sobre o trabalho de chapas

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Coordenação de Comunicação Social cha 20/08/2012 06:30 SUAPE | Consórcio Ipojuca demite mais de 1000 trab Refinaria Abreu e ima Eles foram dispensados por justa causa. Alguns desmaiaram com a notícia RUI GONÇALE!" com informa#$es de %ULIANA !A&'AIO ( da )olha de 'ernam*uco +esíodo G,es-)olha de 'ernam*uco ra*alhador desmaia ap,s demiss/o &ais de mil tra*alhadores do 0ons,rcio Ipojuca foram demitidos no início d feira 2345. 6e acordo com informa#$es e7traoficiais" eles foram dispensado estarem en8ol8idos na confus/o do dia 9 de agosto" :ue dei7ou sete ;ni*us pro8a" atra8=s de fotos e 8ídeos" da participa#/o dos oper<rios. Os tra*al dei7ar o canteiro de o*ras da Refinaria A*reu e Lima 2Rnest5 e o clima de do 0omple7o de !uape. &inutos depois de sa*erem das demiss$es" oper<rios *lo:uearam a passagem p comple7o de !uape" mas foram dispersos pelo >atalh/o de 0ho:ue e funcion<rios rece*eram autori?a#/o para negociar com o departamento dentro do 0ons,rcio Ipojuca. A categoria afirma :ue o !indicato dos ra*alhadores das Ind@strias de 0ons 'a8imenta#/o e O*ras de erraplanagem no Estado de 'ernam*uco 2!intepa81'E5 e n/o a8isou nada aos tra*alhadores" j< :ue a carta de demiss/o" segundo o assinada pelo !intepa81'E. 6e acordo com os tra*alhadores :ue est/o do lad o*ras" os outros oper<rios tam*=m foram demitidos" s, :ue sem justa causa. O !intepa81'E afirma :ue desconhecia :ual:uer demiss/o dentro do cons,rcio cada caso so*re a legalidade das demiss$es. Al=m disso" nos casos onde hou solicitar< a reintegra#/o dos tra*alhadores. !o*re a presen#a" o !indicato as comiss$es dos tra*alhadores :ue atuam em conjunto com o sindicato e os fiscali?a#/o est/o acompanhando permanentemente a e8olu#/o dos acon canteiro de o*ras.

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Considerações Sobre o Trabalho de Chapas

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Coordenao de Comunicao Social

Coordenao de Comunicao Social

cha20/08/2012 06:30SUAPE | Consrcio Ipojuca demite mais de 1000 trabalhadores da Refinaria Abreu e Lima

Eles foram dispensados por justa causa. Alguns desmaiaram com a notcia

RUI GONALVES, com informaes de JULIANA SAMPAIO da Folha de Pernambuco

Hesodo Ges/Folha de PernambucoTrabalhador desmaia aps demisso

Mais de mil trabalhadores do Consrcio Ipojuca foram demitidos no incio da manh desta segunda-feira (20). De acordo com informaes extraoficiais, eles foram dispensados por justa causa por estarem envolvidos na confuso do dia 8 de agosto, que deixou sete nibus queimados e que h prova, atravs de fotos e vdeos, da participao dos operrios. Os trabalhadores comearam a deixar o canteiro de obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e o clima de tenso volta a tomar conta do Complexo de Suape.

Minutos depois de saberem das demisses, operrios bloquearam a passagem pela portaria 2 do complexo de Suape, mas foram dispersos pelo Batalho de Choque em seguida, quando cinco funcionrios receberam autorizao para negociar com o departamento de recursos humanos, dentro do Consrcio Ipojuca.

A categoria afirma que o Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Construo de Estradas, Pavimentao e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE) sabia da demisso e no avisou nada aos trabalhadores, j que a carta de demisso, segundo os operrios, estava assinada pelo Sintepav-PE. De acordo com os trabalhadores que esto do lado de fora do canteiro de obras, os outros operrios tambm foram demitidos, s que sem justa causa.

O Sintepav-PE afirma que desconhecia qualquer demisso dentro do consrcio e que vai verificar cada caso sobre a legalidade das demisses. Alm disso, nos casos onde houver irregularidade solicitar a reintegrao dos trabalhadores. Sobre a presena, o Sindicato, desde o incio da greve, as comisses dos trabalhadores que atuam em conjunto com o sindicato e os funcionrios ligados a fiscalizao esto acompanhando permanentemente a evoluo dos acontecimentos dentro do canteiro de obras.

No incio da manh ,os operrios comearam a chegar com uma certa tranquilidade. Apesar disso, os trabalhadores dos consrcios Ipojuca e Galvo esto sendo surpreendidos na hora que vo bater o carto para dar incio ao dia de trabalho. Eles no conseguiram fazer o registro da hora.

De acordo com informaes repassadas pela recepo da Rnest, esses operrios iriam participar de uma reciclagem antes de voltar ao trabalho. Mesmo com essa informao, eles j acreditavam que haver uma demisso em massa. Segundo o departamento de Recursos Humanos do Consrcio Ipojuca, a entrada dos trabalhadores controlada pela Petrobras e o consrcio no pode se responsabilizar por isso.

18 de agosto de 2012 | Temas Trabalhistas

Impasse em Suape longe do fim

Secretrio do MTE vem ao Recife. Reunio sobre greve em Braslia no avanou

O atual secretrio das Relaes de Trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias de Melo, chega hoje ao Recife para encontrar com as lideranas sindicais dos trabalhadores das obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da PetroqumicaSuape. A ideia , em conversa, encontrar a melhor soluo conjunta para por fim greve que j completa 18 dias e sem avanos nas negociaes. Ontem, apesar de tentativas de evitar resistncia a trabalhar, as obras seguem paradas. A medida posicionamento do Governo Federal e partiu de reunio de emergncia realizada ontem pela manh na Secretria-geral da Presidncia da Repblica, em Braslia, que avaliou os trmites da paralisao, mas no teve a presena do Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Construo de Estradas, Pavimentao e Obras de Terraplanagem no Estado de Pernambuco (Sintepav-PE).

Segundo a advogada do Sindicato Nacional da Indstria da Construo Pesada-Infraestrutura (Sinicon), Margareth Rubem, estavam na reunio, alm das empresas associadas, representantes da Petrobras; o assessor especial da Secretaria Geral da Presidncia, Jos Lopes Feijoo; e o atual secretrio das Relaes de Trabalho do MTE, Manoel Messias de Melo. Em comunicado oficial, o Sinicon afirmou que "a reunio transcorreu com dilogos francos e transparentes e com todos interessados na busca da melhor soluo para resolver o impasse da paralisao, provocando com isso o trmino do movimento e o retorno ao trabalho". A diretoria do Sintepav-PE no retornou reportagem da Folha para explicar o no comparecimento.

O movimento de paralisao comeou no fim de julho, quando o Sintepav-PE apresentou a pauta da Campanha Salarial do perodo 2012-2013. Foi colocada em votao na assembleia, entre outros pontos, reajuste de 10,5% e equiparao dos salrios por cargo, nivelado pelo mais alto valor pago. A proposta foi aceita pela categoria, que alega que a votao ocorreu com quantitativo reduzido de trabalhadores, j que houve disperso na assembleia depois que a maioria havia rejeitado proposta anterior, de 10% de reajuste.

Os trabalhadores questionaram a aprovao e protestaram contra a postura do sindicato, entrando imediatamente em paralisao, por ter sido feita votao sem presena completa da categoria. O reajuste aprovado e que j possui conveno coletiva assinada contempla o ndice de 10,5%. Houve manifestao violenta em frente Rnest dias depois. Sete nibus foram queimados, duas pessoas foram presas e a Polcia Militar usou balas de borracha para conter o conflito.

