socorro sou professor da escola dominical

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8/23/2019 Socorro Sou Professor Da Escola Dominical http://slidepdf.com/reader/full/socorro-sou-professor-da-escola-dominical 1/73 SOCORRO! Sou professor da Escola Dominical  _______________________________________ SOCORRO! SOU PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL, LÉCIO DORNAS – p.1  

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SOCORRO! Sou professor da Escola Dominical

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©1997, de Editora Eclésia©2002, cedido por Lécio Dornas■ 1ª edição - Editora Eclésia -1997

2ª edição - Editora Hagnos - 2002■ Todos os direitos em lingua portuguesareservados por EDITORA HAGNOS Rua Belarmino Cardoso de Andrade, 108São Paulo - SP - 04809-270Tel/Fax: (0xxll) 5666-1969e-mail: [email protected] www.hagnos.com.br 

Lécio Dornas■ PROIBIDA A REPRODUÇÃO POR QUAISQUER 

MEIOS, SALVO EM BREVES CITAÇÕES, COM

INDICAÇÃO DA FONTE.Todas as citações bíblicas foram extraídas da NovaVersão Internacional (NVI), ©2009, Publicada por Editora Hagnos, salvoindicação em contrário.■ 

Coordenadora Editorial Marilene G. TerrenguiCoordenador Produção - Mauro W. TerrenguiRevisão: Uthay Caetano dos Santos FilhoCapa: Aext NoveauEditoração e Diagramação: Zarlos Terra

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

 ________________________________________________________ Dornas, Lécio

Socorro! Sou professor da Escola Dominical / Lécio Dornas. ___________________________________________________________ Índice para catálogo sistemático

1. Bíblia - Estudo e ensino 2. Educação religiosa 3. Escolas dominicais I. TítuloISBN 85-88234-43-2 02-0852 CDD, 268.3 índices para catálogo sistemático:1. Escolas dominicais: Professores: Educação religiosa:

Cristianismo 268.32. Professores: Escolas dominicais: Educação religiosa:

Cristianismo 268.3

Impressão e acabamento Associação Religiosa Imprensa da Fé

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SOCORRO! SOU PROFESSOR DA ESCOLADOMINICAL

Lécio DornasAUTOR DESTE BEST-SELLER 

E-book digitalizado e Revisado por: OBREIROS APROVADOS Com exclusividade para:

www.bibliotecacrista.com.br  

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CapaAext Noveau

Editoração e DiagramaçãoZarlos TerraRevisão Uthay Caetano dos Santos Filho

Coordenadora Editorial Marilene G. TerrenguiCoordenador ProduçãoMauro W. Terrengui

Ia edição - Editora Eclésia -1997 2a edição - Editora Hagnos - 2002Impressão e acabamento Associação Religiosa Imprensa da Fé

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação

(CEP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)Dornas, LécoSocorro! Sou Professor da Escola Dominical/ Lécio

Dornas. - São Paulo: Hagnos, 2002.ISBN 85-88234-43-2 Bibliografia

1. Bíblia - Estudo e ensino 2. Educação religiosa 3. Escolas dominicais I. Título02-0852 CDD,268.3 índices para catálogo sistemático:1. Escolas dominicais: Professores: Educação religiosa:

Cristianismo 268.32. Professores: Escolas dominicais: Educação religiosa:

Cristianismo 268.3Todos os direitos desta edição reservados à

Editora HagnosRua Belarmino Cardoso de Andrade, 108

São Paulo - SP - 04809-270Tel/Fax: (xxll) 5666-1969

e-mail: [email protected] www.hagnos.com.br 

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Lécio Do rnas 

Socorro! Sou Professor da Escola Dominical 

O AUTOR 

Lécio Dornas - Durante 15 anos esteve envolvido com a Escola Dominical.Dirigiu por cinco anos o Departamento de Publicações Periódicas da JUERP, serviu

 por três anos como Secretário Geral da Associação dos Educadores ReligiososBatistas do Brasil, atuou por quatro anos como Relator da Comissão de Currículo da

Coordenadoria de Educação Religiosa do Conselho da CBB e cooperou como professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil e do IBER. O autor foi oidealizador do I Congresso Batista Brasileiro da Escola Dominical que ocorreu noRio de Janeiro em 1993. É escritor de dezenas de artigos e estudos publicados evoltados para a Escola Dominical. Bacharel em Teologia pelo Seminário TeológicoBatista do Sul do Brasil (RJ) e Professor do Seminário Teológico Batista de MatoGrosso. Lançou, recentemente, o livro O Jornal e a Bíblia  — uma demonstração decomo é possível interpretar a Bíblia à luz das questões contemporâneas. O Pr. LécioDornas é casado com a Dra. Polliana Boechat Dornas e pai da pequena Sarah.

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SUMÁRIOBATEU O SINAL, ACABOU A AULA! ......................................................... 6O CONTEÚDO................................6EXTENSÃO E TEMPO...................6ESTRATÉGIA DIDÁTICA..............8TOCOU O SINAL............................8QUE ASSUNTO DIFÍCIL! ................ 10PREPARO ESPIRITUAL...............10PREPARO BÍBLICO......................11PREPARO DIDÁTICO..................13QUE GENTE DESINTERESSADA! . 16LEVE A SÉRIO O ESTUDO DA BÍBLIA.......................................................16SEJA PONTUAL E ASSÍDUO......16DÊ AULAS CRIATIVAS E DINÂMICAS....................................................16

PLANEJE AULAS ENVOLVE17 NAO SE DESCUIDE DA 17VIVA O QUE VOCÊ ENSINA......17SEJA UM CRENTE INTEGRADO À SUA IGREJA......................................18BÍBLIA: QUE LIVRO COMPLICADO! ...................................................... 19ALGUNS TERMOS-CHAVES.......................................................................19PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA......................................20MÉTODOS DE ESTUDO BÍBL21LIVRO COMPLICADO?...............24MINHA IGREJA NÃO VALORIZA A ESCOLA DOMINICAL ............... 25

CONQUISTE O PASTOR..............26CONSCIENTIZE OS PAIS............26BUSQUE A JUVENTUDE............27MOTIVE OS PROFESSORES......27PROMOVA A ESCOLA DO28TEMPO DE CRESCER..................28QUE MAIS POSSO FAZER COM A MINHA CLASSE? ............................ 29CARACTERÍSTICAS EVANGELIZADORAS...........................................................29EXPERIMENTANDO A EVANGELIZAÇÃO..............................................30EXPANDINDO MISSÕES............31

 NA ASSISTÊNCIA SOCIAL.........32CRESCENDO NA COMUNHÃO E NA ORAÇÃO.......................................32MOBILIZANDO PARA O SE33O QUE NÃO POSSO FAZER COM MINHA CLASSE.................................33ACABOU A AULA, E AGORA? ....... 35A DIMENSÃO DO COMPORTAMENTO .....................................................35A DIMENSÃO DO CONHECIMENTO .........................................................36A DIMENSÃO DA FRATER36QUEM SÃO OS MEUS ALUNOS? .. 38QUEM SÃO SEUS ALUNOS?......40

AFINAL, QUE TIPO DE PROFESSOR EU SOU? ....................................... 41

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O PROFESSOR PARTEIRO..........41PROFESSORES QUE SABEM COMO ENSINAR.........................................42PROFESSORES QUE SABEM O QUE ENSINAR........................................42TREINAMENTO DIRECIONAD43

FORMULÁRIO DE AUTO-IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR.................43AUTOTREINAMENTO................43 NA ERA DA INFORMAÇÃO.......44SENDO RESPONSÁVEL..............47OBJETIVANDO A GLÓRIA DE DEUS..........................................................47GRATIDÃO....................................47ANEXOS ............................................ 49OS DEZ MANDAMENTOS DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL....49PLANO DE SALVAÇÃO.......................................50BIBLIOTECA BÁSICA DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL..........51

BIBLIOGRAFIA ................................ 53

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BATEU O SINAL , ACABOU A AULA! 

Como planejar com eficácia sua aula

Se é ensinar, haja dedicação ao ensino (Rm 12.7b). Quase todos nós já passamos pela experiência de ver um professor da EscolaDominical ser surpreendido pelo soar do sinal anunciando o término da aula. Muitossão os professores e alunos que vivem se queixando do pouco tempo reservado parao estudo em classe. Alguns professores chegam dizer, frustrados, que a aulaterminou exatamente quando começava a tratar da melhor parte do seu conteúdo.

A questão não é falta de tempo e sim de planejamento. Quando não há planejamento da aula, não importa o tempo a ela reservado, tudo sairá

atabalhoadamente dando a impressão de que está faltando algo. Quando existe planejamento, mesmo que o tempo seja curto, haverá produtividade e satisfação naaula dada. O problema não é o tempo, reafirmo, mas o planejamento.

O planejamento de uma aula para a Escola Dominical deve levar emconsideração vários fatores.

Vamos examiná-los.

O CONTEÚDOTrata-se do que será ensinado. A resposta a algumas perguntas nos informa qual

o conteúdo de uma lição: Qual o principal ensinamento da lição a ser estudada?Quais são as principais informações a serem transmitidas e que relação têm com oensinamento principal? Qual a relação com a lição da semana anterior? A definiçãoclara do conteúdo vai ajudar o professor a se manter fiel ao desenvolvimento de suaaula.

É triste quando um professor entra na classe sem ter a nítida compreensão doconteúdo da aula que vai dar. Tenho ouvido relatos de professores que sequer sabiam o assunto da lição, no momento em que iam aplicá-la. São os improvisadoresque se iludem, iludem a outros e prestam um desserviço à causa do ensino dasEscrituras em nossas igrejas. O professor precisa saber em profundidade o conteúdoque pretende ensinar aos seus alunos.

Toda lição tem um ensinamento principal, naturalmente que deste emanamoutros que, mesmo secundários, são também importantes e necessários. Atransmissão e assimilação desses ensinamentos são imprescindíveis numa aula. O

 professor há que identificar no estudo do texto bíblico da lição, e na própria lição,quais são os ensinamentos secundários e qual é o principal. Ao fazê-lo encontrará o

conteúdo de sua aula. Encontrado o conteúdo, terá achado o caminho por onde

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deverá se conduzir durante a aula. Ao se conduzir por ele assegurará o êxito de suadocência.

O conteúdo é o primeiro fator a ser levado em conta no planejamento da aula. Aclara compreensão do conteúdo exigirá esforço e concentração do professor. Aindaneste livro daremos algumas dicas sobre como estudar um texto da Bíblia, identificar conteúdos e extrair ensinamentos das Escrituras e contextualizá-los aos nossos dias.

EXTENSÃO E TEMPOO professor, ciente do conteúdo, já tem uma idéia da quantidade de informações

e de ensinamentos que precisará transmitir. Necessitará fazer um trabalho de seleçãode conteúdo, priorizando as informações e ensinamentos que se harmonizem de

forma mais plena com a mensagem principal a ser transmitida. O professor estabelecerá uma relação entre a quantidade de informações e de ensinamentos práticos com o tempo disponível para que os mesmos sejam transmitidos. Feito isto,determinará em seu planejamento prévio quanto tempo usará para cada parte da aula.Este planejamento é de suma importância para não se cair no erro de usar muitotempo com um determinado aspecto da lição em detrimento de outros.

Aconselhamos, de modo geral, a seguinte distribuição do tempo de uma lição:

Abertura (5%)

Ao começar a aula, o professor poderá conceder à classe um momento, breve, deconfraternização. É a hora dos alunos se cumprimentarem, de se apresentar osvisitantes e de se fazer uma ou outra comunicação de interesse da classe. É umaespécie de quebra gelo, muito importante para o início de uma aula.

Introdução (10%)

O professor vai estabelecer a relação entre o que vai ser e o que foi estudado nasemana anterior.

Buscará atrair a atenção e o interesse dos alunos pelo que será ensinado. Naintrodução devem ficar bem claros os alvos da aula em termos de lições a seremensinadas e informações a serem transmitidas. É este o momento, logo no início daaula, em que professor e alunos devem se colocar diante de Deus para, em oração,

 pedir a bênção da sabedoria e do discernimento espiritual para o estudo da suaPalavra.

É preciso se valer de muita criatividade na introdução da aula. Fatos

contemporâneos, notícias de jornais, ilustrações e experiências constituem excelente

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material para a introdução de uma boa aula na Escola Dominical. Costumamoscomparar a introdução de uma aula com o lançamento de um foguete.

Dizem os entendidos que nos primeiros minutos após o lançamento de umfoguete, os cientistas já são capazes de prever o sucesso ou fracasso de umaexpedição espacial. As coisas são mais ou menos assim com a aula da EscolaDominical, se o professor não conseguir captar a atenção dos seus alunos e deixar claro para eles o que vai ser ensinado na introdução da aula, não conseguirá fazê-lomais.

Interpretação (30%)

A preocupação do professor é com a transmissão de informações e dados queauxiliarão o aluno na interpretação do texto bíblico em estudo. Neste momento, a palavra é quase totalmente de uso do professor; eventualmente, um aluno podeoferecer contribuição, porém, o pressuposto é de que o professor está preparado paraoferecer aos seus alunos as informações de que se valerão para a clara compreensãodo texto bíblico.

Mais adiante ofereceremos maiores informações sobre como interpretar a Bíblia,importando agora tão-somente conscientizar o leitor para o fato de que, em sala deaula, precisará reservar pelo menos 30% do tempo disponível para o estudo e fielinterpretação da Palavra de Deus.

Vivemos numa época quando muitas pessoas têm se lançado na tarefa de ensinar a Bíblia, e isso no rádio, na televisão etc, sem dar a merecida atenção à interpretaçãoda Palavra. Aí, abre-se espaço para verdadeiras aventuras hermenêuticas ondeabsurdos são apresentados como verdades bíblicas.

Os alunos da Escola Dominical precisarão ser alcançados com argumentação bíblica consistente para que as verdades da Palavra de Deus sejam enraizadas emsuas vidas, o que só será possível mediante interpretação sadia e profunda dasEscrituras.

Aplicação (40%)

Uma vez bem interpretado, o texto bíblico oferecerá princípios e ensinamentosque deverão ser aplicados à vida dos alunos. Caso contrário, o objetivo principal daEscola Dominical ficará por ser atingido e não haverá aprendizado real dasEscrituras, logo não acontecerão mudanças na vida dos alunos.

Se um aluno, após uma aula na classe, não se sente estimulado a mudar aspectos

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de sua vida para que eles se harmonizem com as Escrituras, certamente a aula nãologrou êxito.

O resultado de uma boa interpretação é o surgimento de princípios, lições e

ensinamentos que, uma vez levados em consideração, provocarão mudanças na vidadaqueles que a eles se submetem. Tais princípios precisam ser clarificados eexpostos para que os alunos deles se apropriem. Uma aula sem aplicação é como seuma pessoa fosse ao médico, recebesse a receita, mas não fosse instruída sobre comousar os medicamentos. É tarefa precípua do professor orientar seus alunos naaplicação das verdades bíblicas.

Aplicando as verdades bíblicas à vida dos seus alunos, o professor estaráconstruindo uma ponte entre o mundo da Bíblia e o mundo de hoje. Ora, é precisolevar em conta que estamos distantes, geográfica, cultural e cronologicamente do

mundo da Bíblia, razão pela qual precisamos interpretar corretamente seu texto eaplicar coerentemente as verdades dele extraídas à vida dos alunos. Sem aplicação aaula torna-se somente informativa, sem relevância prática, sem vida. Ao término deuma aula na Escola Dominical, o aluno deverá ter uma noção clara sobre comocolocar em prática em sua vida as verdades aprendidas.

 No momento da aplicação é muito importante a participação dos alunos, dandoopiniões, compartilhando experiências e oferecendo subsídios para a cor-retaaplicação das verdades aprendidas à vida dos colegas de classe. O professor deverátomar cuidado e ser muito ágil no comando dos debates para evitar que apenas umou dois alunos monopolizem o uso da palavra. O ideal é que o professor oriente a

 participação dos alunos, possibilitando inclusive que aqueles mais tímidos ereservados expressem suas idéias e opiniões.

O resultado da participação dos alunos constitui farto enriquecimento da aula,especialmente no seu aspecto prático. Com cautela, o professor não pode prescindir da participação dos alunos na construção da aula. Uma opinião ou uma experiência

 pode ensejar uma situação de ensino, propiciando muita edificação e aprendizado.

Conclusão (15%)

Ao terminar a aula, o professor precisa recapitular com os alunos as principaisinformações transmitidas e repassar os ensinamentos aprendidos. A lição principaldo texto precisará ser repassada, enfatizada e ilustrada.

 Não pode haver uso desproporcional do tempo nas partes anteriores da aula, sob pena de se prejudicar a conclusão. A conclusão é o momento de fechar as idéias,ratificar princípios, confirmar doutrinas e homologar atitudes e comportamentos.Uma boa conclusão não pode ser feita apressada ou superficialmente, sob o risco dese comprometer toda a aula. Uma conclusão bem feita há de motivar o aluno a

 prosseguir no estudo das Escrituras. Ao concluir a aula, o professor precisa dar um

tempo para que os alunos orem a Deus.

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E um momento de comunhão e edificação espiritual, quando os alunosconversam com Deus acerca de suas vidas nos aspectos tocados pelo estudo da suaPalavra.

Abertura5%Conclusão15%Interpretação30%Aplicação40%

Introdução10%

Diagrama da distribuição do tempo de uma aula na Escola Dominical.

ESTRATÉGIA DIDÁTICA

Para cada etapa da aula, o professor precisa planejar uma estratégia didática.Mais tarde vamos tratar de alguns métodos de ensino, mas agora precisamos deixar claro que, na introdução, interpretação, aplicação e conclusão o professor deverávaler-se de estratégias que auxiliem e garantam o êxito de cada etapa da aula.

 Novamente, o professor deve se fazer algumas perguntas que lhe servirão de norte:Qual é a melhor maneira de introduzir esta aula?; Como posso interpretar de maneirainteressante e atraente este texto com a classe?; Que tipo de aplicação seria maiseficaz para esta aula?; Como concluir com eficácia a minha aula? São perguntascomo estas que poderão ajudar o professor na seleção de suas estratégias didáticas.Quando não se define eficazmente as estratégias didáticas, corre-se o risco da aulaficar chata e desmotivar o aluno. É possível que excelentes aulas tenham naufragadoexatamente pela negligência do aspecto didático. Assim, ao planejar sua aula, o

 professor precisa pensar com antecedência sobre como vai agir em cada etapa. Amesmice e a falta de criatividade didática podem pôr a perder todo um trabalho sériode interpretação bíblica. O professor precisará, no entanto, prevenir-se da tentaçãode variar metodologia apenas por variar, sem que haja harmonia entre o métododidático e o tipo de ensino a ser ministrado. É preciso haver planejamento para quetudo seja bem pensado antes de ser executado.

TOCOU O SINAL...De posse dessas informações, o professor deverá planejar suas aulas na Escola

Dominical. Não planejar é menosprezar o ensino das Escrituras e, ao mesmo tempo,

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demonstrar desprezo para como a tarefa do ensino. Não planejar é desrespeitar osalunos que depositam confiança no zelo do seu professor.

 Não planejar é trair a confiança da própria igreja que delegou ao professor tão

sublime tarefa: a do ensino.Comparecer diante de uma classe de Escola Dominical sem um planejamentosério e bem elaborado é algo de que o professor deve fugir, pois como fielcumpridor do seu dever leva em consideração o que o Apóstolo Paulo escreveu aosromanos: "se é ensinar, haja dedicação ao ensino" (Rm 12.7b).

Planejando com dedicação suas aulas, o professor sentirá em sua própria vida as bênçãos de realizar um trabalho para o Senhor, com a alegria de o estar fazendo como melhor de si, explorando ao máximo suas potencialidades e sua criatividade. O

 professor verá no contato com os seus alunos, ao constatar o crescente interesse

deles pela Palavra de Deus, a retribuição por realizar o ministério do ensino daBíblia com amor, esforço e responsabilidade.E quando tocar o sinal alertando para o final de sua aula, não haverá mais

surpresas. Todos já estarão prontos para saírem da sala e, se for o caso, dirigir-se aosantuário para prestar culto a Deus. Os alunos sairão instruídos e alimentados por uma aula que lhes trouxe ricos e importantes ensinamentos, nos quais procurarão

 pautar seus passos dia após dia. Tocou o sinal, acabou a aula... começou a prova.

QUE ASSUNTO DI FÍCIL ! 

Como preparar-se adequadamente para ensinar as Escrituras Antes tem o seu prazer na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite

(Salmo 1.2).

Planejar uma aula é uma coisa, preparar-se para ministrá-la é outra. Um planejamento, por melhor que seja, não significará nada se não for executado por alguém preparado para tal. Tão grave quanto não ter um planejamento adequado

 para uma aula, é não estar devidamente preparado para ministrá-la. Neste capítulonós vamos caminhar pela estrada da preparação para a aula. Vamos compartilhar idéias que visarão ajudar o professor da Escola Dominical a preparar-seconsistentemente para enfrentar a classe na hora da aula.

Para um professor bem preparado, com uma aula bem planejada, não existeassunto difícil. No decorrer de sua preparação, as dúvidas vão se desfazendo, asdificuldades vão se resolvendo e a luz da

Palavra de Deus vai iluminando o ser humano humilde e submisso ao Pai,chamado professor.

