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    A Pena Capital e a Lei de DeusUma Posio Bblica para os Evanglicos

    O que absolve o mpio, e o que condena o justo, so ambos abominveis ao Senhor. Provrbios !."

    Introduo

    A pena capital, ou pena de morte, um assunto atual. A sua validade tem sido

    discutida em todos os setores da sociedade. medida em que aumenta a incidncia dos

    crimes violentos observamos muitos movimentando-se para que a pena capital seja

    instaurada em nosso sistema judicirio.1 As revistas semanais tm trazido reportagens

    constantes sobre a violncia, relatando uma presso cada vez maior das pessoas para a

    aplicao de puni!es mais severas. "ma dessas reportagens #ala sobre a insegurana

    assustadora e relata$ %Assassinatos brutais, estupradores #rios e estat&sticas assombrosas

    trans#ormam a violncia no maior temor do brasileiro'. (ndicando que o n)mero de

    assassinatos ocorrentes em nossa sociedade %so de uma guerra civil', a reportagem mostra

    que o crescimento nos )ltimos * anos +* espantoso. Atualmente, mais de /0.000

    pessoas so assassinadas por ano em nosso pa&s. % uma estat&stica demon&aca', diz a

    revista.23utra publicao, relata a reinstalao da pena de morte nos 4stados "nidos, em

    1*5, indicando as discuss!es e estat&sticas con#litantes e6istentes em relao 7 questo.89

    um ensaio publicado na revista :eja, #az troa com os que oram e lem as 4scrituras todos

    os dias e tm %9esus sempre no corao', mas #avorecem a pena de morte. ;

    3s evanglicos esto perple6os e divididos. ecem a necessidade de que algo deve ser #eito. 3bservam a lentido e #alta

    de resposta adequada da justia e o seu a#astamento dos princ&pios b&blicos. ?or outro lado,

    veri#icam que muitos sentimentos dos que so a #avor da pena de morte, na sociedade

    1 =evistaIsto, Pela pena de morte, por @adi =odrigues +o. 1;; B 20 de maio de1C. 3 te6to da reportagem est dispon&vel no endereo$DDD.zaz.com.brEistoeEvermel>aE1;;02.c>tm.2 =evistapoca, %Insegurana Assustadora+o. /2 B 1* de maio de 1. 3 te6to dareportagem est tambm dispon&vel no endereo$DDD.epoca.com.brEedicEed1*0/Ebrasil1.>tm.8 =evistaIsto, Execuo, uma Polmica Mundial, por Ftia @ello +o. 1/5* B 18 deoutubro de 1. 3 te6to da reportagem est dispon&vel no endereo$DDD.zaz.com.brEistoeEbrasileirosE1E10E0E001.>tm.; =evista Veja, E epois !erceiro Mundo "omos #$s%, por =oberto ?ompeu de Goledo+o. 158* B 28 de #evereiro de 2000 1/C.

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    secular, so incompat&veis com a postura do cristo. Avaliam que no e6iste verdadeira

    %sede de justia', mas um desejo bai6o de vingana, ou de causar um mal maior ao

    criminoso do que o que #oi #eito 7 v&tima. 3utros, esto conscientes de suas obriga!es na

    pregao do evangel>o da vida, mas no separam as e6tensas responsabilidades do

    governo, perante Heus, das nossas obriga!es individuais. Ion#undem a misso pessoal dos

    cristos +de ir e pregar com as atividades do governo +recon>ecer os que praticam o bem e

    punir os que praticam o mal B =m 18. ?assam, portanto, a de#ender, para as institui!es,

    determina!es b&blicas que #oram prescritas para as pessoas, para o indiv&duo, no para os

    governos e governantes. :ia de regra, e6traem desse dilema um entendimento que no

    coerente com os princ&pios de justia estabelecidos por Heus para as na!es, nem com o

    apreo e seriedade que as 4scrituras do 7 vida >umana. Assim #azendo, alin>am-se, em sua

    grande maioria, com os oponentes da pena capital.

    A Posio de muitos Evanglicos Alicerada na Palavra!

    "m documento da Associao 4vanglica Jrasileira, de 18, e6empli#ica a

    posio sobre a pena de morte que normalmente encontramos no meio evanglico. A A4vJ

    emitiu e distribuiu 7 nao e aos cristos esse %mani#esto', contra um projeto que, na poca,

    tramitava na IKmara dos Heputados visando a instituio da pena de morte no pa&s. 3%mani#esto', escrito em linguagem persuasiva, mas sem conter uma )nica citao das

    4scrituras, se propun>a a indicar a viso crist do assunto, colocando-se #rontalmente

    contra a pena de morte. Ionclamava, ele, o povo, os deputados/e a nao %7 pena de :ida',

    para que a %sociedade brasileira no precisasse cogitar e6ecutar os seus #il>os'.

    Algumas das reprodu&esdesse documento trazem a citao de 9oo 10.10 %4u vim

    para que ten>am vida e a ten>am em abundKncia',5mas o mani#esto em si, silente com

    / a ocasio, o seu presidente era o =ev. Iaio Lbio Lil>o. 3 %mani#esto' tem a co-autoriade =ubem @artins Amorese, na poca, secretrio de tica da A4vJ. 3 documento #oiapresentado no plenrio da IKmara dos Heputados e, posteriormente reproduzido, tanto emjornais, como por vrias igrejas.5 A relao que se pretende #azer do verso +9o 10.10 com o %mani#esto' est, obviamente,#ora do conte6to no qual 9esus o pronunciou. 9esus est ensinando, no in&cio do verso,e6atamente a salvao daviolncia e do pecado +%3 ladro vem somente para roubar, matare destruir ...' enquanto que, na contrastante parte #inal do verso, 4M4 vem para queten>amos vida. 4le no estensinando o livramento dajustiae de suas penalidades, para

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    relao a qualquer #undamentao de seus argumentos na ?alavra de Heus. As raz!es do

    %mani#esto' contra a pena de morte, so$ +1 A pena j e6istiu e #oi abolida no Jrasil, em

    1C//, em #uno de erros judiciriosN +2 A pena de morte no resolve a causa da violnciaN

    +8 46istem muitas desigualdades sociais no Jrasil e muitos privilgios que promovem

    injustiaN +; ossa sociedade tem muitos males prOpriosN +/ 3s evanglicos devem insistir

    na esperana, no perdo, na restaurao da vidaN +5 "ma viso positiva da sociedade, sem

    injustia e desigualdades sociais e com um sistema penitencirio re#ormulado #ar com que

    ela no ten>a que %e6ecutar seus #il>os'. o #inal do %mani#esto', aqueles que #orem a

    #avor da pena capital so rotulados de %os que decidem sobre a morte', enquanto que os

    que so contrrios, como a A4vJ, so os que %se mobilizam pela vida'.

    os inteligentesNC no precisar&amos dar mais um passo. A questo j estaria

    resolvida com o %mani#esto' B dever&amos todos #azer oposio #ec>ada contra a pena

    capital. 3corre que os cristos necessitam alicerar suas convic!es na ?alavra de Heus.

    o pode ser a %voz corrente da sociedade' que vem ditar o nosso testemun>o, nem o #azer

    coro com uma viso >umanista da vida que determina o que devemos ou no acreditar.

    4m 15, apOs realizar algumas palestras sobre a pena capital, #ui procurado por

    uma jornalista da =evista :inde, que iria publicar um artigo sobre o tema. Hurante a

    entrevista, pela conduo das perguntas, #icou clara a sua persuaso contra a pena de morte.