Publicado em 20/08/2012, s 07h50

Confuso em SUAPEFuncionrios de Suape demitidos por justa causa

A empresa alegou que os trabalhadores deveriam ter voltado ao trabalho na semana passada, mas, como no voltaram, estavam demitidos

Do JC Online

Com informaes da reprter Adriana Guarda

Foto: Adriana Guarda/JC

Trabalhadores mostram a carta de demisso entregue pelo Consrcio Ipojuca

Atualizada s 9h40

O clima de indignao e revolta volta a tomar conta de parte dos funcionrios do Complexo de Suape. Uma parte dos trabalhadores do Consrcio Ipojuca Interligaes, ao chegar para trabalhar, na manh desta segunda-feira (20), foram informados que estavam demitidos por justa causa. A empresa alegou que os trabalhadores deveriam ter voltado ao trabalho na semana passada, mas, como no voltaram, estavam demitidos. Cerca de 100 homens foram demitidos, mas o nmero pode aumentar.

Com a noticia das demisses, quem estava trabalhando se negou a exercer suas funes e tambm est sendo demitido. Os trabalhadores alegam que no compareceram ao trabalho na semana passada porque a prpria empresa no disponibilizou nibus para o deslocamento at o trabalho.

Revoltados, os trabalhadores fecharam a portaria 2 do Complexo de Suape. Uma comisso de cinco pessoas ser recebida ainda na manh desta segunda-feira por representantes do Consrcio Ipojuca.

Com a notcia da demisso, muitos trabalhadores passaram mal. Alguns chegaram a desmaiar. Apesar do clima tenso, no houve registro de confuso, pelo menos por enquanto. A Petrobras colocou pelo menos 20 seguranas no Consrcio, para evitar confuses.

O Consrcio Ipojuca Interligaes o segundo maior do Complexo de Suape.

19 de agosto de 2012 | Temas Trabalhistas | Da Redao | PE

Segurana e sade no trabalho

A Conveno n. 155 da Organizao Internacional do Trabalho (OIT), que dispe sobre Segurana e Sade dos Trabalhadores e o Meio Ambiente de Trabalho, de 22 de junho de 1981, aprovada pelo Congresso Nacional em 18 de maio de 1992 e incorporada ao ordenamento jurdico brasileiro atravs do Decreto n 1.254, de 29 de setembro de 1994, estabelece o dever de cada Estado-Membro de, em consulta com as organizaes mais representativas de empregadores e trabalhadores, formular, implementar e rever periodicamente uma poltica nacional de segurana e sade no trabalho, com o objetivo de prevenir acidentes e doenas relacionados ao trabalho por meio de reduo dos riscos sade existentes nos ambientes de trabalho.

O primeiro avano significativo foi a convocatria da 3 Conferncia Nacional de Sade do Trabalhador ( III CNST) pelos ministrios da Previdncia Social, do Trabalho e Emprefo e da Sade, mediante portaria interministerial n 774, de 28 de abril de 2004 DOU de 29/04/2004, com o objetivo de implementar a Poltica Nacional de Sade do Trabalhador, bem como de definir novas diretrizes.

No dia 7 de novembro de 2011, foi editado pelo Poder Executivo o Decreto n 7.602/11, que dispe sobre a Poltica Nacional de Segurana e Sade no Trabalho. A PNSST tem por princpios: a) universalidade, b) preveno, c) precedncia das aes de promoo, proteo e preveno sobre as de assistncia, reabilitao e reparao, d) dilogo social e, e) integralidade.

Para o alcance de seu objetivo a PNSST dever ser implementada por meio da articulao continuada das aes de governo no campo das relaes de trabalho, produo, consumo, ambiente e sade, com a participao voluntria das organizaes representativas de trabalhadores e empregadores. As aes no mbito da PNSST devem constar do Plano Nacional de Segurana e Sade no Trabalho e desenvolver-se de acordo com as seguintes diretrizes: a) incluso de todos trabalhadores brasileiros no sistema nacional de promoo e proteo da sade, b) harmonizao da legislao e a articulao das aes de promoo, preveno, assistncia, reabilitao e reparao da sade do trabalhador, c) adoo de medidas para atividades laborais de alto risco, d) estruturao da rede integrada de informaes em sade do trabalhador, e) promoo da implantao de sistemas e programas de gesto da segurana e sade nos locais de trabalho, f) reestruturao da formao em sade do trabalhador e em segurana do trabalho e o estmulo capacitao e educao continuada de trabalhadores, e, g) promoo de agenda integrada de estudos e pesquisas em segurana e sade no trabalho. Cabe ao Ministrio do Trabalho e Emprego: a) formular e propor as diretrizes da inspeo do trabalho, bem como supervisionar e coordenar a execuo das atividades relacionadas com a inspeo dos ambientes de trabalho e respectivas condies de trabalho, b) elaborar e revisar, em modelo tripartite, as Normas Regulamentadoras de Segurana e Sade no Trabalho, c) participar da elaborao de programas especiais de proteo ao trabalho, assim como da formulao de novos procedimentos reguladores das relaes capital-trabalho, d) promover estudos da legislao trabalhista e correlata, no mbito de sua competncia, propondo o seu aperfeioamento, e) acompanhar o cumprimento, em mbito nacional, dos acordos e convenes ratificadas pelo Governo brasileiro junto a organismos internacionais, em especial Organizao Internacional do Trabalho OIT, nos assuntos de sua rea de competncia, f) planejar, coordenar e orientar a execuo do Programa de Alimentao do Trabalhador.

Jos Almeida de Queiroz, advogado e scio da Almeida & Advogados Associados ([email protected])

18 de agosto de 2012 | Temas Trabalhistas | Jornal do Commercio PE | PE

Dia de pouco trabalho no complexo

Depois de voltar a parar na ltima quinta-feira, os canteiros de obras da Refinaria Abreu e Lima (Rnest) e da PetroqumicaSuape (PQS) ganharam algum ritmo de trabalho durante o dia de ontem. Parte dos nibus circulou para transportar os operrios, exceto dos consrcios Conest e Ipojuca (que concentram o maior nmero de operrios e geralmente so alvo das primeiras movimentaes de conflito). A informao repassada Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, em Braslia, foi que 20 mil funcionrios (30%) voltaram ao trabalho.

A assessoria de comunicao da Odebrecht, responsvel pela obra da Petroqumica, calcula que pelo menos 75% dos operrios exerceram suas funes durante o dia de ontem e largaram s 16h, como acontece s sextas-feiras. A PQS conta hoje com 7 mil funcionrios. Na segunda-feira os 141 nibus fretados pela empresa voltaro a circular e a expectativa que a obra volte normalidade. Em nota, o Sindicato Nacional da Indstria da Construo Pesada (Sinicon) informou que grande parte dos trabalhadores retornou s suas atividades nas obras . E acreditam na volta ao ritmo normal na prxima segunda-feira.

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores na Construo Pesada em Pernambuco (Sintepav-PE), diz que funcionrios dos consrcios Conest e Ipojuca que tomaram a iniciativa de ir obra mesmo sem a circulao dos nibus formam impedidos de entrar. As empresas teriam fechado as portas com receio de conflitos. Tambm de acordo com o Sintepav, funcionrios do consrcio Tom foram liberados da obra por volta das 10h30, em funo de telefonemas annimos fazendo ameaas a quem trabalhasse.