Muitos dos que estão alistados na sublime categoria de professor da EscolaDominical deixam para a última hora o preparo da lição e o seu próprio para oensino. Erram por subestimar a função que abraçaram c por superestimar a própriacapacidade intelectual. Quando termina uma aula, o professor já deve estar 

envolvido no preparo da próxima. Jamais o professor deve deixar os dias passarem e

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acumular trabalho para a véspera da aula. Os que deixam tudo para cima da hora,além de nunca realizarem um trabalho sério e relevante, podem ser surpreendidoscom imprevistos que os empurrarão para a sala de aula sem qualquer preparo prévio.

O professor previdente e organizado administrará seu tempo semanal de modo aconduzir bem seu preparo para a aula, o que assegurará a eficácia de sua atuação emclasse.

Os seguintes aspectos devem ser levados em conta quando refletimos sobre o preparo adequado do professor para o ensino das Escrituras:

PREPARO ESPIRITUALEste é o primeiro aspecto a ser considerado. Na Escola Dominical, o mais

importante não é tanto na destreza acadêmica, conquanto necessária, mas sim o

 preparo espiritual. A piedade e devoção do professor precisam encabeçar a lista desuas virtudes, Realmente, à frente de uma classe precisa estar um verdadeiro crenteem Jesus Cristo, alguém, objeto de uma experiência pessoal de conversão e em

 pleno processo de santificação. A responsabilidade de ensinar a Palavra impele aliderança da igreja a escalar como professores apenas crentes fiéis e detentores deum testemunho vivo do Evangelho.

Ser professor da Escola Dominical não é uma profissão, mas uma vocação, umserviço prestado ao Rei dos reis, uma oferenda, um gesto de adoração. Não basta,

 portanto, saber a lição ou dominar as técnicas de ensino; é necessário saber ocaminho da cruz e ter coragem para chegar-se aos pés de Jesus em oração, dia apósdia. O professor é, antes de tudo, um adorador e um servo dependente em tudo doseu Senhor.

Sem dúvida que a oração[1] deve ser parte da vida diária do professor. Servemuito bem para o professor a oração do salmista: "Desvenda os meus olhos, paraque eu veja as maravilhas da tua lei".

(Salmo 119.18). Ao proferi-la, o professor expressa diante de Deus oreconhecimento de sua incapacidade de entender a Palavra de Deus sem o seuauxílio. Através de uma vida de oração e constante busca da vontade de Deus, o

 professor encontra na Palavra Santa, que estuda e ensina, verdades que mudarão avida de seus alunos e a sua própria. Vale lembrar, porém, que a oração não substituio trabalho do professor. Muitos pensam que tudo que precisam fazer é orar. Assim,cruzam os braços e esperam, inocentemente, que Deus se encarregue de tudo o mais.Cabem bem aqui as palavras de Inácio de Loyola: "Ore, como se você não contasseconsigo mesmo. Trabalhe como se você não contasse com Deus".[2]

1 - Para uma visão mais aprofundada sobre oração, ver TIPPIT Sammy. O Fator Oração. Rio de Janeiro: Juerp,1990, 156p 

2 - LOYOLA, Inácio de. Citado por GARAUDY, Roger. Minha jornada Solitária pelo Século. Rio de Janeiro: NovaFronteira, I 996, 298p 

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O professor vai a Deus em oração rogando unção e sabedoria para oentendimento das Escrituras e o discernimento para o seu ensino. E muitoimportante que os alunos vejam no professor uma pessoa de oração e aprendam a

orar motivados por sua vida e postura.Ao lado da oração está o estudo da Palavra de Deus. Tratamos aqui do estudodevocional, quando o professor busca alimento para si próprio. Neste momento, o

 professor se identifica como aluno do supremo mestre. Vai à fonte das águastranqüilas para ter a sede do Altíssimo diminuída (SI 42.1,2).

Em comunhão com a Palavra de Deus, o professor abastece seu coração e supresua fome saciando-se nas promessas do Livro Santo.

Cada dia vivendo em comunhão com a Palavra de Deus, declarando com a vidaseu amor por ela (SI 119.97), o professor vai enchendo suas entranhas (Ez 3.1) dos

ensinamentos eternos e vivos, que ficarão para sempre marcados em seu coração.Assim, o professor torna-se firme e constante, verdadeiro depositário das verdadesdivinas, fiel guardião da sã doutrina.

O professor piedoso e fiel há de receber sua recompensa. Ao ver seus alunosamadurecendo na fé, transformando-se em homens e mulheres de Deus,cooperadores incansáveis na luta do Reino de Deus, até mesmo obreiros e ministroslutando no exército do Senhor; o professor notará que Deus o está recompensando

 por sua fidelidade e dedicação.Espiritualmente, o preparo do professor da Escola Dominical ainda é burilado

 pelo exercício fiel de sua mordomia e pelo serviço que presta à causa do Evangelho.É nossa opinião que para estar à frente de uma classe onde a Bíblia é ensinada ocrente precisa ser um fiel dizimista, cumprindo com alegria as orientações daPalavra que deseja ensinar aos seus alunos.

Crentes que ainda não são fiéis mordomos do Senhor não podem exercer qualquer função de liderança na igreja de Deus, precisam antes corrigir seusdescaminhos e descobrir a bênção da fidelidade. O serviço cristão, outra dimensãodeste burilar sereno do preparo espiritual do professor, significa engajamento naobra da igreja, presença, participação. Aqui vai mais uma exortação a crentes que,

 por serem professores da Escola Dominical, acham-se dispensados do evangelismo,da ação social, da adoração etc. Tal pensamento peca por querer departamentalizar ocompromisso do crente com Deus e sua obra, além de não encontrar respaldo nasEscrituras.

PREPARO BÍBLICOEspiritualmente preparado, o professor vai buscar o preparo bíblico adequado à

aula que pretende ministrar. Não deve se contentar com uma ligeira leitura do textoda revista ou de um comentário bíblico, mas aventurar-se por um mergulho profundo

nas Escrituras.

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 No preparo de uma aula para a Escola Dominical, o professor precisa levar emconta os seguintes passos:

1. Ler várias vezes o texto bíblico

Leia o texto até que o sentido e as principais idéias do mesmo esteiam bem clarasem sua mente.

Uma boa coisa é ler o texto em diferentes versões da Bíblia. Embora não hajadiferenças quanto ao sentido, há versões que optam por palavras que, eventualmente,

 podem ser mais familiares ao professor.Às vezes uma versão é mais feliz do que outra na escolha de algumas palavras e

expressões. Por exemplo, comparando o texto de Colossenses 3.21 na versãorevisada da tradução de João Ferreira de Almeida com a versão do Padre.

Matos Soares, temos o seguinte:"Vós, pais, não irriteis a vossos filhos, para que não fiquem desanimados"

(Almeida – Versão Revisada)."Pais, não provoqueis à indignação a vossos filhos, para que não se tornem

 pusilânimes" (Matos Soares).

 Note como a comparação das duas versões ajuda na compreensão e enriquece oentendimento da orientação paulina. Se o professor fizer o mesmo com três ouquatro versões diferentes, verá resultado ainda maior em termos de entendimentodos textos bíblicos.

As paráfrases[3] também são muitos úteis para ajudar na compreensão das passagens bíblicas, embora tenhamos de com elas tomar cuidado, posto que a preocupação do texto parafraseado não é com a tradução fiel, mas sim com a popularização.

2. Usar material de consulta disponível

Para tirar dúvidas com relação a palavras, expressões, localidades, pessoas etc, o professor deve lançar mão do material de consulta que estiver à disposição:

3 - Paráfrase é a tradução livre ou desenvolvida de um texto. Refere-se aqui a inúmeras traduções da Bíblia que não

seguem a rigidez de uma tradução literal ou clássica. O sentido é preservado numa tentativa de tornar o texto mais claroao leitor mais simples. 

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dicionários[4], concordâncias[5], comentários[6] e manuais[7] bíblicos, que, uma vezconsultados poderão ajudar muito. São livros elaborados por especialistas e só

 podem ser úteis ao professor. Um bom dicionário da língua portuguesa também é

indispensável para a compreensão segura da leitura.Só para exemplificar a importância de manuais bíblicos verificamos em João4.3,4 que Jesus

"deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia. E era necessário passar por Samária". Para descobrir por que era necessário que Jesus passasse por Samária,

 basta procurar num manual bíblico o mapa da Palestina nos tempos de Jesus. O professor estudioso entenderá que o texto faz referência à geografia da Palestina. Eleverá que estando na judéia (Sul) e desejando voltar para a Galiléia (Norte) precisaráatravessar Samária (Centro). Observe como uma simples consulta a um material de

 pesquisa acrescenta informações que certamente elucidarão o texto e seu significado para os alunos.

3. "Bombardear" o texto com perguntasIdentifique promessas, ordens, mandamentos, princípios, doutrinas, orientações e

lições no texto em estudo. Cada leitura pode ser feita tendo o professor, disponível,uma folha de papel em branco, para que anote todas as suas observações sobre otexto, inclusive dúvidas e inquietações. O material de consulta, e aqui entram asrevistas da Escola Dominical (as edições para professores, suplementos etc), ajudaráo professor a confirmar ou não suas observações (às vezes não entendemos bem oque lemos) e também a sanar todas as suas dúvidas com relação ao texto bíblico emestudo. O importante é que o professor se antecipe o quanto puder a qualquer dúvidaque poderá surgir em sala de aula. Caso não consiga, por si só, dirimir algumadúvida, o professor deve procurar a ajuda de alguém mais bem preparado como o

 pastor ou um professor mais experiente, para que não fique, ele mesmo, sementender algo do texto que vai ensinar.

 No entanto, mesmo com toda pesquisa e tendo procurado antecipar-se a qualquer questão sobre o texto, o professor pode ser surpreendido por uma pergunta sobre aqual não havia pensado ainda. Quando isso acontecer, a melhor coisa a fazer é ser humilde e comprometer-se com a classe em trazer uma palavra sobre o assunto na

 próxima aula. Agindo assim, o professor demonstrará seriedade e responsabilidade

4 - A propósito, indicamos DAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro: Juerp, 1980, 660p. e tambémDOUGLAS, J.D. (Editor Organizador). O Dicionário da Bíblia 2 vol., São Paulo: Vida Nova, 1983. 

5 - A concordância mais completa em português é a Concordância Bíblica. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil,1975, 1.101p. 

6 - Merecem indicação o Comentário Bíblico Broadman, da Juerp; os comentários da Série Cultura Bíblica, daMundo

Cristão e Vida Nova; e os comentários do Antigo Testamento de António Neves de Mesquita, publicados pela

Juerp. 

7 - Sugerimos aqui HALLEY, Henry H. Manual Bíblico. 2 vol., São Paulo: Vida Nova.  

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 para com o seu ministério, além de lembrar a seus alunos, que em matéria de Bíblia,na prática, todos estamos sempre aprendendo.

É certo, porém, que se o professor for dedicado e zeloso, pesquisador incansável

da Palavra deDeus, raramente estará em dificuldades diante de sua classe. Mostra aexperiência que ao se descuidar da pesquisa muitos professores da Escola Dominicalacabam por cair no descrédito diante dos seus alunos, inviabilizando assim suacontinuidade na docência cristã.

4. Fazer um esboço detalhado do textoDepois de ler o texto várias vezes e de estudá-lo em profundidade, o professor 

está pronto para esboçá-lo de forma detalhada e seqüencial. Divida-o em partes,

decida o que vai ser ensinado em cada tópico, dimensione à luz das informações docapítulo anterior cada etapa da sua aula.Ao fazer um esboço, o professor estará criando um esquema que o auxiliará na

exposição de seu texto. No esboço, o professor conta com considerável material, produto de sua pesquisa. Estará ainda estruturando, mesmo que incipientemente, oconteúdo de sua aula.

5. Alistar as lições mais importantes do seu texto No decorrer do seu estudo, o professor deve ir anotando ensinamentos práticos

que se constituirão em material para o momento da aplicação do texto bíblicodurante a aula.[8] Aqui o professor deverá pensar em seus alunos, na realidade devida deles. Cada texto da Bíblia está eivado de lições preciosas para nossas vidas, aquestão é tão-somente identificá-las e pinçá-las para posterior utilização.

Uma coisa muito importante a ser salientada é o fato de que as principais e maisagudas lições de um texto não estão em sua superfície, mas em sua profundeza.Quanto mais profundo for o mergulho, mais perto dos tesouros estará o professor.Muitos erram e ficam embevecidos com algumas verdades da superfície, se bastamcom elas e partem para compartilhá-las, sem o devido aprofundamento. As maiores

 bênçãos do estudo da Bíblia se encontram, quais tesouros há muito submersos, lá nofundo, exigindo tempo, paciência e coragem por parte de quem quer conquistá-los.O professor da Escola Dominical precisa ser apaixonado pela Bíblia, deveexperimentar dia-a-dia o que o salmista chama de ter prazer na lei do Senhor (SI1.2). Este prazer se dá, em toda a sua plenitude, quando o professor se descobrecomo um mergulhador a desvendar os mistérios e as maravilhas da Palavra eterna deDeus.

Recorde os passos para um preparo bíblico eficaz: Ler várias vezes o texto Usar 

8 - Veja, no primeiro capítulo, o tópico intitulado ‘Aplicação’. 

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material de consulta Fazer perguntas ao texto Fazer um esboço detalhado do textoAlistar as lições mais importantes

PREPARO DIDÁTICOEspiritual e biblicamente preparado, o professor vai agora se organizar didaticamente. Ele precisa escolher que método usará e de quais recursos didáticosnecessitará. Neste ponto, é muito importante que o professor se utilize, comcriatividade, dos recursos disponíveis para que a aula não caia na monotonia nem setorne repetitiva e desestimulante.

Eis alguns dos recursos didáticos de que o professor pode fazer uso para tornar sua aula mais atrativa e interessante:

Quadro-negroTalvez o mais comum entre os recursos didáticos disponíveis. Muitas vezes, porém, o professor leciona como se o quadro-negro não estivesse na sala. O quadro-negro pode ser usado para anotações de esboços da aula, exposição de tabelas,explicações ligeiras etc. Um bom conselho para a utilização do quadro-negro: o

 professor deverá chegar mais cedo a fim de escrever com antecedência asinformações que precisará expor aos alunos. Haverá, com isso, economia de tempodurante a aula. O uso adequado do quadro-negro, inclusive usando giz colorido, jáconstitui excelente instrumento de motivação. O quadro apela para o visual doaluno, colocando em ação, portanto, um segundo sentido, e reforçando as chances deaprendizagem.

Álbum seriadoTrata-se de um instrumento didático de largo uso, tanto pela simplicidade de sua

confecção, quanto pela praticidade de seu uso. Nele, o professor pode colocar, página a página, esboços, ilustrações, mapas, figuras etc, ou seja, todo o materialnecessário para a aula. Se bem confeccionado, com tamanho razoável, possibilitandoa visão para todos, com criatividade no uso das cores e no humor das ilustrações, oálbum seriado se torna um poderoso recurso didático para o professor.

FlanelógrafoDe uso mais difundido entre os professores de crianças, é muito apropriado para

ajudar no aprendizado dos alunos. Figuras previamente selecionadas são colocadasnum painel. Funciona excelentemente nas narrativas bíblicas e nas estórias infantis.O painel pode funcionar como um cenário que vai recebendo os personagens àmedida que se desenrola a narrativa.

Retroprojetor 

Tem seu uso limitado a ambientes passíveis de serem escurecidos. É uma espécie

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de álbum seriado elétrico. As transparências precisam ser bem preparadas paraserem exibidas. O uso do retroprojetor exige o trabalho de um auxiliar devidamentetreinado para colocar e retirar as transparências, seguindo a orientação do professor.

Outros recursosAlém dos descritos acima, que são os mais comuns, há também outros

equipamentos que a cada dia vão sendo mais difundidos no meio escolar. Do projetor de slides ao microcomputador, passando pelo videocassete e o quadro detiras, muitos são os recursos modernos que estão à disposição das igrejas e dos

 professores. O importante, no entanto, é que o professor esteja sempre aberto parausar, na medida do possível, os recursos disponíveis.

Valendo-se desses recursos e de outros que o professor conheça, a aula terá

sempre atrativos interessantes, será um estímulo para os alunos e um incentivo paraque eles aprendam com maior eficácia a Palavra de Deus. Vale a pena investir emequipamentos didáticos. É uma benção quando a igreja tem a visão de aparelhar-seda melhor maneira para viabilizar um ensino de boa qualidade na Escola Dominical.

 No entanto, o preparo didático não pára na seleção e no uso dos equipamentos, énecessário que o professor pense no método que vai usar em aula. Sem desejar a

 perfeição técnica, alistaremos alguns métodos [9] de ensino que julgamos bemapropriados para uma classe de Escola Dominical.

Palestra ou exposiçãoEste método vem dos primórdios da atividade docente. Nele o professor expõe o

conteúdo a ser aprendido pelos alunos. É um método muito criticado por váriosmotivos: a participação dos alunos é pequena, há tendência à massificação da classee conseqüente desconsideração das diferenças individuais, há criação de barreirasque impedem os alunos de tirarem dúvidas e contribuírem na construção doaprendizado coletivo etc. É realmente um método muito antipatizado, especialmentenos tempos em que vivemos, quando não se aceita mais posturas verticalizadas nemdetentores absolutos da verdade.

 Nossa época exige que busquemos métodos e estratégias mais participativas. Háa necessidade de se construir o aprendizado a partir da realidade de vida do aluno, e

 para isso é importante o uso de métodos menos restritivos. No entanto, a palestra,conquanto criticada e até rejeitada, pode se constituir num método aceitável, desdeque se mescle com outros e seja usada com perícia e maestria. Quando umaexposição é apresentada de forma criativa e elucidativa, é apreciada e até aplaudida.

9 - Ver COLEMAN, Jr., Lucien E. Como Ensinar a Bíblia. 2a. ed. Rio de Janeiro: Juerp, 1989, 202p. Ver também FORD, Leroy. Planejamento do Ensino e Treinamento. Rio de Janeiro: Juerp, 1990, I27p. Ainda HENDRICKS,

Howard. Ensinando para Transformar Vidas. Belo Horizonte: Betânia, 1991, I43p. E outros livros constantes dasreferências bibliográficas, ao final deste livro. 

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O que não pode ocorrer de forma alguma é aquele tipo de palestra em que o professor monopoliza o tempo sem dar oportunidade aos alunos de participarem.

DiscussãoE talvez o método que mais tenha a ver com a natureza humana. Falar eexpressar seu ponto de vista é característica inerente a qualquer pessoa. Este métodoconsiste na apresentação de uma situação problema que será discutida por todo ogrupo na busca de uma solução. Não se trata de debate, mas de esforço conjunto

 para a solução de um problema apresentado. Para que aconteça uma boa discussão, o problema apresentado deve ser do interesse dos alunos, assim eles estarãonaturalmente motivados a emprestarem sua colaboração. A atitude do professor nadiscussão deve ser mais no sentido de estimular a participação de todos e lembrar 

que é fundamental o respeito às opiniões alheias. O professor observará os alunosque não estão participando e oferecerá informações norteadoras e elucidativas paraajudá-los no rumo da discussão.

 Neste método um assunto é anunciado, definido e discutido. Depois as soluções possíveis serão alistadas e se constituirão em alvo das reflexões e avaliações daclasse, agora com uma participação mais presente, embora não coercitiva, do

 professor. Segue-se, então, a decisão final e a formulação de planos de ação.O professor assume uma posição estratégica neste método. Se ele não souber se

comportar, agindo e interagindo com a classe, especialmente em momentos dedefinições de rumo, pode-se chegar ao final da aula sem conclusão algumaformulada acerca do problema proposto ou, o que é ainda pior, com um consensoformado em torno de uma postura equivocada com relação ao problema. Para evitar tal catástrofe, o professor há de organizar bem a aula, cronometrá-la e gerenciá-la

 para que os resultados sejam satisfatórios.

Discussão em gruposDifere do método anterior pelo fato de a discussão se processar em pequenos

grupos formados pelos alunos da classe. A filosofia é a mesma da do métodoanterior, mas sua execução é diferente. Aqui aspectos diferentes de uma mesmasituação-problema são distribuídos para grupos menores discutirem.

Cada grupo terá um relator que anotará as decisões finais do mesmo, a fim de prestar relatório para a classe. O relator também se responsabilizará por controlar otempo da discussão para não prejudicar as demais etapas do trabalho de cada grupo,quais sejam: a identificação de possíveis soluções, a avaliação e a decisão final.

O tempo precisa ser bem administrado para se evitar ações precipitadas naconstrução dos relatórios. Também o assunto dado precisa ser compatível com otempo designado. Cada grupo prestará seu relatório e a classe toda poderá apreciá-los e ir somando aspecto por aspecto da situação-problema apresentada.

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 Na utilização deste método, o professor circula de grupo em grupo tentandoajudar com informações e orientações. Ele precisa monitorar bem o tempo e ajudar os relatores dos grupos no momento da apresentação de seus relatórios. Assim, ao

final da aula, com a participação de todos, se verificará um substancial aprendizadoe amadurecimento dos alunos e do professor.