    (nsens&vel aos argumentos b&blicos que eu apresentava, ela retrucava$ %...a maioria dos

    pa&ses est dei6ando a aplicao da pena de morte..'. ?or mais veraz que seja a constatao

    ela no su#iciente para estabelecer novos padr!es de justia, nem para #irmar uma posio

    evanglica sobre a questo. Iertamente a maioria dos pa&ses no abandona a pena de morte

    por estar abraando a %lei maior do amor', no sentido b&blico. Ionstatamos, tambm que a

    quem comete os crimes da roubar, matar e destruir, no seio da sociedade.* A 3rdem dos Advogados do Jrasil tem emitido repetidos pronunciamentos contra a penade morte. Iuriosamente, o documento atribui a seguinte citao %7 3AJ'$ %de queadiantam leis se no > justiaP'.C %pena de vida', contra %pena de morte' B uma colocao que retrata Heus como um sercruel, %pela morte', em vez de %pela vida', uma vez que inegavelmente ele instituiu a penacapital no antigo testamento.

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    maioria dos pa&ses abriga a pornogra#ia, aceita cada vez mais o divOrcio e a dissoluo

    #amiliar como normal, o casamento entre >omosse6uais, e por a& vai. ada disso signi#ica

    que estas coisas sejam certas em siQelas #oram erradas e continuam erradas. 3s

    evanglicos no podem #irmar suas posi!es ticas com base nessas argumenta!es.

    A reportagem realmente re#letiu as pressuposi!es da repOrter e da lin>a editorial da

    revista. omic&dio estatal... desvaloriza a vida'. quem

    discorde deles'. 4stat&sticas que pretendem demonstrar que a maioria dos pa&ses rejeita a

    pena de morte, e alguns n)meros, meio duvidosos, relatando uma enormidade de e6ecu!es

    de %inocentes', nos 4stados "nidos, completam o quadro apresentado pela reportagem,

    re#letindo o posicionamento evanglico, contrrio 7 pena capital.

    o obstante um eventual consenso da maioria, muito mais importante do que o que

    a voz corrente do povo est propagando, irmos at a ?alavra e veri#icarmos quais os

    padr!es de Heus que nos so ensinados e como aplic-los aos nossos dias. o podemos

    superar a sabedoria e determina!es de Heus. 3 que requerido de nOs que nos

    ac>eguemos aos seus preceitos, com contrio, >umildade e predisposio de aceit-los,

    mesmo que estejam contra nossas convic!es anteriores. 4le sabe o que mel>or para nOs

    e, em seu tempo determinado, nos dar toda paz de esp&rito e con#iana em seus camin>os.

    Hanielle Lranco, %A Pena de Morte no 'anco dos ()us', na =evista Vinde, ovembro de15, C-101.

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    A grande pergunta , portanto, o que diz a J&blia sobre este temaP Tual deve ser a

    posio do servo de Heus, perante este assuntoP Uostar&amos de que o leitor camin>asse

    conosco, em orao, nessa estrada do e6ame desapai6onado de pontos essenciais contidos

    na palavra de Heus, sobre assunto to controvertido, mas to contemporKneo e importante.

    ?odemos comear o nossa jornada #azendo uma ligeira veri#icao do que a J&blia tem a

    dizer sobre crimes e puni&es.

    Crimes e Puni"es na Palavra de Deus

    ?odemos aprender bastante com os princ&pios que norteavam o tratamento que a

    J&blia d aos crimes e puni&es. 4stamos to enraizados em nossa cultura, em como ela

    trata a questo da quebra da lei, que talvez at nos surpreendamos com o encamin>amento

    dado pela ?alavra de Heus 7 manuteno da lei e da ordem na sociedade civil de (srael.

    :amos, portanto, dar uma rpida ol>ada em alguns princ&pios que encontramos, quando

    estudamos esse assunto nas 4scrituras$

    1. A primeira coisa que nos c>ama a ateno, que na J&blia noe6iste a proviso para cadeias.(sso mesmoV 4las nem e6istiam como instrumento de punio, nem como meio de reabilitao. (ssorealmente nos intriga, pois estamos to acostumados com essa instituio que no podemos imaginar umasociedade sem cadeias. Tuando um crime cometido, a punio que pensamos de imediato a cadeia.%@erece cadeiaVN devia estar na cadeia'V Hizemos com tanta #reqWncia. @as na sociedade de (srael, noAntigo Gestamento, a cadeia era apenas um local onde o criminoso era colocado at que se e#etivasse o

    julgamento devido. 4m )meros 1/.8; lemos$ %...e o puseram em guardaN porquanto no estavadeclarado o que se l>e devia #azer...'. Mogicamente encontramos na J&blia o registro da existncia decadeias. 9eremias #oi encarcerado e ?aulo, igualmente, diversas vezes, dentro do sistema romano de

    puni!es. @as estes encarceramentos eram estran>os 7s determina!es de Heus.

    2. Hesta #orma, por mais #amiliarizados que estejamos com esse conceito, no encontramos, na?alavra de Heus, o encarceramento como remdio, ou a perspectiva de reabilitao atravs de longas

    penas na priso. @uito menos, encontramos a idia de %proteo da sociedade' atravs da segregao doindiv&duo que nela no se integra, ou que contra ela age. 3u seja, no encontramos, nas prescri!es dadasao povo de Heus, cadeias parapunir, remediar, rea*ilitarouproteger.

    3. 3 princ&pio que encontramos na J&blia o da restituio. 4m Mev&tico 2;.21 lemos, %...quempois matar um animal restitu&-lo-, mas quem matar um >omem assim l>e #ar'. A restituio ou

    retribuio, era sempre proporcional ao crime cometido. Iomo a restituio da vida era imposs&vel, aocriminoso, no seu caso a punio era a perda da prOpria vida.

    4. (sso signi#ica que aquela sociedade no tin>a meios para lidar com o crimeP 3u aplicava a penade morte em todos os casos de quebra da leiP o. 4la possu&a determina!es bem precisas e e#icazescontra a banalizao e proli#erao da criminalidade. 4la responde 7 quebra da lei com medidas rpidas eque representavam preju&zo econRmico para o in#rator. ?ara os casos de #urto, a Mei Iivil J&blica

    prescrevia a restituio m)ltipla. :ejamos em X6odo 22.; %...se o #urto #or ac>ado vivo na sua mo, sejaboi, seja jumento, ou ovel>a, pagar o dobro'.

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    5. os casos de #urto de propriedade que representa o gan>a po ou meio de subsistncia doprejudicado, a J&blia prescrevia a restituio de quatro ou cinco vezes o que #oi subtra&do. Assim lemosem X6odo 22.1 %...se algum #urtar boi ou ovel>a e o degolar ou vender, por um boi pagar cinco bois, e

    pela ovel>a quatro ovel>as'.

    6. As determina!es das 4scrituras procuravam proteger a v&tima e colocar temor no criminoso,tirando qualquer idia de proteo que viesse tornar a v&tima em acusado tambm. 3 que queremos dizer que, contrariamente aos nossos dias, quando as v&timas ou agentes da lei possuem as mos amarradas pelae6cessiva proteo ao criminoso, o direito de cada um de de#esa de sua propriedade era algo abrigado,concedido e salvaguardado, na legislao mosaica. :emos isso em X6odo 22.2$ %...se o ladro #or ac>adoa minar e #or #erido, e morrer, o que o #eriu no ser culpado do sangue'.

