodos de grande versatilidade; esse tipo de revestimento indicado quando h grandes aberturas de raiz; a penetrao relativamente baixa e que pode propiciar falta de penetrao nas soldas a ngulo. Os cordes de solda tem tima aparncia.

    Ex.: EXX12, EXX13, EXX14, EXX24

    cido: Constitudo basicamente por xido de ferro, mangans e slica; sua escria abundante e de fcil remoo; pode ser usado com CC ou CA, a penetrao mdia e sua taxa de fuso elevada, o que limita a sua aplicao s posies plana e horizontal; sua resistncia formao de trincas de solidificao baixa; a aparncia do cordo muito boa.

    Ex.: EXX20, EXX22, EXX27

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    FOLHA 11 de 25

    10. Soldagem a Arco Submerso SAW (Submerged Arc Welding)

    10.1) Definio:

    um mtodo no qual o calor requerido para fundir o metal gerado por um arco formado pela corrente eltrica passando entre o arame de soldagem (arame macio, arame tubular ou fita neste ltimo caso como solda de revestimento) e a pea. A ponta do arame, o arco e a pea so cobertas por uma camada de um material granulado conhecido como fluxo. No h arco visvel nem fascas, respingos ou fumos. A soldagem a arco submersa feita apenas nas posies plana e horizontal em ngulo.

    10.2) Caractersticas:

    Grande aporte de energia: correntes de at 2000A, CA ou CC, com um nico arame.

    Espessura: at 16mm, monopasse.

    Velocidade: at 400cm/min com um arame; maiores velocidades podem ser alcanadas com vrios arames simultneos.

    10.3) Vantagens do Processo

    - Alta qualidade de solda - Taxa de deposio e velocidade de deslocamento altas - Nenhum arco de soldagem visvel, minimizando requisitos de

    proteo. - Possibilidade de usar mltiplos arames. - Possibilita soldar chapas grossas de ao (vasos de presso,

    tanques, etc.) - Alta penetrao

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 12 de 25

    Obs.: a) A composio da solda alterada por fatores como as reaes do metal base com elementos do eletrodo e do fluxo; e elementos de liga so adicionados atravs do fluxo.

    b) Falta de penetrao pode ser acarretada por pouca intensidade de corrente, velocidade excessiva de soldagem, dimetro de eletrodo muito grande, alinhamento mquina/junta incorreta.

    c) O uso de corrente alternada diminui o sopro magntico.

    10.4) Classificao dos Fluxos:

    Neutros: So os que no promovem alteraes significativas na composio qumica do metal depositado;

    Ativos: Contm pequenas quantidades de Si ou Mn ou ambos, que so desoxidantes; normalmente so usados para espessuras menores que 25mm;

    Ligados: Alm do Si e Mn, contm elementos de liga tais como: Cr, Ni, Mo, Cu; normalmente usados em aos de baixa liga.

    10.5) Classificao dos eletrodos de ao carbono e de baixa liga e fluxos para soldagem a arco submerso (AWS A.5.17 e AWS A.5.23)

    F X X X E X X X K 1 2 3 4 5 6 7 8

    Onde 1: F designa fluxo

    2: Limite resistncia mnima trao do metal depositado Exemplo: F6X-EXXX limite de resistncia mnina: 60000 psi

    3: Indica a condio de T. Trmico no qual os testes foram conduzidos como segue: A= como soldado P= T.trmico aps soldagem

    4: Menor temperatura em que se efetuou o ensaio de impacto (charpy) obtendo-se valores de no mnimo 27J para o metal depositado, como segue: Z= impacto no requerido ou nmeros de 0 8 que correspondem s temperaturas

    do ensaio

    5: E designa um eletrodo, EC designa um eletrodo tubular com enchimento metlico

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    FOLHA 13 de 25

    6: As letras L, M e H referem-se a: L: eletrodo de baixo teor de mangans (max 0,6%) Ex: EL 12 M: eletrodo de mdio teor de mangans (max 1,4%) Ex: EM 12 H: eletrodo de alto teor de mangans (max 2,2%) Ex: EH 12

    OBS: Vide item seguinte

    7: Estes dgitos (de 2 4) referem-se a composio qumica do eletrodo

    8: A letra K indica que o eletrodo foi fabricado com ao acalmado ao silcio Ex: EM12K

    Ex: F7A6 EM12K Refere-se a um fluxo que produzir um metal de solda que, na condio como soldado (A), ter uma resistncia trao superior 70000 psi (7) e uma propriedade de impacto de pelo menos 27J -60F (6) quando depositado com um arame EM12K.