Outros métodosAlém dos métodos já expostos, existem vários outros que podem ser utilizados

nas classes da Escola Dominical. Há o de perguntas, que consiste na elaboração prévia de perguntas que aguçarão a curiosidade intelectual dos alunos; o de debate,que é a troca de opiniões em torno de um determinado tópico de estudo; adramatização é outro método que visa instigar os alunos a vivenciarem a realidade

do texto de forma mais intensa e se envolverem com a trama do mesmo etc.O professor deverá escolher qual método é o mais apropriado para o tipo de liçãoque irá ensinar, bem como qual se aplicaria com maior eficácia à natureza da suaclasse. É muito importante que o professor use variados métodos até identificar aqueles que melhor se adaptam a seus alunos, motivando-os pesquisa e ao estudo daPalavra de Deus.

Ainda existe a possibilidade de o professor mesclar vários métodos, usando-osem momentos diferentes da aula, ou mesmo valendo-se de porções de um e de outro

 para o melhor desenvolvimento da sua aula. O que não pode ocorrer é uma aula semmétodo algum, pois a tendência nesses casos é uma perda de tempo enorme até quea própria classe organize um método próprio, que nem sempre satisfará plenamenteas exigências da aula. Ter um método é escolher um caminho e sem um caminhoclaramente definido é difícil chegar-se a algum lugar.

QUE GENTE DESINTERESSADA! 

Como motivar seus alunos a se envolverem com o estudo da BíbliaTem cuidado de ti mesmo e do teu ensino; persevera nestas coisas; porque,

 fazendo isto, te salvarás, tanto a ti mesmo como aos que te ouvem (1 Tm 4.16).

Os professores reclamam muito da falta de interesse dos alunos com as aulas daEscola Dominical. Na verdade, há também bastante reclamação dos alunos sobre aqualidade das aulas de seus professores. Parece que está faltando motivação para queos alunos sintam vontade de frequentar o estudo em classe.

 Não vamos aqui entrar no velho debate sobre a origem e a influência damotivação no aprendizado, mas pretendemos oferecer algumas sugestões aos

 professores de atitudes e procedimentos que podem contribuir para o despertamentoe o aumento do interesse dos alunos pelo estudo da Palavra de Deus nas classes daEscola Dominical. Nossa tese é de que há algo que o professor pode fazer, existeuma contribuição dele para acender ou reacender a chama do interesse dos alunos

 pelo estudo da Bíblia. Vejamos, então, como um professor pode cooperar para que a

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experiência de estudar a Bíblia nas classes da Escola Dominical seja gratificante e positiva para a vida dos alunos.

LEVE A SÉRIO O ESTUDO DA BÍBLIAQuando um professor estuda a Bíblia com seriedade, o que implica fazê-lo em profundidade, os alunos sentem o impacto e os efeitos disso durante a aula. Aonotarem que o seu professor se aprofundou no estudo do texto bíblico a fim de se

 preparar para lhes ensinar, os alunos, naturalmente, valorizam e se sentemmotivados a se dedicar mais ao estudo da Palavra de Deus. Por outro lado, aonotarem superficialidade em seu professor, os alunos têm a tendência de se afastar da classe e quando permanecem o fazem sem qualquer interesse pelo que o professor está dizendo. Quem já foi aluno sabe que é horrível ter que assistir a uma aula de um

 professor que demonstra claramente desconhecimento da matéria que deveriaensinar e desprezo pela disciplina ministra. Da mesma forma, quando um professor da Escola Dominical demonstra menosprezo pelo ensino das Escrituras, quando estásempre despreparado, não pode nunca esclarecer as questões, está sempre adiando

 problemas e age como se não estivesse nem aí para o que os alunos vão ou nãoaprender, o resultado é simplesmente desastroso para a Escola Dominical e a igreja.Só deve estar à frente de uma classe, alguém que esteja pronto para levar a sério oestudo da Palavra de Deus.

SEJA PONTUAL E ASSÍDUOAo chegarem na classe, os alunos precisam ser saudados pelo professor. Ele é

sempre o primeiro a chegar. Já preparou o ambiente para o ensino do dia, jáverificou se tudo está em ordem: giz, tomadas, transparências, posição das carteiras,iluminação, material didático etc. O professor deve começar e terminar sua aulasempre no horário estabelecido, deve evitar atrasos e prolongamentosdesnecessários.

Se precisar faltar um dia, por motivo muito justo e absolutamente necessário,deve preparar a classe para a sua ausência, informando com antecedência quem oestará substituindo e preparando seu substituto para que aja da mesma forma,cumprindo o horário. A pontualidade e a assiduidade do professor é elementomotivador para a pontualidade e assiduidade dos alunos. Quando o professor nãoleva a sério este aspecto do seu trabalho, a tendência é que os alunos façam o mesmoe ainda critiquem-no pela falta de compromisso demonstrada.

DÊ AULAS CRIATIVAS E DINÂMICASAcima discorremos acerca de como é horrível assistir a uma aula de um

 professor despreparado.É muito desagradável participar, também, de aula chata, monótona, onde o

 professor fala o tempo todo e de forma morosa. Ninguém agüenta! É horrível!

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Vivemos na época da velocidade, da instantaneidade, da agilidade de informação eda automação em todos os segmentos da sociedade. Não se pode suportar letargia nadocência da Escola Dominical. As aulas precisam ser criativas, o professor tem de

colocar a cabeça para funcionar e pensar sobre formas atraentes e bem humoradas deministrar a Palavra aos seus alunos.

As aulas precisam ser dinâmicas. O professor não pode ficar estático na classe.Movimentação, uso dos recursos já apresentados, novidades, tudo isso reacende aatenção dos alunos. Você já reparou que um comercial de TV dura entre 15 e 30segundos, já percebeu que neste curtíssimo espaço de tempo as agências de

 publicidade lançam mão de tudo que podem para prender a atenção do telespectador:música, movimento, cenas rápidas, palavras escritas etc. Você já observou que no

telejornalismo, o repórter muda de foco (para a direita, para a esquerda, mais de perto e mais de longe) a cada 10 ou 15 segundos? Está provado que para prender aatenção dos alunos num mesmo ambiente durante 50 minutos se faz necessáriomuito dinamismo, caso contrário a aula fica chata e indesejada.

PLANEJE AULAS ENVOLVENTESAquele modelo de aula onde os alunos permanecem sentados, na mesma posição,

do começo ao fim, está complemente ultrapassado. Sabemos que em muitas igrejasainda se usa este sistema arcaico e negativo para o ensino na Escola Dominical.

 Nosso desejo é que tais igrejas alcancem o progresso no que diz respeito ao ensino bíblico. Cari Rogers apresenta uma interessante abordagem deste tema, versandosobre O Processo Educacional e seu Futuro.[10] Ele compara o modelo tradicional deensino com o que chama de aprendizagem centrada na pessoa. Uma coisa que vale a

 pena ser destacada aqui é que o tempo daquelas aulas onde o aluno, seu potencial,seu conhecimento e sua cultura eram desconsiderados já ficou para trás e insistir nisso é uma atitude infrutífera e fadada ao fracasso.

 Na Escola Dominical as aulas precisam ser envolventes. Os alunos precisam sesentir à vontade para contribuir, obviamente, que de uma maneira planejada efacilitada pelo professor. Tanto na metodologia adotada quanto na sua aplicação, aaula deve envolver os alunos de tal forma que gratifique a todos pelo sentimento deter participado da descoberta de verdades eternas.

 NAO SE DESCUIDE DA APLICAÇÃOVocê se lembra que à aplicação nós sugerimos fossem dedicados 40% do tempo

da aula. Trata-se da parte mais importante da aula, do ponto de vista da utilidade para a vida do aluno. A experiência mostra que quando o professor faz aplicações

10 - KOGERS, Cari R. Um jeito de Ser. São Paulo: EPU, 1983, p. 91-120.  

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felizes, diretas e que, têm a ver com a realidade de vida de seus alunos, o interesse pelo estudo da Bíblia cresce de forma visível e indiscutível. O aluno quer saber, emúltima instância, o que aquele texto bíblico que lhe está sendo ministrado tem a ver 

com a sua vida diária. Se o professor, ao aplicar a mensagem bíblica, conseguesaciar sua inquietação, o resultado será que a Bíblia se tornará um livro relevante e pertinente para a sua realidade existencial.

Quando não acontece uma feliz e pertinente aplicação, a aula situa-se tão-somente no plano teórico, sem demonstrar a importância dos ensinos bíblicos para oaqui e agora dos alunos, condena-se ao esquecimento ou, quando apresentaexcelente nível de qualidade de informações, a um mero prazer intelectualmomentâneo e passageiro. Naturalmente que, para aplicar corretamente a lição, o

 professor deve conhecer bem seus alunos e sua realidade de vida. Mais adiante

discutiremos isso, no momento, é importante que entendamos que a aplicação não pode prescindir de um conhecimento razoável das necessidades dos alunos por partedo professor. Aqui está uma das questões mais importantes no que se refere ao

 professor da Escola Dominical. Ele é diferente do professor de matemática ou de biologia da escola secular. O professor da Escola Dominical tem um compromissocom a vida dos seus alunos e não apenas com o intelecto deles. Não está interessadoapenas em passar informações, deseja transmitir-lhes vida e, conhecendo-os bem,será capaz de aplicar às suas vidas os princípios da Palavra de Deus.

VIVA O QUE VOCÊ ENSINASem sombra de dúvida aqui está o principal elemento motivador dos alunos de

uma classe na Escola Dominical: a vida do professor. Quando o professor conseguedemonstrar, através de atitudes e comportamentos, que procura colocar em prática,na própria vida, os princípios que ensina em classe, seus alunos verificarão que é

 possível praticar a Bíblia no dia-a-dia.Muitos professores se equivocam ao pensar que fora da sala de aula não são

observados por seus alunos. Na verdade, com o tempo todos os alunos observamseus professores, e como é triste quando constatam que ele não dá a mínimaimportância para o que lhes ensina dominicalmente. E pode-se notar com certaclareza a catástrofe que é ter diante de uma classe da Escola Dominical alguém cujavida não se constitui num exemplo para os seus alunos. É o ante-ensino, um esforçotremendo no sentido oposto aos objetivos e postulados da igreja de Deus. A atitudedo professor deve ser sempre de piedade e submissão à Palavra de Deus. Aoencontrar algum ensino ou princípio bíblico que ainda não observa em sua própriavida, deve ser humilde em começar a praticá-lo, assim ganhará mais autoridadediante dos seus alunos e reforçará neles o sentimento do valor da Bíblia comonorteadora de suas atitudes e ações. Ao verem que o professor se esforça para viver de acordo com a Palavra de Deus, serão motivados a fazer o mesmo. Tem se dito

muito que em nossos dias vivemos; uma crise de modelos sem precedentes na

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história. Isso chama nossa atenção, como professores da Escola Dominical, para aresponsabilidade que temos diante daqueles que assumimos como nossos alunos.Somos j responsáveis por eles e pelo seu crescimento espiritual sadio e coerente.

SEJA UM CRENTE INTEGRADO À SUA IGREJAUm professor da Escola Dominical que é um cristão genuíno e integrado à igreja

com a qual coopera, se constitui num tremendo instrumento nas mãos de Deus para aedificação dos seus alunos. Seu envolvimento inspira seus alunos a se envolveremcom as coisas de Deus. Eis alguns aspectos desta integração que julgamos oportunosalientar neste ponto:

Presença aos cultos e atividades da igreja

Um professor da Escola Dominical que não participa assiduamente dos cultos edas atividades de sua igreja jamais cooperará com a motivação dos seus alunos em

 prol dos objetivos da igreja. Será sempre um peixe fora d'água. Seus alunosaprenderão com seu mau exemplo a serem membros alheios e desinformados,sempre distantes da vida da igreja. Professores presentes aos cultos e aos trabalhosda igreja são sempre bons exemplos de cooperação e integração.

Dizimista fielVoltamos a enfatizar que o professor da Escola Dominical precisa ser um

dizimista fiel. Ele entende a doutrina bíblica do dízimo e o concebe como o métodode Deus para o sustento da obra. Não é daquelas pessoas que vivem dando desculpas

 para não dizimarem, nem aquele tipo de crente que se esconde atrás da orientaçãoneotestamentária segundo a qual cada um deve contribuir segundo propôs no seucoração para nunca contribuir ou dizimar. Para estar à frente de uma classe daEscola Dominical, na qualidade de professor, o crente precisa ser um fiel dizimistaao Senhor.

Distante dos ventos de doutrinasVez por outra surgem no seio da igreja pessoas ou grupo de pessoas com

tendências doutrinárias diferentes daquelas estabelecidas e aceitas pela igreja. A pessoa, normalmente, se sente insatisfeita com sua igreja e passa a freqüentar outrade confissão diferente. Não satisfeita em ficar na nova igreja volta à de origem paraconquistar simpatizantes e tentar convencê-los do erro das doutrinas que professam.Se um crente deve abster-se de qualquer aproximação dessa natureza, que se dirá deum professor da Escola Dominical. Ele nunca deve se envolver com este tipo demovimento, pelo contrário, tem de permanecer firme nas doutrinas que abraçou comsua igreja. O professor desempenhará o papel de mestre, tirando dúvidas e

demonstrando aos seus alunos e demais membros da sua congregação as bênçãos da

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fidelidade doutrinária.

Eticamente correto em sua vida Fiel cumpridor dos seus deveres e da sua

 palavra, o professor da Escola Dominical procura sempre dar um bom testemunhodiante da sociedade. Dentro da igreja não se envolve em maledicências, fofocas,conspirações e maquinações que só destroem os laços de fraternidade cristã. Vale a

 pena fazer uma leitura criteriosa do texto de Provérbios 6.16-19 para constatar comoDeus abomina os que enveredam por este caminho. Como professor, o crente sabeque sua vida é um referencial constante para os demais, entende que nunca pode ter seu nome envolvido em situações ambíguas ou de caráter duvidoso. Sendo exemplodiante de seus alunos na conduta ética, o professor também os estará motivando aoestudo das Escrituras.

 Não foram apresentadas aqui técnicas de motivação, até mesmo porque há aindamuitas dúvidas sobre sua eficácia prática para o aprendizado. No entanto, vimosatitudes motivadoras do professor para com seus alunos. Cremos que, à medida queo professor for se esmerando nessas atitudes, seus alunos serão estimulados a umavida cristã autêntica e dinâmica sob o senhorio de Jesus Cristo.

BÍBLI A: QUE L I VRO COMPLICADO! 

Como interpretar e estudar a Bíblia, descobrindo suas maravilhas. Aplica-te à leitura, à exortação, e ao ensino (1Tm 4.13).

Estamos distantes do mundo da Bíblia cultural, geográfica e cronologicamente.Este fato naturalmente dificulta o entendimento das Escrituras, pois como entender hoje, quase dois mil anos depois de Cristo, escritos datados de até 3.500 anos atrás?Daí a razão pela qual muitas pessoas não conseguem compreender bem a Palavra deDeus e a têm como difícil e complicada.

Por esse mesmo motivo, entende-se também o surgimento de tantas heresias edistorções teológicas, pois tentando interpretar a Bíblia sem critérios sérios muitosacabam por afirmar doutrinas e posturas que realmente a Bíblia não apóia nemautoriza.

A única maneira de alguém compreender a Palavra de Deus é dedicar-se ao seuestudo de forma zelosa e disciplinada. Como disse Paulo Freire: "estudar é,realmente, um trabalho difícil. Exige de quem o faz uma postura crítica, sistemática.Exige uma disciplina intelectual que não se ganha a não ser praticando-a."[11] 

Só será possível entender a Bíblia, portanto, com um trabalho sério, lançandomão dos princípios de interpretação universalmente aceitos e difundidos. São

 princípios que, uma vez observados, abrem diante do estudante as portas de acesso àverdade eterna. Deus, pelo seu Espírito Santo, capacita o ser humano a compreender o texto sagrado através da utilização destes princípios.

11 - FREIRE, Paulo. Ação Cultural para a Libertação. 5ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981, p. 9.  

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ALGUNS TERMOS-CHAVESAntes de uma exposição dos princípios de interpretação da Bíblia, vamos

 proceder a uma definição de termos, tanto para evitar confusão no entendimento

como para situar o amado leitor, ajudando-o a se localizar no espectro da revelaçãode Deus.

REVELAÇÃO - Há hoje o uso desta palavra de forma completamente diferentedo seu sentido original. A palavra revelação no Antigo Testamento é  galah esignifica descobrir, mostrar o que está encoberto. No Novo Testamento a palavra éapokálypsis, que significa tirar o pano ou puxar a cortina.

A idéia é a do momento em que no teatro grego as cortinas eram puxadas e a platéia podia ver o que estava por trás, escondido. Teologicamente, revelação é o ato

de Deus em que ele se dá a conhecer ao homem. É o próprio Deus quem se revela aoser humano e o faz de forma geral, por meio da natureza que ele criou (SI 19.1) e, deforma especial, através do seu filho Jesus (Jo 1.18).

INSPIRAÇÃO - Ao revelar-se, Deus desejou que as gerações futuras tivessemacesso à sua revelação. Por esta razão ele capacitou homens a registrarem a suarevelação. A essa capacitação chamamos inspiração. Por isso lemos em 2Timóteo3.16 que "toda Escritura é divinamente inspirada e proveitosa para ensinar, pararepreender, para corrigir, para ensinar em justiça". A expressão divinamenteinspirada é tradução do grego theopneutos (theós [Deus] +  pneutos [sopro]), comsentido de que a Escritura tem sua origem no próprio Deus que a transmitiu aohomem para que ele a registrasse. O resultado da inspiração é a Bíblia Sagrada, quetem sido sabiamente definida como o registro da revelação de Deus.

ILUMINAÇÃO - Deus se revelou e inspirou homens para registrarem suarevelação. Porém, com o passar dos anos, o sentido do que foi registrado corria orisco de se perder e as gerações futuras ficarem privadas do registro da revelação deDeus. Assim sendo, ao longo dos séculos e dos milênios, Deus tem capacitado

 pessoas a interpretarem o registro de sua revelação, a Bíblia. A isso chamamosiluminação: Deus usando homens para interpretarem sua Palavra.

A este conjunto de definições alguns chamam tríade revelatória. Observe que nãohá mais revelação, no sentido teológico da palavra, o que Deus desejou revelar aohomem sobre si, já o fez.

Também não há mais inspiração, o que deveria ser registrado da revelação deDeus, já o foi. O que existe hoje é iluminação. Deus continua e continuarácapacitando e usando pessoas para interpretarem a sua Palavra. [12] 

12 - Para uma explanação mais exaustiva dos conceitos descritos, ver VIERTEL, Weldon E. A Interpretaçãoda Bíblia. Rio de Janeiro: Juerp, 1979, 200p. 

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É precisamente neste contexto de iluminação que se insere a tarefa do professor da Escola

Dominical como intérprete da Bíblia. O Espírito Santo há de iluminar o professor 

 para que, valendo-se dos princípios de interpretação da Bíblia, entenda e transmitaaos seus alunos a Palavra de Deus.

PRINCÍPIOS DE INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIAComo intérprete da Palavra de Deus, o professor da Escola Dominical cumpre

uma sublime missão. Primeiro porque ao cumpri-la mergulhará no maravilhosomundo da Bíblia; depois, porque descobrirá verdades e princípios eternos queinfluenciarão e moldarão, em primeira instância, a sua própria vida e, finalmente,

 porque sentirá a felicidade de passar aos seus alunos não algo vago ou produto da

 pesquisa de outrem, mas sim o resultado do seu próprio trabalho de investigação.Estes princípios certamente ajudarão o professor no seu trabalho de estudo das

Escrituras:

Princípio do contextoDe acordo com este princípio, cada texto pertence a um determinado contexto,

razão pela qual não pode ser interpretado isoladamente. O professor precisaráidentificar o contexto imediato, ou seja, o trecho ou o capítulo bíblico no qual otexto se insere; e também o contexto amplo, ou seja, a seção do livro bíblico, ou atémesmo o livro bíblico, a que o texto pertence. Todo texto bíblico é coerente comseus contextos imediato e amplo. Compreendendo o sentido do seu contexto, o

 professor terá melhores condições de interpretar o texto.

Vai aqui um alerta para que tomemos cuidado com grupos e líderes religiososque fundamentam suas doutrinas e seus ensinos em textos isolados da Bíbliaignorando completamente o contexto dos mesmos. Vai também aqui uma palavra decautela com relação à famosa caixinha de promessas, tão difundida no meioevangélico. Lembremo-nos de que cada um daqueles versículos tem um contexto, oqual muitas vezes estabelece condições e critérios para o cumprimento da promessa.Apegar-se a textos e querer interpretá-los fora do seu contexto constitui grave errono campo da hermenêutica bíblica.

Princípio gramaticalSeguindo este princípio, o professor se preocupará com o significado de palavras

e expressões do texto. Muitas vezes, quando estudamos o significado de uma palavraou de uma expressão do texto, descobrimos nuanças importantíssimas para suainterpretação. Além disso, com o passar dos séculos e dos milênios, o uso e o

sentido das palavras sofreram alterações, de modo que o professor precisará recorrer 

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a instrumentos de pesquisa para compreender o sentido do texto para os seusdestinatários originais. Só depois de saber o que o texto significou para seus leitores

 primeiros, é que o professor poderá descobrir o seu significado para os de hoje.

A pesquisa gramatical enfatiza, portanto, o sentido das palavras e sua funçãodentro do texto.