    7. Aqueles que roubavam alimentos para satis#azer a #ome, deviam ser tratados com clemncia, masmesmo assim, persistia a obrigao de restituir sete vezes o alimento que #urtou do leg&timo dono, umavez que a prOpria constituio da sociedade j possu&a a proviso para atendimento aos carentes, tornandodesnecessrio o #urto, como vemos em HeuteronRmio 2;.1 a 21. Hesta #orma lemos em ?v. 5.80, 81$%...no se injuria o ladro quando #urta para saciar sua alma, tendo #omeN mas encontrado, pagar setevezes tanto$ dar toda a #azenda da sua casa..'.

    8. :emos ento, em apenas um rpido e6ame das diretrizes b&blicas e um con#ronto destas com as

    opini!es que agora surgem, a sabedoria ali encontrada. 9 > milnios antes de Iristo a J&bliadeterminava puni!es pecunirias, que o >omem, a elas >oje c>ega, baseado na constatao emp&rica deque outras medidas no #uncionam. Iom e#eito os encarceramentos prolongados, >oje aplicados, no

    produzem reabilita!es, no so bem sucedidos em conservar o criminoso #ora de ao e as pris!esconstituem-se, na realidade, em verdadeiras #bricas de criminosos piores e mais violentos.

    9. 3 sistema b&blico de punio pecuniria destinado a tornar o crime uma atividade nolucrativa. o que diz respeito 7queles criminosos que se recusavam a obedecer as autoridadesconstitu&das, a sentena a pena de morte. Memos isto em HeuteronRmio 1*.12$ %...o >omem pois que se>ouver soberbamente, no dando ouvidos ao sacerdote, que est ali para servir ao or teu Heus, nemao juiz, o tal >omem morrer e tirars o mal de (srael'.10

    10. (sto eqWivale a dizer que a condio de reabilitao na sociedade, para o criminoso primrio, era

    total e absoluta. (ndo na direo contrria 7 nossa sociedade, que coloca o criminoso iniciante enjaulado,em condi!es subumanas, como criminosos e6perientes B que se encarregam de #orm-lo na escola docrime, o criminoso primrio em (srael, pagando a indenizao devida, estava pronto a se reintegrar nasociedade atingida pelos seus desmandos. 4ssa sociedade no deveria discrimina-lo de nen>uma #orma,

    pois restituio >avia sido e#etivada.

    11. ?or outro lado, >avia aqueles que se recusavam a obedecer, reincidindo no camin>o do crime. AJ&blia recon>ece a necessidade de proteger a sociedade desses elementos, mas no atravs doencarceramento B uma #orma pseudo->umanitria, somente onerosa, imper#eita e imposs&vel de produzirresultados. 3 sistema encontrado na J&blia apresenta a e#etivao desta proteo de uma #orma radical,mas destinada a produzir #rutos permanentes e a gerar a paz e a tranqWilidade em uma sociedade. Almdisto, poder&amos #alar no e#eito didtico, que a aplicao coerente e sistemtica desta pena teria nosreincidentes em potencial.

    12. Tue di#erena encontramos entre a #orma de tratar o crime na sociedade de (srael e na #iloso#ia esistema empregados nos dias atuaisV 4m nossos dias, o crime prospera porque lucrativo e porque correimpune, sendo isto tambm uma conseqWncia da #alta de adequao das penas impostas aos crimes

    10 3 %mani#esto' da AevJ, anteriormente citado, diz que com a pena de morte %...no soeliminadas as causas da violncia...'. :erdadeiramente, a causa primria daviolncia opecado no >omem. 4sse no eliminado pela pena de morte. @as a causa deviolnciascorrigida com a pena de morte. 3 assassino contumaz, se eliminado da sociedade, nopoder mais assassinar e gerar aisviolncia contra inocentes.

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    cometidos. 3 sistema penal do Antigo Gestamento previa no somente a adequao da penalidade aoscrimes cometidos, mas a sua rpida aplicao. Mentido da justia recon>ecida at os dias de >oje comouma mani#estao de injustia. esse sentido, temos o registo apropriado da ?alavra de Heus, em4clesiastes C.11$Poruanto no se executa logo o ju-.o so*re a m/ o*ra, o corao dos 0il1os dos1omens est/ inteiramente disposto para praticar o mal2

    13. 3bviamente no > a possibilidade da aplicao direta e total das Meis Iivis prescritas por Heusao estado teocrtico de !srael, na sociedade atual. em podemos advocar a aplicao da pena de morte

    para todas as situa!es temporais prescritas na Mei @osaica +como, por e6emplo, pela quebra do sbado,pois destinavam-se a uma nao especica, dentro de especicas circunstKncias, e com propOsitosde#inidos, da parte de Heus.

    @uitos dos princ&pios encontrados, naquela sociedade agrria, entretanto, so eternos e vlidos at osdias de >oje e merecedores do nosso e6ame e estudo. A rapidez das sentenasN as penas pecunirias e o

    peso econRmico so#rido pelos in#ratores, em bene#&cio das v&timasN a viso clara de quem v&tima e dequem in#rator, sem cometer a inverso de valores de considerar os criminosos %v&timas do sistema'N oapreo pela vida >umana, acima de qualquer outra perdaN o cuidado todo especial pela preservao de umasociedade na qual liberdade tambm signi#icasse ausncia de violncias e de ameaas trazidas porindiv&duos incorrig&veisN o c>amado constante ao bom senso e 7 preservao da lei e da ordem, no apenascom meras palavras, mas com duras penas contra os mal#eitoresN a n#ase, respaldada igualmente em

    penas severas, no respeito aos ancios e 7s autoridadesN so alguns desses princ&pios que deveriam estar

    presentes em qualquer sociedade. 9uristas cristos muito poderiam contribuir para um apro#undamentodeste tema, penetrando a #undo na regulamentao da sociedade veto-testamentria e procurando umaadequao desses princ&pios 7s nossas condi!es.

    A questo de crimes, puni!es e determina!es divinas est alicerada no tema maior da "ei de#eus. @as o que realmente signi#ica este termo. 3 que a J&blia tem a nos dizer sobre os seus di#erentesaspectosP ada, se no #izermos uma e6plorao, neste estgio, dosigni#icado da Mei de Heus, e da sua relevKncia aos nossos dias$

    A Lei de Deus

    # $ue a Lei de Deus!

    Heus pro#eriu e revelou diversas determina!es e deveres para o >omem, em

    di#erente pocas na >istOria da >umanidade. omem, constitui a sua Mei

    e ela representa o que de mel>or para os seus. Tuando estudamos a Mei de Heus, mais

    detal>adamente, devemos, entretanto, discernir os diversos aspectos, apresentados na

    J&blia, desta lei. @uitos mal-entendidos e doutrinas erradas podem ser evitadas, se

    possuirmos a viso b&blica do assunto.

    ossa convico a de que podemos dividir a Mei de Heus em trs aspectos$

    #s tr%s Aspectos da Lei de Deus&1$ % "ei &ivil ou 'udicialQ=epresenta a legislao dada 7 sociedade ou ao estado de (srael, por

    e6.$ os crimes contra a propriedade e suas respectivas puni!es.2$ % "ei (eligiosa ou &erionialQ4sta representa a legislao lev&tica do :el>o Gestamento, por

    e6.$ os sacri#&cios e todo aquele simbolismo cerimonial.3$ % "ei )oralQ=epresenta a vontade de Heus para com o >omem, no que diz respeito ao seu

    comportamento e seus deveres principais.