    Eletrodos para soldagem a arco submerso conforme classificao AWS A.5.17

    - classe de baixo mangans (EL8, EL8K e EL12) - classe de mdio mangans (EM12K, EM15K e EM11K) - classe de alto mangans (EH 10K,EH11K, EH12K e EH14)

    11. Soldagem TIG (Tungsten Inert Gas) ou GTAW (Gas Tungsten Arc Welding)

    11.1) Definio:

    um processo de soldagem a arco eltrico com eletrodo no consumvel de tungstnio ou liga de tungstnio sob uma proteo gasosa de gs inerte ou mistura de gases inertes e no produz escorias. Pode ou no ser utilizado material de adio; o processo pode ser usado em todas as posies e possibilita soldar ao carbono, alumnio, magnsio, titnio, ao inoxidvel, etc.

    Eventualmente pode-se observar incluso de tungstnio na solda, no caso de contato acidental do eletrodo de tungstnio com a poa de fuso

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 14 de 25

    Face seu custo elevado usado principalmente na soldagem de metais no ferrosos, nos aos inoxidveis, na soldagem de peas de pequena espessura (1 a 2mm) e no passe de raiz na soldagem de tubulaes

    11.2) Gases de Proteo:

    Os gases de proteo mais comuns so o argnio, hlio ou uma mistura desses dois gases; normalmente o argnio o preferido, pois apresenta diversas vantagens:

    - ao do arco mais suave e sem turbulncias, propiciando sua estabilidade - menor tenso no arco para uma dada corrente e comprimento de arco - maior ao de limpeza na soldagem de materiais como alumnio e magnsio, em C.A. - menor custo e maior disponibilidade - menor vazo de gs para uma boa proteo - melhor resistncia a corrente de ar transversal - mais fcil a iniciao do arco - penetrao satisfatria da solda

    O hlio, no entanto, mais efetivo na soldagem de materiais espessos, especialmente os de alta condutividade, como o alumnio e, alm disso, possibilita maior penetrao e maiores velocidades de soldagem.

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 15 de 25

    11.3) Eletrodos:

    Os eletrodos para o processo TIG so varetas sinterizadas de tungstnio puro (EWP), ligados ao trio (EWTh-1 e EWTl-2 com respectivamente 1 e 2% de trio) e ligados ao zircnio (EWZ-r); a adio desses elementos (trio e zircnio) tem a finalidade de aumentar a emissividade eletrnica, estabilidade do arco e durabilidade do eletrodo.

    11.4) Variveis do Processo

    Corrente Eltrica:

    Influi na penetrao.

    Distncia do Eletrodo Pea. (controle da altura do arco)

    Quanto maior a distncia, maior ser a largura e altura do arco eltrico resultando um cordo mais largo.

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 16 de 25

    Velocidade de Soldagem (avano)

    Aumentando a velocidade, diminui a penetrao.

    Inclinao da Tocha

    Tipo de Corrente

    O tipo de corrente influencia a penetrao, a limpeza superficial dos oxidos da superfcie do metal base e o desgaste do eletrodo de tungstnio. A figura abaixo mostra o efeito da corrente na penetrao da solda e na concentrao de calor no eletrodo e na pea.

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 17 de 25

    Corrente contnua e polaridade direta (eletrodo negativo) a recomendada para penetrao profunda e desgaste mnimo do eletrodo, embora no propicie ao de limpeza. Aplica-se aos aos, cobre e suas ligas e titnio, ou seja, metais onde essa limpeza no necessria.