Concentra-se na identificação deste significado, por isso sujeitos, verbos, predicados, pontuações, pronomes, adjetivos, etc. fazem o universo deste importante princípio para a interpretação das Escrituras.

Devemos lembrar que a Bíblia foi escrita originalmente em três línguas:hebraico, aramaico e grego. A Bíblia que temos em nossas mãos é, portanto, umatradução. Mister se faz então um trabalho muito sério e dedicado para que o

significado das palavras e o sentido das expressões do texto estejam bem claros namente e no coração do professor.Muitas vezes notamos que o problema não chega nem a ser de interpretação, mas

de leitura. Uma leitura malfeita dificultará consideravelmente o entendimento dotexto. O professor precisa cuidar bem da leitura do texto, observar a pontuação, ostempos verbais, os plurais etc. Um texto bem lido, bem entendido, é meio caminhoandado para ter uma interpretação eficaz.

Princípio históricoTodo texto a ser estudado foi produzido em uma determinada realidade histórica,

ou seja, tem a ver com determinadas situações sociais, culturais, geográficas, políticas e até filosóficas. Assim sendo, para que o professor da Escola Dominical possa compreender bem o texto bíblico, deverá entender o contexto histórico em queele foi produzido e também o contexto a que ele se refere.

É muito importante que o professor não se descuide deste princípio, pois muitascoisas são por ele clarificadas na Palavra de Deus. Por exemplo, os nomes de lugarescomo Samária, Jerusalém; de partidos políticos e de seitas como os fariseus esaduceus; problemas sócio-culturais como a dissensão entre os judeus e ossamaritanos na época de Jesus etc. O contexto histórico precisa ser bem entendido

 para que o texto bíblico seja corretamente interpretado.

Para observar de modo satisfatório este princípio, o professor precisará lançar mão de enciclopédias bíblicas, manuais, dicionários e comentários sobre os livros daBíblia. Daí pontuamos desde já a importância do professor formar sua biblioteca

 particular, com todos estes instrumentos úteis para a pesquisa bíblica. [13]

13 - Ao final deste livro você encontrará uma sugestão de biblioteca básica para o professor da Escola Dominical.Para constituí-la você poderá fazer um plano e ir comprando as obras à medida que os seus recursos permitirem.  

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Princípio teológicoDe acordo com este princípio, o professor deverá observar em cada texto bíblico

que estudar os aspectos doutrinários. O que o texto em estudo diz sobre Deus, Jesus

Cristo, o Espírito Santo, a criação, o pecado, a salvação, a igreja, as últimas coisasetc. Todo o texto sagrado está eivado de informações de caráter doutrinário, osquais, ao serem entendidos, vão construindo uma concepção teológica do próprioestudante das Escrituras. Em cada texto há algo sobre alguma doutrina que precisaser destacado e aprendido.

Aqui está um dos princípios mais importantes para uma boa interpretação daPalavra de Deus. O crescimento doutrinário dos alunos da Escola Dominical estádiretamente vinculado ao uso adequado deste princípio, pois se o professor não

souber observá-lo, as ênfases doutrinárias ou teológicas do texto poderão ficar delado ou serem tratadas de forma inadequada. A conseqüência será a perda de preciosa oportunidade para o crescimento doutrinário dos alunos.

Princípio práticoConsiderando a já destacada distância entre o mundo da Bíblia e o de hoje, o

 professor não pode deixar de levar em consideração a realidade vigente nainterpretação do texto bíblico. Assim, os princípios e as verdades bíblicas aprendidasdeverão' ser aplicadas de modo correto às necessidades do ser humano da épocaatual.

Os princípios anteriores ajudarão muito o professor a compreender melhor omundo da Bíblia, o princípio prático o ajudará a aplicar as lições aprendidas aomundo de hoje. Desta forma, evita-se que a interpretação seja uma merareconstrução histórico-filosófica e, conseqüentemente, irrelevante para o homem dosdias atuais [14]. 

É através do uso deste princípio que o professor descobrirá como tornar a Bíbliaum livro pertinente e relevante para o homem de hoje. Esta ponte entre o mundo daBíblia e o de hoje trará até- a realidade de vida dos alunos da Escola Dominical oseternos ensinamentos da Palavra de Deus. Numa interpretação correta da Bíblia, oaspecto prático não pode ser ignorado ou desmerecido.

MÉTODOS DE ESTUDO BÍBLICOAlém de conhecer os princípios de interpretação da Bíblia, o professor precisa

aprender também os di versos métodos para o seu estudo. São caminhos, alternativasvárias, que foram desenvolvidas e testadas, com o fim de auxiliarem o estudante

14 - Para uma visão prática sobre a aplicação da Bíblia aos problemas e situações contemporâneos, ver DORNAS,Lécio. O Jornal e a Bíblia. Cuiabá: Edição do Autor, 1996, 102p. 

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nesta maravilhosa tarefa de descobrir as verdades da Bíblia.Convém salientar, no entanto, que os princípios de interpretação precisam ser 

observados independentemente do método de estudo escolhido. Não se pode

confundir os métodos para o estudo da Bíblia com os princípios para suainterpretação. Estes cuidam da descoberta de significados, aqueles tratam deestratégias de pesquisa. Ambos são importantes para o trabalho do professor daEscola Dominical, mas precisam ser levados em conta considerando a natureza e oescopo de cada um.

Enumeraremos os principais e mais difundidos métodos para o estudo da Bíblia.Sabemos que existem outros e que a cada dia surgem novos[15]; contudo, os que aquianalisaremos constituirão importante fonte de informação e ajuda para o professor 

da Escola Dominical.O estudo de um versículo da BíbliaÉ possível estudar um versículo da Bíblia. Note bem que estamos usando o verbo

estudar, ou seja, descobrir o significado de um versículo à luz dos princípios deinterpretação da Bíblia que vimos anteriormente. Não se trata aqui de tratar isoladamente um versículo para dele extrair doutrinas ou dogmas, mas sim a partir dele chegar à descoberta de princípios e verdades eternos.

Para se estudar um versículo da Bíblia, deve-se seguir os seguintes passos:

1. Identifique e examine o contexto - Descubra toda a porção bíblica a que pertence o versículo.

Situe geográfica, social e culturalmente o contexto. Esteja bem seguro quanto aomomento histórico a que o versículo faz referência e entenda-o à luz desta situaçãohistórica.

2. Investigue o texto - Isso significa fazer perguntas ao texto. Anote suasobservações, dúvidas, aplicações e eventuais dificuldades sobre o texto. Investiguetudo o que puder sobre as informações e inferências do texto. Fique certo de queentendeu o máximo possível sobre o significado do texto.

3. Reescreva o versículo com suas próprias palavras - Depois de o haver lido eestudado bastante, tente agora reescrevê-lo usando o seu vocabulário comum,mesmo que você precise de mais ou menos palavras e ainda que necessite citar algum exemplo para explicar o que leu. Faça uma redação própria do versículo.

15 - Para um aprofundamento maior sobre métodos de estudos bíblicos, ver HEN RICHSEN, Walter A. Métodos deEstudo Bíblico. 5a. ed. São Paulo: Mundo Cristão, 1993, 117p.  

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4. Examine as referências - Usando sua Bíblia, identifique as referências queconstam do seu versículo. Leia cada uma delas. Isso possibilitará a você ver outrasidéias e situações atinentes ao texto ou ao seu contexto.

5. Selecione aplicações - Dentre as lições que você descobriu no texto queestudou, selecione aquelas que lhe falaram ao coração de forma mais direta. Pensenos seus alunos, vejam quais lhe parecem mais úteis. Depois, dentre todas asaplicações selecionadas, escolha uma, a que de fato lhe falou com maior impacto.

O estudo de um capítulo da BíbliaA preocupação central do professor ao escolher este método é a de descobrir o

máximo que um determinado capítulo pode lhe ensinar. Há capítulos bíblicos que

foram muito difundidos e ficaram famosos, mais conhecidos do que os demais.Assim, temos o capítulo da criação (Gn 1), o dos dez mandamentos (Ex 20), o do bom pastor (Sl 23), o do amor (1Co 13), o dos heróis da fé (Hb 11) etc.

A verdade, porém, é que em praticamente todos os capítulos da Bíblia há muitosensinamentos e lições preciosas para nossas vidas. Por esta razão, temos um método

 para estudá-los. Para extrair o máximo de um capítulo da Bíblia, siga os seguintes passos:

1. Leia o capítulo com atenção:O ideal é que sejam várias leituras, em versões diferentes da Bíblia. O objetivo é

de o professor se familiarizar bem com o texto. Numa folha à parte, escreva suasobservações, dúvidas e possíveis aplicações. Tudo o que for encontrando durante asleituras.

2. Identifique a estrutura do capítuloSignifica identificar os assuntos tratados no capítulo, separando-os de modo a

 poder tratá-los individualmente. Esta estruturação vai ajudar o professor a conhecer o progresso ou a evolução do pensamento do autor naquele capítulo, bem comocompreender a seqüência do mesmo. Continue trabalhando com a folha à parte,anotando observações e detalhes do texto.

3. Verifique o contextoO que quer dizer, neste caso, o livro todo onde o capítulo está inserido. Quais são

as informações disponíveis sobre o livro, seu propósito, sua mensagem, situaçãohistórica em que foi escrito etc. Cada capítulo desempenha um papel e cumpre umamissão dentro do livro todo. Especialmente quando se está estudando um daquelescapítulos mais conhecidos, se faz necessário muito cuidado para não tratá-lo

isoladamente, desconsiderando, assim, o seu contexto.

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4. Pergunte ao textoComo no método anterior, questione tudo e investigue ao máximo o texto em

estudo. Use a folha na qual você vem fazendo anotações para lhe ajudar agora a

inquirir o texto. Quanto mais ampla for sua pesquisa neste passo, mais profundo seráo seu estudo do capítulo.

5. Amplie o horizonte da pesquisaDescubra o que outras passagens bíblicas têm como contribuição para um bom

entendimento dos assuntos identificados no capítulo. As referências poderão ajudar aqui, bem como outros materiais de apoio já mencionados.

6. Esquematize o estudo

Agora, o professor já poderá fazer uma lista dos assuntos do capítulo, destacandoem cada item as lições ou aplicações que sejam realmente importantes para a suavida e para a de seus alunos. Ao final deste passo, o professor terá um esboço prontoe poderá ensinar o capítulo bíblico estudado.

O estudo de um assunto da BíbliaÀs vezes o professor estará diante não de um texto bíblico, mas sim de um

assunto para ser estudado. Precisará de um método que se fundamente não em uma passagem determinada, mas num assunto específico. Fé, santidade, pecado,mordomia, adoração, missões são alguns exemplos de tópicos passíveis de seremestudados à luz da Bíblia. Veja os passos para o estudo de um assunto bíblico.

1. Delimite a abrangência do estudoDiante de um assunto a ser estudado, é necessária a delimitação da abrangência

do seu estudo.Por exemplo, se o professor deseja estudar sobre pecado, vai demorar muito para

estudar o tópico em toda a Bíblia, por isso sugerimos a delimitação. Assim, poderáestudar o pecado à luz dos Evangelhos, ou de uma determinada epístola, até mesmode um determinado período histórico. O importante é que a delimitação tornefactível o estudo.

2. Descubra as passagens pertinentesUsando uma boa concordância e um bom dicionário bíblico, localize os textos

que tratam do assunto a ser estudado, dentro da delimitação feita. Procure ser o maiscompleto possível neste passo, para que seu estudo também seja bem abrangente.

3. Entenda o contexto das passagensTalvez seja o passo mais trabalhoso, mas o professor deverá fazer um estudo do

contexto de cada passagem alistada. Isso lhe dará uma visão da realidade histórica

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que abrigava a compreensão do seu tópico exposta no texto. Sem este passo, oestudo correrá o risco de se transformar num emaranhado de textos unidos por 

 palavras e não por significado, o que seria inútil.

4. Anote observações e aplicações Numa folha à parte, escreva tudo o que cada passagem diz acerca do assunto,

 bem como anote observações e aplicações práticas a respeito do tópico em estudo.

5. Organize seu estudoFaça um esboço abrangendo tudo o que você aprendeu sobre o assunto estudado,

trabalhe de forma a facilitar o entendimento progressivo do assunto.

6. Identifique informações novasEscreva as coisas novas que descobriu sobre o assunto. Faça uma lista deensinamentos práticos e importantes que o estudo lhe ensejou. Faça um propósitodiante de Deus de praticar as novas lições aprendidas durante o estudo. Compartilhecom seus alunos, de forma ordenada e seqüencial, o que você aprendeu.

O estudo de um personagem bíblicoTalvez este seja um dos métodos mais fascinantes para o estudo da Bíblia. Seu

 propósito principal é descobrir informações sobre a vida de um personagem bíblico,com o objetivo de aprender, com suas fraquezas e virtudes, lições a serem aplicadasà própria vida de estuda. Veja como este método pode ser usado.

1. Escolha o personagem e aliste passagens bíblicasAo escolher um personagem bíblico, use uma concordância e um dicionário

 bíblico para alistar as passagens que tratam da vida dele e a ele fazem referência. Asreferências da própria Bíblia o ajudarão.

2. Faça um resumo da vida do personagemDepois de ler cada texto alusivo ao personagem que você está estudando, escreva

numa folha, com suas próprias palavras, um resumo da vida dele. Este procedimentovai auxiliá-lo no entendimento do desencadeamento dos fatos que marcaram a vidado personagem.

3. Identifique fraquezas e virtudesUsando cada passagem que você alistou, em uma folha dividida em duas

colunas, coloque em uma as fraquezas e na outra as virtudes do personagem.

4. Compare-se com o personagem

Vejam quais são os pontos comuns e os incomuns entre você e o personagem

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estudado. Descubra, com as passagens bíblicas alistadas, como o personagem reagiudiante de situações que realçaram suas fraquezas e também como lidou com aquelasem que mostrou suas virtudes. Assim, descubra o que Deus tem a lhe ensinar sobre

suas próprias fraquezas e virtudes.

5. Organize a biografia do personagemSepare por épocas, acontecimentos ou estágios a vida do personagem. Faça isso

de tal forma que, ao olhar para seu esboço, a vida e os ensinamentos extraídos davida do personagem lhe venham claramente ao coração.

LIVRO COMPLICADO?Agora, diante do que foi apresentado neste capítulo, o professor da Escola

Dominical compreende que a Bíblia não é um livro assim tão complicado. Bastadeterminação e disciplina para interpretá-la e estudá-la corretamente e as suasmaravilhas logo aparecem. A alegria e a satisfação de descobrir os tesouros daPalavra do Senhor e o sentimento de felicidade ao ver seus alunos com o coraçãoardendo pelas Escrituras hão de recompensar o professor, de forma a que se sintatambém gratificado por cumprir com zelo e alegria o seu dever O professor com

 júbilo, como fez o salmista: "Oh! quanto amo a tua lei! ela é a minha meditação odia todo" (Sl 119.97).

MINHA IGREJA NÃO VALORIZA A ESCOLA DOMINI CAL

Como ajudar sua igreja a crescer através da Escola Dominical Abra a sua boca com sabedoria, e o ensino da benevolência estará na sua língua

(Pv 31.26).

Tenho notado uma reclamação generalizada. São professores reclamando queseus alunos não estudam a lição nem fazem as leituras diárias; são alunosreclamando de professores despreparados que dão aulas monótonas e semmotivação; são pastores se queixando da falta de líderes para a Escola Dominical;são líderes reclamando da falta de apoio dos seus pastores etc. Parece que ninguémestá satisfeito com o desempenho atual da Escola Dominical. Se pararmos paraanalisar, cada crítica tem certo grau de fundamento, todos têm algum nível de razão,a partir de sua perspectiva.

O fato é que a Escola Dominical vive dias de indiferença por parte de muitos.Realmente, precisamos construir um escala para identificar onde começa esta cadeiade desinteresse pelo estudo das Escrituras nos arraiais da igreja. Sabemos, pelaexperiência de muitos anos ministrando em diversas partes do país e no exterior sobre o ensino na Escola Dominical, que vivemos hoje uma realidade bem diferenteda de algumas décadas atrás. Ê do conhecimento de todos que há trinta ou quarenta

anos, o número de alunos matriculados nas classes da Escola Dominical de uma

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igreja era quase sempre maior do que o número de membros da mesma. Hoje talrealidade é muito rara. O que teria ocorrido? Tudo leva a crer num processo dedesmotivação que não encontrou, ao longo dos anos, antídoto suficientemente eficaz

 para revertê-lo. Ao que parece, algumas coisas foram acontecendo que resultaram noafastamento de muitos e no desinteresse de outros pela Escola Dominical. Não vamos nos alongar aqui em identificar os motivos de tal arrefecimento, mas

um dos principais fenômenos que entendemos ter contribuído para esse quadro foi a perda de um dos principais objetivos da Escola Dominical, a evangelização.

Em 1963, o Dr. J.N. Barnette escreveu o livro The Place of Sunday School in

 Evangelism (O lugar da Escola Dominical no evangelismo) [16], em que discute com propriedade e profundidade o papel desempenhado pela Escola Dominical nocumprimento da grande comissão de Mateus 28.18-20.

Em 1981, o Dr. Harry Piland foi o organizador de um livro que foi publicadocom o título Growing and Winning through the Sunday School  (Crescendo evencendo através da Escola Dominical) [17]. Trata-se de um livro cujos capítulosforam escritos pelos principais líderes americanos, peritos no ministério da EscolaDominical, homens como James Frost, Eugene Skelton, Bernard Spooner, HarryPiland, John Sisemore e Lucien Coleman, Jr. Todo o livro é voltado para ainstrumentalização da Escola Dominical para a evangelização e o conseqüentecrescimento da igreja. Inclusive, num capítulo primoroso o Dr. Lucien E. Colemann,Jr escreveu sobre "Teach the Bible to Win the Lost and Develop the Saved " (Ensinar a Bíblia para ganhar os perdidos e desenvolver os salvos) [18], em que deixa claroque a mesma Bíblia, com sua vigorosa e objetiva mensagem, evangeliza os perdidose aperfeiçoa os crentes.

Em 1983, foi a vez do Dr. John T. Sisemore escrever seu livro Church Growth

through the Sunday School [19] (Crescimento da igreja através da Escola Dominical). Neste livro, ele demonstra como a igreja  pode aproveitar o potencial evangelizador da Escola Dominical. Fica claro que, sendo fiel ao seu objetivo evangelizador, aEscola Dominical proverá a igreja local de um crescimento tal que a forçará aampliar sua visão, seu espaço físico e sua estratégia de ministração aos crentes enão-crentes.

Desde sua gênese com Robert Raikes (1736-1811), na Inglaterra, a EscolaDominical foi dirigida a crianças fora do ambiente da igreja. Eram crianças queestavam nas ruas aprendendo coisas ruins e sendo formadas pela vida das ruas na escolada imoralidade e da desonestidade. Raikes investiu num projeto que visava tirar ascrianças das ruas no dia em que elas lá permaneciam por mais tempo: o domingo.

16 - BARNETTE, J.N. The Place of Sunday School in Evangelism. Nashville: Broadman, 1963.  17 - PILAND, Harry(Compi\er).Growingand Winning throughthe Sunday school. Nashville: Convention 1981, 251

 p. 18 - PILAND, Harry (Compiler). op. cit. p. 175-197.

 19 -19 SISEMORE, John T. Church Growth the Sunday School. Nashville: Broadman, 1983, 156p.  

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Pouco a pouco, a Escola Dominical de Raikes foi crescendo e sua idéia se espalhoude tal forma que há notícias de que em 1831, 20 anos após sua morte, havia na Grã-Bretanha escolas dominicais que, unidas, envolviam no estudo da Palavra de Deus,

semanalmente, perto de 1.250.000 crianças (aproximadamente 25% da população!)[20].

A irmã Cathryn Smith, vida gasta no Brasil pela causa da Educação Religiosa,foi a organizadora do Programa de Educação Religiosa da Convenção BatistaBrasileira que agora, em sua 6ª edição, foi revisado, atualizado e ampliado[21].Discutindo sobre as tarefas da Escola Dominical, o livro é contundente ao afirmar que esta organização "é a agência evangelizadora por excelência na igreja"[22].

Ainda entre os batistas, no Congresso Batista Brasileiro, realizado em 1991, no

Rio de Janeiro, o tema da Educação Religiosa foi exposto por três preletores eamplamente discutido num Grupo deAprofundamento que, ao final, apresentou como parte de suas conclusões: "Que

se dê ênfase à EBD como agência evangelizadora" [23]. Em 1993, aconteceu o ICongresso Batista Brasileiro de Escola Dominical, também no Rio de Janeiro, ondese procurou chamar a atenção para a importância da Escola Dominical para aviabilização do crescimento integral da igreja.

Entretanto, não obstante a história e a fundamentação teórica da EscolaDominical, o fato é que, com o passar dos anos, as igrejas evangélicas do Brasilforam abandonando o seu ideal evangelizador. É incrível, mas hoje a maior parte domaterial didático preparado para a Escola Dominical tem linguajar e filosofiaeditorial voltada para os membros da igreja. Na própria realidade íntima da igreja, aênfase na Escola Dominical é quase que totalmente direcionada para os crentes.