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    ' toda a Lei Aplic(vel aos )ossos Dias!Tuanto 7 aplicao da Mei, devemos e6ercitar a seguinte compreenso$1$ % "ei &ivil$ Gin>a a #inalidade de regular a sociedade civil do estado teocrtico de (srael. 4ra

    temporal e necessria para poca 7 qual #oi concedia, mas #oi especica para aquele estado teocrtico.Iomo tal, no *aplicvel norativaenteem nossa sociedade. "m e6emplo de erro de compreenso

    encontrado nos omem os seus deveres, revelando suascarncias e au6iliando-o a discernir o bem do mal. Iomo tal, aplicvel em todas as pocas e ocasi!es eassim #oi apresentada por 9esus, que nunca a aboliu. este caso, os Adventistas acertaem considera-lavlida, porem erram em con#undi-la e em mistura-la com as duas outras, prescrevendo uma aplicaocon#usa e descone6a.

    3 seguinte gr#ico nos au6ilia na visualizao da aplicabilidade das Meis de

    Heus, ao per&odo atual em que vivemos$

    A APLICABILIDADE DA LEI DE DEU* E+ )#**#* DIA*"-!

    .alidade

    "ei &ivil ou

    'udicial

    "ei (eligiosa ou

    &erionial

    "ei )oral

    /(esuida nos

    10 )anda$

    !ntensidade da

    .alidade

    S(o entendimento das

    declara!es b&blicas sobre esta questo. Iom e#eito, ?aulo ensina que %no estamos sob a

    lei mas sob a graa' +=omanos 5$1;. @as o que quer dizer %no estar sob a lei de HeusP'

    ?erdeu ela a sua validadeP apenas um registro >istOricoP 4stamos em uma situao de

    total desobrigao para com elaP :amos apenas subjetivamente, %amar', sem

    direcionamento ou a!es concretas que comprovem este amorP Iomo vimos acima, temos

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    que considerar os m)ltiplos aspectos da %lei de Heus'$ Mei Iivil ou 9udicial, Mei =eligiosa

    ou Ierimonial e Mei @oral. uma de suas ordenanas cerimoniais, uma vez que estamos sob a graa doevangel>o de Iristo, com acesso direto ao trono, pelo seu ante.

    [ -staos so a "ei )oral de #eus, no sentido de que ela, resumida nos Hez @andamentos,representa a tril>a traada por Heus no processo de santi#icao, e#etivado pelo 4sp&rito omens.

    Tuando e6aminamos a lei de Heus sob esses aspectos, muitas perguntas so

    pertinentes e devem ser individualmente respondidas.

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    :emos, tambm, que qualquer tentativa de descartar as considera!es b&blicas e um

    estudo mais pro#undo da pena de morte, com a alegao Q %A>, esta #oi uma determinao

    para o tempo da lei, e nOs estamos agora sob a graa...', constitui-se em uma a#irmao

    precipitada e sem signi#icado, pois no leva em considerao os diversos aspectos e

    nuanas da Mei de Heus.

    A Lei +oral E-istiu Antes dos De. +andamentos!A Mei @oral de Heus, constituindo a sua vontade ,eranentepara o >omem, e

    estabelecendo as obriga!es e deveres, do >omem para com Heus e do >omem para com o

    seu semel>ante, #oi revelada em diversas ocasi!es, mesmo antes da codi#icao mosaica.

    Ionsiderando os trs aspectos da Mei e a sua aplicabilidade, vemos que as

    determina!es de Heus ao >omem pro#eridas antes da legislao mosaica +como por

    e6emplo$ Uen .5 possuem considervel signi#icado para nOs, pois certamente no #azem

    parte nem da lei civil de (srael +que ainda no e6istia como nao, nem da lei religiosa

    daquele povo +que ainda no >avia sido emitida de #orma codi#icada e sistemtica. Iomo

    e6emplo, veri#icamos que datam deste per&odo os primeiros registros do d&zimo, sendo este

    um dos principais argumentos para a sua utilizao nos nossos dias, ou seja, ele no estava

    somente entrelaado 7 legislao civil ou religiosa da nao de (srael. As determina!es

    deste per&odo que no dizem respeito a procedimentos ou prticas cerimoniais religiosas,

    re#letem a Mei @oral de Heus, representando a vontade deste, em todos os tempos, paratodas as criaturas.

    A pena de morte #oi institu&da por Heus e6atamente nesta poca. Loi

    comandada a o e a seus descendentes, em Un ./ e 5, antesdas Meis Iivis ou 9udiciais,

    numa in#erncia de sua aplicabilidade universal. esse trec>o lemos$ 3ertamente

    reuererei o +osso sangue, o sangue das +ossas +idas4 de todo animal o reuererei4 como

    tam*)m do 1omem, sim, da mo do irmo de cada um reuererei a +ida do 1omem2 Quem

    derramar sangue de homem, pelo homem ter o seu sangue derramado 4porque Deus fez

    o homem sua imagem2

    3 conceito da pena de morte originou-se, portanto, em Heus e no no >omem. o

    #oi o >omem cruel que, maquinando uma #orma mais cruel ainda e sdica de punio,

    inventou uma #orma rasteira de vingana. Loi o Heus todo poderoso e sbio, que e6ercendo

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    os seus princ&pios de m6ima justia e santidade, sabendo o que mel>or para as pessoas,

    comanda o prOprio governo >umano para que e6ecute justia e puna com a morte todo

    aquele que ousar atentar contra o ser criado 7 imagem e semel>ana de Heus. 3 teOlogo

    9o>n @urra\ #az a seguinte colocao sobre essa questo$ %Hepois do julgamento de Heus,

    aplicando a pena capital contra a sociedade >umana, pelo dil)vio, Heus mani#estou sua

    graa na e#etivao de provis!es para a conservao e promoo da vida, como uma

    ant&tese 7 morte. 4stas provis!es so e6empli#icadas em trs institui!es$

    a. A ,ro,agao da vida$ Unesis .1-*b. A sustentao da vida$ Unesis C.22N .2b,8c. A ,roteo da vida$ Unesis . 2a, /, 5'.11

    A instituio da pena capital se deu, assim, no porque Heus dessepouca +alidade7

    vida do >omem, mas exataente porque 4le considerava esta vida extreaente

    importante. Hesta #orma, perdia o direito 7 sua prOpria vida qualquer um que ousasse

    atentar contra a criatura #ormada 7 imagem e semel>ana do seu criador. 4sta #oi a base da

    instituio da pena de morte, em Unesis .5, enraizada na Mei @oral de Heus, como um

    re#oro 7 sua determinao$ no matars. 4sta mesma santidade de vida, encontraria

    re#le6o posteriormente na codi#icao da Mei @oral de Heus, ou seja, no 5] @andamento.

    A Pena de +orte e o Dec(logo&

    As /(buas da Leia ddiva das %Gbuas da Mei', ou seja nos Hez @andamentos +46. 20.1-

    18, Heus resumiu a sua Mei @oral apresentando-a #ormalmente, e registrando-a, sucinta e

    objetivamente, para o bene#&cio do seu povo.

    interessante atentar para o conte6to >istOrico da ocasio. Loi a primeira

    vez que Heus #alou coletivamente ao o era o temor. 3 incidente da

    ddiva da ei, e os acontecimentos que se seguiram, evidenciam a #ragilidade do ?ovo de

    Heus e do >omem, em geral. ApOs tal demonstrao de poder e santidade, logo se

    11 9o>n @urra\,Principles o0 3onduct ;8.

