Sociologia no Brasil I

ASPECTOS HISTÓRICOS

"Nós, brasileiros, somos um povo em ser, impedido de sê-lo. Um povo mestiço na carne e no espírito, já que aqui a mestiçagem

jamais foi crime ou pecado. Nela fomos feitos e ainda continuamos nos fazendo.

Essa massa de nativos viveu por séculos sem

consciência de si... Assim foi até se definir como uma

nova identidade étnico-nacional, a de brasileiros...“

Darcy Ribeiro, em O Povo Brasileiro

Um povo. Uma cultura?

01- HERANÇAS pág. 21 O desenvolvimento do pensa-mento sociológico no Brasil obedeceu às condições de desenvolvimento do capitalismo e da inserção do país na ordem mundial,como resultado de um longo processo que teve como suporte as condições sócio-históricas do capitalismo na Europa, a partir do Renascimento.

Nos primeiros anos da colonização, índios e portugueses desenvolveram relações de

extrema harmonia, numa fusão cultural que faria desaparecer as diferenças iniciais

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Página 21 a 22

A administração, por uma lado, e a cultura por outro, tratavam de subordinar a colônia aos interesses da coroa portuguesa e da Igreja. Seus efeitos foram a aculturação indígena, a submissão das populações escravas e a distinção drástica das camadas cultas, compostas pelos que se dedicavam ao saber e não ao trabalho braçal.

2.1 A cultura e as classes intermediárias no século XVIII ( pág. 22)

MINERAÇÃO = surto de urbanização , desenvolvimento comercial e de exploração. CONSEQUÊNCIAS= divisão social em donos de terras e administradores x escravos e nativos. Surgem novas ocupações para classes intermediárias: comerciantes; artífices; fiscais e controladores da extração de minérios; Criadores de animais; Funcionários da administração.

Pela primeira vez O HOMEM LIVRE era mais numeroso que os ESCRAVOS.

2.1 A cultura da corte e século XIX ( pág. 22 e 23)

A criação da Academia de Belas Artes, a fundação da imprensa, jornais e bibliotecas e dos primeiros cursos superiores romperam em parte com a cultura escolástica e literária anterior. A formação era voltada basicamente à intelectuais com o intuito de servir à corte e às classes dominantes.

•os grupos sociais que emergiram (as classes intermediárias)

dispunham de capacidade econômica, poder político e

intelecto, e eram recrutados para a servir a corte e ás classes

dominantes.

( pág. 23)

A forma e a linguagem eram estrangeiras, só o motivo era nacional. Essa dicotomia entre a realidade vivida e conhecimento produzido e consumido pela elite caracterizava uma nova forma de alienação, responsável pelo tardio desenvolvimento da ciência no Brasil. Após 1870, sob pressão do que ocorria na Europa, significativas mudanças irromperam na sociedade brasileira tais como: crescimento populacional A expansão cafeeira Implantação das primeiras ferrovias

Aumenta a pressão das camadas médias urbanas por maior participação

política. Ciclos econômicos decadentes provocam a emergência do pensamento

crítico.

Essas transformações se refletem na criação e crítica literária no Brasil.

4- O ADVENTO DA BURGUESIA (página 24)

• A burguesia emergente necessita de um saber mais nacional e pragmático,menos universalista e menos dependente da estrutura social colonial.

• Com o avanço do capitalismo no início do século XX, há uma tentativa de ruptura com a herança cultural.