Entendemos, em parte, a questão da ênfase evangelística aos domingos à noite,em boa parte das igrejas evangélicas do Brasil. O que não entendemos é odesperdício da oportunidade de evangelizar amigos, vizinhos e parentes através doestudo da Palavra de Deus.

A conseqüência desse abandono do desideratum evangelístico da EscolaDominical é que hoje são raras as igrejas evangélicas no Brasil que têm um númerode matriculados na Escola Dominical sequer igual ao de seus membros. Na grandemaioria das igrejas, trava-se; uma verdadeira batalha para que pelo menos osmembros sejam alunos da Escola Dominical.

Muito se tem discutido sobre como reverter este quadro e retomar para a Escola

20 - TOWNS, Elmer. Towns Sunday Encydopedia. Wheaton: Tyndale, 1993, p. 457-458.  21 - SMITH, Cathryn. Programa de Educação Religiosa. 6a. ed, Revista e Atualizada, Rio de Janeiro: Juerp, 1995,

112p. 22 - SMITH, Cathryn., op. cit, p. 53.

23 - Com os Olhos no Futuro - Teses do Congresso Batista Brasileiro. Rio de Janeiro: Juerp/Conselho dePlanejamento e Coordenação da CBB, 1991, p.203. 

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Dominical o valor que a ela deve ser dedicado pela igreja. Com o propósito decontribuir para a melhoria do quadro atual, vamos oferecer algumas sugestões para oresgate do valor da Escola Dominical na vida da igreja local. Ao fazê-lo, estamos

 pensando não apenas no professor, mas nos líderes em geral de uma igreja quedeseja crescer através da Escola Dominical.

CONQUISTE O PASTOR O ponto de partida precisa, necessariamente, ser o pastor da igreja. Está mais do

que constatado que se o pastor está à frente tudo é bem mais fácil. Ele precisa ser conquistado pelos educadores da igreja. Em muitos casos o pastor não tem qualquer formação educacional, muitos têm uma visão distorcida, voltada somente para aevangelização. Há os que sequer mostram interesse pela Escola Dominical.

Assim, o primeiro passo é chamar o pastor e mostrar a ele a importância e o potencial da Escola Dominical.Muitos pastores não ajudam a Escola Dominical simplesmente porque não

sabem como fazê-lo. Nesse caso é importante que os educadores da igreja o instruam com sabedoria,

informando a ele quais seriam suas atribuições como supervisor geral do programaeducacional da igreja.

Por sua vez, o pastor precisa ter humildade e discernimento espiritual paracooperar com os líderes e educadores de sua congregação, no afã de dinamizar aEscola Dominical. Se for sábio, além de uma equipe bem motivada e disposta, o

 pastor experimentará como é maravilhoso e seguro o crescimento que nasce dotrabalho de uma Escola Dominical dinâmica.

CONSCIENTIZE OS PAISO próximo passo é atingir o coração dos pais. É preciso mostrar-lhes que, através

da Escola Dominical, a igreja está lhes ajudando na educação religiosa dos seusfilhos. Eles precisam entender que devem investir na vida espiritual de seus filhosdesde a infância, pois se a criança aprende a gostar da igreja, da classe, das pessoasda igreja; ao crescer tenderá a integrar-se ainda mais. Se na infância a criança nãofor ensinada a gostar da igreja se afastará completamente na primeira chance quetiver.

Os pais precisam compreender que é através do seu exemplo e do seu estímuloque os filhos assimilarão a importância da igreja em suas vidas. Aqui entram emdestaque o culto doméstico, a disciplina e a responsabilidade para com Deus, aoração em família e os diálogos entre pais e filhos acerca de Deus e doEvangelho[24]. Se os educadores da igreja conseguirem atingir o coração dos pais, ao

 ponto de fazê-los entender que precisam levar a sério a Escola Dominical, tanto para

24 - AZEVEDO, Israel Belo de. Descubra Agora Como Viver Bem em Família. São Paulo: Exodus, 1997, 80p.  

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si próprios quanto para os seus filhos, então, um novo e bonito começo se avizinha.

BUSQUE A JUVENTUDE

Em muitas igrejas a juventude está alheia a tudo o que acontece. Não se envolve,não participa, não se interessa. A igreja, por seu lado, ignora o fato, agindo como senada estivesse acontecendo.

 Notamos que de há muito tem caído a presença jovem na Escola Dominical.Os educadores, apoiados pelo pastor da igreja, precisam abrir o diálogo com a

 juventude, descobrir o que está havendo, encontrar saídas em conjunto. Em muitoscasos a secularização dos jovens é a principal causa do seu afastamento, mas nãoconclua isso sem antes conversar com a juventude. Pode estar havendo desinteresseem função de quem está ensinando ou por causa dos assuntos apresentados, do

horário etc. Sentando-se à mesa juntos, pastor, educadores e jovens, certamentesurgirão caminhos que poderão mudar o quadro vigente.Querer forçar os jovens a chegar mais cedo para a Escola Dominical, fechar as

 portas para o diálogo, ignorar o fato, adotar uma postura de crítica e queixas; nadadisso resolverá o problema. Os jovens precisam ser despertados e convencidos,através do diálogo e do respeito mútuo, quanto ao valor e a importância da EscolaDominical para suas vidas.

MOTIVE OS PROFESSORESTudo pode estar absolutamente correto: alunos presentes, material didático

apropriado, ambiente de ensino adequado etc, mas se o professor não estiver  preparado e motivado, tudo vai se perder. É, exatamente isso que tem acontecido emmuitas igrejas, o despreparo e a desmotivação de professores têm colocado a perder todo empenho, inclusive financeiro, que as mesmas têm empregado em favor daEscola Dominical.

O Dr. Charles A. Tidwell, uma das pessoas mais respeitadas no campo daEducação Cristã, nos

Estados Unidos, salientou num dos seus livros[25] a importância do professor,inclusive sobre os demais obreiros, na execução bem-sucedida do programa deensino-aprendizagem da Escola Dominical. Neste livro, o Dr. Tidwell alista cinco

 principais tarefas da Escola Dominical: arregimentar pessoas para o estudo daBíblia, ensinar a Bíblia, testemunhar para as pessoas sobre Jesus e levá-las a seremmembros da igreja, ministrar para alunos e não alunos da Escola Dominical econduzir os alunos a um culto verdadeiro. Para o cumprimento de todas estas tarefas,o papel desempenhado pelo professor é de importância fundamental[26].

E tarefa do pastor e dos educadores da igreja despertar o interesse, motivar e

25 - TIDWELL, Charles A. Educational Ministry of a Church. Nashville: Broadman, 1982,304p. 

26 - TIDWELL, Charles A. op. c/t., p. 125-128. 

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conscientizar os professores da Escola Dominical da sua importância e valor noministério de ensino da igreja. Quando isso não ocorre, o resultado pode ser oenfraquecimento e até a falência da Escola Dominical. O Dr. Tidwell informa que

nos Estados Unidos, denominações como a Metodista e a Presbiteriana Episcopaltiveram o número de arrolados na Escola Dominical decrescido em 25% entre 1970e 1980[27]. Embora ele não especifique as razões de tal decréscimo, podemosfacilmente entender que a fuga dos objetivos fundamentais da Escola Dominicalestava incluída entre essas razões. E na posição de garantir que as tarefas da EscolaDominical sejam de fato cumpridas de forma efetiva, está o professor.

A questão emergente, porém, é como motivar professores que, durante anos eanos vêm avalizando um modelo retrógrado e decadente de ensino na EscolaDominical, onde impera o famoso "faz-de-conta": Ele faz-de-conta que ensina e o

aluno que aprende; a igreja faz-de-conta que tudo está bem, quando, de fato, nada,está bem. Se um professor está há anos envolvido neste "faz-de-conta" terrível, vai precisar de muita paciência e atenção por parte dos líderes e do pastor para ter resgatado seu potencial de educador. Deve-se começar mostrando ao professor umaestatística de sua classe, em termos de presença, pontualidade, evasões etc. Emseguida, deve-se informar a ele sobre estratégias de retomada de crescimento (e aí oscapítulos iniciais deste livro poderão ajudar). Chegará, então, o tempo de ajudar arecuperar a confiança da classe no trabalho do professor. Tudo será possível se ascoisas forem feitas sob oração e dependência do nosso Deus. O esforço deve ser nosentido de conquistar o professor e nunca de abrir mão do seu trabalho. Numacomparação feita entre o profeta e o sacerdote, Washington Roberto Nascimentoidentificou o profeta com o jequitibá, árvore forte e milenar; quanto ao sacerdote,comparou-o ao eucalipto, planta frágil e fugaz. Disse que um eucalipto nunca setransformará em jequitibá, a menos que dentro dele haja um jequitibáadormecido[28]. O mesmo podemos dizer do professor acomodado a um sistemaretrógrado: se houver nele um educador adormecido, poderá se transformar num

 professor dinâmico e criativo. A tarefa do pastor e dos líderes da igreja é exatamentea de despertar o educador adormecido no interior de alguns professores da EscolaDominical.

PROMOVA A ESCOLA DOMINICAL"Há tremendos benefícios em se participar da Escola Dominical. O problema é

que a igreja não tem promovido efetivamente seus benefícios e valores"[29]. Comesta declaração, Jerry Wilkins começa a fundamentar a argumentação do seu atual e

27 - TIDWELL, Charles A. op. cit., p. 125.  28 - NASCIMENTO, Washington Roberto. Igreja e Secularização. Rio de Janeiro: Intercom Publicações, 1995,

81p. 29 - WILKINS, Jerry. Marketing your Sunday School - Strategies for the 21 st. Century. Nashville: Broadman,1992, p. 

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empolgante livro  Marketingyour Sunday School  –  Strategies  for the 21 st. Century

(Promovendo sua Escola Dominical - Estratégias para o Século 21).Ignorar a necessidade de se promover não apenas o que a Escola Dominical

oferece, mas o que ela representa em termos de benefícios para aqueles que dela participam, é não atentar para a principal ferramenta de crescimento empresarial einstitucional do nosso tempo: o marketing. Tudo depende de como você anuncia,que tipo de imagem você gera em torno do seu produto ou serviço. Na maioria dasEscolas Dominicais do nosso país não existe nenhuma estratégia de marketingdefinida, quase nenhuma propaganda é feita. As pessoas precisam descobrir sozinhas o que é, como funciona e a relevância da Escola Dominical. Isso ésimplesmente absurdo! Num mundo de alta competitividade, onde cada um tentaarrastar as pessoas na direção de suas propostas, cruzar os braços e não ter qualquer 

estratégia de marketing é aceitar a falência gradual. Os vizinhos da sua igreja sabemo que é a Escola Dominical, sabem que há uma em sua igreja, como funciona, que benefícios oferece aos participantes, quanto custa participar, quem pode fazê-lo?Uma simples e criativa mala-direta informando o que é e como funciona a EscolaDominical pode atrair pessoas interessadas no estudo da Bíblia. A promoção precisatambém atingir os membros da igreja. Quais são os prejuízos de não participar daEscola Dominical, que vantagens são apresentadas aos que passarem a dela

 participar? Ao partir para uma estratégia de promoção da Escola Dominical, a igrejacomeça a demonstrar, pelo menos, que ela própria acredita no que está oferecendo.Se alguém promove o que faz, crê na sua eficácia.

TEMPO DE CRESCER As sugestões mencionadas poderão ajudar muito no crescimento da sua Escola

Dominical.Certamente, depois de vê-la funcionando a todo vapor, a igreja sentirá como é

importante investir e usar a estrutura da Escola Dominical para o seu crescimento.Haverá uma mudança na maneira de olhar para a Escola Dominical e,conseqüentemente, crescerá o interesse de todos pelo estudo da Palavra de Deus.

QUE MAI S POSSO FAZER COM A M INHA CLASSE? 

Como explorar as potencialidades de uma classe de Escola Dominical Porquanto, tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que,

 pela constância e pela consolação provenientes das Escrituras, tenhamos esperança

(Rm 15.4). Sempre nos intrigou o fato de ver os alunos de uma classe da EscolaDominical se encontrando semanalmente para o estudo da Bíblia, se despedindo aofinal da aula para um novo encontro na semana seguinte. Imaginávamos que o

 potencial de uma classe era constantemente subaproveitado. Por que razão não usar a estrutura da classe para diversos outros propósitos, mesmo desconectados, a

 princípio, do estudo da Bíblia, mas ligados às necessidades dos componentes da

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classe e aos propósitos da igreja? Vimos trabalhando ao longo dos anos com estaidéia, compartilhando-a em congressos, seminários e aulas; sempre com o

 pensamento esboçado, ainda que superficial e embrionariamente, no já citado livro

Programa de Educação Religiosa, onde é colocado de maneira bem clara que,através da estrutura da Escola Dominical, nos casos de igrejas pequenas (com menosde 100 membros), todo o programa educacional pode ser veiculado. [30] Acreditamosna validade desta orientação, inclusive no caso de igrejas consideradas médias e atégrandes, porém, com uma argumentação diferente, não tanto preocupado com acapacidade da igreja em comportar organizações, mas com a exploração devida deuma estrutura rica em oportunidades de serviço e crescimento que é a EscolaDominical.

A igreja que souber enxergar e aproveitar o potencial de suas classes, certamente

lançará mão de um dos mais tremendos instrumentos disponíveis na igreja para propiciar o seu crescimento de forma madura, contínua e garantida.Quando analisamos uma classe de Escola Dominical, encontramos nela algumas

características que enchem o nosso coração de entusiasmo porque a igreja pode usar a estrutura da Escola Dominical para crescer. Vejamos algumas dessascaracterísticas:

CARACTERÍSTICAS EVANGELIZADORAS

Pequenos gruposA classe é um pequeno grupo de pessoas. Sabemos que em pequenos grupos a

 possibilidade de sucesso em empreendimentos de reflexão e de devoção é bemmaior do que em grandes. A participação, por exemplo, é muito mais fácil quandogrupos pequenos reunem-se em salas do que quando fazemos reuniões de grandesgrupos em amplos auditórios. Também a integração e o entrosamento entre as

 pessoas são mais produtivos em grupos menores.

Grupos etáriosUma classe da Escola Dominical normalmente é composta de pessoas da mesma

faixa etária. Em muitos casos ainda há homogeneidade quanto ao sexo. É óbvio quenum grupo onde os integrantes comungam de realidade existencial semelhante ecompartilham do mesmo círculo de interesses haverá maior produtividade,independentemente do tipo ou natureza das atividades do mesmo.

Liderança fixa Na grande maioria das Escolas Dominicais os professores são estáveis pelo

menos por um ano.

30 - SMITH, Cathryn. Programa de Educação Religiosa. 6ª. ed. Riode Janeiro: Juerp, 1995 p. 34.  

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Em alguns casos, temos professores que são eleitos por mandatos maiores: dois,três ou até cinco anos. É seguro que uma classe permaneça de contínuo um ano semalternância na liderança. Isso é um fator tremendamente positivo, pois está provado

que alternâncias de liderança em pequenos espaços de tempo tendem a prejudicar oucomprometer o desenvolvimento das atividades em andamento no grupo.

Afinidades espirituaisOs alunos de uma classe são unidos pelo interesse na Bíblia e no crescimento

espiritual. Estão juntos no objetivo de conhecer e praticar os ensinos da Palavra deDeus. Sabemos que há muitos ensinos na Bíblia. Uma classe unida poderá observar com maior propriedade e melhores resultados os ensinos que lhe são transmitidos

 pelo professor. Além disso, boa parte dos alunos são membros da mesma igreja, o

que os coloca, salvo em algumas exceções (no caso de igrejas maiores),geograficamente próximos uns dos outros.

Reuniões regularesUma classe se reúne para estudar a Bíblia semanal e regularmente. Este fato

fortalece sobremodo a integração e o aspecto da continuidade das atividadesdesenvolvidas. Possivelmente, a maioria dos alunos de uma classe não pertença anenhum outro fórum que promova encontros com esta regularidade.

Diante dessas e de outras características, uma classe de Escola Dominical está pronta para ser instrumentalizada de maneira abençoada e vigorosa, visando ocrescimento da igreja. Assim, vamos alistar algumas frentes de trabalho que podemser levadas a efeito através dessa estrutura de classes existente na maioria das igrejasevangélicas do Brasil.

EXPERIMENTANDO A EVANGELIZAÇÃOOlhar para uma classe de Escola Dominical sob a perspectiva da evangelização é

simplesmente uma experiência fantástica. O potencial da classe para ganhar almas étremendo. Uma classe pode estruturar um trabalho para alcançar pessoas de suafaixa etária e pregar-lhes a Palavra de Deus. Isso pode ser feito de várias maneiras:

Aplicação evangelística das liçõesA evangelização através da Escola Dominical começa com a própria atividade

docente, quando o professor, ao perceber a presença na classe de pessoas não-crentes, aplica aos seus corações, de forma evangelística, o texto estudado. Às vezes,o texto parecerá árido para tal propósito, então o professor deverá procurar ajudacom seu pastor para que possa aplicá-lo de forma evangelizadora. A tese quesustentamos é que a mensagem da Bíblia tem a vida, morte e ressurreição de Jesuscomo centro e chave hermenêutica. Assim, todo o texto sagrado está, de alguma

forma, relacionado como este centro. Logo, a questão é descobrir qual é a relação

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correta entre o texto bíblico em estudo e a vida e missão de Jesus.Uma boa prática é o pastor escrever estas aplicações com antecedência e entregá-

las aos professores. Isto os ajudará bastante na tarefa de evangelizar através do

estudo da Bíblia. Ao aplicar o texto bíblico ao coração do não-crente, o professor deve crer no poder salvador de Cristo e falar com compaixão, inclusive fazendo oapelo, convidando, com sinceridade e amor, as pessoas a aceitarem Jesus como seusalvador pessoal.

Se houver decisões ao lado de Cristo na sala, o professor deverá anotar em umaficha o nome e endereço do decidido e orientá-lo a confirmar sua decisão no culto

 público. Em seguida, deve entregar a ficha ao pastor e, caso o decidido tenhaconcordado, pedir que ofereça a oportunidade para que ele confirme publicamentesua decisão.

Cultos evangelísticos nos laresA classe poderá realizar cultos evangelísticos em lares de pessoas não-crentes.

Pode-se aproveitar a presença de um visitante e oferecer a realização de vim cultoem sua casa. Dentre os alunos da classe, podem ser escalados: dirigente, pregador,

 participação musical etc para cada culto. O professor pode atuar como umcoordenador, coadjuvado por um líder de evangelismo, que agendará os cultos aserem realizados. Se cada classe da Escola Dominical de uma igreja realizar umculto evangelístico por semana e a igreja tiver cinco classes, 20 cultos evangelísticos

 por mês serão realizados fora do templo, em lares de pessoas ainda não-crentes.Você já imaginou o resultado de 240 cultos realizados em um ano? O que Deus podefazer através de tal esforço é simplesmente inimaginável!

A grande vantagem é que as pessoas ganhas para Cristo nesses cultos já têm naclasse que realiza o trabalho o seu núcleo de integração à vida da igreja.

Visitas evangelísticas especiaisAlém de cultos, a evangelização pode se dar através de visitas especiais. Os

alunos da classe são orientados a descobrir oportunidades para visitas evangelísticas.Uma classe de homens, por exemplo, pode visitar o prefeito, os vereadores, juízes eautoridades de um modo geral, sempre levando um exemplar da Bíblia ou do NovoTestamento para presentear à autoridade visitada. Pode-se descobrir famílias queatravessam momentos difíceis como desemprego, morte, problemas com filhos etc.

Momentos de sofrimento são estrategicamente apropriados para uma visitaevangelística, onde o Evangelho seja apresentado de forma clara e direta.

A classe pode se subdividir em grupos de visitação, compostos de duas ou três pessoas, que realizarão as visitas à medida que as oportunidades forem sendoapresentadas ou descobertas. O líder de evangelismo da classe poderá ajudar os

demais alunos neste trabalho. Para o trabalho de visitação evangelística, algumas

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 providências precisam ser tomadas. Primeiro, as visitas precisam ser agendadas comantecedência, a pessoa ou família a ser visitada deverá ser informada do númeroexato de pessoas que estará recebendo, não deve haver atraso quanto ao horário

marcado para a visita, jamais uma visita deve ser desmarcada ou transferida, nunca ovisitador poderá faltar à visita marcada, a visita deve ser objetiva, mas sem dar aimpressão de pressa, e os visitadores deverão se vestir sobriamente.

Durante a visita, os crentes deverão aproveitar a oportunidade para apresentar aos visitados o plano de salvação. Ao fazê-lo deverão ser pacientes, lendo osversículos com as pessoas e explicando a elas o significado de cada texto lido. Aofinal deste livro estamos incluindo, em apêndice, um modelo do plano de salvaçãoque deve ser estudado e pode ser usado pelos visitadores.

Depois da visita deve ser feito um contato telefônico ou um cartão poderá ser 

enviado pelo correio. Os visitadores agradecerão o privilégio de terem realizado avisita e renovarão o convite para que os visitados compareçam à classe e aos cultos.

Correspondências evangelísticasEm nossas igrejas há sempre pessoas que gostam de escrever cartas. Devem ser 

identificadas na classe aqueles que apreciam este tipo de trabalho, para aimplantação da evangelização por correspondência. A tarefa é bem simples, o líder da equipe de evangelização por correspondência da classe deverá anotar nome eendereço completos dos visitantes da própria classe e dos cultos, desde que damesma faixa etária da classe. Nomes de decididos não devem ser anotados, masapenas de visitantes que não se decidiram. Um dos alunos da classe será escalado

 para escrever a carta evangelística. O líder deverá manter um controle das pessoasque estão escrevendo com seus respectivos destinatários.

