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Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A
TÍTULO: “Sistema Eletrônico de Compras nas Empresas Públicas em Dispensa de
Licitação e Modalidade Pregão”
Nome do Autor e Apresentador: Vitório Henrique Ferreira
Formação: Bacharel Análise de Sistemas Administrativos e Processamento de
Dados pela PUCCAMP (1985 - 1988).
Pós-Graduação Lato Sensu em Análise de Sistemas com ênfase na
Arquitetura Cliente-Servidor pela PUCCAMP (1996).
Mestrado em Gerenciamento de Sistemas de Informação pela
PUCCAMP (1997 - 1999).
Doutorando em Engenharia Mecânica em Materiais e Processos -
UNICAMP
Cargo Atual: Coordenador de Sistemas Especiais da Sanasa - Campinas e
Professor Titular das Faculdades do Instituto Paulista de Ensino e
Pesquisa (FIPEP) Campinas – SP
Nome do Autor: José Antonio Afonso Bimonte
Formação: Bacharel Análise de Sistemas pela PUCCAMP (1990 - 1996).
Pós-Graduação Lato Sensu em Análise de Sistemas com ênfase na
Arquitetura Cliente-Servidor pela PUCCAMP (1998).
Mestrado em Ciência da Computação pela UNICAMP (2001 - 2004).
Cargo Atual: Analista de Tecnologia de Informação da Sanasa – Campinas e
Professor Titular da Faculdade Unopec – Sumaré.
Endereço para Correspondência: Avenida da Saudade, 500 – Ponte Preta
CEP 13041-903 Campinas – SP
Fone (0**19) 3735-5154
e-mail: [email protected]
Palavras-chave: Cotação Eletrônica e Dispensa de Licitação.
Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A
Objetivo
O objetivo deste trabalho é especificar e descrever a implantação de um
“Sistema Eletrônico de Compras nas Empresas Públicas em Dispensa de Licitação e
Modalidade Pregão”, para compra de materiais utilizando o recurso de Comércio
Eletrônico do tipo G2B (Government to Business), onde fornecedores previamente
cadastrados e com senha para acesso negociam com Empresas Públicas dentro de
princípios legais. Esta especificação deverá contemplar características como
modularidade e abertura, visando permitir o acoplamento deste sistema a outros
sistemas implantados na empresa, como por exemplo, sistemas de gerenciamento
de compras e de controle de estoque.
Conhecendo a Sanasa - Campinas
A Sanasa - Campinas, sigla da Sociedade de Abastecimento de Água e
Saneamento S/A é uma empresa de economia mista, cujo acionista majoritário é a
Prefeitura Municipal de Campinas. Ela é responsável pelo serviço de abastecimento
de água (captação, adução, tratamento, reservação e distribuição de água potável),
coleta, afastamento e tratamento dos esgotos domésticos do município de
Campinas.
O município de Campinas localiza-se no estado de São Paulo, a cerca de 100
km da capital, na região metropolitana de Campinas que compreende as bacias
hidrográficas dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí. Esta região é composta por
dezenove municípios, com cerca de aproximadamente 2,3 milhões de habitantes,
cujo PIB é de cerca de US$25 bilhões, propiciando uma renda per capita US$
10.819.
Campinas conta atualmente com aproximadamente 1,06 milhões de habitantes,
distribuídos em 797,6 km2. Encontram-se instalados no município de Campinas
aproximadamente 7.328 indústrias, 17.206 estabelecimentos comerciais, 15.571
empresas de serviços, 91 órgãos de governo, 3 universidades, além de inúmeras
faculdades.
Atualmente a Sanasa atende com água potável encanada 98% da população
urbana de Campinas através de 5 estações de tratamento (Etas 1 e 2 na Swift, Etas
3 e 4 na estrada de Sousas, com água captada no rio Atibaia, e a Eta 5, junto a
Rodovia dos Bandeirantes com água proveniente do rio Capivari). O conjunto de
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estações de tratamento de água tem capacidade de produção de até 4530
litros/segundo, sendo que 95% são provenientes do rio Atibaia e 5% do rio Capivari.
O volume médio anual de água potável produzido é da ordem de cem milhões
de metros cúbicos transportado por 3.884 quilômetros de adutoras e redes de
distribuição e reservado em 68 reservatórios dispersos pela cidade (25 elevados e
43 semi-enterrados) com capacidade total de 122 milhões de litros.
O número de ligações prediais atendidas pela rede pública de distribuição é de
227 mil, todas equipadas com medidores (hidrômetros).