INVESTIGAOO chefe da Polcia Civil, delegado Osvaldo Morais, diz que foi aberto e est em andamento o inqurito para apurar os conflitos em Suape, que terminaram com sete nibus incendiados, depredaes e duas prises. H duas semanas o Sintepav pediu Polcia a designao de um delegado especial a fim para apurar os crimes ocorridos em Suape. Hoje (ontem) estive no complexo para apresentar o local ao novo delegado de Ipojuca, Leonardo Gama. importante que ele conhea a dinmica de Suape, por onde circulam mais de 60 mil trabalhadores , diz. O Sinicon e o Sintepav tm feito referncia existncia de foras estranhas independente dos trabalhadores e terroristas infiltrados no movimento.

Ministrio do Trabalho manda representante para negociar

Movimento grevista

Na tentativa de reverter o quadro nas obras da refinaria, governo federal tenta interferir

O Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE) vai intervir na greve das obras da PetroqumicaSuape (PQS) e da Refinaria Abreu e Lima (Rnest), no Complexo de Suape. Neste final de semana, o secretrio de Relaes do Trabalho do MTE, Manoel Messias de Melo, estar em Pernambuco com a misso de reunir as lideranas dos trabalhadores, na tentativa de formar uma mesa nacional de discusso e resolver o impasse no maior empreendimento do Estado.

A interveno do ministrio foi uma orientao do assessor especial para rea sindical da Secretaria-Geral da Presidncia da Repblica, Jos Lopez Feijo, durante a reunio de ontem, em Braslia. O assessor se reuniu com representantes do Sindicato Nacional das Indstrias de Construo Pesada (Sinicon), Alusa, Odebrecht, Queiroz Galvo, Camargo Corra e Petrobras.

Pernambucano, Messias Melo diz que vai tentar congregar o maior nmero de lideranas trabalhistas. "Entrei em contato com a Federao dos trabalhadores na Indstria da Construo Pesada, com o Sintepav (sindicato local), Fora Sindical, outras Centrais e o Ministrio Pblico do Trabalho. A preocupao do governo como pode ajudar nessa mediao. Se a base no est se sentindo representada, temos que envolver na discusso um maior nmero de lideranas e garantir respaldo ao trabalhador", defende Messias.

O argumento do secretrio est fundamentado nas constantes frustraes entre a liderana do Sintepav-PE e a resposta dos 51 mil trabalhadores das obras da Rnest e PQS. O ltimo desentendimento aconteceu na ltima quinta-feira, quando o sindicato comemorou ter "dobrado" os patres, mas no conseguiu garantir que os operrios entendessem e aceitassem o acordo firmado com o Sinicon. O acordo previa o abono de 70% dos 15 dias de greve e a compensao dos dias restantes com o trabalho em um sbado e o desconto na resciso para quem for demitido at 31 de dezembro de 2012.

Messias estranhou o fato de a representao dos trabalhadores na reunio de ontem, em Braslia. A Fora Sindical foi convidada, mas o presidente em exerccio, Miguel Torres, afirmou que a entidade no ia comparecer, porque j tinha cumprido seu papel, negociando com as empresas o melhor acordo do Brasil para a categoria. A diretoria disse que no foi convidada, mas que vai participar da reunio com o secretrio do MTE e prestar todos os esclarecimentos necessrios.

O Sintepav avisa que, por enquanto, est fora do planejamento a realizao de qualquer nova mobilizao. A diretoria do sindicato diz que tentou distribuir um panfleto mais claro possvel, mas que a estratgia no surtiu efeito. A grande massa de 51 mil operrios no entendeu o texto e os representantes das comisses das empresas tambm no tiveram retrica para convencer os colegas de que o acordo era bom. Muitos sequer entenderam que dez dias parados seriam abonados.

Durante a reunio na Secretaria-Geral da Presidncia, Messias afirmou que o Sintepav-PE no fez uma anlise correta quando aprovou uma conveno coletiva numa assembleia esvaziada (no dia 27 de julho). "A informao era que a assembleia tinha 20 mil pessoas. Depois choveu e o nmero de trabalhadores se limitou a 6 mil. No lugar da diretoria do sindicato eu remarcaria a assembleia para outro dia", pondera. O secretrio tambm considera que a deciso da Justia de decretar a ilegalidade da greve seguiu os parmetros corretos. "Mas tentar vencer o trabalhador pelo cansao ou aplicando descontos no resolve. preciso dialogar e discutir uma soluo alinhada com o que deseja a maioria. Isso impede que uma minoria conteste a deciso e ocorram conflitos", diz.

Rpidas - Terceirizado no recebe adicional

Cerca de 380 terceirizados que fiscalizam o comrcio informal pela Companhia de Servios Urbanos do Recife (Csurb) no esto recebendo adicional de periculosidade desde julho, correspondente a 30% do salrio de R$ 750. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores de Asseio e Conservao (Stealmoaic), a Csurb tem at a prxima sexta-feira para justificar o corte do benefcio em audincia da Delegacia Regional do Trabalho.

19 de agosto de 2012 | Temas Trabalhistas |

Reunio hoje para decidir sobre a greve

O secretrio das Relaes do Trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego, Manoel Messias, que est no Recife desde ontem, no conseguiu reunir-se com as lideranas sindicais que definem o destino do movimento grevista das obras da Refinaria Abreu e Lima e Petroqumica Suape. O encontro deve ser realizado neste domingo, para que um possvel acordo entre empresas e trabalhadores seja possvel. Parados h 19 dias, os cerca de 50 mil profissionais buscam perdo de 100% dos dias em greve e garantia de equiparao de salrios para quem desempenha uma mesma funo nas diversas frentes das obras.

19 de agosto de 2012

Francisco Falco assume Corregedoria no dia 6

Novo corregedor do Conselho Nacional de Justia, o ministro do Superior Tribunal de Justia Francisco Falco, pernambucano, 60 anos, assume o cargo no prximo dia 6. O decreto da nomeao foi assinado pela presidente Dilma Rousseff na ltima quarta-feira (15) e publicado na edio de quinta (16) do Dirio Oficial da Unio. Ele substituir a ministra Eliana Calmon. O mandato de dois anos. A cerimnia de posse ser realizada no Supremo Tribunal Federal, s 11h, e contar com a presena do governador Eduardo Campos (PSB) e da direo do Tribunal de Justia de Pernambuco.

Falco j passou pelas sabatinas na Comisso de Constituio, Justia e Cidadania, no dia 13 de junho, e no plenrio do Senado Federal, no dia 26. Foi confirmado para o cargo sob aprovao unnime. No STJ, de onde, por lei, deve vir o corregedor do CNJ, a escolha se deu tambm por aprovao unnime em sesso do Pleno. O ministro ser o quinto corregedor nacional de Justia, desde a criao do CNJ, em 2004.

Nas sabatinas, ele afirmou considerar o cargo uma espcie de "brao executivo" do rgo e acredita que a celeridade processual passa pela modernizao da gesto do Judicirio. Disse que, a partir do trabalho da ministra que suceder, encontrar o terreno aplainado por quem teve coragem moral de agir. Ele e Eliana Calmon tomaram posse no STJ no mesmo dia - 30 de junho de 1999.

Ainda durante as sabatinas, definiu que ter estilo prprio e afirmou que atuar com "mo de ferro", mas apenas quando as corregedorias locais no punirem magistrados acusados de irregularidades. Destacou que o rgo jamais se eximir quando a sano se fizer necessria. Disse ainda que dar nfase a medidas preventivas, uma vez que considera aes profilticas e corretivas necessrias para que se restaure a credibilidade do Poder Judicirio.