    Na corrente reversa, a ao de limpeza eficiente, mas apresenta desgaste excessivo do eletrodo no sendo portanto recomendada.

    Na corrente alternada, temos caractersticas intermedirias s anteriores (mdia penetrao e ao de limpeza satisfatria); a recomendada para alumnio e suas ligas bem como o magnsio e suas ligas.

    12. Soldagem MIG/MAG Soldagem a Arco com Proteo Gasosa (Gs Metal Arc Welding GMAW)

    a) Definio:

    um processo em que a unio das peas metlicas produzida pelo aquecimento destas com um arco eltrico estabelecido entre um eletrodo metlico nu na forma de arame, consumvel, e a pea de trabalho; a proteo do arco e da regio da solda contra contaminao pela atmosfera feita por um gs inerte (processo MIG Metal Inert Gas) ou ativo (processo MAG Metal Active Gs); o processo usado apenas com C.C., que pode ser pulsada, de preferncia com polaridade inversa (CC+); o processo MAG usado apenas na soldagem de materiais ferrosos enquanto a soldagem MIG pode ser usada tanto na soldagem de ferrosos como de no ferrosos (Al, Cu, Mg, Ni e suas ligas).

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 18 de 25

    b) Vantagens do Processo

    Processo semi automtico, com o eletrodo nu alimentado continuamente.

    Soldagem pode ser feita em todas as posies.

    Velocidade de soldagem elevada.

    Taxa de deposio elevada.

    Boa penetrao na raiz

    Processo com baixo teor de hidrognio

    Facilidade de execuo da soldagem

    Treinamento do soldador facilitado

    c) Limitaes do Processo

    Como a velocidade de resfriamento maior (no tem escoria) o risco de trincas maior.

    Soldagem deve ser protegida de correntes de ar

    Grande emisso de raios ultra violeta

    Equipamento de soldagem mais caro e complexo e menos porttil que o do processo de eletrodo revestido

    d) Tipos de Gs de Proteo

    Gases Inertes: (argnio, hlio ou suas misturas); o argnio normalmente utilizado na soldagem de chapas finas e metais de baixa condutividade trmica; seu custo menor que o do hlio e propicia velocidades de soldagem menores; a estabilidade do arco melhor alcanada com o argnio do que com o hlio.

    Gases Ativos: CO2 na forma pura ou misturas de argnio ou hlio com pequenas quantidades de oxignio ou CO2; essa mistura visa melhorar a estabilidade do arco, aumentar a penetrao, diminuir a ocorrncia de respingos e mordeduras. Por exemplo, na soldagem de aos inoxidveis uma mistura de argnio com 1% de oxignio propiciar a boa estabilidade do arco, poa de fuso facilmente controlvel, diminuio de mordeduras em chapas grossas; o CO2 na forma pura usado apenas na soldagem de aos carbono e de baixa liga.

  • BOLETIM TCNICO SOLDAGEM Rev. 5 05/11

    FOLHA 19 de 25

    e) Arames Consumveis

    Os arames so constitudos de metais ou ligas metlicas que possuem suas caractersticas fsicas e qumicas controladas; normalmente esses arames so cobreados para proteo contra a corroso e melhoria do contato eltrico com o bico da tocha de soldagem. A AWS especifica os materiais de adio para a soldagem MIG/MAG. Os arames podem ser slidos ou tubulares com enchimento interno com uma mistura de ps metlicos (composites). A classificao dos arames conforme AWS A.5.18 (arames slidos) e AWS A 5.28 (arames com enchimento metlico) segue a seguinte classificao, para aos carbono e de baixa liga.

    AWS ER X X X Y - Z 1 2 3 4

    Onde: Digito 1: As letras ER designam uma vareta

    Digito 2: 2 ou 3 algarismos: indicam o limite de resistncia trao mnima do metal de solda em ksi (1 ksi = 1000 psi).

    Digito 3: S para arame slido e C para arame tubular com enchimento metlico.