Toda a infra-estrutura do Sistema de Abastecimento de Água instalada está
dimensionada para atender às novas demandas decorrentes do crescimento da
cidade no mínimo até 2010, mantendo-se a taxa de aumento populacional registrada
nos últimos 10 anos. Entretanto, os esforços contínuos da Sanasa no combate às
perdas físicas do Sistema cujos índices, nos últimos 9 anos, baixaram de 37% para
27,3%, aliados às campanhas e programas educacionais sobre economia e uso
racional da água devem garantir uma maior sobrevida das instalações existentes.
Quanto ao sistema de esgotamento sanitário, a Sanasa atende atualmente
88% da população urbana de Campinas com coleta de 200 mil ligações e
correspondente a afastamento através de 3.037 quilômetros de redes, emissários e
interceptores.
Entretanto o grande desafio de Campinas é o tratamento dos esgotos. Até o
ano 2000, apenas 5% dos esgotos coletados eram tratados em pequenas estações.
A grande maioria da carga dos esgotos sanitários, mesmo aquela coletada e
afastada pela rede pública vem sendo lançada em córregos e ribeirões que
atravessam a área urbana, comprometendo os demais usos da água disponíveis
para a população assentada a jusante, e a qualidade ambiental da região.
A partir de um Plano Diretor de Tratamento de Esgoto desenvolvido pela
Sanasa, tomando como partido a divisão da área urbana em 3 grandes bacias
naturais de drenagem (Atibaia, Quilombo e Capivari), cada uma deles foi subdividida
em setores de esgotamento, contemplando cada um com unidades de tratamento,
conforme mostrados na tabela I.
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BACIA SETOR DE ESGOTAMENTO
ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE
ESGOTO POP.(Hab.)Ano 2002
vazão média (l/s)
ESTÁGIO DO EMPREENDIMENTO 1º semestre 2005
1 Samambaia Samambaia 39.892 98 em operação Sousas/Joaquim Egídio 10.478 72 em obras
2 Sousas/Joaquim Egídio Arboreto dos Jequitibás 706 4 em operação
3 Barão Geraldo Barão Geraldo 45.585 168 em análise ambiental Atibaia
4 Anhumas Anhumas 247.345 1044 em obras 5 San Martin San Martin 4.219 17 em análise ambiental
Vó Pureza (Santa Mônica) 25.401 63 em operação Quilombo 6 Amarais
Boa Vista / CIATEC 36.727 158 em operação. Ampliação em análise ambiental
7 Piçarrão Piçarrão / Santa Bárbara 208.489 551 em operação Santa Lúcia 132.322 219 projeto conceitual Bandeiras 20.316 67 projeto conceitual
Nova América 4.266 11 projeto conceitual Icaraí 1.114 3 em operação
8 Santa Lúcia
Mercedes 2.140 8 projeto conceitual PUCC II 13.302 35 projeto conceitual
Santa Rosa 4.254 13 em operação 9 Campo Grande Florence 57.968 88 projeto conceitual
10 Ouro Verde Ouro Verde 64.417 256 projeto conceitual Marajó 6.847 35 projeto conceitual
11 Friburgo Itajaí 8.080 38 projeto conceitual
Capivari
12 Viracopos Viracopos 30.000 35 projeto conceitual TOTAL 963.868 2.983
Tabela I – Plano Diretor de Tratamento de Esgoto da Sanasa - Campinas
Os consumidores de água potável de Campinas são agrupados nas categorias
residencial, pública, comercial e industrial. Com base no relatório mensal de
abril/2005 pode se resumir o seguinte:
• A categoria residencial abrange 176.312 ligações (água + esgoto) e
24.475 ligações (sem esgoto), o que corresponde percentagens de
86% do volume faturado e 58% da receita faturada.
• A categoria pública abrange 923 ligações (água + esgoto) e 199
ligações (sem esgoto), o que corresponde percentagens de 4% do
volume faturado e 13% da receita faturada.
• A categoria comercial abrange 23.406 ligações (água + esgoto) e
2.069 ligações (sem esgoto), o que corresponde percentagens de
10% do volume faturado e 24% da receita faturada.
A categoria industrial abrange 465 ligações (água + esgoto) e 108 ligações (sem
esgoto), o que corresponde a 1% do volume faturado e 5% da receita faturada.
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Metodologia e Desenvolvimento
Um processo de aquisição de bens e serviços efetuados por uma empresa é
uma atividade crítica, que está norteada por uma série de fatores que envolvem
desde aspectos técnicos até aspectos éticos e legais.