A carta evangelística deve ser enviada logo no dia seguinte ao da presença da pessoa na classe ou na igreja, assim o visitante se sentirá valorizado e objeto daatenção da igreja.

A carta deve ser objetiva, pois poucos gostam de ler cartas muito longas; precisacomeçar expressando a alegria pela visita feita à igreja e, em seguida, apresentar, deforma amorosa e simpática, o plano de salvação. Em seguida, deve-se oferecer umavisita para um aprofundamento do tema, bem como informar sobre a natureza,objetivos, horário de funcionamento da Escola Dominical e dos cultos da igreja.

Se o visitante, ao receber a carta, manifestar o desejo de receber visita da classe,o remetente deverá informar os nomes das pessoas que estarão entrando em contatocom ele. Em seguida, passará a ficha do interessado em ser visitado para uma dasequipes de visitação.

Você já pensou nos resultados do trabalho de classes que estão evangelizandoatravés de cultos nos lares, visitas e correspondências? Certamente Deus usará deforma maravilhosa este trabalho, caso seja realizado com oração e organização.

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EXPANDINDO MISSÕESÉ já sabido que a Escola Dominical tem sido a principal mola propulsora do

levantamento de ofertas missionárias. Em várias denominações são estipulados alvos

 para as classes e elas se esforçam para ultrapassá-los. Porém, o potencial de umaclasse vai muito além disso. Eis algumas idéias:

Adoção de missionáriosA classe pode tomar a decisão de sustentar financeiramente e com orações pelo

menos um missionário de missões urbanas, estaduais, nacionais ou mundiais;dependendo do desprendimento e das condições dos alunos. Assim, o professor e olíder de missões da classe deverão procurar o pastor, informar o desejo do coraçãoda classe e pedir-lhe orientação quanto a melhor maneira de efetivar a adoção.

Ao agir assim, a classe estará fazendo e pensando em missões o ano inteiro, enão apenas sazonalmente. Não há dúvidas de que a classe será abençoada e a obra demissões muito mais. Estará sendo acelerado o cumprimento da grande comissão (Mt28.18-20).

Viagens missionáriasAnualmente, a classe poderá empreender viagem '. a um campo missionário.

 Nela a classe visará ter experiência missionária, sentindo a realidade do trabalhoalguns dias um missionário, e ainda alargar sua própria visão quanto à obra demissões.

Tudo precisa ser feito com planejamento, oração e dedicação. Uma coisa é certa,ao empreender viagens missionárias os alunos da classe crescerão tremendamenteem sua visão do Reino de Deus.

 NA ASSISTÊNCIA SOCIALO contexto desta faceta do potencial de uma classe de Escola Dominical é o

 pressuposto de ter a igreja de cumprir uma missão integral, sabendo que "missão émais que um conceito. É fidelidade ao mandamento bíblico de Jesus Cristo à suaigreja em situações concretas. Diante de um mandamento bíblico, só se poderesponder com obediência ou desobediência"[31]. Compreendendo que a igreja

 precisa agir, e não somente orar, no afã de contribuir para que os pobres e menosfavorecidos de nosso povo tenham seu padecimento ao menos minorado.

Estamos falando de visão quanto ao trabalho social, e neste sentido é de sumaimportância entendermos, como cristãos que somos, que "é necessário combater oegoísmo reinante nas pessoas e cultivar o espírito comunitário, dando-lhesconsciência de que formamos uma comunidade. Evitar defender só o que é nosso e

31 - GRELLERT, Manfred. Os Compromissos da Missão. Rio de Janeiro: Juerp/Visão Mundial, 1987, p. 21.  

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atentar também para o que é de todos".[32] E desta forma cooperar, ao menos emnosso bairro, para que a relevância da igreja perante a comunidade se saliente,inclusive no aspecto social.

Para que seu potencial seja canalizado para a assistência social, os alunos de umaclasse de Escola Dominical deverão compreender, por fim, que "a missão integral semanifesta no mundo com o evangelismo, ao proclamar o evangelho para que se

 produza uma resposta de fé, arrependimento e discipulado. Ademais, na AméricaLatina, a igreja experimenta a presença dos pobres, a cujas necessidades procuraministrar no Espírito de Jesus Cristo"[33]

A classe pode ter uma equipe de assistência social que terá a missão de planejar eliderar projetos na área social, dos quais toda a classe participará. Muitas são asalternativas nesta área. Desde visitas a asilos, creches, penitenciárias, albergues,

leprosários etc até projetos mais audaciosos como ajudar uma comunidade carentena reconstrução de casas, na solução de problemas junto aos órgãos públicos, namobilização do potencial comunitário de favelas para a solução de problemas comosegurança, saneamento básico, saúde, alimentação etc.

Uma classe pode agir muito na área social, mas precisa despojamento e coragem;disposição para sair das quatro paredes, "admirar a realidade, aprender, paracompreender as inter-relações verdadeiras dos fatos percebidos." [34] E o desafio doscrentes assumir sua parcela na responsabilidade de solucionar problemas e minorar 

 padecimentos.

CRESCENDO NA COMUNHÃO E NA ORAÇÃO No que diz respeito à comunhão e à oração, uma classe de Escola Dominical é

riquíssima em oportunidades. A classe pode se reunir periodicamente para orar uns pelos outros, compartilhar vitórias na vida cristã e repartir dores e problemas a fimde que todos participem das alegrias e das tristezas de todos.

A comunhão entre os irmãos tende a crescer quando algo íntimo écompartilhado. Amamos mais quem conhecemos mais. E é maravilhoso orar por alguém conhecendo suas necessidades e triunfos.

Muitas vezes oramos por pessoas que não conhecemos. Não sabemos ondemoram, como vivem, quais são suas dificuldades; nossa oração é por demaisgenérica, pois carecemos de um conhecimento maior. Algumas formas deintensificar a comunhão e propiciar compartilhamentos são:

32 - CERQUEIRA, José Milton de. in Missão da igreja e Responsabilidade Social. Rio de Janeiro: Juerp/Conselhode Planejamento e Coordenação da CBB, 1988, p. 64. " 

33 - GRELLERT, Manfred., op. cit, p. 22.  34 - KIVITZ, Sílvia Regina Jorge, in Missão da Igreja e Responsabilidade Social. Rio de Janeiro: Juerp/Conselhode Planejamento e Coordenação da CBB, 1988, p.47. 

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Encontros de oraçãoOs alunos de uma classe podem se reunir periodicamente, no templo ou nas

casas, para oração e compartilhamento. A liderança deste trabalho precisa ser do

 professor, que poderá fazer uma escala com as datas das reuniões e os locais. Émuito importante que esta atividade seja realizada com aprovação e apoio do pastor da igreja, que deverá ser convidado a participar da mesma. Uma coisa muitoimportante neste trabalho é haver controle por parte do professor para que a reuniãonão fuja dos seus objetivos que são oração e compartilhamento. Às vezes, encontrosassim podem enveredar para o bate-papo ou até fofocas e maledicências. Por estarazão a liderança do professor é indispensável.

Parceiros de oração

A classe pode se organizar em parceiros de oração. Duas a duas as pessoasencontram um companheiro, alguém mais achegado, com quem estará sempre emcontato numa convivência de fortalecimento mútuo e de apoio constante. Nummural da classe podem ser colocados os pares de oração e à medida que um novoaluno for chegando deverá ser incluído. O professor deve ficar sem um par,exatamente para ser parceiro daquele que vai chegar. Quando chegar outro, entãoforma-se uma nova dupla e o professor fica novamente livre, à espera do próximo.

Pode haver, a cada domingo, possivelmente cinco minutos antes do início daaula, um encontro das duplas de oração. Além disso, as duplas estarão em contatodurante toda a semana pelo telefone, se visitando etc. É ótimo quando temos alguémcom quem compartilhar, dia-a-dia, nossas vidas. "Melhor é serem dois do que um"(Ec 4.9a).

Atividades de sociabilidadeA classe, ao final de cada trimestre, deve se reunir tanto para celebrar o final do

 período quanto para comemorar os aniversários daqueles que completaram mais umano no trimestre. A festa deve ser alegre e descontraída. É bom que haja

 brincadeiras, bolo de aniversário, enfim, muito divertimento e espírito defraternidade. Mais uma vez é importante que se convide o pastor, o diretor da EscolaDominical, o Ministro de Educação Religiosa etc. E sempre muito importante que aclasse enfatize a bênção da Escola Dominical que é uma realização de todos.

MOBILIZANDO PARA O SERVIÇOAs igrejas podem se utilizar das classes, e estas podem se mobilizar no sentido

de cooperar com a igreja na realização de todo o serviço cristão. As classes podemse revezar no serviço de aconselhamento de novos decididos, na recepção da igreja,no trabalho da cantina, no apoio às congregações e pontos de pregação, noevangelismo externo, na segurança etc. Desta forma, ninguém fica sobrecarregado e

todos têm a oportunidade de servir e participar do serviço do Reino.

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É bem funcional organizai: o serviço da igreja valendo-se da estrutura de classesda Escola Dominical. Trata-se da canalização de um potencial certo e seguro para aconsecução do trabalho dominical da igreja. Além das atividades mencionadas

acima, outras podem ser adicionadas, como a limpeza das dependências em épocasde necessidade, assistência a enlutados, plantões de oração etc.Quem estuda a Bíblia junto, toda semana, poderá trabalhar com eficácia em

união para o desenvolvimento da obra do Reino de Deus. Servir é a prática daobediência a Cristo; é a prova do aprendizado; é a demonstração de que a Palavra deDeus não volta vazia, uma vez lançada ao coração de crentes sinceros.

O QUE NÃO POSSO FAZER COM MINHA CLASSE...Como pôde ser observado, o potencial de uma classe de Escola Dominical é

simplesmente fantástico, rico mesmo. Não explorá-lo é não enxergar alternativas e possibilidades que redundarão certamente num farto crescimento para a igreja. Naturalmente, para que esta dinâmica seja implementada nas classes, será

 preciso um planejamento que adaptará a ela a estrutura vigente. Como se viu, numaclasse, além do trabalho de ensino das Escrituras, precisará haver uma liderança querealmente lidere e coordene cada atividade a ser desenvolvida.

 Na verdade, a igreja passará a funcionar basicamente através da EscolaDominical. Todas as suas linhas de ação, praticamente, podem ser viabilizadasatravés das classes. Aquilo que assim não se viabilize, carecerá de estrutura paralela,como a adoração e culto e a administração eclesiástica, por exemplo.

 Note-se, ainda, que atrelada a esta dinâmica de classes, deverá haver uma proposta de treinamento que visará preparar e manter motivadas as pessoas queatuam diretamente em cada frente de ação das classes. O treinamento a ser providoserá objetivo e direcionado àquelas pessoas que já estão atuando nos respectivossetores.

Muita coisa pode até parecer impossível, mas se nos despirmos de preconceitos(conceitos concebidos e cristalizados) abrindo a mente para alternativas, rompendocom velhos paradigmas e construindo novos, mais relevantes e contextualizados,certamente experimentaremos bênçãos inumeráveis. Ed René Kivitz observou commuita propriedade que a igreja tem sua missão, via de regra, condicionada ediríamos até presa pelos paradigmas do culto, do clero, do domingo e do templo. [35]

Parece até que a igreja não conseguirá fazer nada que fuja destes condicionamentos.Por esta razão, o empresário Ricardo Semler, formado em Direito pela Universidadede São Paulo e em Administração pela Harvard University, destacou como a

 primeira dentre as três condições sine qua non para a sobrevivência de empresas alongo prazo, a "capacidade de enxergar a necessidade de mudanças a tempo, com

35 - KIVITZ, Ed René. Quebrando Paradigmas. São Paulo: Abba, 1995, p. 37-56.  

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coragem para implementá-las antes que seja tarde demais".[36] Neste sentido, vale a pena ler um excelente texto de Darci Dusilek, no qual ele lança mão do conceito decurva sigmóide, muito utilizado em análises mercadológicas, para explicar a questão

do ciclo de vida da própria igreja que, caso não seja realimentado em tempo hábil, pode expirar, inviabilizando qualquer ato de reversão. [37] Washington R. Ferreiraconclui que a própria "teologia está refazendo leituras a procura de enunciados maisatuais, longe do dogmatismo da defesa de possuir a verdade última, atingindo o idealde descobrir novos paradigmas".[38] 

Portanto, prezado professor, é uma questão de fé e de visão; ainda uma questãode coragem.

Certo é que nem tudo dependerá de você, mas a partir de você muita coisa podemudar e melhorar em sua Escola Dominical e em sua igreja. Não desanime com a

constatação de que sozinho não conseguirá solucionar todas as coisas. O ser humano precisa aprender a enxergar-se não como solução cabal de tudo, mas como ponto de partida para que as soluções se viabilizem.

SOCORRO! Sou professor de Escola DominicalACABOU A AULA, E AGORA? 

As oportunidades de um professor fora da sala de aula Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu

estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos (Mt 28.20).

Enganam-se aqueles que pensam que o tempo de convivência entre professor ealunos da Escola Dominical está circunscrito ao da aula em classe. O professor o éainda que fora da sala de aula. A visão de limitar-se ao relacionamento dentro desala parece uma espécie de importação do modelo frio e profissional da sociedadecontemporânea, onde o médico só dedica 30 minutos ao cliente, o psicólogo encerraa sessão na hora certinha, o professor já está com seus objetos nas mãos quando tocao sinal do fim da aula. Na maioria dos casos, as pessoas nada têm a ver umas com asoutras fora do ambiente de encontro profissional.

 Na Escola Dominical precisa ser diferente. O professor assume aresponsabilidade por monitorar ou, pelo menos, acompanhar o crescimento dos seusalunos. E é precisamente fora da sala de aula que os alunos demonstrarão até que

 ponto aprenderam de fato a Palavra a eles ministrada durante a aula.Em decorrência disso, o professor assume seu papel dividindo sua atuação em

dois momentos: dentro da sala, quando sua preocupação maior é a de gerenciar o

36 - SEMLER, Ricardo. Virando a Própria Mesa. 21a. ed. São Paulo: Best Seller, 1988, p.69.  37 - DUSILEK, Darci. A Igreja em Peregrinação. Rio de Janeiro: Horizonal, 1996, p. 35-40.  38 - FERREIRA, Washington R. O Fim das Ilusões - O Lugar da Religião na Atualidade. Edição da Autor, Rio deJaneiro: 1996, p. 99. 

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 processo de ensino/aprendizagem; e fora da sala, quando sua tarefa é predominantemente a de observar as atitudes, comportamentos e posturas assumidos por seus alunos.

 Não só os alunos demonstram o aprendizado fora da sala, mas também o professor demonstra a eles o quanto acredita e pratica o que lhes ensina. É umadupla avaliação, de coerência, por parte do professor; de assimilação na vida, por 

 parte dos alunos. É bom que vejamos algumas orientações a respeito dessastremendas oportunidades de um professor fora da sala de aula.

A DIMENSÃO DO COMPORTAMENTOO professor sendo observadoA ênfase aqui é no fato de que os alunos observam o seu professor fora da sala

de aula, com o intuito de constatar ou não harmonia entre seu ensino e sua prática.Vemos então a preciosa oportunidade que o professor tem de reforçar ou ratificar seu ensino com seu exemplo: ao verem como o professor se comporta, os alunosreceberão mais uma aula, agora de vida, sobre como praticar a Palavra de Deus.

Alguns aspectos mais observados, pelos alunos, na vida do professor da EscolaDominical são:

O professor e o culto Primeiramente, se o professor está presente nos cultos promovidos pela igreja. Essa história de professor que chega, dá sua aula e vaiembora para casa sem participar do culto, ou aquele que raramente está nos cultos dedomingo ou de meio de semana, é um desserviço lamentável à obra de Deus.Privam-se de um envolvimento maior com a igreja e privam seus alunos de umexemplo vivo; eles poderão até entender que o culto não é importante.

Outro aspecto é o da postura do professor durante o culto. Ele participa mesmodo culto ou vive distraído, conversando, lendo ou escrevendo, durante a mensagem?Ele canta os hinos, entrega regularmente os dízimos do Senhor? Ele acompanha amensagem com a Bíblia aberta, seguindo cada passo do sermão? Podem parecer detalhes de importância reduzida, mas são aspectos que oferecem reforçoimportantíssimo, pelo exemplo, ao ensino da Bíblia em sala de aula.

O professor e seu caráter Os alunos observam se o professor cumpre sua palavra quando a empenha, se é

honesto em suas atitudes e justo em suas ações. Quando os alunos notam que o professor fala e não cumpre, comprometesse e não honra, passarão a não dar maiscrédito às suas palavras e a desvalorizá-lo como professor. É terrível quando issoocorre. A experiência tem mostrado como é difícil recuperar a imagem gravada nocoração das pessoas a respeito do nosso caráter.

São em atitudes aparentemente pequenas que as pessoas observam a correção

dos atos de um professor. Se respeita a fila na hora do lanche na cantina, se devolve

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o que pede emprestado, como responde àqueles que erram contra ele etc. Nas pequenas coisas o professor deixa transparecer o seu caráter e a sua personalidade,também. Vale lembrar aqui que não se trata de cobrar perfeição do professor, mas de

se exigir que ele esteja atento para não destruir fora de sala o que tenta construir dentro dela.

O professor e seus relacionamentosComo o professor trata seu cônjuge, seus filhos, os demais irmãos em Cristo, a

liderança da igreja; como se refere ao pastor, como se dirige aos amigos e aos próprios alunos? Os alunos observam os relacionamentos do seu professor aaprendem muito com eles. Ao ver um professor sendo gentil e amável com ocônjuge e com os filhos, os alunos nutrem uma ideia boa e positiva sobre o

relacionamento familiar. O ensino da Bíblia sobre este tema, para eles, fará muitomais sentido. Ocorrendo o contrário, o resultado é desastroso.Estamos vivendo na era do emocional. O quociente emocional é mais valorizado

do que o de inteligência. Numa reportagem publicada na revista Veja, de autoria deAríete Salvador e Laura Capriglione, a propósito do livro do psicólogo e jornalistaDaniel Goleman (Inteligência Emocional), um dos mais vendidos à época,encontramos algumas informações que nos mostram o quanto nossa inteligênciaemocional pode discrepar da intelectual ou racional. Por exemplo, a matéria informaque Albert Einstein tratava sua esposa, Mileva Maric, uma matemática servia, como

 pouco mais do que uma escrava; diz que Karl Marx era um gastador inveterado quevivia tomando dinheiro emprestado de seus amigos; informa ainda que CharlesDarwin tinha síndrome de pânico.[39] Tais informações mostram que alguns dosgrandes gênios, que mudaram o rumo da história e da vida humana com suas ideias,teorias e inventos, eram péssimos em seus relacionamentos com os outros e consigomesmos. O modo como um professor se relaciona com as pessoas ensina muito aosseus alunos sobre até que ponto ele leva em conta os ensinos de Cristo em sua vida.

A DIMENSÃO DO CONHECIMENTO

O professor observandoA questão agora se inverte, é o professor que passa a observar seus alunos. É

uma espécie de avaliação informal, na qual cada observação empresta subsídio ao professor para aferir até que ponto o que está sendo ensinado em termos de vida e dediscipulado está sendo assimilado e praticado pelos alunos. O professor observa seos alunos estão participando das atividades da igreja, se dão demonstrações deamadurecimento cristão e comprometimento com a obra de Deus. Procura conversar 

39 - SALVADOR, Arlet e CAPRIGLIONE, Laura. Quando a emoção é inteligência. Revista VEJA, 15.1.1997, p. 66. 

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com os pais para ver como estão as coisas no convívio familiar, na escola etc. Oresultado dessas observações e informações será um conhecimento ainda maior quecertamente conferirá às aulas um grau ainda mais elevado de relevância para a vida

dos alunos. No relacionamento dos alunos com os colegas, com a liderança da igrejae com o próprio professor será revelada a maturidade emocional dos mesmos. O professor precisará levar em conta esta maturidade emocional para a realização doseu trabalho de forma eficaz. Conhecendo melhor o nível emocional da vida de seusalunos, o professor cuidará de aplicar a Palavra de Deus de forma a proporcionar-lhes amadurecimento espiritual e emocional. Sem observação, portanto, ésimplesmente impossível qualquer avaliação que se chame relevante. Com o ensinoda Bíblia, a avaliação não pode centrar-se na retenção de informações, mas devefocar a capacidade dos alunos vivenciarem os princípios do Evangelho de Jesus

Cristo.A DIMENSÃO DA FRATERNIDADEAgora, entra em cena o relacionamento informal e espontâneo entre professor e

aluno. Deve haver muito diálogo entre eles, aproveitando as oportunidadesensejadas pela própria convivência eclesiástica. O professor também deve criar oportunidades que criem um ambiente fraterno. Professor e alunos devem ser amigos. Precisa haver um clima de confiança e cordialidade entre eles. Não podehaver barreiras, pois elas inviabilizariam uma boa comunicação. Muitas vezes osalunos vão compartilhar segredos e coisas íntimas com seu professor, isso exigirádele a capacidade de ouvir, orar, ajudar e, ao mesmo tempo, preservar a confiançados alunos. Há muito que o professor pode fazer para auxiliar seus alunos emquestões pessoais, mas se não houver um clima de total confiabilidade, jamais taisquestões serão sequer mencionadas. No contexto da fraternidade, o professor 

 procura conhecer as necessidades dos seus alunos e empenha-se em ajudá-los asatisfazê-los. Como se viu, o relacionamento professor-alunos se dá também, e deforma intensa, fora da sala de aula. Ao procurar observar seus alunos durante oscultos nas atividades da igreja e mesmo, caso possível, no seu dia-a-dia, o professor certamente colherá subsídios importantíssimos para o cumprimento do seuministério como docente da Escola Dominical.