Falco um dos trs filhos de Maria do Carmo Falco e Djaci Falco, paraibano de Monteiro que exerceu todos os cargos da magistratura brasileira - de juiz em Serrita (PE) at a presidncia do STJ. bacharel em cincias jurdicas e sociais pela Faculdade de Direito da UFPE. Chegou ao Tribunal Regional Federal da 5 Regio em 1989. Dez anos depois assumiu cadeira no STJ.

18 de agosto de 2012 | Tribunais Regionais do Trabalho

Greve em SUAPE

O secretrio de Relaes do Trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, estar no Recife neste fim de semana para intermediar as negociaes para tentar solucionar o impasse nas obras da Refinaria Abreu e Lima e PetroqumicaSuape. Ele deve se reunir com representantes do Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Construo de Estradas, Pavimentao e Obras de Terraplanagem (Sintepav) e o Sindicato Nacional da Indstria da Construo Pesada (Sinicon). Os operrios dos consrcios responsveis pelas duas obras entram hoje no 18 dia de greve. O Sinicon informou, atravs de nota, que parte dos trabalhadores retomou ontem as atividades.

Alm de se encontrar com os lados envolvidos, Messias tambm deve ir aos canteiros de obras em Suape. A participao dele no processo foi acertada ontem em reunio, em Braslia, com a Secretaria Geral da Presidncia da Repblica. O governo federal convocou a comisso tripartite, com representantes da Unio, das empresas e sindicalistas na tentativa de acabar com o impasse que fez com que cerca de 50 mil trabalhadores cruzassem os braos. A Fora Sindical no compareceu ao encontro.

O ponto de impasse entre funcionrios das duas obras e os consrcios responsveis pelos empreendimentos diz respeito ao abono dos dias parados. Enquanto as empresas oferecem 70% de abono e a compensao de 30% das horas devidas, os trabalhadores brigam pelo perdo de todos os dias em que ficaram em greve. Vale lembrar que a paralisao j foi julgada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O Ministrio Pblico do Trabalho (MPT-PE) tambm intermediou algumas rodadas de conciliao na expectativa de acabar com os conflitos.

O movimento grevista nos canteiros de obras da refinaria e da petroqumica comeou oficialmente no ltimo dia 1 de agosto, pela discordncia em relao ao acordo coletivo aprovado em assembleia no dia 27 de julho. Na ocasio, ficou estabelecido reajuste de 10,5%, vale-alimentao de R$ 260 e equiparao salarial entre funcionrios de mesma funo trabalhando em empresas diferentes, entre outros pontos negociados. Algumas funes receberiam at 40% de reajuste (devido equiparao salarial).

Greve dos operrios de SUAPE deve continuar nos prximos dias

Mesmo com a vinda ao Recife de representante do Ministrio do Trabalho, acordo s dever ser possvel no decorrer da prxima semana

Apesar da vinda ao Recife do secretrio das Relaes do Trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, provvel que a greve dos trabalhadores das obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroqumicaSuape continue nos prximos dias. Os cerca de 50 mil profissionais, que cruzaram os braos h 18 dias, ainda no tiveram as demandas atendidas e, segundo Messias, no provvel que um acordo seja firmado em um prazo to curto quanto se imaginava. "Hoje, estou tentando me reunir com o Sintepav (Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Construo de Estradas, Pavimentao e Obras de Terraplanagem), mas h certa dificuldade. Com as lideranas sindicais, o encontro deve ser amanh tarde. Como ainda h impasse, nem tudo o que os trabalhadores buscam foi ouvido e, por outro lado, as empresas no esto dispostas a oferecer muito mais do que j fizeram", explica.

Segundo o secretrio, j possvel identificar que h um ponto de conflito quanto ao abono dos dias em greve dos trabalhadores, j que as empresas oferecem 70% de perdo e 30% de compensao das horas paradas, enquanto os operrios querem o abono total. "Alm disso, possvel que, com a data prevista no acordo, entre 4 e 5 mil trabalhadores acabem ficando descobertos desse benefcio", explica Messias. Alm disso, os trabalhadores ainda no esto seguros quanto disposio das empresas em realmente observarem as diferenas de salrios de uma mesma funo exercida nas vrias frentes de trabalho das cooperativas que atuam nas duas obras.

Nesta sexta-feira (17), ocorreu em Braslia uma reunio com a Secretaria Geral da Presidncia da Repblica para negociar o fim da paralisao. Mas o encontro no contou com a presena de lideranas da Fora Sindical, representante dos operrios do complexo industrial. Na tentativa de acabar com o impasse que fez com que cerca de 50 mil trabalhadores cruzassem os braos, o secretrio-geral da Presidncia da Repblica, Gilberto Carvalho, convocou uma reunio tripartite envolvendo a Unio, as empresas e as centrais sindicais, incluindo o SIndicato Nacional da Indstria da Construo Pesada (Sinicon), que representa os patres.

Saiba mais... Sindicalistas de Suape devem se reunir esta tarde com representante do governo federal Governo oferece reajuste de at 15,8% para 18 setores Representante do Ministrio do Trabalho vem ao Recife negociar fim da greve com Fora Sindical Trabalhadores no comparecem reunio de conciliao em Braslia Governo federal vai entrar em cena para apaziguar negociaes em Suape Governo anuncia aumento de R$ 42,2 bi no limite de endividamento dos estados Empresrio da indstria est mais otimista, mostra pesquisa da CNI Pernambuco ter mais R$ 3,3 bilhes para investir nos prximos trs anos Histrico

O movimento grevista nos canteiros de obras da Refinaria Abreu e Lima e da PetroqumicaSuape comeou oficialmente no ltimo dia 1 de agosto, pela discordncia em relao ao acordo coletivo aprovado em assembleia no dia 27 de julho. Na ocasio, ficou estabelecido reajuste de 10,5%, vale-alimentao de R$ 260 e equiparao salarial entre funcionrios de mesma funo trabalhando em empresas diferentes, entre outros pontos negociados. Algumas funes receberiam at 40% de reajuste (devido equiparao salarial). A paralisao foi julgada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) e o Ministrio Pblico do Trabalho (MPT-PE) tambm intermediou algumas rodadas de conciliao na expectativa de acabar com os conflitos.

Mesmo com a aprovao em assembleia, um grupo de trabalhadores insatisfeitos mobilizou a greve atravs de panfletos annimos, que culminou num conflito violento (com incndio de quatro nibus e apedrejamento do carro do Sintepav) no dia 8 de agosto. A polcia usou balas de borracha e bombas de efeito moral para conter o protesto.

Governo federal vai ajudar na negociao

Representante do Ministrio do Trabalho estar neste final de semana no Recife O secretrio de Relaes do Trabalho do Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), Manoel Messias, estar no Recife neste fim de semana para intermediar as negociaes para tentar solucionar o impasse nas obras da Refinaria Abreu e Lima e PetroqumicaSuape. Ele deve se reunir com representantes do Sindicato dos Trabalhadores das Indstrias de Construo de Estradas, Pavimentao e Obras de Terraplanagem (Sintepav) e o Sindicato Nacional da Indstria da Construo Pesada (Sinicon). Os operrios dos consrcios responsveis pelas duas obras entram hoje no 18 dia de greve. O Sinicon informou, atravs de nota, que parte dos trabalhadores retomou ontem as atividades.