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    esqueceram de suas obriga!es e, demonstrando ingratido, ca&ram em idolatria. (sto

    mostra o desprezo do ser >umano, ca&do, pela lei.

    3s Hez @andamentos estabelecem obriga!es e limites para o >omem. 3

    seu estudo apro#undado mostra a sabedoria in#inita de Heus, bem assim como a >armonia

    reinante em antes, em todos ossentidos. 4ntre estas obriga!es, est a de preservarmos a vida desses. (n#erimos, tambm, que as san!esdivinas, sobre a quebra destes mandamentos, carregam o peso e a importKncia anteriormente ordenadas

    por Heus.

    0esus Cristo e os De. +andamentos "m incidente b&blico rea#irma a validade da Mei @oral de Heus em todos os

    tempos, tanto na antiga como na nova aliana, e relaciona a lei com amor. 4ncontramos ele

    em @t 22.8;-;0. 3s Lariseus no estavam inquirindo em sinceridade, mas queriam, como

    sempre, con#undir a 9esus. ?erguntaram a ele qual o maior dos mandamentos. 4les se

    entregavam a esse tipo de discusso continuamente e geravam grande controvrsia, com a

    de#esa de um ou de outro mandamento. esse sentido, pensavam que qualquer que #osse a

    resposta de 9esus, iriam indispR-lo com um grupo ou com outro. 9esus, entretanto, no cita

    nen>um mandamento especico do declogo, mas #az re#erncia, conjuntamente, a dois

    trec>os con>ecidos das 4scrituras +Ht 5./ e Mv 1.1C, #ornecendo um resumo dos dez

    mandamentos$

    3s dez mandamentos podem ser divididos da seguinte #orma$

    )andaentos 1 a 4 ossas obriga!es para com o nosso criador B Heus)andaentos 5 a 10 ossas obriga!es para com o nossos semel>antes

    9esus apresenta e6atamente esse entendimento da Mei, em )t 22$37:40$)andaentos 1 a 4 ;

    ossas origa

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    entendimento anterior. Heus est interessado no apenas no cumprimento e6terno da lei B

    naquele evidenciado aos circunstantes, mas naquele cumprimento que procede de uma

    pro#unda convico interna$ do amor tanto por Heus como pelo prO6imo. 4sse o

    cumprimento que surge de uma vida trans#ormada, tocada e operada pelo 4sp&rito es conveniente.

    osso entendimento, de que precisamente o se6to mandamento re+ora a aplicao da

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    pena de morte, ou seja, ele no , em momento algum, uma proibio 7 aplicao da pena

    capital.

    4ste mandamento +46. 20.18 en#atiza a santidade da vida. 3 que temos

    aqui, Heus dando uma determinao bastante objetiva, proibindo o assassinato$ A

    palavra, no original, ocorre ; vezes no Antigo Gestamento, sempre para descrever o

    assassinato premeditado. unca utilizada com relao a animais, Heus, anjos, ou na morte

    de inimigos no campo de batal>a. 3 mandamento no est ensinando que toda a morte

    errada. 3 no matar/s, aqui, signi#ica, muito corretamente, no cometer/s assassinato2

    3u seja$ nen>um indiv&duo tem o direito de tirar a vida de outro. A proibio no se

    aplica, portanto, aos governos constitu&dos que, e6ercitando o mandato e a autoridade

    concedida por Heus, passassem a aplicar a justia e a re+orar o se6to mandamento, com a

    aplicao da pena de morte. (sso Obvio porque a prOpria Mei Iivil de (srael, prescrevia apena de morte em vrias instKncias e ocasi!es exatamente pela quebra do se6to

    mandamento B por e6emplo, 46 21.12 e m 8/.15-21. Iom e#eito, nen>um pro#eta ou

    pronunciamento registrado na ?alavra de Heus levanta a possibilidade de que estas leis

    civis de (srael, tambm dadas por Heus, estivessem contrrias ao se6to mandamento.

    A santidade da vida uma determinao divina. ?or in#erncia, todas as

    a!es que prejudiquem a integridade #&sica do prO6imo, so passos preliminares no atentado

    7 vida e constituem quebra do 5] @andamento.

    A viso b&blica da santidade da vida, encontrada neste @andamento e em

    outras passagens da ?alavra de Heus, contrasta com os costumes dos povos pagos daquela

    poca, que rodeavam a nao de (srael, onde a vida >umana era algo sem considerao ou

    valor, ao ponto de muitas cerimRnias religiosas prescreverem o sacri#&cio >umano, de

    #orma banal e corriqueira. 4sse ponto en#atizado por alter Feiser, no seu livro 6ld

    !estament Et1icsB A 7ei antiga do oriente prescre+ia a pena de morte para crimes contra

    a propriedade, mas no Vel1o !estamento nen1um crime contra a propriedade ) merecedor

    da pena capital2 Mais uma +e., o ponto 0ocal ) o de ue a ida sagrada, no as coisas

    so sagradas2 8ualuer ue pretendesse destruir a ualidade sagrada da +ida cometia

    uma o0ensa capital contra eus2

    Iomo vimos anteriormente, a J&blia diz que o >omem #oi criado 7 imagem e

    semel>ana de Heus, sendo esta uma das principais raz!es por que sua vida deve ser

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    respeitada +Uen .5. Soje em dia, observamos cada vez mais uma vulgarizao da vida,

    com o aumento gradativo da criminalidade e da impunidade que assola a nossa sociedade.

    3oltando ao Princpio da 4etribuio

    Tuando tratamos sobre a questo da Mei Iivil de (srael, sobre os crimes e

    suas puni!es, dissemos que a no aplicabilidade da Mei Iivil aos nossos dias no deveria

    nos isentar de pesquisarmos os ,rincB,ios por trs daquela legislao. Iomo j nos

    re#erimos, naquela ocasio, um dos princ&pios bsicos nas puni!es, era o da retriuio.

    A pena de morte, estabelecida por Heus previamente 7 Mei Iivil, obedece a

    este princ&pio da retriuio. o detal>amento da Mei Iivil ou 9udicial, do 4stado de

    (srael, aprendemos tambm que a e6ecuo desta sentena no #oi dada

    desquali#icadamente a indiv&duos ou organiza!es #ora do governo constitu&do. 4stes no

    possuem nen>um direito sobre a vida de quem quer que seja, por mais leg&tima que ven>am

    a parecer as causas ou raz!es. A prova disto a prOpria instituio das &idades de

    (e+>gio, estabelecidas por Heus em )meros 8/.-8;. aquelas cidades, at os assassinos

    con#essos e declarados mereciam proteo temporria da #)ria vingativa dos parentes

    prO6imos das pessoas assassinadas, pois o direito de #azer pagar a vida com a vida no

    >avia sido delegado indiscriminadamente aos parentes ou aos amigos, mas 7 instituio do

    governo e somente apOs o julgamento devido. "ma vez a#erida a real culpa do acusado, o

    parente prO6imo poderia at ser o e6ecutor, mas no recebia sano para cometer injustia,

    para sair matando dando vazo 7 sua #)ria.