QUEM SÃO OS MEUS ALUNOS? 

Como conhecer melhor os alunos de uma classe E serão todos ensinados por Deus. Portanto todo aquele que do Pai ouviu e

aprendeu vem a mim (Jo 6.45).

É simplesmente um engodo querer ensinar a Palavra de Deus para quem não seconhece. Num conceito moderno de ensino, o professor é, em síntese, um educador.Para cumprir seu papel precisará mergulhar primeiro no mundo do aluno que, o

quanto possível, precisa ser também o seu.

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Paulo Freire cunhou a expressão educação bancária, aquela cuja prática vê o professor executando sua função em basicamente dois momentos. O primeiro, na biblioteca, em contato com os livros, preparando-se para o ensino; o segundo, em

sala de aula, depositando no aluno aquilo que assimilou como resultado do primeiromomento. [40] Esta visão do aluno como mero depositário dos conhecimentos do professor é

 por demais retrógrada e daninha, diante do nobre propósito da educação cristã. Oaluno não deve apenas receber o depósito por parte do professor, o que seria areedição desta ultrajante filosofia educacional, na qual "o educador é o sujeito do

 processo; os educandos meros objetos"[41]; mas sim construir o próprioconhecimento a partir da ajuda e da ação do professor-educador.

Para Paulo Freire, portanto, o diálogo e a tarefa educacional será protagonizada

 por "não mais educador do educando, não mais educando do educador, maseducador-educando com educando e educador".[42] A classe de Escola Dominical objetiva não a simples troca de conhecimentos,

mas de vida; ao tempo em que o professor ensina, aprende; ao tempo em que osalunos aprendem, ensinam. É o milagre da educação religiosa acontecendo numasala de aula.

Encontramos na própria definição da postura do professor-educador, o caminho para o conhecimento dos alunos. Entendendo que "educar é, em suma, ajudar alguém a se criar"[43], o professor vai, no exercício de sua função, permitindo einteragindo com os alunos para que eles próprios engendrem seu desenvolvimento.O professor, como educador que é, reconhece "que não há educação verdadeirasenão quando existe auto-educação".[44]Desta forma, os alunos são responsabilizadose respeitados em sua autoformação.

Como bem lembrou Fanny Abramovich, "a postura básica do educador é aquelaaberta, que parte da percepção de cada aluno e do grupo como um todo, que

 possibilita a cada aluno que se conheça e conheça seu colega, para aí, depois de sedetectar quais as dificuldades, lacunas, interesses de cada grupo, poder ter algumaideia (e sempre reformulável durante a sequência dum curso) do que poderá ser 

 proposto àquele grupo”. [45] Então, abrindo-se para a pessoa do aluno, o professor descobre os caminhos mais

viáveis para o ensino que está se propondo transmitir. Com muita propriedade,Fanny Abramovich arremata dizendo que "é quando o educador está com todos osseus poros ligados a cada aluno, quando acompanha seu processo de crescimento,

40 - FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. IT ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987, p. 66.  41 - FREIRE, Paulo, op. cit, p. 59. 42 - FREIRE, Paulo, op. cit, p. 68. 43 - CHARBONNEAU, Paul-Eugene. Educar. São Paulo: EPU, p. 190. 44 - CHARBONNEAU, Paul-Eugene., loc. cit.

 45 - ABRAMOVICH, Fanny. Quem educa quem?. 2a. São Paulo: Summus, 1985, p. 41. 

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quando possibilita que ele seja integralmente, quando revê criticamente com cadagrupo todas as dificuldades pelas quais passou, quando o faz refletir sobre quem é,como age ou como impede os outros (ou se impede) de agir, que o processo

educacional flui".[46] Em decorrência disso vemos que, a depender da postura do professor, pode haver ou não sucesso na proposta educacional cristã veiculada pela Escola Dominical. Se o

 professor for adepto de uma filosofia educacional inibidora e castradora dos alunos, propugnando por uma atitude auto-centrada, que não dá espaço para que os alunossejam plenamente; a educação estará comprometida de forma cabal.

 Não é raro encontrarmos pessoas, muitas vezes até sem terem plena consciênciadisto, reproduzindo esta atitude cuja ineficácia, já à saciedade, tem sido

demonstrada. Precisamos, outrossim, lutar para que a práxis[47]

educacional daEscola Dominical de nossas igrejas represente sempre o que há de melhor e maismoderno no campo da educação.

E preciso sair da retaguarda e assumir uma atitude de vanguarda como agentesda educação cristã na história. A questão, portanto, é que o professor conheça seusalunos. "Conhecer o homem, o seu pensamento, - é tarefa bastante difícil!" admitiuAglael Luz Borges, em seu trabalho apresentado no II Congresso Brasileiro dePsicopedagogia e V Encontro de Psicopedagogos, realizado em julho de 1992, emSão Paulo; e comentou que os educadores "precisam estar atentos a fim de que,através de maisnconhecimento, possam vivenciar melhor a práxis, integrando tantoquanto possível o discurso, o sentimento e a ação".[48] 

Embora difícil, a tarefa de conhecer aqueles aos quais o professor-educador deseja ajudar no processo educacional desenvolvido na classe da Escola Dominical

 precisa ser realizada com dedicação e prioridade. Ao fazê-lo vai perceber que, como bem observou Jerry M. Stubblefield: "pessoas aprendem de formas diferentes. Isto écertamente verdade com faixas etárias diferentes".[49] A forma como um pré-escolar aprende é bem diferente da de um adolescente ou jovem. O adulto também aprendede maneira distinta. Assim, o professor precisa apropriar-se das características,dentro da psicologia do desenvolvimento, da idade das pessoas que constituem aclasse em que vai lecionar.

 Não levar em conta essas peculiaridades pessoais pode resultar em erros graves

46 - ABRAMOVICH, Fanny. loc. cit.  47 - Apanho emprestado aqui a compreensão de 'práxis' esposada por Beatriz Judith Lima Scoz, em seu trabalho

"Algumas Considerações sobre a Práxis Psicopedagógica na Realidade Educacional Brasileira", no qual afirma que "aidéia de práxis, portanto, firma-se numa compreensão do homem como ser ativo e criador, que transforma-se à medidaque transforma o mundo pela sua ação material e social". Em: A Práxis Psicopedagógica Brasileira. São Paulo: ABP.p,1994, p. 19. 

48 - BORGES, Aglael Luz. 0 Movimento Cognitivo-Afetivo-Social do Homem Ser-Sujeito na Relação do

Conhecimento - Uma Proposta de um Paradigma em Psicopedagogia. Em: A Práxis Pscopedagógica Brasileira..., p. 76. 

49 - STUBBLEFIELD, Jerry M. The Effective Minister of Education - A Comprehensive Handbook. Nashville.  

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que por certo afetarão o resultado final do trabalho do professor. Muitos insistem noexercício do magistério cristão, sem a imprescindível incursão no estudo dascaracterísticas do educando, de acordo com sua faixa etária.

Assim fazendo, praticam o que Hamilton Werneck chama de tapeagogia [50], istoé, os que praticam toda sorte de tapeações no processo de ensino-aprendizagem, bemcomo em sua administração.

Há alguns bons livros que muito poderão auxiliar o professor na tarefa deconhecer seus alunos [51], no entanto, além deste conhecimento teórico, é muitoimportante um conhecimento prático, pois somente através dele o professor poderáconhecer, de fato, os alunos para os quais ensina as Escrituras. Algumas orientações

 poderão ser úteis neste sentido:

1. Conheça seus alunos pelos nomesÉ muito importante chamar os alunos pelos seus nomes. O próprio convívio daigreja favorece isto, mas é muito bom que o professor desenvolva seu própriométodo para não esquecer o nome de cada um dos seus alunos. Ao chamar alguém

 pelo seu nome demonstramos atenção e respeito para com ele, abrimos uma portaque facilitará muito o relacionamento e a comunicação.

2. Visite seus alunos Nada como uma vista à casa do aluno para conhecer sua realidade de vida. O

relacionamento no templo pode iludir muito. Muitas vezes a realidade de vida doaluno não fica clara nesse contexto; em casa, porém, fica muito mais difícil qualquer confusão a esse respeito.

Saber as condições de vida dos alunos ajuda o professor a entendê-lo e auxiliá-lono ensino da Palavra de Deus. Quando o aluno é visitado fica mais à vontade com o

 professor e o relacionamento se torna mais autêntico. No momento de umaconselhamento ou do pedido de uma determinada tarefa, o professor ganhará muitose tiver visitado seus alunos.

3. Interesse-se pela vida de seus alunosProcure saber sobre a escola, os amigos, namorados e cônjuges de seus alunos.

Mostre interesse em suas vidas. Quanto mais por dentro de suas vidas estiver o professor, melhor será o seu trabalho em sala de aula, acredite. Anote em sua agendaa data do aniversário de seus alunos, assim você poderá fazer um contato, mandar um telegrama ou ainda fazer uma menção em sala de aula.

50 - WERNECK, Hamilton. Se você finge que ensina, eu finjo que aprendo. 11ª Ed. Petrópolis, Vozes, 1992, p. 55, 56.

51 - No final, o leitor encontrará uma bibliografia básica para a Escola Dominical, na qual constaminteressantes obras que tratam das características e das necessidades da criança, do adolescente, do jovem e do adulto.  

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O fato de o professor lembrar-se do dia do seu aniversário, fará com que o alunoo admire e respeite ainda mais.

4. Aproxime-se de sua famíliaConheça os demais membros da família de seus alunos e, o quanto possível,converse com eles; faça-os sentir que você faz parte da vida de seu aluno e isso o faz

 parte também de sua família. Quando uma família se percebe importante para o professor de um de seus membros, é como se sentisse o cuidado da igreja por ela.

5. Descubra a ocupação e os interesses de seus alunosQual é a profissão de cada um? Que curso cada um está fazendo? Estas

informações são valiosíssimas do ponto de vista didático-pedagógico. Muitas são as

ilustrações ou exemplos que podem ser extraídos da vida profissional ou estudantildos alunos. Ao usar este recurso, a comunicação será estabelecida com maior eficácia. Muitas vezes um exemplo extraído do ambiente profissional ou acadêmicodos alunos tem maior efeito no ensino do que horas de exposição.

Também são valiosíssimas as informações acerca dos interesses dos alunoscomo: esportes, leituras, filmes, cantores e artistas, carro, viagens etc. Estas coisasacabam fazendo o professor conhecer ainda mais profundamente as pessoas às quais

 pretende transmitir a Palavra de Deus. Também o ajudará a inserir no contexto daaula pequenas brincadeiras e leves momentos de descontração que contribuirãoemocionalmente para o bem-estar dos alunos em classe.

Seja sociávelMuito conseguirá, por exemplo, um professor de adolescentes ou de jovens que

 jogue futebol com eles, ou saia à noite para um passeio ou comer uma pizza juntos.Um professor de adultos que esteja junto com os alunos num churrasco ou numa

 pescaria terá em muito facilitado o seu trabalho, pois não existirão barreiras norelacionamento e na comunicação.

Um professor, por outro lado, que foge dos momentos sociais, acaba por  prejudicar seu trabalho, comprometendo a eficácia do seu ensino.

QUEM SÃO SEUS ALUNOS?O objetivo deste capítulo foi demonstrar como é importante o conhecimento do

aluno por parte do professor. Oferecemos, também, alguma ajuda neste sentido, portanto, se o professor da Escola Dominical lançar mão das idéias aqui ventiladas ede outras oriundas de fontes diversas de informação, perceberá o prazer e afacilitação de sua tarefa aumentados, em função de sua dedicação na difícil masimprescindível tarefa de conhecer seus alunos.

 Não tenha medo ou constrangimento. Lance-se na aventura de conhecer com a

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 profundidade possível aqueles que o têm como professor. Mergulhe o quanto puder na realidade de vida dos seus alunos. Lembre-se de que a profundidade do seuensino dependerá da intensidade do conhecimento que você tem de seus alunos.

Seja educador-educando, relacionando-se de forma criativa e dinâmica comeducandoseducadores. Seja e deixe-o ser integral, intensa e naturalmente. Assim, aeducação cristã se dará farta produtiva e abundante; dentro e fora da sala de aula.

AF INAL , QUE TIPO DE PROFESSOR EU SOU? 

Como melhorar a qualidade do trabalho do professor  Até que todos cheguemos à unidade da fé e do Filho de Deus, ao estado de

homem feito, à medida da estatura da plenitude de Cristo (Ef4.13).

O capítulo anterior já ajudou muito no escopo deste, visto ter apresentado umavisão da natureza do professor, concebendo-o como educador, sobretudo.

Aqui, portanto, adicionaremos uma dimensão que, na verdade, resume demaneira singular quem deve ser o professor.

O PROFESSOR PARTEIROEis uma alusão ao método de ensinar usado por Sócrates, a "maiêutica, nome que

lembrava a profissão exercida por sua mãe, que era parteira".[52] O professor é aqueleque traz à luz o conhecimento e, como bem ensinou o professor Luciano Lopes, aoafirmar que " a tarefa do professor não era tanto a de ensinar, como a de provocar aeclosão das idéias".[53] 

Por esta razão, depois de percorrer os capítulos anteriores, e refletir bastantesobre a sua tarefa, o professor pode agora, num exercício de auto-avaliação, detectar áreas em sua vida que precisam ser trabalhadas visando o aprimoramento do seutrabalho. Isso é simplesmente maravilhoso, ao servir a Deus na qualidade de

 professor da Escola Dominical, a pessoa é convidada a uma constante avaliação doseu ministério. O desejo de exercer com dedicação a tarefa de ensinar as Escrituras

 precisará pressupor sempre a reciclagem e o aperfeiçoamento, sob pena de, em nãoacontecendo, instalar-se uma situação de retrocesso e de letargia na EscolaDominical.

O professor, como todos os crentes, precisa crescer, melhorar. Cada diarepresenta um desafio novo, cada trimestre uma oportunidade nova de crescer com eatravés da vida dos seus alunos. "É claro que o professor, para exercer com eficáciaa maiêutica das idéias, deverá ter vocação e também preparo especializado". [54] Tal

52 - LOPES, Luciano. 0 Professor Ideal. 3a. ed. Rio de Janeiro: Casa do Educador A.A., I996, p. 19.

53 - LOPES, Luciano. loc. cit.54 - LOPES, Luciano. loc. cit. 

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 preparo se dará no transcurso da vivência do próprio professor, em sua disposição dese envolver nos programas de reciclagem e treinamento a que tiver acesso.

 No entanto, muitos são resistentes à idéia de reciclagem e de treinamento. Há

casos de professores da Escola Dominical que jamais aceitam participar de umtreinamento ou de um curso; são auto-suficientes, acham-se prontos e julgam-sedetentores de todo o saber. Não pode haver coisa mais prejudicial para uma EscolaDominical do que a presença de pessoas que se recusam a crescer, negam se amelhorar e fogem do aperfeiçoamento.

Ser professor da Escola Dominical implica melhorar sempre, abrir-se para onovo, manter arejada a mente e aberto o coração para experimentar novos métodos,intensificar ações educacionais, testar, experimentar. Neste sentido, a sala de aula éum laboratório permanente onde professor e alunos se lançam a novas descobertas e

experimentos cujos resultados muito poderão contribuir para o crescimento do Reinode Deus.Aqueles que resistem tanto a esta idéia da reciclagem e treinamento carecem de

humildade.Humildade é a convicção de que não temos nem somos a última palavra. A

humildade leva o professor a entender suas limitações e deficiências. Tambéminferimos, ao analisar estes resistentes, um certo desprezo pelo trabalho de Deus,muitas vezes até travestido de piedade e responsabilidade. Se uma pessoa não quer consertar erros, redirecionar caminhos equivocados, corrigir falhas e aperfeiçoar métodos e técnicas acerca do ensino dinâmico e eficaz das Escrituras; entãonotamos, no mínimo, desconsideração para com a nobreza do ministério do ensinoda Bíblia na igreja.

 No tempo em que nós vivemos, as coisas acontecem com uma velocidadeenorme. A cada dia surgem novas idéias, aparecem instrumentos melhores, nascem

 paradigmas contemporâneos e relevantes na área do ensino. Através de sua participação constante em programas de reciclagem, cursos de aperfeiçoamento,clínicas e laboratórios de ensino; o professor da Escola Dominical vai seatualizando, tomando conhecimento das novidades e, naturalmente, melhorando aqualidade do seu trabalho.

O pastor e os líderes educacionais da igreja devem se esforçar sempre para queesta consciência da necessidade de melhorar e aperfeiçoar sejam passada edesenvolvida na vida dos seus professores. Além disso, precisam levar a igreja ainvestir nessa melhoria. Bem fará a igreja que se esforçar para financiar programasde reciclagem para os seus professores, para lhes dar condições cada vez melhores

 para o desenvolvimento de seu ministério. Muitos professores até se frustram aoconstatarem que a igreja não os valoriza e nada investe em suas vidas e em seu

 potencial. Quando isso ocorre, temos o quadro absurdo que mostra professoresdedicados querendo melhorar seu trabalho, e líderes obstruindo o seu ideal e

matando sua vocação. É preciso estarmos atentos para que a igreja invista com

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objetividade e fé no aperfeiçoamento do seu corpo docente.A consciência de que o ensino das Escrituras está na base de tudo o que uma

igreja realiza, quer seja missões e evangelismo, música, ação social, cultura,

educação etc há de gerar um clima favorável ao investimento na área da EscolaDominical.De um modo geral, podemos dividir os professores em duas categorias, tal

divisão tem apenas um objetivo didático, visando auxiliar o professor a identificar em que necessita de reciclagem e/ou de treinamento:

PROFESSORES QUE SABEM COMO ENSINAR São aqueles que dominam os métodos de ensino, que conhecem bem a didática.

São capazes de planejar e desenvolver uma aula tecnicamente perfeita e eficiente.

Tais professores quase nunca têm problemas com o tempo da aula ou a motivaçãodos alunos, visto que conhecem exatamente as técnicas para se evitar este tipo de problema.

PROFESSORES QUE SABEM O QUE ENSINAR Estes são professores que conhecem bem a Palavra de Deus e sabem exatamente

o que deve ser passado para os seus alunos. Têm boa estrutura doutrinária,conhecem bem a história bíblica, sabem discernir se um determinado ensinamentotem ou não fundamento bíblico. Sua contribuição para a Escola Dominical se dá

 preponderantemente na dimensão do conteúdo bíblico. Na realidade educacional de uma igreja local essas duas categorias se

manifestam em, pelo menos, quatro tipos de professores na Escola Dominical:

Como sem o quêSão professores que sabem como ensinar, mas não sabem o que ensinar, ou seja,

dominam bem a técnica, a didática, mas não dominam bem a Palavra de Deus. Suaaula vai falhar sempre no aspecto do conteúdo. Estará sempre correndo o risco dedeixar seus alunos saírem da sala sem saberem os aspectos fundamentais do textoestudado. As aulas acontecerão, mas o crescimento bíblico-doutrinário será lento.

O que sem comoTambém encontramos na Escola Dominical aqueles professores que dominam

muito bem o conteúdo, mas não conhecem bem as técnicas de ensino. Fica sempreclaro para os alunos que ele conhece o assunto que está ensinando, mas faltahabilidade para o ensino propriamente dito. O risco no caso deste professor é nãoconseguir transmitir o conteúdo que tanto conhece e mesmo de não ser capaz deadequar a quantidade de matéria a ser transmitida com o tempo disponível para tal,implicando até mesmo deixar para trás partes importantes do conteúdo.

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Sem o que e sem comoAinda existem aqueles que são deficitários tanto no método ou na técnica, como

no conteúdo. Aí o que acontece é uma espécie de faz-de-conta. Não há

 produtividade. A tendência nestes casos é a aula enveredar por assuntos outros,conversas informais e até o compartilhar de experiências que nada têm a ver com oque deveria estar sendo ensinado.

O que e comoSão aqueles que unem o conhecimento da técnica e do conteúdo. Sabem o que

 precisam ensinar e conhecem precisamente como fazê-lo. Dominam tanto oconteúdo como a técnica de ensino. Pertencem ao grupo de professores ideais para aEscola Dominical, pois poderão exercer seu ofício com abrangência e competência.

O alvo de cada Escola Dominical deve ser o de ajudar seus professores para que pertençam a este segmento; o que demandará, por parte da liderança educacional daigreja, um programa de treinamento.