Alm de se encontrar com os lados envolvidos, Messias tambm deve ir aos canteiros de obras em Suape. A participao dele no processo foi acertada ontem em reunio, em Braslia, com a Secretaria Geral da Presidncia da Repblica. O governo federal convocou a comisso tripartite, com representantes da Unio, das empresas e sindicalistas na tentativa de acabar com o impasse que fez com que cerca de 50 mil trabalhadores cruzassem os braos. A Fora Sindical no compareceu ao encontro.

O ponto de impasse entre funcionrios das duas obras e os consrcios responsveis pelos empreendimentos diz respeito ao abono dos dias parados. Enquanto as empresas oferecem 70% de abono e a compensao de 30% das horas devidas, os trabalhadores brigam pelo perdo de todos os dias em que ficaram em greve. Vale lembrar que a paralisao j foi julgada ilegal pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O Ministrio Pblico do Trabalho (MPT-PE) tambm intermediou algumas rodadas de conciliao na expectativa de acabar com os conflitos.

O movimento grevista nos canteiros de obras da refinaria e da petroqumica comeou oficialmente no ltimo dia 1 de agosto, pela discordncia em relao ao acordo coletivo aprovado em assembleia no dia 27 de julho. Na ocasio, ficou estabelecido reajuste de 10,5%, vale-alimentao de R$ 260 e equiparao salarial entre funcionrios de mesma funo trabalhando em empresas diferentes, entre outros pontos negociados. Algumas funes receberiam at 40% de reajuste (devido equiparao salarial).

20/08/2012

Uso contnuo de celular garante horas de sobreaviso a chefe de almoxarifado

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho manteve deciso que reconheceu o direito ao recebimento de horas de sobreaviso a um chefe de almoxarifado que ficava disposio da empresa por meio de telefone celular. Embora a jurisprudncia do TST (Smula 428) estabelea que o uso do celular, "por si s", no caracteriza o regime de sobreaviso, a Turma concluiu que o empregado permanecia disposio da empresa, que o acionava a qualquer momento, limitando sua liberdade de locomoo. O recurso foi interposto pela Solues em Ao Usiminas S/A, em Porto Alegre (RS),contra condenao imposta pela Justia do Trabalho da 4 Regio.

O empregado afirmou, em reclamao trabalhista, que era obrigado a portar e atender ao telefone celular "diuturnamente", todos os dias da semana, inclusive sbados, domingos e feriados. Na condio de chefe do almoxarifado, alegou que era responsvel "por toda e qualquer colocao ou retirada de material do estoque" e, por isso, nada poderia ser movimentado sem sua autorizao expressa. Por isso, "era chamado durante a noite, fim de semana, feriados, intervalos de almoo e lanche para atender a demanda". Seu pedido estimava a mdia de cinco horas extras dirias de sobreaviso, incluindo os fins de semana.A empresa defendeu-se afirmando que a alegao do chefe do almoxarifado fere o princpio da razoabilidade, porque, entre "centenas de empregados", admitir que apenas um retirava e colocava produtos no almoxarifado seria "uma afronta lgica". Afirmou ainda que o regime de sobreaviso, para o empregador, "apenas existe quando o empregado est impedido de se locomover de sua residncia", o que no seria o caso.O juiz da 5 Vara do Trabalho de Porto Alegre deferiu o sobreaviso, levando em conta que o preposto da empresa admitiu que o chefe de almoxarifado ficava com o celular ligado e era frequentemente acionado de madrugada. Informou tambm que esses chamados eram registrados num livro de ocorrncias, que no foi apresentado pela empresa. A sentena concluiu, assim, que o trabalhador no tinha plena liberdade nessas horas, que deveriam ser pagas razo de 1/3 da hora normal. A deciso foi mantida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 4 Regio, que apenas limitou o perodo aos horrios e dias de efetivo funcionamento da empresa. A Zamprogna recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho.TSTO recurso de revista foi discutido na Primeira Turma do TST. O relator, ministro Lelio Bentes Corra, chamou ateno para dois detalhes: a admisso da empresa de que o chefe do almoxarifado ficava com o celular ligado todas as noites sendo acionado vrias vezes na semana; e a ausncia do livro de registros. "Alm de ficar de prontido, ele tinha de comparecer com frequncia empresa, e no podia se afastar de casa a ponto de inviabilizar o comparecimento", observou. " mais do que a escala de planto, porque nem havia revezamento: era sempre ele."O ministro Walmir Oliveira da Costa seguiu a mesma linha de raciocnio. "A hiptese o contrrio do previsto na Smula 428", afirmou. "O celular, aqui, era um instrumento de trabalho, e o empregado era chamado mesmo. A casa era uma espcie de brao da empresa." O ministro Hugo Scheuermann assinalou que o fato de o trabalhador usar o celular no implica, necessariamente, estar disposio da empresa. Mas no caso analisado, a disponibilidade era incontroversa.Por unanimidade, a Turma afastou a alegao de violao da Smula 428 e no conheceu do recurso nesse ponto.SobreavisoO regime de sobreaviso est previsto no artigo 244, pargrafo 2, da CLT para os trabalhadores ferrovirios, mas foi estendido pela jurisprudncia e pela doutrina s demais categorias. Ele se caracteriza quando h cerceamento da liberdade do trabalhador de utilizar seu tempo de folga por determinao do empregador. Essas horas so remuneradas com valor de 1/3 da hora normal. No caso de o trabalhador ser efetivamente acionado, a remunerao de hora extra.Com a introduo de novas tecnologias, o empregado no mais obrigado a permanecer em casa espera de um chamado por telefone fixo. O contato passou a ser feito tambm por bips, pagers e celulares. Em 1995, o TST aprovou a Orientao Jurisprudencial n 49 da Subseo Especializada em Dissdios Individuais (SDI-1) firmando que apenas o uso do bip no seria suficiente para caracterizar o regime de sobreaviso, "porque o empregado no permanece em sua residncia aguardando, a qualquer momento, a convocao para o servio". Em maio do ano passado, a OJ 49 foi convertida na Smula 428, que trata do uso de "aparelhos de intercomunicao" e inclui o celular.(Carmem Feij/RA) | Processo n RR-38100-61.2009.5.04.0005Trabalhador pode acumular aposentadoria e salrio

Ao negar provimento a um recurso da Empresa de Pesquisa Agropecuria e Extenso Rural de Santa Catarina S.A. (Epagri), a Subseo 1 Especializada em Dissdios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho manteve o entendimento de que possvel a acumulao de salrio decorrente de emprego pblico e aposentadoria paga pelo regime geral da previdncia social.A deciso manteve o entendimento da Stima Turma que, em voto da ministra Delade Miranda Arantes, entendeu ser lcita a cumulao de proventos pagos pelo Regime Geral da Previdncia Social - em decorrncia da aposentadoria espontnea - com remunerao decorrente de contrato de trabalho.Um empregado da empresa pblica Epagri teve, em agosto de 2009, concedida pelo INSS, aposentadoria por tempo de contribuio. A Epagri, ento, teria lhe enviado correspondncia comunicando-o que, caso tivesse interesse em permanecer trabalhando, deveria apresentar documento comprovando a cessao do benefcio recebido pelo INSS, sob pena de desligamento da empresa. Na inicial, ajuizada na Justia do Trabalho, o trabalhador alegou ser possvel a continuidade da relao de emprego sem a necessidade de supresso do benefcio previdencirio.A 2 Vara do Trabalho de Chapec (SC) negou o pedido do empregado. Porm o Tribunal Regional do Trabalho da 12 Regio (SC) reformou a sentena entendendo serem acumulveis os proventos do INSS, e da remunerao de emprego pblico, pois o texto constitucional veda apenas a acumulao de proventos de servidores estatutrios civis.Em recurso ao TST, a Epagri sustentou que a vedao a cargos pblico - previsto no artigo 37, XVII da CF - abrangeria tambm as empresas pblicas que integram a administrao direta.Na SDI-1 o relator, ministro Aloysio Corra da Veiga, entendeu que a vedao imposta pelo artigo 37 da CF "no alcana os empregados pblicos que percebem proventos de aposentadoria pelo regime geral da previdncia social, nos termos do artigo 201, 7, da Constituio Federal".O ministro observou ainda que este posicionamento no contraria jurisprudncia do Supremo Tribunal Federal, ao citar voto do ministro Joaquim Barbosa na ADI 1.770-4 em que foi declarada a inconstitucionalidade do 1 do artigo 453 da CF.Processo: E-RR-366000-19.2009.5.12.0038 | (Dirceu Arcoverde / RA)Empregada receber horas extras referentes a intervalo exclusivo para mulheres