    ?or estes princ&pios, o crente deve ser contraos grupos de e6term&nio, os

    c>amados vigilantes Bmuitas vezes contratados por comerciantes para %limpar' a reaN

    contraos linc>amentos realizados por turbas de populares en#urecidos B a maioria dos

    quais sem qualquer con>ecimento at do crime real praticado, e todos agindo #ora de

    qualquer procedimento legalN contraqualquer ao de e6ecuo sumria B muitas vezesquando o prisioneiro j est dominado, e quando vidas no esto mais sendo ameaadas B

    praticada #ora do leg&timo processo de justia por muitos policiais. 4ssas a!es e essas

    pessoas que assim agem, dando a a,arncia de execuo de justia, promovem na

    realidade a ausncia de ordem, anaruia e a desconsiderao pela +ida. 4las eliminam a

    possibilidade de veri#icao isenta dos #atos e dos poss&veis crimes cometidos e a aplicao

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    das justas penalidades. 4stes grupos de pessoas @uera, na realidade, o se6to

    mandamento, e agem contra o princ&pio de santidade da vida, ali estabelecido.

    ?or outro lado, os argumentos pragmticos, contra a ,ena de orte, por mais aparentementeverdadeiros que sejam, tais como$ 222os nossos go+ernos e go+ernantes so imorais e no podempraticar a justia, nem rece*er esta delegao222, no podem se sobrepor 7s determina!es de Heus. ?or

    mais ileg&timos que sejam os governos, estas determina!es de Heus permanecem leg&timas. 3sgovernantes de (srael nem sempre #oram justos, corretos e tementes a Heus. a realidade, em sua maioria,desrespeitaram abertamente a Heus e a suas Meis, abraando a idolatria. unca, entretanto, encontramosqualquer pro#eta indicando$ 9 Vamos dar um tempo e suspender as aplica&es da 7ei de eus, at) ueum go+erno *om e justo +en1a a se instalar em nosso pa-s222 . ?elo contrrio, a mensagem pro#tica erasempre no sentido de c>amar ta*os governantes 7 obedincia destas mesmas leis. Ao de#endermosalgo que determinado por Heus, devemos ter coragem e ousadia, mesmo camin>ando contra a corrente e

    pensamentos modernos, talvez politicamente %corretos', mas que apresentam solu!es estran>as aosparKmetros de justia de Heus.

    A /eologia da 4e5orma e a Pena de +orte Aspectos Con5essionais

    1$ % o,inio de 'oo &alvinoCAs palavras seguintes, e6tra&das de um dos comentrios de Ialvino, no dei6am

    d)vidas com relao 7 sua posio sobre a aplicao da pena capital. 4screve Ialvino$

    8uando eus di. ue ele reuerer/ a punio dos animais uando +iolarem a +ida de um

    1omem, Ele nos d/ isto como um exemplo2 "e, tomando o lado do 1omem, Ele se en0urece

    contra a criatura *ruta, apressadas por uma impetuosidade de alimentao, em cair so*re

    o 1omem, o ue ser/ de um 1omem ue, injusta e cruelmente, contrariando o sentido da

    nature.a, ataca um de seus irmos%:;

    2$ % &on+isso de D* de Eestinster /1643:1649C

    Aqueles que abraam os ideais da re#orma e a interpretao calvinista das umano, e de

    que representa uma das mel>ores #ormas de sistematizao das verdades b&blicas,

    #reqWentemente %esquecem' de consultar as con#iss!es de # do per&odo e de suas

    denomina!es, sobre estes temas polmicos e atuais. Gome-se o caso da Ion#isso de L de

    ^estminster, por e6emplo. 4la no silencia quanto ao assunto da pena de morte. a

    realidade, ela bastante especica. o podemos simplesmente descartar o assunto como

    sendo apenas %um re#le6o >istOrico' da (greja. 3 que temos na Ion#isso de L, com

    e#eito, o re#le6o do que os teOlogos, que a #ormularam, acreditavam e6pressar da #orma

    mais e6ata poss&vel os ensinamentos da ?alavra de Heus. @uitas vezes, as convic!es

    12 9oo Ialvino, !omentrio em Unesis ./.

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    b&blicas registradas na Ion#isso de L de ^estminster, #oram corajosamente colocadas em

    contradio ao conte6to >istOrico em que estavam vivendo aqueles servos de Heus.

    o cap&tulo __((( da Ion#isso de L, intitulado %Ho @agistrado Iivil',

    encontramos a re#erncia ao governo civil, e de que Heus os %...armou com o poder da

    espada' para atuao em quatro reas$

    a. para de+esa dos bons. para incentivo dos bons,c. para castigo dos mal#eitoresd. para +aFer licitaente a guerra, >avendo ocasi!es justas e necessrias'.Ha mesma #orma que a e6ecuo de uma guerra implica em mortes, Obvio que a utilizao da

    espada, no castigo dos mal#eitores, implica na pena de morte, dentro dos limites de utilizao e deautoridade delegada e traada por Heus.

    3$ &ateciso )aior /Gerguntas 135 e 136

    3 Iatecismo @aior uma extenso da Ion#isso de L e nos ajuda em sua interpretao. 4le #oi#ormado com a #inalidade didtica de ensinar as doutrinas e6postas na Ion#isso de L, seguindoapro6imadamente o mesmo roteiro e desenvolvimento. as perguntas ] 18/ e 185, e suas respectivas

    respostas, encontramos a#irma!es que no dei6am margens a d)vidas, que aqueles teOlogosconsideravam a pena de morte b&blica e aplicvel. 4stavam isentos e imunes dos argumentos >umanistasque posteriormente viriam a permear as convic!es ticas, prticas e teolOgicas do mundo evanglico. Alilemos$

    Gergunta 135--Tuais so os deveres e6igidos no se6to mandamentoP"esposta< 222todo o cuidado e todos os es0oros para preser+ar a nossa +ida e a de outros2

    Gergunta 136--Tuais so os pecados proibidos no se6to mandamentoP"esposta< 222o tirar a nossa +ida ou a de outrem, excetoomem estabelecem uma >armonia e no uma dissociao e diviso entre o

    :el>o e o ovo Gestamento. 3s contrastes traados por 9esus, no a+%...ouvistes o que #oi dito aos antigos..'. muito mais um contraste entre a tradio dos

    ancios e a verdadeira interpretao da ?alavra do Heus, do que entre as determina!es do

    :el>o e as do ovo Gestamento.