A eficiência e transparência são necessárias em processos de licitação de
qualquer empresa. Nas empresas que possuem capital público total ou parcial, a
transparência é obrigatória, pois é necessário prestar contas ao seu grande
investidor, o povo. Neste tipo de organização, geralmente a eficiência é deixada de
lado, devido à resistência a mudanças, baixo investimento em suporte tecnológico e
baixo grau de organização e normalização de dados. Todos estes fatos, aliados à
complexidade de interpretação da lei de licitações vigente, diminuem a agilidade no
processo de aquisição da maioria das empresas públicas.
O aperfeiçoamento, reestruturação e utilização de tecnologia no processo de
aquisição, além de melhorar o controle interno, propiciam a diminuição de custos
operacionais e redução no preço ofertado. É importante salientar que toda mudança
deverá estar apoiada na Legislação vigente.
A Lei Federal número 8.666/93 entrou em vigor em 21 de junho de 1993.
Estabelece normas e procedimentos para processos licitatórios de empresas
públicas, visando eliminar favorecimentos e instaurando uma competição justa e
sem discriminação entre os participantes, escolhendo aquele que apresente a
melhor condição para atender o interesse público. Toda licitação é classificada em
uma modalidade (conjunto de condições específicas para realizar um processo) e
segue as normas e procedimentos da Lei, em todo processo de aquisição. As
modalidades que a Lei determina, são: Concorrência, Tomada de Preços, Convite,
Concurso e Leilão.
Estas modalidades, com exceção do Concurso e Leilão, possuem valores
limite. Portanto, o critério para escolha da modalidade de um processo, na maioria
das vezes, acaba sendo o valor econômico da aquisição a ser processada.
A Lei estabelece um valor limite para cada modalidade de licitação e
estabelece um valor limite para casos de dispensa de licitação, aquisições de baixo
valor ou emergências comprovadas. Tais valores representam o limite para
aquisição de materiais de qualquer gênero e podem ser reajustados somente por
Decreto expedido pela esfera Federal:
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• Convite – até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais);
• Tomada de Preços – até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);
• Concorrência – acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais);
• Dispensa de Licitação – até R$ 16.000,00 (dezesseis mil reais) para
empresas públicas do tipo economia mista e até R$ 8.000,00 (oito mil reais)
para as demais;
A Dispensa de Licitação não é uma modalidade, porém é muito importante
que também siga um procedimento formal de aquisição, seguindo princípios da Lei,
pois poderá ser fiscalizada para garantir que não esteja existindo favorecimento e
particionamento de compras maiores. Normalmente, deverá seguir procedimento
parecido com a modalidade Convite, excluindo a formalidade da etapa de habilitação
de fornecedores e de apresentação das propostas (cotações).
Os primeiros passos que uma modalidade de licitação (Concorrência, Tomada
de Preço e Convite) deve seguir, após liberação orçamentária e lançamento das
regras (edital) para o público interessado, correspondem à abertura de envelopes
(documentação e proposta). Esta abertura é realizada sempre em ato público, em
data e hora conhecida. A abertura é realizada em duas fases: na primeira fase são
abertos envelopes de documentação e na segunda fase, em dia e hora previamente
determinado, são abertos envelopes de proposta.
Este procedimento inviabiliza a aplicação de Técnicas de Comércio Eletrônico
para as modalidades de Licitação da Lei, pois deixa claro que as atividades
ocorrerão em ato público, com a possibilidade de presença dos licitantes que
deverão rubricar todas as folhas (documentos na fase de habilitação e cotações na
fase de propostas). Em nenhum momento é citada a possibilidade de utilização de
meios informatizados para executar os procedimentos à distância.
Existe, no entanto um artigo na Lei que abre a possibilidade de mudanças de
procedimentos operacionais nas licitações, desde que seja formalizada uma norma,
que terá validade no âmbito de sua competência. Portanto, é possível implementar
técnicas de Comércio Eletrônico para as Dispensas de Licitação.
A Lei também cita que nenhuma nova modalidade poderá ser criada, porém
isto não aconteceu na prática. Em meados do ano 2000 uma nova modalidade de
licitação foi criada, chamada Pregão, atualmente válida para as três esferas
(Federal, Estadual e Municipal).
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A grande vantagem desta modalidade é que pode ser processada por meio
eletrônico. Além de agilizar o procedimento, possibilita a ampliação do número de
fornecedores participantes.