O artigo 384 do captulo III da CLT garante s trabalhadoras intervalo de 15 minutos no caso de prorrogao do horrio normal. Tal norma no ofende o princpio da igualdade, em razo das diferenas inerentes jornada de trabalho das mulheres em relao dos homens. Com esse entendimento, a Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho deu provimento a recurso de empregada da Fundao Richard Hugh Fisk que, trabalhando alm de seu horrio normal, no usufruiu do referido descanso.

Na inicial da reclamao trabalhista, a empregada afirmou que a empresa no observava o disposto na CLT, j que o intervalo de 15 minutos no lhe era concedido nos dias em que havia prorrogao do horrio normal de trabalho. Como no houve o usufruto do direito, a pretenso era receber o tempo correspondente aos intervalos como horas extraordinrias, mas a sentena indeferiu o pedido.

O recurso ordinrio da trabalhadora no foi acolhido pelo Tribunal Regional do Trabalho da 9 Regio (PR), que entendeu no haver justificativa para tratamento diferenciado em relao ao intervalo, j que ele incompatvel com a Constituio Federal, pois fere o princpio da igualdade previsto no artigo 5, inciso I. Para o Regional, como no h previso do direito para os homens, garanti-lo s mulheres seria ato discriminatrio, pois o fator biolgico no pode justificar tratamento diferenciado.

Inconformada com a deciso do TRT 9, a empregada recorreu ao TST, reafirmando seu direito ao intervalo. Com base em jurisprudncia do Tribunal, o relator do recurso, ministro Aloysio Corra da Veiga, acolheu a pretenso da trabalhadora e reformou a deciso do Regional para condenar a empresa ao pagamento de horas extras, correspondentes ao tempo dos intervalos no usufrudos. O ministro explicou que o artigo 384 da CLT est em pleno vigor e no ofende o princpio da igualdade, "face s desigualdades inerentes jornada da trabalhadora, em relao do trabalhador", concluiu.

(Letcia Tunholi/RA) | Processo: ARR-17000-12.2009.5.0919/08/2012

Justia no reconhece vnculo empregatcio de chapas

As aes dos "chapas" dirigidas Justia do Trabalho geralmente so pedidos de reconhecimento do vnculo empregatcio. Poucos so os casos em que os trabalhadores conseguem xito, pois a maioria das decises pelo no reconhecimento. Mas em Minas Gerais, um carregador conseguiu a garantia de todos os direitos trabalhistas.Em um processo que chegou ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), vindo do Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio (MG), um trabalhador que carregou e descarregou caminhes de diversos motoristas e empresas nas dependncias das Centrais Estaduais de Abastecimento (Ceasa) de Belo Horizonte, postulou o vnculo de emprego com a Supermix Comercial Ltda.O juiz reconheceu que a prpria empresa identificou o trabalhador perante o Ceasa como prestador de servios. Segundo prova testemunhal, o autor trabalhava de segunda a sexta-feira para a Supermix, em horrio determinado, realizando o descarregamento e arrumao do local onde seriam colocadas as mercadorias. Mas o nome do autor constava na lista dos carregadores autorizados a trabalhar no estabelecimento - documento elaborado por responsvel pelo depsito da empresa, para cumprimento de exigncias da Ceasa.Para o juiz, mostrou-se irrelevante o fato de o referido documento ter sido encaminhado ao setor de cadastro de autnomos do Ceasa. "A caracterizao da relao de emprego se funda no princpio da primazia da realidade e, no caso em exame, est claro que no havia autonomia na prestao dos servios, estando presentes os pressupostos do artigo 3 da CLT", afirmou o magistrado.Demonstrada a pessoalidade, a no eventualidade e a subordinao - pois a prestao de servios se dava em horrios e dias que deveriam ser respeitados - configurou-se para o juiz o vnculo empregatcio entre as partes. No vingou o argumento da empresa de o autor, contratado pelos motoristas que realizavam as entregas, nunca teria feito qualquer acordo de prestao de servios, ainda que tcito.A sentena foi mantida pelo TRT de Minas Gerais e o recurso da empresa ao TST, no foi conhecido pelo ministro Augusto Csar Leite, relator na Sexta Turma.Para o ministro, o Regional, soberano na anlise dos fatos e provas, nos termos do artigo 131 do CPC concluiu estarem preenchidos todos os requisitos caracterizadores da relao empregatcia. E, no sendo possvel o reexame de fatos e provas pela Corte, previsto na Smula n 126, no foi possvel conhecer do recurso, o que manteve a condenao proferida pelo Primeiro Grau.Este caso foi exceo, pois a maioria no consegue reconhecimento do vnculo, como o autor de uma ao trabalhista contra a DMA Distribuidora Ltda., localizada tambm na Ceasa de Belo Horizonte (MG). Ele trabalhou como carregador autnomo (chapa) de mercadorias comercializadas pela empresa. Uma testemunha do autor revelou que ele utilizava o jaleco dos carregadores da Ceasa e era membro de uma associao dos carregadores autnomos.As atividades do trabalhador eram fiscalizadas apenas pelo conferente e segurana para verificar a correo do servio autnomo prestado. Segundo outra testemunha, poderia ausentar-se do trabalho se lhe conviesse, perdendo apenas a remunerao equivalente ao servio.Contudo, evidenciou-se para o juiz que o autor prestava servios para as empresas transportadoras das mercadorias comercializadas pela DMA, e recebia por servio, sem ter salrio fixo semanal ou mensal. O Tribunal Regional do Trabalho da 3 Regio (MG), tambm com base nas provas produzidas, concluiu pela inexistncia do vnculo empregatcio entre as partes.No TST, a deciso foi mantida pela Primeira Turma, cujo relator, na poca o atual presidente da Corte, ministro Joo Oreste Dalazen, considerou que o Regional concluiu pela inexistncia do vnculo empregatcio com base nas provas produzidas. E, para se concluir de maneira diferente, seria necessrio o reexame de fatos e provas, proibido pela Smula n 126.PorturiosAo contrrio dos trabalhadores avulsos urbanos, os avulsos porturios pertencem a uma categoria altamente organizada. A primeira lei que traou diretrizes para a categoria data de 1965 (n 4.860). Mas um importante avano em relao aos trabalhadores avulsos urbanos e rurais se deu em face da figura do Ogmo (rgo Gestor de Mo de Obra). Criado pela Lei dos Portos (n 8.630/93) o rgo substituiu o sindicato na intermediao da prestao de servios.Sem fins lucrativos, o Ogmo tem como atribuio exclusiva a gesto do trabalho porturio em observncia s normas do contrato, conveno ou acordo coletivo firmado entre os sindicatos. Alm de manter registro e cadastro dos trabalhadores porturios, o Ogmo responsvel pela escala do avulso, estabelecimento do nmero de vagas, dos critrios e da periodicidade. Promove treinamento, expede habilitao profissional e realiza seleo dos trabalhadores.Tambm efetua os pagamentos aos avulsos, arrecada os valores devidos pelos operadores porturios para remunerao do trabalhador com encargos sociais e previdencirios - e ainda zela pelo cumprimento das normas de sade, higiene e segurana do trabalho porturio.O trabalhador avulso chapa e os direitos