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    :rios cristos, lendo as determina!es desse sermo de 9esus, se colocam contra a

    pena de morte, porque dever&amos %virar o outro lado da #ace', em vez de procurarmos

    vingana. @as a vingana no nossa prerrogativa, mas do or. Iomo no nossa

    prerrogativa revogar as determina!es de justia dadas por Heus aos governos. o a, 9esus no est argumentando contra o princ&pio de vida por vida, mas est

    #alando contra o nosso desejo pessoal por vingana. 4le no est negando o poder e a

    responsabilidade do governo. 4le #ala a nOs como indiv&duos, nos ensinando que no

    devemos tentar assumir ou substituir poderes e responsabilidades que pertencem aos

    governos. Assim ele nos c>ama, como indiv&duos a amar os nossos inimigos e voltar a outra

    #ace. o conte6to global do ovo Gestamento, entretanto, ele re#ora a autoridade dos

    governos como promotores da lei e da ordem, dos princ&pios de justia, entre os quais se

    encontram a correta aplicao da pena capital.4m muitos casos, 9esus a,lia as prescri!es e o signi#icado das determina!es da

    lei moral do :el>o Gestamento, mas no as revoga. o ovo Gestamento encontramos no

    a abolio da Mei =eligiosa, mas sim a sua complementao e trmino de sua #inalidade em

    Iristo. 4ncontramos no a revogao da Mei Iivil de (srael, mas sim o registro de uma

    nao #ragmentada, sob o dom&nio de outra nao e de outras leis, e a determinao

    pro#tica da dissoluo desta mesma nao. Tuanto 7 Mei @oral, encontramos na realidade,

    a#irma!es de apoio e e6ortao da parte de 9esus, e nos demais livros, para o seu

    cumprimento e manuteno, como e6presso maior do nosso amor para com Heus +%...se

    me amardes, guardareis os meus mandamentos...'.

    o caso especico da pena de morte, temos alguns registros, onde o assunto

    mencionado, no >avendo indicao de que os pontos bsicos de justia divina tivessem

    agora sido modi#icados, para a nossa era. :amos ver alguns destes trec>os$

    1$ )ateus 26$52Q9esus disse$ %...todos os que lanarem mo da espada, pela espada morrero'.4ssa a#irmao parece ser um recon>ecimento tcito da legitimidade de aplicao da pena capital, como

    justa punio aos que vivem pela violncia e desrespeito 7 vida.

    2$ 'oo 19$11Q%...nen>um poder terias contra mim, se de cima te no #osse dado..'. 9esusrecon>ece que o poder de ?ilatos de tirar a vida, vem do alto. 4le no contesta este poder, mas o consideralegitimo, ainda que aplicado ilegitimamente, no caso de 9esus, e possivelmente #ora da proporo dos

    parKmetros b&blicos, no caso de outras e6ecu!es.3$ %tos 25$11Q?aulo, na sua de#esa perante Lesto, disse$ %

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    algum 7 morte'.18

    4$ (oanos 1$32Q%...que so dignos de morte, os que tais coisas praticam..'. ?aulo recon>ece quee6istem pessoas %dignas de morte' dependendo dos atos praticados.

    5$ (oanos 13$1e vers&culos seguintesQ3 con>ecido trec>o, que especi#ica as obriga!es dogoverno, j tratado na abordagem dada pela Ion#isso de L, coloca claramente a espada nas mos doUoverno, como instrumento leg&timo de punio. A colocao da espada nas mos do governo para umaObvia #inalidade, que dispensa mais e6plica!es,

    6$ 1 Gedro 2$13:14$ %...sujeitai-vos 7 toda ordenao >umana..'. 3s governos recebem a autoridadedas mos de Heus. Hevemos clamar contra as injustias, mas no recebemos sano para considera-losileg&timos aplicadores da justia, por mais distanciados que estejam de Heus. o recebemos sano, deigual modo, para desobedec-los, mesmo quando so injustos + %...sujeitai-vos no somente aos bons e>umanos, mas tambm aos maus..'.Q1 ?edro 2$1C, a no ser quando nos impelem a que desobedeamos7s prOprias determina!es de Heus. este caso, devemos agir e responder como o prOprio ?edro em Atos/$2$ %@ais importa obedecer a Heus, do que aos >omens'.

    7$ %,ocali,se 13$10--'

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    mais di#&cil de perda da vida da criana, do #il>o de Havid, que sobreveio a ele, da parte de Heus, comoconseqWncia direta do seu pecado.

    2$ caso da )ulHer ad>ltera /'oo 7C53:8C11. amou para si a administrao da questo, e6ercitandosuas prerrogativas de perdo, mas, principalmente, ele no ,eritiu u ,rocesso indevidose testeunHas$ A #orma pela qual a turba queria apedrej-la, contrariava os preceitos da

    prOpria lei mosaica. 3 encamin>amento que 9esus deu 7 questo, no signi#ica uma rejeio dapena em si. 4m adio a isso, devemos considerar o conte6to do incidente. Gemos, mais uma vezos Lariseus, que tentavam %pegar' 9esus em uma armadil>a, jogando-o contra a lei judaica ouromana. istOricoEdescritiva e no prescritiva. 3s princ&pios e penalidades #oram estabelecidosem outros trec>os da ?alavra de Heus.

    4espostas a mais Duas #b7e"es Contra a Pena de +orteGemos tratados vrias obje!es 7 pena capital, ao longo de nossa e6posio, mas

    duas delas, por serem muito comuns, merecem um tratamento mais especico$

    1. 6*jeo

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    no para diminuio da criminalidade. Heus no a instituiu apenas para ser um %#reio' com

    relao aos crimes. 4le a comanda porque a vida >umana sagrada. A vida de umanitrias', esto na realidade minimizando a Heus e umano. 4stes degradam a vida, pois no a consideram to

    sagrada quanto Heus a considera. o vem o crime do ponto de vista de Heus'.1/

    ormalmente a objeo acima colocada, #azendo re#erncia a %estudos

    realizados', mas no so apresentados n)meros. ?or e6emplo, a con>ecida organizao

    Anistia (nternacional, que vigorosamente contra a pena capital, publica o seguinte

    declarao$ %4studos cienticos tm consistentemente dei6ado de produzir evidncias de

    que a pena de morte impede, mais do que outros mtodos de punio, o crime'. =e#erncia #eita a um estudo das a!es "nidas, conduzido em 1CC, que concluiu com a seguinte

    observao$ %4sta pesquisa no #orneceu qualquer prova cientica que as e6ecu!es

    impedem mais a criminalidade do que a priso perptua'. @ostrando como as

    pressuposi!es marcam as convic!es, a declarao da Anistia (nternacional registra que %

    praticamente imposs&vel que tais provas possam ser obtidas no #uturo'.15

    @esmo sem ser essa a base de nossa convico, temos que recon>ecer que o e6ame

    dos n)meros prova mesmo que a pena capital desencoraja o crime. 3bservemos os

    seguintes dados$ o #inal da dcada de 50 e in&cio da de *0, a pena de morte #oi

    praticamente abolida nos 4stados "nidos. :eja o salto que deu o n)mero de assassinatos e

    compare com as e6ecu!es em cada ano$

    %no %ssassinatos -xecuo de artigo por orman 3lson na revista 3on0ident 7i+ing, +9ul\EAugust 1CC 8;.15@acts and @igures on t1e eat1 penalt, ensaio da Anistia (nternacional +80 de jun>o de1/, obt&vel no endereo$ >ttp$EEc>em.leeds.ac.u`EAmnest\Edeat>p.>tml

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    Lonte$ 3apital Punis1ment, @. M. @oser, 9r. I>allenge ?ress, Ar`ansas$ "omic&dio nos 4stados "nidos+pessoas assassinadas por mil>o de >abitantes nos respectivos anos. 3 e#eito igualmente ascendente,de 15; at 1C0, quando comea a declinar$

    A sobreposio do rein&cio das e6ecu!es, com a ta6a de assassinatos por mil>o de >abitantes, mostraa correlao entre a aplicao da pena capital a diminuio dos assassinatos, como pode ser visto, nogr#ico abai6o$