TREINAMENTO DIRECIONADOTendo em vista os conceitos explanados acima, precisamos agora rever as

 propostas de treinamento e de reciclagem que tradicionalmente são apresentadas emnossas igrejas. Nota-se que, os treinamentos oferecidos tratam o professor demaneira massificada. O máximo que temos visto é uma divisão dos professores emfunção da faixa etária para a qual ensina. O pressuposto é o de que se pode colocar em uma mesma sala de treinamento todos os professores de adolescentes. Otreinamento é estruturado a partir do que os professores têm em comum. Nosso

 pensamento é que os programas de treinamento e reciclagem devem ser estruturadosa partir das diferenças e não das semelhanças entre os professores.

Assim, em vez de oferecer um treinamento geral para, digamos, professores deadolescentes, oferecer-se-á um curso ou reciclagem sobre, por exemplo,aprimoramento das técnicas de ensino para adolescentes ou conhecendo melhor o

 Novo Testamento. Nosso entendimento é que este tipo de proposta atrairá o professor em função das carências e necessidades. O resultado é que o tão sonhadocorpo docente de qualidade poderá ser viabilizado a médio e longo prazos.

Pensando na igreja local, uma boa dica é reunir os professores com o objetivo deorientá-los acerca dos tipos de professores mencionados neste capítulo. Os

 professores precisarão se identificar com um desses tipos de professores. O modelode questionário que segue foi desenvolvido com o propósito de levar os próprios

 professores a se conhecerem melhor. Este questionário deve ser aplicado após umaclara e objetiva exposição sobre os tipos de professores existentes na EscolaDominical:

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FORMULÁRIO DE AUTO-IDENTIFICAÇÃO DO PROFESSOR Assinale em qual dos casos abaixo há uma descrição mais adequada sobre sua

vida como professor:

1. No exercício do meu ministério predomina mais o como ensinar.2. No exercício do meu ministério predomina mais o que ensinar.3. No exercício do meu ministério como e o que ensinar são observados de forma

equilibrada4. No exercício do meu ministério preciso desenvolver tanto como quanto o que

ensinar.Se você concorda que a liderança da Escola Dominical elabore um Programa de

Treinamento Direcionado, através do qual você seja ajudado especificamente no que

está precisando, responda às questões abaixo e entregue este formulário ao Diretor da Escola Dominical.

Nome completo:Classe que leciona: Data de nascimento:Endereço: Rua: NComplemento:Bairro: Cidade:Estado CEPTelefone de casa: Telefone do trabalho:

De posse dos formulários, a direção da Escola Dominical poderá desenvolver um programa de reciclagem que atinja diretamente os professores em suas necessidadesespecíficas reconhecidas. Este programa de reciclagem, se necessário, poderá ser desenvolvido até individualmente, tendo em vista que muitos dos nossos professorestêm condições de se auto-reciclarem através de leituras e de um acompanhamento

 por parte da direção da Escola.

AUTOTREINAMENTOConsciente de sua necessidade de constante treinamento e reciclagem, o

 professor não precisa ficar esperando que haja um curso ou uma clínica parareciclar-se. Por si mesmo, pode valer-se de livros para ler e rever seus métodosvisando enriquecê-los. Uma boa prática é a leitura de livros voltados para a práticado ensino. Ao final deste livro, você encontrará uma bibliografia básica da EscolaDominical que lhe oferecerá livros cuja leitura o ajudarão e contribuirão para amelhoria do ensino em sala de aula.

O programa de auto-reciclagem considera ainda a descoberta de oportunidadesde crescimento pessoal de uma maneira mais formal. Se em sua cidade existe um

seminário teológico evangélico, você fará bem se procurar informar-se sobre a

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 possibilidade de cursar matérias avulsas, como Introdução àBíblia, Velho Testamento, Novo Testamento, Teologia Sistemática, Didática,

Geografia Bíblica e outras.

Você poderá cursar uma ou duas disciplinas avulsas a cada semestre; assim, aolongo dos anos, você vai se aprofundando mais e mais no conhecimento dasEscrituras.

A igreja, por sua vez, pode, dentro de suas possibilidades, ajudar os seus professores neste programa de reciclagem mais formal. No caso de professoresmenos aquinhoados financeiramente, a igreja poderá até patrocinar tal treinamento.

O importante é que cada professor perceba o valor de uma reciclagem constantee periódica, sempre com aquele sentimento de humildade e desejo de melhorar. Aobra de Deus merece que dediquemos o melhor de nós, por isso o professor da

Escola Dominical é aquele tipo de obreiro que jamais fica parado no tempo, mas quecresce um pouco a cada dia. Lembrando ainda que, no desenvolvimento de sua personalidade, o professor deve cultivar sempre zelo por sua aparência, capacidadede expressão, cortesia, otimismo, espírito de simpatia, auto-direção, espírito deiniciativa, entusiasmo e saúde. [55] 

 NA ERA DA INFORMAÇÃOVivemos hoje a geração da informação e da comunicação. O mundo inteiro está

interligado pela maior teia de informação de todos os tempos, a Internet. As possibilidades e oportunidades que acompanham a Internet ainda são vislumbradasde forma muito incipiente pela maioria das pessoas, porém, a verdade é que estamosdiante do maior ambiente de influência mundial, o virtual.

Como alguém cujo ministério é a interpretação da Bíblia para o homem de hoje,o professor não pode pecar pela ignorância da Internet e seu potencial. Através dela,o professor pode atualizar-se, instruir-se e alargar seus conhecimentos sobre o queestá a ensinar.

Há hoje inumeráveis fontes de pesquisa abertas na Internet, com acesso ainformações sobre a

Bíblia e a Teologia. Navegando pelas páginas de informações (home pages), o professor encontrará recursos antes simplesmente impossíveis de serem acessados adistância, poderá adquirir livros, consultar enciclopédias e conversar através docorreio eletrônico (e-mail) com professores de universidades, especialistas domundo inteiro, bem como trocar idéias com pastores e outros professores da EscolaDominical que estão longe dele.

São já milhares de igrejas presentes na Internet. Ao visitá-las, o professor poderáter uma idéia do desenvolvimento de seus ministérios e aproveitar informações eacessos colocados à disposição nas páginas da Internet. Para que o leitor tenha uma

55 - LOPES, Luciano. op, cit, p. 25-50.

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idéia, no dia em que este capítulo está sendo escrito, a homepage da nossa igrejacompletou a marca de 1.700 acessos, em apenas cinco meses. São pessoas que, nomundo inteiro, acessaram nossa página para conhecer um pouco sobre nossa igreja.

Hoje pode-se estudar via Internet, fazer compras, pesquisar, conversar, secorresponder, informar-se política, social e culturalmente, e comunicar-se com pessoas distantes. No seu discurso anual de 1997 (The State of Union), o presidenteBill Clinton, dos Estados Unidos, disse que seu objetivo é o de permitir a criançasamericanas, a partir de 12 anos, ter habilidade suficiente para usar a Internet. Faloudo propósito de interligar com a rede mundial cada sala de aula e cada enfermaria dehospital. Lembrou da maravilha que a Internet já representa no campo da ciência eda tecnologia, especialmente pela geração de informação instantânea. Uma pessoainternada em um hospital poderá se comunicar com seus familiares e receber apoio e

ajuda, mesmo de parentes que estejam do outro lado do planeta. Seus médicos poderão consultar opiniões de especialistas em todo o mundo, inclusive remetendoexames, boletins ete, o que poderá significar a cura do doente e tudo a um custoinacreditavelmente baixo.

O professor da Escola Dominical deve apropriar-se deste universo virtual que,mais do que qualquer outra coisa, tem caracterizado este final de século e demilênio. Deve instrumentalizar-se da Internet para a melhoria da qualidade do seuensino das Escrituras.

Bênçãos e desafios para este final de milênioO ensino do sábio é uma fonte de vida para desviar dos laços da morte (Pv

13.14).

ESPERANÇAEste é o sentimento do nosso coração ao terminar este livro. Esperança de

vermos nossas EscolasDominicais sendo dinamizadas, em especial no que se refere à tarefa do

 professor. Ensinar a Bíblia é uma bênção e um desafio para a vida do professor.Bênção oriunda da convicção de que se trabalha não por verdades humanas,temporais; mas divinas e eternas; desafio, pela consciência de que só é possível ser 

 professor da Escola Dominical sob a égide da iluminação divina. Como professor daEscola Dominical, o leitor pode sentir as alegrias da bênção e o prazer do desafio.Que bom Deus confiar a homens e mulheres tão sublime tarefa!

SENDO PONTESer professor é ter o privilégio de ser ponte. Entre as verdades de Deus e as

necessidades dos homens; entre os desígnios de Deus e as perplexidades doshomens; entre o consolo de Deus e a carência dos homens. Ser professor da Escola

Dominical é ser ponte, através da qual os alunos alcançarão o objetivo da edificação.

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O professor encontra prazer em ver pessoas atingindo o outro lado do rio. Sem a ponte, o outro lado é sonho, com ela é topia, é realidade. Sem a ponte, o mar e oabismo são invencíveis, com ela ambos são domados e superados. Sem a ponte os

 benefícios da travessia se relativizam, com ela tornam-se desafios. Ser professor daEscola Dominical é ser ponte.

SENDO ALUNOSer professor é ser aluno. É aprender com os alunos, com as aulas, com a vida. É

 perceber o que o Mestre tem a lhe mostrar e ensinar. É não se deixar envaidecer pelaequivocada, posição de quem ensina. É fazer do seu ministério um constante,desafiador e dinâmico aprender, é ser aluno. Ser professor é ser aluno, portanto, maisum no meio dos outros. É sentir as dores e preocupações deles. É ser um com os

demais alunos e deixar ser um consigo também. Ser aluno é ter amigos, é fazer partede uma comunidade, é não estar só.

SENDO SERVOSer professor implica servir a Deus e ao próximo. O espírito de serviço prevalece

no coração do professor da Escola Dominical. A consciência de quem é o seuSenhor é de fundamental importância na vida do professor. O professor serve a Deusdentro e fora da sala de aula, serve-o com alegria e disposição, trabalha para o seuSenhor com espontaneidade e prazer. Este serviço implicará muitas vezes renúncia,e renunciar é uma característica indispensável na vida de quem se propõe a ensinar.

SENDO CANAL PARA O CRESCIMENTOServir a Deus na condição de professor da Escola Dominical é colocar-se

estrategicamente na posição de canal para o crescimento da igreja. Através da EscolaDominical, como já vimos, a viabilização do crescimento da igreja é certa e segura.

 Neste, sentido veremos que do resultado do trabalho do professor dependerá ocrescimento. Como bem lembrou Valdir Steuernagel: "a qualidade de discípulos queo Evangelho produzir, no contexto de uma igreja, será o atestado de quão saudávelou enfermo foi o crescimento desta igreja".[56] O professor é a figura principal neste

 processo de 'controle de qualidade'. Como canal de crescimento, o professor não bloqueará o desenvolvimento da obra, mas contribuirá para que as oportunidades decrescimento sejam devida e sabiamente aproveitadas. O professor não é oresponsável pelo crescimento de sua igreja, mas um dos canais através dos quais talcrescimento se dará, pois "para que a igreja cresça é preciso que o evangelho seja

 pregado e vivido e encontre uma resposta positiva".[57] Cumprindo seu papel decanal, o professor será um instrumento para o crescimento de sua igreja.

56 - STEUERNAGEL, Valdir. A Igreja Rumo ao Ano 2000. Belo Horizonte: Missão, 1991, p. 92. 

57 - STEUERNAGEL, Valdir., op. cit. p. 91. 

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SENDO RESPONSÁVELA responsabilidade é uma virtude que determina, o sucesso ou o fracasso de

qualquer empreendimento. O ensino da Bíblia numa classe de Escola Dominical é o

mais sublime e recompensador de todos os empreendimentos. Agindo com umsentimento de intensa responsabilidade na liderança de cada aula e de cada atividadede sua classe, demonstrando aos alunos o quanto considera e valoriza o seuministério, o professor conseguirá gerar neles o mesmo sentimento de zelo e deresponsabilidade para com o estudo e a aplicação na vida da Palavra de Deus.

OBJETIVANDO A GLÓRIA DE DEUSMesmo realizando o trabalho duro e árduo de preparar-se adequadamente para o

ensino das Escrituras, mesmo esforçando-se ao máximo para realizar seu trabalho

com a maior perfeição possível, o professor jamais deve esperar receber glória.Receberá honra, gratidão, reconhecimento, mas a glória deverá ser sempre de Deus.Por esta razão, entendemos também que as pessoas que têm sido usadas de formaextraordinária por Deus, na liderança do seu povo, possuem "um único propósito emmira: que as suas vidas e a sua atuação redundem na honra e na glória de Deus,mediante qualquer tipo de serviço que sejam capazes de realizar".[58] 

Ao objetivarem a glorificação de Deus em suas vidas e através delas, os professores da Escola Dominical acabam por construírem um inabalável alicercesobre o qual o Espírito Santo de Deus edificará sua igreja madura e transformadora.

GRATIDÃOA última palavra que desejamos dar aos professores da Escola Dominical das

igrejas evangélicas do Brasil, é no sentido de que reconheçam o alto privilégio queDeus lhes tem concedido em permitir-lhes o exercício do ministério do ensino daBíblia em suas igrejas. De fato, Deus tem sido maravilhoso em escalar em cadaigreja pessoas como você, dedicadas e interessadas no ensino e na disseminação daPalavra Santa.

Ao selecionar uma pessoa para a tarefa do ensino, Deus a acompanha, protege esupre suas necessidades. Sabe o nosso Senhor que cada professor constitui o maior de todos os patrimônios. Deus não fica alheio à situação de cada professor, a vidadaquele que se dedica ao ensino das Escrituras interessa bem de perto ao Senhor.

Em função disto, o professor deve apropriar-se das preciosas promessas daPalavra de Deus, agindo de tal maneira a usufruir delas em seu viver diário. Sobretodas as coisas o professor é alguém que, de fato, "tem o seu prazer na lei do Senhor,e na sua lei medita dia e noite" (SI 1.2).

Certo de estar no centro da vontade de Deus, o professor segue no exercício do

58 - BARNA, George. Igrejas Amigáveis e Acolhedoras. São Paulo: Abba, 1995, p. 199.

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ministério que recebeu do Senhor. Conseguindo extrair prazer e contentamento detodas as circunstâncias nas lides do ensino da Palavra de Deus, ele não desanimadiante dos desafios, não desiste ante os obstáculos, não esmorece à frente das

tribulações. Sabe em quem confia, conhecem quem adora vivência as verdades queensina. É professor, ensina a Palavra da qual se alimenta dia após dia.Se na sua experiência como professor, você nem sempre foi compreendido ou

recompensado; se chegou muitas vezes a pensar em desistir; se cogitou no coraçãoabandonar a carreira; se incontáveis vezes sentiu chegar à garganta um grito por socorro; fica aqui o estímulo para que persevere, pois como ensinou o apóstoloPaulo: "por isso não desfalecemos; mas ainda que o nosso homem exterior se estejaconsumindo, o interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve emomentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno

 peso de glória; não atentando nós nas coisas que se vêem, mas sim nas que se nãovêem; porque as que se vêem são temporais, enquanto as que se não vêem sãoeternas" (2Co 4.16-18). A cada dia a vida do professor vai sendo renovada emfunção da sua fé e do seu desprendimento no serviço do Reino.

Avante, professores! Levem a cabo o ministério que o próprio Deus lhesentregou. Apropriem-se das orientações e dos conselhos aqui compartilhados,tenham coragem e fé, encarem sua função com o brilho que lhe é peculiar, creia queDeus fará prosperar a obra de suas mãos. Acreditem que vocês terão a alegria deconstatar na vida dos alunos de hoje, homens e mulheres de Deus amanhã. Étambém para você, professor da Escola Dominical, a promessa bíblica:

"Aquele que sai chorando, levando a semente para semear, voltará com cânticosde júbilo, trazendo consigo os seus molhos" (Sl 126.6).

ANEXOS 

OS DEZ MANDAMENTOS DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL1. Amar a Palavra de Deus ao ponto de estudá-la com afinco e constância.2. Reconhecer o valor da Educação Religiosa e ter na mais alta estima a missão

do educador.3. Estar sempre bem preparado para ensinar a Bíblia na classe.4. Estar sempre em dia com os novos métodos de ensino e procurar renová-los

quando necessário.5. Dar instrução sem esquecer da educação, isto é, transmitir conhecimento e ao

mesmo tempo formar o caráter.6. Amar o aluno como a seu próprio filho.7. Saber que o aluno tem uma personalidade que merece respeito; e uma vida

cristã em desenvolvimento.8. Amar a igreja da qual é membro, prestigiando com sua presença e

contribuição suas programações e suas promoções.

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9. Procurar em tudo ser exemplo digno de ser seguido por seus alunos.10. Estudar sempre com o fim de aperfeiçoar-se para servir sempre melhor ao

Senhor.

(Baseado no texto Os Dez Mandamentos do Professor, de LOPES, Luciano. O professor ideal. 3ª ed. Rio de Janeiro: Casa do Educador, 1966, p. 50-51).

PLANO DE SALVAÇÃOExistem várias versões do Plano de Salvação, todas com seus méritos. Aqui

transcrevemos a que nos parece melhor para uso do professor da Escola Dominical.E a versão conhecida como Estrada dos Romanos, que apresenta a peculiaridade deusar somente textos da Carta de Paulo aos Romanos.

Como está escrito: Não há um justo, nem um sequer (Romanos 3.10).

Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus (Romanos 3.23).Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado amorte, assim também a morte passa a todos os homens por isso que todos pecaram(Romanos 5.12).

Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vidaeterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor (Romanos 6.23).

Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendonós ainda pecadores. Logo muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangueseremos por ele salvos da ira (Romanos 5.8, 9).

A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creresque Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê

 para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação (Romanos 10.9,10).

BIBLIOTECA BÁSICA DO PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL [59] 

BÍBLIASImprensa Bíblica Brasileira. Versão Revisada da Tradução de João Ferreira de

Almeida, de acordo com os melhores textos em hebraico e grego. 1ª. Impressão,1986.

A Bíblia de Jerusalém. Edições Paulinas, 1973.A Bíblia na Linguagem de Hoje. Sociedade Bíblica do Brasil.

CONCORDÂNCIAConcordância Bíblica. Brasília: Sociedade Bíblica do Brasil, 1975, l.l01p.

59 - A Biblioteca do Professor da Escola Dominical, precisa ter materiais que sejam de cunho teológico, bibliográfico, pedagógico etc. 

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DICIONÁRIOS, MANUAIS E ATLASDAVIS, John D. Dicionário da Bíblia. Rio de Janeiro: Juerp, 1980, 660p.

DOUGLAS, J. D. (ed.). O Novo Dicionário da Bíblia. São Paulo: Vida Nova, 1962.

HALLEY, H.H. Manual Bíblico. 2 Vol., São Paulo: Vida Nova. ROWLEY, H. H.Pequeno Atlas Bíblico. São Paulo:ASTE.

COMENTÁRIOS BÍBLICOSALLEN, Clifton J. (Editor Geral). Comentário Bíblico Broadman. Rio de

Janeiro: Juerp. Vols. 1-3 Antigo Testamento cobrindo de Gênesis a Neemias. Osvolumes 8-12 (Novo Testamento) cobrindo de Mateus a Apocalipse.

MESQUITA, António Neves de. Estudos nos Livros do Antigo Testamento. Riode Janeiro: Juerp. Vários volumes.

MUELLER, Ênio R. (Coordenador). Em Diálogo com a 'Bíblia. Curitiba e BeloHorizonte: Encontrão e Missão. Alguns volumes prontos sobre livros do NovoTestamento.

PFEIFFER, Charles E, HARRISON, Everett F. Comentário Bíblico Moody. SãoPaulo: Imprensa Batista Regular. Os volumes 1-3 (Antigo Testamento) cobrem deGênesis a Malaquias. Os vols. 4 e 5 cobrem de Mateus a Apocalipse.

Série Cultura Bíblica - Introdução e Comentário em vários volumes tratando devários livros do Antigo e do Novo Testamentos. São Paulo: Mundo Cristão e Vida

 Nova.PARA CONHECER MELHOR OS ALUNOS E ENSINAR MELHOR APPLEBY, Rosalee Mils. 0 Ensino da Palavra. 13a ed. Rio de Janeiro: Juerp,

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BÍBLIAS - SOFTsA Bíblia em Multimídia - CD ROM. Brasília: Laicus Consultoria e Informática

Ltda, 1996.

(Texto bíblico completo, mapas bíblicos, cronologia da vida de Jesus,concordância e sumários e esboços dos livros da Bíblia).Bíblia Soft-CD ROM. Curitiba, PUBLISOFT Publicações Informatizadas Ltda,

1996. (Texto bíblico completo, texto grego do Novo Testamento, dicionário dosnomes bíblicos, mapas bíblicos, comentários sobre pontos geográficos bíblicos,introdução aos livros bíblicos, informações sobre moedas, pesos e medidas).

A Bíblia Fala - Vários estudos bíblicos temáticos.http://www.cuc.edu/cqi-bin/bf.pl

A Bíblia Net - O texto bíblico em português.http://www.cuc.edu/cqi-bin/bibliaEcksianet-Devócionús, comentários, esboços, sermões, estudos bíblicos, livros

etc.http://www.eclesianet.com.br Família Evangélica - Assuntos diversos ligados à fé cristã.http: / / www.geocities.com/heartland/ 8 871Teologia Sistemática Protestante - Estudos Doutrinárioshttp://www.nce.ufrj.br/~harpia/estl80

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