consenso: a atividade profissional de transporte e movimentao de mercadorias uma das mais antigas da histria da humanidade. A categoria dos trabalhadores avulsos porturios foi uma das primeiras a se organizar, com solidez, em sindicatos, segundo o ministro do Tribunal Superior do Trabalho, Maurcio Godinho Delgado, na obra Curso de Direito do Trabalho.Em contrapartida, existe aquele que trabalha na rea urbana exercendo a funo de carregar e descarregar mercadorias, popularmente conhecido como "chapa". Diferentemente dos porturios, raramente esto filiados aos sindicatos da categoria. E por isso ficam merc da sorte.O nome "chapa" vem do costume de o trabalhador, para oferecer seus servios aos caminhoneiros que trafegam nas rodovias, usar pequena placa (chapa) de madeira, papelo ou metal com os dizeres: "ajudante", "descarrego mercadoria", "carga e descarga", entre outros.A matria especial desta semana sobre esse trabalhador, a difcil tarefa executada por ele e a falta de amparo legal a que est sujeito.At h pouco tempo, os chapas, includos na categoria dos trabalhadores avulsos, no tinham nenhum direito previsto na Consolidao das Leis do Trabalho (CLT). Mas a Constituio Federal de 1988 concedeu-lhes os mesmos direitos do empregado comum, no artigo 7, inciso XXXIV - que trata da igualdade de direitos entre o trabalhador com vnculo empregatcio permanente e o trabalhador avulso.Trabalhador avulso aquele que "presta servios a inmeras empresas, agrupado em entidade de classe por intermdio desta e sem vnculo empregatcio", na definio de Valentim Carrion, magistrado e professor de direito.Os chapas exercem sua atividade muitas vezes como ajudantes e atuam em diferentes segmentos empresariais. possvel encontr-los nas Centrais Estaduais de Abastecimento (Ceasa) de todo o Brasil, carregando e descarregando caminhes de diversas empresas, como distribuidoras de bebidas, hortifrutigranjeiros, e vrias outras. comum encontr-los s margens das principais rodovias que do acesso s grandes capitais, como So Paulo, com cartazes, oferecendo seus servios - que alm do descarregamento, inclui levar o caminhoneiro at o destino da carga, uma vez que as cidades so imensas e os endereos de difcil localizao.Dura realidade Todos os dias a mesma coisa, os caminhes chegam de diversos pontos do pas trazendo mercadorias de toda espcie. Os motoristas estacionam em dois postos de combustvel nas proximidades do Ceasa de Braslia, para descarreg-las, e j sabem onde podem encontrar os chapas, pois esto ali pelas redondezas, aguardando servio. O preo combinado previamente, mas nem sempre os chapas conseguem trabalho.Geralmente a falta de opo, a baixa escolaridade e at mesmo a perda do emprego formal levam homens de todas as procedncias a encarar a profisso, embora muitos a tenham apenas como um "bico".O senhor Elias um deles, tem 60 anos, a maioria deles trabalhados como chapa, descarregando mercadorias. E segundo ele, no por falta de opo, pois poderia trabalhar com carteira assinada. Mas prefere assim, porque consegue ganhar bem mais que o salrio mnimo. Por um dia de trabalho recebe R$ 150 - e no o faz por valor menor -, mas no contribui para a Previdncia Social.Seu colega, Paulo, tem 43 anos e responsvel pelo sustento de quatro pessoas. H sete anos trabalha como chapa pelo mesmo motivo do senhor Elias: consegue ganhar bem mais que o salrio mnimo, insuficiente, segundo afirmou, para manter a famlia. Tambm no quer mais emprego com vnculo, embora saiba no ter qualquer direito trabalhista ou previdencirio."Consigo pagar minhas contas e vou levando assim", desabafou. "Bom mesmo trabalhar no Posto fiscal de Santa Maria (prximo a Braslia), pois l no falta trabalho, aqui pegamos s a rebarba."AcidentesPaulo conta a histria de um chapa que se acidentou quando descarregava mercadoria de um caminho, quebrou a perna e os colegas tiveram que fazer uma "vaquinha" para ajud-lo, durante os dias em que no pde trabalhar. Outro colega morreu vtima de acidente de trabalho, quando uma parte do caminho que descarregava caiu sobre ele e ningum - nem o proprietrio da mercadoria ou o caminhoneiro - se responsabilizaram pelo ocorrido. "Todos pularam fora e a famlia ficou desamparada", afirmou.So comuns os acidentes com esses trabalhadores quando tm que "tirar os grampos dos caminhes". Paulo mesmo j foi vtima, e teve que ficar trs dias sem trabalhar.Sem contar que com passar do tempo, comeam a sofrer com problemas na coluna, pelo excesso de peso que so obrigados a suportar. Indagados sobre a existncia de algum sindicato que os representasse, para garantir seus direitos legais, disseram desconhecer.Lei n 12.023/2009 foi um marco para a categoriaCom a edio da Lei n 12.023/2009 - que dispe sobre as atividades de movimentao de mercadorias em geral e sobre o trabalho avulso - os chapas foram equiparados ao trabalhador avulso porturio.Um dos avanos trazidos pela Lei foi organizao da atividade pelos sindicatos, responsveis por elaborar a escala de trabalho e as folhas de pagamento dos avulsos, com a indicao do tomador do servio e dos trabalhadores que participaram da operao, devendo prestar, com relao a estes, as seguintes informaes:nmeros de registros ou cadastro no sindicato;servio prestado e turnos trabalhados. Quanto s remuneraes pagas, devidas ou creditadas a cada um dos trabalhadores devem ser registradas as parcelas referentes a:repouso remunerado, Fundo de Garantia por Tempo de Servio, 13o salrio, frias remuneradas mais 1/3 constitucional, adicional de trabalho noturno e adicional de trabalho extraordinrio.O artigo 3 traz a possibilidade de as atividades serem exercidas por trabalhadores com vnculo empregatcio ou em regime avulso nas empresas tomadoras do servio.Para o subprocurador-geral do Ministrio Pblico do Trabalho (MPT), Ronaldo Fleury, "sem dvida a Lei n 12.023/2009 foi um marco para a categoria que antes estava totalmente desamparada"."Veio justamente para tentar dar um pouco de formalizao para essa atividade, at ento, absolutamente informal. No existia nada sobre chapa, apenas um decreto, do ministro da Previdncia, falando do trabalho. No tinha legislao nenhuma."A Lei estabelece deveres do sindicato intermediador e do tomador de servios e ressalta que as regras ali presentes no se aplicam ao trabalho avulso porturio, regulado pela Lei n 8.630/93 (Lei dos Portos).O subprocurador afirmou que o controle e a gerncia da mo de obra fora dos portos so realizados pelos vrios sindicatos j existentes. Como exemplo, citou as cidades de Santos (SP) e Rio de Janeiro (RJ) que, alm dos sindicatos de porturios, j contam com sindicatos de avulsos urbanos que trabalham na intensa movimentao de mercadorias do lado externo do porto.Ele esclarece que, em Santos, nas estradas que do acesso cidade, esto localizadas as reas retroporturias, no pertencentes ao porto, onde existem terminais de empresas com inmeros containers, cuja movimentao feita pelos chapas.O subprocurador faz um alerta: as empresas de mudanas e armazenagem de cargas no podem utilizar o trabalho dos chapas para realizar o carregamento e descarregamento. Pois a atividade-fim dessas empresas a movimentao de mercadorias, e os trabalhadores que exercem as atividades precisam ter vnculo de emprego.Nesse caso, de acordo com Fleury, o MPT investiga e, se constatada a fraude, ingressa com ao civil pblica. "Examinamos o caso concreto, porque pode ser uma empresa que realmente est fazendo um trabalho eventual." Ele citou o exemplo de uma empresa de refrigerantes, que faa distribuio eventual em pequenas cidades. Disse que no faria sentido ter funcionrios contratados disposio para, apenas uma vez por semana, descarregar um pequeno volume de mercadorias. "A atividade fim dela no a movimentao de carga, a produo e a venda de refrigerante", afirmou.Leia amanh, na segunda parte da matria especial: vnculo de emprego de chapas raramente reconhecido pela Justia do Trabalho. E entenda ainda as diferenas entre os direitos dos chapas e dos porturios.(Lourdes Cortes / RA)