    Digito 4: requisitos suplementares

    Ex.: ER70S-2, ER80C-B3

    Obs.: o digito 2 indica uma composio qumica especfica.

    f) Modos de Transferncia do Metal de Adio

    Transferncia por Curto Circuito (Short Arc):

    A transferncia ocorre quando um curto circuito ocorre (quando o metal fundido na ponta do arame toca a poa de fuso). Nessa tcnica, usam-se arames na faixa de 0,8 a 1,2m e empregam-se pequenos comprimentos de arco (baixa tenso) e baixas corrente de soldagem. Essa tcnica til na unio de materiais de pequena espessura em qualquer posio, materiais de grandes espessuras nas posies vertical e sobrecabea e no enchimento de largas aberturas. O metal transferido para a poa de fuso apenas quando h o curto circuito que pode ocorrer de 20 a 200 vezes por segundo.

    Transferncia Globular

    Ocorre quando as gotas de metal fundido so muito grandes e movem-se em direo a poa de fuso por gravidade. Quando a corrente e a tenso so aumentadas acima das recomendadas para a tcnica do curto circuito, o metal passa a ser transferido atravs do arco com gotas de dimetro at maior do que o do arame; usado na posio plana.

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    FOLHA 20 de 25

    Transferncia por Aerosol (Spray Arc)

    Aumentando-se a corrente e a tenso ainda mais a transferncia de metal torna-se um verdadeiro arco em aerosol (spray). A corrente mnima onde isso ocorre, chamada de corrente de transio. Visto a grande poa de fuso, essa tcnica normalmente usada na posio plana. Pequenas gotas de metal fundido so desprendidas da ponta do arame e projetadas por foras eletromagnticas em direo a poa de fuso. Peas em alumnio e cobre so soldadas por esse processo.

    13. Soldagem Eletroescoria (ESW)

    Princpio: Uma escoria lquida funde o metal de base e o metal de adio. A escoria mantida a alta temperatura pela passagem contnua da corrente eltrica. O processo iniciado pela abertura de um arco eltrico entre um eletrodo e uma pea metlica; um fluxo ento adicionado e, uma vez fundido, forma a escoria que atingindo um tamanho suficiente extingue o arco; a partir desse ponto, a corrente eltrica flui atravs do eletrodo e da escoria, gerando calor para fundir o eletrodo e a pea.

    Posies: Apenas na vertical ascendente.

    Emprego: Juntas de topo de alta espessura (superiores a 19mm (50 300mm); podem ser usadas em vrios materiais por exemplo alumnio, peas fundidas, titnio, ao inoxidvel austenico, aos estruturais, aos carbonos de baixa liga, etc.

    Vantagens:

    - Alta taxa de deposio - Juntas no precisam ser cuidadosamente preparadas (podem ser cortadas com maarico,

    por ex.) - No se requer pr-aquecimento para chapas muito grossas.

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    - No necessrio limpeza de inter passe - No exigida grande habilidade do soldador. - Processo econmico para grandes espessuras.

    Limitaes:

    - Estrutura grosseira

    - Granulometria grosseira na ZTA

    - No pode ser usado para materiais com pequena espessura. - Solda apenas na vertical - No se deve interromper o processo, uma vez iniciado. - Reparos tem que ser feitos por outros processos.

    14. Soldagem Eletrogas (EGW)

    bastante similar ao processo de eletroescoria, sendo uma derivao deste para soldagem de chapas finas na posio vertical em um nico passe.

    Princpio: Um arco eltrico gerado entre o eletrodo e o metal e esse arco mantido durante todo o processo; o eletrodo alimentado continuamente sob proteo gasosa e o calor gerado pelo arco funde continuamente o eletrodo e as faces das peas a serem soldada.

    15 Tratamento Trmico de Alvio de Tenses

    Consiste em se aquecer uma pea ou equipamento a uma determinada temperatura, durante um certo intervalo de tempo, observando-se velocidades de aquecimento, que deve ser uniforme e controlada, manter a temperatura no patamar de forma controlada e oscilando apenas dentro de limites pr determinados e no tempo preconizado e que a taxa de resfriamento seja tambm uniforme e controlada.