Assim um Sistema Eletrônico de Compras nas Empresas Públicas deve
possuir as seguintes características:
l Abrangência: Dispensa de Licitação e Modalidade Pregão
l Permitir a participação ativa dos licitantes na aquisição de bens e/ou serviços,
através de propostas interativas, desde que devidamente cadastrados.
l Estar estruturado em funcionalidades gerais (acesso comum a todos os
interessados) e específicas (acesso restrito aos usuários e licitadores).
l As funcionalidades destinadas aos usuários permitem apresentação de
propostas, participação no andamento dos certames, consulta de resultados e
outras pertinentes.
l As funcionalidades somente de acesso dos licitadores são aquelas inerentes
às atividades dos processos licitatórios, em todas as suas fases.
l Contemplar funcionalidades de Ajuda e de consultas diversas de interesse do
público-alvo e dos cidadãos em geral.
l Efetuar registro de todas as transações realizadas nas funcionalidades
específicas e dos usuários que as realizaram (procedimentos de segurança).
As figuras 1 e 2 ilustram os Fluxos dos Sistemas de Cotação Eletrônica e do
Pregão.
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Figura 1 – Fluxo Geral do Sistema Eletrônico de Compras – Cotação Eletrônica
Usuário CCaaddaassttrraaddoo??
Novo Processo
Processos Agendados
Processos em Andamento
EEffeettuuaa CCaaddaassttrroo
Processos Encerrados
Preenche Solicitação
• Atividade
• Objeto
• Itens
Autoriza
Comunica Fornecedores
não
sim
Altera Dados do Processo
Cancela Processo
Acompanhar Propostas On-Line
Ver Propostas
Relatórios
• Menor preço
• Fornecedor
Fornecedor Internet
não
sim sim
Seleção do
Processo
Verificar Detalhes
do Processo
Acompanhar Propostas
On-Line
CCaaddaassttrraaddoo?? EEffeettuuaa CCaaddaassttrroo não
Efetuar / Alterar Propostas
sim
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Figura 2 – Fluxo Geral do Sistema Eletrônico de Compras – Pregão
Subsistema Órgãos e Entidades
Cadastro do
Pregão
Credenciamento Proposta
Análise
Acompanhamento
Mensagens
Mensagens
Lance Manifestação
de recurso
Senha
Senha
Sugere Fracasso
Senha
Cadastramento Pregoeiro, Equipe
de Apoio e Autoridade. Competente.
Encerramento Sessão de Lances
FF oo rr nn ee cc ee dd oorr CC
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Análise
Acompanhamento
Contra-recurso
Ata da
Sessão
Recurso Manifestação de recurso
Análise Adjudicação
e Homologação
Sugere. Revogação
Sugere Anulação
Termo de Julgamento Termo de
Homologação
Ata
sim
não
Ata
Revogação
Anulação
Fracasso
Homologação
Deserto
FF oo rr nn ee cc ee dd oorr CC
oomm
pprr aa ss
PPrr ee gg
ooee ii rr oo
Adjudicação
AAuu
tt oorr ii zz aa
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Resultados e Conclusões
A especificação exibida neste trabalho é uma alternativa para implantação de
um sistema eletrônico de compras, por um órgão público, para dispensa de licitação
e pregão, utilizando a Internet, mais especificamente a Web, como meio de
negociação. O governo, como grande comprador, deve sempre buscar melhores
negócios em termos financeiros e de eficiência. Utilizar um sistema eletrônico de
compras para realizar parte de suas aquisições pode contribuir para estruturar de
modo mais eficiente, e também democratizar, o acesso a informações das
transações realizadas pelo governo nas mais diversas esferas.
A SANASA foi uma das pioneiras entre as empresas públicas municipais de
saneamento a disponibilizar um sistema eletrônico de compras integrado, dentro das
expectativas quanto à modernização da gestão pública, com redução do tempo e
custo dos processos de compras públicas. Permite, ainda, possibilidade de
ampliação de fornecedores participantes do processo.
As principais contribuições deste trabalho são:
• Análise de questões relativas a processos de licitação visando
informatização e integração, resultando em um modelo de sistema de
compras;
• Implantação de uma solução baseada em comércio eletrônico para
implantação de um sistema eletrônico de compras, integrado a um
sistema informatizado de compras;
• Diminuição dos custos operacionais e de aquisição (10 – 15%);
• Oportunidade de controle externo pela sociedade (transparência);
Referências Bibliográficas
Meira Júnior, Wagner; Murta, Cristina Duarte; Campos, Sérgio V.Aguiar; Guedes Neto, Dorgival Olavo. Sistemas de Comércio Eletrônico: projeto e desenvolvimento. Editora Campus, 2002. Osborne, David. Banishing bureaucracy: the five strategies for Reinventing government. Plume, 1997.