20 de agosto de 2012 | Tribunal Superior do Trabalho | Brasil | BR

Banco pagar por sapatos

Brbara Mengardo

Em uma deciso inusitada, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) determinou que uma empresa pague em dinheiro o equivalente a cinco pares de sapatos que deveriam ter sido fornecidos a uma ex-faxineira terceirizada. O julgamento da 2 Turma prev o desembolso pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) de R$ 100 por cada ano dos cinco em que ela trabalhou na companhia.

A ex-faxineira ajuizou uma ao na 9 Vara do Trabalho de Porto Alegre contra o Banrisul e a empresa pela qual foi contratada diretamente, a Proservice Portaria e Servios. A ltima, entretanto, nunca compareceu s audincias e o banco foi condenado subsidiariamente.

Segundo o advogado que defendeu a faxineira, Paulo Francisco Zelanis da Silva, do Zelanis Advogados, a funcionria trabalhou no Banrisul de 2004 a 2009. Ela foi demitida quando a instituio rescindiu o contrato com a Proservice. Alm do valor dos sapatos, requereu na ao o pagamento das verbas rescisrias.

No processo, Zelanis defendeu que os germes aos quais os faxineiros esto expostos passam pelos sapatos normais, e esses trabalhadores necessitam de botas adequadas atividade. A Corte acolheu o argumento, mas no reconheceu que os profissionais devam receber adicional de insalubridade.

O Banrisul afirmou por nota que atua em consonncia com suas responsabilidades para com os agentes terceirizados, adotando medidas preventivas e combatendo atuaes de irregularidade. A Proservice no foi localizada para comentar o caso.

Fundo porturioA Corte Especial do Superior Tribunal de Justia (STJ) vai definir qual seo deve julgar conflitos de competncia sobre aes em que trabalhadores porturios avulsos reivindicam o recebimento de valores do fundo de indenizao do trabalhador porturio (Lei n 8.630, de 1993). A 2 Seo decidiu afetar para a Corte Especial um processo que discute o tema, depois que o relator, ministro Raul Arajo, constatou haver casos idnticos distribudos tanto para o rgo de direito pblico do STJ (1 Seo) quanto para o de direito privado (2 Seo). Alm disso, o ministro relator observou que as sees tm entendimentos divergentes sobre a matria. A 1 Seo se posiciona pela competncia da Justia Federal, enquanto a 2 Seo se manifesta pela competncia da Justia do Trabalho. No caso que ser analisado, oriundo da cidade de So Lus (MA), tanto o juzo federal quanto a vara do trabalho se declararam incompetentes para julgar a ao proposta por trabalhadores porturios avulsos. A ao foi ajuizada contra o rgo Gestor de Mo de Obra (OGMO) do Porto de Itaqui e pede o recebimento da indenizao prevista no artigo 59, I, da Lei 8.630 (Fundo de Indenizao do Trabalhador Porturio). A Unio e o Banco do Brasil so litisconsortes passivos.

Aviso prvioO Tribunal Superior do Trabalho deu provimento a recurso do Ministrio Pblico do Trabalho da 4 Regio contra a homologao de uma clusula de acordo judicial que admitia, como regra geral, que empregados renunciassem ao aviso prvio no caso de dispensa sem justa causa. A Seo Especializada em Dissdios Coletivos (SDC) seguiu o voto do relator, ministro Mrcio Eurico Vitral Amaro, que concluiu pela ilegalidade da clusula, j que o aviso prvio direito que no pode ser renunciado pelo empregado. O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio Grande do Sul havia homologado integralmente um acordo judicial firmado entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indstrias Metalrgicas, Mecnicas e de Material Eltrico de Venncio Aires/RS e o Sindicato das Indstrias Metalrgicas, Mecnicas e de Material Eltrico do Rio Grande do Sul (SINMETAL). A clusula 25 do acordo previa que o empregado pr-avisado da resciso contratual poderia solicitar seu imediato desligamento, sem o cumprimento e pagamento do aviso prvio.

INFORMATIVO N 8-B/2012 | (10/08/2012 a 16/08/2012) | Atos Normativos | Tribunais Superiores e outros rgosRESOLUO ADMINISTRATIVA N 1560/2012 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DeJT de 10/08/2012Institui a Semana do TST 2012 e regulamenta os trabalhos a serem desenvolvidos. Texto na ntegra no site do TRT 2 Regio em Bases Jurdicas - Informaes Jurdicas - Tribunais Superiores - TSTRESOLUO ADMINISTRATIVA N 1563/2012 - TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO - DeJT de 10/08/2012Aprova a reviso tcnica do Planejamento Estratgico de Tecnologia da Informao e Comunicao para o perodo de 2010 a 2014.Texto na ntegra no site do TRT 2 Regio em Bases Jurdicas - Informaes Jurdicas - Tribunais Superiores - TSTSMULAS - SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIA - DJEletrnico 13/08/2012491 - inadmissvel a chamada progresso per saltum de regime prisional. 492 - O ato infracional anlogo ao trfico de drogas, por si s, no conduz obrigatoriamente imposio de medida socioeducativa de internao do adolescente. 493 - inadmissvel a fixao de pena substitutiva (art. 44 do CP) como condio especial ao regime aberto. 494 - O benefcio fiscal do ressarcimento do crdito presumido do IPI relativo s exportaes incide mesmo quando as matrias-primas ou os insumos sejam adquiridos de pessoa fsica ou jurdica no contribuinte do PIS/PASEP495 - A aquisio de bens integrantes do ativo permanente da empresa no gera direito a creditamento de IPI. 496 - Os registros de propriedade particular de imveis situados em terrenos de marinha no so oponveis Unio. 497 - Os crditos das autarquias federais preferem aos crditos da Fazenda estadual desde que coexistam penhoras sobre o mesmo bem. 498 - No incide imposto de renda sobre a indenizao por danos morais.Texto na ntegra no site do TRT 2 Regio em Bases Jurdicas - Informaes Jurdicas - Tribunais Superiores - STJ