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    Freqentemente, as dimenses das peas ou equipamentos impedem a utilizao de um forno; nesses casos procede-se a um tratamento trmico localizado, cujos mtodos so:

    Aquecimento por Induo Consiste em usar o princpio do transformador; aplica-se uma tenso alternada a um cabo enrolado em espiras ao redor da pea, que se aquece. As vantagens so: alta velocidade aquecimento, controle eficaz das temperaturas, aquecimento local no produzido; as desvantagens: custo alto, fonte energia menos porttil

    Aquecimento por Resistncia Eltrica

    Fios com resistncia eltrica alta so apoiados ou enrolados nas regies que se deseja tratar e ligados fonte de energia eltrica; isolante colocada sobre a superfcie externa das resistncias. As vantagens so: aquecimento contnuo e uniforme, aquecimento pode ser mantido enquanto se processa a soldagem, temperatura pode ser ajustada rapidamente; as desvantagens: pode ocorrer abertura de arco entre a resistncia e a pea.

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    Aquecimento por Chama

    um mtodo econmico e eficiente e adequado para servios no campo. Requer prtica e tem como desvantagens pouca preciso, distribuio de temperaturas pouco uniforme, operadores habilidosos.

    Aquecimento por Material Exotrmico

    Emprega uma fonte de aquecimento consumvel que produz calor pela reao controlada de uma mistura qumica que desprende calor atravs de uma reao. Vantagem: no h custo de equipamento, no requerido o acompanhamento durante o processo e porttil; desvantagem: no aplicvel para preaquecimento de todos os materiais e uma vez iniciado o tratamento no h como ajust-lo.

    16 Observaes sobre a Estocagem de Eletrodos Bsicos

    Os eletrodos bsicos, de baixo hidrognio, cujo teor de umidade no revestimento inferior a cerca de 0,6% em peso, apresentam uma grande tendncia a absorver umidade do meio ambiente como mostra a figura abaixo:

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    Um teor de umidade excessivo pode levar instabilidade do arco, formao de respingos e de porosidades, principalmente no incio do cordo e a fragilizao e mesmo fissurao pelo hidrognio; devido ao problema da umidade, devem ser tomados cuidados especiais na conservao, armazenagem e ressecagem desses eletrodos.

    Armazenagem (embalagem fechada): 18oC min. umidade at 50% Ressecagem: 325 25C durante 1,5 0,5h

    Manuteno em estufa: 125 25C

    Manuteno no local de trabalho: 115 35oC

    O esquema de manuseio do eletrodo de baixo hidrognio apresentado abaixo:

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    17 Preveno e Controle da Deformao

    a) Evitar soldagem em excesso (reduzir ngulo do chanfro e aumentar abertura de raiz, usar chanfro J ou V)

    b) Usar chanfros duplos (X ao invs de V) c) Soldas intermitentes d) Menor n. possvel de passes e) Posicionar soldas junto a linha neutra ou balance-las em torno dela. f) Soldagem com passe a r g) Pr deformao h) Fixao da estrutura em pontos convenientes i) Seqncia de soldagem j) Martelamento e tratamento trmico k) Minimizar o tempo de soldagem l) Planejar a seqncia de soldagem

    18 Correo das Deformaes:

    a) Ressoldar (embicamento) aps abertura com eletrodo de carvo b) Prensas e martelos c) Aquecimento localizado

    19 Nmeros P, F e A

    N. P (P number):

    Para reduzir o nmero de qualificaes de processos de solda esses nmeros so atribudos aos metais base em funo de caractersticas comuns tais como composio, soldabilidade e propriedades mecnicas; para o ao e ligas de ao group numbers so empregados em adio aos P numbers.

    N. F (F number): Idem com relao a eletrodos, varetas e arames de solda.

    N. A (A number): Idem com relao a anlise qumica do metal depositado.