    Taxa de assassinatos

    Execues

    Hessa #orma, procurando uma #orma de diminuir a criminalidade, no #inal da dcada

    de setenta e na dcada de oitenta muitos estados americanos recolocaram a pena de morte

    em sua legislao. A questo estat&stica no deve ser determinante de nossa posio contra

    ou a #avor da pena capital, ou de qualquer outro posicionamento tico. 3 crente

    direcionado por princ&pios na e6pectativa e na # de que o Heus, que os concedeu, sabe que

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    eles #uncionam no seu devido tempo. @as importante notarmos que a pena de morte

    ta*#oi institu&da por Heus como um #ator para a diminuio da criminalidade +%para

    que todo o (srael o veja e o tema...', vide Ht. 21.21N 1.20N 9s *.2/N ?v 21.11 e m 1/.85

    2. 6*jeoo e salvo, uma #alcia. @as, vamos presumir, sO para demonstrar a posio

    ilOgica desta colocao, que as pessoas so alcanadas pelo evangel>o %por c>ance'. Hois

    contra-argumentos circunstanciais, baseados nas mesmas premissas, mostram que a objeo

    no se sustenta$

    a. @uitos condenados poderiam ser atingidos pelo evangel>o e6atamente porque socon#rontados com a morte e no vem escapatOria.... Ionsiderando que muitos dos criminosos, por no serem e6ecutados, voltam 7s ruas paramatar, o que dizer das v&timas inocentes, que morrero sem terem tido a %c>ance' de serematingidas pelo evangel>o, porque aquele criminoso >avia-l>es tirado, prematuramente, as vidasPHe quem queremos %preservar mais a c>ance' B dos criminosos, ou das muitas v&timas reais e em

    potencialP

    Concluso A de#esa da pena de morte, contra assassinatos, uma atitude coerente com

    o >orror 7 violncia demonstrado na ?alavra de Heus. Heus estabeleceu os princ&pios da

    pena capital desde os primOrdios da >umanidade, em Unesis .5, entrelaando a sua

    aplicao 7 preciosidade da vida do >omem, que #oi criado 7 imagem e semel>ana de

    Heus. A J&blia contra a impunidade que reina em nossos dias, contra o desres,eito A

    vida. 4sta violncia, que #ruto do pecado, e uma prova irre#utvel da necessidade de

    regenerao do ser >umano sem Heus, no pode ser combatida com a mesma violncia da

    parte de indiv&duos ou grupos, mas sim pelos governos constitu&dos. A J&blia , portanto,

    pela lei e pela ordem, pelo respeito 7 propriedade e 7 vida, pelo tratamento da violncia

    dentro dos parKmetros legais do governo, pela pena de morte, para que a

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    @uitas vezes os >omens querem mel>orar o que Heus estabeleceu. Tuerem

    demonstrar maisjustia do que Heus demonstra. Tuerem retratar mais amor e sentimentos

    do que o amor per#eito de Heus revela. Tuerem ser mais bondosos e gentis, do que a

    ocasio requer. o cRmputo #inal, tornam-se injustos e punem quando no deviam punir,

    protegem assassinos, que continuaro a cei#ar vidas, abrigam um sistema #alido e corrupto

    que coloca nas ruas com e6trema #acilidade os que j no deveriam ter lugar na sociedade.

    ?ro#anam o nome e a justia divina, =e#letem o que est escrito em 4z 18.1$ BV$s me

    pro0anastes entre o meu po+o, por pun1ados de ce+ada, e por pedaos de po, para

    matardes as almas ue no 1a+iam de morrer, e preserardes com ida as almas que no

    haiam de ier, mentindo assim ao meu po+o ue escuta mentiras2

    =esumindo, a nossa razo principal para ser a #avor da pena de morte, uma

    simples questo de #icar #irme e inabalvel junto aos padr!es de justia de Heus. omem considera progresso tem respaldo ou vai ao encontro da ?alavra de Heus. a

    maioria das vezes, o >omem pecador e a sua civilizao progride na so#isticao de

    realizao do pecado, no a#astamento dos preceitos de Heus. umana, #ormada 7 ana,

    que aquele que mata o seu semel>ante perde o direito 7 sua vida, e a aplicao dessa

    penalizao #oi dada aos governos dos >omens +no a grupos de vigilantes, justiceiros ou

    arruaceiros. A pena de morte #oi institu&da no por indi#erena 7 vida >umana, mas

    e6atamente por res,eito 7 ela. Iomo cristos temos que admitir que Heus tem mais

    sabedoria que o >omem de estabelecer a sua #orma de justia retributiva e de colocar

    bloqueios 7 quebra de sua Mei, de tal #orma que as pessoas ven>am a temer a injustia e

    procurem a >armonia e respeito com os seus semel>antes.

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    prtica do crime por convico dos deveres para com Heus, pelo menos, e6istindo a

    aplicao coerente de ecer aquele que pratica o bem e punir o que pratica o mal -

    =m 18. Ambos estamos debai6o do mesmo Heus, cada um em sua es#era de atuao.

    Hevemos ter tambm a compreenso de que muitos evanglicos que, 7s vezes

    inconscientemente, de#endem posi!es >umanistas contrrias aos padr!es de justia

    estabelecidos na ?alavra, como o caso do %mani#esto' apresentado no in&cio desta

    e6posio, se amoldam 7 viso distorcida da sociedade sem Heus. esse sentido,

    con#undem o descrente, em vez de esclarec-lo. 4stamos, a cada dia, dei6ando a

    singularidade de nossa posio b&blica, numa busca desen#reada por aceitao erespeitabilidade.

    =econ>ecemos que muitos so a #avor da pena de morte pelas raz!es mais

    estran>as poss&veis, vrias delas contrrias 7 ?alavra de Heus e ao esp&rito cristo que deve

    nos nortear. ?or outro lado, muitas pessoas so contra ela tambm sem qualquer

    considerao aos padr!es de Heus. Tuantas vezes no temos ouvido, em entrevistas,

    pessoas dizendo$ A morte ) pouco, para esse criminoso222, ou 222eu uero ) ue ele seja

    colocado em uma cela c1eia de marginais para ser tratado pelos demais como ele tratou a

    +-tima. 4m ambos os casos, a motivao no %sde de justia', mas vingana pura,

    sadismo recol>ido, #alta de sabedoria, ou rancor por ter so#rido de alguma #orma nas mos

    de algumQou seja, muitos so contra porque ac>am que a pena capital no ruim o

    su#iciente para a ruindade das pessoas +querem e6ceder a justia de Heus. Gambm por

    essa razo, nOs evanglicos, devemos ponderar muito antes de nos alin>armos com os

    movimentos de#ensores da pena capital, pois no queremos que as argumenta!es deles, via

    de regra sem qualquer considerao aos padr!es de Heus, sejam colocadas em nossa boca.

    4ntretanto, nossa posio, como cristos, deveria ser plenamente a +avorda pena capital,

    #orados pelas evidncias b&blicas que acabamos de veri#icar. Hevemos ter a convico de

    que, com a sua implantao e aplicao dentro dos parKmetros das 4scrituras, a justia em

    nossa terra seria menos adulterada e subvertida e a insegurana seria reduzida. ?ela graa

    de Heus, e somente por ela, com as leis do nosso pa&s estruturadas em uma >armonia maior

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    com os padr!es de justia de Heus, em vez de observarmos a atual situao de amoralidade

    e desrespeito total 7 vida >umana em que nos encontramos, poder&amos, como sociedade e

    pa&s, viver em mais segurana e respeito real 7s pessoas, criadas 7 imagem e semel>ana de

    Heus.

    L.